Projeto de guia de embalagens para designers Introdução aos materiais, processos de produção e tipologias

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    UNIVERSIDADEDESOPAULO

    FACULDADE DEARQUITETURAEURBANISMODesign

    Projeto de guia de embalagenspara designersIntroduo aos materiais, processos de produo e tipologias

    So Paulo, 2015

    FELIPE ITAI

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    Relatrio de Trabalhode Concluso de CursoApresentado aoCurso deDesigndaFaculdade deArquitetura e Urbanismo daUniversidade de So Paulo

    ALUNOFelipe Itai

    ORIENTADORAProfa. Dra. Denise Dantas

    So Paulo, 2015

    Projeto de guia de

    embalagenspara designersIntroduo aos materiais, processos e tipologias

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    As embalagens fazem parte do cotidiano das pessoas, principalmente dasque vivem em ambientes urbanos, e ao longo das dcadas enfatizaram-se,cada vez mais, estudos especficos para melhorar a qualidade dos materiaisempregados, a capacidade de proteger e conservar produtos e a eficcia dacomunicao visual, sua principal interface com o consumidor. Com isso, ademanda por profissionais especializados em tratar do design de embalagensforou as instituies de ensino em design a abordarem, em suas gradescurriculares, o ensino do design de embalagens para atender a esse mercadoque est em constante expanso. Com foco neste pblico, que est iniciando seus estudos no campodas embalagens, este trabalho de concluso de curso oferece um guia queauxilia na pesquisa e consulta de informaes especficas das embalagens e

    acabamentos grficos. Na fase de pesquisa, este trabalho focou-se, principalmente, emanalisar os mais diversos tipos de guias de diferentes assuntos em plataformadistintas (digital e impressa). Com as anlises foi possvel levantar os pontospositivos e negativos de cada um. Essas informaes serviram como basepara a formulao dos requisitos de projetos e possveis encaminhamentos detrabalho. Na fase de projeto, o conceito geral j havia sido decidido e osencaminhamentos passaram a ser pensados em duas partes: a estruturafsica e o projeto grfico. Analisando os mais diferentes tipos de referncias,foi possvel chegar em um resultado final que atendesse a grande parte dos

    requisitos estipulados inicialmente.Palavras-chave: Design de embalagem.

    RESUMO

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    SUMRIO

    p. 6p. 10

    p. 10p. 11

    p. 12

    p. 14p. 17p. 27p. 43

    p. 45

    p. 45

    p. 53p. 55

    p. 56p. 56p. 61p. 76

    p. 87

    p. 89

    p. 90

    p. 94

    p. 96

    p. 99

    1 Introduo1.1 Objetivos

    1.2 Motivao e Justificativa1.3 Procedimentos metodolgicos

    2 Definio de guia

    3 Pesquisa de campo3.1 Anlise dos guias3.2 Anlise dos aplicativos3.3 Estudo de Caso (kit de referncias em embalagens)

    4 Pblico-alvo

    4.1 Questionrio

    5 Concluso da fase de pesquisa5.1 Requisitos de Projeto

    6 Projeto6.1 Sobre o contedo do guia6.2 Estrutura6.3 Projeto grfico

    7 Projeto finalizado

    8 Concluso

    9 Desenhos tcnicos

    10 Memorial descritivo

    Referncias Bibliogrficas

    Apndice

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    1 INTRODUO

    Quando falamos da produo de embalagens, muitas vezes se desconhecea importncia macroeconmica e social dela para o desenvolvimento dospases. Dados de 2011 estimam que foram vendidos 675 bilhes de dlares deembalagens no mundo, sendo o Brasil responsvel por 4% desse montante,o que corresponde a 25 bilhes de dlares. Essa cifra coloca o pas na stimaposio no ranking do mercado de embalagens, com previso de assumir aquinta colocao em 2016, como mostra a tabela 1.1.

    Ranking2016

    Vendas(US$ bilhes)

    *2016

    Ranking2011

    Vendas(US$ bilhes)

    2011

    Pas

    1163,31141,1EUA

    2116,6279,7China

    387376,3Japo

    442,3436,5Alemanha730,4527Frana

    630,8627Canad

    533,8725Brasil

    925,4822,3Reino Unido

    826920,5Rssia

    1024,51016,9ndia

    TABELA1.1 -OS10 MAIORESMERCADOSDEEMBALAGEM

    * EstimativaFontes: DATAMARK1, Market Intelligence Brazil, 2008.

    Esta posio favorvel do Brasil no cenrio mundial pode ser entendidaquando analisados alguns nmeros do mercado interno. Das 20 maioresempresas de embalagens do mundo, 12 atuam no pas2, e, das 15 que maisproduzem, apenas 6 so estrangeiras (tabela 1.2).

    1. Dados fornecidos pelo catlogo da Brasil

    Pack Trends 2020 elabrado pelo Instituto de

    Tecnologia de Alimentos (www.ital.sp.gov.br/

    brasilpacktrends).

    2. Datamark um site que trabalha com

    coleta e anlise de dados da indstria de

    Bens de consumo e Embalagens no Brasil

    (http://www.datamark.com.br/).

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    Em relao fabricao, podemos tomar como base a produo fsicadas embalagens de papel, papelo e carto no Brasil, que representam a maiorfatia no setor. Dados de 2011 mostram que este setor foi responsvel por 33,2%da receita lquida de R$ 45,6 bi, o que envolve um valor em torno de R$ 15,1 bi.Antagonicamente, o setor que mais emprega o de embalagens de plstico.Mais da metade, 52,63%, dos 215.488 postos formais em 2010 foram providospela indstria de plsticos (Grfico 1.1). A indstria de embalagem empregou quase 223 mil pessoas comcarteira assinada em 2012 e, evidentemente, para uma produo to grande

    existe um mercado consumidor ainda maior. Em 2011, foram gastos mais de33 milhes de dlares em materiais para embalagens no Brasil, com previsode crescimento para mais de 41 milhes de dlares j em 2015 (tabela 1.3).Esse aumento no consumo reflexo da melhoria da renda da populao,principalmente das classe C e D, nos ltimos anos, o que alavancou aproduo de produtos considerados suprfluos desejveis, como doces,salgadinhos em pacote e mistura para bolo. Como tendncia desse crescimento da indstria de embalagem,novos materiais esto sendo desenvolvidos, especialmente na rea dananotecnologia, para atender melhor s necessidades da sociedade

    contempornea relativas praticidade embalagens pequenas com comidasrpidas para o preparo e ao meio ambiente uso e descarte do material. Tendo em vista a colocao da indstria de embalagens no Brasil eno mundo, foi feita uma pesquisa prvia para este trabalho com o intuitode levantar alguns dados no sentido de mostrar as especificidades que estesegmento apresenta.

    Posio Ranking nacional Origem

    1 Amcor Australiana

    2 Bemis/Dixie Toga Canadense

    3 Brasilata Brasileira

    4 Crown Cork Americana

    5 CSN (CBL, Prada, Metalic) Brasileira

    6 Empax Brasileira

    7 Engepack Brasileira

    8 Globalpack Brasileira

    9 Iguau Metalgrfica Brasileira

    10 Klabin Brasileira

    11 Latapack Ball Americana

    12 MWV Americana

    13 Nadir Figueiredo Brasileira

    14 Nestl Sua

    15 Orsa Brasileira

    TABELA1.2 - ASMAIORESEMPRESASDEEMBALAGEMNOBRASILEPASESDEORIGEM, COMBASEEMESTIMATIVASGERAISDACAPACIDADEPRODUTIVA

    Fonte: DATAMARK.

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    TABELA1.3 -CONSUMODEMATERIAISDEEMBALAGEMNOBRASIL:VALOR(HISTRICOEPROJEO)

    *EstimativaCAGR: Compounded Annual Growth RateFonte: DATAMARK

    Material Milhes (US$) 2007 - 2011

    CAGR

    2011 - 2015*

    CAGR2007 2011 2015Plstico 12.530 16.995 20.323 7,9% 4,6%

    Celulsico 6.640 8.654 11.858 6,8% 8,2%

    Metal 4.312 6.364 7.728 10,2% 5,0%

    Vidro 898 1.262 1.442 8,9% 3,4%

    Total 24.381 33.274 41.351 8,1% 5,6%

    Plstico52,63%

    Cartolina ePapelcarto

    4,29%

    GRFICO1.1 - EMPREGOFORMALPORSEGMENTO

    Fonte: "Embalagens: design, materiais, processos, mquinas e sustentabilidade"; p.33

    Papelo ondulado15,72%

    Papel9,19%

    Madeira6,49%

    Metal8,21%

    Vidro3,47%

    3. O corte-e-vinco o acabamento utilizado

    em sacolas, envelopes, caixas e embalagens

    em geral. Para realiz-lo, utiliza-se umafaca como lmina que quando aplicadas

    com presso sobre o substrato, daro

    simultaneamente o corte, o vinco e a serrilha

    para destaque e dobra. A faca desenhada

    em software para desenhos tcnicos (do tipo

    CAD), que utiliza diferentes tipos de linhas

    (tracejadas e pontilhadas) (INSTITUTO DE

    EMBALAGENS, 2011, p.219).

    Tendo em vista a colocao da indstria de embalagens no Brasil eno mundo, foi feita uma pesquisa prvia para este trabalho com o intuitode levantar alguns dados no sentido de mostrar as especificidades que essesegmento apresenta. As embalagens podem ser classificadas pelo tipo de material queutilizam. Nesse sentido, h quatro principais categorias: embalagens de papele derivados, embalagens de metal, embalagens de vidro e embalagens deplstico. Cada tipo de material apresenta propriedades diferentes e, portanto,aplicaes variadas.

    Para as embalagens de papel, foram identificados 11 tipos de papisdiferentes e dezenas de combinaes de papelo ondulado que, para cadatipo de onda, apresenta caractersticas especficas, como resistncia traoe ao impacto. Desse material, podem-se fazer infinitas variaes de facas3,gerando os mais diferentes tipos de embalagens, como caixas, sacolas, sacos,embrulhos e invlucros.

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    Embalagens de vidro possuem aproximadamente 9 tipos defechamentos, podendo atingir diversas formas em frascos, garrafas, potes

    e outros formatos. Alm disso, pode-se aplicar ao vidro vrios tipos deacabamentos, como texturas em relevo e cor. So conhecidos 7 formas de embalagens de metal (latas, aerosol,galo etc.) que podem variar de acordo com os 6 tipos de abertura (Easy Open,fricco, rosca etc.) e com o material: folha de flandres, alumnio, ao cromadoe ao sem revestimento. Dentre todos os materiais, o plstico o mais diversificado eabrangente, atuando praticamente em todos os segmentos de embalagens.Entre embalagens rgidas e flexveis, h mais de 30 tipos de polmerosque podem trabalhar sozinhos ou combinados com outros materiais. Deembalagens termoformadas a filmes plsticos, h centenas de possibilidadesde embalagens para esse segmento. Saindo da parte estrutural, existe ainda uma imensa variedade deacabamentos, como laminao, verniz, hot stamping, cold stamping(ou coldfoil), relevo, Braile e adereos (fitas, tags, papel seda, ilhoses etc.), podendo-secriar combinaes entre eles. As embalagens necessitam de uma identidadevisual e, para isso, existem os mais diversos tipos de rtulos (adesivos,luvas, in mode label, shrink etc.) e etiquetas de diferentes tipos de materiaise tcnicas de impresso (offset, rotogravura, flexografia, tampografia eserigrafia). Assim, levando-se em conta a relevncia da embalagem no sistema

    econmico e seu grau de especificidade tanto em seu vocabulrio como emsua aplicao, acredita-se que um guia elucidando essas questes serviriacomo um ponto positivo para aqueles que desejam se iniciar nesse campo. Este trabalho de concluso de curso foi desenvolvido conjuntamenteao projeto de iniciao cientfica4, Levantamento e sistematizao deinformaes em relao aos materiais, processos de produo e impressoem embalagens , cujo objetivo foi levantar e organizar os principaismateriais, processos de produo e impresso em embalagens. Com isso, estetrabalho de concluso de curso diz respeito, principalmente, elaborao doprojeto, estruturas e interfaces objeto-usurio, uma vez que as informaesrelacionadas ao contedo j foram levantados na iniciao cientfica. Contudo,

    no houve a possibilidade de escrever dados suficientes para um livro, o quefez com que muitas das informaes fossem retiradas diretamente dos livrosde referncias, a fim de simular a quantidade de texto e imagens que o guiasupostamente teria.

    4. FAPESP processo 2014/12629-3.

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    1.1 OBJETIVOS

    Este trabalho de concluso de curso tem como objetivo centralizarinformaes em relao aos materiais, processos de produo e impressode embalagens para que possam ser facilmente compreendidos, comparadose analisados de forma sistemtica por estudantes e profissionais recm-formados em design ou em reas correlatas e que necessitam dessesconhecimentos para o desenvolvimento acadmico ou profissional. Issoocorrer por meio de um projeto de um guia impresso e/ou digital. No faz parte do objetivo deste trabalho desenvolver o contedo doguia e, portanto, todas as informaes sero retiradas da bibliografia existente,de outros documentos e das visitas tcnicas. Alm disso, o guia no tem apretenso de cobrir todos os aspectos da embalagem, mas sim de oferecer umconhecimento introdutrio aos aspectos dos materiais, processos de produoe acabamentos grficos que envolvem esse campo.

    1.2 MOTIVAOEJUSTIFICATIVA

    Ao se deparar com o desafio de propor um projeto de concluso decurso, muitas ideias vieram mente, porm, nenhuma que agradasse. Umaideia superficial sobre o que tratar j existia algo relativo a embalagem eproduo grfica , mas no se sabia como abordar. Em conversas preliminares com o professor Cludio Portugal surgiu asugesto de se fazer um guia de embalagens. A princpio, considerou-se que omaior desafio como designer estaria relacionado diagramao, organizaoe comunicao do guia. Contudo, logo nas primeiras pesquisas, foi possvel

    notar o grande universo de especificidades do design de embalagens, cujodesafio lidar tanto com as solues grficas quanto com as tecno-estruturais.Dessa forma, tambm se revelou um desafio elaborar um contedo queabordasse esses dois assuntos mostrando que as embalagens so a fuso deelementos grficos e estruturais. Embora o estudo do design tenha se expandido nas ltimas dcadas,com o surgimento de cursos especficos sobre o assunto, percebe-se aindaum nmero escasso de bibliografias de referncia e com contedo de fcilcompreenso. Nesse sentido, a maior motivao produzir mais um contedoreferente a embalagem que possa auxiliar, mesmo que de forma bsica,

    estudantes mas no somente interessados em se iniciar na linguageme nas questes que envolvem as embalagens. Para tanto, acredita-se que oguia possa corresponder a estas necessidades iniciais por ser um instrumentoconsultivo e informativo de rpido acesso.

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    1.3 PROCEDIMENTOSMETODOLGICOS

    Este projeto de concluso de curso teve como procedimentos metodolgicostrs pontos principais: levantamento de dados, que abrange tanto os materiaisbibliogrficos como exemplares de guias j existentes, tratamento de dados eresultados.

    1.3.1 Levantamento de dados

    Levantamento bibliogrfico e pesquisa de campo: com o intuito delevantar e entender de que forma as informaes so difundidas atualmente,foram feitas pesquisas tanto de obras de referncia em embalagem quanto deguias dos mais diversos temas, a fim de se compreender as estruturas que oscompem. Na pesquisa de campo, bancas de jornal foram visitadas para seobter o registro numrico e fotogrfico dos guias disponveis. Alm desses,alguns livros-guias do campo do design foram usados, uma vez que noexistem guias especficos de embalagens. No caso das informaes relativasaos guias digitais, foram adquiridas por meio dos buscadores da internet(especificamente, o Google). Para complementar a pesquisa, um questionrio foi elaborado paraentender quais seriam as expectativas e necessidades que o pblico-alvo do

    guia tinha em relao a contedo e formato.

    1.3.2 Tratamento de dados

    As informaes levantadas foram analisadas e classificadas segundosuas principais caractersticas. Para os guias impressos e digitais, foramlevantados pontos relativos ao design grfico, como diagramao, tipografia,uso de cores e imagens. Alm disso, questes referentes ao volume de texto ehierarquia das informaes tambm foram tratadas em cada anlise.

    1.3.3 Resultados

    Na fase dos resultados, os dados levantados foram analisados epontos positivos e negativos foram identificados em cada tipo de plataforma.A partir deles, foi proposta uma srie de requisitos de projeto que atendessemaos objetivos deste trabalho.

    1.3.4 Projeto

    Considerando o nvel de pertinncia dos requisitos propostos, odesenvolvimento do projeto foi pensado em duas partes: os pontos estruturais

    (dimenses do guia, tipo de papel, estrutura, suporte do contedo etc.) e ocontedo (grid, diagramao, uso das cores, imagens etc.).

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    O dicionrio Houaiss5traz vrias definies de guia. As principais so:

    1. Ato ou efeito de guiar; 2. Documento com que se recebem mercadorias ou encomendas ouque as acompanha para poderem transitar livremente; 3. Formulrio com que se fazem recolhimentos s repartiesarrecadadoras do Estado; 4. Autorizao, permisso uma g. para ser internado num hospitalg. de transferncia; 5. Correia comprida com que o picador segura o animal para adestr-lo; 6. Dispositivo (como rgua, linha, aro, presilha, esquadro) que serve paraorientar ou regular o movimento de uma ferramenta, de uma mquina ou da mo; 7. Pessoa que acompanha ou dirige outra(s) para mostrar-lhe(s) o caminho; 8. Pessoa encarregada de mostrar a visitantes cidades, museus,monumentos histricos, prestando-lhes esclarecimentos sobre os lugares e asobras visitados; 9. Aquele ou aquilo que serve de diretriz, de modelo, que inspira umapessoa o meu g. so os clssicos;

    10. Manual, publicao para uso turstico; roteiro g. da cidade do Riode Janeiro; 11. Livro, manual, publicao contendo instrues, ensinamentos,conselhos de diversas naturezas g. de higiene g. das mes.

    A ltima definio foi destacada porque a que mais se aproxima aointuito deste trabalho. A partir dessa definio e das pesquisas de campo, foipossvel distinguir os guias de acordo com contedo e plataforma. O contedopode mostrar questes diretas e superficiais (exemplo: publicao para usoturstico ou receitas de bolo), o que no a proposta deste projeto, ou trazerensinamentos (exemplo: guia das mes ou guia dos curiosos), sendo as

    plataformas possveis a impressa ou a digital. Com base nessas definies,foram desenvolvidas duas classificaes.

    GUIA DE LOCALIZAO: indica uma rua, uma casa para comprar, uma grficaperto do trabalho, uma sesso de cinema, um restaurante, um teatro etc. Ainformao obtida rapidamente, uma vez que o objetivo est bem definido eno so necessrias outras informaes.

    2 DEFINIODEGUIA

    5. Dicionrio digital Houaiss (http://houaiss.

    uol.com.br/ - acessado em 12/8/2014).

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    GUIA DE INFORMAO: fornece informaes detalhadas sobre algoespecfico dentro de um campo maior relacionado a um tema: determinada

    curiosidade sobre esportes olmpicos, instituies de nvel superior quefornecem determinado curso de graduao, caractersticas de fontes dentroda editorao, propriedades do metal para designers industriais, impressolitogrfica para produtores grficos e caractersticas do stand-up pouch nasembalagens. A informao obtida rapidamente, porm, o restante do guiapode ajudar no entendimento e aprofundamento de um determinado tema, ouseja, existe um ensinamento dentro do guia como um todo.

    Inicialmente foram analisados tanto os guias de localizao como os deinformao, porm, devido pouca relevncia que os dados sobre os guias delocalizao efetivamente traziam para este projeto, preferiu-se no detalh-losneste relatrio.

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    A pesquisa de campo consistiu em procurar, primeiramente, em bancas dejornal, impressos que se intitulassem guias. Foram encontradas 38 revistasde diversos assuntos que se nomeavam guias. Dessas, 27 foram classificadascomo guias de informao. Em seguida, uma pesquisa online foi feita com oobjetivo de levantar alguns sites que tambm se intitulavam guias. Ao todoforam analisados 29 sites (18 classificados como guias de informao) paraesta pesquisa. Ao final da coleta dos dados, foi formulada uma tabela (tabela 3.1) quedividiu os guias de informao em impressos e digitais.

    3 PESQUISADECAMPO

    3.1 TABELASDEGUIASCOLETADOS

    Digital

    guiadoestudante.abril.com.br/guiadacarreira.com.br/

    guiadoscuriosos.com.br/guiadomacom.com.br/

    guiadoturista.uol.com.br/guiada3aidade.com.br/guiabrasil.ca/

    guiadamae.com/guiadobebe.uol.com.br/

    honda.com.br/automoveis/pos-venda/guia-tecnico-ilustrado-3d/Paginas/default.aspx

    guiadosquadrinhos.com

    guiadopc.com.brguiajogos.com.br

    guiadeenfermagem.com.br/inicial

    guiadadieta.com.br/

    guiatrabalhista.com.br/guiaempreendedor.com/

    guiadomarceneiro.com/

    GuiasdeInformao

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    Impresso

    Guiasde

    Informao

    Guia de So Paulo - Online editora (R$14,99)Guia So Paulo - Editora Europa (R$17,94)Guia de Miami e Orlando - Coleo Guia Lazer e Turismo (R$24,99)Guia Quatro Rodas: Brasil 2014 - Ed. Abril (R$36,00)Guia Capricho: Disney e Orlando - Ed. Abril (R$11,90)Guia de Viagens: Nova York - National Geographic (R$49,99)Guia Viagens e Destinos: Praias - Ed. Alto Astral (R$12,90)Guia de Cruzeiros - Ed. Europa (R$26,90)Guia Visual: Roma/ Paris - Coleo Folha de S. Paulo (R$39,90)The Rough Guide to Australia - Rough Guides (US$26,99)Italiano: Guia de Conversao para Viagens - Guia Visual Folha de S. Paulo (R$18,90)

    Miniguia de Sade: Diabetes - Alto Astral Editora (R$4,99)Guia da Boa Sade: Viva Bem sem Glten - Ed. Coquetel (R$11,90)

    Guia da Alimentao Saudvel - Alto Astral Editora (R$14,90)

    Guia de Decorao de Natal - Casa Dois Editora (R$24,99)Guia da Reforma - Ed. Abril (R$29,90)Guia da Jardinagem - Casa Dois Editora (R$34,99)Guia Manual do Construtor: Projetos - Case Editorial (R$9,90)Guia de Projetos para Construir - Casa Dois Editora (R$19,99)Guia Minha Construo - Online EditoraGuia Armrios e Closets - Online Editora (R$24,99)Guia de Varandas e Sacadas - Online Editora (R$14,99)Guia de Cores e Iluminao - Online Editora (R$19,99)

    Guia Oficial Franquias - Associao Brasileira de Franchising (R$80,00)O Guia Completo PS4/ XBOX ONE - Online Editora (R$29,99)O Completo Guia para iPad - Online EditoraGuia Informtica Fcil - Case Editora (R$9,90)

    De modo geral, o que se nota com o levantamento de campo queexiste um grande nmero de guias de informao impressos e poucos delocalizao, como os guias de ruas. Isso muito provavelmente ocorre devido predominncia do uso da internet para buscar esse tipo de informao, umavez que ela facilita o acesso informao e torna o processo de localizaomais prtico e direto, alm de ser, de certa forma, gratuita6. Por outro lado, a

    diversidade de guias de informao impresso se sobressai, pois ainda existe,em certas situaes, uma maior credibilidade e comodidade para se obteras informaes desejadas. Por exemplo, existem muitos guias de receitas decomidas, voltados para diferentes pblicos. Estar com as receitas impressasajuda quem for prepar-las, j que possvel deixar a revista ou o livro abertossobre a mesa para consulta, ao passo que, em caso de uso de smartphone,tablet ou notebook, possivelmente esses equipamentos se sujariam ou atseriam danificados.

    Outro caso comum de guias impressos que se verificou na pesquisaforam os guias de viagem e turismo. Quando se est conhecendo um lugar,

    muito mais fcil ter em mos vrias informaes teis sobre a regio, comorestaurantes, hotis, pontos tursticos e meios de transporte. Sem dvida,esses dados so facilmente obtidos na web, porm, o ritual de planejar emarcar todos os pontos importantes em um guia impresso e lev-los naviagem ajuda a organizar o roteiro.

    6. O servio de internet pago como

    um todo e no especificamente paradeterminada informao, como no caso da

    compra de um guia.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias16

    Na pesquisa de campo, ao se observarem os guias disponveis nasbancas de jornal, notou-se que abordam uma variedade grande de assuntos

    diferentes. No entanto, percebe-se que, para alguns temas, mais exploradoo formato de revista, como nas reas de construo e arquitetura, turismoe viagens e culinria. Dentro do segmento de culinria, verificaram-se guiasdesde pratos requintados at os mais bsicos para serem feitos em 30minutos, cada qual enfocando diferentes nichos de pblico, como alimentospara diabticos e alimentos sem glten. Alm desses, ainda foi possvel encontrar guias na rea de eletrnicos,como iPad e vdeo games, e temas variados, como guia de franquias e deitaliano. Para poder fundamentar o desenvolvimento do projeto, os guiasimpressos e digitais foram analisados segundo critrios que envolvem oprojeto de design, a partir do qual foram levantadas informaes em relaoa elementos da diagramao (alinhamento, grid, tipografia, hierarquia dasinformaes), quantidade de informao, imagens, fotos e cor. A anlise dos elementos relacionados ao design grfico dos guiasfoi feita para ajudar a entender como os impressos e os sites se organizamgraficamente. Por meio dela, pode-se comparar os aspectos observados deforma a verificar se existe um padro nos guias em relao composio elinguagem grfica, e como ele se estabelece. Decidiu-se tambm verificar o volume de informao com o intuitode mapear o grau de especificidade e profundidade que os variados tipos de

    guias atingem. Com isso, possvel entender o volume de contedo que umguia voltado para estudantes de design e recm-formados costuma ter. Vale ressaltar que nem todos os guias impressos listados foramanalisados com mais profundidade, uma vez que os estabelecimentos (bancasde jornal) no permitiram que se folhassem todos os impressos. Por isso,muitas imagens foram adquiridas na internet e outras registradas pelo autor,no estando na melhor posio ou resoluo para serem analisadas. Contudo,acredita-se que no houve prejuzo para o desenvolvimento do projeto.

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    3.1 ANLISEDOSGUIAS

    INFORMAO- IMPRESSO

    Os guias de informao impressos foram divididos em quatro categoriasprincipais: guias de viagem e turismo; de sade e boa forma; de arquiteturae decorao; e outros que contemplam franquias, informtica e vdeo games.Os preos e a qualidade de cada um variam de acordo com o segmento depblico que eles pretendem atingir. Pode-se observar tambm que nos guias de viagem existem duasvariaes: um vendido no formato de revista, normalmente voltado para umdestino especfico, como Disney e Flrida; outro vendido em formato maiscompacto e traz informaes detalhadas de determinado pas, mais grosso ede melhor qualidade.

    GRID: Os grids das revistas so simples, funcionais e procuram arriscarpouco na diagramao, trabalhando com duas, trs ou at quatro colunas,dependendo das dimenses da revista. No caso do Guia Manual do ConstrutorProjetos, optou-se por trabalhar com um grid de duas colunas, uma vez quea quantidade de texto no muito grande e o foco est concentrado nas

    imagens, que ocupam considerveis reas das pginas. Foi deixado poucoespao nas margens externas e entre as colunas. No Guia de Decorao deNatal, por exemplo, devido s propores da revista, mais larga se comparadaao exemplo anterior, foi usado um grid com trs colunas para a organizao dotexto e das fotos, sem respeitar, necessariamente, uma sequncia horizontal.

    Fonte: Google images.

    Fig.3.1.1 - Guia Manual do Construtor:Projetos.

    Fig.3.1.2 - Pgina"Integrao deambientes".

    Fonte: Foto do autor.

    Revista brochura com uso

    de papel de baixa qualidade

    em preto branco.

    O grid definido por duas

    colunas.

    A revista varia

    tipograficamente com fonte

    serifada no ttulo e fonte

    sem serifa no texto.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias18

    Os impressos, em sua maioria, seguiram o alinhamento dadiagramao sendo que alguns tiveram mais cuidado com esta questo do

    que outros. Por exemplo, nos guias de arquitetura e construo as imagens eos textos seguem rigidamente o alinhamento da pgina como visto no GuiaManual do Construtor.

    Fonte: Foto do autor.

    Fonte: Foto do autor.

    Fonte: Foto do autor.

    Fig.3.1.3 - Guia de Decorao de Natal. Fig.3.1.4 - Pgina "Riqueza de detalhes".

    Fig.3.1.5 - Pgina "ndice".

    Grid dividido em trs colunas,com pouco espaamento entre as

    colunas.

    Apenas no ndice as fotos forampostas desalinhadas e no seguem

    a estrutura proposta pelo grid. Vejao desalinhamento entre as fotos 8 e

    as verticais 42.

    A revista apresenta pouco texto eexplora bastante as fotografias de

    ambientes decorados.

    Para o ttulo foi escolhido uma fonteserifada e para os subttulos e texto

    fontes sem serifa.

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    FELIPEITAI 19

    TIPOGRAFIA: De modo geral, as revistas utilizam fontes serifadas para o textoe fontes em bold sem serifa para os ttulos, podendo variar em uma revista ou

    outra. Uma exceo foi localizada na revista Guia Manual do Construtor, naqual uma fonte sem serifa foi usada no texto e outra serifada para os ttulos.Em relao ao tamanho das fontes, pode-se notar que h uma leve variaode acordo com o volume de texto. Em guias como o Guia So Paulo, daeditora Europa, fica ntida a necessidade de se compactar o grande nmerode anncios em uma pgina. Para isso, reduziu-se o tamanho das letrasdificultando consideravelmente a leitura.

    Fig.3.1.6 - Guia So Paulo.

    Fig.3.1.8 - Pgina"Mario de Andrade".

    Fonte: Foto do autor.Fig.3.1.7 - Diagramao orientada

    em duas colunas, uma para texto

    em portugus outra em ingls.

    Cores e fontes

    so diferenciadas

    para destacar cada

    lngua.

    A hierarquia das

    informaes se d

    pela variao do

    tamanho, peso e

    cor das fonte.

    A revista trabalha apenas com

    o vermelho e o cinza para dar

    destaque a certos assuntos.

    Em praticamente todas as

    pginas so usadas fotografias

    que se aproveitam das pginas

    centrais para explorar melhor

    viasualidade e aumentar o

    impacto das imagens, pelo seu

    posicionamento central.

    Fonte: Foto do autor.

    Fonte: Foto do autor.

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    HIERARQUIA DAS INFORMAES: Todas as revistas possuem um sumriodividindo o tema principal em vrios subitens, destrinchando e mostrando

    vrios aspectos que contemplam o assunto principal. Contudo, o graude especificidade e profundidade depende do segmento e dos recursosdisponveis. A maioria dos guias de viagem, por exemplo, aborda basicamenteos mesmos assuntos, como hospedagem, restaurantes e turismo, uma vez queo interesse maior est em obter anunciantes. No aspecto visual, a hierarquiadas informaes pode se dar com a diferenciao da tipografia (mudana notamanho, peso e cor da fonte), com a unidade e a segregao dos elementos, oucom a continuidade das informaes, ou seja, apresenta um comeo e um fim.COR: O uso das cores varia bastante nos guias, indo desde o uso apenas depreto e branco at elementos mais coloridos. De modo geral, os guias tentamadequar o uso das cores com sua proposta temtica. O Guia Manual doConstrutorusou apenas impresso preto e branco em papel reciclado. Comoeste guia apresentava muitos esquemas de plantas de casas, no seria umgrande diferencial o uso de cores. Essa alternativa provavelmente ajudou areduzir o custo das tiragens. O guia The Rough Guide to Australia, por sua vez,trabalhou apenas com uma cor para dar identidade a todo o projeto grfico.

    Captulos

    marcados para

    busca rpida.

    Hierarquia das

    informaes

    com mudana

    de peso e

    tamanho da

    fonte.

    rea destinada aos

    anunciantes. Fontereduzida e texto

    comprimido.

    Mapa simples

    e coerente com

    a propostagrfica do guia.

    Fonte: Foto do autor.

    Fig. 3.1.9 - The Rough Guide: Australia.

    QUANTIDADE DE INFORMAO: A quantidade de informao varia de acordocom o tema do guia. Alguns trabalham com mais textos, e outros, com menos,conforme a profundidade que cada assunto permite. Por exemplo, os guias dedecorao e construo costumam no apresentar um grande volume de texto,uma vez que geralmente so descries de plantas ou mtodos de construo,

    o que d margem para manipular mais imagens e fotos, alm de permitir maisreas brancas de respiro. Por outro lado, os guias de turismo possuem umagrande quantidade de texto, principalmente de anunciantes. Alm disso, asdimenses usadas para os guias de viagem normalmente so compactas paraque sejam levados dentro da mala ou da mochila sem ocupar muito espao, oque faz com que seu contedo seja bastante objetivo e breve.

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    IMAGENS: O nmero de imagens tambm vai depender do tipo de guia,sendo que alguns exigem mais que outros, principalmente por questes

    didticas, para se compreender melhor o assunto. Os guias de turismo e oGuia Oficial de Franquiasno precisam, necessariamente, de ilustraes, massim de fotos, para mostrar uma paisagem ou uma franquia bem sucedida. Nosguias de turismo, de suma importncia a presena de mapas das cidades,cujas ilustraes devem ser o mais legveis possvel. No que diz respeitoaos guias de construo e arquitetura, quase em sua totalidade, mostramimagens de plantas ou imagens feitas em softwares 3D, ocupando at umapgina inteira. No entanto, o Guia Informtica Fcil um exemplo de guia quenecessita usar imagens para orientar seus tutoriais, mas, para no elevar opreo do produto, optou-se por utilizar um suporte de baixa qualidade (papelreciclado), o que comprometeu, consequentemente, as imagens.

    Fig.3.1.10 - GuiaInformtica Fcil

    Fig.3.1.11 -

    Pgina "Passoa passo"

    Fig.3.1.12

    - Pgina"Criadorde DVD"

    Fonte: Google images

    Guia do tipo pocket com material e

    impresso de baixa qualidade.

    Miolo impresso apenas em preto

    e branco.

    Utiliza muitas imagens de baixa

    resoluo no passo a passo das

    ferramentas. Imagens e textos esto

    sempre apertados no layout da pgina.

    Fonte: Fotodo autor Fonte:

    Foto doautor

    FOTOS: Assim como nas imagens, o uso de fotos tambm varia de acordocom a abordagem do guia. O apelo visual das fotos em guias de turismo econstruo faz toda a diferena no momento de mostrar como o hotel ondealgum vai ficar ou como ser a aparncia de um apartamento finalizado. Tudoisso serve tanto para informar quanto para atrair o consumidor a compraro guia. As fotos nesses guias costumam ocupar uma boa parte das pginasfazendo, muitas vezes, um jogo de composio com o texto. A questo visualtambm se apresenta como elemento fundamental nos guias de sade. Porexemplo, no guia Viva Bem Sem Glten, as fotografias adquirem um fortesentido de appetite appeal, alm disso, existe a preocupao de passar a

    imagem de que a refeio sem glten no precisar feita de pratos feios epouco atrativos.

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    Fig.3.1.15 - Guia Capricho:

    Disney e Orlando.

    Fig.3.1.16 - Pgina "Showse desfiles".

    Fonte: Google images.

    Uso de muitas fotos

    para ilustras os

    eventos tursticos.

    Peso, tamanho e corda fonte so usados

    para diferenciar a

    importncia dos

    elementos.

    Uso de fonte com

    caractersticas jovem e

    despojada.Fonte: Foto do autor.

    A hierarquia das informaes

    so trabalhadas a partira das

    cores e da mudana na fonte.

    Fig.3.1.13 - Pgina "Arroz doce". Fig.3.1.14 - Pgina "Glten".

    Fig.3.1.12 - Guia da BoaSade: Viva Bem sem Glten.

    Fonte: Google images.

    Nas pginas de receitas, o layout

    foi dividido em duas colunas com

    cores diferentes para dar destaque

    a determinadas receitas.

    Fonte: Foto do autor. Fonte: Foto do autor.

    Fig.3.1.17 - Pgina "BushGarden"

    Fonte: Foto do autor

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    INFORMAO- DIGITAL

    Na internet existem guias para praticamente tudo, porm, aqui focaremos

    apenas naqueles que classificamos como de informao. Os guias deinformaes encontrados no meio digital abordam diferentes temas, mastodos tm em comum a gerao de contedo. Muito provavelmente osusurios desses sites os procuram, inicialmente, com uma dvida ou interesse,todavia possvel que olhem tambm outros contedos, uma vez que asinformaes se relacionam e se complementam. Foram analisados 18 guias de diferentes assuntos. A abrangncia dosassuntos assim se d, pois praticamente qualquer assunto admite um guia deinformaes.GRID: O grid dessas pginas segue os seguintes princpios grficos, j vistosanteriormente. Logo no topo, esquerda, frequentemente posta a marcado site, seguida por uma barra de opes dividida por assuntos, que seriamcomo os captulos em um impresso. Esses links podem ou no se abrir emmais opes de consulta, agilizando, assim, a busca, como ocorre no Guia doTurista, que, ao passar o cursor sobre o tpico Destinos, os nomes das regiesaparecem em uma lista alfabtica para clicar na letra desejada.

    Fonte: http://www.guiadobebe.uol.com.br/

    A pgina do site organizada

    em 4 zonas. A barra de

    ferramentas no topo, a barra

    de ferramentas esquerda, os

    anncios direita e os artigos

    no centro. Embora estejam

    blocados em caixas, as partes

    no conversam entre si,

    pecando principalmente pelo

    axcesso de contedo.

    Fig.3.1.18 - Pgina inicial Guia do Beb.

    A seguir, no corpo do site, esto as informaes atualizadasrecentemente ou os tpicos mais acessados. Geralmente, vm em blocos

    separados por assunto e apresentam uma imagem juntamente com um breveresumo ou introduo do contedo, que, quando clicados, direcionam pgina de interesse. Ao lado do corpo do site, pode-se encontrar uma ou duas(uma de cada lado) abas destinadas aos anunciantes ou para listagem de itensmais especficos em relao queles que constam no topo. Na base da pgina comum encontrar o mapa do site e a assinatura do desenvolvedor.

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    Normalmente, quando analisamos websites, dificilmente encontramoserros de alinhamento, porm, podem ocorrer erros na programao que

    fazem com que uma coluna ou linha fique fora do grid proposto. O que podeacontecer, como no caso doGuia do Beb, que, devido ao grande nmerode caixas de informao associadas aos anncios, alguma coisa ou outrasaia do alinhamento, o que na prtica no atrapalha a funcionalidade do site,porm, cria um efeito esttico desagradvel. O efeito disso que se nota,frequentemente, que sites mais bem acabados graficamente passam maiorsensao de credibilidade do seu contedo.

    TIPOGRAFIA: No meio digital, a tipografia pode ser trabalhada de formadiferente do meio impresso, uma vez que no existe a questo do substratoa ser impresso. De modo geral, os sites tentam evitar tipografias serifadas,embora no Guia do Beb sejam usadas tanto fontes com serifas como sem.Outro hbito dos sites no mudar a fonte, explorando apenas suas variantes(bold, itlico e light). Isso mantm a linguagem e a coeso das pginas.Normalmente, as fontes usadas no meio digital no so as mesmas usadasno meio impresso. Entretanto, isso pode acontecer, como no caso do Guia doEstudante, em que, para manter a identidade da revista, optou-se pelo uso defontes semelhantes nas duas mdias.HIERARQUIA DAS INFORMAES: As pginas costumam apresentar umaboa hierarquia de informao. Na barra principal esto localizados os grandes

    temas, onde, provavelmente, a maioria das pessoas vai buscar informaes. Ahierarquia se d principalmente por meio das cores, pela variao do tamanhoda fonte e por sua posio na pgina. Informaes que esto no topo dapgina costumam ser mais relevantes do que as que esto embaixo.

    COR: As cores so fundamentais e amplamente exploradas, ainda maisno meio digital, em que praticamente no h limites para o uso das cores,como ocorre no impresso. De modo geral, os sites definem uma paleta decores envolvendo principalmente as cores da marca, afim de estabeleceruma linguagem visual coerente. Por exemplo, o Guia dos Curiosostrabalhasomente um tom de laranja por fazer parte do logotipo. Por outro lado, no

    Guia do Estudante,embora a marca seja vermelha, explora-se uma paletamais variada, para marcar a diferena dos assuntos.

    QUANTIDADE DE INFORMAO: A quantidade de informaes varia bastante.No Guia da Terceira Idade, o contedo bem enxuto, com poucos artigos.Acredito que isso acontea pelo fato de ser mais interessante economicamentechamar a ateno dos anunciantes da revista do que propriamente expandiro contedo do site. No Guia do Beb, pelo contrrio, h um excesso deinformaes, criando uma certa poluio visual no layout, o que prejudicaa busca e a visualizao das informaes. Muitos elementos colados,

    com poucas reas em branco, fazem com que as informaes percam suahierarquia, diluindo-nas na mancha grfica.

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    Fonte: http://www.guiadoestudante.abril.com.br/

    Fonte: http://www.guiadoestudante.abril.com.br/

    Fig.3.1.19 - Pgina inicial Guia doEstudante.

    Fig.3.1.20 - Pgina Profissese Universidades do Guia doEstudante.

    Percebe-se na pgina inicial

    que as categorias do site

    foram diferenciadas por cores.

    A pgina tem uma diviso

    em duas colunas. A da

    esquerda que maior agrupa

    notcias e outras categorias,

    como Vestibular e Contedo

    Especial. J a coluna da direita

    apresenta anncios e redes

    sociais.

    Selecionando a pgina

    Profisses e Universidadespercebe-se que as duas

    colunas do grid se mantm.

    Uma barra de busca surge

    para a localizar cursos e

    universidades. Logo abaixo, o

    usurio tambm tem a escolha

    de selecionar reas de ensino

    caso ele no esteja procurando

    algo especfico.

    IMAGENS: Nos guias analisados, o uso de ilustraes no foi muito explorado.Comparados aos impressos, os guias digitais fazem pouco uso de infogrficose esquemas ilustrativos. No entanto, o Guia Tcnico Ilustrado da Hondatraz umrecurso diferenciado de ilustrao animada: por meio de modelos em 3D, aspartes do veculos so localizadas com um efeito de zoom in.

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    FOTOS: Praticamente todos os sites analisados usam fotos para os maisvariados objetivos. No Guia do Turista, as fotos so essenciais para chamar aateno aos locais de viagens. No Guia dos Curiosos, por exemplo, o uso defotos muitas vezes dispensvel, contudo, elas so mantidas para quebrarcom a monotonia do site, que basicamente texto, e trazer um elemento maisatrativo visualmente.

    Fig.3.1.21 - Pgina inicial do Guia TcnicoIlustrado da Honda.

    Fig.3.1.22 - Pgina Folga da Vlvula do GuiaTcnico Ilustrado da Honda.

    Fonte: http://www.honda.com.br/automoveis/pos-venda/guia-tecnico-ilustrado-3d/Paginas/default.

    aspx

    Fonte: http://www.honda.com.br/automoveis/pos-venda/guia-tecnico-ilustrado-3d/Paginas/default.aspx

    Na pgina inicial da Honda o usurio de

    ve escolher o carro da sua preferncia.

    A pgina trabalha apenas com tons de

    cinza e vermelho para dar destaque em

    alguns pontos.

    Aps selecionado o carro, o usurio

    pode selecionar qualquer parte que

    compe o veculo. Quando clicado uma

    animao em 3D localiza a posio da

    peca no veculo e amplia trazendo toda

    sua descrio logo abaixo.

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    Fig.3.1.23 - Pgina inicial do Guia dos Curiosos. Fig.3.1.24 - Pgina Mquiana de Calcular do Guia dos Curiosos.Fonte: http://www.guiadoestudante.abril.com.br/

    Na barra superior so apresentados os temas

    do guia (Bichos, Esporte Cincias e Sade). No

    restante da pgina so apresentadas curiosidade

    sobre o dia.

    Quando um assunto selecionado, um texto aparece

    descrevendo todas as curiosidade. Normalmente no

    aparecem fotos ou ilustraes.

    3.2 ANLISEDOSAPLICATIVOS

    Os aplicativos para computadores, smartphones e tablets vm sepopularizando, no Brasil e no mundo, como uma ferramenta rpida de busca

    e de informao. Por apresentar um formato flexvel em vrias plataformas,no demorou para que surgissem aplicativos-guias. Para este trabalho foipesquisada a palavra guia no site do Google Play Aplicativos7, obtendo-se250 resultados. Os aplicativos aqui analisados foram selecionados por seremverses adaptadas de guias impressos ou sites j vistos anteriormente nestetrabalho ou, ainda, por apresentarem sistemas interessantes para anlise.Na anlise dos aplicativos, decidiu-se fazer um estudo individualizado,diferentemente do que foi feito anteriormente, pois cada um apresentouvariaes significativas, no sendo possvel descrev-los por assunto, comofoi feito nos guias impressos e websites.

    De modo geral, os aplicativos vistos variavam pouco de assunto, sendopredominantes os temas: viagens, turismo e lnguas; sade, alimentao eexerccios fsicos; convnios mdicos e bulas. No caso dos aplicativos deviagens, alguns abordam apenas informaes especficas de uma regio (Guiade Manaus, por exemplo), outros so mais abrangentes pegando informaesde um pas (Guia Tailndia, por exemplo).

    7. Loja virtual de aplicativos (https://play.

    google.com/store - acessado em 10/8/2014).

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    Para cada aplicativo foi feita sua descrio e estudo do seu mecanismode busca. Os aplicativos foram divididos, assim como nas anlises anteriores,

    inicialmente por informao e localizao, mas para este relatrio se optoudestacar apenas alguns aplicativos de informao.

    INFORMAO

    Guia do estudanteGuia rpido de psicologiaGuia de academia

    Fig.3.2.1 - App Guia do Estudante.

    GUIA DO ESTUDANTETipo de guia: informao.Pblico-alvo: estudante pr-vestibular.

    DESCRIO:O aplicativo traz informaes sobre os principais vestibulares do Brasil, cursos

    oferecidos e instituies de ensino superior. Alm disso, possvel fazer umabusca das profisses, salrio-base da categoria e faculdades que oferecemcursos em determinadas reas. O aplicativo uma propriedade da EditoraAbril S.A., j foi baixado por mais de 100 mil8pessoas e avaliado com mdiade 4,3 em uma escala de 1 a 5 estrelas.

    O Guia do

    Estudante

    apresenta seis

    cones na pgina

    inicial de formaque seu uso seja

    bem objetivo.

    A barra de

    categorias

    pode deslizar

    para ambos os

    lados tornando

    a dinmica do

    aplicativo mais

    confortvel e

    rpida.

    Fig. 3.2.2 - App Guia do Estudante.Fig.3.2.1 - App Guia do Estudante.Fonte: imagem retirada do aplicativo pelo autor.Fonte: Google Imagem.

    8. Dado retirado do site https://play.google.

    com/store/apps/details?id=br.com.abril.

    guiadoestudante&hl=pt-BR em 15/6/2015.

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    ANLISE:O aplicativo vem como mais uma ferramenta para facilitar o acesso informao

    sobre profisses, vestibulares e instituies de ensino superior. Como vistoanteriormente, o Guia do Estudante conseguiu abranger duas plataformas impresso e website e comea a explorar o campo dos aplicativos. O aplicativo tem um layout simples, com poucas ferramentas, porm,com uma boa abrangncia de informaes. O objetivo do aplicativo claro e definido, ou seja, oferecer dados sobreos vestibulares, instituies de ensino superior e profisses. Nesse sentido,pode-se entender que, para cada tipo de plataforma, foram propostos objetivosdistintos sobre o mesmo tema. Nos impressos, so oferecidas informaesespecficas, como atualidades, histria e geografia para o ENEM e vestibular. Nosite, o usurio tem acesso ao mesmo contedo encontrado no aplicativo, almde outros, como jogos, simulados e informaes sobre ps-graduao.

    Fonte: Imagem retirada do site pelo autor. Fonte: Google Imagem.

    Fig.3.2.3 - Site Guia do Estudante. Fig.3.2.4 - Revista Guia do Estudante.

    Em relao ao mecanismo do aplicativo, pode-se notar um sistema

    simples de busca onde, logo na primeira pgina, seis botes so apresentados(figura 3.2.3). Cada item direciona para uma pgina, porm, possvel deslizarfacilmente a tela para o lado direito para consultar as pginas dos outros itens.Esse mecanismo oferece uma experincia agradvel ao usurio, uma vez que olayout intuitivo e no cria obstculos para o acesso ao contedo, como ter quevoltar pgina inicial ou ter que pressionar outros botes para fazer uma ao. Na pgina Onde Estudaro aplicativo oferece seis filtros de busca (rea,curso, estado, cidade, tipo de instituio e ranking de estrelas) e uma caixade busca rpida. Um problema identificado ao usar o aplicativo foi que no

    so encontradas instituies de ensino pelas suas siglas, por exemplo, USPdeve ser buscada como Universidade de So Paulo para que a instituio sejaencontrada. No entanto, um ponto positivo que no necessrio especificartodos os filtros. Determinando apenas um deles, o aplicativo j faz a busca detodas as instituies relacionadas.

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    Fig.3.2.5 - App Guia do Estudante.Fig.3.2.6 e 3.2.7 - App Guia doEstudante.

    Sequncia de imagens que

    mostram a busca de Onde Estudar.Fonte: Google Imagem. Fonte: Imagem retirada do aplicativo peloautor.

    O aplicativo faz uso de alguns cones para representar os itens nomenu principal e na pgina do Guia de Profisses. Os cones conseguempassar a ideia principal de cada pgina fazendo uso de formas sintticas

    que representam seu contedo, por exemplo, a Agenda de Vestibularesfoi representada com uma imagem de uma agenda sem muitos detalhes,preocupando-se em passar apenas os contornos do objeto. Em relao ao usode cores, o aplicativo usou uma paleta de cores neutras com tons de cinza eazul escuro, dando um destaque apenas na cor da marca, vermelha. O usode cores para diferenciar informaes no seria necessrio nesse caso, maspoderia ser melhor empregada como atrativo visual, uma vez que a maiorparte dos usurios so jovens adultos. De modo geral, sabe-se que as coresso utilizadas como estmulos sensoriais que podem, em certo grau, despertardesejo de fome, sensao de calor, frio, tranquilidade ou agitao, porexemplo. Para um pblico jovem, que est a todo momento conectado com a

    internet e recebendo informaes, interessante saber trabalhar com as corespara chamar a ateno e orientar o usurio para que ele no perca tempo deinteresse no contedo.

    GUIA RPIDO DE PSICOLOGIATipo de guia: informao.Pblico-alvo: estudantes depsicologia, pessoas que sofram ouconheam algum que tenha algum

    dos transtornos descritos e pessoasque se interessam pelo assunto.

    Fonte: Google Imagem.

    Fig.3.2.8 - App Guia Rpido de Psicologia.

  • 7/26/2019 Projeto de guia de embalagens para designers Introduo aos materiais, processos de produo e tipologias

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    FELIPEITAI 31

    DESCRIO:O aplicativo de autoria da psicloga clnica Paula Oliveira e tem o objetivo

    meramente informativo, no servindo, dessa forma, como base paraqualquer diagnstico ou tratamento. O guia traz sete assuntos, sendo algunsde conhecimento geral, como As Diferenas Entre o Psiclogo, Psiquiatra,Psicoterapeuta e Psicanalista, e outros mais especficos, como TranstornoBipolar Infantil. Alm dos guias rpidos, o aplicativo fala um pouco sobre simesmo e sobre a autora, servindo como meio de divulgao do seu trabalho.

    ANLISE:O aplicativo tem um mecanismo de uso simples. Logo no menu inicial, ousurio pode escolher acessar: Guias Rpidos, Sobre o Aplicativo, Sobre aAutora, Contatos ou Sair. O acesso rpido e leva direto ao objetivo. Aoapertar o boto Guias Rpidos, o usurio levado pgina dos guias rpidos,em que ele pode escolher um entre os sete assuntos disponveis.

    Fonte: GoogleImagem.

    Fig.3.2.9 e

    3.2.10 - GuiaRpido dePsicologia.

    A pgina inicial do

    aplicativo traz cinco

    categorias.

    A pgina seguinte

    a lista de guias

    rpidos que podemser consultados.

    So sete guias

    com informaes

    gerais e de doenas

    especficas.

    As informaes de cada guia rpido so detalhadas e abordamquestes como sintomas, causas e origens das doenas. Ao final de todos osguias rpidos, a autora deixa um convite para conhecer o seu trabalho, deixandoos contatos do consultrio. Pode-se considerar que, alm de informar, oaplicativo serve como uma plataforma de divulgao da profissional. No aplicativo foram explorados poucos aspectos grficos, restringindo o

    layout em botes e texto. Um leve tom de cor verde foi usado para dar contrastenos botes do menu inicial, mas no se repetiu no menu dos Guias Rpidos. Considerando os objetivos do guia, pode-se dizer que um bomaplicativo de consulta de informaes, pouco abrangente, porm, comprofundidade e de fcil acesso.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias32

    Fonte: GoogleImagem.

    Fig.3.2.11 e

    3.2.12 - GuiaRpido dePsicologia.

    Pgina sobre a depresso esquerda

    e o cantato da autora direita.

    GUIA DE ACADEMIATipo de guia: informao.Pblico-alvo: frequentadores deacademias de ginstica.

    Fonte: Google Imagem.

    Fig.3.2.13 - Guia de Academia..

    DESCRIO:O aplicativo foi desenvolvido pela empresa Mundo Compilado Ltda. e j foibaixado por mais 9 mil pessoas. A ferramenta traz: Guia de exerccios, Clculode IMC, Cadastro de treinos, Dicas e Msicas inspiradoras para o treino. Paramontar o treino possvel marcar e salvar os exerccios em uma lista defavoritos. O acesso do aplicativo no depende de conexo com a internet,

    exceto quando feito o download das msicas.

    ANLISE:Ao abrir o aplicativo, uma barra com um menu de opes aparece do ladoesquerdo da tela com a qual se pode escolher ser direcionado lista deexerccios, aos treinos, s dicas, s msicas, ao IMC, avaliao do aplicativo

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    FELIPEITAI 33

    e aos contatos. O mecanismo dessa barra de opes funciona de forma retrtilaparecendo sempre que pressionado o logo do aplicativo localizado na parte

    superior esquerda da tela.

    Fonte: Google Imagem. Fonte: Imagem retirada do aplicativopelo autor.

    Fig.3.2.14 - Guia de Academia. Fig.3.2.15 - Guia de Academia

    Pgina inicial do

    Guia de Academia

    esquerda e

    imagem do menu

    retrtil direita.

    Os cones so bem

    representativos,

    mas seguem uma

    coerncia grfica

    entre eles. Linha,

    cor e trao variam

    em cada cone.

    No guia de exerccios disponibilizada uma lista com as partes docorpo que o usurio deseja trabalhar. Ao selecionar uma delas, uma outrapgina se abre com os tipos de exerccios. Por ser um guia de academia,os exerccios esto ligados aos aparelhos comumente encontrados nesseambiente. Junto da descrio de como executar a atividade mostrada umailustrao detalhada do movimento e dos msculos trabalhados. Percebeu-seque existe uma variao das imagens utilizadas para representar os exerccios,mudando trao e modo de representar. Contudo, no h prejuzo para ousurio, pois em todos os casos foi possvel compreender as informaes.

    Fonte: Imagem retirada do aplicativo pelo autor.

    Fig.3.2.16 e 3.2.17 - Guia de Academia.

    Duas imagem que

    demonstram a variao que

    ocorre na ilustrao dos

    exerccios. Ambos representam

    bem o movimento, porm

    no seguem graficamente

    uma relao. Na imagem

    da esquerda o movimento

    representado numa mesma

    figura enquanto na outras so

    duas imagens.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias34

    Uma dificuldade que surgiu com o uso do aplicativo foi criar a lista detreino, pois exigia-se a execuo de uma sequncia de comandos que, para

    algum com pouco conhecimento em informtica, seria complicada de serealizar. Para se fazer a lista de treino preciso criar uma pasta apertando oboto verde no canto superior direito da tela, colocar um nome para o treino esalvar, obrigatoriamente. Em seguida, a pasta surgir em Meu Treino, ela deve serpressionada e depois editada com o cone (lpis) no canto superior direito.

    Fonte: Imagem retirada do aplicativo pelo autor.

    Fig.3.2.18 e 3.2.19 - Guia de Academia. As imagens mostram como editar e

    adicionar novos treinos no aplicativo.

    Os treinos ficam registrados no

    histrico para o usurio ter o controle

    da sua rotina.

    Nesse momento, surge uma tela muito parecida com aquela usadapara criar a pasta, o que gera certo estranhamento. Para adicionar exerccios,

    preciso apertar o boto verde para adicionar e escolher um deles, definir umnmero de repeties e sries e salvar. Analisando outros aplicativos foi possvel notar que o mecanismo dedeslizar a tela para passar de uma pgina a outra se mostrou mais intuitivoe eficiente do que apertar um boto. No caso deste aplicativo, necessriovoltar a pgina vrias vezes para ir de uma opo a outra, clicando sobre umboto, o que se mostra um inconveniente. Graficamente, o aplicativo tem um aspecto clean (poucos elementosque poluem a pgina), utilizando somente texto e cones para facilitar apercepo das funes. Os cones representam bem a funo, porm, no

    parecem ter coerncia grfica entre eles. J a tipografia sem serifa no geradificuldades na leitura e est bem composta com a proposta do aplicativo.

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    FELIPEITAI 35

    Fonte: Imagem do autor.

    Fig.3.2.20 - Guia de Design Editorial.

    3.3 ANLISEDELIVROS-GUIAS

    Foram selecionados quatro livros para serem analisados: trs so guias cujostemas envolvem questes do design grfico, e o quarto um manual deembalagem de mveis. Esses livros foram escolhidos por se aproximarem daproposta estrutural deste trabalho, tanto no aspecto fsico como no que dizrespeito a contedo. Observando os pontos comuns e divergentes entre oslivros, foi possvel verificar como eles se comportavam em relao aos guiasde bancas de jornais, vistos anteriormente. Os livros foram analisados, principalmente, segundo seu modo de uso,sua estrutura fsica e suas solues de design, como uso das cores, hierarquiade informaes, diagramao etc. Foram eles: Guia de design editorial(SAMARA; Bookman, 2011), Guia de artes grficas: design e layout (DABNER;2003), O guia completo da cor(FRASER e BANKS; Ed. Senac, 2007) e Manualde embalagem de mveis(CCI/UNCTAD/OMC; 2001).

    Guia de Design Editorial

    Descrio:

    Intitulado originalmente como Publication Design Workbook: A Real-WorldDesign Guide, o livro apresenta um formato quadrado (23 x 23 cm) com 240folhas em couch fosco. A encadernao foi feita com hot melt, lombadaquadrada, e a impresso feita em offset com aplicao de hot stamping emalgumas reas da capa. O livro de Timothy Samara dividido em trs captulos, sendo que noprimeiro ele levanta trs pontos principais para o entendimento do designeditorial, que so: o pensamento, a leitura e a construo. Essa trade desmembrada em vrios subitens, oferecendo um contedo completo comvrios exemplos em todos os captulos. O segundo captulo dedicado a 11

    estudos de caso e, no ltimo captulo, so levantados exemplos profissionaisde acordo com a plataforma (revista, boletins, catlogo, jornais etc.).

    Anlise:O Guia de Design Editorial tem como objetivo oferecer, no primeiro captulo,as bases tericas dos princpios do design editorial, como tipografia, cor,grid, organizao e relao forma e contedo. Em cada tema so abordadossubtemas. Por exemplo, em cor, so levantados assuntos relacionados percepo cromtica, psicologia da cor e cor como sistema. Com textos

    curtos e objetivos, a informao se faz melhor compreendida com os diversosexemplos de aplicaes do contedo. Temas como tipografia, e mesmo cores,so notoriamente conhecidos pela riqueza e profundidade de contedo. Parano entrar nas minuciosidades de cada assunto, o autor destacou as questesmais relevantes, imaginando que o leitor se atentaria mais aos pontos prticose menos aos pontos histricos.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias36

    No segundo captulo, o livro se dedica aos estudos de caso. Osexemplos abrangem diferentes segmentos editoriais, como revistas, catlogos,

    anurios e jornais. Escolhidos de diferentes partes do mundo, os exemplos sodescritos tecnicamente segundo o tipo de projeto, componentes e formatos,e analisados de acordo com as informaes fornecidas no primeiro captulo.O autor explica, principalmente, as formas de que o design editorial traduz osvalores e conceitos que determinada revista ou catlogo pretendem passar,pensando no apenas como os elementos grficos (ttulo, texto, cor e imagem)se relacionam, mas tambm como eles transmitem um conceito para atingirdeterminado pblico-alvo.

    No ltimo captulo, publicaes como revistas, anurios, boletins e

    catlogos so selecionados para que, mais uma vez, suas estruturas sejamanalisadas, da concepo produo. Da mesma forma que ocorreu nocaptulo anterior, so coletadas amostras de diferentes partes do mundo. Cadaexemplo se distingue em relao ao design editorial, revelando diferentessensaes que, por exemplo, uma revista pode gerar modificando cores,tipografia e uso das fotografias. Fica evidente, ao longo do livro, que os conceitos e tcnicas ensinadosso para mostrar que no basta fazer um design bonito, mas o editorial comoum todo deve ser coerente, tanto na escolha da plataforma em que se apresenta(revista, jornal ou tablide) como na forma como trabalha com seu contedo.

    Em relao ao design do livro, ele traz aspectos bem peculiares, comoo uso abundante de cores e uma diagramao bem flexvel. No primeirocaptulo fica evidente que as pginas so divididas em trs colunas de iguallargura e uma coluna menor, cujo espaamento metade das anteriores. Issopermitiu que as legendas fossem colocadas em uma coluna sem prejuzona composio da pgina. Nos segundo e terceiro captulos, com o volume

    Fonte: Imagem do autor.

    Fig.3.2.21 - Guia de Design Editorial. Pgina interna.

    Pgina interna do Guia de

    Design Editorial.

    possvel visualizar no

    exemplo a disposio das

    manchas grficas e a forma

    como ocorre a hierarquia das

    informaes.

    Linhas com espessuras

    diferentes acima do texto o

    olhar do leitor e marcam a

    diviso das informaes.

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    FELIPEITAI 37

    reduzido de texto, muitas pginas aparentavam ter apenas trs colunasmantendo o padro das legendas. As cores foram escolhidas de forma a

    manter uma coerncia cromtica ao longo do livro e tiverem um papel estticoe funcional, conferindo identidade visual ao livro e marcando as separaesentre os captulos. Uma ressalva acontece apenas no primeiro captulo, emque certos quadrados coloridos so colocados no fundo da pgina cortando acaixa de texto e prejudicando a leitura. Da mesma forma que o livro aborda asformas de hierarquia de informao, ele tambm aplica grande parte delas emseu prprio contedo, como mudanas de peso, tamanho, posio, contrastecom o fundo e mudana de cor. Dessa maneira, o livro se torna o prprioexemplo do seu contedo e fonte para as boas prticas do design editorial.

    Guia de Artes Grficas: Design e LayoutDescrio:

    Publicado originalmente pela HOW Design Books (Cincinnati - EUA, 2003) como ttulo Design and Layout: Understanding and Using Graphics, o livro foitraduzido por Maria da Graa Pinho e sua capa produzida por Toni Cabr. Comdimenses de 22,2 cm de largura por 22,2 cm de comprimento e 128 pginasem couch fosco, o livro proporciona um volume agradvel para o manuseio.A capa em papel carto com longas orelhas oferece boa sustentao para aencadernao em brochura. O Guia dividido em duas sees. Na primeira seo, soapresentados oito conceitos, dentre eles Formas Bsicas, Cor e Fotografia. Na

    segunda, estudos de caso com aplicao dos conceitos anteriores e exercciosprticos, que so divididos em dez categorias, tais como Brochuras, Revistas,Cartaz e Embalagem.

    Fonte: Imagem do autor.

    Fonte: Imagem do autor.

    Fig.3.2.22 - Guia de Design Editorial.Pgina interna.

    Fig.3.2.23 - Guia de Artes Grficas.

    No segundo captulo, a

    diagramao muda, porm o

    grid se mantm igual ao captulo

    anterior.

    Aqui, nota-se um espao branco

    destinado descrio tcnica do

    exemplo que ser mostrado na

    pgina.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias38

    Anlise:O Guia de Artes Grficas: Design e Layoutapresenta uma proposta simples:introduzir conceitos bsicos do design grfico. Isso feito por meio de umaestruturao bem didtica do livro, que apresentada no Como Usar EsteLivro. Alm da diviso em sees j mencionada, o grid do livro se organizoude tal maneira que, na primeira seo, os primeiros pargrafos so destinadosa uma apreciao terica do assunto e, logo abaixo deles, so postas aslegendas que explicam as imagem da pgina. Todo esse texto posto emuma coluna esquerda da pgina, sendo que, no restante do espao, sodispostas as ilustraes de exemplos. Antes de terminar cada subcaptulo,o autor prope alguns casos prticos em que o leitor pode exercitar os

    conceitos vistos. Como base de referncia, juntamente com os casos prticos,so colocados exemplos profissionais e uma breve legenda da arte. Assimcomo no livro anterior, a questo prtica com o uso de exemplos evidente,porm, neste livro, o contedo abordado de forma mais superficial e nose preocupa em expandir os conceitos do design grfico para alm dasabordagens tcnicas.

    Na segunda seo, em cada captulo um texto introdutrio posto paramostrar ao leitor as tcnicas mais comuns de boa prtica e sugestes de como darum aspecto profissional ao design. Em seguida, um exerccio prtico propostopara o leitor fazer. Como em um briefing, uma srie de elementos so colocadospara nortear o projeto. Para auxiliar no projeto, o autor sempre analisa um casoreal e oferece vrios exemplos profissionais do tema em questo.

    Fonte: Imagens do autor.

    Fonte: Imagens do autor.

    Fig.3.2.24 e 3.2.25 - Guia de ArtesGrficas. Pginas internas.

    Fig.3.2.26 - Guia de Artes Grficas.Pginas internas.

    As pginas ao lado se referem ao

    modo de uso do livros, explicando

    onde o leitor consegue encontrar

    cada tipo de informao.

    Exemplo de pgina da primeira

    seo do livro. Em todas as

    pginas, os elementos seguem a

    mesma estrutura mostrada ao lado.

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    FELIPEITAI 39

    Nessa segunda parte do livro, por abordar plataformas especficas(como revistas, cartazes e publicidade impressa), o autor consegue orientar

    melhor as informaes passadas na primeira seo de acordo com asnecessidades de cada impresso, por exemplo, revistas e cartazes possuemdimenses e pblico-alvo diferentes e esto sujeitas a condies ambientaisdistintas, consequentemente, as cores, tipografia e hierarquia das informaesdevem ser pensadas considerando-se suas particularidades.

    Com a proposta didtica do livro j definida, as pginas seguem umaestrutura bem definida de hierarquia de informaes. O ttulo do captulo temtamanho de aproximadamente 40 pt, sem serifa e com peso normal e vemsempre acompanhado do subttulo, de mesma fonte, em peso light e tamanhopor volta de 38 pt. O texto, de tamanho 10 pt, usa a mesma famlia tipogrficado ttulo e sempre precedido de um pequeno ttulo em negrito. As legendasdas imagens so postas na mesma coluna do texto, mas com tamanho 2pt menor, destacando em negrito apenas os nmeros correspondentes dasimagens. No que diz respeito ao uso das cores, o livro explorou timidamenteeste recurso diferenciando as sees entre tons pastis (seo 1) e preto(seo 2). No geral, o livro tem um design interessante, porm, sua estrutura

    muito rgida, o que oferece pouca dinmica e ritmo de leitura.O Guia Completo da CorDescrio:O Guia completo da Cor(ttulo original The Complete Guide to Colour) deautoria de Tom Fraser e Adam Banks, foi trazido ao Brasil pela Editora SenacSo Paulo, com traduo de Renata Bottini, e publicado em 2007 com osubttulo Livro Essencial para a Conscincia das Cores. Contendo 224 pginasem couch fosco e encadernao em hot melt, o livro dividido em quatro

    captulos (Definies, Viver com a Cor, Desenhar com Cores e A Cor Digital).

    Fonte: Imagens do autor.

    Fonte: Imagens do autor.

    Fig.3.2.27 - Guia de Artes Grficas.Pginas internas.

    Fig.3.2.27 - Guia Completo da Cor.

    Exemplo de pgina da segunda

    seo do livro. A diagramao e as

    cores utilizadas mudam em relao

    seo anterior.

    Aqui, uma faixa rosa marca as

    informaes para o exerccio

    prtico que o leitor pode fazer.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias40

    Anlise:

    Tom Fraser e Adam Banks trouxeram um contedo muito amplo sobre ouniverso das cores tratando de temas histricos, tcnicos e sociais. Paraabordar esses pontos distintos, o livro foi dividido em quatro captulos, comoj foi mencionado. No primeiro captulo, so expostos os fundamentos tericos da cor,seus sistemas e sua produo como pigmento. So quatro subcaptuloscontendo alguns tpicos cada. Os tpicos foram projetados para ocuparexatamente duas pginas, o que mostra a preciso do projeto editorialconsiderando o grande volume de texto e imagens. Alm disso, fica evidenteque as dimenses do livro (23,5 x 26 cm) fazem sentido no projeto grficodo livro, assim como o tamanho da fonte, a diagramao e a escolha dasimagens. O tamanho do livro tinha que ser grande o suficiente para trabalharcom as imagens e, ao mesmo tempo, oferecer espao para o volume de textosem prejudicar a leitura.

    No segundo captulo, so abordados temas que tratam a influncia da

    cor em determinados segmentos, como na casa, na arquitetura, na fotografia,nos filmes e na arte. Em todos os captulos, uma diversidade de exemplos sofornecidos com o uso constante de imagens relevantes, ntidas e com bomtamanho. No terceiro captulo, Desenhar com Cores, o foco se torna a ao dacor no meio publicitrio, na venda e na web. Fica evidente, neste captulo,

    como a cor est intimamente ligada ao nosso cotidiano, nos cartazes, annciose marcas de grandes empresas. Em sintonia com o contedo do livro, oprojeto grfico das pginas tambm busca utilizar as cores como uma formade quebrar a monotonia da leitura. Em vrios momentos do livro, a cor defundo da pgina se altera para sinalizar o incio de um captulo ou subcaptulo.No ltimo captulo, A Cor Digital, so mostradas as formas de captao da

    Fonte: Imagems do autor.

    Fig.3.2.28 - Guia Completo da Cor.Pginas internas.

    Exemplo de pgina que inicia

    cada subcaptulo. As cores variam,

    porm a estrutura dos textos se

    mantm inalterado.

    O quadrado branco que d

    destaque o nmero do captulo uma referncia ao formato

    quadrado do livro e faz parte da

    linguagem grfica geomtrica do

    guia.

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    FELIPEITAI 41

    cor e tratamento no meio digital, ou seja, como as cmeras digitais captamas cores e como os softwares tratam as imagens. Alm disso, tambm

    abordada a reproduo da cor no meio impresso pelas impressoras digitais. O design grfico do livro, diferentemente dos outros exemplosanalisados, buscou variar na tipografia entre fontes com serifas (textos) e semserifa (ttulos e legendas) o que gerou um realce na distino das informaes.O livro, em geral, usou as cores apenas como fundo nas pginas que iniciavamos captulos. Esta medida pode ser entendida como proposta do projeto umavez que em todas as pginas existem uma riqueza muito grande de imagenscoloridas em tamanhos considerveis o que torna dispensvel outros recursosgrficos com cor. De maneira geral, o livro, como pea grfica, explorou muito bem ascores utilizando-se de uma ampla paleta de cores coerentes e que do umapersonalidade singular ao livro.

    Manual de Embalagem de Mveis

    Descrio:Lanado em Genebra, Sua, com o ttulo Manual on the Packaging ofFurniture, este livro foi publicado pelo International Trade Centre UNCTAD/WTO (ITC), originalmente, e traduzido para o portugus em 2001, para aAssociao Brasileira das Indstrias do Mobilirio. O livro tem 14 x 21,5 cm dedimenso e 194 pginas. Seu contedo foi dividido em trs partes, totalizando12 captulos.Anlise:

    A primeira parte do livro, Consideraes Gerais, dividida em dois captulosque abordam questes tcnicas, como riscos, avaliao e mtodos de testede embalagens. O livro traz muitas figuras que ajudam na compreenso depontos tcnicos, como conceitos de compresso, vibrao e teste de rolagem.

    Fonte: Imagem do autor.

    Fonte: Imagem do autor.

    Fig.3.2.29 - Guia Completo da Cor.Pginas internas.

    Fig.3.2.30 - Manual de Embalagem demveis.

    O livro consegue trabalhar muito

    bem com a grande quantidade de

    texto e imagens, alm de utilizar

    os diversos recursos tipogrficos

    para dar destaque s informaes.

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    guia de embalagem para designers: introduo aos materiais, processos de produo e tipologias42

    Todas as imagens foram feitas com o mesmo tipo de trao, perspectivae tratamento grfico, com o objetivo de manter a linguagem do livro etransmitir a informao da melhor forma possvel. Na segunda parte, Mtodos de Embalagem, so detalhadas formasde embalar mobilirios montados (armrios, gabinetes, cadeiras, mesas eestofados) considerando a proteo de cada parte dos mveis, como pernas,

    assentos, braos, gavetas etc. Da mesma forma que ocorre no captuloanterior, as imagens so ferramentas fundamentais para explicar a formacorreta de embalar os mveis.

    Na terceira parte, Materiais de Embalagem, so abordados os tiposmateriais utilizados nas embalagens, nos acolchoamentos e nas partes

    externas, alm de falar da segurana da embalagem, controle de qualidade econsideraes ambientais. Em termos de hierarquia de informaes, o livro no apresenta muitosrecursos, fazendo pouca distino entre os ttulos e subttulos, variando otamanho da fonte, que a mesma do texto. Apenas para as legendas se optoupor mudar a tipografia, utilizando uma sem serifas.

    Fonte: Imagens do autor.

    Fonte: Imagens do autor.

    Fig.3.2.31 e 3.2.32 - Manual de Embalagem demveis. Pginas internas.

    Fig.3.2.33 e 3.2.34 - Manual de Embalagem demveis. Pginas internas.

    O Manual simples em relao

    diagramao. Com o uso de

    apenas uma famlia tipogrfica,

    o livro diferencia suas

    informaes somente alterando

    o tamanho da fonte.

    As ilustraes seguem a

    mesma linha grfica, utilizando

    os melhores ngulos para o

    entendimento da imagem.

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    FELIPEITAI 43

    O manual tem um contedo bem completo, com uma linguagemsimples, porm, tcnica e especfica para a montagem de embalagens de

    transporte de mveis. As informaes foram organizadas de forma adequadaa facilitar a busca pelo usurio. Diferentemente dos outros livros, este noutiliza cores, o que no deve ser entendido como uma desvantagem, j quese trata de outra linguagem de projeto editorial para o qual no h a mesmanecessidade comercial, se comparado aos outros trs.

    3.3 ESTUDODECASO- KITDEREFERNCIASEMEMBALAGENS

    Fonte: Google Imagem.

    Fig.3.3.1 - Kit de referncias emembalagens.

    O kit de referncias em embalagens um produto do Instituto de Embalagens que

    traz diversas amostras de materiais mais usados na produo de embalagens.So 70 amostras de diferentes materiais como: polmeros, chapas plsticas, ao,alumnio, vidro, papis e cartes. Alguns plsticos so apresentados na forma degros e outros como chapas. Os metais so representados por uma lata de folhade flandres e outra de alumnio (igual a lata de refrigerante). Papis e papeles soorganizados em chapas de mesmo tamanho. Alm disso, o kit traz um segmentos de impressos e acabamentos, por meio dos quais se pode verificar a variaode cor de acordo com o substrato, tipo de impresso e acabamento. Para acompanhar os materiais, o kit oferece dois livros. Um o Guiade Refernciase o outro, um Glossrio & Referncias. O Guia de Referncias

    apresenta um contedo abrangente e completo para aqueles que desejamcomear a entender mais sobre o campo das embalagens. J o glossrio til paratirar dvidas sobre termos especficos de materiais e processos de produo. Este kit foi escolhido para ser analisado separadamente por no se tratarde um guia, como os vistos anteriormente neste trabalho, e por trazer elementosfundamentais para qualquer um que no tem familiaridade com o assunto, que

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    a experincia visual e ttil dos produtos. provvel que a grande maioria daspessoas entre em contato com as embalagens muitas vezes ao longo da vida,

    porm, reconhecer suas partes e seu processo de fabricao exige um estudodiferenciado voltado, principalmente, para a experincia prtica.

    Nesse sentido, o kit apresenta algo inovador que no encontradoem livros de referncia. O aprendizado por meio da visualizao dos materiaisseparadamente importante para ajudar no reconhecimento das matrias-primas, uma vez que, na prtica, muitas embalagens misturam materiais eacabamentos diferentes no mesmo produto. Todos as amostras do kit vm cometiquetas descrevendo o material ou processo de impresso e so organizadosem pastas, como plsticos, papelo ondulado e embalagens compostas. Se, por um lado, ter todos esses materiais para estudar cria uma novaexperincia ao usurio, gera tambm alguns problemas. A caixa, emboratenha uma ala para facilitar seu deslocamento, grande (aproximadamente40x 25x15 cm). Dessa forma, no algo que seja de fcil armazenamento.Outro ponto questionvel so as amostras de alguns polmeros que soapresentados em forma de gros dentro de parisons de PET. Mesmo que sejainteressante ver como so os polmeros na forma bruta, difcil visualizarcomo aquele material se torna uma garrafa ou filme, podendo adquirirtexturas, opacidades e coloraes diferentes. De modo geral, o kit atende de modo satisfatrio sua funo, que levar conhecimento terico e prtico s pessoas. Percebe-se, assim, que oconjunto dos elementos indissocivel, uma vez que as amostras no teriam

    sentido sem um guia e glossrio de referncias, e estes, quando mostradosisoladamente, tornam-se livros semelhantes aos demais que existem nomercado.

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    Este projeto destina-se, principalmente, a atender as necessidades deestudantes de design e profissionais recm-formados que, de alguma forma,trabalhem com conceitos, linguagens ou materiais relacionados ao campo dasembalagens. Contudo, por ser um material informativo, nada impede que oguia tambm seja fonte de consulta por profissionais de diferentes reas quenecessitem desses conhecimentos para desenvolver projetos comerciais ouacadmicos. Em uma busca no site do MEC9, foi possvel identificar 38 instituiesde ensino superior que oferecem o curso de design no estado de So Paulo.Embora nem todos os cursos destinem uma disciplina especfica para tratarde embalagens possvel que, em algum momento, estes alunos e futurosprofissionais se deparem com problemas que envolvam esse tema. A escolha desse seguimento de usurio se deu pelo fato de sereminiciantes no campo e de buscarem os conceitos fundamentais para solucionarquestes de projetos acadmicos em geral. Como ocorre em certos casos, oscursos oferecem apenas uma disciplina voltada s embalagens, interessanteque os alunos tenham um contedo, de acesso rpido e direcionado, cujoobjetivo atenda tanto ao aluno que no tem interesse em se aprofundar no

    campo, como aquele que quer comear a direcionar seu caminho profissionalpara esta rea. Isso se torna possvel por meio de um guia devido ao seucarter consultivo, ou seja, porque no se trata de um livro que deva ser lidototalmente, mas de um elemento que fornece informaes pontuais. Para entender quais so os anseios desse pblico e o que eles esperamde um guia, foi elaborada uma pesquisa por meio de um questionriodigital veiculado no perodo dos dias 23 de setembro a 18 de novembro. Oquestionrio foi respondido por 32 pessoas de diferentes reas e em diferentesnveis de escolaridade, como ser mostrado em detalhes no tpico seguinte.

    4 PBLICO-ALVO

    4.1 QUESTIONRIO

    O questionrio foi desenvolvido em uma plataforma online e divulgado emgrupos de redes sociais em que os principais participantes eram estudantes dedesign. O objetivo do questionrio era compreender o perfil de escolaridadedo usurio, as experincias que eles tinham com os guias digital ou impressoe saber suas opinies sobre a relevncia de um guia de embalagens. No primeiro momento, para conhecer um pouco do perfil escolar do

    usurio, perguntou-se sobre grau de escolaridade e qual curso frequentavam.Verificou-se que 3 pessoas haviam iniciado a graduao, 26 estavamterminando a graduao, 1 era recm-formado no ensino superior e 2 eramformados a mais de 1 ano, como mostra o primeiro grfico. Dos pesquisados,81,2%, ou seja, 27 pessoas frequentam ou frequentaram o curso de design(grfico/produto), 4 publicidade e 1 outros.

    9. Site Ministrio da Educao onde

    possvel saber quais instituies

    de ensino superior oferecem

    determinados curso (Disponvel em:

    http://emec.mec.gov.br/ - acessado em

    26/11/2014).

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    Quando questionados se haviam utilizado um guia impresso ou digital,

    59,3% (19 pessoas) disseram que ambos, 18% (6 pessoas) assinalaram guiaimpresso somente, 3,1% (1 pessoa) marcaram guia digital somente e 18% (6pessoas) revelaram nunca terem usado nenhum dos dois tipos de guia. Para aqueles que responderam nunca ter usado um guia, oquestionrio se encerrava, para os demais, perguntou-se a razo pela qual elesdecidiram usar um guia impresso ou digital. O resultado obtido foi expressopelo grficos a seguir:

    GRFICO4.1.1 GRFICODEESCOLARIDADE

    GRFICO4.1.3 GRFICODEUSURIOSDEGUIAS

    GRFICO4.1.2 GRFICODECURSOS

    GRFICO4.1.4 GRFICODEMOTIVOSPARAA

    ESCOLHAGUIAIMPRESSOPORUSURIOSDEGUIASIMPRESSOSSOMENTE

    GRFICO4.1.5 GRFICODEMOTIVOSPARAA

    ESCOLHAGUIADIGITALPORUSURIOSDEGUIASDIGITAISSOMENTE

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    As pessoas que utilizaram guias impressos escolheram essaplataforma, principalmente, por ser uma fonte confivel de informao (20pessoas assinalaram esta opo). Daqueles que utilizaram guias digitais,18 ressaltaram a praticidade como fator da escolha por esta plataforma. Noentanto, duas pessoas apontaram algumas questes nesse ponto:

    Dependendo do guia, prefiro ter impresso para ter sempre em mos. Tambmcostumo gostar mais de sentir o papel. Normalmente no gosto de ler numatela de computador.Na poca no existia um guia digital e foi mais prtico comprar.

    Existe, ainda hoje, um claro sentimento de resistncia ao digital.A materialidade do papel um fator que, para muitos, faz toda diferenano momento de compra de um produto. Alm disso, existe uma diferenafundamental na leitura de texto em papel e em uma tela de computador. Porser uma fonte de luz, a tela de monitor fora mais a vista e, portanto, cansamais rpido a viso. J o papel, normalmente, apresenta uma colorao quediminui o contraste do texto e, consequentemente, facilita a leitura. A segun