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Projeto de Lei 4330/04 “Projeto de Lei 4330, apresentado em 26 outubro de 2004 pelo deputado Sandro Mabel (PL-GO), o qual foi aprovado sob o relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA), em 08 de abril de 2015 em Sessão Extraordinária da Câmara dos Deputados após intensos debates, ainda pendendo a apreciação e votação de emendas.” - Fernando Borges Vieira “Antes do Projeto de Lei 4330/04 inexistia regramento jurídico sobre a terceirização, cabendo à Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho estabelecer a impossibilidade de terceirização das atividades-fim (aquelas principais ou essenciais às empresas) e a permissão apenas em relação às atividades-meio (aquelas secundárias ou não essenciais às empresas).” - Fernando Borges Vieira Súmula 331 do TST I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019 - Art. 2º - “Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.”).

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Projeto de Lei 4330/04

Projeto de Lei 4330, apresentado em 26 outubro de 2004 pelo deputado Sandro Mabel (PL-GO), o qual foi aprovado sob o relatrio do deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA), em 08 de abril de 2015 em Sesso Extraordinria da Cmara dos Deputados aps intensos debates, ainda pendendo a apreciao e votao de emendas. - Fernando Borges Vieira

Antes do Projeto de Lei 4330/04 inexistia regramento jurdico sobre a terceirizao, cabendo Smula 331 do Tribunal Superior do Trabalho estabelecer a impossibilidade de terceirizao das atividades-fim (aquelas principais ou essenciais s empresas) e a permisso apenas em relao s atividades-meio (aquelas secundrias ou no essenciais s empresas). - Fernando Borges Vieira

Smula 331 do TSTI - A contratao de trabalhadores por empresa interposta ilegal, formando-se o vnculo diretamente com o tomador dos servios, salvo no caso de trabalho temporrio (Lei n 6.019 - Art. 2 - Trabalho temporrio aquele prestado por pessoa fsica a uma empresa, para atender necessidade transitria de substituio de seu pessoal regular e permanente ou acrscimo extraordinrio de servios.).II - A contratao irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, no gera vnculo de emprego com os rgos da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988 - A investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao), ( inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir -se, sem prvia aprovao em concurso pblico destinado ao seu provimento, em cargo que no integra a carreira na qual anteriormente investido.- Smula 685 do STF).

III - No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de servios de vigilncia (Lei n 7.102, de 20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de servios especializados ligados atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinao direta.IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiria do tomador dos servios quanto quelas obrigaes, desde que haja participado da relao processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.V - Os entes integrantes da Administrao Pblica direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condies do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigaes da Lei n. 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalizao do cumprimento das obrigaes contratuais e legais da prestadora de servio como empregadora. A aludida responsabilidade no decorre de mero inadimplemento das obrigaes trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.VI A responsabilidade subsidiria do tomador de servios abrange todas as verbas decorrentes da condenao referentes ao perodo da prestao laboral.

Alm, o texto aprovado prev outros aspectos relevantes: i) apenas as empresas especializadas podero prestar servio terceirizado; ii) familiares de empresas contratantes no podero criar empresa para oferecer servio terceirizado; iii) as empresas tomadoras dos servios devero recolher o que for devido pela empresa terceirizada contratada em impostos e contribuies, a exemplo do PIS/Cofins, CSLL e FGTS; iv) a responsabilidade das empresas tomadoras de servios passa a ser subsidiria, razo pela qual os trabalhadores terceirizados somente podero executar sentenas judiciais aps esgotados os bens das empresas que terceirizam; v) as empresas contratadas devem destinar 4% do valor do contrato para um seguro, o qual ir abastecer um fundo para pagamento de indenizaes trabalhistas; vi) a possibilidade de terceirizao no servio pblico e vii) a previso de que os empregados terceirizados sejam regidos pelas convenes ou acordos trabalhistas estabelecidos entre a contratada e o sindicato dos terceirizados sendo que as negociaes da contratante com seus empregados no se aplicariam aos terceirizados. - Fernando Borges Vieira