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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 21/2015
Regulamenta a outorga onerosa para o aumento do potencial construtivo – Solo Criado, no Município de Foz do Iguaçu.
Autor: Prefeito Municipal - Mensagem Nº 102/2015
A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Aprova:
Art. 1o Fica o Município de Foz do Iguaçu autorizado a conceder mediante
outorga onerosa o aumento do potencial construtivo, através do Solo Criado, na forma da
Lei Federal no 10.257, de 10 de julho de 2001 e da Lei Complementar n
o 124, de 20 de
julho de 2007.
Art. 2o Considera-se Solo Criado a concessão de um aumento no potencial
construtivo dos imóveis, possibilitado através de um acréscimo no coeficiente de
aproveitamento máximo, na altura máxima da edificação, e na taxa de ocupação.
§ 1o Somente se aplicará a outorga onerosa para os terrenos com área superior a
525,00m2 (quinhentos e vinte e cinco metros quadrados) e testada superior a 15,00m
(quinze metros) e situados nas zonas estabelecidas nesta Lei Complementar.
§ 2o A outorga onerosa de que trata esta Lei Complementar não será concedida na
redução da Taxa de Permeabilidade.
Art. 3o A outorga onerosa é o valor a ser cobrado pela concessão do Solo Criado,
quando utilizado o aumento de potencial construtivo, nos seguintes termos:
I - somente para coeficiente de aproveitamento: 10% (dez por cento) do valor do
metro quadrado do terreno, constante na Planta Genérica de Valores – PGV –, sobre o qual
estará a edificação beneficiada, multiplicado pelo total da área construída como aumento
de potencial.
II - somente na altura máxima: 10% (dez por cento) do valor de mercado do metro
quadrado do terreno, constante na Planta Genérica de Valores – PGV –, sobre o qual estará
a edificação beneficiada, multiplicado pelo total da área construída como aumento de
potencial.
III - coeficiente de aproveitamento e altura máxima, para uma mesma edificação: o
valor deverá corresponder à soma do disposto nos incisos I e II deste artigo.
IV - taxa de ocupação: 100% (cem por cento) do valor do metro quadrado do
terreno, constante na Planta Genérica de Valores – PGV –, sobre o qual estará a edificação
beneficiada, multiplicado pelo total da área que exceder a taxa máxima de ocupação para a
respectiva Zona.
Parágrafo único. Fica estabelecido o limite máximo de 10% (dez por cento) de
acréscimo, para o aumento do potencial construtivo sobre a taxa de ocupação, prevista para
cada Zona, constante na Tabela do art. 8o desta Lei Complementar.
Art. 4o Os recursos arrecadados em razão da outorga onerosa deverão ser
aplicados nas seguintes finalidades:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, ambiental, cultural ou
paisagístico.
IX – celebração de convênios e termos de parceria com entidades das áreas de
arquitetura e urbanismo ou engenharia, sediadas no Município, para fins de regularização
de edificações irregulares novas e usadas de famílias de baixa renda.
Parágrafo único. Compreende-se por habitação de interesse social, aquela
destinada à população cuja renda familiar não exceda cinco salários mínimos mensais.
Art. 5o A solicitação de viabilidade da concessão do Solo Criado, será formalizada
por meio de processo protocolizado pelo proprietário ou representante legal, no Protocolo
Geral do Município, o qual deverá conter a seguinte documentação:
I - Guia Amarela;
II - matrícula do imóvel atualizada;
III - nos casos de ampliação de construção existente no terreno, para obter o direito
de aquisição de aumento do potencial construtivo, será exigido a apresentação da licença
para construção, do projeto aprovado e do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra –
CVCO;
IV - planta de situação com as dimensões do terreno;
V - área total do empreendimento pretendido;
VI - número de pavimentos, coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupação total
pretendidos, a título de acréscimo de potencial;
VII - cálculo da área excedente, em relação aos parâmetros básicos.
Art. 6o O processo de viabilidade da concessão do Solo Criado será encaminhado
para a Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos para análise, cabendo
as seguintes considerações:
I - verificação da documentação entregue;
II - análise dos parâmetros máximos solicitados e o cumprimento das condições
estabelecidas pela legislação municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano;
III - cálculo estimado do valor da outorga onerosa:
Parágrafo único. Após a análise o processo será encaminhado para ciência e
retirada no Protocolo Geral do Município, do “Estudo de Viabilidade da Concessão de
Solo Criado”.
Art. 7o Para o cálculo do valor da outorga onerosa serão considerados:
I - o número de pavimentos, o coeficiente de aproveitamento e a taxa de ocupação,
a serem outorgados;
II - os parâmetros permitidos para a Zona considerada;
III - o valor do metro quadrado do terreno, constante na Planta Genérica de Valores
– PGV –, sobre o qual estará a edificação beneficiada.
Parágrafo único. O valor da Planta Genérica de Valores – PGV –, referente ao
terreno beneficiado com o aumento do potencial construtivo será informado pela Secretaria
Municipal da Fazenda.
Art. 8o Para a concessão do aumento de potencial construtivo, relativo ao aumento
da altura máxima de pavimentos, deverá ser obedecida a Tabela abaixo, que estabelece as
Zonas que serão contempladas pelo aumento de potencial e a altura máxima de pavimentos
respectivos:
Altura Máxima de Pavimentos Permitidos por Zona
ZC Zona Central 40
ZCC Zona de Comércio Central 40
ZM Zona Mista 40
ZCS-2 Zona de Comércio e Serviços 2 – Av.Tancredo Neves 15
ZCS-2 Zona de Comércio e Serviços 2 – Av. Costa e Silva 15
ZCS-3 Zona de Comércio e Serviços 3 15
ZCS-3 Zona de Comércio e Serviços 3 – Av. das Cataratas 20
ZT-1 Zona Turística 1 15
ZT-2 Zona Turística 2 10
ZT-3 Zona Turística 3 22
ZR-5 Zona Residencial de Verticalização 20
Art. 9o Para a obtenção do Solo Criado, o interessado deverá efetuar o pagamento
da outorga onerosa da seguinte forma:
I - pagamento através de Documento de Arrecadação Municipal – DAM –
expedido pela Secretaria Municipal da Fazenda; ou
II - transferência ao Município de terreno com destinação conforme previsto no art.
4o, desta Lei Complementar.
§ 1o Expedido o Documento de Arrecadação Municipal – DAM –, o interessado
pela compra do potencial construtivo terá prazo máximo de 90 (noventa) dias para efetuar
o recolhimento do taxa ou o pagamento da primeira parcela, nos casos de pagamento
parcelado.
§ 2o O terreno urbano transferido em pagamento da outorga não poderá ter
dimensões inferiores ao mínimo permitido para a zona em que ele se localizar.
§ 3o Os custos de transferência e escrituração do terreno transferido em pagamento
da outorga, correrão por conta do interessado.
§ 4o Quando o valor do imóvel proposto para pagamento da outorga for superior ao
valor da aquisição do aumento de potencial construtivo, não será restituído o excedente.
§ 5o O valor do imóvel a ser dado em pagamento, será o constante da Planta
Genérica de Valores – PGV.
Art. 10. Após o pagamento da outorga onerosa, a Secretaria Municipal da
Fazenda, deverá expedir a Declaração de Compra de Potencial Construtivo – DCPC –, a
qual deverá constar:
I - nome do proprietário e sua identificação;
II - endereço do imóvel a receber o aumento do potencial construtivo e seu número
de inscrição imobiliária;
III - área a ser acrescida em m²;
IV - número de pavimentos a serem acrescidos;
V - coeficiente de aproveitamento concedido;
VI - taxa de ocupação que exceder a taxa máxima permitida, para o caso.
VII - uso da edificação;
VIII - que nos casos de pagamento parcelado da outorga onerosa, o Certificado de
Vistoria de Obras, só será emitido, após a quitação de todas as parcelas.
Art. 11. O requerente deverá encaminhar a Declaração de Compra de Potencial
Construtivo – DCPC –, junto ao processo de aprovação do projeto com o Solo Criado,
através do Protocolo Geral do Município, para emissão da Licença de Construção.
Art. 12. A Declaração de Compra de Potencial Construtivo – DCPC – terá
validade pelo prazo máximo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, a contar da data de
sua emissão, sob a pena de perda da validade da Declaração.
Parágrafo único. Em caso de perda do aumento de potencial construtivo por não
utilização no prazo de validade, não haverá ressarcimento ao interessado dos valores
pagos, ou investidos nos imóveis integrados ao patrimônio público.
Art. 13. No caso de perda da validade da Declaração de Compra de Potencial
Construtivo – DCPC –, o proprietário poderá dar entrada em outro processo de concessão
do Solo Criado, desde que atenda novamente a todas as exigências legais para expedição
da nova DCPC.
Art. 14. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
J U S T I F I C A T I V A
(Texto original) Art. 1o Fica o Município de Foz do Iguaçu autorizado a conceder mediante
outorga onerosa o aumento do potencial construtivo, através do Solo Criado, na forma da Lei Federal no 10.257, de 10 de julho de 2001 e da Lei Complementar no 124, de 20 de julho de 2007.
Art. 2o Considera-se Solo Criado a concessão de um aumento no potencial
construtivo dos imóveis, possibilitado através de um acréscimo no coeficiente de aproveitamento máximo, na altura máxima da edificação, e na taxa de ocupação.
§ 1o Somente se aplicará a outorga onerosa para os terrenos com área superior a
525,00m2 (quinhentos e vinte e cinco metros quadrados) e testada superior a 15,00m (quinze metros) e situados nas zonas estabelecidas nesta Lei Complementar.
§ 2o A outorga onerosa de que trata esta Lei Complementar não será concedida
no aumento da Taxa de Permeabilidade. Art. 3o A outorga onerosa é o valor a ser cobrado pela concessão do Solo Criado,
quando utilizado o aumento de potencial construtivo, nos seguintes termos: I - somente para coeficiente de aproveitamento: 20% (vinte por cento) do valor do
metro quadrado do terreno, constante na Planta Genérica de Valores – PGV –, sobre o qual estará a edificação beneficiada, multiplicado pelo total da área construída como aumento de potencial.
II - somente na altura máxima: 10% (dez por cento) do valor de mercado do metro
quadrado do terreno, constante na Planta Genérica de Valores – PGV –, sobre o qual estará a edificação beneficiada, multiplicado pelo total da área construída como aumento de potencial.
III - coeficiente de aproveitamento e altura máxima, para uma mesma edificação:
o valor deverá corresponder à soma do disposto nos incisos I e II deste artigo. IV - taxa de ocupação: 100% (cem por cento) do valor do metro quadrado do
terreno, constante na Planta Genérica de Valores – PGV –, sobre o qual estará a edificação beneficiada, multiplicado pelo total da área que exceder a taxa máxima de ocupação para a respectiva Zona.
Parágrafo único. Fica estabelecido o limite máximo de 10% (dez por cento) de acréscimo, para o aumento do potencial construtivo sobre a taxa de ocupação, prevista para cada Zona, constante na Tabela do art. 8o desta Lei Complementar.
Art. 4o Os recursos arrecadados em razão da outorga onerosa deverão ser
aplicados nas seguintes finalidades:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, ambiental, cultural ou
paisagístico.
Parágrafo único. Compreende-se por habitação de interesse social, aquela
destinada à população cuja renda familiar não exceda cinco salários mínimos mensais. Art. 5o A solicitação de viabilidade da concessão do Solo Criado, será formalizada
por meio de processo protocolizado pelo proprietário ou representante legal, no Protocolo Geral do Município, o qual deverá conter a seguinte documentação:
I - Guia Amarela; II - matrícula do imóvel atualizada; III - nos casos de ampliação de construção existente no terreno, para obter o
direito de aquisição de aumento do potencial construtivo, será exigido a apresentação da licença para construção, do projeto aprovado e do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra – CVCO;
IV - planta de situação com as dimensões do terreno;
V - área total do empreendimento pretendido; VI - número de pavimentos, coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupação
total pretendidos, a título de acréscimo de potencial; VII - cálculo da área excedente, em relação aos parâmetros básicos.
Art. 6o O processo de viabilidade da concessão do Solo Criado será encaminhado
para a Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos para análise, cabendo as seguintes considerações:
I - verificação da documentação entregue; II - análise dos parâmetros máximos solicitados e o cumprimento das condições
estabelecidas pela legislação municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano; III - cálculo estimado do valor da outorga onerosa: Parágrafo único. Após a análise o processo será encaminhado para ciência e
retirada no Protocolo Geral do Município, do “Estudo de Viabilidade da Concessão de Solo Criado”.
Art. 7o Para o cálculo do valor da outorga onerosa serão considerados: I - o número de pavimentos, o coeficiente de aproveitamento e a taxa de
ocupação, a serem outorgados; II - os parâmetros permitidos para a Zona considerada; III - o valor do metro quadrado do terreno, constante na Planta Genérica de
Valores – PGV –, sobre o qual estará a edificação beneficiada. Parágrafo único. O valor da Planta Genérica de Valores – PGV –, referente ao
terreno beneficiado com o aumento do potencial construtivo será informado pela Secretaria Municipal da Fazenda.
Art. 8o Para a concessão do aumento de potencial construtivo, relativo ao
aumento da altura máxima de pavimentos, deverá ser obedecida a Tabela abaixo, que estabelece as Zonas que serão contempladas pelo aumento de potencial e a altura máxima de pavimentos respectivos:
Altura Máxima de Pavimentos Permitidos por Zona
ZC Zona Central 40
ZCC Zona de Comércio Central 40
ZM Zona Mista 40
ZCS-2 Zona de Comércio e Serviços 2 – Av.Tancredo Neves 10
ZCS-2 Zona de Comércio e Serviços 2 – Av. Costa e Silva 12
ZCS-3 Zona de Comércio e Serviços 3 12
ZCS-3 Zona de Comércio e Serviços 3 – Av. das Cataratas 10
ZT-1 Zona Turística 1 14
ZT-2 Zona Turística 2 10
ZT-3 Zona Turística 3 22
ZR-5 Zona Residencial de Verticalização 12
Art. 9o Para a obtenção do Solo Criado, o interessado deverá efetuar o pagamento
da outorga onerosa da seguinte forma:
I - pagamento através de Documento de Arrecadação Municipal – DAM – expedido pela Secretaria Municipal da Fazenda; ou
II - transferência ao Município de terreno com destinação conforme previsto no art. 4o, desta Lei Complementar.
§ 1o Expedido o Documento de Arrecadação Municipal – DAM –, o interessado pela compra do potencial construtivo terá prazo máximo de 90 (noventa) dias para efetuar o recolhimento do taxa ou o pagamento da primeira parcela, nos casos de pagamento parcelado.
§ 2o O terreno urbano transferido em pagamento da outorga não poderá ter
dimensões inferiores ao mínimo permitido para a zona em que ele se localizar.
§ 3o Os custos de transferência e escrituração do terreno transferido em pagamento da outorga, correrão por conta do interessado.
§ 4o Quando o valor do imóvel proposto para pagamento da outorga for superior ao valor da aquisição do aumento de potencial construtivo, não será restituído o excedente.
§ 5o O valor do imóvel a ser dado em pagamento, será o constante da Planta Genérica de Valores – PGV.
Art. 10. Após o pagamento da outorga onerosa, a Secretaria Municipal da Fazenda, deverá expedir a Declaração de Compra de Potencial Construtivo – DCPC –, a qual deverá constar:
I - nome do proprietário e sua identificação;
II - endereço do imóvel a receber o aumento do potencial construtivo e seu número
de inscrição imobiliária;
III - área a ser acrescida em m²;
IV - número de pavimentos a serem acrescidos;
V - coeficiente de aproveitamento concedido;
VI - taxa de ocupação que exceder a taxa máxima permitida, para o caso.
VII - uso da edificação;
VIII - que nos casos de pagamento parcelado da outorga onerosa, o Certificado de
Vistoria de Obras, só será emitido, após a quitação de todas as parcelas. Art. 11. O requerente deverá encaminhar a Declaração de Compra de Potencial
Construtivo – DCPC –, junto ao processo de aprovação do projeto com o Solo Criado, através do Protocolo Geral do Município, para emissão da Licença de Construção.
Art. 12. A Declaração de Compra de Potencial Construtivo – DCPC – terá validade
pelo prazo máximo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, a contar da data de sua emissão, sob a pena de perda da validade da Declaração.
Parágrafo único. Em caso de perda do aumento de potencial construtivo por não
utilização no prazo de validade, não haverá ressarcimento ao interessado dos valores pagos, ou investidos nos imóveis integrados ao patrimônio público.
Art. 13. No caso de perda da validade da Declaração de Compra de Potencial
Construtivo – DCPC –, o proprietário poderá dar entrada em outro processo de concessão do Solo Criado, desde que atenda novamente a todas as exigências legais para expedição da nova DCPC.
Art. 14. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Encaminhamos para apreciação dessa Casa de Leis o Projeto de Lei Complementar
que “Regulamenta a outorga onerosa para o aumento do potencial construtivo no
Município de Foz do Iguaçu – Solo Criado”.
O presente Projeto de Lei Complementar tem por objeto criar os instrumentos legais que
possibilitem o aproveitamento do potencial construtivo acima da área correspondente à
do respectivo terreno, inclusive a que envolva ocupação do espaço aéreo ou do subsolo,
nos termos do art. 60, da Lei Complementar no 124, de 20 de julho de 2007, que assim
estabelece:
Art. 60. O Poder Executivo Municipal poderá instituir incentivos que resultem em aumento no potencial construtivo, assim entendido, o aumento no coeficiente de aproveitamento máximo e altura da edificação. § 1
o O incentivo de que trata o caput deste artigo será submetido à
aprovação pela Câmara Municipal, para o estabelecimento de legislação própria. ...
A outorga onerosa para o aumento do potencial construtivo será concedido
essencialmente às Zonas de Verticalização, entendidas as Centrais, Comerciais Centrais,
Mistas, Zonas de Comércio e Serviços, Zonas Turísticas com maior potencial de
crescimento, incluída ainda a Zona Residencial de Verticalização – ZR-5.
Além de buscar a consolidação plena dos espaços com vistas ao maior aproveitamento da
infraestrutura implantada, a concessão do instrumento da Outorga Onerosa criará uma
nova fonte de recursos gerando receitas para o Município, que serão aplicadas em
programas habitacionais, urbanísticos, ambientais e socioculturais.
Desta forma, o Poder Público monitora a cidade para que seus espaços sejam
preenchidos de forma organizada e controlada. Ao mesmo tempo, promove uma
melhor distribuição da renda urbana, pois os recursos obtidos são canalizados e
destinados, na produção de habitações de caráter social. A utilização do Solo Criado
é controlada pelo monitoramento da densificação, que indica os locais onde, em
função da infraestrutura disponível, pode ocorrer uma maior concentração de
pessoas e negócios.
Por estas razões, submetemos o presente Projeto de Lei Complementar para apreciação
em caráter de urgência pelos Nobres Vereadores dessa Casa de Leis.
Sala das Sessões, 30 de Novembro de 2015.
Reni Clóvis de Souza Pereira
Prefeito Municipal