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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. FAECC-FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA AGRONEGÓCIOS E DESENVOLVIMENTO REGIONAL SIRLENE GOMES PESSOA REFLORESTAMENTO E SEQUESTRO DE CARBONO EM ÁREAS DO CERRADO MATO-GROSSENSE: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA CUIABÁ /MT - ABRIL DE 2008

PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO.

FAECC-FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

MESTRADO EM ECONOMIA

AGRONEGÓCIOS E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

SIRLENE GOMES PESSOA

REFLORESTAMENTO E SEQUESTRO DE CARBONO EM ÁREAS DO CERRADO

MATO-GROSSENSE: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

CUIABÁ /MT - ABRIL DE 2008

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SIRLENE GOMES PESSOA

REFLORESTAMENTO E SEQUESTRO DE CARBONO EM ÁREAS DO CERRADO

MATO-GROSSENSE: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Dissertação apresentada em abril de 2008 à

Coordenação do Programa de Pós Graduação em

Agronegócios e Desenvolvimento Regional do

Departamento de Economia da FAECC/UFMT, sob

orientação do Professor Doutor Benedito Dias

Pereira, como requisito para conclusão de Mestrado

em Economia - Agronegócios e Desenvolvimento

Regional.

CUIABÁ/MT

Abril de 2008

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SIRLENE GOMES PESSOA

REFLORESTAMENTO E SEQUESTRO DE CARBONO EM ÁREAS DO CERRADO

MATO-GROSSENSE: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Dissertação apresentada à Coordenação do Programa de Pós

Graduação do Departamento de Economia da FAECC/UFMT,

como parte das exigências para conclusão de Mestrado e

obtenção de título de mestra em Agronegócios e

Desenvolvimento Regional.

Aprovada em 25 de abril de 2008

BANCA EXAMINADORA

Prof. Doutor Altair Dias de Moura

Examinador Externo - UFV/MG

Profa Doutora Regina Célia de Carvalho

FAECC/UFMT

Prof. Doutor Benedito Dias Pereira

Orientador

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FICHA CATALOGRÁFICA

P475r Pessoa, Sirlene Gomes

Reflorestamento e sequestro de carbono em áreas do

cerrado mato-grossense: análise de viabilidade econô-

mica / Sirlene Gomes Pessoa. – 2008.

xii, 99p. : il. ; color.

Dissertação (mestrado) – Universidade

Federal de Mato Grosso, Faculdade de

Administração, Economia e Ciências

Contábeis, Pós-graduação em Agronegócios

e Desenvolvimento Regional, 2008. “Orientação: Prof. Dr. Benedito Dias Pereira”.

CDU –630*64(817.2:251.3)

Índice para Catálogo Sistemático

1. Silvicultura – Atividade econômica

2. Eucalipto – Produção – Viabilidade econômica

3. Eucalipto – Cerrado mato-grossense

4. Reflorestamento – Seqüestro de carbono

5. Madeira – Energia – Produção

6. Créditos de carbono – Legislação

7. Viabilidade Econômica – Carbono – Produção Rural

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DEDICATÓRIA

Aos meus amados AMADOS, pelo imensurável apoio, contribuição ...

Amado de Oliveira Filho (esposo)

Amado Junior Neto Pessoa de Oliveira (filho)

Aos meus pais:

Izolina Barbosa Pessoa

Davino Gomes Pessoa

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AGRADECIMENTOS:

A DEUS.

Às Empresas, Consultores, Professores e colegas que contribuíram com o

fornecimento de dados fundamentais para a presente pesquisa;

Aos meus Professores de Mestrado em Economia - Agronegócios e

Desenvolvimento Regional do Departamento de Economia da

FAECC/UFMT;

Em especial, agradeço ao meu Orientador, Doutor em Economia Agrícola,

Professor Benedito Dias Pereira.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas

AND - Autoridade Nacional Designada

APP - Área de Preservação Permanente

A/R - Afforestation and Reforestation

AAU - Assigned Amount Unit

BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo

C - Carbono

CCX - Chicago Climate Exchange

CDM UNFCCC - Clean Development Mechanism United Nations Framework

CMM – Companhia Mineira de Metais

Convention on Climate Change

CE - Comércio de Emissões

CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

CH4 - Gás Metano

CIMGC - Comissão Interministerial de Mudança Global de Clima

CMMAD - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

COP - Conferência das Partes

CO2 - Gás carbônico

CQNUMC - Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança de Clima

DPC - Documento de Concepção do Projeto .

EB - Executiv Board

EOD - Entidade Operacional Designada

ERU -Emission Redution Unit

FBDS - Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável

FIEMT - Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso

GEE - Gases de Efeito Estufa

IC - Implementação Conjunta

IMA - Incremento Médio Anual

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INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change

lCER – Long-Term Certified Emission Reductions

LULUCF - Land Use, Land Use Change and Florestry

MBRE - Mercado Brasileiro de Redução de Emissões

MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia

MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

MMA - Ministério do Meio Ambiente

Mst – Metro Estéreo

N2O - Óxido Nitroso

ONU – Organização das Nações Unidas

PDD -Project Design Document

SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura

SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia

SEMA/MT - Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso

SMDA - Sistema de Manejo de Dejeto Animal

tCER – Temporary Certified Emission Reductions

t/C/ha - Tonelada de carbono por hectare

t/CO2/ha – Tonelada de gás carbônico por hectare

TIR – Taxa Interna de Retorno

TMA – Taxa de Mínima Atratividade

UNB – Universidade de Brasília

UNDP - United Nations Development Programme .

VER - Verified Emission Reduction

VPL - Valor Presente Líquido

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LISTA DE TABELAS

Página

Tabela 1 - Metodologias para Projetos de A/R no âmbito do MDL, aprovadas pelo

Conselho Executivo do MDL/ONU ..................................................................... 30

Tabela 2 - Custos Médios de Projeto de MDL ....................................................................... 31

Tabela 3 - Os 15 Municípios de Mato Grosso, com maior Área cultivada com Espécies

Florestais ............................................................................................................... 42

Tabela 4 - Espécies de Eucalipto utilizadas em Reflorestamento em Mato Grosso ............... 43

Tabela 5 - Desenvolvimento do Eucalipto em função da precipitação pluviométrica ............ 48

Tabela 6 - Sequestro (líquido) de CO2 pelo Eucalipto em alguns Municípios do Cerrado

Mato-Grossense ...................................................................................................... 49

Tabela 7 - Sequestro de Carbono e lCERs da produção de 200 ha de eucalipto em

Municípios do Cerrado de Mato Grosso ................................................................. 51

Tabela 8 - Quantidade (IMA/mst) e Receita (R$) de Madeira Energética produzida por

200 ha de Eucalipto em Municípios do Cerrado Mato-grossense ........................... 52

Tabela 9- TIR referente a produção de 200 ha de eucalipto para sequestro de Carbono

e produção de Madeira em Municípios do Cerrado de Mato Grosso ...................... 53

Tabela 10 – Custos, Seqüestro e Receitas Totais (20 anos) com Crédito de Carbono e

Madeira de Eucalipto produzido em 200 ha - Cerrado Mato-grossense (R$) .......... 54

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 - Países Compradores e Volume comprado de Certificados no Mercado

(MDL e IC) até 2012 ........................................................................................... 36

Figura 2 - Países Investidores - Projetos registrados no Conselho Executivo de

MDL .................................................................................................................... 37

Figura 3 - Vegetação do Cerrado Mato-grossense, Fazenda Junior Neto, Município de

Cuiabá/MT. Fotos tiradas em 23/9/2007 .............................................................. 40

Figura 4 - Mapa do Estado de Mato Grosso destacando as áreas ocupadas pelo Cerrado ... 41

Figura 5 - Produção de eucalipto no município de Cuiabá/MT. Fotos tiradas em

08.11.2007 .......................................................................................................... 44

Figura 6 - Gráfico (TIR x VPL) ........................................................................................... 53

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PESSOA, Sirlene Gomes, Msc, Coordenação de Mestrado do

Departamento de Economia da FAECC/UFMT, abril de 2008.

REFLORESTAMENTO E SEQUESTRO DE CARBONO EM ÁREAS

DO CERRADO MATO-GROSSENSE: ANÁLISE DE VIABILIDADE

ECONOMICA. Professor Orientador: Doutor Benedito Dias Pereira.

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo realizar estudo sobre a viabilidade econômica da

produção de 200 ha de eucalipto das espécies mais cultivadas no cerrado de Mato Grosso, para

seqüestro de carbono (obtenção de créditos), produção de madeira (para fins energéticos) e

produção conjunta (créditos de carbono e madeira). Utilizando-se a Taxa Interna de Retorno

(TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à

produção de eucalipto das espécies urograndis, citriodora e camaldulensis, somente para fins de

seqüestro e crédito de carbono, uma vez que as TIRs foram negativas. Houve exceção em

Campo Verde, onde a espécie urograndis exibiu TIR positiva (2,35%), porém não atrativa ao

produtor rural frente à taxa mínima de atratividade (TMA) selecionada (Selic de 11,25%).

Quanto à produção de madeira para fins energéticos, as três espécies de eucalipto ofereceram

maior rentabilidade em Campo Verde, Dom Aquino, Sorriso e Cuiabá, com TIRs positivas e

acima da TMA (11,25%). Em contrapartida, a espécie urograndis em Chapada dos Guimarães e

a camaldulensis em Nossa Senhora do Livramento e Rondonópolis exibiram TIR positiva,

porém abaixo da TMA. Em Chapada dos Guimarães a espécie camaldulensis exibiu TIR

negativa, inviabilizando o projeto. Por último, o reflorestamento com as três espécies para

produção conjunta (carbono e madeira), apresentou TIRs positivas e acima da TMA (11,25%)

em Campo Verde, Dom Aquino e Sorriso. A espécie urograndis em Chapada dos Guimarães e a

camaldulensis em Cuiabá e Nossa Senhora do Livramento exibiram TIRs positivas, porém

abaixo da taxa de 11,25%. A espécie camaldulensis em Rondonópolis e Chapada dos Guimarães

exibiu TIRs negativas, inviabilizando o projeto. As TIRs exibiram percentuais menores e

conseqüentemente queda na rentabilidade da produção conjunta (créditos de carbono e madeira)

em relação a produção somente de madeira.

Palavras Chaves: Produção de Eucalipto, Seqüestro de Carbono, Rentabilidade.

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PESSOA, Sirlene Gomes, Msc, Master’s Coordination of Economy

Departament in the FAECC/UFMT, April 2008. REFORESTATION

AND CARBON SEQUESTRATION IN GREEN AREAS OF THE

MATO GROSSO CERRADO: ECONOMIC VIABILITY

ANALYSIS. Adviser Teacher: Doctor Benedito Dias Pereira.

ABSTRACT

This research has the objective of conducting a study about the economic viability on the

production of 200 ha of the most cultivated eucalypt in the cerrado of Mato Grosso, for the

carbon sequestration (acquisition of credits), wood production(for energy production purpose)

and joint production (carbon credit and wood). Using the Intern Return Rate (IRR) as the

analysis methodology, we conclude for the non-viability of the project in relation to the

production of urograndis, citriodora and camaldulensis eucalyptus species, only for the

sequestration of carbon credit, once the IRR were negative. In Campo Verde, where the

urograndis specie showed a positive IRR (2,35%), however, not attractive for the rural producer

in light of the chosen Minimum Attractiveness Rate (MAR) Selic de 11,25%. As far as the wood

production for energy goals, the three species of eucalypt offered a bigger profitability in Campo

Verde, Dom Aquino, Sorriso and Cuiabá, with positive IRR and a higher MAR (11,25%). In the

other hand, the urograndis species in Chapada dos Guimarães and the camaldulensis in Nossa

Senhora do Livramento and Rondonópolis showed positive IRR, however below the MAR. In

Chapada dos Guimarães the camaldulensis specie showed a negative IRR, condemning the

project. At last, the reforestation with the three species for the joint production (carbon and

wood) showed positive IRRs and above of the MAR (11,25%) in Campo Verde, Dom Aquino

and Sorriso. The urograndis specie in Chapada dos Guimarães and the camaldulensis in Cuiabá

and Nossa Senhora do Livramento showed positive IRRs, however below the rate of 11,25%.

The camaldulensis specie in Rondonópolis and Chapada dos Guimarães showed negative IRRs,

condemning the project. The IRRs showed a lower percentage and consequently drop in the

joint production profitability (Carbon credit and wood) when only the wood production is done.

Keywords: Production of Eucalyptus, Carbon Sequestration, Profitability.

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SUMÁRIO

Agradecimento........................................................................................................................... IV

Lista de Siglas e Abreviaturas .................................................................................................. V

Lista de Tabelas ....................................................................................................................... VII

Lista de Figuras .........................................................................................................................VIII

Resumo ....................................................................................................................................... IX

Abstract....................................................................................................................................... X

Introdução.................................................................................................................................. 1

CAPITULO I - JUSTIFICATIVA, PROBLEMA, OBJETIVOS, HIPÓTESE

1.1 Justificativa..................................................................................................................... 5

1.2 Problema......................................................................................................................... 6

1.3 Objetivos ........................................................................................................................ 7

1.4 Hipóteses.......................................................................................................................... 8

CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, METODOLOGIA E REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

2.1 Fundamentação Teórica ................................................................................................ 9

2.2 Metodologia ................................................................................................................... 12

2.3 Revisão Bibliográfica .................................................................................................... 15

CAPITULO III - LEGISLAÇÃO SOBRE CRÉDITOS DE CARBONO E

MECANISMOS DE COMERCIALIZAÇÃO

3.1 Protocolo de Kyoto ...................................................................................................... 18

3.2 Legislação Brasileira ..................................................................................................... 21

3.3 Sistema de Elaboração e Registro de Projetos de MDL ............................................... 21

3.3.1 Participação em Projetos de A/R do setor LULUCF ..................................................... 23

3.3.2 Elaboração e Registro de Projetos de A/R ..................................................................... 26

3.3.3 Metodologias aprovadas para Projetos de A/R ............................................................. 29

3.4 Custos de Projetos de MDL ........................................................................................... 30

3.5 Mercado Voluntário de Carbono .................................................................................... 31

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3.5.1 Sistema de Registro de Projeto no Mercado Voluntário ................................................ 32

3.6 Mecanismos de Comercialização de Créditos de Carbono ............................................ 33

3.7 Oferta e Demanda Mundial de Projetos de MDL .......................................................... 35

3.7.1 Oferta ............................................................................................................................ 35

3.7.2 Demanda ........................................................................................................................ 36

3.7.3 Projetos de MDL em Mato Grosso ................................................................................ 37

CAPITULO IV - CLIMA E FORMAÇÃO VEGETAL DO CERRADO,

REFLORESTAMENTO E SEQUESTRO DE CARBONO PELO EUCALIPTO

4.1 Clima e Formação Vegetal ............................................................................................ 39

4.2 Reflorestamento no Cerrado Mato-grossense ............................................................... 41

4.3 Áreas Cultivadas com Eucalipto .................................................................................... 42

4.4 Produção e Contribuição do Eucalipto para o Desenvolvimento Sustentável .............. 44

4.5 Sequestro de Carbono pelo Eucalipto ........................................................................... 45

CAPITULO V – RESULTADOS E ANÁLISES

5.1 Critérios .......................................................................................................................... 50

5.1.1 Planilha de Custos para Reflorestamento com Eucalipto em área do Cerrado ............. 50

5.1.2 Planilha de Custos com Projeto de MDL e Seqüestro de Carbono................................ 51

5.1.3 Receitas com Créditos de Carbono ................................................................................ 51

5.1.4 Receitas com a comercialização de Madeira ................................................................. 52

5.2 Cálculo da TIR .............................................................................................................. 52

5.3 Análises .............................................................................................................................. 54

COMENTÁRIOS CONCLUSIVOS ...................................................................................... 58

REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 62

APÊNDICES

Apêndice A ............................................................................................................................ 68

Apêndice B ............................................................................................................................ 72

Apêndice C ........................................................................................................................... 94

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INTRODUÇÃO

O Estado de Mato Grosso conta com cerca de 140 mil propriedades rurais entre grandes,

médias, pequenas e minifúndios, segundo o INCRA (2005) que, juntas, produziram em 2006 o

equivalente a 18,9% das 117,3 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas

produzidas no Brasil (IBGE, 2006). Em busca de renda e do ajuste ambiental, este segmento

vem ampliando também as áreas de reflorestamento com espécies nativas e exóticas, como

castanheira, ipê, cumaru, eucalipto, teca, seringueira, etc, visando a produção de madeira e

outros derivados florestais, para atendimento dos mercados interno e externo. Porém, a

silvicultura é atividade de pouca representatividade na economia do Estado, contando com cerca

de 145 mil hectares de áreas reflorestadas (SHIMIZU, KLEIN e OLIVEIRA, 2007).

Mesmo na condição de celeiro da produção de alimentos, ocupando em 2006 o 10° lugar

no ranking dos estados exportadores (FIEMT, 2007) o segmento rural mato-grossense não tem

alcançado renda suficiente para saldar compromissos com fornecedores e com os agentes

financiadores da produção. A agropecuária brasileira sofreu queda de preços da produção e alta

de custos de insumos nas últimas safras, o que motivou queda real de 2,1% na renda do

segmento em 2006 e de 9,79% em 2005, em comparação com os respectivos anos anteriores

(CEPEA, 2007).

Com relação à legislação ambiental, a partir da década de 60 do século passado o próprio

governo, através de programas especiais de desenvolvimento, incentivou o segmento rural a

desflorestar e inserir áreas da floresta amazônica ao processo produtivo. Esta realidade foi

alterada mediante a Medida Provisória 2166-67, que permite atualmente ao produtor rural

utilizar 65% de suas terras se inseridas no bioma Cerrado do Estado e somente 20% se inseridas

no bioma Amazônia, devendo o restante da área permanecer intacto como “Reserva Legal”. A

área de preservação permanente (APP) também é área cuja supressão da vegetação

(desmatamento) constitui em infração, ficando o proprietário do imóvel sujeito à multa e

recuperação nos termos da Lei Federal nº 9.605/98 (MEDAUAR, 2005).

Internacionalmente, surgiu em 2005 o mercado oficial de créditos de carbono (C), com a

ratificação do Protocolo de Kyoto (MCT, 1997). O Protocolo propõe aos proprietários de terras

a utilização voluntária de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) para promover o

desenvolvimento sustentável através do florestamento e reflorestamento. O CO2 removido

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(sequestrado) por matas destas áreas pode ser transformado em títulos temporários ou de longo

prazo, denominados Reduções Certificadas de Emissões (tCER e lCER)1 e comercializados

junto ao mercado internacional de carbono (KRUG, 2004).

Com as exigências da legislação ambiental brasileira e com a ratificação do Protocolo de

Kyoto surgiu um cenário de transição aos produtores do segmento rural. Estes produtores estão

deixando de ser somente produtores rurais e assumindo a postura de guardiões de florestas,

seqüestradores de gás carbônico (CO2) e usuários de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo

(MDL), na busca de produção e renda com baixo carbono ou baixa poluição atmosférica.

Foi aprovada pelo Conselho Executivo do MDL metodologia simplificada para elaboração

dos chamados Projetos de Pequena Escala de Florestamento e Reflorestamento. Essa

metodologia tem como objetivo fazer com que pequenos proprietários rurais, de forma

sustentável, ampliem suas rendas com a comercialização de créditos de carbono, utilizando o

MDL, sem a necessidade de se fazer desflorestamentos e queimadas. Portanto, nos termos do

Protocolo de Kyoto, serviços ambientais de “não poluir” ou “despoluir o ambiente” através de

reflorestamentos e seqüestro de CO2, podem ser transformados em tCERs e lCERs e

comercializados junto ao mercado internacional.

O mercado de CERs surgiu oficialmente a partir da ratificação do Protocolo em 2005,

cujos países industrializados (relacionados nos Anexos I e B do Protocolo) se comprometeram a

reduzir em 5,2% entre 2008 a 2012, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) que emitiam na

atmosfera nos níveis de 1990, dentre eles o CO2. Em síntese, cada tonelada de CO2 equivalente

(tCO2e) que deixar de ser emitida ou for sequestrada da atmosfera, por um país em

desenvolvimento, poderá ser transformada em CER e comercializada junto aos países

industrializados.

O Conselho Executivo do MDL (EB)2, vinculado à Organização das Nações Unidas

(ONU) é o órgão responsável mundialmente pelo registro de projetos de reflorestamento no

âmbito do MDL, com o propósito de limitar ou reduzir a emissão de GEE na atmosfera, órgão

este responsável também pela emissão de CERs (CDM, UNFCCC, Executive Board, 2007a). No

Brasil, foi instituída em 1999 a Comissão Interministerial de Mudança Global de Clima

1 CER: é o mesmo que RCE e refere-se em inglês a “Certified Emission Reductions”.tCER e lCER são os

certificados temporários e de longo prazo gerados por projetos de Florestamento e/ou Reflorestamento. 2 EB: refere-se em inglês a “Executive Board”.

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(CIMGC), ficando o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) responsável pela presidência da

Comissão e pela recepção e aprovação de projetos de MDL, bem como pela submissão dos

mesmos ao Conselho Executivo do MDL.

Em países como os Estados Unidos, que não ratificaram o Protocolo de Kyoto, também

foram instituídos mecanismos para comercialização de créditos de carbono. Surgiu assim um

mercado voluntário, paralelo ao Protocolo de Kyoto, formado por vários segmentos produtivos,

principalmente das atividades florestais. As normas para elaboração de projetos, monitoramento,

registros, emissão de certificados, etc, neste mercado, são distintas do mercado gerado pelo

Protocolo de Kyoto.

Não há ainda registro junto ao Conselho Executivo do MDL na ONU de projetos florestais

brasileiros de seqüestro de carbono, em que pese metodologias de pequena e grande escala já

terem sido desenvolvidas para estes projetos. O mercado de carbono se apresenta otimista com

relação aos créditos provenientes de outras fontes como biomassa, dejetos animais, aterros

sanitários, etc. O Brasil responde pelo terceiro lugar num cenário global referente à

comercialização de CERs provenientes de fontes não florestais, com uma redução de poluição

equivalente a 36,4 milhões de tCO2e/ano, segundo dados apurados em relatório Status do MCT

(p.5,2007a).

Existe expectativa em torno da implementação de normas mais flexíveis e acessíveis com

relação aos projetos florestais, escopo onde se pressupõe que o segmento rural possui maior

capacidade para efetivamente gerar renda e promover o desenvolvimento sustentável. Neste

sentido, não só produtores rurais, mas outros segmentos industriais como os grupos Aracruz,

Michelan, Votorantin, Peugeot, etc, que utilizam o reflorestamento para fins industriais e

recuperação do meio ambiente, passaram a contar também com a oportunidade de se

enquadrarem às normas do MDL, com vistas ao seqüestro florestal de carbono e

comercialização desses créditos. Entretanto, apesar da conscientização por parte do segmento

rural da necessidade de se preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento

sustentável, observa-se junto à CIMGC, que os projetos de reflorestamentos existentes no

Estado de Mato Grosso e no Brasil não estão sendo elaborados no âmbito do MDL.

Esta pesquisa, que tem como objetivo identificar a rentabilidade da produção de 200 ha

eucalipto no cerrado de Mato Grosso para fins de sequestro de carbono e extração de madeira,

está organizada em cinco capítulos. O primeiro aborda a Justificativa do trabalho, a formulação

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do Problema, a definição dos Objetivos e a apresentação das Hipóteses. No segundo, descreve-

se a Fundamentação Teórica, assim como a Metodologia e a Revisão Bibliográfica. No terceiro

capítulo aborda-se a caracterização da legislação sobre créditos de carbono, especificamente do

Protocolo de Kyoto e suas Conferências, bem como a internalização dessa legislação no Brasil.

Identifica-se também o sistema de elaboração de projetos de MDL com ênfase às atividades de

Uso da Terra, Mudança de Uso da Terra e Floresta (LULUCF)3 onde estão inseridos os projetos

de Florestamento e Reflorestamento (A/R)4, citando seus custos de elaboração. Relacionam-se

também nesse capítulo as metodologias para projetos A/R aprovadas pelo Conselho Executivo

do MDL, bem como sintetiza-se o mercado voluntário de carbono. Descreve-se ainda nesse

capítulo os mecanismos existentes de comercialização de créditos, destacando-se a participação

de Mato Grosso nesse mercado. A produção silvícula no Cerrado mato-grossense é contemplada

no quarto capítulo, realçando-se a cultura do eucalipto e sua contribuição ao desenvolvimento

sustentável, bem como o sequestro de CO2 promovido por esta espécie. Apresentam-se no

quinto capítulo os critérios utilizados para os cálculos da taxa interna de retorno (TIR) e os

resultados efetivos da pesquisa e, por último, as discussões conclusivas em torno desses

resultados.

3 LULUCF: refere-se em inglês a Land Use, Land Use Change and Florestry

4 A/R: refere-se em inglês a “Afforestation and Reforestation”. Tratamento dado pelo Protocolo de Kyoto aos

Projetos de MDL de Florestamento e Reflorestamento.

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CAPÍTULO I

JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS, PROBLEMA E HIPÓTESES

1.1 Justificativa

Um cenário amplamente influenciado por exigências ambientais e variáveis

macroeconômicas como taxa cambial e taxa de juros, etc, provocou queda na renda dos

produtores rurais nas últimas safras. Esse fato levou o produtor rural a buscar novas fontes de

ampliação de renda em suas propriedades. Uma oportunidade surgida e adotada pelo segmento

tem sido a adaptação de áreas agrícolas para exploração com o turismo rural. Outro recurso

utilizado é a combinação de produção intensiva com extensiva, buscando a adaptação às

recentes tecnologias de produtividade, porém, buscando também ampliar a produção através de

agregação de maior quantidade de terras às áreas já adquiridas.

Contudo, a legislação ambiental coloca as ações do produtor rural como antrópicas ao

meio ambiente e busca evitar a continuidade da sobre-exploração da terra por este segmento.

Segundo consta do relatório divulgado pelo IPCC (2007a) a emissão global de GEE na

atmosfera entre 1970 a 2004 aumentou de 28,7 para 49 gigatoneladas de dióxido de carbono

(GtCO2-eq)5 sendo que os setores LULUCF e agricultura aumentaram suas emissões em 40% e

27%, respectivamente. O aumento de CO2 na atmosfera ocorre principalmente devido ao uso de

5 GtCO2-eq: definido pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) como “a quantidade de emissão de

CO2 que causaria a mesma força radioativa que uma quantidade emitida de gás estufa bem misturado ou uma

variedade de gases estufas bem misturadas”.

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combustível fóssil e mudanças no uso do solo, enquanto o aumento do gás metano (CH4) e do

óxido nitroso (N2O) ocorre principalmente devido à agricultura.

Com a ratificação do Protocolo de Kyoto, acredita-se que tenha surgido uma nova

alternativa de se ampliar a renda no campo. Esta alternativa está relacionada à comercialização

de créditos de carbono provenientes de projetos de MDL e seqüestro de CO2 em áreas de

florestamento, reflorestamento e recuperação das reservas Legal e APP. O Protocolo relaciona

os GEE prejudiciais à humanidade, bem como os principais setores e categorias de fontes de

emissões desses gases que oferecem a possibilidade de desenvolver projetos de MDL em

diversos escopos, dentre os quais, interessa para o desenvolvimento desta dissertação, o de

número 14, que trata de projetos de Florestamento e Reflorestamento (A/R) (CDM UNFCCC,

Mehtodologies, 2007b).

Neste sentido há que se buscar respostas concretas que venham orientar o segmento rural

na tomada de decisão quanto ao investimento em projetos A/R, com vistas a ampliação de renda

não só com a comercialização de madeira, mas, com o seqüestro e comercialização de créditos

de carbono.

Espécies arbóreas características da região de cerrado, como jatobá, jacarandá, ipê,

cumaru, dentre outras, exibiram capacidade de seqüestro de carbono de 5,60t/C/ha/ano

equivalentes a 20,5t/CO2 (FINCO; REZENDE, 2004). No estado de São Paulo o hectare de

seringa, aos 30 anos, seqüestra 92,84t/C/ha/ano equivalentes a 340,72t (NISHI et al, 2005). Por

outro lado, o hectare de eucalipto no cerrado de Minas Gerais em sistema 3x3, sequestra

199,11t/CO2 aos 7 anos, segundo Tsukamoto (2003) e, no extremo sul da Bahia e leste e

nordeste do Espírito Santo sequestra 241,2t/CO2 t/C/ha, segundo Maestri et all (2004).

Destarte, como pode se depreender, particularmente no Brasil constata-se o incremento

de estudos voltados a compreensão do sequestro de carbono e dos temas correlatos. Em Mato

Grosso, contudo, não existem estudos dessa natureza. Desse modo, com o objetivo de se evitar

que o segmento rural mato-grossense, especificamente, os pequenos produtores se

descapitalizem ainda mais com investimentos florestais possivelmente inviáveis no âmbito do

MDL, faz-se necessário gerar informações e conhecimentos conducentes à análises mais

precisas sobre a viabilidade econômica da implantação desses projetos.

1.2 Problema

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Os termos de compromissos firmados entre entidades representativas do segmento rural

em Mato Grosso e instituições públicas e organizações não governamentais, evidenciam a

consciência por parte do segmento da necessidade do reflorestamento em suas propriedades e a

contribuição para o desaquecimento global. Paralelo a esse fato, existe a necessidade urgente de

recuperação da renda pelo segmento, especificamente pelas pequenas e médias comunidades

rurais, para que voltem a contar com capacidade financeira suficiente para saldar seus

compromissos. Esse avanço necessário, entretanto, deve se processar acompanhado de novos

conhecimentos da realidade agropecuária de Mato Grosso. Um desses conhecimentos contempla

a rentabilidade do seqüestro de carbono e de outras atividades que também podem

complementar a renda do produtor rural.

Entende-se que as diversas espécies florestais de eucalipto oferecem maior dinamismo

quanto ao seqüestro de carbono da atmosfera, por tratarem-se de plantas de rápido crescimento

e adaptáveis a vários tipos de clima e solo (SANTOS, 2003). São recursos naturais renováveis,

atendem à demanda como substituto de combustíveis fósseis, proporcionam a preservação de

florestas nativas, etc. Quando introduzido no Brasil no início do século XX, o eucalipto tinha

como finalidade atender a demanda por combustível, postes e dormentes da Companhia Paulista

de Estradas de Ferro em São Paulo. Hoje a demanda por produtos oriundos do eucalipto se

estendeu entre madeira serrada, móveis, lâminas, chapas, celulose, óleo, mel, etc (SBS,

p.39,2006). Seu cultivo foi ampliado no Brasil durante o período de incentivos fiscais entre as

décadas de 60 e 80. Atualmente, a expansão da produção, o aumento da área plantada e a

melhoria da produtividade são resultados de experimentos da Empresa Brasileira de Pesquisas

Agropecuária (EMBRAPA) com parcerias privadas, bem como do aperfeiçoamento das técnicas

silviculturais (SANTOS, 2003).

Face a ausência de trabalhos referentes a produção e rentabilidade do eucalipto para fins

de sequestro de carbono em propriedades rurais do cerrado mato-grossense e, diante da

necessidade de renda e da preservação do meio ambiente com a implementação de projetos

florestais, questiona-se: qual a rentabilidade, medida pela taxa interna de retorno (TIR) da

produção de 200 hectares de eucalipto para fins de sequestro de carbono no âmbito do MDL?

Qual a rentabilidade medida pela TIR da produção de 200 ha de eucalipto somente para

extração de madeira para fins energéticos? Ademais, qual a rentabilidade, medida pela TIR, da

produção conjunta desses bens?

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Realizar estudo sobre viabilidade econômica da produção de 200 hectares de eucalipto

das espécies mais cultivadas em municípios do cerrado mato-grossense, para fins de sequestro

de carbono e produção de madeira para fins energéticos, de forma isolada e conjuntamente.

1.3.2 Objetivos Específicos

1) Inicialmente, busca-se identificar a rentabilidade, através do cálculo da taxa interna de

retorno (TIR), da produção de 200 hectares de eucalipto para fins de sequestro de carbono e

obtenção de créditos;

2) Em seguida, identificar a rentabilidade calculando a TIR da produção de 200 ha de

eucalipto (para fins energéticos), sem contabilizar créditos de carbono;

3) Por último, identificar a rentabilidade através do cálculo da TIR da produção conjunta

(carbono e madeira) desses bens.

1.4 Hipóteses

Os custos adicionais relacionados a tramitação e registro de projeto de MDL junto a ONU,

o custo com monitoramento do sequestro de carbono pela floresta e, a ausência de políticas

favoráveis ao estabelecimento do mercado efetivo de créditos provenientes de sequestro florestal

de carbono, conduzem à formulação das seguintes hipóteses:

1) A produção de eucalipto somente para fins de seqüestro e créditos de carbono no

âmbito do MDL deve exibir TIR negativa;

2) O reflorestamento com eucalipto visando somente a produção de madeira (para fins

energéticos) deve exibir TIR positiva e;

3) A produção conjunta desses bens (carbono e madeira) também deve exibir TIR positiva.

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CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, METODOLOGIA E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Fundamentação Teórica

Aborda-se neste capítulo o conceito de Desenvolvimento Sustentável, incorporado ao

debate mundial por ocasião da Conferência ECO-92 e definido a partir do Relatório

Brundtland/1988. Os elementos abordados nesta fundamentação respaldam teoricamente a

metodologia adotada na presente dissertação.

As Conferências sobre Ambiente Humano e Meio Ambiente promovidas pela ONU em

1972 em Estocolmo e em 1992 no Rio de Janeiro, respectivamente, são consideradas os pontos

de partida para as discussões mundiais sobre desenvolvimento sustentável (STAHEL,1995).

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Outras conferências, comissões, relatórios, etc, foram constituídas e seus resultados publicados

entre os 20 anos que separam as duas Conferências, cujos trabalhos buscaram explicar as

relações entre desenvolvimento e meio-ambiente, com o intuito de conceituar e aplicar o

conceito de desenvolvimento sustentável.

Entretanto, segundo Romeiro (1999), foi o relatório “Limites do Crescimento” emitido

também em 1972 pelo Clube de Roma, que influenciou a ONU, em 1983, instituir a Comissão

Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Segundo o relatório, o consumo

mundial crescente provocaria um limite de crescimento e um possível colapso do ecossistema

global, com base em fatores como: a industrialização acelerada, o forte crescimento

populacional, insuficiência crescente da produção de alimentos, esgotamento dos recursos

naturais não renováveis e degradação irreversível do meio ambiente (TAYRA,2002).

A Comissão (CMMAD), presidida por Gro Harlem Brundtland, ex-primeira ministra da

Noruega, teve como principais objetivos reexaminar as questões críticas relativas ao meio

ambiente, reformular propostas, propor novas formas de cooperação internacional e levar a

sociedade a um melhor entendimento sobre as questões ambientais e o desenvolvimento (UNB,

2007).

O resultado do trabalho da CMMAD foi publicado em 1988 como Relatório Brundtland

sob o título “Nosso Futuro Comum”, apontando a pobreza como uma das principais causas e um

dos principais efeitos dos problemas ambientais do mundo, segundo Tayra (2002).

Recomendava a criação de um conceito universal sobre a proteção ambiental e

desenvolvimento. A proposta era integrar o desenvolvimento econômico às questões ambientais,

onde o termo Ecodesenvolvimento incorporado por Sachs (1986) na década de 70 daria lugar ao

termo Desenvolvimento Sustentável, definido então como “aquele que satisfaz as necessidades

atuais, sem sacrificar a habilidade do futuro de satisfazer as suas próprias necessidades”

(ROMEIRO, 1999).

Para atingir o desenvolvimento sustentável então conceituado, o Relatório Brundtland

recomendou aos governos a adoção de várias medidas, dentre elas: garantia da produção de

alimentos no longo prazo com a devida preservação da biodiversidade e dos ecossistemas,

controle do crescimento populacional e a diminuição do consumo de energia, promoção do

desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis, promoção da

integração entre campo e cidades, dentre outras (UNB, 2007).

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Face a essas recomendações, a ONU apresentou o documento denominado Convenção

Quadro das Nações Unidas para Mudança de Clima (CQNUMC) ou (UNFCCC)6 na

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ou ECO-92, ocorrida

no Rio de Janeiro, em 1992. No artigo 2o da Convenção consta como objetivo final o alcance da

estabilização das concentrações de GEE na atmosfera (CQNUMC, 1992a). O prazo para tal

objetivo seria o suficiente para permitir aos ecossistemas a adaptação natural às mudanças

climáticas, garantir a segurança da produção alimentar e viabilizar o desenvolvimento

econômico de maneira sustentável.

A Convenção, em vigor desde 1994, foi ratificada por mais de 150 países (denominados

partes da Convenção), que receberam orientações no seguinte sentido: a) proteger o sistema

climático em benefício das gerações presentes e futuras da humanidade; e b) levar em plena

consideração as necessidades específicas e circunstâncias especiais de países em

desenvolvimento, em particular aqueles vulneráveis aos efeitos negativos das mudanças

climáticas. Em 1997, por oportuno, ocorreu a 3a Conferência entre as partes (Cop-3) em Kyoto

no Japão, culminando com a assinatura do Protocolo de Kyoto à CQNUMC.

Das discussões da ECO-92 resultaram outros documentos, dentre eles: a Agenda 21

Global, a Declaração do Rio, a Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas e a

Convenção sobre a Diversidade Biológica, todos endossando o conceito de desenvolvimento

sustentável, combinando progresso sócio-econômico com consciência ecológica. A partir da

CQNUMD a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável passou a exigir a aderência

de todos os países, requerendo portanto, consenso em nível mundial.

. Especificamente, a Agenda 21 traduz em ações o conceito de desenvolvimento

sustentável, harmoniza métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica na

geração de emprego e renda, nas mudanças nos padrões de produção e consumo e na construção

de cidades sustentáveis. Nesse contexto, cada país, estado ou município a partir de suas

respectivas Agendas, assume a responsabilidade de promover o desenvolvimento dentro do

processo de planejamento participativo resultante da análise de cenário atual e futuro de forma

sustentável. Esta análise, por lógico, deve ser realizada com abordagem integrada e sistêmica

das dimensões econômica, social, ambiental e político-institucional. Diante disso, a avaliação e

6 UNFCCC: refere-se em inglês a “United Nations Framework Convention on Climate Change”.

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monitoramento do desenvolvimento sustentável foram questões preocupantes por ocasião da

Eco-92, transformadas em artigo da Agenda 21, conforme consta a seguir (MMA,2007):

Artigo 40.4.

Os indicadores comumente utilizados, como o produto nacional bruto (PNB) e as medições dos

fluxos individuais de poluição ou de recursos, não dão indicações adequadas de sustentabilidade.

Os métodos de avaliação das interações entre diferentes parâmetros setoriais ambientais,

demográficos, sociais e de desenvolvimento não estão suficientemente desenvolvidos ou

aplicados. É preciso desenvolver indicadores do desenvolvimento sustentável que sirvam de base

sólida para a tomada de decisões em todos os níveis e que contribuam para uma sustentabilidade

auto-regulada dos sistemas integrados de meio ambiente e desenvolvimento.

A Agenda 21 Brasileira foi concluída em 2001 e, para garantir a execução das ações

propostas foi contemplada como Programa do Plano Plurianual (PPA) 2004/2007 do Governo

Federal. No âmbito do Protocolo de Kyoto, todos os projetos de MDL florestal, inclusive

aqueles voltados ao seqüestro e comercialização de créditos de carbono ou de outras categorias e

fontes, deverão contribuir para o desenvolvimento sustentável no país onde serão

implementados. A Autoridade Nacional Designada (AND), no caso do Brasil a CIMGC, atesta

que os projetos contribuem para o desenvolvimento sustentável avaliando os seguintes critérios:

a) distribuição de renda; b) sustentabilidade ambiental local; c) desenvolvimento das condições

de trabalho e geração líquida de emprego; d) capacitação e desenvolvimento tecnológico; e, e)

integração regional e articulação com outros setores. Somente depois de comprovados esses

quesitos é que os projetos seguem para o Conselho Executivo do MDL na ONU para o

respectivo registro e emissão de CER. (MCT, p.2, 2007a).

Por fim, segundo Sachs (2002), os três pilares do desenvolvimento sustentável definidos

como “prudência ecológica, critérios de relevância social e viabilidade econômica” podem levar

o Brasil e outros países tropicais a se tornarem exportadores de sustentabilidade, transformando

o desafio ambiental em oportunidades. Em síntese, para que um país se desenvolva de forma

sustentável é preciso que o tripé básico citado acima se constitua em suporte para esse

desenvolvimento, gerando assim melhorias na qualidade de vida e no bem-estar tanto da atual

quanto das futuras gerações.

Pode-se depreender que o conceito de desenvolvimento sustentável deve ser

compreendido como processo de mudança dirigida, assim, contemplando: os objetivos deste

processo e os meios para se alcançar esses objetivos (LÉLÉ, p.609, 1991). Os objetivos do

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desenvolvimento sustentável, conforme citado, necessariamente focam, dentre outros,

caracteres do meio ambiente físico e social. Nesse sentido, as taxas de rentabilidade (TIR) dos

projetos florestais no âmbito do MDL naturalmente se inserem nessas perspectivas (social e

ambiental).

2.2 Metodologia

Para a implementação de um projeto de viabilidade econômica há que se observar os

aspectos relacionados às fontes de recursos necessárias ao investimento, os riscos incorridos no

uso de capital próprio ou de terceiros, o tempo para obtenção de retorno, a taxa de retorno desse

investimento, etc. Em síntese, empreendedores implementam investimentos em um determinado

tempo, com a expectativa de obterem retornos em algum tempo futuro. Nesses investimentos

destacam-se, em termos ambientais sustentáveis, a análise dos aspectos sociais do projeto, sua

contribuição à mitigação do clima, geração de emprego e renda, cumprimento da legislação

ambiental, etc.

Destarte, a tomada de decisão por parte do empreendedor, tanto do ponto de vista

econômico quanto social, depende da análise de uma série de investimentos pré-planejados.

Utilizando cenários alternativos, faz-se a análise prospectiva do projeto para se verificar como se

comportam os resultados econômico-financeiros. Diante disso, uma técnica simples e muito

utlizada para análise de investimentos é a de trazer todos os custos e receitas ao presente e

depois dividir esses valores ao longo dos anos insertos no horizonte de planejamento do projeto

(MOURA, 2000). Na análise formula-se inicialmente uma hipótese básica, caracterizada como a

mais provável, face aos fatores que envolvem o projeto. Para essa hipótese deverão ser

elaborados os demonstrativos de projeção de resultados, a evolução das necessidades de capital

de giro e o fluxo de caixa, calculando-se, por fim, a taxa interna de retorno (TIR) (FRYDMAN,

1986).

A análise do comportamento do projeto sob cenários alternativos deverá ser realizada por

meio de testes de sensibilidade, nos quais variáveis significativas assumirão valores

considerados possíveis. O comparativo de desempenho do projeto contribuirá para a verificação

do risco do investimento e da adequação da capacidade de pagamento às condições de

financiamento. Os diferentes cenários configuram situações que possam advir de mudanças nas

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políticas econômicas, tributárias, ambientais, etc e que possam afetar a implementação do

projeto (FRYDMAN, 1986).

. Dessa maneira, a avaliação da viabilidade econômica de uma alternativa de investimento

consiste na identificação de todas as suas vantagens e desvantagens, na comparação e na escolha

da melhor alternativa, mediante a aplicação dos métodos e critérios de decisão. Estes métodos

permitem representar cada alternativa por um número que indica a solução mais econômica a ser

perseguida (HESS et al, 1985) apud (RENNER, 2004).

Dentre as principais ferramentas utilizadas para selecionar e avaliar investimentos, como

Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Presente Líquido (VPL), Índice Custo/Benefício, Período

de Retorno do Capital (MOURA, 2000) etc, concentra-se a seguir na descrição da Taxa Interna

de Retorno (TIR). A opção pela utilização da TIR como metodologia deve-se a sua relação

direta com outros indicadores como o Valor Presente Líquido (VPL), além da facilidade de se

comparar o resultado obtido com diferentes taxas de rentabilidade disponíveis, fato que também

enriquece a análise.

Inicialmente a TIR é interpretada matematicamente como a taxa que torna nulo o valor

presente líquido (VPL) de um fluxo de caixa (CLEMENTE et al, 1998). É a taxa de desconto

que torna o valor presente dos benefícios exatamente igual ao valor presente dos custos

(MISHAN,1976) apud (RENNER, 2004), ou seja, ela representa o valor do retorno intrínseco do

projeto independente das taxas de juros do mercado. Em outras palavras, a TIR é a taxa i, obtida

quando o VPL é igual a zero. Ela aponta qual a taxa a ser aplicada ao fluxo de investimento de

modo que se igualem receitas, investimentos e custos, medidos pelos valores atuais, ou seja, no

ano de origem do período de análise do projeto (MOURA, 2000).

A TIR também é interpretada como a capacidade do projeto de gerar retornos. Assim,

quanto mais alta a TIR mais rápido será o retorno do capital investido, maior o excedente de

ganhos (CLEMENTE et al, 1998), logo, quanto maior a TIR, melhor o investimento em termos

de rentabilidade, na definição de Moura (2000).

A TIR também indica qual a taxa máxima de remuneração paga pelo investimento como

custo de oportunidade (MOURA, 2000). Neste sentido, aponta as oportunidades perdidas caso o

empreendedor não empregue os recursos de maneira mais rentável (PINDYCK; RUBINSFELD,

2005). Assume-se nesta Pesquisa que o custo de oportunidade se situe próximo à taxa de juros

do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) fixada em 11,25% a.a para o período

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de 18.10.2007 a 05.12.2007 (BCB, 2007a). Desse modo, uma TIR menor que a taxa SELIC gera

um custo de oportunidade a ser assumido pelo produtor rural que optar pelo investimento.

Adotando ainda a SELIC como taxa de mínima atratividade (TMA), a TIR seria

interpretada como um valor limite para essa taxa na análise de viabilidade do projeto. Portanto o

projeto será considerado viável enquanto sua TIR for maior que a TMA. Assim, quanto maior a

distância entre estas duas taxas maior a margem de segurança oferecida pelo investimento

(CLEMENTE et al 1998). Outrossim, a TIR se constitui também em método de análise

amplamente utilizado em projetos ambientais. Oliveira et al (2002) propõem que a TIR seja

uma das ferramentas a ser utilizada na avaliação de sustentabilidade microeconômica em

projetos de MDL. Essa avaliação mostra o nível de mudança nos custos das emissões de carbono

seqüestrado em relação à linha de base do projeto. Propõem ainda a utilização de taxas de

desconto sob a ótica pública e privada e a comparação do desempenho financeiro do projeto de

MDL com e sem geração de CER.

Conforme abordado e, de acordo com Clemente et al (1998, p161), a TIR indica o valor

que torna nulo o VPL de um fluxo de caixa, em outras palavras, é a taxa de desconto que

satisfaz a seguinte equação:

VPL = Valor Presente Líquido

CFo = Investmento Inicial

CFj = Benefícios Esperados nos anos j

i = Taxa Interna de Retorno

n = Número de períodos (j = 1, 2, 3, 4, 5, ...n).

Em resumo, verifica-se que o conhecimento dessa taxa atuando como parâmetro,

possibilita a análise de viabilidade econômica do projeto sob todas as interpretações citadas.

n

VPL = -CFo + ∑ CFj = 0 onde:

j=i (1+i)j

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2.3 Revisão Bibliográfica

Existe um número reduzido de trabalhos de pesquisas relacionados ao estudo de

viabilidade econômica da produção florestal visando o seqüestro de carbono, face ao surgimento

recente do mercado oficial de carbono. Dentre os autores que buscaram identificar a

rentabilidade da produção de eucalipto para seqüestro e comercialização de créditos (CERs) que

utilizaram a TIR como metodologia, citam-se:

Nishi et al (2005) em “Influência dos Créditos de Carbono na Viabilidade Financeira de

Três Projetos Florestais”, onde analisaram projetos de heveicultura, eucalipto e pinus,

respectivamente, para produção de borracha, celulose e resina. Com a receita dos CERs

contabilizada no início do projeto e, sem contabilizar custos de MDL, obtiveram TIR positiva,

indicando que os projetos de eucalipto (318,04t/ha CO2 em 7 anos) e pinus (374,49t/ha de CO2

em 25 anos) foram viáveis mesmo sem a comercialização das CERs, ressaltando-se que a

inclusão dos créditos de carbono propiciou aumento da viabilidade financeira destes dois

projetos. O projeto da heveicultura (340,72t/ha CO2 em 30 anos) mostrou-se viável apenas com

as CERs. A receita advinda da venda das CERs aumentou consideravelmente a viabilidade

financeira dos três projetos, considerando a tonelada de CO2 a US$3,00.

Scarpinella (2002) analisou a viabilidade de um projeto de reflorestamento candidato ao

MDL com a espécie eucalipto. Seu objetivo principal foi a obtenção de madeira para fins de

serraria e para comercialização de créditos de CO2. Utilizando como área de estudo a

micro-região de Botucatu/SP, discutiu a viabilidade do projeto com base na caracterização

da área disponível (9.500 hectares estratificados em seis partes) com seqüestro de 164.920 t/C

em 14 anos, equivalente a 606.607 t/CO2. O autor considerou os custos de implantação,

manutenção e colheita da cultura fornecidos pela empresa Aracruz Celulose S/A. Os custos do

projeto de MDL e valor pago pela tonelada do carbono foram obtidos através de consulta a

Fujihara (2002). Foram feitos cálculos de viabilidade econômica através dos indicadores TIR e

VPL, com e sem o MDL. Houve viabilidade econômica em ambos os casos. Em projetos onde

não houve a participação do MDL a TIR média foi de 7% para todos os estratos (500 ha, 1000

ha, 2000 ha, 5000 ha, 7000 ha e 9500 ha). Com a participação do MDL, houve uma variação da

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TIR de 6,2% a 7,3% conforme a extensão da área e os preços adotados para a tonelada de CO2.

Para pequenas áreas, contudo, o emprego do MDL inviabiliza o projeto.

Outra referência florestal é o Projeto Pau Brasil, implantado pelo Instituto Ecológica no

município de Cumaru do Norte/PA. Este projeto tem como objetivo assegurar a preservação da

biodiversidade do local, bem como garantir rentabilidade adequada ao investidor,

compatibilizando reflorestamento e geração de créditos de carbono no âmbito do MDL (FINCO;

REZENDE, 2004). Com base nesse projeto, foram estudados diversos modelos e opções com

relação ao arranjo técnico, financeiro e econômico de uma área de 4.900 hectares de

reflorestamento com 26 espécies nativas. Os autores do projeto utilizaram o software

ECO2LOGICA para projeção de custos e créditos de carbono. Na análise de viabilidade foram

calculadas TIR e VPL, considerando 3.546.210 tCO2e para um período de 30 anos. A análise

financeira não foi considerada economicamente viável, face à ocorrência de déficit operacional

na maior parte de duração do projeto. Este fato fez com que os autores incorporassem ao projeto

o plantio e manejo de 500 hectares de teca, visando assegurar a viabilidade econômica do

mesmo. Afirmam os autores que com a inclusão de reflorestamento da teca houve um superávit

a partir do oitavo ano, bem como evolução crescente desses valores positivos até o ano 30,

quando o fluxo operacional superavitário chegou a US$18.112.674, mostrando a importância de

se agregar outras atividades aos projetos de MDL, pois projetos florestais baseados somente na

venda de créditos de carbono, nem sempre são economicamente viáveis. Estabeleceu-se com a

teca, o retorno dos investimentos a uma TIR de 16,5% e VPL de US$ 22.527.496 à taxa de

desconto de 8%.

Com relação ao seqüestro e fixação de carbono pelo eucalipto, cita-se a tese de

Tsukamoto Filho (2003). Esse autor estudou a fixação de carbono em um sistema

agrissilvipastoril com eucalipto na região de cerrado de Minas Gerais, em propriedade

pertencente à Companhia Mineira de Metais (CMM), envolvendo as atividades de uso da terra,

recuperação de áreas degradadas, substituição de fonte energética, florestamento e

reflorestamento. O sistema, segundo o autor, consiste no plantio de eucalipto (espaçamento

10x4m), culturas agrícolas (arroz e soja), formação de pastagem e criação de animais, em uma

mesma área. Nesse estudo a biomassa florestal foi determinada pelo modelo 3 P-G de

Landsberg e Waring (1997) e Sands e Landsberg (2002). Para aplicação do modelo 3 PG

(Physiological Principles in Predicting Growth) foram utilizados dados do solo, do clima e do

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povoamento florestal. Foram coletadas amostras de material vegetal das culturas agrícolas e da

pastagem, que foram pesadas e colocadas para secar em estufa, para posterior determinação do

teor de carbono (C). Os resultados mostraram a rotação técnica (idade, altura, volume e

diâmetro) e a rotação econômica (idade para venda de madeira para energia e para serraria). A

quantidade de carbono fixado pelo eucalipto no sistema agrissilvipastoril foi de 52,82 t/ha na

rotação técnica e de 59,25 t/ha na rotação econômica. No sistema de plantio 3x3m, aos 7 anos o

CO2 sequestrado pelo eucalipto foi de 199,11 t/ha e aos 11 anos de 279,85 t/ha. O componente

da árvore que mais contribuiu para a fixação de carbono foi a madeira (madeira + folha + casca

+ galho). O eucalipto, no sistema agrissilvipastoril, consegue fixar maior quantidade de carbono

que nos espaçamentos 3x2m e 3x3m. A rotação técnica, com base no carbono total, ocorreu aos

5 anos de idade, tanto no sistema agrissilvipastoril como nos espaçamentos 3x2m e 3x3m. Com

relação às culturas agrícolas e à pastagem, afirma o autor que a distância da linha de plantio de

eucalipto não afetou a fixação de carbono. Por outro lado, essas culturas anteciparam a rotação

técnica de carbono no sistema agrissilvipastoril, que ocorreu aos 4 anos de idade. Em

comparação com o monocultivo de eucalipto, com os monocultivos de arroz e soja e com a

pastagem a céu aberto, o sistema agrissilvipastoril conseguiu fixar maior quantidade de carbono.

Após essas discussões e comentários, faz-se a seguir, uma síntese da legislação sobre

créditos de carbono e dos mecanismos de mercado de carbono.

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CAPÍTULO III

LEGISLAÇÃO SOBRE CRÉDITOS DE CARBONO E

MECANISMOS DE COMERCIALIZAÇÃO

Por ser tema relativamente novo, a legislação sobre créditos de carbono é complexa e

difícil de ser assimilada não só pelo produtor rural mas por toda a sociedade. Para qualquer

iniciativa individual ou empresarial relacionada à propositura de um projeto de MDL há que se

conhecer a legislação que o rege e as fases do ciclo de projeto, bem como, ter noções sobre

projetos florestais e mercado de créditos de carbono. Descreve-se neste capítulo uma síntese da

legislação sobre créditos de carbono e projetos de MDL, iniciando-se pelo surgimento do

Protocolo de Kyoto, sua internalização no Brasil e do sistema de elaboração de projetos. Em

seguida aborda-se as metodologias e custos para elaboração de projetos e, por último, os

mecanismos de comercialização, oferta e demanda de créditos de carbono.

3.1 Protocolo de Kyoto

Em 1992 a ONU reuniu representantes de vários países na Conferência chamada ECO-92

ocorrida no Rio de Janeiro, cujo objetivo principal foi tratar de temas como meio ambiente e

desenvolvimento sustentável. Neste mesmo evento, foi apresentada pela ONU a Convenção

Quadro das Nações Unidas para Mudanças de Clima (CQNUMC) concernente ao aquecimento

global, assinada então por 151 países (KRUG, 2004). Após a ECO-92, ocorreram várias outras

conferências continentais, denominadas “Conferência das Partes”, com o objetivo de revisar e

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adequar os compromissos ambientais e climáticos que seriam assumidos por países

desenvolvidos frente à CQNUMC.

A 3a Conferência das Partes (COP-3) realizada para tratar desses compromissos ocorreu

em dezembro de 1997 em Kyoto no Japão, culminando com a assinatura do Protocolo de Kyoto

à CQNUMC, que contou com a participação de mais de 10.000 delegados, observadores e

jornalistas. Em novembro de 2006 ocorreu a COP-12 em Nairóbi no Quênia, onde foram

discutidas as novas orientações para o funcionamento de mecanismos financeiros relacionados

aos fundos para mudanças climáticas, além de outros temas (UNFCCC, 2007). O governo

brasileiro sugeriu na ocasião, a criação de um fundo internacional, voluntário, com a finalidade

de combater o desmatamento da Amazônia.

O Protocolo trata, em seu artigo 3o, das quantidades de GEE que os países

industrializados assumiram reduzir no período entre 2008 a 2012 para evitar o aquecimento

global. No artigo 12 é tratado especificamente da forma como esses países reduzirão suas

emissões, principalmente o CO2, indicado pela Ciência como gás prejudicial à vida animal e

vegetal, presente em maior quantidade na atmosfera. Esses países se comprometeram a financiar

projetos de MDL em países em desenvolvimento para que atinjam o desenvolvimento

sustentável. Em contra-partida, países em desenvolvimento devem contribuir para o objetivo

final do Protocolo comercializando seus créditos com países industrializados, para que cumpram

seus compromissos de redução de GEE.

De acordo com o Protocolo de Kyoto, os GEE7 são expressos em Dióxido de Carbono

equivalente (CO2e) para efeito de mensuração. Esses gases em equilíbrio, formam uma camada

de proteção contra a penetração da radiação solar na atmosfera terrestre, impedindo que a

mesma tenha grandes variações de temperatura, diferente por exemplo do que ocorre com a Lua,

satélite desprotegido desses gases atmosféricos e que conta com temperaturas de até 100oC

durante o dia e mais de 200oC negativos durante a noite, segundo Goldemberg (1998) apud

(SCARPINELLA, 2002).

A remoção (seqüestro) do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera se dá através das

plantas pelo processo de fotossíntese. Nesse processo o CO2 é incorporado aos compostos

orgânicos (GOLDEMBERG,19988). Consta do texto da CQNUMC (1992b) que o aquecimento

7 GEE: Dióxido de carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), Hidrofluorcarbonos (HFCs), Perfluor-

carbonos (PFCs) e Hexafluoreto de enxofre (SF6). 8 Citado também por SCARPINELLA (2002).

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da terra é provocado pelo desequilíbrio do ciclo de carbono, ou seja, desequilíbrio que se

estabelece entre emissão e remoção de carbono.

Segundo Krug (2004), foi de grande complexidade a inclusão nas normas do MDL, de

projetos de remoção de emissões ou de sequestro de carbono relacionados ao setor LULUCF:

( ... ) Isto porque se tinha a consciência de que, nos projetos de redução de emissões,

efetivamente se previne a entrada de gases de efeito estufa na atmosfera, oriundos principalmente

da queima de combustíveis fósseis. No caso dos projetos de remoção de emissões, atribuiu-se às

florestas o papel de compensar as emissões de gases de efeito estufa já realizadas pelas Partes

Anexo I, removendo CO2 da atmosfera através do processo de fotossíntese, auxiliando essas

Partes a atingir suas metas acordadas de redução de emissões ( . . .)

Pelo texto acima percebe-se que foram propostos dois tipos de projetos de MDL pelo

Protocolo de Kyoto: um referente à redução de GEE da atmosfera e outro, referente a remoção

ou seqüestro de CO2 da atmosfera. Assim, a dúvida gerada quanto aos projetos LULUCF foi

quanto a capacidade da floresta de remover ou sequestrar a poluição e permanecer com esta

poluição estocada em algum reservatório. A “não permanência” desses gases em reservatórios

foi o tema que gerou questionamentos com relação a aceitação de projetos florestais dentro do

MDL, segundo Krug (2004). Em reuniões de grupos de trabalho, entendiam-se que os estoques

de carbono na vegetação são menos permanentes que as reduções obtidas a partir de outros

projetos MDL.

Nesse contexto, o que respalda os segmentos rural e industrial de Mato Grosso e o

mundo a comercializarem créditos de carbono está contido no Artigo 12 do Protocolo, bem

como seus Anexos I e B. Estes Anexos tratam do MDL, das CERs, bem como da relação de

países industrializados que mais poluem a atmosfera (Anexo I) e a quantidade em percentuais

que esses países ficaram obrigados a reduzir (Anexo B).

Além do MDL, outros mecanismos para comercialização de créditos de carbono entre

países do Anexo I são tratados nos artigos 6o e 17 do Protocolo de Kyoto, como Implementação

Conjunta (IC) e Comércio de Emissões (CE) respectivamente. Porém somente o MDL tem

aplicabilidade no Brasil. Projetos de IC tem semelhança com projetos de MDL. A

implementação conjunta permite a um país incluído no Anexo I financiar um projeto de redução

de emissões somente em outro país constante do Anexo I e, adquirir esses créditos,

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contabilizados como Unidades de Redução de Emissão (ERU)9, conforme exposto por

Guimarães (2007). O CE ocorre também entre agentes do Anexo I que estão aquém e além do

cumprimento de metas de redução de GEE assumidas diante do Protocolo. Agentes com maiores

custos de abatimento, que estão emitindo quantidades acima das permitidas, compram de

agentes com menores custos de abatimento, emissores situados abaixo das suas metas de

redução. Neste mercado de Permissões, são contabilizadas as Unidades de Quantidade Atribuída

(AAU)10

, conforme exposto por Guimarães (2007).

Foi instituído pelo Protocolo de Kyoto e internalizado no Brasil pela Comissão

Interministerial de Mudança Global de Clima (CIMGC) que, tanto uma CER, quanto uma ERU

ou uma AUU equivalem a uma tonelada métrica de CO2 equivalente (CO2e), medida esta

utilizada para a comercialização de créditos.

3.2 Legislação Brasileira

A CIMGC, vinculada ao MCT, foi instituída por Decreto do Governo Federal de 07 de

julho de 1.999. Está constituída por representantes da Casa Civil da Presidência da República e

pelos Ministérios de Meio Ambiente; Relações Exteriores; Transportes; Minas e Energia;

Planejamento, Orçamento e Gestão; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Cidades;

Fazenda e Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além do MCT. Assim sendo, a CIMGC

responde diante do Conselho Executivo do MDL como Autoridade Nacional Designada (AND)

para recepcionar os projetos de MDL no Brasil.

As normas impostas pelo Protocolo de Kyoto, para elaboração de projetos de MDL

constantes da Decisão 17/CP.7 da COP/MOP-2001, foram internalizadas no Brasil através da

Resolução CIMGC no 01 de 11.9.2003 e seus Anexos, que estabelecem os procedimentos para

aprovação das atividades de projeto no âmbito do MDL.

As Decisões 19/CP.9 e 14/CP.10 do Protocolo, tratam dos projetos de florestamento e

reflorestamento, inclusive de pequena escala. Essas Decisões foram internalizadas pela

Resolução CIMGC nº 2 de 10.8.2005, que definiu novo modelo de Documento de Concepção de

9 ERU: refere-se em inglês “Emission Redution Unit’

10 AAU: refere-se em inglês a “Assigned Amount Unit”.

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Projeto de MDL (DCP) e estabeleceu também os valores mínimos (tamanho de floresta em área,

altura e copa de árvores) para inclusão de produtores nas atividades de projetos de

florestamento e reflorestamento

As Resoluções citadas, em sintonia com as normas do Protocolo de Kyoto, indicam a

seqüência lógica a ser observada pelo setor produtivo, interessado na elaboração de projetos de

MDL para obtenção de registro junto ao Conselho Executivo.

3.3 Sistema de Elaboração e Registro de Projetos de MDL

A relação de fontes de GEE descritas pelo Protocolo é esclarecedora no sentido de

direcionar os setores produtivos às respectivas linhas de base e escopos para projetos de MDL.

Os projetos brasileiros em tramitação junto a CIMGC e ao Conselho Executivo do MDL/ONU

referem-se às reduções de emissão de GEE na atmosfera e estão relacionados à geração elétrica,

suinocultura, aterro sanitário, indústria manufatureira, manejo e tratamento de resíduos,

eficiência energética, N2O, indústria química e produção de metal.

Lembra-se que no caso do segmento rural existe a possibilidade de se implementar

projetos de MDL tanto de redução de GEE quanto de remoção ou seqüestro de carbono. Neste

segmento estão inseridas as atividades de florestamento e reflorestamento (A/R), provenientes

do Uso da Terra, Mudanças de Uso da Terra e Floresta (LULUCF). As fontes de GEE

relacionadas pelo Protocolo e voltadas ao segmento rural são: a) Fermentação Entérica: cultivos

de arroz, tratamento de dejetos, solos agrícolas, queimadas prescritas de savana e queima de

resíduos agrícolas e, b) Resíduos: disposição de resíduos sólidos na terra, tratamento de esgoto,

incineração de resíduos, entre outros. No que tange ao interesse do segmento rural, tramitam

pela CIMGC somente projetos de redução de GEE, especificamente relacionados ao tratamento

de dejetos (suinocultura). Não há ainda registro de projeto de remoção de carbono.

Face à aplicabilidade somente do mecanismo de MDL no Brasil, serão vistas abaixo as

fases para elaboração de projetos desta modalidade. As normas para elaboração de projetos são

distintas para projetos de pequena e grande escala, tanto para redução de emissões quanto para

remoção/seqüestro via A/R.

Para a obtenção de CERs os participantes de um projeto no âmbito do MDL devem

elaborá-lo em conformidade com as etapas do ciclo de projeto, resumidas em Relatório Status

(MCT, p.1-2, 2007a). Tanto projetos relacionados à redução de GEE quanto aos de seqüestro

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são elaborados em formulários padronizados, iniciando-se pelo Documento de Concepção do

Projeto (PDD)11

. As etapas para elaboração de projetos florestais do setor LULUCF serão

detalhadas posteriormente.

O PDD é o primeiro documento a ser elaborado pelo proponente do projeto, de acordo

com a metodologia de linha de base e plano de monitoramento. No PDD deverão constar, além

da descrição da metodologia e plano de monitoramento, o detalhamento das atividades e dos

participantes do projeto, a metodologia para cálculo da redução de emissões dos GEE e para o

estabelecimento dos limites da atividade de projeto, bem como a descrição do cálculo das fugas.

Deverão constar ainda o período de obtenção de créditos, a justificativa para adicionalidade da

atividade de projeto, o relatório de impactos ambientais, os comentários dos atores e

informações quanto à utilização de fontes adicionais de financiamento.

A Validação corresponde à etapa onde se verifica se o projeto está em conformidade

com o disposto no Protocolo de Kyoto. Corresponde ao processo de avaliação independente do

projeto, com base no PDD, por uma Entidade Operacional Designada (EOD) com endereço no

Brasil, contratada pelo proponente do projeto e reconhecida junto ao Conselho Executivo do

MDL.

A Aprovação pela Autoridade Nacional Designada (AND) refere-se ao momento em

que a AND das Partes envolvidas confirma a participação voluntária e, a AND do país onde são

implementadas as atividades de projeto do MDL atesta que tal atividade contribui para o

desenvolvimento sustentável. Segundo a CIMGC, no caso do Brasil, seus técnicos avaliam o

relatório de validação e a contribuição da atividade de projeto para o desenvolvimento

sustentável do país, de acordo com critérios sócio-econômicos e ambientais pertinentes.

A Submissão do Projeto ao Conselho Executivo para registro é a etapa onde o projeto já

validado pela EOD como uma atividade de MDL é aceito formalmente pelo Conselho

Executivo para registro. O Conselho Executivo do MDL aprova o projeto após análise da

metodologia escolhida e a adicionalidade proporcionada.

No Plano de Monitoramento, processo de responsabilidade dos participantes do

projeto, ocorre a coleta e arquivamento de dados necessários para cálculo das reduções de GEE

que tenham ocorrido dentro dos limites do projeto e dentro do período de obtenção de créditos,

de acordo com a metodologia adotada e com o devido controle de qualidade;

11

PDD: refere-se em inglês a “Project Design Document”.

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A Verificação/Certificação consiste da auditoria periódica e independente para revisar

os cálculos relativos à redução de emissões de GEE ou de remoção de CO2 resultantes de uma

atividade de projeto do MDL, enviado ao Conselho Executivo por meio do PDD. A Certificação

é a garantia por parte da EOD, de que durante um determinado tempo uma atividade de projeto

atingiu as reduções de emissões de GEE propostas.

Finalmente, as CERs são emitidas pelo Conselho Executivo do MDL e creditadas aos

participantes do projeto, quando o Conselho conclui que houve cumprimento de todas as etapas

acima e que as reduções de emissões de GEE decorrentes do projeto estão de acordo com o

Protocolo, ou seja, são reduções reais, mensuráveis e de longo prazo.

3.3.1 Participação em Projetos de A/R do setor LULUCF

Os procedimentos para participar de um projeto de florestamento ou reflorestamento

(A/R) no âmbito do MDL estão definidos pelas Resoluções CIMGC nº 1/2003 e 2/2005 que

encamparam as Decisões do Protocolo de Kyoto. Ao selecionar a área para implementação de

projeto de MDL devem ser observadas os critérios de elegibilidade descritos nos termos do

artigo 3º da Resolução 2/2005 e Rocha (2006):

a) área de terra que não continha floresta em 31.12.1989 (para reflorestamento) e área

sem floresta nos ultimos 50 anos (para florestamento). A área deve medir no mínimo um

hectare, com árvores que tenham no mínimo 30% de cobertura de copa e no mínimo 5 metros de

altura. Portanto, uma área antropizada passa a ser considerada florestada ou reflorestada

novamente ao atingir os percentuais acima, por regeneração natural ou por iniciativa do homem;

b) adicionalidade do projeto (sequestro de carbono maior que o que ocorreria na ausência

do projeto) e;

c) contribuição ao desenvolvimento sustentável da localidade onde será implentado o

projeto.

Outros critérios a serem observados na elaboração de projetos de MDL estão

relacionados aos conceitos abaixo:

Reflorestamento: é a conversão, induzida diretamente pelo homem, de terra não-florestada em

terra florestada por meio de plantio, semeadura e/ou a promoção induzida pelo homem de fontes

naturais de sementes, em área que foi florestada mas convertida em terra não-florestada. Para o

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primeiro período de compromisso, as atividades de reflorestamento estarão limitadas ao

reflorestamento que ocorra nas terras que não continham florestas em 31 de dezembro de 1989;

Florestamento: é a conversão induzida diretamente pelo homem de terra que não foi florestada

por um período de pelo menos 50 anos em terra florestada por meio de plantio, semeadura e/ou a

promoção induzida pelo homem de fontes naturais de sementes;

Embora o Protocolo tenha adotado somente as atividades de A/R do setor LULUCF

como elegíveis ao MDL para o primeiro período de compromisso (2008 a 2012), várias outras

definições foram adotadas durante as Conferências e encampadas pelas Resoluções CIMGC e

seus Anexos, conforme seguem:

Floresta: uma área mínima de terra de 0,05-1,0 hectare com cobertura de copa das árvores (ou

nível equivalente de estoque) com mais de 10-30 por cento de árvores com potencial para atingir

uma altura mínima de 2-5 metros na maturidade in situ. Uma floresta pode consistir de

formações florestais fechadas, em que árvores de vários estratos e sub-bosque cobrem uma

grande proporção do solo, ou de floresta aberta. Povoamentos naturais jovens e todos os plantios

que ainda têm que atingir uma densidade de copa de 10-30 por cento ou altura de árvore de 2-5

metros são considerados florestas, assim como são as áreas que estão temporariamente sem

estoques, em conseqüência da intervenção humana, e que normalmente fazem parte da área

florestal, como a colheita ou causas naturais, mas que são esperadas reverter para floresta;

Desflorestamento: é a conversão, induzida diretamente pelo homem, de terra florestada em terra

não-florestada;

Revegetação: é uma atividade induzida diretamente pelo homem para aumentar os estoques de

carbono em determinados locais por meio do estabelecimento de vegetação que cubra uma área

mínima de 0,05 hectare e não se enquadre nas definições de florestamento e reflorestamento aqui

contidas;

Manejo florestal: é um sistema de práticas para manejo e uso de terra florestal visando o

atendimento de funções ecológicas (incluindo a diversidade biológica), econômicas e sociais

relevantes da floresta, de maneira sustentável;

Manejo de áreas de cultivo: é o sistema de práticas tanto na terra em que as culturas agrícolas

são cultivadas quanto na terra que é deixada de lado ou não é utilizada temporariamente para a

produção dessas culturas.

A Resolução 02/05 contém também definições fundamentais adotadas pelo Protocolo

sobre as atividades LULUCF, que orientam os proponentes de projetos de MDL para escolha de

metodologias de linha de base e monitoramento, bem como para a decisão de se implementar

um projeto de A/R no âmbito do MDL, conforme abaixo:

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Reservatórios de carbono: biomassa acima do solo, biomassa abaixo do solo, serapilheira,

madeira morta e carbono orgânico do solo, (parágrafo 21 do anexo à decisão preliminar -/CMP.1

(Uso da terra, mudança no uso da terra e florestas);

Sumidouro: qualquer processo, atividade ou mecanismo que remova um gás de efeito estufa

(GEE), um aerossol ou um precursor de um GEE da atmosfera (CQNUMC);

Limite do Projeto: delineia geograficamente a atividade de projeto de A/R que está sob o

controle dos participantes do projeto. A atividade de projeto pode conter mais de uma área

distinta de terra;

Linha de base das remoções líquidas de GEE por sumidouros: soma das mudanças nos

estoques dos reservatórios de carbono dentro do limite do projeto que teriam ocorrido na

ausência da atividade de projeto de A/R no âmbito do MDL;

Remoções líquidas reais de GEE por sumidouros: soma das mudanças verificáveis nos

estoques dos reservatórios de carbono, dentro do limite do projeto, menos o aumento das

emissões de GEE medidas em equivalentes a CO2 e provenientes das fontes que sofreram

aumento em conseqüência da implementação da atividade de projeto de A/R, evitando-se dupla

contagem dentro do limite do projeto, atribuíveis à atividade de projeto de A/R;

Fugas: aumento das emissões de GEE por fontes que ocorra fora do limite de uma atividade;

RCE de longo prazo ou lCER: é uma RCE ou CER emitida para uma atividade de projeto de

A/R que perde a validade no final do período de obtenção de créditos da atividade de projeto de

projeto de A/R no âmbito do MDL e que seja mensurável e atribuível à atividade de projeto de

A/R;

Remoções antrópicas líquidas de GEE por sumidouros: são as remoções líquidas reais de

GEE por sumidouros menos a linha de base das remoções líquidas de GEE por sumidouros

menos as fugas;

RCE temporária ou tCER: é uma RCE ou CER emitida para uma atividade de projeto de A/R

que perde a validade no final do período de compromisso subseqüente àquele em que tenha sido

emitida;

Atividades de projetos de pequena escala de A/R no âmbito do MDL: são as atividades que

devem gerar remoções antrópicas líquidas de GEE por sumidouros inferiores a oito

quilotoneladas de CO2 por ano e que são desenvolvidas ou implementadas por comunidades e

pessoas de baixa renda, conforme determinado pela Parte anfitriã. Se uma atividade de projeto de

pequena escala de A/R gerar remoções antrópicas líquidas de GEE por sumidouros superiores a

oito quilotoneladas de CO2 por ano, as remoções excedentes não serão aceitas para a emissão de

tCERs ou lCERs.

As atividades de projetos de Pequena Escala de A/R seguem os estágios do ciclo de

projeto descritos abaixo. Para reduzir os custos de transação essas modalidades e procedimentos

foram simplificados conforme dispõe a Resolução 2/05:

a) podem ser agrupadas nos seguintes estágios do ciclo de projeto: PDD, validação,

registro, monitoramento, verificação e certificação;

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b) as exigências para elaboração do PDD foram reduzidas;

c) as metodologias de linhas de base foram simplificadas para reduzir seu custo de

desenvolvimento;

d) os planos de monitoramento foram simplificados, incluindo exigências simplificadas

de monitoramento;

e) uma mesma EOD pode realizar a validação, a verificação e a certificação do Projeto.

Para fins de implementação de projetos de pequena escala ficou determinado pela

Resolução CIMGC nº 3/2006 que são consideradas comunidades de baixa renda, aquelas cujos

membros envolvidos nas atividades de projeto tenham renda mensal familiar per capita de até

meio salário mínimo.

3.3.2 Elaboração e Registro de Projetos de A/R

Todo o disposto no Anexo da decisão 17/CP.7 do Protocolo de Kyoto (projetos não

florestais), mutatis mutandis, se aplica à Decisão 19/CP.9 que trata de projeto de A/R do setor

LULUCF, sintetizada por Krug (2004) conforme segue:

O PDD deve ser elaborado de modo que as descrições da atividade de projeto de A/R

sejam detalhadas, indicando o propósito do projeto e a descrição técnica da atividade de projeto.

Essa descrição inclui as espécies e variedades selecionadas, a localização física e limites da

atividade de projeto e a definição dos GEE que farão parte da atividade de projeto. Deve constar

também no PDD a descrição das condições ambientais da área, do clima, hidrologia, solos,

ecossistemas e a presença de espécies raras ou ameaçadas. Outro documento que deve constar

do PDD é a descrição do direito legal da propriedade e como a terra está sendo utilizada.

Os reservatórios de carbono selecionados (biomassa acima do solo, abaixo do solo,

serapilheira, madeira morta e carbono orgânico do solo), devem ser indicados na descrição da

atividade de projeto, assim como deve constar a informação de que a seleção desses

reservatórios não causou aumento do valor esperado da remoção antrópica de GEE por

sumidouros.

Na metodologia de linha de base deve constar uma declaração de qual metodologia será

utilizada e como se aplica ao projeto. Caso a metodologia seja nova, deve conter no projeto sua

descrição e a justificativa de sua escolha. Deve conter ainda a descrição dos parâmetros, fontes

de dados e hipóteses utilizadas para estimar a linha de base, bem como levantamento das

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incertezas. As projeções do seqüestro ou remoção líquida de GEE na linha de base devem ser

apresentadas identificando as fontes potenciais de fuga de GEE. Ainda na descrição da

atividade de projeto devem ser incluídas as medidas para minimização da fuga potencial, a data

do início da atividade, escolha dos períodos de creditação, declaração sobre a abordagem

selecionada para tratar da “não-permanência” e descrição de como as remoções/seqüestro por

sumidouros são maiores que as mudanças que ocorreriam nos reservatórios, na ausência do

projeto.

Com relação aos impactos ambientais os proponentes do projeto devem submeter à

EOD documentação sobre os impactos na biodiversidade, ecossistemas naturais e impactos fora

dos limites da atividade de projeto. Quando aplicável, devem conter também informações sobre

hidrologia, solos, risco de fogo, pestes e doenças. Os impactos sócio-econômicos devem ser

demonstrados em documentação consistente de análise, incluindo impactos fora dos limites da

atividade de projeto, informações sobre as comunidades locais, povos indígenas, posse da terra,

emprego local e produção de alimentos, sítios culturais e religiosos e acesso ao produtos

florestais.

Após elaborado com todas as descrições acima, o documento de concepção do projeto

(PDD) é submetido pelos proponentes à fase de Validação. A EOD avalia a atividade do

projeto de A/R e verifica, através do PDD e seus Anexos formais, se os requisitos abaixo foram

atendidos:

a) Se houve comentários sobre a atividade do projeto por parte de atores locais, se esses

comentários foram sintetizados e se a EOD foi informada através de relatório sobre esses

comentários;

b) Se foram submetidos à EOD documentos relativos a análise dos impactos sócio-

econômicos e ambientais, além de impactos fora dos limites da atividade de projeto. No caso de

se ter identificado algum impacto de relevância, se foi realizado um levantamento de acordo

com os requisitos da Parte hospedeira;

c) Se a atividade de projeto de A/R é adicional, ou seja, o seqüestro ou remoção líquida

real de GEE por sumidouros aumentou mais que a soma das mudanças nos estoques de carbono

nos reservatórios, dentro dos limites do projeto, que ocorreria na ausência do mesmo;

d) Se as verificações foram efetuadas pela EOD de modo a evitar coincidências com os

picos nos estoques de carbono.

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e) Se foi especificada a abordagem adotada para a questão de “não permanência”.

Após validado, o projeto é submetido ao Registro. O registro é um pré-requisito para a

verificação, certificação e emissão de tCERs ou lCERs.

O Período de Creditação refere-se ao período em que uma atividade pode gerar

créditos. Começa no início da atividade de projeto com prazo fixo de 30 anos para término, ou

com prazo flexível de 20 anos, podendo ser renovado por mais duas vezes. A cada renovação a

EOD informa o Conselho Executivo do MDL se a linha de base original foi atualizada.

O Plano de Monitoramento é parte integrante do PDD e nele deve constar a forma de

coleta e armazenamento dos dados necessários para estimar ou medir a remoção líquida real de

GEE por sumidouros durante o período de creditação. Deve especificar as técnicas e métodos

para medir reservatórios de carbono e emissões de GEE incluídos no cálculo do

sequestro/remoção líquida real de GEE por sumidouros. Ademais, identifica as fontes potenciais

de fuga e o armazenamento dos dados referentes à fuga durante o período de compromisso.

A fase de Verificação é a revisão periódica independente e determinação a posteriori

pela EOD do seqüestro real líquido de GEE por sumidouros ocorrido desde o início da atividade

de projeto.

A Certificação é um documento firmado pela EOD, certificando que a atividade de

projeto de A/R atingiu a remoção antrópica líquida de GEE desde o início do projeto. A

verificação e certificação iniciais podem ser efetuadas em período selecionado pelos

participantes do projeto. A partir daí, ambas deverão ser realizadas a cada 5 anos, até o final do

período de creditação.

Com relação à emissão de CERs, Krug (2004) salienta a existência de dois tipos de

certificados para as atividades de projeto de A/R no âmbito do MDL: a CER temporária (tCER)

e a CER de longo prazo (lCER). Na realidade, para ambas ficou determinado um prazo de

validade, sendo que a tCER expira ao final do período de compromisso subsequente àquele em

que foi emitida (primeiro período: 2008 a 2012). A lCER expira ao final do período de

creditação da atividade de projeto (30 anos fixos ou 20 anos renováveis por duas vezes,

chegando a 60 anos).

Ficou definido também que a aquisição de tCERs e lCERs pelas Partes do Anexo I do

Protocolo, limita-se em 1% do total de suas emissões de CO2 em 1990, vezes cinco. Assim,

cada Parte do Anexo I deve obedecer este redutor de mercado, assegurando que sua aquisição

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líquida de tCERs ou lCERs durante o primeiro período de compromisso do Protocolo não

ultrapasse a quantidade imposta.

A EOD é responsável pela emissão de Relatórios de Certificação solicitando ao

Conselho Executivo do MDL a emissão de tCERs ou lCERs correspondentes à quantidade

verificada de remoções antrópicas líquidas de GEE por sumidouro. Esclarece Krug (2004) que

as tCERs e lCERs não podem ser “transferidas” de um período de compromisso para outro

subseqüente. Sendo assim, os títulos emitidos devem ser utilizados pela Parte adquirente no

período de compromisso onde foram emitidos. As Partes Anexo I devem manter registros

contábeis relativos à substituição das tCERs e lCERs. A substituição deverá ocorrer antes que

expire sua validade, por outros títulos como: CERs, ERUs, AAUs ou outras tCERs e lCERs.

Em síntese, uma atividade de projeto A/R pode gerar tCERs mesmo que tenha ocorrido a

reversão (total ou parcial) do sequestro ou remoção antrópica líquida de GEE por sumidouros

durante o período de creditação. Por outro lado, uma atividade de projeto de MDL não pode

mais gerar tCERs após o período de creditação selecionado, mesmo que após este período a

floresta continue seqüestrando CO2 (KRUG, 2004).

3.3.3 Metodologias aprovadas para Projetos de A/R

Cabe inicialmente ao proponente de um projeto no âmbito do MDL elaborar metodologia

de linha de base e de monitoramento, submetendo-a a aprovação do Conselho Executivo do

MDL na ONU. Antes porém, há que se certificar da existência de alguma metodologia que já

tenha sido aprovada pelo referido Conselho e que se adapte ao projeto em pauta. O Conselho já

conta com 11 (onze) metodologias aprovadas para elaboração de projetos de florestamento e

reflorestamento, sendo 1 (uma) para projetos de pequena escala e dez (10) de larga escala, todas

disponíveis ao público. Na tabela 1 estão relacionadas as metodologias aprovadas:

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Tabela 1 -Metodologias para Projetos de A/R no âmbito do MDL, aprovadas pelo Conselho

Executivo do MDL/ONU

METODOLOGIAS PAÍSES DE ORIGEM

AR-AMS0001-Metodologias revisadas simplificadas de linha de base

e monitoramento para atividades de projetos selecio-

nados ao A/R de pequena escala no âmbito do MDL

Executive Board, 23.12.2006

AR AM0001 - Reflorestamento em Áreas Degradadas China, 15.5.2006

AR-AM0002 - Restauração de terras degradadas através de Floresta-

mento/Reflorestamento Maldova, 19.5.2006

AR-AM0003 - Florestamento e Reflorestamento da área degradada

através do Plantio de Árvores, Regeneração Natural

Assistida e Controle de pastagem de Animais

Albânia, 06.10.2006

AR-AM0004 - Reflorestamento ou Florestamento da área atualmente

sob uso Agrícola Honduras, 29.9.2006

AR-AM0005 – Atividade de Florestamento e Reflorestamento

Implementada para Uso Industrial e/ou Comercial Brasil, 22.12.2006

AR-AM0006 - Florestamento e Reflorestamento com árvores

entremeadas por Arbustos em terras degradadas China, 16.2.2007

AR-AM0007 - Florestamento e Reflorestamento em Terras atualmente

sob uso Agrícola ou Pecuária Equador, 16.02.2007

AR-AM0008 - Florestamento ou Refloesamento em Terras Degradadas

para a Produção Sustentável de Madeira

República Democrática de

Madagascar, 27.7.2007

AR-AM0009 - Florestamento e Reflorestamento em Terras Degradadas

com atividades silvopastoril Colômbia, 14.12.2007

AR-AM0010 - Florestamento ou Refloesamento implementado em

Terras de pastagem não manejada em APP Brasil, 14.12.2007

Fontes: MCT/2007 e http://cdm.unfccc.int/DOE/scopes.html#14

As florestas energéticas contribuem para a mitigação das mudanças climáticas através do

mecanismo de seqüestro de carbono e como fonte de energia renovável, ou seja, pela

substituição de combustível fóssil por fontes alternativas.

Nesse sentido, a metodologia AR-AM0005 relacionada na tabela 1 é aplicável a projetos

florestais implementados em áreas de pastagens não manejadas e de manejo extensivo para

atender a demanda de madeira para uso industrial e comercial. Além disso, delineia métodos

para estimar a remoção líquida de GEE por seqüestro de reservatórios de biomassa viva acima e

abaixo do solo, excluindo os reservatórios serapillheira (restos de vegetais no solo), madeira

morta e carbono orgânico do solo. Pode ser utilizada em conjunto com outras metodologias em

projeto de atividade A/R que contabiliza o uso da biomassa (UNFCCC, 2007).

3.4 Custos de Projetos de MDL

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Pesquisadores e consultores inseridos em vários segmentos do mercado de carbono

apresentam números referentes aos custos para elaboração de projetos de MDL. Segundo Silva

(2007), os custos para elaboração e monitoramento de um projeto de MDL, elaborado nos

termos dos estágios definidos anteriormente, giram em torno de US$ 100.000 a US$ 150.000,

face à burocracia que existe até a efetiva aprovação dos projetos pela ONU. Hauser (2007) entende

que os custos podem superar os valores registrados por Silva (2007) e estima valores mínimos de € 200.000

por projeto.

Conforme informações constantes de projetos agrícolas de MDL, que utilizam a metodologia Sistema de

Manejo de Dejeto Animal (SMDA), os custos somente de aquisição e instalação do equipamento denominado

“digestor anaeróbio”, passam de US$ 80.000,00 CIMGC (MCT, 2007b). Com maiores detalhes, partindo da

elaboração do PDD à emissão das CERs, um projeto de MDL monitorado, que utilize uma das

metodologias já consolidadas, teria um custo médio de acordo com valores calculados por

UNDP (2006) apud (ROCHA, 2007), discriminados na tabela 2:

Tabela 2 - Custos Médios de Projeto de MDL

Etapas Custos/US$ a) Metodologia 0 b) Documento de Concepção do Projeto (PDD) 15 a 50 mil c) Validação 10 a 40 mil d) Aprovação 0 e) Registro 5 a 30 mil f) Monitoramento 5 a 10 mil por ano monitorado g) Verificação/Certificação 15 a 25 mil - a primeira Verificação

< 15 mil as subseqüentes h) Taxa de administração (EB) 0.10 por CER/ano para as primeiras 15.000 RCEs;

0.20 por CER/ano para cada CER adicional, até o

máximo de 350.000; i) Contribuição ao Fundo de Adaptação 2 % das CERs emitidas j) Outros (Contratos)

15 a 25 mil

Total

60 a l75 mil

Fonte: Rocha (2007)

Observa-se pelo exposto, que o custo total que varia entre 60 a 175 mil dólares, refere-se

somente ao custo de elaboração do projeto dentro das exigências do Protocolo de Kyoto, sua

tramitação, monitoramento por 1 (um) ano e, registro pelo Conselho Executivo do MDL. Não

contempla, portanto, o custo de implementação do reflorestamento.

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3.5 Mercado Voluntário de Carbono

Os Estados Unidos e Austrália optaram pela não adesão ao Protocolo de Kyoto.

Entretanto, diversas grandes empresas e instituições públicas norte-americanas assumiram o

compromisso de reduzirem suas emissões de GEE na atmosfera, mesmo estando fora das

obrigações do Protocolo. Voluntariamente, essas empresas decidiram instituir em 2003 um

mecanismo voluntário de comercialização de carbono que resultou na Bolsa do Clima de

Chicago (CCX)12

.

Essa Bolsa é regida pelas leis norte-americanas, acompanhada e auditada por seus

próprios membros, além de autoridades do mercado financeiro americano, conforme

apresentado pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS, 2007). Além

do mercado doméstico a Bolsa têm projetos florestais registrados provenientes do Canadá,

México e regiões Sul e Nordeste do Brasil, com a perspectiva de tornar elegíveis projetos da

Austrália, Nova Zelândia e Chile (FBDS, 2007). Com relação aos projetos brasileiros de

reflorestamento com registro na Bolsa, citam-se as empresas de papel e celulose Cenibra,

Suzano, Klabin, Aracruz e Votorantin.

3.5.1 Sistema de Registro de Projeto no Mercado Voluntário

Os mecanismos da CCX são mais flexíveis e mais simples que os mecanismos do

Protocolo de Kyoto, segundo a FBDS (2007) que é sua representante no Brasil, credenciada para

recebimento, seleção, análise e encaminhamento de projetos ao Conselho Executivo da Bolsa.

Quanto ao ciclo de projetos de créditos, na primeira fase (2003/2006), foram definidas as

etapas para apresentação de projetos de carbono junto à CCX, até a comercialização dos

créditos. As unidades de reduções, certificadas pelo auditor do projeto, são denominadas

Reduções de Emissões Verificadas (VERs)13

, conforme pode ser visto em Capoor and Ambrosi

( 2007).

Inicialmente, o proponente do projeto deve contratar os serviços da Fundação para,

posteriormente, postular o direito às VERs, seguindo as seguintes etapas: 1o) Contratação da

FBDS para elaboração do projeto; 2o) Apresentação pelo proponente, do relatório preliminar à

CCX, até 60 dias após a contratação; 3o) Apresentação do relatório final à CCX, até 30 dias após

12

CCX: refere-se em inglês a “Chicago Climate Exchange”. 13

VERs: refere-se em inglês a “Verified Emission Reductions” .

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a apresentação do relatório preliminar, momento em que a empresa se torna participante do

CCX; 4o) Credenciamento do verificador junto a CCX. O verificador atua como auditor do

projeto e certifica se as estimativas de absorção de carbono foram efetivamente cumpridas; e,

5o) Ocorre a venda dos créditos de carbono (VERs), a critério do proponente.

Dentre as diferenças entre mercado voluntário e os instrumentos do Protocolo de Kyoto,

um projeto da CCX é registrado em 90 dias, não exigindo burocracia na sua apresentação ao

Conselho, fase esta que, pelo Protocolo de Kyoto, demanda vários anos, não havendo

necessidade de obtenção da aprovação governamental e nem tampouco que os recursos sejam

destinados unicamente a novos projetos. São aceitos projetos florestais já implantados, desde

que as áreas florestais tenham sido implantadas após 1990, em áreas não florestadas

anteriormente (FBDS, 2007).

Os membros participantes da CCX fizeram o compromisso de reduzir suas emissões de

GEE em conformidade com uma linha de base definida como a média de suas emissões no

período entre 1998-2001. Para a 1a fase (2003/2006) estes percentuais foram de 1% em 2003,

2% em 2004, 3% em 2005 e 4% em 2006. Na 2a fase (2007/2010) todos os membros se

comprometeram com um programa anual de emissões que resulta no ano de 2010, em 6%

abaixo da linha de base (CCX, 2007).

A Bolsa atua tanto no mercado de permissões quanto no mercado de créditos de carbono,

cujos projetos são financiados pela CCX Carbon Financial Instrument™ (CFI™). No mercado

de permissões de emissões, as empresas membros compram contratos quando emitem GEE

acima das metas acordadas e, vendem essas permissões quando emitem abaixo destes

percentuais. Em 2006 a CCX comercializou um volume de 10,3 MtCO2, totalizando 38,1

milhões de dólares ou 30 milhões de euros (CAPOOR; AMBROSI, 2007).

3.6 Mecanismos de Comercialização de Créditos de Carbono

Empresas e produtores rurais, com expectativas de se inserirem no mercado de créditos

de carbono que tenham projetos viáveis de reflorestamento no âmbito do MDL,

obrigatoriamente terão que conhecer os mecanismos a serem utilizados na comercialização.

O mercado de carbono está constituído pela oferta e demanda de créditos de redução de

carbono provenientes de projetos de MDL e IC, bem como, pela oferta e demanda de permissões

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de emissões da União Européia (EUA)14

, semelhantes às AAUs do Mercado de Emissões do

Protocolo de Kyoto. O mercado de carbono também é constituído pelo mercado voluntário

americano, representado pela Bolsa de Chicago (CCX). Em ambos os mercados, vendedores e

compradores buscam atender as metas de redução de emissões assumidas (CAPOOR;

AMBROSI, 2007).

O Brasil e demais países em desenvolvimento, que não fazem parte do Anexo I do

Protocolo, estão inseridos no mercado de créditos de carbono cujos títulos negociáveis são a

CER permanente, a tCER e a lCER. Nos termos do Protocolo de Kyoto, países do Anexo I

ficaram obrigados a comprovar até 2005 progresso no sentido de honrar os compromissos

assumidos de redução de GEE. Foi autorizada também a utilização das CERs obtidas entre 2000

a 2008, para auxiliar no cumprimento das responsabilidades relativas ao primeiro período do

Protocolo (2008 a 2012). Efetivamente, a partir do início da presente década, surgiram vários

instrumentos de comércio de crédito de carbono, dando início a um mercado que se formalizou

em fevereiro de 2005, com a ratificação do Protocolo.

Consequentemente, o mercado internacional de carbono passa a contar com o apoio de

diversos fundos de financiamento e de aquisição de créditos, instituídos principalmente pelo

Banco Mundial, dentre eles, Prototype Carbon Fund (PCF), BioCarbon Fund (BioCF),

Community Development Carbon Fund (CDCF), Umbrella Carbon Facility, Netherlands CDM

Facility, Italian Carbon Fund, Danish Carbon Fund, Spanish Carbon Fund, Carbon Fund for

Europe, European Carbon Fund (ECF), dentre outros (CARBONOFINANCE, 2007).

Esses fundos viabilizam financeiramente projetos de MDL e IC, fomentando o mercado

de créditos de carbono entre países constantes no Anexo I e países em desenvolvimento, bem

como países com economia em transição (CARBONOFINANCE, 2007). As CERs e outros

ativos adquiridos pelos fundos citados são comercializados através de diversas bolsas instituídas

pelos mercados europeu, asiático e americano, que dão suporte inclusive ao mercado de

permissões. Dentre elas, citam-se a European Trade Scheme (EU-ETS); a Emission Trade

Scheme (UK ETS) (mercado do Reino Unido); New South Wales Trade System (NSW) (mercado

australiano); European Climate Exchange (mercado holandês); a Bolsa CO2e.com (mercado

14

EUA: refere-se em inglês a “European Union Allowances” e são comercializadas pela União Européia através

do European Trade Scheme-EU-ETS .

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canadense); Bolsa CCX (mercado voluntário norte-americano), dentre outras (CAPOOR;

AMBROSI,2007).

No Brasil, foi inaugurado em 2005, o banco eletrônico de projetos de MDL da Bolsa de

Mercadorias e Futuros (BM&F) de São Paulo. O banco, cujo objetivo é organizar o Mercado

Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) tem registro de projetos de MDL validados por

EOD e de projetos com PDD em fase de estruturação. Os investidores qualificados

(compradores e vendedores) divulgam através do banco suas intenções de comercializar CERs

no mercado de créditos de carbono. Os leilões são eletrônicos e agendados pela BM&F/BV-RJ,

a pedido dos participantes do projeto de MDL interessados em ofertar seus créditos no mercado

spot.

O primeiro leilão de créditos de carbono da BM&F ocorreu em setembro do corrente

ano. Os créditos (808.450 CERs) provenientes de projeto de MDL de aterro sanitário localizado

no município de São Paulo foram arrematados ao preço médio de 16,20 euros a unidade. O

agendamento do leilão ocorre somente após o participante obter do Conselho Executivo do

MDL seu pedido de aprovação das respectivas CERs. É objetivo da BM&F/BV-RJ implantar

também sistema eletrônico de leilões de créditos de carbono no mercado à termo, visando

oferecer um canal de comercialização aos empresários, cujos créditos estejam em fase de

geração e de certificação (BM&F, 2007).

Também em 2005, visando dar agilidade e segurança ao fluxo de recursos provenientes

do mercado de carbono, o Banco Central do Brasil alterou o Regulamento de Mercado de

Câmbio e Capitais Internacionais. Foi estabelecido um código específico para execuções de

transferências de valores relacionados aos projetos de MDL. Através desse código, as operações

financeiras entre as partes participantes de projetos de MDL podem ser executadas diretamente

junto aos bancos autorizados a operar no mercado de câmbio (MCT, 2005).

3.7 Oferta e Demanda Mundial de Projetos de MDL e CERs

3.7.1 Oferta

Existiam mundialmente, 2.698 projetos de MDL tramitando pelo Conselho Executivo do

MDL até novembro de 2007, em busca de registro, sendo que desse total, 800 foram registrados

pelo Conselho. O Brasil ocupa o 3o lugar participando com 255 projetos, sendo que 165 foram

aprovados pela CIMGC e 109 registrados pelo Conselho Executivo do MDL. A China e a Índia,

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maiores concorrentes na oferta de projetos e CERs no mercado, respondem pelo 1o lugar com

874 projetos (265 registrados), sendo um de florestamento/ reflorestamento e, 2o lugar, com 776

projetos (109 registrados), respectivamente. Em seguida surgem os mais de 50 países atuantes

na oferta de projetos de MDL dentre eles México, Chile, Malásia, Coréia do Sul, Filipinas,

Honduras, Argentina, Equador, África do Sul, Indonésia, Peru, Chipre, Colômbia, Guatemala,

etc (MCT,p.3,2007a).

Ficou definido pelo Protocolo de Kyoto que o primeiro período para obtenção de créditos

dos projetos de MDL não florestais geradores de CERs permanentes, será de 10 anos fixos, ou

de 7 anos, renováveis por mais duas vezes. Para projetos de A/R este período é de 30 anos

fixos ou de 20 anos renováveis por duas vezes, conforme esclarecido anteriormente. Portanto,

para o primeiro período de obtenção de créditos, os 2.698 projetos acima correspondem a um

total de 3,75 bilhões t CO2e, gerados pelos países atuantes no mercado.

Para o Brasil, considerando inclusive projetos em andamento (sem registro pelo

Conselho Executivo do MDL), as reduções de emissões projetadas pela CIMGC no primeiro

período, correspondem a 209,9 milhões de tCO2e, ou 36,4 milhões de tCO2e por ano. Este

número classifica o Brasil também em 3o lugar no ranking. O 1

o lugar é ocupado pela China

com 2,0 bilhões de t CO2e, seguida pela Índia com 943 milhões de tCO2e, vindo em seguida

os demais países (MCT, p.3, 2007a).

Dos 255 projetos de MDL que deram ou darão origem a estas CERs no Brasil, 66% deles

contribuem com a redução de emissões de gás carbônico (CO2), seguido pelo gás metano (CH4)

e pelo óxido nitroso (N2O). Segundo ainda o MCT, grande parte dos projetos, precisamente

60%, foi desenvolvida no setor energético, 16% em tratamento de dejetos (suinocultura), 11%

em aterro sanitário (escopo de maior redução de CO2e), seguidos em menores percentuais, por

manejo e tratamento de resíduos, indústria manufatureira, eficiência energética e industria

química. Não há registro de projetos brasileiros no escopo florestal.

3.7.2 Demanda

Com relação à demanda mundial, ressalta-se que em 2005 foram comercializadas um

volume de 352 MtCO2e (MDL e IC), tendo o Japão respondido por 46% das aquisições, seguido

pelo Reino Unido com 15%. Em 2006, o volume total comercializado foi ampliado para 466

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MtCO2e, sendo que o Reino Unido respondeu por 50% das aquisições. Essas informações

podem ser observadas na figura 1.

Figura 1- Países Compradores e Volume comprado de Certificados no Mercado (MDL e IC) até 2012

2005 2006

Fonte:

CAPO

OR, K.

and

AMBR

OSI

,P.

State

and

Trends

of the

Carbo

n

Market

(2007,

p. 28).

The World Bank

Em 2007, o mercado comprador de créditos gerados somente por projetos de MDL está

representado pelo Reino Unido da Grã Bretanha e norte da Irlanda, que respondem por 40,64%

do total de projetos registrados, conforme representado na figura 2:

Figura 2 - Países Investidores - Projetos registrados no Conselho Executivo de MDL (2007)

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Fonte: CDM UNFCCC, novembro de 2007c

Além do Reino Unido, a figura 2 mostra na seqüência, os Países Baixos (Holanda), que

responde por 14,61% do mercado comprador, seguido pelo Japão, Suíça, Espanha, Suécia, Itália,

Germânia, Canadá, Áustria, Finlândia e outros países com percentuais menores.

3.7.3 Projetos de MDL em Mato Grosso

O Estado de Mato Grosso participa com 9% das atividades de projetos no âmbito do

MDL no Brasil, sendo que São Paulo responde pelo 1o lugar com 24% do total de projetos.

Minas Gerais responde por 14%, vindo em seguida Rio Grande do Sul com 10%, Santa Catarina

com 7%, Paraná e Goiás com 6% respectivamente, Rio de Janeiro com 4% e demais Estados

com percentuais menos representativos (MCT, p.11,2007a).

Dos 165 projetos de MDL aprovados pela CIMGC, 14 foram implementados em Mato

Grosso. Deste total, 8 são provenientes de Suinocultura (Sistema de Manejo de Dejeto Amimal-

SMDA), agrupados com fazendas de outros estados brasileiros. Em Mato Grosso estas fazendas

estão distribuídas pelos municípios de Diamantino, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Mutum,

Tapurah, Vera, Sinop, Itiquira, Campo Verde e Rondonópolis. Outros 4 projetos são de

pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), logo, fogem dos escopos voltados diretamente ao

segmento rural. Foram implementados nos municípios de Araputanga, Comodoro, Sapezal,

Novo Mundo, Nova Maringá e Guarantã do Norte. Dos dois últimos projetos, 1 (um) provém

de energia de biomassa de cana-de-áçucar, implementado em Nova Olímpia e o último refere-se

à eliminação de combustível, ou seja, substituição de motores à diesel por energia elétrica,

também foge do interesse do segmento rural. Este último foi implementado em 14 municípios

das regiões Norte e Noroeste mato-grossense (MCT,2007b). Os projetos acima totalizam uma

redução de emissões de GEE de 8.951.071 tCO2e, para o primeiro período de obtenção dos

créditos.

Por fim, com relação a projetos de reflorestamento existentes em Mato Grosso, todos

naturalmente, seqüestram carbono, dentre eles destacam-se os seguintes: a) projeto de

reflorestamento com espécies nativas da empresa Peugeot, com 12.000 ha; b) Plantio de Teca

com 3.000 ha; c)Projeto de Plantio de Seringa, com 1.000 ha (ROCHA, 2003). Predomina-se no

Estado o reflorestamento com eucalipto, seguido pelas espécies teca e seringueira. Entretanto,

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não constam na CIMGC registros de projetos florestais mato-grossenses no âmbito do MDL. A

partir de 2006 alguns países passaram a apresentar metodologias específicas para projetos de

florestamento e reflorestamento junto ao Conselho Executivo do MDL, sendo duas brasileiras.

Contudo, até o momento, somente a China conseguiu a aprovação e registro de um projeto de

A/R junto ao Conselho.

Abordam-se no próximo capítulo as condições climáticas e a vegetação do cerrado mato-

grossense, bem como a produtividade e seqüestro de carbono pelo eucalipto no cerrado.

CAPÍTULO IV

CLIMA E FORMAÇÃO VEGETAL DO CERRADO, REFLORESTAMENTO E

SEQUESTRO DE CARBONO PELO EUCALIPTO

4.1 Clima e Formação Vegetal

O cerrado mato-grossense é constituído por 35,97 milhões de hectares (SEMA,2006),

representando 16,35% de todo o cerrado brasileiro que, segundo consta do Programa Cerrado

Sustentável (MMA, 2004) é formado por cerca de 2,2 milhões de km2, equivalente a 220

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milhões de ha. Além de Mato Grosso o cerrado brasileiro contempla os estados do Pará,

Rondônia, Roraima, Maranhão, Ceará, Piauí, Bahia, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato

Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo.

Segundo Coutinho (2007) no bioma cerrado existem duas estações climáticas, cuja

precipitação pluviométrica média anual varia entre 1200 e 1800 mm. A precipitação média

mensal apresenta grande estacionalidade, concentrando-se nos meses de outubro a março,

período considerado como estação chuvosa. Apesar das chuvas, nessa estação ocorrem os curtos

períodos de seca, chamados veranicos, causadores de problemas graves para a agricultura e

pecuária das regiões produtivas. No período de maio a setembro os índices pluviométricos

mensais reduzem significativamente, podendo chegar a zero.

Predomina no cerrado o clima tropical sazonal, de inverno seco, sendo que a temperatura

média anual gira em torno de 22-23ºC cuja média mensal apresenta pequena estacionalidade. As

temperaturas máximas absolutas mensais atingem mais de 40ºC e a umidade relativa do ar no

período de seca por ser extremamente baixa, contribui com os riscos de queimadas em áreas

públicas e privadas, face à vegetação herbácea graminosa (COUTINHO, 2007). O solo do

cerrado é caracterizado como latossolos vermelhos ou amarelos, em geral profundos, bem

drenados, pouco férteis, com alta toxidade e acidez, devido à alta concentração de alumínio e

ferro. Contrapondo à pobreza de nutrientes do solo, o cerrado conta com uma grande riqueza

florística, alternando a paisagem entre matas ciliares ao longo dos rios e vales e vegetações

múltiplas que vão de floral à campestre (PIVELLO, 2007).

Estimativas dão conta de que a flora do cerrado constitui-se de, aproximadamente, 10 mil

espécies que beneficiam a fauna e o homem, desde frutos como pequi, caju, jatobá, mangaba,

manga, goiaba, até as folhas e raízes de espécies usadas em chás, produtos farmacêuticos, fibras,

artesanatos, extração de óleos, como ipê, pequi, sucupira, copaíba, etc. Essa riqueza está

relacionada com a extensão territorial, a variações de latitude e altitude, encraves em outros

biomas e influências antrópicas. As paisagens interceptadas por matas florestais a campestres

são devidas às condições geológicas, morfológicas e climáticas (MORENO; HIGA, 2005).

Na literatura o cerrado é também denominado de savana, ou seja, ecossistemas que

possuem um estrato herbáceo e uma quantidade variável de árvores e arbustos que não formam

estruturas contínuas de copas. A Savana é representada por subgrupos de formação vegetal,

denominada Savana Florestada, Savana Arborizada, Savana Parque e Savana Gramíneo-

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Lenhosa (IBGE, 2004). Para Pivello (2007) a vegetação da savana forma uma estrutura que vai

do cerrado completamente aberto denominado campo limpo, ao cerrado fechado, denominado

cerradão, por sua característica florestal. As formas intermediárias são o campo sujo, o campo

cerrado e o cerrado stricto sensu.

Moreno & Higa (2005) definem o cerrado como uma estrutura constituída de dois

estratos. Um estrato chamado inferior, composto por um tapete herbáceo graminoso. Suas raízes

são geralmente superficiais, indo até pouco mais de 30 cm. Os ramos aéreos são anuais, secando

e morrendo durante a estação de seca. Desses ramos derivam toneladas de palhas que se

transformam em combustível inflamável, favorecendo a ocorrência de queimadas,

(COUTINHO, 2007). O segundo estrato é chamado superior, formado por arbustos e árvores de

até 10 metros de altura caracterizados como indivíduos de troncos e galhos retorcidos, de caule

grosso, cobertos por uma cortiça grossa, cujas folhas são geralmente grandes e ásperas. Muitas

plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. A figura 3

exemplifica estas afirmações:

Entre os animais invertebrados que se destacam como principais herbívoros no cerrado e

fortemente combatidos, inclusive pelos silvicultores, citam-se os térmitas (cupins) e as formigas

cortadeiras (PIVELLO, 2007).

4.2 Reflorestamento no Cerrado Mato-Grossense

Foto 1: Sirlene Gomes Pessoa Foto 2: Pequizeiro Sirlene Gomes Pessoa

Foto 1: Sirlene Gomes

Pessoa

Amado de Oliveira Filho Amado de Oliveira Filho

Figura 3 -Vegetação do Cerrado Mato-grossense - Fazenda Junior Neto, município de Cuiabá/MT.

Fotos tiradas em 23/9/2007.

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Segundo a SEMA/MT (2006) o cerrado em Mato Grosso se estende por uma área de

35,97 milhões de hectares, sendo que cerca de 55% de sua vegetação permanecia intacta até

2005. A figura 4 destaca a extensão do bioma cerrado em Mato Grosso:

Figura 4 – Mapa do Estado de Mato Grosso destacando as áreas ocupadas pelo Cerrado

Fonte: Extraído do Programa Cerrado Sustentável (MMA, 2004) por Amado Junior Neto Pessoa de Oliveira.

Os 15,8 milhões de hectares desflorestados até 2005 correspondem a área utilizada pelo

setor produtivo do Estado para produção agropecuária, principalmente de soja, milho, algodão,

arroz e pecuária bovina, além da silvicultura de forma menos expressiva.

Dos 5,6 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil (SBS, p.8, 2006) Mato

Grosso responde por apenas 145,5 mil hectares. Segundo Shimizu, Klein & Oliveira (2007,

p.32) esta silvicultura está representada principalmente pelas várias espécies de eucaliptos,

inclusive a espécie citriotora que totalizam 50.461 hectares. Em seguida, sobressai a produção

de teca com 48.526 hectares, seguida pela produção de seringueira, com 44.241 hectares. Outras

espécies fazem parte do reflorestamento, como aroeira, castanheira, ipê, mogno, nim-indiano,

pau-de-balsa, pinho cuiabano, etc.

A produção silvícola no Estado está distribuída por 93 municípios inseridos nos três

biomas: Cerrado, Pantanal e Amazônia. Dos 93 municípios, Cáceres conta com a maior extensão

de área plantada, totalizando 12.230,6 hectares, seguido por Paranatinga, Itiquira, Rondonópolis

e demais municípios, conforme pode ser observado na tabela 3.

Tabela 3 - Os 15 Municípios de Mato Grosso, com maior Área

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cultivada com Espécies Florestais

Municípios

(Cerrado e divisa com outros Biomas) Áreas (ha)

Cáceres (pantanal) 12.230,6

Paranatinga (cerrado) 11.589,0

Itiquira (cerrado) 10.461,1

Rondonópolis (cerrado) 8.745,6

Rosário Oeste (cerrado) 5.816,5

Brasnorte (cerrado) 5.765,9

Dom Aquino (cerrado) 4.876,3

Alta Floresta (amazônia) 4.682,3

Chapada dos Guimarães (cerrado) 4.139,7

Barra do Bugres (cerrado) 3.969,9

São José do Rio Claro (cerrado) 3.794,3

Tangará da Serra (cerrado) 3.452,3

Pontes e Lacerda (amazônia) 3.345,8

Juscimeira (cerrado) 3.248,5

Nova Mutum (cerrado) 3.207,0

Total 89.324,80

Fonte: Shimizu, Klein e Oliveira (2007).

Observa-se que 61,4% das florestas plantadas no Estado estão representados pelos 15

municípios constantes da tabela acima, pertencentes principalmente ao bioma cerrado ou de

divisa com o cerrado. Outra observação importante, segundo Shimizu, Klein & Oliveira (2007,

p.29) é que em 56 municípios a produção ocorre em áreas menores de 1000 hectares, sendo que

em 16 deles, as áreas são menores que 100 hectares.

4.3 Áreas Cultivadas com Eucalipto

No Brasil existem 3,4 milhões de hectares plantados com eucalipto, 1,8 milhão de

hectares com pinus e 326 mil hectares com outras espécies dentre elas, acácia-negra, gmelina,

pópulus, seringueira, teca e araucária. A produção de eucalipto se concentra em maior área do

Estado de Minas Gerais, seguido por São Paulo, Paraná, Bahia, dentre outros (SBS, p.33, 2006).

Em Mato Grosso são 50.461 hectares de áreas plantadas com eucalipto, distribuídas entre

as espécies híbridas e não híbridas, cujas espécies de maior área plantada são a híbrida

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Urograndis e as não híbridas Citriodora e Camaldulensis, conforme pode ser verificado na

tabela 4.

Tabela 4 - Espécies de Eucalipto utilizadas em Reflorestamento em Mato Grosso

Espécie Anos de Plantio Área (ha)

Urograndis 1994 a 2007 21.240,99

Citriodora 1983 12.529,00

Camaldulensis 1990 a 2006 10.645,52

Urocam 1998 a 2006 2.864,55

Urophylla 1997 a 2005 1.621,31

Grandis 1998 a 2005 1.074,49

Pellita 1999 a 2004 389,22

Cloeziana 1998 a 2000 65,39

Tereticornis 2003 19,0

Cagrandis 2001 9,87

Pilularis 2000 0,99

Pyrocarpa 2000 0,89

Total 50.461,22

Fonte: Shimizu, Klein e Oliveira (2007).

Entre os municípios que cultivam eucalipto no Estado, citam-se os de maiores áreas

plantadas como: Paranatinga com 11.324ha de citriodora, Dom Aquino com 3.430ha, Juscimeira

com 2.902ha e Alto Araguaia com 2.680ha, todos da espécie urograndis, Rondonópolis com

3.019ha e Chapada dos Guimarães com 1.298ha, ambos da espécie camaldulensis, seguidos por

municípios com menores áreas plantadas. Observa-se que estes municípios pertencem em sua

grande maioria, à região de cerrado do Estado.

O incremento médio anual (IMA) ou média anual de produtividade do eucalipto em

Mato Grosso está entre 23,28 m3/ha/ano para a espécie urograndis, 9,25 m

3/ha/ano para o

citriodora, 14,60 m3/ha/ano para a camaldulensis e 13,23m

3/ha/ano para a urophyilla, média que

varia em função da espécie cultivada, da eficiência hídrica da região, do solo, etc. O IMA das

espécies estudadas foi utilizado para fins de cálculo do seqüestro de carbono pelo eucalipto em

municípios específicos e está ilustrado mais adiante na tabela 6.

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4.4 Produção e Contribuição do Eucalipto para o Desenvolvimento Sustentável

O regime de produção e rebrota das cepas do eucalipto permite até 3 rotações sucessivas

e econômicas, cuja colheita ocorre por volta de 7 anos e a reforma da plantação se dá somente

aos 21 anos. No caso de manejo para produção de madeira a rotação pode chegar até 25 anos.

Existem espécies típicas de florestas que produzem árvores altas atingindo entre 30 a 50 metros

e, de florestas abertas com árvores menores, entre 10 e 25 metros de altura (SANTOS et al.,

2003). Em função do avanço tecnológico e de pesquisa florestal alcançado por empresas do

segmento, o eucalipto para fins de celulose pode ser colhido aos 7 anos, quando atinge até 35

metros de altura (ARACRUZ, 2007). A agroindústria ADM do Brasil localizada em

Rondonópolis/MT, faz colheita de eucalipto para fins energéticos aos 4,6 anos em Mato Grosso

do Sul, com pretensões de safras aos 6,6 em Mato Grosso, segundo Wilbert (2007).

Da produção de eucalipto com plantio adensado resultam árvores de pequeno diâmetro,

cuja matéria-prima atende à demanda do mercado de lenha, carvão, celulose, estacas para

cercas, etc. A figura 5 exemplifica tais informações.

Figura 5: Produção de eucalipto no município de Cuiabá/MT. Fotos tiradas em 08.11.2007.

Quando a produção de madeira do eucalipto se destina à serraria, recomenda-se o plantio

em área mínima de 9 m² por planta. Segundo Tsukamotto (2003) normalmente os espaçamentos

utilizados em monocultivos são de 3x2m e 3x3m. Para fins energéticos faz-se rotação técnica a

partir do 6o ano, não havendo necessidade de se fazer desbaste no povoamento. Caso a

finalidade seja para obtenção de toras, com diâmetros consideráveis, faz-se necessário o

desbaste leve e crescente no povoamento, eliminando-se árvores mal formadas, tortas,

Amado de Oliveira Filho Amado de Oliveira Filho

Amado de Oliveira Filho

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bifurcadas e doentes (SANTOS et al 2003). Além da utilização da fibra do eucalipto para

celulose e fabricação de papéis, a agregação de valor à matéria-prima resulta em outros diversos

produtos. Citam-se as aplicações industriais como extração de óleos para remédios e produtos de

limpeza. Com a madeira são produzidos lenha, siderurgia a carvão, postes, ripas, vigas, tábuas,

chapas, compensados, madeira serrada, móveis, etc (SBS, p.39, 2006; SANTOS, et al, 2003).

As agroindústrias processadoras de alimentos vêm se destacando no uso de madeira de

eucalipto como lenha, substituindo combustível fóssil por fontes renováveis de energia na

secagem e processamento de grãos. Elas adotam programas de compra antecipada de madeira

oriunda de florestas plantadas como “política ambientalmente correta”. Esse programa viabiliza

o cumprimento da legislação ambiental pelas agroindústrias livrando-as da obrigação de repor

florestas nativas, além de garantir a certificação de origem dos produtos e fortalecer sua imagem

diante do mercado externo (ABRAF, 2006).

Além de gerar produtos com maior valor agregado, o eucalipto contribui com o

desenvolvimento sustentável mantendo o homem no campo, gerando emprego e renda. Cada

1000 hectares plantados com eucalipto geram em torno de 50 empregos diretos no campo, sendo

que todo o setor de base florestal no Brasil emprega direta e indiretamente 6,5 milhões de

pessoas em todos os segmentos (SBS, 2006). A contribuição econômica e social da indústria

brasileira de base florestal foi da ordem de US$4,2 bilhões em recolhimento de impostos em

2005, representando 3,5% do PIB nacional e 8,4% das exportações, segundo a SBS (2006).

Em Mato Grosso foram comercializados R$2,8 bilhões em produtos florestais em 2006,

dentre madeira serrada, beneficiada, laminada, aplainada, etc. Desse valor, 33% provém de

exportação (SEMA/MT, 2007). A produção silvícola no Estado em 2005 foi insignificante se

comparada com a produção nacional, resultando em aproximadamente 170 mil m3 de lenha, 16

mil m3 de madeira em tora, com destaque para a produção de folhas de eucalipto com 8.135t

(IBGE, 2005). Em nível nacional, a silvicultura produziu 35,5 milhões de m3 de lenha, 100,6

milhões de m3 de madeira em tora e 37,8 mil t de folhas de eucalipto, dentre outros derivados

(SBS, p.13 e 15, 2007).

4.5 Sequestro de Carbono pelo Eucalipto

O eucalipto tem função considerada de grande importância para a atmosfera face a sua

capacidade de remoção de GEE através do sequestro de CO2 que lhe proporciona crescimento

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rápido. É através do processo de fotossíntese que as plantas sequestram CO2

da atmosfera com

objetivo de usá-lo na construção de seus tecidos.

Para quantificar o CO2 sequestrado pela planta há que se quantificar antes o volume de

biomassa nela existente, relacionada diretamente à sua produtividade ou incremento médio anual

(IMA) e o teor de carbono por ela fixado. Para calcular o teor de carbono da biomassa,

cientistas e pesquisadores tem adotado o fator 0,5 ou 50% de seu peso seco, em seguida

multiplicando o total de carbono pelo fator 3,67 para se chegar ao CO2 sequestrado. Nesses

termos, segundo consta do Relatório do IPCC (p.3,2007b), uma emissão de 1GtC (gigatonelada

de carbono) corresponde a 3,67GtCO2. Como ilustração, Nutto et al (2002) apud Tsukamotto

(2003) e Maestri et al (2004) utilizam este fator multiplicativo para quantificar o carbono na

forma de CO2.

Sanquetta et al (2006) sugerem como método mais preciso para quantificar carbono, o

método de combustão da biomassa úmida ou seca via “equipamento específico” de

determinação de carbono. Explicam que o processo passa primeiramente pela coleta e moagem

da amostra (madeira, galho, raiz, etc). Em seguida coloca-se a amostra em recipiente de

cerâmica levando-a até o equipamento de combustão cuja duração é de 60 segundos,

fornecendo a quantidade de carbono da amostra. Posteriormente, através de equações

alométricas estima-se o carbono de cada compartimento da planta. Existem outros modelos para

se estimar biomassa que, naturalmente, devem ser avaliados estatisticamente. Em suas

estimativas, Sanqueta (2007)15

concluiu que o eucalipto da especie e.grandis apresenta sequestro

de CO2 equivalente a 72,86 t/ha aos 7 anos, média de 10,40 t/ha/ano-1

, distribuídas pela

biomassa seca com os seguintes percentuais: caule: 88,2%, galhos: 3,2%, folhagem: 1,7% e raiz:

6,9%.

Por oportuno, Tsukamotto (2003) adotou em sua tese o fator 0,49 para converter a

biomassa seca do eucalipto em carbono, em função de resultado de pesquisa realizada pela

Companhia Mineira de Metais (CMM) e, a constante 3,67 para converter C em CO2. Para

estimar a biomassa ele utilizou o modelo 3-PG, com o auxílio do Programa Normais 2.0, que

forneceu os dados climáticos. Para executar o 3-PG foram necessários dados relacionados ao

clima (precipitação, temperatura, evaporação

e radiação solar), ao solo (fertilidade, textura,

15

Palestra ministrada em 08.08.2007 em Cuiabá, por ocasião do 1o Congresso no Centro Oeste sobre Mudanças

Climáticas: Carbono na biomassa florestal: Resultados atuais e perspectivas para a região Centro-Oeste

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capacidade de campo e ponto de murcha permanente) e ao povoamento florestal (idade do

povoamento, densidade de plantio, espaçamento e densidade da madeira). O 3-PG estima a

biomassa do litter (lixo de origem exclusiva de folhas, correspondente à biomassa morta acima

do solo) e de diferentes partes da árvore, incluindo raiz. Na estimativa dos dados de biomassa o

autor utilizou também equações e dados obtidos por Bernardo (1995), Ladeira (1999), Marquez

(1997) e Neves (2000). Concluiu que na rotação de 6 anos, o eucalipto sequestra

175,73t/CO2/ha, média de 29,28 t/ha/ano e, na rotação de 7 anos, a remoção é de 199,44

t/CO2/ha ou 28,44 t/ha/ano, contabilizando as quantidades da parte aérea, parte subterrânea e

litter.

Nishi et al (2005), baseados em trabalho de Reis et al (1994) trabalharam com florestas

de eucalipto para produção de celulose que apresentaram produtividade média de 35 m3/ha/ano,

com densidade da madeira de 400 kg/m3. O cálculo do seqüestro resultou em 45,43t de

CO2/ha/ano, totalizando 318,04 t/CO2/ha em 7 anos. Os autores consideraram que 65% desse

total são provenientes da biomassa do tronco, 13% da copa, 22% de raízes e 20% relativo ao

valor armazenado na biomassa viva, correspondente à produção média de matéria orgânica

morta ao longo de sete anos.

Maestri et al (2004) consideraram todos os reservatórios de biomassa (viva e morta

acima e abaixo do solo) para o cálculo do C e do CO2. Utilizam a variável pluviométrica para

tais cálculos. Os autores concluíram que em região de menor precipitação pluviométrica

(800mm) o eucalipto sequestra menos CO2 por hectare. Eles chegaram ao resultado de 241,9

t/CO2/ha aos 7 anos, equivalente a 34,6 t/ha/ano, sendo que o seqüestro aumenta para 54,7

t/CO2/ha/ano quando se considera pluviometria de 2.300mm. Conforme foi registrado

anteriormente, no período entre maio a setembro, na região de cerrado os índices pluviométricos

mensais podem chegar a zero e as temperaturas máximas absolutas mensais atingem mais de

40ºC. Neste sentido, a tabela 5 explica o baixo seqüestro de CO2 pelo eucalipto, seu reduzido

diâmetro à altura do peito (DAP) e o pouco crescimento em função da ausência de água:

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Tabela 5 - Desenvolvimento do Eucalipto em função da precipitação pluviométrica

Precipitação

(mm)

Idade DAP (cm) Altura (m)

800

2

3

4

5

6

7

8

9

10

8,9

11,0

12,5

13,7

14,7

15,5

16,2

16,8

17.3

10,7

13,9

16,5

18,7

20,6

22,3

23,8

25,1

26,3

2.300

2

3

4

5

6

7

8

9

10

10,0

12,3

14,0

15,4

16,5

17,4

18,2

18,9

19,5

13,2

17,2

20,4

23,1

24,4

27,5

29,2

30,8

32,2

Fonte: Maestri et al. (2004)

Na tabela 5 Maestri et al (2004) mostram um povoamento de eucalipto e.grandis com

idade entre 2 a 10 anos que apresenta altura entre 10,7 a 26,3 metros sujeito a 800 mm, diferente

do que ocorre quando a pluviometria aumenta para 2.300mm, onde o povoamento atinge mais

de 30 metros de altura e DAP acima de 19 cm.

Como foi visto anteriormente, a metodologia AR-AM0005 aprovada pelo Conselho

Executivo do MDL para elaboração de projetos no âmbito do MDL permite estimar a remoção

líquida de GEE por seqüestro de reservatórios de biomassa viva acima e abaixo do solo. Com

base nesta metodologia as empresas CantorCO2e Energy Environment Innovation e Ecológica

Assessoria Ltda (REZENDE & SERRANO, 2007) adotam fatores de conversão que incluem a

biomassa viva da parte aérea e das raízes da planta para estimar o seqüestro de CO2 do eucalipto.

Eles usam também fatores que abatem a linha de base e as fugas de GEE, apresentando o

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seqüestro líquido de CO2 para projetos de A/R. São apresentados abaixo os fatores aplicados

pelas empresas:

IMA(m3) x 0,5a x 0,5b x 3,67 x 1,3 x 0,8 onde:

IMA m3: Incremento Médio Anual (produtividade de biomassa da planta em m

3);

0,5a: Fator de conversão de m3 de biomassa em toneladas (madeira seca). Este é um

fator médio usado especificamente para madeira de eucalipto, segundo os autores.

A densidade e teor de umidade variam em função da espécie e da região;

0,5b: Fator de conversão da biomassa em carbono (C);

3,67: Fator de conversão do C em CO2;

1,3: Atribuição de C à raiz;

0,8: 20% referente a Linha de Base (Baseline) e Fugas (leakages);

Foram adotados estes fatores de conversão para estimar a remoção de CO2 da atmosfera

pelas plantações de eucalipto do cerrado mato-grossense. Os valores foram estimados em

municípios onde se dispunha da produtividade (IMA) das espécies mais cultivadas, conforme

apresentados pela tabela 6:

Tabela 6 - Sequestro (líquido) de CO2 pelo Eucalipto em alguns Municípios do Cerrado

Mato-Grossense

Fontes: *Estimado por Shimizu, Klein e Oliveira (2007, p.37 e 40) com base em equações e modelos volumétricos de

Shumacher e Hall e alturas com base em modelo hipsométrico.

** Estimado pela autora, com base em fatores adotados por Rezende e Serrano (2007).

Espécies Municípios IMA*

(m3/ha/ano)

Sequestro de CO2 **

(t/ha/ano)

Tonelada

sumidouro/ano

1) Urograndis a) Campo Verde 38,75 36,97 7.394

b) Dom Aquino 32,98 31,47 6.294

c) Sorriso 17,85 17,03 3.406

d) Chapada dos Guimarães 10,36 9,88 1.976

2) Citriodora a) Campo Verde 19,79 18,88 3.776

3)Camaldulensis a) Dom Aquino 21,82 20,82 4.164

b) Sorriso 20,51 19,57 3.914

c) Cuiabá 17,32 16,53 3.306

d) N.Senhora do Livramento 16,27 15,52 2.904

e) Rondonópolis 8,68 8,28 1.656

f) Chapada dos Guimarães 2,99 2,85 570

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A quantidade de CO2/ha/ano sequestrada pelo eucalipto varia em função do incremento

de produtividade da planta (IMA) que, por sua vez, varia de acordo com a espécie e a região

onde está sendo cultivada (solo, clima, pluviometria, etc). Observa-se que no município de

Campo Verde o IMA da espécie híbrida Urograndis se apresenta razoavelmente elevado, ao

passo que a espécie Camaldulensis em Chapada dos Guimarães apresenta produtividade bastante

reduzida.

No próximo capítulo será efetuada a análise de viabilidade econômica de projeto de

MDL utilizando como metodologia a Taxa Interna de Retorno (TIR).

CAPITULO V

RESULTADOS E ANÁLISES

5.1 Critérios

Inicialmente serão detalhados os critérios utilizados para a elaboração do cálculo das TIR

e a conseqüente identificação da rentabilidade do projeto, para posteriormente se elaborar a

análise propriamente dita. Objetivando verificar a viabilidade econômica da produção de 200 ha

de eucalipto, com e sem as lCER, as taxas (TIR) foram calculadas individualmente utilizando

fluxos de caixa de créditos de carbono e de madeira para fins energéticos. Em seguida foi

calculada a TIR da produção conjunta (crédito de carbono e produção de madeira).

Antes porém, lembra-se que, pelo critério de elegibilidade exigido pelo Protocolo de

Kyoto, o reflorestamento deverá ocorrer em área que não continha floresta em 31.12.1989.

Lembra-se ainda que a atual vegetação da área deve ter cobertura de copa e altura inferiores aos

valores impostos pelo Protocolo: valor mínimo de cobertura de copa: 30 por cento e valor

mínimo de altura de árvore: 5 metros. Quanto à linha de base, ou seja, as remoções/emissões

ocorridas antes da implementação do projeto, foram deduzidas quando da estimativa de

sequestro de CO2.

5.1.1 Planilha de Custos para Reflorestamento com Eucalipto em área do Cerrado

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Para todos os municípios e espécies trabalhadas foi adotada uma única planilha de custos

médios16

de produção de floresta de eucalipto no cerrado mato-grossense. Para subsidiá-la, fez-

se pesquisa junto ao mercado local de preços de insumos necessários à produção de eucalipto

no cerrado, dentre eles, calcário, adubo, fosfato, formicida, herbicida, mudas, transporte, etc.

Posteriormente, a planilha teve seu prazo estendido para 20 anos, contemplando-se, desta forma,

as três rotações sucessivas da produção de eucalipto, adequando-a, portanto, a um dos períodos

de creditação permitido pelo Protocolo de Kyoto (Apêndice A).

5.1.2 Planilha de Custos com Projeto de MDL e Seqüestro de Carbono

Para os cálculos de custos de projeto de MDL (elaboração de PDD, registro junto à

ONU, monitoramento, emissão de lCER, etc) e seqüestro de CO2 foram elaboradas planilhas

específicas para cada espécie e cada município17

, apresentados no Apêndice B. Estes custos

coincidiram em média com valores apresentados na tabela 2.

5.1.3 Receitas com Créditos de Carbono

A remoção líquida de CO2/ha/ano foi estimada para os 200ha no decorrer dos 20 anos do

projeto e convertida em títulos de créditos de carbono (lCER) conforme mostra a tabela 7.

Supôs-se que a abordagem selecionada para tratar da “não- permanência” tenha sido a lCER

com período de creditação de 20 anos sem renovação e as verificações/certificações realizadas a

cada 5 anos. As duas últimas colunas da tabela 7 apresentam o total de lCER a serem geradas no

decorrer dos 20 anos, convertidas em moeda corrente (Real):

Tabela 7 - Sequestro de Carbono e lCERs da produção de 200 ha de eucalipto em

Municípios do Cerrado de Mato Grosso

16

Elaborada inicialmente por Klein H. (2007) - KLM Florestal Ltda, para área de 200 ha, rotação de 7 anos,

espaçamento 3x3, com densidade de 1.278 mudas clonadas.

17

Elaboradas com base em dados fornecidos por Rezende e Serrano (2007) - Cantor CO2e Energy Environment

Innovation e Ecológica Assesoria Ltda.

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Fonte: Dados da Pesquisa.

* BCB. Cotações e Boletins, BCB, (2007b).

A metodologia utilizada para estimativa de sequestro apresenta quantidade constante de

CO2 no decorrer dos 20 anos do projeto, fato que leva o volume de lCER também ser constante.

Para se apurar receitas com lCER adotou-se o preço de US$10,00 t/CO2e, cotado a R$ 1,77 em

22.11.2007 (BCB,2007), tendo como parâmetro a proposta para redução em 70% do

desmatamento na Amazônia, elaborada pelo IPAM (2007). Nesta proposta o custo de

oportunidade para evitar o desmatamento se aproxima de US$ 10 a tonelada de CO2.

5.1.4 Receitas com a comercialização de Madeira

O metro estéreo (mst) é a unidade de medida utilizada na comercialização de madeira

para fins energéticos. Segundo a SBS (2006), 1,00m3 de madeira corresponde a 1,43mst. Assim,

para cálculo da receita converteu-se IMA em mst ao preço de outubro/2007 em Cuiabá, a R$

30,00 a árvore em pé (KLEIN,2007) transferindo o custo de colheita do produtor para o

comprador. A comercialização ocorrerá em três momentos, sendo uma no 6o ano, outra no 13

o

ano e a última no 20o ano. Portanto, foram elaborados fluxos de caixa com base em receita de

crédito de carbono dos anos 5, 10, 15 e 20 e, receita de madeira dos anos 6, 13 e 20 (Apêndice

C). A tabela 8 apresenta a receita a ser apurada com a venda de madeira no decorrer dos 20

anos do projeto:

Tabela 8 - Quantidade (IMA/mst) e Receita (R$) de Madeira Energética produzida por 200 ha de

Eucalipto em Municípios do Cerrado Mato-grossense

Espécies Municípios Sequestro de CO2

(t/200ha/20 ano)

lCER

(R$17,70)*

1)Urograndis a) Campo Verde 147.880 2.617.476,00

b) Dom Aquino 125.880 2.228.076,00

c) Sorriso 68.120 1.205.724,00

d) Chapada dos Guimarães 39.520 699.504,00

2)Citriodora a) Campo Verde 75.520 1.336.704,00

3)Camaldulensis a) Dom Aquino 83.280 1.474.056,00

b) Sorriso 78.280 1.385.556,00

c) Cuiabá 66.120 1.170.324,00

d) Nossa Senhora do Livramento 62.080 1.098.816,00

e) Rondonópolis 33.120 586.224,00

f) Chapada dos Guimarães 11.400 201.780,00

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Fonte: *SBS. Fatos e Números do Brasil Florestal, novembro de 2006, (SBS, 2006).

**KLEIN (2007).

O volume de receita com madeira varia em função do IMA de cada povoamento de

eucalipto. A tabela 8 mostra que Municípios como Campo Verde e Dom Aquino que cultivam a

espécie urograndis e contam com maior produtividade, apuraram maior volume de receita. Por

outro lado, Chapada dos Guimarães que conta com baixa produtividade cultivando a espécie

camaldulensis, obtêm menor volume de receita.

5.2 Cálculo da TIR

Para o cálculo das Taxas Internas de Retorno (Apêndice C) da produção de 200 hectares

de eucalipto das espécies urograndis, citriodora e camaldulensis (as mais cultivadas no cerrado

mato-grossense) foram utilizados recursos computacionais do programa Excel, em consonância

com a fórmula citada em “Metodologia” no Capítulo II, onde a TIR anula o VPL, igualando-o a

zero. Observa-se entretanto, que o programa Excel não efetua o processo de interpolação, dessa

forma o VPL é um resultado próximo de zero. As taxas estão resumidas na tabela 9 e serão

analisadas adiante:

Tabela 9 - TIR referente a produção de 200 ha de eucalipto para sequestro de Carbno e

produção de Madeira em Municípios do Cerrado de Mato Grosso.

Espécies Municípios IMA em mst*

(ha/ano)

IMA em mst

(200 ha/20anos)

Receita

Total**

(R$) 1)Urograndis a) Campo Verde 55,41 221.640 6.649.200,00

b) Dom Aquino 47,16 188.640 5.659.200,00

c) Sorriso 25,52 102.080 3.062.400,00

d) Chapada dos Guimarães 14,81 59.240 1.777.200,00

2)Citriodora a) Campo Verde 28,30 113.200 3.396.000,00

3)Camaldulensis a) Dom Aquino 31,20 124.800 3.744.000,00

b) Sorriso 29,33 117.320 3.519.600,00

c) Cuiabá 24,77 99.080 2.972.400,00

d) Nossa Senhora do Livramento 23,27 93.080 2.792.400,00

e) Rondonópolis 12,41 49.640 1.489.200,00

f) Chapada dos Guimarães 4,27 17.080 512.400,00

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Fonte: Extraídos do Apêndice C.

Para a respectiva análise adota-se a taxa Selic de 11,25% como Taxa de Mínima

Atratividade (TMA) e custo de oportunidade para a decisão do segmento rural em implementar

ou não o projeto. A figura 6 dá suporte à presente análise, exibindo TMA de 11,25% e uma

suposta TIR no ponto onde o VPL se iguala a 0 (zero):

Figura 6 – Gráfico da TIR x VPL, elaborado com base em Clemente et al, 1998

Espécies cultivadas que apresentaram TIR acima da TMA indicam que o projeto é viável

e considerado atrativo ao segmento rural. Quanto maior a distância entre estas duas taxas, mais

rápido será o retorno do capital investido com maior excedente de ganhos. Por outro lado, TIR

com valor menor que este atrativo de mercado aponta para uma menor rentabilidade, onde o

produtor assume o custo de oportunidade ao optar por esta alternativa menos atrativa. TIR

negativa aponta pela inviabilidade do projeto face à sua incapacidade em gerar receitas para

recuperar os investimentos.

Espécies Municípios

TIR

Créditos de

Carbono

TIR

Produção de

Madeira

TIR

Produção

Conjunta

1)Urograndis a) Campo Verde 2,35% 24,21% 24,90%

b) Dom Aquino Negativa 21,47% 21,89%

c) Sorriso Negativa 12,22% 11,34%

d) Chapada dos Guimarães Negativa 5,24% 2,48%

2)Citriodora a) Campo Verde Negativa 13,66% 13,04%

3)Camaldulensis a) Dom Aquino Negativa 15,06% 14,66%

b) Sorriso Negativa 14,17% 13,63%

c) Cuiabá Negativa 11,81% 10.85%

d) Nossa Sra. do Livramento Negativa 10,97% 9,84%

e) Rondonópolis Negativa 3,12% Negativa

f) Chapada dos Guimarães Negativa Negativa Negativa

VPL

11,25%

TMA

+

0

(-) TI

R

TIR

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5.3 Análises

Para a análise de rentabilidade, os custos, seqüestro e receitas com créditos de carbono e

madeira foram sintetizados na tabela 10 abaixo. Analisam-se inicialmente os resultados

apresentados nesta tabela e, em seguida, as TIRs expostas na tabela anterior:

Tabela 10 - Custos, Seqüestro e Receitas Totais (20 anos) com Crédito de Carbono e Madeira de

Eucalipto produzido em 200 ha - Cerrado Mato-grossense (R$)

Fonte: Extraidos das Tabelas 7 e 8 e Fluxos de Caixa (Apêndice C).

Constata-se que no decorrer do 20 anos, as receitas com créditos de carbono foram

menores que as receitas com a comercialização de madeira para fins energéticos, com as três

espécies e em todos os municípios estudados. Observa-se que a espécie urograndis seqüestra

maior quantidade de CO2 no município de Campo Verde, com 147.880t e, menor quantidade em

Chapada dos Guimarães com 39.520t. Estas remoções de CO2 geram renda com lCER

equivalentes R$ 2.617.476,00 e R$ 699.504,00, respectivamente. O eucalipto citriodora

seqüestra 75.520t de CO2 em Campo Verde, equivalente a R$ 1.336.704,00. O camaldulensis

seqüestra maior quantidade em Dom Aquino com 83.280t/CO2 e menor quantidade em Chapada

dos Guimarães com apenas 11.400t, correspondentes a R$ 1.474.056,00 e R$ 201.780,00,

respectivamente.

O volume de receita com madeira variou em função do IMA de cada povoamento. Em

Campo Verde e Dom Aquino a espécie urograndis proporcionou maior produtividade, o que

Espécies

Municípios

Custo Médio

com

Reflores-

tamento

Custo com

Projeto de

MDL

Sequestro

de CO2

t/200ha

Receita com

Créditos de

Carbono

Receita

com

Madeira

1)Urograndis a) Campo Verde 1.139.532,20 1.174.279,18 147.880 2.617.476,00 6.649.200,00

b) Dom Aquino 1.139.532,20 1.141.179,44 125.880 2.228.076,00 5.659.200,00

c) Sorriso 1.139.532,20 1.054.194,28 68.120 1.205.724,00 3.062.400,00

d) Chapada dos

Guimarães 1.139.532,20 1.013.063,32 39.520 699.504,00 1.777.200,00

2)Citriodora a) Campo Verde 1.139.532,20 1.064.044,96 75.520 1.336.704,00 3.396.000,00

3)Camaldu-

lensis

a) Dom Aquino 1.139.532,20 1.077.310,32 83.280 1.474.056,00 3.744.000,00

b) Sorriso 1.139.532,20 1.065.565,32 78.280 1.385.556,00 3.519.600,00

c) Cuiabá 1.139.532,20 1.051.270,32 66.120 1.170.324,00 2.972.400,00

d) N. Senhora do

Livramento 1.139.532,20 1.045.191,80 62.080 1.098.816,00 2.792.400,00

e) Rondonópolis 1.139.532,20 1.004.000,92 33.120 586.224,00 1.489.200,00

f) Chapada dos

Guimarães 1.139.532,20 973.245,40 11.400 201.780,00 512.400,00

Page 73: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

resultou em maior volume de receita em 20 anos (R$ 6.649.200,00) e (R$ 5.659.200,00),

respectivamente. O menor volume de receita ficou com a espécie camaldulensis em Chapada

dos Guimarães (R$ 512.400,00).

Observa-se que o custo médio de reflorestamento no cerrado foi calculado em R$

1.139.532,20, considerando investimento inicial e manutenção da floresta no decorrer dos 20

anos. Quanto ao projeto no âmbito do MDL, os custos representaram aproximadamente 50% dos

custos totais, variando para cada espécie e em cada município, em função da quantidade de

carbono seqüestrada. Para a espécie urograndis em Campo Verde e Dom Aquino estes custos

ficaram acima do custo médio de reflorestamento, calculados em R$ 1.174.279,18 e R$

1.141.179,44, respectivamente. A espécie citriodora no município de Campo Verde teve custos

de MDL calculados em R$ 1.064.094,46 e o camaldulensis em Chapada dos Guimarães de R$

973.245,20. Observa-se entretanto, que para se proceder ao projeto no âmbito do MDL, antes há

que se projetar os custos de reflorestamento, ou seja, para se seqüestrar carbono, antes há que se

plantar a floresta. Neste sentido, o custo de monitoramento do seqüestro de carbono pela floresta

representou mais de 60% dos custos do projeto de MDL em todos os municípios.

Diante destes resultados, os fluxos de caixa da produção das três espécies (Apêndice C)

apresentaram saldos negativos na produção de eucalipto somente para fins de seqüestro de

carbono, exceto em Campo Verde, onde a produção de urograndis exibiu saldo positivo. Por

outro lado, o fluxo de caixa da produção de madeira, sem o aproveitamento de créditos de

carbono, apresentou saldo negativo somente em Chapada dos Guimarães com a espécie

camaldulensis e, saldo positivo com as demais espécies nos outros municípios. A produção

conjunta (carbono e madeira) apresentou saldo de fluxo de caixa negativo em Rondonópolis e

Chapada dos Guimarães com a espécie camaldulensis e saldo positivo nos demais municípios.

Analisando as taxas internas de retorno (TIR) mostradas na tabela 9, observa-se que

quando se objetiva produzir eucalipto somente para fins de seqüestro de carbono, as mesmas

apresentam-se negativas em todos os municípios, para a produção das três espécies, exceto em

Campo Verde. Este fato comprova ausência de capacidade do projeto em gerar receitas para

recuperar os investimentos em seqüestro e crédito de carbono. Para este bem, a TIR foi positiva

(2,35%) somente para a espécie urograndis produzida no município de Campo Verde, ainda

assim, bem abaixo da TMA de 11,25% nos termos da figura 6. A rentabilidade é baixa neste

caso, não sendo atrativa ao produtor rural. É importante observar que o déficit operacional da

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produção das três espécies ocorreu do início ao 20o ano do Projeto, fato que levou ao resultado

negativo da TIR.

Um dos fatores que contribuiu para este cenário, por um lado, foi o alto custo de

reflorestamento em Mato Grosso face à atual tecnologia adotada para o cultivo de eucalipto

(Apêndice A), por outro lado, as receitas de carbono e madeira são provenientes de

povoamentos cultivados a partir da década de 90, e até de 80, no caso da espécie citriodora,

quando a tecnologia da época não proporcionava produtividade suficiente. Conseqüentemente, o

baixo IMA das espécies em alguns municípios como Chapada dos Guimarães e Rondonópolis,

levou ao baixo seqüestro de CO2, reduzindo a receita com créditos de carbono, em

consequência, levando a uma TIR negativa. Um segundo fator a ser considerado é o alto custo

do projeto de MDL onde, em alguns casos, mais de 60% desses custos correspondem ao

monitoramento da floresta (Apêndice B). Um terceiro fator seria o baixo preço da lCER.

A equiparação do preço da lCER ao preço dos demais títulos de carbono poderia alterar

este cenário, entretanto, seria uma alternativa de risco investir com esta expectativa pelos

seguintes fatos: a) o mercado de títulos provenientes de seqüestro florestal foi limitado pelo

Protocolo de Kyoto em 1% do total de poluição de cada país do Anexo I x 5; b) países ofertantes

de lCER também concorrem com o mercado doméstico de países do Anexo I e com outros

títulos de carbono; c) a fixação de prazo de vencimento para esses títulos contribui como redutor

de mercado, uma vez que os demais títulos de carbono (CER, ERU, AUU, VER) são ad

eternum.

Com relação à análise da produção de eucalipto somente para extração de madeira para

fins energéticos, os valores da TIR mostram que o projeto apresenta-se rentável, porém com as

seguintes considerações:

Há rentabilidade com as três espécies em todos os municípios, exceto o camaldulensis

em Chapada dos Guimarães onde o resultado da TIR foi negativo. A taxa de 11,25% neste caso

resulta em VPL negativo de 778.246,56 mostrando a inviabilidade do projeto. A produção de

madeira da espécie urograndis neste município apresenta TIR de 5,24% e, em Rondonópolis e

Nossa Senhora do Livramento a espécie camaldulensis exibe TIRs de 3,12% e 10,97%

respectivamente. Ambas as espécies detêm baixa rentabilidade, não sendo atrativas ao produtor

rural diante da TMA de 11,25%. As espécies urograndis no município de Sorriso, citriodora em

Campo Verde e camaldulensis em Cuiabá exibem TIR de 12,22%, 13,66% e 11,81%

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respectivamente, pouco acima da TMA. Diferença positiva que deve ser analisada pelo produtor

rural quando da tomada de decisão em assumir riscos. Por outro lado, as TIR da produção de

urograndis se destacam em Campo Verde (24,21%) e Dom Aquino (21,47%). São taxas

elevadas diante da taxa de 11,25% e que oferecem boa rentabilidade, indicando segurança ao

investidor no sentido de se implementar o projeto para extração de madeira, mesmo sem a

comercialização do carbono sequestrado.

A análise da produção conjunta dos bens (seqüestro de carbono e extração de madeira

para fins energéticos) indica rentabilidade do projeto com a produção das três espécies em

Campo Verde, Dom Aquino e Sorriso, em relação a TMA. Porém as receitas com lCER

oferecem contribuição praticamente nula para a viabilidade do projeto se comparada com a TIR

da produção somente de madeira. A TIR da espécie urograndis varia de 24,21% da produção

somente de madeira, para 24,90% com a produção conjunta em Campo Verde e, de 21,47% para

21,89% em Dom Aquino. Nos demais municípios, houve queda da rentabilidade (menor TIR) na

produção conjunta, com relação à TIR da produção somente de madeira. A espécie urograndis

exibe baixa rentabilidade em Chapada dos Guimarães com TIR de 2,48%, o mesmo ocorrendo

com a camaldulensis em Cuiabá e Nossa Senhora do Livramento onde as TIRs exibem valores

de 10,85% e 9,84% respectivamente, não operando como atrativos ao investidor quando

comparadas com a TMA. As TIRs apresentam-se negativas na produção conjunta do

camaldulensis em Rondonópolis e Chapada dos Guimarães, inviabilizando o projeto.

Por fim, a análise mostra que a implementação de projeto de MDL influenciou de forma

negativa na produção conjunta das três espécies em todos os municípios, exceto a urograndis em

Campo Verde e Dom Aquino. Houve queda de rentabilidade da produção conjunta em relação a

produção somente de madeira. A análise mostra ainda a inviabilidade em produzir eucalipto das

espécies urograndis e camaldulensis em Chapada dos Guimarães e camaldulensis em

Rondonópolis, tanto para fins de crédito de carbono quanto para extração de madeira para fins

energéticos.

Face ao que foi abordado acima, constam a seguir os comentários conclusivos.

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COMENTÁRIOS CONCLUSIVOS

Conforme comentado inicialmente, o segmento rural não só em Mato Grosso, mas no

Brasil necessita de renda para dar suporte a produção de alimentos em conformidade com a

grandeza da demanda. Entretanto, em função de variáveis macroeconômicas, o segmento não

tem obtido renda suficiente para saldar compromissos junto aos órgãos financiadores da

produção e para proporcionar melhor qualidade de vida aos seus familiares. Juntamente com o

problema de falta de renda, o fator ambiental e climático tem levado produtores rurais da

Amazônia Legal, especificamente, mato-grossense, a buscarem soluções voltadas à produção

sustentável junto aos seus órgãos representativos, objetivando harmonizar viabilidade

econômica e social com proteção ambiental.

O mercado de carbono surgido oficialmente no ano de 2005 a partir da ratificação do

Protocolo de Kyoto, gerou expectativas no sentido de se ampliar os cuidados com o meio

ambiente juntamente com a ampliação da renda rural. Esta ampliação se daria com a

comercialização de créditos provenientes de seqüestro florestal de carbono de espécies nativas

de reservas Legal e APP, bem como de espécies exóticas cultivadas. Entretanto, em que pese

várias metodologias A/R terem sido aprovadas pelo Conselho Executivo do MDL, apenas um

projeto em nível mundial, proveniente da China, foi registrado por aquele Conselho.

Por outro lado, o mercado mundial de reduções de GEE é promissor para projetos

provenientes de fontes não florestais, como redução de emissões na geração elétrica,

suinocultura, aterro sanitário, etc. O Brasil responde pelo terceiro lugar no ranking de oferta

desses créditos, ficando a China em primeiro lugar e a Índia em segundo. Mato Grosso participa

deste mercado ofertando projetos de suinocultura, utilização de biomassa para geração de

energia, pequenas centrais hidrelétricas (PCH), etc. Quanto à demanda, o mercado de créditos

gerados somente por projetos de MDL está representado pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e

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norte da Irlanda, que respondem por 40,64% do total de projetos registrados pelo Conselho

Executivo do MDL, seguidos por outros países como Suíça, Japão, Suécia, Países Baixo, etc.

Em função das expectativas de mercado e, visando dar respostas confiáveis para auxiliar

os produtores rurais do cerrado mato-grossense em suas decisões de reflorestamento, objetivou-

se nesta pesquisa identificar a rentabilidade da produção de 200 ha de eucalipto para fins de

seqüestro de carbono, produção de madeira energética e produção conjunta desses bens. Como

metodologia de analise de viabilidade econômica foi utilizada a taxa interna de retorno (TIR).

O cerrado em Mato Grosso se estende por área de 35,97 milhões de hectares, sendo que

deste total, 15,8 milhões de hectares são utilizados pelo setor produtivo para produção

agropecuária e silvicultura de forma secundária. O Estado conta com 50.461 ha plantados com

eucalipto. Foi evidenciado que as espécies de maior área plantada em Mato Grosso são a híbrida

Urograndis e as não híbridas Citriodora e Camaldulensis. Para identificação de rentabilidade de

200 ha de eucalipto, foram elaborados os respectivos fluxos de caixa através do cálculo da

receita com carbono e madeira, bem como, das planilhas de custos de reflorestamento e projeto

de MDL.

Quantificou-se o CO2 líquido sequestrado pelo eucalipto no cerrado de Mato Grosso com

base no incremento médio anual (IMA) e o teor de carbono por ele fixado, utilizando os fatores

“IMA(m3) x 0,5a x 0,5b x 3,67 x 1,3 x 0,8 0,5”. As receitas com carbono e madeira

variaram em função do IMA de cada povoamento de eucalipto. Em Campo Verde e Dom

Aquino a espécie urograndis proporcionou maior produtividade, o que resultou em maior

volume de receita enquanto em Chapada dos Guimarães o camaldulensis proporcionou menor

volume de receita.

O custo do projeto de reflorestamento no cerrado, entre investimento inicial e

manutenção da floresta foi calculado em R$ 1.139.532,20 para as três espécies em todos os

municípios. O custo de projeto no âmbito do MDL representa mais de 50% do custo total do

projeto, variando para cada espécie e cada município, em função da quantidade de carbono

seqüestrada,.

Os fluxos de caixa da produção das três espécies (urograndis, citriodora e camaldulensis)

apresentaram saldos negativos com relação a produção de eucalipto somente para fins de

seqüestro de carbono e comercialização dos créditos gerados pelo seqüestro. Por outro lado, o

fluxo de caixa da produção de madeira, sem o aproveitamento de créditos de carbono,

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apresentou saldo positivo, exceto o camaldulensis em Chapada dos Guimarães. A produção

conjunta (carbono e madeira) apresentou saldo de fluxo de caixa também positivo, exceto em

Rondonópolis e Chapada dos Guimarães com a espécie camaldulensis.

Questionou-se inicialmente a rentabilidade da produção de 200 ha de eucalipto para fins

de seqüestro de carbono no cerrado mato-grossense, a rentabilidade da produção de madeira pra

fins energéticos e a rentabilidade da produção conjunta desses bens, cujas hipóteses iniciais

foram de TIR negativa para o primeiro questionamento e TIRs positivas para os dois últimos.

Utilizando os respectivos fluxos de caixa e recursos computacionais, chegaram-se às

seguintes conclusões:

A produção de eucalipto para fins de seqüestro de carbono exibiu TIR negativa em todos

os municípios, com exceção de Campo Verde, onde a espécie urograndis exibiu TIR positiva

(2,35%), porém, não atrativa ao produtor rural frente à taxa de mínima atratividade (TMA)

selecionada (Selic de 11,25%). Conclui-se portanto pela inviabilidade do projeto.

Por conseguinte, quanto a produção de madeira para fins energéticos, as três espécies

de eucalipto ofereceram maior rentabilidade em Campo Verde, Dom Aquino, Sorriso e Cuiabá,

com TIRs positivas e acima da TMA de 11,25%. Em contrapartida, a espécie urograndis em

Chapada dos Guimarães e a camaldulensis em Nossa Senhora do Livramento e Rondonópolis

exibiram TIR positiva, porém abaixo da TMA, tornando o projeto inviável. Assume um custo de

oportunidade o produtor rural que optar por fazer o investimento. Em Chapada dos Guimarães a

espécie camaldulensis exibiu TIR negativa, inviabilizando também o projeto.

Por último, o reflorestamento com as três espécies para produção conjunta (carbono e

madeira), apresentou boa rentabilidade, com TIRs positivas e acima da TMA em Campo Verde,

Dom Aquino e Sorriso. A espécie urograndis em Chapada dos Guimarães e a camaldulensis em

Cuiabá e Nossa Senhora do Livramento exibiram TIRs positivas, porém abaixo da taxa de

11,25%, também gerando custo de oportunidade em caso de optar-se pelo investimento. A

espécie camaldulensis em Rondonópolis e Chapada dos Guimarães exibiu TIRs negativas,

inviabilizando o projeto. As TIRs exibiram percentuais menores e conseqüentemente queda na

rentabilidade da produção conjunta (créditos de carbono e madeira) frente à produção somente

de madeira.

Entende-se que os seguintes fatores contribuíram para a inviabilidade econômica dos

projetos de seqüestro de carbono e produção conjunta:

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a) altos custos com a elaboração do projeto de MDL (cerca de 50% do custo total do

projeto) e principalmente com o monitoramento da floresta. O custo de

monitoramento respondeu em todos os municípios por mais de 60% do custo de

projeto de MDL e em mais de 30% com relação ao custo total (projeto de MDL e de

reflorestamento);

b) altos custos médios de reflorestamento no cerrado;

c) baixa produtividade do eucalipto em alguns municípios;

d) baixo preço da lCER para cálculo da receita com crédito de carbono;

e) baixo preço do metro estéreo (mst) para cálculo da receita com madeira para fins

energéticos. Acredita-se que ainda que o redutor de mercado (1% x 5) determinado

pelo Protocolo de Kyoto aos países do Anexo I e, a fixação de prazo de validade aos

títulos (lCER e tCER), intimidam o mercado, gerando insegurança tanto aos países

que poderiam ofertar, quanto aos que poderiam demandar créditos florestais.

Diante da inviabilidade econômica do projeto de créditos de carbono proveniente de

seqüestro florestal, sugere-se a utilização de metodologia simplificada de projeto de MDL aos

pequenos produtores rurais que queiram se inserir no mercado de carbono. Em todos os

municípios estudados as espécies analisadas não ultrapassaram a quantidade de seqüestro de até

8 mil toneladas/ano por sumidouro (200ha) imposta pelo Protocolo de Kyoto. A metodologia

simplificada permite o agrupamento dos ciclos de validação, verificação e certificação do

projeto, todos realizados por uma única EOD. Supõe-se que esse procedimento reduz

sobremaneira os custos, especificamente de monitoramento da floresta, permitindo o rateio entre

as pequenas propriedades rurais. Entretanto, sugere-se que seja realizado estudo de viabilidade

econômica também para esse caso.

Por fim, aguardam-se por propostas concretas do governo brasileiro junto às próximas

Conferências do Protocolo de Kyoto, uma vez que efetivamente nada foi sugerido por ocasião

da COP-13, ocorrida em dezembro último, para inserção dos créditos florestais em um

mecanismo de mercado de carbono. São evidentes entretanto, as iniciativas no sentido de se

arrecadar fundos de apoio às punições de responsáveis pelo desmatamento. Entende-se que a

valorização e valoração das florestas plantadas e preservadas são os verdadeiros fatores que

efetivamente contribuirão para o desenvolvimento rural sustentável, proporcionando benefícios

econômicos e ecológicos à sociedade como um todo.

Page 80: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

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APÊNDICES

APÊNDICE: A - Planilha de Custos Médios de Reflorestamento de 200 hectares

de Eucalipto

no Cerrado o Mato-grossese. 4

páginas................................................pág. 68

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APÊNDICE: B - Receitas e Custos Totais da Produção de 200 hectares de Eucalipto (Créditos

de Carbono e Madeira para fins Energéticos) no Cerrado Mato-grossense. 22

páginas ...........................................................................pág. 72

APÊNDICE: C - Fluxos de Caixa – Taxas Internas de Retorno (TIR) da Produção de 200 ha de

Eucalipto para Seqüestro de Carbono, Produção de Madeira e Produção

Conjunta. 6 páginas...............................................................................pág. 94

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APÊNDICE: A

PLANILHA DE CUSTOS MÉDIOS DE REFLORESTAMENTO

DE 200 HA DE EUCALIPTO NO CERRADO MATO-GROSSENSE

ESPAÇAMENTO 3 X 3 COM 15% DE

REPLANTIO

1-SERVICOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS

Descrição/ Atividade Referência Quant. Custo Unit. Custo Total

C.Total

200 ha/ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 S.Totais

R$/HÁ R$/ha

2007

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Amo 9 Ano 10

Elaboração Projeto Técnico %/Valor Finan./ano % 100 100,00 20000,00

DemarcaçãoProjeto/Talhões Prestação Serviços 1,0 3,00 5,00 1000,00

Auxiliar topografia Homem/ha 0,1 65,00 2,75 550,00

Demarcação Curva de Nível Prestação Serviços 1,0 5,00 5,00 1000,00

Auxiliar topografia Homem/ha 0,2 65,00 5,50 1100,00

Técnico Florestal Verba p/200 ha/ano 12 0,00

Veiculo Apoio Verba p/200 ha/ano 12 4,17 50,00 10000,00 8000,00 6000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 46.000,00

Assistência Técnica Prestação Serviços 12 5,00 60,00 12000,00 6000,00 6000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 36.000,00

SUB TOTAL 228,25 45.650,00 14.000,00 12.000,00 7.000,00 7.000,00 7.000,00 7.000,00

7.000,00

7.000,00 7.000,00 7.000,00 82.000,00

2- PREPARO DE ÁREA

Derrubada Arvores PA 140HP CON(H/HA) 0,5 110 55,00 11000,00

Eliminação de Leiras/Arv PA 140HP ANC(H/HA) 1,0 110 110,00 22000,00

Catação de Raízes Homem/HA 1,0 65 65,00 13000,00

Remoção de Raízes TP 80 CV CARR(H/HA) 1,0 0,00 0,00

Construção de Aceiros TP 140CV GRAD(H/HA) 1,0 0,00 0,00

Controle de Formigas Homem/HA 0,5 65 32,50 6500,00

Calagem TP 80 CV DISTR(H/HA) 0,8 85 68,00 13600,00

Linckcagem TP 140HP LINCK(H/HA) 0,5 100 50,00 10000,00

Gradagem Pesada I TP 140HP GRAD(H/HA) 1,0 0,00 0,00

Fosfatagem TP 80 CV DISTR(H/HA) 0,8 0,00 0,00

Gradagem Pesada II TP 140HP GRAD(H/HA) 1,0 0,00 0,00

Construção de Terraços TP 140CV TERR(H/HA) 1,0 0,00 0,00

Aplicação de Herbicidas TP 80CV PULV(H/HA) 0,8 85 68,00 13600,00

Sub solagem/Marc/Adubação TP 140CV SSOL(H/HA) 1,5 100 150,00 30000,00

SUB TOTAL 598,50 119.700,00 -

3- PLANTIO

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 S.Total

Mão de Obra de Plantio Homem/HA 1 65 65,00 13000,00

Transporte de Pessoal/Muda TP 80CV CARR (H/HA) 1,0 85 85,00 17000,00

Irrigação 20% área TP 80CV PIPA (H/HA) 0,3 85 25,50 5100,00

Mão de Obra de Irrigação Homem/HA 0,3 65 19,50 3900,00

Outras Despesas Verba 1,0 15,00 15,00 3000,00

SUB TOTAL 210,00 42.000,00

4- REPLANTIO

Mão de Obra de Replantio Homem/HA 0,5 65 32,50 6500,00

Transporte de Pessoal/Muda TP 80CV CARR (H/HA) 0,5 85 42,50 8500,00

SUB TOTAL 75,00 15.000,00

5- TRATOS CULTURAIS

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Capina Mecânica TP 80CV GRAD(H/HA) 1,0 85 85,00 17.000,00 5000,00 5000,00 5000,00 5000,00 20..000,00

Capina Manual Homem/HA 3,0 65 195,00 39.000,00 16500,00 16500,00 16500,00 16500,00 66..000,00

Controle a Formiga Homem/HA 0,2 65 13,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 26.000,00

Adubação em cobertura TP 80CV DISTR(H/HA) 0,4 85 34,00 6.800,00 6800,00 6800,00 13.600,00

Conservação de Aceiros TP 80CV GRAD(H/HA) 0,1 85 8,50 1.700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 17.000,00

SUB TOTAL 335,50 67.100,00 32.600,00 32.600,00 4.300,00 4.300,00 4.300,00 4.300,00

25.800,00

25.800,00 4.300,00 4.300,00 142.600,00

6- INSUMOS

Fosfato de Arad Tonelada/HA 0,45 480 216,00 43.200,00

Calcário Dolomitico Tonelada/HA 2 50 100,00 20.000,00

Formicida Kg/HA 2,0 4 8,00 1.600,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 8.000,00

Herbicida pré emergente Kg/HA 0,1 600 60,00 12.000,00

Herbicida Litros/HA 5,0 8 40,00 8.000,00 4800,00 4800,00 4800,00 4800,00 19.200,00

Adubo NPK FTE Tonelada/HA 0,2 750 150,00 30.000,00 45000,00 45000,00 90..000,00

Mudas Clonais (tubete) Mudas/HA 1,278 0,4 511,00 102.200,00

Gel Hidroplan B Kg/HA 2 15 30,00 6.000,00

Cupinicida Tratamento/HA 1,0 6,23 6,23 1.246,00 1246,00 1.246,00

SUB TOTAL 1121,23 224.246,00 50.600,00 50.600,00 800,00 800,00 800,00 2.046,00

5.600,00

5.600,00 800,00 800,00 118.446,00

7- SEGURO

Seguro 2% Vr. Finan. 0,8 41,09 41,09 8218,00 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 4.863,10

SUB TOTAL 41,09 8.218,00 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 4.863,10

TOTAL GERAL 2.609,57 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31

38.886,31

38.886,31 12.586,31 12.586,31 347.909,10

1-SERVICOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS

Descrição/ Atividade Referência CustoTotal

Custo Total S.Total 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 Sub Totais

R$/HA

R$/200 ha

Ano 0 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Totais

Elaboração Projeto Técnico %/Valor Finan./ano 100,00 20000,00 20000,00

DemarcaçãoProjeto/Talhões Prestação Serviços 5,00 1000,00 1000,00

Auxiliar topografia Homem/ha 2,75 550,00 550,00

Demarcação Curva de Nível Prestação Serviços 5,00 1000,00 1000,00

Auxiliar topografia Homem/ha 5,50 1100,00 1100,00

Técnico Florestal Verba p/200 ha/ano 0,00 0,00

Veiculo Apoio Verba p/200 ha/ano 50,00 10.000,00 46.000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 4000,00 86.000,00 96.000,00

Assistência Técnica Prestação Serviços 60,00 12.000,00 36.000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 3000,00 66.000,00 78.000,00

SUB TOTAL 228,25 45.650,00 82.000,00

7.000,00

7.000,00

7.000,00 7.000,00

7.000,00

7.000,00

7.000,00 7.000,00 7.000,00 7.000,00 152.000,00 197.650,00

2- PREPARO DE ÁREA

Derrubada Arvores PA 140HP CON(H/HA) 55,00 11000,00 11000,00

Eliminação de Leiras/Arv PA 140HP ANC(H/HA) 110,00 22000,00 22000,00

Catação de Raízes Homem/HA 65,00 13000,00 13000,00

Remoção de Raízes TP 80 CV CARR(H/HA) 0,00 0,00 0,00

Construção de Aceiros TP 140CV GRAD(H/HA) 0,00 0,00 0,00

Controle de Formigas Homem/HA 32,50 6500,00 6500,00

Calagem TP 80 CV DISTR(H/HA) 68,00 13600,00 13600,00

Linckcagem TP 140HP LINCK(H/HA) 50,00 10000,00 10000,00

Gradagem Pesada I TP 140HP GRAD(H/HA) 0,00 0,00 0,00

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Fosfatagem TP 80 CV DISTR(H/HA) 0,00 0,00 0,00

Gradagem Pesada II TP 140HP GRAD(H/HA) 0,00 0,00 0,00

Construção de Terraços TP 140CV TERR(H/HA) 0,00 0,00 0,00

Aplicação de Herbicidas TP 80CV PULV(H/HA) 68,00 13600,00 13600,00

Sub solagem/Marc/Adubação TP 140CV SSOL(H/HA) 150,00 30000,00 30000,00

SUB TOTAL 598,5 119.700,00 119.700,00

3- PLANTIO

Reerência Custo Unit

ha/ano. Ano 0

S.Total

Ano 10 Ano 11 Ano 1 2 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 S.Totais Totais

Mão de Obra de Plantio Homem/HA 65,00 13000,00 13000,00

Transporte de Pessoal/Muda TP 80CV CARR (H/HA) 85,00 17000,00 17000,00

Irrigação 20% área TP 80CV PIPA (H/HA) 25,50 5100,00 5100,00

Mão de Obra de Irrigação Homem/HA 19,50 3900,00 3900,00

Outras Despesas Verba 15,00 3000,00 3000,00

SUB TOTAL 210,00 42.000,00 42.000,00

4- REPLANTIO

Mão de Obra de Replantio Homem/HA 32,50 6500,00 6500,00

Transporte de Pessoal/Muda TP 80CV CARR (H/HA) 42,50 8500,00 8500,00

SUB TOTAL 75,00 15.000,00 15.000,00

5- TRATOS CULTURAIS

Capina Mecânica TP 80CV GRAD(H/HA) 85,00 17.000,00 20..000,00 5000,00 5000,00 30.000,00 47.000,00

Capina Manual Homem/HA 195,00 39.000,00 66..000,00 16500,00 16500,00 99.000,00 138.000,00

Controle a Formiga Homem/HA 13,00 2.600,00 26.000,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 52.000,00 54.600,00

Adubação em cobertura TP 80CV DISTR(H/HA) 34,00 6.800,00 13.600,00 13.600,00 20.400,00

Conservação de Aceiros TP 80CV GRAD(H/HA) 8,50 1.700,00 17.000,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 1700,00 34.000,00 35.700,00

SUB TOTAL 335,50 67.100,00 142.600,00

4.300,00

4.300,00

4.300,00 25.800,00

25.800,00

4.300,00

4.300,00 4.300,00 4.300,00 4.300,00 228.600,00 295.700,00

6- INSUMOS

Fosfato de Arad Tonelada/HA 216,00 43.200,00 0,00 43.200,00

Calcário Dolomitico Tonelada/HA 100,00 20.000,00 0,00 20.000,00

Formicida Kg/HA 8,00 1.600,00 8.000,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 16000,00 17.600,00

Herbicida pré emergente Kg/HA 60,00 12.000,00 0,00 12.000,00

Herbicida Litros/HA 40,00 8.000,00 19.200,00 4800,00 4800,00 28800,00 36.800,00

Adubo NPK FTE Tonelada/HA 150,00 30.000,00 90..000,00 45000,00 45000,00 180000,00 210.000,00

Mudas Clonais (tubete) Mudas/HA 511,00 102.200,00 0,00 102.200,00

Gel Hidroplan B Kg/HA 30,00 6.000,00 0,00 6.000,00

Cupinicida Tratamento/HA 6,23 1.246,00 1.246,00 1246,00 2492,00 3.738,00

SUB TOTAL 1121,23 224.246,00

118.446,00

800,00

800,00

2.046,00 50.600,00

50.600,00

800,00

800,00 800,00 800,00 800,00 227292,00 451.538,00

7- SEGURO

Seguro 2% Vr. Finan. 41,09 8218,00 4.863,10 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 9726,20 17.944,20

SUB TOTAL 41,09 8.218,00 4.863,10 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 486,31 9726,20 17.944,20

TOTAL GERAL 2.609,57 521.914,00 347.909,10 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 617.618,20 1.139.532,20

Fonte: Elaborada a partir de dados da planilha cedida por KLM Florestal Ltda. Obs: Diárias: 65; Horas máquina pá carregadeira: 110; horas maquina TP80 CV: 85; horas máquinas TP

120 CV: 100

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APÊNDICE: B

RECEITAS E CUSTOS TOTAIS DE PROJETO DE MDL PARA PRODUÇÃO DE

200 HA DE EUCALIPTO (CRÉDITOS DE CARBONO E MADEIRA PARA FINS

ENERGÉITICOS) NO CERRADO MATO-GROSSENSE

1) Espécie: Urograndis

1.a) Campo Verde/MT

Preço da CER: US$ 10,00 convetido em Reais: R$ 17,70 ao dolar de 22.11.2007 (R$ 1,77)

Sequestro de CO2: 36,97 t/ha/ano - IMA: 55,41 mst/ha/ano

Período de Crediação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um) 0,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 654.369,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.994.760,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.649.849,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil e US$0,15 para as demais) 8.488,35

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 13087,38

Contrato para negociação das lCER - 5% 32.718,45

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono ) 106.200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 89.694,18 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95686,31 12586,31 12586,31 189.586,31 103.526,49 38.886,31 38886,31 12586,31 189.586,31

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um) 7.394,00 7394,00 7394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7.394,00 7394,00 7.394,00 147.880,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 654.369,00 0,00 0,00 0,00 0,00 654.369,00 0,00 0,00 0,00 654.369,00 2617476,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 11.082,00 11082,00 11082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 11.082,00 221.640,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 2.327.220,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.327.220,00 6.649.200,00

RECEITA TOTAL 654.369,00 0,00 2.327220,00 0,00 0,00 654.369,00 0,00 0,00 0,00 2.981.589,00 9.267.396,00

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DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projetode MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil e US$0,15 para as demais) 8.488,35 8.488,35 8.488,35 33.953,40

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 13.087,38 13.087,38 13.087,38 52.349,52

Contrato para negociação das lCER - 5% 32.718,45 32.718,45 32.718,45 130.873,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono ) 89.694,18 0,00 0 0 177.000,00 89.694,18 0,00 0 0 266.694,18 1.174.279,72

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 102.280,49 12.586,31 13832,31 83886,31 260.886,31 102.280,49 12.586,31 12.586,31 12586,31 279.280,49 2.313.811,92

1.b) Dom Aquino/MT Sequestro de CO2: 31,47 t/ha/ano - IMA: 47,16 mst/ha/ano

Preço da CER: US$ 10,00 convetido em Reais: R$ 17,70 ao dolar de 22.11.2007 (R$ 1,77) Período de Crediação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 6.294,00 6294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 557.019,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1697760,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2254779,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Anos

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais) Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil le US$0,15 para as demais) 7.027,78

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 11.140,38

Contrato para negociação das lCER - 5% 27.850,95

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106.200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 81.419,11 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 522.022,00 97.616,30 95.616,30 12.516,30 12.516,30 12.516,30 13.762,30 38.816,30 38.816,30 12.516,30 12.516,30

CUSTO TOTAL 628.222,00 98.919,30 95.616,30 12.516,30 12.516,30 189.516,30 95.181,41 38.816,30 38.816,30 12.516,30 189.516,30

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DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 6.294,00 125.880,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 557.019,00 0,00 0,00 0,00 0,00 557.019,00 0,00 0,00 0,00 557.019,00 2.228.076,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 9.432,00 188.640,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 1980.720,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1980720,00 5.659.200,00

RECEITA TOTAL 557.019,00 0,00 1.980.720,00 0,00 0,00 557.019,00 0,00 0,00 0,00 2.537.739,00 7.887.276,00

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais) Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil e US$0,15 para as demais) 7.027,78 7.027,78 7.027,78 28.111,12

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 11.140,38 11.140,38 11.140,38 44.561,52

Contrato para negociação das lCER - 5% 27.850,95 27.850,95 27.850,95 111.403,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 81.419,11 0,00 0 0 177.000,00 81.419,11 0,00 0 0 258.419,11 1.141.179,44

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.516,30 12.516,30 13.762,30 83.816,30 83.816,30 12.516,30 12.516,30 12.516,30 12.516,30 12.516,30 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 93.935,41 12.516,30 13.762,30 83.816,30 260.816,30 93.935,41 12.516,30 12.516,30 12.516,30 270.935,41 2.280.711,64

1.c) Sorriso/MT Preço da CER: US$ 10,00 convetido em Reais: R$ 17,70 ao dolar de 22.11.2007 (R$ 1,77) CO2 sequestrado: 17,03 t/ha/ano - IMA: 25,52 MST/ha/ano

Período de Creditação: 5 em 5 anos

ANOS 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00

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RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 301431,00 0,00 0,00 0,00 0,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 918.720,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1220151,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL

(em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.172,65

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 6.028,62

Contrato para negociação das lCER - 5% 15.071,55

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 59.672,82 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 73.505,13 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 3406,00 3.406,00 3.406,00 3.406,00 68.120,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 30.1431,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.1431,00 0,00 0,00 0,00 301.431,00 1.205.724,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 5.104,00 102.080,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 1071840,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.071.840,00 3.062.400,00

RECEITA TOTAL 301431,00 0,00 1071840,00 0,00 0,00 301431,00 0,00 0,00 0,00 1.373.271,00 4.268.124,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.00,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.172,65 3.172,65 3.172,65 12.690,60

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 6.028,62 6.028,62 6.028,62 24.114,48

Contrato para negociação das lCER - 5% 15.071,55 15.071,55 15.071,55 60.286,20

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 59.672,82 0,00 0 0 177.000,00 59.672,82 0,00 0 0 236.672,82 1.054.194,28

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TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 72.259,13 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 72.259,13 12.586,31 12.586,31 12.586,31 249.259,13 2.193.726,48

1.d) Chapada dos Guimarães/MT CO2 sequestrado: 9,88 t/ha/ano - IMA: 14,81 mst/ha/ano Preço da CER: US$ 10,00 convetido em Reais: R$ 17,70 ao dolar de 22.11.2007 (R$ 1,77)

Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 1..976,00 1..976,00 1..976,00 1..976,00 1.976,00 1..976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1..976,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 174876,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00 2..962,00

RECEITA DE MADEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 533160,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 708036,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 1.748,76

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 3.497,52

Contrato para negociação das lCER - 5% 8.743,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106.200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 49.390,08 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 63.222,39 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

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DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 1.976,00 39.520,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 174.876,00 0,00 0,00 0,00 0,00 174.876,00 0,00 0,00 0,00 174.876,00 699.504,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 2.962,00 59.240,00

RECEITA DE MADEIRA 0,00 0,00 622020,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 622020,00 1.777.200,00

RECEITA TOTAL 174876,00 0,00 622020,00 0,00 0,00 174.876,00 0,00 0,00 0,00 796.896,00 2.476.704,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.00,00

Verificação annual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 1.748,76 1.748,76 1.748,76 6.995,04

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 3.497,52 3.497,52 3.497,52 13.990,08

Contrato para negociação das lCER - 5% 8.743,80 8.743,80 8.743,80 34.975,20

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 49.390,08 0,00 0 0 177.000,00 49.390,08 0,00 0 0 226.390,08 1.013.063,32

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 61.976,39 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 61.976,39 12.586,31 12.586,31 12.586,31 238.976,39 2.152.595,52

2) Espécie: Citriodora

2.a) Campo Verde/MT Preço da CER: UR$ 10,00 – convertido em Reais: R$ 17,70 ao dólar de 22.11.2007 (R$ 1,77)

CO2 sequestrado: 18,88t/ha/ano - IMA: 28,30 mst/há/ano

Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 334.176,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.018.800,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.352.976,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

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INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.343,17

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 6.683,52

Contrato para negociação das lCER - 5% 16.708,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106.200,00 1..303,00 0 0 0 177.000,00 62.135,49 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 75.967,80 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 3.776,00 75.520,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 334.176,00 0,00 0,00 0,00 0,00 334.176,00 0,00 0,00 0,00 334.176,00 1.336.704,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5.660,00 5660,00 113.200,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 1.188.600,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.188.600,00 3.396.000,00

RECEITA TOTAL 334.176,00 0,00 1.188.600,00 0,00 0,00 334.176,00 0,00 0,00 0,00 1.522.776,00 4.732.704,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.343,17 3.343,17 3.343,17 13.372,68

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 6.683,52 6.683,52 6.683,52 26.734,08

Contrato para negociação das lCER - 5% 16.708,80 16.708,80 16.708,80 66.835,20

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 62.135,49 0,00 0 0 177.000,00 62.135,49 0,00 0 0 239.135,49 1.064.044,96

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 74.721,80 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 74.721,80 12.586,31 12.586,31 12.586,31 251.721,80 2.203.577,16

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3) Espécie: Camaldulensis

3.a) Dom Aquino/MT

Preço da CER: US$ 10,00 – convertido em Reais (R$

17,70) ao dólar de 22.11.2007 (R$ 1,77) CO2 sequestrado: 20,82 t/ha/ano - IMA: 31,20 mst/ha/ano

Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 4.164,00 4.164,00 4164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 368514,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1123200,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1491714,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 4.226,40

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 7.399,43

Contrato para negociação das lCER - 5% 18.426,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106200,00 1..303,00 0 0 0 177.000,00 65.451,83 0,00 0 0 177000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 79.284,14 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 4.164,00 83.280,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 368.514,00 0,00 0,00 0,00 0,00 368.514,00 0,00 0,00 0,00 368.514,00 1.474.056,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 6..240,00 6..240,00 6..240,00 6.240,00 6.240,00 6.240,00 124.800,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 1.310.400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.310.400,00 3.744.000,00

RECEITA TOTAL 368.514,00 0,00 1.310.400,00 0,00 0,00 368.514,00 0,00 0,00 0,00 1.678.914,00 5.218.056,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

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Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 4.226,40 4.226,40 4.226,40 16.905,60

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 7.399,43 7.399,43 7.399,43 29.597,72

Contrato para negociação das lCER - 5% 18.426,00 18.426,00 18.426,00 73.704,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 65.451,83 0,00 0 0 177.000,00 65.451,83 0,00 0 0 242.451,83 1.077.310,32

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 78.038,14 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 78.038,14 12.586,31 12.586,31 12.586,31 255.038,14 2.216.842,52

3.b) Sorriso/MT Preço da CER: US$ 10,00 – convertido em Reais: R$ 17,70 ao dólar de 22.11.2007 (R$ 1,77)

CO2 sequestrado: 19,57 t/ha/ano - IMA: 29,33 mst/ha/ano Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 346.389,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.055.880,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.402.269,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70800,00

Validação do PDD 35400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.868,35

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 6..927,78

Contrato para negociação das lCER - 5% 17.319,45

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 63.515,58 0,00 0 0 177000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 77.347,89 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

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DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3914,00 3.914,00 3.914,00 3.914,00 3914,00 3.914,00 3.914,00 78.280,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 346.389,00 0,00 0,00 0,00 0,00 346.389,00 0,00 0,00 0,00 346..389,00 1.385.556,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 5.866,00 117.320,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 1.231.860,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.231.860,00 3.519.600,00

RECEITA TOTAL 346.389,00 0,00 1.231.860,00 0,00 0,00 346.389,00 0,00 0,00 0,00 1.578.249,00 4.905.156,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.868,35 3.868,35 3.868,35 15.473,40

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 6.927,78 6.927,78 6.927,78 27.711,12

Contrato para negociação das lCER - 5% 17.319,45 17.319,45 17.319,45 69.277,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 63.515,58 0,00 0 0 177.000,00 63.515,58 0,00 0 0 240.515,58 1.069.565,32

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 76.101,89 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 76.101,89 12.586,31 12.586,31 12.586,31 253.101,89 2.209.097,52

3.c) Cuiabá/MT Preço da CER: US$ 10,00 – convertido em Reais: R$ 17,70 ao dólar de 22.11.2007 (R$ 1,77) CO2 sequestrado: 16,53 t/ha/ano - IMA: 24,77 mst/ha/ano

Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00 3..306,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 292.581,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 4..954,00 4.954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 891.720,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.184.301,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Page 100: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.061,21

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 5.851,62

Contrato para negociação das lCER - 5% 14.629,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 58.941,83 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 72.774,14 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 3.306,00 66.120,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 292.581,00 0,00 0,00 0,00 0,00 292.581,00 0,00 0,00 0,00 292.581,00 1.170.324,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 4.954,00 4.954,00 4.954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 4..954,00 99.080,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 1040.340,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.040.340,00 2.972.400,00

RECEITA TOTAL 292.581,00 0,00 1.040340,00 0,00 0,00 292.581,00 0,00 0,00 0,00 1.332.921,00 4.142.724,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 3.061,21 3.061,21 3.061,21 12.244,84

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 5.851,62 5.851,62 5.851,62 23.406,48

Contrato para negociação das lCER - 5% 14.629,00 14.629,00 14.629,00 58.516,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 58.941,83 0,00 0 0 177.000,00 58.941,83 0,00 0 0 23.5941,83 1.051.270,32

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 71.528,14 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 71.528,14 12.586,31 12.586,31 12.586,31 248.528,14 2.190.802,52

Page 101: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

3.d) Nossa Senhora do Livramento/MT Preço da CER: U$ 10,00 – convertido em Reais: R$ 17,70 ao dólar e 22.11.2007 (R$ 1,77)

CO2 sequestrado: 15,52 t/ha/ano - IMA: 23,27 mst/ha/ano Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 274704,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 837.720,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1112424,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 2.793,00

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 5.494,00

Contrato para negociação das lCER - 5% 13.735,20

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono - Projeto de MDL) 106.200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 57.422,20 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 71.254,51 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 3.104,00 62.080,00

Page 102: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 274.704,00 0,00 0,00 0,00 0,00 274704,00 0,00 0,00 0,00 274.704,00 1.098.816,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 4.654,00 93.080,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 977.340,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 977.340,00 2.792.400,00

RECEITA TOTAL 274.704,00 0,00 977.340,00 0,00 0,00 274704,00 0,00 0,00 0,00 1252044,00 3.891.216,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 2.793,00 2.793,00 2.793,00 11.172,00

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 5.494,00 5.494,00 5.494,00 21.976,00

Contrato para negociação das lCER - 5% 13.735,20 13.735,20 13.735,20 54.940,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono - Projeto de MDL) 57.422,20 0,00 0 0 177.000,00 57.422,20 0,00 0 0 2.34422,20 1.045.191,80

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 70.008,51 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 70.008,51 12.586,31 12.586,31 12.586,31 247.008,51 2.184.724,00

3.e) Rondonópolis/MT Preço da CER: U$ 10,00 – convertido em Reais: R$ 17,70 ao dólar e 22.11.2007 (R$ 1,77) CO2 sequestrado: 18,28 t/ha/ano - IMA: 12,41 mst/ha/ano

Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 146556,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 446760,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 593316,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 1.465,56

Page 103: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 2.931,12

Contrato para negociação das lCER - 5% 7..327,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106.200,00 1.303,00 0 0 0 177.000,00 47.124,48 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 60.956,79 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 1.656,00 33.120,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 146.556,00 0,00 0,00 0,00 0,00 146556,00 0,00 0,00 0,00 146556,00 586224,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 2.482,00 49.640,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 521.220,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 521.220,00 1.489.200,00

RECEITA TOTAL 146.556,00 0,00 521.220,00 0,00 146556,00 0,00 0,00 0,00 667.776,00 2.075.424,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15 para as demais) 1.465,56 1.465,56 1.465,56 5.862,24

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 2.931,12 2.931,12 2.931,12 11.724,48

Contrato para negociação das lCER - 5% 7..327,80 7..327,80 7..327,80 29.311,20

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 47.124,48 0,00 0 0 177.000,00 47.124,48 0,00 0 0 224124,48 1.004.000,92

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 59.710,79 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 59.710,79 12.586,31 12.586,31 2.586,31 236.710,79 2.143.533,12

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3.f) Chapada dos Guiarães//MT Preço da CER: U$ 10,00 – convertido em Reais: R$ 17,70 ao dólar e 22.11.2007 (R$ 1,77) CO2 sequestrado: 2,85 t/ha/ano - IMA: 4,27 mst/ha/ano

Período de Creditação: 5 em 5 anos

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 0,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 50445,00 0,00 0,00 0,00 0

VOLUME DE MADEIRA (mst) 0,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 153720,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RECEITA TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 204165,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00

Verificação anual 35.400,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e

US$0,15 para as demais) 504,45

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 1.008,90

Contrato para negociação das lCER - 5% 2..522,25

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 106.200,00 1..303,00 0 0 0 177.000,00 39.435,60 0,00 0 0 177.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de

madeira) 521.914,00 97.686,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 13.832,31 38.886,31 38.886,31 12.586,31 12.586,31

CUSTO TOTAL 628.114,00 98.989,31 95.686,31 12.586,31 12.586,31 189.586,31 53.267,91 38.886,31 38.886,31 12.586,31 189.586,31

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 TOTAIS

RECEITA BRUTA (em Reais)

VOLUME DE lCER (um.) 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 570,00 11.400,00

RECEITA DE lCER (crédito de carbono) 5.0445,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.0445,00 0,00 0,00 0,00 50445,00 201780,00

VOLUME DE MADEIRA (mst) 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 854,00 17.080,00

RECEITA DE MADEIRA (energética) 0,00 0,00 179.340,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 179340,00 512.400,00

RECEITA TOTAL 5.0445,00 0,00 179.340,00 0,00 0,00 5.0445,00 0,00 0,00 0,00 229.785,00 714.180,00

DESCRIÇÃO DOS CUSTOS

Anos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 TOTAL

Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20

INVESTIMENTOS: Ciclo de Projeto MDL (em Reais)

Elaboração do PDD + acompanhamento 70.800,00

Validação do PDD 35.400,00

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Registro junto ao Conselho Executivo do MDL/ONU 1.303,00

Monitoramento 177.000,00 177.000,00 708.000,00

Verificação anual 35.400,00 35.400,00 35.400,00 141.600,00

Emissão de lCER (US$0,10 para as 1as 15 mil lCER e US$0,15

para as demais) 504,45 504,45 504,45 2.017,80

Fundo de Apoio (2% das lCER geradas) 1.008,90 1.008,90 1.008,90 4.035,60

Contrato para negociação das lCER - 5% 2..522,25 2..522,25 2..522,25 10.089,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS (créditos de carbono) 39.435,60 0,00 0 0 177.000,00 39.435,60 0,00 0 0 216.435,60 973.245,40

TOTAL DE INVESTIMENTO E CUSTEIO (produção de

madeira) 12.586,31 12.586,31 13.832,31 83.886,31 83.886,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 12.586,31 1.139.532,20

CUSTO TOTAL 52.021,91 12.586,31 13.832,31 83.886,31 260.886,31 52.021,91 12.586,31 12.586,31 12.586,31 229.021,91 2.112.777,60

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APÊNDICE: C

FLUXOS DE CAIXA

CRÉDITO DE

CARBONO,

MADEIRA E

PRODUÇÃO

CONJUNTA

Fluxos de Caixa de Crédito de Carbono e

Madeira - 200 ha de Eucalipto produzidos em

Municípios do Cerrado Mato-grossense (R$)

1) Espécie Urograndis FLUXO DE

CAIXA 1.a) Campo Verde/MT - Sequestro de CO2: 36,97 t/ha/ano; IMA: 55,41 mst/ha/ano

Anos

Custo

Projeto de

MDL

Custo Médio

Produção de

Eucalipto Custo Total

Receita de

Crédito de

Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

2,35% 24,21% 24,90%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0

-98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0

-12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0

-189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 89.694,18 13.832,31 103.526,49 654.369,00 1.994.760,00 2.649.129,00 550.842,51 1.980.927,69 2.545.602,51

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 89.694,18 12.586,31 102.280,49 654.369,00 0 654.369,00 552.088,51 -12.586,31 552.088,51

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

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Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 2.327.220,00 2.327.220,00 -13.832,31 2.313.387,69 2.313.387,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 89.694,18 12.586,31 102.280,49 654.369,00 0 654.369,00 552.088,51 -12.586,31 552.088,51

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 266.694,18 12.586,31 279.280,49 654.369,00 2.327.220,00 2.981.589,00 375.088,51 2.314.633,69 2.702.308,51

Total 1.174.279,18 1.139.532,20 2.313.811,92 2.617.476,00 6.649.200,00 9.266.676,00 303.664,62 5.509.667,80 6.952.864,08

VPL -155,33 -24,91 -16,51

95

1.b) Dom Aquino/MT - Sequestro de CO2: 31,47 t/ha/ano - IMA: 47,16mst/ha/ano FLUXO

DE

CAIXA

Anos Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de Eucalipto Custo Total

Receita de Carbono

Receita de Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e Madeira

TIR TIR TIR

-0,46% 21,47% 21,89%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 81.419,11 13.832,31 95.251,42 557.019,00 1.697.760,00 2.254.779,00 461.767,58 1.683.927,69 2.159.527,58

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 81.419,11 12.586,31 94.005,42 557.019,00 0 557.019,00 463.013,58 -12.586,31 463.013,69

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 1.980.720,00 1.980.720,00 -13.832,31 1.966.887,69 1.966.887,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 81.419,11 12.586,31 94.005,42 557.019,00 0 557.019,00 463.013,58 -12.586,31 463.013,58

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 258419,11 12.586,31 271.005,42 557.019,00 1.980.720,00 2,537,739,00 286.013,58 1.968.133,69 2.266.733,58

Total 1.141.179,44 1.139.532,20 2.280.711,64 2.228.076,00 5.659.200,00 7.887.276,00

-52.635,64 4.519.667,80 5.606.564,47

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VPL

-607.330,04 13,38 -2,98

1.c) Sorriso/MT - Sequestro de CO2: 17,03t/ha/ano - IMA: 25,52 mst/ha/ano FLUXO DE

CAIXA

Anos

Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de

Eucalipto Custo Total

Receita de

Crédito de

Carbono

Receita de Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

-19,02% 12,22% 11,34%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 59.672,82 13.832,31 73.505,13 301.431,00 918.720,00 1.220.151,00 227.925,87 904.887,69 1.146.645,87

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 59.672,82 12.586,31 72.259,13 301.431,00 0 301.431,00 229.171,87 -12.586,31 229.171,87

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 1.071.840,00 1.071.840,00 -13.832,31 1.058.007,69 1.058.007,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 59.672,82 12.586,31 72.259,13 301.431,00 0 301.431,00 229.171,87 -12.586,31 229.171,87

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 236.672,82 12.586,31 249.259,13 301.431,00 1.071.840,00 1.373.271,00 52.171,87 1.059.253,69 1.124.011,87

Total 1.054.194,28 1.139.532,20 2.193.726,48 1.205.724,00 3.062.400,00 4.268.124,00 -988.002,48 1.922.867,80 2.074.397,52

VPL -873.257,71 -108,83 -72,37

96

1.d) Chapada dos Guimarães/MT-Sequestro CO2: 9,88t/ha/ano; IMA: 14,81mst/ha/ano FLUXO DE

CAIXA

Anos

Custo Projeto

de MDL

Custo Médio Produção de

Eucalipto Custo Total

Receita de Crédito de

Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

#DIV/0! 5,24% 2,48%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 49.390,08 13.832,31 63.222,39 174.876,00 533.160,00 708.036,00 111.653,61 519.327,69 644.813,61

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 49.390,08 12.586,31 61.976,39 174.876,00 0 174.876,00 112.899,61 -12.586,31 112.899,61

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 622.020,00 622.020,00 -13.832,31 608.187,69 608.187,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Page 109: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

Ano 16 49.390,08 12.586,31 61.976,39 174.876,00 0 174.876,00 112.899,61 -12.586,31 112.899,61

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 226.390,08 12.586,31 238.976,39 174.876,00 622.020,00 796.896,00 -64.100,39 609.433,69 557.919,61

Total 1.013.063,32 1.139.532,20 2.152.595,52 699.504,00 1.777.200,00 2.476.704,00 -1.453.091,52 637.667,80 324.108,48

VPL -1.005.483,95 -337,81 -422,76

2) Espécie Citriodora FLUXO DE

CAIXA 2.a) Campo Verde/MT - Sequestro de CO2: 18,88t/ha/ano; IMA: 28,30mst/ha/ano

Anos Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de Eucalipto Custo Total

Receita de

Crédito de Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e Madeira

TIR TIR TIR

-13,38% 13,66% 13,04%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 62.135,49 13.832,31 75.967,80 334.176,00 1.018.800,00 1.352.976,00 258.208,20 1.004.967,69 1.277.008,20

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 62.135,49 12.586,31 74.721,80 334.176,00 0 334.176,00 259.454,20 -12.586,31 259.454,20

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 1.188.600,00 1.188.600,00 -13.832,31 1.174.767,69 1.174.767,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 62.135,49 12.586,31 74.721,80 334.176,00 0 334.176,00 259.454,20 -12.586,31 259.454,20

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 239.135,49 12.586,31 251.721,80 334.176,00 1.188.600,00 1.522.776,00

82.454,20 1.176.013,69 1.271.054,20

Total 1.064.044,96 1.139.532,20 2.203.577,16 1.336.704,00 3.396.000,00 4.732.704,00 -866.873,16 2.256.467,80 2.529.126,84

VPL -838.820,27 -115,06 -32,47

97

3) Espécie Camaldulensis

FLUXO DE

CAIXA 3.a) Dom Aquino/MT - Sequestro de CO2: 20,82t/ha/ano - IMA: 31,20mst/ha/ano

Anos

Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de

Eucalipto Custo Total

Receita de

Çrédito de

Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

-9,88% 15,06% 14,66%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Page 110: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

Ano 6 65.451,83 13.832,31 79.284,14 368.514,00 1.123.200 1.491.714,00 289.229,86 1.109.367,69 1.412.429,86

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 65.451,83 12.586,31 78.038,14 368.514,00 0 368.514,00 290.475,86 -12.586,31 290.475,86

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 1.310.400,00 1.310.400,00 -13.832,31 1.296.567,69 1.296.567,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 65.451,83 12.586,31 78.038,14 368.514,00 0 368.514,00 290.475,86 -12.586,31 290.475,86

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 242.451,83 12.586,31 255.038,14 368.514,00 1.310.400,00 1.678.914,00 113.475,86 1.297.813,69 1.423.875,86

Total 1.077.310,32 1.139.532,20 2.216.842,52 1.474.056,00 3.744.000,00 5.218.056,00 -742.786,52 2.604.467,80 3.001.213,48

VPL -803.542,06 -169,64 -29,85

3.b) Sorriso/MT - Sequestro de CO2: 19,57t/ha/ano - IMA: 29,33mst/ha/ano FLUXO DE

CAIXA

Anos

Custo Projeto

de MDL

Custo Médio de Produção

de Eucalipto Custo Total

Receita de Crédito de

Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

-12,00% 14,17% 13,63%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 63.515,58 13.832,31 77.347,89 346.389,00 1.055.880,00 1.402.269,00 269.041,11 1.042.047,69 1.324.921,11

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 63.515,58 12.586,31 76.101,89 346.389,00 0 346.389,00 270.287,11 -12.586,31 270.287,11

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 1.231.860,00 1.231.860,00 -13.832,31 1.218.027,69 1.218.027,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 63.515,58 12.586,31 76.101,89 346.389,00 0 346.389,00 270.287,11 -12.586,31 270.287,11

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 240.515,58 12.586,31 253.101,89 346.389,00 1.231.860,00 1.578.249,00 93.287,11 1.219.273,69 1.326.147,11

Total 1.069.565,32 1.139.532,20 2.209.097,52 1.385.556,00 3.519.600,00 4.905.156,00 -823.541,52 2.380.067,80 2.696.058,48

VPL -826.500,95 -227,65 -76,52

98

3.c) Cuiabá/MT - Sequestro de CO2: 16,53t/ha/ano - IMA: 24,77mst/ha/ano FLUXO DE

CAIXA

Page 111: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

Anos Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de Eucalipto Custo Total

Receita de

Crédito de Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total Crédito de Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e Madeira

TIR TIR TIR

#DIV/0! 11,81% 10,85%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 58.941,83 13.832,31 72.774,14 292.581,00 891.720,00 1.184.301,00 219.806,86 877.887,69 1.111.526,86

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 58.941,83 12.586,31 71.528,14 292.581,00 0 292.581,00 221.052,86 -12.586,31 221.052,86

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 1.040.340,00 1.040.340,00 -13.832,31 1.026.507,69 1.026.507,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 58.941,83 12.586,31 71.528,14 292.581,00 0 292.581,00 221.052,86 -12.586,31 221.052,69

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 235.941,83 12.586,31 248.528,14 292.581,00 1.040.340,00 1.332.921,00 44.052,86 1.027.753,69 1.084.392,86

Total 1.051.270,32 1.139.532,20 2.190.802,52 1.170.324,00 2.972.400,00 4.142.724,00 -1.020.478,52 1.832.867,78 1.951.921,48

VPL -882.490,75 33,13 219,58

3.d) Nossa Senhora do Livramento/MT - Sequestro de CO2: 15,52t/ha/ano FLUXO DE

CAIXA IMA: 23,27 mst/ha/ano

Anos

Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de

Eucalipto Custo Total

Receita de

Crédito de

Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total

Crédito de

Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

#DIV/0! 10,97% 9,84%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 57.422,20 13.832,31 71.254,51 274.704,00 837.720,00 1.112.424,00 203.449,49 823.887,69 1.041.169,49

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 57.422,20 12.586,31 70.008,51 274.704,00 0 274.704,00 204.695,49 -12.586,31 204.695,49

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 977.340,00 977.340,00 -13.832,31 963.507,69 963.507,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 57.422,20 12.586,31 70.008,51 274.704,00 0 274.704,00 204.695,49 -12.586,31 204.695,49

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 234.422,20 12.586,31 247.008,51 274.704,00 977.340,00 1.252.044,00 27.695,49 964.753,69 1.005.035,49

Total 1.045.191,80 1.139.532,20 2.184.724,00 1.098.816,00 2.792.400,00 3.891.216,00 - 1.652.867,78 1.706.492,00

Page 112: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

1.085.908,00

VPL -901.092,55 -142,22 -205,83

99

3.e) Rondonópolis/MT - Sequestro de CO2: 8,28t/ha/ano - IMA: 12,41mst/ha/ano FLUXO DE

CAIXA

Anos

Custo Projeto

de MDL

Custo Médio Produção de

Eucalipto Custo Total

Receita de Crédito de

Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total

Crédito de

Carbono Madeira

Crédito de Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

#DIV/0! 3,12% -0,59%

Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 6 47.124,48 13.832,31 60.956,79 146.556,00 446.760,00 593.316,00 85.599,21 432.927,69 532.359,21

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 47.124,48 12.586,31 59.710,79 146.556,00 0 146.556,00 86.845,21 -12.586,31 86.845,30

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 521.220,00 521.220,00 -13.832,31 507.387,69 507.387,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 47.124,48 12.586,31 59.710,79 146.556,00 0 146.556,00 86.845,21 -12.586,31 86.845,21

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 224.124,48 12.586,31 236.710,31 146.556,00 521.220,00 667.776,00 -90.154,31 508.633,69 431.065,69

Total

1.004.000,92 1.139.532,20 2.143.533,12 586.224,00 1.489.200,00 2.075.424,00

-

1.557.308,64

349.667,80 -68.109,12

VPL

-1.035.113,28 309,11 -607.302,09

3.f) Chapada dos Guimarães/MT - Sequestro de CO2: 2,85t/ha/ano - IMA: 4,27mst/ha/ano FLUXO

DE

CAIXA

Anos Custo Projeto

de MDL

Custo Médio

Produção de Eucalipto Custo Total

Receita de

Crédito de Carbono

Receita de

Madeira

Receita Total

Crédito de

Carbono Madeira

Crédito de

Carbono e

Madeira

TIR TIR TIR

#DIV/0! -9,67% #DIV/0! Ano 0 106.200,00 521.914,00 628.114,00 0 0 0 -628.114,00 -521.914,00 -628.114,00

Ano 1 1.303,00 97.686,31 98.989,31 0 0 0 -98.989,31 -97.686,31 -98.989,31

Ano 2 0 95.686,31 95.686,31 0 0 0 -95.686,31 -95.686,31 -95.686,31

Ano 3 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 4 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 5 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Page 113: PROJETO DE MONOGRAFIA - ufmt.br§ões... · (TIR) como metodologia de análise, concluiu-se pela inviabilidade do projeto com relação à produção de eucalipto das espécies urograndis,

Ano 6 39.435,60 13.832,31 53.267,31 50.445,00 153.720,00 204.165,00 -2.822,31 139.887,69 150.897,69

Ano 7 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 8 0 38.886,31 38.886,31 0 0 0 -38.886,31 -38.886,31 -38.886,31

Ano 9 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 10 177.000,00 12.586,31 189.586,31 0 0 0 -189.586,31 -12.586,31 -189.586,31

Ano 11 39.435,60 12.586,31 52.021,31 50.445,00 0 50.445,00 -1.576,31 -12.586,31 -1.576,31

Ano 12 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 13 0 13.832,31 13.832,31 0 179.340,00 179.340,00 -13.832,31 165.507,69 165.507,69

Ano 14 0 83.886,31 83.886,31 0 0 0 -83.886,31 -83.886,31 -83.886,31

Ano 15 177.000,00 83.886,31 260.886,31 0 0 0 -260.886,31 -83.886,31 -260.886,31

Ano 16 39.435,60 12.586,31 52.021,31 50.445,00 0 50.445,00 -1.576,31 -12.586,31 -1.576,31

Ano 17 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 18 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 19 0 12.586,31 12.586,31 0 0 0 -12.586,31 -12.586,31 -12.586,31

Ano 20 216.435,60 12.586,31 229.021,31 50.445,00 179.340,00 229.785,00 -178.576,31 166.753,69 763,69

Total

973.245,40 1.139.532,20 2.112.777,60 201.780,00 512.400,00 714.180,00

-1.910.995,68 -627.132,20 -

1.398.595,20

VPL à taxa

SELIC (11,25%)para

todas as TIRs

negativas -1.135.667,38 -778.246,56 -988.467,24

Fonte: Dados da Pesquisa