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1 DILZA BRITO DE SOUSA INCLUSÃO ESCOLAR DO DEFICIENTE MENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL DA UNIDADE ESCOLAR PATRONATO NOSSA SENHORA DE LOURDES

Projeto de Pesquisa Dilza Brito de Sousa

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DILZA BRITO DE SOUSA

INCLUSÃO ESCOLAR DO DEFICIENTE MENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

DA UNIDADE ESCOLAR PATRONATO NOSSA SENHORA DE LOURDES

CAMPO MAIOR – PI

JANEIRO / 2011

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DILZA BRITO DE SOUSA

INCLUSÃO ESCOLAR DO DEFICIENTE MENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

DA UNIDADE ESCOLAR PATRONATO NOSSA SENHORA DE LOURDES

Projeto de Pesquisa elaborado no Curso de

Licenciatura Plena em Pedagogia sob orientação

da Professora Especialista Ivonete Bezerra de

Sousa, com objetivo de consecução de nota na

disciplina Prática e Pesquisa Educacional II

CAMPO MAIOR – PI

JANEIRO / 2011

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SUMÁRIO

1- IDENTIFICAÇÃO......................................................................................................04

2- PROBLEMÁTICA......................................................................................................05

3- OBJETIVOS................................................................................................................07

4- JUSTIFICATIVA........................................................................................................08

5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................09

6- METODOLOGIA.......................................................................................................14

7- CRONOGRAMA........................................................................................................16

8- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................17

ANEXOS

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IDENTIFICAÇÃO

TÍTULO:

Inclusão Escolar do Deficiente Mental no 2º ano do Ensino Fundamental da Unidade Escolar

Patronato Nossa Senhora de Lourdes

AUTORA:

Dilza Brito de Sousa

ORIENTADORA:

Professora Especialista Ivonete Bezerra Sousa

FINALIDADE:

Obtenção parcial de nota na disciplina Prática e Pesquisa Educacional II, do Curso de

Licenciatura Plena em Pedagogia.

INSTITUIÇÃO:

Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Campus “Heróis do Jenipapo” – Campo Maior – PI

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PROBLEMÁTICA

No contexto social pelo qual o país atravessa onde lutas de classes, movimentos

negros e outros segmentos da sociedade, lutam pelo direito de inclusão, existe um outro grupo

que também há muito, vem sendo excluído da sociedade, são as pessoas com deficiência

mental, essas na sua maioria não tem acesso aos direitos que pertencem a todos os cidadãos,

como: educação de qualidade, saúde, trabalho, locomoção, transporte, esporte cultura e lazer.

Trabalhar a inclusão na escola é um desafio. A maioria infelizmente provém de

família com baixa renda e às vezes sem poder aquisitivo onde possa arcar com um tratamento

adequado as necessidades do deficiente mental.

Entre os muitos aspectos de necessidade especial, está a deficiência mental. A

definição de deficiência mental atualmente adotada foi proposta pela Associação Americana

de Retardo Mental – AAMR em 1992, sendo aceita internacionalmente e preconizada nos

textos e documentos oficiais em nosso país. A deficiência mental é definida na Política

Nacional de Educação Especial do MEC como:

Funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência de locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho. (POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, MEC, 1994, p. 15)

De acordo com dados obtidos pelo MEC/INEP no ano de 2009, a matrícula de

pessoas com deficiência mental, seja em educação especial, seja na regular, é predominante,

chegando a 51,4%, sendo que dados revelam que por ano nascem aproximadamente 5% da

população.

A educação inclusiva é vista por muitos profissionais como um desafios que requer

preparação e dedicação profissional, particularmente na área de Psicologia e no curso de

especialização lato sensu Educação Inclusiva e Deficiência Mental.

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As escolas em sua maioria aceitam este alunado sem preparo profissional, ou de

estrutura física em suas instituições, por ser determinado pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB) de 1996, artigo 58, que pela qual a educação especial é definida como

“modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

educandos portadores de necessidades especiais”.

Facilitar e contribuir para aprendizagem desses alunos depende de todos, só que

infelizmente na maioria das vezes a escola não está preparada para isso. A falta de recursos

didáticos, o despreparo de professores e demais funcionários, a falta de um trabalho

pedagógico especializado e técnicas adequadas dificultam o acesso e o aprendizado desse

alunado.

Partido do pressuposto de que a meta da inclusão é transformar as escolas, de modo

que se tornem espaços de formação e de ensino de qualidade para todo este trabalho foi

elaborado com o intuito de discutir os desafios que a Unidade Escolar Patronato Nossa

Senhora de Lourdes se confronta em relação a incluir pessoas com deficiência mental, pois a

escola não conta com profissionais capacitados e qualificados para lidar com essa clientela.

A inclusão do deficiente mental não só contribuirá para a sua dignidade e para uma

transformação social.

Diante disso, pode-se questionar:

- Que direitos são garantidos aos deficientes mentais?

- Porque é um desafio trabalhar a inclusão do deficiente mental?

- Que adaptações curriculares e institucionais são necessárias para a inclusão do deficiente

mental na Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes?

- A Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes e seus profissionais estão

preparadas para o atendimento educacional especializado diante da deficiência mental?

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OBJETIVOS

I- GERAL:

- Analisar o processo de inclusão do deficiente mental, na Escola Patronato Nossa Senhora de

Lourdes, afim de identificar as principais transformação que ocorrem e devem ocorrer nesta

escola para que se torne um ambiente adequado para esta inclusão, e suas necessidades

especiais, proporcionando assim, melhores condições de aprendizagem e qualidades

educacional.

II- ESPECÍFICOS:

- Identificar o processo de inclusão do deficiente mental.

- Caracterizar diferentes estudos referentes a problemática da inclusão do deficiente mental na

Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes.

- Perceber a prática pedagógica dos profissionais da referida escola.

DELIMITAÇÃO DO TEMA:

A problemática da inclusão escolar do deficiente mental no 2° ano do ensino

fundamental da Escola Patronato Nossa Senhora de Lourdes, situado na Praça Monsenhor

Rufino S/N, Bairro de Lourdes, Campo Maior - Piauí.

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JUSTIFICATIVA

Este trabalho tem como finalidade valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender

a todos na escola, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção, pois nunca antes o

tema a inclusão da criança deficiente esteve tão presente no cotidiano da Educação estão

percebendo que as diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas como

subsídios para montar ou para completar o cenário escolar. E não se trata apenas de admitir a

matrícula desses deficientes – isso nada é do que cumprir a lei. O que realmente vale é

oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto

pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.

Essa mudança não é simples. Na verdade, ainda é difícil encontra professores que

afirmem estarem preparados para receber em classes um estudante deficiente. A inclusão é

um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento

constante.

Diante de tudo isso a Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes, vem ao

decorrer dos anos, acolhendo e assegurando a todos a igualdade de condições para o acesso e

a permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação escolar.

Recebendo assim, o papel primordial que a escola tem no desenvolvimento da

consciência da cidadania e de direitos, já que é ali que a criança e o adolescente começaram a

conviver num coletivo diversificado fora do contexto familiar.

Educar é a função de toda e qualquer Instituição educacional, para a formação de

cidadãos e pessoas capazes de viver socialmente com as diferenças humanas e culturais.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fundamento da educação inclusiva.

A educação é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiência

devem fazer das escolas, parte da sua rotina, o qual deve mudar seu funcionamento para

atender todos os alunos.

O meio ao qual se está inserido é percebido na escola através da construção de

conhecimento, onde tanto o aluno quanto professor têm objetivos escolares explícitos que

precisam ser alcançados.

A escola é a instituição responsável pela passagem da vida particular e familiar para o domínio público, tendo assim função social reguladora e formadora e formativa para os alunos. O conhecimento nela produzido é revertido de valores éticos, estéticos e políticos, com os quais os alunos têm de estar identificados, e por mais que a escola seja “liberal” e rejeite modelos totalizadores e coercitivos de ensino e de gestão, sua função social jamais será descartada. (Educação Inclusiva/ Atendimento Educacional para a Deficiência mental. Brasília – 2005. MEC/SEESP, p.7-8).

O papel da Família no processo educativo.

A família contribui com grande importância na vida de todas pessoas, e a escola

torna-se parceira no que diz respeito ao crescimento do individuo, seja ele deficiente mental

ou não.

Antes de delegar à família “culpas” por tudo o que ocorre e pelo que não ocorre no

desenvolvimento da pessoa com deficiência mental, deve-se colocar no lugar dessa família,

para melhor compreender quão difícil é lidar com tal situação. A própria adequação do novo

ser ao grupo familiar, as necessidades de acompanhamento especializado não só ao individuo,

mas a todo família para que possa viver melhor diante de tal acontecimento.

A maneira de receber a pessoa com deficiência mental no meio familiar é que, fará

toda a diferença, no processo de convivência com a pessoa com deficiência mental, cada

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família terá o modo peculiar de lidar com a situação, considerando valores, preconceitos e

aceitações.

As relações entre familiares e escola devem estar sempre em harmonia e

colaboração, pois dessa união resultará muitas ações que beneficiará alunos, pais e

professores.

É fundamental que a escola compreenda a dinâmica familiar para ajudar esta criança

em seu desenvolvimento escolar, por isso é importante que as relações sejam

complementares, que não se reduzam a uma única referência e que as pessoas envolvidas

nessa relação se sintam parte de um todo contínuo e indissolúvel. Isso é importante tanto na

família quanto na escola.

Uma das maiores angústias vividas pelos pais de crianças com deficiência mental é o

encaminhamento a escola. Por desconhecerem seus direitos e não possuem argumentos

quanto uma porta escolar lhe é fechada. A lei é bastante clara ao afirmar que toda criança tem

direito à escola, mesmo que possua necessidades educativas especiais.

Nas escolas especiais, ela tem a possibilidade de conviver com pessoas com as

mesmas questões; e nas escolas comuns ela estará inserida junto às crianças diferentes. É

fundamental em ambos os casos o envolvimento familiar. Seja qual for a escolha, a família

está atuando na base de sustentação de sua escolaridade e sociabilidade.

Nesta etapa compete aos pais possibilitar à criança com deficiência mental:

Segurança

- A aceitação da criança pelos pais e familiares e a crença nas suas potencialidades fazem com

que ela se sinta segura e adquira maior confiança em si mesma e se aceite.

Carinho

- Tão importante quanto a necessidade de segurança é a necessidade de carinho, quando

suprida, possibilita o desenvolvimento da capacidade de contato afetivo adequado com outras

pessoas e o estabelecimento de comunicação.

Comunicação

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- Desde o nascimento, os pais devem estabelecer comunicação com seu filho deficiente

mental, como o fazem com os demais, sem deixar bloquear pela deficiência. Os pais devem

conversar com ele sobre o que está acontecendo e do que vai acontecer, cuidando, porém para

que a criança fique atenta. Portanto, a família é um agente facilitador do processo de

desenvolvimento do deficiente mental.

A família deve agir normalmente com a criança deficiente mental, mantendo com ela

um elo de afetividade, carinho, respeito e atenção o tempo todo, deve fazer perguntas e

responder nos primeiros meses de vida, deve cantar para ela, contar histórias, fatos e

acontecimentos importantes.

A família sempre deu e dará importante contribuição em todos os aspectos do desenvolvimento humano, pois, na maioria das vezes, suas crenças poderão mobilizar o indivíduo para grandes conquistas ou não. Sabe-se, entretanto, que a superproteção poderá retardar todo o processo, dificultando a colocação de limites claros. Os próprios pais relatam saber que, em muitos momentos, se contradizem no papel de educadores, e o “não” ante uma ação dos filhos acaba por virar um “sim”, ou seja, reclamam constantemente de não conseguir colocar os devidos limites. (RAIÇA, 2006, p. 67)

A escola comum funciona a partir da seguinte concepção de que a ciência é a base de

toda construção do conhecimento acadêmico e a comum opera com esse saber universal,

produzido e reproduzido, em detrimento do saber particular.

Em suma, a escola comum tem um compromisso primordial e insubstituível:

introduzir o aluno no mundo social, cultural e científico; e todo ser humano,

incondicionalmente, tem direito a essa introdução.

Mas, acima de tudo, a escola tem a tarefa de ensinar os alunos a compartilhar o saber, os sentidos diferentes das coisas, as emoções, a discutir, a trocar pontos de vistas. É na escola que desenvolvemos o espírito crítico, a observação e o reconhecimento do outro em todas as suas dimensões. (Educação inclusiva / Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental. Brasília, 2005. MEC / SEESP, p. 08)

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A escola especial foi criada para substituir a escola comum no atendimento a alunos

com deficiência, assumindo o papel da escola comum. É importante ressaltar que houve

tempo que achavam que essas crianças eram incapazes de conviver com crianças normais, e

aprender e serem introduzidas no mundo social, cultural e científico.

O conhecimento da deficiência mental precisa ser classificado, dada a facilidade de

confundir os problemas de ensino e de aprendizagem causados por essa deficiência com o que

é barreira para o aproveitamento escolar de todo e qualquer aluno.

Quando uma criança nasce com uma deficiência, para esta família começa uma

história de dificuldades, transformações, aceitação e mudanças. Para a sociedade ainda é

muito difícil a aceitação de crianças com deficiências, pois adotam classificações sociais para

distinguir e separar as pessoas, categorizando-as entre duas posições opostas – fortes e fracos,

competentes e incompetentes, rápidos e lentos, ou capazes e incapazes.

As deficiências não são fenômenos dos nossos dias. Sempre existiram e existirão. A

humanidade tem toda uma história para comprovar como os caminhos das pessoas com

deficiência têm sido permeados de obstáculos, riscos e limitações. Como tem sido difícil a sua

sobrevivência, desenvolvimento e convivência social, nascem pessoas com deficiência em

todas as culturas, etnias e níveis socioeconômicos e sociais.

Na idade média se estendeu por um longo período da história da humanidade,

marcado por sentimentos de rejeição, piedade, proteção e, até mesmo supervalorização, já em

razão dos sentimentos e conhecimentos de cada época da história, as pessoas com deficiência

mental eram tratadas de uma outra maneira: abandonadas em locais de isolamento, prisões,

ambientes de proteção, hospitais, sendo todos estes atos justificados na cultura local e no

momento histórico.

Quanto aos filhos de sujeitos sem valor e aos que foram mal constituídos de nascença, as autoridades os esconderão, como convém, num lugar secreto que não deve ser divulgado” (A República). Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental. Deficiência Mental. Série atualidades pedagógicas. p. 14.

As APAE, como uma instituição modelo para crianças tidas como “especiais” e com

alguma anormalidade, era procurada e imitada por outras instituições. As escolas regulares

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sempre procuravam a APAE com uma demanda de diagnóstico e tratamento para os alunos

considerados “problemas”, as escolas solicitavam uma avaliação para referendar o diagnóstico

da deficiência e o encaminhamento para a escola especial.

As escola demonstravam grande expectativa em relação a Instituição e sua equipe,

para que essa resolvesse os problemas referentes aos alunos encaminhados, que sustentasse

uma clara definição do normal e do patológico, e demarcasse os limites entre o deficiente e o

não deficiente.

Ao passar dos anos a APAE, sentiu a necessidade de ir até as escolas comuns,

percebendo o equívoco na condução do seu atendimento, seus professores procuravam

respostas no saber médico ou psicológico para questões pertinentes à sala de aula. A partir

dessa constatação, a instituição repensou e reformulou sua prática em todas as modalidades de

atendimento, tanto educacional quanto clínico. Essa mudança marcou a ruptura da APAE com

um modelo de atuação que é tradicional na educação especial.

A partir desse estudo a APAE teve a convicção de que o seu objetivo deverá ser

propiciar o atendimento educacional às reais necessidades de sua clientela e buscar e

permanência dos alunos com deficiência nas escolas normais.

Do ponto de vista quantitativo, não resta dúvida que a inclusão tem ocorrido, seja no ensino público, seja no privado. Os dados do Censo Escolar publicado pelo Ministério da Educação e Cultura e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (MEC / INEP) apontam para um crescimento do atendimento inclusivo no Brasil, passando de 24,7% em 2002 para 41% em 2005. (RAIÇA, 2006, p. 94)

As pessoas com deficiência mental não apresentam impotência generalizada,

possuindo muitas capacidades e habilidades que permitem o seu desenvolvimento e

ajustamento às demandas do seu meio físico e social.

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METODOLOGIA

Durante muitos anos, educadores de todos o país lutaram para que a escola incluísse

crianças e jovens com deficiência. Há alguns anos a grande maioria dos deficientes

frequentava instituições ou classes especiais. Hoje, porém, uma grande porcentagem desses

alunos frequentam salas regulares. A batalha continua mais agora acompanhada de outra tão

importante quanto: garantir a aprendizagem. Não basta acolher e promover a interação social.

É preciso ensinar.

A referida pesquisa foi realizada na Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de

Lourdes, uma escola mantida por uma Congregação das Irmãs de Santa Teresinha de Jesus,

em parceria com Estado e município, situada na cidade de Campo Maior – PI.

Para a realização desse trabalho foi necessário a observação da escola como um todo,

bem como de uma turma específica onde se encontra uma aluna com deficiência mental.

Foi necessário ainda a leitura de livros, revistas e monografias e entrevista à

professora, a referida pesquisa é qualitativa e de cunho exploratório.

A Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes tem no seu quadro total

______ alunos, divididos em dois turnos matutino e vespertino. Sendo que no turno matutino

funcionam a Educação Infantil e Ensino Fundamental, no turno vespertino funcionam turmas

da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

É uma escola ampla e que ao longo dos últimos anos vem acolhendo e integrando à

sua clientela alunos com deficiências. São alunos provindo de família com baixa renda, são

crianças e jovens capazes e que estão tendo a oportunidade de juntamente com outras crianças

serem futuros cidadãos capazes e produtivos.

A escola possui uma estrutura física adequada a receber esta clientela, possuindo

pátios grandes com piso, rampas em suas calçadas, quadra esportiva coberta, capela para

eventos religiosos, piscina.

Os profissionais dessa escola são acompanhados por uma equipe de pedagogos,

supervisores e coordenadores capacitados, aos quais estão presentes e prontos a ajudar seus

educadores e demais funcionários para que o processo educativo aconteça da melhor maneira.

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Certamente, na sala de aula, há inúmeras situações desafiadoras em que a

comunicação não flui. No entanto, recomenda-se com muita ênfase não fingir que houve

atendimento daquilo que o aluno com deficiência mental está tentando dizer quando não se

tem a menor ideia do que ele quer aprender. É melhor pausar um pouco o conteúdo estudado

para esclarecer suas dúvidas para que esse aluno fique com incertezas, todo caso mesmo com

essa explicação não compreenda, deixa a dúvida para o fim da aula, para que o professor

exponha melhor o conteúdo afim de que este aluno aprenda.

Para que o aluno deficiente mental seja considerado como parte integrante da classe,

o professor precisa lhe comunicar o que é esperado dele, transmitindo as regras e os limites do

convívio social. Para tanto, o professor sentirá necessidade de conhecer mais profundamente

este aluno e comunicar-se negociar e explicar tarefas a serem cumpridas.

É muito comum que este alunado fique irritado, triste e confuso ao perceber que os

demais alunos compreenderam algo que ele não compreendeu.

A um fato importante que deve ser ressaltado é a aceitação pelos demais

componentes da classe que ao tempo que se faz em sala de aula ajudam o aluno deficiente a

compreender o conteúdo e a participar de várias outras atividades de classe, esportiva e

apresentações escolares.

A Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes é reconhecida pelo MEC

como sendo uma escola inclusiva e conta com alguns recursos facilitadores do processo

ensino-aprendizagem, como por exemplo, tem um laboratório de informática, sala de vídeo e

salão de dança.

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CRONOGRAMA

ANO 2010 ANO 2011

AGOS SET OUT NOV JAN FEV MAR

Levantamento Bibliográfico X X

Pesquisa X X

Realização Estrutural do Projeto X X

Apresentação do Projeto X