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8 1. INTRODUÇÃO 1.1 TEMA A privatização dos presídios brasileiros na busca da recuperação do preso e a sua reinserção nos meios sociais 1.1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA-PROBLEMA O Estado tem se mostrado falho, no tocante à aplicação das penas privativas de liberdade, principalmente no que tange à Dignidade da Pessoa Humana. Basta uma visita ao presídio ou às cadeias públicas, para se constatar a total falência do sistema carcerário. O cidadão que viola as regras sociais, contrariando a legislação penal vigente, ao receber a sanção punitiva por parte do Estado, deveria ter limitada, apenas a sua liberdade de locomoção. No entanto, o que se pode observar em quase todo o sistema carcerário, são amontoados de pessoas, vivendo em situação humilhante, sem um mínimo de dignidade, sem ter ao menos condições higiênicas suficientes para preservar a sua saúde. Celas, cuja capacidade seja de 40 presos, muito comumente, vê-se de 150 a 200 presos amontoados uns sobre os outros, sem um espaço mínimo que seja para repouso, sem locais apropriados para a satisfação de suas necessidades fisiológicas.

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1. INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

A privatização dos presídios brasileiros na busca da recuperação do preso e a

sua reinserção nos meios sociais

1.1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA-PROBLEMA

O Estado tem se mostrado falho, no tocante à aplicação das penas privativas

de liberdade, principalmente no que tange à Dignidade da Pessoa Humana. Basta

uma visita ao presídio ou às cadeias públicas, para se constatar a total falência do

sistema carcerário.

O cidadão que viola as regras sociais, contrariando a legislação penal vigente,

ao receber a sanção punitiva por parte do Estado, deveria ter limitada, apenas a sua

liberdade de locomoção.

No entanto, o que se pode observar em quase todo o sistema carcerário, são

amontoados de pessoas, vivendo em situação humilhante, sem um mínimo de

dignidade, sem ter ao menos condições higiênicas suficientes para preservar a sua

saúde.

Celas, cuja capacidade seja de 40 presos, muito comumente, vê-se de 150 a

200 presos amontoados uns sobre os outros, sem um espaço mínimo que seja para

repouso, sem locais apropriados para a satisfação de suas necessidades

fisiológicas.

Se o objetivo da sanção penal, é o de ressocializar o cidadão, o que o Estado

deveria fazer, para proporcionar ao cidadão, ao término do cumprimento de sua

pena a sua reinserção na sociedade?

Não se fala aqui, apenas do acolhimento da sociedade ao ex-detento, mas,

de proporcionar-lhe uma condição de vida digna, com emprego para suprir suas

necessidades, incentivo ao estudo, provendo-lhe vaga em instituições de ensino, e,

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proporcionando-lhe a convivência com os demais, de maneira igualitária, sem

nenhum tipo de discriminação.

Se o Estado, como detentor do “jus puniendi”, tem se mostrado incapaz de

aplicar as sanções legais aos cidadãos delinqüentes de maneira digna, por que não

buscar junto aos cidadãos particulares, as parcerias público-privadas, para a

administração de presídios, ficando a seu cargo (Estado) a parte processual da

aplicação da pena, e a fiscalização destes presídios privados?

2. JUSTIFICATIVA

Tem-se observado nos últimos tempos no Brasil, um grande aumento da

expectativa de vida dos cidadãos. Estudos demonstram que no início do século XX,

a expectativa de vida do Brasileiro era de menos de 35 anos. Já no final do mesmo

século e início do século seguinte, esta expectativa quase que dobrou, passando

para a faixa dos 68 anos.

Dados recentes do IBGE (Aumenta Expectativa de Vida do Brasileiro.

Disponível em: <http://www2.planalto.gov.br/imprensa/noticias-de-governo/aumenta-

expectativa-de-vida-do-brasileiro>. Acesso em: 29, fevereiro, 2012), demonstram

que a expectativa de vida média dos brasileiros, subiu para 73,4 anos.

Aliado à isso, tem-se ainda, a queda da mortalidade infantil, motivada,

segundo pesquisadores do IPEA (O Povo Online: Queda na mortalidade infantil é

uma conquista do SUS. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?

option=com_content&view=article&id=13247&Itemid=75>. Acesso em: 29, fevereiro,

2012), por três fatores:

1. Redução rápida da pobreza extrema;

2. Expansão do acesso aos serviços básicos de saúde e

saneamento, em especial entre os mais pobres;

3. Maior utilização dos serviços devido ao aumento da escolaridade

dos pais e às campanhas de atenção básica à infância.

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Assim, observa-se que a população tem crescido muito, e,

consequentemente, os delitos tem se alastrado cada vez mais.

Busca-se através do presente, apontar que, apesar de todo o crescimento

populacional, do crescimento do número de delitos cometidos, do aumento do

número de cidadãos apenados, o Estado não tem demonstrado preocupação em

prover presídios suficientes para o acondicionamento dos detentos.

Além do mais, os presídios já existentes, encontram-se superlotados, não

possuindo espaço para receberem mais presos, além de que, as condições que os

mesmos dispensam aos cidadãos, não atendem ao mínimo tolerável de dignidade

humana.

Objetiva-se ainda, mostrar que a questão da privatização é algo que tem

despertado interesse de boa parcela da população, principalmente de intelectuais e

estudiosos, e que, em vários segmentos governamentais, tem se mostrado eficaz na

busca do objetivo fim do Estado.

Demonstrar-se-á que a privatização pode ser o melhor caminho para a

solução dos problemas prisionais brasileiros, principalmente no que tange à

superlotação dos estabelecimentos prisionais, bem como, a recolocação do

indivíduo no mercado de trabalho, através da capacitação profissional e da

educação dispensada no interior dos estabelecimentos privados de cerceamento de

liberdade.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar, se a privatização dos presídios, possa ser um dos caminhos a se

percorrer, na busca da aplicação da pena privativa de liberdade, de uma forma o

mais humana possível, de modo que o cidadão, ao término de sua pena, possa

voltar ao convívio social, sem nenhum trauma para si mesmo, ou para a sociedade.

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3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever a situação atual dos encarcerados, mostrando a situação

degradante que se encontram, e, apontar as falhas do sistema penal brasileiro no

tocante ao tratamento desumano dispensado aos presos, inclusive os provisórios.

Demonstrar, através de pesquisas de campo, matérias jornalísticas,

depoimentos pessoais de presos, que o Estado tem se mostrado incapaz de prover

aos reclusos, um tratamento humano e digno, bem como de possibilitar aos mesmos

a aplicação de sua força de trabalho na sua área de formação técnica ou

profissional, além de prover-lhes um ambiente propício para o seu ingresso nas

Escolas ou Universidades.

Calcular o custo mensal de um preso para o Estado hoje, e demonstrar

através de planilhas de custos, a possibilidade de economia para o próprio Estado,

pela privatização da administração dos presídios.

Comparar o sistema prisional brasileiro, com os modelos de presídios em

parcerias público-privadas, aplicados na Europa, principalmente nos Estados

Unidos, França e Austrália, cuja aplicação tem se mostrado bastante eficaz, em

relação à aplicação do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, bem como na

possibilidade de economia no custo mensal para manutenção dos presos.

Por fim, demonstrar através do presente, a viabilidade da privatização dos

presídios, que além de possibilitar economia de custos, disponibilizará aos cidadãos

presos a possibilidade de trabalho para o seu sustento e de seus familiares,

desonerando o Estado com relação ao Auxílio-Reclusão, o incentivo ao ingresso nos

cursos de formação profissional e nos cursos de formação escolar e universitária,

facilitando o seu ingresso à vida social ativa, após o cumprimento de sua pena.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Objetivando ratificar as exposições aqui propostas, buscou-se orientar e

tomar por base algumas obras de renomados autores, que tão brilhosamente já

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escreveram sobre o assunto e contribuíram para um melhor aprimoramento dos

conhecimentos sobre o assunto.

4.1. A LIBERDADE COMO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Não é possível falar-se de prisões sem antes dissertar-se sobre liberdade. A

respeito deste tema, Rogério Greco (2011, p. 88) entende que a liberdade é inerente

à todo ser humano, que nasce com ela, e dela não poderá ser tolhido, a não ser por

motivos justos, e em casos excepcionais. Para o renomado autor, a liberdade, com

um dos três pilares da Revolução Francesa, ao lado da Igualdade e Fraternidade, é

a regra social.

No entanto, ainda na visão de Rogério Greco, a liberdade não pode ser

absoluta, pois, caso assim fosse, não haveria o respeito mútuo. O ser humano é um

ser social, e que necessita viver em sociedade. Raríssimos são os casos de seres

humanos que conseguiram viver de forma solitária, isolado dos demais semelhantes.

Para que essa vivência em sociedade seja mansa e tranquila, necessário se faz criar

regras, relativizando dessa forma, o conceito de liberdade.

Otero Parga (apud ROGÉRIO GRECCO, 2011, p. 89) diz o seguinte:

Merece ser destacado que a liberdade, assim, deixa de ser absoluta, mas essa diminuição deve realizar-se, em uma sociedade democrática, unicamente através das leis e respeitando, em todo caso, o princípio da legalidade, já que somente desse modo tem sentido privar o homem de parte daquilo que lhe corresponde. Tem sentido porque se fundamenta em um fim superior, que é a consecução de uma sociedade na qual se respeitem e se garantam os direitos de todos e não, primordialmente ao menos, os daqueles que tenham mais força para fazê-los valer.

Sob a ótica de Greco, a partir do momento que o homem aderiu ao Contrato

Social, fez-se necessário a criação de regras de convivência, para que a vida em

sociedade possa ser harmônica e pacífica.

No entanto, sempre que existem regras, existem pessoas que as violam,

ficando sujeitas à punição em virtude do descumprimento das mesas, e essa

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punição, cabe ao Estado que como detentor das normas irá fazer com que o

indivíduo sofra as sanções previstas pela violação das regras pré-estabelecidas.

Dentre estas punições, considerar-se-á a perda da liberdade de ir e vir.

Porém, há que se observar, que o Estado será sempre representado por

figuras humanas, que detém o poder, e, sempre que alguém detém o poder, existe

uma tendência natural, de se abusar desse poder.

Para se evitar abuso de poder, é que se faz necessário a elaboração de leis,

que regulamentem tanto a conduta dos cidadãos entre si, como limita o poder do

Estado com relação aos cidadãos.

Rogério Greco cita Montesquieu (apud ROGÉRIO GRECCO, 2011, p. 91):

que no capítulo 3, do Livro 11, do O Espírito das Leis, afirmava que, numa sociedade onde há leis, “a liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. Se um cidadão pudesse fazer o que elas proíbem, ele já não teria liberdade, pois os outros teriam igualmente esse poder”.

A respeito do assunto preleciona Greco (2011, p. 91-92) que:

Por conta desse ideal libertário, os revolucionários do século XVIII fizeram consignar em sua Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que a lei é a expressão da vontade geral (art. 6º), e que os homens nascem e são livres e iguais em direitos, sendo que as distinções sociais somente podem ser fundamentadas na utilidade comum (art. 1º). A liberdade, como um ideal a ser perseguido, consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Dessa forma, como esclarece o art. 4º da mencionada Declaração, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos, sendo que aqueles limites só podem ser os determinados expressamente pela lei. Para que exista verdadeiramente a liberdade, a lei não pode proibir comportamentos que não sejam nocivos à própria sociedade, podendo o sujeito fazer tudo o que a lei não proíba ou mesmo deixar de fazer tudo aquilo que ela não manda.Como se percebe, liberdade e lei são termos intimamente relacionados. Não existe liberdade sem lei, uma vez que isso resultaria em verdadeira anarquia, o que acabaria com o próprio conceito de liberdade. Por outro lado, não existe lei sem liberdade, uma vez que a lei é fruto do somatório das liberdades, ou seja, a lei somente existe porque houve a soma das liberdades que a

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criaram. Assim, podemos afirmar que o princípio da legalidade, pilar fundamental no chamado Estado de Direito, é que, efetivamente, permite o reconhecimento e o exercício do direito de liberdade.

Sobre o tema privatização de presídios, Rogério Greco (2011, p. 308-310) entende que diversos problemas encontrados no sistema carcerário, são por muitas vezes causados pela própria Administração Pública. Entende ainda o renomado autor que existe uma crise carcerária no mundo todo, ocasionada principalmente em virtude da superlotação, crise esta que tem culminado em discussões sobre a privatização do sistema carcerário.

4.2. CONCEITO DE DIGNIDADE

Rizzatto Nunes (2010, p. 59) entende que a Dignidade da Pessoa Humana é Princípio Fundamental Constitucional, não obstante, alguns doutrinadores definirem a Isonomia como o principal Princípio Constitucional.

Mas o que vem a ser Dignidade, na visão do renomado autor? Para Rizzatto Nunes (2010, p. 60):

Dignidade é um conceito que foi sendo elaborado no decorrer da história e chega ao início do século XXI repleta de si mesma como um valor supremo, construído pela razão jurídica.

De acordo com o renomado autor, a Dignidade é um princípio absoluto, não podendo de forma alguma ser relativizado. Não importa a discussão, se o homem é naturalmente bom ou mau.

Segundo Nunes (2010, p. 60), “o que se tem que fazer é apontar o conteúdo semântico de dignidade, sem permitir que façam dele um conceito relativo, variável segundo se duvide do sentido de bem e mal ou de acordo com o momento histórico”.

Para se ter uma ideia do inconveniente do relativismo do conceito de Dignidade Humana, Rizzatto Nunes (2010, p. 60-61) cita o autor americano Reinhold Niebohr, que fora muito influente no período Kennedy, e que criara o conceito de “paradoxo da virtude”, que dissera: “não importa o quanto alguém pretenda fazer o bem, pois sempre acabará fazendo o mal a outrem”.

De acordo com o autor, existem pessoas que intencionam fazer o mal, mas, o fazem de forma velada, como se na verdade estivessem fazendo o bem.

Do ponto de vista de Nunes (2010, p. 61), muitas pessoas cometeram diversas atrocidades, como queimar cientistas na fogueira, torturar e matar pessoas

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utilizando-se da religião como justificativa. Ou seja, em nome de um bem maior, cometiam várias atrocidades.

Nunes (2010, p. 62) preleciona que

É por isso que se torna necessário identificar a dignidade da pessoa humana como uma conquista da razão ético-jurídica, fruto da reação à história de atrocidades que, infelizmente, marca a experiência humana.

Para Nunes (2010, p. 63), a dignidade deve ser analisada levando-se em conta as atrocidades e violação que a ela se insurgiram.

Todo ser humano já nasce portador de dignidade, sendo-lhe esta inata.

Porém, após o nascimento, segundo Nunes (2010, p. 63), o ser humano passa a conviver em sociedade, e precisa agregar alguns outros valores à sua dignidade. Valores tais como, liberdade, intimidade, consciência religiosa, científica e espiritual. A soma de todos estes valores, mais a sua integridade física, psíquica e moral, formam a sua dignidade plena.

Assim, conforme o pensamento de Rizzatto Nunes (2010, p. 64):

[...] o termo dignidade aponta para, pelos menos, dois aspectos análogos mas distintos: aquele que é inerente à pessoa, pelo simples fato de ser, nascer pessoa humana; e outro dirigido à vida das pessoas, à possibilidade e ao direito que tem as pessoas de viver uma vida digna.

Para ele, a Constituição garante a todos, de forma igualitária e independente do status ou posição social a dignidade.

Segundo o autor, até mesmo os criminosos possuem garantia constitucional da dignidade.

Sarlet (2011, p. 49) discorre sobre a dificuldade que se tem de conceituar dignidade, principalmente por se tratar de “conceitos vagos e imprecisos”.

José de Melo Alexandrino (2008 apud SARLET, 2011) atesta que

O princípio da dignidade da pessoa humana parece pertencer àquele lote de realidades particularmente avessas à claridade, chegando a dar a impressão de se obscurecer na razão directa (sic) do esforço despendido para o clarificar.

Na visão de Sarlet (2011, p. 50), uma das principais causas da dificuldade de se conceituar textualmente a dignidade da pessoa humana reside no fato de a

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dignidade não se tratar de aspectos específicos da existência humana, mas, é tida como uma qualidade nata do ser humano.

Propõe Sarlet (2011, p. 73) que:

O conceito que se propõe, vale repisar, representa uma proposta em processo de reconstrução, visto que já sofreu dois ajustes desde a primeira edição, com o intuito da máxima afinidade possível com uma concepção multidimensional, aberta e inclusiva de dignidade da pessoa humana. Assim sendo, temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos, mediante o devido respeito aos demais seres que integram a rede da vida.

Tal proposta conceitual, de outra parte, há de ser sempre testada à luz da relação entre a dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais, visto ser no âmbito desta relação (dinâmica e recíproca) que o conteúdo tanto da dignidade quanto dos direitos fundamentais – por mais que não haja uma identificação absoluta entre ambas as noções – poderá ser devidamente concretizado e tornado operativo, apto a produzir as necessárias consequências na esfera jurídica.

Fez-se necessário aqui, discorrer sobre o princípio da dignidade da pessoa humana, buscando conceituar tal princípio da melhor maneira possível, de forma a ampliar-lhe ao máximo possível a amplitude conceitual, muito embora, por mais amplitude que se consiga dispensar a tal conceito, não restará de forma alguma delimitado, uma vez que tal princípio é muito mais amplo do que se possa imaginar.

Outrossim, não há a possibilidade de se discorrer sobre prisões, penas e ressocialização de presos, sem se levar em consideração a dignidade da pessoa humana, que se situa como o pilar central na limitação do jus puniendi do Estado.

4.3. A CRISE ESTATAL

Muito se tem criticado ultimamente, a questão da privatização dos aparelhos estatais.

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No entanto, se se fizer uma análise mais crítica e detalhada das funções exercidas pelo Estado, pode-se perceber que o mesmo tem se mostrado falho, seja pela falta de estrutura administrativa, seja pela falta de funcionários competentes, ou seja pela falta de vontade política por parte dos governantes de mudar o atual cenário dos serviços públicos.

A saúde pública é um caos sem tamanho, também tem se tornado praticamente impossível de se mensurar os problemas ocorrentes na educação.

Na área de segurança pública, falta pessoal, falta material para os poucos funcionários contratados, além de faltar o mais importante, que é o devido preparo do funcionário responsável por exercer a segurança pública.

Já que o Estado tem se mostrado incompetente para cumprir as tarefas que lhe são inerentes, a privatização pode ser o melhor caminho na busca da solução para tais problemas.

4.4 A TRISTE REALIDADE DOS PRESÍDIOS BRASILEIROS

Não é novidade pra ninguém, que o sistema prisional brasileiro já há muito tempo se encontra falido.

Nos presídios, o que se vê são centenas de presos amontoados uns aos outros, sem condições mínimas de higiene e de bem estar.

Como é que se pode ainda discutir o papel ressocializador da pena em um ambiente tão hostil e desprovido de qualquer tipo de qualidade de vida?

Conforme preconiza Araújo Júnior (1995, p. 25):

As prisões, desde Beccaria, são consideradas como “mansão do desespero e da fome”. Na atual conjuntura brasileiro a situação do nosso sistema carcerário também é dramática [...].

Para se demonstrar a ideia apresentada acima, apresenta-se a síntese desenvolvida por Bittencourt (RT 670/242 apud ARAUJO JUNIOR, 1995):

De um modo geral, as deficiências prisionais compreendidas nessas obras-denúncias apresentam muito mais características semelhantes: maus tratos verbais ou de fato; superpopulação carcerária, o que também Eva a uma drástica redução de desfrute de outras atividades que deve proporcionar o centro penal; falta de higiene; condições deficientes de trabalho, o que pode significar uma inaceitável exploração dos reclusos ou o ócio completo; deficiências no serviço médico, que pode chegar em muitos

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casos, a sua absoluta inexistência; regime alimentar deficiente; elevado índice de consumo de drogas, muitas vezes originado pela venalidade e corrupção de alguns funcionários penitenciários que permitem e até realizam o tráfico; reiterados abusos sexuais; ambiente propício à violência, em que impera a utilização de meios brutais, onde sempre se impõe o mais forte.

Para Araujo Júnior (1995, p.26):

A prisão, com efeito, está em crise. Essa crise abrange também o objeto ressocializador da pena privativa de liberdade, visto que grande parte dos questionamentos e críticas que se são feitos à prisão referem-se a impossibilidade relativa ou absoluta de obter algum efeito positivo sobre o apenado. Inclusive os próprios detentos estão cônscios dessas dificuldades do sistema prisional.

Marilena Chauí (apud ARAUJO JUNIOR, 1995, p. 27) entende que

[...] politicamente a situação seria menos grave se não houvesse no Brasil uma peculiaridade, qual seja, o fato de que entre nós uma crise não é entendida como resultado de contradições latentes que se tornam manifestas, nem como produto de lutas e conflitos entre interesses contrários e contraditórios, nem muito menos como expressão do jogo interno entre a lógica e a contingência da história. Pelo contrário, no Brasil não se lida com o conceito nem com a realidade da crise, mas com sua imagem e seu fantasma. A crise é interpretada como irrupção súbita e inesperada do irracional, como o caos e o perigo que pede solução redentora.

Conclui-se então, que a crise penitenciária é estrutural, e que para a possível solução, deve-se levar em consideração toda a estrutura do sistema penitenciário brasileiro, desde os prédios físicos até a cúpula administrativa dos mesmos.

4.5 PROPOSTAS DE PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS

O certo é, que existem muitas pessoas que são totalmente contra a privatização de presídios e até mesmo as privatizações em geral.

Como por exemplo, John D. Donahue (1992, p. 177), que entende que poucas funções sociais são tão exclusivamente públicas quanto as do policial do juiz e do carcereiro. Porém, no entendimento do próprio autor, hoje em dia, tais funções já estão sendo exercidas pelo setor privado, através da terceirização destes serviços. Na visão dele, existem mais guardas de firmas privadas do que policiais

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militares, e que muitos dos casos judiciais, deixaram de ser discutidos nos Tribunais para serem resolvidos através de serviços privados de arbitragem e mediação.

Porém, o autor entende que “a delegação do serviço de encarceramento de criminosos adultos para firmas com finalidade lucrativa provoca uma série de problemas especiais”.

No entanto, faz-se necessários demonstrar que a privatização pode ser o melhor caminho na busca da solução das superlotações dos presídios, da falta de estrutura dos mesmos, da falta de oportunidade aos detentos de trabalharem durante o período que se encontram reclusos, dentre várias outros problemas que poderão ser ao menos minimizados através da privatização dos estabelecimentos prisionais.

No Brasil, já existem algumas propostas de privatização, como o projeto de lei nº 2.825/2003 de autoria do Deputado Sandro Mabel, o qual transcrevemos na íntegra:

PROJETO DE LEI Nº 2.825, DE 2003

(Do Deputado Sandro Mabel)

Acrescenta os arts. 77-A e 86-A à Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que “Institui a Lei de Execução Penal”, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 77-A As atividades relativas à assistência de que tratam os incisos I a V do art. 11 desta lei, bem como à segurança nos estabelecimentos penais, inclusive os destinados à internação de menores, poderão ser executadas por empresas privadas contratadas, desde que atendidos os seguintes requisitos, além de outros estabelecidos em legislação específica:

I – audiência prévia dos Conselhos Penitenciários, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e da curadoria de menores;

II – seleção das empresas por meio de processo licitatório, cujo edital deverá exigir da licitante comprovação de especialização em administração penitenciária e de custódia de menores ou, exclusivamente no que tange à essa última atividade, em hotelaria, bem como de treinamento especializado dos profissionais a serem alocados nos serviços objeto da contratação;

Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de diretor de estabelecimentos penais, inclusive os

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destinados à internação de menores infratores, continuarão a ser nomeados por ato do Poder competente mesmo na hipótese de terceirização das atividades de que trata este artigo.”

“Art. 86-A Mediante a celebração de contrato administrativo com o órgão público competente, precedido de processo licitatório, poderão ocorrer em instituições particulares, ou ser por elas promovidos, desde que autorizado pelo juiz da execução:

I – a internação ou o tratamento ambulatorial dos penalmente incapazes ou dos inimputáveis e dos semi-imputáveis, de que tratam os arts. 99 e 101 desta lei, inclusive em relação a tratamento de dependência química ou psicológica;

II – o cumprimento de pena por pessoas portadoras de doenças infecto-contagiosas, toxicômanas ou portadoras do vírus da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida;

III – a educação dos menores sob custódia, abrangendo disciplinas de ensino fundamental e médio, bem como orientações sobre convivência no meio social e lazer;

IV – a inserção no meio social dos detentos e internos após o cumprimento da pena ou o término do período de internação.

Parágrafo único. A construção e as condições de funcionamento dos hospitais de que trata o caput obedecerá às regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, bem como às normas constantes da legislação específica.”

.............................................

"Art.90. A penitenciária será construída em local afastado dos centros urbanos".

§ 1°. As penitenciárias localizadas nas áreas rurais deverão ter área destinada à atividade agrícola dos condenados, de onde se retirará parte do alimento a ser consumido na unidade prisional.

§ 2° Os condenados que cumprem pena nesses estabelecimentos trabalharão em atividades agrícolas, ficando responsáveis pelo plantio e colheita. (NR)”

Art. 2º O juízo de execuções penais receberá, com periodicidade mínima de 1 (um) ano, relatório circunstanciado das atividades desenvolvidas por instituições privadas a quem seja delegada a detenção de presos e a internação de menores, detalhando, entre outras informações, o

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comportamento apresentado por detentos e internos.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição tem por objetivo disciplinar a terceirização de serviços no âmbito dos estabelecimentos penais, aí incluídos os que se destinam à custódia de menores infratores.

Propõe-se que serviços como assistência médica, jurídica, psicológica, de assistência social, de fornecimento de alimentação e vestuário, de limpeza e, ainda, de segurança possam ser prestados por empresas privadas especializadas em administração penitenciária e de custódia de menores, que possuam em seus quadros profissionais com treinamento específico para essas finalidades. O projeto prevê também que possam ocorrer em hospitais particulares, mediante autorização do juiz da execução, a internação ou o tratamento ambulatorial de pessoas penalmente incapazes, inimputáveis ou semi-imputáveis, bem como o cumprimento de pena por pessoas portadoras de doenças infecto-contagiosas, toxicômanas ou portadoras do vírus da AIDS.

Nesse último caso, a construção e as condições de funcionamento de hospitais particulares deverão observar as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (a exemplo do disposto no art. 64, VI, da Lei nº 7.210/84), bem como as normas fixadas em legislação específica.

Com a terceirização dos serviços, haverá, na verdade, uma gestão mista dos estabelecimentos prisionais e de custódia de menores, pois, de acordo com a proposta, continuará com o Estado o poder de nomear os respectivos dirigentes, cabendo à iniciativa privada tão-somente a operacionalização das atividades mencionadas. Não se trata de delegar indevidamente nenhuma atividade estatal, pois os aspectos relativos ao cumprimento da pena continuarão sob a responsabilidade do Estado, particularmente dos Juízes de Execuções Penais.

Seguindo as regras gerais de contratação aplicáveis à administração pública, os contratos celebrados com empresas privadas devem ser precedidos de licitação, observada a legislação pertinente (Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 – Estatuto das Licitações e Contratos Administrativos). Como garantia adicional no exame da conveniência e oportunidade da medida

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ora proposta, sugere-se a audiência prévia dos Conselhos Penitenciários, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e da curadoria de menores.

Deve-se, ademais, lembrar que existem no País algumas experiências de terceirização de serviços penitenciários com resultados bastante satisfatórios, como ocorre nos Estados do Paraná e do Ceará, onde se observou a melhoria da qualidade das condições de funcionamento dos presídios sem prejuízo da segurança, não tendo sido registradas fugas ou rebeliões. No caso do Paraná, o modelo adotado na Penitenciária Industrial de Guarapuava pode ser assim sintetizado:

"O Estado , através de seus funcionários investidos nos cargos de Direção, Vice-Direção e Fiscal de Segurança da Unidade, orienta, acompanha, fiscaliza e legitima o trabalho da empresa, que é executado em estreita observância da Lei de Execução Penal e das normas e rotinas do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná - DEPEN. O funcionamento da Penitenciária (..) está assentado no tripé formado pelo Estado (responsável pela custódia do preso), pela empresa contratada (responsável pela operacionalização da Unidade) e pela iniciativa privada (...) responsável pela disponibilização de trabalho para os sentenciados” (extraído do site do governo do Estado do Paraná - www.pr.gov.br/celepar/seju -, em 30.07.03).

A propósito de críticas quanto à uma possível transferência indevida de atividades estatais, entendo-as descabidas, acompanhando, nesse sentido, o pensamento do prof. Luiz Flávio Borges D’Urso ao comentar o tema privatização dos presídios – embora, no nosso entender, o termo mais apropriado seja terceirização. Eis o entendimento do citado autor:

“E mais, na verdade, não se está transferindo a função jurisdicional do Estado para o empreendedor privado, que cuidará exclusivamente da função material da execução penal, vale dizer, o administrador particular será responsável pela comida, pela limpeza, pelas roupas, pela chamada hotelaria, enfim, por serviços que são indispensáveis num presídio.

Já a função jurisdicional, indelegável, permanece nas mãos do Estado, que por meio de seu órgão-juiz, determinará quando um homem poderá ser preso, quanto tempo assim ficará, quando e como ocorrerá punição e quando o homem poderá sair da cadeia, numa preservação do poder de império do Estado, que é o único titular legitimado para o uso da força, dentro da observância da lei.”

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(Direito Criminal na Atualidade, Ed. Atlas, 1999, p. 74).

O trabalho do preso, antes de uma necessidade para ocupar-lhe o tempo, deve ser fator decisivo na consecução de sua dignidade como ser humano.

O trabalho em atividades agrícolas, na lavoura ou em plantios, além de dar-lhe condições de melhoramento moral e psíquico, uma vez que estará contribuindo para a sobrevivência dos outros presos, dar-lhe-á uma ocupação que é das mais importantes da atividade humana.

É como justifico a presente proposição, submetendo-a à apreciação dos ilustres Pares.

Sala das Sessões, em de de 2003. Deputado SANDRO MABEL

Não obstante as diversas críticas apresentadas às propostas de privatizações

de modo geral, pode-se perceber, que alguns serviços que já foram privatizados no

Brasil, tais como os de telefonia e telecomunicações, fornecimento de energia

elétrica, e até mesmo alguns estabelecimentos prisionais como os citados no Projeto

de Lei acima, nos Estados do Paraná e do Ceará, apresentaram significativas

indicações de qualidade no serviço prestado.

Em estabelecimento privado, que propicie ao apenado condições dignas de

desenvolver sua profissão, ou, caso não tenha profissão, que lhe propicie condições

necessárias para se profissionalizar através de cursos oferecidos pelo próprio

presídio, escolas para os que não concluíram os seus estudos pelo menos até o

nível médio, pode-se afirma com toda certeza, que os cidadãos que ali se encontram

cumprindo penas, ao término das mesmas, sairão dali como pessoas dignas e

capazes de se reintegrarem à sociedade sem nenhum tipo de trauma.

Sabe-se que o trabalho dignifica o homem.

Nas sábias lições de Demo (1994, p. 26) o trabalho do preso ser encarado

como alicerce na construção de sua futura profissionalização, e não como

passatempo simplesmente:

Não cabe o trabalho apenas como passa-tempo, faz-de-conta, porque não é pedagógico. Pedagógico é o trabalho que fundamenta a dignidade da pessoa como ente capaz de prover

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sua subsistência com autonomia e criatividade. É essencial que o preso tenha a experiência construtiva de que é possível e, sobretudo digno sobreviver sem agredir os outros, por conta da capacidade própria de encontrar soluções adequadas.

[...] Isto quer dizer que o trabalho precisa representar atividade digna para fundar a dignidade da cidadania de alguém que encontra aí ocasião e motivação para mudar de vida.

A verdade é que, apesar de hoje parecer utópica a busca da ressocialização

do preso brasileiro, sabe-se que existe um longo caminho a ser percorrido, mas,

com boa vontade política, é sim possível a realização dessa “utopia”.

Não existe caminho melhor do que através da educação e do trabalho, e , que

com certeza, através de estabelecimentos privados, este ideal se alcançará de

forma mais fácil e mais completa.

5. MÉTODO E METODOLOGIA

Sabe-se que o método é a melhor forma e a maneira mais segura de

aproximar dois extremos e retirar o subjetivismo do autor. Ele é o instrumental da

pesquisa, é o empreendimento de construção do saber. Portanto, é mais do que

apenas raciocínio e argumentação. Assim, buscar-se-á seguir o método dedutivo,

que corresponde à extração discursiva do conhecimento a partir de premissas gerais

aplicáveis em hipóteses concretas, ou seja, do geral para o particular. Neste âmbito,

conforme o objetivo deste trabalho partir-se-á do conhecimento geral sobre modelos

de privatizações para que se possa especificar o melhor caminho na busca da

ressocialização dos presos.

O projeto utilizará da pesquisa bibliográfica que se alinham com o tema

proposto, visando estabelecer um vínculo entre objeto e objetivos propostos. Quanto

à natureza, este projeto é uma Pesquisa Aplicada, cujo objetivo é gerar

conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos.

Envolve verdades e interesses locais. A forma deste projeto é realizar uma pesquisa

qualitativa, em que se considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e

o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade

que não pode ser traduzido em números. Com isso, objetiva-se transparecer os

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fatores que regem tal economia, para desprendermos das visões erradas que

ofuscam o conhecimento em relação aos Direitos dos cidadãos.

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6. ESTRUTURA PROVÁVEL

INTRODUÇÃO

1 OS FUNDAMENTOS LEGAIS DOS DIREITOS DOS PRESOS

1.1 Desrespeitos aos Direitos Humanos nos Presídios Brasileiros

1.2 O problema das superlotações dos presídios

1.3 A falta de Educação e de Trabalho Digno

2 PRIVATIZAÇÕES

2.1 As críticas às privatizações dos serviços públicos

2.2 Serviços Privatizados – Modelos de Sucesso

3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE RESSOCIALIZAÇÃO

3.1 A educação

3.2 O trabalho nos presídios

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

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7 CRONOGRAMA

Etapas

Períodos

Jul/12 Ago/12 Set/12 Out/12 Nov/12 Dez/12

Levantamento Bibliográfico X

Elaboração do Projeto X

Coleta de dados X X

Análise de dados X X

Revisão Teórica X

Elaboração do relatório final X X

Revisão do Texto X

Entrega do Trabalho X

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO JUNIOR, João Marcelo de. Privatização das Prisões. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995, p. 25-27

Aumenta Expectativa de Vida do Brasileiro. Disponível em: <http://www2.planalto.gov.br/imprensa/noticias-de-governo/aumenta-expectativa-de-vida-do-brasileiro>. Acesso em: 29, fevereiro, 2012

GRECO, Rogério. Direitos humanos, sistema prisional e alternativas à privação de liberdade. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 88

Ibid., p. 89

Ibid., p. 91-92

Ibid., p. 308-310

DEMO, Pedro. Violência Social – Prenúncios de uma avalanche. Brasília: Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Min. Justiça/Brasília, v. 1, n. 3, 1994, p. 26,

DONAHUE, John D. Privatização – fins públicos, meios privados. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1989, p. 177

NUNES, Rizzatto. O Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana – Doutrina e Jurisprudência. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 59.

Ibid., p. 60-64

O Povo Online: Queda na mortalidade infantil é uma conquista do SUS. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=13247&Itemid=75>. Acesso em: 29, fevereiro, 2012

OTERO PARGA, Milagros. Valores Constitucionales: introdución a la filosofia del derecho – axiologia jurídica, p. 53-54. In: GRECO, Rogério. Direitos humanos, sistema prisional e alternativas à privação de liberdade. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 89

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais, na Constituição Federal de 1988. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011, p. 49-50

Ibid., p. 93