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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS CÂMPUS CAMPO MOURÃO - PARANÁ AMANDA GUEDES HERILY SATO EVELIN NACANO MÔNICA CEOLIM THAISA CARVALHO VOLPE PROJETO: INDÚSTRIA DE QUEIJO MUSSARELA TRABALHO DE PROJETOS INDUSTRIAIS CAMPO MOURÃO 2012

Projeto de Queijo Mussarela

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planejamento de uma indústria produtora de queijo mussarela.

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

CÂMPUS CAMPO MOURÃO - PARANÁ

AMANDA GUEDES

HERILY SATO

EVELIN NACANO

MÔNICA CEOLIM

THAISA CARVALHO VOLPE

PROJETO: INDÚSTRIA DE QUEIJO MUSSARELA

TRABALHO DE PROJETOS INDUSTRIAIS

CAMPO MOURÃO

2012

AMANDA GUEDES

HERILY SATO

EVELIN NACANO

MÔNICA CEOLIM

THAISA CARVALHO VOLPE

PROJETO: INDÚSTRIA DE QUEIJO MUSSARELA

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia de Alimentos como requisito para obtenção de nota referente à disciplina de Projetos Industriais. Professor: Ricardo Murilo Sanetti.

CAMPO MOURÃO

2012

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 6

2.1 PROCESSAMENTO DO LEITE ............................................................................ 6

2.2 CARACTERÍSTICAS DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE QUEIJO MUSSARELA 9

2.3 TIPOS DE QUEIJO MUSSARELA E SUAS CARACTERÍSTICAS ...................... 10

2.4 FLUXOGRAMA E DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE PRODUÇÃO ....................... 10

2.5 PATENTES REGISTRADAS ............................................................................... 18

2.6 LEGISLAÇÃO APLICADA AO QUEIJO TIPO MUSSARELA .............................. 20

2.7 PERSPECTIVA DE MERCADO .......................................................................... 24

3 DADOS DA EMPRESA.......................................................................................... 26

3.1 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO ................................................. 26

3.3 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS .......................................................................... 30

3. 4 ALVARÁ SANITÁRIO E LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

.................................................................................................................................. 30

4 FLUXOGRAMA QUALITATIVO E QUANTITATIVO DO PROCESSO .................. 36

5 CRONOLÓGICO DO PROCESSO ........................................................................ 39

6 BALANÇO DE MASSA E ENERGIA NO PROCESSO ......................................... 41

6.1 BALANÇO DE MASSA ........................................................................................ 41

6.2 BALANÇO DE ENERGIA .................................................................................... 43

7 LAYOUT DO PROCESSO ..................................................................................... 44

8 COTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ...................................................................... 49

9 VIABILIDADE ECONÔMICA DA EMPRESA ........................................................ 52

9.1 CUSTOS E ENTRADAS DA EMPRESA ............................................................. 52

9.1.1 Custo Fixo De Produção .................................................................................. 53

9.1.2 Custo Variável De Produção ............................................................................ 54

9.1.3 Custo Fixo ........................................................................................................ 55

9.1.4 Produtos Ofertados Pela Empresa ................................................................... 56

9.2 DEPRECIAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ............................................................ 57

9.3 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO ........................................................................ 59

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63

ANEXO A – CARACTERÍSTICA DOS EQUIPAMENTOS E DIMENSIONAMENTO 67

ANEXO B - MEMORIAL DE CÁLCULO DO BALANÇO DE MASSA ...................... 79

ANEXO C - MEMORIAL DE CÁLCULO DO BALANÇO DE ENERGIA .................. 84

ANEXO D - MEMORIAL DE CÁLCULO DIMENSIONAMENTO DAS BOMBAS ..... 91

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1 INTRODUÇÃO

A empresa encontra o caminho do desenvolvimento com qualidade, quando

se conscientiza e investe no setor industrial, na contratação de pessoas qualificadas,

em treinamento de pessoal, disponibiliza tecnologia e adequação ao seu uso,

consequentemente, o empreendimento fornece produto e serviço absorvidos no

mercado.

O queijo é um alimento de alto valor nutritivo, sendo um produto de consumo

básico em muitos países e camadas sociais. A popularidade desse alimento é

atribuída ao seu excelente sabor, à disponibilidade de variedades, à sua

conveniência e versatilidade de uso (CANSIAN, 2005).

Atualmente, a mussarela é o queijo de maior produção nacional. Entretanto,

devido ao problema de sazonalidade da produção leiteira, durante certo período do

ano ocorre uma queda na oferta e uma elevação no preço desse queijo (SEREIA,

2011).

A Mussarela é o queijo de massa filada, sendo caracterizado como um

queijo macio, não maturado, levemente salgado, de coloração branca ou levemente

amarelada, com uma superfície brilhante, podendo ser encontrado em formatos

variados, pesando desde poucas gramas até vários quilos (SPADOTI; OLIVEIRA,

2011).

O presente projeto tem por finalidade desenvolver os aspectos mais

relevantes de uma indústria de queijo mussarela, focando parâmetros como

equipamentos necessários, custos, dimensionamento de acordo com a

produtividade, layout da empresa, bem como os balanços de energia e massa.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PROCESSAMENTO DO LEITE

De acordo com Teixeira e Ribeiro (2006), no processamento do leite é

necessário o cuidado com a higiene desde o momento da ordenha até a obtenção

do produto final.

Ordenha

As tetas do animal devem passar por prévia lavagem com água corrente e

secagem com toalhas descartáveis, com início imediato da ordenha. Os jatos iniciais

de leite devem ser descartados. O leite obtido deve ser coado em recipiente

apropriado de aço inoxidável, náilon, alumínio ou plástico sem cheiro e refrigerado

até a temperatura de 7°C imediatamente. Essa medida é eficiente para diminuir o

crescimento microbiano no leite e aumentar seu tempo de conservação, isto é, leite

sem acidificação (SEREIA, 2011).

Transporte

O transporte é a última etapa para que o leite chegue à indústria, por

conseguinte, deve ocorrer de modo refrigerado, com limite máximo de 10 ºC, a fim

de inibir a multiplicação dos microrganismos. O tanque deve ter paredes duplas para

efeito de isolamento de temperatura, além de ser subdividido internamente e

instalado em um veículo dotado de uma bomba de sucção que transfere o leite do

tanque de resfriamento para o tanque de transporte, com dispositivo para descarga

na plataforma de recepção (VENTURINI; SARCINELLI; SILVA, 2007 ).

Recepção

Segundo Teixeira e Ribeiro (2006), o recebimento do leite na plataforma

envolve as operações de pesagem, filtração e resfriamento contínuo do produto. É

7

nessa etapa que é retirada uma amostra do tanque do caminhão para análises

físico-químicas para verificar se o leite está dentro dos padrões previstos para então

iniciar seu beneficiamento. A indústria realizam análises sensoriais, acidez titulável,

alizarol, gordura, temperatura, densidade, entre outras.

Resfriamento

Segundo Bezerra (2008), no resfriamento pode-se valer de um tanque de

expansão, como indicado na Figura 1.

Figura 1 – Tanque de expansão. Fonte: Bezerra (2008).

Padronização

Estando o leite de acordo para o beneficiamento este é encaminhado para

padronização, retirando parcialmente a gordura do mesmo e mantendo constante o

teor no produto final. O processo é feito por desnatadeiras centrífugas, como

apresentado na Figura 2. O laticínio utiliza o creme removido para a fabricação de

manteiga, requeijão, entre outros (ABREU, 2000).

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Figura 2 – Padronizadora desnatadeira autolimpante. Fonte: Teixeira e Ribeiro (2006).

Pasteurização

Em seguida o leite é pasteurizado em equipamento próprio, isto é, o leite é

aquecido a uma determinada temperatura por um determinado tempo, visando

eliminar bactérias patogênicas e reduzir as deterioradoras, seguido de resfriamento,

o que aumenta a vida útil do leite. Na etapa de pasteurização é mais comumente

utilizado o pasteurizador rápido a placas, apresentado na Figura 3 (TEIXEIRA;

RIBEIRO, 2006).

Figura 3 – Pasteurizador rápido a placas. Fonte: Teixeira e Ribeiro (2006).

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De acordo com Bezerra (2008), para o resfriamento do leite recém-

pasteurizado, pode-se utilizar-se de um trocador de calor a placas acoplado ao

pasteurizador, Figura 4.

Figura 4 – Trocador de calor a placas. Fonte: Bezerra (2008).

2.2 CARACTERÍSTICAS DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE QUEIJO MUSSARELA

De acordo com Sereia (2011) e Vieira (2010), o leite para produção do queijo

tipo mussarela deve ser selecionado com as seguintes características:

Leite com redutase mínima de 2,5 horas no teste de redutase;

Acidez titulável entre 15 a 18º Dornic;

Pasteurização do leite em equipamento próprio, (74 oC 15 segundos );

Padronização da gordura para cerca de 3,0 %;

Densidade relativa a 15 ºC (g/L) com limites de 1,028 a 1,034;

Extrato seco desengordurado com mínimo de 8,4(g/100 g);

Índice crioscopico (máximo) - 0,530ºH (equivalente a – 0,512ºC);

Proteínas, mínimo de 2,9 (g/100 g).

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2.3 TIPOS DE QUEIJO MUSSARELA E SUAS CARACTERÍSTICAS

De acordo com Sereia (2010), o queijo tipo mussarela tem como

característica fundamental ser derivado de massa cozida ou escaldada, portanto os

tipos de queijo mussarela se diferenciam pela origem da matéria-prima, o leite,

podendo ser oriundo de vaca, cabra ou búfala.

A verdadeira mussarela italiana é feita exclusivamente com leite de búfala. A

mussarela de búfala pura tem textura macia, miolo úmido e sabor suave,

características que são menos acentuadas nos produtos compostos com leite de

vaca. O quilo da mussarela de búfala é vendido por cerca de R$ 30,00. Três vezes

mais que a mussarela de leite de vaca (FIQUEIREDO, 2006).

A característica sensorial mais marcante e evidente do leite de búfala é a

ausência de beta-caroteno, que lhe confere a coloração branca sem prejudicar a

qualidade nutricional do leite, uma vez que este é rico em vitamina A. Também

possui um sabor mais adocicado que o leite bovino, apesar de não possuir maior

quantidade de lactose (FIGUEIREDO, 2006; VENTURINI, SARCINELLI; SILVA,

2007). Além disso, seu valor nutricional conta com maior extrato seco total,

representado por elevados teores de proteínas, que garante uma coagulação mais

rápida em comparação com o leite bovino, ganhando em rendimento e à facilidade

de trabalho e às características sensoriais particulares, todas em função da

composição original (OLIVIERI, 2004; FERNANDES, 2009).

2.4 FLUXOGRAMA E DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE PRODUÇÃO

O beneficiamento do leite para transformação em queijo mussarela precisa

de etapas especifica e essenciais para que se obtenha um produto de qualidade e

boa aceitabilidade, portanto, existe a necessidade de um processo bem controlado e

ordenado (BEZERRA, 2008).

O Fluxograma da produção do queijo mussarela está apresentado no

Diagrama 1.

11

Diagrama 1 – Fluxograma do processo de queijo mussarela.

Fonte: Autoria própria.

12

De acordo com o Diagrama 1, após o leite pasteurizado, é necessário

adicionar cloreto de cálcio para provocar a diminuição da perda de gordura no soro e

melhorar a liga na mesma, já que esta tem propriedade de formar pontes de ligação

na massa, obtendo assim uma coalhada mais rápida e firme, além de melhor

rendimento de fabricação no momento de corte. Sua adição também causa um

ligeiro abaixamento do pH, aumento do teor de caseína micelar facilitando a

coagulação, melhoria da capacidade de expulsão do soro na coalhada e aumento do

teor final de cálcio no leite (CAVALCANTE, 2004).

Segundo Cavalcante (2004) e Vieira (2010), o fermento lático é um conjunto

de bactérias selecionadas que fermentarão a lactose produzindo ácido lático

(acidificação). No queijo, impede o crescimento de bactérias indesejáveis e ajuda na

coagulação e na dessoragem, que são importantes para o processamento do queijo.

A adição de fermento lático tem as seguintes finalidades: inibir o

desenvolvimento de microrganismos indesejáveis, proporcionar ao leite uma flora

bacteriana acidificante, elevar a acidez do meio, proporcionando melhores condições

para a atuação do coalho, formação de olhaduras, formação de sabor e aroma, e

produzir ácido de uma forma pura e controlada (VIEIRA, 2010).

Após a adição do fermento láctico e cloreto de cálcio é feita uma

homogeneização lenta e suave para mistura-los junto ao leite. A mistura dos

ingredientes pode ser realizada nos chamados tanque de mistura como apresentado

na Figura 6 (CAVALCANTE, 2004).

Figura 6 – Tanque de mistura. Fonte: Cavalcante (2004).

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Em sequência, ocorre à coagulação do leite, em dois estágios:

transformação da caseína e precipitação da paracaseína. A temperatura ideal para a

ação do coalho é 42 ˚C, acima de 65 ˚C e abaixo de 10 ˚C ele não atua. O coalho vai

atuar desdobrando as micelas de caseína. Na presença dos íons de cálcio as

micelas desdobradas passaram a formar uma cadeia, isto é, a coalhada (ALVES,

1990).

A adição do coalho no leite é feita agitando-se rapidamente, posteriormente

é necessário deixar a mistura em repouso para a formação de um precipitado

viscoso, que se acentua progressivamente, transformando-se em massa branca,

apresentando um aspecto de porcelana, que se divide em fragmentos irregulares à

menor agitação. A coagulação demora aproximadamente 45 minutos, após este

período de tempo é necessário verificar o ponto da coalhada (CAVALCANTE, 2004;

OLIVIERA, 2004).

Verificado o ponto da coalhada procede-se o corte da mesma com a

finalidade de provocar e acelerar a saída do soro dos grãos através do aumento da

superfície da coalhada, e facilitar seu aquecimento uniforme. Utiliza-se de liras

verticais e horizontais de inox, Figura 7 (ALVES, 1990).

Figura 7 – Liras verticais e horizontais respectivamente. Fonte: Alves (1990).

A coalhada deve ser tratada de modo a não se quebrar em excesso, o que

ocasiona perda de extrato seco no soro e falta de uniformidade na massa do queijo.

O cortador da coalhada mais utilizado são os fios de aço inox (liras). As liras devem

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ser usadas aos pares, sendo uma com fios no sentido horizontal e outra na vertical.

Quando menor forem os grãos da coalhada, maior será a área relativa de expulsão

do soro que ocorre com mais facilidade (FERNANDES, 2009).

Após o corte da coalhada a massa passa pela primeira mexedura, ficando

em repouso por um período de 10 a 15 minutos, sendo realizada uma agitação lenta

por 10 minutos, com colheres de plástico ou aço inox (BEZERRA, 2008). Na

sequência é feita a segunda mexedura, de forma mais rápida que a primeira, com

aquecimento lento da massa em banho-maria, atingindo uma temperatura de 42 ˚C

por 25 a 30 minutos. O ponto da massa é quando os grãos se encontrarem firmes,

sem esfarelar, com os cantos arredondados e tendendo a afundar quando cessa a

agitação (FERNANDES, 2009; OLIVIERI, 2004).

Posteriormente ocorre a dessoragem, que consiste em um conjunto de

ações que ajudam a separar o soro da massa do queijo, definindo a umidade do

produto. Esse dessoro deve ser interrompido quando a umidade atingir o teor

necessário para o queijo em questão. O principal objetivo é retirar a lactose da

massa, além de facilitar a agitação, diminuir o gasto de vapor, diminuir o tempo de

mexedura e dar espaço para a adição de água. Emprega-se tanque específico para

dessoragem e pré-prensagem da massa do queijo, como apresentado na Figura 8

(ALVES, 1990).

Figura 8 – Tanque de dessoragem. Fonte: Alves (1990).

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A coalhada é então dividida em blocos e deve ser colocada sobre uma mesa

higienizada de aço inoxidável, como apresentado na Figura 9, onde permanece em

repouso, a temperatura ambiente, por aproximadamente 20 horas para fermentação

(BEZERRA, 2008).

Figura 9 – Mesa de aço Inoxidável. Fonte: Bezerra (2008).

De acordo com Alves (1990) e Venturini (2010), após a fermentação a

massa é filada, todavia, primeiramente é necessário conferir se a coalhada encontra-

se no ponto de ser filada, para essa confirmação uma pequena porção da massa é

mergulhada em água com temperatura de aproximadamente 80 ºC. Logo, o pedaço

cortado deve ser esticado até formar filamentos compridos e sem arrebentamento.

Caso a massa esteja em ponto de filamento ela é dividida em pequenos pedaços e

colocada em tacho de aço inoxidável, com água a temperatura de 80 ºC. Então a

massa é agitada até que os pedaços se unam completamente obtendo um bloco

homogêneo, de consistência uniforme e desejada, de modo que possa ser modelada

de acordo com o produto e embalagem. Na filagem pode usar-se de um processador

de mussarela, ou seja, um tanque que seja capaz de realizar essa finalidade.

A modelagem é feita para dar ao queijo o seu formato final e tamanho

apropriado segundo suas características e exigência do mercado. Devem ser

utilizados panos ou dessoradores dentro das formas para provocar a desidratação

da superfície, iniciando-se assim a formação da casaca, o que ajuda a manter a

superfície do queijo uniforme. Tanto o pano como os dessoradores devem ser bem

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colocados, para evitar a formação de rugas na casca do queijo. Também devem ser

bem sanitizados para evitar fermentações indesejáveis na casca do queijo. A

moldagem pode ser feita em formas de polipropileno especificas para esse tipo de

queijo, como apresentado na Figura 11 (ALVES, 1990; VENTURINI, SARCINELLI;

SILVA, 2007).

Figura 11 – Formas. Fonte: Alves (1990).

Com a massa moldada ocorre a imersão na salmoura refrigerada. Este

processo consiste mergulhar os queijos em uma solução à 20% de sal, com acidez

de 20 a 50 ºD à temperatura de 8 a 10 ºC. Uma salmoura muito concentrada

causará trincas na superfície dos queijos. Com a salga é possível proporcionar

melhor sabor ao queijo, melhor conservação, selecionar a flora normal do queijo

(regular a maturação e regular a ação das enzimas) e a formação da casca. Utiliza-

se nesta etapa o tanque de salga de aço inoxidável, Figura 12. (CAVALCANTE,

2004).

Figura 12 – Tanque de salga. Fonte: Bezerra (2008).

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Após a salga, as mussarelas são colocadas em câmaras frias para

maturação, Figura 13, com temperaturas de 5 ºC, por 24 horas para secar em

prateleiras, como mostrado na Figura 14. Por fim, o produto é embalado à vácuo,

Figura 15 e armazenado em ambiente refrigerado a 10 ºC, Figura 16. (BEZERRA,

2008).

Figura 13 – Câmara fria de maturação. Fonte: Bezerra (2008).

Figura 14 – Prateleiras de polietileno para secagem. Fonte: Bezerra (2008).

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Figura 15 – Seladora a vácuo. Fonte: Bezerra (2008).

Figura 16 – Câmara de armazenamento. Fonte: Bezerra (2008).

2.5 PATENTES REGISTRADAS

O processo de fabrico do queijo mussarela apresenta várias patentes já

registradas. Um exemplo é dos inventores Richard L. Barz e Carolyn P. Cremer, que

patentearam no ano de 1986, “Process of making mozzarella cheese” (BARZ;

CREMER, 1986), onde relatam a sequência do processamento, além de enfatizar

algumas características da massa para um produto final de boa qualidade. No ano

de 2006 também houve outro registro de patente para o mesmo fim, dos inventores

Inniss Tischa Carlys; Tietz Russell Allen e Guzowshi Pamela Lynn, que patentearam

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“Process for mazzarelaa-type chesse” (CARLYS, et al., 2006). Esta invenção é

dirigida a um processo melhorado de produção de queijo tipo mussarela, que resulta

em uma massa mais firme e mais homogênea.

Os métodos para o processo de fabricação do queijo tipo mussarela com

algumas modificações significativas também é alvo de patentes, como dos

inventores David M. Barbano e John Dunker, do ano de 2008 que registraram

“Simple mozzarella cheese making methods” (BARBANO; DUNKER, 2008),

proporcionando um queijo de composição uniforme feito a partir de uma acidificação

do leite antes de começar o processo de fabrico de queijo. Em 2002, Kempter

Klaus e Wolfschoon Pombo Alan, patentearam “Processed mozzarella cheese and

method for its production” (KEMPTER; POMBO, 2002), focando em uma

metodologia mais voltada para a produção de queijo mussarela no formato enrolado,

trabalhando com uma massa mais maleável. Entretanto, foi a patente de 2001

“Wheyless process for production of natural mozzarella cheese” (PRATA, et al.,

2001), de Richard Stuart Prata; Han Xiao-Qing; Lincourt Richard e Cardona Maria

Lucrecia, que teve maior destaque, devido proporcionar um processo para a

preparação de queijo mussarela natural usando ingredientes de lacticínios secos.

A patente “Stabilization of fresh mozzarella cheese using fermented whey”

(ZHENG, et al., 2007), registrada em 2007 por Zuoxing Zheng; Mehnert David e

Monckton Susan, é uma invenção que utiliza leite fermentado e clarificado de soro

de leite contendo nisina em quantidades entre cerca de 10 a cerca de 30%,

retardando o crescimento de Listeria monocytogenes e melhorando e aumentando a

vida de prateleira do produto final.

Na área de envase e embalagem, em 2007 foi registrada a patente de

Adilson Tadeu Schranck, “Processo de obtenção de mussarela cremosa, e envase

em embalagens tipo bisnaga” (SCHARANCK, 2007), que consiste de uma

mussarela cremosa, feita a partir de um processo de fabricação dando condições

necessárias para ser embalada em embalagem tipo bisnaga.

Os equipamentos patenteados para a produção de queijo tipo mussarela,

são: “Picador elétrico-pneumático de massa para queijo mussarela” (CARVALHO,

2001), registrado por Gilson de Carvalho em 2001, sua invenção é um picador

utilizado em laticínio para corte da massa do queijo mussarela. Arturo Sghedoni

registrou também em 2001, “Conjunto verticalizado para a produção de massas

filadas” (SGHEDONI, 2001), que se refere a um conjunto automático e vertical para

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a produção de massas filadas em indústrias de laticínios, tais como mussarela,

provolone, flordilatte.

2.6 LEGISLAÇÃO APLICADA AO QUEIJO TIPO MUSSARELA

Para se garantir a qualidade, condição higiênico-sanitária e a conformidade

do alimento, a empresa deve estar de comum acordo com a legislação sobre o seu

produto (CAVALCANTE, 2004).

Segundo o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade

do Queijo Mussarela, Portaria n° 146 de 1996, entende-se por queijo mussarela o

queijo que se obtém por filagem de uma massa acidificada, (produto intermediário

obtido por coagulação de leite por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes

apropriadas), complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.

O queijo mussarela é um queijo de média, alta ou muito alta umidade e

extragordo, gordo a semigordo segundo a classificação estabelecida no

Regulamento Técnico Geral para fixação de Identidade e Qualidade de Queijos,

Portaria n° 364 de 1997. Quanto a sua consistência esta pode ser semisuave,

suave, segundo o conteúdo de umidade, matéria gorda e grau de maturação. Sua

textura pode ser fibrosa, elástica e fechada. A cor pode ser branco a amarelado,

uniforme, segundo o conteúdo de umidade, matéria gorda e grau de maturação. O

sabor pode ser láctico, pouco desenvolvido a ligeiramente picante, segundo o

conteúdo de umidade, matéria gorda e grau de maturação. E o odor é láctico, pouco

perceptível.

O queijo mussarela não deve possui crosta, nem olhadura, porém,

eventualmente poderá apresentar aberturas irregulares (olhos mecânicos). Quando

o queijo mussarela contem especiarias, condimentos, substâncias alimentícias e/ou

aromatizantes/flavorizantes, apresentará as características sensoriais de acordo com

as adições efetuadas. Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não deverão estar

presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento

correspondente. Os queijos deverão obedecer aos requisitos físicos, químicos e

sensoriais próprios de cada variedade, estabelecidos no padrão individual

correspondente (BRASIL, 1997).

21

De acordo com o regulamento de queijo mussarela de 1996, a umidade tem

um limite máximo de 60g/100g e a matéria gorda em extrato seco mínimo de

35g/100g. O acondicionamento deve ser realizado em embalagens ou envoltórios

bromatologicamente aptos. O queijo mussarela de umidade compreendida entre 52

e 60% m/m poderá ser embalado com o soro remanescente de sua obtenção ou

com uma solução salina citratada. Deverá ser conservado, até e durante a sua

expedição, a uma temperatura não superior a 12ºC e, no caso de conteúdos de

umidade compreendidos entre 55 e 60% m/m, a mesma não excederá aos 8ºC. Para

coadjuvantes, autorizar-se-á o uso dos Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração

previstos no "Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”.

As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo

com o que estabelece o código internacional Recomendado de Práticas. Princípios

Gerais de higiene dos alimentos. O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por

meios mecânicos adequados e submetido à pasteurização ou tratamento térmico

equivalente, para assegurar fosfatase residual negativa combinado ou não com

outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto. O

produto não deverá conter impurezas ou substâncias estranhas, de qualquer

natureza. O produto não deverá apresentar substâncias microscópicas estranhas, de

qualquer natureza (BRASIL, 1996).

A classificação quanto ao conteúdo de matéria gorda no extrato seco,

segundo a legislação de 1996 para queijo mussarela, prevê:

- Extra Gordo ou Duplo Creme: quando contenham o mínimo de 60%.

- Gordos: quando contenham entre 45,0 e 59,9%.

- Semigordo: quando contenham entre 25,0 e 44,9%.

- Magros: quando contenham entre 10,0 e 24,9%.

- Desnatados: quando contenham menos de 10,0%.

A classificação quanto ao conteúdo de umidade para o queijo mussarela de

acordo com Brasil (1996), prediz: Queijo de baixa umidade (geralmente conhecidos

como queijo de massa dura): umidade de até 35,9%. Queijos de média umidade

(geralmente conhecidos como queijo de massa semidura): umidade entre 36,0 e

45,9%. Queijos de alta umidade (geralmente conhecido como de massa branda ou

"macios"): umidade entre 46,0 e 54,9%. Queijos de muita alta umidade (geralmente

conhecidos como de massa branda ou "mole"): umidade não inferior a 55,0%.

22

Os ingredientes obrigatórios a serem utilizados no processamento de queijo

mussarela são leite e/ou Leite Reconstituído (integral), semidesnatado, desnatado

e/ou soro lácteo. Entende-se por leite o proveniente das espécies bovinas, caprina,

ovina ou bubalina. Quando não existe uma referência específica, entende-se como

leite da espécie bovina. Outro ingrediente é utilização de coagulante apropriado (de

natureza física e/ou química e/ou bacteriana e/ou enzimática).

Contudo, os ingredientes opcionais são: Cultivos de bactérias lácteas ou

outros microrganismos específicos, cloreto de sódio, cloreto de cálcio, caseína,

caseinatos, sólidos de origem láctea, condimentos ou outros ingredientes opcionais

permitidos somente conforme o previsto, explicitamente, nos padrões individuais

definidos para variedade de queijo (BRASIL, 1996).

De acordo com Brasil 1997, poderá ser utilizada na elaboração de queijos

aditivos relacionados à classe de queijo para a qual ou as quais estão autorizadas. A

utilização de outros aditivos poderá estar autorizada nos padrões individuais de

certas variedades particulares de queijos, como apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 – Aditivos e seus padrões para uso.

Nome Função Limite Max./Conc Tipo de queijo

Ácido cítrico Regulador de acidez b.p.f. Mau. Ácido lático Regulador de acidez b.p.f. Mau.

Ácido acético Regulador de acidez b.p.f. Mau. Aroma natural de defumado Aromatizante b.p.f. Mau , au, um, bu.

Aromatizantes (exceto aroma de queijo e creme)

Aromatizante b.p.f. Mau.

Nísina Conservador 12,5mg/kg de queijo Mau, au, um, bu. Ácido sóbico e seus sais de

Na, K e CA Conservador 1000mg/kg de queijo

em ácido sórbico Mau, au, um, bu.

Nitrato de sódio ou potássio (isolados ou combinados)

Conservador 50mg/kg queijo em nitrato de sódio

Mu, bu.

Lisozima Conservador 25mg/l de leite Um, bu. Natamicina (só na superfície

dos cortados ou fatiados) Conservador 1mg/dm²-máximo ou 5

mg/kg, não detectável a 2 mm de

profundidade, ausência na massa

Mau, au, um, bu.

Carotenoides naturais beta caroteno, bixina, norbixina,

urucum, annato, rocu clorofila, clorofila, (como

norbixina)

Corante 15mg/kg queijo Au, um, bu.

Carmim Corante b.p.f Mau. Betacaroteno sintético (idêntico ao natural)

Corante 600mg/kg de queijo Mau, au, um, bu.

23

Riboflavina Corante b.p.f Vermelho de beterraba Corante b.p.f Peróxido de benzoila Corante 20mg/l de leite Au, um, bu.

Dióxido de titânio Corante b.p.f Au, um, bu Carboximetilcelulose Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau. (**)

Carragenina Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau. (**) Goma guar Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**)

Goma de algaroba ou jataí Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**) Goma xantana Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**) Goma karaya Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**) Goma arábica Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**)

Agar Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**) Ácido algimico, seus sais de

amônio, cálcio e sódio e alginato de propilenoglicol

Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**)

Pectina ou pectina amidada Espessante/estabilizante 5g/kg queijo Mau.(**) Alginato de potássio Espessante/estabilizante 500mg/kg queijo Mau.(**) Amido modificados Espessante/estabilizante b.p.f Mau.(**)

Lípases Agente de maturação b.p.f Um, bu (**) Proteases Agente de maturação b.p.f. Bu

Legenda: Mau: queijos de muita alta umidade; Au: queijos de alta umidade; Um: queijos de média umidade; Bu: queijos de baixa umidade; (**): queijos de mais alta umidade tratados termicamente. Fonte: Brasil (1997).

Quanto à rotulagem, será denominado "Queijo..." seguido da variedade ou

nome de fantasia, se existir, de acordo com o padrão individual que corresponda ás

características da variedade de queijo. Padrão individual que corresponda às

características da variedade de queijo. Poderão incluir-se denominações

estabelecidas na classificação. Nos queijos com adição de substâncias alimentícias,

condimentos ou outras substâncias aromatizantes naturais, deverá indicar-se na

denominação de venda o nome da ou das adições principais, exceto no caso dos

queijos em que a presença destas substâncias constitua uma característica

tradicional. No caso do emprego de leites de mais de uma espécie animal, deverá

ser declarado na lista de ingredientes os leites das diferentes espécies e seu

percentual relativo (BRASIL, 1996).

Segundo o Regulamente técnico sobre padrões microbiológicos para

alimentos, RDC n°12, 2001, o queijo mussarela se classifica em queijo de umidade

média: 36%. Seus padrões microbiológicos estão de acordo com a Tabela 2.

24

Tabela 2 – Padrões microbiológicos do queijo Mussarela.

Amostra Indicativa Representativa

n c m M

Coliformes a 45°C/g 1000 5 2 500 1000

Estaf.coag.positiva./g 1000 5 2 100 1000

Salmonella sp/25g Aus 5 0 Aus --

L.monocytogenes/25g Aus 5 0 Aus --

Legenda: m: é o limite que, em um plano de três classes, separa o lote aceitável do produto ou

lote com qualidade intermediária aceitável. M: é o limite que, em plano de duas classes, separa

o produto aceitável do inaceitável. Em um plano de três classes, M separa o lote com

qualidade intermediária aceitável do lote inaceitável. Valores acima de M são inaceitáveis. n: é

o número de unidades a serem colhidas aleatoriamente de um mesmo lote e analisadas

individualmente. c: é o número máximo aceitável de unidades de amostras com contagens

entre os limites de m e M (plano de três classes). Nos casos em que o padrão microbiológico

seja expresso por "ausência", c é igual a zero, aplica-se o plano de duas classes.

Fonte: Brasil (2001).

2.7 PERSPECTIVA DE MERCADO

Atualmente, os Estados Unidos são os maiores produtores de leite do

mundo. Atrás dos americanos estão à Índia e a China que criaram políticas de

estímulo à produção e de agregação de novas tecnologias na produção, como o

melhoramento genético do rebanho. A Europa, tradicional reduto da produção de

leite mundial, vem perdendo espaço pelos baixos índices de produtividade e pela

dependência de subsídios governamentais. O Brasil, por outro lado, vem se

destacando no cenário mundial e ocupa hoje a sexta posição no ranking

(CARVALHO, 2011).

Segundo Carvalho (2011) uma característica que difere o Brasil de outros

países é o fato de a nossa produção leiteira estar presente em todas as regiões,

estados e municípios do país. Ao longo das últimas décadas o país apresentou

importantes oscilações do mercado de lácteos, principalmente no que se refere aos

preços de venda do produto. Essas últimas mudanças motivaram, em certa medida,

25

a tomada de novas direções pelo setor, que está se organizando e mostrando

progressos.

O aumento do poder de compra das famílias brasileiras tem impulsionado a

demanda por produtos lácteos, principalmente queijos e iogurtes, incentivado a

ampliação da produção de leite. De acordo com os dados da Associação Brasileira

dos Produtores de Leite (Associação Leite Brasil), é esperado para o ano de 2012

um crescimento de 4% no volume de leite produzido no país (MILKNET, 2012).

O consumo per capita de queijo no Brasil teve um aumento de

2,6kg/habitante/ano em 2000 a 3,4kg/habitante/ano em 2008. Porém, comparando

com outros países, como Argentina (11,6 kg/hab/ano) e Estados Unidos (13,4

kg/hab/ano), o seu consumo ainda é considerado baixo. A indústria de queijo no

Brasil movimenta R$ 110 milhões por ano: são 20 mil toneladas de queijos que

consomem 2 bilhões de litros de leite e empregam 37 mil pessoas na produção. O

Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite e derivados (CANSIAN, 2005).

Pesquisa da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil)

revela que as vendas de queijo cresceram 16% em 2011 na comparação com o ano

anterior. Esse cenário não leva em conta apenas a renda da população, mas

questões culturais. Os queijos mais baratos são os preferidos pelos brasileiros

dentre os quais encontramos os queijos mussarela, frescal e prato (MEDEIROS,

2012).

O queijo mussarela no Brasil é o queijo de maior produção, porém, alguns

problemas têm limitado este crescimento. A sazonalidade da produção leiteira afeta

a qualidade do leite, e consequentemente a qualidade do queijo e a diminuição na

oferta do produto no mercado (CANSIAN, 2005).

O preço médio do queijo mussarela recuou 3,9% em 2011, a R$ 10,89/Kg. O

preço ficou praticamente estável no mesmo período, com média de R$ 10,23/Kg em

fevereiro – valorização de apenas 0,19%. Segundo agentes, os estoques deste tipo

de queijo estiveram relativamente elevados em fevereiro, dificultado uma reação dos

preços. Em relação a fevereiro de 2011 (R$ 9,05/Kg), houve aumento de 13,04%,

em termos nominais (CEPEA, 2012).

De Maio de 2011 para cá os preços dos produtos lácteos já caíram entre 10

e 20%. A concorrência está mais acirrada e os compradores mais confortáveis, e

sem muita pressa para fechar negócios. Os problemas econômicos globais

continuam preocupando, principalmente a crise da dívida na Europa (ABIQ, 2012).

26

3 DADOS DA EMPRESA

3.1 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO

Nome da empresa / Nome do produto

EMATH / Queijo Mussarela 5 estrelas

Localidade

Cidade de Campo Mourão – BR 567, lote 124 C – Paraná - Brasil

Espaço ocupado

O espaço é de 2.709 m2 de construção de área de produção. E as demais áreas

como sanitários, vestiários, cozinha, administração, estacionamento, guarita entre

outros, soma uma área de construção de 3.300 m². Logo a empresa soma um total

6.009 m². A indústria será instalada em uma área de 1 alqueire que tem

aproximadamente 24.200 m², consequentemente terá uma área livre para futuras

ampliações de 18.191 m²

Produção diária

40.000 Litros de leite/dia para uma produção de 3.744,15 kg/dia de queijo. A

empresa trabalhará todos os dias do mês.

27

Compra da matéria prima e transporte

A compra da matéria prima é feita com o próprio produtor, o preço pago é R$

0,64 o litro. A coleta é feita através de 3 caminhões de coleta a granel com

capacidade de 15.000 L. São tanques isotérmicos, que fazem à captação do leite

resfriado na propriedade e o armazenam mantendo a sua temperatura até a

chegada no Laticínio.

Prazo de entrega

É efetuado por meio de contrato e recebimento de certificado de entrega e

controle de qualidade, desse modo garante ao cliente o respeito e pontualidade do

serviço. A entrega é feita diretamente no local estabelecido pelo cliente através de

caminhões devidamente equipados e próprios do laticínio. A indústria possui 4

caminhões de entrega.

Preço do Produto

A formação do preço baseou-se quanto à concorrência, consumidor e custos. A

empresa procura sempre buscar inovações tecnológicas e adaptar seu estilo

administrativo ao seu mercado consumidor, tem como objetivo atender seus clientes

com grande satisfação, buscando sempre a fidelização da clientela e um

crescimento seguro. Para isso é necessário atender as necessidades do cliente que

cada vez mais vem exigindo um alimento que esteja conforme as normas de

segurança, com qualidade, praticidade na embalagem, nutricionalmente completo e

preço baixo.

Os preços da concorrência são: Queijo Yema Mussarela 1 kg – R$ 27,90; Queijo

Mussarela Scala Bolinha 1 kg – R$ 23,90; Queijo Mussarela Itaoca 1 kg – R$ 23,33;

Queijo Mussarela Dona Formosa 1 kg – R$ 17,55; Queijo Mussarela Aurolat 1 kg –

R$ 26,00; Queijo Mussarela Tirolez 1 kg – R$ 19,96; Queijo Mussarela Aviação 1 kg

– R$ 35,60; Queijo Mussarela Cedrense 1 kg – R$ 23,12.

28

Pelo preço da concorrência o queijo mussarela da indústria terá um custo de R$

18,84. Quanto ao preço baseado por meio de custo, este está calculado nos custos

totais de produção, no item 9.

3.2 CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS DA EMPRESA

O recurso espaço livre: A empresa é localizada em uma área onde é possível uma

futura ampliação, se necessário, de um total de 18.191 m²

O recurso matéria-prima: A matéria-prima principal é o leite. O empreendimento

trabalhará com leite de vaca. Os fornecedores são produtores da região em um raio

de aproximadamente 100 km.

O Paraná se caracteriza por ser um estado de tradição agropecuária. A

pecuária leiteira encontra-se praticamente consolidada nas bacias das regiões

Centro Sul e Oeste do estado, e em fase de consolidação nas outras regiões

(KOEHLER, 2000).

O recurso água: Os principais usos de água são para: limpeza de pisos, paredes,

equipamentos e bancadas; limpeza e esterilização de latões e tanques de

caminhões; operações de industrialização como na pasteurização, esterilização e

resfriamento. A água utilizada no estabelecimento é proveniente de poço artesiano.

Para 1L de leite processado em queijo mussarela demanda-se 3,8 m3 de água, logo

a empresa diariamente gastará um volume de 12.646,4 m³ aproximadamente (CRH

Nº 04/2003).

O recurso energia: Utiliza-se energia térmica, na forma de vapor e água quente, para

esterilização e limpeza. Eletricidade é utilizada na operação de máquinas e

equipamentos, e substancialmente para refrigeração. Produção de ar comprimido,

iluminação e ventilação também são consumidoras de eletricidade. A energia

elétrica é oferecida pela empresa COPEL pelo custo 0,44 KW. Os processos de

resfriamento rápido, o processo de pré aquecimento e o processo de pasteurização

representam a grande maioria do consumo total de energia elétrica.

29

A energia fornecida pelo vapor gerado pela caldeira é a partir da queima da

madeira (lenha) como material de combustão.

O recurso de tratamento de dejetos: A empresa preocupada com o meio ambiente

tem instalado uma estação de tratamento de efluentes, ETE, compreendendo 3

lagoas de tratamento de efluente e uma de controle com criação de peixes. Algumas

etapas que compreendem a estação de tratamento são: a retirada de óleo, de graxa,

de gordura, ativação de lodo e oxigenação.

O recurso de fornecedores: Os principais fornecedores serão os grandes pecuaristas

representando 60%, que possuem um rebanho de vacas leiteiras de qualidade, com

alto volume de fornecimento e produção constante, todavia, não é negado acordos

com pequenos e médios produtores que se apresentam em 40% o fornecimento

para a empresa.

O recurso de compradores: Na região, os principais compradores são os mercados e

restaurantes.

O recurso segurança: Todas as operações realizadas pelos colaboradores são

seguidas de procedimentos de boas práticas para excelência e qualidade do produto

final. Atualmente, os procedimentos sanitários são baseados no APPCC (Análise de

perigos e pontos críticos de controle), BPF (Boas práticas de fabricação) e PSO

(Programas sanitários operacionais), os quais definem como devem ser todos

procedimentos e controles realizados para atendimento de todas as normas e

necessidades exigidas para boa qualidade do produto final.

Por questão de segurança e qualidade a empresa utiliza dos recursos de

consultorias e disponibiliza planos de estágios para alunos da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Campo Mourão. Além de seguir a

legislação em vigor. O laticínio está 100% adequado com a certificação do SIF

(Serviço de Inspeção Federal), que é o Órgão máximo que regula a produção

agropecuária do país, podendo comercializar seus produtos em todo o território

Nacional.

30

3.3 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

A empresa apresenta um quadro de funcionários bem amplo como mostrado

na Tabela 3.

Tabela 3 – Quadro de funcionário do laticínio.

Função Nº de funcionário Salário da atividade R$

Guarita 2 1.050 Recepcionista e controlador da matéria-

prima 2 950

Cozinheira 3 950 Engenheiro de alimentos (processo) 1 4.560 Técnico em alimentos (laboratorista) 2 1.700 Caminhoneiros (coleta e distribuição) 7 950

Zeladora 5 950 Guarda noturno 1 1.500

Operador de maquinário 3 950 Vendedor representante 1 2.000 + comissão Controlador no envase 3 950

Administrador 1 1.700 Operário no controle das câmaras 2 950

Técnico ambiental 1 1.700 Secretária 2 1.050

Recursos humanos 1 1.050 Técnico em laboratório 2 950 Operador de caldeira 2 1.050

TOTAL 42 52.610

3. 4 ALVARÁ SANITÁRIO E LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Segue na página 29 o Alvará Sanitário da empresa, na página 30 o Alvará de

Licença para Localização e Funcionamento da mesma, na página 31 o Memorial

Econômico Sanitário de Estabelecimentos de Leite e Derivados, na página 33 o

requerimento junto a Seab. .

31

PREFEITURA DE CAMPO MOURÃO

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DEPTO. DE FISCALIZAÇÃO E VIG. SANITÁRIA

ALVARÁ SANITÁRIO Nº 4327/12

RAZÃO SOCIAL: INDÚSTRIA DE QUEIJO MUSSARELA EMATH Ltda.

CNPJ: 07.598.675/0001-00

NOME FANTASIA DO ESTABELECIMENTO: QUEIJO MUSSARELA 5 ESTRELAS.

ENDEREÇO: CIDADE DE CAMPO MOURÃO – PR 567, LOTE 124 C – PARANÁ – BRASIL.

PROPRIETÁRIO: AMANDA GUEDES; HERILY SATO; EVELIN NACANO; MÔNICA CEOLIN; THAISA

CARVALHO VOLPE.

TIPO DE ESTABELECIMENTO: RAMO INDUSTRIAL – ALIMENTÍCIA.

A ATIVIDADE ACIMA ESTÁ AUTORIZADA A FUNCIONAR DE ACORDO COM A

LEI Nº 6.320/83 E OS DECRETOS QUE A REGULAMENTAM

PRAZO DE VALIDADE:

30 DE DEZEMBRO DE 2014.

LOCAL E DATA: CAMPO MOURÃO – PARANÁ; 09 DE OUTUBRO DE 2012.

UFM: 1.70 UFM

AUTORIDADE DE SAÚDE:

MANTER EM LOCAL VISÍVEL AO PÚBLICO

32

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO MOURÃO

ESTADO DO PARANÁ

SERVIÇO DE FAZENDA

ALVARÁ DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E

FUNCIONAMENTO

Nº DO ALVARÁ Nº DO PROCESSO EMITIDO EM VALIDO ATÉ

54 0722 10/10/2012 10/10/2013

Fica concedida a AMANDA GUEDES; HERILY SATO; EVELIN NACANO;

MÔNICA CEOLIN; THAISA CARVALHO VOLPE. Licença e, ou renovação de

licença para se estabelecer na CIDADE DE CAMPO MOURÃO – PR 567, LOTE

124 C – PARANÁ – BRASIL. Com a seguinte atividade principal: PRODUÇÃO

INDUSTRIAL DE QUEIJO MUSSARELA, enquanto satisfazer as exigências da

legislação em vigor previstos na Lei nº 10.357, de 27 de dezembro de 2001.

Campo Mourão 10 de Outubro de 2012.

Chefe do serviço da fazenda

33

MEMORIAL ECONÔMICO-SANITÁRIO DE

ESTABELECIMENTO DE LEITE E DERIVADOS

01- Nome da empresa: EMATH / Queijo Mussarela 5 estrelas. Proprietários: Amanda

Guedes, Herily Sato, Evelin Nacano, Mônica Ceolim e Thaisa Carvalho Volpe.

02- Classificação do estabelecimento: Industrial Alimentício.

03- Localização/endereço completo do estabelecimento: BR 567, LOTE 124 C –

Campo Mourão/Paraná. Telefone: XXXX-XXXX, E-mail: XXXXX.

04- Procedência da matéria prima: oferecida por produtores terceirizados, com

caminhão de coleta da própria empresa.

05- Capacidade máxima de recepção diária: 40.000 L/dia.

06- Produtos que pretende fabricar: queijo mussarela.

07- Regiões do Estado onde pretende comercializar a produção: Estado do Paraná.

08- Número aproximado de empregados no laticínio: 40 funcionários.

09- Equipamentos instalados ou a serem instalados: Filtro, tanque de

armazenamento do creme, tanque de armazenamento do soro, centrífuga,

pasteurizador, tanque de mistura, tanque de coagulação, tanque de mexedura e

dessoragem, prensa, mesa de fermentação, filadeira, enformagem, tanque de salga,

tanque de recepção, câmara de secagem e câmara de armazenamento.

10- Meios de transporte a serem utilizados: 3 (três) caminhões com tanques

isotérmicos para coleta do leite nos produtores.

11- Água de abastecimento:

Procedência: 90% de poço artesiano e 10% fornecido pela SANEPAR.

12- A indústria possui 1 (um) laboratório de análises.

13- Natureza do material das mesas e seu revestimento: inox.

14- Tanques de salga para queijos. Natureza do material e de seu revestimento

interno: inox.

15- Informar o destino dado ao soro: venda para outras empresas.

16- Vestiários: os vestiários na empresa são separados por sexo.

34

17- Existem banheiros e instalações sanitárias na empresa.

18- Refeitório: Sim.

19- Instalações frigoríficas, detalhar:

Número de câmaras existentes: 2 (duas) câmaras frias.

Capacidade das câmaras: 4.200 kg/cada.

Campo Mourão, 16 de outubro de 2012

AMANDA GUEDES

HERILY SATO

EVELIN NACANO

MÔNICA CEOLIM

THAISA CARVALHO VOLPE

35

R E Q U E R I M E N T O

Campo Mourão,16 de outubro de 2012

ILMO

GERENTE DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL – GIPOA.

AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ – ADAPAR.

CURITIBA – PR.

Eu Amanda Guedes, Herily Sato, Evelin Nakano, Mônica

Ceolim e Thaisa Carvalho Volpe, RG n° XXXXX, CPF n° XXXXX residente à XXXXX

no Município de Campo Mourão, Solicito (1) junto ao Serviço de Inspeção do

Paraná/Produtos de Origem Animal - SIP/POA, da (2), CNPJ/CPF nº. XXXXX,

Inscrição Estadual/CAD Pro nº. XXXXX, situada à BR 567, LOTE 124 C, no

Município de Campo Mourão.

Para tanto, concordo em acatar todas as exigências

constantes das Normas e Regulamentos do Serviço de Inspeção do

Paraná/Produtos de Origem Animal SIP/POA, bem como da Agência de Defesa

Agropecuária do Paraná – ADAPAR.

Atenciosamente,

AMANDA GUEDES

HERILY SATO

EVELIN NACANO

MÔNICA CEOLIM

THAISA CARVALHO VOLPE

36

4 FLUXOGRAMA QUALITATIVO E QUANTITATIVO DO PROCESSO

O fluxograma é uma ferramenta que auxilia na representação do processo,

possibilitando identificar todos os equipamentos que são utilizados como bombas,

maquinários, além de ilustrar tubulações e suas interligações.

O fluxograma qualitativo do processo, como indicado no Diagrama 2, irá

identificar o sequencial produtivo de cada etapa e identificar suas respectivas

vazões. Este fluxograma representa somente as etapas a serem empregadas.

Também indicará componentes necessários como bombas, entrada e saída de fluido

de resfriamento, bem como de aquecimento.

O fluxograma quantitativo do processo do queijo tipo mussarela, como

indicado no Diagrama 3, engloba as entradas e saídas quantificadas de cada etapa,

bem como a disponibilidade de energia necessária para aquecimento e resfriamento

dos equipamentos. O fluxograma quantitativo promove a visualização total do

processo através de suas funcionalidades, limites de vazões, temperatura em cada

equipamento e sequência de operações. A sua aplicação auxilia nas definições do

projeto, nas manutenções, possibilita a elaboração das especificações dos

equipamentos e instrumentos a serem empregado.

37

Diagrama 2 – Fluxograma qualitativo do processo de queijo tipo mussarela.

38

.

Diagrama 3 – Fluxograma quantitativo do processo de queijo tipo mussarela.

39

5 CRONOLÓGICO DO PROCESSO

Na Tabela 4 é apresentado o cronológico do processo de produção do queijo

mussarela na empresa estudada.

Tabela 4 – Esquema cronológico do processo.

ETAPA DE PRODUÇÃO TEMPO DE RETENÇÃO

Filtração 1h e20 min para filtrar todo o leite

Tanque de recepção Até o momento de beneficiamento

Padronização 6h para total padronização do leite

Pasteurização 6h para total pasteurização do leite

Tanque de mistura 20 minutos

Tanque de coagulação 45 minutos

Mistura/dessoragem 45 minutos

Pré-prensagem 20 minutos

Fermentação 20 horas

Filagem 15 minutos

Enformagem 3 horas

Prensagem/viragem 10 minutos

Salga 48 horas

Secagem 24 horas

Embalagem 3 horas

Estoque final De acordo com a necessidade

O leite será recepcionado à tarde aproximadamente às 16 horas, terminando

seu descarregamento (filtro tanque de recepção) às 17h20min aproximadamente.

O beneficiamento iniciará às 6 horas da manhã do dia seguinte, a partir da etapa de

padronização e pasteurização, onde ambos trabalham com a mesma vazão,

consequentemente o leite será padronizado e pasteurizado entorno de 6 horas.

Portanto o processo de fabricação do queijo mussarela iniciará perto do meio-dia.

40

Às 13h30 min será encaminhado para a mesa de fermentação, saindo às

9h30min do dia seguinte para então realizar a filagem, enformagem e

prensagem/viragem, terminando estas etapas às 13h15min, onde o queijo se

encaminhará para a salga (2 dias) e secagem (1 dia), após esses três dias, o queijo

finalmente será embalado e expedido.

Portanto, o leite que é beneficiado hoje se tornará queijo mussarela em um

total de 4 dias aproximadamente.

41

6 BALANÇO DE MASSA E ENERGIA NO PROCESSO

Um balanço de massa é uma aplicação do princípio da conservação da

massa para a análise de sistemas físicos. Pela contabilidade de material entrando e

deixando um sistema. A exata lei de conservação usada na análise do sistema

depende do contexto do problema, mas tudo é resolvido pela conservação da

massa, que matéria não pode desaparecer ou ser criada espontaneamente (NETO,

et al. 2010).

O balanço de energia por sua vez segundo Neto et al. (2010), é uma

exposição sistemática dos fluxos e transformações de energia em um sistema. A

base teórica para um balanço energético é a primeira lei da termodinâmica segundo

a qual a energia não pode ser criada ou destruída, apenas modificada em forma. As

fontes de energia ou ondas de energia são, portanto, as entradas e saídas do

sistema em observação.

6.1 BALANÇO DE MASSA

A quantidade de leite destinada ao processo é de 40.000 L/dia ou 41.280

kg/dia. Para satisfazer esta demanda serão necessário 3 caminhões/dia de 15.000L.

A temperatura de chegada do leite a granal é de aproximadamente 7ºC a 10ºC.

O leite é então descarregado com o auxilio de uma bomba já acoplada ao

caminhão. A vazão de descarga é de 500 L/min, com o auxilio de uma tubulação de

2". Logo serão necessários 80 minutos para o total descarregamento.

Na Tabela 5, tem-se o balanço de massa em cada etapa. Os cálculos

utilizados se encontram no Anexo B.

42

Tabela 5 – Descrição do balanço de massa em cada etapa do processo.

EQUIPAMENTO ENTRADA SAÍDA REMOVE ADICIONA CONTINUA NO PROCESSO 1 FILTRO

40.000 L/dia ou 500 L/min

500 L/min 0,02 Kg/dia de sujidade - 39.999,98 L/dia

3 TANQUE DE ARMAZENAMENTO

500 L/min 7.000 L/h - - 39.999,98 L/dia

1 PADRONIZAÇÃO (CENTRÍFUGA)

39.999,98 L/dia ou 7.000 L/h

39.659,99 L/dia ou 7.000 L/h

339.99 Kg/dia de creme - 39.659,99 L/dia

2 PASTEURIZADOR

39.659,99 L/dia ou 3.600 L/h cada

39.659,99 L/dia ou 3.600 L/h cada

- - 39.659,99 L/dia

2 TANQUE DE MISTURA 39.659,99 L/dia ou 7.200 L/h

40.074,44 L/dia - Cloreto de cálico: 17,846 L/dia

Fermento lático: 396,6 L/dia

40.074,44 L/dia

2 TANQUE DE COAGULAÇÃO

40.074,44 L/dia 40.094,48 L/dia - Coalho: 20,04 L/dia 40.094,48 L/dia

2 TANQUE DE MEXEDURA E DESSORAGEM

40.094,48 L/dia 6.014,17 L/dia Soro: 34.080,32L/dia - 6.014,17 L/dia

PRÉ-PRENSAGEM

6.014,17 L/dia 4.344,64 Kg/dia Soro: 1.804,25 L/dia - 4.209,92L/dia ou 4.344,64 Kg/h

MESA DE FERMENTAÇÃO

4.344,64 Kg/dia 4.344,64 Kg/dia - - 4.344,64 Kg/dia

FILAGEM

4.344,64 Kg/dia 4.344,64 Kg/dia - - 4.344,64 Kg/dia

ENFORMAGEM

4.344,64 Kg/dia 4.344,64 Kg/dia - - 4.344,64 Kg/dia

PRÉ-PRENSAGEM E VIRAGEM

4.344,64 Kg/dia 3.910,17 kg/dia Soro: 434, 46L/dia - 3.910,17 kg/dia

TANQUE DE SALGA 3.910,17 kg/dia 4.160,17 Kg/dia salmoura: 1.000L Sal: 250kg Água: 1.000 L

4.160,17 Kg/dia

SECAGEM

4.160,17 Kg/dia 3.744,15 kg/dia Água: 416,02 L/dia - 3.744,15 kg/dia

EMBALAGEM

3.744,15 kg/dia produção de queijo: 3.744,15 kg/dia

- - -

43

6.2 BALANÇO DE ENERGIA

O balanço de energia é realizado para encontrar a quantidade de calor

necessária para produzir as diferenças de temperaturas no sistema. O balanço de

energia no projeto de queijo mussarela quantificou as trocas de calor realizadas

entre os equipamentos que utilizam calor para aquecer ou refrigerar, como indicado

na Tabela 6. Os cálculos utilizados se encontram no Anexo C.

Tabela 6 – Descrição dos balanços de energia no processo.

EQUIPAMENTO DIFERENÇA DE

TEMPERATURA

(Ti – Tf) ºC

MEIO DE

TRABALHO

TEMPERATURA

DO FLUÍDO

(ENTRADA –

SAIDA) ºC

QUANTIDADE

CALOR

TOTAL (Q)

kJ/dia

VAZÃO

DE

ENTRADA

L/dia

VAZÃO

DE

SAÍDA

L/dia

2 Pasteurizador 30 – 72 Água

quente

95 - 76 6.689.023,2 90.502,3 90.502,3

2 Tanque de

coagulação

30 – 42 Energia

elétrica

- 1.930.535,4 - -

Filadeira 80 Água

quente

80 698.700 3.000 3.000

3 Tanque de

recepção

7 – 4 Energia

elétrica

- 481.737,37 -

Padronizador 4 – 30 Energia

elétrica

- 4.178.399,3 - -

Tanque para armazenamento

do creme

20 - 5 Energia

elétrica

- 16.125,7 - -

2 Tanque de armazenamento

do soro

25- 5 Energia

elétrica

- 3.055.771,3 - -

Câmara de secagem

5 Energia

elétrica

- 57.096 - -

Câmara de armazenamento

10 Energia

elétrica

- 45.096 - -

Total de calor fornecido por energia elétrica a todo processo: 9.764.761,07 KJ/dia.

Total de calor fornecido pela fonte de calor a todo processo: 7.378.723,2 KJ/dia.

44

7 LAYOUT DO PROCESSO

O Layout tem por finalidade observar a distância entre os equipamentos,

Tabela 7, indicar a presença de bombas, tubulações. Ou seja, ilustrar todo o

processo, bem como apresentar seus componentes e adjuntos.

Pelo layout o projeto conta com 11 bombas sanitárias, todas centrífugas. O

dimensionamento das bombas segue no Anexo D.

As tubulações seguiram uma padronização de 2”.

Tabela 7 – Distancias entre as etapas do processo.

Ponto 1 Ponto 2 Distância entre eles (m)

Filtro Tanque de armazenamento 4

Tanque de armazenamento Padronizador 5

Padronizador Tanque de creme 2

Padronizador Pasteurizador 4

Pasteurizador 1 Pasteurizador 2 2

Pasteurizador Tanque de mistura 4

Tanque de mistura 1 Tanque de mistura 2 2

Tanque de mistura Sala de ingredientes 20

Tanque de mistura Tanque de coagulação 3

Tanque de coagulação 1 Tanque de coagulação 2 3

Tanque de coagulação Tanque de

mexedura/dessoragem

3

Tanque de

mexedora/dessoragem 1

Tanque de

mexedura/dessoragem 2

3

Tanque de

mexedura/dessoragem

Tanque de soro 10

Tanque de

mexedura/dessoragem

Pré-prensagem 6

Pré-prensagem Tanque de soro 5

Pré-prensagem Mesa fermentação 3

Mesa fermentação Tanque de Filagem 4

Tanque de Filagem Enformagem 2

Enformagem Prensagem/viragem 3

Prensagem/viragem Tanque de soro 6

Prensagem/viragem Tanque de salga 3

Tanque de salga Tanque de preparo da

salmoura

2

Tanque de salga Câmara de salga 2

Câmara de salga Embalagem 5

Embalagem Sala de embalagens 5

Embalagem Câmara de estocagem 5

Câmara de estocagem Expedição final 7

45

A Figura 17 ilustra o layout do processo do queijo mussarela na indústria

desenvolvida, desde a etapa de recepção do leite até seu armazenamento para

posterior comercialização. São representados os equipamentos utilizados, dispostos

de acordo com as distâncias estabelecidas pelo projeto, Tabela 7, bem como as

conecções de tubulações utilizadas.

Figura 17 – Layout do processo de queijo mussarela.

Legenda da Figura 1:

Linhas amarelas: Vazão de soro.

Linhas vermelhas: Vazão de leite para beneficiamento.

Linhas verdes: Vazão de vapor.

1 caminhão de entrega de leite

2 bomba centrífuga

3 filtro rotativo

4 bomba centrífuga

5 tanques de recepção de leite

6 bomba centrífuga

7 padronizador

8 tanque de creme

9 bomba centrífuga

10 pasteurizador

46

11 bomba centrífuga

12 fonte de calor da indústria

13 bomba centrífuga

14 tanque de mistura

15 tanque de coagulação

16 bomba centrífuga

17 tanque de mexedora/dessoragem

18 bomba centrífuga

19 tanque de soro

20 pré-prensagem

21 sala de insumos

22 sala de embalagens

23 mesa de fermentação

24 filagem

25 área de enformagem

26 bomba centrífuga

27 prensagem/viragem

28 tanque de salga

29 câmara de secagem

30 embalagem

31 câmara de estoque

32 caminhão de entrega

33 laboratório

A Figura 18 e Figura 19 ilustram a área de processo do queijo mussarela em

ângulos diferentes.

Figura 18 – Área de produção do queijo mussarela.

47

Figura 19 – Área de produção do queijo mussarela.

Na Figura 20 é disposto todo o layout da planta industrial, onde é englobado

a área de produção, guarita da empresa, estacionamento, sanitários, parte

administrativa, entre outros. Na Figura 21, tem-se o layout da planta de toda a

indústria em um ângulo diferente.

48

Figura 20 – Layout da planta industrial.

Legenda da Figura 20:

1 – Guarita;

2 – Estacionamento;

3 – Casa de Caldeira;

4 – Área de produção;

5 – Área administrativa;

6 – Sanitários por sexo;

7 – Refeitório;

8 – Lagoa de tratamento

49

Figura 21 – Layout de toda a planta industrial.

8 COTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

A cotação é feita para quantificar os valores a serem investido em beneficio

do empreendimento, visando sempre um bom negocio e custo-benefício, como

indicado na Tabela 8.

As características de cada equipamento, bem como seu dimensionamento,

se fazem necessários como forma de um controle adequado de entradas e saídas, a

fim de serem evitados erros quanto ao processo, bem como garantir a qualidade e

eficiência da indústria. O dimensionamento e as características dos equipamentos

se encontram no ANEXO A.

50

Tabela 8 – Cotação dos equipamentos a serem utilizados.

EQUIPAMENTO UNIDADE PREÇO

DA

UNIDADE

INVESTIMENTO

TOTAL R$

EMPRESA

Filtro 1 26.000,00 26.000 CASA FORTE

Tanque de

recepção

3 35.000,00 105.000,00 WEST

Padronizador 1 150.000,00 150.000,00 WEST

Tanque de

armazenamento

do creme

1 7.500,00 7.500,00 WEST

Pasteurizador 2 144.500,00 298.000,00 WEST

Tanque de

mistura

2 90.000,00 180.000,00 WEST

Tanque de

coagulação

2 96.000 192.000,00 WEST

Liras 8 193,50 1.548,00 ETIEL

Tanque de

mexedura e

dessoragem

2 29.400,00 58.800,00 WEST

Dreno-prensa 1 12.000,00 12.000,00 POLINOX

Tanque para

armazenamento

do soro

2 48.000,00 96.000,00 WEST

Mesa para

Fermentação

1 2.587,00 2.587,00 ARTINOX

Filadeira 1 27.245,00 27.245,00 TREVI

Formas 900 1,23 1.105,00 ETIEL

Prensa

hidráulica

1 24.500,00 24.500,00 WEST

Tanque de salga

1 26.440 26.440 WEST

51

Câmara fria para

secagem

1 16.275,00 16.275,00 TECTERMICA

Prateleiras para

secagem

3 950,00 2.850 WEST

Embaladora 4 10.300,00 41.200,00 WEST

Câmara fria para

armazenamento

1 17.810,00 17.810,00 TECTERMICA

Prateleiras para

armazenamento

3 950,00 2.850 WEST

Fonte de Calor

(Caldeira)

1 50.000,00 50.000,00 WEST

Bombas 11 956,00 10.516,00 BRASIL

BOMBAS

O investimento total com os equipamentos é de R$ 1.350.226,00.

52

9 VIABILIDADE ECONÔMICA DA EMPRESA

9.1 CUSTOS E ENTRADAS DA EMPRESA

CUSTO FIXO DE PRODUÇÃO (CFP)

SETOR CUSTO MENSAL R$

Salários 52.610,00

Adicionais salários 10.500,00

Impostos 40,56% do lucro

Custos de documentação 100,00

Encargos Administrativos 1.000

Produtos de limpeza 2.010,00

Total 66.220,00 + 40,56%

CUSTO VARIAVEL DE PRODUÇÃO (CDP)

SETOR CUSTO MENSAL R$

Matéria-prima 768.000,00

Energia elétrica equipamentos 1.491,84

Energia em geral 456,00

Água 400,00

Telefone/internet 350,00

Insumos 39.488,22

Lenha 6.000

Gasolina 14.630,00

Total 830.816,06

CUSTO FIXO

Equipamentos 1.350.226,00

Construção Civil 2.103.150,00

Custo de documentação 1.426,53

Custo de terreno 45.000,00

Pesquisas iniciais 2.500,00

Caminhões 3.500.000,00

Total 7.002.302,53

53

PRODUTOS OFERTADOS PELA EMPRESA

Produto Renda Mensal R$

Creme 92.817,27

Soro 1.067.779,5

Queijo Mussarela 2.116.108,80

Total 3.276.705,57

9.1.1 Custo Fixo De Produção

A quantidade mensal paga aos funcionários da empresa segue de acordo

com a Tabela 3 página 28.

Os adicionais de salários se baseiam em fatores como hora extra,

bonificações, auxilio doença, 13º, maternidade, entre outros. Estima-se que a

empresa tenha um gasto mensal de R$ 10.500,00.

O recolhimento mensal, mediante documento de arrecadação é em

conformidade com os seguintes tributos pagos pela empresa:

- Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) é de 15% sobre o lucro

real.

- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no caso de queijo mussarela

tem um custo nulo;

- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é de 12%;

- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é de

1,56%;

- Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de

comunicação (ICMS) é de 12%;

O custo mensal quanto às documentações burocráticas tem um valor

calculado entorno de 100 R$/mês. Baseado nas planilhas de cada

documento.

54

Os custos administrativos envolvem custos com papéis, canetas,

grampos, carimbos, tinta para impressora, entre outros. O empreendimento

estipula um valor fixo de aproximadamente R$ 1.000.

Produtos de limpeza são essenciais para a indústria manter a higiene de

seu estabelecimento, desde a área de produção, sanitários, cozinha, entre

outros. Em média a empresa tem um custo mensal de R$ 2.010,00.

9.1.2 Custo Variável De Produção

A matéria-prima terá para a empresa um custo de 768.000 mensal, visto que

a indústria recebe diariamente um quantidade de 40.000 L, pagando ao

produtor um valor fixo de R$ 0,64.

A energia requerida pelos equipamentos que funcionam mediante energia

elétrica somou um total de 9.764.761,07 KJ/dia, sabe-se que R$ 0,44 é o

valor de 1KW, portanto a empresa tem um casto mensal de R$ 1.491,84.

A energia em geral é classifica em energia requerida para computadores,

iluminação de vestiários, produção, laboratório, refeitório, secretaria, guarita,

impressoras, entre outros. A empresa atribuiu um valor de aproximadamente

R$ 456,00.

A água utilizada pela empresa é fornecida por açude, consequentemente, o

custo com a mesma é nulo, porém há custos relativos a seu tratamento para

sua posterior utilização. A empresa estima um gasto mensal de R$ 400,00.

O custo com telefone/internet utilizado pela empresa é de R$ 350.

Os insumos utilizados pela indústria são: embalagem (0,28 R$/unidade –

27.963,60 R$/mensal), fermento lácteo (14,00 R$/L – 166.572 R$/mensal),

55

cloreto de cálcio (2,75 R$/L – 1.447,55 R$/mensal), coalho (8,75 R$/L –

5.260,50 R$/mensal), reagentes de laboratório (valor suposto de 150

R$/mensal), sal para a salga (0,60 R$/Kg – 4.500,00). O valor gasto com

esses insumos é entorno de 39.488,22 R$.

A lenha empregada para geração de vapor para manutenção energética tem

um custo 25,00 R$ a tonelada, a empresa necessitária de 1 tonelada por hora

para manter energeticamente a empresa, a caldeira funcionará 8 horas diária.

Logo mensalmente a empresa tem um gasto de R$ 6.000.

O custo que a empresa gasta com gasolina para manutenção de seus

caminhões de entrega de leite e distribuição de queijo baseia-se em uma

estimativa que cada caminhão faça aproximadamente 200 Km/dia, são sete

caminhões e o diesel tem um custo de 2,09 R$/L, supondo que cada

caminhão faça 6 km/L, portanto o custo mensal é de R$ 14.630.

9.1.3 Custo Fixo

A empresa investirá em um custo de 1.350.226,00 R$ em equipamentos

para elaboração do processo de queijo mussarela.

A construção civil terá um custo de 3.004.500 R$ para a empresa. Já que a

empresa conta com uma área de 6.009 m² construída. Estima-se que cada

m² tenha um custo de 350 R$.

Os custos quanto à documentação burocrática, envolve alvará sanitário e

alvará de funcionamento, deliberados pela prefeitura de Campo Mourão,

com um custo de 530,17 e 96,36 R$, respectivamente. O memorial

econômico sanitário de estabelecimento de leite e derivados, e requerimento

de serviço de inspeção, fornecidos pela SEAB, tiveram um custo de 800 R$.

56

O terreno adquirido pela empresa para realizar sua instalação tem 1

alqueire, totalizando um custo de 45.000 R$.

A indústria de queijo mussarela antes de realizar sua instalação física terá

um custo com pesquisas iniciais, onde abrangeu pesquisa de mercado,

pesquisa de produto queijo mussarela, estudo de caso, entre outros,

consequentemente a empresa terá um custo aproximado de R$ 2.500,00.

Custo com caminhões, são 7 caminhões, com um valor R$ 500.000,00,

somando para empresa, um custo de R$ 3.500.000,00.

9.1.4 Produtos Ofertados Pela Empresa

O creme obtido pelo processo de padronização será vendido mensalmente,

onde somará um volume de 10.199,70 Kg/mês. Um Kg de creme terá o custo

de 9,10, logo o faturamento com creme de leite mensal será de R$ 92.817,27.

O soro de leite que a empresa venderá mensalmente somará um volume de

1.089.570,9 L/mês, rendendo um valor de 0,98 R$/L o soro, logo 1.067.779,5

R$/mês.

O produto principal ofertado pela empresa é o queijo mussarela que tem um

preço de 18,84 R$/Kg, logo por mês a empresa recebe R$ 2.116.108,80 pelo

produto acabado.

57

9.2 DEPRECIAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Na Tabela 9, segue os equipamentos com suas respectivas depreciações de

acordo com 10 anos passados, com base no custo inicial de investimento disposto

na Tabela 8 anteriormente vista. O valor de N foi fixo em 55.

Tabela 9 – Depreciação dos equipamentos utilizados na indústria.

ANOS DE

DEPRECIAÇÃO

FILTRO TANQUE DE

RECEPÇÃO

TANQUE DE

ARMAZENAMENTO

DE CREME

PASTEURIZADOR

1 4727,272727 10000 1363,636 54181,81818

2 4254,545455 9000 1227,273 48763,63636

3 3781,818182 8000 1090,909 43345,45455

4 3309,090909 7000 954,5455 37927,27273

5 2836,363636 6000 818,1818 32509,09091

6 2363,636364 5000 681,8182 27090,90909

7 1890,909091 4000 545,4545 21672,72727

8 1418,181818 3000 409,0909 16254,54545

9 945,4545455 2000 272,7273 10836,36364

10 472,7272727 1000 136,3636 5418,181818

ANOS DE

DEPRECIAÇÃO

TANQUE DE

MISTURA

TANQUE DE

COAGULAÇÃO

LIRAS TANQUE DE

MEXEDURA/DES.

1 32727,27 34909,09 281,4545 10690,90909

2 29454,55 31418,18 253,3091 9621,818182

3 26181,82 27927,27 225,1636 8552,727273

4 22909,09 24436,36 197,0182 7483,636364

5 19636,36 20945,45 168,8727 6414,545455

6 16363,64 17454,55 140,7273 5345,454545

7 13090,91 13963,64 112,5818 4276,363636

8 9818,182 10472,73 84,43636 3207,272727

9 6545,455 6981,818 56,29091 2138,181818

10 3272,727 3490,909 28,14545 1069,090909

58

ANOS DE

DEPRECIAÇÃO

DRENO-PRENSA TANQUE

ARMAZENAGEM

DE SORO

MESA

FERMENTAÇÃO

FILADEIRA

1 2181,818 17454,55 470,3636 4953,636364

2 1963,636 15709,09 423,3273 4458,272727

3 1745,455 13963,64 376,2909 3962,909091

4 1527,273 12218,18 329,2545 3467,545455

5 1309,091 10472,73 282,2182 2972,181818

6 1090,909 8727,273 235,1818 2476,818182

7 872,7273 6981,818 188,1455 1981,454545

8 654,5455 5236,364 141,1091 1486,090909

9 436,3636 3490,909 94,07273 990,7272727

10 218,1818 1745,455 47,03636 495,3636364

ANOS DE

DEPRECIAÇÃO

FORMAS PRENSA

HIDRÁULICA

TANQUE DE

SALGA

CÂMARA FRIA

DE SECAGEM

1 200,9091 4454,545 4807,273 2959,090909

2 180,8182 4009,091 4326,545 2663,181818

3 160,7273 3563,636 3845,818 2367,272727

4 140,6364 3118,182 3365,091 2071,363636

5 120,5455 2672,727 2884,364 1775,454545

6 100,4545 2227,273 2403,636 1479,545455

7 80,36364 1781,818 1922,909 1183,636364

8 60,27273 1336,364 1442,182 887,7272727

9 40,18182 890,9091 961,4545 591,8181818

10 20,09091 445,4545 480,7273 295,9090909

ANOS DE

DEPRECIAÇÃO

PRATELEIRAS

SECAGEM

EMBALADORA CÂMARA FRIA

ARMAZENAGEM

PRATELEIRA

ARMAZENAGEM

1 518,1818 20600000 3562 518,1818

2 466,3636 7416 3205,8 466,3636

3 414,5455 6592 2849,6 414,5455

4 362,7273 5768 2493,4 362,7273

5 310,9091 4944 2137,2 310,9091

6 259,0909 4120 1781 259,0909

7 207,2727 3296 1424,8 207,2727

8 155,4545 2472 1068,6 155,4545

9 103,6364 1648 712,4 103,6364

10 51,81818 824 356,2 51,81818

59

ANOS DE

DEPRECIAÇÃO

FONTE DE

CALOR

BOMBAS CAMINHÕES

1 9090,909 1912 636363,6

2 8181,818 1720,8 572727,3

3 7272,727 1529,6 509090,9

4 6363,636 1338,4 445454,5

5 5454,545 1147,2 381818,2

6 4545,455 956 318181,8

7 3636,364 764,8 254545,5

8 2727,273 573,6 190909,1

9 1818,182 382,4 127272,7

10 909,0909 191,2 63636,36

9.3 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO

Preço unitário do produto (Cun) =

=

= R$ 8,98

COM BASE NOS CUSTOS

PV (receita bruta) =

=

– = R$ 18,84

Onde: Mgc é à margem de ganho sobre o custo = 55%

Et são os encargos tributários sob vendas = 26,13%

MEDIDAS DE LUCRATIVIDADE

RENDA OU RECEITA BRUTA (Rb)

- Mussarela

Rb = Qp * $p = 99843,9 * 18,84 = 1.881.059,08 R$/mês

60

- Creme

Rb = 92.817,27 R$/mês

- Soro

Rb = 1.067.779,50 R$/mês

A receita bruta total da indústria (Rbt) = 3.041.655,00 R$/mês

RENDA LÍQUIDA (Rl)

Rl = Rb * (1 – I) = 3.416.655,85 * (1-0,07) = 2.828.739,94 R$/mês

Onde: I = ICMS = 7% = 0,07

Rbt = 3.416.655,85

LUCRO BRUTO (Lb)

Lb = Rl – Ct’ = 936.039,19 R$/mês - 39.603.13 R$/mês = 1.892.700,75 R$/mês

Onde: Ct’= Ct (Custo total de produção) + D(depreciação)

D = 39.603.13 R$/mês

Ct’= 936.039,19 R$/mês

FLUXO DE CAIXA (Fc)

Fc = Lb + D = 1.892.700,75 R$/mês + 39.603.13 R$/mês = 1.932.303.88 R$/mês

LUCRO LÍQUIDO (LL)

LL = (1-I2)*Fc = (1-0,27)* 1.932.303.88 R$/mês = 1.400.920,00 R$/mês

Onde: I2 = 27,5%

61

CAPITAL DE GIRO (Cg)

CF = (PMR + PME) – PMP = (15+10) – 20 = 5

Onde: PMR = 15

PME = 10

PMP = 20

Cg = (VVD x CF) = 62701,97 * 5 = 313.509,85 R$/dia

Onde: VVD = (custo total de produção * custo unitário do produto) 3328,13 * 18,84 =

62.701,97 R$/dia.

% DE RETORNO DE INVESTIMENTO (Ra)

Ra =

=

* 100 = 19,15%

Onde: Ci = Cf (Capital fixo de investimento) + Cg (Capital de giro) = 7.315.812,38R$

Cf = 7.002.302,53 R$

Cg = 313.509,85R$/dia

TEMPO DE RETORNO DE INVESTIMENTO (Nr)

Nr =

=

= 5,22 mês

PONTO DE EQUILÍBRIO (Pe)

Pe =

=

= 9.630.453,21 unidades

Onde: MC = PV – (CV – DV) = 3.041.655,85 – 830.216,06 = 2.211.439,79 R$/mês

MC (margem de contribuição); PV (receita bruta); (CV – DV) = Custo variável

62

3.041.665,85 ---------- 100%

2.211.439,79 ---------- x

%MC = 72,71%, onde se considera o queijo mussarela, creme e soro.

MC’(Considerando somente a mussarela) = PV – (CV – DV)

MC’ = 1.881.059,08 – 830.216,06 = 1.050.843,02 R$/mês

1.881.059,08-----------100%

1.050.843,02-----------x

%MC’ = 55,86%

Logo o Pe = 12.535.450,29 unidades/queijo mussarela

63

REFERÊNCIAS

ABIQ. Mercado interno de leites e lácteos. Disponível em: <http://www.abiq.com.br/>. Acesso em: 10 abr. 2012. ABREU, L. R. de – Tecnologia de Leite e Derivados – Processamento e Controle de Qualidade em Carne, Leite, Ovos e Pescado, Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. ALVES, G. Fundamentos da fabricação de queijos. Minas Gerais: Viçosa, 1990. BARBANO, D.; DUNKER, J. Simple Mozzarella Cheese-making methods. Disponível em: <http://www.google.com/patents/US20080233236>. Acesso em: 09 abr. 2012. BARZ, R. L.; CREMER, C. P. Process of Making Mozzarella Cheese. Disponível em: <http://www.google.com/patents/US5567464>. Acesso em: 09 abr. 2012. BEZERRA, J. R. M. V. Tecnologia de Fabricação de Derivados do Leite. Disponível em: < http://www.unicentro.br/editora/livros/2008/leite.pdf>. Acesso em: 10 abr 2012. BRASIL, REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJOS. Portaria n° 146, 1996. BRASIL, REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO QUEIJO MOZZARELLA (MUZZARELLA OU MUSSARELA). Portaria n° 364, 1997. BRASIL, REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS. RDC n°12, 2001. CARLYS, I. T.; ALLEN, R.; LYNN, P. G. Process for Mozzarella-Type Cheese. Disponível em: < http://www.patents.com/us-20060172054.html>. Acesso em: 09 abr. 2012. CARVALHO, G. R. Mercado do Leite. Disponível em: <http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Radio.asp?id=23533&secao=Multim%EDdia>. Acesso em: 10 abr. 2012.

64

CARVALHO, G. Picador elétrico-pneumático de massa para queijo mussarela. Disponível em: <http://www.patentesonline.com.br/picador-eletrico-pneumatico-de-massa-para-queijo-mussarela-239939.html>. Acesso em: 09 abr. 2012. CANSIAN, Eliana A. Avaliação da padronização do queijo mussarela com uso de ferramentas de qualidade: estudo de caso. Tese (Mestrado) 105f. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. CAVALCANTE, F. M. Produção de queijo Gouda, Gruyere, Mussarela e Prato. Disponível em: <http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUploadATO.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2012. CEPEA. Leite ao produtor. Boletim do leite, n205, março 2012. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/leite/boletim/205.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2012. CRH Nº 04/2003. Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Governo do Estado do Paraná. 5p. FERNANDES, S. A. de A. Levantamento Exploratório da Produção, Composição e Perfil de Ácidos Graxos do Leite de Búfalas em 5 Fazendas do Estado de São Paulo. Piracicaba, SP, 2004. 84 f. Tese (Doutorado em Agronomia), Área de Concentração: Ciência Animal e Pastagens, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Universidade de São Paulo. Disponível em http://www.teses.usp.br. 08 de Setembro de 2009. FIGUEIREDO, E.L. Elaboração e Caracterização do “Queijo Marajó”, Tipo Creme, de Leite de Búfala, Visando sua Padronização. 2006. 104f. Dissertação (Mestrado) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. KEMPTER, K.; POMBO, W. A. Processed mozzarella cheese and method for its production. Disponível em: <http://patents.com/us-6933000.html>. Acesso em: 09 abr. 2012. KOEHLER, J. C. Caracterização da bovinocultura de leite no estado do Paraná. Governo do Estado do Paraná – Secretaria de estado de agricultura e do abastecimento - SEAB Departamento de economia rural. Curitiba, 2000. MEDEIROS, F. Dose Dupla. Revista BRT, v.4, n12. Disponível em:<http://revistabrf.com.br/dose-dupla/>. Acesso em: 10 de abr. 2012.

65

MILKNET. Consumo de Lácteos tem expansão. Disponível em:<http://www.milknet.com.br/?pg=noticias&id=20600&buscador=CONSUMO-DE-LACTEOS-TEM-EXPANSAO&local=1> Acesso em: 10 de abr. 2012. MILKNET. Mercado internacional pode enfraquecer no trimestre. Disponível em:<http://www.milknet.com.br/?pg=noticias&id=20316&buscador=MERCADO-INTERNACIONAL-PODE-ENFRAQUECER-NO-TRIMESTRE&local=1> Acesso em: 10 de abr. 2012. NETO A. C. S.; OLIVEIRA, C. M. J.; COSTAS, D. F.; NETO, J. M. S.; SANTOS, M. C.; CARVALHO, M. A. A.; GOMES, M. A.; SANTOS, M. C. Fenômenos de transporte I. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABWK4AC/balanco-massa-energia>. Acesso em 25 de abr. 2012. OLIVIERI, D. A. Avaliação da qualidade microbiológica de amostras de mercado de queijo mussarela, elaborado a partir de leite de búfala (Bubalus bubalis). Piracicaba, 2004. 61p. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba. PRATA, R. S.; HAN, X.; LINCOURT, R.; CARDONA, M. L. Wheyless process for production of natural mozzarella cheese. Disponível em: <http://patents.com/us-6372268.html>. Acesso em: 09 abr. 2012. SCHARANCK, A. T. Processo de obtenção de mussarela cremosa e mussarela cremosa, e envase em embalagens tipo bisnaga. Disponível em: <http://www.patentesonline.com.br/processo-de-obtencao-de-mussarela-cremosa-e-mussarela-cremosa-e-envase-em-embalagens-186948.html>. Acesso em: 09 abr. 2012. SEREIA, Josiane, M. Tecnologia básica - HACCP (Análise de perigos e pontos críticos de controle). Paraná: Campo Mourão, 2011. SGHEDONI, A. Conjunto verticalizado para a produção de massas filadas. Disponível em: <http://www.patentesonline.com.br/conjunto-verticalizado-para-a-producao-de-massas-filadas-53159.html>. Acesso em: 09 abr. 2012. SPADOTI, L. M; OLIVEIRA, A. J. Uso de leite reconstituído na fabricação de queijo mussarela. Disponível em: < http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/veiculos_de_comunicacao/CTA/VOL19N1/CTA19N1_21.PDF>. Acesso em: 21 de abr. 2012.

66

TEIXEIRA S. R; RIBEIRO, M. T. Transporte do leite a granel. Disponível em: < http://www.cileite.com.br/sites/default/files/22Instrucao.pdf>. Acesso em; 10 abr. 2012. VENTURINI, K. S.; SARCINELLI, M. F.; SILVA, L. C. Processamento do leite. Boletim Técnico - PIE-UFES:02207 - Editado: 19.10.2007 VIEIRA, V. F. Características físico-químicas e sensoriais de queijos mussarela elaborado a partir de leites com diferentes contagens de células somáticas. 2010. 71f. Dissertação (Graduação). Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. ZHENG, Z.; MEHNERT, D.; MONCKTON, S. Stabilization of fresh mozzarella cheese using fermented whey. Disponível em: <http://patents.com/us-7858137.html>. Acesso em: 09 abr. 2012.

67

ANEXO A – CARACTERÍSTICA DOS EQUIPAMENTOS E DIMENSIONAMENTO

68

FILTRO

A separação contínua do leite recepcionado, dos sólidos em suspensão será

feita por um filtro, antes de sua entrada no tanque resfriado de armazenamento.

Diâmetro da tubulação ente filtro e tanque: 2”.

Capacidade: 500L/min.

Construído totalmente em aço inox AISI 304.

Finalidade: Separar líquidos de sólidos.

Composto: Rotor tipo transportador helicoidal, com palhetas para conduzir o

liquido. Filtro com tela de 30 a 1.000 micras apoiada por 04 hastes tensoras.

Motor elétrico com 2 HP. Bomba 02 cv. Mancais dos rolamentos em aço inox.

Tanque reservatório para receber o liquido filtrado de 200 Litros.

Medidas: Comprimento: 1340 mm x largura 700 mm x Altura 1550 mm.

TANQUE DE RECEPÇÃO

O leite recepcionado será armazenado em 3 tanques resfriados, até seu

beneficiamento.

Capacidade de cada tanque de resfriamento: 15.000 L.

Temperatura interna do tanque: 4ºC.

Orientação: vertical.

Material: aço inoxidável.

Isolamento: espuma de poliuretano.

Características: Os tanques serão equipados com uma tampa de inspeção,

escada em aço inoxidável, abertura para ventilação, saída, agitador, visores com

iluminação e torneira de amostra. Possuem spray-ball para lavagem e sistema de

controle eletrônico que indica a temperatura de leite e aciona a cada 30 minutos

para 2 minutos o agitador para misturar o leite e em caso de longos períodos de

estocagem. Principio de funcionamento: elétrico.

Dimensão: diâmetro de 1540 mm e altura de 3 metros.

69

PADRONIZADOR

A padronização do leite será feita por uma desnatadeira centrífuga.

Capacidade do padronizador: 7200L/hora.

Características: Rotor produzido totalmente em aço inox. Com acabamento aço

inoxidável.

(Auto limpante).

Dimensão: 1,5 m de comprimento para 1,5 m de altura.

TANQUE PARA ARMAZENAMENTO DO CREME

O creme removido do padronizador será encaminhado a um tanque para seu

armazenamento até a sua comercialização.

Temperatura do tanque de armazenamento da gordura: 5ºC.

Capacidade para 1.000 Kg de creme.

Dimensão: diâmetro de 0,5 m e altura de 1 metro.

Tanque cilíndrico, vertical, inox, construído totalmente em aço inox AISI 304, com

acabamento do tipo polido sanitário na parte interna e lixado na parte externa.

Equipado com: Tampa, 03 pés, entrada e saída do produto na parte inferior.

PASTEURIZADOR

A pasteurização será realizada em dois pasteurizadores a placas.

Capacidade de cada pasteurizador: 3.600L/h.

Temperatura no pasteurizador: 72ºC.

Tempo de residência no pasteurizador: 15 segundos.

70

Composto por pedestal revestido em aço inoxidável, placas corrugadas, tirantes

de aperto para fixação do feixe de placas, seção de regeneração, preparação água

quente, aquecimento, resfriamento e retardador tubular para 15 segundos.

Tanque de equilíbrio, capacidade 100 litros modelo cilíndrico vertical, construído.

Totalmente em aço inox AISI 304 com acabamento do tipo polido sanitário.

Equipado c/ 03 pés, tampa removível com alça, conjunto de válvula bóia

desmontável para limpeza, entrada do produto ao tanque, saída e retorno do produto

ao início do circuito.

Bomba centrífuga sanitária, construída em aço inox 304, motor trifásico de 10 CV

com saída e entrada tipo macho 2 ½’’ sms.

Válvula micrométrica, em inox 304 com diâmetro de 2 ½’’ 2NP, regulador de

vazão para entrada do leite no pasteurizador.

Válvula de três vias, em aço inox 304 com diâmetro de 2 ½’’ sms

Sistema by-pass para operação manual se necessário.

Bomba centrífuga, em aço carbono, trifásica de 5,0 CV 220/380 V, 3.500 RPM.

Tubos, de aço inox 304 de diâmetro 2 ½’’ para interligação do circuito de água

quente.

Painel de controle, construído em chapa de aço carbono bitola 16,

pintado, composto de: Controlador digital de temperatura, p/ controle do leite c/

sensor PT-100.

Termo - resistências pt-100, três fios, cabeçote em alumínio fundido, tubo inox de

diâmetro8 x 100 mm, rosca de fixação ½” BSP. PT-100

Diversos: Sinaleiros, botoeiras, disjuntores e relês para bombas de leite, Bomba

de água quente e bomba de água gelada, válvula solenóide de ar, filtro regulador

de ar.

Dimensão: 1 m de comprimento, 1,5 m de altura e 0,5 m de largura.

TANQUE DE MISTURA

Para dar início a produção do queijo é necessário à adição do cloreto de

cálcio e do fermento lático ao leite, consequentemente, é necessário um tanque

71

específico para realizar tais misturas. Este será conhecido como tanque de mistura.

Serão necessários 2 tanques.

Capacidade de cada tanque mistura: 25.000 L

Tempo de mistura: 20 minutos.

Material: Aço inoxidável.

Dimensão: raio de 1 m e altura de 3 metros.

Tanque de estocagem isotérmico estacionário horizontal formato cilíndrico

construído em aço inox externo e aço inox interno, composto de: boca de inspeção,

termômetro, escada, respira, visor de nível, agitador acionado por moto – redutor.

TANQUE DE COAGULAÇÃO

Para realizar a coagulação do leite, será necessário dois tanques para esta

finalidade.

Capacidade dos tanques de coagulação: 25.000 L.

Tempo de permanência no tanque de coagulação: 45 minutos.

Temperatura no tanque: 42ºC.

Material: aço inoxidável.

Dimensão: 10m x 6m x 5m.

Tanque mecânico para fabricação e coagulação de massa para queijo. Parte

interna com canto arredondado com acabamento totalmente sanitário revestimento

de aço inox 304, estrutura para sustentação da parte mecânica de aço inox

enrijecido por meio de vincos, um moto redutor acionado por painel eletrônico com

inversor de freqüência para a variar a velocidade conforme necessário, faixa de

operação de 0 a 400hz, 4 pés reguláveis com niveladores, sendo acabamento

externo totalmente escovado.

72

LIRAS

O corte da coalhada será realizado por meio de liras verticais e horizontais.

Quantidade: 2 liras verticais e 2 horizontais para cada tanque de coagulação.

Material: aço inoxidável.

Lira de Inox Vertical/Horizontal 290x290 mm

Lira confeccionada de chapa de aço inoxidável AISI 304, cortada a laser, com

dois cabos do mesmo aço, usinados em torno automático CNC, medindo a área

de corte 290x290 mm, permitindo a divisão do coágulo em cubos de 10x10x10

mm, assegurando uma excelente liberação do soro. Altura total de 460 mm.

A lira permite que os cabos sejam fixados alternando a posição horizontal e

vertical.

TANQUE DE MEXEDURA E DESSORAGEM

Para realizar a mexedura e a dessoragem da massa, empregar-se-á dois

tanques.

Capacidade dos tanques para mexedura e dessoragem: 25.000 L

1ª Mexedura, tempo de agitação: 10 minutos

1ª Mexedura, tempo de repouso: 15 minutos

2ª Mexedura, tempo de agitação: 30 minutos

2ª Mexedura, temperatura ao final de 30 minutos: 42ºC

Dimensão: 10m x 6m x 5m.

Fabricada em aço inox AISI 304, equipada com placas de prensagem e placas de

encosta da massa. Dotada de 02 cilindros pneumáticos, fixados em cada cabeçote,

varetas com borboletas inox p/ fixação do mesmo ao beiral do tanque, fundo bem

nivelado e com reforços inox na parte inferior.

73

PRÉ-PRENSAGEM

Na etapa de pré-prensagem, utilizar-se um dreno-prensa.

Capacidade: 7.000 Kg

Material: aço inoxidável

Funcionamento: pneumático

Tempo de prensagem: 20 minutos

Pressão aplicada ao queijo: 2 libras por polegada quadrada

Características: com dupla camisa e sistema especial de aquecimento, fornecido

com placas de pré-prensagem e placas de encosto de massa, sendo a

prensagem feita por um sistema pneumático. Tem fundo reforçado, estrutura

resistente, sem flambagem e ondulações, com qualidade de alto nível.

Dimensão: 2,5m x 2m x 1,5m.

TANQUE DE ARMAZENAMENTO DO SORO

2 tanques para soro de 20.000 L

Dimensão: 2m de raio e 3 m de altura.

Tanque cilíndrico, vertical, inox, construído totalmente em aço inox AISI 304, com

acabamento do tipo polido sanitário na parte interna e lixado na parte externa.

Equipado com: Tampa, 03 pés, entrada e saída do produto na parte inferior.

MESA DE FERMENTAÇÃO

A fermentação ocorrerá na mesa de fermentação.

Tempo de fermentação: 20 horas

Medidas: 1,30 m de largura, 5 m de comprimento, 1,00 m de altura.

Capacidade: 5.000 Kg

74

Características: Estrutura em tubo quadrado para melhor higiene, acabamento

polido ou jateado com micro esferas de vidro.

Distancia da pré-prensagem e a mesa de fermentação: 5 m.

FILADORA

A filagem será realizada por um equipamento chamado filadeira, que nada

mais é que um tanque, durante 15 minutos.

Capacidade da filadora: 5.000 Kg

Temperatura na filagem: 80ºC

Características: Um sistema de bombeamento de água aquecida, para manter a

temperatura ideal no processo de filagem. Um painel de comando e proteção, com

todos os dispositivos eletro-eletrônicos de controle para o processo. Controle

automático da temperatura de aquecimento através de sensores instalados no corpo

do tanque. Acabamento esmerado das superfícies em todo o equipamento, para

garantir a higiene do processo.

Dimensão: 3m x 1,5m x 1,0m.

FORMAS

A enformagem será realizada por formas de polipropileno em uma área da

indústria especifica para tal finalidade.

Capacidade de cada forma: 5 Kg.

Quantidade a ser enformada: aproximadamente 4.345 Kg.

Quantidade de formas: 900.

Tempo de enformagem: 3 horas.

Material: plástico – polipropileno.

Tamanho da área de enformagem: 5m por 5m.

75

PRENSAGEM E VIRAGEM

Empregar-se-á uma prensa hidráulica.

Tempo de prensagem: 10 minutos, após vira os queijos e presa mais uma vez.

Capacidade: 4.500 Kg de queijo -

Fabricada em aço inox AISI 304

Equipada com placas de pré-prensagem e placas de encosta da massa.

Dotada de 02 cilindros pneumáticos, fixados em cada cabeçote, varetas com

borboletas inox p/ fixação do mesmo ao beiral do tanque, fundo bem nivelado e

com reforços inox na parte inferior.

Dimensão: 1m x 3m x 3m.

TANQUE DE SALGA

A salga será feita em um tanque, tipo piscina, aumentando assim a área de

contato e permitindo uma salga uniforme por todos os queijos.

Quantidade a ser salgada: 4.000 Kg de queijo.

Tempo de salga: 48 horas.

Material: fibra de vidro.

Dimensão: 2m x 3m x 1m.

CAMARA FRIA PARA SECAGEM

A secagem é feita em câmara fria. Os queijos ficam dispostos em estantes

por todo o ambiente.

Capacidade: 4.500 Kg.

Quantidade de prateleiras: 7.

Temperatura: 5 ºC, por 24 horas.

76

Modelo CFP/16.

Dimensão de 2,30 x 2,90 x 2,50m.

Tipo de isolamento térmico: Isopor.

Espessura do isolamento: 40 mm.

Carga do produto: 5 Kg por embalagem.

Presença de motor de calor: sim (motor do evaporador) .

Característica: 2.379 kcal/h, cortina de ar, sistema automático de controle de

temperatura, painel indicador de temperatura.

PRATELEIRAS PARA SECAGEM

Os queijos serão secos em câmara fria de secagem, dispostos em prateleiras.

Dimensão: 2,20 x 2,20m.

Material: plástico – polipropileno.

Preço unitário R$ 950,00.

Quantidade: 3.

EMBALADORA

Os queijos serão embalados com auxilio de seladoras a vácuo, na área de

selagem.

Capacidade unitária: 5 queijo/3 minutos.

Quantidade de seladoras: 4.

Funcionamento totalmente automático.

Tampa em acrílico.

Modelo de mesa com gabinete em aço inox.

Bomba de vácuo de 21 m3.

Dimensões = Largura 450 x Comp. 620 x Altura 150.

77

Tamanho da área de selagem: 5m por 5m.

CAMARA FRIA PARA ARMAZENAGEM DO PRODUTO FINAL

Os queijos prontos para comercialização serão armazenados em câmara fria,

até sua distribuição.

Medidas da câmara: 4,30 m de largura; 4,90 de comprimento e 2,90 de altura.

Tipo de isolamento térmico: Isopor

Espessura do isolamento: 30 mm

Temperatura interna da câmara: 10 ºC

Carga do produto: 5 Kg por embalagem

Ocupação Total: 4.200 Kg

Presença de motor de calor: sim (motor do evaporador)

Característica: 1.879 kcal/h, cortina de ar, sistema automático de controle de

temperatura, painel indicador de temperatura.

PRATELEIRAS PARA ARMAZENAMENTO

Os queijos serão secos em câmara fria de secagem, dispostos em prateleiras.

Dimensão: 2,20 x 2,20m

Material: plástico – polipropileno

Preço unitário R$ 950,00

Quantidade: 3

78

AQUECEDOR (CALDEIRA)

Para a manutenção energética da indústria, a aplicação de um aquecedor

para fornecer água quente para algumas etapas do processo será necessária.

Capacidade: 8000 Kgv/h

Pressão máxima de trabalho: 10 kgf/cm2

Combustível: lenha

BOMBAS

Para a transferência do leite para seu beneficiamento nas distintas etapas,

utilizarão de bombas centrífugas, todas com as mesmas características descritas a

baixo. As bombas empregadas no processo estão dimensionadas no ANEXO D.

Bomba Centrífuga de aplicações múltiplas – série CAM-W21

Monobloco, Potência: 3CV, Consumo: 3,1kW/h

Sucção: 21/2” Elevação: 2”

Dimensões aproximadas: Alt.251 Larg.186 Comp.367 (mm)

Garantia do Fabricante: 18 meses

Carcaça (Intermediária) - carcaça com voluta em liga especial de alumínio-

silício, de alta resistência à pressão e oxidação com bocal de recalque na

linha centro/vertical e plug para seu perfeito escorvamento.

Rotor - do tipo fechado, construído em liga especial de alumínio-silício

roscado, diretamente, na ponta do eixo do motor.

Vedação do eixo - por selo mecânico - Ø 5/8", tipo "16" - conjunto de

precisão, construído com borracha nitrílica, mola de aço inox e faces de

vedação em grafite e cerâmica. Temperatura de trabalho do líquido até 80ºC.

79

ANEXO B - MEMORIAL DE CÁLCULO DO BALANÇO DE MASSA

80

REMOÇÃO DE RESÍDUOS

Leite vem para indústria com 0,5 mg/L de impurezas.

X = 20000 mg = 0,02 Kg/dia de impurezas removidas na filtração.

REMOÇÃO DE GORDURA

Leite integral = 3,85% de gordura.

Leite após padronização = 3,00% de gordura.

X = 339,99 kg/dia de gordura são removido na padronização.

ADIÇÃO DE FERMENTO LÁTICO

Adição de 1% de fermento para o volume total de leite.

X = 396,6 L de fermento lático adicionado.

81

ADIÇÃO DE CLORETO DE CÁLCIO

Para 100 L de leite, adiciona-se 45 mL de cloreto de cálcio.

X = 17,846 L de cloreto de cálcio adicionado.

ADIÇÃO DE COALHO

Para cada 100 L de leite, adiciona-se 50 mL de coalho.

X = 20,04 L de coalho adicionado.

SORO REMOVIDO NA MEXEDURA E DESSORAGEM

Perde-se 85% do volume em soro na etapa de dessoragem.

X = 34.080,32 L/dia de soro removido na etapa de mexedura e dessoragem.

82

SORO REMOVIDO NA PRÉ-PRENSAGEM

Perde-se 30% do volume em soro na etapa de pré-prensagem.

X = 1.804,25 L/dia de soro removido na etapa de pré-prensagem.

SORO REMOVIDO NA PRENSAGEM E VIRAGEM

Perde-se 10% do volume em soro na etapa de prensagem e viragem.

X = 434,46 L/dia de soro removido na etapa de prensagem e viragem.

TAQUE DE SALGA

Para cada 1 Kg de queijo adiciona-se 0,064 Kg de NaCl.

X= 250 Kg/dia de NaCl é utilizado para a salmoura.

Para cada 0,25 Kg de sal emprega-se um 1 L de água para diluição.

83

X = 1000 L de água para diluir 250 Kg de NaCl adicionado.

Da quantidade inserida de salmoura, 1250L, o queijo absorve 20%.

X = 250 L é absorvido da salmoura pelos queijos.

ETAPA DE SECAGEM

Remove-se 10% de água dos queijos na etapa de secagem.

X = 416,02 Kg (na forma de água) é removido na etapa de secagem.

84

ANEXO C - MEMORIAL DE CÁLCULO DO BALANÇO DE ENERGIA

85

DADOS:

Cp do leite: 3890 J/KgºC

Cp da água: 4186 J/KgºC

Cp do creme de leite: 3162 J/KgºC

Cp do soro de leite: 4018 J/KgºC

Densidade do leite: 1,032 g/mL

TANQUE DE RECEPÇÃO DO LEITE

Ti= 7 ºC

Tf= 4 ºC

1L de leite – 1.032 Kg

m= 41.279,98 Kg/dia de leite entrando diariamente, ou seja, 40.000 L

Energia elétrica.

Q = 481737,37 KJ para todo o leite recepcionado (energia cedida à vizinhança pelo

sistema).

ou

Q = 160579,123 KJ para cada tanque de recepção.

PADRONIZADOR

Ti= 4 ºC

Tf= 30 ºC

1L de leite – 1.032 Kg

m= 41279,97 kg/dia

86

m= 7430,4 Kg/h

Energia elétrica

Demora 5 horas e 56 minutos para padronizar o leite recepcionado.

Q = 751510,656 KJ/hora no padronizador ou 4178399,3 KJ/dia.

FILADEIRA

Ti= 25 ºC

Tf= 80 ºC

Água quente - aquecedor

1L de água – 1 Kg

Supondo que a vazão de água envida para a filagem seja de m= 3000L/dia, logo

3000 kg/dia

3000/dia. 4180 J/Kg°C. 55°C

Q = 689.700 KJ/dia (energia cedida a vizinhança pelo sistema).

TANQUE DE COAGULAÇÃO

Ti= 30 ºC

Tf= 42 ºC

87

m= 41356.8 Kg/dia de leite total. Tal vazão será divida em dois tanques, logo

m=20678,4 Kg/dia de leite para cada tanque de coagulação.

Energia elétrica.

41356,8 Kg/dia. 3890 J/Kg°C. 12°C

ou

20678,4 Kg/dia. 3890 J/Kg°C. 12°C

Q = 1930535,4 KJ/dia total para a quantidade de leite (energia cedida à vizinhança

pelo sistema).

ou

Q = 965267,7 kg/dia para cada tanque de coagulação.

PASTEURIZADOR

Ti= 30 ºC

Tf= 72 ºC

Água quente – aquecedor

Tempo de pasteurização: 15 segundos

Vazão de leite para a pasteurização:

v = área . espessura

v = 1,5 m² . 0,01 m

v = 0,015 m³

Q = 0,015 m³ / 15 s

Q = 0,001 m³/s = 1 L/s, logo a vazão de leite no pasteurizador para realizar-se a

pasteurização do mesmo é de 3600 L/h.

88

Vazão de leite para os 2 pasteurizador: 3600 L/hora = 3715,2 Kg/hora, logo

demora-se 5 horas 51 minutos para pasteurizar todo o leite recepcionado.

Considerando o processo adiabático Q1 = Q2

Temperatura de entrada da água = 95 ºC

Temperatura de saída da água = 76 ºC

3715,2 Kg/hora. 3890 J/Kg°C. 42°C

Q = 606989,4 KJ/hora, ou 3344511,6 KJ/dia para cada pasteurizador. Logo para os

dois pasteurizadores são necessários 6689023,2 KJ/dia.

Vazão de água enviada para os pasteurizadores:

6689023,2 KJ/dia = m . 3890 J/Kg°C. 19°C

m= 90.502,3 L/dia de água sendo envida os pasteurizadores.

DIMENSIONAMENTO DO PASTEURIZADOR

Obs.: Processo adiabático, logo Qf = Qq

89

Qf = Qq= 606989,4 KJ/hora

°C

( )

Logo a capacidade real do pasteurizador é:

831725,884 KJ/hora

TANQUE PARA ARMAZENAMENTO DO CREME

Ti = 20 °C

Tf = 5 °C

m= 339,99 Kg/dia de creme total.

Energia elétrica.

339,99 Kg/dia. 3162 J/Kg°C. 15°C

Q = 16125,7 KJ/dia total para a quantidade de creme (energia cedida à vizinhança

pelo sistema).

90

TANQUE DE ARMAZENAMENTO DO SORO

Ti = 25 °C

Tf = 5 °C

m= 34.080,32 L/dia de soro removido na etapa de mexedura e dessoragem,

1.804,25 L/dia de soro da retirados da pré-prensagem e 434,46 L/dia da

prensagem/viragem, logo a m total é de 36.319,03 L/dia.

1L de soro equivale a 1,047 Kg

Energia elétrica.

38.026,02 Kg/dia. 4018 J/Kg°C. 20°C

Q = 3055771,3 KJ/dia total para a quantidade de soro (energia cedida à vizinhança

pelo sistema).

91

ANEXO D - MEMORIAL DE CÁLCULO DIMENSIONAMENTO DAS BOMBAS

92

BOMBA DO CAMINHÃO PARA O FILTRO

Diâmetro d: 2” = 0,0508m

Vazão Q = 500L/mim = 0,5 m3/mim = 30m3/h

Área

= 2,026 10-3 m2

Velocidade

=

= 246,8m/mim = 4,11m/s

1,032 g/mL = 1032Kg/m3

= 1,62 cp (kg/m.s)

Fator de funning f= 0,022

Leq = 8m (5m + 3m)

Hg = 5m

Kg.m/s

Bomba centrífuga de um estágio, aço inox A1SI 304 de vazão até 30 m3/h, Hm

até 31,5m, potência de até 3 CV.

DEMAIS BOMBAS DO PROCESSO

Não se faz necessário o dimensionamento das demais bombas do processo,

visto que, as características do fluido transportado são as mesmas e semelhantes

para soro e creme, por isso, as bombas empregadas no processo de queijo

mussarela são bombas centrífugas de um estágio, aço inox A1SI 304 de vazão até

30 m3/h, Hm até 31,5m, potência de até 3 CV.