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Curso de Formação Profissional Técnico em Eletroeletrônica - Módulo 3 Senai Arcos-MG CFP Eliezer Vitorino Costa Raphael Roberto Ribeiro Silva Técnico em eletroeletrônica pelo INPA Arcos - MG Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG Formiga - MG Projeto de Sistemas Elétricos Prediais

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Curso de Formação Profissional Técnico em

Eletroeletrônica - Módulo 3

Senai Arcos-MG

CFP Eliezer Vitorino Costa

Raphael Roberto Ribeiro Silva

Técnico em eletroeletrônica pelo INPA – Arcos - MG

Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG – Formiga - MG

Projeto de Sistemas Elétricos

Prediais

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Conteúdo Programático

Ferramentas de controle do desenvolvimento e execução do projeto:

Identificação dos pontos críticos; Controle de prazos.

Concepção do projeto elétrico predial:

Levantamento de dados: planta baixa da arquitetura do prédio, com

detalhes da infraestrutura, condições de fornecimento de energia elétrica,

características das cargas; Localização dos quadros de distribuição de circuitos

terminais; Localização do quadro de distribuição geral; Estimativa de custos.

Previsão das cargas e divisão de circuitos segundo a NBR 5410:

Iluminação: Métodos para o cálculo de iluminação; Tomadas: Quantidade

mínima de tomadas de uso geral, Quantidade e potência de tomadas de uso

específico; Circuitos terminais: Critérios para divisão da instalação em circuitos.

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Conteúdo ProgramáticoFornecimento de energia elétrica:

Especificação de entradas de energia: Carga instalada, provável demanda,

fator de demanda; Padrão de entrada: Norma específica da concessionária

local; Critérios para o dimensionamento (seção mínima do condutor fase,

capacidade de condução de corrente e limite da queda de tensão); Critério

para o dimensionamento da seção mínima do condutor de proteção previsto na

NBR 5410.

Dimensionamento dos dispositivos de proteção:

Disjuntores termomagnético e/ou Fusíveis; Disjuntor diferencial.

Dimensionamentos de Dutos:

Eletrodutos; Canaletas; Eletrocalhas; Bandejas (leitos); Consulta a

catálogos e manuais.

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Conteúdo Programático

Dimensionamento de Sistema de Aterramento:

Especificar segundo NBR 5410: Esquema TN, Esquema TT, Esquema IT.

Dimensionamento Proteção contra descargas elétricas atmosféricas:

Especificar segundo a NBR 5419;

Dimensionamento por Luminotécnica:

Sistemas de iluminação de interiores e exteriores.

Dimensionamento de Sistemas Autônomos:

Sistema de controle de acesso; Sistema de segurança patrimonial; Sistema

de monitoramento,(CFTV); Sistema de controle de climatização.

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Conteúdo Programático

Dimensionamento de Sistemas Automação:

Sistemas de persianas; Sistemas de controle de iluminação; Sistema de

segurança patrimonial; Sistema de controle de climatização; Integração dos

dispositivos,(Redes de comunicação, redes sem fio, sistemas de supervisão).

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Conteúdo Programático

Elaboração de planta elétrica baixa predial:

Representação dos símbolos gráficos na planta, conforme previsão das

cargas; Posicionamento na planta dos quadros de: medição e distribuição;

Representação na planta dos eletrodutos de interligação dos pontos de luz,

tomadas, QDP (quadro de distribuição e proteção) e QM (quadro de medição);

Representação dos circuitos; Representação na planta dos eletrodutos da rede

de telefonia, TV, Redes de comunicação; Indicação na planta das seções dos

condutores; Elaboração esquema multifilar do QDP; Elaboração do padrão de

entrada de energia; Documentação final: Planta elétrica, Esquema multifilar do

QDP, Padrão de entrada de energia, memorial de cálculo, memorial descritivo;

Previsão de recursos materiais; Noções de desenho auxiliado por

computador,(ferramenta CAD).

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Conteúdo Programático

Validação:

Utilização de procedimentos de testes; Utilização de instrumentos de

medição; Utilização de EPI’s; Registrando os dados do comissionamento;

Análise crítica dos resultados.

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Forma de Avaliação

10 pontos para participação, comportamento, disciplina, cumprimento de

regras, etc.

60 pontos para avaliações individuais.

1ª Prova – 10/08

2ª Prova – 25/08

30 pontos para exercícios práticos e trabalhos individuais ou em grupo.

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Trabalho 20 pontos 24/08

Elaborar um projeto elétrico predial em cima de uma planta baixa de livre

escolha do aluno. Deverá ser entregue uma documentação final com planta

elétrica, esquema multifilar do quadro de distribuição e proteção, padrão de

entrada de energia, memorial de cálculos, memorial descritivo, previsão de

recursos (lista de materiais com preço médio de mercado, custo de mão de

obra, entre outros).

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O que é Sistema Elétrico Predial?

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O que é Sistema Elétrico Predial?

É um conjunto de condutores elétricos, proteções, controles e acessórios

especialmente instalados com a finalidade de fazer uso da energia elétrica e

que são regidos por normas técnicas especificas, principalmente a NR-10

(Segurança em instalações e serviços em eletricidade) e a NBR-5410

(Instalações elétricas em baixa tensão), entre outras não menos importantes.

É a este conjunto de componentes elétricos, dispositivos de segurança,

condutores e normas técnicas especificas que chamamos de “Instalações

Elétricas Prediais”.

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O que é um Projeto?

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O que é um Projeto?

Segundo a NBR 5679/77 o termo projeto é apresentado como definição

qualitativa e quantitativa dos atributos técnicos, econômicos e financeiros de

uma obra de engenharia e arquitetura, com base em dados, elementos,

informações, estudos, discriminações técnicas, cálculos, desenhos, normas,

projeções e disposições especiais.

Em sentido mais abrangente “Projetar”, significa apresentar soluções

possíveis de serem implementadas para a resolução de determinados

problemas visando um objetivo comum.

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Desenvolvimento do Projeto

Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas

elétricos prediais?

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Desenvolvimento do Projeto

Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas

elétricos prediais?

Resposta: Identificação dos pontos críticos a serem considerados no projeto.

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Desenvolvimento do Projeto

Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas

elétricos prediais?

Resposta: Identificação dos pontos críticos a serem considerados no projeto.

O que seria esses pontos críticos?

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Desenvolvimento do Projeto

Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um projeto de sistemas

elétricos prediais?

Resposta: Identificação dos pontos críticos a serem considerados no projeto.

O que seria esses pontos críticos?

Resposta: Cronograma, orçamento, escopo e qualidade.

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Criação de um Projeto

Para se criar um projeto é necessário fazer um levantamento de dados.

Como técnico em eletroeletrônica, não é nossa responsabilidade a criação

e elaboração da planta baixa, diante disso devemos solicitar a planta baixa da

arquitetura de um prédio ou residência composta por todos os detalhes da

infraestrutura, condições de fornecimento de energia elétrica e as

características de carga.

É necessário ter conhecimento da localização do quadro de distribuição de

circuitos terminais e do quadro de distribuição geral.

Durante o processo de levantamento de dados também se faz necessário

apresentar uma estimativa de custos operacionais para a elaboração do

projeto.

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Criação de um Projeto

Todo projeto deve ser elaborado segundo alguns critérios e normas

técnicas vigentes e outras que se fizerem necessárias, a saber:

• Acessibilidade: Os componentes e linhas elétricas devem ser dispostos de

forma a facilitar sua operação, inspeção, manutenção e acesso as suas

conexões.

• Flexibilidade: O projeto deve ter previsões para pequenos ajustes ou

alterações que se fizerem necessárias além da reserva de carga.

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Criação de um Projeto

• Confiabilidade: Um projeto deve garantir a usuários e patrimônio segurança

e um perfeito funcionamento das instalações elétricas obedecendo as

normas técnicas vigentes, são elas:

NBR 5444/89 – Símbolos gráficos para instalações prediais;

NBR 5410/2004 – Instalações elétricas de baixa tensão;

NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas (SPDA);

NBR 14039/2003 - Aterramento e Proteção contra choques elétricos e sobre

correntes;

Norma especifica aplicável da concessionária local onde se situa a edificação

ou empreendimento.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.5 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizada as instalações elétricas

liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a

sequência abaixo:

a) seccionamento;

b) impedimento de reenergização;

c) constatação da ausência de tensão;

d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos

condutores dos circuitos;

e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;

f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a

autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a

sequência de procedimentos abaixo:

a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;

b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no

processo de reenergização;

c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções

adicionais;

d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização;

e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e

10.5.2 podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função

das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado,

autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que

seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.10 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada

sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação,

obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a

atender, dentre outras, as situações a seguir:

a) identificação de circuitos elétricos;

b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e

comandos;

c) restrições e impedimentos de acesso;

d) delimitações de áreas;

e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de

movimentação de cargas;

f) sinalização de impedimento de energização;

g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.13 – RESPONSABILIDADES

10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias

aos contratantes e contratados envolvidos.

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores

informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos

procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem

adotados.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo

instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e

corretivas.

Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser

afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições

legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de

segurança e saúde; e

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as

situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras

pessoas.

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços

em Eletricidade10.14 – DISPOSIÇÕES FINAIS

10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados

por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando

cabível, denúncia aos órgãos competentes.

10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR,

o MTE adotará as providências estabelecidas na NR 3.

10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à

disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas,

respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas.

10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à

disposição das autoridades competentes.

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NBR 5410

A NBR-5410 é a norma que estipula as condições adequadas para o

funcionamento usual e seguro das instalações elétricas de baixa tensão, ou

seja, até 1000V em tensão alternada e 1500V em tensão contínua. Esta norma

é aplicada principalmente em instalações prediais, públicas, comerciais, etc.

No geral, esta norma estabelece as condições a que devem satisfazer as

instalações elétricas de baixa tensão a fim de garantir a segurança de pessoas

e animais, o funcionamento adequado da instalação e conservação dos bens.

Ou seja, segurança das pessoas e animais que habitam a instalação,

funcionamento e conservação dos bens.

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A NBR 5410 não se aplica

• Instalações de tração elétrica;

• Instalações elétricas de veículos motores, carros elétricos, por exemplo;

• Instalações de embarcações e aeronaves;

• Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida

em que não comprometa a segurança das instalações;

• Iluminação pública;

• Redes públicas de distribuição elétrica

• Instalações de proteção contra quedas diretas de raios, porém esta norma

considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as

instalações, por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobre

tensão;

• Instalações em minas;

• Instalações em cercas elétricas;

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Iluminação

De acordo com a NBR 5410, os critérios para a determinação da potência

mínima de iluminação em um ambiente é de:

• Para locais com área de ate 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100

VA.

• Para locais com área superior a 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100

VA para os primeiros 6m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4m²

inteiros.

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Iluminação

Ainda de acordo com a NBR 5410, os critérios para determinar a

quantidade mínima de luz são:

• 1 ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por um interruptor de

parede;

• Arandelas no banheiro devem ter distancia mínima de 60cm do boxe onde

fica o chuveiro.

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Iluminação

Outras recomendações da NBR 5410 são:

• O contato lateral dos porta-lâmpadas com rosca deve ser ligado ao condutor

neutro, quando existente;

• Os equipamentos de iluminação devem ser firmemente fixados. Em

particular, a fixação de equipamentos de iluminação pendentes deve ser tal

que rotações repetidas no mesmo sentido não causem danos aos meios de

sustentação;

• Os porta-lâmpadas devem ser selecionados levando-se em conta tanto a

corrente quanto a potencia absorvida pelas lâmpadas previstas.

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Tomadas

De acordo com a NBR 5410, existem duas classificações para tomadas,

são elas: tomadas de uso geral TUG e tomadas de uso especifico TUE.

Os critérios para a determinação da quantidade de TUG’s são:

• Recinto com área inferior a 6 m², no mínimo 1 tomada;

• Recintos com área superior a 6 m², no mínimo uma tomada para cada 5m

ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível.

• Cozinhas e copas, 1 tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro,

independente da área, acima de bancadas com largura acima de 30 cm,

prever no mínimo uma tomada.

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Tomadas

• Banheiros devem ter no mínimo uma tomada junto ao lavatório, a uma

distancia mínima de 60 cm do boxe, independente da área;

• Subsolos, varandas, garagens, sótãos devem ter no mínimo 1 tomada,

independente da área.

Os critérios quanto a potencia mínima são:

• Banheiros, cozinhas, copas, área de serviço, lavanderias e assemelhados

deve-se atribuir 600 VA por tomada, para as 3 primeiras tomadas e 100 VA

para as demais;

• Subsolos, varandas, garagens, sótãos, atribuir 1000 VA;

• Demais recintos, atribuir 100 VA por tomada.

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Tomadas

O critério para a determinação da quantidade mínima de TUE’s é:

• A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o numero de

aparelhos de utilização, devendo ser instaladas a no máximo 1,5 m do local

previsto para o equipamento a ser alimentado.

O critério para a determinação da potencia de uma TUE é:

• Atribuir para cada TUE a potencia nominal do equipamento a ser

alimentado.

Obs: Todas as tomadas deverão estar aterradas!

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Exercício1 – Dada a planta

baixa, calcule

quantas tomadas e

pontos de iluminação

são necessários por

cômodo bem como a

sua potência.

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Tomadas

São dispositivos destinados às ligações de aparelhos eletrodomésticos e

industriais e servem para fazer e desfazer as conexões com segurança e

facilidade. Elas podem ser fixadas nas paredes ou no piso e são

constantemente energizadas. Diferem pela forma de sua aplicação, pela forma

e quantidade de seus contatos e por sua capacidade elétrica.

A quantidade dos contatos determina a função da tomada, ou seja, limita o

tipo de circuito em que a tomada pode ser instalada. Ela aguenta correntes

elétricas apenas até um certo valor. Se esse limite for ultrapassado, haverá

perigo e os contatos podem-se queimar ou se fundir.

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Tomadas

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Tomadas

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Tomadas

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Exercícios

1 – Faça o diagrama unifilar e multifilar para acionar uma lâmpada em 5 pontos

distintos de uma sala.

2 – Faça o diagrama unifilar e multifilar para acionar 3 lâmpadas, por teclas

diferentes, em dois pontos distintos.

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Concepção do Projeto

Todo projeto elétrico predial deverá atender as normas técnicas. É preciso

também, atender as necessidades do cliente e o projeto deverá atender:

a) A norma regulamentadora NR10;

b) As condições gerais de fornecimento de energia elétrica da CEMIG;

c) As exigências da empresa seguradora;

d) As necessidades do cliente;

e) As normas técnicas NBR 5410, NBR 5419, NBR 5444, e NBR ISSO/CIE

8995-1;

f) A instrução técnica do corpo de bombeiros referente a inspeção em

instalações elétricas.

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Divisão de Circuitos

A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários,

devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem

risco de realimentação inadvertida através de outro circuito.

A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre

outras, as seguintes exigências:

• Segurança: por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de

alimentação toda uma área;

• Conservação de energia: por exemplo, possibilitando que cargas de

iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das

necessidades;

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Divisão de Circuitos

• Funcionais: por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes,

como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de

demonstração, recintos de lazer, etc;

• De produção: por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de

uma ocorrência;

• De manutenção: por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de

inspeção e de reparo.

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Divisão de Circuitos

Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que

requeiram controle especifico, de tal forma que estes circuitos não sejam

afetados pelas falhas de outros.

Na divisão da instalação devem ser consideradas também as

necessidades futuras.

Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos

equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos

circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de

tomada.

As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o

maior equilíbrio possível.

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Divisão de Circuitos

Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou

virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A

deve constituir um circuito independente.

Os pontos de tomadas de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de

serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos

exclusivamente destinados a alimentação de tomadas desses locais.

De acordo com a NBR 5410, o valor de corrente máximo para o disjuntor

em um circuito de iluminação deverá ser de 10 A e em circuitos de tomadas o

valor deve ser de 20 A.

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Divisão de Circuitos

Nas instalações alimentadas por meio de dois o três condutores de fases,

deve-se distribuir (balancear) as cargas o mais uniformemente possível, de

modo que se obtenha o maior equilíbrio entre tais condutores. Exemplo:

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Divisão de Circuitos

Em locais de habitação, admite-se, como exceção a regra geral que pontos

de tomada e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito

comum, desde que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas:

a) A corrente de projeto do circuito comum (iluminação mais tomadas) não

deve ser superior a 16 A;

b) Os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por

um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas);

c) Os pontos de tomadas, não sejam alimentados, em sua totalidade, por um

só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas).

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Quadro de Distribuição

Em qualquer instalação elétrica, devemos saber como realizar os

procedimentos correspondentes à execução de um projeto elaborado

previamente, em conformidade com as especificações previstas na NBR 5410

e NR-10. A energia que chega até nossas residências provém da rede de

distribuição da concessionária, que seria a companhia de eletricidade

responsável pelo fornecimento desse serviço.

No caminho até os interruptores e tomadas, essa energia passa pelo

quadro de medição que está associado a um equipamento o qual mede o

consumo mensal (medidor) e daí então chega através de um ramal de entrada

ao chamado quadro de distribuição de onde partirão os circuitos que irão

alimentar pontos de luz (ou lâmpadas), interruptores para acionamento das

lâmpadas (comandos), tomadas que fornecerão energia aos aparelhos

eletroeletrônicos a elas plugados, além de cargas cuja potência é considerada

elevada como chuveiros elétricos, máquinas de lavar, forno micro-ondas, etc.

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Quadro de Distribuição

Para efetuar a montagem de um quadro de distribuição ou QD como é

usualmente conhecido, precisa-se saber quais dispositivos o constituem e

compreender a função de cada um desses componentes. Lembrando que uma

instalação deve ser adequada à sua função e prover de modo seguro e

confiável a energia requerida pelos circuitos terminais de carga.

Em primeiro lugar as instalações podem ser classificadas de acordo com o

tipo de alimentação do elemento de proteção geral chamado disjuntor. Esse

dispositivo é responsável por evitar danos aos circuitos a serem energizados,

possuindo uma chave que desliga quando a corrente nominal permitida pela

carga for ultrapassada. Nesse caso por questões de segurança a chave

desarma protegendo assim as instalações quanto a avarias provocadas por um

curto-circuito ou sobrecarga. Abaixo, vemos três tipos de QD (quadro de

distribuição) para circuitos monofásicos, bifásicos e trifásicos respectivamente.

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Quadro de Distribuição

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Quadro de Distribuição

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Quadro de Distribuição

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Quadro de Distribuição

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Quadro de Distribuição

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Quadro de Distribuição

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Quadro de Distribuição

Montagem de um QD.

1 – Divisão de Circuitos: Qualquer instalação elétrica eficiente deve possuir,

de acordo com cada necessidade apresentada, a divisão de circuitos e, de

acordo com a norma, devem estar identificados para a segurança de quem for

fazer uma manutenção, ensaios, inspeções e para se evitar defeitos no

circuito.

2 – Previsões: Todo e qualquer circuito de distribuição distinto deve ser

previsto, afim de pensar nas futuras necessidades de controle especifico, não

deixando esses circuitos serem afetados por falhas de outros circuitos. Deve

ser analisado também a possibilidade de ampliações, que também afeta no

grau de ocupação dos condutores e nos quadros de distribuição.

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Quadro de Distribuição

3 – Circuitos Individuais: Nesta etapa, deve ser observada as funções dos

equipamentos de utilização a serem alimentados. Algumas maquinas

necessitam de circuitos individuais, sendo distintos dos circuitos de tomadas e

de iluminação.

4 – Equilíbrio de Cargas: As cargas devem ser distribuídas de tal forma nas

instalações alimentadas com 2 ou 3 fases, de modo a se obter o maior nível de

equilíbrio possível entre elas.

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Quadro de Distribuição

5 – Dimensionamento: Para que não ocorram falhas de queda de energia,

curtos-circuitos, queima de equipamentos e outros problemas mais, se faz

necessário o dimensionamento das cargas a serem instaladas no circuito de

acordo com todos os equipamentos a serem utilizados.

É obrigatório prevermos uma capacidade de reserva nos QD, de acordo

com o seguinte critério:

• QD com ate 6 circuitos, espaço reserva pra 2 circuitos adicionais

• QD com 7 a 12 circuitos, espaço reserva para 3 circuitos adicionais.

• QD com 13 a 30 circuitos, espaço reserva para 4 circuitos adicionais.

• QD com mais de 30 circuitos, espaço reserva para 15% dos circuitos.

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

De acordo com a NBR 5410, a potencia elétrica a ser considerada para os

equipamentos de utilização é a nominal, fornecida pelo fabricante ou calculada

a partir das outras grandezas nominais envolvidas, como tensão, corrente e

fator de potencia, conforme mostrado a seguir:

a) Equipamentos resistivos (fator de potencia igual a 1):

• Monofásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼 𝑊

• Trifásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼𝑥 3 𝑊

b) Equipamentos indutivos:

• Monofásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼𝑥 cos𝜑 𝑊

• Trifásico: 𝑃 = 𝑉𝑥𝐼𝑥 3𝑥 cos𝜑 𝑊

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

A potencia declarada poderá ser a aparente (S), em volt-ampere (VA),

calculada conforme mostrada a seguir:

c) Equipamentos indutivos:

• Monofásico: S = 𝑉𝑥𝐼 𝑉𝐴

• Trifásico: S = 𝑉𝑥𝐼𝑥 3 𝑉𝐴

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

Iluminação

De acordo com a NBR 5410, os critérios para a determinação da potência

mínima de iluminação em um ambiente é de:

• Para locais com área de ate 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100

VA.

• Para locais com área superior a 6m², atribuir um ponto de iluminação de 100

VA para os primeiros 6m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4m²

inteiros.

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

Iluminação

Ainda de acordo com a NBR 5410, os critérios para determinar a

quantidade mínima de luz são:

• 1 ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por um interruptor de

parede;

• Arandelas no banheiro devem ter distancia mínima de 60cm do boxe onde

fica o chuveiro.

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

Iluminação

Outras recomendações da NBR 5410 são:

• O contato lateral dos porta-lâmpadas com rosca deve ser ligado ao condutor

neutro, quando existente;

• Os equipamentos de iluminação devem ser firmemente fixados. Em

particular, a fixação de equipamentos de iluminação pendentes deve ser tal

que rotações repetidas no mesmo sentido não causem danos aos meios de

sustentação;

• Os porta-lâmpadas devem ser selecionados levando-se em conta tanto a

corrente quanto a potencia absorvida pelas lâmpadas previstas.

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

Tomadas

De acordo com a NBR 5410, existem duas classificações para tomadas,

são elas: tomadas de uso geral TUG e tomadas de uso especifico TUE.

Os critérios para a determinação da quantidade de TUG’s são:

• Recinto com área inferior a 6 m², no mínimo 1 tomada;

• Recintos com área superior a 6 m², no mínimo uma tomada para cada 5m

ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível.

• Cozinhas e copas, 1 tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro,

independente da área, acima de bancadas com largura acima de 30 cm,

prever no mínimo uma tomada.

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

Tomadas

• Banheiros devem ter no mínimo uma tomada junto ao lavatório, a uma

distancia mínima de 60 cm do boxe, independente da área;

• Subsolos, varandas, garagens, sótãos devem ter no mínimo 1 tomada,

independente da área.

Os critérios quanto a potencia mínima são:

• Banheiros, cozinhas, copas, área de serviço, lavanderias e assemelhados

deve-se atribuir 600 VA por tomada, para as 3 primeiras tomadas e 100 VA

para as demais;

• Subsolos, varandas, garagens, sótãos, atribuir 1000 VA;

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Previsão das Cargas Segundo NBR 5410

Tomadas

• Demais recintos, atribuir 100 VA por tomada.

O critério para a determinação da quantidade mínima de TUE’s é:

• A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o numero de

aparelhos de utilização, devendo ser instaladas a no máximo 1,5 m do local

previsto para o equipamento a ser alimentado.

O critério para a determinação da potencia de uma TUE é:

• Atribuir para cada TUE a potencia nominal do equipamento a ser

alimentado.

Obs: Todas as tomadas deverão estar aterradas!

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Fornecimento de Energia Elétrica

As condições gerais de fornecimento de energia elétrica no Brasil são

determinadas pela Resolução Normativa nº 414 da ANEEL, uma agencia

vinculada ao Ministério de Minas e Energia que tem como atribuições: regular e

fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da

energia elétrica. Essa resolução enquadra a unidade consumidora pela sua

carga instalada e demanda declarada no projeto, no momento da solicitação de

fornecimento de energia elétrica.

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Fornecimento de Energia Elétrica

Especificação de Entradas de Energia

A empresa distribuidora de energia elétrica realiza o fornecimento em

tensão secundaria (baixa tensão) para unidades consumidoras pertencentes

ao Grupo B ou tensão primária (média ou alta-tensão), para unidades

consumidoras do Grupo A.

Os consumidores do grupo B, atendidos em baixa tensão, são ainda

enquadrados pela empresa distribuidora de energia elétrica em modalidades

de fornecimento.

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Fornecimento de Energia Elétrica

Essas modalidades são determinadas de acordo com o tipo de ligação do

enrolamento secundário do transformador de distribuição, da potencia total

instalada e da potencia máxima individual dos motores elétricos, em:

a) Modalidade A: dois condutores – um de fase e um neutro;

b) Modalidade B: três condutores – dois de fase e um neutro;

c) Modalidade C: quatro condutores – três de fase e um neutro.

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Fornecimento de Energia Elétrica

Padrão de Entrada

É o conjunto de componentes destinados a instalação da entrada

consumidora (entrada e medição de energia da edificação). Esses

componentes são instalados de modo a atender as exigências da empresa

distribuidora de energia elétrica loca. A quantidade de equipamentos instalados

ira refletir na potencia total instalada prevista no projeto e, consequentemente,

no tipo de padrão de entrada a ser adotado.

O padrão de entrada a ser adotado em uma edificação dependera da

modalidade de fornecimento de energia elétrica.

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Fornecimento de Energia Elétrica

A ligação da entrada consumidora a rede de distribuição é realizada após

uma solicitação de fornecimento, apresentação de alguns dados do cliente e

informações sobre a edificação. As informações necessárias e os

procedimentos adotados na solicitação de fornecimento de energia podem

variar de acordo com a empresa distribuidora da região onde sera realizado o

serviço. Em geral as seguintes informações são necessárias:

a) Nome, endereço, telefone do cliente, endereço da edificação;

b) Área total construída da edificação;

c) Dados da empresa responsável pela execução da instalação;

d) Finalidade da edificação;

e) Documentos do cliente;

f) Quantidade de unidades consumidoras;

g) Discriminação da potencia instalada;

h) Maior potencia de motor instalada;

i) Demanda prevista.

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Definições da CEMIG

Caixas para medição direta: São caixas destinadas a instalação do medidor

de energia e do disjunto. (caixas monofásicas: CM-1 e CM-13 e polifásicas:

CM-2 e CM-14).

Caixas para medição indireta: É a caixa destinada a instalação do medidor

de energia, do disjunto e dos transformadores de corrente (TC). (CM-3 e CM-

3LVP).

Caixa para medição CM-4: Caixa para dois medidores polifásicos e chave de

aferição.

Caixa para medição CM-9: Caixa modular para disjuntor e/ou transformadores

de corrente.

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Definições da CEMIG

Carga Instalada: Soma das potencias nominais dos equipamentos elétricos

instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em

funcionamento, expressa em KW.

Chave de Aferição: É um dispositivo que possibilita a retirada do medidor do

circuito, abrindo o seu circuito de potencial, sem interromper o fornecimento, ao

mesmo tempo em que coloca em curto circuito o secundário dos TC’s.

Consumidor: É a pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito

legalmente representada, que solicitar à Cemig o fornecimento de energia

elétrica e assumir expressamente a responsabilidade pelo pagamento das

contas e pelas demais obrigações regulamentares e contratuais.

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Definições da CEMIG

Distribuidora: Agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o

serviço público de distribuição de energia elétrica.

Entrada de Serviço: É o conjunto constituído pelos condutores, equipamentos

e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede secundária da

Cemig e a medição, inclusive. A entrada de serviço abrange, portanto, do ramal

de ligação até a conexão com o ramal interno.

Formulário para Solicitação de Análise de Rede – Ligação Nova/Aumento:

É o formulário utilizado para o atendimento às unidades consumidoras com

proteção geral até 600A, disponível no endereço eletrônico www.cemig.com.br

(dentro da página acesse Agência Virtual depois Normas Técnicas depois

Formulário para Solicitação de Análise de Rede – Ligação Nova/Aumento).

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Definições da CEMIG

Faixas de Servidão: As faixas de servidão, também chamadas de faixas de

segurança, são áreas do terreno com restrição imposta à faculdade de uso e

gozo do proprietário, cujo domínio e uso é atribuído a Cemig, para permitir a

implantação, operação e manutenção do seu sistema elétrico.

• A largura da faixa de segurança para redes de distribuição rurais até 23,1kV

é 15 metros, distribuídos em 7,5 metros de cada lado em relação ao eixo da

rede.

• A largura da faixa de segurança para redes de distribuição rurais de 34,5kV

é 20 metros, distribuídos em 10 metros de cada lado em relação ao eixo da

rede.

• A largura da faixa de segurança de uma linha de transmissão de energia

elétrica (tensão igual ou superior a 69kV) deve ser determinada levando-se

em conta o balanço dos cabos, efeitos elétricos e posicionamento das

fundações de suportes e estais.

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Definições da CEMIG

Medição Direta: É a medição de energia efetuada através de medidores

conectados diretamente aos condutores do ramal de entrada.

Medição Indireta: É a medição de energia efetuada com auxílio de

transformadores de corrente.

Padrão de Entrada: É a instalação compreendendo o ramal de entrada, poste

ou pontalete particular, caixas, dispositivo de proteção, aterramento e

ferragens, de responsabilidade do consumidor, preparada de forma a permitir a

ligação da unidade consumidora à rede da Cemig.

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Definições da CEMIG

Ponto de Entrega: É o ponto até o qual a Cemig se obriga a fornecer energia

elétrica, com participação nos investimentos necessários, bem como,

responsabilizando-se pela execução dos serviços de operação e de

manutenção do sistema, não sendo necessariamente o ponto de medição.

Portanto é o ponto de conexão do sistema elétrico da Cemig (ramal de ligação)

com as instalações elétricas da unidade consumidora (ramal de entrada).

Ramal de Entrada: É o conjunto de condutores e acessórios instalados pelos

consumidores entre o ponto de entrega e a proteção geral ou quadro de

distribuição geral (QDG).

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Condições de Fornecimento

Aspectos Gerais

• As edificações individuais devem ser atendidas através de uma única

entrada de serviço.

• As unidades consumidoras somente serão ligadas após vistoria e

aprovação do padrão de entrada pela Cemig, de acordo com as condições

estabelecidas pela norma.

• O atendimento ao pedido de ligação não transfere a responsabilidade

técnica à Cemig, quanto a segurança e integridade das instalações elétricas

internas da unidade consumidora.

• Será necessário a apresentação de autorização do órgão ambiental

competente e gestor da unidade de atendimento para a(s) ligação(ões)

da(s) unidade(s) consumidora(s) e/ou padrão(ões) de entrada de energia

elétrica situado(s) em Área(s) de Preservação Permanente – APP.

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Condições de Fornecimento

PONTO DE ENTREGA

O ponto de entrega, que corresponde à conexão do ramal de entrada do

consumidor ao sistema elétrico da Cemig, é identificado de acordo com as

seguintes situações.

• Ramal de ligação aéreo

• Ramal de ligação subterrâneo

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Condições de Fornecimento

TENSÕES DE FORNECIMENTO

O fornecimento de energia é efetuado em uma das seguintes tensões

secundárias de baixa tensão:

a) 127/220V, sistema trifásico, estrela com neutro multi-aterrado, frequência 60

Hz;

b) 127/254V, sistema bifásico com neutro multi-aterrado, frequência 60 Hz.

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Condições de Fornecimento

LIMITES DE FORNECIMENTO

• O fornecimento de energia elétrica deve ser sempre efetuado em tensão

secundária de distribuição às unidades consumidoras que apresentarem

carga instalada igual ou inferior a 75 kW.

• As unidades com carga instalada superior a 75kW terão o fornecimento em

média tensão de distribuição de acordo com as prescrições contidas na

norma Cemig ND-5.3, exceto se o consumidor fizer a opção por

fornecimento na baixa tensão.

• A ligação de cargas especiais tais como máquinas de solda a transformador

ou tipo motor-gerador, bem como de motores elétricos monofásicos e

trifásicos.

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Condições de Fornecimento

TIPOS DE FORNECIMENTO

Os tipos de fornecimento são definidos em função da carga instalada, da

demanda, do tipo de rede e local onde estiver situada a unidade consumidora.

Classificação das Unidades Consumidoras

Tipo A: Fornecimento de energia a 2 fios (Fase -Neutro)

Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2 Condutores Fase -Neutro)

Tipo C: Fornecimento de energia a 4 fios (3 Condutores Fase -Neutro)

Tipo D: Fornecimento de Energia a 3 fios (2 Condutores Fase-Neutro)

Tipo E: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 Fases-Neutro)

Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fase - Neutro)

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Consulta Prévia

Antes de construir ou adquirir os materiais para a execução do seu padrão

de entrada, o consumidor deve procurar uma Agência de Atendimento da

Cemig visando obter, inicialmente, informações orientadoras a respeito das

condições de fornecimento de energia à sua unidade consumidora.

As informações orientadoras estão contidas em publicações especiais da

Cemig (distribuição gratuita) denominadas "Manual do Consumidor", que

apresentam as primeiras providências a serem tomadas pelos consumidores

relativas a:

a) verificação da posição da rede de distribuição em relação ao imóvel;

b) definição do tipo de fornecimento;

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Consulta Prévia

c) carga instalada a ser ligada;

d) localização e escolha do tipo de padrão;

e) verificação do desnível da edificação em relação à posteação da rede;

f) identificação clara da numeração da edificação; a numeração predial deve

ser legível, indelével e sequencial.

g) perfeita demarcação da propriedade, tanto de unidades consumidoras

localizadas em áreas urbanas quanto de unidades consumidoras localizadas

em áreas rurais;

A Cemig se reserva no direito de não efetuar a ligação caso a carga

declarada não estiver compatível com a carga instalada no local.

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Pedido de Ligação

A Cemig somente efetuará a ligação de obras, definitiva ou provisória ,

após a vistoria e aprovação dos respectivos padrões de entrada que devem

atender às prescrições técnicas contidas nesta norma.

A Cemig se reserva no direito de vistoriar as instalações elétricas internas

da unidade consumidora e não efetuar a ligação caso as prescrições das NBR

5410 e 5419 não tenham sido seguidas em seus aspectos técnicos e de

segurança.

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Condutores

O diâmetro (bitola) mínimo dos condutores deverá ser especificada de

acordo com as referencias abaixo:

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Condutores

Tipos de condutores

• Prata: Utilizado em pastilhas de contato de contatores e relés.

• Cobre: Utilizado na fabricação de fios em geral e equipamentos elétricos

(chaves, interruptores, tomadas).

• Bronze: Liga de cobre e estanho, utilizada em equipamentos elétricos e

linha de tração elétrica (bondes).

• Latão: Liga de cobre e zinco, utilizada em aparelhagem elétrica.

• Alumínio: Utilizado na fabricação de condutores para linhas e redes por ser

mais leve e de custo mais baixo. Os fios e cabos de alumínio podem se

apresentar na forma de alumínio puro e alumínio enrolado sobre um cabo

de aço.

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Condutores

Construtivamente os condutores podem ser formados por um único fio

solido, nas seções menores, ou por um encordoamento de fios sólidos,

formando um cabo. Sobre o condutor assim formado é aplicada uma camada

de isolação, seja por termoplástico como PVC e o PE seja por termofixos

(vulcanização) como o EPR e XLPE.

Essa camada de isolação pode ser simples ou dupla.

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Tipos de Condutores Elétricos

O condutor elétrico pode ser constituído por um ou vários fios. Quando é

constituído de apenas um fio, recebe o nome de fio rígido. Quando é

constituído de vários fios, é chamado de cabo.

Os cabos podem ser do tipo unipolar ou multipolar. O cabo unipolar é

constituído de um único condutor isolado e dotado de uma cobertura que

protege a isolação do condutor. Já o cabo multipolar pode ser constituído de

dois ou mais condutores isolados e dotado também de uma cobertura extra

para proteção da isolação desses condutores.

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Isolação dos Condutores

A isolação deve suportar a maior tensão a que sera sujeito o cabo e

proteger o condutor contra choques mecânicos, umidade e substancias

corrosivas.

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Seção Nominal do Condutor

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Classes de Condutores

A principal diferença que existe entre fios e cabos é a flexibilidade, pois um

fio e um cabo de mesma seção nominal possuem a mesma capacidade de

condução de corrente. O que define a classe do condutor a ser utilizado é a

aplicação e/ou a preferencia do profissional.

São seis classes de condutores, de acordo com a NBR NM 280-2011. Os

condutores das classes 1 e 2 são mais utilizados em instalações fixas por

terem baixa flexibilidade. A classe 1 é referente aos fios, e a classe 2 se refere

aos cabos encordoados, conhecidos como cabos rígidos.

As classes 4, 5 e 6 são referentes aos cabos flexíveis. Quanto maior o

numero, mais flexível é o cabo.

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Condutores de

Sinais

Os cabos de

transmissão de sinais

são utilizados para a

transmissão de dados,

como os utilizados para

internet, que quando

distribuídos de modo

especial chamamos de

cabeamento

estruturado.

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Condutores de Sinais

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Dimensionamento de Condutores Elétricos

De acordo com a NBR 5410, para fazer o dimensionamento de condutores

devemos atender a pelo menos três dos seis critérios, que são eles:

• Capacidade de condução de corrente;

• Máxima queda de tensão;

• Mínima seção normalizada.

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Capacidade de Condução de Corrente

A capacidade de condução de corrente de um condutor elétrico é indicada

por meio de tabelas especificas contidas na NBR 5410 ou tabelas fornecidas

por fabricantes, e é determinada de acordo com as características do condutor

e seu método de instalação.

Para dimensionar os condutores pelo critério da capacidade de condução

de corrente, deve-se verificar se o condutor suporta, com segurança, a

corrente prevista para o circuito (corrente de projeto, 𝐼𝐵).

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Capacidade de Condução de Corrente

Exemplo: Um chuveiro possui uma potencia de 5,7 KW em uma tensão de 220

V a uma distancia de 20 m, um projetista recomendará a utilização de

condutores isolados, considerando que estes estão agrupados com mais dois

circuitos que possuem condutores semelhantes e igualmente carregados, e

que a temperatura do ambiente é 40ºC instalados em eletroduto aparente. O

cabo deverá ser de PVC. Calcule a sua corrente de projeto.

𝐼𝐵 =𝑃

𝑉=5700

220= 25,91 𝐴

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Capacidade de Condução de Corrente

Para calcular a corrente corrigida do projeto (𝐼𝐵′), devem se levar em conta

os fatores de correção, que são valores identificados como 𝐹𝐶𝑇 (Fator de

Correção para Temperatura) e 𝐹𝐶𝐴 (Fator de Correção para Agrupamento).

𝐼𝐵′ =𝐼𝐵

𝐹𝐶𝑇𝑥𝐹𝐶𝐴

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Capacidade de Condução de Corrente

De posse da corrente de projeto já calculada, que é de 25,91 A, e dos

fatores de correção, calculamos a corrente corrigida de projeto de acordo com

a fórmula seguinte:

𝐼𝐵′ =𝐼𝐵

𝐹𝐶𝑇𝑥𝐹𝐶𝐴

𝐼𝐵′ =

25,91

0,87 𝑥 0,7= 42,54 𝐴

Assim o condutor escolhido deverá ter a capacidade de condução mínima

de 42,54 A.

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Capacidade de Condução de Corrente

O próximo

passo é determinar

a seção do

condutor

necessário a

ligação do

chuveiro. Para

isso, precisamos

conhecer o modo

de instalação dos

condutores e

analisarmos a

tabela 33 da NBR

5410.

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Máxima Queda de Tensão

A queda de tensão (∆𝑉), ocasionada pela impedância que os condutores

apresentam, também deve ser levada em consideração no momento do

dimensionamento dos condutores.

A NBR 5410 estabelece os limites máximos de queda de tensão em

instalações elétricas de baixa tensão.

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Máxima Queda de Tensão

Por intermédio de formulas ou tabelas, existem alguns métodos de calculo

para se chegar a seção do condutor decorrente da queda de tensão admissível

de acordo com a NBR 5410. Para calcular essa queda de tensão, utiliza-se a

seguinte fórmula:

𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 =𝑉 % 𝑥𝑉

(𝐼𝐵′𝑥𝐿)

Em que:

𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡: queda de tensão unitária, volt por ampère x quilometro (V/AxKM);

V(%): percentagem da queda de tensão admissível;

V: tensão da linha;

𝐼𝐵′: corrente corrigida de projeto;

L: comprimento do trecho do condutor em quilômetros.

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Máxima Queda de Tensão

Aplicando ao exempli temos:

• Trecho do quadro de distribuição ate a carga: L = 0,002 km;

• V% = 0,04 (4%);

• Corrente corrigida de projeto já calculada: 42,54 A;

• Tensão de alimentação: 220 V;

• Condutor empregado: cabo de PVC.

Aplicando na fórmula temos:

𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 =𝑉 % 𝑥𝑉

(𝐼𝐵′𝑥𝐿)=

0,04x220

42,54𝑥0,02= 10,34 𝑉

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Máxima Queda de Tensão

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Mínima Seção Normalizada

A tabela 47 da NBR 5410 prescreve sobre a seção mínima dos condutores

isolados de cobre em uma instalação elétrica:

• 0,5 mm² para circuitos de sinalização e controle;

• 1,5 mm² para circuitos de iluminação;

• 2,5 mm² para circuitos de força.

Por esse critério, o cabo mínimo recomendado na instalação do chuveiro é

o de 2,5 mm².

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Mínima Seção Normalizada

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Fator de DemandaO fator de demanda representa uma porcentagem das potencias prevista

para a instalação, ou seja, do total de aparelhos elétricos instalados, quantos,

provavelmente, estarão funcionando ao mesmo tempo. Sua aplicação evita

que os condutores dos circuitos alimentadores sejam superdimensionados,

tendo em vista que, em uma instalação elétrica, nem todos os equipamentos

são utilizados ao mesmo tempo.

A aplicação do fator de demanda reflete diretamente no dimensionamento

da seção nominal dos condutores elétricos, bem como, dos seus dispositivos

de proteção e do padrão de entrada a ser adotado para a instalação.

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Fator de DemandaSomam-se os valores das potencias ativas de iluminação, e pontos

de tomada de uso geral e multiplica-se o valor calculado pelo fator de

demanda correspondente a esta potencia.

Exemplo: um circuito em que a potencia

ativa de iluminação e TUG’s deu 6600 W

multiplica-se o mesmo pelo fator de

demanda correspondente, no caso 0,4

que é o fator de demanda para uma faixa

de 6001 a 7000 W.

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Fator de DemandaFator de demanda representa uma

porcentagem do quanto das potencias previstas

serão utilizadas simultaneamente no momento de

maior solicitação da instalação. Isto é feito para

não superdimensionar os componentes dos

circuitos de distribuição, tendo em vista que numa

residência nem todas as lâmpadas e pontos de

tomadas são utilizados ao mesmo tempo.

Para tomadas de uso especifico, multiplicam-

se as potencias das TUE’s pelo fator de demanda

correspondente em função do numero de

circuitos de TUE’s previstos no projeto.

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Fator de DemandaDe posse do valor da potencia demandada total e da tensão nominal do

circuito alimentador, encontramos o valor da corrente de projeto do circuito

alimentador aplicando a seguinte formula:

𝐼𝐵𝐶𝐴 =𝑃𝑇𝐷𝑉𝑁𝐹𝐹

(𝐴)

Onde:

𝐼𝐵𝐶𝐴 - Corrente de Projeto do Circuito Alimentador;

𝑉𝑁𝐹𝐹 - Tensão Nominal;

𝑃𝑇𝐷 - Potencia Total Demandada.

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EletrodutosEletrodutos

São tubos de metal ou plástico, rígido ou flexível, utilizados com a

finalidade de conter os condutores elétricos e protege-los da umidade, ácidos,

gases ou choques mecânicos.

A principal função dos eletrodutos então, é proteger os condutores elétricos

contra influencias externas do ambiente (mau tempo, choques mecânicos,

agentes químicos, etc).

Os eletrodutos podem ser de vários tipos e são classificados de acordo

com o material com o qual são fabricados. Portanto, existem eletrodutos

rígidos de aço carbono, metais flexíveis, PVC rígido e PVC flexível.

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Eletrodutos

Eletroduto Flexível Metálico

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Eletrodutos

Eletroduto Flexível de Plástico

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EletrodutosOs eletrodutos de PVC são geralmente utilizados quando embutidos ou

enterrados. Já os de metais são mais utilizados em instalações aparentes. A

instalação de condutores em eletrodutos devem seguir as seguintes

considerações:

• A taxa mínima de ocupação em relação a área de seção transversal dos

eletrodutos não deve ser superior a:

• 53% no caso de um único condutor;

• 31% no caso de dois condutores;

• 40% no caso de três ou mais condutores.

• Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se

condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor se

destina a aterramento;

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Eletrodutos• O diâmetro externo dos eletrodutos deve ser igual ou superior a 16 mm;

• Não deve haver trechos contínuos retilíneos de tubulação maiores que 15

m, nos trechos com curvas, este espaçamento deve ser reduzido de 3 m

para cada curva de 90º.

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Eletrocalhas

Eletrocalhas são bandejas metálicas dobradas em forma de U, que podem

ser fechadas, perfuradas ou abertas (leitos). São usadas para instalações

aparentes, o que proporciona rapidez na instalação e na ampliação, além de

facilitar a inspeção e manutenção.

As eletrocalhas são muito versáteis, já que podem acomodar cabos

elétricos, cabos telefônicos e redes de comunicação no mesmo espaço, desde

que seja divididas por setores.

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Eletrocalhas

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Eletrocalhas

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Eletrocalhas

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Eletrocalhas

A NBR 5410/97 estabelece que:

• os cabos unipolares e multipolares podem ser instalados em qualquer tipo

de calha;

• os condutores isolados só podem ser instalados em calhas de paredes

maciças cujas tampas só possam ser removidas com auxílio de

ferramentas;

• Admite-se a instalação de condutores isolados em calhas perfuradas e/ou

tampas desmontáveis sem auxílio de ferramentas em locais só acessíveis a

pessoas advertidas ou qualificadas;

• É conveniente ocupar a calha com 35% a 60%

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Perfilados

Os perfilados são utilizados para acomodação, condução e derivação de

redes elétricas, cabos telefônicos, redes de comunicação e sustentação de

iluminarias.

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Leitos

Conhecidos também como sistema de bandeja é em geral, construído em

alumínio ou em aço para diferentes cargas mecânicas (tipo pesado, médio,

leve). O uso de leitos só é permitido em estabelecimentos industriais onde haja

manutenção adequada e em locais não sujeitos a choques mecânicos.

Somente cabos unipolares e multipolares podem ser utilizados em bandejas.

Os cabos devem ser fixados na estrutura das bandejas, principalmente em

percursos verticais. Nas bandejas, os cabos devem ser instalados de

preferência em camada única.

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Canaletas

As canaletas são feitas geralmente de PVC e servem como proteção

mecânica para a passagem dos fios e cabos elétricos/fios telefônicos e são

usadas em instalações aparentes.

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Dimensionamento de Eletrodutos

Antes de dimensionar um conduto, devemos ter um diagrama da

instalação para sabermos as quantidades, o tipo e a seção nominal dos

condutores que serão instalados nesse conduto. Com base nessa informação,

devemos ter em mãos normas, tabelas e catálogos técnicos de condutos e de

condutores para que tenhamos informações a respeito das suas dimensões.

O item 6.2.11.1 da NBR 5410 prescreve a instalação de eletrodutos.

Nestes somente podem ser instalados condutores isolados ou cabos

(unipolares ou multipolares), e os eletrodutos devem ser dimensionados de

modo a facilitar a instalação ou substituição dos condutores.

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Dimensionamento de Eletrodutos

A taxa de ocupação de um eletroduto não deve ser superior aos seguintes

valores percentuais:

a) 53% para instalação de um único condutor;

b) 31% para instalação de dois condutores;

c) 40% para instalação de três ou mais condutores.

Para dimensionar um eletroduto, devemos verificar a seção externa dos

condutores a serem utilizados na instalação. Essa informação normalmente é

encontrada em catálogos técnicos fornecidos por fabricantes.

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Dimensionamento de Eletrodutos

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Dimensionamento de Eletrodutos

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Dimensionamento de Eletrodutos

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Dimensionamento de Eletrodutos

Para saber a seção transversal total (𝑆𝑇𝐶 ) dos condutores que serão

instalados no eletroduto, basta somar os valores das seções transversais

(externas) de todos esses condutores. Observe a equação a seguir:

𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 +⋯+ 𝑆𝐶𝑁 (𝑚𝑚2)

Em que:

𝑆𝐶1, 𝑆𝐶2, 𝑆𝐶3 correspondem a seção transversal dos condutores de diferentes

seções nominais;

𝑆𝐶𝑁 é a seção transversal do enésimo condutor de diferente seção nominal.

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Dimensionamento de Eletrodutos

Após o calculo da seção transversal total dos condutores que serão

instalados no eletroduto, calcularemos a seção transversal interna mínima do

eletroduto (𝑆𝐸) a ser utilizado. Para isso, devemos considerar que a seção

transversal total dos condutores (𝑆𝑇𝐶) corresponde a sua taxa de ocupação de

seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸). Esse calculo é realizado

por meio de regra de três simples. Exemplo em que se adota uma taxa de

ocupação de 40%.

𝑆𝑇𝐶 → 40% 𝑑𝑒 𝑆𝐸𝑥 → 100% 𝑑𝑒 𝑆𝐸

𝑥 =𝑆𝑇𝐶 . 100

40(𝑚𝑚2)

Em que x é o valor da seção transversal interna mínima do eletroduto (𝑆𝐸).

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Dimensionamento de Eletrodutos

O diâmetro nominal do eletroduto (𝐷𝑁) a ser adotado deve ser igual ou

maior ao calculado. Veja um exemplo de tabela técnica de um tipo de

eletroduto flexível corrugado de PVC apresentada por um fabricante.

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Dimensionamento de EletrodutosA norma relacionada aos eletrodutos plásticos (rígidos e flexíveis), no Brasil, é a

NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa

tensão.

nessa norma, os eletrodutos são classificados conforme a resistência

mecânica que apresentam. Logo, podem ser denominados de:

a) Eletroduto leve;

b) Eletroduto médio;

c) Eletroduto pesado.

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Dimensionamento de EletrodutosQuanto a aplicação, os eletrodutos plásticos podem ser de três tipos, conforme

mostrado na tabela a seguir:

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Dimensionamento de EletrodutosA NBR 15465 ainda determina que os eletrodutos plásticos devem ser

diferenciados por cores, conforme pode ser visto na tabela abaixo:

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Exemplo

1 – Dimensione o diâmetro nominal de um eletroduto flexível corrugado de

PVC no qual serão instalados sete condutores isolados.

a) Circuito 1: 2 condutores de 2,5 mm² - 𝑆𝐶1 = 20,4mm²

b) Circuito 2: 2 condutores de 4,0 mm² - 𝑆𝐶2 = 27,8𝑚𝑚²

c) Circuito 3: 3 condutores de 6,0 mm² - 𝑆𝐶3 = 51,9𝑚𝑚²

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Exemplo

Calculo das seções transversais dos condutores dos circuitos (𝑆𝐶):

𝑆𝐶1 = 10,2 x 2 = 20,4mm²

𝑆𝐶2 = 13,9 𝑥 2 = 27,8𝑚𝑚²

𝑆𝐶3 = 17,3 𝑥 3 = 51,9𝑚𝑚²

Calculo da seção transversal total (𝑆𝑇𝐶) dos condutores que serão isntalados

no eletroduto:

𝑆𝑇𝐶 = 𝑆𝐶1 + 𝑆𝐶2 + 𝑆𝐶3 = 20,4 𝑚𝑚2 + 27,8 𝑚𝑚2 + 51,9 𝑚𝑚²

𝑆𝑇𝐶 = 100 𝑚𝑚²

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Exemplo

Para chegar ao valor nominal do diâmetro do eletroduto do exemplo, devemos

consultar a tabela seguinte. Sabemos que a seção transversal interna mínima

do eletroduto é de 250 mm². com base nesse valor, percorremos a coluna 3 da

tabela de cima para baixo ate encontrar um valor igual ou superior ao valor

calculado (250 mm²).

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Dimensionamento de Bandejas, Leitos,

Prateleiras e Suportes HorizontaisA instalação desses tipos de condutos é prescrita no item 6.2.11.3 da NBR 5410.

Nesse caso, somente podem ser instalados cabos unipolares ou multipolares.

A norma não estabelece taxa de ocupação para bandejas, leitos,

prateleiras e suportes horizontais. A restrição é aplicada a quantidade de

camadas de cabos. Os cabos devem ser dispostos, preferencialmente, em

uma única camada.

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Dimensionamento de Bandejas, Leitos,

Prateleiras e Suportes HorizontaisPara dimensionar o numero de cabos em uma bandeja, vamos calcular quantos

cabos, com seção nominal de 70 mm², dispostos em camada única, cabem em uma

bandeja que possui 200 mm de largura.

O diâmetro externo nominal do cabo (𝐷𝐸𝑁𝐶)de 70 mm² é de 17,1 mm.

Assim o numero de condutores é dado pela seguinte fórmula.

𝑁𝐶 =𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑒𝑗𝑎

𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑜

𝑁𝐶 =200 𝑚𝑚

17,1 𝑚𝑚= 11 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠

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Dimensionamento de Canaletas e Perfilados

A aplicação de canaletas é cada vez mais comum em instalações elétricas prediais

de baixa tensão, tanto em instalações novas quanto em reformas e ampliações. No

mercado, esses produtos são encontrados em diversos modelos e dimensões e há uma

variada linha de acessórios, o que facilita a montagem, além de proporcionar

funcionalidade e beleza a instalação. Alguns modelos possuem divisões internas para

instalação de linhas elétricas, de sinais e de alimentação elétrica.

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Dimensionamento de Canaletas e Perfilados

Os perfilados são muito utilizados em instalações aéreas. Seu emprego em

instalações elétricas prediais de baixa tensão possibilita a montagem de uma

infraestrutura completa que tem as funções de conduto e de suporte das luminárias. A

montagem de redes de perfilados é muito pratica e funcional devido a variada linha de

acessórios.

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Dimensionamento de Canaletas e Perfilados

Conforme prescrito no item 6.2.11.4.1 da NBR 5410, é permitida a instalação de

condutores isolados e cabos em perfilados e canaletas aparentes. A norma não

estabelece taxa de ocupação para esses tipos de condutos, porem, para dimensiona-

los, é necessário seguir as recomendações do fabricante.

Segundo a NBR 5410, a instalação de condutores isolados em canaletas

ou perfilados abertos ou perfurados é permitida desde que estes sejam

instalados:

a) Em locais acessados por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5),

conforme descrito na tabela 18 da NBR 5410 – Competência das pessoas;

b) A uma altura mínima de 2,5 m do piso.

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Sobre Corrente

A norma considera dois tipos de sobre correntes:

• As correntes de sobrecarga;

• As correntes de curto-circuito.

Definições

Corrente nominal: é o valor eficaz da corrente de regime contínuo (ou

permanente) que o dispositivo é capaz de conduzir indefinidamente, sem que a

elevação da temperatura de suas diferentes partes exceda os valores

especificados em norma

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Sobre Corrente

Sobrecorrente: são correntes elétricas cujos valores excedem o valor da

corrente nominal. As sobrecorrentes podem ser originadas por solicitação do

circuito acima de suas características de projeto (sobrecargas) ou por falta

elétrica (curto-circuito)

Sobrecarga: produzem a elevação da corrente do circuito a valores, em geral,

de alguma percentual acima do valor nominal até o máximo de dez vezes a

corrente nominal, e trazem efeitos térmicos prejudiciais ao sistema.

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Disjuntor

O disjuntor termomagnético é um dispositivo responsável por monitorar

e controlar a corrente elétrica, interrompendo o fluxo de energia sempre que

identificar um pico que ultrapasse o considerado adequado. Com isso,

o disjuntor protege a instalação elétrica de curto-circuito e outros problemas

relacionados à sobrecarga elétrica.

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Disjuntor

Esse tipo de disjuntor possui três funções:

• Manobra (abertura ou fechamento voluntário do circuito);

• Proteção contra curto-circuito – Essa função é desempenhada por um

atuador magnético (solenóide), que efetua a abertura do disjuntor com o

aumento instantâneo da corrente elétrica no circuito protegido;

• Proteção contra sobrecarga – É realizada através de um atuador bimetálico,

que é sensível ao calor e provoca a abertura quando a corrente elétrica

permanece, por um determinado período, acima da corrente nominal do

disjuntor.

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Disjuntor

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Disjuntor

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Disjuntor

Para dimensionar o disjuntor por circuitos, devemos adotar os seguintes

critérios:

• Iluminação residencial básica: Os disjuntores não devem ser superiores a

10 A e os cabos condutores devem ser de no mínimo 1,5 mm².

• TUG’s: Disjuntores não devem ser superior a 20 A e os cabos condutores

devem ser de 2,5 mm². Em circuitos com tensão de 127 V a soma da

potencia não deve ultrapassar a 2540 W e em 220 V 4400 W

• TUE’s: Nesse caso no manual dos equipamentos é descrito o disjuntor

correto para proteção do mesmo, sendo assim, é recomendado um circuito

separado para cada equipamento e um disjuntor para cada circuito.

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Disjuntor

Recomenda-se que para o disjuntor do circuito não ficar sobrecarregado,

dimensionar o mesmo de forma com que a corrente nominal do disjuntor esteja

em um valor acima da corrente de projeto e abaixo do valor de corrente

suportada pelo condutor.

Alguns valores de corrente nominal de disjuntores de acordo com as

normas NBR NM 60898 e NBR IEC 60947-2 são:

* 2 A, 4 A, 6 A, 10 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32 A, 40 A, 50 A, 53 A, 70 A, 80 A, 100 A,

125 A.

OBS: Todo equipamento que possuir uma corrente superior a 10 A, o mesmo

deverá ter um circuito exclusivo para ele.

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Disjuntor

Outras características de um disjuntor termomagnético referente a sua

aplicação, são as suas curvas de operação:

• Os disjuntores de curva B são indicados para cargas resistivas com

pequena corrente de partida, por exemplo, aquecedores elétricos, fornos

elétricos, lâmpadas incandescentes e atuam em correntes de curto de 3 a 5

vezes a corrente nominal.

• Os disjuntores de curva C são indicados para cargas de média corrente de

partida, por exemplo, motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e maquinas

de lavar roupas e eles atuam em corrente de curto de 5 a 10 vezes a

corrente nominal.

• Os disjuntores de curva D são indicados para cargas de grande corrente de

partida, por exemplo, transformadores e eles atuam com corrente de curto

de 10 a 20 vezes a nominal.

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Disjuntor

Para dimensionar o disjuntor ideal para cada circuito o calculo básico a ser

usado é o da lei de Ohm:

𝐼 =𝑃

𝑉

Onde:

I – É a corrente nominal calculada do circuito (A);

P – É a soma das potencias do circuito (W);

V – É a tensão nominal da rede (V).

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Disjuntor DR (Diferencia Residual)

O disjuntor DR possui como função básica acusar e desarmar o circuito

em que está empregado caso ocorra uma fuga de corrente seja por curto

circuito e ocasionando sobrecarga ou também caso um simples cabo

decapado esteja dando massa em algum lugar da edificação e/ou uma pessoa

levar um choque nesse local.

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Disjuntor DR (Diferencia Residual)

Esses dispositivos de proteção são recentes, e possuem um Núcleo

Toroidal em seu interior, ou seja, um anel de ferrite, então são enrolados os

cabos a serem monitorados, sendo assim quando a quantidade de corrente

elétrica que entra for igual a corrente que sai o dispositivo permanece no

mesmo estado, armado, porém quando a corrente que sair for menor do que a

grandeza que entrou, o dispositivo entende que há uma fuga elétrica, então

outro ponto do dispositivo amplifica o sinal e realiza uma comparação do valor

da fuga, onde, se o valor for acima do projeto do DR ele irá desarmar e cessar

a passagem de corrente em todo circuito, essa corrente projetada em DR

geralmente é próximo de 30 mA.

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Disjuntor DR (Diferencia Residual)

Na norma NBR 5410 existe um item (5.1.3.2.2) que fala exatamente sobre

os DR’s e suas aplicações em residenciais, vejamos as características dos

locais que devem receber essa proteção:

• Circuitos que possui pontos de utilização em locais que contenham

chuveiros, banheiras, torneiras, etc;

• Circuitos que contemplem tomadas em áreas externas;

• Circuitos que tenham tomadas internas porém que possam alimentar

aparelhos na área externa;

• Circuitos com tomadas em áreas como cozinhas, copas, lavanderias, áreas

de serviço, garagens e áreas que possam ser submetidas a lavagens ou

normalmente molhadas.

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Disjuntor DR (Diferencia Residual)

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Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS)

DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) são dispositivos capazes de

evitar qualquer tipo de dano, descarregando para a terra os pulsos de alta-

tensão causados pelos raios.

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Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS)

A seleção dos DPSs deve atender as prescrições da Comissão

Internacional de Eletrotécnica – IEC 61643-1 e também as prescrições do

capitulo 6.3.5.2.4 da NBR 5410 nas seguintes características técnicas:

c) Tensão de suportabilidade a impulsos (𝑼𝑷): o dispositivo deve ser

compatível com a categoria II de suportabilidade a impulsos, indicada na

Tabela 31 da NBR 5410 (Suportabilidade a impulso exigível dos componentes

da instalação). Assim, a tensão de suportabilidade a impulsos (UP) do DPS

não deve ser superior ao indicado na referida tabela. Em uma rede elétrica

com tensão nominal de 220/127 V, por exemplo, o nível de proteção Up do

DPS não deve ser superior a 1,5 kV.

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Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS)

d) Tensão máxima de operação continua (𝑼𝒄): esse valor deve ser igual ou

superior aos indicados na Tabela 49 da NBR 5410 (valor mínimo de UC

exigível do DPS, em função do esquema de aterramento). Para esquemas

de aterramento TT e TN-S, por exemplo, a tensão UC do dispositivo

devera ser, no mínimo, 1,1 vezes a tensão entre fase e neutro.

e) Corrente nominal de descarga (𝑰𝑵): quando o DPS for destinado a

proteção contra sobretensões de origem atmosférica indiretas, ou seja,

transmitidas pela linha externa de alimentação e contra sobretensões de

manobra, esse dispositivo deverá ter as seguintes características técnicas:

• Para cada modo de proteção entre os condutores de fase e o de proteção

(PE ou PEN), o valor da corrente nominal de descarga (In) devera ser igual

ou superior a 5 kA.

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Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS)

• Quando o DPS for utilizado entre os condutores neutro e o de proteção (PE)

instalado em uma rede monofásica, o valor da corrente nominal de

descarga (In) devera ser igual ou superior a 10 kA.

• Quando o DPS for utilizado entre os condutores neutro e o de proteção (PE)

instalado em uma rede trifásica, o valor da corrente nominal de descarga

(In) devera ser igual ou superior a 20 kA.

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Aterramento

A palavra aterramento se refere a terra porque esta é adotada como ponto

de referencia zero, uma vez que nos circunda por todos os lados. Quando

dizemos que algum equipamento esta aterrado, significa que sua massa esta

intencionalmente ligada a terra. Portanto, aterrar quer dizer colocar instalações

e equipamentos no mesmo potencial da terra. O objetivo mais amplo de um

sistema de aterramento é obter uma diferença de potencial próxima de zero

entre os condutores de proteção é obter uma diferença de potencial próxima de

zero entre os condutores de proteção e as massas condutoras (de um

equipamento ou uma instalação), inclusive as ferragens e tubulações metálicas

da edificação.

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Aterramento

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Esquemas de Aterramento

A NBR 5410 estabelece os esquemas de aterramento utilizados em

instalações elétricas de baixa tensão. Nesses esquemas, são utilizados os

seguintes símbolos:

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Esquemas de Aterramento

Os esquemas de aterramento possuem nomenclaturas segundo suas

classificações. A primeira letra representa a situação da alimentação em

relação a terra:

• T: ponto diretamente aterrado;

• I: isolação de todas as partes vivas em relação a terra ou aterramento de

um ponto através de impedância.

A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica

em relação a terra:

• T: massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento

eventual de um ponto da alimentação;

• N: massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente

alternada, o ponto aterrado é normalmente o neutro).

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Esquemas de Aterramento

Outras letras (eventuais) representam a disposição dos condutores neutro

e de proteção:

• S: funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos ou

separados;

• C: funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor

(PEN) ou conjugados.

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Proteção Contra Descargas Atmosféricas -

SPDA

A NBR 5410 não prescreve sobre proteção contra descargas atmosféricas

diretas, porem alerta sobre a necessidade de proteção contra as sobre tensões

transitórias originadas pelos fenômenos atmosféricos em linhas energia elétrica

e de sinais. Portanto, essa norma prescreve sobre o sistema interno de

proteção contra descargas atmosféricas e alerta que as pessoas, os animais e

os bens não deve estar vulneráveis aos efeitos prejudiciais das sobre tensões

geradas pelas descargas atmosféricas.

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SPDA

Especificação do SPDA

Para que as edificações sejam protegidas contra a incidência direta dos

raios, a NBR 5419 fornece subsídios para realização do projeto, maneira de

instalar e manutenção do SPDA. Essa proteção é estendida as pessoas e aos

equipamentos que se encontram no interior das edificações.

No dimensionamento, além da aplicação da NBR 5419, devem-se

considerar, também, os regulamentos de órgão públicos (Código de Obras

Municipal, Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros), assim como as

exigências das empresas seguradoras, visto que as descargas atmosféricas

podem provocar danos a edificação e incêndios.

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SPDA

O projeto de um SPDA deve ser elaborado em conjunto com o projeto da

edificação, visando a utilizar todos os elementos condutores da própria

estrutura, pois o acesso a terra e a utilização adequada das armaduras

metálicas das fundações como eletrodo de aterramento podem não ser

possíveis após o inicio dos trabalhos de construção. Assim, torna-se

necessário um trabalho em conjunto entre o projetista, o engenheiro, o

arquiteto e o construtor, desde a concepção do projeto, passando pelo

acompanhamento, ate a conclusão da obra.

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SPDA

A NBR 5419:2005 prescreve ainda que o SPDA é composto por

subsistemas que desempenham as seguintes funções:

• Captor: capta ou intercepta as descargas atmosféricas;

• Condutores de descida: conduzem a corrente de descarga atmosférica

proveniente do captor ate aterramento;

• Aterramento: conduz e dispersa para terra a corrente de descarga

atmosférica proveniente dos condutores de descida;

• Eletrodo de aterramento: mantem o contato elétrico com o solo (terra) e

permite a dispersão da corrente de descarga atmosférica.

Construtivamente, os eletrodos de aterramento podem ser ligados em

formato de anel fechado em torno da edificação, embutidos nas fundações

da edificação ou o conjunto dessas medidas. Os condutores de descida são

conectados ao eletrodo de aterramento por meio da conexão de medição,

facilitando os ensaios e medições elétricas dos componentes do SPDA.

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SPDA

• Componente natural: partes de uma edificação que não foram concebidas

especificamente para essa finalidade, mas desempenham a função de

proteção contra descargas atmosféricas. São exemplos de componentes

naturais os pilares metálicos; as armaduras de aço do concreto, utilizadas

como condutores de descida; as coberturas metálicas, utilizadas como

captores; e as armaduras de aço das fundações utilizadas como eletrodos

de aterramento.

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É composto por um captor,

instalado sobre um mastro,

ligado no subsistema de

condutores de descida.

Método de Franklin

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Método Gaiola de Faraday

É constituído por uma malha de cabos, normalmente de cobre nu,

interligados para captação das descargas atmosféricas.

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Método Eletrogeométrico

Também conhecido como método da esfera rolante ou fictícia, esse

método baseia-se na delimitação do volume a ser protegido pelos captores de

um SPDA. É um método geralmente aplicado em estruturas altas ou de formas

arquitetônicas complexas.

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Luminotécnica

A luminotécnica consiste não somente em nos propiciar um ambiente

iluminado, mas também nos fornece parâmetros a criação de um ambiente

harmonioso e agradável. A norma brasileira que trata de iluminação de

interiores é a NBR ISSO/CIE 8995-1:2013.

Com base na norma brasileira, é essencial que as distintas tarefas

domesticas e de trabalho sejam realizadas com facilidade e com conforto nos

ambientes em que elas acontecem. Dessa maneira, a iluminação deve

satisfazer aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente.

Em geral, a iluminação deve assegurar:

• Conforto visual;

• Desemprenho visual

• Segurança visual.

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Luminotécnica

Cálculo para iluminação de interiores

Um dos parâmetros mais importantes das lâmpadas é a tonalidade de cor.

Esse parâmetro diz a respeito da temperatura de cor em Kelvin. Quanto mais

branca a cor da lâmpada, mais sua iluminação se assemelha ao meio-dia;

quanto mais amarelas, mas sua iluminação se assemelha ao entardecer.

As cores mais brancas são indicadas para tarefas que exigem maior

precisão, enquanto as amarelas provocam sensação de conforto.

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Luminotécnica

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Luminotécnica

Parâmetros Técnicos

Existem parâmetros técnicos de luminotécnica definidos de acordo com o

ambiente, seguindo a normalização já citada.

1 – Luz

Luz é a faixa de onda eletromagnética visível ao olho humano.

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Luminotécnica

2 – Fluxo luminoso

O fluxo luminoso é a radiação total de luz emitida por uma lâmpada, sua

unidade de medida é o lúmen (lm).

3 – Iluminância

Iluminância ou iluminamento é a luz que uma lâmpada irradia, relacionada

com a superfície na qual incide. Como a iluminação não é a mesma em todos

os pontos, consideramos para cálculos a Iluminância média (Em) – cuja

unidade de medida é o Lux (lx).

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Luminotécnica

4 – Ofuscamento

A incidência direta de iluminação sobre partes brilhantes pode causar erros

da parte de quem realiza uma tarefa no ambiente, fadiga e ate acidentes.

Podemos evitar ofuscamento com proteção contra visão direta das lâmpadas

ou de luz proveniente de janelas.

O ofuscamento pode ser evitado utilizando luminárias com difusores. Os

difusores não permitem que fluxo luminoso incida em uma única direção.

Também podemos adotar luminárias com ângulos de cortes mínimos.

Nessa condição, a lâmpada ficara alojada de maneira que a iluminação da

luminária se dará de forma indireta.

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Luminotécnica

De acordo com orientação da NBR ISO/CIE 8995-1, que trata de

iluminação de interiores, deve-se adotar α = 15º para lâmpadas fluorescentes.

A norma especifica os valores dos ângulos de corte mínimo para outros tipos

de lâmpadas, como incandescentes e de descarga.

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Luminotécnica

• Iluminância média (Em);

• Índice de ofuscamento (UGRL);

• Índice de reprodução de cores (Ra).

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Luminotécnica

5 - Luximetro

O luximetro é o aparelho de medição utilizado para efetuarmos as medidas

de iluminâncias mínimas. Ele é composto por um sensor de luz e um circuito

eletrônico com mostrador digital.

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Método dos Lúmens

O método dos Lúmens leva em consideração tipo de atividade, cores das

paredes, teto e piso, tipo de luminária, altura da luminária em relação ao

ambiente de trabalho e desgaste do sistema.

Exemplo:

Dimensionar o sistema de iluminação de uma sala de aula para educação

de adultos, que sera utilizada no período noturno, pelo método de lumens.

Dados:

• Dimensões – comprimento 9 m; largura 7 m; altura 3,07m.

• Mesas de trabalho – 0,8 m.

• Teto branco, paredes brancas, piso de madeira.

• Ambiente com carga de poluição normal.

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Método dos Lúmens

A escolha da luminária deve levar em consideração o tipo de atividade,

lâmpada utilizada, fatores econômicos e ate decorativos. Sempre que possível,

devemos optar por luminárias com difusor ou que tenham lâmpadas

protegidas. Dessa forma, podemos evitar o ofuscamento.

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Método dos Lúmens

O índice de local é o fator que relaciona as dimensões do ambiente com a

altura entre o ponto de trabalho e a luminária. O índice do local pode ser

calculado através da seguinte formula:

𝐾 =𝐶𝑥𝐿

𝐴 𝐶 + 𝐿

Em que:

C = comprimento em metros;

L = largura em metros;

A = altura útil em metros.

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Método dos Lúmens

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Método dos Lúmens

Determinação do coeficiente de utilização (Cu)

O coeficiente de utilização relaciona as refletâncias do teto, da parede e do

piso com o fluxo luminoso emitido pela fonte de luz e o fluxo recebido pelo

plano do trabalho. Os índices de refletância variam de acordo com a tabela

abaixo.

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Método dos Lúmens

De acordo com o exemplo, temos teto branco, paredes brancas e piso de

madeira.

Teto branco – 80%

Paredes Brancas – 50%

Piso de madeira – 10%

Agora aplicaremos os dados na tabela de refletâncias da luminária

escolhida juntamente com o índice do local calculado (k=2).

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Método dos Lúmens

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Método dos Lúmens

Fator de Manutenção (Fm)

As luminárias e lâmpadas tendem a acumular sujeira com o decorrer do

tempo, o mesmo ocorre com as paredes e teto, diminuindo, assim, as

refletâncias. Para corrigir futuras perdas de eficiência luminosa, devemos

utilizar o fator de manutenção. Ele leva em consideração se o ambiente é limpo

ou sujo e o tempo de manutenção periódica, com a devida substituição de

lâmpadas queimadas.

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Número de Luminárias e Distribuição

Para calcularmos o numero de luminárias, devemos, primeiramente,

encontrar o valor total em lumens necessários para o ambiente, através da

formula:

Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =𝐸𝑚𝑥𝐶𝑥𝐿

𝐶𝑢𝑥𝐹𝑚

Em que:

Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 – em lumens (lm);

Em – iluminação média em Lux (Lx);

C – comprimento em metros (m);

L – largura em metros (m);

Cu – coeficiente de utilização;

Fm – fator de manutenção.

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Número de Luminárias e Distribuição

No nosso exemplo temos:

Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =500𝑥9𝑥7

0,68𝑥0,67Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 69.140 𝑙𝑚

A luminária adotada é composta por duas lâmpadas fluorescentes de 32 W.

Vejamos, a seguir, a tabela com os fluxos luminosos para lâmpadas

fluorescentes tubulares, em lúmens.

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Número de Luminárias e Distribuição

Portanto, para calcularmos o numero de luminárias, basta dividir o fluxo

total necessário do ambiente pelo fluxo de duas lâmpadas de 32 W, pois cada

luminária contem duas lâmpadas.

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 =Φ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Φ𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠𝑥2

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 =69.140

1900𝑥2= 18 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠

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Número de Luminárias e Distribuição

A distribuição das luminárias deverá obedecer a seguinte recomendação

de distancias:

X – é o resultado da medida da largura dividido por 3.

Y – é o resultado da medida do comprimento dividido por seis.

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Automação Predial

Trata-se da aplicação de sistemas de controle baseados na automação

para todas as funções encontradas no ambiente, integrando seus

acionamentos e visando sempre a praticidade, simplicidade e objetividade dos

comandos. Todas estás funções sem se desfazer da beleza, do conforto e

valorizando o ambiente. Diz-se a respeito das famosas “casas inteligentes”.

São ambientes em que tudo é programado e pode ser remotamente

controlado.

Atualmente temos tecnologias que permitem, por exemplo, ativar via

internet uma banheira, acionar a cafeteira, ativar o ar condicionado via celular,

ter lâmpadas acesas através de sensor de presença, a porta abre ao se

aproximar da mesma, abrir o portão da garagem através de um controle, entre

outros.

Para isso, a residência precisa ter uma infraestrutura adequada que

permita o funcionamento conjunto de todos os sistemas reunidos.

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Automação Predial

Para que tudo funcione é necessário sistema de cabeamento adequado

que atenda as necessidades do usuário. Os sistemas de controle utilizados em

automação predial são eletrônicos e podem ser basicamente de três tipos,

dependendo do grau de integração. São eles:

• Controle Local: não prevê nenhuma integração entre o processo e o

restante da residência. Exemplo: controle de temperatura em quartos de

hotéis, nos quais os hospedes determinam o grau de conforto interno.

• Controle Regional: um único controlador é responsável por um conjunto de

equipamentos que não tem relação com os demais subsistemas. Exemplos:

centrais de agua gelada; alimentadores de energia elétrica que

supervisionam e comandam o fornecimento a vários equipamentos; bombas

para recalque de agua; sistemas de segurança contra incêndios; entre

outros.

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Automação Predial

• Controle Distribuído: todos os subsistemas são individualmente

controlados e interligados por uma rede de comunicação, que informa à

central do sistema a situação de cada um dos subsistemas.

Para a integração desses sistemas, o Controlador Lógico Programável, de

aplicação industrial, tem sido usado com frequência em automação predial.

Um Controlador Lógico Programável, normalmente chamado de CLP ou

PLC, é um equipamento eletrônico digital especializado, cujo funcionamento é

baseado em um microprocessador, capaz de controlar as funções de um ou

mais equipamentos industriais a partir de softwares desenvolvidos de acordo

com as necessidades do processo a ser controlado.

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Automação Predial

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Domótica

A palavra "Domótica" surge da junção do latim "Domus" (casa) com

"Robótica" (controlo automatizado). Ou seja, pode-se desmontar a palavra

domótica como "robótica doméstica". Longe da ideia de ter um robô em casa

que faça as coisas, o objetivo da domótica é que as funções de todos os

equipamentos eléctricos e electrónicos na casa sejam possíveis de controlar e

automatizar, local ou remotamente, através de um sistema integrado central.

É a utilização simultânea da eletricidade, da eletrônica e das tecnologias

da informação no ambiente residencial, permitindo realizar a sua gestão, local

ou remota, e oferecer uma vasta gama de aplicações nas

áreas da segurança, conforto, comunicações e gestão de energia

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Domótica

A domótica utiliza vários elementos, e uma forma sistêmica. Vai aliar as

vantagens dos meios eletrônicos aos informáticos, de forma a obter uma

utilização e uma gestão integrada dos diversos equipamentos de uma

habitação. A Domótica vem tornar a vida mais confortável, mais segura e até

mais divertida! Vem permitir que as tarefas mais rotineiras e aborrecidas sejam

executadas automaticamente. No manuseamento do sistema poderá fazê-lo de

acordo com as suas próprias necessidades. Poderá optar por um

manuseamento mais ou menos automático. Nos sistemas passivos o elemento

reage só quando lhe é transmitida uma ordem, dada diretamente pelo utilizador

(interruptor) ou por um comando (poderá ser uma ordem ou um conjunto de

ordens-macros).

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Domótica

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Domótica

• Automação:

Programar tarefas diárias (individuais ou em complexos conjunto - macros)

de uma forma automática: o que lhe permite reduzir o tempo gasto em rotinas.

Exemplo: Irrigação inteligente

Sistema de irrigação acionado de acordo com temporizadores que podem

ser programados para regar as plantas duas vezes por dia, por exemplo, ou

através de sensores de umidade instalados sob o solo que podem garantir que

o solo estará sempre em um determinado nível de umidade e evitar que o

sistema seja acionado se tiver chovido.

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Domótica

• Iluminação:

Utilizando os módulos e aparelhos apropriados permite-lhe gerir os gastos

de eletricidade, através das funções de regulação de intensidade. Juntamente

com sensores de movimento e de luz solar, as luzes de uma divisão que se

encontre vazia já não ficam acesas, não precisa de se preocupar em encontrar

o interruptor do quarto às escuras, e as luzes exteriores acendem

automaticamente quando começa a escurecer. Para a sua casa ter uma

aparência de estar habitada (quando não se encontra em casa), basta

programar as luzes para acender a determinadas horas e em determinadas

divisões. Poderá otimizar o consumo de energia tendo em conta a

presença/ausência, hábitos e horários.

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Domótica

• Som Ambiente:

O som ambiente multizona pode ser controlado por domótica. Mediante a

instalação de colunas em determinadas divisões ligadas a uma central de som,

é possível cada utilizador escolher o que pretende ouvir na divisão em que está

presente. Pode ainda partilhar a música do seu dispositivo portátil, como

smartphone ou leitor de MP3, para a rede doméstica.

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Domótica

• Climatização:

Programação de horários para ativar/desativar equipamentos de

aquecimento, ventilação ou o ar condicionado, permitindo manter um nível de

conforto (ou mesmo aumentando-o, por exemplo, quando liga o ar

condicionado momentos antes de chegar a casa), poupando energia

(funcionamento de acordo com os horários, presença e temperatura exterior) e

não esquecendo a comodidade de poder efetuar uma chamada para casa para

se certificar de que realmente desligou o aquecimento.

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Domótica

• Segurança:

Monitoramento de imagens

Câmeras ligadas a alguma rede de comunicação (Internet, celular)

permitem monitorar os ambientes da casa remotamente. Estando o sistema de

monitoramento integrado ao sistema de alarme, as próprias câmeras podem

funcionar como sensores de presença identificando qualquer situação de

invasão, acionando o alarme e gravando as imagens.

Controle de acesso

Através de leitura de padrões biométricos (impressão digital, padrão por

retina, padrão de voz), é possível controlar o acesso às entradas da casa, além

de "personalizar" o ambiente segundo um perfil cadastrado para o usuário.

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Domótica

Protocolos de Domótica

Os protocolos de domótica são formas de comunicação entre equipamentos

normalizadas. Ou seja, um equipamento só poderá comunicar com outro

equipamento que obedeça ao mesmo protocolo. Normalmente os

equipamentos tipo "central" possuem compatibilidade com vários protocolos ou

módulos adaptadores que possibilitam comunicar com protocolos adicionais.

Alguns dos protocolos mais vulgares, além dos protocolos proprietários, são os

seguintes:

X10 EIB/KNX

DALI PLC/BUS

Konnex Insteon

Zigbee Zwave

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Referências Bibliográficas

SENAI – Departamento Nacional. Projeto de Sistemas Elétricos

Prediais. São Paulo, 2014.

SENAI – RJ. Elementos de Instalações Elétricas Prediais, Rio de

Janeiro, 2003.

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas

Prediais. Editora Érica, 14ª ed. São Paulo, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:

Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 17 de Março de 2008.