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PROJETO
INCUBADORA DE SONHOS
Fomento de Empreendimentos Sustentáveis
voltados a Economia Solidária tendo como partida a
incubação de atividade na área da aquicultura no
Âmbito da Universidade Federal de São Paulo
UNIFESP – Baixada Santista
2012
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista NEPSSA – Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde Socioambiental CCMMA – Centro de Ciências do Mar e Meio Ambiente GQUAL – Grupo de Pesquisa em Qualidade de Alimentos ACPO – Associação de Combate aos Poluentes
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“Zaratrusta dizia haver chegado o tempo para que o homem plantasse as sementes da sua mais alta esperança. É essa imagem que se forma ao redor de minha paixão pela Educação: estou semeando as sementes da minha mais alta esperança. Não busco discípulos para comunicar-lhes saberes. Os saberes estão soltos por aí, para quem quiser. Busco discípulos para neles plantar minhas esperanças.”
Rubem Alves
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Sumário
1. Apresentação .............................................................................................. 05 2. Introdução ................................................................................................... 08 3. Objetivo Geral ............................................................................................. 09
3.1 Objetivos Específicos ..................................................................... 10 4. Público Alvo ................................................................................................ 11 5. Justificativas ............................................................................................... 11 6. Metas ........................................................................................................... 13
6.1. Resultados ambientais esperados ................................................ 13 7. Bijupirá – A primeira espécie de peixe a ser cultivada ............................ 15
7.1. Principais características biológicas, ecológicas e
zootécnicas da espécie ................................................................ 15 7.2. Justificativa para a escolha do Bijupirá e viabilidade
econômica ..................................................................................... 16 7.3. Possíveis doenças identificadas para a espécie quando
cultivada em cativeiro .................................................................. 17 7.4. Previsão de medidas de prevenção contra a fuga dos
peixes ............................................................................................ 17 7.5. Informações sobre o sistema de cultivo ...................................... 18 7.6. Origem das matrizes e dos alevinos ............................................ 18 7.7. Tipo de alimentação empregada e disponibilidade no
mercado regional .......................................................................... 19 7.8. Previsão de formas de minimização de perdas de
alimentos para o ambiente ........................................................... 19 7.9. Previsão do uso de produtos químicos, tais como
hormônios e antibióticos ............................................................. 19 7.10. Possíveis impactos ambientais e as medidas
mitigadoras cabíveis .................................................................... 20 7.11. Descrição de projetos de cultivo comercial de Bijupirá
em tanques-rede, já em operação no Brasil ............................... 21 8. Incubação de Empreendimento de Aquicultura ....................................... 21
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8.1. Responsabilidade do NEPSSA – Serviço Social .......................... 23 8.2. Responsabilidade da CCMMA ........................................................ 24 8.3. Responsabilidade do GQUAL ........................................................ 24 8.4. Responsabilidade da ACPO ........................................................... 24 8.5. Responsabilidade dos Especialistas em Aquicultura .................. 24 8.6. Responsabilidade Compartilhada ................................................. 25
9. “Plano de Negócios” no Processo de Incubação em ECOSOL ............... 25
10. Local para Realização do Projeto ............................................................ 28
10.1. Informações sobre o empreendimento ....................................... 28 10.2. Infraestrutura geral para um laboratório de reprodução e engorda .................................................................................................. 29
10.3. Área e alternativas locacionais ..................................................... 29
11. Manutenção do Projeto ............................................................................ 33 12. Comunicação ............................................................................................ 34 13. Considerações Finais ............................................................................... 34 14. Cronograma .............................................................................................. 41
Anexos
I – Síntese Cronológica das Atividades do Projeto ...................................... i II – Referências ............................................................................................... xiii III – Economia Solidária – Conceitos ............................................................. xvii IV – Definição dos papéis dos técnicos no projeto ...................................... xix V – Decreto nº 7.357, de 17 de novembro (PRONINC) .................................. xxii VI – Imagens do Laboratório de Ilha Bela e Tanques Redes ....................... xxv VII – Alternativa para liberação de recursos ................................................. xxix VIII – Elaboração do Projeto (Contatos) ....................................................... xxx
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1 – Apresentação
Ensino, Pesquisa e Extensão: o desafio nosso de cada dia.
O desafio de construir e cultivar um Projeto Político Pedagógico numa proposta Interprofissional e Interdisciplinar faz parte do cotidiano dos profissionais da UNIFESP – Campus Baixada Santista desde o início de seu funcionamento em 2006.
A universidade além de seu papel de formação e produção de conhecimento, tem hoje explicitado um comprometimento com a prestação de serviços concretos e na interação com a realidade em que está inserida, especialmente as universidades públicas. Por sua autonomia política, tem a possibilidade de novas construções e integração real às demandas da sociedade, a partir da relação teoria prática, práxis.
Nosso objetivo não passa necessariamente pelo enfrentamento ou confronto de modelos, mas sim pela busca da superação, através de vivências práticas no contexto da universidade pública federal, articulando parceiros potenciais, áreas diferenciadas do conhecimento, agregando saberes e experiências, no espírito da economia solidária em seus princípios mais essenciais, sem abrir mão da ética que o constrói.
A complexidade do tema pressupõe intervenções que não se restringem a uma única área do conhecimento, mas demanda todas as áreas, desafiando os profissionais a interagirem, cada qual em sua especialização com o intuito único de trabalhar em prol de soluções efetivas para as questões socioambientais. A Universidade tem como função social produzir e socializar conhecimento a respeito das grandes questões contemporâneas entre as quais se insere a Saúde Socioambiental.
Com a implantação do Curso de Serviço Social neste Campus, nos períodos vespertino e noturno, foram incorporadas novas demandas e temáticas ao coletivo do campus e passamos a buscar estratégias de articulação de ensino, pesquisa e extensão, que abrangessem não só as questões relacionadas ao Serviço Social, mas que garantissem sua articulação ao Projeto Pedagógico do Campus e aos demais eixos comuns e específicos.
Nesse contexto foi criado em 2010 o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em
Saúde Socioambiental (NEPSSA), com objetivo de articular o mundo da academia a
mais esta demanda, legitimamente proposta pelos discentes. Pela importância e
atualidade do tema, rapidamente em 2010, passamos a compor um grupo que, além
de encontros de planejamento e estudo, organizou um evento de grande porte e
abrangência nacional e que agregou diversos parceiros em torno da temática da Saúde
Socioambiental.
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Assim, o grupo vem se estruturando e construindo bases para uma presença cada vez
mais fortalecida dentro e fora da academia. Nossos encontros já reúnem diferentes
componentes e discentes de outras universidades, na busca de garantir o potencial da
universidade pública, que pode ultrapassar os limites institucionais e articular os
diversos parceiros e atores em torno das causas latentes da nossa sociedade e da
região da Baixada Santista.
Em 2011 o grupo já elaborou diversos projetos de pesquisa e iniciação científica com
foco em estudos diretamente relacionados à temática do Núcleo, além de aliar o
estudo das questões ambientais às condições de vida da população local.
Como membros efetivamente participantes do NEPSSA, temos contado com
representantes da Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), uma entidade
atuante há mais de uma década na área da saúde ambiental articulando politicamente
nos níveis local, nacional e internacional com diversas Redes e apoiando populações
vulneráveis. Em função desse perfil aceitou o desafio de colaborar com introdução e
desenvolvimento da Saúde Socioambiental no âmbito da UNIFESP/Serviço Social.
Também visando atender às demandas sociais contemporâneas, a Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP) vem estruturando o Centro de Ciências do Mar e Meio
Ambiente (CCMMA), com o objetivo de promover a pesquisa, ensino e extensão
relacionada ao porto, energia, pesca, aquicultura, ecologia e meio ambiente.
O CCMMA tem a missão de formar cidadãos proativos, que além de conhecimento,
adquiram também a capacidade de autoaprendizagem e desenvolvam competências,
habilidades, atitudes e valores que lhes possibilitem um desempenho profissional
participativo, crítico, além de sólida vocação socioambiental.
Integrado a UNIFESP – Campus Baixada Santista está o Grupo de Pesquisa em
Qualidade de Alimentos (GQUAL) composto por docentes e estudantes que
compartilham o interesse comum pela interface entre a ciência dos alimentos e a
saúde. O GQUAL dedica-se à investigação dos atributos de qualidade nutricional,
higiênico-sanitária, físico-química, sensorial e legal de gêneros e produtos alimentícios
como ferramenta de promoção da saúde, possibilitando também abordagens
interdisciplinares com potencial ação transformadora para os atores envolvidos.
A qualidade do pescado norteia uma das linhas de integração entre as atividades de
ensino, pesquisa e extensão universitária desenvolvida pelo GQUAL, promovendo a
troca de saberes docente-discente-comunidade.
O GQUAL caracteriza como importante a efetiva demanda de recursos que
possibilitará trabalhar com aquicultura, conforme potencial da nossa região, em
articulação com especialistas no assunto, aos quais associamos nossa proposta de
economia solidária, em seu sentido social mais efetivo.
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A UNIFESP – Campus Baixada Santista, neste projeto, se propõe a integrar o Instituto
Saúde e Sociedade, que agrega na graduação os Eixos Específicos: de Educação Física,
Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional, e os Eixos
comuns: Trabalho em Saúde e Inserção Social, o Ser Humano em sua dimensão
biológica, e também o Centro de Ciências do Mar e Meio Ambiente (CCMMA, que
agrega no Bacharelado interdisciplinar em Ciências e Tecnologia com ênfase em
Ciências do Mar os Eixos: O ambiente marinho; A vida marinha; A sociedade e trabalho
no mar; Mar, ciência e tecnologia.
O projeto que segue, articula de maneira interdisciplinar esses parceiros e o claro
interesse do NEPSSA/UNIFESP em elaborar e implementar ações com foco nas
economias alternativas, ora trabalhando detidamente com a Economia Solidária
(ECOSOL), que serão construídas através da implantação da Incubadora de
Empreendimentos Solidários e Sustentáveis, que terá o presente projeto como piloto.
O trabalho proposto mescla ações voltadas para a aquicultura e para implantação de
um diferente modelo de economia, que enfatiza a cooperação e benefícios
democratizados, tão necessários à nossa sociedade.
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INCUBADORA DE SONHOS
2 – Introdução
“Quando nossos sonhos incluem os outros, quando procuram de alguma forma contribuir para o bem da humanidade, eles suportam mais facilmente os temores da vida”.
Augusto Cury
A Baixada Santista é uma região metropolitana de 2422 km², criada oficialmente em 30 de julho 1996 através da lei complementar 815, é composta por nove municípios em região costeira caracterizada por praias, costões rochosos, estuários, ilhas e áreas naturais protegidas e urbanas bem desenvolvidas. Os sistemas estuarinos de Santos e São Vicente, “berço da vida marinha” são compostos por uma rede de canais e manguezais, representam cerca de 43% dos 231 km² de manguezais da costa paulista (HERZ, 1987). Foi neste estuário que por muitos anos um grande contingente das populações Caiçaras e Ribeirinhas do litoral retirou grande parte de seu sustento até meados do século XX. As nove cidades: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá e Bertioga se estendem ao longo de aproximadamente 150 quilômetros de norte a sul numa faixa estreita entre o sopé da Serra do Mar e o oceano Atlântico, sua população é de 1.663.082 habitantes (IBGE/2010), resultando uma densidade de 686,44 hab./km². Possui um PIB de R$ 41.278.979,876 mil e PIB per capita de R$ 24.988,70 (IBGE/2008) colaboram com um IDH de 0,817. A força da economia regional se concentra no perímetro urbano que compreende Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande, onde se concentram também problemas ambientais sérios que se acumulam há décadas. O cais do porto de Santos tem uma historia secular, sendo de importância estratégica para a economia do país, ainda hoje ostenta o título de maior porto da América Latina. Portanto, mesmo com as várias obras de melhorias, está ainda longe de ser uma estrutura moderna. O porto de Santos é um dos principais geradores de trabalho e renda para a região apesar de sua privatização no final da década de 1990. O porto de Santos anualmente movimenta milhares de toneladas de produtos, sobretudo a granel como grãos, farelos e grande variedade de substâncias químicas que faz desta, uma atividade perigosa. As operações portuárias influenciam na Saúde Ambiental, devido às emissões de todo tipo de substâncias químicas tóxicas e riscos biológicos durante os processos de carga e descarga.
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A localização privilegiada do Porto de Santos e a inauguração da via Anchieta em 1947 facilitando a ligação entre o litoral e o planalto, estão entre os meios que possibilitaram a implantação da refinaria de petróleo Presidente Bernardes, que passou a operar a partir de 1955. Estes ingredientes foram a partir da década de 60 os motores que impulsionaram a instalação do polo industrial cubatense que hoje abriga 21 indústrias, entre elas: siderúrgicas, cimenteiras, adubeiras, químicas e petroquímicas. O comércio local por sua vez teve crescimento significativo e se tornou um distribuidor de variedades de produtos, perdendo em expressão apenas para grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Estas operações industriais, portuárias e comerciais contribuíram para o desequilíbrio ambiental, causado por toneladas de lixo e resíduos inservíveis, que foram, e continuam sendo tratados de maneira parcial. Estes fatores colaboraram, para a aceleração da ocupação desordenada do solo e influenciaram também no crescimento urbano e no desenvolvimento de Santos e Região, sendo também os responsáveis por transformações sociais, ambientais, econômicas e culturais. Atualmente o “pré-sal”, a dragagem de aprofundamento do canal de navegação de acesso ao porto que aliado ao programa de aceleração do crescimento (PAC), não trarão alívio às pressões ambientais na Baixada Santista, ao contrário, além da especulação imobiliária trará o incremento das atividades industriais e portuárias, que afetará a disponibilização de espécies marinhas da região, tanto na qualidade como da quantidade. Cientes do agravamento dos problemas socioambientais relacionados à pesca, sobretudo das comunidades que dela dependem direta ou indiretamente, a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Campus Baixada Santista por meio do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde Socioambiental (NEPSSA) que coordena as ações do projeto, do Centro de Ciências do Mar e Meio Ambiente (CCMMA) e do Grupo de Pesquisa em Qualidade de Alimentos (GQUAL), e apoio da sociedade civil através do Núcleo de Saúde Socioambiental (NSSA) da Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), de Técnicos especialistas em aquicultura e graduandos em Serviço Social e demais áreas do conhecimento afins, se uniram na elaboração do presente Projeto.
3 – Objetivo Geral Implantar Incubadora de Empreendimentos voltados ao desenvolvimento da Economia Solidária, vinculada a um projeto de caráter interdisciplinar com a finalidade de garantir ensino, pesquisa e extensão como componentes da formação profissional, em consonância com o Projeto Pedagógico do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
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A incubadora visa possibilitar a geração de trabalho e renda na região da Baixada Santista, agregando populações em situação de vulnerabilidade social e política, de maneira sustentável. A incubadora tratará inicialmente da incubação de Empreendimentos de Aquicultura, criando condições para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva com apoio de um laboratório e uma unidade demonstrativa produtiva para a reprodução e criação de espécies marinhas. Nessa perspectiva, com a unidade demonstrativa e produtiva como piloto, buscará proporcionar uma interação entre os diversos segmentos sociais e profissionais potencialmente envolvidos, atraindo-os para o desenvolvimento de novas tecnologias sociais e econômicas.
3.1 – Objetivos Específicos
Estruturar a atividade de uma cadeia produtiva de criação, reprodução e manipulação de espécies marinhas na perspectiva da ECOSOL e ambientalmente sustentável, como projeto piloto.
Integrar os diversos parceiros por meio de reuniões, oficinas, seminários, congressos e atividades formativas para estabelecimento de linhas de trabalho de interesses comuns, que contribua também para elevar a consciência pública sobre Economia Solidária.
Proporcionar campos de estágios profissionalizantes visando colaborar no plano da formação, bem como, na promoção e inclusão da ECOSOL no contexto acadêmico.
Colaborar no desenvolvimento da Rede de Economia Solidária na Baixada Santista e na UNIFESP, fomentando sua articulação com outras Redes no Brasil e no mundo.
Estudar e aprofundar conhecimentos sobre economias alternativas, inicialmente neste projeto a Economia Solidária, visando à implantação da Incubadora de Empreendimentos Solidários e Sustentáveis, no âmbito da UNIFESP Campus Baixada Santista.
Organizar e promover cursos voltados à ampliação dos conceitos cooperativos e sociais necessários para o processo de implantação da ECOSOL.
Criar uma Organização (OA), através do NEPSSA/UNIFESP para que depois de implantado a parte material do projeto com os recursos destinados à UNIFESP, se possa dar continuidade ao projeto por meio do processo produtivo e se realize a gestão dos recursos oriundos da comercialização e da produção geral, tanto do Laboratório (LB) quanto da Unidade Demonstrativa (UD).
Realizar estudo — nos territórios alvos — de caráter exploratório, com avaliação, localização, conhecimento e potencialidades para envolvimento com o projeto, considerando o território, cultura, perfil populacional, ocupação, situação socioambiental e interesse.
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4 – Público Alvo Para fins deste projeto o público alvo entendido é diverso, de um lado compreende profissionais, docentes e discentes, das áreas de formação do Campus Baixada Santista e afins, e de outro a população em situação de vulnerabilidade social, sobretudo aquelas distantes ou destituídas dos processos acadêmicos, dos espaços de decisão política e das oportunidades de geração de trabalho e renda. Entre elas as populações ribeirinhas envolvidas na pesca de natureza artesanal, que tiveram sua atividade econômica profundamente impactada pelo atual modelo produção. 5 – Justificativa A Lei Federal 8080/90 com base nos princípios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde preconiza que a saúde não é somente a ausência de doença ou enfermidade, mas um estado de completo bem-estar físico, mental e social que tem como fatores determinantes e condicionantes a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais entre outros, perseguidos no presente projeto.
Baseado nesses princípios, e além, o NEPSSA de maneira participativa busca elevar a
consciência coletiva e estabelecer uma relação harmônica para o desenvolvimento de
uma sociedade mais justa e solidária, trazendo para o centro das decisões o homem, a
natureza e a economia solidária. A práxis dos princípios supramencionados está no
contexto deste trabalho, ou seja, agir concretamente a partir de uma reflexão holística
na construção do sentido mais elevado do conceito da saúde socioambiental.
A importância do projeto que cria a Incubadora de Sonhos destinada a fomentar,
apoiar e consolidar Empreendimentos de Aquicultura voltados a Economia Solidária,
revela-se devido à queda dos estoques naturais das espécies, causada pelas atividades
industriais, comerciais, urbanas e portuárias, em função da poluição dos
compartimentos marinhos, que levou a estagnação do setor pesqueiro, atingindo,
sobretudo o de natureza artesanal praticado pelos pescadores das comunidades
ribeirinhas.
A aquicultura é uma atividade cada vez mais valorizada e tem se mostrado importante
na produção de pescado e sua expansão é estratégica, pois apesar da existência de
reservas de água doce, estas são esgotáveis.
O Brasil apresenta excepcionais condições para a expansão da maricultura, pois possui
privilegiada extensão litorânea (8,5 mil km), uma zona econômica exclusiva de
duzentas milhas (4,5 milhões de Km²) e mais de 2,5 milhões de hectares de áreas
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estuarinas. Podem ser identificados avanços significativos, principalmente com o
cultivo de moluscos no sul do país e de camarões na região nordeste.
O projeto inicial a ser implantado pela Incubadora de Sonhos contará com a montagem
de um laboratório, imprescindível para produção de alevinos que possibilite a
implementação da cadeia produtiva. Para garantir a sustentabilidade financeira do
laboratório e sua expansão bem como, apoiar as atividades realizadas pela Incubadora
de Sonhos, serão utilizados os recursos materiais destinados ao Projeto, bem como
haverá a comercialização do produto (alevinos) para engorda em tanques-rede.
O desenvolvimento e consolidação da Economia Solidária, neste projeto, revelam-se
necessários e importantes, em função da finitude dos recursos destinados somente a
sua implantação. Assim, criar-se-á uma organização administradora (OA) para Fomento
de ECOSOL que irá gerir o laboratório e seus recursos e aqueles advindos da cadeia
produtiva (comercialização do pescado e derivados), bem como, apoiar a Incubadora
de Sonhos e articular os diversos parceiros nesta cultura, economicamente mais justa e
solidária.
Os recursos gerados serão depositados numa conta corrente da referida organização
que se constituirá num fundo, que também servirá para sua manutenção e apoio a
inclusão das associações incubadas. Neste projeto as Associações ou Cooperativas de
ECOSOL terão papel importante na sequência da construção da cadeia produtiva,
sobretudo para a engorda em tanques-redes no mar ou em lagoas (dependendo da
espécie) e na colaboração da construção de um modelo de comercialização solidária.
O apoio financeiro principal às Associações incubadas visando à aproximação e
articulação entre profissionais e comunidades vulneráveis (entre outras, as caiçaras,
indígenas, ribeirinhas, urbanas e periféricas) para seu funcionamento, dar-se-á no
âmbito da capacitação e aquisição dos materiais necessários para atuar na atividade
fim, podendo agregar:
Captação de recursos, junto a órgãos e instituições de fomento à pesca, a
aquicultura e maricultura.
Captação de recursos, junto a Bancos Sociais com taxas e prazos diferenciados
(BNDES; Caixa Econômica Federal, Cooperativas de Créditos entre outros);
Captação de recursos, junto a agências de fomento à pesquisa, de caráter
governamental ou privado, para dar sustentação aos processos investigativos
de suporte ao Projeto.
Recursos de compensações advindos de ações por danos ambientais.
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A Incubadora de Sonhos realizará oficinas para simular e destacar quais os tipos de associações e vínculos cooperativos, formas de captação de recursos, tipo de parceiros, modelo de preparo e modos de comercialização mais adequados à estruturação dos Empreendimentos em ECOSOL na região.
6 – Metas
Possibilitar o aumento da oferta de trabalho e renda na Baixada Santista por meio do
desenvolvimento da cadeia produtiva na área da aquicultura com a consolidação do
laboratório, criação, manipulação e produção do pescado e derivados.
Através de uma unidade demonstrativa, produtiva, apresentar à população e ao
público alvo a possibilidade de uma alternativa econômica, baseada nos valores de
cooperação, autogestão, igualdade, solidariedade, de maneira que esta economia
possa ser mais agregadora, includente, justa, solidária e sustentável.
Oferecer a oportunidade para estágio profissionalizante com a perspectiva de
permanência na atividade econômica solidária por meio da incubação de
empreendimentos que contemple a participação de profissionais formados ou em
formação em associação com pessoas e comunidades socialmente vulneráveis e sem
acesso as fontes de geração de trabalho e renda.
Fomentar a criação da REDE ECOSOL DA BAIXADA SANTISTA, assim como estudar e
implantar novas formas de Ação que tenham por intuito viabilizar o desenvolvimento,
o fortalecimento de economias alternativas, como a ECOSOL, em nível local e nacional.
Divulgar e publicar os resultados dos processos investigativos.
Construir processos que possibilitem a consolidação da autonomia do laboratório, da
unidade demonstrativa e das associações produtoras.
Para prover a autonomia e sustentabilidade dos Empreendimentos em Aquicultura que
serão gestados na Incubadora de Sonhos, as atividades dar-se-ão por período
indeterminado, superior ao tempo de duração do projeto. Assim, em ato contínuo,
após a aprovação do presente projeto, como já informado, será criada uma
organização que funcionará sob os princípios da ECOSOL, buscando perenizar a
estrutura e funcionamento do laboratório, da unidade demonstrativa produtiva e dar
apoio a Incubadora de Sonhos para fomentar continuamente os empreendimentos de
ECOSOL no âmbito da UNIFESP, Campus Baixada Santista.
6.1– Resultados ambientais esperados:
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Não há dúvida que a criação de Bijupirá no sistema fechado aquiculturista contribuirá
para reduzir a pressão sobre os estoques naturais. Porém, não pode ser tomada como
uma ação exclusiva: é preciso eliminar as fontes de poluição e controlar rigidamente a
pesca industrial, de maneira que os poluentes não afetem a biota e a pesca não seja
realizada de maneira predatória, o que reduz a possibilidade das populações de
organismos comerciais chegarem à fase adulta. Em ambos os casos há severo impacto
sobre a procriação e reprodução natural dos pescados.
O projeto, durante sua consecução, também contribuirá para redução dos impactos
socioambientais. Por um lado, se realizará o monitoramento ambiental dos locais onde
houver a engorda dos animais em tanques redes, através tanto da avaliação periódica
da qualidade ambiental nas adjacências dos cultivos, como também se planeja avaliar
a resiliência ambiental nestas áreas, através da observação e estudo do tempo
necessário para sua recomposição ambiental. Por outro lado, haverá várias atividades
nos períodos de pré-incubação e incubação dos empreendimentos, que deverá elevar
significativamente a consciência ambiental no sentido de proteger a região do rejeito
da pesca tradicional, que será reaproveitada na engorda do Bijupirá.
Dentre as preocupações com o cultivo do Bijupirá, as análises ambientais poderão
também dar uma dimensão mais aproximada da realidade do impacto ambiental no
estuarino em que se pretenderá desenvolver a atividade aquiculturista, pois o sucesso
da atividade depende de qualidade ambiental adequada.
Entendendo que a condição ambiental em vários locais do estuário, sobretudo o canal
de evolução dos navios, é extremamente comprometida pelo acúmulo de poluentes
originados de várias fontes e muitas ainda ativas, que deve sofrer variação em função
das constantes operações de dragagem para manutenção e aprofundamento da calha,
a recuperação ambiental in situ fica prejudicada, pois para isso seria necessário que
fossem eliminadas totalmente as fontes de poluição, para alcançar a recuperação total
da área degradada. Além desses agravantes, os valores para essa recuperação, em
função de sua extensão e comprometimento, seriam de custo extremamente elevado
e por hora impossível de serem calculados.
Assim, o presente projeto, visa também responder às exigências do MPF/MPE, por um
lado, buscará atender a questão ambiental analisando as áreas em que desenvolverão
os empreendimentos, coletando amostras e produzindo dados que futuramente
poderão ser utilizados como parâmetros para as ações de recuperação ambiental, por
outro lado, terá como foco, sobretudo o homem, ou seja, a mitigação dos impactos
socioambientais, abrindo perspectivas de novas atividades de trabalho e de geração de
renda, em função da perda da atividade pela queda dos estoques e qualidade de
pescados, devido à poluição em vários pontos da região estuarina de Santos.
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7 – Bijupirá – A primeira espécie de peixe a ser cultivada
A espécie Bijupirá (Rachycentron Canadum) será a primeira a ser trabalhada. Vencida
esta etapa, o laboratório poderá produzir outros tipos de alevinos, inclusive espécies
de água doce, favorecendo o desenvolvimento de outros projetos em lagoas e tanques
fechados, com ênfase em comunidades tradicionais que necessitem de novas
alternativas para geração de trabalho e renda.
Nos últimos 10 anos o Bijupirá tem despertado grande interesse pelo setor privado e
científico. O governo brasileiro, juntamente com a comunidade científica, adotou dez
espécies prioritárias para o desenvolvimento da cadeia produtiva aquícola, dentre elas
o Bijupirá. Esta escolha foi baseada em seu grande potencial aquícola, embora sejam
poucas as iniciativas feitas até o presente momento. Resultados positivos foram
alcançados em cultivos na Baía de Ilha Grande, litoral sul do estado do Rio de Janeiro.
É ampla a distribuição geográfica do Bijupirá, espécie que está presente por toda
extensão da costa brasileira. Os seus ovos e larvas são encontrados em regiões fora da
costa, os juvenis em águas rasas, costeiras, próximos a praias, ambientes recifais, ilhas,
baías e estuários, os adultos podem ser capturados nas regiões costeiras, sobre a
plataforma continental, também encontrado em regiões estuarinas. São peixes
pelágicos e têm o hábito de viverem próximo às boias, avançados de marinha,
embarcações ou outros objetos flutuantes, em regiões com profundidades até 50m.
O Rachycentron canadum é uma espécie bentófaga, ou seja, quando adulta, alimenta-
se de organismos que vivem em associação com o substrato do ambiente aquático. Os
adultos também são ictiófagos. Mas, o seu alimento preferencial são os crustáceos
(siris e pequenos caranguejos).
O Bijupirá é uma espécie nativa do estuário do Sudeste Brasileiro, portanto não há a
introdução de uma espécie exótica em caso de fuga acidental de espécimes dos
cultivos. Durante todas as atividades do projeto, a estrutura das comunidades de
macrofauna bentônica local será monitorada nas adjacências do cultivo, garantindo
assim a sustentabilidade do ambiente.
7.1 – Principais características biológicas, ecológicas e zootécnicas da espécie
O Bijupirá (Rachycentron canadum) é um teleósteo pelágico migratório, amplamente
distribuído em águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos, com exceção do
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pacífico central e oriental (Shaffer & Nakamura, 1989). Conforme já citado, a espécie
ocorre naturalmente em toda a costa brasileira, contudo, sua presença é maior nas
regiões do Sudeste e Nordeste.
A referida espécie reúne diversos atributos que a fazem potencialmente competitiva
no cenário aquícola mundial. Dentre esses atributos pode-se destacar: elevada taxa de
crescimento, de 4 a 8 Kg em um ano (Liao et al., 2004), obtenção de juvenis oriundos
de desovas naturais em cativeiro (Franks et al., 2001; Arnold et al., 2002), protocolo
estabelecido para larvicultura (Schwarz, 2004), boa eficiência alimentar e ótima
qualidade em sua carne (Liao et al., 2004).
Considera-se ainda que esta espécie não forma cardumes, sendo encontrado em
números reduzidos de dois a três indivíduos, não sendo então explorada
comercialmente pela pesca, já que é pouco capturada, assim a produção em cativeiro
não fará concorrência com a pesca extrativista para esta espécie.
7.2 – Justificativa para a escolha do Bijupirá e viabilidade econômica
O Bijupirá foi escolhido como espécie alvo do projeto por ser uma espécie emergente
no cenário mundial da aquicultura. Sua criação iniciou-se em Taiwan na década de 90
(Liao et al., 2004). Sua produção expandiu-se para os países asiáticos vizinhos, como
Vietnã, Filipinas e para o sudeste da China, com posterior expansão para a Oceania,
África, América Central e Sul (Kaiser e Holt, 2005).
Estudos avaliando a tolerância com diferentes parâmetros físico-químicos também
foram realizados, como exemplo temos: a tolerância à salinidade (Resley et al., 2006),
à amônia e ao nitrito (Rodrigues et al., 2007), além de um bom desempenho em
diferentes densidades de estocagem em sistemas de recirculação de água (Webb Jr et
al., 2007).
Trabalhos de viabilidade econômica da espécie já foram realizados na Baía de Ilha
Grande, Angra dos Reis, RJ. Diferente da conclusão citada por Sanches (2008), onde o
autor simulou um cultivo em sistema offshore, Rombenso et al, (2011a) conclui que
cultivo do Bijupirá em sistema nearshore é uma atividade lucrativa. A divergência entre
as conclusões destes dois trabalhos se deve provavelmente ao fato de que os sistemas
do tipo nearshore, próximo à costa, estudados por Rombenso et al, (2011a)
apresentam custos de implantação substancialmente menores do que sistema de
cultivo tipo offshore (mar aberto), estudado por Sanches (2008). Assim sendo, as
evidências apontam que o cultivo de Bijupirá do tipo nearshore, possibilita uma
atividade econômica viável mesmo em escala familiar.
17
7.3 – Possíveis doenças identificadas para a espécie quando cultivada em
cativeiro
No Brasil alguns autores relataram diferentes tipos de doenças em Bijupirás de
cativeiro. Rombenso et al., (2011b) observou a presença do ectoparasita
Neobenedenia sp., nos peixes, este parasita pode aparecer em todas as fases,
atacando principalmente os olhos dos animais, podendo cegá-los. Um tratamento
descrito por Leaño et al. (2008) para juvenis de Bijupirá com peso inferior a 200g seria
o banho de água doce durante 4-6 minutos. Experiências prévias em um cultivo
experimental na Baía de Ilha Grande, RJ, mostraram que não ocorrem mortalidades
significativas na fase de juvenis por motivo de infecção por ectoparasitas. No entanto,
na fase de engorda, quando os animais atingiram um peso médio de 2 kg, a incidência
destes ectoparasitas por animal aumentou, causando um conjunto de infecções.
Segundo Chen et al., 2001, nesta fase é comum encontrar este ectoparasita, que em
grande quantidade pode acarretar uma infecção bacteriana secundária por
Streptococcus sp. Ressaltando que esta bactéria pode ocorrer também em todas as
fases de cultivo. Os sintomas são olhos opacos e cegueira. Um possível tratamento é
administração de antibióticos por via oral.
Em outro ciclo de cultivo, peixes com peso médio de 150g apresentaram os mesmos
sintomas descritos para Streptococcus iniae, porém devido à cegueira o consumo de
alimento diminuiu. Assim, o tratamento foi à base de banhos de água salgada com o
antibiótico dissolvido em laboratório. Estes mesmos peixes apresentaram coloração
amarelada, que segundo Leaño et al. (2008), este sintoma pode estar relacionado com
o parasita Licmophorasis sp., que afeta juvenis de Bijupirá, com aproximadamente 30
dias de estocagem, semelhante ao caso dos animais acometidos. A ação preventiva
para este parasita é a limpeza frequente das malhas, pois este utiliza a colmatação da
rede para se instalar no tanque e continuar seu ciclo reprodutivo.
Quando ocorre a colmatação das malhas, a circulação de água dentro do tanque-rede
diminui e por consequência degrada a qualidade da água.
Leaño et al., (2008) descobriram os mesmos sintomas encontrados neste cultivo para
bactérias de Streptococcus sp e Licmophorasis sp. Durante o cultivo foi notada a
presença de deformidades corporais em juvenis, este sintoma pode estar associado à
genética, deficiência nutricional ou até mesmo fatores ambientais (Leaño et al., 2008).
Peixes que apresentam estas deformidades podem ter uma taxa de crescimento baixa,
podendo apresentar dificuldade de natação e alimentação, não sendo viável
economicamente.
7.4 – Previsão de medidas de prevenção contra a fuga dos peixes
18
Periodicamente são realizados mergulhos de inspeção das redes como atividade de
rotina preventiva. A troca da rede também se dá periodicamente, garantindo a
segurança do cultivo.
Não ocorrerão impactos no meio ambiente e na fauna, caso algum peixe doente fuja,
pois a espécie é nativa e de ocorrência natural neste ambiente, assim não trará doença
diferente para este ambiente. As doenças que acometem os peixes são oriundas de
variáveis do próprio ambiente.
7.5 – Informações sobre o sistema de cultivo
O processo de engorda consiste na utilização de tanques-redes feitos em PEAD
(polietileno de alta densidade) ou de ferro galvanizado. No presente projeto serão
usadas estruturas em PEAD com diâmetro de 12 m. As redes são compostas de
multifilamentos de nylon. A abertura de malha das redes varia de acordo com o
tamanho dos peixes. No primeiro momento no qual os peixes são transferidos, usa-se
malha com abertura de 3 mm. Após um mês troca-se a malha para uma abertura de 12
mm. Completados três meses os peixes são transferidos para uma rede definitiva com
abertura de 25 mm.
Poitas de concreto são utilizadas para fixação dos tanques-rede. Uma base em terra é
necessária para acomodação de equipamentos utilizados para o manejo, como: puçás,
boias, matérias de consumo entre outros.
A alimentação dos peixes é providenciada duas vezes ao dia, utilizando como alimento,
ração e resíduos limpos e reaproveitáveis oriundos da pesca. No prazo de um ano de
engorda os peixes atingirão tamanho médio de 4 kg e já estarão prontos para o
comércio.
7.6 – Origem das matrizes e dos alevinos
Os peixes utilizados na maturação serão provenientes do projeto piloto de cultivo de
Bijupirá da iniciativa do proprietário Carlos Kazuo e da Prefeitura Municipal de Angra
dos Reis e Ambig (Associação dos Maricultores da Baía da Ilha Grande). Serão
mantidos três fêmeas e dois machos em cada tanque de vinil (Sansuy®) com
capacidade útil de 27m³, um total de dois tanques. Os reprodutores serão alimentados
basicamente com sardinha fresca e lulas enriquecidas com premix®. O fotoperíodo
será mantido o natural. A temperatura da água será mantida em torno de 27°C. Serão
realizadas renovações de água diárias visando preservar a qualidade de água. Os
dejetos dos peixes serão removidos através de sifonagem com auxilio de mangueira de
19
1”. Estes dejetos serão estudados quanto sua composição e verificado junto à SABESP
sobre sua destinação à rede de esgoto normal.
Eventualmente há possibilidade de se utilizar alevinos do Laboratório Rede Mar, que
está localizado no município de Ilha Bela, SP.
7.7 – Tipo de alimentação empregada e disponibilidade no mercado regional
Atualmente existem empresas de rações que já produzem alimentos balanceados para
a espécie referida. Estudos de engorda conduzidos na baía de Ilha Grande
demonstraram crescimento satisfatório utilizando a ração comercial brasileira
(Nicoluzzi) (Moreira et al., 2010). O mesmo corpo técnico avaliou o uso do rejeito
reaproveitável de pesca, relatando ótimas taxas de crescimento (Sampaio et al., 2011).
A Baixada Santista conta com a maior produção de pescado desembarcado no Estado,
isso reflete em abundância de rejeito de pesca, podendo servir como alternativa e
complementação da alimentação. Dessa maneira o projeto pretende usar esse
descarte de pesca que é rico em proteína como alimento para produção dos peixes,
sendo que hoje é ele um passivo ambiental muito preocupante.
7.8 – Previsão de formas de minimização de perdas de alimentos para o
ambiente
Uma das maneiras de evitar o desperdício e o input de matéria orgânica para o meio
adjacente é por meio do estabelecimento de taxas de arraçoamentos ideais e da
frequência alimentar adequada. O monitoramento ambiental evidenciará possíveis
impactos ambientais dessa origem, se houver.
7.9 – Previsão do uso de produtos químicos, tais como hormônios e antibióticos
A utilização de hormônios na criação do Bijupirá não se faz necessária em nenhuma
fase do cultivo. Como já citado a reprodução acontece com desovas naturais (Franks et
al., 2001; Arnold et al., 2002), não precisando utilizar a técnica de indução hormonal
para desova. Outro aspecto no cultivo de Bijupirá é que não há necessidade de
produzir monossexo para controle de população, como o caso da tilápia, e não há
diferença zootécnica em ambos os sexos, pois os animais chegam ao peso de abate
antes da maturação sexual, diferentemente da truta. Dependendo do quadro clínico
dos peixes a administração de antibióticos faz-se necessária. Não serão utilizados
antibióticos como medida profilática, somente para controle sintomático. Caso sejam
usados antibióticos, os peixes a serem tratados serão levados dos tanques rede para o
laboratório, em tanques com sistema fechado, para ser administrado via oral
misturado com o alimento, ou então diluído na água.
20
7.10 – Possíveis impactos ambientais e as medidas mitigadoras cabíveis
A água é um bem comum que cada dia se torna mais escasso. Assim, a preocupação
com a manutenção da qualidade dos corpos d'água é uma constante entre os
ambientalistas, cientistas e gestores em geral. Inúmeros são os fatores que interferem
na qualidade da água, entre eles a elevação no nível dos nutrientes, principalmente
nitrogênio e o fósforo, uma vez que estes são essenciais para a produção de
fitoplâncton e macrófitas aquáticas. A atividade feita de forma adequada não gera
impactos ao meio. O projeto respeitará a capacidade de suporte do meio em questão,
até mesmo porque no processo de licenciamento todas as questões envolvidas terão
que ser explanadas e aprovadas pelo órgão competente e a sustentabilidade ambiental
é condição si ne qua non para execução do projeto Incubadora de Sonhos.
Reiteramos que uma das várias vantagens do Bijupirá é ser uma espécie nativa e
migratória, ou seja, o peixe reside em vários locais. Portanto, se houver escape, não
haverá impactos sobre a fauna residente.
A piscicultura em tanques-rede é uma modalidade de cultivo que causa preocupação
em relação a sua capacidade de aporte de nutrientes por ser considerado intensivo
dependendo do suprimento de ração e cujos resíduos são lançados diretamente no
ambiente, sem possibilidade de tratamento. O aumento da produção aquícola, então,
implica em sistemas intensivos, que resulta em maior aporte de nutrientes no meio.
Assim o desafio é aumentar a capacidade de produção de uma área sem exceder a
capacidade do ecossistema em depurar o excesso nutricional sem modificações para
as comunidades bióticas residentes.
Ressaltando que o impacto ambiental da atividade será monitorado utilizando-se
diferentes ferramentas de avaliação da qualidade ambiental de sistemas aquáticos,
sejam eles os ensaios ecotoxicológicos com água de coluna e sedimentos do local,
avaliação da estrutura da comunidade de macrofauna bentônica, avaliação de
parâmetros de qualidade de água (pH, amônia, oxigênio dissolvido). Os resultados
destas avaliações, quando analisados de forma integrada, não apenas indicarão a
qualidade ambiental nas adjacências dos cultivos, como também podem mostrar, em
casos de que se observem risco ambiental e/ou impactos sobre a biota residente, quais
os prováveis fatores causadores do risco e/ou impacto ambiental. Essa informação
subsidiará estratégias de eliminação das fontes de impacto e remediação do local
alterado.
O uso da ferramenta IMTA (Integrated Multi Trofic Aquaculture), é uma forma crucial e
mais sustentável de aquicultura (Buschmam et al., 2008). A IMTA não é um conceito
21
novo, os países asiáticos, que fornecem mais de dois terços da produção aquícola, vêm
aplicando a IMTA, por tentativa e erro durante séculos.
Cultivo multitrófico integrado pode ser definido como a prática que combina, nas
proporções adequadas, a criação de organismos aquáticos (por exemplo,
peixes\camarão) com espécies de peixes herbívoros, mariscos ou algas, para criar
sistemas equilibrados de sustentabilidade ambiental. Os resíduos de uma cultura
(peixes) são convertidos em alimentos, fertilizantes e energia para outras culturas, que
por sua vez, podem ser vendidos.
Esta seria uma medida mitigadora, caso após estudos nas áreas, mostre impactos
significativos. Porém, neste projeto apesar de ser utilizados tanques-redes, será com
densidade de estocagem baixa, por ser unidade demonstrativa. Assim diversos estudos
sobre o aporte de nutrientes poderá ser feito, até as comunidades estarem produzindo
intensivamente.
7.11 – Descrição de projetos de cultivo comercial de Bijupirá em tanques-
rede, já em operação no Brasil
São poucas as iniciativas de projetos comerciais que envolvam populações em situação
de vulnerabilidade social. Iniciativas de expressão foram realizadas na Ilha Comprida -
SP e Recife - PE. Em ambos os casos foram parcerias público-privadas (PPP) que não
envolveram populações em situação de vulnerabilidade social. Dentre as iniciativas
brasileiras, podemos destacar a experiência positiva do projeto de engorda e
implantação de laboratório de produção realizado em Angra dos Reis. Resultados
animadores de engorda foram registrados na Baía de Ilha Grande onde também foi
fechado o ciclo da espécie.
Diversas pessoas da comunidade litorânea, principalmente pescadores, despertaram
grande interesse pela atividade. A oportunidade de observar e poder vir a se integrar
motivou os pescadores e aquicultores da região a buscarem informações sobre a
atividade. Atualmente a prefeitura de Angra dos Reis firmou convênio com o
Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) num projeto semelhante como proposto no
presente projeto. Dez famílias serão beneficiadas com tanques-rede, alevinos e
assistência técnica para o desenvolvimento da atividade na região.
8 – Incubação de empreendimento de aquicultura
22
A Incubadora de Sonhos será criada no âmbito da Universidade Federal de São Paulo,
Campus Baixada Santista com o objetivo de desenvolver capacidade para fornecer
assistência técnica a empreendimentos sustentáveis voltados a Economia Solidária. O
desenvolvimento dessa capacidade, ocorrerá concomitantemente à implantação e
implementação do laboratório e da unidade demonstrativa produtiva, necessários
para paulatina construção da cadeia produtiva de espécies marinhas, viáveis para
região e em conformidade com o presente projeto.
As Incubadoras de Empreendimentos Solidários estimulam a participação política dos
trabalhadores envolvidos nos empreendimentos, com intuito de empoderar as
pessoas. A “Incubadora de Sonhos”, por exemplo, trabalhará junto aos membros dos
empreendimentos com o conceito de “grupo operativo” posto que, o sucesso de um
empreendimento autogestionário depende da utilização dos talentos, o empenho de
todos os membros que compõem o grupo. Considerando que cada módulo de
aprendizagem será monitorado pelos membros da incubadora, a fim de que seja feita
a análise dos resultados entre os conceitos trabalhados e a eficácia destes no grupo
(Associação ou Cooperativa).
A criação da metodologia de incubação terá etapa e duração pré-estabelecida
ressaltando que, a observação do que acontece durante o processo de incubação
permite que a incubadora seja um campo fértil para a realização de pesquisas
científicas e elevação do conhecimento em diversas áreas.
O intuito da “Incubadora de Sonhos” é desenvolver e utilizar metodologia própria para
atuar em cada região, com as diferenciadas populações. Neste caso, a população
ribeirinha entre eles os Caiçaras, serão nosso primeiro público alvo, em que será
considerada sua cultura (descaracterizada sucessivamente em algumas regiões), renda
e escolaridade, entendendo que estes fatores influenciam nas ações das pessoas. É
importante que as pessoas que participarem dos empreendimentos incubados, se
identifiquem com os valores da ECOSOL, tornando-se também um multiplicador desta,
fortalecendo a Economia Solidária e outras afins, para que não seja somente uma
economia de sobrevivência.
Considerando que é no contato com as pessoas que os problemas devem ser
estudados e enfrentados, nos empreendimentos solidários é primordial a comunicação
entre membros, assessores, técnicos, gestores públicos, porém, não é admissível que
aconteça a dominação de um grupo por outro, ao contrário, instigar a participação
ativa das pessoas nos momentos de fala, pois em momentos de decisões no que diz
respeito aos empreendimentos, utilizar-se-á metodologias participativas.
23
A metodologia da Incubadora de Sonhos não virá pronta, cada grupo de acordo com
sua especificidade, terá participação efetiva na elaboração da metodologia ao qual irão
utilizar.
Tendo a Economia Solidária a preservação do meio ambiente como um dos seus
princípios, a incubadora irá trabalhar para que todo empreendimento por ela
incubado, seja verdadeiramente sustentável posto que, o foco da ECOSOL é a
promoção da qualidade de vida, zelando pelo homem melhorando suas relações com
as questões do meio ambiente e o trabalho. Em algumas comunidades Caiçaras,
atualmente não sofrem apenas a ameaça de esquecimento de sua cultura, de seu
trabalho, também nota-se falta de cuidado ao meio ambiente. Através da consecução
do projeto, pretende-se alcançar, juntamente com os membros dos
empreendimentos, uma conscientização em relação à importância da valorização e
preservação da sua cultura e do meio ambiente em que são atores.
8.1 – Responsabilidade do NEPSSA – Serviço Social
Liderar a coordenação do Projeto Incubadora de Sonhos;
Promover e orientar as atividades de pesquisa na área da saúde socioambiental e
na ECOSOL, visando a Implantação da Incubadora de Sonhos no âmbito da
Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista:
o “Os Desafios da Economia Solidária na Sociedade Capitalista”.
o “Caracterização das Comunidades Pesqueiras da Baixada Santista”.
o “Caracterização das Comunidades Pesqueiras da Baixada Santista: Um
Estudo através de Imagens”.
o “A Inserção do Serviço Social na Saúde Socioambiental: Perspectivas
Interdisciplinares”.
Promover e organizar as atividades de Integração entre os diversos parceiros por meio de reuniões, oficinas, seminários, congressos e atividades formativas.
Colaborar no desenvolvimento da Rede de Economia Solidária na Baixada Santista.
Prover parcerias para viabilizar estágios profissionais na área da ECOSOL.
Promover e organizar cursos voltados a ampliar os conceitos de saúde, cooperativos e sociais necessários para o processo de implantação da ECOSOL, entendendo que, para ingressar nesta forma de gestão solidaria, há necessidade de ter conhecimento e o desejo de trabalhar de maneira cooperativa, autogestionária, visando o bem comum, e não o lucro em seu sentido estrito.
Assessorar Empreendimentos Solidários que possibilitem desenvolver sistemas: de cria, engorda, processamento e comercialização de pescados.
Produção científica na área social.
24
8.2 – Responsabilidade do CCMMA
Avaliação e monitoramento do impacto ambiental da atividade proposta. o avaliação e monitoramento da água, sedimento e organismos provenientes da
área de influência do empreendimento.
Produção científica relacionada às áreas das ciências do mar e meio ambiente.
8.3 – Responsabilidade do GQUAL
Apoio na implementação da cadeia produtiva do pescado.
Monitoramento da manipulação e da qualidade do pescado. o implementação das boas práticas. o formação de manipuladores do pescado.
Desenvolvimento de preparações culinárias e produtos derivados do pescado o teste e padronização de receitas e formulações respeitando os aspectos
socioculturais. o avaliação da aceitabilidade, do valor nutritivo e da viabilidade econômica e
comercial.
Produção científica relacionada às áreas das ciências dos alimentos e nutrição.
8.4 – Responsabilidade da ACPO
Acompanhar o projeto e sugerir adequações no que tange as ações ambientais necessárias para o seu desenvolvimento;
Propor adequações no que tange as suas relações com a saúde ambiental e, no desenvolvimento da Saúde Socioambiental no âmbito da ECOCOL;
Realizar o papel de Controle Social e apoiar o projeto em suas articulações e ações junto ao 3º Setor e a Sociedade Civil.
8.5 – Responsabilidade dos Especialistas em Aquicultura
Implantação de estrutura para o funcionamento do laboratório de reprodução de espécies marinhas em todas as suas fases.
Maturação dos reprodutores em laboratório.
Produção de alimento vivo.
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Desova e Larvicultura.
Povoamento dos tanques-rede.
Processo de engorda
Produção científica
Produção de um manual técnico com linguagem acessível ao público envolvido no projeto de maneira que possibilite a multiplicação e capacitação de pessoas leigas desta atividade na ECOSOL.
8.6 – Responsabilidade Compartilhada
Criar e coordenar um Conselho Fiscal que contemplará uma cadeira para um titular e
um suplente, indicados por cada uma das Entidades a seguir relacionadas: a. UNIFESP;
b. NEPSSA; c. CCMMA; d. GQUAL, e; e. ACPO, que trimestralmente verificará e emitirá
parecer sobre as despesas efetuadas na consecução do presente projeto.
Apoiar e acompanhar o projeto em todas as suas etapas. 9 – “Plano de Negócios” no Processo de Incubação em ECOSOL O Projeto denominado de “Incubadora de Sonhos”, como já mencionado, prevê a
criação de uma cadeia produtiva de Bijupirá, que vai muito além do PLANO DE
NEGÓCIOS, que doravante para efeito do presente projeto denominaremos “PLANO
DE AÇÃO”, que tem suas especificidades, porém sem prescindi-lo das diversas etapas
em que será necessário.
Uma cadeia produtiva compreende minimamente subsistemas tais como: insumos
(ração), matérias-primas (alevinos), industrialização (engorda e beneficiamento),
comercialização (varejo, atacado, exportação, merenda), consumo (consumidor final) e
todas estas etapas fazem parte de todo o planejamento. Coube aos idealizadores do
Projeto, verificar minimamente a viabilidade de produção e de mercado, assim se pôde
concluir que a produção é viável, sendo o mercado para o Bijupirá novo em plena
expansão.
No caso do PLANO DE AÇÃO para o laboratório e, para a produção e distribuição da
unidade demonstrativa, considerou-se as análises das Forças, Oportunidades,
Fraquezas e Ameaças (FOFA). Concluímos que o envolvimento de profissionais da
academia de maneira interdisciplinar, da sociedade civil organizada devido à
experiência na área de saúde ambiental, controle social e, profissionais que já
26
dominam a produção do Bijupirá se constituem a Força; a queda nos estoques de
pescado; a contaminação do pescado criado no ambiente natural, a perda da
identidade pesqueira das novas gerações das comunidades ribeirinhas, a expansão do
mercado para o Bijupirá e a doação de recursos por meio judicial via Ministério Público
são as Oportunidades.
Por outro lado, a falta ou pouco incentivo público para o apoio às economias das
comunidades tradicionais, prejudicadas pela poluição, contaminação ambiental e a
pesca predatória, o baixo nível de consciência pública para o trabalho autogestionário
e cooperativo, a falta de conhecimento público sobre os fundamentos e valores da
economia solidária são reconhecidas como Fraquezas. A agressividade da economia
tradicional em transformar economias alternativas em ascensão e formas de trabalho
como mero suporte e trabalho precarizado, a exemplo das cooperativas tradicionais,
são compreendidas como Ameaças para o sucesso do projeto.
A construção da cadeia está sendo entendida como desafio, em que requer intenso
trabalho intelectual e braçal, em que poderá contar com publico alvo de mão de obra
ociosa e mercado próspero em plena expansão.
Assim, por se tratar de um negócio que se conhece como rentável em expansão, a
equipe decidiu tratar do PLANO DE AÇÃO durante o primeiro semestre de implantação
do projeto, tendo já tratado com representante comercial que envidará esforços para
realizar as primeiras distribuições, oriunda da unidade demonstrativa, no mercado
tradicional. No entanto, antecederá um levantamento junto aos potenciais
compradores e em que estado preferem receber o produto.
Uma das tarefas dos assessores na Incubadora será a de preparar os
empreendimentos para serem autogestionários, e esta tarefa sem sombra de dúvidas
passa pela instrução e construção de um PLANO ESTRATÉGICO DE AÇÃO participativo,
bem planejado, sendo um ganho sobre os planos tradicionais, uma vez que incorpora
os componentes ambientais, sociais e cooperativos.
A Incubadora de Sonhos voltada a empreendimentos de economia solidária terá por
objetivo criar um ambiente adequado para o desenvolvimento de ações
empreendedoras, através do incentivo à inovação. Assim, entre os objetivos da
Incubadora de Sonhos estão:
Contribuir para a implantação e o crescimento dos empreendimentos de economia solidária, tais como Associações, Cooperativas, Aquicultura Familiar e, afins;
27
Oferecer consultoria, assessoria e atividades administrativas aos empreendimentos incubados no ponto ideal, ou seja, considerando em primeiro plano o interesse, vontade, dificuldades, necessidades e modo de vida dos empreendedores;
Promover a integração da Universidade com o setor privado, com os órgãos do setor público e com as organizações da sociedade civil.
Fornecer ambiente favorável para a capacitação dos empreendedores nas tecnologias econômicas sociais, voltada à solidariedade, cooperativismos e boas práticas ambientais; cooperar com desenvolvimento científico e tecnológico, na promoção das capacidades humanas, através da cultura e treinamento;
Estas capacitações se darão em três importantes fases: pré-incubação, incubação e
pós-incubação.
1ª Fase: A pré-incubação é a fase de desenvolvimento da ideia até o produto final. Esta
fase é destinada também para a preparação das pessoas para o mundo do
empreendedorismo autogestionária voltado a ECOSOL.
2ª Fase: A incubação é a fase em que se constitui a entidade legalmente e assume os
encargos de uma associação ou cooperativa legal com total apoio técnico da
Incubadora. Nesta fase os empreendedores participam de cursos de capacitação,
palestras e eventos empresariais, feiras e rodadas de comercialização, assessoria na
produção, divulgação e comercialização.
3ª Fase: Da pós-incubação, sendo o estágio em que o empreendimento se desliga da
incubadora e passa a gerir seu próprio negócio.
Portanto, o PLANO DE AÇÃO no presente projeto terá seu momento oportuno, uma
vez que se trata de uma cadeia produtiva em economia alternativa com bases
socialmente justas, participativa e não é a construção de um negócio em que o lucro é
o objetivo final. Neste momento se almeja o “ponto de equilíbrio”, em que os
resultados, quando presentes, gerarão investimentos na riqueza econômica da
coletividade e não patrimonial privada. Em resumo é um processo associativo em
constante formação e transformação.
Cada empreendimento terá o seu próprio PLANO DE AÇÃO, uma vez que uns optarão
por consumo ou comercialização no próprio e local, outros buscarão uma produção
para ampla comercialização, uns de grande porte e outros de pequeno porte, então
cada etapa e cada estágio terá seu plano de ação específico que será construído em
28
parceira com os envolvidos nos empreendimentos. O que pressupõe entendimento
entre as partes acerca dos objetivos e métodos de trabalho, ressaltando que estas
etapas terão caráter flexível de acordo com a necessidade, característica do grupo e
tipo de empreendimento a ser incubado e construído com assessoria “no ponto certo”
da Incubadora de Sonhos da UNIFESP.
Outra possibilidade do pós-projeto, numa quarta ou quinta etapa, será colaborar no
processo de outras entidades públicas ou privadas, como por exemplo: a CATI
(Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura do Estado
de São Paulo), que desenvolvem na Baixada Santista, pesquisa de produção como a do
lambari que pode necessitar de apoio para aproximação com as comunidades
pesqueiras.
Neste primeiro momento nos interessa a venda do pescado bruto, porém num
segundo momento a cadeia buscará, além de já estar dominando a produção de
alevinos e de engorda, contar com uma rede mais ampla de beneficiamento do
pescado, distribuição e entrega, atraindo (a partir de unidades demonstrativas em
projetos posteriores), e utilizando a mão de obra de comunidades da pesca tradicional,
possivelmente atrelados aos empreendimentos que se pretende incubar para o
processo de engorda.
Pretendemos também, enquanto não contamos com os empreendimentos locais para
consumo de alevinos (os empreendimentos que serão incubados), colocá-los no
mercado tradicional em que há grande procura e poucos fornecedores. De qualquer
maneira, um equilíbrio deverá ser encontrado entre o mercado tradicional e aqueles
que pretendemos fomentar o desenvolvimento, a princípio com bases na economia
solidária (banco comunitário, moeda social local, entre outros), para garantir a
sustentabilidade tanto do laboratório, quanto da unidade demonstrativa e
principalmente dos membros dos empreendimentos incubados.
10 – Local do Projeto
O projeto utilizará as instalações da Universidade Federal de São Paulo – Campus
Baixada Santista, da Associação de Combate aos Poluentes, do laboratório que será
instalado nas proximidades do corpo d’água marinho e áreas externas que permitam a
engorda, produção e manipulação do pescado e derivados.
10.1 – Informações sobre o empreendimento
29
Caracterização geral da infraestrutura necessária para o projeto (estruturas de
produção, acesso e estruturas de apoio);
A infraestrutura é dividida basicamente em duas áreas distintas, porém dependentes.
É necessária a construção ou adequação de um galpão e demais estruturas, em solo o
mais próximo do mar possível com a finalidade de reproduzir a espécie, e uma segunda
área para a Unidade Demonstrativa comercial que servirá como piloto na engorda do
peixe. Não obstante, por se tratar de um projeto que buscará fomentar a aquicultura
na Baixada Santista, diversas outras áreas para engorda serão estudadas e, assim como
a unidade demonstrativa, licenciadas pelos órgãos competentes.
10.2 - infraestrutura geral para um laboratório de reprodução e engorda
Um (1) escritório; - um (1) almoxarifado; - uma (1) sala para produção de alimento
vivo; - uma (1) sala de reprodutores; - duas (2) tanques de maturação com capacidade
de 27 m³; - dez (10) incubadoras de 500 L; - Sistema de captação de água; - Sistema de
filtragem; - Sistema de distribuição; - quatro (4) tanques-rede de PEAD com 12 m de
diâmetro; - Redes com diferentes aberturas de malha; - Barco para auxiliar nas rotinas
diárias da atividade; - Automóveis para o transporte de pessoal e materiais de
consumo, entre outros itens que estão relacionados na tabela de custos anexada ao
presente projeto submetido.
10.3 – Área e alternativas locacionais para a instalação das estruturas Área Primária de Interesse para Instalação do Laboratório
Canto esquerdo da Praia do Tombo, Guarujá/SP
30
Conforme informações iniciais tomadas junto ao órgão licenciador, o laboratório de
produção de alevinos, não necessita de licenciamento ambiental. O mesmo está
previsto para ser instalado no canto esquerdo da praia do Tombo em Guarujá, sendo
que a cessão da referida área está sendo requerida junto ao SPU por meio da direção
da UNIFESP.
Apresentamos em seguida cópia do documento encaminhado à Secretaria do
Patrimônio da União (SPU) pelo Reitor da UNIFESP Prof. Dr. Walter Manna Alberroni
solicitando a cessão da área primária de interesse do presente Projeto.
31
Quando da entrada do processo de consulta oficial, junto ao órgão licenciador,
poderão ser citadas como alternativa locacional para instalação do laboratório as áreas
situadas: 1. No final da Rua Mal. Floriano Peixoto, Morro do Maluf, Guarujá/SP e, 2. A
área de praia situada no Parque Xixova-Japuí, que tem aval do administrador, mas
requer tramitação sobre sua viabilidade em relação ao plano de manejo.
2ª Opção – Morro do Maluf Guarujá
3ª Opção – Parque Xixová-Japuí
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A área definida para instalação da Unidade Demonstrativa é o canal de Bertioga,
próximo ao flutuante ARATÚ da Prefeitura Municipal de Guarujá, localizado nas águas
que dividem Santos e Guarujá. Esta área já tem um histórico em que as justificativas
apresentadas foram:
a) o grande potencial para maricultura no Canal da Bertioga, ainda inexplorado;
b) a expectativa de baixos índices de poluição na área de influência do projeto;
c) a existência de áreas particulares com autorização para cultivos experimentais;
d) a propositura de um projeto de alternativa de renda;
e) a infraestrutura disponível para o abrigo de técnicos e equipamentos.
Por ser a Baixada Santista uma região ambientalmente impactada, elegemos o Canal
de Bertioga, menos denso, como a área a ser primeiramente trabalhada, sem
prescindir das análises ambientais confirmatórias necessárias para garantir um
produto de qualidade, buscando atrair as comunidades desta região para incubação na
perspectiva da ECOSOL. Porém, o projeto visa desenvolver e ampliar sua ação para
toda a Baixada Santista respeitando os aspectos da saúde socioambiental.
Canal de Bertioga
Proximidades do Flutuante ARATÚ da Prefeitura Municipal de Guarujá
33
11. Manutenção do Projeto
O mecanismo de perenizar o projeto está fundado no próprio princípio da autogestão
solidária, sem fins lucrativos e respeitando os fundamentos da saúde socioambiental.
Uma Organização (OA) fundada nos princípios associativos e cooperativos será criada
devendo abarcar em seu Estatuto:
O caráter de sem fins lucrativos;
Administrar a produção do Laboratório e da Unidade Demonstrativa;
Comercializar a produção do LB e da UD;
Gerir os recursos advindos da comercialização;
Criar, administrar e gerir o Fundo em que serão depositados os recursos da
comercialização do LB e da UD;
A captação de recursos destinados a garantir a manutenção do LB e da UD;
Apoio técnico e financeiro à Incubadora de Sonhos do Campus Baixada Santista;
Fomentar a criação da REDE e da CADEIA PRODUTIVA em aquicultura;
Fomentar e participar da criação e administração de um Banco Solidário.
É através desta Organização (OA) que se buscará a ininterrupção do projeto
Incubadora de Sonhos (IS), que estará apoiando a UNIFESP na manutenção dos
recursos materiais advindos do Projeto (notadamente o LB, a UD e a própria IS), mas
que terá independência administrativa suficiente para gerir e investir e reinvestir os
recursos advindos:
Das atividades do LB, da UD;
De percentagens dos resultados dos empreendimentos associados que se
dispor a trabalhar na Rede Solidária;
Da captação em agências de fomentos e financeiros, que serão canalizados
para atividade aquícola, como a construção de novos laboratórios,
desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e financiamento de novas
Unidades Produtivas para os Empreendedores.
A finalidade deste projeto é paulatinamente aproximar a Universidade da população
vulnerável social e politicamente, sobretudo aquelas impactadas pelos processos
industriais e portuários que tornou e torna inviável a pesca nos arredores estuarinos.
Oferecer uma alternativa de desenvolvimento a estas populações, aproximando umas
das atividades marinhas e, garantindo a outras a possibilidade de atuar com novas
34
tecnologias no seu território, no seu espaço, com seu modo de vida em estreita
relação com o mar.
12. Comunicação
Criação de um sítio de internet com informações sobre a “Incubadora de Sonhos”,
incubação de Empreendimento de Economia Solidária, a princípio com destaque à
aquicultura. Nesta rubrica poderão ser aviadas publicação em mídias, placas, banners,
pôsteres e folders para identificação, popularização e comunicações do projeto e das
atividades a ele relacionadas.
13. Considerações Finais
“Lutam melhor os que têm belos sonhos”
Ernesto Che Guevara
A proposta do Projeto Incubadora de Sonhos está no desafio de fomentar duas
atividades ainda pouco difundidas no estado de São Paulo, que são a Aquicultura e a
Economia Solidária. Entendendo que estas atividades, apoiadas por iniciativas
governamentais, tem potencial significativo em trazer respostas viáveis para as
camadas economicamente excluídas da sociedade e da economia tradicional, com o
desenvolvimento da atividade pesqueira na região.
A partir do trabalho desenvolvido no projeto, previsto para ser realizado no prazo de
dois anos consecutivos, terá a unidade demonstrativa em plena atividade, sendo um
atrativo para o público alvo, e metodologia criada para capacitá-los em associações
cooperativas na atividade aquiculturista na perspectiva da ECOSOL.
A Incubadora de Sonhos, destinada ao desenvolvimento de economias alternativas,
ora fomentando Empreendimentos de Economia Solidária, na medida de seus recursos
humanos e financeiros, também poderá prestar assessoria a outros segmentos que
tenham interesse de desenvolver seus empreendimentos na perspectiva da ECOSOL
(ver anexo II), assim, também terão o compromisso para com a sociedade em manter
uma atividade que respeite o equilíbrio ecológico, o meio ambiente, garantindo o
acesso aos recursos às futuras gerações.
35
O Projeto buscará também articulação e o apoio do Programa Nacional de Incubadoras
de Cooperativas Populares (PRONINC), que está referenciado no Decreto de número
7.357 de 17/11/2010 (ver anexo IV), através da Secretaria Nacional de Economia
Solidária (SENAES), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Hodiernamente as Universidades mantêm Incubadoras de Tecnologias de Cooperativas
Populares (ITCPs), em que há intensa comunicação em Redes visando à troca de
informações, para que venham contribuir para o aumento da capacidade técnica das
Incubadoras já existentes, assim como na formação de outras. A Incubadora de Sonhos
da UNIFESP Campus Baixada Santista se propõe a fortalecer esta relação já existente
entre as demais universidades, que possibilita a expansão de ITCP´s em nível nacional.
O laboratório e a unidade demonstrativa, destinados ao processo de incubação dos primeiros Empreendimentos para formação da cadeira produtiva, serão nominados por ocasião da criação da organização que os gerirá ao final do presente projeto. E estarão em consonância com a lei nº 11.959, de 29 de junho de 20091, que dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca que regula as atividades pesqueiras, formulada, coordenada e executada com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura como fonte de alimentação, emprego, renda e lazer, garantindo-se o uso sustentável dos recursos pesqueiros, bem como a otimização dos benefícios econômicos decorrentes, em harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da biodiversidade.
A Coordenação Geral do Projeto será exercida por um “Comitê Coordenador” definido
pelo NEPSSA/UNIFESP, e será composto por coordenação e vice e mais quatro
membros envolvidos nas atividades (da Incubadora, do laboratório e, da unidade
demonstrativa).
Em se tratando de um projeto piloto experimental, há necessidade de avaliação
constante podendo resultar na necessidade de correção de rumo, portanto, certa
flexibilidade, justificada, faz-se necessária para movimentação de recursos humanos,
materiais e financeiros a fim de garantir os objetivos gerais. As avaliações serão
realizadas nas reuniões ordinárias mensais, reuniões de equipe, na apresentação dos
relatórios financeiros e de ações realizadas, com base no cronograma planejado.
Uma vez que se trata da construção de ação interdisciplinar de extensão prevista para
continuar por período indeterminado, os eventos que compreendem seminários,
oficinas, congressos, cursos serão realizados conforme o progresso das atividades com
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11959.htm
36
objetivo de capacitar e/ou buscar respostas para possíveis dificuldades e limitações
eventuais.
A definição dos papéis dos técnicos no projeto: Biólogo e Assistente Social e dos
facilitadores e assistentes de produção serão detalhadas no anexo (III). O perfil destes
profissionais será definido para o processo seletivo no inicio do Projeto.
Como citado, o Projeto que visa implantar a “Incubadora de Sonhos” é uma iniciativa
de discentes e docentes do Campus Baixada Santista da UNIFESP para o fomento de
empreendimentos sustentáveis voltados a economias alternativas, tendo como partida
a incubação de atividade na área da Aquicultura no âmbito da Economia Solidária.
Neste sentido, um conjunto de ações organizacionais se fazem necessárias para
articular adequadamente a hierarquia legal da UNIFESP e a AUTOGESTÃO SOLIDÁRIA
preconizada no presente projeto.
Neste projeto temos duas etapas econômicas distintas e dois estágios. A primeira
etapa ligada à implantação e implementação econômica do laboratório e da unidade
demonstrativa, que será administrada num primeiro momento pelos técnicos
contratados pelo projeto e posteriormente pela Organização (OA) que será criada.
Nesta primeira etapa haverá uma grande influência e necessidade de transacionar com
a economia tradicional em que haverá, por conseguinte uma forte influência da cadeia
de hierarquia, porém, num segundo momento, na segunda etapa, a administração será
focada na autogestão solidária em que não há esta cadeia hierárquica, sendo
extremamente participativa, objetivando trilhar na Economia Solidária preconizada no
presente projeto.
O segundo estágio é o da incubação dos empreendimentos de economia solidária, e
que deverão, por um bom tempo, também articular com a economia tradicional e
deverão estar preparados para identificar um e outro processo, evitando e
combatendo os processos de precarização do trabalho, entendendo o trabalho como o
elemento chave da vida em sociedade. Neste estágio tanto o laboratório quanto a
unidade produtiva estarão funcionando administrativamente, de maneira e gestão
participativa como todos os empreendimentos incubados que serão trabalhados na
mesma perspectiva.
37
O organograma permite visualizar a estrutura do Projeto Incubadora de Sonhos. Nos
blocos um (1) e dois (2) está representada a instituição Universidade Federal de São
Paulo, em que o Campus Baixada Santista está subordinado a administração da Capital
e este por sua vez ao Ministério da Educação. Esta estrutura comporta uma gestão
hierárquica que tem como autoridade maior o chefe do Executivo Federal.
No bloco três (3) está inserido o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde
Socioambiental (NEPSSA), subordinado ao Campus Baixada Santista. O NEPSSA conta
com um núcleo administrativo democrático composto de cinco (5) membros,
coordenado por uma Profª Drª do Campus. Este núcleo administrativo é incumbido de
elaborar ações que são submetidas à deliberação nas reuniões gerais e estará a frente
na implantação do Projeto Incubadora de Sonhos e na implementação da
administração autogestionária e solidária nos demais órgãos seguintes da estrutura.
A Organização Administradora (OA) disposta no bloco quatro (4) será criada para ter
autogestão solidária. Seu Estatuto Social, além de dispor o caráter sem fins lucrativos
deverá estabelecer em seus termos: o apoio a Incubadora de Sonhos e a gestão dos
recursos advindos da comercialização de alevinos produzidos no Laboratório e do
pescado da Unidade Demonstrativa que será depositado em um FUNDO, para ser
utilizado na manutenção da OA e para o fomento da atividade de incubação.
Nos blocos cinco (5) e sete (7) estão inseridos o Laboratório (LB) e a Unidade
Demonstrativa (UD). O LB será responsável pela produção de alevinos que serão
38
destinados a UD e posteriormente aos Empreendimentos Solidários de Aquicultura
(ESA) que serão gestados na Incubadora de Sonhos. Estes dois Órgãos da estrutura (LB
e UD) serão propriedade do Campus Baixada Santista, porém administrado pela
Organização Administradora e terão autogestão solidária.
Início do Contato com o Público Alvo
Antecedendo o início do projeto, realizaremos uma apresentação sobre os objetivos
gerais do projeto, em que serão convidadas duas importantes lideranças na pesca
artesanal. O presidente da União dos Pescadores da Conceiçãozinha (UNIPESC) Sr.
Newton Rafael Gonçalves e o presidente da Federação de Pescadores do Estado de São
Paulo Sr. Tsuneo Okida, que serão convidados para participar como observadores e
colaboradores no contato junto à comunidade, do processo de implantação do Projeto
Incubadora de Sonhos. Nesta apresentação também serão convidados os técnicos do
Ministério Público Federal e demais interessados no desenvolvimento da aquicultura
na região.
No bloco seis (6) está inserida a Incubadora de Sonhos que terá a incumbência de
gestar os empreendimentos de aquicultura que serão capacitados para trabalhar na
perspectiva da Economia Solidária. A base de formação, que é flexível, está disposta no
bloco oito (8). Estes empreendimentos serão incentivados a fazer parte de uma REDE,
que por um lado terá por finalidade articular os empreendimentos para garantir a
expansão da cadeia de aquicultores e outros produtores fortalecendo as malhas
econômicas solidárias, e por outro lado fortalecer o FUNDO que servirá tanto para o
39
fomento da atividade da Economia Solidária, como para cobrir possíveis quebras dos
associados e também para possibilitar no futuro, a criação de um Banco de Fomento
de economia solidária.
A Organização Administrativa, o Laboratório, a Unidade Demonstrativa, bem como os
empreendimentos gestados na Incubadora de Sonhos funcionarão
administrativamente, de maneira participativa e sob os princípios da autogestão
solidária e incentivados a trabalhar em REDE.
"Sair do quadro cultural do mando e perseverar na opção da
gestão compartilhada exige um nível de consciência política
que precisa ser construído" - NUNES, D; (pág. 209; 2009).
O início do projeto está previsto para janeiro de 2013, e se reservará os meses de
outubro, novembro e dezembro de 2012 para licitação, sobretudo, dos materiais
destinados à instalação do Laboratório de Produção de Alevinos, em que se espera
estar definida a área para sua implantação. A instalação do LB deverá se estender no
máximo até o mês de junho de 2013.
Neste período que antecede o inicio da instalação do LB, se estará tratando dos
procedimentos de licenciamento dos tanques-redes da UD, e envidando esforços para
facilitação aos empreendedores (bolsa) durante a incubação e isenção de taxas para o
trabalho profissional. São previstos também eventos sobre cooperativismo e
associativismo.
O período que vai de julho a outubro de 2013 está reservado para a maturação dos
reprodutores no laboratório e produção de alimento vivo. Em novembro de 2013 se
dará o inicio da desova e larvicultura. Estão previsto para janeiro de 2014 o
povoamento dos tanques-redes na Unidade Demonstrativa e respectivo processo de
engorda.
Neste mesmo período (nov.2013 e jan.2014) estará se buscando também a
comercialização de alevinos para, em abril iniciar os contatos para comercialização do
pescado que estará na fase de engorda devendo estar pronto para entrega entre
dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Está prevista a análise do pescado antes de
disponibilizar para o mercado.
40
A produção de material técnico, manual sobre o processo de produção de alevinos e
engorda, bem como as reuniões de avaliação e encaminhamento está previsto para
ocorrer durante o processo, devendo estar pronto para publicação juntamente com o
relatório final e Artigo científico em dezembro de 2014.
A Incubadora de Sonhos, que já está em fase de estudos, elaboração de conteúdos e
articulações institucionais, aprofundará o processo de contatos para formação dos
recursos humanos necessários, a fim de viabilizar o processo de incubação dos
empreendimentos, que deverá iniciar sua atividade de gestação a partir de janeiro de
2014.
Além das atividades legais necessárias para o estabelecimento da atividade
aquicultural, enquanto o processo de incubação dos empreendimentos não ocorre, a
equipe formada de estudantes de serviço social, também estará contatando e
desenvolvendo atividades junto às comunidades situadas na região ribeirinha do Canal
de Bertioga (localidade da Serra do Guararu - Santos e Guarujá), visando fomentar
relações sociais e econômicas mais justa e ambientalmente sustentável.
1
41
14. Cronograma
i
ANEXO I
Síntese Cronológica das Atividades do Projeto
Incubadora de Sonhos Ações Pré-projeto Plano de ação - 2 ° semestre de 2010
Gestão
Preparativos para formalização do NEPSSA.
Planejamento
e Avaliação
Planejamento de visitas ao território de comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Discussões de possíveis ações e pesquisas em comunidades socioambientalmente vulneráveis.
Ação
Socioambiental
Visitas ao território em comunidade socioambientalmente vulnerável;
Discussão do Programa de ações do NEPSSA;
Seminário de apresentação e fundação do NEPSSA.
Realização do I Seminário de Saúde Socioambiental – “Qualidade de Vida, Direito de Todos”
Formação
Organização, realização e participações em Eventos;
Grupos de Estudos.
ii
Incubadora de Sonhos
Ações de Elaboração do Projeto
Plano de ação - 1° semestre de 2011
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA.
Planejamento
e Avaliação
Planejamento de visitas ao território de comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Discussão, elaboração, orientação de Projetos de Iniciação Científica;
Retomada de discussões de possíveis ações e pesquisas em comunidades socioambientalmente vulnerável;
Análise e elaboração de Inserção de ação social em Projeto de Aquicultura.
Ação
Socioambiental
Visita ao território em comunidades socioambientalmente vulneráveis.
Formação
Apresentação de Projetos de Iniciação Científica;
Organização, realização e participações em Eventos;
Grupos de Estudos.
iii
Incubadora de Sonhos
Ações de Elaboração do Projeto
Plano de ação - 2 ° semestre de 2011
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA.
Planejamento
e Avaliação
Planejamento de visitas ao território de comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Discussão e elaboração do Projeto Incubadora de Sonhos. Ação
Socioambiental
Visitas ao território em comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Visita técnica em laboratório de produção de alevinos;
Visita técnica ao Núcleo do Instituto de Pesca de Ubatuba para discussão da viabilidade de criação da espécie Bijupirá;
Visitas técnicas para avaliação locacional do Laboratório;
Apresentação da primeira versão do Projeto Incubadora de Sonhos ao MP e direção do Campus;
Discussões, análise de ação referente às reuniões com o MP e direção do Campus;
Formação
Discussão e orientação de Projetos de Iniciação Científica;
Organização, realização e participações em Eventos;
Grupos de Estudos.
iv
Incubadora de Sonhos
Ações para Apresentação do Projeto
Plano de ação - 1° semestre de 2012
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA;
Cadastro do Projeto no SIEX- UNIFESP;
Estruturação Incubadora;
Reunião para avaliação do Projeto pelos Técnicos do Ministério Público Federal;
Articulação e parceria com GQUAL e Instituto do Mar. Planejamento
e Avaliação
Planejamento de visita ao território de comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Planejamento e ajustes no projeto para apresentação da segunda versão do Projeto no MP.
Ação
Socioambiental
Visita ao território de comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Elaboração de agenda de trabalho do NEPSSA;
Respostas aos Quesitos dos técnicos do MPF visando à elaboração da última versão do Projeto;
Participação do NEPSSA na rede IPEN (preparativos para Rio + 20).
Formação
Estágio no NEPSSA/ Projeto Incubadora de Sonhos;
Encontros temáticos para elevação da consciência em saúde socioambiental;
Organização, realização e participações em Eventos;
Estudo sobre metodologias de ITCP’s;
Grupos de Estudos.
v
Incubadora de Sonhos
Ações para Apresentação do Projeto
Plano de ação - 2° semestre de 2012
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA; Elaboração de edital e licitação para aquisição em 2013; Monitoramento de Editais para captação de recursos;
Solicitação de cessão de área da união, aprovada na UNIFESP e encaminhada pela Reitoria à SPU;
Cotação de preços dos produtos utilizados no projeto; Revisão do orçamento do projeto.
Planejamento e
Avaliação
Discussão e Elaboração de conteúdos para os cursos que serão ministrados na incubadora;
Estudo para captação de recursos visando a sustentabilidade do projeto;
Reuniões semanais de Equipe. Ação
Socioambiental
Início de contato com as lideranças de comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Início das reuniões com as comunidades visando à troca de informações sobre ECOSOL e a identificação de potenciais empreendedores;
Articulação e busca de parceria para o processo de incubação;
Levantamento de equipamentos públicos ao redor das comunidades socioambientalmente vulneráveis;
Contato com ITCP’s. Formação
Estágio no NEPSSA/ Projeto Incubadora de Sonhos;
Reuniões temáticas para elevação da consciência em saúde socioambiental;
Grupos de Estudos;
Organização, realização e participações em Eventos;
Projetos de pesquisa.
vi
Incubadora de Sonhos
Implementação do Projeto
Plano de ação - 1 ° semestre de 2013
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA;
Início da avaliação do público alvo interessado para o processo de incubação;
Buscar junto Ministério do Trabalho, Ministério da Pesca, IBAMA, SEMA e outros Órgãos afins, todas as medidas necessárias para o licenciamento e apoio as atividades de aquicultura; (tais como: solicitar isenções de taxas aos empreendedores);
Processo de Edificação, instalação e efetivação das atividades do laboratório;
Processo de captação recursos para o “auxílio–incubação” aos futuros empreendedores;
Identificação de área para instalação da Unidade Demonstrativa e seu Licenciamento Ambiental;
Monitoramento de Editais para captação de recursos. Planejamento
e Avaliação
Discussão e Elaboração de conteúdos para os cursos que serão ministrados na incubadora;
Estudo para captação de recursos visando a sustentabilidade do projeto;
Reuniões semanais de Equipe;
Estudo de viabilidade para implantação de Curso periódico de capacitação em Economia Solidária na Incubadora de Sonhos;
Estudo de viabilidade para implantação de Curso periódico de capacitação de trabalho e renda em aquicultura na Incubadora de Sonhos.
Ação
Socioambiental
Publicação de manual de material destinado à incubação dos empreendedores;
Intensificação das reuniões com as comunidades visando o desenvolvimento da ECOSOL e a identificação de potenciais empreendedores;
Fundação da Organização Administradora que irá gerir os recursos advindos da cadeia produtiva;
vii
Promover o I Evento da Incubadora de Sonhos sobre Economia Solidária, apresentando as ações e perspectivas da incubadora ao público alvo e demais atores da ECOSOL na Baixada Santista.
Formação
Estágio no NEPSSA/ Projeto Incubadora de Sonhos;
Reuniões temáticas para elevação da consciência em saúde socioambiental;
Grupos de Estudos;
Organização, realização e participações em Eventos;
Projetos de pesquisa.
viii
Incubadora de Sonhos
Implementação do Projeto
Plano de ação - 2 ° semestre de 2013
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA;
Contatos iniciais com os potenciais compradores para o Bijupirá;
Manter o contato junto Ministério do Trabalho, Ministério da Pesca, IBAMA, SEMA e outros Órgãos afins, de viabilizar as medidas necessárias para o licenciamento e apoio geral as atividades de aquicultura; (tais como: solicitar isenções de taxas aos empreendedores, captação de recursos, atualização de informações, etc.);
Processo de Edificação, instalação e efetivação das atividades do laboratório;
Processo de captação recursos para o “auxílio–incubação” aos futuros empreendedores;
Identificação de área para instalação da Unidade Demonstrativa e seu Licenciamento Ambiental;
Monitoramento de Editais para captação de recursos. Planejamento
e Avaliação
Avaliações dos encontros, estudos e articulações para viabilizar o mercado voltado à ECOSOL na Baixada Santista;
Avaliações, estudos e articulações para viabilizar estratégia de publicidade ECOSOLIDARIA;
Avaliações, estudo e articulação buscando o desenvolvimento territorial e aproximação econômica solidária nas comunidades e entre bairros;
Estudo para captação de recursos visando a sustentabilidade do projeto;
Reuniões semanais de Equipe;
Estudo de viabilidade para implantação de Curso periódico de capacitação em Economia Solidária na Incubadora de Sonhos;
Estudo de viabilidade para implantação de Curso periódico de capacitação de trabalho e renda em aquicultura na Incubadora de Sonhos.
Ação
ix
Socioambiental
Maturação dos reprodutores no laboratório e produção de alimento vivo;
Inicio da desova e larvicultura;
Realização de evento gastronômico de apresentação do Bijupirá;
Finalização do projeto piloto para primeiro grupo incubado (com possibilidade de auxílio- incubação);
Manutenção das reuniões com as comunidades visando o desenvolvimento da ECOSOL e a identificação de potenciais empreendedores;
Reuniões com equipe da incubadora para confecção de textos científicos de economias sociais.
Formação
Estágio no NEPSSA/ Projeto Incubadora de Sonhos;
Reuniões temáticas para elevação da consciência em saúde socioambiental;
Grupos de Estudos;
Organização, realização e participações em Eventos;
Projetos de pesquisa.
x
Incubadora de Sonhos
Plano de ação - 1 ° semestre de 2014
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA;
Povoamento dos tanques-redes na Unidade Demonstrativa e respectivo processo de engorda;
Celebração de contratos entre doador e tomador visando a incubação de empreendimentos;
Celebração de contratos de incubação entre empreendimentos incubados e a UNIFESP;
Intensificar o contato e iniciar fechamento das encomendas para entrega do Bijupirá;
Identificação de área para instalação da Unidade Demonstrativa e seu Licenciamento Ambiental;
Processo de captação recursos para o “auxílio–incubação” aos futuros empreendedores;
Monitoramento de Editais para captação de recursos. Planejamento e
Avaliação
Identificação de áreas destinadas à aquicultura e seu licenciamento, considerando o público alvo;
Estudo para captação de recursos visando a sustentabilidade do projeto;
Reuniões semanais de Equipe. Ação
Socioambiental
Inicio para incubação efetiva dos primeiros empreendimentos;
Intensificar a articulações para criação da REDE ECOSOL da Baixada Santista;
Continuidade de reuniões com as comunidades socioambientalmente vulneráveis, visando fomentar o empreendedorismo solidário e a consolidação da REDE ECOSOL;
Promover o II Evento da Incubadora de Sonhos sobre Economia Solidária, apresentando as ações e perspectivas da incubadora ao público alvo e demais atores da ECOSOL na Baixada Santista.
Em aprovado o estudo de viabilidade, implantação do Curso periódico de capacitação em Economia Solidária e Curso permanente de capacitação de trabalho e renda em
xi
aquicultura na Incubadora de Sonhos. Formação
Estágio no NEPSSA/ Projeto Incubadora de Sonhos;
Reuniões temáticas para elevação da consciência em saúde socioambiental;
Grupos de Estudos;
Organização, realização e participações em Eventos;
Projetos de pesquisa.
xii
Incubadora de Sonhos
Plano de ação - 2 ° semestre de 2014
Gestão
Ações administrativas do NEPSSA; Balanço geral do Projeto concomitante com as atividades; Monitoramento de Editais para captação de recursos;
Processo de captação recursos para o “auxílio–incubação” aos futuros empreendedores;
Planejamento
e Avaliação
Processo de preparação do projeto para novo período; Reuniões semanais de Equipe;
Estudo para captação de recursos visando a sustentabilidade do projeto.
Ação
Socioambiental
Continuidade do processo de incubação de empreendimentos;
Produção e entrega do material técnico, manual sobre o processo de produção de alevinos e engorda;
Criação dos meios para formalização da REDE ECOSOL da Baixada Santista;
Reuniões com equipe da incubadora para confecção de textos científicos de economias sociais;
Elaboração e entrega do Relatório final;
Em aprovado o estudo de viabilidade, implantação do Curso periódico de capacitação em Economia Solidária e Curso permanente de capacitação de trabalho e renda em aquicultura na Incubadora de Sonhos.
Formação
Estágio no NEPSSA/ Projeto Incubadora de Sonhos;
Reuniões temáticas para elevação da consciência em saúde socioambiental;
Grupos de Estudos;
Organização, realização e participações em Eventos;
Projetos de pesquisa.
xiii
ANEXO II
Referências
01. ARNOLD, C.R., KAISER, J.B., HOLT, G.J. 2002. Spawning of cobia Rachycentron canadum
incaptivity. Journal of the World Aquaculture Society, pp 33, 205–208.
02. BRASIL. Decreto n. 7.357, de 17 de novembro de 2010. Dispõe sobre o Programa
‘Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares – PRONINC, e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Decreto/D7357.htm>. Acesso em: 03 out. 2010.
03. BRASIL. Lei n. 11.959, de 29 de junho de 2009. Dispõe sobre a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, regula as atividades pesqueiras,
revoga a Lei no 7.679, de 23 de novembro de 1988, e dispositivo do Decreto-Lei n.221, de 28
de fevereiro de 1967, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11959.htm>. Acesso em:
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04. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria Nacional de Economia Solidária.
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<http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/atribuicoes-da-secretaria-nacional-de-economia-
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05. BUSCHMANN, A.H., HERNÁNDEZ-GONZÁLEZ, M.C., ARANDA, C., CHOPIN, T., NEORI, A.,
HALLING, C., TROELL, M., 2008a. Mariculture waste management. Ecological Engineering, pp
2211-2217.
06. CHEN, S-C., KOU, R-J., WU, C-T., WANG, P-C., SU, F-Z. 2001. Mass mortality associated
with a Sphaerospora-like myxosporidean infestation in juvenile cobia, Rachycentron
canadum (L), marine cage cultured in Taiwan. Journal of Fish Diseases 24, 189-195.
07. CURY, A. Nunca desista de seus sonhos, São Paulo: Sextante, 2004. P. 76. Disponível em:
<http://bvespirita.com/Nunca%20Desista%20de%20Seus%20Sonhos%20(Augusto%20Jorge
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08. FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS. Programa Nacional de Incubadora de
Cooperativas Populares (PRONINC). Disponível em:
http://www.finep.gov.br/programas/proninc.asp. Acesso em: 23 out. 2011.
xiv
09. FRANKS, J.S., OGLE, J.T., LOTZ, J.M., NICHOLSON, L.C., BARNES, D.N., LARSEN, K.M., 2001.
Spontaneous spawning of cobia, Rachycentron canadum, induced by human chorionic
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Caribb. Fish. Inst. 52, 598–609.
10. GADOTTI, M. Economia solidária como práxis pedagógica. São Paulo: Instituto Paulo
Freire, 2009. Disponível em:
<http://www.paulofreire.org/pub/Crpf/CrpfAcervo000168/EdL_Economia_Solidaria_Como_
Praxix_Pedagogica_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 01 out. 2011.
11. IANNI, O.O declínio do Brasil Nação. Disponível em:
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12. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso em: 22 set. 2011.
13. KAISER, J.B.; HOLT, G.J. Species profile: Cobia. Southern Regional Aquaculture Center
Publication, number 7202. (http://www.ca.uky.edu/wkrec/Cobia.pdf), 2005.
14. LEAÑO, E.M., KU, C.C., LIAO, I.C., 2008. Diseases of cultured cobia (Rachycentron
canadum). The Seventh Symposium on Diseases in Asian Aquaculture, Taipei, Taiwan.
15. LIAO, I., JUANG T., TSIA W., HSUEH C., CHANG S. & LEANO E. 2004. Cobia culture in
Taiwan: current status and problems. Aquaculture 237,155-165.
16. MOREIRA, C. B., CANDIOTTO, F.B., ROMBENSO, A.N., SAMPAIO, L.A. TSUZUKI, M.Y.
Influência da frequência alimentar sobre os parâmetros zootécnicos do Bijupirá
(rachycentron canadum) cultivados em tanques-rede “nearshore”. 2010. Anais
AquapescaBrasil.
17. MOREIRA, C. B.; ROMBENSO, A. N.; MIRANDA-FILHO, KLEBER CAMPOS ; SAMPAIO, LUÍS
ANDRÉ. Efeito da taxa de arraçoamento, sobre os parâmetros zootécnicos do Bijupirá
Rachycentron canadum cultivados em tanques-rede near shore. In: 2da Conferencia
Latinoamericana sobre Cultivo de Peces Nativos, 2009, 2009, Chascomús. 2da Conferencia
Latinoamericana sobre Cultivo de Peces Nativos, 2009, 2009. p. 103-103.
18. NUNES, D. Incubação de Empreendimentos de Economia Solidária: Uma aplicação da
pedagogia da participação, Salvador: Annablume,2009.
xv
19. PLANO DE MANEJO, Parque Estadual Xixová-japuí. Disponível em:
http://www.fflorestal.sp.gov.br/media/uploads/planosmanejo/PE_XIXOVA-JAPUI/PEXJ-
Principal.pdf. Acesso em: 22 out. 2011
20. RESLEY, M.J., WEBB JR, K.A., HOLT, G.J. 2006. Growth and survival of juvenile cobia,
Rachycentron canadum, at different salinities in a recirculating aquaculture system.
Aquaculture 253, 398–407.
21. RODRIGUES, R.V., SCHWARZ, M.H., DELBOS, B.C., SAMPAIO, L.A., 2007. Acute toxicity and
sublethal effects of ammonia and nitrite for juvenile cobia Rachycentron canadum.
Aquaculture 271, 553-557.
22. ROMBENSO, A.N., CANDIOTTO, F.B., MOREIRA, C.B., ARAÚJO, A., GOMEZ, D.P., SAMPAIO,
L.A. 2011a. Viabilidade econômica de 12 e 18 meses do cultivo de Bijupirá em sistema
nearshore na costa do RJ – Brasil. Anais do Colacmar.
23. ROMBENSO, A.N., CANDIOTTO, F.B., MOREIRA, C.B., ARAÚJO, A., GOMEZ, D.P., SAMPAIO,
L.A. 2011b. Registro de doenças no cultivo de Bijupirá (rachycentron canadum) criados em
tanques-rede tipo “near shore”. Anais do Colacmar.
24. ROMBENSO, A. N.; MOREIRA, C. B.; ARAÚJO A.; SAMPAIO. Taxa de crescimento do
Bijupirá (Rachycentron candaum) cultivados em tanques-rede em sistema nearshore. In:
Aquaciência, 2010, Recife. AQUACIÊNCIA, 2010.v.1.
25. ROMBENSO, A. N.; MOREIRA, C. B.; MIRANDA-FILHO, KLEBER CAMPOS ; SAMPAIO, LUÍS
ANDRÉ . Avaliação da Performace de Juvenis de Bijupirá Cultivados em Tanque-Rede. In:
Congreso Brasileiro de oceanografia, 2010, Rio Grande. IV Congresso Brasileiro de
Oceanografia, 2010.
26. ROMBENSO, A. N.; MOREIRA, C. B.; MIRANDA-FILHO, KLEBER CAMPOS; SAMPAIO, LUÍS
ANDRÉ. Avaliação do crescimento de Bijupirá Rachycentron canadum alimentados com uma
dieta comercial e peixe fresco. In: 2da Conferencia Latinoamericana sobre Cultivo de Peces
Nativos, 2009, 2009, Chascomús. 2da Conferencia Latinoamericana sobre Cultivo de Peces
Nativos, 2009, 2009. p. 55-55.
27. ROMBENSO, A. N.; MOREIRA, C. B.; MIRANDA-FILHO, KLEBER CAMPOS; SAMPAIO, LUÍS
ANDRÉ . Efeito da frequência alimentar sobre o crescimento do Bijupirá em tanques-rede. In:
2da Conferencia Latinoamericana sobre Cultivo de Peces Nativos, 2009, 2009, Chascomús.
2da Conferencia Latinoamericana sobre Cultivo de Peces Nativos, 2009, 2009. p. 110-110.
xvi
28. ROSE, D. Seu futuro está em suas mãos. Revista Única, Cuiabá, n. 33,2011. Disponível em:
<http://www.revistaunicaonline.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1
06:seu-futuro-esta-em-suas-maos&catid=31:destaques-da-19o-edicao&Itemid=10>. Acesso
em: 24 out. 2011.
29. SAMPAIO, L.A., ROMBENSO, A.N., MOREIRA, C.B., MIRANDA-FILHO, K.C., 2011. Culture of
cobia Rachycentron canadum (L) in near-shore cages off the Brazilian coast. Aquaculture
Research 42, 832-834.
30. SAMPAIO, LUÍS ANDRÉ; ROMBENSO, A. N.; MOREIRA, CAUÊ BONUCCI; MIRANDA-FILHO,
KLEBER CAMPOS. Crescimento de juvenis do Bijupirá Rachycentron canadum cultivados em
tanque-rede na costa do rio de janeiro brasil. In: 2da Conferencia Latinoamericana sobre
Cultivo de Peces Nativos, 2009, 2009, Chascomús. 2da Conferencia Latinoamericana sobre
Cultivo de Peces Nativos, 2009, 2009. p. 44-44.
31. SANCHES, E.G.; VON SECKENDORFF, R.W., HENRIQUES, M.B.; FAGUNDES, L., SEBASTIANI,
E.F., 2008. Viabilidade econômica do cultivo do Bijupirá. Informações Econômicas 38, 42-51.
32. SANTOS, A. L. G.; FURLAN S. A., Manguezais da Baixada Santista, São Paulo – Brasil: uma
bibliografia. Disponível em: <http://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema3/ana_lucia>.
Acesso em: 01 set. 2011.
33. SCHWARZ, M.H., 2004. Fingerlings production still bottleneck for cobia culture. Global
Aquaculture Advocate 7 (1), 40-41.
34. SHAFFER, R.V.; NAKAMURA, E.L. Synopsis of biological data on the cobia Rachycentron
canadum (Pisces: Rachycentridae). Washington, D.C.: FAO Fisheries Synopsis. 153 (National
Marine Fisheries Service/S 153), U.S. Department of Commerce, NOAA Technical Report,
National Marine Fisheries Service 82, 1989.
35. SINGER, P. Introdução à Economia solidária. São Paulo: Fundação Abramo, 2002.
36. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, UNIFESP, Campus Baixada Santista – Disponível
em: http://www.baixadasantista.unifesp.br/. Acesso em: 22 out. 2011
37. WEBB JR., K.A., HITZFELDER, G.M., FAULK, C.K., HOLT, G.J. 2007.Growth of juvenile cobia,
Rachycentron canadum, at three different densities in a recirculating aquaculture system.
Aquaculture 264, 223-227.
xvii
ANEXO III
Economia Solidária
A Economia Solidária no Brasil teve um notável crescimento por volta dos anos noventa em
função da expansão neoliberal que resultou em significativo ataque aos direitos duramente
conquistados pela classe trabalhadora. A globalização neoliberal contribuiu para que o país
quebrasse as últimas resistências ao “capitalismo transnacional”, favorecendo a abertura do
mercado, e com isso as privatizações, a aquisição de empresas nacionais por empresas
transnacionais e a consequente fragilização da estrutura local das relações de trabalho, bem
como de toda cadeia de produção e reprodução social. Assim, o fenômeno da “Questão
Social” tem se intensificado em âmbito local e global.
Como resposta às condições de precarização ou perda de postos no “mercado de trabalho” e
a impossibilidade de inclusão na economia tradicional, a classe excluída, desenvolveu outras
formas de economia, num movimento contínuo que surge a partir das camadas populares e
tende a crescer rumo ao seu protagonismo no campo econômico, destacando-se nesta
perspectiva a Economia Solidária (ECOSOL).
A ECOSOL é uma economia onde se busca a prática da autogestão, da cooperação, da
solidariedade, da produção e do consumo consciente, do desenvolvimento verdadeiramente
humano e sustentável, da apropriação e da socialização dos meios de produção. Uma
economia onde o homem é o centro, a razão de fazer economia no sentido de “administrar a
casa”.
Na ECOSOL as palavras como lucro e salário tendem a desaparecer, posto que, toda a receita
obtida através deste tipo de produção, custo, distribuição e formas de investimentos, são
decididas democraticamente entre os trabalhadores de maneira socializada e solidária.
Entendendo que esta prática de autogestão democrática traz consigo a possibilidade de
mudança na participação politica dos trabalhadores.
Na medida em que os meios de produção são socializados, nesta economia, as retiradas em
espécie pelos associados devem ser divididas por igual, salvo em alguns casos peculiares e
por decisão coletiva, decidida em assembleias. Trabalhar e viver de forma cooperativa, em
que todos os processos de produção são de conhecimento teórico e prático de todos os
participantes é uma das características da ECOSOL.
Sinteticamente a Economia Solidária permite ao homem a possibilidade de optar entre a
alternativa de permanecer na economia capitalista tradicional ou em uma economia que
xviii
promove o desenvolvimento humano sustentável, elevando a consciência socioambiental,
no plano individual e na vida social, à medida que preconiza a valorização da vida humana
em todas as suas dimensões. E como sabiamente diz Moacir Gadotti em seu livro “Economia
Solidária como Práxis Pedagógica”:
“O espírito da economia solidária é empoderar as pessoas pela
dissolução do poder nelas, em todos e todas... Empoderar não é
“ter mais” poder individual, mas reinventar o poder, conquistar
mais autonomia, “ser mais”, como dizia Paulo Freire”.
É nesta perspectiva conceitual que o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde
Socioambiental (NEPSSA) implantará a Incubadora de Sonhos no âmbito da Universidade
Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista, que fomentará o desenvolvimento de
empreendimentos voltados à Economia Solidária e da Rede Social, visando difundir os
conceitos e preparar campo para comercialização de produtos oriundos de
empreendimentos de Economia Solidária na Baixada Santista.
xix
ANEXO IV
Papéis dos Profissionais Envolvidos
Coordenador Geral
Membro da Coordenação Geral do Projeto. A função será exercida pelo Coordenador do
Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde Socioambiental (NEPPSA), ou por
membro deste Núcleo, por ele indicado.
Assistente Social
Articulação com a comunidade local do território onde estará localizado o projeto;
Coordenar ações de reconhecimento do território e seus moradores;
Identificar potenciais participantes do projeto;
Incentivar a criação de parcerias com os grupos da comunidade;
Realizar reuniões de aproximação dos membros do projeto com a comunidade local;
Estabelecer estratégias para implantação da ECOSOL na equipe;
Contribuir para a constituição da equipe interdisciplinar;
Supervisionar os estagiários da área de Serviço Social.
Biólogos
Implantação de estrutura para o funcionamento do laboratório de reprodução de espécies marinhas em todas as suas fases, conforme o item 7.3;
Supervisionar os estagiários da área de Biologia;
Produção de conteúdos para elaboração de manuais para funcionamento do laboratório;
Produção de conteúdos para elaboração de cartilhas de engorda e preparação do pescado
para comercialização;
Viabilização dos licenciamentos para consecução das atividades.
Facilitadores da Incubadora:
Tratar da administração e organização geral da Incubadora;
Articulação interinstitucional;
Preparação Reuniões e Eventos;
xx
Viabilização dos registros e licenças para consecução das atividades;
Acompanhar cronogramas de implantações e projetos;
Assessoramento em ECOSOL aos Empreendimentos Incubados;
Atuar na captação de recursos para viabilização da continuidade do Projeto;
Apoiar todas as atividades e ações para a consecução dos projetos;
Outras atividades afins para implantação e manutenção da incubadora e da construção da
cadeia produtiva de aquicultura.
Facilitadores de Campo:
Apoiar a administração do laboratório;
Promover a articulação entre Incubadora e empreendimento incubado;
Viabilizar articuladamente a consecução dos projetos de pesquisas;
Preparação do manual e cartilhas de produção para publicação;
Apoiar as atividades de implantação do laboratório e da Incubadora;
Viabilização dos licenciamentos para consecução das atividades;
Apoiar no assessoramento em ECOSOL aos Empreendimentos Incubados;
Apoiar na captação de recursos para viabilização da continuidade do Projeto;
Apoiar todas as atividades e ações para a consecução dos projetos;
Outras atividades afins para implantação e manutenção da incubadora e da construção da
cadeia produtiva de aquicultura.
Facilitadores Comunitários:
Apoiar a Incubadora de Sonhos no contato, atuando como articulador junto a comunidade
(duas lideranças), visando aproximar a universidade das comunidades de pescadores
artesanais e apoiar as intervenções em outras comunidades e populações.
Assistentes de Produção
Realizar todas as operações necessárias para o funcionamento do laboratório de produção
de alevinos;
Auxiliar na assistência técnica para engorda e crescimento de alevinos;
Realizar todas as tarefas para manutenção do ferramental, equipamentos e estrutura do
laboratório e aquelas solicitadas e supervisionada pela coordenação.
Ajudante Geral
Promover as atividades de manutenção e limpeza que lhe forem designadas.
xxi
Contador
Elaborar o livro caixa, publicação mensal da receita e despesas, o balanço patrimonial e
financeiro e promover todas as obrigações fiscais e sociais inerentes à atividade, auditáveis
pelo TCU e CGU, prestação de contas ao Ministério Público Federal, de acordo com a
legislação relativa as despesas públicas.
Estagiários
Realizar todas as atividades relativas à sua formação profissional obedecendo às legislações
específicas
Dar suporte a todas as atividades da Incubadora e do laboratório
xxii
ANEXO V
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 7.357, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2010.
Dispõe sobre o Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares – PRONINC, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI,
alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1o O Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares – PRONINC
será implementado de forma integrada pelos diversos órgãos do Governo Federal
responsáveis pela execução de ações voltadas à geração de trabalho e renda, por meio de
ações de economia solidária.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:
I – empreendimentos econômicos solidários: organizações de caráter associativo que realizam atividades econômicas, cujos participantes sejam trabalhadores do meio urbano ou rural e exerçam democraticamente a gestão das atividades e a alocação dos resultados;
II – incubação de empreendimentos econômicos solidários: conjunto de atividades sistemáticas de formação e assessoria que abrange desde o surgimento até a conquista de autonomia organizativa e viabilidade econômica dos empreendimentos econômicos solidários; e
III – incubadoras de cooperativas populares: organizações que desenvolvem as ações de incubação de empreendimentos econômicos solidários e atuem como espaços de estudos, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias voltadas para a organização do trabalho, com foco na autogestão.
Art. 2o O PRONINC tem por finalidade o fortalecimento dos processos de incubação de
empreendimentos econômicos solidários e buscará atingir os seguintes objetivos:
I – geração de trabalho e renda, a partir da organização do trabalho, com foco na autogestão e dentro dos princípios de autonomia dos empreendimentos econômicos solidários;
xxiii
II – construção de referencial conceitual e metodológico acerca de processos de
incubação e de acompanhamento de empreendimentos econômicos solidários pós-
incubação;
III – articulação e integração de políticas públicas e outras iniciativas para a promoção
do desenvolvimento local e regional;
IV – desenvolvimento de novas metodologias de incubação de empreendimentos
econômicos solidários articuladas a processos de desenvolvimento local ou territorial;
V – formação de discentes universitários em economia solidária; e
VI – criação de disciplinas, cursos, estágios e outras ações, para a disseminação da
economia solidária nas instituições de ensino superior.
Art. 3o O Comitê Gestor do PRONINC, coordenado pela Secretaria Nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, será composto por um
representante, titular e suplente, dos seguintes órgãos e entidades:
I – Ministério do Trabalho e Emprego; II – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; III – Ministério da Saúde; IV – Ministério da Educação; V – Ministério da Cultura; VI – Ministério da Justiça; VII – Ministério do Turismo; VIII – Ministério da Pesca e Aquicultura; e IX – Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.
§ 1o Serão convidados a participar do Comitê Gestor representantes das seguintes
entidades:
I – Banco do Brasil S.A.;
II – Fundação Banco do Brasil;
III – Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas;
IV – Comitê de Entidades de Combate à Fome e Pela Vida;
V – Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares;
VI – Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho – UNITRABALHO; e
xxiv
VII – Rede de Gestores Governamentais de Políticas Públicas de Economia Solidária.
§ 2o O Comitê Gestor definirá o seu funcionamento mediante regimento interno, a ser
aprovado pela maioria absoluta de seus membros, e reunir-se-á periodicamente, por meio
de convocação do seu coordenador.
§ 3o O Comitê Gestor poderá convidar para participar das reuniões representantes de
outros Ministérios, de instituições públicas e da sociedade civil.
§ 4o Os membros do Comitê Gestor e seus respectivos suplentes serão indicados pelos
titulares dos órgãos e entidades representados e designados pelo Ministro de Estado do
Trabalho e Emprego.
§ 5o A participação dos membros do Comitê Gestor é considerada serviço público
relevante e não será remunerada.
Art. 4o As despesas necessárias ao funcionamento do Comitê Gestor, bem como as
decorrentes da execução dos projetos advirão das dotações orçamentárias próprias
consignadas anualmente nos orçamentos dos órgãos e entidades envolvidos no PRONINC,
observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da programação
orçamentária e financeira anual.
Art. 5o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 17 de novembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Fernando Haddad Carlos Lupi José Gomes Temporão Márcia Helena Carvalho Lopes João Luiz Silva Ferreira Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho Altemir Gregolin
xxv
ANEXO VI
Imagens do Laboratório de Ilha Bela
(Similar ao previsto no presente Projeto)
Visita ao Laboratório de Cláudia Kerber em Ilha Bela realizada em 06.09.2011
Visita ao Laboratório de Cláudia Kerber em Ilha Bela realizada em 06.09.2011
xxvi
Visita ao Laboratório de Cláudia Kerber em Ilha Bela realizada em 06.09.2011
Visita ao Laboratório de Cláudia Kerber em Ilha Bela realizada em 06.09.2011
xxvii
Visita ao Laboratório de Cláudia Kerber em Ilha Bela realizada em 06.09.2011
Visita ao Laboratório de Cláudia Kerber em Ilha Bela realizada em 06.09.2011
xxviii
Tanques Redes – Para Engorda de Peixes
“Tanque Rede” - Fonte: http://images02.olx.com.br/ui/3/05/39/60379639_1.jpg
“Tanque Rede” - Fonte: http://www.engepesca.com.br/images/img_tanque_rede_01.jpg
“Tanques Redes” - FONTE: http://www.carlosbritto.com/wp-content/uploads/unidade-de-tanque-
rede-da-estacao1.jpg
xxix
ANEXO VII - Alternativa para Liberação dos Recursos em Duas Parcelas Atendendo a discussão realizada em 15/12/2011, o grupo estudou a alternativa para liberação de recurso financeiro em duas parcelas, sendo a segunda parcela liberada onze meses após a primeira.
xxx
ANEXO VIII
Elaboração e Execução do Projeto
UNIFESP – NEPSSA – ACPO
Área do Serviço Social em Saúde Socioambiental Silvia Maria Tagé Thomaz [email protected] - (13) 9747-0000 Jeffer Castelo Branco [email protected] – (13) 8817-2440 Rafaela Rodrigues da Silva [email protected] - (13) 8822-3695 José Carlos Varella Junior [email protected] - 13) 8822-1863 Christiane Magali Bueno de Almeida [email protected] - (13) 7810-1075 Área Biológica e Zootecnia Cauê Bonucci Moreira [email protected] - (11) 8120-0971 Fernanda Braz Candiotto [email protected] – (11) 8301-1404 Área Química e Saúde Ambiental Marcio Antonio Mariano da Silva [email protected] - (13) 9732-6124
xxxi
COOPERAÇÃO
Na Elaboração e Consecução do Projeto CCMA – GQUAL
Área Ambiental, Ciências do Mar Augusto Cesar [email protected] - (13) 91910060 Rodrigo Brasil Choveri [email protected] - (13) 8117-7655 Área Qualidade de Alimentos Elke Stedefeldt [email protected] - (11) 8201-6468 Diogo Thimoteo da Cunha [email protected] - (13) 9754-6479 Vanessa Dias Capriles [email protected] - (11) 8316-4066 Veridiana Vera de Rosso
APOIO
Na fase de Elaboração do Projeto
Serviço Social - UNIFESP Thalyta Generoso Sérgio Miguel Alcântara Serviço Social - UNISANTOS Lourdes Santo de Lima