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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE – UNIBAVE FARMÁCIA DANIELE STEIN DO NASCIMENTO HELOISA CAETANO MICHELS LETÍCIA SCHURHOFF HEIDEMANN MARIA APARECIDA SILVA MAYRA VOSS MILENA RECHIA SAVI MONDE ROSANGELA MORGAN SCHEPER THAISE RIBEIRO CARDOSO VALESKA KOCH PROJETO INTEGRADOR Hortelã-pimenta / Menta Pepirita

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CENTRO UNIVERSITRIO BARRIGA VERDE UNIBAVEFARMCIADANIELE STEIN DO NASCIMENTOHELOISA CAETANO MICHELSLETCIA SCHURHOFF HEIDEMANNMARIA APARECIDA SILVAMAYRA VOSSMILENA RECHIA SAVI MONDEROSANGELA MORGAN SCHEPERTHAISE RIBEIRO CARDOSOVALESKA KOCH

PROJETO INTEGRADORHortel-pimenta / Menta Pepirita

ORLEANS2015DANIELE STEIN DO NASCIMENTOHELOISA CAETANO MICHELSLETCIA SCHURHOFF HEIDEMANNMARIA APARECIDA SILVAMAYRA VOSSMILENA RECHIA SAVI MONDEROSANGELA MORGAN SCHEPERTHAISE RIBEIRO CARDOSOVALESKA KOCH

PROJETO INTEGRADORMenta

Projeto intregador apresentado as disciplinas de Farmcia Homeoptica, Farmacoteraputica e Quimica Farmaceutica II, da 7 fase do Curso de Farmcia, do Centro Universitrio Barriga Verde UNIBAVE, sob orientao dos professores Fbio Bianco, Alexandre Peccinini e Andressa Gazola.

ORLEANS 2015SUMRIO

INTRUDUO51DESCRIO BOTNICA61.1PARTE UTILIZADA61.2PRINCPIOS ATIVOS62FARMACOLOGIA62.1INDICAO62.2CONTRA-INDICAES72.3REAES COLATERAIS72.4INTERAES72.5CONSIDERAES FARMACUTICAS72.6MECANISMO DE AO E ATIVIDADE72.7TOXICIDADE93REAO ESTRUTURA0-ATIVIDADE10REFERNCIAS11

INTRUDUO

Uma das plantas mais conhecidas da medicina popular e que sempre interesse de pesquisadores e produtores a menta. O Brasil, seguido pelo Paraguai, foi um dos principais produtores mundiais de Mentha spp (ADJUTO, 2008). A hortel uma planta herbcea da famlia Lamiaceae com inmeras variedades cultivadas. originria da sia, atualmente cultivada em todo o mundo (JNIOR. LEMOS, 2012). A Mentha piperita L., conhecida como hortel, hortel pimenta, menta e hortel apimentada, uma erva aromtica, de mais ou menos 30 cm de altura e semiereta, cujos ramos variam do verde escuro ao roxo purpreo e as folhas so elptico-acuminadas, denteadas e pubescentes (Lorenzi & Matos, 2002). A menta piperita um hdrico de M. viridis e M. aqutica, muito perfumada, com folhas de base arredondada, agudas e serrilhadas. As flores violceas renem-se em verticulos e so pedunculadas e com pequenas brcteas. (MORGAN, 2003). Planta de 30 a 60 cm, ligeiramente aveludada. Haste erecta, quadrangular, avermelhada, ramosa. Ramos erectos e opostos, folhas opostas, curtamente pecioladas, oval-alongadas, lanceoladas ou acuminadas, serreadas, algo pubescentes. Flores violceas, numerosas, curtamente pedunculadas, reunidas em verticilos separados e formando, na extremidade dos hastes, espigas obtusas, curtas, ovoides, assaz cerradas, munidas de brcteas na base. Clice gamosspalo, tubuloso, de 5 dentes iguais. Corola gamoptala, infundibuliforme: limbo de 4 lobos, sendo o superior algo maior. O fruto constitudo por 4 aqunios (BALBACH, 2015).

1. DESCRIO BOTNICA

ReinoPlantae

DivisoMagnoliophyta

ClasseMagnoliopsida

OrdemLamiales

FamliaLamiaceae

SubfamliaNepetoideae

GneroMentha

Fonte: MORGAN, 2003.1.1 PARTE UTILIZADASo utilizadas folha e sumidades floridas.1.2 PRINCPIOS ATIVOSPiperone; -mentona (8-10%); menta-furano (1 2%); metilacelato; pulegona; cineol (6 8%); limoneno; jasmone; princpio amargo; vitaminas C e D; nicotinamida traos; terpenos; cetonas; taninos; sesquiterpenos: cariofileno, bisabolol; flavonides: mentoside, isoroifolina, luteolina; leo essencial 0,7 a 3% que contm mentol (40 a 60%); cidos p-cumarnico, ferlico, cafeico, clorognico, rosmarnico e outros incluindo carotenides, colina, betana e minerais.

2 FARMACOLOGIA2.1 INDICAO

Fadiga geral, atonia digestiva, gastralgias, clicas, flatulncias, vmitos durante a gravidez; intoxicaes de origem gastrintestinal, afeces hepticas, palpitaes, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crnica (favorece a expectorao), sinusite, dores dentrias (bochechos), nevralgias faciais provocadas pelo frio.2.2 CONTRA-INDICAES contra indicado o uso da essncia para lactentes. Pessoas que possuem clculos biliares s devem empregar a planta com aconselhamento.2.3 REAES COLATERAISO mentol em crianas de pouca idade e lactentes pode levar a dispnia e asfixia. A essncia irrita a mucosa ocular (conjuntiva). Em pessoas sensveis pode provocar insnia. 2.4 INTERAESEm conjunto com a camomila pode aumentar a atividade antiespasmdica e lenitiva. Esta associao recomendada principalmente para lactentes e crianas. Pode ser associado ainda com sabugueiro e mileflio.2.5 CONSIDERAES FARMACUTICASEvitar utilizar a essncia em doses superiores a 0,30g/dia. 2.6 MECANISMO DE AO E ATIVIDADE

Mentha piperita, da famlia Lamiaceae (Labiatae), reconhecida como menta, menta verdadeira, hortel e peppermint (ingls), uma planta rica em leo essencial. O leo produzido na ndia, China, Inglaterra, EUA e Brasil, mas sua origem inglesa, sendo extrado das folhas semi-secas, atravs da destilao a vapor. O leo essencial, que possui aroma mentolado, balsmico e fresco, constitudo principalmente do mentol, mentona, cineol. Este leo essencial possui forte propriedade anti-sptica. leos essencias de diversas espcies de Mentha sp foram avaliadas in vitro quanto a sua atividade antimicrobiana e antioxidante). Segundo este estudo, todos os leos testados apresentaram forte atividade antibacteriana, em particular contra Escherichia coli, sendo que o leo de Mentha piperita foi o mais ativo, inclusive contra cepas multiresistentes. Ainda no mesmo estudo, comprovou-se que o leo de Mentha piperita apresentou atividade antifngica e tambm exibiu alta atividade sequestrante de radicais livres, reduzindo a gerao do radical hidroxila (-OH), quando utilizado o leo puro. O leo de hortel-pimenta foi utilizado no tratamento de transtornos digestivos, melhorando os sintomas abdominais em pacientes com sndrome do clon irritvel, quando aplicado durante quatro semanas. Quando inalado, o leo essencial de Mentha piperita foi eficiente no tratamento de distrbios respiratrios, inclusive tuberculose pulmonar, quando combinado com outras drogas. O leo de hortel pimenta um estimulante do SNC, aumentando o estado de alerta e inibindo o sono em adultos jovens, quando inalado. Tambm apresentou atividade analgsica com reduo na sensibilidade da dor de cabea quando administrado em seres humanos atravs de aplicaes em regies da cabea (testa). Na Esttica, o leo essencial de hortel-pimenta recomendado para problemas de pele como acne e dermatites. Tambm pode ser utilizado como estimulante da circulao local, especialmente em casos de lipodistrofia ginide e varizes. O leo essencial de hortel pimenta deve ser usado apenas quando diludo, em concentrao menor que 1%, sempre sob orientao de um profissional habilitado. Gestantes e recm-nascidos no devem fazer uso do leo. O uso durante a noite deve ser evitado pois pode causar insnia (NEUWIRTH, et al 1996). Ensaios realizados no Laboratrio de Fitopatologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no perodo de novembro de 2007 a abril de 2008, foram preparados extratos vegetais no prprio laboratrio, a partir de plantas coletadas junto ao Horto de Plantas Medicinais da UFGD e de produtores locais. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com 11 tratamentos e 10 repeties, para cada ensaio. Entre os extratos analisados encontra-se a Hortel, Mentha Piperita, sendo que em relao ao crescimento micelial, foi constatada atividade antifngica demonstrando potencial no controlede Botrytis cinerea Persex Fries. (VENTUROSO, et mal 2011). Segundo MORGAN, a mentha apresenta propriedades estimulante, antiespasmdica e anestsica. A essncia produz efeitos custicos sobre a pele e as mucosas, e quando diluda em gua, deixa na boca a sensao de frescor agradvel. Em uso interno, atua como carminativa e estomquina, ativando o apetite e facilitando a digesto. Atua tambm, como analgsico, acalmando as dores gstricas e intestinais. Tambm contribui para diminuir a exaltao dos reflexos de todo o tipo e acalmar as nevralgias, estimula e desinfeta a blis. Usa-se a hortel contra a dispepsia atnica, a gastralgia e a enteralgia, a anorexia e o eretismo nervoso. (MORGAN, 2003).2.7 TOXICIDADE

Apesar das variadas indicaes da mentha piperita, muitos desconhecem o fato de que elas podem aprsentar toxicidade tanto para o homen quanto para os animais, quando usada de forma incorreta. O estudo da organografia das plantas e uma das formas de reduzir acidentes toxicolgicos porque a identificao correta evita a utilizao de uma planta semelhante mais com princpios ativos diferentes. (JUNIOR, et al 2013)Foram feitos diversos estudos em ratos. Quando administrado leo at a dose de 10mg/Kg de peso, no foram observados efeitos adversos. Com dose acima de 40mg/Kg, foram observadas leses na massa branca do cerebelo e, aps estudo prolongado (90 dias), formaes csticas na massa branca cerebelar, alm de formaes hialinas em tbulos renais. Administrando mentol, acima de 200mg/Kg, por 4 semanas, encontrou-se aumento do peso do fgado, assim como vacuolizao dos hepatcitos. Quando administrada pulegona, por 28 dias, acima de 80mg/Kg, houve atonia, perda de peso corporal, diminuio da creatinina, e alteraes histopatolgicas em fgado e tambm na massa branca do cerebelo, mas nenhuma alterao foi observada com dose abaixo de 20mg/Kg. J se oferecida mentona, em doses de 200, 400 e 800mg/Kg, por 4 semanas, houve diminuio da creatinina, aumento da fosfatase alcalina, e essas alteraes foram dose-dependentes; s com as maiores doses tambm se observou aumento das bilirrubinas e tambm aumento de peso de fgado e bao, bem como alterao antomo-patolgica do cerebelo. Com limoneno e com cineol (respectivamente 800 e 1600mg/Kg e 500 e 100mg/Kg) houve acmulo de gotas de protena contendo -globulina nos tbulos proximais.O uso cosmtico de Mentha piperita considerado seguro, desde que haja menos de 1% de pulegona. Mentol avaliado como de muito baixa toxicidade, porm sua absoro alta, por todas as vias, alm de favorecer a absoro de outros compostos, portanto devendo levar-se em considerao a composio do produto utilizado, a fim de calcular o risco desses outros compostos. A probabilidade de reaes alrgicas a menta ou a seus compostos baixa, tanto por uso tpico, como sistmico.Descreveu-se atividade estimulante de FSH e LH, e tambm decrscimo de testosterona, em ratos cuja gua foi substituda por ch de hortel. No tecido testicular, houve retardo da maturao dos tbulos seminferos. Os autores alertam que esse efeito deve ser considerado no tratamento dos casos de infertilidade humana20. O estudo mereceu comentrio editorial, pondo em relevo o fato de ser o primeiro relato do tipo, e confirmando a preocupao dos autores.A Comisso E recomendou cuidado na administrao de leo de Mentha em casos de refluxo gstrico, hrnia de hiato ou clculos renais, contraindicando seu uso a pessoas com problemas de vescula biliar e hepticos, apesar de at o momento no haver indicaes de toxicidade crnica em humanos. (FURLAN, 2013)3 REAO ESTRUTURA0-ATIVIDADE

CH3 no C4 essencial para a ao antibacteriana; Anel essencial para a atividade;

OH em C2 deixa-o mais ativo para a ao antibacteriana; Metila em C1 confere ao anti-inflamatria e antiespasmdica.

REFERNCIAS

ADJUTO, E. N. P. Caracterizao morfolgica e do leo essencial de seis acessos de hortelanzinho (Mentha spp). 2008. 79 p. Dissertao de mestrado em Cincias Agrarias. Brasilia DF. 2008. BALBACH, A. As plantas curam. Hemus livraria, distribuidora e editora. 1a edio, revista e modificada, So Paulo. 2015, 411 p.FURLAN, M. R. Quintais mortais. Mais sobre Mentha Piperita. Disponvel em: < http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2013/01/mais-sobre-mentha-piperita.html>. Acesso em: 08 maio 2015JNIOR, H. P. L.; LEMOS, A. L. A. Hortel. Diagn Tratamento. So Paulo, v. 3, n. 17, p. 115-117. 2012.JUNIOR, R. F. et al. Aspectos da organografia da Mentha piperita L., e suas indicaes teraputicas. Artigo 64 Congresso Nacional de Botnica do Instituto Federal de educao, cincia e tecnologia do Par. Belo Horizonte, 2013. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. 512p.MORGAN,R. Enciclopdia das ervas e plantas medicinais, doenas aplicaes descrio propriedades. 9a edio 2003 Brasil, 555 p.NEUWIRTH, A.; CHAVES, A. L. R.; BETTEGA, J. M. R. Propriedades dos leos essenciais de cipreste, lavanda e hortel-pimenta. 13p. Artigo cientfico do curso de tecnologia em cosmetologia e esttica da universidade do Vale do Itaja (UNIVALI). Santa Catarina, 1996.OLIVEIRA, P.D.L, Aplicao combinada de quitosana e leo essencial de mentha piperita l. no controle de fungos patgenos ps-colheita. Trabalho de Concluso de Curso, Universidade Federal da Paraba, Joo Pessoa, 2014.VENTUROSO, L. R. et al. Atividade antifngica de extratos vegetais sobre o desenvolvimento de fitopatgenos. Artigo do curso de cincias agrarias da universidade federal da Grande Dourados. V.37. p18-23. . Mato Grosso do Sul, 2011.