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PROJETO INTEGRADOR TEMA ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE DO ACESSO DA ENTRADA OESTE À COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL: UM ENFOQUE NA SINALIZAÇÃO PROF. DR. JOSÉ VICENTE MOREIRA PROF. DR. LUCIANO NASCIMENTO PROF. Ms. SOLANGE DELGADO MOREIRA Davi de Sousa Moura 1220210376 Hugo Evangelista de Brito 1220210230 Jeyson Jayan Ferreira de Medeiros - 1220210329 João Soares Farias Neto 1220210241 José Gustavo da Silva Marcolino 1220210082 João Pessoa, Maio de 2013 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL

Projeto Integrador_Acessibilidade e Mobilidade (PDF)

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Trabalho que fala sobre a importância da acessibilidade

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  • PROJETO INTEGRADOR

    TEMA

    ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE DO ACESSO DA ENTRADA OESTE COORDENAO DE ENGENHARIA CIVIL: UM ENFOQUE

    NA SINALIZAO

    PROF. DR. JOS VICENTE MOREIRA

    PROF. DR. LUCIANO NASCIMENTO

    PROF. Ms. SOLANGE DELGADO MOREIRA

    Davi de Sousa Moura 1220210376 Hugo Evangelista de Brito 1220210230 Jeyson Jayan Ferreira de Medeiros - 1220210329 Joo Soares Farias Neto 1220210241 Jos Gustavo da Silva Marcolino 1220210082

    Joo Pessoa, Maio de 2013

    CENTRO UNIVERSITRIO DE JOO PESSOA

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

    COORDENAO DE ENGENHARIA CIVIL

  • 1

    SUMRIO INTRODUO ............................................................................................................ 3

    JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 4

    OBJETIVOS ................................................................................................................ 4

    OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 4

    OBJETIVOS ESPECFICOS .................................................................................... 4

    ACESSIBILIDADE ....................................................................................................... 5

    LEGISLAES E NORMAS .................................................................................... 6

    DEFICINCIAS ........................................................................................................ 8

    ACESSIBILIDADE NO CONTEXTO DA CONSTRUO CIVIL .............................. 9

    SINALIZAO ............................................................................................................. 9

    FORMAS DE SINALIZAO ................................................................................. 10

    SINALIZAO VISUAL ...................................................................................... 10

    SINALIZAO TTIL ......................................................................................... 10

    SINALIZAO SONORA ................................................................................... 11

    TIPOS DE SINALIZAO ..................................................................................... 12

    PERMANENTE .................................................................................................. 12

    DIRECIONAL ..................................................................................................... 12

    DE EMERGNCIA ............................................................................................. 12

    TEMPORRIA ................................................................................................... 12

    APRESENTAO DO CAMPO DE ESTUDO ........................................................... 13

    METODOLOGIA CIENTFICA ................................................................................... 14

    APRESENTAO E DISCUSSO DOS DADOS ..................................................... 15

    CONCLUSO ............................................................................................................ 18

    BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 19

  • 2

    LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Piso Ttil ................................................................................................... 10 Figura 2 - Mapa Ttil ................................................................................................. 11 Figura 3 - Campus Unip .......................................................................................... 13 Figura 4 - Entrada Oeste ........................................................................................... 15 Figura 5 - Abertura na Calada ................................................................................. 16 Figura 6 - Toten do Bloco F ....................................................................................... 17

  • 3

    INTRODUO

    A autonomia e a segurana para adentrar e utilizar os espaos pblicos e

    privados um direito concedido a todo cidado. O livre acesso dos indivduos, em

    todos os lugares deve ser possibilitado pela conscientizao da necessidade de

    mudana na forma de projetar as construes e de adapt-las. Neste contexto, a

    engenharia deve respeitar os critrios de mobilidade, partindo-se da compreenso de

    uma sociedade diversificada.

    Partindo desse pressuposto, sabe-se que o acesso livre e autnomo para todos

    os usurios ainda se desenrola a passos pequenos no Brasil, mesmo com o advento

    da legislao e normas vigentes. Esta situao se agrava ainda mais quando se trata

    de espaos escolares, pois, refora o carter excludente da educao que vai de

    encontro ao to proferido discurso da incluso. fcil a identificao de escolas onde

    o acesso ainda deficitrio e, por vezes, impossvel para aqueles que possuem

    alguma deficincia.

    Pessoas com algum tipo de deficincia sensorial, cognitiva, fsico-motora ou

    mltipla enfrentam diariamente dificuldades para obter informaes, deslocar-se,

    comunicar-se e utilizar equipamentos pblicos, ainda que tenham o direito

    igualdade, sem nenhuma forma de discriminao.

    Invariavelmente, um ambiente e seu projeto de sinalizao, quando bem

    desenvolvidos devem atender a todo tipo de usurios. A adaptao de ambientes para

    torn-los acessveis uma tarefa que deve ser feita por todos, principalmente nos

    ambientes de grande movimentao como o Campus da UNIP.

    Assim, esse projeto tem como objetivo analisar a qualidade da acessibilidade

    no tocante a sinalizao do UNIP, tomando como campo de estudo o acesso da

    entrada oeste at o bloco de Engenharia Civil.

  • 4

    JUSTIFICATIVA

    A intensificao de elementos circulares no Campus da UNIP, devido ao

    aumento crescente no nmero de alunos e, consequentemente, de professores e

    funcionrios, fazem com que as preocupaes referentes acessibilidade e

    mobilidade no Campus sejam revistos.

    Nesse contexto, uma boa sinalizao essencial para a garantia de uma boa

    mobilidade, garantindo que todos os tipos de usurios tenham melhor acesso ao

    Campus e que esse seja feito de forma igualitria.

    OBJETIVOS OBJETIVO GERAL

    Fazer uma anlise da acessibilidade da rea da entrada oeste ao bloco de

    Engenharia Civil do Campus da UNIP com o foco especfico na sinalizao da

    mesma.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Fazer uma reviso de literatura sobre o tema Acessibilidade;

    Observar o trecho discriminado atravs de pesquisa de campo;

    Descrever os pontos fortes e fracos quanto sinalizao da rea definida;

    Discutir e sugerir (se for o caso) melhorias na sinalizao da rea.

  • 5

    ACESSIBILIDADE

    Acessibilidade de forma simplificada significa acesso. Um ambiente acessvel

    seria ento um ambiente onde possvel o acesso.

    Quando se fala ou pensa em acessibilidade, normalmente o foco dessa

    acessibilidade est voltado para os deficientes fsicos e suas respectivas

    necessidades como rampas de acesso, dentre outros. Quando se pensa na

    acessibilidade em escolas, faculdades e instituies de ensino, de modo geral o

    pensamento sobre acessibilidade no muda muito, mas sempre pensando na

    facilidade de acesso para todos. Acessibilidade so as condies e possibilidades de

    alcance para utilizao, com segurana e autonomia de seus

    espaos, proporcionando a maior independncia possvel e dando ao cidado

    deficiente ou queles com dificuldade de locomoo ou qualquer tipo que seja sua

    dificuldade, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar.

    Acessibilidade significa desenhar e organizar meios edificados e espaos

    seguros, saudveis, adequados e agradveis para que sejam utilizados por todas as

    pessoas disponibilizando a informao e os servios em diversos formatos para que

    possam ser compreendidas e utilizada por todas as pessoas de forma autnoma, isto

    , sem ter de recorrer a terceiros. No senso comum, acessibilidade parece evidenciar

    os aspectos referentes ao uso dos espaos fsicos.

    Entretanto, numa acepo mais ampla, a acessibilidade condio de

    possibilidade para a transposio dos entraves que representam as barreiras para a

    efetiva participao de pessoas nos vrios mbitos da vida social. , ainda, uma

    questo de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao

    longo da histria social; como atitude, no entanto, depende da necessria e gradual

    mudana de atitudes perante s pessoas com deficincia.

    Portanto, a promoo da acessibilidade requer a identificao e eliminao dos

    diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades

    e exercerem funes na sociedade em que vivem, em condies similares aos demais

    indivduos. A acessibilidade significa tambm que nenhuma barreira imposta ao

    indivduo face s suas capacidades sensoriais e funcionais. As barreiras so fatores

    que, atravs da sua ausncia ou presena, limitam a funcionalidade e provocam a

    incapacidade, nomeadamente limitaes s atividades e restries participao das

    pessoas.

  • 6

    O termo acessibilidade comeou a ser utilizado recentemente. Historicamente,

    a origem do uso desse termo para designar a condio de acesso das pessoas com

    deficincia est no surgimento dos servios de reabilitao fsica e profissional, no

    final da dcada de 40. Nos anos 50, com a prtica da reintegrao de adultos

    reabilitados, ocorrida na prpria famlia, no mercado de trabalho e na comunidade em

    geral, profissionais de reabilitao constatavam que essa prtica era dificultada e at

    impedida pela existncia de barreiras arquitetnicas nos espaos urbanos, em

    residncias e nos meios de transporte coletivo.

    Surgia assim a fase da integrao, que duraria cerca de 40 anos at ser

    substituda gradativamente pela fase da incluso. Em meados dos anos 60, algumas

    universidades americanas iniciaram as primeiras experincias de eliminao de

    barreiras arquitetnicas existentes em seus recintos: reas externas,

    estacionamentos, salas de aula, laboratrios, bibliotecas, lanchonetes etc. Na dcada

    de 70, graas ao surgimento do primeiro centro de vida independente do mundo,

    aumentaram a preocupao e os debates sobre a eliminao de barreiras

    arquitetnicas, bem como a operacionalizao das solues idealizadas.

    LEGISLAES E NORMAS

    A partir da dcada de 80 vrias aes em prol da acessibilidade, do ponto de

    vista jurdico e normativo, so visveis no mundo todo. Impulsionado pela presso do

    ano internacional das pessoas Deficientes (1981), o segmento de pessoas com

    deficincia desenvolveu verdadeiras campanhas em mbito mundial para alertar a

    sociedade a respeito das barreiras arquitetnicas e exigir no apenas a eliminao

    delas como tambm a no-insero de barreiras j nos projetos arquitetnicos, e em

    setembro de 1985 no Brasil divulgada a primeira NBR 9050, norma esta que tratava

    da adequao das edificaes e do mobilirio urbano pessoa deficiente, tendo

    passado at o presente momento por duas revises, uma em 1994 e a ltima em 2004

    por se tratar de uma norma que pretende assegurar qualidade ao meio construdo em

    todo o territrio nacional, notrio o seu alcance e importncia social.

    J pelo desenho acessvel, a preocupao est em exigir que os arquitetos,

    engenheiros, urbanistas e desenhistas industriais no incorporem elementos

    obstrutivos nos projetos de construo de ambientes e utenslios. Tanto no desenho

    adaptvel como no acessvel, o beneficiado especfico a pessoa com deficincia.

  • 7

    Na dcada de 90, comeou a ficar cada vez claro que a acessibilidade dever seguir

    o paradigma do desenho universal, segundo o qual os ambientes, os meios de

    transporte e os utenslios sejam projetados para todos e, portanto, no apenas para

    pessoas com deficincia.

    A acessibilidade no mais vista como simples eliminao de barreiras fsicas,

    que visa apenas o deslocamento, como era comumente difundida. Com todos os

    avanos cientficos que ocorreram nas reas relacionadas com a acessibilidade, esta

    passou a significar mais que acesso. Atualmente a acessibilidade vista como um

    meio de possibilitar a participao das pessoas nas atividades cotidianas que ocorrem

    no espao construdo, com segurana, autonomia e conforto. Indivduos com

    deficincias j faziam parte da ordem social antes mesmo da evoluo do homem.

    Com o advento da fase da incluso, hoje entendemos que a acessibilidade no

    apenas arquitetnica, pois existem barreiras de vrios tipos, tambm em outros

    contextos que no o do ambiente arquitetnico. A acessibilidade por isso um meio

    indispensvel para a possibilidade de ter uma vida independente e participar

    ativamente na sociedade. Foi graas a trs acontecimentos desse perodo que a

    acessibilidade comea a ser discutida com mais afinco no Brasil: Ano Internacional da

    Pessoa Deficiente (1981), Programa Mundial de Ao para as Pessoas com

    Deficincia (1982), Assembleia Nacional Constituinte (1987 a 1988).

    Passadas pouco mais de duas dcadas desde o incio efetivo das aes em

    prol da acessibilidade no Brasil, j se pode observar um quadro bastante evoludo.

    Tem-se hoje uma das legislaes mais amplas do mundo, no que tange a igualdade

    de direitos e deveres dos cidados. A Lei Federal brasileira mais recente de promoo

    da acessibilidade a de n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, regulamentada pelo

    Decreto n. 5296 de 02 de dezembro de 2004. No artigo 10 deste decreto, diz que a

    concepo e a implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos devem atender

    aos princpios do Desenho Universal, tendo como referncias bsicas as normas

    tcnicas de acessibilidade da ABNT, a legislao especfica e as regras contidas neste

    Decreto.

    A NBR 9050 de 2004 define deficincia como uma reduo, limitao ou

    inexistncia das condies de percepo, mobilidade e utilizao de ambientes

    construdos, em carter temporrio ou permanente. Desta forma, o termo estigmatiza

    a pessoa, pois imprime um carter de incapacidade mesma, a partir do momento

  • 8

    que fala em reduo, limitao ou inexistncia das condies. Como foi visto

    anteriormente, mesmo que a pessoa tenha dificuldades sejam elas de locomoo,

    audio, visual, etc. o ambiente pode auxiliar tanto na eliminao dessas dificuldades

    como tambm pode aumentar a dificuldade.

    Tentando sintetizar os diversos conceitos de Acessibilidade, poderamos

    considerar a seguinte aproximao:

    A acessibilidade consiste na facilidade de acesso e de uso de ambientes, produtos e servios por qualquer pessoa e em diferentes contextos. Envolve o design Inclusivo, oferta de um leque variado de produtos e servios que cubram as necessidades de diferentes populaes, adaptao, meios alternativos de informao, comunicao, mobilidade e manipulao, produtos e servios de apoio [Godinho, 2010].

    DEFICINCIAS

    A expresso pessoa com deficincia pode ser aplicada referindo-se a qualquer

    pessoa que vivencie uma deficincia continuamente. Dessa forma a classificao de

    deficincia se dividir da seguinte forma: deficincias sensoriais, deficincias

    cognitivas, deficincias fsico-motoras e deficincias mltiplas.

    Deficincias sensoriais: so aquelas que causam srias perdas na capacidade

    do sistema de percepo, gerando assim dificuldades na percepo das informaes,

    tanto as vindas do ambiente como das pessoas. Pessoas com surdez ou cegueira,

    so exemplos de indivduos que tm este tipo de deficincia;

    Deficincias cognitivas: est relacionada a compreenso e ao tratamento da

    informaes, podendo gerar dificuldades de concentrao, memria e raciocnio.

    Pessoas com sndrome de Down ou paralisia cerebral, so exemplos de indivduos

    que tm este tipo de deficincia;

    Deficincias fsico-motoras: referente capacidade de motricidade do

    indivduo, podem causar limitaes nas atividades que exijam esforo fsico,

    coordenao motora, preciso, mobilidade, entre outros. Pessoas com paralisia

    infantil ou que tiveram membros amputados, so exemplos de indivduos que tm este

    tipo de deficincia;

    Deficincias mltiplas: quando uma pessoa tem dois ou mais tipos de

    deficincia ao mesmo tempo, diz-se que ela tem deficincia mltipla. Pessoas com

    deficincia visual e com paralisia nos membros inferiores, so exemplos de indivduos

    que tm este tipo de deficincia.

  • 9

    ACESSIBILIDADE NO CONTEXTO DA CONSTRUO CIVIL

    Requerer a acessibilidade algo que todas as pessoas, principalmente

    profissionais da construo civil devem respeitar. Um projeto que tem por finalidade a

    acessibilidade, gera a integrao e socializao de pessoas com qualquer tipo de

    deficincia fsica em qualquer espao, alm de tornar possvel uma vida mais

    simplificada e normal, onde a prtica de tarefas do dia a dia feita com facilidade e

    segurana.

    Na engenharia civil e na arquitetura, as discusses giram em torno de modificar

    ambientes j construdos, afim de adaptar, torn-los acessveis a qualquer pessoa,

    tendo em vista a estrutura fsica construda e os investimentos financeiros. Atualmente

    esto em andamento obras e servios de adequao do espao urbano e dos edifcios

    s necessidades de incluso de toda populao. Um bom exemplo seriam as

    construes adaptadas e equipadas com a inteno de garantir ao mximo o conforto

    e segurana aos moradores da terceira idade, que tem sido um alvo de estudo no

    Brasil, mas j permitem referncias suficientes para a concepo de espaos

    adequados dinmica de vida domstica de todos.

    A proposta deste estudo, enquanto considera o contexto da engenharia civil e

    a responsabilidade disposta na Norma Brasileira 9050 da Associao Brasileira de

    Normas Tcnicas (ABNT/NBR 9050, 2004), apresentar algumas evidncias em

    espaos construdos que dificultam a livre locomoo com autonomia e segurana.

    SINALIZAO

    Pode-se definir sinalizao como o conjunto de estmulos que informam um

    indivduo sobre a melhor conduta a tomar perante determinadas circunstncias

    relevantes. No contexto de acessibilidade, a sinalizao dos espaos deve estar

    claramente visvel e compreensvel, seguindo a Norma ABNT 9050/2004 sobre

    smbolos de circulao, sanitrios, comunicao, deficincia e acesso. A cor dos

    caracteres tem que contrastar suficientemente com o fundo e este com o ambiente,

    sempre considerando tambm o grau de luminosidade existente.

    O tamanho dos caracteres depender da distncia entre a informao e o olho

    humano.

  • 10

    FORMAS DE SINALIZAO

    Segundo a NBR 9050/2004, a sinalizao pode ser classificada nas seguintes

    formas:

    SINALIZAO VISUAL

    a forma de sinalizao realizada atravs de textos ou figuras. Podemos

    exemplificar alguns tipos dessa forma como:

    Totens: Totens so considerados como sinalizao

    primria e secundria para longa ou mdia distncia.

    Placas e painis: So a forma mais simples de comunicao visual.

    Podem ir de simples placas em paredes a grandes painis em topos

    de edifcio.

    SINALIZAO TTIL

    aquela realizada atravs de caracteres em relevo, Braille ou figuras em

    relevo. Alguns exemplos de sinalizao ttil so:

    Piso Ttil: Os pisos tteis se constituem em elementos de auxlio

    mobilidade, buscando formar trilhas com preciso e segurana tanto

    de reas externas como internas afim de garantir o fluxo adequado.

    Figura 1 - Piso Ttil Fonte: Arco Modular

  • 11

    Placa Ttil: Placas Tteis devem conter informaes em Braille para

    pessoas que foram alfabetizadas nesta linguagem. No entanto, a maioria

    das pessoas foram alfabetizadas na linguagem romana e devem "ler"

    por meio de letras e smbolos em alto-relevo.

    Mapa Ttil: Os mapas devem ter informaes acessveis, em especial

    para pessoas cegas ou de baixa-viso. Devem combinar textos

    em Braille e Alto-relevo, e ainda, identificao das trilhas tteis no

    espao mapeado.

    Figura 2 - Mapa Ttil Fonte: Arco Modular

    SINALIZAO SONORA

    realizada atravs de recursos auditivos. Alarmes e centrais de emergncia

    so exemplos dessa forma de sinalizao. A sinalizao sonora se caracteriza pelo

    emprego de dispositivos fixos que so utilizados geralmente para situaes de

    emergncia

  • 12

    TIPOS DE SINALIZAO

    Ainda de acordo com a Norma ANBT NBR 9050/2004, podemos classificar a

    sinalizao nos seguintes tipos:

    PERMANENTE

    Sinalizao utilizada nas reas e espaos cuja funo j esteja definida,

    identificando os diferentes espaos ou elementos de um ambiente ou de uma

    edificao. No mobilirio, deve ser utilizada para identificar os comandos.

    DIRECIONAL

    Sinalizao utilizada para indicar a direo de um percurso ou a distribuio

    espacial dos diferentes elementos de um edifcio. Na forma visual, associa setas

    indicativas de direo a textos, figuras ou smbolos. Na forma ttil, utiliza recursos

    como linha-guia ou piso ttil.

    DE EMERGNCIA

    Sinalizao utilizada para indicar as rotas de fuga e sadas de emergncia das

    edificaes, dos espaos e do ambiente urbano, ou para alertar quanto a um perigo

    iminente.

    TEMPORRIA

    Sinalizao utilizada para indicar informaes provisrias ou que podem ser

    alteradas periodicamente.

  • 13

    APRESENTAO DO CAMPO DE ESTUDO

    O objeto de pesquisa do estudo o campus da universidade UNIP,

    inicialmente Institutos Paraibanos de Educao - IP, fundada em 21 de junho de

    1997, com ideais catlicos e oferecendo poucos cursos, localiza-se em Joo Pessoa

    e atende estudantes de toda Paraba.

    Atualmente o campus UNIP oferece quadras poliesportivas, ginsio,

    biblioteca, restaurantes, clnicas, laboratrios, agencia bancria, 22 cursos de

    graduao, projetos de pesquisa, ps-graduao e cursos extracurriculares,

    abrigados em 20 blocos e contidos em aproximadamente 30 hectares de rea, com

    um espao to vasto se faz necessrio um estudo de logstica e acessibilidade.

    Figura 3 - Campus Unip

    Fonte: Portal UNIP

    O universo de estudo abordado rea da entrada lateral at as blocos 15 e 12,

    como visto na Figura 3, considerando o nvel e possveis melhorias da acessibilidade

    do local.

  • 14

    METODOLOGIA CIENTFICA

    Este relatrio teve como base para seu desenvolvimento dois tipos de

    pesquisa: Pesquisa Bibliogrfica e de Campo.

    Segundo Lakatos e Marconi (1996, p. 66)

    a pesquisa bibliogrfica trata-se do levantamento, seleo e documentao de toda bibliografia j publicada sobre o assunto que est sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertaes, material cartogrfico, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material j escrito sobre o mesmo

    Nesse sentido, foi-se levantado o aporte terico necessrio para a

    compreenso clara e sucinta do tema acessibilidade atravs de pesquisas

    bibliogrficas em documentos e nas normas vigentes.

    Quanto pesquisa de campo, foram realizadas visitas no local estabelecido,

    de forma a fazer o translado comum que os usurios do centro universitrio realizam

    e observou-se quais so os pontos relevantes no tocante sinalizao do mesmo.

    Ainda para Lakatos e Marconi (1996, p.75), a pesquisa de campo

    a pesquisa em que se observa e coleta os dados diretamente no prprio local em que se deu o fato em estudo, caracterizando-se pelo contato direto com o mesmo, sem interferncia do pesquisador, poisos dados so observados e coletados tal como ocorrem espontaneamente

  • 15

    APRESENTAO E DISCUSSO DOS DADOS

    Foi possvel observar com a visita de campo, pontos positivos e negativos

    quanto sinalizao do trecho discriminado. As observaes sero dispostas na

    ordem do percurso do porto da entrada oeste at o acesso do bloco de Engenharia

    Civil, simulando o trajeto habitual dos usurios que acessam o Campus por esse

    porto.

    Na entrada da Campus pde-se observar que h uma pintura ao topo

    sinalizando o nome da instituio, conforme Figura 4. Tal sinalizao possui cores

    fortes e contrastantes, evidenciando o nome da instituio.

    Figura 4 - Entrada Oeste

    Ainda levando em conta o porto oeste, foi observado que inexiste placa de

    sinalizao que evidencie uma lombada que se encontra abaixo do porto. Tambm

    no existe faixa de pedestre ou outra sinalizao que d a preferncia.

    Ao entrar no Campus, averiguou-se que no h nenhuma sinalizao que

    oferea ao usurio algum tipo de orientao de percurso. Considerando um usurio

    que adentra o campus pela primeira vez e sem noo prvia do layout do mesmo,

    esse usurio ter dificuldade em objetivar o seu percurso j que no h nenhuma

    placa de orientao.

  • 16

    Uma falha que pde ser observada quanto sinalizao ainda da entrada foi a

    falta que qualquer tipo de isolamento ou sinalizao temporria de uma abertura na

    calada que d acesso ao estacionamento (Figura 5). O buraco, pelo seu tamanho,

    representa perigo iminente a qualquer usurio que passe despercebido pelo local.

    Figura 5 - Abertura na Calada

    No tocante sinalizao de trnsito de automveis, foi possvel identificar

    placas de orientao de sentido de faixa e limite de velocidade mxima permitida.

    No estacionamento que se localiza entre a entrada oeste e o bloco de

    engenharia, pode-se observar que as vagas so bem definidas e que existe a

    demarcao das vagas destinadas a pessoas portadoras de deficincia.

    Ao se aproximar do bloco, observa-se que h toten com a nomenclatura do

    bloco e os cursos que so ministrados no mesmo (Figura 6).

  • 17

    Figura 6 - Toten do Bloco F

    Ao acessar de fato o bloco de Engenharia Civil, notrio a exposio de vrias

    placas: placas com a descrio do bloco, placa com a descrio da coordenao,

    placas das salas de aula, placas de banheiro e quadros de avisos.

    Apesar da sinalizao desse local ser clara e bem aparente, uma vez que voc

    se encontra no corredor do bloco em questo, no existe qualquer tipo de sinalizao

    ttil, como placas em Braille ou piso ttil o que fere o princpio da igualdade de acesso

    dos usurios. Um usurio com deficincia visual, provavelmente ter dificuldade em

    acessar de forma autnoma as reas do bloco.

  • 18

    CONCLUSO

    A acessibilidade visa eliminar as limitaes que o indivduo encontra na

    vivncia de um ambiente construdo. Sendo assim necessrio compreender as

    necessidades advindas destas limitaes. As normas NBR sobre acessibilidade, so

    de extrema importncia. No se trata somente de obedecer regras e leis, uma

    questo de respeito s pessoas. Sobretudo em rgos pblicos e estabelecimentos

    que atendem o pblico de modo geral. A importncia do conhecimento destas normas

    evita falhas comuns que acabam tornando edificaes, mveis, praas, etc. projetos

    problemticos e de difcil acesso mesmo para a parte da populao que no tem

    limitaes de mobilidade, imagine para quem tem algum tipo de deficincia fsica seja

    permanente ou provisria.

    Uma boa sinalizao s vem a reforar essa premissa, facilitando a

    comunicao, orientao e utilizao do ambiente por todos os seus usurios.

    Com o levantamento obtido atravs do estudo de campo realizado na UNIP,

    foi possvel observar pontos positivos e negativos com relao sinalizao do trecho

    em estudo. Alguns desses pontos s foram possveis de se averiguar graas ao

    levantamento bibliogrfico realizado a priori; outros pontos, alguns deles negativos,

    foram percebidos facilmente.

    No geral, pode-se afirmar que a UNIP no possui uma sinalizao acessvel

    aos seus usurios, podendo representar at perigo, como no caso da abertura.

    Sugere-se instituio o estudo e implementao de uma sinalizao mais

    abrangente aos seus usurios, em especfico o uso de piso ttil, mapa ttil e placas

    tteis que so itens que representariam grande melhoria para os portadores de

    deficincia visual e no necessitria de grandes intervenes na sua estrutura.

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    BIBLIOGRAFIA Aditivocad.com. Uso de Normas NBR sobre acessibilidade. Disponvel em: . Acesso: 12 de Maio de 2013 s 17:40. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9050. Acessibilidade a edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. Arco Modular. Sinalizao. Disponvel em: . Acesso em 13 de Maio de 2013 s 8:50. CRPG. O conceito da Acessibilidade. Disponvel em: . Acesso: 12 de Maio de 2013 s 14:32. Direcional Condomnios. Sinalizao: Segurana, orientao e acessibilidade. Disponvel em: . Acesso em 12 de Maio de 2013 s 13:30. Engenharia da Reabilitao. CONCEITOS DE ACESSIBILIDADE. Disponvel em: . Acesso: 11 de Maio de 2013 s 15:00. Instituto Novo Ser. O QUE ACESSIBILIDADE. Disponvel em: . Acesso: 12 de Maio 2013 s 14:00. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Tcnica de pesquisa. 3.ed. rev.e ampl. So Paulo: Atlas, 1996. PEREIRA, Irene de Barros. Como deve ser a acessibilidade em escolas e faculdades para atender o deficiente visual? Artigo disponvel em: . Acesso: 10 de Maio de 2013. UFC. Conceito de Acessibilidade. Disponvel em: . Acesso: 12 de Maio de 2013 s 13:50. UNIP. Conhea o campus. Disponvel em: . Acesso: 20 de Maio de 2013 s 9:40. ________. Histrico. Disponvel em: . Acesso: 20 de Maio de 2013 s 10:00. Wikipdia. Deficincia. Disponvel em: . Acessado em: 10 de Maio de 2013 s 10:02.

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