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PROJETO LIFE ESTEPÁRIASCONSERVAÇÃO DA ABETARDA, SISÃO E PENEIREIRO-DAS-
TORRES NAS ESTEPES CEREALÍFERAS DO BAIXO ALENTEJO(LIFE07/NAT/P/654)
2
PARCERIA
Beneficiário Coordenador
Beneficiários Associados
Co-financiadores
3
Dirigido a três espécies de aves estepárias com maior grau de ameaça a nível europeu, que funcionam como emblema
de conservação do habitat estepário
PROJECTO LIFE ESTEPÁRIAS
Abetarda Sisão Peneireiro-das-torres
4
Amplas zonas de planície, onde se pratica uma agricultura
extensiva de culturas cerealíferas de sequeiro (trigo, aveia,
cevada) em rotação com pastagens e pousios.
Dominância do coberto herbáceo e quase ausência de árvores.
ESTEPE CEREALÍFERA OU PSEUDO-ESTEPE
5
ÁREAS DE INTERVENÇÃO
o ZPE Castro Verde
o ZPE de Piçarras
o ZPE do Vale do Guadiana
o ZPE de Mourão/Moura/ Barrancos
6
PRINCIPAIS AMEAÇAS I
Intensificação
Agrícola
(regadio,
diminuição
de rotações,
sobre-
pastoreio)
Conversão
agrícola
(mudança de
culturas
anuais para
permanentes)
Florestação
de terras
agrícolas
Abandono
rural
7
PRINCIPAIS AMEAÇAS II
Construção
de infra-
estruturas
(estradas,
barragens)
Falta de
locais de
nidificação
(aves que
nidificam
em
cavidades)
Colisão e
electrocussão
em linhas
eléctricas
Efeito
barreira
e colisão
com
vedações
Alterações
Climáticas
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MEDIDAS DE GESTÃO DO HABITAT AGRÍCOLA
Regulamento LIFE obriga a articulação plurifundos: todas as medidas de carácter agrícola foram EXCLUÍDAS da proposta por haver (possível) sobreposição com o PRODER
Medidas Agro-Ambientais no PRODER:
ITI de Castro Verde (ex-Plano Zonal): em funcionamento desde 1995;
ITI Zonas de Rede Natura do Alentejo (inclui ZPE de Piçarras, Vale do Guadiana e Mourão/Moura/Barrancos): em funcionamento desde de 2011
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OBJETIVOS DO PROJETO LIFE ESTEPÁRIAS
Proteger de áreas de reprodução importantes para a Abetarda;
Melhorar a produtividade e sucesso reprodutor das espécies-alvo;
Minimizar o impacte das linhas elétricas reduzindo o risco de colisão e eletrocussão;
Promover o restabelecimento populacional de Peneireiro-das-torres na ZPE de Mourão/Moura/Barrancos;
Definir medidas de mitigação das alterações climáticas;
Consultar e promover o envolvimento das comunidades locais e dos atores chave na gestão do habitat para aves estepárias;
Sensibilizar e melhorar a disseminação de informação sobre boas práticas de gestão do habitat para aves estepárias.
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PROTEÇÃO DE ÁREAS DE PARADA NUPCIAL DE
ABETARDA
Aquisição de novos terrenos na ZPE de Castro Verde (168,4ha)
Remoção de vedações (2000m) em 3 propriedades
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AUMENTAR OS LOCAIS DE NIDIFICAÇÃO
DE PENEIREIRO-DAS-TORRES
Construção de uma torre de nidificação na ZPE de Mourão/Moura/Barrancos (anterior
área de ocorrência) e de outra torre de nidificação nos novos terrenos adquiridos
na ZPE de Castro Verde
160 novos locais de nidificação
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MINIMIZAR OS IMPACTES DAS LINHAS ELÉTRICAS
Principal causa de mortalidade não natural de Abetarda e Sisão;
Interação das aves com as linhas elétricas:
Eletrocussão nos apoios – Aves de rapina, cegonhas
Colisão com os cabos condutores – Aves estepárias, passeriformes
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MINIMIZAR OS IMPACTES DAS LINHAS ELÉTRICAS
Ação desenvolvida pela EDP Distribuição em linhas de Média Tensão, com o apoio técnico da LPN;
Medidas anti-eletrocussão: Isolamento dos apoios, passagem dos seccionadores para a posição vertical;
Medidas anti-colisão:
FBF – FireFly Bird Flappers: Tipo “Fitas” e tipo “Rotativos”;
BFD – Bird Flight Diverter: Espirais Duplas.
FBF rotativos Espirais duplasFBF fitas
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Sinalização de 40km na ZPE de Castro Verde (9,8km com Espirais Duplas, 14,8km com Fitas e 15,18km com Rotativos) e isolamento de 146 apoios;
Testar a eficácia de diferentes tipos de sinalização anti-colisão, especificamente para Abetarda e Sisão: FBF Rotativos são os mais eficazes.
OBJETIVOS DA CORREÇÃO DE LINHAS ELÉTRICAS
15
Colisão Efeito barreira
MINIMIZAR OS IMPACTES DAS VEDAÇÕES NAS
AVES ESTEPÁRIAS
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MINIMIZAR A COLISÃO COM VEDAÇÕES: SINALIZAÇÃO
Desenvolver soluções viáveis e duradouras;
Sinalização de 41km nas ZPE de Castro Verde, Piçarras e Vale do Guadiana;
Testar a eficácia da sinalização.
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EFEITO BARREIRA DAS VEDAÇÕES
Esta ameaça tem especial incidência na Abetarda pois:
o Interfere com a parada nupcial por impedir a livre circulação de movimentos de exibição e estabelecimento de hierarquias;
o Separa as crias não voadoras das progenitoras, ficando estas mais vulneráveis à predação e com acesso mais limitado à água e ao alimento
PNVG/ICNB PNVG/ICNB
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Desenvolver e testar a eficácia de diferentes tipos de passagens consoante o tipo de gado (bovino e ovino);
Distanciamento máximo de 150m entre passagens;
Boa aceitação das passagens em herdades com gado bovino;
Alguns proprietários de gado ovino levantaram problemas devido à possibilidade de passagem de borregos;
Instalação de 184 passagens em 28km de vedações na ZPE de Castro Verde
INSTALAÇÃO DE PASSAGENS EM VEDAÇÕES
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MITIGAÇÃO DOS EFEITOS DA SECA
Definir e testar medidas que minimizem o efeito da seca, com a disponibilização de pontos de abeberamento (35) e de alimentação suplementar (37 pontos, 12 toneladas de sementes);
Efetuar parcerias com gestores cinegéticos para a implementação corrente destas medidas no terreno.
Ca
rlo
s C
arr
ap
ato
Protocolos de Colaboração com 11 Zonas de Caça, das ZPE de Castro Verde e Vale do Guadiana, numa
área com 18.000ha
23
E.4 – MONITORIZAÇÃO DOS
BEBEDOUROS/COMEDOUROS
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IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
RECUPERAÇÃO PARA AVES ESTEPÁRIAS
Formação de técnicos na recuperação de aves estepárias;
Organização de um workshop específico sobre recuperação de aves estepárias;
Campanha de sensibilização para agricultores;
Recolha e recuperação de aves feridas;
Estabelecimento de um centro de recuperação para aves estepárias.
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RECUPERAÇÃO PARA AVES ESTEPÁRIAS
Sisão (n=4)
Abetarda (n=3)
Peneireiro-das-torres (n=240)
Entre 2009 e 2012 ingressaram 247 aves estepárias: 3 Abetardas, 4 Sisões e 240 Peneireiros-das-torres;
Foram devolvidos à natureza 121 Peneireiros-das-torres (49%) durante o período do projecto. Em 2013, foi libertada uma das Abetardas recolhidas em 2012.
0
20
40
60
80
100
120
Peneireiro-das-torres Abetarda Sisão
58
1 1
42
20
2
120
2 1
Nº de indíviduos recolhidos para recuperação
2009 2010 2011 2012
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SENSIBILIZAÇÃO
Atividades de educação ambiental com as escolas (1179 alunos de 20 escolas das 4 ZPE de intervenção do projeto);
Consulta às populações – Beneficiário CIS;
Visitas guiadas;
Produção de materiais de divulgação.
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Prémio BEST LIFE NATURE PROJECT 2013
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NOTAS FINAIS
Programa LIFE é um importante instrumento para a implementação de medidas de gestão para a conservação da natureza e proteção da biodiversidade;
Difícil articulação com as possibilidades de financiamento existentes noutros fundos comunitários (PRODER e QREN), que não estão vocacionadas para a conservação da natureza e da biodiversidade e que não permitem abordagens coerentes para as áreas prioritárias em termos de biodiversidade (nem tem estes objetivos como prioritários);
Gestão de parceiros requer muita disponibilidade, que deve ser prevista;
A calendarização das ações deve ser bem programada para evitar desvios;
Manutenção de ações no Pós-LIFE deve ser ponderada pois o financiamento pode ser difícil de assegurar;
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NOTAS FINAIS
Relativamente a parceiros públicos, que têm processos de contratação complexos, burocráticos e habitualmente demorados (embora tal não se aplique ao LIFE Estepárias), e que podem implicar dificuldades, deve prever-se o tempo necessário para efectuar esses procedimentos;
Toda a compilação e validação de documentos administrativos e financeiros, incluindo a dos beneficiários associados deverá ser efectuada ao longo do projecto, para evitar dificuldades no seu final;
Quando existirem acções ou tarefas que dependam da colaboração, acordo ou autorização de terceiros (proprietários, autoridades, etc.) deverá prever-se o tempo necessário para os respectivos processos, incluindo para ultrapassar dificuldades inesperadas.
OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!
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WWW.LIFEESTEPARIAS.LPN.PT