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Programa de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Pró-Girs e o Projeto MDL – Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos Central Municipal de Resíduos São Leopoldo – RS – Brasil.

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Programa de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Pró-Girs e o Projeto MDL – Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos Central Municipal de Resíduos São Leopoldo – RS – Brasil.

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Índice

Introdução............................................................................................................................................. 3

Localização ........................................................................................................................................... 3

Gestão de Resíduos Urbanos .......................................................................................................... 4

Indicadores de Saúde e Saneamento - SNIS............................................................................... 5 Abastecimento de Água ....................................................................................................................... 5 Esgoto Sanitário ................................................................................................................................... 5 Resíduos Sólidos Urbanos ................................................................................................................... 6 Controle de Vetores ............................................................................................................................. 6

Vigilância da Dengue....................................................................................................................... 6 Vigilância da Raiva Canina ............................................................................................................. 6 Vigilância de Populações Expostas a Solos Contaminados - VIGISOLO ...................................... 7 Atendimento ao público................................................................................................................... 7

Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ............................................................................................. 8 Comitê da Bacia - COMITESINOS..................................................................................................... 8

Acidente Ambiental ......................................................................................................................... 8 Consórcio Público da Bacia – PRÓ-SINOS ........................................................................................ 9

Marco Regulatório Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental .................................. 10 Plano Diretor de Água e Esgotos ....................................................................................................... 10 Plano Diretor de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos...................................................... 10

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos ...................................................................... 11 Programa de Gerenciamento Interno de Resíduos Sólidos – Diagnóstico e Cadastro dos Estabelecimentos Públicos e Privados ............................................................................................... 11 Coleta de resíduos urbanos ................................................................................................................ 12

Coleta de Resíduos Domiciliares ................................................................................................... 12 Programa de Coleta Seletiva Compartilhada ................................................................................. 12 Coleta de Resíduos Sólidos Especiais............................................................................................ 12

Central Municipal de Resíduos Sólidos – aterro Sta. Marta.............................................................. 12 Unidade de separação por esteira mecânica (1º Etapa do projeto de MDL via compostagem de resíduos – MDL – UCR)................................................................................................................ 13 Aterro Sanitário – Unidade de tratamento de chorume por evaporador ........................................ 13 Unidade de tratamento de Serviços de Saúde – sistema autoclavagem......................................... 13 Unidade de Triagem de Resíduos Recicláveis (2° Etapa do MDL – UCR) .................................. 14 Unidade de Compostagem de Resíduos – UCR (3° Etapa do MDL – UCR)................................ 14

Projeto MDL - Compostagem ....................................................................................................... 14 Objetivo Geral.................................................................................................................................... 14 Objetivos Específicos......................................................................................................................... 14 Plano de Implantação do Projeto ....................................................................................................... 15

Croqui da área do aterro de Sta. Marta e URC .............................................................................. 15 Sistema Operacional ...................................................................................................................... 15 Resultados ...................................................................................................................................... 18

Considerações finais........................................................................................................................ 18

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A cidade de São Leopoldo é uma das mais desenvolvidas e estruturadas do estado, berço da colonização alemã, e está localizada na região da encosta inferior do nordeste do Rio Grande do Sul, nas coordenadas de latitude 29°45’37’’ e longitude 51°08’50’’.

Faz parte da região metropolitana da grande Porto Alegre, estando a 34 km da capital gaúcha, pertencendo à bacia hidrográfica do Rio dos Sinos.

Sua área territorial compreende 102,31 km² e possui uma população de 207.721 habitantes. Sua densidade demográfica (2007): 2.030,3 hab/km². A distribuição territorial é essencialmente urbana, correspondendo a 69,87 km² (68,3%), tendo, na área rural, 14,84 km² (14,5%). O restante, com superfície de 17,60 km² (17,2%), é composto por áreas de preservação, concentradas na zona urbana da cidade.

Seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), em 2000, era de 0,805, sendo considerado alto.

Segundo a Fundação Estadual de Estatística (FEE), seu PIB em 2005 foi de R$ 2.368.537.000, equivalentes a € 686.532.500, com cotação de 2005. Ainda conforme a FEE, seu PIB per capita é de R$ 11.300, cerca de 10% superior à média brasileira.

As atividades econômicas em São Leopoldo são bastante diversificadas, considerando-se o amplo leque de setores industriais, destacando-se o metalúrgico, mecânico, de borracha, de papel, coureiro - calçadista e outros. Ainda conforme a Fundação Estadual de Estatística (FEE), verifica-se uma tendência de crescimento do setor terciário em uma proporção mais acentuada que a do setor secundário. Este fato é, conhecidamente, atrativo para população de outros municípios, que imigra em busca de novas oportunidades. (Diagnóstico de Resíduos Sólidos, SEMMAM, 2006).

LOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃO

Nossa cidade está localizada no Brasil, situado na porção centro-oriental da América do Sul.

Nosso estado é o Rio Grande do Sul – RS, localizado na Região Sul do país, limitando-se com o estado de Santa Catarina ao norte, ao sul com o Uruguai e a oeste com a Argentina.

Papel 100%

reciclado – agindo localm

ente....

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O município é considerado a origem dos movimentos ambientalistas do Brasil, lar de Henrique Luís Roessler – pioneiro da ecologia no Brasil. E o estado do Rio Grande do Sul é terra natal e o campo de lutas do ambientalista José Lutzemberger, que recebeu o Right Livehood Award, em 1988, considerado Prêmio Nobel alternativo para o meio ambiente.

São Leopoldo é um dos 31 municípios integrantes da Região Metropolitana de Porto Alegre. Nela está inserido o Vale do Sinos, inicialmente habitado pelos povos nativos charruas e minuanos, vindo em seguida a ser povoado por alguns imigrantes portugueses e por escravos negros.

A colônia de São Leopoldo, cujo nome é uma homenagem a Dona Leopoldina, Arquiduquesa austríaca da casa dos Habsburg, esposa do imperador Dom Pedro I, foi fundada em 1824 e em 1846 foi elevada à categoria de vila e sede municipal. Desde sua constituição, houve dedicação à indústria, que garantiria a prosperidade do povoado. Ainda em 1849 surgira o primeiro curtume. Mas sua origem remonta a 1788, com a transferência da feitoria de cordoalha real de Linha Cânhamo de Canguçu, no sul do estado, para a região de Faxinal do Courita, à margem esquerda do rio dos Sinos, assim operando até 1824, quando deu lugar à nova colônia.

O Governo Municipal de São Leopoldo vem implementando, desde janeiro de 2005, uma política que prioriza a questão socioambiental, cuja proposta de desenvolvimento orienta a cidade por três princípios:

a) sustentabilidade ambiental; b) justiça social; c) equilíbrio econômico.

Prefeito: Ary José Vanazzi – PT Vice – Prefeito: Alexandre Roso – PSB Eleitos em 2004 – Mandato de 1° de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2008 Coligação: Frente Popular (PT-PSB-PDT-PV-PCdoB-PRB) Nosso Prefeito também preside, atualmente, o Pró-Sinos, Consórcio Público de Saneamento

Básico, entidade que congrega os municípios da bacia do rio dos Sinos.

GESTÃO DE RESÍDUOS UGESTÃO DE RESÍDUOS UGESTÃO DE RESÍDUOS UGESTÃO DE RESÍDUOS URBANOSRBANOSRBANOSRBANOS A implantação dos novos marcos legais para a prestação dos serviços de saneamento, entre

os quais os de manejo de resíduos sólidos, definidos pela lei 11.445/07, que trata da Política Nacional de Saneamento Básico, é a base e marco legal que faltavam para a construção do arcabouço de saneamento no Brasil e sua efetivação, consagrando os setores de água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana. Ela torna obrigatória, pelos municípios e demais entes federados, a gestão de resíduos sólidos.

Junto a ela, está em tramitação a Política Nacional de Resíduos Sólidos, projeto de lei 1.991/07, que disciplinará as formas de gerenciamento dos resíduos em nosso país, o que hoje ocorre sem um critério nacional, lastreado apenas por normas técnicas, e definirá as responsabilidades dos geradores de resíduos.

Diferentemente da, infelizmente, maioria dos municípios do Brasil, nosso município está bastante adiantado na busca do equacionamento da questão dos resíduos sólidos. São Leopoldo, mais do que tudo, trabalha focada em quatro linhas de ação que se complementam:

a) a inclusão social b) a emancipação econômica; c) o encerramento dos lixões; d) o uso de soluções regionalizadas. Estas ações já vinham sendo trabalhadas junto à comunidade, nas pré-conferências

regionais, por sub-bacias, e nas conferências municipais de meio ambiente e saneamento e gestão ambiental, que culminaram com a aprovação de nosso marco regulatório deste setor.

Nossos resíduos são encaminhados à Central Municipal de Resíduos, que engloba o aterro sanitário Santa Marta, e está localizada no Bairro Arroio da Manteiga, em São Leopoldo, a 4,7 km do centro.

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Sua área, de cerca de nove hectares, pode ser encontrada nas coordenadas S 51º 11’ 16.60” e O 29º 44’ 03.14”. A área, em projeto, para receber nossa futura usina de compostagem, é limitada pelos pontos geográficos abaixo, conforme tabela 1.

Na figura 1 podem ser vistas as unidades de tratamento que compõem a Central Municipal de Resíduos Sólidos.

Ainda junto a sua área, ao leste, está localizada a Fundação de Resíduos Sólidos Industriais, FUNRESOLI, que faz o tratamento de resíduos industriais em São Leopoldo.

Todas as coordenadas geográficas forma determinados usando datum WGS84, com fuso 22J hemisfério sul.

Tabela 1: localização referenciada da área proposta para compostagem no Aterro Sanitário de Sta. Marta

Lat S 51º 11’ 16.60” Long O 29º 44’ 03.14”

Lat S 51º 11’ 12.37” Long O 29º 44’ 03.22”

Lat S 51º 11’ 16.28” Long O 29º 44’ 00.43”

Lat S 51º 11’ 12.67” Long O 29º 44’ 00.50”

Figura 1: Vista aérea da futura CTR de São Leopoldo-RS, em verde. A seta vermelha indica o aterro industrial; a linha azul delimita o aterro de Santa Marta e a amarela as lagoas de estabilização.

Indicadores dIndicadores dIndicadores dIndicadores de Saúde e Saúde e Saúde e Saúde eeee Saneamento Saneamento Saneamento Saneamento ---- SNISSNISSNISSNIS

Abastecimento de Água Em São Leopoldo, 99,5% da população urbana possui acesso à água encanada. Este serviço

não é universal devido à limitação legal de estender a rede a uma área de preservação, caso do Morro do Paula.

Apesar do desgaste que nosso principal manancial sofre, a qualidade da água fornecida por nosso serviço municipal – SEMAE – tem comprovado padrão de qualidade, tendo inclusive recebido prêmios internacionais nesse sentido.

Esgoto Sanitário São Leopoldo possui sistema de coleta e tratamento de esgoto cloacal desde 1941. A coleta

e tratamento de esgoto em São Leopoldo atingem hoje cerca de 20% da cidade, concentrada na parte central. Embora este indicador ainda seja baixo, São Leopoldo é o município com o maior índice de tratamento dentre os municípios do Vale do Sinos.

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Como forma de melhorar ainda mais este aspecto, está em duplicação a estação de tratamento existente – Vicentina - e em construção uma nova, no bairro Feitoria, que aumentarão este índice para 50%.

Resíduos Sólidos Urbanos Hoje a coleta de resíduos atinge 100% da zona urbana de São Leopoldo. O modelo de coleta seletiva adotada pelo nosso Município serve de exemplo para o país,

tendo inclusive conquistado reconhecimento nacional, como o Prêmio que o colocou entre os 3 Melhores Projetos de Saneamento, da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – ASSEMAE, em 2007 O sistema de Coleta Seletiva Compartilhada já atinge 40% da cidade e seu plano prevê que toda a cidade seja atendida em 2008. Ademais, este programa prioriza a participação dos trabalhadores organizados em associações e/ou cooperativas na operação do sistema de recolhimento lixo previamente separado pela população, que se engaja neste processo de sensibilização ambiental e cidadania. Cabe ressaltar que não só os moradores, mas também nosso empresariado participa do gerenciamento do programa de coleta seletiva compartilhada.

Controle de Vetores

O controle de vetores no município de São Leopoldo é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde.

Em que pese o Brasil ainda padecer de várias doenças tropicais, nosso estado e, em especial nossa cidade, até em função do clima, o qual, no sul do Brasil é, predominantemente, sub-tropical, não sofre com estes males.

O poder público municipal tem trabalhado para, mantendo e promovendo a saúde pública, evitar danos indiscriminados ao meio ambiente, fazendo uso, para tanto, de biolarvicidas. Tal projeto de controle biológico de mosquitos teve início em Março de 2007, com a aplicação de biolarvicidas em determinados locais com água parada. A aplicação é realizada pelos agentes de saúde.

Ainda assim, para evitar que, indiretamente, sejamos afetados por males trazidos de outras partes do país, são mantidos os seguintes cuidados:

Vigilância da Dengue O Brasil, assim como outros países da América Latina, está atualmente enfrentando uma

epidemia de Dengue. Pelo fato de nosso estado ter um clima favorável ao controle desta doença, e pelas ações

preventivas já tomadas, são esparsos os casos registrados. Os agentes de saúde realizam visitas nos 206 pontos estratégicos existentes a cada 15 dias

(floriculturas, cemitérios, ferros-velhos, borracharias, entre outros). Também são mantidas e visitadas semanalmente 305 armadilhas. Além disso, são realizadas

atividade de aplicação de biolarvicida e distribuição de panfletos e cartazes. Até o momento, o município de São Leopoldo é considerado não infestado pelo mosquito

Aedes aegypti, transmissor desta doença.

Vigilância da Raiva Canina Embora considerada erradicada no Rio Grande do Sul, temos mantido as ações de

acompanhamento e controle abaixo listadas. Anualmente, 0,2% da população canina conhecida é enviada para exame laboratorial de

Raiva. Mensalmente, a Vigilância Ambiental recebe várias notificações de Atendimento Anti-rábico. A

maioria das situações é caracterizada por agressões de cães e gatos. Também são registrados

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alguns casos de agressões por morcegos, que são nativos desta região. Após o recebimento das fichas de notificação, é realizada a investigação dos casos através de contato telefônico ou visita a campo.

Vigilância de Populações Expostas a Solos Contamina dos - VIGISOLO Estão em análise seis áreas supostamente contaminadas. No processo do cadastramento

das áreas em questão são coletadas informações previamente no Órgão Ambiental Municipal e/ou Estadual. Em seguida, é realizada uma vistoria no local para totalizar o preenchimento da ficha de campo, onde são anotados dados referentes à proximidade ou não de populações, com ou sem exposição ao solo contaminado, existência ou não de lençol freático, extensão da área, classificação dos contaminantes, classificação da área como sendo urbana ou rural, entre outros.

Atendimento ao público

Nossa Vigilância Sanitária e Ambiental mantém serviço de informações à população, que o

procura para buscar informações sobre vetores e doenças, fazer denúncias, solicitar visita relacionada ao controle de vetores e para solicitar análises de algum inseto ou morcego capturado.

Também são recebidas denúncias e reclamações referentes à criação irregular de animais, infestação de roedores, infestação de pulgas, bicho-do-pé e carrapatos, locais com água parada, potencializando a proliferação de mosquitos, entre outras.

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BACIA HIDROGRÁFICA DBACIA HIDROGRÁFICA DBACIA HIDROGRÁFICA DBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOSO RIO DOS SINOSO RIO DOS SINOSO RIO DOS SINOS

Comitê da Bacia - COMITESINOS Trata-se do comitê de bacia mais antigo do Brasil, criado em 1984, em uma época em que a

noção de interação entre as ações ambientais apenas engatinhava. As primeiras lutas foram no sentido da recuperação do Rio dos Sinos e da preservação do ambiente natural.

A criação do COMITESINOS, precursor de um novo modelo de gestão dos recursos hídricos, foi motivada pela percepção de que as ações até então tomadas não eram suficientes para reverter a poluição do Rio dos Sinos.

A Bacia Hidrográfica dos Sinos abrange, total ou parcialmente, 32 municípios, com uma área de 4.328 km², sendo 1.200 km de cursos d’água, dos quais 52 km são das micro-bacias do município de São Leopoldo, formada por oito arroios: Kruze, João Corrêa, Sem Nome, Peão, Gauchinho, Cerquinha, Manteiga, Portão.

Figura 2: a bacia hidrográfica do rio dos Sinos e sua localização geográfica no estado do Rio Grande do Sul.

Acidente Ambiental

Em outubro de 2006, São Leopoldo e mais 3 municípios do vale do Sinos foram palco de um dos mais graves acidentes ambientas do Brasil. Um vazamento de chorume (Percolado) de um Aterro de Resíduos Industriais Perigosos (ARIP), localizado no município de Estância Velha, vizinho a São Leopoldo, atingiu as águas do rio dos Sinos, através do arroio Portão, causando a mortandade de milhões de peixes (estima-se mais de 85 toneladas).

O acidente ocorreu justamente na época da piracema, ciclo anual de reprodução, período em que ocorre a subida dos peixe às nascentes, para desova. Este grave crime ambiental provocou uma série de mudanças e exigências por parte dos órgãos ambientais e impulsionou a criação do Consórcio Público da Bacia do Rio dos Sinos - CONSÓRCIO PRÓ-SINOS.

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Consórcio Público da Bacia – PRÓ-SINOS

Desde 2005, já coerente à nova lei federal sobre consórcios públicos, a 11.107/05, era articulada a constituição de um consórcio de saneamento para a bacia do rio dos Sinos.

Após o grave desastre ecológico ocorrido no Rio dos Sinos, é acelerada a criação deste ente, o Consórcio Público de Saneamento Básico, o PRO-SINOS, o qual é o primeiro consórcio público intermunicipal na área de saneamento criado em nosso estado, coerente com a referida Lei Federal, com o objetivo de intensificar e desenvolver ações integradas que promovam a melhoria da qualidade ambiental da bacia hidrográfica do rio dos Sinos.

Tabela 2: Municípios integrantes do PRÒ-SINOS, suas populações, áreas e geração de Resíduos.

Através deste consórcio, cuja constituição foi e é incentivada e liderada por São Leopoldo, já

foram captados recursos federais, ou geridos pela União, para investir em saneamento e implementar planos, visando ao desenvolvimento sustentável da região. O consórcio também

MUNICÍPIO POPULAÇÃO (IBGE, 2007) ÁREA km²(IBGE, 2007) Geração de Resíduos

Caraá 7.131 294 Volume estimado: 3,8 t/d

Fração orgânica estimada: 2,6 t/d

Campo Bom 56.595 61 Volume Gerado: 34 t/d

Fração orgânica estimada: 23,8 t/d

Nova Hartz 16.688 63 Volume estimado: 8,8 t/d

Fração orgânica estimada: 6,2 t/d

Novo Hamburgo 253.067 224 Volume Gerado: 180 t/d

Fração orgânica estimada: 126,0 t/d

São Leopoldo 207.721 102 Volume Gerado: 110 t/d

Fração Orgânica determinada: 77,0t/d

Sapiranga 73.979 138 Volume Gerado: 35 t/d

Fração Orgânica estimada: 24,5t/d

Santo Antonio da Patrulha 37.910 1.049 Volume estimado: 15 t/d

Fração Orgânica estimada: 10,5t/d

Rolante 19.213 297 Volume Gerado: 12t/d

Fração Orgânica determinada: 8,3t/d

Parobé 48.713 109 Volume estimado: 25,8 t/d

Fração Orgânica estimada: 18,1t/d

Portão 28.583 160 Volume estimado: 15,1 t/d

Fração Orgânica estimada: 1,8 t/d

Estância Velha 40.740 52 Volume Gerado: 16 t/d

Fração Orgânica estimada: 11,2 t/d

Esteio 78.816 28 Volume Gerado: 48 t/d

Fração Orgânica estimada: 33,6 t/d

Taquara 53.428 457 Volume Gerado: 35 t/d

Fração Orgânica estimada: 24,5 t/d

São Francisco de Paula 21.278 3.274 Volume estimado: 11,3 t/d

Fração Orgânica estimada: 7,9 t/d

Araricá 4.781 35 Volume estimado: 2,5 t/d

Fração Orgânica estimada: 1,8 t/d

Nova Santa Rita 20.591 218 Volume estimado: 10,9 t/d

Fração Orgânica estimada: 7,6 t/d

Igrejinha 31.113 137 Volume estimado: 16,5 t/d Fração Orgânica estimada: 11,5 t/d

Riozinho 4.406 239 Volume estimado: 2,3 t/d

Fração Orgânica estimada: 1,6 t/d

Gramado 31.652 237 Volume estimado: 16,8 t/d

Fração Orgânica estimada: 11,7 t/d

Dois Irmãos 24.815 65 Volume estimado: 12,0 t/d

Fração Orgânica estimada: 8,4 t/d

Totais Σ 1.061.220 7.239 volume estimado e/ou gerado: 612 t/d

volume orgânico estimado e/ou gerado: 428,4 t/d Itália 58.147.733 301.230

Roma 2.553.873 1.285

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permitirá que os municípios potencializem e otimizem recursos para demandas comuns aos seus integrantes.

O consórcio público é um pacto entre dois ou mais municípios, com a possibilidade do estado participar, que se comprometem a executar em conjunto determinada atividade. Do ponto de vista doutrinário, é uma modalidade de acordo firmada entre entidades de mesma natureza. Esta forma de associação permite às prefeituras assegurar a prestação de serviços às suas populações, de forma mais organizada e econômica.

Hoje, dos 32 municípios da bacia do rio dos Sinos, 18 já aderiram formalmente ao consórcio, que visa a, em última análise, juntar forças para devolver a salubridade ambiental à nossa bacia hidrográfica, e outros 2 estão em fase de formalização deste processo.

Atualmente, o presidente do consórcio Pró-Sinos é o prefeito de São Leopoldo, Ary José Vanazzi, que assim permanecerá até a metade de 2009, quando encerrará seu mandato de 2 anos. Como visto na tabela 2, na área de atuação do consórcio público Pró-Sinos, temos um potencial de geração de resíduos orgânicos superior a 12 mil toneladas por mês. Tendo-se a região metropolitana de Porto Alegre – RMPA - como referência, a qual abraça alguns dos municípios integrantes do consórcio, que como dito engloba 31 municípios, e é residência de 36,5% da população do estado – cerca de 3.960.000 pessoas, os patamares são superiores a este. Ao todo, a Grampal, como é conhecida a região metropolitana de Porto Alegre, gera cerca de 2.340 t/d de resíduos sólidos urbanos, sendo a fração orgânica estimada em 1.640 t/d. Ainda para efeito de comparação, a produção estimada de resíduos sólidos orgânicos em toda a bacia do Sinos é superior a 856 t/d.

Marco Regulatório Municipal Marco Regulatório Municipal Marco Regulatório Municipal Marco Regulatório Municipal dddde Saneamento e Saneamento e Saneamento e Saneamento eeee Gestão Ambiental Gestão Ambiental Gestão Ambiental Gestão Ambiental São Leopoldo está a construir sua Agenda 21, a qual se propõe a integrar todos os projetos e

realizações do governo municipal, otimizando ações e potencializando, portanto, o conjunto de atividades existentes, ao organizá-las e sistematizá-las como um programa de desenvolvimento sustentável.

Uma destas ações é o marco regulatório de saneamento e gestão ambiental, que é um conjunto de leis municipais que visam a organizar e/ou regulamentar, de forma integrada, todos os setores que possuem algum tipo de atuação na área do planejamento urbano, do saneamento e meio ambiente, neste caso, no município de São Leopoldo.

Um de seus principais instrumentos é o Plano Municipal de Saneamento Ambiental – PLAMASA, que trata da estruturação das ações necessárias para a busca da sanidade ambiental em São Leopoldo, que devem ser integradas e direcionadas à gestão ambiental e ao saneamento.

São três as leis municipais que o compõe: a) Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental – 6.494/07; b) Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-Bacias do Rio dos Sinos – 6.493/07 c) Código Municipal do Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental – 6.463/07. E entre as ações que o marco prevê, estão as confecções dos planos diretores setoriais.

Plano Diretor de Água e Esgotos Ainda vigora o plano diretor de água e esgotos produzido em 1996. Obviamente, com o tempo, ele perdeu parte de sua eficácia. Atualmente está em fase de estudos a confecção de um novo plano diretor, que considera a realidade atual e futura de São Leopoldo, estudando as áreas de água, esgotos e drenagem urbana.

Plano Diretor de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Nosso plano diretor de resíduos baseia-se em quatro alicerces: o diagnóstico situacional de resíduos sólidos, o programa de gerenciamento integrado de resíduos – Pró-Girs, o licenciamento ambiental e a viabilidade aliada à sustentabilidade do sistema.

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Com o licenciamento pleno, o diagnóstico já construído e o Pró-Girs em implantação, nossos esforços estão centrados na sustentabilidade do sistema. E o plano diretor de resíduos permitirá direcionar as ações de forma otimizada em todas as frentes de prestação deste serviço, seja diretamente ou através da concessionária prestadora dos serviços. A estruturação dos serviços existentes engloba: a) a coleta manual e mecanizada de resíduos sólidos domiciliares, com fornecimento de contêineres – o que está em projeto, dos resíduos comerciais, da varrição de ruas e logradouros públicos, além de serviços complementares; b) Implantação, operação e manutenção do novo Aterro sanitário, cuja célula recentemente começou a operar, e o fechamento, manutenção e monitoramento ambiental da célula esgotada; c) Operação e manutenção da Unidade de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde; d) Varrição manual de vias e logradouros públicos; e) Coleta e Transporte de Materiais recicláveis; f) gestão dos Resíduos da Construção Civil (RCD) - Entulhos; g) gestão de resíduos arbóreos; h) serviços de capina e roçada.

GERENCIAMENTO INTEGRGERENCIAMENTO INTEGRGERENCIAMENTO INTEGRGERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIADO DE RESÍDUOS SÓLIADO DE RESÍDUOS SÓLIADO DE RESÍDUOS SÓLIDOSDOSDOSDOS –––– DESPERDÍCIO ZERO DESPERDÍCIO ZERO DESPERDÍCIO ZERO DESPERDÍCIO ZERO

A coleta seletiva poupa recursos e gera renda, além de evitar sobrecargas ao meio ambiente. A tabela 3 fornece alguns exemplos de economia pela reciclagem.

Tabela 3: exemplos de economia de recursos

Papéis Vidros Metais Plásticos 50 kg de papel reciclado poupam o corte de eucalipto de 6 anos de idade e economiza 70% de energia, se comparado ao gasto na produção a partir da matéria-prima virgem.

Praticamente não produz resíduos. Economiza 30% de energia, se comparando ao gasto na produção a partir da matéria-prima virgem.

Evita a retirada de 5 toneladas de bauxita para fabricar 1 tonelada de alumínio. Economiza 95% de energia, se comparando ao gasto na produção a partir da mátria-prima virgem.

Economiza 50% de energia, se comparando ao gasto na produção a partir da mátria-prima virgem.

Se Reciclado: economia de árvores e 70% energia

Se reciclado: economia de areia e 30% de energia

Se reciclado: economia de minério e 95% de energia

Se reciclado: economia de petróleo e energia

Não reciclado: 2 a 4 semanas para a decomposição

Não reciclado: Tempo indeterminado para a decomposição

Não reciclado: 100 a 500 anos para a decomposição

Não reciclado: 450 anos para a decomposição

Com base nestas informações, podemos afirmar que São Leopoldo, com seu sistema de

triagem de resíduos, evita, diariamente, o corte de 120 árvores e a extração de 3,8 t de minérios. Além disso, na área do consórcio, temos a estimativa da geração de 33 t/d de resíduos de papéis e cerca de 68 t/d de resíduos plásticos, ambos com valor agregado e passíveis de reciclagem.

O poder público de São Leopoldo realiza atividades de coleta de resíduos diretamente ou através da concessionária dos serviços. Estes podem ser descritos conforme segue.

Programa de Gerenciamento Interno de Resíduos Sólidos – Diagnóstico e Cadastro

dos Estabelecimentos Públicos e Privados Propõe o atendimento do Plano Nacional de Saneamento Básico – Lei nº. 11.445/07, visando à estruturação integrada, à gestão, ao diagnóstico e ao controle da geração de resíduos no município. Já cadastramos 1.199 empresas em São Leopoldo através do Pró-Girs, sendo 97 do setor de saúde, 632 do setor de comércio, 360 prestadores de serviços e 110 de alimentação.

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Coleta de resíduos urbanos Hoje, nossa cidade, no quesito viabilidade do sistema de coleta, é deficitária, uma vez que é arrecadado para este serviço apenas cerca de um quarto (1/4) do despendido com esta atividade. O marco regulatório municipal de saneamento e gestão ambiental prevê que este sistema deve ser auto-sustentável. Portanto, ou sobe o valor do serviço da coleta ou, como entende o poder público, otimiza-se o serviço para diminuir o custo e, mais que isto, a geração e a conseqüente disposição de resíduos.

Coleta de Resíduos Domiciliares

A coleta domiciliar regular é realizada pela empresa concessionária SL Ambiental, ligada à Vega Ambiental, pertencente ao grupo Solví.

A coleta regular atinge 100% da área urbana da cidade, sendo esta subdividida em 14 setores. A freqüência na região central – Setor 1 (acrescida do condomínio Charrua e bairro Fião) é diária, realizada nos turnos diurno e noturno e, nos demais setores, executada em dias alternados, três vezes por semana. Atualmente a média de resíduos coletados gira em torno de 110 toneladas/dia e custo médio mensal para realização deste serviço é de, aproximadamente, R$ 200.000,00.

Programa de Coleta Seletiva Compartilhada Este programa socioambiental visa à geração de trabalho e renda aliada à redução dos impactos ambientais. O processo de coleta é feito de maneira compartilhada pelos recicladores, que a realizam de porta em porta. Ao fim de cada trecho, estes materiais são depositados e recolhidos por um caminhão coletor compactador que os envia às unidades de triagem das cooperativas.

Coleta de Resíduos Sólidos Especiais

Resíduos de Serviços de Saúde Os resíduos de serviços de saúde provenientes do Hospital Centenário, das três UBAM’s –

Unidades Básicas de Assistência Médica, 12 Postos de Saúde e dos 136 estabelecimentos prestadores de serviços de saúde privados, estaduais ou ONG’s, constituídos de clínicas e consultórios médicos, odontológicos e veterinários, farmácias, laboratórios, ambulatórios empresarias e outros, são coletados e tratados utilizando a tecnologia de autoclavagem a vapor saturado e pressão, com posterior trituração dos resíduos e disposição final no aterro sanitário da Central de Tratamento de Resíduos da SL Ambiental.

A coleta e o transporte destes resíduos atendem as normas e legislação em vigor, possuindo Licença de Operação da FEPAM nº. 9430/2006 (válida até 05/12/2008), para tratamento de resíduos de serviços de saúde – Grupo A, risco biológico.

Coleta de Resíduos Extradomiciliares - Entulhos e a rbóreos

São Leopoldo tem altos custos mensais para recolher e dispor tais resíduos, gerados por podas feitas, como regra, sem nenhum controle público e técnico.

A quantidade mensal recolhida, gerada nos 27 bairros do município, é de, aproximadamente, 700 t/mês, sendo 60% delas resíduos arbóreos – cerca de 420 t – e o restante, caliça (RCD).

Central Municipal de Resíduos Sólidos – CTR Atualmente, a coleta, o tratamento e o destino final dos resíduos sólidos produzidos no

município são uma concessão, firmada através de contrato de parceria público-privada com a

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empresa SL AMBIENTAL, concessionária responsável pela operação da Central de Tratamento de Resíduos – CTR - de São Leopoldo, que dispõe de uma Unidade de Triagem, Aterro Sanitário e uma Unidade de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde, todos licenciados pelo órgão estadual de proteção ambiental – FEPAM.

Os resíduos são pesados ao entrarem na Central e disponibilizados para triagem. Ainda junto à Central existe a cooperativa de resíduos de Santa Marta, que faz a separação complementar ao material recolhido pela coleta seletiva, já que nosso sistema segrega o material orgânico, mas não as espécies recicláveis.

Temos, em projeto, a instalação de uma unidade de triagem e compostagem de resíduos – UTR, conforme descrito a seguir, além da proposta de operação de uma unidade de reciclagem de resíduos de construção civil e demolição – RCD.

Cabe salientar que, para o sistema de compostagem, os recursos, advindos do governo federal, já foram disponibilizados.

Unidade de separação por esteira mecânica (1º Módul o do projeto de MDL via compostagem de resíduos – MDL – UTC)

Visando à otimização da área do aterro sanitário de Santa Marta, nossa sistemática engloba o uso de uma esteira mecânica para a separação de materiais reaproveitáveis. A Central de triagem localizada junto à Central de Resíduos Sólidos – aterro Santa Marta, opera desde o ano de 1996, atingindo atualmente uma média de 8% de material reciclável triado, diminuindo o volume de resíduos enviado ao aterro. A possibilidade de uma triagem mais eficiente, bem como do aproveitamento da fração orgânica desse resíduo através da central de compostagem a ser implantada junto à Central, trarão sensíveis benefícios ao Município e conseqüentemente ao meio ambiente, considerando que atualmente parte do material não triado e toda fração orgânica são enviados como rejeito ao aterro sanitário, diminuindo sua área útil e onerando os cofres públicos, na medida que, tanto a disposição desse resíduo, como o espaço por ele ocupado, geram custos. Além desses aspectos, devemos também considerar que a diminuição do volume de resíduos enviados ao aterro proporcionará a redução dos gases de efeito estufa gerados neste sistema.

Aterro Sanitário – Unidade de tratamento de chorume por evaporador O aterro sanitário possui sistema de coleta e tratamento de efluentes e chorume, através da

estabilização em lagoas anaeróbias. Estas oito lagoas permitem que este efluente alcance um nível tolerável de carga orgânica frente às especificações da legislação em vigor.

Cabe salientar que este efluente não tem descarte, já que as perdas por evaporação natural compensam o volume de entrada.

Atualmente está em fase de ajustes um evaporador mecânico operado com energia coletada dos gases gerados no aterro. Este sistema, cujo investimento foi feito pela concessionária dos serviços, se devidamente aprovado pelo órgão ambiental estadual - FEPAM, será referencial frente ao patamar de exigência deste órgão quanto ao tratamento de efluentes de aterros sanitários.

Cabe salientar que o referido órgão já propôs a operadores de outros aterros que analisem a viabilidade de adquirir equipamentos similares ou, ao menos, fazer uso desta sistemática em nosso aterro, visando à eliminação de qualquer possibilidade, mesmo acidental, de lançamentos indevidos.

Unidade de tratamento de Serviços de Saúde – sistem a de autoclavagem Os Resíduos Sólidos de Saúde – RSS - tem o melhor tratamento técnica e ambientalmente disponível, seguindo a normatização em vigor no Brasil e, em especial, no nosso estado. Tanto que o Órgão Ambiental do Estado, a FEPAM, estuda indicar nossa sistemática para os municípios da região.

O equipamento disponível é um autoclave, fabricado pela empresa Mark Costello Co., modelo AS – 47, com capacidade para tratar 210 kg/h de resíduos infectantes. O processo consiste no uso de vapor saturado como agente esterilizador. É fabricado de acordo com as normas internacionais -

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American Society of Mechanical Engineers (ASM), Food and Drugs Administration (FDA) e outras, bem como pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR) e norma NB – 3, relativa a vasos de pressão.

Unidade de Triagem de Resíduos Recicláveis (2° Módu lo do MDL – UTC)

Na nossa esteira de triagem, identificamos os resíduos capazes de serem reaproveitados. Geramos, para tanto, 125 postos de trabalho. Estes colaboradores trabalham em 2 turnos de oito horas, separando nove toneladas por dia de resíduos recicláveis.

Unidade de Compostagem de Resíduos – UCR (3° Módulo do MDL – UTC) Esta etapa contempla a transformação de matéria orgânica, que atualmente tem como destino

nosso aterro sanitário, em húmus, de forma aerada forçada, para reaproveitamento. Isto permite a ampliação da vida útil dos aterros sanitários.

Além disso, esta iniciativa contribui para a redução de emissão de gás Metano (CH4), convertendo-o em gás Carbônico (CO2), o qual é 21 vezes menos agressivo à atmosfera que o metano.

Projeto MDLProjeto MDLProjeto MDLProjeto MDL ---- Compostagem Compostagem Compostagem Compostagem

Objetivo Geral Diminuir o envio de matéria orgânica ao Aterro Sanitário de Santa Marta, utilizando-a para a produção de composto orgânico.

Objetivos Específicos - ampliar a vida útil das células do Aterro Santa Marta; - contribuir para a diminuição da geração de gases do efeito estufa - GEE, pela substituição de metano por gás carbônico, através de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL; - produzir composto orgânico para reaproveitamento energético de matéria orgânica. Na atual realidade brasileira, são os seguintes os dados referentes à produção, índice de reciclagem, economia obtida e economia possível de alguns materiais recicláveis. Tabela 4: economia possível com a reciclagem de resíduos

Material Produção (mil t)

Reciclagem (mil t)

Índice de Reciclagem (%)

Economia obtida (R$ milhões)

Economia possível (R$ milhões)

Lata de alumínio 66 46 70 22,2 31,7 Vidro 800 280 35,09 27,9 79,6 Papel 5.708 1.840 31,7 712,0 2.239,4 Lata de aço 600 108 18 33,6 186,7 Plástico 2.250 270 12 395,8 3.298,5 TOTAL 9.514 2.544 - 1.191,5 5.835,9

Fonte: Calderoni, 1997.

A prefeitura municipal de São Leopoldo tem com uma das metas na área de resíduos sólidos não mais efetuar disposição de resíduos em aterro sanitário no prazo de 10 anos, ou seja, até 2018, todos os resíduos coletados no município terão como destino a reciclagem, a compostagem ou o reaproveitamento.

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Plano de Implantação do Projeto

Croqui da área da Central Municipal de Resíduos Sól idos Urbanos

Estrad do Socorro

Acesso Principal

ÁREA = 164.092,23m

Comando da Ba lanç a

Balança

depósito e prensas

E=0.481 .772

N= 6.610.59 3

COORDENADAS UTM

materi ais t ri ados

f iscal ização

admi nist ração

vesti ari os

sanitári os

almoxarif .

estac.

Galpão

Autoc lave

M-1

N=5000

E=5000

Z=100. 000

I nciner ador

tel heiro

Guar ita

GALPÃO

RAMPA

GUARITA

Depósito de

Materiais

ABA STE C.

GALPÃO

PRÉDIO

UT SANTA MARTA1

3

45

6

LEGENDA

1 - UNIDADE DE TRIAGEM - SANTA MARTA

2 - CÉLULA EM USO

3 - CÉLULA COM CAPACIDADE ESGOTADA

4 - ÁREAS DE LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO

5 - BALANÇA

6 - FUTURAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE DE COMPOSTAGEM

Figura 3: croqui do aterro Santa Marta com os equipamentos instalados e o projeto UTC

Sistema Operacional

O Projeto em construção prevê a instalação de uma Unidade de Triagem e Compostagem – UTC – junto à Central de Tratamento de Resíduos – CTR – de Santa Marta, a fim de otimizar o tempo de uso da área do aterro sanitário, recuperar a matéria orgânica disponível, que representa cerca de 70% do resíduo produzido, como composto orgânico, além de reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

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Tabela 5: Comparação de composição gravimétricas de resíduos domiciliares de várias fontes – (%) em peso

Componentes Rio de Janeiro São Paulo Manaus Fortaleza São Leopoldo Papel e papelão 22,25 14,40 18,94 14,56 5,54* Plástico 15,09 12,00 8,62 10,69 11,04 Vidro 3,63 1,10 2,18 2,15 1,50 Orgânico 51,27 64,40 58,69 47,19 69,94 Metal 3,09 3,20 4,31 3,92 3,01 Inerte 0,97 - 1,24 3,84 0,06** Madeira 0,53 - 2,93 2,33 - Borracha/couro/pano 2,84 4,50 3,09 4,67 4,18 outros 0,33 - - 10,65 4,71*** TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Peso específico (Kg/m3) 194,8 - 320,0 - 229,0

fontes: RJ: Comlurb 1996; AM: Andrade 1992; SP: IPT 1993; CE: Mota 1997; São Leopoldo: Diagnóstico RS 2006.

* com tetrapack ** engloba pedras, terra e cerâmica. *** engloba PS expandido, madeira, contaminantes químicos (lâmpadas, pilhas, baterias e inseticidas) e outros

não listados acima

Como sabido, o processo de compostagem é um processo ambientalmente seguro, apresenta um baixo custo de implantação, exerce, indiretamente, efeito controlador sobre muitas doenças e pragas e pode ser utilizado como instrumento de educação ambiental, despertando a consciência ecológica em toda a comunidade envolvida, além de gerar trabalho e renda.

Cabe salientar que o Município de São Leopoldo adquiriu recentemente, junto ao Órgão Ambiental Estadual - FEPAM, a competência plena de licenciamento ambiental. Este fato representa um avanço e um reconhecimento pelas atividades executadas na construção da defesa ambiental e do desenvolvimento sustentável.

A CTR é gerenciada pela concessionária dos serviços SL AMBIENTAL e está localizada no bairro Arroio da Manteiga, tendo como via de acesso a Estrada do Socorro, s/n°, distando, como já dito, 4,7 km do centro de São Leopoldo.

Com a instalação da nova Unidade de Compostagem, a CTR de São Leopoldo passará a operar de acordo com os fluxogramas a seguir:

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Figura 4: Fluxograma simplificado do processo CTR São Leopoldo

Figura 5: Fluxograma do projeto de compostagem no aterro sanitário Santa Marta

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Resultados

A data prevista para implantação da Unidade de Compostagem é 15 de Julho de 2008. O

prazo de viabilidade estimada para o projeto de compostagem é de 10 anos. A estimativa da redução de emissões durante o período de creditação escolhido encontra-se

na tabela abaixo e se baseia no Projeto REDUÇÃO DE METANO ATRAVÉS DA COMPOSTAGEM - “Methane emissions reduction from organic waste water and bioorganic solid waste using cocomposting”, cuja base e metodologia de monitoramento, além do projeto, foram executados pela Gerência de Energia Dinamarquesa S.A.

Tabela 6: Estimativa de Redução de emissões (10 anos) em São Leopoldo

Ano Estimativa de redução de emissões em toneladas CO 2

2008 6.007,6552 2009 12.008,7634 2010 12.008,7634 2011 12.008,7634 2012 36.013,1962 2013 36.013,1962 2014 36.013,1962 2015 36.013,1962 2016 36.013,1962 2017 36.013,1962 2018 36.013,1962

Total de redução estimada 294.126,3193 Numero total de anos 10 anos Redução média anual

estimada 29.412,6319

Ao extrapolarmos tais dados de redução da emissão de gás carbônico para os municípios

integrantes do consórcio, no período de 10 anos evitaremos o lançamento de 1.417.220 tCO2, os quais, em uma cotação de € 10 por tonelada, gerarão mais de € 14.170.000 em créditos de carbono.

Considerações finaisConsiderações finaisConsiderações finaisConsiderações finais

Nossa cidade sempre se pautou pelo pioneirismo nas ações ambientais. São Leopoldo é uma das mais produtivas cidades do Rio Grande do Sul, tanto produtiva,

quanto cultural, ou mesmo ambientalmente. Como qualquer cidade que cresce, seus problemas também se expandem. E a gestão de

resíduos sólidos é um destes problemas, que tem soluções comuns e que devem ser compartilhadas.

Pensar o equacionamento da sanidade ambiental dentro da bacia dos Sinos, usando a ferramenta do consorciamento, é parte fundamental deste processo. E por pensar assim que nossa cidade foi a mais dedicada interessada em viabilizar o Pró-Sinos.

Os dados existentes sobre os municípios participantes do consórcio, no tocante à geração de resíduos, ainda que não estejam completos, dão a dimensão do potencial econômico de iniciativas como a implantação do processo de compostagem no aterro sanitário de nossa cidade.

Cabe salientar que estes dados, relativos ao consórcio, estarão disponíveis até Julho deste ano, compilados pelo levantamento que já vem sendo feito pelo próprio Pró-Sinos.

Temos objetivos definidos e a vontade de melhorar continuadamente nossa qualidade de vida, e a premissa do desperdício zero é regra para esta intenção. Queremos chegar em 2018 precisando remeter a aterro apenas o estritamente não aproveitável para outros fins.

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O processo de compostagem, a coleta seletiva compartilhada e o Pró-Girs são algumas de nossas ferramentas em uso na busca deste objetivo.

Portanto, o vale do rio dos Sinos e, em especial, São Leopoldo, pelo potencial que apresentam e pela vontade de melhorar seu padrão de sustentabilidade, no qual estamos empenhados, são destinos mais do que adequados para projetos que busquem o incremento da qualidade ambiental.