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FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAS E APLICADAS DE SINOP (FACISAS)
UNIC SINOP AEROPORTO
CURSO DE ENFERMAGEM
PREVALÊNCIA DA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU EM MULHERES DA
CIDADE DE SANTA CARMEM, MATO GROSSO.
PATRICIA DE CARVALHO SOUZA
SINOP, MT
2013
PATRICIA DE CARVALHO SOUZA
PREVALÊNCIA DA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU EM MULHERES DA
CIDADE DE SANTA CARMEM, MATO GROSSO.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade
de Ciências Aplicadas de Sinop, Departamento de
Enfermagem, como parte das exigências para obtenção
do título de Bacharel em Enfermagem.
BANCA EXAMINADIORA
____________________________ ______________________________________
Profª. Kellin de Lima Duarte Prof. Pedro Henrique Guimarães da S. Siqueira
_________________________________________________
Prof.ª Esp. Mestranda Márcia Cristina Barbosa.
(Orientadora)
SINOP, MT
2013
III
À Deus.
Aos meus pais, Arnaldo e Marinalva.
Ao meu esposo querido, Marco.
Ao meu saudoso irmão, Anderson (in
memória).
IV
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, que permitiu minha chegada até aqui, estando com saúde e
com vida, que sempre amparou-me nos momentos de incertezas e dificuldades, e sempre
esteve ao meu lado.
Aos meus pais, Arnaldo e Marinalva pelo apoio incondicional que me proporcionaram
em todo este tempo. Principalmente nos momentos felizes e tristes de meus dias.
Ao meu irmão Anderson, que mesmo não estando mais do meu lado, ainda me dá
forças para continuar nessa tão longa jornada chamada vida. Um dia te verei novamente meu
ruivinho, disso não tenho dúvidas.
Ao meu esposo Marco, por toda a paciência que demonstrou, pela força concedida,
pelo amor incrível, compreensão, carinho e confiança depositada em mim. Obrigada amor.
Aos meus cunhados, Fábio, Diego e Lucas, por fazerem parte de minha vida, sendo
mais que irmãos, e me aceitando também como irmã.
Às minhas cunhadas, por serem as irmãs que eu não tive, Fabiana, Jeniffer e Vanessa.
Aos meus sogros, João Elói e Noeli, por acreditarem no meu sonho desde o início, e
pelo incentivo dado.
A todos meus demais familiares pela amizade e apoio prestados nestes últimos quatro
anos e meio.
Aos colegas de classe que estão comigo desde o início da caminhada, que sempre me
fizeram sorrir, mesmo quando não tinha motivos para isso, Celso, Claudiana e Gecilda.
Às minhas duas irmãs de coração Cristina e Hedyene, por serem muito mais do que
amigas, e sim, parte da minha vida. Nos bons e nos maus momentos. Não precisamos de laços
de sangue para sermos irmãs, e vocês sabem disso. Nunca deixaremos de ser o trio da
enfermagem.
Agradeço a todos meus outros amigos que sabem o quanto batalhei para completar
essa jornada, e mesmo estando distante de alguns, amo a todos, principalmente você Keicielli,
minha baixinha.
Não poderia deixar de agradecer aos meus outros colegas de classe, que mesmo os
encontrando na metade do caminho, conseguimos construir algo sólido e bonito, Adriana,
Elocias, Iellida, Janaína, Marta, Meire, Mirian, Suzane e Vanderli. Obrigada.
À Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Sinop, em especial ao Departamento
de Enfermagem pela oportunidade da realização desta minha primeira formação acadêmica. À
professora Márcia Cristina Barbosa, pela orientação, dedicação, disposição de tempo, ensino,
compreensão, e crédito em mim.
Aos demais profissionais que fizeram possível a realização desta conquista, Ilana,
Vanessa, Claudomiro, Franciane, Juliana, Antônio, Ádila, Tânia, Kellin, Sulmaya, Marisa,
Cláudia, Laura, Robson e Pedro.
À Profª. Dra. Fernanda C. Esteves de Oliveira pela supervisão metodológica e
paciência.
Agradeço também aos funcionários da universidade, desde o jardineiro até a
bibliotecária, que sempre fizeram com que os dias fossem mais agradáveis na instituição.
Agradeço imensamente.
Agradeço a todos os que direta ou indiretamente fizeram parte deste sonho, e
acreditaram que eu chegaria até aqui, o meu muito abrigado. Afinal, este não é o fim, mas
sim, apenas o começo da minha grande jornada.
V
SUMÁRIO
ARTIGO – PREVALÊNCIA DA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU EM
MULHERES DA CIDADE DE SANTA CARMEM, MATO GROSSO...........................
01
RESUMO................................................................................................................. 01
ABSTRACT............................................................................................................. 02
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 02
METODOLOGIA...................................................................................................... 04
RESULTADOS......................................................................................................... 05
DISCUSSÃO............................................................................................................ 08
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 12
APÊNDICE 1............................................................................................................. 16
APÊNDICE 2........................................................................................................... 19
APÊNDICE 3........................................................................................................... 20
APÊNDICE 4........................................................................................................... 22
APÊNDICE 5............................................................................................................ 23
NORMAS DE PUBLICAÇÃO................................................................................... 24
1
PREVALÊNCIA DA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU EM MULHERES DA
CIDADE DE SANTA CARMEM, MATO GROSSO.
PREVALENCE OF REALIZATION OF PAP WOMEN IN THE CITY OF SANTA
CARMEM, MATO GROSSO.
Título:
PREVALÊNCIA DA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU EM UMA CIDADE DO MATO
GROSSO
Patrícia De Carvalho Souza¹, Márcia Cristina Barbosa².
¹ Graduanda de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Sinop
(FASISAS).
² Enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, Docente da Faculdade de Ciências
Sociais e Aplicadas de Sinop (Facisas), Mestranda em Saúde Coletiva pelo Instituto Superior
de Educação e Saúde Sinop (Future).
RESUMO
Introdução: O exame do papanicolau é um procedimento conhecido mundialmente, e tem
como objetivo prevenir o câncer do colo de útero. Ele pode ser realizado em unidades básicas
de saúde por profissionais capacitados. Porém, ainda é alto o número de mulheres que não
tem o hábito de realizar este procedimento, e o diagnóstico da doença muitas vezes é tardio.
No Brasil, o câncer do colo do útero está em segundo lugar entre os principais problemas de
saúde pública, perdendo apenas para o câncer de mama. Objetivos: Conhecer a realidade das
mulheres que realizam o exame do papanicolau na cidade de Santa Carmem, Mato Grosso, e
analisar se o conhecimento por parte destas está de acordo com seu grau de instrução.
Metodologia: A pesquisa foi realizada de agosto a setembro de 2013, por meio de entrevista
com 21 mulheres na faixa etária de 18 a 60 anos. A análise dos dados se deu com o auxílio do
software Excel, e os resultados apresentados em tabelas na forma de porcentagem.
Resultados: Houve maior prevalência de mulheres com idade entre 20 e 30 anos, 38,10% são
casadas, e 76,19% já realizaram o exame preventivo nos últimos dois anos precedentes à
pesquisa. Conclusão: Foi possível concluir que dentre as mulheres entrevistadas, a maioria
realiza o exame do papanicolau anualmente. Que as dúvidas que possuem em relação ao
exame estão sendo esclarecidas pelo enfermeiro responsável pela coleta. E após a realização
do procedimento, as mesmas voltam para buscar os resultados.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer do Colo do Útero, Papanicolau, Enfermeiro, Mulheres.
2
ABSTRACT
Introduction: Examination of Pap smear is a procedure known worldwide, and aims to
prevent cancer of the cervix. It can be performed in primary health care by trained
professionals. However, it is still high number of women who do not have the habit of
performing this procedure, and its diagnosis is often delayed. In Brazil, cancer of the cervix is
in second place among the major public health problems, second only to breast cancer.
Objectives: To know the reality of women undergoing Pap smear examination of the city of
Santa Carmen, Mato Grosso, and analyze the knowledge on their part is in accordance with
their level of education. Methodology: The survey was conducted from August to September,
2013, through interviews with 21 women aged 18-60 years. The analysis of data was done
with the assistance of the Excel software, and the results presented in tables in the form of
percentage. Results: There was a higher prevalence of women aged between 20 and 30 years,
38.10% are married, and 76.19% have performed the Pap smear in the last two years
preceding the study. Conclusion: It was concluded that among the women interviewed, most
examining the Pap smear annually. The questions they have regarding the examination are
being informed by the nurse responsible for the collection. And after the procedure, the same
return for the results.
KEYWORDS: Cervical Cancer, Pap, Nurse, Women.
INTRODUÇÃO
O exame Papanicolau é um procedimento conhecido mundialmente, o qual foi
descoberto primariamente pelo Dr. George Nicholas Papanicolau (1883-1962). Em 1917, este
profissional realizou diversos estudos, analisando as alterações celulares da região da cérvix e
da vagina, observando também as alterações que a mulher sofre durante o ciclo menstrual. Por
volta de 1920, elaborou uma técnica para estudar as células vaginais e do colo uterino, que
passou a ser conhecida como método de ‘citologia esfoliativa’, técnica esta que é utilizada até
hoje. Após três anos de estudo, em 1923, Papanicolau sugeriu o uso de seu método de
citologia esfoliativa como um dos meios para se diagnosticar o câncer cervicouterino. Sendo
assim, este exame, o preventivo, é realizado com o intuito de identificar alterações celulares
que possam evoluir para o câncer de colo de útero1.
O exame é denominado como colpocitologia, mas é usualmente referido pela maioria
das pessoas como preventivo, é tido como instrumento mais adequado, prático e barato para o
rastreamento do câncer de útero. Quando o preventivo é incorporado na rotina das mulheres
adultas, este se torna um forte aliado para reduzir significativamente a morbimortalidade de
eventuais portadoras do câncer de colo do útero2.
O câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina,
atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. A estimativa para o ano de
2012 reduziu para 17.540 novos casos. A infecção persistente pelo papilomavírus humano
(HPV) tem papel importante no desenvolvimento do câncer do colo do útero. Estudos
realizados demonstram que o vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer
cervical3.
3
Esta neoplasia acomete com menor frequência mulheres com idade inferior a 30 anos,
sendo mais prevalente em mulheres com mais de 40 anos4. A maior incidência do câncer
uterino é observada em países em desenvolvimento, pois apresenta alta taxa de prevalência
entre a morbi-mortalidade em mulheres com nível socioeconômico baixo e na fase produtiva
de suas vidas.
Como possíveis fatores que contribuem para o surgimento deste tipo de neoplasia,
podemos citar: infecções pelo papiloma vírus humano (HPV), tabagismo, parceiros sexuais
múltiplos, parceiros sexuais múltiplos, baixa ingestão de vitaminas, início precoce da vida
sexual, má higienização íntima, dificuldade de acesso ao atendimento público de saúde, a falta
de orientação sobre a importância de se realizar o exame periodicamente, e outros5.
A prevenção do câncer do colo do útero está diretamente ligada ao nível de
conhecimento que as mulheres possuem acerca desta patologia. Mesmo que o exame se
mostre efetivo em reduzir a incidência e a mortalidade da doença, ainda é comum o mesmo
ser oferecido à mulher de forma oportunista, ou seja, apenas quando esta procura o serviço de
saúde para o atendimento, principalmente para cuidados maternos. A fim de contribuir para a
prevenção do câncer cervicouterino, o Ministério da Saúde (MS) por intermédio do Instituto
Nacional de Câncer (INCA), e em parceria com as secretarias de saúde, desenvolveu o
programa Viva Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de
Mama, que visam promover a realização do exame anualmente para mulheres adultas com
idade entre 25 a 59 anos, ou antes, se já possuem vida sexual ativa6.
É importante salientar que o exame do Papanicolau pode ser realizado em postos de
saúde, ou unidades básicas de saúde, por profissionais capacitados para a realização de tal
procedimento. No entanto, ainda é alto o número de mulheres, que não tem o hábito de
realizá-lo, e o diagnóstico muitas vezes é feito somente quando a doença já se encontra em um
estágio mais avançado, o que pode ser irreversível. O diagnóstico tardio desta patologia pode
estar ligado à dificuldade de acesso das mulheres aos serviços de saúde, a falta de recursos
públicos para que tais procedimentos sejam feitos de forma correta, a vergonha ou medo da
própria mulher para realizar o exame7.
Partindo do princípio, de que a prevenção é a melhor estratégia contra o câncer do colo
do útero, os profissionais da área da saúde devem estar cientes de que as mulheres precisam
de um atendimento de qualidade no que diz respeito à realização do Papanicolau. É necessário
prestar um melhor acolhimento à usuária, e orientá-la sobre a importância da realização
periódica deste procedimento, mesmo naquelas em que já estão na menopausa. Cada mulher
possui sua própria compreensão acerca do exame. E o que pode ser um procedimento simples
aos olhos do profissional, pode ser percebido pela mulher como uma experiência agressiva,
tanto física quanto psicologicamente8.
É preciso compreender que a mulher não é apenas o ‘colo uterino’ durante o exame,
ela também é um corpo que possui sentimentos que interage com o mundo, com o outro ser
humano e consigo mesma, se não houver uma boa relação com o enfermeiro, seu corpo se
cala, e esse momento se torna traumático e doloroso. Em alguns casos, suas expressões, seus
gestos, seu olhar, e até mesmo o silêncio, traduz o que esta paciente está sentindo no momento
do procedimento9.
4
Portanto, o enfermeiro é a peça chave neste processo de aceitação e de conhecimento
do procedimento a ser realizado entre as mulheres. Como profissional da saúde, é dever do
enfermeiro assumir uma atitude ativa, não passiva, frente à realização do exame do
papanicolau. E como este necessita de uma exposição física por parte das mulheres, causando
muitas vezes desconforto ou medo, o enfermeiro tem a função de realizar campanhas,
entrevistas e palestras educativas com o objetivo de estimular as mulheres em idade
reprodutiva, a buscarem o atendimento de saúde mais próximo, e aderirem à realização do
exame10.
Este estudo teve como objetivo conhecer a realidade das mulheres que realizam, ou
não, o exame do papanicolau na cidade de Santa Carmem, MT, e analisar se o conhecimento
por parte destas, no que diz respeito à realização do exame, está de acordo com seu grau de
escolaridade, com a renda, e fatores culturais.
Diante deste exposto espera-se sanar as dúvidas das usuárias do serviço de saúde, em
relação ao exame papanicolau no momento da coleta e após.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, onde se avalia as características de determinado
grupo quanto à idade, sexo, nível de escolaridade, renda, estado civil, e outros11
. A abordagem
do estudo se deu de forma quanti-qualitativa, onde os dados qualitativos descreveram
expressões, relatos e experiências dos entrevistados, para os dados quantitativos foram
tabulados através da ferramenta Microsoft Excel 2007, e seus resultados apresentados por
meio de tabelas, na forma de porcentagem12
.
A pesquisa foi realizada no município de Santa Carmem-MT, no período de setembro
a outubro de 2013. Este, que se encontra localizado na região norte do estado, com uma
população de aproximadamente 4.085 habitantes, com prevalência de população masculina13
.
Possui apenas uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma Estratégia de Saúde da Família
(ESF) no município.
Foram realizadas entrevistas, por meio de um questionário estruturado (Apêndice 3),
contendo perguntas abertas e fechadas, com informações socioedemográficas, contendo:
idade, cor/raça, estado civil, grau de instrução, religião, frequência na realização do exame,
conhecimento sobre o procedimento, dúvidas que as mesmas possuem em relação a este
assunto, e se houve mulheres que não realizaram o exame do preventivo entre as
entrevistadas. O questionário foi padronizado, e seguiu um roteiro previamente estabelecido,
sendo realizado na unidade básica de saúde na sala de espera, ou conforme a disponibilidade
da entrevistada.
A amostragem da pesquisa se deu de forma aleatória simples, onde a população-alvo
foi composta por mulheres cadastradas na unidade de saúde, e com residência fixa nas
proximidades. Estas foram encontradas ao acaso, após a procura do serviço de saúde. Nesta
forma de amostragem, cada indivíduo tem a mesma probabilidade de ser escolhida para
pertencer à amostra, não existindo uma seleção específica14
.
5
Para a delimitação da quantidade dos participantes, foi utilizada a amostragem por
saturação, sendo uma ferramenta frequentemente empregada em relatórios de investigações
qualitativas em diferentes campos da saúde. O fechamento da amostragem por saturação é
definido basicamente como a suspensão da inclusão de novos participantes quando os dados
obtidos passam a apresentar certa repetição nas respostas. Em outras palavras, fica claro que
as informações fornecidas por novos participantes na pesquisa pouco acrescentariam ao
material já obtido15
.
A idade das entrevistadas foi entre 18 e 60 anos. Como critérios de inclusão, foram
entrevistadas as que aceitaram participar da pesquisa, as que estavam ou não em período
reprodutivo, e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1). E
como critérios de exclusão, aquelas que não se disponibilizaram a cumprir os critérios de
inclusão.
Para que esta pesquisa fosse desenvolvida de maneira eficaz, foi apresentada ao
secretário de saúde do município, a proposta deste estudo, enfatizando sua importância para a
saúde das entrevistadas (Apêndice 2). Mas isto se deu, somente após a avaliação e autorização
do Comitê de Ética e Pesquisa, sob o número de protocolo CAAE - 20974413.3.0000.5165,
sendo que o mesmo obedece todas as normas éticas relacionadas à pesquisa, e respeita as
Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa em Seres Humanos, que foi aprovado
pela Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, onde fica claro que a pesquisa realizada
com seres humanos deve ser feita somente com autorização dos envolvidos16
.
Todas as envolvidas nesta pesquisa estavam asseguradas no que diz respeito à sua
privacidade. De modo que os dados coletados serão mantidos em absoluto sigilo, durante toda
a pesquisa, inclusive na divulgação dos resultados. Estas mulheres estavam livres para se
retirarem do estudo a qualquer momento. Dessa forma, foi possível analisar e entender, a
relação que o exame papanicolau tem com o cotidiano das entrevistadas.
RESULTADOS
Para a caracterização da amostra, foi realizada entrevista com 21 mulheres, de 18 e 60
anos, sendo idade mínima e máxima. Não houve recusa por parte das mesmas para
responderem ao questionário proposto. Visto que a maior parte destas usuárias sabe da
importância de se realizar o exame do papanicolau regularmente.
Sabendo que o Ministério da Saúde preconiza a realização do preventivo para
mulheres dentro da faixa etária de 25 a 60 anos17
, nesta pesquisa observou-se, que houve
maior prevalência de mulheres com idade entre 20 e 30 anos, num total de 47,62%. No que
diz respeito à raça, 57,14% mulheres se auto declararam como sendo brancas, e 23,81% como
pardas. Quanto à religião, 81% das entrevistadas disseram ser católicas, e 19,05% evangélicas
(Tabela I).
6
Tabela I – Distribuição da amostra, segundo dados sócio-demográficos.
Variáveis Frequência %
Idade
Até 20 1 4,76%
De 20 a 30 10 47,62%
De 30 a 40 6 28,58%
De 40 ou mais 4 19,05%
Raça
Branca 12 57,14%
Parda 5 23,81%
Negra 4 19,05%
Religião
Católica 17 81%
Evangélica 4 19%
Das entrevistadas desta pesquisa, 38,10% são casadas e 33,34% solteiras. Quanto ao
grau de escolaridade, 61,91% delas concluíram o ensino médio. Podemos observar que
90,48% das mulheres entrevistadas trabalham fora de casa e somente 9,52% delas são
estudantes. Em relação a renda familiar. 52,38% das entrevistadas possuem de um a dois
salários mínimos por mês (Tabela II).
Tabela II – Distribuição das Entrevistadas quanto ao estado civil, grau de
escolaridade e renda familiar.
Variáveis Frequência %
Estado Civil
Solteira 7 33,34%
Casada 8 38,10%
União Estável 4 19,04%
Divorciada/Viúva 2 9,52%
Grau de Escolaridade
Ensino fundamental Completo 2 9,52%
Ensino Médio Completo 13 61,91%
Superior Completo 4 19,05%
Pós-graduação 2 9,52%
Ocupação
Trabalham Fora 19 90,48%
Estudante 2 9,52 %
Renda Familiar
1 a 2 salários 11 52,38%
2 a 5 salários 6 28,57%
5 a 10 salários 4 23,80%
7
Ficou evidente que, 95,24% das mulheres desta amostra possuem ciclos menstruais
regulares, e se lembraram da última data em que o início dos mesmos ocorreu. Dos métodos
contraceptivos, 57,14% fazem uso de pílulas anticoncepcionais, e 42,86% não utilizam
nenhum método contraceptivo. No que diz respeito à utilização do Dispositivo Intra Uterino -
DIU, nenhuma das entrevistadas possui esse contraceptivo. Nos dados apresentados, notamos
que 33,33% das entrevistadas tiveram apenas uma gestação, e houve maior prevalência na
realização do parto vaginal, com o total 52,39%. Deste total, apenas 19,05% tiveram aborto
no período gravídico, e nenhuma referiu sangramento após as relações sexuais (Tabela III).
Na Tabela III – Caracterização da amostra, referente aos antecedentes obstétricos de
cada entrevistada.
Variáveis Frequência %
Data da Última Menstruação
Não Lembra 1 4,76%
Lembra 20 95,24%
Usa Pílula Anticoncepcional?
Sim 12 57,14%
Não utiliza. 9 42,86%
Utiliza Dispositivo Intra Uterino
(DIU)
Não 21 100%
Gestações
Nenhuma 4 19,05%
Uma 7 33,33%
Duas 5 23,81%
Três 2 9,52%
Quatro ou mais 3 14,29%
Tipo de Parto
Nenhum 4 19,05%
Cesárea 6 28,58%
Vaginal 11 52,39%
Aborto
Nenhum 17 80,95%
Um 4 19,05%
Sangramento após relação sexual.
Não 21 100%
8
No que tange a realização do papanicolau, 76,19% das entrevistadas relataram já ter se
submetido ao exame em algum período de suas vidas (Tabela IV). E 23,81% destas, nunca
realizaram este procedimento. Dentre alguns dos motivos relatados para esta não realização
do preventivo, pode-se destacar: a vergonha, o medo, falta de conhecimento, ou o
conhecimento errado sobre o procedimento. Sobre este último, Brito18
deixa claro em sua
pesquisa, que a maioria das mulheres possuía conhecimento incorreto ou insuficiente sobre a
realização do exame. E isso fez com que as mesmas diminuíssem a procura pelo tal exame.
Tabela IV – Assiduidade na realização do exame preventivo, dentre as entrevistadas.
Variáveis Frequência %
Já realizou o Preventivo?
Sim 16 76,19%
Não 5 23,81%
Quando Realizou?
Menos Que Um Ano 7 33,33%
Mais Que Um Ano 8 38,10%
Não Lembra 2 9,52%
Nunca Fez 4 19,05%
DISCUSSÃO
Conforme Lucena19
aponta, algumas literaturas descrevem que há uma forte relação
entre religião e a realização de medidas preventivas, ou seja, as mulheres que frequentam
instituições religiosas estão mais propensas a se submeterem ao exame do papanicolau. Não
sendo um fator de relevância para este estudo, no entanto.
Soares20
demonstrou que das mulheres entrevistadas em sua pesquisa, 30% eram
casadas, e na mesma proporção apresentam-se as solteiras. Sobre a escolaridade destas
usuárias, 45% não concluíram o ensino fundamental, 20% atuavam como secretárias do lar, e
apenas 25% afirmaram não desenvolver atividades fora de casa. A renda familiar de 60% das
entrevistadas girava em torno de 1 a 2 salários. Sendo que apenas 10% referiram renda
familiar acima de 7 salários mínimos.
Casarin21
expôs que 99% das entrevistadas de seu estudo, possuíam ciclos menstruais
regulares. Dentre os métodos contraceptivos, a pílula anticoncepcional foi a mais utilizada,
onde 48% das mulheres faziam uso. E 27% que utilizavam o preservativo masculino como
contraceptivo. Para Leal22
apenas 0,3% das entrevistadas usavam o DIU como método
contraceptivo.
No que se refere ao número de gestações, Leite23
observou que 51% das pesquisadas
tiveram de 2 a 3 gestações. Havendo maior prevalência de mulheres que se submeteram ao
parto vaginal 54%. O mesmo autor destacou ainda que na gestação, as mulheres sofrem
alterações hormonais que podem influenciar no desenvolvimento de alterações neoplásicas
diretas ou indiretamente. Por esse motivo, é importante a realização periódica do preventivo.
9
Apenas uma das participantes desta pesquisa já está no climatério, e a mesma não
referiu nenhum episódio de sangramento após esse período, nem a utilização de reposição
hormonal em decorrência da menopausa. Sobre Terapia de Reposição Hormonal,
Brischiliari24
, constatou que 79,2% das mulheres avaliadas em sua pesquisa fizeram uso de
TRH após o climatério.
Das mulheres que não realizaram o exame do preventivo, ao serem indagadas sobre os
motivos, algumas disseram:
“Fico constrangida ao me expor dessa forma”. Entrevistada 10.
“Não preciso realizar o exame, pois não tenho uma vida sexualmente ativa”. Entrevistada 14.
“Não me sinto bem pela maneira que o exame é realizado”. Entrevistada 21.
Fernandes25
constatou que 85% das mulheres avaliadas em sua pesquisa afirmaram ter
realizado o exame preventivo pelo menos uma vez na vida. E 15% destas mulheres
declararam nunca ter realizado o procedimento. Sendo que as principais barreiras citadas para
que as mulheres não realizassem o exame foram a não solicitação pelo médico, por sentir
vergonha e pelo incomodo que o procedimento causa.
Em outra pesquisa realizada num centro de saúde com mulheres que estavam
efetuando o papanicolau pela primeira vez, Ferreira26
detectou alguns motivos que as
influenciaram a não realizar o exame anteriormente, entre eles estão: desconhecimento do
câncer uterino, medo da realização do exame, medo de se deparar com um resultado positivo
para câncer, sentimento de vergonha e constrangimento, dificuldade de acesso ao serviço de
saúde e a preocupação em deixar os filhos sozinhos em casa.
Das participantes desta pesquisa, todas que já realizaram o exame do papanicolau
tiveram as dúvidas acerca do procedimento esclarecidas pelo profissional que as atenderam. E
100% delas, disseram que o atendimento que receberam foi satisfatório. E que não mudariam
nada com relação a prestação deste serviço de saúde. Neste sentido, Oliveira27
relata que das
usuárias que receberam o atendimento do enfermeiro durante a coleta do preventivo, 47%
classificaram-no como bom, e 30% como ótimo. E 94% das participantes deste estudo,
afirmam que no futuro, regressarão à unidade para a realização de nova coleta de preventivo.
Existem ainda aquelas mulheres que realizam o exame preventivo e não retornam para
buscar e seu resultado. Isso acontece com muita frequência, e são diversos os motivos para tal
atitude. Greenwood28
realizou um estudo e constatou que 8,97% mulheres que colheram o
exame de papanicolau durante a pesquisa, não retornaram para buscar o resultado dos
mesmos. De acordo com relatos das próprias entrevistadas, alguns dos motivos que as
levaram a não retornarem para buscar os resultados dos exames foram: a falta de tempo em ir
à unidade de saúde, a dificuldade de locomoção, a falta de interação com o funcionário que a
atendeu, e o esquecimento em irem retirar os resultados.
Em contra partida, as participantes deste estudo, demonstraram ter interesse genuíno
em saber sobre o resultado de seus exames, e das 17 mulheres que realizaram o exame
preventivo, 100% voltaram para retirar seus resultados, e em seguida consultaram com o
profissional da unidade. Percebe-se que estas mulheres se preocuparam com seu bem estar, e
com a importância de estar em dia com seus exames de rotina.
10
No que diz respeito às campanhas realizadas sobre a importância da realização do
papanicolau, no município onde ocorreu a pesquisa, todas as entrevistadas deixaram claro que
ocorrem palestras, anúncios em rádios e alto-falantes, informando sobre a coleta de
preventivos que acontece na cidade. Quando perguntadas se há campanhas incentivando as
mulheres a realizarem o exame, algumas disseram:
“Sim, todos os anos tem campanhas de preventivos, que abordam a sua importância”.
Entrevistada 13.
“Sim, e é bem divulgada com anúncios em rádio e alto-falantes”. Entrevistada 14.
“Sim, mas devido meu serviço, não participo das palestras, que sempre são realizadas
em horário comercial”. Entrevistada 19.
As campanhas de rastreamento do exame preventivo que são realizadas em todo o
território nacional, e os trabalhos de divulgações com o uso dos meios de comunicação, não
são novidades para maioria das mulheres brasileiras. Segundo Murata29
, haverá cada vez mais
uma preocupação sobre a realização destes exames no setor público, levando em conta sua
periodicidade e frequência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diferente de pesquisas que citaram as mulheres negras ou pardas, como as que menos
realizam o exame do papanicolau30
, não houve relação entre a etnia e a idade, com a
realização do preventivo nas participantes deste estudo. Outro fator que não acarreta
mudanças significativas quanto à realização da coleta de preventivo, é a situação conjugal das
pesquisadas. Pois de acordo com os dados apresentados, a maioria das mulheres possuem
cônjuges.
O grau de instrução das pesquisadas pode ter sido um fator contribuinte para a
realização do preventivo, visto que mais de 50% das mulheres respondentes possuem ensino
médio completo. Alguns autores ressaltam que o grau de escolaridade interfere na frequência
da realização do papanicolau entre as mulheres, isto é, quanto menor o grau de instrução,
menor o número da realização do exame preventivo. Segundo Batista31
, ainda são
evidenciados muitos mitos, preconceitos e fantasias envolvendo a sexualidade, e
consequentemente o exame do preventivo. O baixo acesso ao conhecimento sobre a
prevenção do câncer uterino deve ser compensado através de campanhas e palestras utilizando
técnicas e linguagens apropriadas para atingir esta população com pouca instrução.
Quando há necessidade da deslocação diária para trabalhar e estudar em outros
municípios, esse movimento dificulta o acesso aos serviços de atenção primária nas unidades
de saúde, pois os mesmos são ofertados durante os dias úteis da semana, e em horários fixos.
Isso acontece em diversas regiões, com características semelhantes. Neste sentido Rafael32
acredita que é importante a reflexão sobre a atuação da estratégia de saúde em desenvolver
práticas de saúde mais equilibradas, com a prestação de serviços e campanhas direcionadas à
esta população específica. A despeito da profissão que as entrevistadas da pesquisa exercem,
não foi encontrada nenhuma dificuldade das mesmas em se adequarem aos horários que são
propostos pela unidade de saúde do município.
11
Foi possível determinar que 76,19% das mulheres residentes neste município, já
realizaram o exame preventivo nos últimos dois anos precedentes à entrevista, ficando
evidente a busca dos cuidados necessários referentes à saúde de cada uma. Dentre as
recomendações da Organização Mundial de Saúde, tem de se garantir uma cobertura mínima
de 80% a 85% do rastreamento de preventivos em todo o território nacional33
. Desta forma
podemos concluir que os dados desta pesquisa estão dentro dos limites aceitáveis de
rastreamento, se comparado com o rastreamento de outros municípios, será possível perceber
uma porcentagem similar, ou mais baixa que as apresentadas. Como descreve Silva34
, em São
Paulo a cobertura de exames de papanicolau no ano de 2000 foi de 77,3%, e em Pelotas foi de
68,8% no ano de 2002.
Embora o Ministério da Saúde preconize a realização do exame preventivo em
mulheres que já possuem vida sexualmente ativa, em especial aquelas com idade entre 25 e 59
anos, é importante que os serviços de saúde ofereçam o à população adolescente. Cirino35
aponta o desenvolvimento de estudos que revelam o aumento da frequência de achados de
atipias citológicas entre adolescentes. Quanto menor a idade, maior a probabilidade de não se
realizar o exame. Além do fator idade, outros fatores da não realização do papanicolau foram:
cor parda, baixa escolaridade, e a não presença de um companheiro.
Vale ressaltar que cada mulher tem uma visão diferente com relação ao exame. E cabe
ao profissional de saúde saber lidar com cada uma delas. Não havendo distinção por classe,
cor ou nível cultural. Sempre lembrando que prevenir é antecipar um acontecimento,
impedindo que um fato ocorra ou que tenha continuidade. Freitas36
deixa claro que uma
atitude preventiva frente ao câncer cervicouterino deve ser abrangente, baseando-se no
rastreamento da população, num diagnóstico preciso e no acolhimento diferenciado à estas
mulheres que procuram o serviço de saúde.
12
REFERÊNCIAS
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História e Subsídios para Consulta de Enfermagem Ginecológica. Esc. Anna Nery. 2010; 14
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Câncer no Brasil. Rio de Janeiro (RJ); 2012.
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Influenciam as Mulheres a não Receberem o Resultado. Rev. Trim. Enferm. 2010; (20): 1-12.
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Câncer do Colo do Útero em Minas Gerais, Brasil, em 2002. Cad. Saúde Pública. 2007; 23
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Exame de Papanicolau. Rev. Esc. Enferm. USP. 2009; 43 (2): 1193-1198.
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Papanicolau: Sentimentos Relatados Por Profissionais de Enfermagem ao se Submeterem a
Esse Exame. Ciênc. Saúde Coletiva. 2011; 16 (5): 2443-2451.
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Útero: importância das influências histórico-culturais e da sexualidade feminina na adesão às
campanhas. Saúde Soc. 2006; 17 (2): 120-131.
10. Ramos AS, Palha PF, Júnior MLC, Sant’Anna SC, Lenza NFB. Perfil de Mulheres de 40 a
49 anos Cadastradas em um Núcleo de Saúde da Família, quanto à Realização do Exame
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12. Marconi MA, Lakatos EM. Técnicas de Pesquisa: Planejamento e Execução de Pesquisas,
Amostragens e Técnicas de Pesquisa, Análise e Interpretação de Dados. 7ª. ed. São Paulo :
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14. Barbetta PA. Estatística Aplicada às Ciências Sociais. 8ª ed. Florianópolis : UFSC; 2012.
13
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Cânceres de Colo de Útero e da Mama / Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
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Inquérito Domiciliar na Área de Abrangência da Saúde da Família de Nova Iguaçu, Rio de
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Cobertura do Teste de Papanicolau e Fatores Associados à não-realização: Um olhar sobre o
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am. Enfermagem. 1998; 6 (2): 57-64.
15
APÊNDICES
16
APÊNDICE 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
1. Título do estudo: Prevalência da Realização do Papanicolau em Mulheres da Cidade de
Santa Carmem, Mato Grosso.
2. Objetivo Geral: Conhecer a realidade das mulheres que realizam, ou não, o exame do
papanicolau na cidade de Santa Carmem, Mato Grosso, e analisar se o conhecimento por parte
destas, no que diz respeito à realização deste exame, está de acordo com sua instrução.
Objetivos específicos:
Determinar a prevalência de exames papanicolau que foram realizados na unidade
básica de saúde durante o período da pesquisa.
Investigar se as mulheres que realizam o exame do papanicolau retornam para buscar
os resultados, e se recebem orientações do profissional de saúde.
Analisar o número de mulheres que não realizam o exame do papanicolau, dentre as
entrevistadas, e quais são os motivos que levam as mesmas a não adesão do
preventivo.
Incentivar as mulheres a não ficarem com dúvidas sobre o procedimento, realizando
perguntas ao profissional de saúde, no momento da consulta de enfermagem, na hora
da coleta do exame, ou após.
Demonstrar a importância da realização do papanicolau para estas mulheres, por meio
de palestras educativas, distribuição de panfletos, parcerias com os profissionais da
saúde, entre outros.
Orientar as entrevistadas, sobre a necessidade de se realizar o exame preventivo
anualmente, exortando que esta atitude pode ser a principal aliada na prevenção do
câncer do colo de útero.
Contribuir para a sensibilização da equipe da unidade básica de saúde para a
realização de orientações sobre a importância da coleta do preventivo, de modo que
ocorra uma melhora na qualidade de vida destas mulheres, com consequente redução
do número de casos do câncer de colo de útero.
17
3. Local de execução: Unidade de Saúde da cidade de Santa Carmem, Mato Grosso.
4. Nomes e número do telefone da equipe envolvida no projeto:
Professor responsável: Márcia Cristina Barbosa – (66) 9999-7712
Nome do aluno responsável: Patricia de Carvalho Souza – (66) 9689-2192
5- Critérios de inclusão dos indivíduos: Como critérios de inclusão, serão entrevistadas
mulheres que aceitarem participar da pesquisa, que estão ou não em período reprodutivo, e
que assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
6. Critérios de exclusão: Não cumprimento do item 5.
7. Descrição do estudo: Serão realizadas entrevistas, por meio de um questionário semi-
estruturado contendo perguntas abertas e fechadas, as quais abordarão o conhecimento sobre o
exame do papanicolau, realizado pelo enfermeiro da unidade de saúde, as dúvidas que as
mesmas possam ter em relação a este assunto, e se há entre as entrevistadas, aquelas que não
realizam o exame do preventivo. O mesmo será padronizado, e seguirá um roteiro
previamente estabelecido, sendo realizado na unidade básica de saúde, ou conforme a
disponibilidade da entrevistada.
8. Benefícios para os indivíduos: Com este estudo, será possível definir se as entrevistadas
realizam o exame papanicolau anualmente. Se as dúvidas que elas possam ter referentes ao
exame estão sendo esclarecidas corretamente pelo profissional de saúde no momento da
coleta. Se após a realização do preventivo, as mesmas voltam para buscarem os resultados e
procuram as orientações necessárias dos profissionais de saúde com relação ao procedimento
realizado. Essa atitude, de realizar o preventivo, pode ser a principal forma de se prevenir o
câncer do colo de útero.
9. Riscos para os indivíduos: Os participantes não serão submetidos a nenhum tipo de
intervenção que possa causar danos à saúde.
18
10. Direito dos indivíduos de recusar-se a participar ou retirar-se do estudo: Terão
garantido o seu direito de não aceitar participar da pesquisa, ou de retirar sua permissão, a
qualquer momento, sem nenhum tipo de prejuízo ou retaliação, por sua decisão.
11. Direito dos indivíduos à privacidade: A coleta de dados ocorrerá de modo individual, no
qual será preservada sua privacidade e assegurado o sigilo de todos os dados coletados.
12. Publicação de informações: As informações desta pesquisa serão confidencias e
divulgadas apenas em eventos ou publicações científicas, não havendo identificação dos
voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o sigilo sobre sua
participação.
13. Informação financeira: Os gastos necessários para a sua participação na pesquisa serão
assumidos pelos pesquisadores. E vale ressaltar, que os pesquisados não receberão
remuneração por sua colaboração na pesquisa, sendo toda e qualquer participação, um serviço
voluntário.
14. Dano à saúde: Não será acarretado dano à integridade física, psicológica e moral aos
entrevistados.
15. Assinaturas
__________________________________________________
Profa. Esp. Mestranda Márcia Cristina Barbosa
___________________________________________________
Aluna responsável – Patrícia de Carvalho Souza
___________________________________________________
Voluntário
Data:_____/_____/________
19
APÊNDICE 2
20
APÊNDICE 3
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAS E APLICADAS DE SINOP– FACISAS
CAMPUS AEROPORTO
CURSO DE ENFERMAGEM
INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS – QUESTIONÁRIO
1. Nome e sobrenome (somente iniciais) _______________.
2. Data de Nascimento: ____/____/________. Idade:________________anos.
3. Raça/Cor: ( ) branco ( ) pardo ( ) negro ( ) amarelo ( ) indígena
4. Religião:________________________________________________________________.
5. Estado civil: ( ) solteira ( ) casada ( ) viúva ( ) separada ( ) união estável
6. Grau de Escolaridade: ( ) nenhum ( ) ensino fundamental ( ) ensino médio ( )
superior ( ) pós graduação
7. Profissão:_______________________________________________________________
8. Renda Familiar Mensal ( ) 1 a 2 salários ( ) 2 a 5 salários ( ) 5 a 10 salários ( )
acima de 10 mínimos.
9. Número de Gestações:__________. Parto Normal:_________. Cesárea:________.
Abortos:_________.
10. Usa DIU (Dispositivo Intrauterino)?
Não ( ). Não sabe ( ). Sim ( ). Há quanto tempo?____________________________.
11. Usa pílula anticoncepcional?
Não ( ). Sim ( ). Há quanto tempo?________________________________________.
12. Data da última menstruação
_____/_____/__________. Não lembra ( ).
13. Tem, ou teve algum sangramento durante e/ou após relações sexuais?
Não ( ). Não sabe ( ). Sim ( ). Há quanto tempo?____________________________.
14. Faz ou fez uso de hormônio para tratar da menopausa?
Não ( ). Não sabe ( ). Sim ( ). Há quanto tempo?____________________________.
15. Tem ou teve algum sangramento após a menopausa? Não ( ). Sim ( ).
16. Já fez o exame preventivo (Papanicolau) alguma vez?
Sim ( ). Quando fez o último exame? _______________________________________.
Não ( ). Por quê? ________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.
21
17. Se já fez o preventivo alguma vez, foram esclarecidas todas as suas dúvidas antes,
durante e após a realização do exame, pelo profissional de saúde que lhe atendeu? Se
não, justifique. ___________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
18. O que, em sua opinião, deveria melhorar para que o atendimento deste profissional
seja satisfatório?__________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
19. Se já fez o preventivo alguma vez, voltou para buscar o resultado do exame? Se não,
justifique. _______________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
20. O posto de saúde, do qual faz parte, organiza campanhas ou palestras, incentivando
as mulheres a fazerem o exame preventivo?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
22
APÊNDICE 4
ORÇAMENTO
Itens a serem utilizados Quantidade Valor unitário Valor total Fonte
Papel A4 2 resmas R$ 15,00 R$ 30,00 Pesquisador
Caneta esferográfica azul 6 unidades R$ 1,50 R$ 9,00 Pesquisador
Cartucho preto para
impressora.
3 cartuchos R$ 35,00 R$ 105,00 Pesquisador
Combustível para o
abastecimento do veículo
a ser utilizado.
60 litros R$ 3,20 R$ 192,00 Pesquisador
Pasta transparente. 3 unidades R$ 2,50 R$ 7,50 Pesquisador
Clipes 3/0. 1 caixa R$ 5,50 R$ 5,50 Pesquisador
Grampeador. 1 unidade R$ 5,00 R$ 5,00 Pesquisador
Grampo para grampeador. 1 caixa R$ 2,70 R$ 2,70 Pesquisador
Prancheta transparente. 2 unidades R$ 9,00 R$ 18,00 Pesquisador
Encadernação 3 unidades R$ 30,00 R$ 90,00 Pesquisador
Total geral estimado R$ 465,00
23
APÊNDICE 5
CRONOGRAMA
Será estipulada para a conclusão desta pesquisa, a elaboração de um cronograma com
a duração de quinze meses. Sendo que os primeiros sete meses serão dedicados à coleta, e
leitura do material selecionado. Ainda neste período, dar-se-á a revisão e o aperfeiçoamento
do pré-projeto. Sob a orientação do professor responsável e posteriormente, nos meses
restantes, serão elaborados os resultados da amostra, e sua revisão com as devidas correções.
2012 2013
ETAPAS/ATIVIDADES
O
U
T
N
O
V
D
E
Z
J
A
N
F
E
V
M
A
R
A
B
R
M
A
I
J
U
N
J
U
L
A
G
O
S
E
T
O
U
T
N
O
V
D
E
Z
Escolha do Tema. X
Elaboração do Pré-Projeto. X X
Entrega do Pré-Projeto. X
Finalização do Projeto. X X X X X X X
Submissão do Projeto ao
comitê de ética em pesquisa. X
Evolução do Projeto. X X
Elaboração dos Resultados. X X
Elaboração da Discussão e
Conclusão.
X X
Finalização do TCC. X
Submissão do Artigo. X
Defesa do TCC. X
Entrega Versão Final TCC X
24
NORMAS DE PUBLICAÇÃO – Revista Brasileira de Ciências da Saúde USCS.
O manuscrito deve conter o texto integral, sem identificação do(s) autor (es), estar digitado
com fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço simples e 2,5 centímetros de margens, e
elaborado na sequência abaixo, com todas as páginas numeradas, com início na página de
título[1].
Página de título e Identificação (1ª. página). A página de identificação deve conter os
seguintes dados:
a) Título do manuscrito em letras maiúsculas;
b) Título para as páginas do artigo: indicar um título curto para ser usado no cabeçalho das
páginas do artigo (língua portuguesa e inglesa), não excedendo 60 caracteres;
c) Palavras-chave: uma lista de termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) deve
ser incluída (versões em português e inglês).
A Revista Brasileira de Ciências da Saúde (RBCS) recomenda o uso do DeCS – Descritores
em Ciências da Saúde para consulta aos termos de indexação (palavras-chave) a serem
utilizados no artigo(http://decs.bvs.br/).
Resumo (2ª. página). Para autores brasileiros, o resumo deve ser escrito em língua portuguesa
e língua inglesa. Para os demais países, apenas em língua inglesa. Uma exposição concisa,
que não exceda 250 palavras em um único parágrafo, deve ser escrita em folha separada e
colocada logo após a página de título. O resumo deve ser apresentado em formato estruturado,
incluindo os seguintes itens separadamente: Introdução, Objetivos, Materiais e Métodos,
Resultados e Conclusões. Notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas.
Abstract (3ª. página) Em caso de submissão em língua portuguesa, o título, o resumo
estruturado e as palavras-chave do artigo devem ser traduzidos para o inglês sem alteração do
conteúdo.
Texto. Após o Resumo e o Abstract, incluir as páginas referentes ao texto do manuscrito com
ou sem setores destacados, conforme o tipo de manuscrito: comunicação, relato de caso
(estudo de caso), artigo original e artigo de revisão. Abaixo segue breve relato dos principais
setores a serem destacados:
Para artigo original: Introdução - deve informar sobre o objeto investigado e conter os
objetivos da investigação, suas relações com outros trabalhos da área e os motivos que
levaram o(s) autor (es) a empreender a pesquisa.
Casuística e Métodos ou Metodologia - descrever de modo a permitir que o trabalho possa ser
inteiramente repetido por outros pesquisadores. Incluir todas as informações necessárias – ou
fazer referências a artigos publicados em outras revistas científicas – para permitir a
replicabilidade dos dados coletados.
25
Resultados - devem ser apresentados de forma breve e concisa. Tabelas, Figuras e Anexos
podem ser incluídos quando necessários (indicar onde devem ser incluídos e anexar no final)
para garantir melhor e mais efetiva compreensão dos dados, desde que não ultrapassem o
número de páginas permitido.
Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos
conhecimentos já existentes e disponíveis, principalmente àqueles que foram indicados na
Introdução do trabalho. As informações dadas anteriormente no texto (Introdução, Materiais e
Métodos e Resultados) podem ser citadas, mas não devem ser repetidas em detalhes na
discussão.
Conclusão - deve ser breve, apoiada nos resultados e relacionada ao(s) objetivo(s). Pode
apontar futuros encaminhamentos para o tema desenvolvido.
Para comunicação, relato de caso: ATENÇÃO: Utilizar os mesmos critérios que foram
apresentados no ARTIGO ORIGINAL.
Para artigo de revisão: Introdução - deve informar sobre o objeto investigado e conter os
objetivos da investigação, suas relações com outros trabalhos da área e os motivos que
levaram o(s) autores a empreender a pesquisa.
Desenvolvimento - utilizada nos artigos de revisão de literatura, deverá apresentar a descrição
da revisão de literatura feita ou não em setores determinados pelos autores.
Conclusão – deve ser breve, apoiada nos resultados e relacionada ao(s) objetivo(s). Pode
apontar futuros encaminhamentos para o tema desenvolvido.
Após o texto, de qualquer natureza, incluir:
a) Agradecimentos. Quando apropriados, os agradecimentos poderão ser incluídos, de forma
concisa, no final do texto, antes das Referências Bibliográficas, especificando: assistências
técnicas, subvenções para a pesquisa e bolsa de estudo e colaboração de pessoas que merecem
reconhecimento (aconselhamento e assistência). Os autores são responsáveis pela obtenção da
permissão, por escrito, das pessoas cujos nomes constam dos Agradecimentos.
b) Referências Bibliográficas. As referências bibliográficas devem ser organizadas em
sequência numérica, de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no
texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais
Biomédicos, elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas
(International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE –
http://www.icmje.org/index.html ou http://www.scielo.br/pdf/rsp/v33n3/0301.pdf - Versão
em português).
As citações devem ser mencionadas no texto em números sobrescritos (expoente), sem datas.
A exatidão das referências bibliográficas constantes no manuscrito e a correta citação no texto
são de responsabilidade do(s) autor(es) do manuscrito.
c) Notas de Rodapé. Devem ser evitadas.
26
d) Tabelas e Figuras Tabelas. Todas as tabelas devem ser citadas no texto em ordem
numérica. As tabelas devem ser numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos e
inseridas no final. Um título descritivo e legendas devem tornar as tabelas compreensíveis,
sem necessidade de consulta ao texto do artigo.
Figuras. Explicar todos os símbolos e abreviações. As legendas devem tornar as figuras
compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto. Todas as figuras devem ser citadas no
texto, em ordem numérica e identificadas.
Figuras - Arte Final. Todas as figuras devem ter aparência profissional. Figuras de baixa
qualidade podem resultar em atrasos na aceitação e publicação do artigo. Se possível, todos os
símbolos devem aparecer nas legendas.