Projeto Pedagógico

Dora tinha uma vida de contos de fada: status, opulência, glamour, casa de novela, educação de quali-dade, tudo o que o dinheiro poderia comprar. Até o pai ficar desempregado e a família ter de morar na perife-ria o que, para ela, tornou-se

Sinopse

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Sinopse

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A obra conta a história de Tavinho, um menino tão vicia-do em assistir televisão que, chega a perder sua imaginação e criatividade e passa a depender integralmente deste aparelho para tomar todas as suas decisões.

Um dia, um estranho fenômeno provoca uma pane do sistema de teleco-municações e o Brasil inteiro fica sem TV por tempo indeterminado. A partir daí muitas confusões acontecem e Tavinho e sua família, que quase toda é igualmente dependente da televisão, terão que reaprender a viver sem esse vício.

Ao lado da temática do vício em televisão, a história fala também da busca do menino pela fantasia e sonho que existem dentro de cada um de nós, bastando apenas despertá-los.

O livro é uma excelente leitura para refletir e questionar os padrões de compor-tamento da sociedade contemporânea, bem como para discutir modelos de vida mais simples, prazerosos e criativos.

A S S E S S O R I A ,

T R E I N A M E N T O

E G E S T Ã O

E M E D U C A Ç Ã O ,

C O M U N I C A Ç Ã O

E C U L T U R A

E d u c a ç ã o

TítuloO menino sem imaginação, Carlos Eduardo Novaes.Coleção Sinal Aberto. Ilustrações: Vilmar RodriguesEditora Ática, 13ª edição, 3ª impressão, 2009, São Paulo.

Ficha Técnica

Diretora Editorial - Angela MarsiajGerente Editorial de Paradidáticos - Claudia MoralesDiretoria Comercial - Marcelo MartinsGerente de Marketing de Paradidáticos - Thiago ScaffGerência Pedagógica - Flávia AidarApoio Operacional - Patrícia Regina Montoro Peres

Autoria - Ana Maria Trinconi Borgatto

Atualização - Patricia MontezanoProjeto Gráfico - Alexandra Abdala

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O Projeto Pedagógico

O projeto pedagógico da obra O menino sem imaginação, refere--se ao planejamento de atividades e abordagens que contemplam o processo ensino-aprendizagem sob a ótica da diversidade temática e da interdisciplinaridade sugeridas na obra.

Abordagens Sugeridas

• Meios de comunicação• Televisão• Vícios• Imaginação• Criatividade• Diversidade

Indicação

A obra é indicada do sexto ao oitavo ano do Ensino Fundamental II.

Objetivos Gerais

• Apresentar a obra O menino sem imaginação

• Discutir o gênero narrativo• Refletir sobre a influência dos

meios de comunicação e o vício em televisão

• Apresentar a temática da imagi-nação como possibilidade de for-mar um cidadão feliz e criativo

Objetivo

Promover a formação do leitor hábil e crítico, por meio da abordagem de uma temática cotidiana.

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Disciplinas e Conteúdos Envolvidos

DISCIPLINAS CONTEÚDOS OBJETIVOS

Língua Portuguesa

Ciências

• Possibilitar o avanço das capacidades e estraté-gias de leitura.

• Realizar leitura e com-preensão textual.

• Realizar a leitura oral e exercitar a produção de textos de qualidade.

• Identificar o gênero lite-rário e caracterizá-lo.

• Caracterizar a obra e o autor.

• Apontar as consequên-cias do vício em televi-são e analisar os pa-drões de comportamento a ele relacionados.

• A obra • O gênero narrativo

• Saúde• Vícios• Padrões de

comportamento

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História • Televisão • Analisar a influência dos meios de comunicação na história brasileira e mundial.

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Disciplinas e Conteúdos Envolvidos

Inglês

Ética e cidadania • O papel social dos meios de comunicacão

• Realizar a compreensão auditiva e textual a par-tir da tradução da letra de música.

• Apontar as consequências da violência e sensacio-nalismo nas programações infanto-juvenis.

• Analisar o respeito aos telespectadores e a ética na programação televisi-va.

• Discutir a televisão como uma das possibilidades de consolidação da democra-cia.

DISCIPLINAS CONTEÚDOS OBJETIVOS

Duração

Tempo sugerido: de 8 a 10 aulas a serem administradas de acordo com as particularidades de cada grupo.

• Tradução de le-tra de música

• Interpretação textual

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Atividade com Músicas

Inicie a atividade explicando aos alunos que eles ouvi-rão músicas diferentes e que deverão imaginar algo rela-cionado com a sensação produzida a cada som.

Coloque uma música de Claude Debussy, compositor francês de música clássica - séc XIX - para que os alunos ouçam. Ao final, peça que cada um diga o que imaginou ao ouvi-la.

A seguir coloque uma valsa de Strauss, compositor aus-tríaco de música clássica - séc XIX - e peça que os alunos fiquem atentos ao ouvir a música e façam comparações com que imaginaram ao ouvirem a primeira obra.

Após exporem verbalmente o que imaginaram entre-gue folhas de papel sulfite a cada aluno e peça que eles a dividam ao meio, de modo que em cada parte possam escrever o nome do músico e fazer um desenho relativo ao sentimento despertado pela música de cada um.

Ao final, peça que comparem os desenhos. Guarde os desenhos para futura exposição.

Desenvolvimento

1ª Fase: Pré-Leitura

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Teste para a Construção de Gráfico

Faça uma roda de conversa e pergunte aos alunos sobre o tempo que eles gastam em frente à televisão. Anote os resultados.

Questione os alunos sobre os programas infantis que eles assis-tiam quando eram menores e se ainda assistem.

Divida a sala em grupos e promova uma pequena brincadeira em forma de perguntas para verificar os conhecimentos e o domínio so-bre o assunto. (Quiz)

Sugestão para perguntas sobre a programação infantil:

• O que é preciso para entrar no Castelo Rá-Tim-Bum?• Qual o cenário do Cocoricó?• Quais os personagens cientistas que tinham nomes de ossos?

Invente outras perguntas ou, se preferir, procure testes similares na web.

Anote o resultado do teste e monte, com os alunos, um perfil da classe quanto ao número de horas que assistem TV e o conhecimento sobre desenhos infantis. Fixe no mural da sala.

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Discussão em Grupo

Converse com os alunos sobre os desenhos e programas infantis atuais. Comente também sobre o poder de persuasão dos apresentadores.

Peça que os alunos exponham suas opiniões sobre a qualidade dos programas infantis e como estes po-dem influenciar na educação de uma criança. Pergunte se eles se sentiram influenciados ou se já tomaram de-cisões baseadas nos desenhos ou em falas dos apresentadores.

Deixe que os alunos façam uma reflexão crítica sobre a programação infantil e sobre o uso da mesma para estimular o consumismo nas crianças. Direcione a conversa de modo que ela seja bem aberta permitindo a maior quantidade de opiniões possíveis. Ao final, pontue as principais opiniões apresentadas.

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Inicie a leitura pela exploração da capa, que é branca e amarela, com a imagem em que a televisão tenta assumir características humanas. As cores mais fortes saem da TV em forma de imagens televisivas. Deixe que os alunos façam infe-rências e levantem hipóteses sobre o assunto a ser retratado, relacionando a imagem com o título proposto.

O livro é dividido em 15 capítulos, todos sem títulos, ape-nas numerados e com divisões de assunto marcadas por três telas de TV.

A leitura flui com facilidade e muito humor, o que prende a atenção do leitor.

Como sugestão apontamos abaixo uma divisão didática em cinco momentos, para fins de adaptação das atividades peda-gógicas do projeto.

1. Com TV (cap. 1 - 4)2. Sem TV (cap. 5 - 8)3. Desespero (cap. 9 - 12)4. Mudanças de hábitos (cap. 13 - 15)5. Tudo pela imaginação (cap. 16 - 19)

2ª Fase: Leitura

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Linguagem de Propaganda

Retome com os alunos o seguinte trecho do segundo capítulo: “Só compro aquilo que vejo na televisão. Peço sempre a mamãe para trazer as guloseimas que anunciam nos comerciais, apesar de que elas nunca são tão saborosas ao vivo...”

Esse depoimento é do personagem Tavi-nho. Relacione esse trecho com dados reais, por exemplo, de que os(as) apresentadores(as) pos-suem altos ganhos a partir das propagandas que fazem associando suas imagens a produtos como esmaltes, brinquedos, sandálias, alimentos entre outros.

Depois, distribua revistas aos alunos para que recortem propagandas e dirija uma conversa sobre o material selecionado e o poder coercitivo das mensagens das propagandas. Lembre-os de características importan-tes presentes em quase todas as propagandas e peça que as identifique nas propagandas selecionadas:

• O uso de verbos no imperativo (beba, use, coma, vista, tenha, compre)• Slogans que remetem ao produto (exemplo: produto Sucrilhos – Des-

perta o tigre em você!)• Situações engraçadas e mulheres bonitas.• Apelo e coerção• Cores vibrantes

Se houver tempo disponível, sugira aos alunos que façam uma propa-ganda atrativa sobre dois produtos: um comum e outro inusitado (que eles tenham que inventar). Peça que eles utilizem os recursos, linguagem e artifícios utilizados pelas propagandas para vender os produtos. Ao final, peça que os alunos exponham os trabalhos como se estivessem interpre-tando as propagandas criadas.

3ª Fase: Pós-Leitura

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A Linguagem dos Quadrinhos e da TV

O personagem Tavinho cultua a TV e faz, ao longo da história, afirma-ções que mostram seu envolvimento com a “telinha”, como nas passagens abaixo:

• “...é mais importante do que qualquer outro eletrodoméstico.” (p. 26) • “Ás vezes fazem mais companhia do que um ser humano. (p. 26)• “É a minha razão de viver!” (p. 53)• “...ocupa o centro do mundo...” (p. 54)

Mostre aos alunos que, assim como a TV, os quadrinhos usam primor-dialmente a imagem. Ela é, muitas vezes, mais importante que a linguagem verbal. Peça aos alunos que, em duplas, elaborem uma história em quadri-nhos tendo como título uma das passagens citadas acima do personagem Tavinho. Solicite que criem personagens e façam ilustrações e falas cor-respondentes ao título. Ao final, compartilhe as histórias em quadrinhos de modo que a turma tenha acesso à todas as produções.

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Discussão em Grupo

Retome com os alunos a leitura do segundo capítulo em que o persona-gem conta o quanto adora ver TV e como assistiu desde bebê: “ali eu ficava, horas e horas, quietinho, consumindo suas imagens sem chorar nem perturbar ninguém...”

Comente que a TV é um dos alvos do enredo da história e, segundo espe-cialistas não há como ignorá-la visto que ela dita padrões de comportamento, lança moda e gírias, cria hábitos de consumo e dissemina valores e crenças para a população.

Peça aos alunos que façam um levantamento de três programas de grande audiência e comentem sobre esses programas. Ofereça um roteiro de obser-vação, atentando a:

• Horário dos programas• Público-alvo• Apresentadores• Conteúdo• Propagandas vinculadas nos intervalos

Converse sobre os resultados obtidos e, junto com os alunos, faça oral-mente uma pequena conclusão sobre a análise feita pelo grupo.

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Intertexto

Peça aos alunos que assistam ao filme Click, dirigido por Frank Coraci e estrelado pelo ator Adam Sandler.

O filme conta a história de um homem viciado por trabalho que, um dia ao chegar em sua casa, confunde os vários controles que possui e, ao invés de ligar sua televisão, liga ou-tro eletrodoméstico. Por sugestão de seus filhos, compra então um controle universal que seria capaz de ligar to-dos os objetos, mas descobre que esse controle tem o poder de alterar sua vida, possibilitando transitar entre o passado e o futuro. No início ele gosta da situação, mas depois tudo foge ao seu controle.

Após assistir ao filme, peça que os alunos, em uma roda de conversa, es-tabeleçam as semelhanças e diferen-ças entre o filme e a obra O menino sem imaginação. Deixe que exponham suas ideias e opiniões livremente.

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Atividade com Jornal

Retome com os alunos as reações das pessoas diante da ausência de programação, descritas no décimo capítu-lo (tiros na tela, aparelho jogado pela janela, suicídios, profecias e crenças). Questione os alunos se essas são reações normais ou apenas de ficção.

Depois dessa conversa informal, comente com os alu-nos sobre o caso verídico de julho de 1998, em que o grupo extremista Taleban proibiu a sociedade de assistir televisão, inclusive de comprar os aparelhos e tê-los e casa. Pergunte o que os alunos acham dessa atitude.

Comente também sobre os apagões, que vez ou outra ocorrem e deixam os brasileiros sem acesso à energia e por consequência, sem televisão. Pesquise dados concre-tos e disponibilize notícias de jornal que documentem os assuntos tratados.

Solicite que, em grupos, os alunos coloquem-se no pa-pel de jornalistas e façam pequenas manchetes e repor-tagens sobre apagões e as consequências deles para as pessoas. Peça que eles anexem uma entrevista que pode ser feita com pessoas imaginárias ou reais, abordando o assunto. Com a atividade realizada, exponha todas as notícias para serem lidas pela classe.

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Texto Informativo

Ao lado da TV, a imaginação também é pauta do livro. Retome com os alunos o sexto capítulo no qual são dadas várias definições de imaginação:

• “aptidão para representar objetos ausentes e combi-nar imagens”

• “aposta do pensamento”• “possibilidade de ir e vir sem sair do lugar”• “com ela o homem pode se passar por Deus”• “é um truque ilusionista”

No decorrer da história muitas alusões são feitas à imaginação e seus poderes, como nesta passagem: “o he-misfério cerebral direito é onde a imaginação se aloja...”

Solicite aos alunos que encontrem citações sobre a imaginação no texto e transcrevam para serem apresenta-das. Para essa finalidade, peça que cada aluno ou grupo se encarregue de um capítulo para “garimpar” as citações.

Ao final, faça uma exposição com todas as citações sob a forma de cartazes e converse com seus alunos se eles concordam com elas. Em caso negativo, estimule que eles falem sobre a imaginação, como se sentem, se se con-sideram pessoas com imaginação, onde a aplicam, entre outras perguntas.

Deixe que falem abertamente, de modo que se sintam seguros para exporem suas opiniões.

VERIFICAR

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Outra Linguagem:música

Os dois temas preponderantes no livro, televisão e imaginação, po-dem ser explorados a partir dessa atividade com músicas. Apresente e ouça com os alunos a letra da música Televisão, de Arnaldo Antunes e peça que eles a relacionem com o livro.

Já para o tema da imaginação, apresente e ouça com os alunos a música Imaginem, de Toquinho e peça que façam a mesma relação. A atividade com músicas é também um bom momento para aplicar a in-terdisciplinaridade. Peça a colaboração do professor (a) de Inglês com a letra, música e tradução de Imagine, de John Lennon.

Outra boa pedida é a música Use a imaginação, criada para a tri-lha sonora do especial infantil veiculado nos anos 80, Pluct Plact Zuum. A música em questão, interpretada por Zé Vasconcelos e a Turma do Pirlimpimpim, descreve um diálogo entre um adulto que nega todos os pedidos de uma criança cuja única saída é a imaginação.

Depois, peça que os alunos ilustrem as letras das músicas e orga-nizem uma exposição com todos os desenhos.

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Produção Textual

Já que a imaginação é “uma arte”, proponha aos alunos o sorteio de quatro capítulos dentre os dezenove do livro.

A classe será, igualmente, dividida em quatro grupos: A – B – C – D, cada qual responsável pela leitura de um capítulo.

Cada aluno então imaginará um título para o capítulo lido – um título criativo e cheio de imaginação. Depois cada aluno de cada grupo lerá o seu título para que ao final, seja feita uma votação elegendo o título mais imaginativo.

Essa divisão é para que haja troca e maior enriquecimento da atividade. O título não deixa de ser uma produção textual, pois além de sintetizar o assunto, deverá ser coerente e criativo. Uma ilustração para o capítulo também é interessante. Caso haja tempo disponível, peça que cada grupo faça um pequeno resumo de seu capítulo.

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Caracterização de Personagens

Os personagens no livro, mesmo que não tenham nomes próprios, possuem características específicas que podem ser inferidas por suas reações diante dos acon-tecimentos, com exceção da Maria, que tem um nome.

Para que se aprofundem na caracterização dos personagens, peça aos alunos que elaborem um qua-dro com as reações, posições e pensamento de cada personagem para que, ao final, tenham uma síntese do perfil de cada um. Como sugestão, apontamos algumas situações para facilitar o trabalho:

• Onde cada um se senta para ver TV• O que cada um fez quando acabou a energia• Como cada um define a imaginação• A proposta de conversa de cada um• A perda do equilíbrio de cada um• Como cada um ocupou seu tempo• Palpites para curar Tavinho• Contribuições de cada um para a sala de leitura

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Se achar conveniente dê como sugestão o perfil do pai ou da irmã. Veja:

Como chefe de família ele tem uma poltrona só para si, diante do impasse da falta de energia ele disse um palavrão ao invés de buscar soluções, gosta de futebol, não perdeu o equilíbrio como os outros com-ponentes da família, ocupou seu tempo com música, sugeriu um esporte ao filho, entre outras características.

Comente também que a ênfase maior é dada à irmã que já inicia o livro recebendo uma dedicatória, propondo uma co-autoria e ressaltan-do suas qualidades – ideias, imaginação e vocabulário. Ao longo do texto ela é caracterizada, amada, odiada e busca soluções para os impasses. Ela sempre tem razão, pesquisa tudo, tem QI elevado, é genial, criativa e possui sempre um argumento para os conflitos. Mostre que em todos os momentos ela surge como “minha irmã” ou “mana”, opinando, pesqui-sando, dando ideias, sugestões, imaginando, ponderando e servindo de contraponto ao irmão.

Após apontar as características da irmã do personagem principal, promova uma roda de conversa perguntando aos alunos qual familiar próximo ou distante deles se aproxima das características dessa personagem. Deixe que eles falem livremente e façam as-sociações elencando semelhanças e dife-renças entre os personagens do livro e as pessoas de suas famílias.

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Atividade Lúdica

Ao longo do texto, são sugeridos alguns exercícios para o menino recuperar sua imagi-nação. Proponha aos alunos alguma das ativi-dades para que eles exercitem sua capacidade de imaginar e criar.

Sugestões:

• Desenhar o que nunca se viu - um extra-terrestre.

• Imaginar o significado de palavras que não conhecem (cadafalso, cafifa, vetusto)

• Imaginar ser outra pessoa e descrevê-la• Imaginar do que se trata, recebendo obje-

tos com os olhos vendados• Imaginar o dono da voz, alguém que lê

algo disfarçando sua voz• Imaginar-se no futuro e contar essa ex-

periência• Usar os canais da imaginação: “máquina

do tempo” – viajar ao passado, “máquina do espaço” – viajar para locais do espaço celeste, “fronteira dos sonhos”

• Descrever um sonho interessante

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Personificação

Os familiares de Tavinho não têm nome, mas suas TVs, além de possuírem nomes, possuem sentimentos, emoções e agem como seres humanos, mostrando a relevância delas na vida do garoto.

Explique que a personificação ou prosopopeia é uma figura de linguagem que consiste em atribuir ações ou sentimentos próprios dos seres humanos a objetos inanimados. Ofereça o exemplo dos versos do poeta Vinícius de Morais para esclarecer o conteúdo:

“A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há

Quando cai, cai sem vontade.” (Vinícius de Morais)

Após a explicação, em forma de jogo, estipule um tempo máximo (10 minutos) e proponha que os alunos encontrem no livro passagens da personificação das TVs. Ganhará o aluno que juntar mais informa-ções sobre o assunto.

Se achar conveniente, refira-se ao recurso estilístico das figuras de linguagem e do pensamento para ampliar as referências dos alunos.

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Reescrita

Retome com os alunos o episódio em que Raiban compara notas musicais a passarinhos (p. 126). Alerte também para o momento no capítulo quatro no qual Tavinho escreve uma frase e sua irmã a considera muito pobre. Ela resolve, então, reescrever a frase, aumentando, comparando, imaginando mais elementos.

Comente que a rescrita também é um recurso estilístico do qual o alu-no pode fazer uso em suas produções para melhorá-las ou enriquecê-las.

Retome a dedicatória do livro es-crita por Tavinho e peça aos alunos que, mediante os conhecimentos apro-fundados sobre os personagens e as referências depois da leitura, rees-crevam a dedicatória, aumentando-a, comparando-a e embelezando-a. Ao final, exponha os trabalhos para se-rem lidos, depois de corrigidos.

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Elaboração de Painel

Ao longo do livro, muitas sugestões são dadas a Tavinho para melhorar sua imaginação: rádio, livros, conversas.

Proponha aos alunos que façam propagandas sedu-toras para que as crianças desliguem-se um pouco da televisão e se interessem por outras atividades. Eles poderão confeccionar cartazes sobre programações culturais ou atividades de boa qualidade para apresen-tar em forma de propaganda.

Oriente os alunos a criticarem a violência, o sensa-cionalismo e a baixa qualidade da programação infanto--juvenil.

Monte um painel com os trabalhos para que pos-sam ser vistos por todos. Este é um ótimo momento para uma interferência interdisciplinar com a ajuda do (a) professor (a) de Artes para confeccionar o material e apresentar opções criativas.