57
 1 Projeto Pedagógico Agente de combate às Endemias UNIVERSIDA DE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SÁUDE PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS NA MODALIDADE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE TRABALHADORES  FIC PELO PRONATEC UBERLÂNDIA 2012

Projeto Pedagógico FIC - Agente de Combate Às Endemias

Embed Size (px)

Citation preview

  • 1 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA

    ESCOLA TCNICA DE SUDE

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE AGENTE DE

    COMBATE S ENDEMIAS NA MODALIDADE FORMAO

    INICIAL E CONTINUADA DE TRABALHADORES FIC PELO

    PRONATEC

    UBERLNDIA

    2012

  • 2 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA

    ESCOLA TCNICA DE SUDE

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE AGENTE DE

    COMBATE S ENDEMIAS

    Aprovado pelo Colegiado da Escola Tcnica de Sade da Universidade

    Federal de Uberlndia em 12/12/2012.

    UBERLNDIA

    2012

  • 3 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA

    ESCOLA TCNICA DE SUDE

    Prof. Dr. Alfredo Jlio Fernandes Neto Reitor

    Prof. Dr. Aberto Martins da Costa Pr-Reitor de Extenso, Cultura e Assuntos Estudantis

    Profa. Ms. Maria Helena Ribeiro Godoy Diretora da Escola Tcnica de Sade

    Prof.Ms. Noriel Viana Pereira Coordenador Geral do PRONATEC/UFU

    Prof.Ms. Dnieber Chagas de Assis Coordenador Adjunto do PRONATEC/UFU

  • 4 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    1. DADOS DE IDENTIFICAO

    Denominao do Curso: Agente de Combate s Endemias

    Local de Oferta: Escola Tcnica de Sade da Universidade Federal de

    Uberlndia

    Modalidade: Presencial

    Turno da Oferta: Noturno

    Nmero de Vagas Disponveis: 40

    Nmero de estudantes por Turma: 40

    Nmero de Cursos no Ano de 2013: 2

    Carga Horria Total: 240 horas

    Equipe Diretiva do Campus: Maria Helena Ribeiro Godoy

  • 5 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    2. SUMRIO

    1. DADOS DE IDENTIFICAO ........................................................................................................ 4

    2. SUMRIO ................................................................................................................................... 5

    3. APRESENTAO DO CURSO ...................................................................................................... 6

    4. CARACTERIZAO DO CMPUS .............................................................................................. 20

    5. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 21

    6. OBJETIVOS ............................................................................................................................... 24

    6.1. Objetivo Geral ............................................................................................................. 24

    6.2. Objetivos Especficos ................................................................................................... 24

    7. PERFIL DO CURSO .................................................................................................................... 25

    8. PERFIL DO PROFISSIONAL EGRESSO ........................................................................................ 26

    9. REQUISITOS PARA O INGRESSO............................................................................................... 28

    10. PERIODICIDADE DA OFERTA .................................................................................................. 29

    11. FREQUENCIA MNIMA OBRIGATRIA ................................................................................... 30

    12. ORGANIZAO CURRICULAR ................................................................................................. 31

    12.1. Matriz Curricular ..................................................................................................... 31

    12.2. Contedo Programtico .......................................................................................... 33

    12.3. Bibliografia Bsica do Projeto Pedaggico .............................................................. 40

    13. METODOLOGIA DE ENSINO ................................................................................................... 52

    14. MATERIAL DIDTICO-PEDAGGICO ...................................................................................... 53

    15. AVALIAO DA APRENDIZAGEM ........................................................................................... 54

    16. INSTALAES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA ..................................................................... 55

    16.1. Instalaes ............................................................................................................... 55

    16.2. Acervo Bibliogrfico ................................................................................................ 55

    17. PESSOAL DOCENTE E TCNICO ADMINISTRATIVO ................................................................ 56

    18. CERTIFICADOS ....................................................................................................................... 57

    19. CASOS OMISSOS .................................................................................................................... 58

  • 6 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    3. APRESENTAO DO CURSO

    Nos ltimos anos, as condies de sade da populao tm melhorado

    de forma contnua e sistemtica, no para todas as pessoas, graas a um

    conjunto de fatores ambientais1, associados aos avanos tcnicos na rea da

    sade pblica, da infraestrutura das engenharias e da medicina.

    Entretanto, estas condies de sade da populao passaram a serem

    focos de diversos estudos, com ateno para a sade ambiental das

    populaes que residem em diferentes ambientes, principalmente pelas

    particularidades e peculiaridades dos riscos e vulnerabilidades de

    determinados grupos sociais em determinados lugares.

    Pode-se dizer que as preocupaes ambientais sempre foram pensadas,

    discutidas e emergidas desde as primrdias caminhadas do homem, o

    nomadismo at as estruturas sedentrias, por exemplo, a industrializao e

    urbanizao, como forma de utilizao dos elementos da natureza para sua

    sobrevivncia. Ela sempre foi abordada na perspectiva da usura e consumo da

    natureza (mercadoria).

    Mas, surge de forma sutil uma concepo ambiental, em 1864, com o

    lanamento do livro O Homem e a Natureza, ou Geografia Fsica Modificada

    pela Ao do Homem, do norte-americano Georges Perkins Marsh.

    Por volta de 1870, a palavra ecologia proposta por Ernst Haeckel para

    definir os estudos sobre as relaes entre as espcies e seu ambiente.

    No plano internacional, destaca-se em 1951 a publicao do Estudo da

    Proteo da Natureza no Mundo, organizado pela Unio Internacional para a

    Conservao da Natureza UICN, criada na Frana, em 1948, com apoio da

    UNESCO - Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a

    Cultura. A UICN se transformaria no Programa das Naes Unidas para o Meio

    Ambiente PNUMA, em 1972, em razo da Conferncia de Estocolmo.

    Um momento relevante da educao ambiental surgiu em razo de

    catstrofes, na metade do sculo XX. Primeiro, as bombas nucleares em

    Hiroshima e Nagasaki (1945). Segundo, em 1952, um acidente de poluio do

    1A utilizao das expresses ambiente ou ambiental dever ser considerada alm do contexto: fsico,

    biolgico, climtico e sociocultural e psicolgico, por creditar que tudo est num mesmo ambiente. Acredita-se que h uma interatividade e interconexo entre estesambinetes, o que permite uma maior sinergia e/ou inteireza da/na dinmica ambiental, consolidando, assim, a interculturalidade dos saberes e dos fazeres com e para as pessoas, na sua individualidade e/ou coletividade.

  • 7 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    ar decorrente da industrializao, ocorrido em Londres, Inglaterra, provoca a

    morte de cerca de 1.600 pessoas.

    Diante da necessidade de compreender-se esse quadro, realizou-se

    naquele pas, em maro de 1965, a Conferncia de Educao da Universidade

    de Keele, onde pela primeira vez utilizou-se a expresso Educao

    Ambiental (Environmental Education). Houve recomendao de que a

    educao ambiental deveria se tornar uma parte essencial de educao de

    todos os cidados. Naquela poca, porm, a educao ambiental era vista

    como ecologia aplicada, ou seja, conservao, conduzida pela Biologia.

    Em 1968 a UNESCO, realizou estudo sobre educao ambiental,

    compreendendo a mesma como tema complexo e interdisciplinar. Nesse

    estudo sobre a relao entre meio ambiente e escola, realizado junto a seus

    pases membros, a UNESCO entendeu que no se deveria limitar a educao

    ambiental a uma disciplina especfica no currculo escolar.

    Essa interpretao da eficcia educacional ambiental interdisciplinar

    acabou por influenciar, anos depois, na proposio da Lei N. 9.795/99, que no

    artigo 10, 1, dispe que A educao ambiental no deve ser implantada

    como disciplina especfica no currculo de ensino.

    Historicamente, desde os anos 60, sculo XX, com a publicao do Livro

    Primavera Silenciosa da pesquisadora Rachel Carson, sobre os impactos de

    determinados produtos qumicos, em especial do DDT, nas plantaes norte

    americana, a questo ambiental tomou algumas frentes perante a sociedade,

    em especial os problemas de contaminaes letais de trabalhadores em

    fazendas. Vrias atividades baseavamse no controle de pragas. So inmeros

    os exemplos so citados, tais como: problemas de sade relacionados

    deficincia mental associada ao uso de carbamatos, empregados para impedir

    que as batatas germinem nos armazns, antes de serem comercializadas.

    A autora no esqueceu tambm, das substncias carcinognicas, criadas

    pelo homem e empregadas na lavoura como defensivos agrcolas. Rachel

    Carson denunciou o cncer de origem ambiental causado por essas

    substncias.

    Esto relatados, no precioso livro de Carson, inmeros casos, desde as

    substncias qumicas inventadas, usadas para erradicar ervas daninhas e

    insetos, que borrifadas de avio sobre reas rurais (e urbanas, s vezes), em

  • 8 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    doses absurdas, causaram o aparecimento de inmeras doenas nos seres

    humanos.

    Quando foi na dcada de 1970, com os grandes eventos e iniciativas que

    comearam a cobrar do modelo de crescimento econmico, da poca, sua

    relao com as questes ambientais, procurando quebrar os paradigmas

    dominantes advindo de anos de explorao dos recursos naturais sem

    nenhuma preocupao com o futuro terra e da qualidade de vida das pessoas.

    A Conferncia de Estocolmo realizada na Sucia em 1972 foi um dos

    marcos e promoo do incio desta luta nos quais desenvolvimentistas e

    pessoas preocupadas com a questo ambiental esto um diante do outro na

    tentativa de encontrar um caminho menos agressivo para os dois lados.

    A questo da emisso de resduos foi o resultado extrado desta reunio e

    durante os anos seguintes o debate se voltava para questionar como as

    indstrias amenizariam o impacto gerado por estes poluentes lanados nos

    mananciais de gua. Para ilustrar remetemos s constantes matrias na mdia

    sobre a poluio do rio Tiet na regio metropolitana de So Paulo-SP.

    No Brasil as iniciativas sobre as questes destes impactos comearam no

    fim de 1979 e incio dos anos de 1980 exatamente na regio metropolitana de

    So Paulo-SP, uma exigncia sobre avaliao de impacto ambiental para

    empresas que iniciassem suas atividades.

    Esta questo impulsiona a criao de uma legislao especfica em 1981

    (Lei No 6938/81) que procurava regulamentar no somente a emisso de

    resduos como tambm de outros aspectos como adequao dos novos

    empreendimentos.

    A Constituio Federal de 1988 pela primeira vez publica um captulo

    direcionado para a regulao das questes ambientais definindo como um

    marco nacional sobre as posturas estabelecidas entre indstria, o comrcio e o

    ambiente, em que diz o seguinte em seu artigo 225 Todos tm direito ao meio

    ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

    sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e coletividade o

    dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

    Parece pouco, mas ao longo destes anos novas conquistas so

    percebidas no cotidiano das pessoas e das nossas Instituies.

  • 9 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    As Conferncias das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e o

    Desenvolvimento (CNUMAD/ONU), reuniram inmeros chefes de Estado,

    membros de Organizaes No Governamentais, na busca de conciliaes

    para o desenvolvimento socioeconmico, muito mais crescimento, com a

    conservao e proteo dos ecossistemas da Terra.

    Estas Conferncias consagraram os conceitos de desenvolvimento

    sustentvel, economia verde e erradicao da pobreza, para a mais ampla

    sensibilizao e mobilizao de pessoas de que os danos aos ambientes so

    predominantemente e de responsabilidade, das insustentveis prticas

    antrpicas, em diferentes escalas e localidades, inadequadas.

    Reconhecem a necessidade de novas prticas, com apoio financeiro e

    tecnolgico como avano na direo do desenvolvimento sustentvel. A

    posio dos pases emergentes tornou-se mais estruturada e o ambiente

    poltico internacional favoreceu a aceitao, pelos pases desenvolvidos, de

    princpios das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, com negociaes

    diplomticas, apesar de seu impacto ter sido menor do ponto de vista da

    opinio pblica.

    A dcada de 1990 considerada um perodo de quebra dos paradigmas

    ambientais porque entra no debate uma viso mais ampla sobre o que significa

    Meio Ambiente, isto porque insere o homem/cidado comum como sujeito

    neste debate e agente de mudanas.Nesta dcada tambm foram vrias as

    regulaes ambientais que entram em vigor como a exigncia o Licenciamento

    Ambiental nas atividades antrpicas que poderiam alterar a dinmica

    ambiental, na forma de reduzir os diferentes impactos.

    Dessa forma as empresas viram a questo ambiental como uma

    ferramenta de promoo comercial por meio da implantao de programas de

    Sistema de Gesto Ambiental SGA, Certificaes Ambientais e a criao de

    produtos menos poluentes, compondo os chamados rtulos verdes.

    As empresas passaram a preocupar no somente com os resduos

    originados do seu processo produtivo, tambm com a origem, qualidade e

  • 10 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    quantidade da matria prima; passaram a quantificar/qualificar sua poluio,

    implantando novas tecnologias dentro do ciclo de vida de cada produto (6Rs2).

    Aquelas empresas preocupadas com o ambiente e seu entorno, a vida do

    trabalhador e at mesmo em questes distantes de onde atuam, deveriam ter

    uma equipe de profissionais tcnicos nos seus quadros administrativos e

    processos produtivos, porque esta visualizao denominada de Empresa

    Limpa (ISO), pode(r) ser mais bem vista pela sociedade e automaticamente

    aumentar o consumo de seus produtos, evitando alguns riscos endmicos.

    Designa-se como endemia alguns fatores mrbidos ou doenas

    espacialmente localizadas, temporalmente ilimitadas, habitualmente presente

    entre alguns membros de uma populao e cujo nvel de incidncia se situe

    sistematicamente nos limites de uma faixa geogrfica que foi previamente

    convencionada para uma populao e poca determinadas e restritas a uma

    determinada rea.

    Por vezes, uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo,

    nesse caso, uma doena endemo-epidmica, ou funes ambientais

    especficas e/ou propcias aos impactos locais.

    Esta oposio entre endemia e epidemia, entretanto, tem sido debatida

    com os novos conhecimentos adquiridos quanto aos fatores ecolgicos,

    tambm denominados de complexos patognicos que condicionam o

    desenvolvimento de uma doena.

    Mas nestes ltimos anos o termo endmico passou a referir-se, de forma

    mais ajustada, ao grau de prevalncia de uma doena, ou seja, proporo

    entre o nmero total de casos da doena e o nmero de indivduos em risco ou

    vulnerabilidade de adquirir, numa rea geogrfica e temporalmente bem

    definida.

    Assim, as empresas precisam agora encontrar e apresentar no somente

    tecnologias produtivas menos poluentes, bem como tambm contratar

    profissionais capacitados para operar as suas mquinas e emitir laudos e

    pareceres tcnicos sobre as condies ambientais de acordo com o ramo de

    atividade de cada uma delas, mas tambm que tenham em seus quadros um

    2Propostas da Agenda Ambiental na Administrao Pblica (A3P) e da Poltica Nacional de

    Resduos Slidos - Lei No 12.305 (02/08/12), h propostas de ambientais com os 6Rs:

    repensar; responsabilizar; reaproveitar; reciclar; recusar.

  • 11 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    grupo de profissionais multidisciplinar, aqui no caso um Agente de Combate

    s Endemias, ampliando os horizontes dos/nos seus processos produtivos.

    O que, desde j, explicamos antecipadamente da importncia deste

    Curso Agente de Combate s Endemias, pensado de forma diferenciado das

    antigas brigadas sanitrias ou guardas sanitrios, quando o mdico

    sanitarista Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro props a erradicao da Febre

    Amarela, como sendo uma das primeiras campanhas pblicas de combate ao

    Aedes aegypti, que tinham por objetivo adentrar nas residncias em busca de

    detectar casos de Febre Amarela e eliminar possveis focos de Aedes aegypti,

    atendendo muito mais metas puramente fiscal e policial.

    O que no significa que o feitio do mdico sanitarista Oswaldo Cruz

    estava errado. No podemos conden-lo simplesmente pelo que foi feito, pois

    naquela poca talvez fosse o que estava disponvel ao alcance dos gestores.

    Lgico que se olharmos alm do modelo biomdico, com certeza existia outras

    formas de vigilncia e medidas mitigadoras em relao aos sofrimentos das

    pessoas.

    Por isso, naquela poca as estratgias de combate ao vetor do dengue

    (em especial Aedes aegypti) para controlar a doena, muito utilizada desde o

    final do sculo XIX, no funciona mais. Que era muito mais pela eliminao das

    espcies, onde o controle era de concepo biomdica (modelo - que deu a

    sua contribuio).

    Isto porque o poder pblico sozinho no capaz (ou no d conta) de

    resolver os problemas da dengue, sendo necessria a participao da

    populao como sujeitos, como corresponsveis (at porque alguns criadouros

    esto dentro dos domiclios).

    necessria a mobilizao das pessoas (com sensibilizao e outras

    formas de comunicao) com uma participao (mais) responsvel no

    Programa de Controle de Vetores, sob a nova perspectiva da Promoo da

    Sade (nova estratgia para combater os vetores e prevenir as doenas).

    Isto porque, nos dias de hoje, as realidades ambientais so um tanto

    quanto diferentes daquela poca de Oswaldo Cruz, ou seja, exigem novas

    medidas pedaggicas e educativas, onde os saberes e os fazeres com os

    sujeitos precisam ser reconstrudos em parcerias, respeitando as fronteiras da

    autoria e da autonomia, o que nos faz lembrar o que disse Freire (1987, p. 36)

  • 12 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    (...) ningum educa ningum, ningum se educa a si mesmo. Os homens se

    educam entre si mediatizados pelo mundo.

    Para o caso das parcerias entendemos que elas aconteceram levando em

    considerao as propostas da Organizao Pan-Americana de Sade (OPAS,

    2005), sobre municpio e comunidade saudvel, em que diz o seguinte:

    Uma experincia de municpio e comunidade saudvel comea com o desenvolvimento e/ou o fortalecimento de uma parceria entre autoridades locais, lderes da comunidade e representantes dos vrios setores pblicos e privados, no sentido de posicionar a sade e a melhoria da qualidade da vida na agenda poltica e como uma parte central do planejamento do desenvolvimento municipal (OPAS, 2005, p. 2).

    Neste sentido ampliamos estas preocupaes com as contribuies de

    Mafra (2006), que nos chama a ateno de que:

    (...) pela necessidade de participao dos sujeitos nas questes pblicas, processo esse que no brota espontaneamente, mas prescinde de aprendizado, interesses despertados, identificao, um se-sentir-pertencido e um se-sentir-mobilizado s questes (valores / prticas) que necessitam de (re)definies coletivas (MAFRA, 2006, p. 14).

    Por isso Mafra (2006, p. 14) mais uma vez vem contribuir com as nossas

    preocupaes, quando pergunta Como possvel que tal processo acontea?

    Como possvel mobilizar os sujeitos participao coletiva?

    Na verdade no existe uma mgica e uma magia para que as pessoas

    assumam de forma mais inteira as causas, isto porque conforme disse Mafra

    (2006, p. 15), Entretanto, algumas vezes, o debate racional insuficiente para

    despertar o interesse dos indivduos por determinadas polticas ou, mesmo,

    promover o engajamento em prol de certas causas.

    Estas preocupaes esto contempladas no que disse Arajo; Cardoso

    (2010) numa entrevista para a Revista POLI (2010, p. 25), quando dizem que

    Qualquer processo de comunicao envolve repertrios culturais, agendas de

    prioridades, diferentes percepes do mundo.

    Assim, a funo do Agente de Endemias deve ser entendida e praticada,

    enquanto estratgia da Promoo da Sade, levando em considerao o que

    destaca a Carta de Ottawa (1986): 1) o estabelecimento de polticas pblicas

    saudveis, 2) criao de ambientes e entornos saudveis, 3) empoderamento e

    ao comunitria, 4) desenvolvimento de habilidades pessoais e 5)

    reorientao dos servios de sade.

  • 13 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    E, ainda, de acordo com a Carta de Ottawa (1986), Promoo de Sade

    o processo de empoderamento das populaes para obter um melhor controle

    sobre sua sade e para melhorar os determinantes da sade e define a sade

    como um recurso para a vida diria, um conceito positivo que enfatiza recursos

    pessoais e sociais, bem como as capacidades fsicas.

    Sabemos que todas as aes estratgicas so importantes, mas

    destacamos a relevncia do empoderamento, que de acordo com a

    Organizao Pan-Americana da Sade/Organizao Mundial da Sade

    (OPAS/OMS, 2005, p. 6) um processo de ao social que promove a

    participao das pessoas, organizaes e comunidades com o objetivo de

    aumentar o controle individual e comunitrio, a eficcia poltica, a melhora da

    qualidade de vida e a justia social.

    Alm do que foi dito na Carta de Ottawa (1986) e a OPAS/OMS (2005),

    importante destacar a relevncia de promover Polticas Pblicas intersetoriais

    que permitam e permeiam uma maior sinergia entre os desejos e as

    necessidades dos sujeitos em relao aos ambientes por eles ocupados ou

    ainda a ocupar, diferentes daquela poca do modelo higienista/sanitarista.

    Assim, entendemos que estas prticas estejam assentadas no que disse

    Buss (2003) apud Moraes (2008), sobre Promoo da Sade, ou seja:

    Percebe-se que a promoo da sade amplia seu escopo e, passa relacionar vida, sade, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participao e parceria. Essa viso de promoo da sade refere-se a aes do Estado, da comunidade, de indivduos, do sistema de sade e de parcerias intersetoriais, trabalhando com a ideia de responsabilizao mltipla para problemas e suas solues (BUSS, 2003 apud MORAES, 2008, p. 2043).

    De acordo com o que foi dito por Buss (2003) citado por Moraes (2008),

    de certa forma, consolidou o que foi proposto e realizado por Oliveira (2012)

    em especial a (...) participao e parceria, numa construo de saberes e

    fazeres em relao s (...) aes do Estado, da comunidade, de indivduos, do

    sistema de sade e parcerias intersetoriais, trabalhando com a ideia de

    responsabilizao mltipla para problemas e suas solues., em particular no

    processo de ampliao dos conhecimentos, das atitudes e dos procedimentos,

    enquanto mobilizao comunitria no controle dos Aedes e preveno do

    dengue.

  • 14 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Assim, nos permite dizer que a Promoo da Sade representa um

    novo jeito de se fazer polticas intersetoriais e interinstitucionais, com

    possibilidade de consolidar, nos diferentes ambientes, novas formas de se

    fazer a mobilizao comunitria.

    O que de certa forma atende o que foi proposto pela Organizao Pan-

    Americana de Sade (OPAS, 2005),

    A promoo da sade ganhou projeo internacional como importante estratgia para lograr a equidade, a democracia e a justia social. Est demonstrado o seu xito no equacionamento de difceis problemas sanitrios, sociais e econmicos, oferecendo um valioso contexto para a organizao da ao social e poltica com vistas melhoria da sade e das condies de vida. A promoo da sade uma abordagem tcnica e poltica para trabalhar com diferentes setores e melhorar a qualidade de vida. A excelncia em liderana poltica se caracteriza pelo uso bem-sucedido da avaliao da promoo da sade. Destacados lderes polticos puseram em prtica, em benefcio dos seus municpios, as cinco recomendaes seguintes: 1. Reconhecer na promoo da sade uma parte fundamental da busca da equidade, da melhoria da qualidade de vida e de melhor sade para todos. 2. Exigir avaliao e monitoramento, como parte das iniciativas de promoo da sade. 3. Criar infra-estruturas para apoiar a avaliao da promoo da sade. 4. Estimular e apoiar a colaborao entre setores do governo, setores pblico e privado, as universidades e os parceiros no-governamentais e 5. Usar os resultados da avaliao da promoo da sade (OPAS, 2005, p. 3).

    Assim, espera-se que a Promoo da Sade seja um marco nas

    estratgias na formulao de polticas pblicas em todos os setores que

    apoiam o desenvolvimento sadio e sustentvel, enquanto planejamento,

    implantao e avaliao de estratgias de equacionamento e gesto de

    ambientes favorveis Promoo da Sade em Municpios e Comunidades

    Saudveis3 (MCS).

    De acordo com a Organizao Mundial da Sade (OMS), uma experincia

    de municpio e comunidade saudvel comea com o desenvolvimento e/ou o

    fortalecimento de uma parceria entre autoridades locais, lderes da comunidade

    e representantes dos vrios setores pblicos e privados, no sentido de

    posicionar a sade e a qualidade da vida na agenda poltica, como parte

    central do planejamento do desenvolvimento municipal.

    De tal forma que as redes nacionais e regionais de MCS necessitam ser

    estimuladas, pois so importantes instrumentos para sensibilizar e mobilizar as

    3http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd63/MCS_Guiapor/MCS_Guiapor.pdf

  • 15 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    pessoas ao adotar novas atitudes e novos comportamentos nas relaes

    ambientais, em diferentes escalas (local, regional e global).

    Dentro deste contexto o municpio de Uberlndia-MG possui um processo

    de espacializao das suas atividades em diferentes direes, em funo do

    modelado topogrfico predominantemente de Chapadas Sedimentares o que

    facilita diversas atividades antrpicas relacionadas ao processo de urbanizao

    e da agropecuria.

    Conforme Baccaro (1989), os recursos hdricos das terras do municpio

    so drenados pelas Bacias Hidrogrficas do Rio Araguari e Uberabinha (Mapa

    1), com destaque para as cachoeiras, corredeiras e declividades das vertentes

    que so mais acentuadas, aproveitadas como queda natural para a construo

    de Usinas Hidroeltricas, entre elas Capim Branco I e II (AMADOR AGUIAR), e

    a PCH MALAGONE (Figuras 01 a 04).

    Figuras 01 a 04 Canteiro de obras da Usina Hidreltrica PCH MALAGONE, 2009. Fotos: Joo Carlos de Oliveira.

  • 16 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Mapa 1 - Hidrografia do Municpio de Uberlndia. Fonte: Brito; Lima, 2011, p. 27.

  • 17 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Estes empreendimentos localizados em ambientes propcios na presena

    de determinados vetores, por exemplo, Flebotomneos que compreendem o

    gnero Lutzomia, Haemagogus, Aedes aegypti, Triatomneos Tripanossoma

    cruzi so responsveis pela transmisso de algumas doenas, tais como

    Leishmaniose Visceral e Cutnea, Febre Amarela, Dengue, Chagas. Que, ao

    serem implantados, estabelecem uma relao direta

    ambiente/homem/sade/doena, em funo da presena dos trabalhadores e,

    ao mesmo tempo, do estreito deslocamento entre as obras e as residncias de

    moradias dos mesmos, sejam elas nos acampamentos e/ou nas reas

    urbanas.

    Com todo este agrupamento (adensamento) populacional presente em

    diferentes localidades necessita de uma gesto pblica de Promoo da

    Sade, onde na linha de frente o Agente de Combate s Endemias poder

    e/ou ir contribuir num conjunto de polticas intersetoriais, para promoo da

    qualidade de vida das pessoas.

    No espao rural de vrias localidades do Brasil, com o avano do

    agronegcio e a destruio das reas verdes naturais, este profissional levar

    o conhecimento sobre os impactos na sade ambiental advindos do uso

    descontrolado do processo de urbanizao, principalmente em funo da

    macrocefalia urbana, de determinadas atividades relacionadas agropecuria

    e na construo de usinas hidroeltricas.

    Estas preocupaes se devem pelo fato de que j alguns estudos

    realizados pelo Instituto de Geografia - Universidade Federal de Uberlndia, em

    especial pelo Laboratrio de Geografia Mdica e Vigilncia em Sade

    (LAGEM/IG/UFU) e que demarcam muito bem os impactos sobre a sade

    ambiental do municpio de Uberlndia (MG) e at da regio do Tringulo

    Mineiro e Gois(Tabela 1).

    Dentro deste contexto de pesquisa e de qualificao profissional, a Escola

    Tcnica de Sade ESTES/UFU, vm por meio deste Projeto destacar duas

    situaes: 1) Alguns profissionais da ESTES, entre eles Jureth Couto Lemos,

    Joo Carlos de Oliveira e Noriel Viana Pereira contriburam com algumas

    pesquisas e 2) Propor o Curso de Agente de Combate s Endemias, para

    capacitar profissionais competentes a trabalhar tanto em diferentes segmentos

    sociais, em especial nas administraes pblicas, como tambm nas empresas

  • 18 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    como em outros segmentos, contribuindo para desenvolver prticas de

    Vigilncia em Sade e Epidemiolgica de Vetores, como forma de amenizar os

    impactos na sade humana, gerados pela ao humana ou no.

    Tabela 1 Pesquisas realizadas pelo Laboratrio de Geografia Mdica e Vigilncia em Sade (LAGEM/IG/UFU)

    PESQUISADORES TITULO DA PESQUISA Paulo Henrique Batista Samuel do Carmo Lima

    Transmisso vetorial da doena de chagas no Tringulo Mineiro: aspectos demogrficos, scio-econmicos, polticos e ambientais.

    MarlcioAlnselmo Alves Samuel do Carmo Lima

    Regionalizao e Territorializao da Estratgia Sade da Famlia em Uberlndia MG

    Joo Carlos de Oliveira Samuel do Carmo Lima

    Mobilizao comunitria como estratgia da promoo da sade no controle dos Aedes (aegypti e albopictus) e preveno do

    dengue no distrito de Martinsia, Uberlndia (MG).

    Maria Araci Magalhes Samuel do Carmo Lima

    Doenas da pobreza e globalizao. Estratgias de Promoo da Sade do territrio escolar: dilogos entre Brasil e Portugal.

    Paulo Cezar Mendes Gerusa Gonalves Moura Samuel do Carmo Lima

    Diagnstico Epidemiolgico da Cidade de Ituiutaba-MG: o estudo da Dengue como possibilidade de pesquisa e mobilizao social a partir da escola.

    Elisngela Rodrigues Samuel do Carmo Lima

    Alteraes ambientais e os riscos de transmisso de febre amarela, na rea de construo da UHE Serra do Faco GO.

    Paulo Cndido de Sousa Samuel do Carmo Lima

    Perfil geoepidemiolgico das populaes na rea diretamente afetada pelo AHE Serra do Faco, Gois.

    Marcelo Sebastio Resende Samuel do Carmo Lima

    Gripe aviria, aves migratrias e controle sanitrio na criao de aves comerciais e de subsistncia no municpio de Uberlndia.

    Jaqueline Aida Ferrete Samuel do Carmo Lima

    Fauna anoflica da rea de construo da barragem da Usina Hidreltica Amador Aguiar I, na bacia do Rio Araguari, no Municpio de Uberlndia MG.

    Paulo Cezar Mendes Samuel do Carmo Lima

    Aspectos ecolgicos e sociais da doena de chagas no municpio de Uberlndia, Minas Gerais - Brasil

    Jureth Couto Lemos Samuel do Carmo Lima

    Fauna flebotomnea na bacia do rio Araguari, antes, durante e aps a construo da barragem da usina hidreltrica Capim Branco I, Uberlndia, Minas Gerais.

    Glaucimar Soares da Silva Vieira Samuel do Carmo Lima

    Fauna de Aedes (Ochlerotatus) Scapularis e as alterapes ambientais provocadas pela construo das barragens das Usinas Hidreltricas Capim Branco I e II, no rio Araguari, no Municpio de Uberlndia, Minas Gerais, Brasil.

    Joo Carlos de Oliveira Samuel do Carmo Lima

    Manejo integrado para controle do Aedes e preveno contra a

    dengue, no Distrito de Martinsia, em Uberlndia (MG)

    Mrcia Mattos Dorneles Julio Cesar de Lima Ramires

    A hansenase e a poltica de sade em Uberlndia MG.

    Noriel Viana Pereira Samuel do Carmo Lima

    Epidemiologia da Hansenase em Manaus AM.

    Sandra Soares Alvim Samuel do Carmo Lima

    Comportamento Epidemiolgico da Tuberculose em Uberlndia (MG): situaes coletivas de risco, de 1995 a 2003.

    Sandra Clia Muniz Magalhes Samuel do Carmo Lima

    Epidemiologia da Tuberculose em Manaus MG.

    Jorge Hermgenes Rocha Samuel do Carmo Lima

    A influncia da construo dos lagos das usinas hidreltricas de Capim Branco I e II, nos municpios de Araguari e Uberlndia - MG.

    Jaqueline Aida Ferrete Samuel do Carmo Lima

    Fauna Anoflica das reas de Implantao das Barragens das Usinas Hidreltricas Capim Branco I e Capim Branco II, na Bacia do Rio Araguari, no Municpio de Uberlndia MG.

    Jureth Couto Lemos Samuel do Carmo Lima

    Fauna flebotomnica em reas de transmisso de Leishmaniose Tegumentar Americana, na bacia do Rio Araguari, no Municpio de Uberlndia, Minas Gerais, Brasil - um estudo de Geografia Mdica.

    Fonte: http://lagem.blogspot.com.br/p/pesquisas.html. Data de acesso: agosto de 2012. Organizao: Joo Carlos de Oliveira, 2012.

  • 19 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    O profissional em Agente de Combate s Endemias possuir

    habilidades e competncias para fazer um levantamento dos ambientes

    propcios para a presena e desenvolvimento de vetores responsveis, ou no,

    a determinadas doenas, bem como as relaes que se estabelecem com as

    aes antrpicas, identificando alguns problemas advindos do mau uso em

    determinado lugar.

    Dessa forma, o projeto pedaggico/plano do curso de formao inicial e

    continuada em Agente de Combate s Endemiasvem atender solicitao de

    qualificao e formao das pessoas, gerando mo de obra qualificada,

    melhoria na qualidade dos servios prestados e procurar solucionar os

    problemas locais e/ou regionais com a possibilidade de manter as pessoas no

    seu ambiente com menos riscos e vulnerabilidade.

    Os avanos conquistados pelosAgentes de Combate em Endemias ao

    longo desses 20 anos de SUS mostram, por um lado, a capacidade de

    organizao dessa categoria e, por outro, a importncia que eles adquiriram no

    sistema como um todo. Houve um tempo, por exemplo, em que bastava saber

    ler e escrever para estar apto a realizar o trabalho dos agentes.

    Hoje, existe proposto pelos Ministrios da Sade e da Educao e

    formalizado pelo Conselho Nacional de Educao, um curso tcnico de Agente

    de Combate s Endemias (ACE).

    Em 2002, eles conseguiram fazer a sua atividade virar profisso, com a

    promulgao da Lei N 10.507. Em 2006, outra lei, a de N 11.350, criou o

    processo seletivo pblico especificamente para Agente Comunitrio de Sade

    (ACS) e Agente de Combate s Endemias, atendendo alguns contextos

    conceituais, tais como: Ator Social; Determinantes Sociais; Distrito Sanitrio;

    Doena Emergente; Doenas Reemergentes; Ecossistemas; Empoderamento;

    Endemia; Epidemia; Pandemia; Enfoque Clnico; Enfoque Epidemiolgico;

    Enfoque Estratgico-Situacional; Enfoque Social; Fluxos; Incidncia;

    Prevalncia; Indicadores de Sade; Integralidade; Equidade; Modelos

    Assistenciais; Necessidades Sociais de Sade; Objetos Geogrficos;

    Participao Social; Planejamento e a Programao Local em Sade; Prticas

    de Sade; Problemas de Sade; Promoo da Sade; Salubridade Ambiental;

    Saneamento Ambiental; Sade; Segregao Espacial; Territrio; Vigilncia

    Ambiental; Vigilncia Epidemiolgica; Vigilncia Sanitria.

  • 20 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    4. CARACTERIZAO DO CMPUS

    A Escola Tcnica de Sade da Universidade Federal de Uberlndia

    localizada no Bloco 4K e 6 X do Campus Umuarama. Foi criada em 1972, e

    oferece os cursos tcnicos subsequentes ao ensino mdio em Enfermagem,

    Anlises Clnicas, Prtese Dentria, Sade Bucal, Controle Ambiental e na

    modalidade PROEJA, o curso Tcnico em Meio Ambiente.

  • 21 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    5. JUSTIFICATIVA

    O documento a seguir refere-se ao Plano do Curso Tcnico em Agente de

    Combate s Endemias. O projeto fundamentado nas bases legais norteadas

    na LDB N 9394/96 e no conjunto de leis, decretos, pareceres e referncias

    curriculares que normatizam a Educao Profissional no sistema educacional

    brasileiro, bem como nos documentos que versam sobre este nvel de ensino

    que tm como pressupostos a formao do profissional-cidado.

    Para Brasil (1996) ao expressar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB4) da

    Educao h uma identificao de que a Educao Ambiental seja como um

    processo, ou seja, uma vez iniciada prossegue indefinidamente por toda a vida,

    aprimorando-se e incorporando novos significados sociais e cientficos. Devido

    ao prprio dinamismo da sociedade, o despertar para a questo ambiental no

    processo educativo deve comear nos primeiros anos de vida. A determinao

    para que a Educao Ambiental seja integrada, contnua e permanente implica

    o incio do seu desenvolvimento na educao infantil sem futura interrupo.

    O marco orientador tambm presente nesta proposta, esto registrados

    nas decises traduzidas nos objetivos desta instituio e na compreenso da

    educao como uma prtica social, os quais se materializam na funo social

    da ESTES-UFU de promover educao cientficotecnolgicohumanstica.

    A proposta tambm visa formao integral do cidado crtico-reflexivo,

    competncia tcnica e tica, comprometido efetivamente com as

    transformaes sociais, polticas e culturais e em condies de atuar no

    mercado do trabalho por meio da formao profissional tcnica.

    Formar profissionais que sejam capazes de lidar com a rapidez da

    produo dos conhecimentos cientficos e tecnolgicos e de sua transferncia

    e aplicao na sociedade em geral e no mercado de trabalho o grande

    desafio a ser enfrentado pelo curso.

    Por outro lado, o municpio de Uberlndia-MG, visualiza um quadro de

    crescimento urbano, comercial, industrial e do agronegcio em franco

    desenvolvimento, sendo um dos grandes desafios conciliar o crescimento

    econmico com o equilbrio ecolgico.

    4Lei 9.394, de 20/12/1996. Disponvel em:

    http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf

  • 22 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    A degradao e a poluio ambiental no municpio tm como causa

    principal a forma de uso dos recursos naturais e o estrangulamento do espao

    urbano sem planejamento e desrespeito legislao ambiental.

    O mau uso desses recursos aliados s questes estruturais,

    implementao efetiva da poltica ambiental, s limitaes de infraestrutura dos

    rgos ambientais, baixa eficincia tecnolgica, falta de informaes e de

    capacitao tcnica dos profissionais e ineficiente fiscalizao dos diversos

    rgos pblicos, alm da reduzida conscincia e da falta de respeito e

    valorizao ambiental da populao em geral, acabam se tornando indicativos

    na degradao ambiental.

    Portanto, percebemos que os problemas ambientais decorrentes das

    atividades urbanas, rurais e industriais so caracterizados pelos desequilbrios

    da explorao excessiva dos recursos naturais, desmatamentos, explorao

    predatria do cerrado, alterao na cadeia alimentar tpica dos ecossistemas

    naturais, bem como por problemas pontuais e especficos derivados do

    emprego de tecnologias produtivas, do uso inconveniente de matrias e

    energia nos processos industriais e nas comunidades urbanas, gerando os

    impactos de poluio do ar, da gua e do solo.

    Os efluentes domsticos lanados sem tratamento nos mananciais de

    gua, como os rios e os crregos, associados a uma deficincia no sistema

    adequado de coleta e tratamento de esgoto caracterizam-se como um dos

    principais problemas ambientais, juntamente com a disposio de lixo urbano,

    mesmo uma parte dele dispostos no aterro sanitrio.

    A cidade de Uberlndia-MG apresenta um potencial de desenvolvimento

    voltado para as atividades de prestao de servios, porm, uma indstria

    tambm muito ativa nos setores de petroqumica, agrotxicos, embutidos e

    frigorficos. Estas indstrias lanam poluentes em suspenso e algum tipo de

    efluente na gua.

    A poluio atmosfrica possui seus representantes principalmente na

    emisso de dixidos de carbono por uma das maiores frotas de veculos do

    estado de Minas Gerais que a cidade possui, alm das emisses das

    indstrias, particulados provenientes das queimadas na rea urbana e entorno,

    associados a uma diminuio crescente das reas verdes.

  • 23 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    No campo h uma identificao pela expanso do agronegcio e plantio

    irrigado. A utilizao de agrotxicos na horticultura contamina e polui o solo,

    modificando as condies fsico-qumicas, biolgicas e a qualidade das guas

    dos mananciais existentes nas proximidades desses projetos, representado

    pela bacia do rio Araguari, principalmente expoente destas atividades.

    Outro aspecto no espao rural do municpio se volta para a quantidade de

    usinas hidreltricas existentes. Os impactos ambientais gerados por estas

    usinas so muito significativos no somente no campo, mas tambm pelo

    reflexo no aumento da temperatura urbana.

    Diante de todas estas questes ambientais a Universidade Federal de

    Uberlndia-UFU-ESTES, prope a criao do curso tcnico Combate em

    Endemias (PRONATEC) diante da necessidade da qualificao de recursos

    humanos para acompanhar esse crescimento e desenvolvimento, em especial

    das atividades agropecurias e nas reas urbanas, como forma de monitorar a

    presena de determinados vetores, bem como orientar as polticas de

    Vigilncia em Sade. .

  • 24 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    6. OBJETIVOS

    6.1. Objetivo Geral

    Formar profissionais-cidados-tcnicos de Qualificao Profissional em

    Agente de Combate s Endemias nvel mdio com competncia tcnica,

    tica e poltica, responsabilidade social e que contemple um novo perfil

    para saber, saber fazer e saber ser com eficincia no reconhecimento,

    avaliao e gerenciamento das questes ambientais.

    Capacitar os profissionais para que atuem em programas de vigilncia,

    preveno e controle de doenas, favorecendo a atuao dos servios

    pblicos, bem como a sade da populao na sociedade em que vivem;

    6.2. Objetivos Especficos

    Saber utilizar procedimentos tcnicos laboratoriais de monitoramento de

    vetores para a melhoria contnua do ambiente;

    Saber Implantar e implementar projetos ambientais nas esferas pblica e

    privada;

    Disseminar informaes e Educao Ambiental em consonncia com a

    filosofia da Vigilncia Epidemiolgica e/ou Ambiental;

    Realizar aes mitigadoras de impactos ambientais;

  • 25 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    7. PERFIL DO CURSO

    O Curso de Agente de Combate s Endemias busca promover a melhora

    qualitativa da fora de trabalho em sade para as aes de promoo,

    proteo e recuperao da sade. A estrutura do curso conta inicialmente com

    o acolhimento e um mdulo nico que abarcam funes identificadas no

    processo de trabalho em sade, com os componentes curriculares

    significativos para aprendizagem profissional.

    A carga horria total de 240h de forma presencial, sendo 20 horas para o

    acolhimento inicial, 190horas tericas e 30 horas aulas prticas.

  • 26 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    8. PERFIL DO PROFISSIONAL EGRESSO

    O perfil profissional do concluinte do Curso Tcnico em Agente de

    Combate s Endemias dever apresentar habilidade e desempenho para

    atuar nas diferentes atividades e locais de trabalho seja pblico ou privado,

    rgos governamentais, indstrias, empresas de consultoria e prefeitura,

    visando sempre qualidade do ambiente.

    Espera-se, portanto, desse profissional a capacidade de:

    Vistoria de residncias, depsitos, terrenos baldios e estabelecimentos

    comerciais para buscar focos endmicos. Inspeo cuidadosa de caixas

    dgua, calhas e telhados. Aplicao de larvicidas e inseticidas. Orientaes

    quanto preveno e tratamento de doenas relacionadas a vetores,

    recenseamento de animais. Essas atividades so fundamentais para prevenir e

    controlar doenas como dengue, chagas, leishmaniose e malria e fazem parte

    das atribuies do Agente de Combate s Endemias.

    Assim, os Agentes de Combate em Endemias trabalham em contato

    direto com a populao, sendo esse um dos fatores mais importantes para

    garantir o sucesso do trabalho, em funo de serem atores importantes para a

    obteno de resultados positivos com a populao e diversos segmentos

    sociais.

    O Agente de Combate s Endemias um profissional fundamental para

    o controle de endemias e deve trabalhar de forma integrada s equipes de

    ateno bsica na Estratgia Sade da Famlia, participando das reunies e

    trabalhando sempre em parceria com o Agente Comunitrio de Sade. Alm

    disso, o Agente de Combate s Endemias pode contribuir para promover uma

    maior integrao das/nas vigilncias ambientais. Como est em contato

    permanente com a comunidade onde trabalha, ele conhece os principais

    problemas da regio e pode envolver a populao na busca da soluo dessas

    questes.

    Alm destas atribuies do Agente de Combate s Endemias poder:

    Realizar vistoria, percia, avaliao, arbitramento, laudo e parecer

    tcnico;

    Desempenhar cargo e funo tcnica;

  • 27 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Realizar produo tcnica e especializada;

    Promover a educao ambiental atravs de palestras e cursos.

    Identificar, caracterizar, classificar e avaliar os problemas ambientais;

    Viabilizar solues tcnicas para os problemas de poluio ambiental.

    REA DE ATUAO

    Instituies pblicas de meio ambiente / Fundaes de Meio ambiente

    Prefeituras municipais

    Servios de vigilncia sanitria e ambiental

    Laboratrios de sade pblica

    Empresas de consultoria ambiental

    Organizaes No Governamentais (ONGs)

  • 28 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    9. REQUISITOS PARA O INGRESSO

    Ensino Fundamental incompleto, conforme a escolaridade mnima exigida e

    os critrios de seleo conforme Resoluo CD/FNDE No 4 16/03/2012.

  • 29 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    10. PERIODICIDADE DA OFERTA

    O Curso ser ofertado semestralmente e ter durao de at cinco meses.

    As aulas tericas e prticas sero ministradas no perodo noturno.

  • 30 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    11. FREQUENCIA MNIMA OBRIGATRIA

    A Frequncia verificada dentro do processo de formao do

    estudante/profissional, como critrio de avaliao para aprovao devendo ter

    o mnimo de 75% em cada disciplina.

  • 31 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    12. ORGANIZAO CURRICULAR

    12.1. Matriz Curricular

    O curso Agente de Combate s Endemias est organizado em mdulo

    nico com carga horria total 240h, sendo 20 horas para o acolhimento inicial,

    190 horas tericas e 30 horas de prticas, conforme matriz curricular

    apresentada em seguida.

    SEMESTRAL 240 horas

    UNIDADE CURRICULAR T P CH

    Acolhimento 20 - 20

    Meio Ambiente e Sade 20 - 20

    Sade Coletiva (Polticas de Sade / Demografia) 20 - 20

    Epidemiologia 30 15 45

    Tcnicas de Vigilncia Ambiental 30 15 45

    Biossegurana 30 - 30

    Bioestatstica 30 - 30

    Sistemas de Informao em Sade 15 - 15

    Legislao, Meio Ambiente e tica 15 - 15

    TOTAL 210 30 240

  • 32 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    12.2. Contedo Programtico

    Acolhimento

    O momento inicial do curso dedicar-se- a criar um ambiente de

    relacionamento e vinculao no qual os estudantes5tenham atividades que

    proporcionem aconchego e desenvolvimento. Para isso, essa etapa ser

    desenvolvida pela equipe de professores de maneira coletiva considerando

    cada estudante como nico, dotado de expectativas, cultura, voz e

    necessidades diferenciadas. O acolhimento qualificar o primeiro contato com

    os estudantes, transformando-o num momento de generosidade, ateno e

    humanidade no qual os estudantes sero ouvidos e acolhidos estabelecendo

    as interaes, a vida comunitria e a riqueza das trocas e das relaes.

    Meio Ambiente e Sade

    Justificativas/Contedos

    Na sociedade atual, muito difcil pensar na formao de um cidado crtico

    margem do saber cientfico. Dessa forma, o ensino das cincias deve

    possibilitar o aprendizado do conhecimento historicamente acumulado,

    permitindo a construo de uma concepo de cincia que englobe suas

    relaes com a tecnologia, sociedade e o ambiente. Alm disso, deve permitir

    a ampliao do conhecimento sobre a diversidade da vida nos ambientes

    naturais e construdos, discutindo a dinmica da natureza e como a vida se

    processa em diferentes espaos, ao longo do tempo. Deve proporcionar, ainda,

    uma reconstruo crtica da relao homem-natureza, superando vises

    distorcidas e utilitaristas, possibilitando a construo de conceitos,

    procedimentos e atitudes relativos temtica ambiental, em todos os nveis de

    ensino. Nesse sentido, imprescindvel trabalhar-se na educao escolar

    uma cincia mais atual, histrica, social, crtica e humana. So evidentes os

    5 Faz-se a escolha pela terminologia estudante como resgate e, bem como pelo

    entendimento, por melhor expressar as reflexes da psicopedagoga Argentina Fernndez (2001), que prefere o uso do termo estudante (ou aprendente/ensinante) como uma modalidade (diferente) de ensino-aprendizagem, que no seja equivalente a aluno, mas sim a um sujeito desejante que revisita a sua aprendizagem de forma cotidiana, que se posiciona em aprender, a ensinar, em apreender, imprescindvel no reconhecimento da autoria e autonomia do seu pensamento. Para Fernndez (2001),a etimologia da palavra aluno, apresenta um significado importante (a: negao, sem, no, ausncia, sem; luno: vem do grego: luz, brilho).

  • 33 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    sinais de deteriorizao do ambiente em escala planetria. A degradao

    progressiva dos ecossistemas, a contaminao crescente da atmosfera, solo e

    gua, so exemplos dos impactos das atividades humanas sobre o ambiente.

    Esses problemas so exacerbados em situaes locais em que se acumulam

    fontes de riscos advindos de processos produtivos passados ou presentes,

    como a disposio inadequada de resduos industriais, a contaminao de

    mananciais de gua e as pssimas condies de trabalho e moradia. O

    ambiente: diversidade e sustentabilidade. Equilbrio entre o ser humano e o

    ambiente. Proteo e degradao da natureza. Tipos de ambientes: poludos,

    comprometidos e saudveis. Os seres vivos: relaes harmnicas,

    desarmnicas e determinantes de doenas. Desigualdade social e sade. As

    Inter-relaes entre os Seres Vivos. Analisando a situao de sade e as

    condies de vida: o espao de deciso do tcnico em Endemias. Reconhecer

    a Sade no Espao Local. Saberes e Prticas para Produo Social da Sade.

    Promoo da Sade.

    Sade Coletiva (Polticas de Sade / Demografia)

    Justificativas/Contedos

    Sabe-se que a sade coletiva constitui um esforo epistemolgico e de

    paradigma de criar interface entre os aspectos biolgicos e de Promoo da

    Sade nos processos sade-doena envolvendo, portanto, desde suas

    manifestaes individuais, at processos sociais mais amplos que implicam a

    definio de polticas pblicas, a organizao de servios de sade nos seus

    diversos nveis de complexidade necessrios para a formao do Tcnico para

    contribuir na busca por solues frente s crescentes demandas sanitrias do

    pas. A influncia do ambiente no processo de sade e doena. So as

    tcnicas e os conhecimentos usados para intervir nos problemas e situaes

    relacionados sade da populao em geral ou de determinado grupo, com o

    objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A sade

    coletiva dirige, planeja, administra e supervisiona as polticas sociais de sade

    de rgos pblicos ou privados. Tambm pesquisa e prope aes para

    controlar os malefcios causados por fatores ambientais, como a gua

    imprpria ao uso e a poluio do ar. A Demografia uma rea da cincia

  • 34 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    geogrfica que estuda a dinmica e a distribuio da populacional humana nos

    diferentes territrios. O seu objeto de estudo engloba as dimenses,

    estatsticas, estrutura e distribuio ambiental das diversas

    populaes humanas. Estas no so estticas, variando devido s taxas de

    natalidade, mortalidade, fluxos migratrios, envelhecimento. A anlise

    demogrfica centra-se tambm nas caractersticas de toda uma sociedade ou

    um grupo especfico, definido por critrios relacionados com a educao, a

    nacionalidade, religio, etnia, gnero. Conhecendo o lugar da produo social

    da sade: o espao de identidade do tcnico em Endemias. Territrio, Sujeito e

    Sociedade Sade. A Demografia como questo cientfica: O que faz as

    pessoas terem menos filhos?Os estudos demogrficos sob o olhar de grandes

    projetos comparativos (Princeton European Fertility Project, World Fertility

    Survey, Demographic Health Survey). Problemas e contribuies

    metodolgicas e tericas para o estudo da demografia. Transies

    demogrficas. Como demgrafos tm explicado a passagem de nveis altos de

    fecundidade para nveis mais baixos da reposio populacional. Temas

    contemporneos globais e regionais sobre demografia mundial. Diferenciais de

    fecundidades (migrantes x no migrantes; diferenas tnicas/cor/gnero).

    Polticas Sociais e Reproduo. Polticas Pblicas e o SUS.

    Epidemiologia

    Justificativas/Contedos

    Epidemiologia uma rea do conhecimento cientifico que estuda

    quantitativamente a distribuio dos fenmenos de sade/doena, e seus

    fatores condicionantes e determinantes, nas populaes humanas em relao

    aos seus ambientes de vivncia. Considerada como a principal cincia bsica

    da sade coletiva, a Epidemiologia analisa a ocorrncia de doenas em massa,

    ou seja, em sociedades, coletividades, classes sociais, grupos especficos,

    dentre outros levando em considerao causas categricas dos geradores

    estados ou eventos relacionados sade das populaes caractersticas e

    suas aplicaes no controle de problemas de sade.Desta maneira podemos

    entender a epidemiologia como a cincia que estuda o comportamento das

    doenas em uma determinada comunidade, levando em considerao diversas

  • 35 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    caractersticas ligadas pessoa, espao fsico e tambm tempo, desta maneira

    possvel determinar as medidas de preveno e controle mais indicadas para

    o problema em questo como tambm avaliar quais sero as estratgias a

    serem adotadas e se as mesmas causaram impactos, diminuindo e controlando

    a ocorrncia da doena em anlise.A anlise de determinao causal das

    doenas em uma coletividade humana, dividida em classes sociais e/ou grupos

    especficos de populaes (ou a distribuio desigual das doenas nas

    sociedades) exige da epidemiologia uma interao transdisciplinar e estabelece

    sua dependncia a outras cincias a exemplo das: Cincias Sociais

    (Antropologia, Sociologia, Etnologia); Cincia Poltica; Estatstica; Economia;

    Demografia; Ecologia e Histria, que responde s demandas da promoo da

    sade com a teoria da multicausalidade das doenas e as necessrias

    intervenes socioeconmicas para reduo da pobreza, melhoria das

    condies de vida e saneamento do meio - ambiente.Formas de transmisso

    de doenas. Tipos de micro-organismos causadores de doenas: bactrias;

    fungos; protozorios; vrus; helmintos, entre outros. Enfermidades

    transmissveis mais comuns (agente etiolgico, perodo de incubao,

    transmisso, sinais e sintomas, procedimentos especficos para preveno e

    controle): dengue, leptospirose, leishmaniose visceral e tegumentar, clera,

    toxoplasmose, febre tifide, malria, febre amarela, doena de chagas,

    esquistossomose, hepatite viral B e C, tuberculose, hansenase e gripe (H1N1,

    H1N5, influenza comum). . Investigao epidemiolgica. Medidas de sade e

    pistas epidemiolgicas. Transio epidemiolgica. Epidemiologia no Brasil.

    Estratgia da Sade da Famlia (ESF): trabalhando com epidemiologia.

    Tcnicas de Vigilncia Ambiental

    Justificativas/Contedos

    A incorporao da Vigilncia Ambiental no campo das polticas pblicas de

    sade uma demanda relativamente recente no Brasil. Sua implantao

    significou um avano fundamental nas aes de promoo e proteo sade

    da populao brasileira, por meio do monitoramento e do controle de uma

    variedade de problemas decorrentes do desequilbrio do ambiente, visando

    eliminar ou reduzir a exposio humana a fatores ambientais prejudiciais

  • 36 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    sade.A Vigilncia em Sade Ambiental compreende o conjunto de aes e

    servios prestados por rgos e entidades pblicas e privadas, relativos

    vigilncia em sade ambiental, visando o conhecimento e a deteco ou

    preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e/ou

    condicionantes do ambiente que interferem na sade humana, com a finalidade

    de recomendar e adotar medidas de promoo da sade ambiental, preveno

    e controle dos fatores de riscos relacionados s doenas e outros agravos

    sade. A Vigilncia Ambiental tem como objetivo, prevenir e monitorar os

    fatores de risco de doenas e de outros agravos sade, decorrentes do

    ambiente e das atividades produtivas. Estende sua atuao sobre fatores

    biolgicos representados por vetores, hospedeiros, reservatrios e animais

    peonhentos, bem como fatores no biolgicos como a gua, o ar, o solo,

    contaminantes ambientais, desastres naturais e acidentes com produtos

    perigosos.A Vigilncia Sanitria ocupa-se de aes capazes de prevenir,

    diminuir ou eliminar riscos para a sade. Atua sobre os problemas sanitrios

    decorrentes da produo e circulao de mercadorias, da prestao de

    servios, do ambiente de trabalho e das intervenes sobre o meio ambiente.

    O profissional tcnico em vigilncia ambiental pode trabalhar

    no controle, fiscalizao e monitoramento de aes executadas no ambiente e

    em servios direta ou indiretamente relacionados Sade, intervindo com o

    intuito de eliminar, diminuir ou prevenir riscos Sade. Uso de tcnicas e

    tecnologias de coleta e identificao de vetores. Tcnicas de manipulao de

    larvicidas e inseticidas.Monitoramento da qualidade da gua para o consumo

    humano. Monitoramento das reas de solo contaminado. Atividades educativas

    e/ou Tcnicas palestras, jogos interativos, visitas domiciliares (Pesquisa-

    ao).

    Biossegurana

    Justificativas/Contedos

    Ao lidar com anlise de componentes de teor prejudicial vida do trabalhador

    faz-se necessrio que ele conhea a Legislao Brasileira de Biossegurana e

    a validao de equipamentos de segurana. Isso permite que este profissional

    interprete os riscos qumico, fsico e biolgico de forma a no prejudicar sua

  • 37 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    segurana pessoal e de outras pessoas.Princpios gerais da biossegurana.

    Higiene e profilaxia no ambiente de trabalho. Normas e Riscos de manipulao

    de larvicidas e inseticidas. Classificao de microorganismos e parasitas.

    Preveno e controle de infeco. Conceitos de assepsia, antissepsia,

    desinfeco e esterilizao. Equipamento de Proteo Individual e/ou Coletivo

    (EPI/EPC): tipos e usos. Noes de segurana no trabalho (CIPA e acidentes

    de trabalho).

    Bioestatstica

    Justificativas/Contedos

    A utilizao da Estatstica pelas diversas reas da Sade tem crescido deforma

    signicativa nos ltimos anos, ao ponto de ter dado origem ao termo

    Bioestatstica.O volume de dados gerados pelas pesquisas quali-quantitativas

    necessita ser trabalhados de forma que sua leitura seja mais fcil e sua

    interpretao possibilite tomada de decises com mais segurana. Os

    programas de informtica vm ao encontro dessa necessidade, pois

    possibilitar ao estudante tabular os dados relacionados aos aspectos

    ambientais como tabelas, grficos, porcentagem, mdia, desvio padro,

    coeficiente padro, etc de poluentes detectados em um ambiente, mapear

    volume de resduos e quadro sobre impactos ambientais. Assim, a disciplina

    torna-se essencial para a compreenso dos elementos que envolvem a

    estattisca e a informtica bem como suas interfaces no mbito

    ambiental.Planejamento e desenho de uma pesquisa (Estudos observacionais,

    experimentais, prospectivos, retrospectivos, longitudinais e de corte

    transversal, caso-controle, coorte, Amostragem, Tipos de dados). Organizao

    e Execuo da coleta de dados (Distribuio de frequncias, Representao

    grca de dados, Medidas de posio, Medidas de variao). Processamento

    de dados. Anlise de dados. Interpretao, apresentao e formas de

    publicao de resultados.

  • 38 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Sistemas de Informao em Sade

    Justificativas/Contedos

    A Organizao Mundial da Sade define Sistema de Informao em Sade -

    SIS como um mecanismo de coleta, processamento, anlise e transmisso da

    informao necessria para se planejar, organizar, operar e avaliar os servios

    de sade. Considera-se que a transformao de um dado em informao

    exige, alm da anlise, a divulgao, e inclusive recomendaes para a

    ao.Como em qualquer outra atividade, no setor sade a informao deve ser

    entendida como um redutor de incertezas, um instrumento para detectar focos

    prioritrios, levando a um planejamento responsvel e a execuo de aes de

    que condicionem a realidade s transformaes necessrias.Produzindo

    Informaes. Desvelando o Territrio. Sistemas de Informao. Sistemas de

    Informao em Sade. Tecnologia da Informao. Desenhando Sistemas.

    Legislao, Meio Ambiente e tica

    Justificativas/Contedos

    As diferentes atividades produtivas realizadas em nosso cotidiano se

    constituem em uma das principais ferramentas articuladoras para o

    desenvolvimento regional e influncia no crescimento dos ambientes, portanto,

    torna-se necessrio a formao de profissionais com pleno conhecimento e

    domnio das principais Legislaes Ambientais, visando conhecer as regras

    legais utilizadas na explorao dos recursos naturais e do uso do solo,

    buscando a preservao dos recursos naturais. Princpios de tica. Cidadania:

    poltica, meios de comunicao de massa e educao. tica nas relaes

    sociais. Responsabilidade social: conceito, dimenses e benefcios.

    Desenvolvimento sustentvel. Ambiente e educao ambiental: principais

    agresses e seus efeitos, alternativas benficas para o ambiente.

  • 39 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    12.3. Bibliografia Bsica do Projeto Pedaggico

    AMATO NETO, V. e BALDY, J.L.S. Doenas Transmissveis, 3.ed. So Paulo: Sarvier, 1991.

    ARAJO, Inesita Soares de; CARDOSO, Janine Miranda. Comunicao e sade. RJ: FIOCRUZ, 2007.

    AYRES J.R.C.M.; FRANA JUNIOR I.; CALAZANS G.J.; SALETTI FILHO H.C. O conceito de vulnerabilidade e as prticas de sade: novas perspectivas e desafios. In: CZERESNIA, D.; FREITAS, C.M. (orgs.). Promoo da sade. Conceitos, reflexes, tendncias. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

    BACCARO, Claudete Aparecida Dallevedove. Estudos geomorfolgicos do municpio de Uberlndia. Sociedade & Natureza, Universidade Federal de Uberlndia, Uberlndia, v. 1, n. 1, p. 17-21, jun. 1989.

    BARCELOS, Valdo. Educao ambiental: sobre princpios, metodologias e atitudes. Petrpolis (RJ): Vozes, 2008.

    BRANDO, Carlos Rodrigues(Org.). Pesquisa participante. SP: Brasiliense, 1988.

    BRANDO, Carlos Rodrigues(Org.). O que educao. SP: Brasiliense, 2005.

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO. Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Ambiental. Braslia: Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade Diretoria de Educao Integral, Direitos Humanos e Cidadania Coordenao-Geral de Educao Ambiental. 1996. Disponvel: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf.

    BRASIL. Fundao Nacional de Sade. Manual de Dengue vigilncia epidemiolgica e ateno ao doente. 2. ed. Braslia: Ministrio da Sade, 1996.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Centro Nacional de Epidemiologia. Funasa. Plano de Erradicao do Aedes aegypti. Braslia: Ministrio da Sade, 1996.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Centro Nacional de Epidemiologia. Funasa. Plano de Erradicao do Aedes aegypti. Braslia: Ministrio da Sade, 1996.

    BRASIL. Fundao Nacional de Sade. Guia de vigilncia epidemiolgica. Braslia: Ministrio da Sade, 1998.

    BRASIL. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. Braslia: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO (CNE). 1998.

    BRASIL. Fundao Nacional de Sade. Instrues para pessoal de combate ao vetor - manual de normas tcnicas. Braslia: Ministrio da Sade, 2001.

    BRASIL. Guia de vigilncia epidemiolgica. Braslia: Fundao Nacional de Sade. Volume I, 2002.

    BRASIL, Ministrio da Educao. Polticas pblicas para a educao profissional e tecnolgica. Braslia: MEC, 2004.

    BRASIL. Decreto n. 5.478. Institui, no mbito das instituies federais de educao tecnolgica, o Programa de Integrao da Educao Profissional ao Ensino Mdio na Modalidade de Educao de Jovens e Adultos (PROEJA). Braslia: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO (CNE), 2005a.

  • 40 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    BRASIL. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais Definidas pelo Conselho Nacional de Educao para o Ensino Mdio e para a Educao Profissional Tcnica de nvel mdio s disposies do Decreto n. 5.154/2004. Braslia: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO (CNE), 2005b.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Diagnstico rpido nos municpios para vigilncia entomolgica do Aedes aegypti no Brasil LIRAa: metodologia para avaliao dos ndices de Breatau e Predial. Secretaria de Vigilncia em Sade. Diretoria Tcnica de Gesto. Braslia: Ministrio da Sade, 2005c.

    BRASIL. Sade refora aes contra a dengue em Minas. Braslia: Ministrio da Sade, 2006. Disponvel: Acesso em: setembro de 2007.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Programa Nacional de Controle da Dengue-PNCD. Disponvel em Acesso em: fev. 2010.

    BRUGGER, Paula. Educao ou adestramento ambiental? Florianpolis (SC): Letras Contemporneas, 1994.

    BUSS, Paulo Marchiori. Uma introduo ao conceito de promoo da sade. In: CZERESNIA, Dina. Do contgio transmisso: uma mudana na estrutura perceptiva de apreenso da epidemia. Histria da cincia sade-Manguinhos [online]. 1997, vol.4, n.1, pp. 75-94. ISSN 0104-5970. Disponvel em Acessado em maro de 2009.

    BUSS, Paulo Marchiori. Promoo da sade e qualidade de vida.Cincia e Sade Coletiva [online]. 2000, vol.5, n.1, pp. 163-177. ISSN 1413-8123. doi: 10.1590/S1413-81232000000100014. Disponvel em Data de acesso: junho de 2009.

    BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A Sade e seus Determinantes Sociais. PHYSIS: Revista Sade Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007. Disponvel Data de acesso: junho de 2009.

    CAMPOS, Jairo; ANDRADE, Carlos Fernando S. Resistncia a inseticidas em populaes de Simulium(Diptera, Simuliidae). Cadernos de Sade Pblica [online]. maio/junho de 2002, vol.18, n.3. Disponvel em Acessado em maro de 2009.

    CARVALHO, Andr de Oliveira; EDUARDO, Maria Bernadete de Paula. Sistemas de Informao em Sade para Municpios. So Paulo: Faculdadede Sade Pblica da Universidade de So Paulo, 1998. Volume 6. Srie Sade & Cidadania. Realizadores: Instituto para o Desenvolvimento da Sade IDS, Ncleo deAssistncia Mdico-Hospitalar NAMH/FSP USP, Banco Ita.

  • 41 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    CARDOSO, Maria Regina Alves. Epidemiologia ambiental. In: PHILIPPI JR, Arlindo. Saneamento, Sade e Meio Ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentvel. Barueri (So Paulo): Manole, 2005, p. 87-113.

    CARSON, Rachel. Primavera silenciosa. SP: GAIA, 2010.

    CARTA DE OTTAWA. Primeira conferncia internacional sobre promoo da sade. Ottawa, novembro de 1986. Disponvel em Acesso: junho de 2008.

    CARVALHO, NatlyaDayrell de; SOUZA, Murilo Mendona Oliveira de. A pesquisa participante no contexto da geografia agrria: pressupostos tericos e possibilidades prticas. In: RAMIRES, Julio Cesar de Lima; PESSA, Vera Lcia Salazar. Geografia e pesquisa qualitativa: nas trilhas da investigao. Uberlndia (MG): Assis, 2009, p. 139-161.

    CHAU, Marilena. Cultura e democracia. O discurso competente e outras falas. SP: Moderna, 1982.

    CLARO, Lenita Barreto Lorena, TOMASSINI, Hugo Coelho Barbosa e ROSA, Maria Luiza Garcia. Preveno e controle do dengue: uma reviso de estudos sobre conhecimentos, crenas e prticas da populao. Cadernos de Sade Pblica, Nov./Dez. 2004, vol.20, N. 6, p.1447-1457. Disponvel Acessado em agosto de 2009.

    CHIARAVALLOTI NETO, Francisco; FERNANDES, Maria Aparecida; MORAES, Maria Silvia de. Avaliao dos resultados de atividades de incentivo participao da comunidade no controle da dengue em um bairro perifrico do Municpio de So Jos do Rio Preto, So Paulo, e da relao entre conhecimentos e prticas desta populao. Cadernos de Sade Pblica, Rio de Janeiro, 14(Sup. 2):101-109, 1998). Disponvel em Data de acesso: janeiro de 2009.

    COSTA, Antonio Ismael Paulino da; NATAL, Delsio. Distribuio espacial da dengue e determinantes socioeconmicos em localidade urbana no Sudeste do Brasil. Superintendncia de Controle de Endemias. So Paulo, SP Brasil (A. I. P. C.), Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo. So Paulo, SP Brasil (D.N.). Revista de Sade Pblica, 1997. Disponvel em Acessado em maro de 2010.

    COUTINHO, Eugnio. Tratado de Clnica das Doenas Infectuosas e Parasitrias. 4.ed., Rio de Janeiro: Pimenta de Melo, 1947.

    CUNHA, Maria da Consolao Magalhes; CAIAFFA, Waleska Teixeira;OLIVEIRA, Cludia di Lorenzo; KROON, ErnaGeesien; PESSANHA, Jos Eduardo Marques; LIMA, Joseane Aline; PROIETTI, Fernando Augusto. Fatores associados infeco pelo vrus do dengue no Municpio de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil: caractersticas individuais e diferenas intra-urbanas. Epidemiologia Servio de Sade [online]. 2008, vol.17, n.3, pp. 217-230. ISSN 1679-4974. Disponvel em Acessado em abril de 2009.

  • 42 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    CZERESNIA, D.; Freitas, C.M. (org.). Promoo da sade: Conceitos, reflexes, tendncias. RJ: Fiocruz, 2003.

    GURGEL, Cristina. Doenas e Curas: o Brasil nos primeiros sculos. SP: Contexto2010.

    DACACH, Nelson Gandur. Saneamento bsico. RJ: EDC, 1990.

    DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introduo antropologia social. RJ: Rocco, 2000.

    DONALISIO, M.R.C. O enfrentamento de epidemias: as estratgias e perspectivas do controle do dengue. Campinas. Tese de doutorado. Faculdade de Cincias Mdicas. Universidade de Campinas, 1995.

    ESCORES, S.; TEIXEIRA, L.A. Histria das polticas de sade no Brasil de 1822 a 1963: do imprio ao desenvolvimentismo populista. In: GIOVANELLA, L. et al. (org.), Polticas e Sistemas de Sade no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008.

    FERNNDEZ, Alicia. O saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Traduo: Neusa KernHickel. Porto Alegre: Artmed, 2001a.

    FERNNDEZ, Alicia. Os idiomas do aprendente: anlise das modalidades ensinantes com famlia, escolas e meios de comunicao. Traduo: Neusa KernHickel. Porto Alegre: Artmed, 2001b.

    FERREIRA; Beatriz Jansen; SOUZA; Maria de Ftima Marinho; SOARES FILHO, Adauto Martins; CARVALHO, Andr Anderson. Evoluo histrica dos programas de preveno e controle da dengue no Brasil. Cincia & Sade Coletiva. 14(3):961-972, 2009. Disponvel em Acessados em maro de 2010.

    FOUCAULT, Michel. Micro-fsica do poder. SP: Graal, 1 edio, 1979.

    FOUCAULT, Michel. Micro-fsica do poder. SP: Graal, 36 edio, 2006.

    FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: histria da violncia nas prises. RJ: Vozes, 36 edio, 2009.

    FREIRE, Paulo. Conscientizao: teoria e prtica da libertao, uma introduo ao pensamento de Paulo Freire. SP: Moraes, 1980.

    FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

    GIOVANELLA, L. et al. (org.), Polticas e Sistemas de Sade no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008.

    GOMES, Almerio de Castro; BITENCOURT, Marisa Dantas; NATAL, Delsio; PINTO, Pedro Luis Silva; MUCCI, Luis Filipe; URBINATTI, Paulo Roberto; PAULA, Marcia Bicudo de; BARATA, Jos Maria S. Aedes albopictus em rea rural do Brasil e implicaes na transmisso de febre amarela silvestre. Revista de Sade Pblica (Online), 1999, 33:95-97. Disponvel Acessado em dezembro de 2008.

  • 43 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    GONCALVES NETO, Vicente Silva; MONTEIRO, Silvio Gomes; GONALVES, Azizedite Guedes; REBLO, Jos Manuel Macrio. Conhecimentos e atitudes da populao sobre dengue no Municpio de So Lus, Maranho, Brasil, 2004. Cadernos de Sade Pblica, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, Outubro de 2006. Disponvel em Acesso: Setembro de 2009.

    HENRIQUES, Mrcio Simeone (org.). Comunicao e estratgias de mobilizao social. Belo Horizonte: Autntica, 2004.

    JOHNSON, Steven. O mapa fantasma: como a luta de dois homens contra o clera mudou o destino de nossas metrpoles. SP: Jorge Zahar, 2008.

    JOVCHELOVITCH, Sandra. Vivendo a vida com os outros: intersubjetividade, espao pblico e representaes sociais. In: JOVCHELOVITCH, Sandra; GUARESCHI, Pedrinho (orgs.) et al. Textos em representaes sociais. Petrpolis: Vozes, 1994.

    KUHNEN, Ariane. Reciclando o cotidiano: representaes sociais do lixo. Florianpolis (SC): Letras Contemporneas, 1995.

    LACAZ, Carlos da Silva; BARUZZI, Robert G.; SIQUEIRA JUNIOR, Waldomiro. Introduo geografia mdica no Brasil. SP: EDGARD BLUCHER e EDUSP, 1972.

    LAPLANTINE, Franois. Aprender Antropologia. SP: Brasiliense, 2001.

    LAPLANTINE, Francois. Antropologia da Doena. Traduo: Walter Lellis Siqueira. SP: Martins Fontes, 2010.

    LEAVELL, H; CLARK, E.G. Medicinapreventiva. SP: Mc-Graw-Hill Inc, 1976.

    LEMOS,Jureth Couto; LIMA, Samuel do Carmo. A geografia mdica e as doenasinfecto-parasitrias. Revista Caminhos de Geografia, Uberlndia, v. 3, n. 6, p. 74-86, jun.2002. Disponvel em: .Acesso em: maro de 2009.

    LIMA, Samuel do Carmo, ROSA, Roberto e FELTRAN FILHO, Antonio. Mapeamento do uso do solo no municpio de Uberlndia MG, atravs de imagens TM/LANDAST.Sociedade & Natureza, Universidade Federal de Uberlndia, Uberlndia, v.1, n. 2, p. 127-145, dez. 1989.

    LIMA, Samuel do Carmo; SANTOS, Rosselvelt Jos (Org.). Gesto ambiental na bacia do rio Araguari: rumo ao desenvolvimento sustentvel, Uberlndia: UFU/IG, Braslia: CNPq, 2004, p. 125-161.

    LIMA, Samuel do Carmo; GUIMARES, Raul Borges. Determinao social no complexo tecno-patognico informacional da malria. Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlndia. HYGEIA, Revista Brasileira de Geografia Mdica e da Sade. Hygeia3(5):58 - 77, Dez/2007. Disponvel . ISSN: 1980-1726, p. 58-77.

    LIMA-CAMARA, T.N.; HONRIO, N.A; LOURENO-DE-OLIVEIRA, R.. Freqncia e distribuio espacial de Aedes aegypti e Aedes albopictus (Diptera, Culicidae) no Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Sade Pblica. 2006; 22: 2079-84.

  • 44 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    MAFRA, Rennan. Entre o espetculo, a festa e a argumentao: Mdia, comunicao estratgica e mobilizao social. Belo Horizonte: Autntica, 2006.

    MAGALHES, Maria Araci; LIMA, Samuel do Carmo. Pesquisa participante e mobilizao comunitria como estratgia de avaliao e gerenciamento de riscos ambientais sade humana. In: RAMIRES, Julio Cesar de Lma; PESSA, Vera Lcia Salazar. Geografia e pesquisa qualitativa: nas trilhas da investigao. Uberlndia (MG): Assis, 2009, p. 421-448.

    MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia: uma introduo. SP: Atlas, 2001.

    MARTINEZ-TORRES, M. E. Dengue hemorrgico em crianas: Havana: Editorial Jos Marti, 1990.

    MEGALE, Janurio Francisco. Max. Sorre. SP: tica, 1984.

    MELLO, Marco. Pesquisa participante e educao popular: Da inteno ao gesto. Porto Alegre: sis; Dilogo Pesquisa e Assessoria em Educao Popular; IPPOA Instituto Popular Porto Alegre, 2005.

    MENDES, Eugnio Vilaa. Uma agenda para a sade. Hucitec, So Paulo, 1996.

    MENDONCA, Maria Helena Magalhes de. Agente comunitrio de sade: o ser, o saber, o fazer. Cad. Sade Pblica [online]. 2004, vol.20, n.5, pp. 1433-1434. ISSN 0102-311X.

    MINAYO, Maria Ceclia de Souza (orga.). Pesquisa social: teoria, mtodo e criatividade. Petrpolis, 1994. Disponvel Acessado em maro de 2012.

    MINAYO, Maria Ceclia de Souza. Indivduo e Sociedade: Pesquisadores debatem a dimenso social das questes da Sade. RADIS. Publicao impressa e online da Fundao Oswaldo Cruz, editada pelo Programa RADIS (Reunio, Anlise e Difuso de Informao sobre Sade), da Escola Nacional de Sade Pblica Sergio Arouca (ENSP). Disponvel: Data de acesso: julho de 2011.

    MINAYO, Maria Ceclia de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em sade. 12 Ed. SP: Hucitec, 2011.

    MORAES, Alice Ferry de. Informao estratgica para as aes de interveno social na sade. Cincia e sade coletiva [online]. 2008, vol.13, suppl.2, pp. 2041-2048. ISSN 1413-8123. Disponvel em Acessado em junho de 2010.

    MORIN, Edgar. Introduo ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget. 1990.

    MUMFORD, Lewis. A cidade na histria: suas origens, transformaes e perspectivas. SP: Martins Fontes, 1991.

    NATAL, Delsio; MENEZES, Regiane, Maria Tironi de; MUCCI, Jos Luiz Negro. Fundamentos de ecologia humana. In: PHILIPPI JR, Arlindo.

  • 45 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Saneamento, Sade e Meio Ambiente: Fundamentos para um desenvolvimento sustentvel. Barueri, So Paulo: Manole, 2005, p. 57-86.

    NOGUEIRA, D.; TONUS, M. Fortalecendo as bases tericas para uma pesquisa sobre educomunicao e meio ambiente. XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao. Caxias do Sul, RS, 2-6 set. 2010. Disponvel em http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-0571-1.pdf. Acesso em 25 fev. 2011.

    NUNES, Everardo Duarte. Pioneiro da histria social da medicina e da sociologia mdica. EducMedSalud, Vol. 26, No. 1 (1992). Disponvel em Acessado em novembro de 2010.

    OLIVEIRA, Francisco; PAOLI, Maria Clia. Movimentos sociais no Brasil: em busca de um estatuto poltico. In: Movimentos sociais e democracia no Brasil. So Paulo: Marco Zero, 1995.

    OLIVEIRA, Hlio Carlos Miranda de. Em busca de uma proposio metodolgica para os estudos das cidades mdias: reflexes a partir de Uberlndia (MG). Dissertao de Mestrado - Programa de Ps-Graduao em Geografia da Universidade Federal de Uberlndia, 2008. Disponvel em

    OLIVEIRA, Joo Carlos de. Manejo integrado para controle do Aedes e preveno contra a dengue no Distrito de Martinsia, Uberlndia (MG). Dissertao de Mestrado em Geografia - Programa de Ps-Graduao em Geografia, Uberlndia (MG): Universidade Federal de Uberlndia, 2006. Disponvel em

    OLIVEIRA, Joo Carlos de. Mobilizao comunitria como estratgia da promoo da sade no controle dos Aedes (aegypti e albopictus) e preveno do dengue no Distrito de Martinsia, Uberlndia (MG). Tese de Doutorado em Geografia - Programa de Ps-Graduao em Geografia, Uberlndia (MG): Universidade Federal de Uberlndia, 2012.

    OLIVEIRA, Rosiska Darcy de; OLIVEIRA, Miguel, Darcy de. Pesquisa social e ao educativa: conhecer a realidade para poder transform-la. In: BRANDO, Carlos Rodrigues (Org.). Pesquisa participante. SP: Brasiliense, 1988, p. 17-33.

    OLIVEIRA. Valdir de Castro. Comunicao, Informao e Ao Social. Disponvel em Acessado em maro de 2011.

    OPAS. Organizao Pan-Americana da Sade. Escritrio Regional daOrganizao Mundial da Sade. Diviso de Promoo e Proteo da Sade. Municpios e Comunidades Saudveis. Guia dos Prefeitos para Promover Qualidade de Vida. Washington, D.C: OPAS, s/d, ISBN 92 75 72414 8. Disponvel em Acessado: maro de 2009.

    OPAS. Organizao Pan-Americana da Sade. Organizao Mundial da Sade. Desenvolvimento Sustentvel e Sade Ambiental. Ambientes Saudveis. Municpios, Cidades e Comunidades Saudveis:

  • 46 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    Recomendaes sobre Avaliao para Formuladores de Polticas nas Amricas. Washington, D.C: OPAS, 2005. ISBN 92 75 72575 6. Disponvel em Acessado: maro de 2009.

    PEDROSA, Jos Ivo dos Santos. Perspectivas na avaliao em promoo da sade: uma abordagem institucional. Cincia sade coletiva. Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, Setembro de 2004. Disponvel em Acessado em 29 de Setembro de 2009.

    PENTEADO, Helosa Dupas. Meio ambiente e formao de professores. SP: Cortez, 2003.

    PEREIRA, J. E. D. Formao de professores: pesquisas, representaes e poder. Belo Horizonte: Autntica, 2006.

    PESSOA, Samuel Bansley. Ensaios Mdico-Sociais. SP: Cebes/Hucitec, 1978.

    PHILIPPI JR, Arlindo. Saneamento, Sade e Meio Ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentvel. Barueri (So Paulo): Manole, 2005.

    PIEROTE, Alessandra Broniera. Dengue em Londrina/PR: polticas pblicas de controle e de preveno a dengue a partir da populao e dos agentes de sade.2009. Dissertao (Mestrado em Geografia) Universidade Estadual de Londrina.

    POLI (Revista). Sade, educao e trabalho jornalismo pblico para o fortalecimento da Educao Profissional em Sade. Ano II, N 12, jul/ago, 2010. ISSN 1983-909X. Disponvel em Acessado em agosto, 2010.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLNDIA. rea urbana do Distrito de Martinsia. Uberlndia: Secretaria Municipal de Sade. Centro de Controle de Zoonoses, 2000.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLNDIA. Total da populao de Uberlndia por Bairros e setores. 2009a. Disponvel em Acessado em maro de 2009.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLNDIA. Dados populacionais de Uberlndia. 2009b. Disponvel em Acessado em maro de 2009.

    RAMIRES, Julio Cesar de Lima; PESSA, Vera Lcia Salazar. Geografia e pesquisa qualitativa: nas trilhas da investigao. Uberlndia (MG): Assis, 2009.

    RANGEL-S, Maria Ligia. Dengue: educao, comunicao e mobilizao na perspectiva do controle - propostas inovadoras.Interface (Botucatu) [online]. 2008, vol.12, n.25, pp. 433-441. Disponvel em

  • 47 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    . Acessado em janeiro de 2009.

    REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representao social. SP: Cortez, 2001.

    REIS, Lineu Belicodos; FADIGAS, Eliane A. Amaral; CARVALHO, Cladio Elias. Energia, recursos naturais e a prtica do desenvolvimento sustentvel. Barueri (SP): Manole, 2005.

    REZENDE, Joffre M. de. Linguagem Mdica, 3. ed., Goinia: AB Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 2004.

    ROSA, Roberto, LIMA, Samuel do Carmo e ASSUNO, Washington Luiz. Abordagem preliminar das condies climticas de Uberlndia (MG). Sociedade & Natureza, Universidade Federal de Uberlndia, Uberlndia, v. 3, n. 5/6, p. 91-108, dez. 1991.

    ROSEN, G. Da poltica mdica medicina social. RJ: Graal, 1979.

    ROUQUAYROL, Maria Zelia. Epidemiologia e sade. RJ: Medsi Editora Mdica e Cientfica Ltda., 1988.

    SANTOS, Simone M. Desigualdades socioespaciais em sade: incorporao de caractersticas da vizinhana nos modelos de determinao em sade. In: BARCELLOS, Christovam (org.) A geografia e o contexto dos problemas de sade. RJ: ABRASCO, Sade em Movimento, 2008, N 6, p. 165-192.

    SCLIAR, Moacyr; PAMPLONA, Marco A.; RIOS, Miguel Angelo Thompson; SOUZA, Maria Helena Soares de. Sade pblica: Histrias, polticas e revolta. SP: Scipione, 2002.

    SCHIAVINI, Ivan e ARAJO, Glein Monteiro. Consideraes sobre a vegetao da reserva ecolgica do Panga (Uberlndia). Sociedade & Natureza, Universidade Federal de Uberlndia, Uberlndia, v. 1, n. 1, p. 61-65, jun. 1989.

    SEVCENKO, NICOLAU. A revolta da vacina mentes insanas em corpos rebeldes. SP: Brasiliense, 1984.

    SIGERIST, Henry Ernest. The University at the Crossroad. New York: Henry Schumann Publisher, 1946.

    SILVA, Luiz Jacinto. O conceito de espao na epidemiologia das doenas infecciosas. Cadernos de Sade Pblica, Rio de Janeiro, 13(4):585-593, out./dez., 1997.

    SILVA, Joana Azevedo; DALMASO, Ana Slvia Whitaker. Agente comunitrio de sade: o ser, o saber, o fazer. RJ: Fiocruz, 2002.

    SOARES, Beatriz Ribeiro. Uberlndia: da cidade jardim ao portal do cerrado imagens e representaes no Tringulo Mineiro. 366f. 1995. Tese (Doutorado em Geografia) Departamento de Geografia, Universidade de So Paulo, So Paulo, 1995.

    SOARES, Beatriz Ribeiro. Urbanizao no cerrado mineiro: o caso do Tringulo Mineiro. In: Silva, J. B. da; COSTA, M. C. L.; DANTAS, E, W. C (Org.). A cidade e o urbano. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 105-130.

  • 48 Projeto Pedaggico Agente de combate s Endemias

    SOARES, Beatriz Ribeiro. Uberlndia: da Boca do Serto Cidade Jardim. Sociedade e Natureza, Uberlndia: EDUFU, ano 9, n18, Jul/Dez 1997a, p. 95-124.

    SOARES, Beatriz Ribeiro. Repensando as cidades mdias no contexto da globalizao. Revista Formao, Presidente Prudente, n. 6, p. 55-63. jan./dez 1999.

    SOARES, Beatriz Ribeiro. Cidades mdias: uma reviso bibliogrfica. In: ALV