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COLÉGIO ESTADUAL COSTA MONTEIRO - EFM Autorização de Func. Decreto 4018/77 – Reconhecimento do Estabelecimento: Res. 413/82
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
2010
República do Líbano, 503 – Telefax (044) 252-4633 – CEP 87.600-000 – NOVA ESPERANÇA - Paraná
1
SUMÁRIO:
SUMÁRIO.............................................................................. 1
I – APRESENTAÇÃO........................................................... 2
II – INTRODUÇÃO ................................................................ 3
• Identificação do Colégio
• Histórico do Estabelecimento
• Recursos Humanos
III - OBJETIVOS .....................................................................17
IV - ATO SITUACIONAL.........................................................18
V - ATO CONCEITUAL...........................................................31
VI - ATO OPERACIONAL.......................................................37
VII - AVALIAÇÃO DO PROJETO ...........................................43
VIII – BIBLIOGRAFIA..............................................................44
2
I – APRESENTAÇÃO:
O presente documento diz respeito ao Projeto Político Pedagógico do Colégio
Estadual “Costa Monteiro” – EFM. Surgiu da necessidade de delinearmos um eixo
norteador de todo o funcionamento, ações e concepções que irão direcionar a nossa
prática educativa.
O Projeto atende aos aspectos legais da LDB 9394/96. A sua elaboração, contou
com a participação de representantes de todos os segmentos e instâncias da
comunidade escolar, contribuindo com informações e opiniões de seus pares para
serem acrescidas a prática pedagógica com vistas a emancipação e transformação da
educação, e o compromisso político pedagógico dos que atuam nesta instituição de
ensino.
3
II – INTRODUÇÃO
Identificação do Colégio
O Colégio Estadual “Costa Monteiro” - EFM localiza-se no centro da cidade, à
Rua República do Líbano, 503, no Município de Nova Esperança, Estado do Paraná,
CEP: 87600-000, e-mail: [email protected], fone: 3252-0530, fone fax:
3252-4633. Encontrando-se ao Noroeste do Estado e pertencendo ao Núcleo Estadual
de Educação de Paranavaí.
O Colégio funciona nos períodos: Diurno - matutino e vespertino, Ensino Regular
de 5ª a 8ª Série e noturno Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental e
Médio.
Horário de funcionamento:
• Período matutino: 07:30 às 11:55.
• Período vespertino: 13:00 às 17:25.
• Período noturno: 19:00 às 23:00.
No período matutino há: 3 (três) turmas de cada série: 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série do
Ensino Regular; 2(duas) Turmas de Apoio: 1(uma) de Língua Portuguesa e 1(uma) de
Matemática; 1(uma) Turma de Recursos.
No período vespertino há: 2(duas) turmas de 5ª série, 3(três) turmas 6ª série e 3
(três) turmas de 7ª e 2(duas) turmas de 8ª série do Ensino Regular; 2(duas) Turmas de
Apoio: 1(uma) de Língua Portuguesa e 1(uma) de matemática; 1(uma) Turma de
Recursos.
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A partir de 2006 entrou em vigor no estabelecimento a nova proposta da EJA
(Educação de Jovens e Adultos) organizada de forma presencial atendendo a turmas
de Ensino Médio e turmas de Ensino Fundamental na organização coletiva e individual.
Caracterização dos cursos oferecidos
O Ensino Regular atende no período diurno a alunos de 5ª à 8ª série do Ensino
Fundamental e no período noturno EJA (Educação de Jovens e Adultos) organização
coletiva e individual do Ensino Fundamental e Médio.
Ensino Fundamental
A atual lei de Diretrizes e bases da educação Nacional determina que o Ensino
Fundamental é prioridade no atendimento escolar, de caráter obrigatório e gratuito,
inclusive para as pessoas que não tiveram acesso à escolarização em idade própria. O
Ensino Fundamental regular tem nove anos de duração organizados em dois
segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais. Neste Colégio atendemos
somente as séries finais.
Este nível de ensino e de aprendizagem tem como objetivo principal o
desenvolvimento integral do educando, no sentido de possibilitar que ele se torne
sujeito do processo histórico, interagindo de maneira crítica com o meio que o circunda.
Dessa forma, a formação do aluno reflexivo deve ser uma das metas durante o
5
processo de ensino e aprendizagem por meio do qual o mesmo recebe o instrumental
para a exploração de seu potencial intelectual e criativo.
É importante ressaltar é que o processo ensino e de aprendizagem deve ter
como princípio norteador o conhecimento sobre o educando em seus múltiplos
aspectos: biológicos, psicológicos, culturais, emocionais, espirituais e sociais. Levando-
se em conta que os indivíduos (multifacetados) possuem suas singularidades e que as
formas e tempos de aprendizagem tendem a variar, sendo que esta ocorre de forma
processual, contínua e sistêmica.
EJA – Educação de Jovens e Adultos
A EJA é caracterizada pelo atendimento individual e coletivo onde, o aluno,
segundo a proposta curricular da SEED, recebe um Guia de Estudos.
Esta proposta está organizada por disciplinas e não por séries. As disciplinas
seguem a matriz curricular enviada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná.
Quem estuda na EJA pode fazer até 3(três) disciplinas ao mesmo tempo.
As formas de atendimento ou de estudo da proposta EJA são 2(duas):
atendimento individual e coletivo.
No atendimento coletivo, os alunos são organizados em grupos. Forma-se uma
turma de até 30(trinta) alunos que começam e terminam junto à disciplina que estão
cursando. Os conteúdos são conduzidos pelo professor que ministra a disciplina. O
processo avaliativo ocorre no processo de estudo, gerenciado pelo professor. As datas
6
das provas individuais é ele, professor, quem marca, dividindo a carga horária da
disciplina pelo número de provas da mesma.
• Língua Portuguesa, Matemática são 6 (seis) provas individuais;
• Ciências, Inglês, Física, Química e Biologia são 4(quatro) provas individuais;
• Educação Física, Artes, Sociologia e Filosofia são 2 (duas) provas individuais
• Língua Espanhola – facultativo ao aluno
No atendimento individual quem faz o horário de estudo é o aluno, portanto, a
flexibilidade é maior. O aluno pode permanecer somente a metade do período de
estudo na escola, ou vir quando puder. Poderá chegar um pouco mais tarde do horário
de entrada ou sair um pouco mais cedo do que o horário de saída. Diferentemente do
atendimento coletivo, todos os dias, pode-se fazer matrículas de alunos no atendimento
individual, o que significa dizer que em uma sala de aula, os alunos não estudarão
juntos, ou seja, cada aluno estará em um conteúdo da apostila.
Cada aluno tem uma ficha de controle onde o professor registra o tempo de
estudo que cada aluno permanece na sala de aula, sendo que só termina a disciplina
quando cumprir todas as horas estipuladas na grade curricular referente à disciplina
que está estudando.
A avaliação é realizada o tempo todo, mas as provas individuais só serão feitas
pelos alunos quando cumprir a carga horária necessária e tiver aprendido os
conteúdos.
O professor deverá dividir a carga horária da disciplina pelo número de provas e
quando o aluno concluir o percentual necessário, fará avaliação. Se tirar nota abaixo de
6,0 fará recuperação dos conteúdos não aprendidos e fará novamente outra avaliação.
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No processo avaliativo é observado: leitura/ estudos/ trabalhos em grupos e
provas individuais que somados deve dar média acima de 60(sessenta).
Para cada disciplina existe uma carga horária. Essa carga horária pode ser
cumprida em 100% ou em 60%. O que significa que quando o aluno tiver cumprido 60%
ele pode fazer uma avaliação, isso se ele tiver mais de 75% de freqüência nas
disciplinas que está cursando e nota 60(sessenta) em todas as avaliações. Dessa
forma, poderá se submeter à avaliação de apropriação de conteúdos por disciplina. Se
tirar nota 60 ou mais a matéria será eliminada.
Freqüência dos Cursos
A freqüência mínima é de 75% da carga horária prevista para cada disciplina no
Ensino Fundamental Regular e na organização individual ou coletiva da EJA no Ensino
Fundamental e Médio.
Ações Pedagógicas Descentralizadas
Este estabelecimento escolar implantará APED (Ações Pedagógicas
Descentralizadas da Educação de Jovens e Adultos) em localidade/região onde não for
possível a autorização de implantação de curso – EJA, e que foram definidas para sua
jurisdição. A oferta será dirigida a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e
onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a
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proposta pedagógica e o regimento escolar, conforme estabelece a Secretaria Estadual
de Educação na Instrução nº 001/2009 – SUED/SEED.
Exames Supletivos
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos atendendo as
determinações da Secretaria de Estado da Educação, no decorrer do ano letivo, em
datas firmadas pela SEED, na apresentação de exames online e convencional , no qual
os candidatos que acertarem 60% das questões da prova conseguem eliminar a
disciplina correspondente.
Organização do Espaço Físico
O Colégio é composto por prédios distintos, interligados por passarelas cobertas,
dentro de um mesmo pátio onde funciona o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, as
quadras esportivas, o salão nobre a biblioteca e demais dependências.
No primeiro prédio funciona o setor administrativo. Há no setor administrativo:
secretaria, banheiros, sala dos professores e um laboratório de informática do
Programa Paraná Digital.
Interligado por uma passarela coberta, estão o pátio, sala de direção, 2(duas)
salas da equipe pedagógica, 12(doze) salas de aula, 1(uma) sala de apoio , banheiros
para os alunos (feminino e masculino), refeitório, cozinha, cantina escolar onde é feita à
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venda de lanches, almoxarifado, laboratório de Ciências e despensa para guardar
merenda.
Num outro espaço, também interligado por uma passarela coberta, funciona a
biblioteca escolar, 1(uma) sala de recursos, laboratório Proinfo, 1(um) banheiro para os
funcionários e professores. Compondo ainda o estabelecimento há o Salão Nobre no
qual são realizadas: reuniões, palestras, apresentações artísticas, aulas com
apresentação de vídeo, há também duas quadras de esportes cobertas que são
utilizadas para a prática de Educação Física, jogos de futebol de salão, vôlei, basquete,
handebol e apresentações artísticas.
As salas de aula e o pátio contam com som ambiente.
A conservação e limpeza são realizadas pelas Agentes Educacionais I que se
revezam em três turnos.
A manutenção da escola é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola
enviado em única parcela pelo Governo Federal, Fundo Rotativo e Escola Cidadã e por
promoções realizadas pela APMF.
A organização escolar é composta por 1(um) diretor e 1(um) diretor auxiliar ,
4(quatro) pedagogos efetivos e 01(um) pedagogo PSS (contrato temporário), 31(trinta e
um) professores efetivos e 27 professores PSS (contrato temporário) , 19(dezenove)
funcionários divididos entre Agente educacional I e Agente Educacional II e 920 alunos.
Conforme o número de alunos e espaço construído, nosso estabelecimento
classifica-se como porte 6 (seis). No Regimento Escolar do colégio apresenta-se o
processo de classificação de acordo com art. 84 ao 89; processo de reclassificação
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contemplados nos art. 90 ao 100; processo de progressão parcial nos art. 108 ao 110 e
processo de promoção que se encontra nos artigos 131 ao 147.
Recursos Humanos
Direção Graduação Pós-GraduaçãoMaria Ivani Matos História Movimentos Sociais no
BrasilRoseli Baroni Português / Letras Língua Portuguesa
Pedagogos Graduação Pós-GraduaçãoMaria Alaice Rodrigues da Silva Pedagogia Didática e Metodologia de
EnsinoMaura Lucia Azevedo Salem Pedagogia Metodologia de Ensino e
Educação especial, Mestre em Educação
Maria Raquel Malacrida Mazzari Pedagogia Didática e Metodologia de Ensino
Vera Lucia Ribeiro Caetano Pedagogia Didática e Metodologia de Ensino
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Professores Graduação Pós-GraduaçãoAdileuza Aparecida Zanolli Letras–Port. e Literatura Didática e Metodologia
de Ensino
Antonio César Barbosa História História Economica
Argentina Zorzato Matos História – 1º e 2º Grau História dos Movimentos Sociais
Cássia Silva Soares Ciências do 1º Grau -Habilitação de Matemática
Metod.e Did. de Ensino Educação Especial
Chizuko Watanabe Ciências 1º Grau - Habilitação em Matemática
Metod. Did. de Ensino Educação Especial
Cristiane Maia Gonçalves Pedagogia Educação Especial
Degenir E. Belleze Razente Pedagogia Metod. e Did.de EnsinoEducação Especial
Edna Maria Romanini Letras – Português/ Inglês e Literatura
Metodologia e Didática de Ensino
Eliete Shirley Gregorio Pacci Matemática Metodologia e Didática de Ensino
Elizeu Benedito Romanhole Ciencias Contábeis Adm. Supervisão e Orient. Educacional
Elotides Kiyomi Aoki Boni Geografia e Ensino Religioso Ensino Religioso
Elzabel Maria Alberton Frias Pedagogia Educação Especial – DM
Emiko Watanabe Ciências – Matemática Metodologia e Didática de Ensino
Evanilde Alves de O. Coleoni Estudos Sociais – História Metodologia e Didática
Fátima das G. M. de Marins Geografia Deficiência Mental
Fátima Maria Z. Bragatto Estudos Sociais – Habilitação Geografia
Planejamento Educacional
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Professores Graduação Pós-GraduaçãoFlávia Tatiane Ruiz Braga Letras – Português/Espanhol Educação Especial
Leonilda Manzotti Letras – Inglês/Português Didática e Metodologia de Ensino
Maria Regina D. Zellerhoff Pedagogia Educação Especial
Maria Sueli Duarte Azevedo Pedagogia Educação Especial
Marinilza T. Dequique Geografia Ed. Infantil e Séries Inic. E F. (Pré – Esc. e Alfab.}
Miriam Jardim Men Ciências 1º Grau – Habilitação Matemática
Didática e Metodologia do Ensino
Regina de Fatima R. Fassina Português – Educação Artística
Metodologia e Didática de Ensino
Roseli Maria Ardenghe Educação Física Ed. Física Escolar Pedag. Ens. Religioso
Sandra Santos da S.Romanini Letras – PortuguêsInglês e literatura
Especialização em Língua Inglesa
Selma Saravalli de Toledo Letras Anglo - Portuguesas Língua Portuguesa e Literatura
Solanja Rocio da S. Padoam Letras e Pedagogia Did. e Metod. Ensino – Orientação e supervisão
Sonia Maria Leite Mazur Ciências / Matemática Ed. Matemática e Orient. Superv. e Administ.
Sueli Rosa Matias Educação Artística Didática e Metodologia de Ensino
Valdenice Domingues Freire da Silva
Letras Metodologia da Educação
Zenilda Alves Zanatta Educação Artística Arte e Educação Mestre em Educação
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Agente Educacional Formação
Alzani Sebastiana dos Santos Ferreira (PSS - contrato temporário) Ensino MédioAngela Maria Buceli Pereira Ensino MédioAntonia Felipe de Souza Andrade Ensino MédioDalci Martins Figueiredo Gouveia (PSS - contrato temporário) Ensino MédioGizeli Baliero Salvaterra (PSS - contrato temporário) Ensino MédioIzaquel Bento da Rocha Souza (PSS - contrato temporário) E. M. IncompletoJoselita Santos Holanda Ensino MédioMaria Cristina Alda de Oliveira (PSS - contrato temporário) Ens. FundamentalNazaré Aparecida Teixeira Anacleto Ensino MédioRosa Lopes Gimenez Ens. FundamentalTerezinha Ivanira Soares Pereira Ensino Médio
Agente Educacional II Formação
Eliane Pereira Branco 3ª Grau incompletoEliani Cristina de Andrade 3ª GrauElizangela Aparecida Silva 3º GrauIdenir de Proença Aguiar (PSS - Contrato Temporário) 3º GrauJoão Soares Teixeira 3º Grau Maiara dos Santos Riciolli 3º grauRaquel Rodrigues Gomes 3º GrauRosangela de Fátima Michelan 3º Grau
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os
mesmos cumpram suas reais funções. É composta por Agentes Educacionais I e
Agentes Educacionais II. Estes têm suas atribuições de acordo com Plano de Carreira
dos Funcionários, Lei complementar 123 de 09/09/08.
Os Agentes educacionais I têm como atribuições zelar pelo ambiente escolar,
preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar; executar atividades de
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manutenção e limpeza; efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de
mobiliário, garantindo acomodação necessária aos turnos existentes na escola;
executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola;
comunicar com antecedência á direção da escola sobre a falta de material de limpeza,
para que a compra seja providenciada; controlar o movimento de pessoas nas
dependências do estabelecimento de ensino; participar de cursos, capacitações,
reuniões, seminários ou outros correlatos as funções exercidas ou sempre que
convocado; agir como educador na construção de hábitos de preservação e
manutenção do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar; preparar a
alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a
cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar; atuar como
educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de
higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a
contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais; realizar o
chamamento de emergências de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,
comunicando o procedimento á chefia imediata.
Agente Educacional II que tem como atribuições realizar atividades
administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha; auxiliar na
administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos
espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em dia a escrituração
escolar; receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da
escola; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; comunicar á direção
fatos relevantes no dia-a-dia da escola; participar de reuniões escolares sempre que
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necessário; participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; registrar todo
material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática;
manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática.
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Histórico do Estabelecimento
O Colégio Estadual Costa Monteiro - EFM foi fundado em 29 de outubro de 1956,
pelo decreto 6.369/56, com o nome de Ginásio Estadual de Nova Esperança, sendo
Governador do Paraná o Doutor Moisés Lupion, Secretário da Educação e Cultura Sr.
Nivon Weigert e Prefeito Municipal o Sr. Pedro Zanusso.
Em outubro de 1956, o prefeito, contando com a colaboração do Dr. Dirceu Vian
Camargo e Sr. Acioly Filho, conseguiu trazer para Nova Esperança o Curso Ginasial,
que começou a funcionar em 1957.
O estabelecimento educacional foi instalado em prédio velho, de madeira, onde
funcionara o hospital Santa Casa de Misericórdia, prédio pertencente à Mitra Diocesana
de Maringá. O prédio foi ocupado até 1974, quando foi demolido para a construção de
um novo, onde funciona o Colégio Estadual “São Vicente de Paula”- EFM.
Com a demolição em 1974, o Ginásio Estadual de Nova Esperança veio a
ocupar o prédio onde se localiza até hoje. Neste prédio funcionava a Escola Normal no
período vespertino e à Escola Técnica Comercial Noturna, as quais mudou-se para as
instalações onde funciona atualmente a Pré-Escola Municipal Comecinho de Vida, até
que a construção do Colégio Estadual São Vicente de Paula estivessem construídas.
Em 1967, com a criação do Curso Colegial, a escola passou a denominar-se
Colégio Estadual de Nova Esperança.
Em janeiro de 1971, com votação unânime do corpo docente e administrativo e
apresentação na Câmara Municipal do projeto da Professora Ruth de Muzio Carvalho,
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passou a denominar-se Colégio Estadual "Costa Monteiro", em homenagem a um dos
mais dedicados cidadãos de Nova Esperança, o farmacêutico Joaquim Costa Monteiro.
Procurou-se desenvolver e organizar a Biblioteca, a qual se encontra registrada
no Instituto Nacional do Livro, sob o Nº 8.999, tendo como patrono Romário Martins,
grande historiador e um dos maiores nomes da literatura paranaense.
No ano de 1976 foram reorganizados os estabelecimentos de ensino de Nova
Esperança, passando a denominar-se Colégio Costa Monteiro Ensino Regular e
Supletivo de 1º Grau e Ensino de 2º Grau.
Em 1980, através da Resolução nº 754, foi transferido o ensino de 2º Grau do
Colégio Costa Monteiro para Colégio Estadual São Vicente de Paula, passando a
denominar-se Escola Costa Monteiro Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau.
Com a Resolução nº 1.545 de 27/06/1983 passou a denominar-se Escola Costa
Monteiro ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.
Com a Resolução nº 1057/02, foi reconhecido o Ensino Médio - Educação de
Jovens e Adultos, integrando o reconhecimento do estabelecimento de ensino
declarado pela Resolução nº 413/82, no Colégio Estadual Costa Monteiro Ensino
Fundamental e Médio.
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III - OBJETIVOS:
• Nortear o trabalho da comunidade escolar quanto à filosofia adotada pelo
Colégio, assegurando o processo de ensino/aprendizagem;
• Superar o caráter fragmentado das práticas educativas;
• Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições;
• Incentivar a participação de todos na gestão democrática;
• Atender aos aspectos legais da LDB 9394/96 art.12;
• Direcionar linhas de ações cotidianas de acordo com as normas da SEED;
• Garantir a formação humana pelo acesso à cultura, para o exercício pleno da
cidadania com comportamento ético e compromisso político com autonomia
intelectual e moral.
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Este Colégio:
A clientela é composta por educandos advindos da zona rural e moradores da
periferia (bairros e conjuntos habitacionais) e do centro da cidade.
Nas últimas décadas muitas famílias deixaram a zona rural vindo a residir em
conjuntos habitacionais e bairros periféricos da zona urbana. Através de pesquisa
realizada com amostra de 90% dos alunos do Colégio constatamos que
aproximadamente 75% das pessoas ativas das famílias que trabalham possuem
carteira assinada. A renda familiar está na média de 2 a 3 salários mínimos e observa-
se que no período matutino o nível sócio econômico de algumas famílias é melhor que
nos períodos vespertino e noturno, os pais apresentam escolaridade até o ensino
médio e cerca de 15% deles possuem o curso superior, enquanto que no período
vespertino e noturno os pais na maioria só estudaram até a 4ª série, aproximadamente
22% concluíram o ensino médio e apenas cerca de 5% possuem curso superior.
Observa-se também uma grande maioria dos pais e/ou responsáveis, cerca de 55%
não possuem o Ensino Fundamental completo. Dos alunos do período matutino
aproximadamente 77% possuem computador em casa, no período vespertino cerca de
48% e no período noturno aproximadamente 50% tem acesso ao computador.
O período diurno no Ensino Fundamental Regular de 5ª à 8ª série, a faixa etária
de nossos alunos está hoje entre 10 a 17 anos, advindos da zona rural, periferia
(bairros e conjuntos habitacionais) e do centro da cidade.
20
Os alunos que procuram o ensino EJA são oriundos da Zona Urbana e Rural.
Muitos são autônomos, sem carteira de trabalho assinada e domésticos.Os que
trabalham com carteira assinada, trabalham na construção civil em frigorífico de frango,
supermercados e comércio em geral. A faixa etária está, hoje, entre 18 a 57 anos. O
que levou a maioria destes alunos voltar a estudar é o incentivo dado pela empresa em
que trabalham, pois vêem na conclusão do Ensino Médio a possibilidade de
crescimento profissional.
No período diurno o quadro com o resultado final do ano letivo de 2009, mostra
os seus índices de aprovação e evasão escolar.
Período Matutino
Matriculados 429Aprovados 94,2%Reprovados 4,2%Abandono 0,2%Transferidos 1,4%
Período Vespertino
Matriculados 314Aprovados 75,1%Reprovados 8,3%Abandono 2,0%Transferidos 14,6%
Por outro lado apresenta sérios problemas de indisciplina, principalmente no
período vespertino onde aproximadamente 35% dos alunos estão fora da faixa etária de
acordo com a série / idade com 2 (dois) ou mais anos de defasagem chegando a ter
alunos com 16 e 17 anos na 5ª série.
21
Observamos que a maioria dos alunos com defasagem série/idade apresentam
problemas disciplinares como falta de respeito para com os professores e colegas,
muitas vezes tumultuam e atrapalham o andamento das aulas, além de não
participarem das atividades escolares.
Para a organização das turmas, o Colégio optou por oferecer três turmas de
cada série no período manhã devido ao espaço físico e o número de salas.
No período da tarde as turmas são organizadas conforme demanda no ato da
matrícula.
No período noturno os quadros com o resultado final de 2009 da SEDE e APEDs
apresentam os seguintes dados:
Ensino Fundamental
Matriculados 767Concluíntes 524Em Curso 353
Ensino Médio
Matriculados 658Concluíntes 431Em Curso 224
Cabe informar que o aluno desistente terá o prazo de dois anos, a partir da data
da matrícula inicial, para ter sua matrícula reativada, aproveitando a carga horária já
freqüentada e os registros de notas obtidos.
A evasão escolar e reprovação observada no período noturno, justifica-se pelo
fato de se tratar de um alunado que realiza uma jornada de trabalho diária de 8 (oito)
22
horas ou mais , residentes das periferias, pequena parcela de micro – empresários e
desempregados que lutam com dificuldades diante de sua baixa renda per capta. Ou
seja, trabalhadores que diante do cansaço acumulado pela intensa carga horária de
serviço diário e o estudo noturno, faz a difícil escolha de abandonar a escola, pois
considera a prioridade o sustento oriundo do trabalho.
Na EJA, as turmas são organizadas conforme a demanda de matriculas.
Funciona com turmas no coletivo e no individual por disciplina, completando-se a carga
horária respectiva a nível fundamental e médio.
Ficando assim estruturadas, nos períodos: manhã: 397 alunos 12 turmas; tarde:
255 alunos 10 turmas; noite: 268 alunos divididos em EJA com organização Individual e
coletiva (SEDE e APEDs).
A Organização Coletiva será programada pela escola e oferecida aos
educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das
aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando
a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor - educandos e
considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando. Já a
Organização Individual será programada pela escola e oferecida aos educandos por
meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando
mais intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando,
nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
23
Ao longo dos anos, a escola já vem trabalhando com os diversos tipos de
inclusão: alunos com deficiência auditiva, cadeirantes, alunos com déficit de
aprendizagem, com problemas disciplinares e outros problemas de aprendizagem.
Ofertamos salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática
para alunos de 5ª série, funcionando hoje com precariedade no espaço destinado antes
ao laboratório de ciências, salas de recursos para alunos de 5ª à 8ª série, intérprete de
LIBRAS para alunos com surdez e professor de apoio permanente.
Diante das barreiras e dificuldades, procurou-se transformar nosso sistema
educativo, adaptou-se rampas e banheiros, procuramos atender as diferenças
individuais de modo que todos participem e tenham êxito na aprendizagem.
Sentimos a necessidade de continuar o investimento na área da inclusão, desde
a oferta maior de materiais didáticos: computadores com programas adaptados,
cadeiras de rodas, salas apropriadas para atendimento em contra turno e até a
formação de professores e agentes educacionais para acompanhamento da vida
escolar do aluno com deficiências, em sala de aula, e nos espaços físicos da escola.
No ano de 2009, passou a funcionar no colégio o CELEM (Centro de Educação
da Língua Estrangeira Moderna), ofertando aos alunos e à comunidade, curso de
espanhol com duração de 2 (dois) anos. Houve abertura de 2 (duas ) turmas, no
período vespertino e noturno, e no ano 2010 a continuação das séries anteriores com a
oferta de mais 2 (duas) turmas iniciais. Para o ano de 2011, pretende-se ofertar uma
especialização nesta disciplina.
No Colégio as salas de aula são pequenas com um número excessivo de alunos
por turma, dificultando uma disposição diferente daquela que é organizada,
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principalmente no período matutino. Falta sala adequada para laboratório de ciências.
As salas destinadas à direção e equipe pedagógica não favorecem um trabalho de
equipe, pois estão isoladas e improvisadas, visto que esses serviços precisaram ceder
seus espaços para implantação do laboratório do Paraná Digital, ficando mal instalados.
No momento a Escola vem tentando mudar as formas de avaliação e
recuperação de forma a melhorar essa prática pedagógica, através dos estudos
proporcionados pela formação continuada e pelos estudos realizados para a elaboração
da Proposta Pedagógica Curricular que contempla de forma coesa: objetivos,
conteúdos, metodologia, avaliação de cada disciplina e acompanhamento da equipe
pedagógica a todas as aulas planejadas.
O incentivo à participação dos alunos nas olimpíadas: OBMEP(matemática),
Língua Portuguesa, Geografia, Astronomia e física, tem levado alguns alunos a um
maior interesse na busca do conhecimento favorecendo um trabalho mais coletivo e em
parcerias com diversas disciplinas.
Os projetos do Programa Viva Escola em andamento 1) Dança na Escola, 2)
Literatura, tem possibilitado aos alunos a participação em atividades artísticas e
culturais em contra-turno levando a melhores resultados de aprendizagem nas
diversas áreas.
Há a necessidade de oportunizar atividades diferenciadas, com novas e diversas
metodologias; socialização da prática pedagógica entre os docentes nos encontros de
formação, conselho de classe e/ou no dia-a-dia nas horas atividades, buscando
realização de um trabalho coletivo.
25
A formação continuada se dá através da semana pedagógica (capacitação), dos
grupos de estudos, projeto de formação continuada do colégio, seminários, simpósios e
outros cursos ofertados pela SEED, pela participação de professores nos cursos do
PDE (Programa de desenvolvimento Educacional) e de Pós-graduação, também nas
reuniões pedagógicas no colégio e hora atividade.
Nos últimos anos a SEED propiciou a inclusão dos agentes educacionais I e II
na participação dos encontros de formação das semanas pedagógicas, nos grupos de
estudos, cursos à distância e Profuncionário. É necessário que, também o Colégio
através da gestão democrática, propicie formação continuada a seus professores e
agentes educacionais de acordo com suas necessidades, e específica para os agentes
educacionais com dedicação à biblioteca.
Um dos problemas detectados enquanto aprendizagem dos alunos está na falta
de leituras. Os docentes sentem a necessidade de investimento em cursos de formação
na área de leitura, interpretação, produção de texto e coesão textual, para todas as
áreas, visando sanar ou reduzir essa deficiência, com estratégias e metodologias de
trabalho dentro das práticas pedagógicas dos professores no dia a dia escolar.
O Colégio tem recebido e adquirido materiais pedagógicos de diversas
disciplinas: acervo bibliográfico, materiais de laboratório de ciências e biologia, mapas,
etc. Observa-se um grande número de materiais disponíveis para os professores, que
nem sempre os utilizam, pois grande parte desses materiais fica na biblioteca, que não
tem funcionado em todos os períodos, por falta de funcionários na demanda aberta. É
necessário nos dias destinados a planejamento, juntamente com a equipe pedagógica,
26
que os professores organizem as atividades observando os materiais existentes que
poderão ser utilizados como recursos para a implementação metodológica.
Tem-se encontrado dificuldade em organizar a hora atividade de forma a reunir
os professores por disciplina, visto que muitos professores trabalham em mais de uma
escola dificultando a organização do horário. Acreditamos ser essa organização de
fundamental importância e a gestão deverá voltar seus esforços para que ela aconteça.
As turmas são organizadas de acordo com o andamento do ano anterior
objetivando a melhor forma de aprendizagem dos alunos com seus pares e de acordo
como espaço físico existente. Sendo previsto mais uma turma de 5ª série no período
vespertino a partir de 2011.
A participação dos pais, para tomar ciência da vida escolar dos filhos, tem
melhorado progressivamente, principalmente quando chamados ao Colégio por
convocação, convite para atendimento individual e acompanhamento, ou para reuniões,
já a participação nos órgãos colegiados: APMF, Conselho Escolar não são
expressivas.
A relação entre os profissionais da educação dentro da escola e os discentes é
considerada boa. Os agentes educacionais I e II cada vez mais têm sido preparados e
engajados na proposta, assumindo o papel de educadores. Os alunos têm sido
orientados no sentido do respeito mútuo e na boa convivência. O trabalho de
cooperação dos agentes educacionais I no pátio do Colégio, na entrada, intervalos das
aulas, recreio e saída, tem contribuído para um melhor relacionamento, mesmo assim
temos tido muitas dificuldades na relação alunoxaluno, alunoxprofessor,
alunoxfuncionario, observamos que a prática do bullying está presente nessas relações
27
dificultando o respeito mutuo, ocorrendo por parte de alguns alunos agressões verbais,
físicas e até pequenos furtos, sendo estas questões mais acentuadas no período
vespertino. Observamos que alguns dos alunos com maior defasagem série/idade
influenciam negativamente os demais alunos. A conversa excessiva em sala de aula
por parte de alguns alunos atrapalha a concentração e consequentemente a
aprendizagem, necessitam frequentemente de orientação e formação quanto ao saber
ouvir e falar na hora certa.
Para os casos citados muitas vezes necessitamos de ajuda de outros
profissionais formando uma equipe multi disciplinar e intervenção em muitos casos do
Conselho Tutelar, psicólogos, assistentes sociais e outros.
Outros fatores têm dificultado o processo de ensino aprendizagem: como a falta
de interesse pelos estudos, a falta de compromisso na realização de atividades, entrega
de tarefas e trabalhos que por vezes não são entregues e ou são entregues com atraso
após muita cobrança dos professores. Sem contar as faltas nas aulas sem justificativa e
que em alguns casos necessitamos da ajuda do Conselho Tutelar para cobrar a
responsabilidade dos pais na freqüência dos filhos as aula. Sendo que estes casos
ocorrem também com mais freqüência no período vespertino.
Visando despertar lideranças positivas e democratização do ensino, foi criado o
Grêmio Estudantil em 2007, sendo realizadas eleições a cada 2 (dois) anos conforme
regimento próprio.
28
V – ATO CONCEITUAL:
Com base na Lei 9394/96 no seu art.3º buscamos uma educação que conduz a
uma prática social transformadora embasando este projeto com os princípios:
1- Igualdade de condições para acesso e permanência no processo
educativo;
2- Gestão democrática (administrativa, pedagógica e financeira);
3- Valorização do magistério;
4- Liberdade
5- Autonomia (administrativa, jurídica, financeira e pedagógica).
Estamos empenhados na educação de pessoas que valorizem seu momento
histórico e seu meio para poderem atuar positivamente na sociedade.
Por isso, privilegiamos a Pedagogia Histórico-Crítica, formulada pelo professor
Demerval Saviani a partir da década de 70. Esta pedagogia fundamenta-se nos
pressupostos da própria realidade social. Vejamos Saviani (1991, p.91) que nos fala:
... é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico -objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material da determinação das condições materiais da existência humana.
29
Queremos uma sociedade mais justa, fraterna e democrática, com homens
críticos, politizados, de ampla visão de mundo, capazes de superar os preconceitos
sociais, uma sociedade em que todos usufruam os direitos e deveres presentes na
Constituição Brasileira.
Segundo Bertan (1994, p.96) esta pedagogia:
É uma pedagogia que procura abrir espaço para as forças emergentes da sociedade, no intuito que, por meio da escola, se crie uma nova ordem social. De acordo com Prais: -'tal pedagogia postula a necessidade de se compreender as condições existentes na situação concreta para daí se gerar o novo'- Partindo do existente, pretende-se transformar o próprio existente.
Partindo desses pressupostos, defendemos uma sociedade em que valores
como solidariedade, fraternidade e honestidade devem transcender as barreiras do
individualismo, construindo a nossa história de forma solidária, buscando a liberdade e
a felicidade desejada.
Neste sentido, Bertan (1994, p.96) explica:
O homem é compreendido como o sujeito da própria ação, isto é, necessita produzir a sua própria existência, operando sobre a natureza, trabalhando, construindo a sua história. Nesse processo, ocorre a emergência da educação. Essa pedagogia visa formar um tipo de homem socialmente definido, como agente na luta pela transformação histórica. Toda educação transmite uma imagem de homem, que é manifestada na decorrência das múltiplas determinações históricas. O papel da pedagogia e da escola é, justamente, o de transmitir essa imagem do homem.
É através da imagem de homem determinado pela sociedade que a escola deve
definir seu currículo escolar, transmitindo ou construindo os conteúdos, elaborando
uma metodologia adequada. Tendo clareza sobre os determinantes sociais que
interferem na educação, isto é, que a educação também faz parte do universo social.
30
Cabe à escola trabalhar os conteúdos sistematizados e historicamente
acumulados de maneira que as camadas populares se apropriem desses
conhecimentos podendo atuar sobre sua realidade em busca da transformação.
Segundo Bertan (1994, p.98):
A pedagogia histórico-crítica propõe criar uma nova cultura, uma nova visão de mundo e de homem, pela ruptura dos valores antigos do senso comum, e atacar as fortificações de classe dominante que os aparelhos do Estado reproduzem... essa pedagogia é a alternativa que temos para o resgate da cidadania do novo povo.
A escola precisa ter consciência de sua função na sociedade, trabalhar em prol
das camadas populares, para que não se torne uma reprodutora dos interesses das
classes dominantes, apenas transmitindo conteúdos, sem que estes se tornem
instrumentos para a conquista de uma nova sociedade, mais justa e democrática.
A escola deve ser democrática, com a participação de todos os segmentos da
sociedade.
A Lei 9394/96 em seu artigo 14 fala:
Art. 14 Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme
os seguintes princípios:
I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Neste sentido para Taques et al (2008) a gestão democrática é entendida como
um processo em que as decisões e ações são tomadas coletivamente. Sendo que o
31
diretor não estará sozinho para decidir e ou agir, onde cada participante do processo
educativo realiza suas funções especificas, que devem ser planejadas e implementadas
pelo coletivo da escola.
O Conselho Escolar, APMF (Associação de pais, mestres e funcionários),
Grêmio Estudantil, constitui-se em instâncias colegiadas com importante papel na
construção da coletividade. Sendo que o Conselho Escolar representado por todos os
segmentos da comunidade escolar, constitui-se na instância máxima de decisão na
escola. Neste sentido segundo SEED/SUED/CGE (2010) “..., o papel do diretor, dos
professores, alunos, agentes educacionais, equipe pedagógica e pais ou responsáveis
é fortalecer o trabalho coletivo no intuito de organizar uma escola voltada ao processo
de ensino-aprendizagem...”
Taques et al (2008, p.7) cita Libâneo (2004) na qual apresenta algumas das
funções da direção na gestão democrática como:
- dirigir e coordenar o andamento do trabalho pedagógico da escola, de acordo com sua função social
- assegurar o processo participativo na tomada de decisão na sua implementação;
- assegurar a implementação de todas as ações planejadas coletivamente;- articular e criar momentos para relações entre escola e comunidade escolar - dar suporte às atividades de planejamento e discussão do currículo, juntamente
com as equipes pedagógicas, bem como fazer o acompanhamento e avaliação da prática pedagógica.
A elaboração do Projeto Político Pedagógico busca a superação de uma
prática individualizada na tentativa de rever a organização do trabalho educativo pelo
coletivo da escola. E sua fundamentação deve ser alicerçada por um referencial teórico.
“(...) uma teoria pedagógica crítica viável, que parta da prática social e esteja
compromissada em solucionar os problemas da educação e do ensino de nossa
32
escola.” (VEIGA, 2005, P.14), de forma que esta teoria oportunize o entendimento das
bases teórico-metodológicas assumidas coletivamente e atenda aos interesses de uma
educação voltada as camadas populares, possibilitando uma prática pedagógica
coerente com a mesma.
Saviani (1986) propõe um método para a pedagogia histórico-crítica
apresentado em cinco passos: prática social como ponto de partida; problematização;
instrumentalização; catarse e prática social final.
Dentro da visão da pedagogia histórico-crítica, segundo Luckesi (1991, p72):
Aprender... é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente,organizando os dados disponíveis da experiência. Em conseqüência, admite-se o princípio da aprendizagem significativa que supõe, como passo inicial, verificar aquilo que o aluno já sabe. O professor precisa saber (compreender) o que os alunos dizem ou fazem, o aluno precisa compreender o que o professor procura dizer-lhe. A transferência da aprendizagem se dá a partir do momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.
E Gasparin (2009) elabora uma didática para a referida pedagogia propondo
o desenvolvimento prático dos cinco passos apresentados por Saviani.
Para Saviani (2008) a função da escola é especificamente educativa e
pedagógica relacionada ao conhecimento devendo resgatar sua importância através do
trabalho educativo e de sua especificidade que é o saber sistematizado.
Definindo a educação como sendo:
[...] o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Em outros termos, isso significa que a educação é entendida como mediação no seio da prática social global. A prática social põe-se, portanto, como o ponto de partida e o ponto de chegada da prática educativa. (SAVIANI, 2008, p.185)
33
Nesta perspectiva o ato de aprender e o ato de ensinar não podem ser
desvinculados, e se efetivam com a apropriação dos elementos culturais pelo indivíduo
que possibilitam a sua formação e humanização.
Para SEED/SUED/CGE (2010) Sendo que da relação mediada entre o
sujeito que aprende o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento, produz-se o
conhecimento. E neste processo o aluno sai do papel de passividade e atua nesta
relação por meio do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores. Tais
pressupostos são fundamentados na abordagem histórico-cultural.
Para Taques et al (2008) a democratização dos conhecimentos produzidos
historicamente pela humanidade é função da escola, que constitui-se num espaço de
mediação entre o sujeito e a sociedade.E para tanto o conhecimento possibilita um
processo de emancipação humana e transformação da sociedade.
Neste sentido o Currículo resulta em reunir forças sociais, políticas e
pedagógicas que representam os saberes que determinam as ações educativas na
formação dos sujeitos históricos e sociais. ”...o currículo deve oferecer, não somente
vias para compreender tanto os saberes nele inseridos como também, os movimentos
contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se
inserem neles.” Taques et al (2008) Assim o trabalho com o conhecimento deve
pressupor uma prática transformadora. E para estas autoras o currículo da escola
pressupõe uma seleção de cultura definindo-a por sua vez como:
Cultura...refere-se a toda produção humana que se constrói a partir das interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Esta ação essencialmente humana e intencional é realizada a partir do trabalho, através do qual o homem se humaniza e humaniza a própria natureza. Por cultura entende-se, então, tudo o que os grupos
34
sociais produzem para representar o seu jeito de viver, de entender e de “ sonhar “ o mundo.TAQUES et al (2008, p.10)
Neste sentido o currículo da escola pressupõe Saviani citado por Taques et
al( 2008) “ fazer uma seleção intencional dos conteúdos e da especificidade da escola
a fim de promover a socialização do saber e o compromisso com a elevação cultural
das massas.”
A organização dos conteúdos dentro da matriz curricular se dá com base nas
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da rede de educação básica do
Estado do Paraná, Diretrizes Curriculares do Ensino Médio e Diretrizes Curriculares da
Educação de jovens e Adultos no Estado do Paraná.
No ensino Fundamental Regular a organização curricular é feita por disciplinas:
arte, ciências, educação física, ensino religioso, geografia, história, língua portuguesa,
matemática e a língua inglesa é a língua estrangeira ofertada.
O departamento da Diversidade foi instituído a partir de 2007 pela SEED, para
discutir e definir as políticas que contemplem o atendimento a todos os sujeitos
excluídos do processo de escolarização e também das políticas educacionais. Como:
as populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares, trabalhadores rurais
temporários, quilombolas, acampados, assentados, ribeirinhos, ilhéus, negros e negras,
povos indígenas, jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays,
travestis e transexuais e a continuidade das discussões etnicorraciais.
A deliberação nº 04/06 do CEE - Conselho Estadual de Educação institui normas
complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura - Afro Brasileira e Africana, a
35
serem desenvolvidas pelas instituições de ensino públicas e privadas que atuam nos
níveis e modalidades do Sistema Estadual de Ensino no Paraná. Fundamentados
nessa Deliberação, norteamos nosso trabalho concernente ao assunto.
A escola deve fazer bem o seu trabalho, que é ensinar a todos em clima de
acolhimento e confiança, vivenciando experiências de sucessos, não só de
aprendizagem dos conteúdos, mas também de atitudes necessárias, onde todos
participem e sintam-se responsáveis pela formação humana e transformação da
sociedade.
Em consonância com os atuais dispositivos legais, entre eles, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, em seu art. 4º no inciso III que cita a necessidade de
atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades
especiais, preferencialmente a rede regular de ensino. Após estudos, discussões,
encontros e seminários, este Colégio aderiu ao Projeto Educação Inclusiva, cujo
objetivo é facilitar a integração de alunos com necessidades especiais no Ensino
Regular, ampliando as oportunidades de aprendizado e convivência na escola.
Para garantir ao aluno com dificuldade de aprendizagem sua permanência com
êxito na escola foram criadas as salas de recursos para os alunos de 5ª às 8ª série e as
salas de apoio à aprendizagem para os alunos de 5ª série, com conteúdos defasados
em língua portuguesa e matemática, sendo as salas de apoio criadas pela resolução nº
208/2004 da SEED(Secretaria de Estado da Educação do Paraná)
E também foi instituído professor de apoio permanente para alunos com necessidades
educacionais especiais e interprete de libras- língua portuguesa para alunos com
surdez .
36
As Tecnologias de informação e comunicação na escola constituem importantes
recursos para o processo de ensino-aprendizagem. Segundo o documento
SEED/SUED/CGE (2010) as tecnologias de informação representam mais do que
ferramentas para animar ou ilustrar os conteúdos a serem apresentados, “o uso das
mídias web, televisiva e impressa mobiliza e oportuniza novas formas de ver, ler e
escrever o mundo. Contudo., é importante que essas ferramentas tecnológicas estejam
aliadas a um procedimento de reflexão critica que potencialize o pensamento sobre as
práticas pedagógicas.” O uso das mesmas impulsiona e potencializa as práticas
pedagógicas, contribuindo com a democratização do conhecimento .possibilitando o
aprimoramento da prática docente.
Para o aprimoramento do trabalho do professor foi criada à hora atividade. A
hora atividade objetiva facilitar a organização dos encontros pedagógicos nas escolas e
possibilitar encontros periódicos entre profissionais que atuam na mesma disciplina ou
área.Sendo também um importante espaço para a formação continuada. Para Libâneo
(2002), o trabalho pedagógico esta diretamente ligado a formação inicial e continuada
do professor.
A hora atividade é de suma importância para a organização do trabalho
pedagógico planejado, coletivo pautado na teoria que fundamenta o projeto político
pedagógico da escola.
Conforme orientação recebida do Núcleo de Educação a hora atividade deve ser
organizada por disciplina em dias específicos durante a semana.
De acordo com a resolução nº 14/2006 que trata da regulamentação de
distribuição das aulas.
37
Art. 30
§1º - A hora atividade, tempo reservado ao professor em exercício de docência,
para estudos, planejamento, avaliação e outras atividades de caráter pedagógico, será
cumprido, integralmente, no mesmo local e turno de exercício das aulas e de
acordo com a Instrução Normativa expedida pela SUED.
§5º - O controle do efetivo cumprimento da hora atividade é de
responsabilidade da Direção do estabelecimento de Ensino e dos Núcleos Regionais
de Educação.
De acordo com a deliberação 007/99 “Avaliação deve ser entendida como um
dos aspectos de ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da
aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar
o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor".
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, deve propiciar
dados que permitam promover a reformulação do currículo com adequação dos
conteúdos e métodos de ensino, preponderando os aspectos qualitativos da
aprendizagem e também levando em conta a interdisciplinaridade e a contextualização
dos conteúdos.
A avaliação deve servir como um diagnóstico acerca do conteúdo e da
metodologia empregada e em caso, quando detectado, onde a aprendizagem não
ocorreu, deverá o professor elaborar outras metodologias para propiciar recuperação de
conteúdos de maneira que o educando consiga se apropriar dos mesmos.
38
È no processo ensino-aprendizagem que a avaliação deve se pautar e definir os
critérios de avaliação no qual deveriam expressar a nota e as duas dimensões de um
mesmo processo. Que são: 1) os critérios definidos pelo coletivo escolar, no Conselho
de Classe, objetivando respaldar as definições tomadas diante do acompanhamento do
processo ensino-aprendizagem e também do resultado final. 2) os critérios de
avaliação da disciplina que devem ser definidos pelo professor com vista aos objetivos
e conteúdos apresentados na Proposta Pedagógica Curricular da escola e no seu plano
de trabalho docente e na intencionalidade da abordagem dos mesmos.
SEED/SUED/CGE (2010).
Segundo SEED/SUED/CGE (2010):
A nota deveria, em tese, expressar esses critérios, pelos quais a avaliação processual tem, antes de tudo, o objetivo de diagnosticar o que se aprendeu ou não para, enfim, proceder a retomada dos conteúdos, a recuperação de estudos e, consequentemente, a reavaliação. As notas não são o fim último, o fim é a aprendizagem. Compor nota, portanto, é uma responsabilidade do professor, sobre a qual está toda uma compreensão de concepção de avaliação, de ensino-aprendizagem, bem como da própria educação.
O resultado de avaliação é apresentado por notas, com periodicidade bimestral
registrados nos livros de registro de classe apresentados aos pais em forma de boletim
com notas, faltas e observações referentes ao acompanhamento do dia-a-dia da vida
escolar do aluno.
Há intervenção pedagógica com recuperação paralela, sala de apoio e sala de
recursos.
39
VI – ATO OPERACIONAL:
Para que se atinjam as metas de uma educação democrática, participativa, há
necessidade de um trabalho com atuação compartilhada entre todos os segmentos da
escola, portanto, o trabalho da Direção que se pretende é democrática, onde cada um
assuma sua responsabilidade e compromisso, bem como um trabalho de interação
onde as decisões são efetuadas em grupo e assumidas coletivamente de forma que
possibilite a participação efetiva da APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe, dos
Representantes de Turma, Grêmio Estudantil, todos eleitos pelo seus pares, e toda
comunidade escolar, dando suporte e zelando para que a escola realize sua função
social.
O professor tem na visão histórico-crítica (Luckesi, 1994, p. 166). “... papel de
mediador da cultura elaborada e de elementos necessários para auxiliar o educando a
dar o salto da interpretação cotidiana para a interpretação elaborada da prática social".
Portanto, o professor terá que ter compromisso com o educando no sentido de
propiciar a ele avanços e crescimento. É necessário que o professor conheça o
conteúdo, conheça o educando, tenha clareza do homem que deseja formar, fazendo
articulação entre conteúdo e a prática social do aluno, sendo mediador. Além de
40
participar juntamente com os demais membros da escola (direção, funcionários,
pedagogos, alunos, pais e colegiados) na definição de procedimentos da organização
do trabalho pedagógico e da gestão.
Que o pedagogo assessore o professor no sentido de oferecer subsídios que
possibilite a ele executar sua tarefa, auxiliando o professor, redefinindo e propondo
novas ações e metodologias, intervindo no processo ensino/aprendizagem.
Organizando horas de estudos para fundamentação da prática pedagógica, utilizando
as estratégias definidas no Plano de Ação da Escola. .
Que a escola busque um trabalho de redimensionamento da gestão, trabalhando
juntamente com Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, APMF, e os
demais segmentos, valorizando a participação, possibilitando promoção de eventos:
reuniões, atividades festivas, envolvendo a comunidade na melhoria do ambiente
escolar. Entendendo que o ambiente educativo é um espaço de formação e de
aprendizagem, onde todos os profissionais que aqui atuam realizam um trabalho
educativo, mesmo não tendo as mesmas responsabilidades e atuarem de forma
diferente.
Que se busque junto a SEED, direção do colégio e APMF a melhoria para a
biblioteca, através de aquisição de novos acervos; conservação e ampliação de
equipamentos; incentivo à ampliação do atendimento aos alunos portadores de
deficiências. Viabilização de recursos humanos para o atendimento à clientela escolar
nos três períodos de funcionamento: manhã, tarde e noite, dando acesso aos alunos e
professores ao acervo e materiais ali disponibilizados, como também a organização e
realimentação do projeto de leitura.
41
Que a Formação Continuada de professores e funcionários seja embasada nos
princípios da SEED e incentivada a capacitação não só oferecida pela SEED, mas
viabilizada através das mais diversas formas a sua participação em cursos, seminários,
simpósios, palestras, conferências entre outros ,visto que, o professor precisa ser um
eterno pesquisador e estar sempre refletindo sobre sua prática buscando realizar uma
trabalho que possibilite um movimento dialético prática-teoria-prática. Portando, deverá
ter possibilidades para buscar formas de desenvolver sua criatividade, repensar sua
prática, recriar, atualizar e aperfeiçoar seu trabalho pautado na teoria, para garantir a
aprendizagem do aluno.
Que se criem espaços, condições para realizar cursos, grupos de estudos com
todos os professores e agentes educacionais I e II, coordenados pela equipe
pedagógica, criando banco de horas para que todos possam participar.
Que se viabilize um horário semanal para que os funcionários, Agentes
Educacionais II, realizem atividades internas, estudo da legislação e atualização de
arquivos, de acordo com instrução nº 09/07 – SEED/DAE/CDE.
Que se crie espaços, para a o incentivo e utilização dos recursos tecnológicos
disponíveis na escola, possibilitando acesso aos laboratórios de informática do Paraná
digital e Próinfo para pesquisas no portal dia a dia educação e outros endereços de
sites educacionais e de pesquisa a fim de implementar a utilização da TV Pendrive e
outros programas educativos que estejam de acordo com a proposta pedagógica da
escola.
Que seja destinado um funcionário (agente educacional II) para trabalho
exclusivo junto ao professor na utilização das multimídias.
42
Que incentive a participação dos alunos nos cursos do CELEM, Projeto Viva
Escola, Olimpíadas, Concursos e outros que o Colégio promover.
Que a escola organizará um sistema de cotas de impressão, por turma, que será
disponibilizado aos professores para o uso nas aulas.
Que oferecerá cursos com profissionais através das verbas que a escola venha
a receber para este fim, e busque também uma parceria juntamente com as entidades
de ensino superior para oferta de cursos de formação a todos os segmentos da escola.
Que a escola proporcionará sala de apoio, sala de recursos como forma de
atendimento aos alunos com necessidades.
Que se criará junto aos alunos do noturno, espaços e momentos de
conscientização sobre a importância dos estudos; possibilidades de promoção no
trabalho e conseqüente melhoria de vida;
Que se busque junto às instituições de Ensino Superior da região, informações
para os alunos, em especial da EJA – Ensino Médio, sobre os diferentes cursos e
profissões.
Que se faça esforços com incentivo o Curso de Educação de Jovens e Adultos,
onde o estudo é programado por meio de um cronograma, oportunizando ao educando
a escolha dos dias em que prefiram fazer as disciplinas, promovendo campanhas junto
aos pais e a comunidade, visto que de acordo com dados obtidos muitos não possuem
o Ensino Fundamental.
Que o calendário escolar seja elaborado pela equipe pedagógica da escola de
acordo com a instrução normativa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná
((Seed/Pr), com o objetivo de assegurar as condições necessárias à oferta da educação
43
básica de qualidade, cumprindo as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional nº 9394/96 tendo o calendário escolar como base o que determina
a LDB/96, a qual estabelece um mínimo de 800 (oitocentos) horas, distribuídas por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.
Que se destine dias de complementação de carga horária no calendário, aos
sábados, sempre que se fizer necessário, em caso de prejuízo da carga horária de um
mínimo de 800 (oitocentos) horas distribuídos num mínimo de 200 (duzentos) dias
letivos.
Que se destine 5% da carga horária dos 200 dias letivos, desde que não
prejudique às 800 horas, para trabalho pedagógico, dentre os quais estarão previstos
quatro Conselhos de Classe, sendo um por bimestre.
Que os conselhos de classe sejam realizados com a participação da direção,
professor pedagogo, professores da turma e um aluno representante de turma, eleito
por seus pares. A organização e a condução do mesmo ficará a cargo do professor
pedagogo.
Que a equipe Pedagógica faça, durante o decorrer dos bimestres, utilizando-se
da hora-atividade do professor um trabalho individual de acompanhamento das turmas
e assessoramento ao professor e realizando o pré-conselho.
Que a hora-atividade seja contemplada no mesmo dia para professores da
mesma disciplina, para que possibilite trocas de experiências, acompanhamento do
planejamento, estudos por disciplina com a equipe pedagógica, concentrando assim,
um maior número possível de professores da mesma disciplina no mesmo horário de
hora-atividade.
44
Que se realize através da SEED, Direção, APMF e Conselho Escolar que se
realizem esforços para ampliação do espaço físico da biblioteca propiciando um melhor
atendimento aos alunos e um espaço mais acolhedor, bem como crie condições para
ampliação do espaço de laboratório de informática necessário para receber os
computadores liberados, que garanta espaços para salas de recursos, de apoio, sala de
direção e de equipe pedagógica adequados para os serviços oferecidos.
Que buscará junto à prefeitura reaver parte do espaço físico, cedido a escola
municipal Ana Rita de Cássia, para melhor acomodar as salas de recursos, apoio e
laboratórios.
Que o princípio seja uma escola de qualidade para todos. Pensando nisso
procuramos adequar o Colégio para recebermos alunos com diversidades, garantindo
e assegurando o acesso igualitário a todos os educandos a fim de que aproprie dos
bens culturais historicamente acumulados .
Uma educação de qualidade para todos prevê a eliminação de rótulos,
preconceitos e discriminação de alunos.
A Declaração de Durban afirma: “todos os povos e indivíduos constituem uma
única família humana, rica em sua diversidade”.
Que o ensino da história e da Cultura - Afro seja contemplado por todas as
disciplinas e modalidades, como conteúdos em atividades curriculares ou não, ficando
definido o dia 20 de novembro dia Nacional da Consciência Negra para culminância de
todos os trabalhos. Para isso incentivar-se-á participação dos professores em grupos
de estudos, encontros e seminários que abordem o tema.
45
Que a implementação da Agenda 21 através de seus projetos: Meio Ambiente;
Leitura; Coral; Educação Fiscal; Formação Continuada para Professores e Agentes
Educacionais I e II, possibilitem avanços significativos, buscando alternativas de ação
para as transformações tão almejadas em nível de escola, comunidade e sociedade.
Espera-se com estes projetos dinamizar o processo ensino aprendizagem de
forma a despertar o interesse, participação, envolvimento com compromisso e
responsabilidade de toda comunidade escolar, refletindo assim em melhores
resultados.
Este Colégio adota o tratamento aos pais de forma participativa.
Partindo da premissa de que os pais são os primeiros e naturais responsáveis
pela educação dos seus filhos e por isso têm uma especial importância na comunidade
escolar, o tratamento dispensado a eles será de forma participativa; buscando integrá-
los a comunidade escolar, oferecendo-lhes oportunidades de acompanhar a vida
escolar de seus filhos, abrindo espaço para que possam interagir de forma
compromissada, participativa e responsável. Que se busque uma relação de mãos
dadas, Escola e Família, um trabalho de parceria que enriquecerá o aspecto educativo
dando qualidade às relações. Que a escola e a família busquem o crescimento e
formação integral do educando no diálogo, ajuda recíproca, respeito mútuo, sinceridade
e valorização da responsabilidade e atuação de cada uma das partes.
Que se busque a participação nos eventos locais e regionais tais como: FERA
(Festival de Arte da Rede Estudantil), Educação com Ciência, Jogos locais e Estaduais
e outros.
46
Que se façam avaliações constantes sobre o andamento e organização da
escola, durante o ano letivo, revendo a tomada de decisões e melhorando a prática
através de reuniões destinadas para este fim durante o ano letivo.
Espera-se que possamos alcançar as mudanças pretendidas em busca de uma
educação que seja uma alavanca para o desenvolvimento, tendo como princípios a
igualdade, a qualidade, valorização do magistério, gestão democrática, liberdade e
autonomia, de forma que se cumpra a efetivação da proposta pedagógica.
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VII - AVALIAÇÃO DO PROJETO:
Tendo em vista que a sociedade se encontra em constantes mudanças e que a
escola pretende acompanhar as evoluções sociais, faz-se necessário que haja um
acompanhamento no dia-a-dia da direção, equipe pedagógica, professores e agente
educacional I e II, ao longo do período letivo, nas reuniões de começo de ano para
planejamento, de conselho de classe e reuniões pedagógicas, visando avaliar e corrigir
possíveis falhas ou defasagens que poderão surgir no decorrer do processo.
A escola deverá estar atenta, revendo sua prática, no sentido de constatar se
estão sendo viáveis os objetivos e metas propostos, prevendo provável realimentação.
Além das reuniões especificadas no Calendário Escolar, sempre que se fizer
necessário, excepcionalmente os professores e agentes educacional I e II serão
convocados para avaliação, correções necessárias e realimentação da proposta.
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VIII - BIBLIOGRAFIA:
BERTAN, L. Aspectos da Trajetória do Ideal de Liberdade na Educação Brasileira
1930-1990, Campinas: Unicamp, 1994.
Brasil. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Brasília 1996.
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Autores Associados, 2009.
LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências
educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2002.
LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991.
LUCKESI, C. C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? In: Avaliação da
Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2003.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso. In:
Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez,
2003.
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Fundamental. 2008.
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de Jovens e Adultos: Segundo Segmento e Ensino Médio.
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Associados, 2008. (Coleção Memória da Educação).
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SEED;SUED;CGE, Semana Pedagógica- Agosto -2010: Quando as Políticas
Educacionais Voltam-se para a legitimação do Tempo, do Espaço e da Autonomia
da Escola na Definição de seu Projeto Político-Pedagógico. Curitiba. 2010.
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Currículo. Disponível em:
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Possível. Campinas, SP: Papirus, 2005.
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