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1 COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL. Av. Guilherme de Paula Xavier, 795, Centro Fone (44) 525-1581 – e-mail [email protected] CEP 87302-050 – Campo Mourão - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CAMPO MOURÃO 2011

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 4.2.4 O Professor Enquanto Educador ----- 53 4.2.5 O aluno Conhecedor Crítico-Reflexivo ----- 54 ... O curso de Formação de Docentes para a Educação

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COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL.

Av. Guilherme de Paula Xavier, 795, Centro Fone (44) 525-1581 – e-mail [email protected]

CEP 87302-050 – Campo Mourão - Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CAMPO MOURÃO 2011

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 5 1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA .................................................................. 6 1.1 Histórico da Escola ---------------------------------------------------------------------- 7 1.2 Organização do espaço físico / equipamentos ---------------------------------- 11 1.3 Estrutura física --------------------------------------------------------------------------- 11 1.3.1 Sala de aula ----------------------------------------------------------------------------- 12 1.3.2 Biblioteca. -------------------------------------------------------------------------------- 12 1.3.3 Laboratórios ---------------------------------------------------------------------------- 13 1.3.4 Sala de apoio à aprendizagem ---------------------------------------------------- 14 1.3.5 Sala de dança ------------------------------------------------------------------------- 14 1.3.6 Sala de Recursos ---------------------------------------------------------------------- 14 1.3.7 Sala de jogos -------------------------------------------------------------------------- 14 1.3.8 Sala dos educadores ---------------------------------------------------------------- 15

1.3.9 Salas para apoio pedagógico e administrativo -------------------------------- 15 1.3.10 Anfiteatro ------------------------------------------------------------------------------- 15 1.3.11 Quadra de esportes coberta ------------------------------------------------------ 15 1.4 Equipamentos ----------------------------------------------------------------------------- 15 1.5 Organização da entidade escolar ---------------------------------------------------- 17 1.5.1 Modalidades ofertadas e alunos atendidos ------------------------------------- 17 1.6 Perfil dos profissionais que atuam na escola ------------------------------------- 19 1.6.1 Profissionais: função e quantidades ---------------------------------------------- 19 1.6.2 Direção e Direção Auxiliar ----------------------------------------------------------- 19 1.6.3 Equipe Pedagógica ------------------------------------------------------------------- 19 1.6.4 Equipe de Professores --------------------------------------------------------------- 19 1.6.5 Agente educacional I ----------------------------------------------------------------- 20 1.6.6 Agente Educacional II ---------------------------------------------------------------- 20 1.7 Objetivos do Projeto Político Pedagógico ----------------------------------------- 20 1.7.1 Objetivo Geral -------------------------------------------------------------------------- 20 1.7.2 Objetivos Específicos ----------------------------------------------------------------- 20 1.8 Princípios filosóficos do trabalho escolar ------------------------------------------ 21 1.9 Princípios norteadores da educação ------------------------------------------------ 23 1.9.1 Perfil da comunidade escolar ------------------------------------------------------- 24 1.9.2 Avaliações externas da escola ----------------------------------------------------- 25 2 ATO SITUACIONAL ----------------------------------------------------------------------- 26 2.1 Papel da escola na realidade brasileira -------------------------------------------- 26 2.2 Modalidades que o Colégio oferece ------------------------------------------------- 27 2.2.1 Ensino Fundamental ------------------------------------------------------------------ 27 2.2.2 Ensino Médio --------------------------------------------------------------------------- 27 2.2.3 Técnico em Administração Integrado e Subsequente ----------------------- 28 2.2.4 Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio, na Modalidade Normal -------------- 29 2.2.5 Curso CELEM – Espanhol ---------------------------------------------------------- 29 2.2.6 Curso Pro-funcionário ---------------------------------------------------------------- 29

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2.2.7 Curso de Qualificação Profissional para o Adolescente Aprendiz -------- 30 2.2.8 Sala de Recursos ---------------------------------------------------------------------- 31 2.2.9 Sala de Apoio Língua Portuguesa e Matemática ----------------------------- 31 2.2.10 Reflexão teórico–prática ----------------------------------------------------------- 31 3 ATO CONCEITUAL ------------------------------------------------------------------------ 34 3.1 Concepção Mundo ----------------------------------------------------------------------- 34 3.2 Concepção de Sociedade-------------------------------------------------------------- 34 3.3 Concepção de Ser Humano ----------------------------------------------------------- 36 3.4 Concepção de Criança ----------------------------------------------------------------- 36 3.5 Concepção de Educação -------------------------------------------------------------- 37 3.6 Concepção de Escola ------------------------------------------------------------------- 38 3.7 Gestão Democrática --------------------------------------------------------------------- 39 3.8 Formação Continuada ------------------------------------------------------------------ 40 3.9 Currículo ------------------------------------------------------------------------------------ 41 3.10 Conhecimento --------------------------------------------------------------------------- 42 3.11 Ensino-Aprendizagem ----------------------------------------------------------------- 43 3.12 Cultura ------------------------------------------------------------------------------------- 43 3.13 Cidadania --------------------------------------------------------------------------------- 44 3.14 Tecnologia -------------------------------------------------------------------------------- 45 3.15 Avaliação da Aprendizagem --------------------------------------------------------- 46 3.16 Concepção de Trabalho -------------------------------------------------------------- 47 3.17 Concepção de Letramento ---------------------------------------------------------- 49 4. ATO OPERACIONAL -------------------------------------------------------------------- 49 4.1. A Escola que Queremos--------------------------------------------------------------- 49 4.2. O papel específico de cada segmento da comunidade escolar ------------ 49 4.2.1. A Equipe de Direção como articuladora ---------------------------------------- 50 4.2.2. O Professor Pedagogo como mediador e coordenador da ação Pedagógica ---------------------------------------------------------------------------- 51 4.2.3 Os Coordenadores de Curso ------------------------------------------------------- 52 4.2.4 O Professor Enquanto Educador -------------------------------------------------- 53 4.2.5 O aluno Conhecedor Crítico-Reflexivo ------------------------------------------- 54 4.2.6. O Funcionário Enquanto educador----------------------------------------------- 55 4.3. Papel das Instâncias Colegiadas --------------------------------------------------- 55 4.3.1. Conselho Escolar --------------------------------------------------------------------- 55 4.3.2 Conselho de Classe ------------------------------------------------------------------- 56 4.3.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ---------------------- 57 4.3.4 Grêmio Estudantil ---------------------------------------------------------------------- 58 4.4. Organização Pedagógica da Escola ----------------------------------------------- 58 4.4.1 Critérios para Organização do Calendário Escolar --------------------------- 58 4.4.2 Critérios para Organizações das turmas ---------------------------------------- 58 4.4.3 Práticas avaliativas -------------------------------------------------------------------- 59 4.4.4. Recuperação de Estudos e Paralela -------------------------------------------- 59 4.4.5. Diretrizes para avaliação interna de rendimento escolar ------------------- 60 4.4.6 Espaço e tempo escolar e organização da hora atividade ----------------- 60

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4.4.7 O uso das Tecnologias Educacionais -------------------------------------------- 61 4.4.8 Estágio não obrigatório--------------------------------------------------------------- 62 5. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO ------------------------------ 64 5.1 Agenda 21 ---------------------------------------------------------------------------------- 64 5.2 Educação Fiscal -------------------------------------------------------------------------- 64 5.3 Cultura Afro-Brasileira e Africana ---------------------------------------------------- 64 5.4 Festival de Talentos --------------------------------------------------------------------- 64 5.6 Jogos Inter-classes ---------------------------------------------------------------------- 65 5.7 Mostra Científico-Cultural -------------------------------------------------------------- 65 5.8 Rádio Estudantil -------------------------------------------------------------------------- 65 5.9. Poesia é o Show ------------------------------------------------------------------------- 66 5.10 Atividades complementares curriculares ----------------------------------------- 66 5.11 PDE----------------------------------------------------------------------------------------- 67 5.12 PDE ESCOLA --------------------------------------------------------------------------- 67 5.13. Princípios norteadores do Ensino de nove anos ------------------------------ 68 6. Plano de Ação do Colégio Estadual de Campo Mourão-EFMPN -------- 70 7. Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico --------- 72 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ----------------------------------------------------- 73

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de Campo Mourão - Ensino

Fundamental, Médio, Profissional e Normal visa explicitar a identidade da escola, a

organização administrativa e pedagógica do Estabelecimento, assim como as ações

e desafios por ele vivenciados.

Entende-se por processo democrático, o caminho que se percorre junto à realidade

e que leva a definir ações relativas aos setores específicos da escola, assim como

ações conjuntas para que esta possa formar um educando que exerça sua

cidadania, preparando-o para conviver e atuar por uma sociedade democrática.

Segundo o artigo 12 da LDB 9394/96, os estabelecimentos de ensino, respeitando

as normas comuns e as do seu sistema educacional, terão a incumbência de

elaborar e executar sua proposta pedagógica, administrar seu pessoal, recursos

materiais e financeiros, bem como articular-se com as famílias e a comunidade. No

artigo 13, referindo-se à incumbência dos docentes, fica definido que os mesmos

devem participar da formulação do Projeto Político Pedagógico, elaborar e cumprir o

plano de trabalho docente, segundo o que foi estabelecido.

Seguindo tais orientações, este Projeto Político Pedagógico estruturou-se com a

participação de todos os profissionais da escola, tais como: Direção, Direção

Auxiliar, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, assim como os órgãos

colegiados constituídos em APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.

Buscando, desta forma, direcionar toda a ação educativa realizada por esta

instituição de ensino, de modo a assegurar a preservação da democracia na gestão

e a qualidade do ensino aqui ofertado.

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1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual de Campo Mourão – EFMPN, identificado com o Código 00012

está localizado na área central da cidade, no seguinte endereço:

Avenida Guilherme de Paula Xavier, nº 795 - CEP 87.303-070

Fone: (44) 3525-1581

e-mail: [email protected]

Município: Campo Mourão – Código: 0430

Sua dependência administrativa é Estadual e pertence ao NRE de Campo Mourão -

Código: 00005.

Sendo mantido pelo Governo do Estado do Paraná, o Estabelecimento de Ensino foi

autorizado a funcionar pelo Decreto nº 1.377/75 de D.O.E. 30/12/1975 e seu Ato de

reconhecimento se deu através da Resolução nº 2.866 de D.O.E. 26/11/1982. O

ensino Médio foi autorizado a funcionar pela Resolução 2405/84, seu

reconhecimento se deu pela Resolução 908/85 e a renovação do reconhecimento

pela Resolução 1710/08. O Ensino Fundamental foi autorizado a funcionar através

do Decreto 1.377/75, seu reconhecimento se deu pela Resolução nº 2866/82 e a

renovação do reconhecimento pela Resolução nº 699/08. O curso Técnico em

Administração Integrado foi autorizado a funcionar pela Resolução nº 884/06 e

reconhecido pela Resolução nº 1081/09. O Técnico em Administração Subsequente

foi autorizado a funcionar pela Resolução nº 624/06 e reconhecido pela Resolução

nº 1408/09. O curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil e anos

iniciais do Ensino fundamental foi autorizado pela Resolução nº 4229/06 e

reconhecido pela Resolução nº 3312/10. O Profuncionário foi autorizado pela

Resolução nº 369/08 e reconhecido pela Resolução nº 5361/10. O Curso Técnico

em Vendas Subsequente foi autorizado a funcionar pela Resolução nº 2124/11.

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Com o Ato Administrativo nº 414/2007 de 28/12/2007, foi aprovado o Regimento

Escolar que foi construído a partir de reuniões com os diversos segmentos da

Comunidade Escolar.

1.1 Histórico da Escola

O município de Campo Mourão está localizado na Região Centro - Oeste do Paraná

e foi emancipado politicamente no dia 10 de outubro de 1947.

Na medida em que a cidade se desenvolveu, surgiu a necessidade e a idealização

da criação de um Ginásio. Isto aconteceu no inverno de 1955, no dia 29 de julho,

através do sonho de um jovem: Prof. Ephigênio José Carneiro. Para um primeiro

encontro, formou-se uma comissão que se reuniu na residência de Armando Queiroz

para discussão em prol da construção do Ginásio de Campo Mourão.

Os elementos da Comissão: Odilon Jofre Tayer, Alphonso Germano Hruschka,

Bonifácio Pais Carneiro e Teodoro Metcheco, com o apoio do então prefeito Dr.

Daniel Portela e Roberto Brezinski e no dia 1º de agosto a fundação do Ginásio de

Campo Mourão tornou-se realidade.

Para que isso acontecesse, houve a mobilização da população com a coleta de

contribuições espontâneas, angariação de fundos e também de materiais de

construção, conseguindo o total de 50 dúzias de madeira e 100.000 cruzeiros. A

comissão encarregada outorgou ao Sr. Teodoro Metcheco a realização da planta do

prédio do colégio. Em 1956 foi proferido um discurso de esclarecimento à população

mourãoense sobre a organização e funcionamento do ginásio pelo Prof. Ephigênio.

A autorização para o funcionamento do novo estabelecimento de ensino se deu pela

Portaria n.º 518 de 22/02/1956 pelo Ministério da Educação e Cultura.

Trecho do Discurso da Comissão:

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“Agora estamos empenhados na concretização de um dos melhores ideais para a

vida do povo desta região, na instalação e funcionamento do Ginásio de Campo

Mourão. Motivos de ordens várias impossibilitaram que um estabelecimento de

ensino desse grau fosse até agora aberto à juventude desta terra.” (Nelson

Bittencourt Prado – Pela Comissão Organizadora do G.C.M. In: Jornal Nordeste, n.º

de 28/08/1955).

A estadualização deste estabelecimento foi oficializada pelo Decreto Lei n.º 27.663

de 26/01/1960 com a denominação de Ginásio Estadual de Campo Mourão, no

governo interino de Gustaçaro Borba Carneiro.

Após a implantação do 2º ciclo, pelo Decreto Lei 19.886 de 04/11/1965 o colégio

passou a denominar-se Colégio Estadual de Campo Mourão. Deixou de funcionar no

prédio particular e passou para o prédio público, em 1968, no qual está instalado até

hoje, inaugurado oficialmente em 10/10/68 pelo Governador Paulo Pimentel.

Em 23/12/1975 pelo Decreto 1377/75 houve a junção do Colégio Estadual de

Campo Mourão, do Colégio Comercial de Campo Mourão e Escola Normal Prof.

João D’ Oliveira Gomes, Colégio Estadual Marechal Rondon, Colégio Estadual Dom

Bosco, Colégio Cristo Rei e outros colégios menores, transformando-se em um

único estabelecimento, formando o Complexo Escolar Dr. Horácio Amaral de 1º e 2º

graus.

O Complexo Escolar Horácio Amaral tinha uma subdivisão em três núcleos, cada

núcleo tinha o maior estabelecimento como referência.

O Colégio Estadual de Campo Mourão era o maior em número de alunos do Núcleo

Regional, juntou-se com o Colégio Comercial de Campo Mourão e a Escola Normal

João D’ Oliveira Gomes, como os dois primeiros não tinham um patrono e havia esta

exigência, passou a denominar-se Colégio Estadual Prof. João D’ Oliveira Gomes.

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Pela resolução 2866/82 fica reconhecido o Curso de 1º Grau Regular e autorizado o

funcionamento do 2º Grau Regular com as Habilitações Plenas: Contabilidade,

Secretariado, Magistério, Corretor de Imóveis e a Habilitação Parcial de Patologia

Clínica.

Em 1983 pelo Parecer 004/83 é autorizado o Curso de Aperfeiçoamento de

Professores em Alfabetização. Ainda em 1983 é oficializada a denominação Colégio

Estadual Prof. João D’ Oliveira Gomes Ensino de 1º e 2º Graus, pela Resolução

1818 de 25/05 /83.

O nome do colégio foi atribuído pela primeira diretora da Escola Normal, Sra. Dulce

Gomes Dellatre em homenagem ao seu pai, professor João D’ Oliveira Gomes,

professor e advogado em Ponta Grossa e Vice-diretor do Colégio Secundário em

Curitiba, falecido em 1º de março de 1953 aos 57 anos de idade.

Em 1984 fica autorizado o funcionamento do Curso de 2º Grau Regular e

Propedêutico pelo prazo de dois anos, pela Resolução 2405 de 03/05/84. Em 1985 o

curso foi reconhecido pela Resolução 908/85 de 01/03/85.

Em 1988 é autorizado o funcionamento das Quatro Primeiras Séries do 1º Grau pela

Resolução 784/88 de 28/03/88. Em 1989 pela Resolução 578 de 02/03/89 é

autorizado o funcionamento do Centro de Atendimento Especial D.V. Em 1990 foi

autorizado o funcionamento da Classe Especial – D.M.

Com as novas Políticas Educacionais, do Governo Jaime Lerner, 1995-2002, o

colégio deixou de oferecer os cursos profissionalizantes em Nível Médio, cessou o

funcionamento de seus cursos profissionalizantes para que fosse permitida a sua

adesão ao PROEM – Programa de Expansão, Melhoria e Inovação do Ensino

Médio. A Classe de D.V. foi transferida para competência do município. A oferta das

Quatro Primeiras Séries do Ensino Fundamental cessou gradativamente desde 2001

e já não é mais ofertada. No ano de dois mil e dois retomou–se a profissionalização

com o funcionamento do curso Técnico em Informática, aprovado pelo Ato nº 2670 /

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02 – D.O.E em 06 / 09 / 2002 e iniciando em dois mil e cinco o curso Técnico em

Administração, nas modalidades: integrado para alunos vindos da oitava serie a

partir da Res. 88405 parecer 0060/2005, subsequente para os que já concluíram o

Ensino Médio Res. 624/2006 parecer 0048/2006 e o Curso Formação de Docentes

(antigo Magistério) res.4229/2006, o qual, logo é modificado para Curso Normal com

parecer 268/2007.

No ano de 2005, quando se comemorou o Cinquentenário do Colégio, foram

desenvolvidas várias atividades das quais destacamos: mudança de uniforme

escolar, a escolha do Hino do Colégio escrito pelo Professor Celso Alves, ambos

realizados por meio de concurso aberto a toda comunidade tanto nas sugestões

quanto nas votações, homenagem aos antigos Diretores e, em 2006 iniciou-se o

processo de alteração do nome do Colégio para resgatar a primeira denominação

dessa instituição, pela qual é conhecida até hoje em toda região, qual seja: Colégio

Estadual de Campo Mourão – EFMPN, por meio da Resolução nº 268/07.

O Estabelecimento oferta ainda Sala de Recursos para alunos com necessidades

especiais, e Salas de Apoio para os alunos do sexto ano que apresentam

dificuldades de aprendizagem, em sistema rotativo de alunos, em dois períodos, e

ainda turmas de CELEM - Língua Espanhola, nos 3 períodos.

Durante os períodos matutino, vespertino e noturno, temos matriculados e

frequentando 1.488 alunos nas diferentes modalidades de ensino, 174 professores

em sua maioria pós graduados, e outros com mestrado, 08 professores pedagogos

atuantes na função, 18 Agentes Educacionais I e 11 Agentes Educacionais II, 02

Diretores Auxiliares e 01 Diretor Geral.

Por ter sido construída há mais de quarenta anos, houve a necessidade de

promover várias adequações no espaço físico da escola redistribuindo as salas, para

deferir as mudanças que se fizeram em função do aumento e da diversificação da

comunidade atendida, bem como a construção de mais um bloco com oito salas de

aula.

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1.2 Organização do espaço físico / equipamentos

Pensar a organização do ambiente escolar requer a clareza de que este deve

obedecer à função primordial a que se destina: contribuir para as situações de

aprendizagem que nele venham se desenvolver. Assim, tanto o espaço físico quanto

os equipamentos nele disponibilizados devem cumprir sua função pedagógica,

tornando-se, desta forma, instrumentos no processo de ensino-aprendizagem.

O Colégio Estadual de Campo Mourão conta com uma estrutura adequada as

necessidades dos educandos, pois foram implementadas reformas para a melhoria

das estruturas do pátio, bem como das salas de aula. Nas salas de uso coletivo,

foram colocadas cortinas, ventiladores e ar-condicionado. Os quadros a giz foram

substituídos por quadros com pincel atômico, visando à saúde do professor e dos

alunos, facilitando também a limpeza dos ambientes.

1.3 Estrutura física

• 24 salas de aula;

• Uma Biblioteca com dois banheiros, sendo um deles adaptado para pessoas

com deficiência;

• Laboratório de química;

• Laboratório de biologia e física;

• Laboratório de matemática;

• Laboratório de informática;

• Laboratório de Formação de docentes;

• Sala para mecanografia;

• Cozinha com refeitório aberto;

• Sala para as aulas de Apoio;

• Sala de dança;

• Sala para as aulas de Recursos;

• Sala para armazenamento de merenda;

• Sala de jogos;

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• Sala dos professores;

• Sete salas para a equipe pedagógica e administrativa;

• Sala para secretaria;

• Um anfiteatro com 120 lugares para eventos;

• Cantina comercial;

• Uma quadra de esportes coberta;

• Uma quadra para vôlei de areia;

• Uma quadra de cimento para vôlei e basquete;

• Oito banheiros para os alunos (cinco desativados) e dois para professores e

funcionários.

1.3.1 Sala de aula

A sala de aula é o espaço onde o processo ensino aprendizagem se efetiva

considerando o plano de trabalho docente e as diversas relações que o estudante

consegue estabelecer entre o conhecimento historicamente produzido e as

interações sociais que estabelece com colegas e educadores.

O espaço da sala de aula do Colégio Estadual de Campo Mourão está organizado

para atender os anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Profissional,

considerando as diferenças culturais e individuais dos educandos.

1.3 .2 Biblioteca

A Biblioteca é o ambiente destinado ao atendimento da comunidade escolar que se

divide em três grupos: alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio, e Ensino

Profissional e Normal.

Hoje a Biblioteca ocupa um local definitivo que oferece boas condições de trabalho,

por ser o espaço pedagógico específico para abrigar o acervo existente, atende os

alunos conforme as idades, interesses e atividades, gerando consequentemente

satisfação no atendimento A Biblioteca do Colégio Estadual busca dentre os

objetivos principais:

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• Participar dos programas de incentivo à leitura;

• Promover campanhas de conscientização quanto aos cuidados com o acervo;

• Orientar e supervisionar a movimentação dos alunos, o manuseio de volumes

bem como trabalhos de pesquisas definidos pelos professores;

• Incentivar o hábito da leitura informativa diária (jornais e periódicos).

A biblioteca possui regulamento próprio e plano de desenvolvimento de coleções

que tem os seguintes objetivos:

• Permitir a formação de coleções de acordo com os objetivos da instituição e

disponibilidade financeira;

• Propiciar o crescimento racional e equilibrado do acervo que dêem suporte ao

ensino aprendizagem na área de Ensino Fundamental, Ensino Médio, Técnico

Profissionalizante e normal e outros cursos que possam ser ofertados pela

instituição.

• Traçar diretrizes para descarte de material;

• Estabelecer diretrizes para avaliação da coleção.

O plano de desenvolvimento de coleções da biblioteca recebe assessoramento

técnico e cientifico de uma comissão formada por funcionários dos diferentes

segmentos da comunidade escolar.

A avaliação do setor é feita pela Equipe Pedagógica, pelos Professores por meio

da observação do desempenho e do resultado do trabalho e pelos usuários que

manifestam suas opiniões à equipe administrativa.

1.3.3 Laboratórios

O Colégio Estadual de Campo Mourão possui cinco laboratórios sendo eles:

Química e Física, Biologia, Matemática, Informática e Laboratório de formação de

docentes os quais são organizados tendo em vista a contextualização de teoria e

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prática. É um espaço que permite a experimentação e a articulação dos conteúdos

vivenciados em sala de aula.

1.3.4 Sala de apoio à aprendizagem

A sala de Apoio a Aprendizagem tem como objetivo atender as dificuldades

específicas dos educandos nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa.

Atualmente é destinada ao atendimento de alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental.

1.3.5 Sala de dança

É o espaço destinado as diversas manifestações artísticas da escola, está

organizada de forma a atender projeto de dança, teatro, leitura, e outras atividades

que requerem um local adequado e aconchegante. Esta sala está equipada com

espelho, colchonetes, TV pendrive, DVD, microsystem promovendo a vivência da

arte na educação.

1.3.6 Sala de Recursos

A Sala de Recursos é um espaço especifico para atendimento de alunos com

dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Os alunos que a frequentam possuem

avaliação pedagógica das dificuldades e encaminhamento médico especificando

suas necessidades educativas, as quais devem ser trabalhados valorizando o

aspecto lúdico e considerando ainda a adaptação curricular.

1.3.7 Sala de jogos

A sala de jogos oportuniza que o estudante vivencie a riqueza lúdica que o contato

com os jogos oferece, ajudando-a construir conceitos de participação, cooperação,

estratégias, uma vez que também ela deve responder às necessidades da

sociedade e participar da convivência social.

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1.3.8 Sala dos educadores

A sala dos professores é um espaço democrático no qual todos os profissionais da

escola têm acesso. É utilizado para reuniões e para a realização da hora atividade

do docente, e pelos educadores não docentes para informativos e também interação

com os professores na hora do intervalo.

1.3.9 Salas para apoio pedagógico e administrativo

São espaços utilizados para orientação a educadores e educandos, tanto para apoio

dos aspectos pedagógicos, como para as relações interpessoais. Os pais e a

comunidade escolar são atendidos nas suas especificidades, tanto pelas pedagogas

como pela equipe diretiva.

1.3.10 Anfiteatro

É um espaço utilizado para palestras, eventos e realização de trabalhos

pedagógicos. Neste local os educandos têm acesso a internet e multimídia,

dispondo, ainda, de 120 lugares o que permite a socialização dos trabalhos

produzidos na escola.

1.3.11 Quadra de esportes coberta

A quadra de esportes favorece a realização de atividades esportivas, tornando-se

um espaço de socialização de atividades culturais e esportivas.

1.4 Equipamentos

Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletro–eletrônicos disponíveis:

• 03 aparelhos de multimídia;

• 01 mimeógrafo a álcool;

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• 21 televisores pen drive;

• 03 televisores;

• 01 filmadora;

• 02 vídeos cassetes;

• 04 aparelhos de DVDs;

• 04 micro system;

• 02 antenas parabólicas;

• Um acervo de aproximadamente onze mil livros;

• Biblioteca do professor com mais de cem títulos;

• 05 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;

• 07 impressoras;

• 01 máquina de escrever elétrica;

• Duas caixas amplificadoras de som e duas sem amplificador;

• 01 mesa de som com dois microfones;

• Um teclado;

• Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática;

• Uma brinquedoteca para uso pedagógico do curso de Formação de docentes;

• 24 computadores Positivo com acesso a internet via fibra ótica, sendo: 04 na

Secretaria e os demais no Laboratório de Informática;

• 10 Microcomputadores via ADSL na Biblioteca;

• 01 Notebook;

• 05 Microcomputadores na Coordenação Pedagógica e Direção;

• 04 impressoras a laser;

• Os demais materiais que a Escola possui estão relacionados em

documentação própria na Secretaria.

Contamos com laboratório de Ciências, Matemática, Química e Física, Formação de

Docentes e um laboratório de Informática para atender a todos os professores e

alunos que deles necessitarem para concretizar seus projetos de ensino-

aprendizagem.

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17

O espaço físico do Colégio conta também com um auditório de 120 lugares com

palco para ser usado em eventos promovidos pelo Colégio e Comunidade Escolar

quando solicitado.

1.5 Organização da entidade escolar

1.5.1 Modalidades ofertadas e alunos atendidos

O Colégio Estadual de Campo Mourão - EFMPN, oferta em 2011 às modalidades de

ensino abaixo, totalizando 79 turmas (1936 alunos) assim distribuídas:

MODALIDADE TURNO Nº DE

TURMAS

TOTAL DE

ALUNOS

Ensino Fundamental – 6º ao 9º

ano.

Manhã

Tarde

Noite

6

10

1

541

Ensino Médio

Manhã

Tarde

Noite

6

3

3

328

Formação de Docentes para a

Educação Infantil e Anos

Iniciais do Ensino Fundamental

Manhã

4

83

Educação Profissional – Curso

Técnico em Administração

Integrado

Manhã

Noite

4

4

143

Educação profissional - Curso

Técnico em Administração -

Subsequente.

Noite

7

267

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Educação Profissional -Curso

Técnico em Vendas -

Subsequente

Noite 1 30

Língua Espanhola

CELEM

Tarde

Noite

4

2

136

Programa de Qualificação para

o Adolescente Aprendiz

Manhã

1

15

Programa Prófuncionário

Manhã

4

120

Atividades de

Complementação

curricular

Mídias

Intermediário

1

1

25

25 Reciclarte

Sala de recursos

Manhã

Tarde

1

1

20

Sala de Apoio a aprendizagem

Matemática e Língua

Portuguesa

Manhã

Tarde

2

2

60

Obs: Levantamento de dados em setembro de 2011.

É possível verificar que o Colégio Estadual atende um número elevado de alunos,

ainda assim pretende implantar novos cursos no sentido de atender as

necessidades da cidade e região contribuindo dessa forma com a melhoria da

qualidade de vida da população, na tentativa de formar profissionais capazes de

assumir com responsabilidade e segurança, um trabalho digno exercendo o seu

papel de cidadão.

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1.6 Perfil dos profissionais que atuam na escola

1.6.1 Profissionais: função e quantidades

Direção Direção

Auxiliar

Pedagogas Professores Agente

educacional

I

Agente

educacional

II

Total de

Profissionais

1 2 8 174 18 11 214

1.6.2 Direção e Direção Auxiliar

Compete à Equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de garantir

o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos no

Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no Regimento

Escolar.

1.6.3 Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é formada por professoras pedagogas cujas atribuições são a

de coordenar, implantar e implementar as Diretrizes, emanadas da Secretaria de

Estado da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na escola, além

das atribuições relacionadas no Regimento Escolar.

1.6.4 Equipe de Professores

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como regentes,

em sala de aula ou em outra função pedagógica. Além de participar ativamente na

elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento Escolar e no

Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de Desempenho do

Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de produtividade,

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20

participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como uma forma de

melhorar o desempenho dos docentes.

1.6.5 Agente educacional I

A equipe de Agentes Educacionais I tem como função o serviço de manutenção,

preservação, segurança e produção da merenda escolar, sendo subordinada,

coordenada e supervisionada pela Direção.

1.6.6 Agente Educacional II

A Equipe de Agentes Educacionais II tem como atribuição suporte ao funcionamento

de todos os setores do Estabelecimento, proporcionando condições para que os

mesmos cumpram suas reais funções. As atribuições dessa Equipe estão

relacionadas no Regimento Escolar.

1.7 Objetivos do Projeto Político Pedagógico

1.7.1 Objetivo Geral

Partindo do princípio legal instituído na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – Lei 9.394/96 em seus artigos 12, 13 e 14, o objetivo geral deste Projeto

Político Pedagógico é o de tornar clara a função social da escola, bem como a

definição metodológica, as formas operacionais e ações a serem empreendidas por

todos os envolvidos no processo educativo.

1.7.2 Objetivos Específicos

• Esclarecer a situação real da escola, nas dimensões: administrativa,

pedagógica, técnica, financeira e jurídica no sentido de visualização da realidade a

qual acontece o processo educativo, percebendo desta forma as contradições e

conflitos que necessitam ser redirecionados;

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• Definir de forma clara as concepções e referenciais que fundamentam a

construção da prática educativa, buscando desta forma alicerçar uma prática

compromissada em solucionar os problemas da educação e do ensino do colégio;

• Construir uma nova prática a partir de ações redimensionadas para uma ação

educativa com qualidade técnica, política e pedagógica, entendendo que a escola é

lugar de concepção, realização e avaliação constante de seu projeto educativo.

1.8 Princípios filosóficos do trabalho escolar

Entende-se que o trabalho escolar deve ser construído num princípio de gestão

democrática, onde todos os que compõem a comunidade escolar tenham o direito

de participar e opinar sobre a situação educacional da instituição. A busca de todos

deve ser no sentido de garantir a qualidade do ensino ofertado, sem qualquer tipo de

exclusão que possa impedir ou dificultar o acesso, permanência e promoção de

todos na escola, contribuindo assim para formar uma sociedade mais justa e

igualitária.

O trabalho escolar deve necessariamente estar pautado nos princípios fundamentais

da Republica Federativa Brasileira regidos no artigo 3º da Constituição Federal, os

quais explicitam como dever:

I- construir uma sociedade livre, justa e solidária; II- garantir o desenvolvimento nacional; III- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

A luta por uma escola para todos somente será efetivada quando a instituição de

ensino, além de ser um local de aprendizagem, for também um ambiente onde se

tome consciência de sua responsabilidade e aprenda a lutar contra as

desigualdades sociais, fazendo desta um lugar de conhecimento e de formação de

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valores humanos. Tem-se como prioridade a valorização humana, percebendo cada

membro da comunidade escolar como um ser único o qual é também parte

imprescindível de um coletivo.

A educação básica, em específico, deve estar alicerçada nas múltiplas necessidades

humanas, as quais, para serem consolidadas, dependem de articulações

necessárias nas relações sociais, culturais e educacionais.

Acreditamos que a educação, sendo um compromisso político do Poder Público para

com a população, deve formar um cidadão crítico, participativo, capaz de tomar

decisões conscientes, pautadas em atitudes de respeito mútuo, considerando os

aspectos multiculturais e suas diversidades.

Considerando as lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e diversidade sexual

ocorridas durante todo o século XX e início do XXI, pela isenção de atitudes e

convenções sociais discriminatórias, bem como as questões de enfrentamento a

violência contra a Criança e Adolescente, conforme Lei Federal nº 11525/07, a

escola tem como responsabilidade implementar ações que acabem com a

reprodução de discriminações, bem como a violência homofóbica e escolar como um

todo, nos espaços da instituição de ensino.

No intuito de assegurar a todos os sujeitos da diversidade o direito à Educação

Básica e de Nível Médio, a escola busca trabalhar, em seus conteúdos o Ensino da

Cultura Afro-brasileira e Africana, atendendo a Lei nº 10.639 bem como a Lei

11.645/2008 que altera a Lei anterior e inclui o ensino da cultura indígena no

currículo escolar.

O direito a diversidade será observado considerando o Parecer 04/09 do Ministério

Público/Paraná e o Parecer CP/CEE nº 01/09 que dispõe sobre a utilização do nome

social a ser utilizado pelos (as) travestis e transexuais, nos estabelecimentos de

ensino.

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23

O mundo atual exige que os cidadãos sejam conhecedores de sua história e cultura,

e a comunidade escolar tem tratado destas questões orientadas pela Lei nº

13381/01 para abordar a História do Paraná; Lei nº 11769/08 para a Música e ainda

preocupar-se com as questões ambientais tão discutidas na atualidade, através da

Lei 9795/99 e decreto 4201/02.

Pela divulgação e fácil acesso de informações, a Comunidade Escolar tem se

preocupado com a prevenção ao uso indevido de drogas, bem como a questão da

sexualidade humana, que hoje se torna tarefa quase que exclusiva da escola, pois a

maioria dos pais trabalha e não tem tempo de acompanhar seus filhos.

A educação fiscal e tributária será tratada visando à formação de futuros cidadãos

consciente do seu dever no cumprimento das obrigações e do seu direito ao

exercício da cidadania mediante ao recolhimento e destinação correta dos recursos

tributários pertinentes ao Estado conforme Decreto nº 1143/99, portaria nº 413/02.

Entendemos que a cada dia, as sociedades estão em contínuo fluxo, produzindo a

cada geração novas idéias, estilos, identidades, valores e práticas sociais. A escola,

por estar inserida no ambiente social, deve estar atualizada e pronta para trabalhar

com os possíveis impasses que esse movimento possa trazer para seu interior,

mantendo-se livre de qualquer forma de preconceito e discriminação.

1.9 Princípios norteadores da educação

Os princípios norteadores da educação são entendidos pelo Colégio Estadual a

partir dos pressupostos que buscam construir uma escola democrática, pública e

gratuita. Nesse sentido, a educação somente se constitui quando a escola,

construindo sua autonomia efetiva, busca continuamente nortear suas ações, a partir

da descentralização de poder e na tomada coletiva de decisões, visando à

instalação de um processo coletivo de avaliação do processo educativo.

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É importante assinalar que para isto entende-se a educação nacional a partir dos

parâmetros legais como a Constituição Federal de 1988, onde o artigo 206 afirma

que o ensino deverá ser ministrado nos seguintes princípios:

I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público e provas de títulos; VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade.

Considerando que a educação tem dentre seus objetivos principais o ato de produzir

e socializar o conhecimento para que o educando possa compreender a realidade

socioeconômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do processo de

construção da sociedade, faz-se necessário enfatizar a concepção de educação

explícita na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, a qual afirma

que:

Art.2 º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Entende-se então que a os princípios norteadores da educação no Colégio Estadual resumem-se no ato de construir uma educação pública, gratuita e de qualidade a todos os educandos que dela necessitarem, objetivando uma formação que focalize a formação enquanto pessoa, cidadão e profissional capaz de participar e transformar a realidade a qual faz parte.

1.9.1 Perfil da comunidade escolar

O Colégio Estadual de Campo Mourão atende um público bastante diversificado

oriundos da zona urbana tanto da área central como dos bairros e ainda alunos

vindos da zona rural.

Os alunos são filhos de pais que trabalham no comércio, educação, agricultura

familiar, profissionais autônomos entre outros. A maioria dos alunos mora com pai e

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mãe cuja escolaridade, hoje é do Ensino Médio. Morando em bairros, em casas com

saneamento básico e o número de pessoas, por família, é de aproximadamente 4

pessoas. A religião predominante é a Católica, seguida da Evangélica. Pelo fato de

trabalharem fora apresentam dificuldade para acompanhar a vida escolar dos filhos.

1.9.2 Avaliações externas da escola

De acordo com dados do Inep a educação do Colégio Estadual de Campo Mourão

apresentou, em 2009, um Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de

3,3. Este índice é considerado baixo tendo em vista que a média nacional é de 4,0.

De acordo com apontamentos feitos pela avaliação do Inep este índice deve-se ao

alto percentual apresentado pela escola em relação à evasão escolar e a repetência.

Portanto a equipe de gestores da escola juntamente com a comunidade escolar tem

dispensado esforços assumindo o compromisso com a melhoria na qualidade da

educação e a redução da repetência e evasão escolar.

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2 ATO SITUACIONAL

2.1 Papel da escola na realidade brasileira

Diante das constantes mudanças ocorridas na sociedade é pertinente refletirmos

sobre a organização do espaço escolar, para que este atenda as expectativas da

população, e que prepare pessoas crítico-reflexivas para atuarem na sociedade que

tanto visa às inovações do capitalismo (neoliberal). Sabemos que tais inovações

consequentemente modificam as relações entre as pessoas, tornando-as mais

estimuladas a competir entre si mesmas, portanto, faz-se necessário a preocupação

voltada para o desenvolvimento humano, que propicie aos educandos uma reflexão

sobre o seu papel enquanto cidadãos de uma nova época, para que possam exercer

sua cidadania dentro e fora do espaço escolar.

No intuito de instrumentalizar pessoas para viverem dignamente na sociedade, a

educação pública brasileira, nos últimos anos, vem ganhando destaque, pois,

embora ainda de forma lenta, tem havido discussões buscando melhorias na

qualidade da educação. Somente com a realização de tais melhorias é possível

pensar um indivíduo preparado para atuar na real situação social. Desta forma, os

avanços dos últimos anos levaram à implementação de políticas públicas voltadas

para a educação, e que atualmente ainda tem propiciado a formação continuada dos

profissionais da educação, o incentivo para aquisição de materiais e equipamentos

pedagógicos, recursos para produção científica, bem como a realização de uma

conferencia a nível nacional buscando implantar diretrizes para obtenção de um

padrão de qualidade na educação do país, acesso ao ingresso do jovem no Ensino

Superior entre outras.

Apesar desses incentivos a escola brasileira ainda encontra muitos obstáculos a

serem superados. São interferências sociais, econômicas, políticas e culturais que

influenciam o cotidiano escolar. No entanto, o espaço educativo busca a cada dia

realizar o ensino-aprendizagem de qualidade, e por meio da gestão democrática,

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esse objetivo vai sendo conquistado diariamente. Por esse motivo, o colégio

Estadual de Campo Mourão compartilha com toda a comunidade escolar a luta por

uma educação de qualidade tomando-a como responsabilidade de todos.

2.2 Modalidades que o Colégio oferece

2.2.1 Ensino Fundamental

Nesta modalidade de ensino, o Colégio Estadual tem como proposta uma educação

que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo, social, ético e estético,

tendo em vista uma formação ampla dos educandos. O objetivo é formar cidadãos

críticos, reflexivos e atuantes que questionem e consequentemente, transformem a

realidade a qual fazem parte.

Diante do que propõe a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, o ensino fundamental

deve desenvolver o pleno domínio da leitura, escrita e cálculo; formar para a

compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

artes e dos valores que fundamentam a sociedade; levar o educando a aquisição de

atitudes e valores como os vínculos familiares, a solidariedade humana e os laços

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

É com base nestes princípios que o colégio conta com as salas de apoio que

sustentam a aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, a Sala de Recursos

que realiza o trabalho de ampliar/estimular o desenvolvimento dos educandos que

precisam de apoio especial para a aprendizagem, e ainda os programas voltados a

valorização do ser humano e compreensão da sociedade objetivando que o

educando questione e reflita sobre sua ação enquanto sujeito transformador no

mundo.

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2.2.2 Ensino Médio

O Colégio Estadual de Campo Mourão EFMPN, através do Decreto Nº. 19.886,

oferece a população Mourãoense desde 04/11/1965 o Ensino Médio que ao longo

do tempo, passou por várias reformas e recebeu nomes diferentes tais como:

Científico, Propedêutico, Educação Geral e hoje Ensino Médio.

Nesta modalidade de ensino, o colégio tem metas de crescimento humano nas

relações interpessoais; a apropriação do conhecimento científico e sócio histórico

articulado com o mundo do trabalho, tendo como referência a realidade do aluno que

lhe amplie a visão de mundo, dando-lhe condições para a interpretação dos fatos

sociais e interpessoais, promovendo-o a cidadão.

2.2.3 Técnico em Administração Integrado e Subsequente

O Curso Técnico em Administração Integrado Res. 88405 parecer 0060/2006,

Subsequente Res. 624/06 parecer 0048/2006 apresentam ambos o objetivo formar

profissionais voltados para concepção, gestão e desenvolvimento de atividades

administrativas. O foco destes cursos é capacitar no âmbito pessoal e profissional

para atenderem de forma integral às necessidades de trabalho do ser humano.

O Profissional Técnico em Administração deve dominar conteúdos e processos

relevantes do conhecimento científico, tecnológico, social e cultural utilizando suas

diferentes linguagens, o que lhe confere autonomia intelectual e moral para

acompanhar as mudanças, de forma a intervir no mundo do trabalho orientado por

valores éticos que dão suporte a convivência democrática. Busca desenvolver a

competência profissional para auxiliar em ações de planejamento, organização,

direção, controle e tomada de decisões, em todas as áreas organizacionais, tanto

públicas quanto privadas.

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2.2.4 Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos iniciais do

Ensino Fundamental, em nível Médio, na Modalidade Normal

O Curso de Formação de Docentes, teve inicio em fevereiro de 2006, por meio da

Res. 4229/06, modificando nomenclatura para Normal com a Res. 268/07. Iniciou

com uma turma, funcionando no período da manhã, assegurando o domínio da

teoria e prática como fontes indissociáveis no efetivo exercício da docência. A

duração do curso é de quatro anos com formação assegurada para atender as

crianças da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.

Os profissionais que irão atuar com a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino

Fundamental deverão dominar os princípios científicos – tecnológicos e

metodológicos que presidem a formação moderna, os conhecimentos específicos,

de modo a garantir uma educação de qualidade e ainda ser um profissional

articulador de conhecimentos pelo processo de interação entre os sujeitos da

aprendizagem na perspectiva de uma prática consciente e transformadora.

2.2.5 Curso CELEM - Espanhol

Este curso busca, entre outros, demonstrar que a Língua Espanhola é

extremamente importante devido as relações culturais e também as que envolvem o

Mercosul. O Curso CELEM - Língua Espanhola atende não só os alunos

matriculados, como também a comunidade em geral, oportunizando a participação

dos estudantes da escola pública.

2.2.6 Curso Profuncionário

O curso Profuncionário é um programa implantado pelo MEC com objetivo de

oferecer aos funcionários das escolas públicas estaduais qualificação profissional

através de cursos com habilitação técnica em nível médio nas seguintes

habilitações: Alimentação Escolar; Multimeios Didáticos, Secretaria Escolar e

Infraestrutura Escolar.

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30

O Colégio Estadual oferece atualmente uma turma para cada programa, com 30

alunos cada. Estes cursos são ministrados por professoras pedagogas de campo

Mourão e região. O curso tem uma carga horária de 1260 horas, sendo 960 horas

teóricas e 300 horas de prática profissional supervisionada.

2.2.7 Curso de Qualificação Profissional para o Adolescente Aprendiz

O programa de qualificação Profissional para o adolescente aprendiz é destinado à

adolescentes que estão cumprindo medidas sócio educativas ou são beneficiados

com a remissão, sendo desenvolvido neste Colégio aos sábados das 08:30 h às

12:00 h.

Seu objetivo é atender adolescentes que se encontram em situação de risco e,

portanto, à margem da sociedade produtiva, em sua grande maioria não possuem

condições para poder reverter o processo de exclusão social a que são submetidos.

O trabalho como aprendizado na vida desses jovens, portanto, ganha relevância

como primeira possibilidade de inserção formal no mundo do trabalho. Durante o

curso estes jovens são inseridos em Instituições Estatais, contratados como

aprendizes.

Fazem parte dos conteúdos estudados: Noções Básicas de Informática; Direitos e

Deveres; Matemática Básica; Leitura e Interpretação de Texto; Introdução a

Administração; Noções Básicas de Legislação Trabalhistas; Relações Humanas no

Trabalho; Atividade de Recepção e Secretariado; Noções de Recursos Humanos;

Saúde do Trabalho; Ética e Cidadania.

Este programa só existe em 12 municípios do Estado do Paraná, e em Campo

Mourão acontece no Colégio Estadual, pois este cumpre com seu papel, abrindo as

portas à comunidade, realizando parcerias e ações integradas entre a SEED/DET,

SET/IASP (órgãos do governo).

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2.2.8 Sala de Recursos

A Sala de Recursos é um serviço de apoio especializado da Educação Especial, que

tem por objetivo atender educandos do 6ª ao 9ª ano do Ensino Fundamental, cujo

desenvolvimento requer atendimento complementar diferenciado, de forma a

subsidiar com métodos, atividades diversificadas e extracurriculares os conteúdos

defasados no processo ensino aprendizagem.

A Sala de Recursos é parte integrante da escola e segue as mesmas normas e

diretrizes administrativas do estabelecimento. O atendimento em Sala de Recursos é

realizado por professor especializado, sendo este individual ou em grupo de no

máximo 10 alunos, de acordo com a faixa etária, com o programa a ser desenvolvido

e nível de escolaridade, sendo este, em período contrário ao que está matriculado

no Ensino Regular, não ultrapassando duas horas diárias.

O educando frequenta a Sala de Recursos o tempo necessário para desenvolver

suas necessidades individuais defasadas, e seu desligamento se dá por meio de

relatório escrito e elaborado em conjunto pelos professores de Classe Comum e de

Sala de Recursos.

2.2.9 Sala de Apoio Língua Portuguesa e Matemática

É uma modalidade que dá suporte aos alunos do 6º e 9º ano que apresentam

dificuldades nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. As aulas são

realizadas no contra turno, são diferenciadas principalmente pelas metodologias

variadas voltadas a superação das dificuldades que os estudantes apresentam

nessas disciplinas.

2.2.10 Reflexão teórico–prática

Diante da sociedade que se apresenta na atualidade, organizada com marcos de

contradição entre capital e trabalho, a função da escola pública se manifesta

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32

primordial e libertadora diante das injustiças sociais, da exclusão, e da

desagregação de valores. Acirram-se as exigências quanto a competência pessoal e

profissional, cabendo as escolas buscarem atender a estas necessidades diante do

contexto contemporâneo.

Como desafio a escola pública busca efetivamente dar conta de garantir o acesso, a

permanência e a promoção dos alunos que a ela são destinados. Entretanto muitas

são as dificuldades enfrentadas para essa simples missão. Dentre tais dificuldades

pode-se referir as condições sócio-econômicas deficitárias dos alunos, suas

diferenças culturais, étnicas, raciais, assim como o conflito de valores e atitudes que

a escola muitas vezes enfrenta e deve saber administrar de forma democrática e

justa.

Há que se reportar também a uma dificuldade específica que é a rotatividade de

alguns professores devido a licenças médicas ou licenças especiais. Essa

particularidade tem causado de certa forma prejuízos ao processo ensino-

aprendizagem. Com o excesso de substituições no decorrer do ano, torna-se mais

difícil contar com um grupo de professores que incorpore efetivamente a proposta

pedagógica da escola.

A participação dos pais em atividades e reuniões promovidas pela escola, a cada

ano torna-se mais desafiadora. Os pais, devido sua limitação de tempo e muitas

vezes pouca tolerância para lidar com seus filhos principalmente no que se refere à

questão dos limites, acabam muitas vezes delegando o papel de “educar”

inteiramente a escola. E é claro, se este é um dos desafios contemporâneos da

educação a escola deve se organizar diante deste contexto.

O que é pertinente afirmar é que o papel da educação é dar ao ser humano o

acesso aos bens construídos no decorrer da história. Isto quer dizer que o homem é

um ser histórico, que aponta para a liberdade, para a cultura e para a realização

como sujeito histórico. Nas palavras de Paro (2006, p13) [...] O educando se

transforma em sua personalidade viva, se faz humano histórico na medida em que

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se apropria da cultura. Ele se diferencia de um simples animal na medida em que se

apropria da cultura, em que se educa.

Uma proposta pedagógica que contemple o educando como ser humano, social e

histórico, deve ter uma proposta curricular que na mesma proporção valorize a

cultura, a diversidade, e a ciência moderna. Para isto podem-se efetivar atividades

pedagógicas específicas que contemplem as diversas temáticas. Pode-se citar a

realização de trabalhos voltados ao respeito com o meio ambiente, em específico a

Agenda 21, consolidada por meio de propostas de parceria entre professores e

alunos. A transmissão de conhecimentos sobre a Educação Fiscal em atividades

extra classe contribuem para a diferença entre o cidadão passivo e o que participa

que luta por seus direitos após cumprir seus deveres, um cidadão politicamente

preparado para entender as mudanças que ocorrem em nosso país.

Por meio de uma gestão democrática a escola deve essencialmente realizar um

trabalho que envolva todos os membros pertencentes a comunidade escolar na

busca de formar pessoas para a transformação que se deseja, e esse ideal somente

se concretiza se houver a superação de todas as condições de exclusão, de

discriminação e preconceito. O compromisso escolar somente se efetiva ao se

inserir no contexto os diversos aspectos da inclusão, da diversidade, e da cultura.

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3 ATO CONCEITUAL

3.1 Concepção de Mundo

Vivemos numa sociedade globalizada, num contexto de grandes descobertas e

avanços nas áreas científicas e tecnológicas, de outro lado, a área social, o respeito

à vida e à natureza, os valores éticos e morais estão ainda em constante

construção. O ser humano existente hoje, muitas vezes comporta-se de maneira

passiva e submissa, deixando-se alienar pela ideologia da mídia, acaba muitas

vezes acomodando-se e desistindo dos seus sonhos. Por outro lado temos um

sistema econômico e político pautados num ideário neoliberal, o qual explora e

determina impondo diminuição do Estado no que se refere aos direitos do cidadão.

Acreditamos que a educação seja uma das maneiras de reverter este quadro.

Queremos uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham sua dignidade

respeitada e que seus direitos sejam concedidos como determina a constituição.

Queremos que o homem desperte para sua importância na sociedade como um ser

que seja capaz de interagir no mundo onde vive. Que possa ousar, buscar, construir,

modificar. Homens sensíveis e solidários às necessidades do seu próximo e que

possam ser construtores de sua própria história. Para que isso ocorra é preciso que

todos sejam defensores de uma educação voltada para o “ser humano”, a qual seja

efetivamente dinâmica, crítica, libertadora, que resgate valores esquecidos no tempo

e principalmente saiba respeitar e valorizar a diversidade cultural, bem como, atenda

nesses mesmos princípios a todos os alunos portadores de necessidades especiais,

para que realmente a inclusão aconteça. A escola deve trabalhar numa perspectiva

de escola democrática e gratuita, pois, é responsável pela forma da classe

trabalhadora da sociedade. Deve ser atendida pelas autoridades competentes nas

suas reivindicações como o suporte administrativo e pedagógico, para que a

educação seja de qualidade.

3.2 Concepção de Sociedade

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das

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contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica. Segundo

Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar às

aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da

sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis

históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente. É possível perceber

que nos dias atuais a sociedade mostra-se com desigualdades sociais, políticas e

econômicas que mantém estrutura do sistema neoliberal, que impede a igualdade do

ser humano na sua amplitude. Especificamente nesta sociedade capitalista a

tendência é tornar o saber produzido histórica e socialmente propriedade exclusiva

da classe dominante. Desta forma o trabalhador adquire algum tipo de conhecimento

para poder produzir, mas não o suficiente para transformar a sociedade.

De acordo com Saviani, para tanto é preciso considerar que:

A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. (Saviani, 1997, p. 91)

A sociedade é o resultado de um processo histórico construído pelas pessoas, a

partir de ações que contribuem para o pleno desenvolvimento do cidadão,

possibilitando conhecimento da sua realidade, e a busca por oportunidades de

participação e efetivação dos indivíduos que a compõe. Desta forma, faz-se

necessário proporcionar atitudes que combatam o individualismo, e que tragam no

seu bojo atitudes da valorização do SER e não do TER.

Portanto é preciso conceber uma sociedade em que todos tenham direito adquirido

quanto à educação, saúde, lazer, segurança, trabalho, moradia, etc. Constituindo

desta forma a efetivação dos direitos e deveres de maneira democrática, justa e

igualitária.

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3.3 Concepção de Ser Humano

O Ser Humano deve ser atendido em toda a sua dimensão e deve dispor de

recursos que satisfaçam as suas necessidades, para que analise, compreenda e

intervenha na realidade, buscando transformá-la para o bem comum.

[...] isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar, é preciso aprender, o que implica o trabalho educativo. (Saviani, 1997, p.11).

Partindo do pressuposto de que o indivíduo é um ser histórico, pode este escrever a

sua história de maneira crítica e construtiva, traçando metas e buscando alcançá-

las. Ter consciência do desenvolvimento, buscando-o com consciência crítica

reflexiva, participativa e transformadora. É necessário para tanto o domínio do

conhecimento, o respeito mútuo, a aceitação das diferenças, para a conquista da

sua autonomia como Ser Humano e antes de tudo, um ser de vontade, e que se

pronuncia sobre sua realidade.

3.4 Concepção de Criança

Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. A Criança é um

ser completo, com suas próprias características, Rosseau descreve que a criança

tem um modo singular de entender e de ver o mundo. Deve ser entendida dentro do

seu estágio de vida. Assim, a escola não complementa ou molda a criança, mas sim

proporciona condições para que se desenvolva plenamente. É um conceito variável

e que se estabelece nas dimensões psicológica, social e afetiva. Segundo VygotsKy,

“o meio em que a criança se desenvolve é fator determinante para a construção do

ser”.

A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo -

segundo ano de vida de uma pessoa, e também é um período onde o ser humano

desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento

da pessoa e na aquisição das bases de sua personalidade.

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O período da infância, portanto é a fase que vai alicerçar a estrutura de homem que

no futuro teremos. Este alicerce começa na família e perpassa pela Escola. Segundo

Henri Wallon, o emocional, cognitivo e sensório motor da criança devem estar em

perfeito equilíbrio e desenvolvimento em todos os momentos de sua vida, ou pelo

menos na maioria deles. “O desenvolvimento da inteligência está ligado ao

desenvolvimento de sua personalidade” Wallon.

A Criança estará nesse período de tantas transformações, dentro da Escola, nos

cabe oportunizar nesse momento que se desenvolvam da melhor maneira possível,

favorecendo as crianças um ambiente acolhedor, que seja exemplo de um convívio

de respeito entre as pessoas diante de um mundo com tantas diversidades, ensino

de ética e moral, porém não esquecendo dos conteúdos sistematizados, que a

Escola é responsável. Todo esse conteúdo sendo trabalhado com a criança de

maneira contextualizada, fazendo-o perceber como sujeito histórico, responsável

pelos seus próprios atos, capaz de transformar o meio em que vive, podendo

melhorá-lo com seus pequenos gestos a cada dia.

3.5 Concepção de Educação

A escola deve conceber a educação como processo para o desenvolvimento integral

do ser humano, sendo este instrumento gerador das transformações sociais. Deve

ser base para a aquisição da autonomia, fator de progresso econômico, político e

social.O elemento essencial para integração do sentimento e da consciência de

cidadania. Valorizar as origens do educando, suas experiências na família e na

comunidade onde vive. A efetivação da educação possibilita assim ao educando

perceber-se como agente transformador numa atitude de liberdade, visão crítica e

humanitária. “(...) A educação, portanto, não transforma de modo direto e imediato e

sim de modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre os sujeitos da prática”. (Saviani,

1995, p.85). A educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a finalidade de

formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade, visando

ao bem estar do ser humano, no plano pessoal e coletivo. Para tanto, este processo

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deve desenvolver a criatividade, o espírito crítico, a capacidade de análise e síntese,

e se dará por meio de uma educação intencional, com objetivos claros visando

construir uma sociedade justa e responsável. O processo educacional deve

oportunizar aos educandos um conhecimento científico e cultural, visando uma

formação consciente dos direitos e deveres no preparo da vida em sociedade,

capacitando-os a interagir com o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada.

3.6 Concepção de Escola

A escola é considerada por todos um espaço privilegiado de ensino e aprendizagem,

lugar de efetivar o conhecimento sistematizado, oportunizando o espaço físico

adequado e contribuindo para que aconteça um ensino de forma prazerosa e

dinâmica, com possibilidade de crescimento humano nas relações interpessoais. A

escola, por ser um espaço educativo, concebe a educação como uma construção

coletiva, participativa, democrática e universal, que forme cidadãos críticos e

reflexivos, capazes de contribuir para a transformação da sociedade.

[...] a escola tem uma função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar. (Saviani, 1997, p.114).

A escola deve objetivar a qualidade do ensino, ser espaço de formação cultural,

tecnológica e científica, efetivando-se enquanto parte do conhecimento elaborado e

sistematizado, instaurando-se como formadora de pessoas capazes de atuar na

construção histórica da sociedade em que estão inseridos. A escola deve ser um

espaço democrático de formação continuada e desenvolvimento integral do ser

humano, formando sujeitos históricos e sociais que precisam estar em constante

processo de reflexão de sua práxis, de crescimento emocional e cognitivo.

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3.7 Gestão Democrática

A gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e

abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras. Ela visa romper

com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre a

teoria e a prática. Entre os princípios que devem nortear a educação, a Constituição

de 1988, em seu artigo 206, assumidos no artigo 3º da Lei N.º 9394 / 96 ( LDBEN )

consta, explicitamente, a “gestão democrática do ensino público, na forma desta lei

e da legislação dos sistemas de ensino” ( inciso VIII do art. 3º da LDB ). É

necessário que a escola garanta a qualidade, o acesso e a permanência de forma

gratuita para todos os alunos, independente da ideologia, cor, etnia, religião ou

grupo social, e para os alunos com deficiência. Cabe a escola buscar condições

junto à Secretaria Estadual da Educação para que isso ocorra com a qualidade que

é garantida na Constituição Federal como: capacitação e valorização de

professores, adaptação de espaços físicos e prestação assistência técnico

financeira.

A gestão democrática é um princípio importante para que a escola seja um espaço

permanente de debate, diálogo e reflexão, buscando sempre a autonomia didática

pedagógica, administrativa e financeira, a liberdade de expressão, o acesso à

pesquisa, a arte e o saber. Que ela possa contribuir efetivamente para o processo

de construção de uma cidadania emancipadora e posicionamentos críticos que

possam combater a idéia burocrática da hierarquia. A gestão democrática é o

processo que rege o funcionamento da escola, compreendendo tomada de decisão

conjunta no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões

administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade

escolar. Como decorrência do princípio fundamental da democracia e colegialidade,

a gestão democrática terá como órgão máximo de direção, o Conselho Escolar. De

acordo com a LDB, a gestão deve ser democrática, autônoma e contar com a

participação efetiva dos instrumentos de ação colegiada que são: o Conselho

Escolar, o Conselho de Classe, o Grêmio Estudantil, os Representantes de turma e

a APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários sendo que todos têm suas

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funções regulamentadas em Estatuto próprio como previsto no Regimento Escolar

aprovado pelo Parecer n.º 002 / 2002 – NRE/ SEF. A organização,

redimensionamento e avaliação contínua dos mecanismos de gestão democrática

devem ser realizados pelo Conselho Escolar e APMF.

3.8 Formação Continuada

A formação continuada de professores tem seu amparo legal na LDBEN 9394/96

(estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional Brasileira), ao

regulamentar o que já determinava a Constituição Federal de 1988, instituindo a

inclusão, nos estatutos e planos de carreira do magistério público, do

aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive em serviço, na carga horária do

professor. Esses horários segundo a normativa legal são reservados para estudos,

planejamento e avaliação, com o intuito de propiciar uma formação fundamentada

na “intima associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em

serviço”. No Art.13º, inciso V se enuncia que os docentes incumbir-se-ão de

ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar,

integralmente, dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao

desenvolvimento profissional. A formação continuada como pratica realizada na

escola, tem como foco garantir a qualidade do ensino-aprendizagem, assim como

valorizar o trabalho exercido pelos profissionais da escola. Há oferta constante de

cursos de capacitação de responsabilidade da mantenedora SEED/PR e também da

escola em sua organização interna. O compromisso de participação passa a ser

então do profissional que busca atualizar-se constantemente para realizar seu

trabalho com mais qualidade, e é claro da escola como um todo, no sentido de

estimular a todos os profissionais para que estejam constantemente repensando,

avaliando e reconstruindo sua prática.

Ser educador é educar-se permanentemente, pois o processo educativo não se

fecha, é contínuo. Portanto, dar continuidade à formação dos docentes nas escolas,

seu local de trabalho, implica um permanente acompanhamento destes, para

complementar, mudar e/ou melhorar a formação já obtida e também para o

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aprofundamento de estudos da prática cotidiana do contexto real de desempenho

profissional, ou seja, a instituição escolar.

3.9 Currículo

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96, orienta para

um currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As

disposições sobre o currículo estão em três artigos da LDBEN. Numa primeira

referência mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-

se a competência da União para “estabelecer, em colaboração com os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil,

o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus

conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum” (Art. 9º, inciso

IV). Outras referências mais específicas estão no capítulo da Educação Básica,

quando se define que “os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma

base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características

regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. (Art. 26).

Para a Educação Profissional, o Art. 39 dispõe que: “a educação profissional,

integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,

conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva”.

Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os “conteúdos

curriculares da educação básica”, que envolvem: valores, direitos e deveres e

orientação para o trabalho. (Art. 27 parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º 5º). A LDBEN sugere

uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite a incorporação de

disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o contexto local. (Art. 28,

inciso I, II, III) O currículo da escola pública deve ter como meta o desenvolvimento

de uma prática pedagógica que articule os conteúdos ao processo educativo. Isto

vem facilitar aprendizagem do aluno empregando desta forma recursos didáticos

pedagógicos diferenciados inseridos no contexto social. O currículo deve ser

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construído coletivamente, visando à realidade para que cumpra com sua função

educacional, respeitando a identidade cultural e social do aluno, promovendo

também a participação do mesmo em projetos desenvolvidos pela escola como a

Agenda 21, Cultura Afro brasileira e indígena entre outros temas contemporâneos.

Na construção do currículo devem ser levadas em consideração as experiências que

os alunos trazem de sua vida particular, ou seja, o conhecimento informal para que a

escola a partir dele, possa trabalhar os conteúdos acadêmicos na sua totalidade de

conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, considerando suas

permanências e transformações. De acordo com as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica (2008, p. 20), o currículo deve oferecer aos estudantes a formação

necessária para o enfrentamento voltado à transformação da realidade social,

econômica e política do seu tempo. O currículo deve ser baseado nas dimensões

científica, artística e filosófica do conhecimento que possibilite um trabalho

pedagógico capaz de direcionar o educando para a totalidade do conhecimento, e

sua relação com o cotidiano.

3.10 Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Assim sendo, o conhecimento é construído através das

relações sociais mediadas pelo trabalho dos seres humanos. Esse conhecimento é

influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de ser humano,

ideologia, cultura e sociedade. Na sociedade capitalista o conhecimento é detido por

uma minoria dominante que utiliza a seu favor, mantendo uma sociedade de

classes. A escola cabe socializar e, possibilitar a apropriação deste conhecimento

pelos educandos, permitindo aos mesmos reconhecer e defender seus interesses.

Neste sentido, queremos para nossa escola, um conhecimento histórico, crítico e

sistematizado que possibilite a troca de experiências, e busque transformar a

realidade em que estamos inseridos. O conhecimento é percebido quando há

manifestações de mudança de atitude e comportamento, frente à situação vivida e a

prática social. Portanto, o conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-

ação simultaneamente, possibilita a transformação social de um povo.

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3.11 Ensino-Aprendizagem

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato de

ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a

humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.

(SAVIANI, 1995, p. 17). Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos

elementos culturais necessários a sua formação e a sua humanização. Para que o

ensino-aprendizagem possa acontecer, é necessário investir em ações que

potencializem a disponibilidade do aluno para a aprendizagem, o que se traduz, por

exemplo, no empenho em estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e

o que está sendo apreendido sistematicamente sobre ele na escola. Essa

disponibilidade exige ousadia para se buscar soluções e experimentar novos

caminhos visando transformar sua realidade, relacionando teoria à prática. Para

Vygotski (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação

mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” Os processos de

ensino-aprendizagem adquirem um enfoque social e chamam à discussão: o modo

como devem ser entendidas as relações entre desenvolvimento e aprendizagem, a

importância da relação na qual vivem nossos educados, relação esta entre cultura e

educação, o papel da ação educativa ajustada às situações de aprendizagem e às

características da atividade mental construída pelo educando em cada momento da

aprendizagem. Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade

entre o ensino e a aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético

de apropriação do conhecimento que possibilite compreender o real em suas

contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem histórico-cultural.

3.12 Cultura

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intensionalmente, os meio

de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura” (1992, p, 19). Toda a

organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias

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dimensões da ação humana, entre eles a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais,

especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los

à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola,

instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber

sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político

fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189). Analisando a realidade na qual

convivemos, consideramos que se faz necessário uma concepção de cultura que

identifique, conheça e vivencie o multiculturalismo, que vise à transformação do ser

humano, da sociedade e do mundo. Todo o conhecimento, na medida em que se

constitui num sistema de significação é cultural. Não existe uma cultura superior ou

inferior à outra, o que temos é uma diversidade cultural que precisa ser aceita

valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano.

3.13 Cidadania

Para alcançar o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,

participativa, formativa e crítica é necessário a concepção de uma cidadania plena e

consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas. A educação como

um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida como

a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo sua inserção na sociedade.

A atual realidade social e educacional de nosso país requer o enfrentamento e a

superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional

dos direitos sociais (dentre eles a educação) e a negação da prática desses direitos;

da ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-se o problema

da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento

elaborado; recolocar a questão do trabalho como atividade de produção/apropriação

de conhecimento não apenas como mera operação mecânica, em repensar a

relação escola/trabalho. Os indivíduos devem ter ciência da importância da pessoa

humana como um todo, assim como das instituições que contribuem para esse

processo. Cidadão que não aceite de forma passiva tudo o que é imposto pela

sociedade, mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do interior para o

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exterior, do individual para o coletivo. A cidadania requer uma atitude de

independência, que o indivíduo adquire quando passa a pensar sobre a realidade

em que se encontra. Nessa atividade do pensar, a

escola exerce um papel fundamental, bem como, todos os profissionais que nela se

encontram inserido.

3.14 Tecnologia

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9394/96 ao propor a formação

tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUENZER (2000), a

concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico,

determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os

conteúdos. O uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem

evoluindo vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições

à educação. Entretanto, para evitar ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é

fundamental conhecer as novas formas de aprender e de ensinar, bem como de

produzir, comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos,

que favoreçam a democracia e a integração social. Dessa forma, a tecnologia deve

ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto

educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades ou

para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o

aluno e o conhecimento em todas as áreas. É preciso implementar no Sistema

Educacional, uma pedagogia mediante a qual não apenas, se reforme o

ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem. Que a tecnologia seja o

material de apoio ao processo ensino-aprendizagem, cujo mediador seja o professor

e o aluno seja o aprendiz de um pensar novo que leve a descobertas do mundo a

sua volta, sendo um meio de estabelecer relações entre o conhecimento científico,

tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria e prática.

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3.15 Avaliação da Aprendizagem

Visando a dimensão formadora da avaliação, que tem como finalidade primordial a

aprendizagem ou ainda, a verificação dela, permitindo uma reflexão sobre a ação da

prática pedagógica no processo educativo, a avaliação assume uma postura como

instrumento de investigação capaz de acompanhar o desempenho do aluno,

diagnosticando e orientando práticas pedagógicas insuficientes, de modo a apontar

novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.

A finalidade da avaliação não deve estar centrada no registro de uma nota, mas

objetivando uma dimensão formadora uma vez que o fim desse processo é

aprendizagem ou a verificação dela permitindo assim que haja uma reflexão sobre a

ação da pratica pedagógica. De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008), os

processos avaliativos não devem apenas constatar o que o aluno aprendeu ou não,

fazendo com que se torne refém das constatações realizadas pelo professor. O

processo avaliativo deve visar à formação do sujeito que se apropria do

conhecimento para compreender as relações humanas, bem como suas

contradições e conflitos.

A ação pedagógica da sala de aula deve contribuir ativamente para essa formação,

proporcionando um movimento na direção da aprendizagem do educando, da

qualificação do educador e da escola. A avaliação converte-se em ferramenta

pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do educando e a

qualidade do ensino, assim ela deve ter compromisso com a educação democrática,

numa perspectiva de inclusão, a qual deverá necessariamente ser diversificada,

valorizando a individualidade de cada aluno. A legislação atual concede uma grande

importância à avaliação, assegurando que ela seja realizada de forma contínua,

formativa e processual sendo assim mais um elemento do processo ensino–

aprendizagem. É necessário articular o processo de avaliação com a finalidade do

objeto avaliado: contribuindo para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, a

avaliação converte-se em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a

aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. A avaliação deve ter compromisso

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com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão, a qual deverá

necessariamente ser diversificada, valorizando a individualidade de cada aluno.

3.16 Concepção de Trabalho

Na Ideologia Alemã, Max afirma que são os homens que fazem a história, embora

não a fazem como desejam, mas a fazem a partir das condições dadas

objetivamente. Marx oferece um modelo de se analisar a história, e tal modelo se

funda na relação de produção que os seres humanos historicamente constroem. Na

atualidade, predomina-se o modo privado dos meios de produção que denominamos

de capitalismo. Nesse modo de produção opõem-se duas classes distintas, de um

lado os proprietários dos meios de produção e de outro, os trabalhadores que só

possuem sua força de trabalho como meio de troca para manter sua própria

subsistência.

A ação humana de transformar a natureza e a partir desta construir bens de

consumo para satisfazer as necessidades que são determinadas historicamente é

que se chama trabalho. Nesse sentido, Marx nos ajuda a entender o trabalho sob

dois pontos: o trabalho determinado pelas relações de produção que sob o

capitalismo recebe a denominação de “emprego”, limitado pelo próprio modo de

produção, caracteriza a primeira noção de histórica de trabalho. Mas como por meio

do trabalho o indivíduo se constrói ao construir o mundo humano que ele próprio

habita, tem-se a segunda noção de trabalho: a noção ontológica do trabalho.

Ao afirmar o que o ser humano se constrói no processo do trabalho quer se dizer

que mesmo no sistema capitalista em que a força física e mental do trabalhador é

consumida para produzir mercadorias para serem trocadas por outras mercadorias

produzidas por outros trabalhadores, mesmo assim, na aparente desfiguração do

trabalhador, esse se constrói enquanto ser humano e projeta um mundo humano em

que o trabalho não o desfigurará, mas o libertará das amarras que o próprio sistema

lhe impõe.

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3.17 Concepção de Letramento

O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma tecnologia

inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios, quando,

inicialmente se usava desenhos e símbolos para representar a fala. O sistema

alfabético, constituído por sinais gráficos, era reproduzido em tabletes de barro,

pedra, papiro, pergaminho e papel com objetivo de representar os sons da fala.

A codificação dos sons em letras ou grafemas e a decodificação deles em sons

constituem um dos passaportes para e entrada no mundo da escrita. Essa

aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu

uso é chamada de alfabetização.

Para que aconteça o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da

escrita nas práticas sociais faz-se necessário o uso da tecnologia da escrita que se

chama letramento.

Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde

a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do educando. O

letramento designa práticas de leitura e escrita, sendo que a entrada da pessoa

neste mundo se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia envolvida no

aprendizado do ato de ler e escrever. Ou seja, para entrar nesse universo do

letramento, o indivíduo precisa apropriar-se do hábito de buscar um jornal para ler,

de frequentar revistarias, livrarias, e com esse convívio efetivo com a leitura,

apropriar-se do sistema de escrita.

É importante observar que o termo alfabetização, sempre entendido de uma forma

restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado, pois já não basta

aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da alfabetização

funcional. Portanto, os professores que trabalham com alfabetização devem

alfabetizar letrando, tomando cuidado de não fugir à especificidade do processo de

alfabetização que é ensinar a criança e ela aprender.

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4. ATO OPERACIONAL

4.1. A Escola que Queremos

A Educação é um fenômeno que ocorre intencionalmente, visando à formação de

indivíduos críticos, que se tornem atuantes transformando sociedade em que estão

inseridos. Desta forma, é preciso dar um novo significado a ação educativa,

direcionando o ato de ensinar para uma prática-reflexiva, onde todos os sujeitos

desse processo sejam reconhecidos como construtores do conhecimento e da

história que se faz a partir de suas atitudes.

Para que isso ocorra verifica-se a importância de se ter autonomia na gestão, assim

como na prática pedagógica dos docentes os quais devem assumir o compromisso

de promover intelectualmente seus alunos por meio da articulação do currículo,

utilizando-se de instrumentos e critérios específicos para efetivar a avaliação

diagnóstica, como forma de intervir no processo ensino aprendizagem.

A participação ativa dos pais e/ou responsáveis será parte fundamental desse

processo fazendo-se valer o direito da criança e do jovem a uma educação de

qualidade.

A prática educativa deverá favorecer a transformação da realidade por meio da

transmissão de conhecimentos, regras, valores sociais, respeito às diferenças

individuais e da participação ativa na busca da criação de espaço para efetivação da

expressão social.

4.2. O papel específico de cada segmento da comunidade escolar

Enquanto espaço originário da atuação dos educadores, a escola mantém uma

relação dialética com a sociedade: ela reproduz e transforma a sociedade e a

cultura. Os movimentos de reprodução e transformação são simultâneos. Os

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trabalhos dos educadores, que ocorrem na escola, também se apresentam dialéticos

e muitas vezes até complexos por reproduzir a dinâmica da sociedade.

4.2.1. A Equipe de Direção como articuladora

Ao Diretor cabe papel de articulador institucional, que lhe garante o direito de tomar

medidas para o bem estar de todos. Além do aspecto político e pedagógico do

processo, deve estar atento também ao aspecto legal. Faz-se necessário então, que

esteja consciente das relações que perpassam o cotidiano, e exerça o papel de

articular a organização da escola, sendo agente mediador entre escola e

comunidade.

A direção assume ações de natureza pedagógica e técnico-administrativa diante da

legislação escolar e das normas administrativas; dos recursos físicos, materiais e

didáticos, financeiros; das rotinas administrativas; da secretaria escolar; assim como

ações de natureza pedagógico-curricular que são as ações voltadas para a

formulação e gestão do Projeto Político Pedagógico, do currículo, do ensino, do

desenvolvimento profissional e da avaliação, ou seja, das ações que constituem a

atividade escolar.

(…) A direção da escola tem a atribuições pedagógicas e administrativas próprias, entre as mais importantes estão à organização, administração e gestão do processo de tomada de decisões por meio de práticas participativas e a execução das decisões tomadas. Em geral ele atua mais diretamente nos aspectos administrativos, delegando aos aspectos pedagógico-curriculares à coordenação pedagógica (ou outra designação equivalente do trabalho de pedagogo escolar). (Libâneo, 2004, p.270)

O Diretor do Colégio Estadual de Campo Mourão deverá direcionar a organização

do trabalho escolar, de forma criativa, democrática e participativa articulando as

ações e relações que envolvem toda a instituição e comunidade escolar.

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4.2.2. O Professor Pedagogo como mediador e coordenador da ação

pedagógica

O trabalho do pedagogo no cotidiano escolar tem como princípio básico o

compromisso de orientar e promover um ensino de qualidade para a comunidade

escolar.

A função do pedagogo é de assistir os alunos, professores, famílias e comunidade

envolvidas no processo de ensino e aprendizagem, propondo alternativas que visem

o desenvolvimento intelectual, a redução da evasão escolar e o acesso de todos à

escola, tornando-a igualitária e democrática.

Para que o pedagogo desempenhe sua função com qualidade é necessário que ele

tenha condições adequadas de trabalho, observando o número de alunos que o

pedagogo pode atender sem comprometer a qualidade do processo.

O trabalho pedagógico deverá ser realizado de forma coletiva, articulando as

atividades pedagógico-curriculares, no sentido de construção de uma prática

transformadora.

Cabe ao Pedagogo entre outras funções:

• Acompanhar o desenvolvimento do processo pedagógico da escola, primando

pela obtenção de resultados positivos em relação ao processo ensino e

aprendizagem, definindo e redefinindo objetivos e metas através de diagnostico

constante de resultados obtidos, estabelecendo novas estratégias a cada desafio ou

situação problema enfrentado.

• Auxiliar os professores no desenvolvimento de metodologias específicos de

sua matéria, orientando o ensino e aprendizagem;

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• Fornecer apoio na adoção de medidas pedagógicas diferenciadas e de

reforço nos domínios das didáticas específicas das disciplinas, e outras medidas

destinadas a melhorar as aprendizagens, de modo a prevenir a exclusão e a

promover a inclusão;

• Auxiliar os professores na análise e solução de problemas de disciplina,

conflitos e de outras situações problemáticas, sugerindo práticas que facilitem a

gestão da classe;

• Apoiar diretamente os alunos com dificuldades transitórias nas aprendizagens

instrumentais de leitura, escrita e cálculo, para além do tempo letivo de forma a que

mais rapidamente possam integrar-se ao nível da turma.

• Acompanhar e orientar os professores na elaboração da proposta

curriculares.

• Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando-os

para atendimento com profissional especializado.

• Participar no processo de integração escola, família e comunidade.

O trabalho do Pedagogo na escola torna-se extremamente importante, considerando

que este deve ser o mediador, o articulador do processo pedagógico, procurando

manter uma relação dialética entre os integrantes da comunidade Escolar.

4.2.3 Os Coordenadores de curso

O Coordenador de Curso possui a função pedagógica de mediar a construção de

uma equipe coesa, engajada na proposta de trabalho da instituição de ensino. O

coordenador irá exercer, no espaço da autonomia que lhe foi conferida, seu papel de

articulador e mobilizador da equipe, tendo sempre em vista o aperfeiçoamento do

fazer pedagógico na instituição.

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De acordo com a instrução 028/2010 da SUED, é função do Coordenador de Curso:

§ elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;

§ organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada

aluno;

§ manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio

na parte concedente;

§ explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de

estágio obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;

§ planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o

cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;

§ realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do

estágio estão de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso,

mediante relatório;

§ zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

§ orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;

§ orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de

realização do estágio;

§ solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;

§ realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de

funcionamento do estágio;

§ orientar previamente o estagiário quanto:

- às exigências da empresa;

- às normas de estágio;

- aos relatórios que fará durante o estágio;

- aos direitos e deveres do estagiário.

4.2.4 O Professor Enquanto Educador

O professor é responsável direto na mediação do conhecimento do aluno, ou seja,

da ação pedagógica propriamente dita. Deverá desenvolver procedimentos de

ensino que favoreçam a articulação entre os conteúdos curriculares e o seu uso

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cotidiano, garantindo a apropriação de conhecimento acadêmico necessário para o

mundo do trabalho.

Será imprescindível ao professor incentivar a reflexão para formar cidadãos

participativos e críticos que saibam utilizar as instituições democráticas. O professor

deve ser o fomentador de discussões mostrando ao grupo como administrar conflitos

e se posicionar tanto coletiva quanto individualmente.

A metodologia aplicada para a efetivação de uma prática responsável e eficiente

exige do professor uma busca contínua de repensar e avaliar o seu trabalho. Para

que sua prática pedagógica seja eficiente o professor deve ter o domínio dos

conteúdos, das metodologias de ensino, clareza dos objetivos propostos, formulação

do Plano de Trabalho Docente, domínio dos instrumentos e critérios de avaliação na

aprendizagem.

4.2.5 O aluno Conhecedor Crítico-Reflexivo

O aluno é sujeito para o qual todo o trabalho pedagógico se organiza. A escola deve

pautar seu trabalho educativo no sentido de desenvolver no educando o senso

crítico reflexivo, transformando seu conhecimento empírico em saber erudito, pois

somente o conhecimento liberta o homem da alienação tornando-o capaz de

alcançar a consciência plena de seu papel na relação entre seres humanos e estes

com a natureza.

Para consolidação do ensino e aprendizagem de qualidade é fundamental o

cumprimento de normas e regras construídas no coletivo elencadas no Regimento

Escolar.

O estudante como sujeito do processo de ensino e aprendizagem possibilitará ao

professor refletir e avaliar com freqüência seu plano de trabalho e redirecioná-lo se

necessário.

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Com isto, este aluno terá possibilidades de cultivar sonhos e ideais individuais e

coletivos, na construção de uma sociedade da qual ele é parte fundamental com

direitos e deveres.

4.2.6 O Funcionário Enquanto educador

Na organização do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de Campo

Mourão, contamos com a participação dos funcionários nas discussões realizadas

nas semanas pedagógicas, pois eles são integrantes e essenciais no contexto

escolar.

A gestão democrática possibilita aos funcionários serem agentes do processo

educativo nos diferentes tempos e espaços como nas reuniões pedagógicas,

conselho de classe e nas demais ações e decisões que envolvem o coletivo escolar.

Os momentos de estudos e reflexão têm possibilitado aos funcionários e demais

profissionais da educação o entendimento de que cada função é de suma

importância, e esta contribuirá para que a educação se efetive com amplitude.

4.3. Papel das Instâncias Colegiadas

4.3.1. Conselho Escolar

O Conselho Escolar, órgão colegiado que reúne representantes dos diferentes

setores da comunidade escolar e sociedade civil organizada, de natureza consultiva,

deliberativa, fiscal e avaliativa, tem a finalidade de promover a articulação entre os

vários segmentos organizados e os setores da escola, conforme Estatuto próprio.

Fazendo valer os princípios da gestão democrática participativa, a direção

convocará todas as instâncias colegiadas para reuniões periódicas ou sempre que

necessário a fim de deliberar sobre os desafios surgidos no cotidiano do colégio,

buscando norte para melhorar a qualidade da educação.

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4.3.2 Conselho de Classe

É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático –

pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino,

tendo por objetivo em reuniões periódicas chegar a um conhecimento mais

sistemático da turma e dos alunos individualmente.

Avaliar o processo ensino e aprendizagem na relação professor – aluno e os

procedimentos adequados a cada caso. O Conselho de Classe é formado pelo

Diretor, Professores Pedagogos, Coordenadores de Curso e todos os professores

que atuam numa mesma classe.

Diante dos principais objetivos do Conselho de Classe é importante citar:

• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino e aprendizagem,

proposto pelo plano curricular;

• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

evitando comparação de alunos entre si.

• Analisar os resultados da aprendizagem com a organização dos

conteúdos e o encaminhamento metodológico;

• Reconstruir a prática pedagógica redimensionando as ações com

direção a sanar as problemáticas levantadas e assim efetivar uma

prática pedagógica de mais qualidade.

O funcionamento do Conselho de Classe tem as suas atribuições determinadas no

Regimento Interno da Escola.

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No Colégio Estadual de Campo Mourão, o Conselho de Classe é precedido pelo pré-

conselho, onde a Equipe Pedagógica, juntamente aos professores fazem um

diagnóstico das situações de aprendizagem de cada turma, levantando os principais

problemas e as ações a serem trabalhadas no bimestre seguinte.

Após a realização do conselho de classe segue-se o pós-conselho que é o retorno

das discussões realizadas durante o conselho para os alunos e pais.

4.3.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF

A Associação de pais, Mestres e Funcionários é uma entidade de representação,

que reúne pais, professores e funcionários do estabelecimento, não tendo caráter

político, religioso, racial e nem fins lucrativos. Não sendo remunerados seus

dirigentes e conselheiros, tem por finalidade colaborar na assistência ao educando,

no aprimoramento do ensino e na integração família- escola - comunidade, mediante

ação integrada ao Conselho Escolar.

Os objetivos da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários):

• Desenvolver todas as funções previstas no estatuto, pelos diferentes

departamentos (esporte, cultura, meio ambiente etc.);

• Participar efetivamente da resolução dos problemas cotidianos;

• Administrar diretamente a cantina comercial do colégio;

• Promover reuniões de pais, visando uma maior integração e participação da

família na vida escolar, motivando - os e orientando - os através de palestras,

seminários, etc.

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A avaliação da APMF será realizada por meio de reuniões da Diretoria com a

Direção da escola onde serão analisados os resultados alcançados.

4.3.4 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é a organização representativa dos estudantes, regido por

estatuto próprio (em anexo) e dele poderão participar os alunos regularmente

matriculados no Ensino Fundamental, Médio e Profissional do Estabelecimento.

A principal finalidade do Grêmio é congregar o corpo discente, defendendo seus

interesses individuais ou coletivos e através de atividades culturais, literárias e

desportivas, promoverem a participação e cooperação entre os diversos segmentos

da comunidade escolar, sempre em defesa da democracia, da liberdade e da

promoção do ser humano.

4.4. Organização Pedagógica da Escola

4.4.1 Critérios para Organização do Calendário Escolar

O calendário escolar é construído em consonância com a LDBEN, obedecendo às

800 horas, distribuídas em 200 dias letivos, cabendo a Direção, Equipe Pedagógica

e corpo docente da escola direcionarem os dias de reuniões pedagógicas, conselhos

de classe, feriados municipais e demais datas a serem observadas no calendário

escolar.

4.4.2 Critérios para Organizações das turmas

A direção, a equipe pedagógica e corpo docente, juntamente a secretaria

coordenam a divisão/organização das turmas considerando: origem do aluno (anos

iniciais do Ensino Fundamental), faixa etária, ressalvas do conselho de classe,

número de retenções, educando de inclusão e demais especificidades e

individualidades de cada aluno.

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4.4.3 Práticas avaliativas

A avaliação deverá ser realizada ao longo de cada bimestre, utilizando - se de

atividades escritas e orais, tarefas e/ou trabalhos individuais e coletivos e outras

formas que se fizerem pertinentes e de aplicação possível, cumprindo sua finalidade

educativa de ser contínua, cumulativa e processual. Devendo o professor ofertar ao

aluno mais de uma oportunidade de aferição.

Os alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem poderão ser atendidos

de maneira individual pelo professor durante as aulas, e encaminhados para sala de

apoio (6 ª e 9ª anos do Ensino Fundamental) ou sala de recursos conforme a

necessidade.

O regime de progressão utilizado no Colégio esta em conformidade com o

Regimento Escolar. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas

expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgulas zero). A promoção será o

resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno com média anual igual

ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, aliada a apuração da sua

freqüência a qual deve ser no mínimo 75% do total de horas letivas.

4.4.4. Recuperação de Estudos e Paralela

Conforme a legislação atual LDB 9394/96, artigo 24, prevê: “obrigatoriedade de

estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos

de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em

seus regimentos”.

A Recuperação Paralela deve ser oferecida ao longo do ano ou por meio de

atividades extra-classe, diante de uma avaliação processual retomando os

conteúdos não apreendidos durante o processo. O professor poderá oferecer por

meio de trabalhos, pesquisas e atividades culturais, em período extra-classe, além

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das 800 horas aulas anuais, oportunizando ao aluno chegar ao nível de 100% de

aprendizagem.

Entretanto, faz-se necessário que o professor, ao perceber o aproveitamento

insatisfatório, procure reorientar a sua prática pedagógica traçando metas e ações

em parceria com a equipe pedagógica antes do término do bimestre, no sentido de

realmente realizar uma recuperação paralela efetiva.

4.4.5. Diretrizes para avaliação interna de rendimento escolar

A cada bimestre do ano letivo, é realizado o levantamento estatístico dos resultados

de aprendizagem. Sem a intenção de caracterizar o trabalho pedagógico da escola

como “gerencial” que somente foca resultados numéricos, mas sim no intuito de ter

mais um instrumento de avaliação do processo pedagógico da escola, assim como

do trabalho dos profissionais.

É de suma importância que a escola analise o rendimento escolar bimestralmente,

sendo este especificado por série e disciplina por meio de gráficos, tendo como

objetivo verificar quais os fatores mais relevantes que contribuíram de forma positiva

ou negativa ao resultado apresentado.

Os professores que alcançaram melhores resultados poderão socializar aos demais

as suas experiências pedagógicas e a forma como tem encaminhado sua

metodologia e avaliação, contribuindo assim na elaboração de novas estratégias.

Esta “auto-avaliação” é imprescindível, pois ela exige dos profissionais da escola

olhar os resultados, refletir, rever sua prática, reconstruindo desta forma uma nova

prática escolar.

4.4.6 Espaço e tempo escolar e organização da hora atividade

O ambiente deve ser adequado ao bom desenvolvimento das atividades do

professor, ou seja, um lugar tranqüilo onde não haja ruídos e movimentações de

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pessoas estranhas. Neste ambiente deve ser disponibilizados equipamentos para

uso exclusivo do docente (computadores, aparelhos de TV, DVD, CD, etc).

A hora atividade é destinada à organização do trabalho pedagógicos do professor,

bem como o seu aperfeiçoamento intelectual. É necessário também que a hora

atividade seja organizada de modo que, professores de áreas afins possam se

encontrar para troca de experiências. Além disso, seria interessante que as mesmas

fossem condensadas.

4.4.7 O uso das Tecnologias Educacionais

O uso de tecnologias na educação se tornou uma ferramenta relevante para o

processo de ensino e aprendizagem, visto que, pode-se considerar tecnologia, todo

instrumento ou equipamento criado para facilitar a vida do ser humano ou melhorar o

seu desempenho. Podemos citar então que lousa, giz, canetas e lápis foram

tecnologias criadas para ensinar e aprender melhor. A partir destas ao longo dos

anos criaram-se tecnologias variadas nas áreas de comunicação e ainda que,

inicialmente não tenham sido criadas com o objetivo específico de educar, foram

sendo absorvidas como ferramentas educativas.

Hoje as escolas podem fazer uso de computadores para utilização de editores de

textos, planilhas eletrônicas, programas que permitem desenhar, criar

apresentações de slides, utilizar-se de softwares educativos e Internet. Somam-se a

isso o uso de projetor de slides, televisão, vídeos e/ou DVDs, CDs, aparelhos de CD.

Todas essas ferramentas são importantes para melhoria do aproveitamento escolar,

depende do uso que a escola fizer delas. É necessário ter claro que o as tecnologias

devem estar inseridas no Plano de Trabalho Docente, visando o crescimento e

melhoria da aprendizagem por parte dos alunos.

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4.4.8 Estágio não obrigatório

No Colégio Estadual de Campo Mourão o Estágio não obrigatório para os

estudantes passou a vigorar de acordo com a Lei nº 11.788/08, de 25 de setembro

de 2008, revogando-se, as Leis anteriores sobre o Estágio.

A Lei nº 11.788/08, dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de

estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE estabelece normas para a organização

e a realização dos Estágios, e definem, também, obrigações da Instituição de Ensino

para com os estágios não obrigatórios.

No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do estagiário,

elaborado em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3º

desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida

que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:

“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de

ensino, deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;

II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de

Estágio;”.

A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado para

análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de

estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância

da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao

Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do

aluno, por meio de aditivos;”.

Desta forma o estágio não obrigatório é garantido como um direito do aluno maior de

dezesseis anos considerando que o Ensino Médio articula a formação cientifica e

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sócio-histórica à formação para o mundo do trabalho de forma a oportunizar a

produção cultural e material para todos.

Como princípio educativo, o conhecimento escolar oferece subsídios para que o

estudante conheça, discuta, questione e analise as relações trabalho, de produção,

de denominação e as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do mesmo.

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5. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO

5.1 Agenda 21

O Fórum da Agenda 21 promovido pela SEED no Paraná no ano de 2005 foi o

instrumento que faltava para darmos início à construção da nossa Agenda 21

Escolar que tem como compromisso até 2015, construir uma sociedade mais justa,

mais humana e com melhor qualidade de vida, trabalhando a Educação Ambiental

na escola.

5.2 Educação Fiscal

A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função

Socioeconômica do tributo voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e

valores, como o de percepção do tributo, necessário ao desenvolvimento econômico

e social. O tema Educação Fiscal será trabalhado em todas as disciplinas sempre

que o conteúdo permitir.

5.3 Cultura Afro-Brasileira e Africana

Com a aprovação da Lei 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares para a Educação

das Relações Étnico –Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro – Brasileira

e Africana, esses temas devem ser incorporados em nossa proposta pedagógica

curricular para serem trabalhados de maneira interdisciplinar por meio de conteúdos,

atitudes e valores. No início de cada ano letivo, ao fazer o planejamento por área, os

professores constarão temáticas em forma de conteúdos em suas respectivas

disciplinas.

5.4 Festival de Talentos

Nos últimos anos tem se realizado o Festival de Talentos, que já é uma tradição na

Escola. Dentre os principais objetivos, destacamos a oportunidade que o aluno tem

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de mostrar suas habilidades e criatividade no campo artístico, desenvolver a

interdisciplinaridade, a troca de experiências, promoverem a socialização da

comunidade escolar e a mudança de atitudes visando a formação do cidadão pleno.

5.6 Jogos Inter-classes

Os jogos são realizados nas dependências da escola com a participação de todos os

alunos nos jogos, na arbitragem, preenchimento de súmulas e tomada de decisões.

Os jogos possuem regulamento próprio e seguem normas internacionais.

O principal objetivo é a integração entre os alunos. A responsabilidade pelos jogos

será dos professores de Educação Física e do Grêmio Estudantil.

5.7 Mostra Científico-Cultural

Visa à exposição de trabalhos feitos pelos alunos no decorrer do ano letivo. São

trabalhos escritos, confeccionados e explicados pelos alunos com a intenção de

serem avaliados nas respectivas disciplinas. O objetivo principal é transformar a

teoria da sala de aula em prática e divulgar a criatividade junto à comunidade

escolar.

5.8 Rádio Estudantil

Objetivo da rádio estudantil é promover a socialização entre os alunos, ampliando o

universo conceitual e o vocabulário, aprimorando a comunicação dentro da escola

gerando desta forma enriquecimento global mútuo. É uma atividade coordenada

pelos membros do Grêmio Estudantil, equipe administrativa e equipe pedagógica da

escola. A interação e o lazer são focos do projeto assim como o exercício de

observar a mídia com senso mais reflexivo, sentindo-se cada membro parte de uma

comunidade escolar.

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5.9. Poesia é Show

Específico da disciplina de Língua Portuguesa, entretanto abre espaço para o

trabalho de outras disciplinas, tem por objetivo incentivar e valorizar a produção de

poesias dos alunos. Poesias são expostas em forma de varal no pátio do colégio no

sentido de enaltecer as criações e abrilhantar a arte da escrita enquanto produção

artística e apresentada a comunidade por meio de recitação.

5.10 Atividades complementares curriculares

O Colégio Estadual de Campo Mourão, tem como objetivo expandir as atividades

pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular. Este programa

está vinculado ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades

da formação do aluno e de sua realidade.

Por meio das atividades complementares curriculares os professores, alunos e

comunidade desenvolvem atividades pedagógicas vinculadas ao currículo em contra

turno viabilizando assim, a maior integração do aluno na escola em atividades do

seu interesse.

Para o ano de 2012 o Colégio Estadual de Campo Mourão oferece atividades de

complementação curricular por meio das seguintes atividades:

• As mídias como instrumento de apropriação e divulgação do conhecimento

crítico e cientifico;

• Reciclarte: A reciclagem transformada em arte.

Para o ano de 2012, o Colégio continuará desenvolvendo as atividades propostas no

projeto político pedagógico.

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5.11 PDE

O Colégio Estadual de Campo Mourão oportuniza que os educadores estejam em

contínua formação. Através do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE)

todos os anos um determinado número de professores se afasta das atividades

pedagógicas escolares para permanecer em formação continuada interagindo com

um conjunto de atividades definidas a partir das necessidades da Educação Básica,

buscando produzir melhorias na qualidade da educação e, ainda progressões na

carreira dos professores.

O PDE foi idealizado durante a elaboração do Plano de Carreira do Magistério, Lei

Complementar n. 103, de 15 de março de 2004. Este programa de estudos tem

duração de dois anos: no primeiro ano, o professor PDE se afasta de suas

atividades em 100% e, no segundo ano, retorna com 75% de sua carga horária

sendo que os 25% restante da carga horária é utilizada para implementação da

pesquisa produzida para professores e alunos do colégio e outras escolas que

estejam interessadas.

O Colégio Estadual apoia e participa ativamente dos projetos realizados pelos

professores durante o PDE e as atividades implementadas na escola são

posteriormente, socializadas com toda comunidade escolar na Mostra Cientifico e

Cultural do Colégio.

5.12 PDE ESCOLA

Para melhorar o índice de evasão e repetência o colégio Estadual de Campo

Mourão, aderiu em 2009 ao Programa de Desenvolvimento da Escola (PDE-escola).

O PDE é um programa do MEC voltado as escolas públicas que apresentaram nos

últimos anos o IDEB abaixo da média. Este programa oferece assistência técnica e

financeira visando melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.

Em 2010 o Colégio Estadual de Campo Mourão implementou a 1ª e a 2ª parcela do

programa adquirindo diversos materiais de custeio e capital e ainda organizou metas

a serem atingidas para melhorar o índice de evasão e repetência.

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Superar os Índices do IDEB é uma das metas do colégio Estadual para os próximos

anos e para isso o mesmo assume o compromisso de reduzir o percentual de

reprovação e evasão escolar canalizando esforços em busca de uma educação de

qualidade com o poio de toda comunidade escolar.

5.13. Princípios norteadores do Ensino de nove anos

O processo educacional deve oportunizar aos educando um conhecimento científico

e cultural, visando uma formação consciente dos direitos e deveres no preparo da

vida em sociedade, capacitando-os a interagir com o outro e com o meio ambiente

de forma equilibrada.

Conforme a Lei Federal nº. 9394/96, que instituí as Diretrizes Básicas da Educação

Nacional, as resoluções números 7/2010 - CNE/CEB, que fixa as Diretrizes

curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9(nove) anos, a instrução nº.

008/2011 - SUED/SEED que regulamenta a obrigatoriedade nas instituições de

ensino da rede pública estadual, a oferta simultânea do 6º ao 9º anos, o Colégio

Estadual de Campo Mourão, prevê que no ano de 2012, irá atender os alunos que

estão vindo da 4ª série ( anos iniciais) do ensino fundamental e que foram

conduzidos para o 6º ano por meio de aprovação automática.

A mudança na estrutura do Ensino Fundamental não deve se restringir ao que fazer

exclusivamente nos primeiros anos, pois este é o momento para repensar todo o

Ensino Fundamental, para sua implantação temos que ter a oportunidade de rever

currículos, conteúdos, práticas pedagógicas, concepção de alfabetização e

letramento,proposta de organização de tempo e espaço, articulação entre as

modalidades de ensino.

A criança inserida neste processo, precisa ser atendida em todos os objetivos legais

e pedagógicos estabelecidos para essa etapa de ensino, desta forma a escola

propõe como ações:

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• Prever para o ano letivo de 2012, a formação de turmas para o 6º ano com no

máximo 20 alunos e as turmas subseqüentes (7º, 8ºe 9º anos) seguiram a

legislação vigente;

• Encaminhar os alunos com dificuldade de aprendizagem à sala de apoio, e os

alunos com necessidades educacionais especiais à sala de recursos;

• Desenvolver um plano de formação continuada na escola aos profissionais de

educação, assegurando o atendimento dos objetivos do Ensino Fundamental

de nove anos, bem como as especificidades dos alunos;

• Proporcionar meios de adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais com

o espaço escolar e a organização do trabalho pedagógico.

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6. Plano de Ação do Colégio Estadual de Campo Mourão-EFMPN

Eixo Tópicos Discussão

Problemas levantados

Ações da escola

Cronograma Responsáveis

Gestão Democrátic

a

Família na escola

Falta de acompanhamento escolar

Palestras e reuniões bimestrais

Início de cada bimestre

Direção, equipe pedagógica e professores

Proposta Pedagógica Curricular

Critérios de avaliação e Metodologia

Efetivar os critérios estabelecidos na avaliação e diversificar metodologias

Discussões com os docentes nas horas atividades

No decorrer do ano letivo

Professores e equipe pedagógica

Formação Continuada

Semana pedagógica

Professores ausentes

Diversificar metodologias; Trabalhar com a realidade da escola

Semanas pedagógicas

Direção, equipe pedagógica, professores

Qualificação dos

espaços e equipament

os

Laboratório de informática

Melhorar ambiente

Ar condicionado

No decorrer do ano letivo

Direção

Atividades de

enriquecimento

curricular

Atividades

complemen

tares

curriculares

Frequência dos alunos e divulgação

Acompanhamento

No decorrer do ano letivo

Professores e equipe pedagógica

PDE-escola

Evasão escolar

Informar a escola assim que o aluno deixar de frequentar

No decorrer do ano letivo

Comunidade escolar

Cultura afro-brasileira e indígena

Equipe multidisciplinar

Elaborar plano de ação

Início do ano letivo

Equipe multidisciplinar

Mostra cientifico/cu

Maior envolvimen

Elaborar roteiro e

1º Bimestre e 3º bimestre

Comunidade escolar

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ltural to dos educadores

atrelar participação à avaliação semestral dos professores

Mostra de talentos

Participação da comunidade

.Melhorar divulgação

2º bimestre Direção e equipe pedagógica

Poesia é o show

Maior envolvimento de todos os professores da disciplina

atrelar participação à avaliação semestral dos professores

4º bimestre

Direção, equipe pedagógica e professores de língua portuguesa

Olimpíadas de língua portuguesa

Envolvimento de todos professores da disciplina

Implementar a proposta dentro do prazo previsto pelo MEC

Data fixada pelo concurso

Professores de língua portuguesa e equipe pedagógica

Inter-classe Envolvimento de todos os professores de Educação Física

atrelar participação à avaliação semestral dos professores

Final do 4º bimestre

Direção, equipe pedagógica, professores de Educação Física

.

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7. Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de Campo Mourão é um

documento que explicita a identidade e organiza o trabalho pedagógico da escola.

Ele deverá ser reconstruído sempre que necessário e vivenciado na prática cotidiana

por todos os envolvidos com o processo educativo do estabelecimento.

O acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico deverá ser realizado

em período semestral, considerando que durante o semestre o projeto será

vivenciado no contexto escolar, permitindo assim a percepção da sua efetivação.

As instâncias envolvidas serão as mesmas que participaram da elaboração coletiva

do Projeto Político Pedagógico, sendo estas responsáveis também pela sua

efetivação. As instâncias envolvidas são: o Conselho Escolar, a APMF e todos os

profissionais da educação, os quais compõem a comunidade escolar do Colégio

Estadual de Campo Mourão - EFMPN.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem na Escola: reelaborando conceitos e recriando a pratica. Salvador: Malabares Comunicação e eventos, 2003. LUCKESI, Martha Abrahão Saad. O Diretor de Escola Pública, um Articulador In: A Invenção da Escola a cada dia / Nilda Alves e Regina L. Garcia (orgs). Rio de Janeiro DP & PA, 2000, 231-248. MEC, Plano Nacional de Educação, Brasília, 2001.289 MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo: ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Paraná. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 30.a edição. Campinas, SP: Autores Associados, 1995. ______. Pedagogia histórico–crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 1997.

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ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO ESCOLAR PARA

ANÁLISE DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO COLEGIO ESTADUAL DE

CAMPO MOURÃO - EFMPN.

Aos vinte e três dias do mês de março de dois mil e onze, reuniram-se na sala da

direção os membros do Conselho Escolar e APMF para análise e aprovação do

Projeto Político Pedagógico, a ser implantado a partir do ano letivo de dois mil e

doze. Sob a presidência do diretor geral, professor Edson José Lasta, que fez a

abertura da reunião, em seguida passando a palavra a coordenadora da equipe de

elaboração, pedagoga Zélia Ricken Mattiello, que fez a apresentação para os

Membros do Conselho, do contido no projeto, nas suas diferentes áreas. Foram

pelos professores presentes e pela equipe responsável pela sistematização do

projeto, prestados os esclarecimentos solicitados. E não havendo por parte dos

presentes nenhuma sugestão de alteração e estando de acordo com as propostas,

foi pelo grupo aprovado o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de

Campo Mourão Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal . Ficando claro

que o projeto é um documento que contempla a identidade da escola e as ações a

serem desenvolvidas, sendo a qualquer tempo passível de mudanças, após as

avaliações que deverão ser contínuas. Nada mais a constar, eu Cláudia Uber

Rodrigues, secretaria ad hoc lavrei a presente, que vai por mim assinada e pelos

demais presentes.

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COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL.

Av. Guilherme de Paula Xavier, 795, Centro Fone (44) 525-1581 – e-mail [email protected]

CEP 87302-050 – Campo Mourão - Paraná

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Campo Mourão 2011

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APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A Proposta Pedagógica Curricular do colégio Estadual de Campo Mourão é um

documento construído pelos profissionais que atuam na Instituição e que traz

consigo um conceito de cidadania, de educação e cultura que se consolida por meio

dos conteúdos, encaminhamentos metodológicos e formas de avaliar que

direcionam o fazer pedagógico de cada disciplina.

Os conteúdos da Proposta Pedagógica Curricular devem ser tratados de forma

integrada, de modo que considere as diferentes idéias, opiniões e, sobretudo as

dimensões do conhecimento cientifico, artístico e filosófico, proporcionando ao

estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação

da realidade social, econômica e política do seu tempo, em favor de uma formação

humanista e tecnológica.

Esta proposta não é algo pronto e acabado, pois sabemos que as instituições

educacionais são espaços públicos, lugares de debate, de diálogo, fundadas na

reflexão coletiva. Daí a necessidade de registrarmos os sucessos e os insucessos

relacionados à execução desta, para que novas propostas possam emergir da nossa

vivência educacional e efetivar-se como instrumento norteador da ação pedagógica

dos educadores.

Esta Proposta está fundamentada na pedagogia histórica-crítica, tendo como

princípios a sociabilidade dos educandos, a interação social, a compreensão da

cultura e o acesso aos conhecimentos científicos historicamente acumulados pela

humanidade.