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COLÉGIO ESTADUAL CASTRO ALVES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MUNICÍPIO DE ENÉAS MARQUES – PR NÚCLEO DE FRANCISCO BELTRÃO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ENÉAS MARQUES, AGOSTO DE 2010 1

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · diferença, à singularidade, à transparência e à participação para reconstruir a ... Ensino de 1° Grau e o Colégio Estadual Castro Alves 7

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COLÉGIO ESTADUAL CASTRO ALVES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MUNICÍPIO DE ENÉAS MARQUES – PR

NÚCLEO DE FRANCISCO BELTRÃO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

ENÉAS MARQUES, AGOSTO DE 2010

1

SUMÁRIO

Apresentação..........................................................................03

Caracterização........................................................................05

Objetivos.................................................................................11

Marco Situacional...................................................................13

Marco Conceitual....................................................................19

Marco Operacional.................................................................26

Referências Bibliográficas....................................................48

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1. APRESENTAÇÃO

Com a promulgação da Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, elaborada de acordo com os princípios da Constituição

Federal, houve profundas mudanças para educação brasileira em todos os níveis

e dimensões. Está atrelada ao sistema educacional a possibilidade de liberdade,

autonomia, democracia e flexibilidade para fomentar a ação educativa no espaço

escolar. Com isso, as escolas têm a possibilidade de assumir a construção e

execução de sua intencionalidade educativa.

Para tanto, a elaboração do Projeto Político-Pedagógico deve ser reflexo

de uma gestão democrática, visto que deve ser construída coletivamente com a

participação efetiva de todos os componentes da comunidade escolar.

O Projeto Político-Pedagógico assume o papel vital para que o

andamento do processo de ensino e aprendizagem ocorra com qualidade

necessária à formação do educando, pois representa à escola um espiral de

expectativas para implementar e definir sua identidade e seu escopo na

construção da sociedade. “O Projeto Político-Pedagógico aponta um rumo, uma

direção, um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente”

( Veiga, 1998, p. 13).

Para que esse processo se efetive, faz-se necessário embasamento

teórico, definição de uma linha pedagógica e discussão sobre a intencionalidade

da escola na formação dos educandos, que encontram-se inseridos num contexto

de globalização e grandes transformações sociais, culturais e científicas. Somente

assim a escola garante a construção de sua identidade e exercício de seu direito à

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diferença, à singularidade, à transparência e à participação para reconstruir a

escola real, programando suas ações futuras a partir de sua realidade.

Tendo em vistas esta proposições, a direção, Equipe Pedagógica,

professores e funcionários iniciaram estudos nos dias 21, 22 e 23 de julho de

2005 sobre documentos enviados pela Secretaria de Estado de Educação. Estes

tratavam de legislação e encaminhamentos para elaboração do Projeto Político-

Pedagógico. Este encontro foi fundamental, pois reuniu toda a comunidade

escolar e todos em torno do mesmo objetivo, o processo educacional do Colégio

Castro Alves – Ensino Fundamental e Médio.

Consequentemente este gerou vários encontros com leituras, debates,

reflexões, análises e sínteses, principalmente para construir o ato conceitual, visto

que o embasamento teórico dos profissionais da educação fecha-se na maioria

dos casos à especificidade de sua função, deixando o global a cargo dos

pedagogos. Neste sentido percebemos um avanço significativo durante as

discussões, muitos trabalhadores da educação foram em busca de literatura que

embasava a metodologia Histórico - crítica defendida pela Secretaria Estadual de

Educação e pelos profissionais que acreditam na transformação social através da

educação.

Este Projeto Político - Pedagógico aponta para as possibilidades

anunciadas pelos pais, alunos, funcionários, professores, direção e Equipe

Pedagógica a ideia de movimento, categoria básica da concepção histórico-

crítica, concepção assumida pelo Colégio.

2. CARACTERIZAÇÃO

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A Escola precisa viabilizar a ação e reflexão como processo de

contribuição do conhecimento onde o aluno possa criar, inventar, operar, falar,

discutir, produzir e escrever, tornando cada ser um verdadeiro cidadão, engajado

na construção de um mundo melhor. Desta forma, a origem e a vida de cada

escola está ligada ao caráter de lutas sociais, projetos políticos, a modernização e

a legislação dos sistemas de ensino, pelas diferenças regionais e as organizações

sociais.

Para conhecermos a História do Colégio Estadual Castro Alves – Ensino

Fundamental e Médio, precisamos voltar ao ano de 1965, quando tudo começou

com a Construção do Grupo Escolar de Enéas Marques, pelo Governo da época,

Ney Amyntas de Barros Braga. O prédio, que inicialmente, era formado por 3 salas

de aula, uma secretaria e dependências, só veio a funcionar no ano de 1967. Nos

anos de 1965 a 1967, o prédio não foi utilizado por existir o Colégio Particular

denominado Educandário São José, supervisionado por Irmãs Religiosas que

atendiam a demanda escolar da época. Nos anos de 1967 a 1970, a direção do

Grupo Escolar de Enéas Marques ficou a cargo do Inspetor Auxiliar de Ensino do

Município, Boaventura Michels, e na seqüência Magda Prolo e Emília Malys

Martins. Nos anos seguintes, através de convênios entre FUNDEPAR e Prefeitura

Municipal de Enéas Marques, o prédio foi sendo ampliado, visando suprir, em

parte, as deficiências ao acolhimento dos educandos

O Grupo Escolar de Enéas Marques, mais tarde veio originar a Escola

Estadual Arnaldo Busato, que no ano de 1993 vem unir-se ao Colégio Estadual

Castro Alves.

Em 1968, com a necessidade de atender aos alunos que concluíam o curso

primário e almejavam dar continuidade aos estudos, a comunidade, as

autoridades civis e religiosas, tornam realidade a criação do Ginásio Cenecista

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Manoel Ribas, o qual funcionou em prédio construído pela comunidade.

Posteriormente a prefeitura municipal responsabilizou-se pela conservação do

mesmo, tendo como primeiro Diretor Edmundo Malys. Em 1971, por decreto

governamental n° 21.864/70 e portaria n° 16.171, O Ginásio Cenecista Manoel

Ribas passa a denominar-se Ginásio Estadual de Enéas Marques. Foram

diretores na sequencia: Santa Ana Herculano Cardoso, Maria Gesser Rholing,

Inês do Nascimento, Geni Lucila Miotto e Santa Ana Herculano Cardoso.

No ano de 1981 para homenagear o Deputado Arnaldo Busato, o Ginásio

Estadual de Enéas Marques passa a denominar-se Escola Estadual Arnaldo

Busato – Ensino de 1º Grau que teve como diretores: Santa Ana Herculano

Cardoso, Emilia Malys Martins, Renata Pickler Marques, Maria do Carmo Vigineski

Hoffelder e.Renata Pickler Marques.

Em 23 de novembro de 1975, quando a comunidade, movida pela

necessidade de ter uma escola de Segundo Grau e para suprir a demanda de

jovens que haviam concluído o Primeiro Grau, e incentivada pelos Padres Alberto

Allodi e Domênico Costella e com a presença das autoridades constituídas da

época, iniciou o trabalho para implantação do Ensino de 2° Grau. A Ata de

Constituição do Setor Local da Campanha Nacional das Escolas da Comunidade,

cria a Escola de 2ª Grau Érico Veríssimo, com o Curso Técnico em Contabilidade

e Magistério.

O espaço físico para o funcionamento da Escola de 2° Grau Érico

Veríssimo, inicialmente foram as dependências do prédio pertencente à Paróquia

São José de Enéas Marques. No ano seguinte passou para um prédio de

propriedade da Prefeitura Municipal de Enéas Marques. No ano de 1978 foi

construído o prédio próprio, hoje parte do Prédio Escolar do Colégio Estadual

Castro Alves – Ensino Fundamental e Médio.

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O Colégio Érico Veríssimo de 2° Grau, por ser escola particular, a parte

financeira, (despesas com professores, administração, manutenção, encargos

sociais e serviços), era provida pela comunidade escolar do município, que tinha

como receita: matrículas dos alunos, mensalidades dos alunos e sócios

beneméritos, promoções e doações. Às vezes, conseguia-se pequenas

subvenções ou bolsas parciais de Estudos junto ao MEC.

Em 1986, surge O Plano Projeto de Implantação Simultânea de Ensino

Regular com Habilitação Plena em Magistério, Com isso cria-se o Colégio

Estadual Castro Alves – Ensino de 2° Grau, o qual recebe autorização para efetuar

matrículas para o ano de 1987, tendo como mantenedor o Governo do Estado do

Paraná.

A Resolução n° 1823/87 dá autorização de Funcionamento ao 2° Grau

Regular com Habilitação Plena Magistério, no Colégio Estadual Castro Alves a

partir do ano de 1987.

O curso de Educação Geral é autorizado a funcionar a partir de 20 de

dezembro de 1989.

Com a Resolução n° 3.448/91 de 09 de outubro de 1991 ocorre a cessação

gradativa e definitiva da Habilitação de Técnico em Contabilidade do Colégio

Cenecista Érico Veríssimo – Ensino de 2° Grau do Município de Enéas Marques,

mantido pela Campanha Nacional das Escolas da Comunidade. A Resolução n°

4.737/93 de26 de agosto de 1993, credencia o Colégio Estadual Castro Alves –

Ensino de 2° Grau do Município de Enéas Marques para a guarda e expedição de

documentos referentes a Habilitação Técnico em Contabilidade do extinto Colégio

Cenecista Érico Veríssimo de 2° Grau de Enéas Marques.

A Resolução n°4.834/93 de 02 de setembro de 1993, dá fusão a Escola

Estadual Arnaldo Busato – Ensino de 1° Grau e o Colégio Estadual Castro Alves

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Ensino de 2° Grau do município de Enéas Marques, mantidos pelo Governo do

Estado do Paraná, os quais passaram a constituir um único estabelecimento de

ensino denominado Colégio Estadual Castro Alves - Ensino de 1° e 2° Graus, com

sede na Avenida Joaquim Bonetti, n° 29.

Dando cumprimento ao que dispõe o Art. 21 da Lei n° 9.394 de

20/12/1996 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação - que modifica a

composição dos níveis escolares de ensino de 1° e 2° graus para Ensino

Fundamental e Médio, o Colégio Estadual Castro Alves – Ensino de 1° e 2° Graus,

passa a denominar-se Colégio Estadual Castro Alves - Ensino Fundamental e

Médio.

A Escola de 2º Grau Érico Veríssimo e na seqüência Colégio Érico

Veríssimo Ensino de 2º Grau; Colégio Estadual Castro Alves – Ensino de 1º e 2º

Graus e Colégio Estadual Castro Alves – Ensino Fundamental e Médio, tiveram,

até o momento, os seguintes diretores: Padre Domênico Costella, Edmundo

Malys, Narcizo Antonio Pedruzzi, Nereu Valdemar Stingelin, Osmar José Úrio,

Roseli Giordani, Sonia Herculano de Souza, Martinho Marchioro, Almir Roque

Michelon, Renata Pickler Marques, Dorvalina Baggio, Maria Ivoly Marchioro,

Edson Lupatini e Sonia Herculano de Souza.

Colégio Estadual Castro Alves – Ensino Fundamental e Médio está situado

na Avenida Joaquim Boneti, 29, município de Enéas Marques, Paraná, e é a maior

escola do Município atendendo aproximadamente 807 alunos, nos períodos

matutino, vespertino e noturno, oriundos de todas as comunidades do município,

sendo que 82% dos nossos educandos são provenientes da Zona Rural.

Contamos hoje, com 31 turmas, 458 alunos no Ensino Fundamental e 349

alunos no Ensino Médio estando assim distribuídos:

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ENSINO FUNDAMENTAL:

5ª/série/6º ano – 4 turmas (duas no período matutino e duas no vespertino)

6ª série/7º ano – 3 turmas (duas no período matutino e duas no vespertino)

7ª série/8º ano – 4 turmas (duas no período matutino e duas no vespertino)

8ª série/9º ano – 4 turmas (duas no período matutino e duas no vespertino)

Casa Familiar Rural- (Escola Base)

6ª/7º ano (uma turma), 7ª/8º ano (uma turma) e 8ª/9º (uma turma)

Sala de Recursos - 2 turmas (uma no período matutino e uma no vespertino)

ENSINO MÉDIO:

1ª série – 5 turmas (duas no período matutino, duas no vespertino e uma no

noturno)

2ª série – 4 turmas (uma no período matutino, duas no vespertino e uma no

noturno)

3ª série – 4 turmas (uma no período matutino, duas no vespertino e uma no

noturno)

Portanto o Colégio possui três turnos de funcionamento:

• Matutino – das 7:30 h. às 11:30 h.

• Vespertino – das 13:00 h. às 17:00 h.

• Noturno – das 19:00 h. às 23:00 h.

Nosso quadro de funcionários está assim composto:

• A equipe de direção conta com uma diretora e uma diretora

auxiliar;

• Equipe Pedagógica é formada por três pedagogas, cada uma

atua num período de funcionamento da escola.

• Uma documentadora Escolar:;

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• O quadro docente conta com 33 professores;

• Equipe administrativa conta com 6 pessoas;

• A equipe dos serviços gerais é composta por 9 funcionários;

Nossa estrutura física está assim formada:

- 14 salas de aula – sendo 1 adaptada para Sala de Recursos

- 1 sala para os professores

- 1 sala para a Equipe Pedagógica

- 1 sala para a Direção

- 1 sala para a Secretaria

- 1 cozinha

- 1 biblioteca

- 1sala para Laboratório de Informática

- 1 Laboratório de Ciências

- 1 almoxarifado

- 1 quadra poliesportiva coberta

- 2 ambientes com banheiros;

Quanto ao espaço físico do Colégio além das reformas e melhorias

conquistadas recentemente precisamos de livros para embasamento teórico dos

professores e funcionários e mini-auditório.

No processo coletivo da escola, e na tomada de decisões sobre

situações educacional, organizacional e financeira desta instituição participam

ativamente além da comunidade escolar, o Conselho Escolar e a APMF

(Associação de Pais, Mestres e Funcionários).

3. OBJETIVOS

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O Colégio Estadual Castro Alves tem como objetivos essenciais:

• Desenvolver as ações político–pedagógicas visando o

desenvolvimento do potencial de cada elemento componente,

ajudando-o tornar-se um ser humano completo, em suas

dimensões sociais, afetivas e intelectuais.

• Propiciar a formação de cidadãos autônomos e críticos, cuja

característica seja a capacidade de argumentação, que se

posicione de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de

mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. Cidadãos capazes

de atuar com eficiência e dignidade na sociedade.

• Oferecer ensino de qualidade, atualizado, efetivo, em que os

recursos pedagógicos favoreçam a produção, a utilização das

múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos

históricos, sociais, científicos e tecnológicos.

• Viabilizar o processo de construção do conhecimento, ampliando

o espaço para a ação do aluno, onde ele possa criar, operar,

falar, debater, produzir, interpretar e escrever, formando alunos

comprometidos, éticos e com argumentação sólida.

• Orientar as famílias para os cuidados com a aprendizagem,

comportamento dos filhos, promovendo a inclusão e a integração

deles à escola, bem como, a participação na vida da comunidade.

• Criar oportunidades diversificadas, em todas as dimensões,

garantindo o direito da inclusão social, principalmente, dos

portadores de necessidades educativas especiais.

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• Valorizar a pessoa humana, reconhecendo-a como um ser em

desenvolvimento, que se transforma e que é capaz de

transformar.

• Oportunizar a todos os segmentos da Escola a participação

efetiva nas decisões da Comunidade Escolar.

• Aperfeiçoar os grupos de estudos com toda a comunidade para

aprofundar, constantemente os conhecimentos necessários para

melhorar as atuações nos diferentes espaços do colégio.

OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

- Definir ações educativas e as características necessárias para

cumprir os seus propósitos e sua intencionalidade.

- Definir e dimensionar a linha teórica, filosófica e pedagógica que

norteará a prática educativa.

- Organizar o trabalho pedagógico e sua reflexão acerca no cotidiano

da escola.

- Organizar a escola, oportunizando a convivência com respeito, num

espaço onde as pessoas tenham prazer em estar e em aprender

juntos.

4. MARCO SITUACIONAL

Analisando o panorama da educação nacional, verificamos que ele

reflete a nossa sociedade, estratificada, que impede ao povo a participação

equitativa nos bens materiais, acentuando-se a competição, a concentração do

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poder e da renda. Houve um estreitamento entre ricos e pobres, esta distância

amenizou com as reformas sociais que aconteceram no país nos últimos anos.

Entre esses pontos extremos há um Brasil muito diversificado: na cultura, nas

relações sócio-econômicas, no âmbito educacional, entre outros, o que dificulta

um projeto nacional.

Na perspectiva econômica, a sociedade está organizada e

fundamentada na corrente neoliberal, cujo objetivo maior é o lucro, que beneficia

alguns poucos em detrimento do crescimento global da sociedade.

Cresce a nível nacional a violência, a criminalidade, o tráfico de drogas,

o contrabando e a corrupção, mas percebe-se que as políticas públicas estão em

movimento para combater as situações existentes. Há certo descrédito nos

políticos e, por consequência, nas instituições que representam.

É percebido também neste cenário uma inversão de valores sociais e

humanos sob influência dos meios de comunicação e os maiores atingidos são as

famílias.

No cenário econômico, enfrenta situações de desemprego, êxodo rural,

apesar de apresentar crescimento econômico.

Toda esta problemática não é diferente no Estado, que busca construir

sua Proposta de Educação, visto que no último governo assumiu interinamente a

proposta do MEC, embasados nos Parâmetros Curriculares Nacionais(DCEs) que

defendia a aprendizagem por competências e habilidades, renunciando assim o

direito de construir sua proposta.

Enéas Marques município sede do Colégio Castro Alves, situa-se na

região Sudoeste do Estado do Paraná, distante 564 Km da capital e 25 Km do

Núcleo Regional de Educação, com uma área de 220 Km2. Topografia acidentada,

caracterizado essencialmente pela agricultura sazonal, sendo as terras

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distribuídas entre mini e pequenos proprietários rurais. O município limita-se ao

norte com os municípios de Dois Vizinhos e Salto do Lontra; ao sul com Francisco

Beltrão,a leste com Dois Vizinhos e Verê, e a oeste com Nova Esperança do

Sudoeste.

As propriedades estão agrupadas em 12 comunidades rurais, 2 distritos

e a sede do município. A população atual segundo dados estatísticos, é de 5.903

habitantes, sendo que desses aproximadamente 1.976 moram na zona urbana e

3.824 vivem na zona rural.

No município praticam-se as culturas de milho, hortaliças e frutas;

criam-se: suínos, aves de corte, produção de ovos e bovinos de leite. O município

é essencialmente agrícola, pois tem na agricultura sua principal fonte de renda,

sendo que a mão-de-obra é familiar para desenvolver as atividades relacionadas

às práticas agrícolas.

Está em processo de industrialização como já esta refletindo na

economia do município. Nos últimos anos, diminuiu a emigração do município,

principalmente dos jovens que vão para grandes centros em busca de emprego.

O Colégio Estadual Castro tem na educação um valor primordial. Há

preocupação em qualificar o ensino e a aprendizagem dos professores, alunos e

demais elementos da comunidade escolar. Incentiva a leitura e o patriotismo com

o projeto “Escola lê” que acontece todas as semanas em dias alternados, neste

dia no início das atividades todos os funcionários e alunos da escola cantam o

Hino Nacional e o Hino do Paraná, cumprindo assim com a exigência legal

Decretado pelo Poder Executivo Estadual após, dirigem-se às respectivas salas e

locais de trabalho e realizam leitura por uma hora/aula. Além desse, a escola

incentiva outros projetos os promovidos pelo NRE, SEED e pelo MEC como:

• FERA com Ciência,

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• Conferência infanto-juvenil

• Programa de prevenção e promoção da vida.

• Adolescência e a sexualidade.

• Jogos Escolares, entre outros que a comunidade julgar adequado e

necessário para o bom desempenho dos alunos.

• Programa Viva a Escola.

• PEP – Prontidão Escolar Preventiva.

• CELEM.

• Projeto Família na Escola.

Também são realizados projetos elaborados pela escola como:

• Homenagem as mães

• Festa Julina;

• Pai Bom de Bola;

• Viagem de estudos

• Dia do estudante

• Semana cultural

• Semana da pátria

• Monitoria no Ensino Médio com monitores/alunos destaque da turma

• Jogos Escolares – integrando as escolas estaduais e a casa familiar

rural do município.

• Amostra do Conhecimento.

• Palestras para comunidade escolar.

• Gincana Trans Piração.

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Os nossos alunos em torno de 67%, são oriundos da zona rural, e

utilizam o transporte escolar para chegar até o colégio. Alguns percorrem mais de

70 km por dia para o deslocamento. Podemos, com isso, verificar que há três

situações quanto aos alunos: no período matutino em algumas séries predominam

os alunos da zona urbana, no período vespertino alunos da zona rural e no

noturno alunos da sede do município, por que à noite não há transporte escolar

mesmo assim temos alunos que vem do interior com transporte próprio. Os alunos

do noturno trabalham durante o dia contribuindo com a renda familiar. A grande

maioria dos nossos alunos não tem o hábito de leitura, apesar da preocupação da

escola e dos pais. Percebemos certa preocupação dos alunos para a cidadania e

quanto ao seu futuro como estudante, bem como sua inserção no mercado de

trabalho. Baseiam suas aprendizagens nas notas que recebem, como resultado de

avaliações.

A relação da escola com as famílias é boa, a maioria dos pais participam

da vida escolar dos filhos e dos eventos promovidos pelo Colégio. Há poucos pais

que não acompanham ativamente a aprendizagem dos filhos, o que dificulta uma

caminhada conjunta, principalmente com os alunos que apresentam dificuldades

de aprendizagem ou comportamento.

Segundo pesquisa realizada com os pais, a maioria vê o Colégio como

uma instituição de ensino em que o professor tem tarefa de ensinar e o aluno a

tarefa de aprender. Observamos também que alguns pais transferem para a

escola a educação de valores primordiais para a convivência familiar e social,

geralmente são pais de alunos que não respeitam regulamentos de convivência

para situações de ensino e aprendizagem. Os pais defendem a reprovação

quando o aluno não atingiu os conteúdos mínimos para a série que está

matriculado. Torno de 80% dos pais não concluíram o Ensino Fundamental, por

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isso a escola ainda é uma instituição de esperança para uma vida melhor para os

filhos.

Em discussões para elaboração desse documento percebemos que

precisamos avançar em relação à formação continuada, especificamente em

relação aos professores no que diz respeito ao Planejamento de Ensino, porque o

mesmo, às vezes, é realizado como sendo listagem de conteúdos conforme

programação do livro didático. Não está bem definido o que é essencial e o que é

acessório quanto aos conteúdos, bem como a ligação com o contexto do aluno.

Acreditamos que haverá avanços significativos, quando houver

entendimento das propostas das DCEs com Formação Continuada, e com a

construção coletiva da Proposta Curricular da Escola, com Plano de Ação da

Escola e com o Plano de Trabalho Docente.

Quanto a metodologia, há várias iniciativas, visto que os professores

buscam estratégias novas para fazer com que todos os alunos tenham o gosto

para estudar e empenhar-se na sala de aula, porque há nas salas de aula alunos

que mostram-se indiferentes à necessidade de adquirir o conhecimento científico

permanecendo no empirismo, são estes alunos que desafiam os professores a

preparar melhor suas aulas e usar diferentes estratégias na sala de aula. Estes

alunos são a grande preocupação da comunidade escolar porque são estes que

geralmente aumentam o índice de reprovação. Os professores possuem uma

concepção de aprendizagem que tem o saber do aluno como ponto de partida,

construído e ampliado nas interações com o outro, possibilitando situações reais e

significativas de conhecimentos, respeitando o ritmo e as diferenças de cada um.

Percebe-se por parte de alguns professores a tendência de buscar uma

avaliação como ato integrado a todas as fases do processo educativo para a

definição do trabalho com alunos e a recuperação paralela. Mas, por outro lado,

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ainda há avaliação realizada no aspecto quantitativo, sendo a nota resultado das

provas, testes, pesquisas e não de todo o processo ensino e aprendizagem, esse

processo também vem de encontro aos anseios dos pais, porque esses atribuem

a nota à aprendizagem do filho, a usam como medida. No que tange a avaliação

é preciso redimensionar o seu escopo, para isso são necessárias leituras,

discussões, pesquisa e envolvimento de toda a comunidade escolar.

A avaliação também é uma referencia para rever o Plano de Ação

Docente. Alguns professores realizam avaliação diagnóstica no início do ano

letivo para detectar como está a aprendizagem dos alunos e principalmente

verificar se há lacunas no processo que precisam ser retomadas para garantir os

saberes necessários para a série que está iniciando. A avaliação diagnostica é

adotada principalmente pelos professores de Língua Portuguesa e Matemática.

Os demais professores das demais disciplinas, ainda partem dos conteúdos

planejados.

A escola disponibiliza em seu quadro de professores com boa formação

95% dos professores são pós graduados em suas áreas específicas, 97% dos

professores pertencem ao Quadro Próprio do Magistério, equipe pedagógica todos

com formação específica e pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério, 30%

dos funcionários possuem graduação e 70% nível médio.

O colegiado do Conselho de Classe também esta no caminho do

entendimento que o mesmo é um instrumento eficaz, dentro do processo de

avaliação que a escola desenvolve, de produção e transformações educativas. O

mesmo é composto por dois pré-conselhos: um envolvendo os alunos da sala e a

pedagoga, que discutem o ensino e a aprendizagem e sugestões de melhorias

para os processos de ensino aprendizagem e apoio, o outro do professor regente

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da turma com a turma seguindo os mesmos passos apenas é acrescido com

informações dos demais professores da turma em questão.

O Conselho de Classe se reúnem: Direção, Equipe Pedagógica e

professores para discutir os dados coletados nos Pré-conselhos para dar as

devidos encaminhamentos.

No Pós – Conselho os alunos tomam conhecimento através do

Professor Regente dos resultados e decisões do Conselho. A Equipe Pedagógica

e Direção também conversam com as turmas e em particular com alunos e

professores que for necessário. Também é solicitado a presença dos pais de

alunos com dificuldades de aprendizagem, falta de frequência e com problemas de

comportamento que compromete sua aprendizagem e de sua turma.

Segundo as discussões realizadas sobre inclusão dos alunos com

necessidades educativas especiais no sistema regular de ensino, os professores

sentem-se despreparados para trabalhar com os alunos que necessitam

adaptações curriculares, avaliativos e temporais.

Para que esse processo se efetive é de primordial importância a formação

dos professores e funcionários para que possam atuar com conhecimento,

competência e com responsabilidade.

5. MARCO CONCEITUAL

A comunidade escolar após promover vários encontros com leituras e

discussões propôs-se a defender a concepção histórico - crítica que conduz a

reflexão voltada à realidade, percebendo-a para tomar consciência da mesma,

analisando e criticando para transformá-la. Nesta linha de pensamento o coletivo é

enfatizado como ponto de partida da transformação social. Sendo o aluno

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considerado um ser concreto, em que serão enfocados e discutidos todos os

problemas a partir do contexto histórico onde estão inseridos.

A sociedade é mediadora do saber e da educação, presente no trabalho

concreto do ser humano, que criam novas possibilidades de cultura e das

contradições geridas pelo processo de transformação. Assim a linguagem é uma

produção humana que se originou pela necessidade de intercâmbio entre os seres

humanos no processo do trabalho para a sobrevivência. Defendemos uma

sociedade fundamentada no sujeito do desenvolvimento pessoal, comunitário e

social. Por isso queremos uma sociedade justa, fraterna, solidária, democrática, a

serviço da vida e da esperança em que haja um processo cultural consciente,

transformador voltado para a realidade, o crescimento e a realização dos

indivíduos em seu desenvolvimento e atuação na transformação da sociedade. A

educação é esse processo histórico de criação do ser humano para a sociedade e

simultaneamente de modificação da mesma para seu benefício. Entendemos que

o conhecimento é um instrumento que viabiliza a participação e atuação social dos

nossos alunos na conquista da cidadania, que oportuniza o envolvimento no

processo, de modo que todos (as) participam e sintam-se comprometidos (as) com

o planejamento escolar, com vistas ao desenvolvimento de uma educação

transformadora, inclusiva e eficaz.

Homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Vigotski reconhecia que o homem

desenvolve-se passando por crises e saltos qualitativos e apontava como e quanto

as mediações com outros homens e com suas produções promovem a

humanização. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações

em determinado momento histórico, assim acumula experiências e em decorrência

destas, ele produz o conhecimento. Sua ação é intencional e planejada, mediada

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pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de

diferentes formas pelo homem.

O desenvolvimento humano é compreendido através de trocas

recíprocas que estabelecem durante toda a vida, entre indivíduos e o meio

histórico cultural. É entendido assim como um ser em permanente construção, que

vai se construindo no espaço social e no termo histórico.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história, ela não muda o mundo mas o mundo pode ser

modificado pela sua ação na sociedade e nas suas relações. Vista como processo

de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas finalidades

voltadas para o aparecimento do homem que dela necessita para constituir-se.

Faz-se necessário desenvolver uma educação de valores morais, éticos e de

convivência social, que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir

um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentável.

Por isso defendemos uma escola com a função transformadora da

realidade na qual está inserida e que considere a prática social superando o

conhecimento teórico dentro do contexto de movimento, tornando a escola essa

maneira de, um espaço de luta onde discute o poder e a política numa relação

ética e democrática inclua os limites, as expectativas do futuro, os valores. Neste

contexto a educação deve priorizar o conhecimento historicamente sistematizado

e voltado para a realidade.

Que a escola seja de qualidade e inclusiva para todos e todas, que

todos e todas tenham acesso e permaneçam na escola e possam nela apropriar-

se do saber acumulado e do conhecimento estruturado, bem como criar novos

saberes e novos conhecimentos.

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O conhecimento é o pensamento que resulta entre sujeitos que conhece

e o objeto a ser conhecido. De certa forma o conhecimento designa ato de

conhecer, e esse é simultâneo à transmissão pela educação dos conhecimentos

acumulados em uma determinada cultura.

A concepção histórico-crítica dá relevância ao aspecto dos conteúdos

vivenciados pelo aluno e não aos conteúdos acadêmicos, refletem a realidade na

qual se insere a escola e são apropriados para serem superados chegando-se à

produção de um novo saber. O aluno passa a dominar os conteúdos tornando-se

determinado e capaz de operar, conscientemente mudanças na realidade.

Entende-se por conteúdos válidos aqueles que ajudam as pessoas a

compreenderem a realidade buscando a sua transformação, utilizando-os como

instrumento para esta transformação.

Temos no Colégio Castro Alves como prática a Gestão Democrática onde

os colegiados fomentam as decisões coletivas e as ralações dialógicas entre

professores e alunos e demais elementos da comunidade escolar e os leva a

assumir atitudes de apoio, colaboração, abertura e respeitando a liberdade de

opinião e buscando resolver os conflitos emergentes no crescimento individual e

do grupo, de acordo com os valores que promovem os princípios básicos,

igualdade, solidariedade, respeito e fraternidade.

O aluno é considerado um ser concreto, centro da ação educativa

onde são enfocados e discutidos todos os problemas a partir do contexto histórico

onde estão inseridos, e dessa forma o conteúdo não pode ser abstrato, pronto

paralelo à vida das pessoas envolvidas no processo (educandos e educadores),

busca na própria realidade o contexto onde estão inseridos o verdadeiro conteúdo

da educação, tornando suficiente para ser abstrato, pronto paralelo à vida das

pessoas envolvidas no processo ( educandos e educadores), busca na própria

22

realidade o contexto onde estão inseridos o verdadeiro conteúdo da educação,

tornando suficiente para ser usado em qualquer situação de vida pela qual passe.

Assim educação deve oportunizar o conhecimento a partir da realidade do

educando, levando-o à apropriação do saber sistematizado, de forma a expressá-

lo de diversas maneiras, bem como ao domínio de habilidades necessário a uma

atualização e inserção permanente no mundo.

Entendemos por metodologia Histórico-Crítica e transformadora aquela

que faz a articulação entre o professor e o aluno e que utiliza todos os meios para

apreensão crítica dos conteúdos permitindo a apropriação da cultura popular para

superá-la.

Nesta linha de pensamento, é necessário, que seja definido um projeto de

sociedade que contemple a escola com função de garantir o conhecimento para a

transformação da realidade na qual está inserida e que considere à prática

educativa como momento da prática social.

Os professores elaboram seu Plano de Trabalho Docente com base nos

conteúdos trabalhados e nos fatos sociais em evidência. Este plano procura

prover o que cada aluno (ou grupo de alunos) fará na vida prática, no seu

cotidiano dentro e fora da escola. Procura também prever como será seu

desempenho de ter adquirido determinado conhecimento. E o desenvolvimento do

seu compromisso com a prática social.

Devemos valorizar a cultura individual do aluno, do professor, dos agentes

educacionais I e II da escola, de forma igualitária, não deixando de reconhecer e

valorizar a cultura do outro, respeitando as diferenças. Conhecer, entender e

aceitar à sua cultura sem esquecer de que está sujeita a transformações.

23

Sabemos que a escola deve valorizar a cultura do conhecimento elaborado

que é sua função na sociedade, reconhecendo a cultura que queremos valorizar é

a cultura regional, de acordo com a nossa realidade.

A aprendizagem somente é significativa a partir do momento em que o

educando apropriam-se do objeto do conhecimento em suas múltiplas

determinações e realizações, recriando e tornando "seu", realizando ao mesmo

tempo, a continuidade e a ruptura entre o conhecimento cotidiano e o científico.

O processo ocorre sem a destruição do conhecimento (anterior) empírico,

uma vez que o novo conhecimento mais elaborado e crítico, é sempre construído

a partir do já existente. O professor ao trabalhar com os alunos leva-os a passar

dos conceitos cotidianos aos científicos. "Mas só se pode ensinar a criança o que

ela já for capaz de aprender. A aprendizagem é possível onde é possível a

imitação". (Vigotski)

O ensino fundamenta-se não nas conquistas já efetuadas pela criança e o

adolescente, mas nas que se encontram em processo de amadurecimento. Inicia-

se sempre por aquilo que ainda está imaturo neles, por isso as possibilidades de

ensino são determinadas pela zona de desenvolvimento imediato de cada criança.

Isto significa que não é necessário que o desenvolvimento tenha preparado por

completo os fundamentos sobre os quais a aprendizagem deve emergir.

O ensino e a educação escolar produzem desenvolvimento. O professor é o

mediador do conteúdo científico e histórico, pois o mesmo não envelhece,

promovendo assim um compreender melhor do que já sabia através de um nível

mais elevado na construção do conhecimento.

Cabe ao ensino escolar, portanto, a importante tarefa de transmitir à criança

e adolescente os conteúdos historicamente e socialmente necessários,

24

selecionando o que desses conteúdos encontra-se, a cada momento do processo

pedagógico, na zona de desenvolvimento proximal.

Pretendemos que o conteúdo deixe de cumprir apenas papel transmissor,

e seja um instrumento que colabore com o desenvolvimento dos alunos,

respeitados na sua dignidade, individualidade e processo de crescimento,

encaminhando-se à formação do espírito crítico e consciente da cidadania.

Os conteúdos pontuais serão trabalhados nas disciplinas da Matriz

Curricular conforme metodologias encaminhadas em cada documento referentes

a Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas, Educação das Relações Etnicorraciais e Afrodescendentes,

Educação do Campo, Gênero e Diversidade Sexual e Educação Fiscal, estes

projetos serão trabalhados no coletivo da escola e durante o ano letivo devido seu

objetivo que é provocar mudança de comportamento e exercício da cidadania.

Compreendemos a avaliação, como conjunto de ações organizadas com

a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e

em quais condições a partir de procedimentos investigativos que possibilitem o

ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o ensino e a

aprendizagem de melhor qualidade.

A Gestão Democrática é um processo político calcado na participação

maciça dos sujeitos interessados, com garantia da implementação da vontade da

maioria dos sujeitos participantes e com o compromisso de pleno acesso às

informações a todas e todos

É mais do que tomar decisões em cada momento acontece no

cotidiano escolar onde as relações de poder se dão a todo momento. É uma

prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da

transformação.

25

A gestão Democrática é efetivada pela:

- Eleição de direção,

- Conselho Escolar,

- Associação de Pais, Professores e Funcionários;

- Grêmio Estudantil;

- Elaboração do Projeto Político-Pedagógico e Plano de Ação da

Escola.

A verdadeira ação educativa além das concepções explicitadas também

deve promover a integração escola-família-comunidade, num trabalho conjunto e

de tomada de decisões participativas, com abertura de espaços e co-

responsabilidades na tarefa de educar.

6. MARCO OPERACIONAL

No decorrer do marco operacional nos posicionaremos com relação às

atividades a serem assumidas para transformar a realidade do Colégio. Implicando

na tomada de decisão de como vamos atingir nossas finalidades, nossos objetivos

e nossas metas para os próximos anos com respeito à proposição de ação

coletiva de todas as estâncias da escola a luz da gestão democrática e

participativa. Para que estas finalidades se cumpram faz-se necessário a definição

das funções dos envolvidos no processo:

6.1 Direção

26

Queremos para escola uma direção com gestão democrática que

trabalhe junto a equipe pedagógica e a comunidade escolar promovendo a

integração entre todos os segmentos que compõe a comunidade escolar,

administrando a escola garantindo o correto uso dos recursos financeiros,

pedagógicos e humanos disponibilizados a ela.

O/a Diretor/a e vice-diretor/a do colégio serão escolhidos mediante

eleição direta, escolhidos pela comunidade escolar: direção, equipe pedagógica,

professores, funcionários, pais de alunos regularmente matriculados e

frequentando, e alunos maiores de 16 anos.

E também:

• Estar atento aos conhecimentos sistematizados pela humanidade e garantir

o acesso e compreensão desses conceitos essenciais a todos e todas, na

escola.

• Garantir a efetivação da formação continuada, oportunizando estudos,

pesquisas e intervenções de consultorias para a execução da proposta da

escola.

• Organizar - como coletivo da escola - pesquisas que evidenciem dados da

escola para reflexões e reencaminhamentos da ação educativa.

• Oportunizar, aos professores e a equipe pedagógica, a participação em

Congressos, Seminários, Cursos.

• Garantir a socialização dos conhecimentos no retorno desses eventos.

• Refletir sobre os conflitos apresentados no movimento dialético na escola

apontando alternativas viáveis para continuidade do processo.

• Planejar juntamente com docentes viagens de estudos para a comunidade

escolar.

• Estabelecer critérios segundo orientações da SEED e NRE à distribuição de

aulas.

• Garantir a participação dos pais na escola, em espaço de lazer, de cultura,

de discussões, de encaminhamento e de informes.

27

• Acompanhar a implementação do Projeto Político Pedagógico, da Proposta

Pedagógica Curricular, o Plano de Ação da Escola.

6.2 Equipe Pedagógica

Que coordene e implemente diretrizes pedagógicas no processo de

ensino e aprendizagem observando as seguintes ações:

• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

• Auxiliar a Direção e os professores na elaboração e desenvolvimento de

Programas e Projetos;

• Atendimento aos alunos, pais e/ou responsáveis, com o intuito de promover

ações para o desenvolvimento integral do aluno;

• Fazer os registros necessários na ficha individual do aluno mantendo-a

atualizada;

• Assessorar os professores (as), bem como esclarecimentos e orientações

em relação ao Plano de Trabalho Docente, apoio na Hora Atividade e

Adaptações Curriculares necessárias para alunos com necessidades

educativas especiais, desenvolvimento de Programas e Projetos,

acompanhando a freqüência dos alunos;

• Assessorar o professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos e

metodologia didática em consonância com os objetivos expressos na

Proposta Pedagógica Curricular;

• Orientar, acompanhar e vistar bimestralmente os livros de Registro de

Classe;

28

• Organizar o acompanhamento dos espaços pedagógicos, proporcionando

aos professores e alunos ambientes que auxiliem os mesmos, facilitando a

aprendizagem, a participação e a efetivação do Projeto Político

Pedagógico;

• Organizar e coordenar o Conselho de Classe auxiliando os professores a

refletirem e reavaliarem o processo ensino aprendizagem, oportunizando a

participação do aluno tendo como objetivo principal análise do processo

ensino aprendizagem não se detendo somente nos resultados quantitativos,

mas sim priorizando os qualitativos, buscando coletivamente indicar

possíveis intervenções e projetos para melhorar as situações das quais

necessitam;

• Planejar e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo bem como,

participar dos encontros de formação continuada;

• Disponibilizar cópias do Projeto Político-Pedagógico, Proposta Pedagógica

Curricular, Regimento Escolar e Resoluções atualizadas na sala dos

professores, para que todos estejam informados e conhecedores da

documentação da escola;

• Discutir e organizar ações para que alunos com dificuldades de

aprendizagem recebam apoio pedagógico;

• Auxiliar a secretaria na organização das turmas de alunos, conforme a

matrícula;

• Analisar e escolher com os professores o livro didático, bem como, orientar

e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais

materiais pedagógicos do estabelecimento de ensino;

• Conscientizar os professores da importância do trabalho em equipe para

obtenção de um funcionamento integral do Colégio, estimulando uma

relação de igualdade, respeito e consideração mútua;

29

• Oferecer palestras dirigidas aos alunos do período noturno para que os

mesmos possam, através de informações atuais, sentir-se estimulados a

freqüentar as aulas, percebendo que os conhecimentos adquiridos no

Colégio serão necessários para que possam enfrentar um mundo

globalizado onde a mudança se faz diariamente;

• Auxiliar os professores das Salas de Recursos, Sala de Apoio e Programa

Viva a Escola, CELEM, Aluno Integrado, quanto à organização, avaliação,

ingresso e prática educativa;

• Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas

educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Estaduais;

• Trazer palestras que ajudem os pais ou responsáveis a compreenderem

seus filhos tais como: educação sexual, drogas na adolescência, relação

pai e filho na adolescência, entre outros;

• Cumprir os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o

Estatuto da Criança e do Adolescente, o Regimento Escolar como

fundamentos da prática educativa;

• Trabalhar junto a SEED, seguindo as orientações e repassando

informações sempre que determinado;

• Trabalhar efetivamente para que o Calendário Escolar possa ser cumprido.

6.3Corpo docente

Professores que zelem pela aprendizagem do aluno. Desenvolvam um bom

trabalho buscando melhoria do ensino e da aprendizagem e

conseqüentemente a educação, valorizando não só o conhecimento, mas

30

também a questão humana. Trabalhar de forma interdisciplinar e elaboração

do Plano de Trabalho Docente, entre outras responsabilidades. O diálogo e a

mediação teórica precisam estar presentes para que se tenha convicção,

argumentação e saiba o porquê, o quê e como ensinar. A pesquisa deve

constituir-se em elemento constante da prática pedagógica, ou seja, estar no

processo contínuo de reflexão sobre a prática e experiência pedagógica para

modificá-la quando necessária.

Além de ser:

• Flexível;

• Permitir que o aluno apresente seu ponto de vista;

• Apresentar situações problemas, aceitando diferentes interpretações de

textos;

• Apresentar atividades que possibilitam: criar, comparar, contrastar,

generalizar, particularizar, estabelecer relações;

• Estar atento para que haja alternância de sujeitos;

• Promover situações que incentivam a curiosidade;

• Planejar atividades que envolvam observação;

• Apresentar propostas de estudos e preparação de seminários, palestras e

outras apresentações;

• Trabalhar com as diferenças;

• Trabalhar conceitos essenciais de cada área do conhecimento;

• Apontar, na prática pedagógica, o caminho da solidariedade e do respeito;

• Ter a pesquisa como prática imprescindível no encaminhamento dos

trabalhos;

• Ser solidário, generoso, companheiro; sempre aberto ao diálogo...;

• Interferir sempre na produção e apontar avanços.

• Estabelecer diálogo permanente.

• Realizar atividades adaptadas e específicas para alunos com necessidades

especiais.

31

6.4 Alunos

Alunos que sejam agentes de sua aprendizagem; responsáveis, críticos,

criativos, pesquisadores, comprometidos, conscientes do que buscam no

conhecimento científico elaborado. Que contribuam e partilhem o conhecimento

empírico, buscando o conhecimento historicamente acumulado de maneira eficaz.

Que tenham um bom relacionamento, respeitem os seus colegas e os outros

segmentos da comunidade escolar, que zelem pelo patrimônio escolar. E ainda:

• Trabalhar o conhecimento no enfoque histórico, sistêmico e ecológico.

• Desenvolver a noção e compreensão dos limites.

• Ver o "erro" como fonte de retomada no processo.

• Trabalhar os múltiplos instrumentos pedagógicos.

• Estabelecer interações e mediações permanentes, como monitoria.

• Desenvolver a prática do trabalho coletivo

As demais responsabilidades estarão explicitadas no Regimento

Escolar.

6.5 Agentes Educacionais I e II

Agentes Educacionais que participem na aprendizagem através de seu

trabalho. Que procurem sempre estar em aperfeiçoamento, participando dos

cursos de Formação Continuada e contribuindo ativamente das decisões da

escola. Suas atribuições e ações estarão especificadas no Plano de Ação.

32

6.5.1 Agente Educacionais I

• Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o

ambiente físico escolar.

• Executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar,

lavar banheiros, corredores, pátios,quadras e outros espaços utilizados

pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação.

• Aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar.

• Comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de material

de limpeza, para que a compra seja providenciada.

• Participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros

encontros correlatos a função exercida ou sempre que convocado.

• Preparar alimentação escolar sólida ou líquida observando os princípios de

higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando um cardápio

semanal e diversificando a merenda escolar.

• Responsabilizar-se pela conservação e preparação da alimentação escolar.

• Verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data

própria, a fim de evitar desperdício e a inutilização dos mesmos.

6.5.2 Agentes Educacionais II

• Organização de arquivos ativos e inativos.

• Organização das pastas AZ.

• Matrículas.

• Relatório Final (SERE).

• Transferências.

• Elaboração de Históricos.

33

• Elaboração de boletins.

• Fotocópias.

• Organização dos livros de pesquisa e literatura.

• Recursos áudio visuais.

• Conselho de Classe.

6.6 Os pais

Pais envolvidos e comprometidos com o desenvolvimento escolar do

filho. Que participem das decisões e atividades propostas pela escola. Que

demonstrem interesse incentivando, motivando seus filhos para a busca do

conhecimento e consequentemente o sucesso na aprendizagem. Que participem

de reuniões, palestras e outras atividades promovidas pela escola buscando

sempre acompanhar a aprendizagem e o comportamento dos filhos.

6.7 Conselho Escolar

É uma instância colegiada da escola que participa e atua nas decisões

pedagógicas, organizacionais e administrativas da escola visando a integração da

comunidade escolar bem como o cumprimento do papel da escola e a sua

participação na comunidade local. O Conselho Escolar precisa realmente ser

democrático em sua composição e representação para garantir a gestão do

ensino.

• Realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática, contemplando o

coletivo, de acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto

34

Político-Pedagógico da escola.

• Constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da

escola, ampliando os aspectos de efetiva participação da comunidade

escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do

trabalho pedagógico escolar.

• Promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a

integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar

na construção de uma escola, pública de qualidade, laica gratuita e

universal.

• Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho

pedagógico desenvolvido na escola, a partir dos interesses expectativas

histórico-sociais, em consonância às orientações de SEED e à legislação

vigente.

• Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido na escola pela

comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias para a

construção de uma escola pública de qualidade.

• Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho

pedagógico da escola numa perspectiva democrática, de modo que as

organizações das atividades educativas estejam pautadas nos princípios da

gestão democrática.

6.8 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)

É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários que

buscam a integração dos segmentos escolares, para discutirem as políticas

35

educacionais e o Projeto Político-Pedagógico da escola, contribuindo para a

melhoria da qualidade do ensino.

A APMF tem por objetivo colaborar na assistência ao educando e na

integração família/ escola/ comunidade. Esta também é co-responsável pelo

processo de realização de promoções e atividades que visem lucro para

complementar os recursos financeiros para o bom funcionamento conservação e

ampliação dos espaços e equipamentos da escola.

6.9 Grêmio Estudantil

É o órgão máximo de representação dos estudantes a serviço da

ampliação da democracia na escola, através das suas funções de representação e

organização dos alunos, contribui para a efetivação de uma educação

emancipatória e transformadora.

Temos como uma das metas para o ano de 2011 organizar o Grêmio

Estudantil do Colégio para promover a organização dos estudantes para a sua

formação e desenvolvimento educacional, cultural, esportiva; organizando

debates, festivais de músicas, torneios, feiras e atividades que promovam a

formação de lideranças.

6.10 Conselho de Classe

É um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os

professores das diversas disciplinas, juntamente com a direção, equipe

pedagógica,secretária e pai representante do Conselho Escolar reúnem-se para

36

refletir, avaliar e propor ações no acompanhamento do processo pedagógico da

escola.

Consideramos o Conselho de Classe a mais importante de todas as

instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de

dinamizar o coletivo escolar pela vida da gestão do processo de ensino. Para

promover mudanças, a força do coletivo é a forma mais eficiente, significativa e

simbólica. Por isso o Conselho de Classe é um instrumento eficaz, dentro do

processo global de avaliação que a escola desenvolve, de produção e

transformações educativas, sinal e presença das transformações sociais

desejadas por todos. O Conselho de Classe continuará com a organização

existente visto que constatamos resultados significativos, quanto a melhoria de

aprendizagem de alguns alunos. O Conselho de Classe será composto por três

etapas:

• Dois pré-conselhos (um entre professor regente da sala

e alunos, outro com a pedagoga e os alunos)

• O conselho com todos os professores da escola,

direção, equipe pedagógica, secretária e pai representante, em que

serão analisados as observações de cada pré-conselho e as

observações de cada disciplina e após o grupo busca indicar

possíveis soluções e projetos (monitoria para alunos) para melhorar

as situações que necessitam de intervenções.

Assim, nosso Conselho de Classe proposto é defendido como:

• Processo auxiliar de aprendizagem, pois reflete a ação pedagógica e não se

atém a notas ou problemas de determinados alunos.

37

• Instrumento que enquanto coletivo, defina estudos, trocas de experiências e

organizador de uma proposta que defina ações e reencaminhe atividades para

a solução dos problemas levantados pelos mesmos.

No Conselho de Classe se reúnem Direção, Equipe Pedagógica,

Secretária, pai representante do Conselho Escolar e professores para discutir os

dados coletados nos Pré-conselhos para dar os devidos encaminhamentos.

No Pós– Conselho os alunos tomam conhecimento através do Professor

Regente dos resultados e decisões do Conselho. A Equipe Pedagógica e Direção

também conversam com as turmas e em particular com alunos e professores

quando necessário. Será solicitada a presença dos pais de alunos com

dificuldades de aprendizagem, falta de frequência e com problemas de

comportamento que compromete sua aprendizagem e de sua turma.

6.11 Recursos

Os recursos financeiros são oriundos do Governo Estadual mantenedor

da instituição, PDDE do Governo Federal e de promoções festivas promovidas

pela APMF, da Cantina da Escola e doações da comunidade e da Prefeitura

Municipal.

6.12 Calendário Escolar

O Calendário Escolar é elaborado em parceria com a Secretaria Municipal

de Educação sob orientação da SEED. O Colégio Estadual Castro Alves – Ensino

Fundamental e Médio considerará dias letivos efetivos aqueles com atividades que

envolvam a participação dos alunos, conforme Instruções. Também serão

38

considerados dias letivos para efeito de complementação da carga horária a fim

de garantir as 800 horas: Festa Junina, Gincanas, Atividades Culturais, Feiras,

Palestras abordando temas emergentes, teatro, exibições de filmes abordando

temas sociais e contemporâneos, atividades esportivas, datas cívicas. O

Calendário Escolar prevê também Reunião Pedagógica, Conselho de Classe

realizados com a participação da comunidade escolar e Planejamento de Ensino,

Reunião Pedagógica, Conselho de Classe e Formação Continuada realizados com

a participação de todos em dias preestabelecidos no Calendário Escolar.

6.13 Formação Continuada

A escola para construir uma proposta deve estar convencida teoricamente

do que quer. Cada professor irá construir uma prática pedagógica convincente a

partir do momento que estiver fundamentado teoricamente. Cada prática

pedagógica precisa estar acontecendo à luz de uma teoria.

A formação inicial é de fundamental importância para se desempenhar

com eficiência as funções exercidas pelos profissionais na escola. O profissional

precisa se aperfeiçoar para que tenhamos uma educação de qualidade e

acompanhe o desenvolvimento tecnológico.

A Formação Continuada com todos os trabalhadores da educação se dará

em forma de grupos de estudo, palestras, leituras e análises de textos e

documentos oficiais. Os encontros acontecerão em datas a serem definidas, pela

comunidade escolar e em datas definidas pela SEED ou NRE. Também

acontecerá formação conforme a necessidade da escola, ou seja no momento que

surgir uma dificuldade relacionada com o processo de ensino e aprendizagem ou

ocorrer situações que exijam um estudo aprofundado.

39

Os conselheiros que compõe o Conselho Escolar e a APMF também farão

grupos de estudos para estudar suas atribuições, Documentos oficiais e textos

relativos ao processo educacional para que estes possam acompanhar .

6.14 Ambientes pedagógicos

Cada espaço será utilizado como recurso complementar da sala de aula,

sempre que houver necessidade a ocupação destes obedecerá regulamentos

próprios. Os espaços utilizados serão: biblioteca, laboratório de informática,

espaços livres com mesas, saguão, quadra poliesportiva e o laboratório de

Ciências.

6.15 Sala de Recursos e Sala de Apoio

A Sala de Recursos atenderá alunos com Deficiência Intelectual e

Transtornos Funcionais Específicos. Os alunos atendidos são previamente

avaliados no contexto escolar por profissionais devidamente especializados

(professores, equipe pedagógica e psicóloga/equipe multidisciplinar). É um serviço

especializado de natureza pedagógica, que apóia e complementa o atendimento

educacional realizado nas classes de Ensino Regular do Ensino Fundamental,

mediante a necessidade do cumprimento da legislação educacional pautada na

Deliberação 02/03-CEE. O atendimento ocorrerá em período contrário ao Ensino

Regular que o mesmo está matriculado. Servirá como apoio para os alunos

egressos da Educação Especial e para os alunos com distúrbios de aprendizagem

e transtornos funcionais específicos. A Sala de Recursos também será um alicerce

para a efetivação da inclusão dos portadores de necessidades educativas

especiais.

40

A Sala de Apoio atende a normatização feita pela Instrução 05/2005 –

SUED/SEED, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática para os alunos

da 5ª série/6º ano que apresentam dificuldades de aprendizagem na leitura e

escrita e conhecimento matemáticos. Os alunos serão dispensados ao constatar a

aprendizagem.

6.16 Distribuição das aulas e organização das turmas

A distribuição das aulas no início do ano letivo será efetivado conforme

critérios estabelecidos pela SEED visando o bom funcionamento da escola e a

disposição do professor. Terá como mediador o Documentador Escolar e a

Direção da Escola.

A organização e composição das turmas será efetuada pela equipe

pedagógica tendo em vista a aprendizagem do aluno o processo inclusivo.

Também serão obedecidas os critérios de vagas disponíveis para cada série.

6.17 Organização do Ensino e Matriz Curricular

Ensino Fundamental e Médio serão organizados por série. Neste o aluno

deverá ser capaz de raciocinar, ler, interpretar e produzir nas diferentes disciplinas

do conhecimento. A Educação Especial será oferecida no estabelecimento através

de Sala de Recursos – Área Mental e Distúrbios da aprendizagem.

A Proposta Curricular tem como base disciplinar a ênfase nos conteúdos

científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõe a Matriz Curricular,

estabelecendo relações e até adaptando num único esquema explicativo,

41

questões relativas ao desenvolvimento individual e cultural da região e integrando-

os ao meio em que vivem.

Com relação a organização curricular do Ensino Fundamental foi decidido

que será dividido em séries 5ª/6º ano, 6ª/7º ano, 7ª/8º ano e 8ª/9º ano e por

disciplinas de acordo com a matriz curricular do Estabelecimento de Ensino sendo

composta por: Núcleo Comum: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino

Religioso( na 5ª/6º ano e 6ª/7º ano), Geografia, História, Língua Portuguesa ,

Matemática e a Parte Diversificada: Língua Estrangeira Moderna –Inglês. O

Ensino Médio será dividido em séries 1ª, 2ª e 3ª e pelas seguintes disciplinas:

Núcleo Comum: Arte (1º e 2º ano), Biologia, Educação Física, Física, Geografia,

História, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia, Filosofia e a parte

Diversificada Língua Estrangeira Moderna – Inglês (1ª e 2ª série) e Espanhol na 3ª

série.

6.18 Conteúdo

Os Conteúdos históricos, culturais e universais incorporados pela

humanidade, permanentemente reavaliados face às realidades sociais, são

indispensáveis à compreensão da prática social e revelam a realidade concreta de

forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo

de transformação desta realidade.

Os conteúdos serão selecionados levando-se em conta sua relevância

social, sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno, de acordo

com as condições materiais e físicas oferecidas pela escola e orientações das

DCEs – Diretrizes Curriculares de Educação Básica do Paraná.

42

Os conteúdos e o tratamento que a eles devem ser dado assumem um

papel central, uma vez que é por meio deles que os propósitos da escola se

realizam e serão relacionados na Proposta Pedagógica Curricular.

6.19 Metodologia

As metodologias para atingir determinados fins ou resultados desejados são

nossos procedimentos racionais que orientam o pensamento para serem

alcançados conhecimentos válidos, buscando orientar o aluno para a organização

no processo educativo desenvolvendo sua consciência crítica, dando ênfase aos

conhecimentos e cultura trazidos de seu meio.

Assim, confronta os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado, a

perspectiva da apropriação de uma concepção científico/filosófica da realidade

social, mediada pelo professor, isso decorre das relações estabelecidas entre

conteúdo e a concepção de mundo. Esse processo se dá pela ação do professor

que direciona o processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à

apropriação do conhecimento.

Nossa proposta é trabalhar de maneira diversificada, flexível, atendendo

cada aluno em sua totalidade, retrocedendo com os conteúdos cada vez que se

fizer necessário. Procedemos pela metodologia de:

- Discussão;

- Debates;

- Leituras;

- Aula expositivo-dialogada;

- Trabalhos individuais e trabalhos em grupo, com elaboração de sínteses.

E com o uso dos recursos didáticos: diálogo, entrevista, experiências,

pesquisas: em livros, revistas e jornais, pesquisas de campo, mídias,

43

questionamentos, comparações, observações, reflexões, relatos, análise de textos

e letras de músicas, danças e movimentos corporais, dramatizações, debates,

cartazes, visitas, recursos tecnológicos.

6.20 Avaliação Escolar e Institucional

A avaliação é um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda

e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade

de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. Deverá portanto

preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, realçando as atividades

críticas, capacidade de síntese e a elaboração pessoal do aluno, quanto ao

conhecimento.

Os critérios de avaliação, dar-se-ão por disciplina, por meio de diferentes

instrumentos: avaliações escritas, orais, trabalhos coletivos e individuais, e

principalmente avanços significativos do ponto de vista pessoal, social e

intelectual.

Assim a avaliação é um processo diagnóstico, processual e contínuo.

Sendo para efeitos legais a média mínima para aprovação 6.0 (seis) e freqüência

igual ou superior a 75% ( setenta e cinco por cento) conforme Deliberação 007/01.

O professor fará o registro dos resultados das avaliações no Livro

Registro de Classe para acompanhar o desenvolvimento do aluno durante o

trimestre. O professor deverá registrar no mínimo três notas, ou seja, resultado de

três avaliações sendo a critério do professor escolher os instrumentos explicitados

na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente.

44

A avaliação Institucional e do Projeto Político- Pedagógico será

contínua, permanente e colegiada para que possamos ampliar, e concretizar as

ações propostas com sucesso.

6.21 Recuperação de Estudos, Adaptação e Progressão Parcial

Assim como a avaliação, a recuperação paralela dar-se-á durante todo o

processo. O professor oportunizará retomada de conteúdos ao aluno, quando

esse demonstrar não ter se apropriado do conhecimento através da retomada dos

mesmos visando a recuperação da aprendizagem e consequentemente da nota,

utilizando-se das seguintes ações: monitoria por alunos que se destacam,

trabalhos extra-classe, atividades diversificadas( jogos, brincadeiras, pesquisas,

cartazes, leitura e outros) atividades de sala de aula e outros especificados no

Plano de Trabalho Docente.

Será ofertada a todos os alunos a Recuperação Paralela, independente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

O aluno com matrícula por transferência no Estabelecimento e que

necessitar de Adaptação e Dependência no Ensino Fundamental e Médio serão

seguidos as determinações do Regimento Escolar ou Legislação própria da SEED.

Também será oportunizado ao aluno do Ensino Médio 01 (uma) Dependência na

série.

6.22 Educação Inclusiva

O Colégio Castro Alves, entende por prática inclusiva a inclusão de todos os

alunos no processo educacional, aprendendo a lidar com as diferenças, na

perspectiva de uma sociedade que se pretende democrática e inclusiva e que traz

45

para os espaços políticos e públicos tal preocupação, encaminhando ações

educativas que atenda as necessidades educacionais especiais. Para tanto

procura preparar-se através de adaptações arquitetônicas e pedagógicas para

poder oferecer aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais

permanentes ou temporários, condições de ensino para que os mesmos alcancem

e supram as suas necessidades oferecendo Sala de Recursos na área de

Deficiência Intelectual e auxiliando os alunos com linhas de ação norteadas pela

SEED através do NRE. Para frequentar a Sala de Recursos os alunos

encaminhados passarão por uma avaliação no contexto escolar, parecer

psicológico, neurológico, quando necessário.

6.23 Sala de Informática

Devido ao avanço da tecnologia, temos que garantir aos nossos alunos

condições de inclusão tecnológica, sendo assim este recurso pedagógico é mais

um instrumento de acesso ao conhecimento elaborado.

O professor fará uso do Laboratório de Informática como recurso

pedagógico para o Ensino de qualidade e condizente com a realidade social

informatizada.

O laboratório de informática auxiliará os professores e alunos como

instrumento de pesquisa e apoio do ensino e da aprendizagem. Os alunos

também usarão o Laboratório de Informática em forma de contraturno, com

atividades do Aluno Integrado, em que o trabalho é feito no horário oposto do

curso regular do aluno, fazendo 4 horas-aula semanais.

6.24 Projetos

46

Os projetos serão elaborados e desenvolvidos pela comunidade escolar

enfocando temas contemporâneos. Os projetos têm como objetivo principal o

envolvimento da comunidade escolar e a resolução de problemas do processo de

ensino e aprendizagem, ordem social, comportamental e preservação da vida e

meio ambiente.

6.25 Jogos Escolares

Os jogos escolares são atividades que os alunos esperam ansiosamente,

por serem recreativos, sociais, desenvolvendo o espírito competitivo de grupo,

sendo este participativo e não somente competitivo.

Para que haja uma maior integração lúdica entre os alunos, são propostos

os jogos escolares, mostrando a importância das atividades físicas, seja qual for a

série e a faixa etária dos alunos.

6.26 Escola lê

A leitura é um hábito saudável que deve ser desenvolvido também na

escola.

Motivar e desenvolver o gosto pela leitura é principalmente tarefa do

professor, pois se trata do maior vínculo da aprendizagem. É através da leitura

que se desenvolve as capacidades em quaisquer área do conhecimento. O

Colégio desenvolverá o Projeto a Escola Lê em que um dia alternado durante as

semanas do ano letivo toda a comunidade escolar realiza leitura por uma

hora/aula.

Plano de Ação da Escola

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Além dessas atividades citadas no Marco Operacional a cada início do ano

letivo será elaborado o Plano de Ação do Colégio onde serão definidas as

atividades pedagógicas para o ano, com a participação da comunidade escolar

(direção, Equipe pedagógica, professores e agentes educacionais I e II). O Plano

de Ação da Escola deve:

• Definir ações a curto prazo;

• Organizar coletivamente o trabalho escolar: docentes, agentes

educacionais I e II, pais, alunos e outros;

• Definir ações imediatas necessárias à organização do trabalho escolar.

Toda a Ação educativa e os elementos envolvidos terão suas funções e

encaminhamentos definidas no Regimento Escolar.

7. BIBLIOGRAFIA

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Educação Nacional: Brasília 1996.

BRASIL, Constituição Federal: Brasília. 1988.

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___________ Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de

avaliação escolar, 15ª Edição. São Paulo: Libertad. 2005.

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trabalho pedagógico. 2ª Edição, Campinas: Papirus, 1996.

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_______Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva, 4ª

edição, Campinas: Papirus, 1997.

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