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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL
COLÉGIO ESTADUAL JARDIM INTERLAGOS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CASCAVEL
2012
1
SUMÁRIO
2
1. APRESENTAÇÃO 3
2. MARCO SITUACIONAL 4
2.1. IDENTIFICAÇÃO 4
2.2. CARACTERIZAÇÃO 4
2.3. TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 7
2.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS 27
2.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA-CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR 28
2.6. PLANO DE AÇÃO 2012 30
3. MARCO CONCEITUAL 34
3.1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 34
3.2. OBJETIVOS GERAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 40
3.3. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 41
3.4. PRESSUPOSTOS DO ESTABELECIMENTO 43
3.5. EDUCAÇÃO INCLUSIVA 46
3.6. GESTÃO DEMOCRÁTICA 48
3.7. INSTÂNCIAS COLEGIADAS 61
3.8. SISTEMA DE AVALIAÇÃO 63
3.9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DO PPP 64
4. MARCO OPERACIONAL 72
4.1. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO PARA O ANO LETIVO DE 2012 72
4.2. FORMAÇÃO CONTINUADA 78
4.3. ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE 79
4.4. DIVERSIDADE EDUCACIONAL 80
4.5. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS 85
4.6. ARTICULAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE 94
4.7. CONCEPÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SEED 96
5. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR 97
1. APRESENTAÇÃO
O Projeto-Político-Pedagógico do Colégio Estadual Jardim Interlagos busca
explicitar os fundamentos filosóficos, epistemológicos e políticos que fundamentam as
ações de todos aqueles que trabalham ou colaboram para o bom andamento das ações
que se realizam nesta unidade escolar. Neste sentido, procura garantir a unidade e a
coerência na postura metodológica, no objetivo, na organização, na forma de
implementação e avaliação institucional, tendo por base as reais condições dos
profissionais da escola e da comunidade, bem como, os recursos humanos, materiais e
financeiros disponíveis para a efetivação do processo educacional.
Entendemos que o desafio da gestão democrática na unidade escolar, encontra-
se diretamente articulado com o desafio posto à sociedade de democratizar as relações
sociais mais amplas, na esfera política, econômica e cultural, extrapolando os muros da
escola. Ao mesmo tempo, estabelece no interior desta instituição o debate e o desafio
da qualidade do ensino, voltado à necessidade da compreensão crítica das relações
sociais.
O Projeto Politico Pedagógico proposto por esta instituição pretende realizar
atividades planejadas e organizadas de forma coletiva e participativa, em que o todo da
organização esteja voltado para a efetivação do processo educativo com o compromisso
de assegurar uma aprendizagem significativa.
É necessário explicitar a natureza política da ação de todos os envolvidos para
que, conscientes da não-neutralidade possamos elencar ações que visem enfrentar os
desafios do cotidiano escolar de forma planejada, organizada, assumindo uma postura
comprometida com as causas populares e com o todo da organização do trabalho
escolar.
Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico busca projetar os rumos que se quer
seguir, estabelecendo metas coletivas para que cada uma das esferas envolva-se nas
ações. Assim, a elaboração de projetos necessários para o alcance dos objetivos
propostos torna-se relevante. Quando esses fatos se concretizam e são sistematizados,
já não são mais os mesmos, no entanto: o caráter provisório que os circundam não
3
significa espontaneísmo, e reflete a necessidade de revisão permanente e a convicção
de que somos sujeitos históricos, frutos das nossas ações e relações, sujeitos
determinados e determinantes, portanto, construídos e reconstruídos.
2 - MARCO SITUACIONAL
2.1 IDENTIFICAÇÃO
O Ato de Regulamentação que autoriza o funcionamento deste estabelecimento
está acordado na Resolução 4063/1991 publicado no Diário Oficial no dia 06/12/1991 e
reconhecido na Resolução 3565/1992 publicado no Diário Oficial 11/11/1992 para o
Ensino Fundamental, curso renovado na Resolução 0648/2008 no Diário Oficial
05/05/2008 e para o Ensino Médio na Resolução 1896/2033 publicado no Diário Oficial
11/08/2003, curso renovado na Resolução 4185/2008 e publicado no Diário Oficial no
dia 28/10/2008.
DENOMINAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL JARDIM INTERLAGOS - EFM
ENDEREÇO: RUA LUIZ DE CAMÕES, Nº 04
CEP: 85.814-276 FONE: (045)3323–2489/3323-3967
MUNICÍPIO: CASCAVEL
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
2.2. CARACTERIZAÇÃO
Modalidades da Educação Básica
( )Educação Infantil
(X)Ensino Fundamental ( X ) Regular
(X)Ensino Médio ( X ) Regular
(X)Educação Especial
(X)Educação de Jovens e Adultos: Por meio de APED
Turno de funcionamento
( X) Matutino ( X ) Noturno
( X) Vespertino ( X ) Integral
4
Regime de funcionamento do curso
Ensino Fundamental - Implantação Simultânea em 1992
Sistema: seriado anual.
Ensino Médio – Implantação Gradativa em 1998
Sistema: seriado anual
Educação Especial: Res. Nº 3913/06 DOE 17/08/2006,
PARECER 2047/2006 - CEF
Educação de Jovens e Adultos: A escola sedia turmas da APED do Colégio Estadual
Jardim Clarito, desde o início do ano letivo de 2012, no período noturno, contando com
36 (trinta e seis) alunos matriculados no Ensino Fundamental e 22 (vinte e dois)
matriculados no Ensino Médio.
Carga horária total
Ensino Fundamental Regular: 3332 H/A
Ensino Médio Regular: Diurno 2500 H/A Noturno: 2500 H/A
Duração
Ensino Fundamental: 04 anos
Ensino Médio: 03 anos
Módulo
Ensino Regular: 40 semanas
Número de turmas de cada modalidade
Ano Período Total de turmas Total de alunos
6º Vespertino 6 136
7º Vespertino 7 212
8º Vespertino 1 30
8º Matutino 4 133
5
9º Matutino 4 141
1º Matutino 3 99
1º Noturno 1 38
2º Matutino 2 61
2º Noturno 1 35
3º Matutino 1 47
3º Noturno 1 32
Sala de recursos Matutino 1 20
Sala de recursos Vespertino 1 20
Atividade
Complementar
Matutino 3 100
Total ---- 37 1104
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Base Nacional Comum
Disciplinas Anos
6º 7º 8º 9º
ARTE (704) 2 2 2 2
CIÊNCIAS (301) 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA (601) 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO (7502) 1 1 0 0
GEOGRAFIA (401) 3 3 3 3
HISTORIA (501) 3 3 4 3
LÍNGUA PORTUGUESA (106) 4 4 4 4
MATEMÁTICA (201) 4 4 4 4
Parte Diversificada L.E.M. INGLÊS 2 2 2 2
Matriz Curricular do Ensino Médio
Base Nacional
Comum
Disciplinas Ano1º 2º 3º
ARTE (704) 2 2 2BIOLOGIA (1001) 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA (601) 4 2 3FILOSOFIA (2201) 3 3 4FÍSICA (901) 2 2 2
6
GEOGRAFIA (401) 2 2 2HISTORIA (501) 4 4 4LÍNGUA PORTUGUESA (106) 0 2 2MATEMÁTICA (201) 2 2 2QUÍMICA (801) 2 2 2SOCIOLOGIA (2301) 4 2 3L.E.M.-INGLÊS (1107) 3 3 4
2.3 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Colégio Estadual Jardim Interlagos – Ensino Fundamental e Médio, situado na
Rua Luiz de Camões nº 04, Bairro Jardim Interlagos, na cidade de Cascavel, Estado do
Paraná, é um estabelecimento de ensino da rede pública estadual, mantida pelo
Governo do Estado do Paraná, com autorização de funcionamento conforme resolução
nº 4063/91 de 06 de dezembro de 1991, para o curso de ensino fundamental de 5º a 8º
série de forma simultânea.
O estabelecimento iniciou suas atividades em fevereiro de 1992, no período
noturno e a partir de 1996 no período vespertino e noturno, e, em 1997, matutino,
vespertino e noturno.
O ensino noturno de jovens e adultos do Ensino Fundamental (EJA), foi
autorizado e implantado de forma gradativa através da resolução 2708/97 de 08 de
agosto de 1997. O Ensino Médio de jovens e adultos (EJA) noturno foi autorizado pela
resolução 855/99 de 19 de fevereiro de 1999 de forma gradativa.
O Ensino Médio regular noturno, foi autorizado de forma gradativa através da
autorização nº 441/98 de 05 de fevereiro de 1998. Os referidos cursos funcionaram até
24 de agosto de 2001, no prédio do município situado na Av. Interlagos, nº 541 no Bairro
Jardim Interlagos, que tem por nome Escola Municipal Francisco Vaz de Lima.
A partir de 24 de agosto de 2001, o Colégio passou a funcionar em prédio próprio.
As novas instalações seguem o novo porte de construção determinado pela Secretaria
de Educação do Paraná, isto é, com salas, laboratórios, biblioteca, sala de multiuso,
refeitório, cozinha, quadra e demais dependência, inclusive com dependências próprias
para educação especial. Em 1992 não havia diretor designado, em fevereiro de 1993
assumiu a professora Dulce Rodrigues Teixeira, permanecendo até 31 de dezembro de 7
2001.
No ano de 2002, tomou posse através da resolução nº 3069/01, a Senhora
Claudia de Morais para um mandato previsto para dois anos.
No ano de 2004, tomou posse na direção do Colégio, através da resolução nº
4254/2003, o Senhor Paulo Meinerz para mandato previsto para dois anos.
No ano de 2006, foi eleita por consulta a comunidade como Diretora a Sra. Janete
Pipino Gonçalves, e Direção auxiliar o Sr. Adenilson Moreira de Souza, através da
Resolução nº 058/2006, de 16 de Janeiro de 2006, para mandato previsto para dois
anos, prorrogado até Dezembro de 2008.
No final do ano de 2008, foi eleito por consulta a comunidade como Diretor o Sr.
Adenilson Moreira de Souza, e Diretora auxiliar Professora Pedagoga Vanilda Dias de
Souza tomaram posse através da resolução 5909/2008 para o período previsto de 3
anos, porém a Sra Vanilda Dias de Souza pediu afastamento do cargo por motivos
pessoais e remoção para outro estabelecimento de ensino, assim por voto em
assembleia ficou eleita para o cargo a de Direção Auxiliar a Professora e Pedagoga
Marli Timm Vanelli.
Em 31 de agosto de 2011 foram destituídos da direção o Diretor Adenilson Moreira de
Souza e a Diretora Marli Timm Vanelli e foram empossados por designação da
Secretária de Estado da Educação SEED conforme portaria número 1802/2011
publicados no Diário Oficial do Estado do Paraná em 07 de Novembro de 2011, como
Diretora a Professora Zenilde Zoboli com 40 horas semanais, e as Diretoras auxiliares
Eunice Parada com vinte horas semanais no período matutino, e a Professora Luci
Aparecida Borges com vinte horas semanais no período vespertino.
Quadro de profissionais
Direção Escolar
DIREÇÃO ESCOLARNome Função Carga Horária
Zenilde Zoboli Direção 40 horas-aulaMaria Izabel Hotz Direção-Auxiliar 20 horas-aula
Atribuições
Art.1° A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos 8
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação
em vigor.
Art. 2° A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Art. 3° Compete ao diretor(a):
I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância
às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-
lo à aprovação do Conselho Escolar;
VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho
Escolar e fixando-os em edital público;
X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;
XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos
da administração estadual;
XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente
escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XIII. deferir os requerimentos de matrícula;
XIV. elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo
9
com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do
Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para homologação;
XV. acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o
cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária, conteúdos aos discentes e
estágios;
XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa
no âmbito escolar;
XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,
após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou
fechamento de cursos;
XIX. participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências
sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa dos
Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios
Escolares e equipe auxiliar operacional; dos Funcionários que atuam nas Áreas de
Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação
Escolar e Interação com o Educando;
XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XXIV. solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de na
demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções
emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
10
inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com
a comunidade escolar;
XXVI. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
XXVII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
XXVIII. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
XXIX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXX. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXXI. assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
XXXII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar;
Art. 4° Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as
suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.
Equipe Pedagógica
Nome FORMAÇÃO Vínculo Carga horária
Karin Lucia Franca Reck Brum Pedagogia REPE 20h
Maria Odete Rosa Rodrigues Pedagogia SCO2 20h
Marli Timm Vanelli Pedagogia QPM 40h
Selma Andrade Moraes de Jesus Pedagogia PSS 40h
Silmara Eliane de Souza Pedagogia SCO2 20h
Terezinha Pontes Pedagogia QPM 20h
Atribuições
11
Art. 1° Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
Art. 2° Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,
em uma perspectiva democrática;
Art. 3° Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar;
Art. 4° Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
Art. 5° Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto
ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
Art. 6° Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
Art. 7° Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e
o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
Art. 8° Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o
trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
Art. 9° Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenções decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
Art. 10° Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
Art. 11° Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de
ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
12
pedagógico;
Art. 12° Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar,
com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
Art. 13° Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
Art. 14° Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
Art. 15° Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros
e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
Art. 16° Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
Art. 17° Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento
de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e
projetos de incentivo à leitura;
Art. 18° Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física e Biologia e de Informática;
Art. 19° Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
Art. 20° Coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
Art. 21° Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação
da Secretaria de Estado da Educação;
13
Art. 22° Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógico e do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
Art. 23° Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
Art. 24° Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
Art. 25° Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do estabeleci mento de ensino;
Art. 26° Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
Art. 27°Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
Art. 28° Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão
parcial, conforme legislação em vigor;
Art. 29° Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de
dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;
Art. 30° Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de
Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência;
Art. 31° Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
Art. 32° Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
Art. 33° Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
14
Art. 34° Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,
visando encaminhamento aos serviços e Apoios especializados da Educação Especial,
se necessário;
Art. 35° Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
Art. 36° Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
Art. 37° Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos;
Art. 38° Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e
curriculares e no processo de inclusão na escola;
Art. 39° Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados
de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e
trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação
Especial e ensino regular;
Art. 40° Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino
extracurricular plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna;
Art. 41° Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
Art. 42° Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
Art. 43° Elaborar seu Plano de Ação;
Art. 44° Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. 15
Professores do Quadro Próprio do Magistério - QPM
PROFESSOR(A) FORMAÇÃO/DISCIPLINA
1 ADRIANA SCHAWABE REIS MAT. E SALA DE APOIO
2 ANTONIETA MARIA PELISSARI CIÊNCIAS
3 CLARISA CARLA DE PAULA CHAGAS EDUCAÇÃO FÍSICA E MAIS
EDUCAÇÃO LUTAS E DANÇA
4 CLAUDETE MATHES PLANK HIST. E MAIS EDUCAÇÃO - HIS
5 CLAUDIA PICHEK EDUCAÇÃO FÍSICA
6 DANIELLE BIN DOS REIS LÍNGUA PORTUGUESA
7 EVANDRO ROBERTO BLOOT CIÊNCIAS
8 EDIMOR ANTONIO MICHELON EDUCAÇÃO FÍSICA
9 ELIZANDRIA BARBOSA VIANA FÍSICA
10 IZABEL MENTGES ARTE
11 JANAINA SCHEMMER LAZZERIS MATEMÁTICA
12 LENIR MARIA DE MOURA MATEMÁTICA
13 LUCIANE NERIS CAZELLA LEM - INGLÊS
14 LUCI APARECIDA BORGES LÍNGUA PORT. SALA DE APOIO
15 MARINALVA DE BONE ENSINO RELIGIOSO
16 MARLI APARECIDA BENCZ LEM - ESPANHOL
17 MARIA SALETE ZANIN SALA DE RECURSOS
18 MARINALVA DE SOUZA PEREIRA HISTÓRIA
19 MARIO AUGUSTO CERQUEIRA GEOGRAFIA
20 MARLICE FEIL KMETZKE FILOSOFIA
21 MARLI TEREZINHA FERRAZ LÍNGUA PORTUGUESA
22 PAULO MEINERZ HISTÓRIA
23 ROSANGELA KARVAT DE OLIVEIRA LÍNGUA PORT. SALA DE APOIO
24 ROSELI DE OLIVEIRA NASCIMENTO MATEMÁTICA
24 TAIZA FERRONATO ZART BIOLOGIA
16
Professores do Quadro Próprio do Magistério - PSS
PROFESSOR(A) FORMAÇÃO/DISCIPLINA
1 ADRIANA DENISE MARIM BIOLOGIA - CIÊNCIAS
2 ALINE DANIELLY AWADALAK MAIS EDUCAÇÃO-MIDIAS
3 ANDERSON DE MOURA SQUISSATTO MATEMÁTICA
4 ANGELA DE FÁTIMA KULBA HISTÓRIA
5 ALESSANDRO VAGNER RODRIGUES GEOGRAFIA
6 ANDERSON RYCARD BOIAGO GEOGRAFIA
7 DEBORA SANTOS FABIAN LÍNGUA PORTUGUESA
8 EDINEI JOÃO BOM GEOGRAFIA
9 ELIZANGELA GRIGGINI PEDROSO QUÍMICA - CIÊNCIAS
10 ERIC RODRIGO GONÇALVES EDUCAÇÃO FÍSICA
11 EVERTHON ZAHLFELD DE MORAES LEM ESPANHOL
12 FRANCIELLY KARVAT DE OLIVEIRA MATEMÁTICA
13 HILÁRIO WELTER SOCIOLOGIA
14 JULIE ANDREA MINKE EDUCAÇÃO FÍSICA
15 LUIZA ERMIDE VIANI LÍNGUA PORTUGUESA
16 LEANDRO ALFREDO BEILNER EDUCAÇÃO FÍSICA
17 LEODEFANE BISPO DA SILVA GEOGRAFIA
18 LUCIA IDICK SHERPINSKI MATEMÁTICA
19 LUCELENE MACIEL DOS SANTOS HISTÓRIA E ENS. RELIGIOSO
20 MARCO ANTONIO RODRIGUES ARTE
21 MARIA DAS GRAÇAS DE LIMA ROSA GEOGRAFIA
22 MARILENE BORGES POHL ENSINO RELIGIOSO
23 MAYARA CRISTINA DOS SANTOS LEM - INGLÊS
24 SHIRLEY SOARES MAGRO EDUCAÇÃO FÍSICA
25 SABANA APARECIDA CONSTANTINO ARTE
26 SIMÃO FELIPE SOUZA GEOGRAFIA
27 ULISSES MATHEUS PESSOA ARTE – MAIS EDUCAÇÃO
28 VALDELICE FAGUNDES ALVES GEOGRAFIA
29 VIVIANE CARLA COSTA QUÍMICA
17
Atribuições
Art. 1° A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados.
Art. 2° Compete aos docentes:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho
Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico e as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e
materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de
instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do
período letivo;
IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com
dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do
pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais
18
e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação
Especial, se necessário;
X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com
vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no
processo de ensino e aprendizagem;
XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao
professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da
Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou modificações no
processo de intervenção educativa;
XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão
registradas e assinadas em Ata;
XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
XVIII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas
e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme
19
determinações da SEED;
XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;
XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade;
XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor
e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e
educativa;
XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que
lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
XXXI. utilizar adequadamente os espaços e materiais didático pedagógicos disponíveis,
como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem
de cada jovem, adulto e idoso;
XXXII. atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual,
como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela SEED;
XXXIII. participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela SEED, quando
docente da EJA.
20
Agentes Educacionais I
Atribuições
A Equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção Infraestrutura
Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o
Educando cabe a função de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do
estabelecimento de ensino, bem como supervisionar o alunado, orientando os mesmos
quanto ao cumprimento dos seus deveres enquanto estudantes.
É de sua competência:
• Informar à equipe pedagógica e direção sobre irregularidades ocorridas nas
dependências do estabelecimento de ensino no período de aula;
• zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas
dependências da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como
identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento
policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo,
21
AGENTE EDUCACIONAL I FORMAÇÃO VÍNCULOClarice Marly Masceno Dias Ens. Fundamental CLADAureni Louback Simão Ens. Médio QFEBEdileuza Faria da Silva Ens. Médio PSSIrene Antonia Veloso Ens. Fundamental QFEBMaria Gardsz Ens. Fundamental PREDMaria José da Silva Faria Ens. Fundamental PREDSônia Aparecida da Silva Simão Ens. Médio QFEBAndréia Pozzobom Ens. Médio PSSAna Aparecida Bonfim da Silva Ens. Médio PSSDircelia da Silva Evangelista Ens. Médio PSSGelson Daudt Colaço Ens. Médio PSSSilmara Rodrigues Ens. Médio PSSLourdes Machado Venancio Ens. Fundamental QFEBLuci Vesohoski Ens. Médio PSS
obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;
• controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino,
cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;
• encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme
necessidade;
• Preparar e servir a merenda escolar, auxiliando na organização e controle do
estoque, informando ao responsável pelo controle da mesma a necessidade de
reposição do estoque e o prazo de validade da merenda;
• organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da
mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício;
• Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,
procedendo à limpeza e a arrumação;
• Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico
escolar;
• executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, lavar salas,
banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes,
profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de
cada espaço;
• efetuar a limpeza interna e externa do estabelecimento de ensino e manter em
ordem as instalações escolares, tendo cuidado com os materiais e produtos
utilizáveis;utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e
conservação do mobiliário escolar;
• abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a
segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;
• efetuar serviços de arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação
necessária aos turnos existentes na escola;
• solicitar com antecedência o material necessário à manutenção de limpeza; 22
responsabilizando - se pela conservação e utilização adequado do mesmo;
• racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como
vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.;
• disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo
a coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que
estejam na escola para tal;
• coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto;
• executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola;
• realizar à abertura e o fechamento do estabelecimento de ensino;
• abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom
andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou
outras atividades da escola;
• guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou
deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;
• preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;
• participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros
correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado;
• participar na construção e efetivação da Proposta Pedagógica do Estabelecimento
de Ensino.
• agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do
ambiente físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar, mediando e dialogando
sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural
esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e
ambientais;
• efetuar tarefas correlatas à sua função.
A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o
23
expediente conte sempre com a presença de um responsável, independentemente da
duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamentos do Estabelecimento.
Entretanto o que vem dificultando o trabalho é a falta de mais profissionais para auxiliar
na limpeza do prédio.
Agentes Educacionais II
Atribuições
Art. 1° A secretaria tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e
correspondência do Estabelecimento, bem como atendimento ao alunado e toda a
comunidade escolar.
Art. 2° As atividades desenvolvidas pela secretaria são supervisionadas pelo
secretário e subordinadas à Direção.
Art. 3° Compete a Equipe Técnica Administrativa e a secretaria:
I. Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar;
II. Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
III. Distribuir as tarefas decorrentes dos cargos da secretaria aos seus auxiliares;
IV. Redigir a correspondência que lhe for confiada;
V. Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, ponto de funcionários, resoluções, circulares e demais documentos;
VI. Rever todo o expediente e a ser submetido a despacho do Diretor;
24
AGENTE EDUCACIONAL II FORMAÇÃO VÍNCULOBruno Christofoleti Ventura Gestão Pública QFEBCamila Christofoleti Ventura Administração QFEBJ osé Luiz Dias Pedagogia QFEBNerinha Cunha Ens. Médio QFEBRegina Sobral Christofoleti Gestão Pública QFEBElisabete Cavalari e Souza Ed. Física PSSMaria Eneide da Silva Plakitquen Ens. Médio PSS
VII. Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;
VIII. Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
IX. Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação;
X. A identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
XI. A autenticidade dos documentos escolares;
XII. Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão de curso;
XIII. Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à
secretária;
XIV. Comunicar à direção toda irregularidade que venha a ocorrer na secretaria;
XV. Participar dos Conselhos de Classe e elaborar a Ata deste. Bem como, informar a
movimentação dos alunos neste;
XVI. Participar no processo de construção do P.P.P. e de sua implementação.
XVII. Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e
gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia;
XVIII. Manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos;
XIX. Receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da
escola;
XX. Emitir e assinar documentos;
XXI. Classificar, protocolar e arquivar documentos;
XXII. prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial;
XXIII. atender ao telefone;
XXIV. prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e
atividades desenvolvidas na unidade escolar;
XXV. lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração;
XXVI. manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do
estabelecimento de ensino;
XXVII. manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da
25
escola;
XXVIII. comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola;
XXIX. manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao
estabelecimento de ensino;
XXX. executar trabalho de reprografia;
XXXI. participar de reuniões escolares sempre que comunicado e se faça necessário;
XXXII. participar de eventos de capacitação sempre que solicitado;
XXXIII. manter organizado o material de expediente da escola;
XXXIV. comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente
para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;
XXXV. executar outras atividades correlatas às ora descritas;
XXXVI. catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD;
XXXVII. registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de
ciências e de informática;
XXXVIII. manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;
XXXIX. restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;
XL. atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco
de dados;
XLI. zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca;
conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de
informática e de ciências;
XLII. registrar empréstimo de livros e materiais didáticos;
XLIII. organizar agenda para utilização de espaços de uso comum;
XLIV. zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador,
buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos
disponíveis na escola;
XLV. quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de
interesse da unidade escolar;
XLVI. decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática
escolar;
26
XLII. Executar outras atividades correlatas às ora descritas.
2.4 AMBIENTES PEDAGÓGICOS
Entendemos que o ato pedagógico ultrapassa os ambientes das salas de aulas e
laboratórios. O Colégio Interlagos possui diversos ambientes pedagógicos que
diretamente ou indiretamente estão relacionados ao processo de ensino e de
aprendizagem dos conteúdos escolares e desempenham importante função no
processo pedagógico, sendo que o processo de ensino e de aprendizagem, na
perspectiva da mediação dialética, diz respeito não só a compreensão dos conteúdos
produzidos historicamente, mas também sua aplicação. Dessa forma, todos os
profissionais da escola desempenham o ato pedagógico, objetivando que nossos alunos
possam internalizar os conhecimentos escolares como meio de melhorar suas
condições de vida e contribuir para sua formação humana integral. Nesta perspectiva o
domínio dos conhecimento sistematizado historicamente precisa ir para além da simples
verbalização do discurso formal, mas relacionado com a prática cotidiana.
O colégio conta com vários ambientes pedagógicos que se referem diretamente ao
conteúdo escolar, sendo eles:
• Uma Biblioteca espaço indispensável a integra estrutura organizacional do
Colégio , propicia suporte ás atividades de ensino e de pesquisa,;
• O Laboratório de química, para realizar as experiências concretas do conteúdo
específico ministrado, relacionando a teoria com a prática;
• Laboratório de física, também para desenvolver as aulas relacionando as
experiências práticas com o conteúdo da disciplina.
• O Laboratório de Informática tem por finalidade auxiliar no desenvolvimento de
conteúdos e de atividades escolares, onde o aluno com essa ferramenta pesquisa
e experimenta diferentes situações que auxiliam no seu aprendizado, dá ao aluno
uma visão enriquecida do conteúdo, somando o que é aprendido na sala de aula
e o que é aprendido no laboratório de informática.
• Salas de aulas, ambiente pedagógico essencial na relação professor e aluno,
27
ensino e aprendizagem
• Sala de recurso, lócus específico para desenvolver atividades de acordo com as
necessidades individuais e especiais dos alunos.
• A Sala de Multi Mídia é reservada as atividades extra classe, todos os
professores a utilizam para apresentações de trabalhos e apoio pedagógico ao
conteúdo de sala de aula;
• Quadra de esportes, espaço reservado para a prática dos conteúdos das da
disciplina de educação física é utilizada também para realização de projetos que
requerem um espaço amplo;
• O Refeitório é um espaço amplo e arejado e conta com 11 mesas e 04 bancos e
50 cadeiras ambiente reservado as refeições dos alunos.
Para dar suporte ao processo de ensino aprendizagem, o Colégio conta com:
• Sala de professores, local de hora atividade, planejamento pedagógico, correções
de provas, pesquisa e estudos.
• Sala de coordenação, para todas as atividades pertinentes ao apoio pedagógico,
orientação, planejamento e avaliação de todo o processo pedagógico.
• Sala da direção, para todas as atividades administrativas e pedagógicas
relacionadas a dinâmica da escola.
2.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA-CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR
Para traçar um perfil sócio cultural da comunidade escolar, faz-se necessário o
conhecimento do contexto social da comunidade na qual a escola está inserida, pois
esse é um fator fundamental quando se pretende traçar metas que se efetivem
realmente, não se transformando apenas em um aspecto utópico, neutralizando as reais
possibilidades de ações efetivas.
A comunidade que compõe o bairro Jardim Interlagos é composta basicamente
por pessoas de baixa renda. Muitos dos nossos alunos não têm pai ou mãe, vivem com
os avós ou tios, isto é o reflexo de constantes assassinatos e pais jovens que
28
envolveram-se com o tráfico, entre outros problemas que se refletem dentro do nosso
estabelecimento.
Muitos dos pais, nessa comunidade sobrevivem da coleta de materiais
recicláveis, também encontramos grande número de domésticas, com empregos sem
estabilidade. Mas felizmente também temos grande parte de nossos alunos que já estão
incluídos no mercado de trabalho, através do estágio remunerado.
O Bairro possui um Centro da Juventude em funcionamento desde maio deste
ano (2012) com objetivo de atender jovens e adolescentes em atividades esportivas,
culturais, cientificas e de lazer, no qual atende muitos alunos em contraturno o que tem
refletido significativamente na aprendizagem dos nossos alunos e reduzindo os
problemas de adolescentes em conflito com a lei.
Como a violência se faz presente no dia a dia de nossos educandos, contamos
com esses programas para que os problemas dessa natureza possam ter cada vez
menos espaço nesse bairro. Felizmente a violência tão evidente no bairro não se reflete
dentro da escola, pois poucos são os casos de agressão entre alunos. No entanto um
dos nossos maiores problemas no colégio é a invasão de adolescentes que não são
alunos deste estabelecimento, porém há um mês foi instalado no bairro uma Unidade de
Policia Pacificadora-UPS contribuindo e agilizando dessa forma os encaminhamento
para a Patrulha Escolar que tem prestado um excelente trabalho a nossa escola. Mas a
abordagem destes tem limites, pois os adolescentes são menores. Nessa perspectiva
esperamos contar com mais envolvimento de todas as instâncias que tratam dos
problemas de crianças e adolescentes, para que estes não sofram a intervenção da
polícia ou ainda corram risco na localidade.
Infelizmente essa situação se agrava muito em função do medo que os pais e
alunos têm em denunciar os problemas. Apesar desse enfoque, percebemos que as
famílias têm se colocado a disposição quando se trata de ensino-aprendizagem, pois
quando são convocados se fazem presentes.
Para melhor compreensão da situação do bairro fizemos pesquisa em 2010, onde
estão retratados a condição sócio-econômica, além das necessidades de abordagem
local. A grande maioria retratou no questionário que a maior dificuldade do bairro é o
29
efetivo de polícia constante nessa localidade, o que recentemente melhorou com o
trabalho da UPS. Assim além dos números que estão relatados nas tabelas buscamos
algumas informações detalhadas a respeito do que mais incomoda os nossos
educandos fora e dentro da escola. Estão relatados abaixo os problemas e as sugestões
para solução dos mesmos. Assim os alunos, a direção, os professores e demais
funcionários, opinaram sobre as possíveis soluções dos problemas relatados. Entre
outras soluções a que nós destacamos é o comprometimento de trabalhar a Educação
Fiscal, para determinar outras rotas para nossa escola. Além do projeto onde estaremos
tratando da questão das drogas, que também é um grande desafio a ser enfrentado,
nesse caso o assunto será tratado inicialmente com alunos dos 6° e 7° anos com seus
respectivos responsáveis.
2.6. PLANO DE AÇÃO 2012
PROBLEMA JUSTIFICATIVA SUGESTÕES PARA SOLUÇÃO
VIOLÊNCIA Grande número de alunos pedem
providências em relação a falta de
comprometimento da comunidade
quanto violência, por medo e por
conivência com o fato em si. Nesse
caso a situação socioeconômica e
cultural em que a comunidade se
encontra, se reflete na escola.
Precisamos envolver os pais em trabalho
educativo e coletivo na construção de uma cultura
contra a violência. Abordar a questão em forma
de diálogo através de palestras com profissionais
da área. A Patrulha Escolar também desenvolve
um trabalho de prevenção junto a comunidade
escolar, com palestras de esclarecimentos. O
Conselho Escolar esclarece sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente. Buscar a Rede de
Apoio. Buscar atendimento psicológico para os
alunos que tenham características de violência. A
violência verbal deve ser trabalhada por todos os
professores.
BRIGAS Alguns alunos cultivam as suas
diferenças e se reúnem em grupos para
demonstrar poder. Assim a escola é o
lugar onde encontram receptividade
para essa ação no coletivo.
Muitos desses casos têm sido resolvido na própria
escola, primeiramente com os alunos envolvidos
na situação apresentada e se necessário com a
presença dos pais, somente quando não se
consegue entendimento entre alunos, escola e
30
pais é solicitado o apoio da Patrulha Escolar.
Para minorar essa situação precisamos orientar
os pais os alunos abordando o Estatuto da
Criança e Adolescente, para tanto estaremos
buscando apoio externo, assim como a Rede de
Proteção da criança e do adolescente.
DEPREDAÇÃO Quanto as: fechaduras, portas,
vidros, ventiladores, lixeiro, carteiras,
descarga no banheiro, saboneteira,
iluminação, tomadas, ventiladores,
tomadas quebradas. A maioria destes
itens, foram reformados no início deste
ano. Pedido de espelho, papel higiênico
entre outros materiais. Grande parte
desses itens, foram repostos no inicio
deste ano, necessita de ações
preventivas para continuação deste
projeto.
Além do trabalho até então organizado,
diminuindo a quebradeira, precisamos de ações
coletivas na conscientização de todos os
envolvidos na escola. Nesse caso a participação
dos pais, alunos e profissionais da educação em
mutirão de preservação. Dar-se-á também a
continuidade do trabalho da Educação Fiscal na
disciplina de história. Quanto ao material
solicitado pelos alunos, estaremos tentando
atendê-los na medida do possível.
INVASÃO Devido ao trabalho
educativo/preventivo do ano anterior
estima-se que não haja reincidências
da invasão. Porém havendo invasão
será tomado medidas cabíveis a
situação.
O trabalho da coletividade vem frutificando
positivamente. Nessa situação podemos dizer que
temos avançado bastante, felizmente a ação da
Patrulha Escolar nos momentos mais críticos foi
de grande relevância. Pois sem esse apoio a
nossa ação ficaria restrita. É competência da
equipe educacional desenvolver na escola
projetos e programas que envolvam os alunos na
conscientização e preservação do ambiente
escolar.
APARELHO
SONORO DURANTE
AS AULAS
Aparelho sonoro de qualquer natureza
que não seja de uso pedagógico (caixa
de som) é proibido na escola por
determinação de Lei Municipal; no
entanto é vedado ainda o uso de
celulares na sala de aula.
No caso do som na escola podemos buscar
parceria com os órgãos competentes para que
saibamos quais ações podemos pensar no
coletivo da escola. Nas situações que até então
temos encontrado estamos buscando ação junto
aos pais, no entanto esse trabalho ainda é muito
restrito.
ROUBO DE Com as fechaduras nas portas, o furto Todo o trabalho na escola é e sempre deverá ser
31
MATERIAIS tende a diminuir. educativo. Portanto esta situação também será
direcionada a educação do aluno que causou o
dano, fazendo cumprir o Estatuto da Criança
Adolescente, assim como o cumprimento do
Regimento Escolar. Contamos também com o
trabalho intensivo dos professores em sala de
aula, assim como toda a equipe pedagógica.
ALUNOS FUMANDO
NO PATIO
O tabagismo tem causado grandes
problemas na escola, pois é uma ação
individual que interfere na condução
coletiva. Lei que proíbe o tabagismo
nas escolas de Cascavel Nº:5.436/2010
será consultada.
No uso da Lei estaremos buscando junto aos
órgãos competentes mecanismos de
conscientização dos adolescentes que fazem uso
de qualquer tipo de entorpecente e ou cigarro,
entre outros no nosso estabelecimento. Assim
como a escola também abordará esse tema com
a organização de palestras sobre o assunto. Lei
Nº:5.436/2010 que proíbe o tabagismo nos locais
que especifica e dá providências. Essa lei será
bem trabalhada com os alunos, para que no
próximo ano principalmente no noturno,
possamos tomar providências quanto ao uso do
cigarro no estabelecimento. Em caso de
reincidência a escola tomará medidas cabíveis.
Aos pais compete informar seus filhos que esse
uso fica estritamente proibido nas dependências
do colégio.
ALUNOS QUE
GAZEIAM AULA
O reflexo do ausência do aluno,
gazeando aula pode ser somente de
caráter individual, mas também pode
tornar-se problema coletivo. Quando o
aluno, que além de gazear aula ainda
atrapalha nas janelas. Os
responsáveis precisam ficar atentos,
pois ás vezes o seu filho está gazeando
aula e pode ser encaminhado ao
conselho tutelar, quando a escola não
tiver telefone de contato dos os pais.
O aluno que tiver número elevado de faltas é
encaminhado para o Conselho Tutelar após
tentativa de contato com a família. Assim quando
o aluno não frequenta a aula regularmente e os
pais são comunicados e a situação não se
resolve, o mesmo também será encaminhado.
Organizar reuniões para convocar os pais dos
alunos que gazeiam aula. Pois estes precisam ser
informados sobre a gravidade da situação do
adolescente que fica fora da sala de aula, o que
pode gerar algumas situações desagradáveis.
32
Como o encaminhamento para o Conselho
Tutelar.
FALTA DE VONTADE
DE ESTUDAR
A falta de vontade dos alunos para
apropriar-se do conhecimento se deve
ao descompromisso também dos
alunos. O guia mais seguro para o ser
humano é o estudo, pois esse garante
possibilidades de avanço. Não
abordamos aqui a questão profissional,
que também exige cada vez mais
instrução. A falta de perspectiva e de
senso de coletividade é o que contribui
para a desmotivação dos alunos.
Deve ser compromisso dos profissionais da
escola a conscientizar e mobilizar os alunos para
a importância do estudo. Valorizar e divulgar
alunos que estão cursando universidades
estaduais e outras.
Divulgar projetos federais, estaduais e municipais
que favorecem alunos das escolas públicas. A
orientação e a formação do aluno enquanto
objetivo na escola deve também ser compromisso
dos pais. Percebemos também a relevância de
diversificar a merenda escolar, como condição
básica para um bom rendimento escolar.
USO OBRIGATÓRIO
DO UNIFORME
Essa ação assim foi decidida para que
não tenhamos problemas com os
invasores. Alguns alunos não tem
como comprar a camiseta. Decisão em
assembleia.
Estamos empenhados em organizar a escola com
algumas regras bem fundamentadas, dentre elas
o uso do uniforme, estaremos buscando junto aos
órgãos competentes a disponibilização de verba
para comprar uniforme para aqueles alunos que
não dispõe de recursos para tal, a parceria com
as confecções e solicitação aos alunos a doação
de uniformes usados.
RESPEITO Percebe-se que em alguns momentos
há falta de respeito entre, alunos para
com os professores, entre alunos e
funcionários e vice versa, aluno e
aluno.
Construir com toda a comunidade escolar um
formato de organização tal, que todos se sintam
comprometidos com a aprendizagem, nesse
sentido o respeito coletivo e de todas as partes
envolvidas na comunidade escolar.
FALTA DE
PROFESSOR
Falta de comunicação por parte de
alguns professores, quando necessitam
faltar.
Compromisso coletivo de comunicar a escola
com antecedência, quando possível. E quando
gerar afastamento levar atestado ao NRE,
deixando na coordenação os livros de chama para
o professor substituto.
RÁDIO NO No momento não temos nenhum Com o envolvimento de alunos no Programa Mais
33
RECREIO expediente diferenciado no recreio.
pedido dos alunos, precisamos
convocar as instâncias para promover
esse intento.
Educação, e do grêmio estudantil poderemos
buscar recursos para tal empreendimento, este
será efetivado na ação coletiva. E com o
comprometimento de todos.
MELHORIAS NA
ESCOLA
Necessidade de quadra fechada,
mesas no refeitório, melhorias nos
quadros, mesas para os professores,
reformas de carteiras e mesas para os
alunos, lixeira nos pátios, ventiladores
nas salas, tomadas e fiação para tvs.
Arrecadação de verba com promoções para suprir
essa necessidade, envolvimento do GRÊMIO
ESTUDANTIL, da APMF. Solicitação de verbas do
fundo rotativo via SEED e NRE.
3. MARCO CONCEITUAL
3.1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
As condições para o desenvolvimento da multiplicidade de aspectos e dimensões
que constituem a vida humana devem ser garantidas em lei como direito à cidadania,
mas, para que se tornem direito de fato, devem ser efetivadas pela e na prática social. A
educação é um desses direitos sociais, assegurada na legislação brasileira a todos os
cidadãos, conforme determina a Constituição Federal de 1988, no seu art. 205 “A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando um pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
No entanto, a realidade tem demonstrado que, apesar da garantia da lei, ainda há
uma significativa exclusão das camadas mais pobres da população ao acesso e
principalmente de permanência na educação básica.
A Educação Básica é direito universal para o exercício da cidadania, por meio da
qual possibilita a conquista de outros direitos, definidos na Constituição Federal, no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e demais legislações, considerando as
dimensões do educar e do cuidar como funções indissociáveis, buscando recuperar,
nesse nível da educação, a centralidade do educando na sua essência humana.
Pelo que se pode constatar na legislação, à Educação Básica é atribuída uma 34
tripla finalidade na formação do educando:
- Promover a cidadania;
- Qualificar para o mundo do trabalho;
- Garantir as condições para a continuidade dos estudos;
Proporcionar uma formação básica que possibilite o cumprimento dessas três
finalidades representa um enorme desafio à escola pública brasileira.
Na perspectiva da formação humana, o currículo precisa estar orientado por
princípios que possibilitem uma análise da realidade social, compreendida como um
processo contínuo e constante de mudança histórico-cultural e o reconhecimento crítico
das peculiaridades do contexto em que se dá o processo educativo.
Considerando o atual contexto histórico, seguem alguns princípios norteadores do
referencial curricular da educação básica das escolas publicas.
As ações humanas transformam a realidade, materializam as intenções e os
pensamentos, portanto, isso não é diferente no processo educativo, são as ações que
educam e promovem o desenvolvimento humano.
Assim sendo o currículo da escola pública tem a finalidade de promover a
formação humana, de modo a propiciar as condições básicas para o desenvolvimento
humano de todos, deve enfatizar a importância do acesso de todos aos bens culturais e
ao conhecimento historicamente produzido no processo de formação humana, precisa
ser situado historicamente, no tempo e no espaço, considerando que os instrumentos
culturais mediadores do desenvolvimento humano se modificam com o avanço
tecnológico e científico e criam novas áreas do conhecimento, também deve criar
situações de aprendizagem e convívio social em que as diferenças individuais, sociais e
culturais sejam concebidas como tais, propondo ações e alternativas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social.
A abordagem metodológica do currículo deve possibilitar o aprofundamento do
conhecimento dos alunos e a vinculação dos conteúdos escolares e a prática social, de
forma a possibilitar que o aluno faça uso do conhecimento científico para aprimorar e
ampliar sua compreensão e intervenção na realidade.
A prática pedagógica deve ser encaminhada para garantir o desenvolvimento da 35
capacidade de análise, compreensão, interpretação, explicação, associação e síntese,
de modo a ampliar seu conhecimento sobre os fenômenos que compõem a realidade
em suas múltiplas dimensões, assim como suas implicações nos problemas locais,
nacionais e mundiais, deve incorporar ao processo de ensino e aprendizagem às
diversas linguagens (verbais e não verbais, artísticas, matemáticas, simbólicas, musical,
cartográfica, corporal etc.) e meios tecnológicos como instrumentos de apropriação do
conhecimento e de compreensão da realidade.
As aprendizagens básicas devem ser resultado dos processos psíquicos,
gradativamente mais complexos, que permitam aos educandos a compreensão das
inter-relações que constituem a sua realidade e uma atuação mais qualitativos em seu
meio social.
O processo pedagógico na escola pública deve ser organizado de maneira a
propiciar contínuas e diversas situações de aprendizagem e de desenvolvimento a todos
os alunos, deve promover o estabelecimento de relações interpessoais entre
“educandos” (crianças, adolescentes, jovens e adultos) e “educadores”, que possibilitem
vivências significativas para a construção das aprendizagens básicas e contribuam para
o desenvolvimento humano de todos.
O processo de ensino e aprendizagem deve considerar como ponto de partida os
conhecimentos já produzidos pelos alunos sobre a realidade para, a partir desses,
promover a construção de novos conhecimentos.
A escola pública tem um compromisso político e social com a população, o qual
se efetiva na medida em que ela cumpre a especificidade do trabalho escolar com
eficiência e eficácia, devendo proporcionar as condições de formação humana dos
sujeitos em suas diferentes fases da vida: infância, adolescência, juventude, idade
adulta e velhice, no sentido de promover as necessárias adequações curriculares a
partir das peculiaridades, características e interesses de cada etapa de vida,
promovendo a inclusão social, criando oportunidades de acesso e de permanência a
todos os sujeitos, independentemente de classe, gênero, etnia e orientação religiosa
e/ou política.
36
3.2 OBJETIVOS GERAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Este estabelecimento de Ensino acredita na valorização da pluralidade sócio-
cultural dos educandos, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em
diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais. Prepara o indivíduo para que, através do
conhecimento científico, se organize coletivamente para o exercício do sujeito histórico,
capaz de propor novos caminhos e soluções para os conflitos do mundo do trabalho,
das relações interpessoais, das relações com o seu meio ambiente e os novos
paradigmas sociais que se apresentam ao homem.
Não se pode permitir que as intenções permaneçam somente na utopia. Assim,
esta instituição de ensino acredita no ser humano. Nesse aspecto, a proposta
pedagógica volta-se para a principal função que deve nortear a educação: a formação e
consolidação da cidadania.
Tendo como principal objetivo a compreensão e a prática da cidadania como
participação social e política, a instituição privilegia a Gestão Democrática. A equipe de
funcionários, no exercício de seus direitos e deveres políticos, civis e sociais, deve
adotar atitudes voltadas a valorização dos direitos do ser humano, repudiando às
injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. Assim posicionando-
se de maneira crítica e responsável nas diferentes situações sociais e utilizando o
diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.
ANO DE REFERÊNCIA: 2011
Ensino Fundamental
Ano Matrículas Aprovados Reprovados Desistentes
5º 234 207 27 2
6º 188 171 17 8
7º 154 137 17 8
8º 143 143 22 9
Ensino Médio
37
Ano Matrículas Aprovados Reprovados Desistentes
1º 99 75 24 15
2º 90 77 13 17
3º 67 59 8 6
Total 975 847 128 65
Resultado do IDEB (Ano de Referência: 2011): 3,7%
Resultado do ENEM (Ano de Referência: 2011): Média : 496
Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental se caracteriza por desenvolver os conteúdos das diversas
áreas do conhecimento a partir da contextualização e pretendendo a
interdisciplinaridade, de forma a valorizar os conteúdos em toda a sua abrangência.
Promover o aperfeiçoamento da leitura para que o nosso aluno possa comunicar-se com
muito mais qualidade, assim também na produção escrita, cálculo e compreensão do
mundo físico e social. Esses conceitos são essenciais para a aquisição do conhecimento
historicamente adquirido.
Ensino Médio
O Ensino Médio tem por fundamento o desenvolvimento de conteúdos numa
perspectiva investigativa, aprimorando a capacidade para a pesquisa, buscar
informações, analisar, selecionar e criar. Aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias
relativas ao mundo informatizado, além de possibilitar a apropriação sistemática e
organizada dos conhecimentos necessários para a compreensão do funcionamento e da
organização da vida econômica, política e cultural dos homens. Promovendo o
conhecimento crítico da realidade em que ele se encontra inserido, para buscar
melhores condições no meio social em que o educando vive. Desenvolvendo o
conhecimento ajustado do sujeito e o sentimento de confiança em sua capacidade
afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social,
38
para que o mesmo possa agir com perseverança na busca de conhecimento e na auto-
promoção, além de promover mudanças no meio social, buscando a utilização das
diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para aquisição e construção de
conhecimento. Questiona a realidade, formula problemas e os resolve, para isso usa o
pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, seleciona
procedimentos para verificar sua adequação.
O objetivo do Ensino Médio deste Estabelecimento é desenvolver sua proposta
pedagógica, que pretende garantir a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação
científica e a capacidade para utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de
atuação, além da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática no ensino de cada disciplina,
aprimorando o educando, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico. Pretende ainda estimular o trabalho coletivo,
dispondo-se a aceitar críticas, a emitir opiniões e sugestões, incentivando a pesquisa e a
busca de informações, permitindo a análise e seleção para a efetivação do aprendizado.
Criar e formular novas hipóteses, ao invés do simples exercício de memorização que
seleciona, classifica e exclui.
Tem ainda como preocupação o resgate da essencialidade da escola, enquanto
local de apropriação, reelaboração e construção dos saberes elaborados. Preocupa-se
com a compreensão do conhecimento científico enquanto processo. Esse conhecimento
deve ser contextualizado envolvendo as várias disciplinas.
Na Pedagogia Histórico - Crítica a Didática visa a articulação das disciplinas a
partir do trabalho enquanto uma das principais atividades humanas produtoras de
riquezas, formas de interação do ser humano com a natureza e com o mundo social e
da história social-econômico e cultural, o que implica na apreensão do movimento
histórico no processo de produção do conhecimento e a compreensão do enquanto
transitório, respeitando a diversidade.
3.3 Estágio Não Obrigatório
Entende-se por Estágio Não Obrigatório o estágio contratado, nos moldes da lei
39
11.788/08 e em consonância com as normas deste regimento, desenvolvido como
atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. O Estágio Não
Obrigatório deve “agregar elementos importantes à formação profissional, por meio de
treinamento e demais atividades práticas diretamente ligadas à área de formação
profissional do aluno, podendo ser remunerado ou voluntário”, conforme o Relatório do
GT Estágio de 2008. Constitui-se ainda como modalidade de Atividade Complementar e
pode ser convalidado como tal, conforme definição de trâmites adequada, apresentada
neste regimento.
Exigências para realização do estágio
São pré-requisitos para a realização do Estágio Não Obrigatório:
· Matrícula e frequência regular do educando;
· Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e as previstas no Termo
de Compromisso (a proposta de estágio descrita neste termo deve atender às
exigências da lei 11.788/08);
· A proposta de estágio deve atender às exigências deste regimento.
Direitos e deveres dos alunos estagiários
· A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de
ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo
constar do termo de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não
ultrapassar:
- 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes portadores
de necessidades especiais;
- 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, nos demais casos.
· O estagiário deverá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser
acordada, bem como a do auxílio-transporte;
· A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde,
entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
40
· Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime
Geral de Previdência Social;
· É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante
suas férias escolares;
· O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber
bolsa ou outra forma de contraprestação;
· Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional,
nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano;
· Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho,
sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio;
3.4 PRESSUPOSTOS DO ESTABELECIMENTO
Concepção teórica de sociedade, homem e educação (Pressupostos Filosóficos)
No decorrer da história, a sociedade assumiu diferentes formas de organização
produtiva para garantir sua subsistência. A partir da constituição da sociedade privada os
diferentes modos de produção tem-se caracterizado pela divisão de classes opostas e
pela tensão de forças entre elas. Nossa sociedade se caracteriza na atualidade pelo
modo de produção capitalista, onde ocorre a apropriação privada dos meios de
produção, que determina as relações sociais de dominação e exploração da classe
detentora do poder e dos meios de produção em detrimento da classe detentora da
força de trabalho.
Segundo Marx, a base das relações sociais construídas pela humanidade precisa
ser compreendida a partir do trabalho, atividade humana pela qual os sujeitos garantem
sua sobrevivência, a reprodução da sua vida e estabelecem as relações sociais que o
constituem como humano. A sociedade precisa ser pensada de acordo com a sua
organização, inserida numa concepção histórica e concreta determinada pelas
condições reais de produção do seu trabalho.
O trabalho, atividade essencialmente humana é o processo em si de
41
humanização do ser social que de forma mútua demuda o meio e o homem. A
humanização é implicação da cultura material e da cultura intelectual acumulada no
decorrer da História pelo conjunto da humanidade.
Nossa compleição humana não ocorre individualmente, ela acontece e se
transforma na interação com o meio e nas relações que estabelece com seus iguais. A
relação do homem com a natureza é mediatizada socialmente. O ser social precisa ser
analisado de acordo com o seu tempo, seu espaço e as ferramentas de interferência no
mundo por ele apropriadas. Ao modificar a natureza e tentar explicar o processo, o
homem produz e transmite conhecimento estabelecendo um salto qualitativo no seu
processo biológico e social. Esse conhecimento não necessita ser recriado por outros
indivíduos para ser reconhecido pelo grupo social, ele pode ser utilizado, transmitido por
meio da linguagem atividade essencialmente humana.
A apropriação da linguagem constitui a condição mais importante
do desenvolvimento mental humano, pois o conteúdo da
experiência histórica dos homens, da sua prática sócio-histórica,
não se fixa apenas, é evidente, sob a forma de coisas materiais:
está presente como conceito e reflexo na palavra, na linguagem
(LEONTIEV, 1978, P.327)
O papel da linguagem é permitir a comunicação humana e organizar o
pensamento. Por intermédio desse processo de objetivação a cultura material e não
material é produzida e reproduzida na vida em sociedade.
É a educação o instrumento de transmissão e apropriação da cultura humana, por
meio dela o homem se humaniza se apropria de conhecimentos que lhes permitem
entender e dominar o mundo natural e social.
A educação formal (escolar) é constituída a partir de um contexto histórico e de
concepções de sociedade, de escola e de homem que se objetiva educar. Sendo assim,
a educação tem fundamentação teórica-filosófica que a orienta possibilitando a definição
42
clara dos seus objetivos, estratégias e dos seus resultados. Segundo Saviani, “o
trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens” (SAVIANI, 1995, p. 17).
O método que pretendemos desenvolver nesta escola é o Materialismo Histórico-
Dialético. Sendo assim, analisamos a organização da sociedade a partir da luta de
classes, numa circunstância vastamente assinalada pela contradição entre o
desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais de produção. É nesse
cenário que está situado está escola, repleta de contradições e amplamente datada
historicamente.
No sistema capitalista a absorção privada dos meios de produção limita o
desenvolvimento de todas as potencialidades humanas, porque objetiva aumentar a
produção de mercadorias, aumentar os lucros, como consequência acontece o processo
de alienação e desumanização do homem. É papel da escola nessa perspectiva,
resgatar a formação humana na sua totalidade, lutar pela socialização do conhecimento
científico, buscar romper com os interesses dominantes, que quer a elitização do
conhecimento, limitando o acesso a poucos ou selecionando e dosando para classe
trabalhadora só o que é conveniente ao funcionamento do sistema capitalista vigente. A
comunidade escolar (professores, equipe pedagógica, pais, alunos, funcionários),
precisa lutar para garantir que a escola supere algumas contradições e possibilite aos
alunos a apropriação do conhecimento sistematizado como instrumento de luta por
melhores condições de sobrevivência.
A ciência no sistema capitalista serve tendencialmente tanto material como
ideologicamente a classe dominante, mas não sem contradições, e a escola sendo um
aparelho ideológico do Estado tende a reproduzir a mesma lógica. Dessa forma a
educação é entendida como uma concreta qualificação da força de trabalho e também
da integração do indivíduo ao sistema, um instrumento de manutenção da ordem
vigente.
Entretanto, a instituição escolar tendo como pressuposto o método do
Materialismo Histórico Dialético é contraditória, supera está visão linear, ela é dialética
43
ela pode possibilitar os instrumentos teóricos necessários a essa lógica perversa da
sociedade capitalista.
A educação que objetivamos nesta escola, compreende que o saber não é
estático e que os saberes que vão se constituindo ao longo de nossa história se
transformam a partir da interação entre os seres sociais. Assim o que a história
propunha como muito importante, pode não ser o melhor para o momento seguinte.
Portanto, reconhecer a realidade como não estática e compreendê-la é um grande
avanço, que devemos instigar os nossos educandos a entender. Reconhecer o passado,
o presente e o que podemos fazer para que o futuro possa ser transformado no sentido
de melhores condições de vida, é possibilitar avanços de qualidade na escola. A postura
de acolhimento envolve a valorização do conhecimento e a forma de expressão, assim
como o processo de socialização. Valorizar o conhecimento do aluno, considerando
suas dúvidas e inquietações, implica na promoção de situações de aprendizagens que
façam sentido para ele, além de exercer o convívio social no âmbito escolar e favorecer
a construção de uma identidade pessoal, já que a socialização se caracteriza pela
diferenciação individual e pela construção de padrões de identidade coletiva.
O princípio da interação escola comunidade também está presente no fazer
escolar deste estabelecimento de ensino. O relacionamento contínuo com a comunidade
favorece a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se
expressam no ambiente escolar.
A postura de apropriação dos conteúdos sociais e culturais de maneira crítica,
contextualizada e interdisciplinar é construída a partir dos conteúdos científicos
sistematizados, estes como instrumentos que possibilitaram aos alunos a compreensão
das questões sociais que marcam cada período histórico. A escola favorece a produção
e a utilização das múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos,
sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a autonomia intelectual e moral
do aluno, como finalidade básica da educação.
Nessa perspectiva, escola pública deve garantir a efetivação do processo ensino-
aprendizagem dos conteúdos científicos, artísticos e filosóficos aos seus alunos. A
transmissão destes conteúdos precisa ser intencional, planejada e deliberada, trazendo
44
também ao domínio da classe trabalhadora o conhecimento científico apropriado e posto
a serviço da classe hegemônica. É necessário que a classe trabalhadora se aproprie do
conhecimento científico sistematizado para que ele assuma outra exterioridade e função.
Assim, a escola objetivará e lutará por uma sociedade constituída em bases iguais,
possibilitando aos sujeitos explorados e excluídos os instrumentos do conhecimento
imprescindíveis na superação da lógica perversa e desigual do sistema capitalista.
Concepção teórica de sociedade, homem e educação (Pressupostos Pedagógicos)
A escola é o lócus de apropriação da produção cultural universal é o processo que
mediatiza o avanço entre a formação histórica do gênero humano com o avanço do
indivíduo como ser humano. Este processo educativo ocorre por meio das relações
sociais estabelecidas que, no decorrer do seu desenvolvimento produziram sua
consciência. Para efetivação da intencionalidade da instituição escolar, de formar
sujeitos conscientes participativos, críticos a escola precisa planejar, se organizar a
partir da práxis inicial do aluno para a práxis final a internalização consciente dos
conteúdos científicos relacionados com a sua realidade social. Para tanto, o
conhecimento cientifico na medida do possível precisa estabelecer relações por meio do
trabalho do professor com os problemas sociais, a relação de exploração, as
desigualdades, a falta de oportunidades, e as perspectivas de superação desta
sociedade excludente. Deve proporcionar momentos de debates sobre novas
descobertas e novas teorias, que proporcionem crescimento e novas maneiras de
inclusão social por meio do conhecimento.
Para Marx (1999), o homem ao produzir sua consciência, acumula experiências
possibilitando cada vez mais a inferência na natureza e satisfatoriamente a sua
sobrevivência. O processo de humanização que podemos denominar como educação é
resultado da assimilação de conceitos elaborados pelo conjunto da sociedade nas
relações que estabelece entre seus pares e com a natureza por meio do trabalho.
É função da educação escolar, mediar à formação dos indivíduos e a produção da
cultura universal humana. Sua função basilar é desenvolver um processo educativo
45
intencional, possibilitando aos sujeitos a apropriação dos saberes mais elaborados,
produzidos historicamente pela obra humana. Para além do conhecimento cotidiano, o
conhecimento científico, artístico e filosófico, exige um processo articulado, intencional e
direcionado por meio de todos os seres sociais, profissionais da educação que
compõem uma escola.
Sendo assim, o profissional da educação precisa compreender as bases teóricas
da Pedagogia Histórico-Crítica, a contribuição imprescindível de Marx, na questão da
dialética real, do movimento constante, das contradições e transformações no modo de
produção e na sociedade. E ainda no sentido de práxis, como uma prática
fundamentada teoricamente que articula teoria e prática num movimento recíproco e
constante.
De acordo com Saviani (2005), a Pedagogia Histórico-Crítica é a forma de
compreender a questão educacional com base no desenvolvimento histórico objetivo.
Dessa forma, compreender a totalidade da educação escolar tendo como base teórica o
método do Materialismo Histórico Dialético, isto é, compreender as relações sociais a
história a partir da determinação das condições materiais da existência humana.
Dado o anseio em orientar a prática educativa numa direção
transformadora das desigualdades que vem marcando a sociedade
brasileira. É nesse contexto que emerge a pedagogia histórico-
crítica como uma teoria que procura compreender os limites da
educação vigente e, ao mesmo tempo, superá-los por meio da
formulação dos princípios, métodos e procedimentos práticos
ligados tanto à organização do sistema de ensino quanto ao
desenvolvimento dos processos pedagógicos que põem em
movimento a relação professor-aluno no interior das escolas
(SAVIANI, 2005, p. 119)
Para tanto é necessário reorientar o currículo, em todos os seus aspectos, desde
a organização das turmas, a seleção dos conteúdos pedagógicos, a escolha dos
materiais didáticos, das metodologias e didáticas, ao tipo de relações que se dão na sala
46
de aula e no espaço fora da sala de aula, a relação da escola com as famílias e com a
comunidade circundante e, até a repensar a avaliação e suas consequências na vida
dos alunos, bem como incentivar a formação continuada de todos os profissionais da
instituição. Segundo Saviani (1991), a educação de um lado, tem como função identificar
os elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos para que eles se
tornem humanos, e por outro lado e simultaneamente, a função de descobrir as formas
mais adequadas de atingir esse objetivo.
Dessa forma, professor e aluno, são a essência da escola, ambos com funções
diferentes. O professor é o mediador entre os conteúdos escolares (ciência) e os meios
pedagógicos necessários para que o aluno possa se apropriar deste conhecimento, isto
é, para desenvolver um processo ensino-aprendizagem de qualidade. Assim, na medida
em que o aluno vai se apropriando dos saberes culturais mais elaborados, suas funções
psicológicas superiores vão sendo aquilatadas.
Nosso currículo tem como finalidade o desenvolvimento da formação humana
integral. De acordo com o documento “Indagações sobre currículo”, do MEC, um
currículo para a formação humana precisa ser situado historicamente, uma vez que os
instrumentos culturais que são utilizados na mediação do desenvolvimento e na
dinâmica das funções psicológicas superiores se modificam com o avanço tecnológico e
científico. Esta perspectiva do tempo é importante: novas áreas do conhecimento vão se
formando, por desdobramento de áreas tradicionais do currículo ou são criadas como
resultado de novas práticas culturais, internet e web, ou ainda pela complexidade
crescente do conhecimento e da tecnologia.
Um currículo para a formação humana introduz sempre novos conhecimentos,
não se limita aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, às realidades
regionais, ou com base no assim chamado conhecimento do cotidiano. É importante
pensar um currículo que engloba em si mesmo não apenas a aplicabilidade do
conhecimento à realidade cotidiana vivida por cada grupo social, mas entende que
conhecimento formal traz outras dimensões ao desenvolvimento humano, além do “uso
prático”.
Um currículo para a formação humana é aquele orientado para a inclusão de
47
todos ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento. Nossa escola tem como objetivo
contemplar no seu currículo, de acordo com Diretrizes Curriculares Nacionais e Estadual
e as normas do Sistema Estadual de Ensino, a História e a Cultura Afro-brasileira,
História e Cultura Africana, a História e a Cultura Indígena, Diversidade Educação
Ambiental, tendo como ponto de partida a práxis inicial dos estudantes, da família e da
comunidade, pois “entendemos diversidade na concepção de que ela é a norma da
espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são
únicos em suas personalidades e são diversos em suas formas de perceber o mundo.
Seres humanos apresentam, também, diversidade biológica. Como a diversidade é hoje
recebida na escola, há a demanda, óbvia, por um currículo que atenda a todo tipo de
diversidade.
A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos
que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o
próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola
básica devem organizar-se a partir dessa questão. Se chamarmos
isso de currículo, poderemos então afirmar que é a partir do saber
sistematizado que se estrutura o currículo da escola elementar. Ora
o saber sistematizado, a cultura erudita, é uma cultura letrada.
(SAVIANI, 2005 p.15)
Na formação escolar o desenvolvimento das funções psíquicas superiores precisa
estar no nível necessário, os conceitos científicos na escola precisam estabelecer
relações com os conceitos apreendidos espontaneamente no cotidiano. A partir do
aprendizado dos conceitos científicos, os conceitos cotidianos resultado da prática social
dos sujeitos vão se tornando mais organizados e elaborados. É função da escola a
transmissão dos conceitos científicos, e o professor é o mediador entre o aluno e o
conhecimento, é o responsável pelo processo ensino-aprendizagem. Para desenvolvê-lo
com qualidade, a escola na sua totalidade precisa ter clareza da sua concepção teórica,
da sua linha de trabalho, da classe a que pertence e dos objetivos que pretende
alcançar.
48
Segundo Saviani (2005), o educador que queira se colocar na perspectiva da
“emergente classe trabalhadora” deve, pois, romper com a velha concepção de cultura
(a enciclopédico-burguesa). O que implica ser um agente de transformação, quebrar
regras, desobedecer, compreender criticamente a realidade e nela intervir com objetivos
claros e bem definidos pelos planejamentos. O professor é o sistematizador, organizador
e mediador do processo ensino-aprendizagem. Cabe a ele encontrar formas para que a
produção científica da humanidade seja apropriada pelo aluno, de maneira que se
tornem instrumentos de apreensão e apreciação crítica da realidade.
Sendo assim, a apropriação dos conceitos científicos pelo indivíduo requer
concomitantemente a transmissão e a apropriação do saber, para que estes possam
tornar-se mecanismos de compreensão e atuação consciente da realidade. Para tanto, o
professor precisa dominar integralmente os conteúdos da sua disciplina, saber dosá-los
com coerência, ter planejamento real e efetivo. Além disso, o professor deve ser um
pesquisador constante, com um processo de formação contínuo, sua práxis educativa
será o resultado deste processo.
Dessa forma conclusiva, é necessário que as escolas estejam organizadas de
acordo com a concepção Pedagógica Histórica Crítica, que tem como ponto de partida a
práxis social inicial do aluno (aspectos da cultura, conceitos cotidianos, a classe social a
que pertencem), para a práxis social final (apropriação crítica do conhecimento
científico). Para além de entender o conteúdo escolar, a apropriação crítica do
conhecimento científico possibilita ao aluno compreender e estabelecer relações com a
realidade social torna-se assim, um instrumento de análise e transformação das
condições vigentes. É necessário explicitar que os conceitos iniciais dos alunos não são
estáticos, por meio do processo ensino-aprendizagem os significados dos conceitos
interagem entre si transformando-se num desenvolver contínuo.
Concepção teórica de sociedade, homem e educação (Pressupostos Psicológicos)
O desenvolvimento humano está diretamente relacionado às transformações
históricas que ocorrem na sociedade, envolvendo a forma de organização da vida
49
material, ocasionando as transformações na consciência e no comportamento humano.
Sendo assim, uma das características basilares do desenvolvimento psíquico está
centralizada na atividade social, processo de interação do indivíduo com o mundo, por
meio dos instrumentos e signos produzidos pela humanidade.
A partir da realidade da nossa escola e da forma de organização da sociedade
capitalista vigente, nossa concepção Psicológica é a Marxista representada pelo
historicismo de Vygotsky. Para ele, o historicismo é uma forma de aplicar em psicologia
o método de Marx. Dessa forma, os determinantes na evolução psíquica do homem não
são a maturação biológica na ontogênese, nem a adaptação biológica ao longo da luta
pela existência na filogênese, nem a assimilação por parte do homem das ideias do
espírito universal, encarnadas nas criações da cultura, nem tampouco nas relações de
cooperação social, mas sim, na atividade laboral do homem com a ajuda dos
instrumentos.
Assim, compreende o desenvolvimento humano relacionado às transformações
históricas que acontecem numa determinada sociedade. A forma como o homem produz
sua vida material resulta na transformação da sua consciência e do seu comportamento
humano. O desenvolvimento psíquico do indivíduo acontece na sua interação com o
mundo, por meio da mediação dos instrumentos e signos produzidos pela humanidade,
isto é, tem como centro a atividade social. A realidade social material e cultural influencia
no desenvolvimento individual dos sujeitos, como também na totalidade do
desenvolvimento psíquico.
Para compreendermos o desenvolvimento do ser social, é necessário entender
seus principais estágios: ao nascer, o bebê se comunica emocionalmente com o adulto
(até um ano); a manipulação de objetos( de 1 a 3 anos); a brincadeira de papéis sociais(
de 3 a 6 anos); atividade de estudo( de 6 a 11 anos); a comunicação íntima pessoal dos
adolescentes (12 a 18 anos); e atividade profissional/estudo(adulto).
Nos períodos que marcam a fase da comunicação emocional direta, brincadeira
de papéis sociais e comunicação íntima pessoal, a criança desenvolve a compreensão
dos sentidos fundamentais da atividade humana. Concomitantemente, os períodos onde
ocorrem as tentativas apropriação dos procedimentos socialmente elaborados de ação
50
com os objetos, permite o desenvolvimento das forças intelectuais, cognitivas e
operacionais técnicas dos indivíduos. Estes períodos pertencem às etapas da atividade
objetal-manipulatória, atividade de estudo e atividade profissional/estudo.
A criança ao se relacionar com o adulto assimila as atividades humanas e as
regras de convivência social estabelecidas pelos adultos. Segundo Vygotsky, o bebê é
incapaz de satisfazer suas necessidades básicas de sobrevivência, cabe ao adulto
satisfazê-las. O caminho por intermédio dos adultos é a via principal de desenvolvimento
da criança nesta fase, todo o comportamento do bebê está inserido e implexo com o
fator social, o contato com a realidade é socialmente mediado.
O adulto tem papel fundamental na comunicação emocional nessa fase,
desenvolvimento das ações com os objetos, a ação do adulto com o objeto é o modelo
precedente para a criança na manipulação e na compreensão dos modos sociais de
utilizar o objeto. Nessa fase a criança necessita além de dominar a utilidade prática e as
propriedades do objeto, debelar também o trabalho com a significação dada a ele. Além
disso, a criança precisa compreender o uso do objeto com a mesma ação, mas em
diferentes situações, isto, consequentemente ampliará também as funções lúdicas que a
criança pode proceder. No final dos dois ou três anos de idade a sequência lógica lúdica
começa a refletir a sequência lógica da vida das pessoas.
As mediações entre o homem e o objeto são instituídas por meio de atividades
socialmente determinadas, de instrumentos e signos sociais. Os signos, invenção
humana para mediar o controle dos processos psicológicos e comportamentais do ser
social. E os instrumentos utilizados para mediar à ação dos sujeitos sobre o mundo, são
o resultado da cultura material com uma função definida pela atividade social. Os signos
estão diretamente ligados à capacidade de potencializar a memória, quando o homem
utiliza a fala e os símbolos, determinante cultural e social, o desenvolvimento psicológico
vai sendo aprimorado.
A linguagem é um sistema de signos criado socialmente para suprir a
necessidade de comunicação e interação humana. Além disso, ela organiza as funções
psíquicas superiores, da ação ao planejamento. Na etapa dos três aos seis anos
acontece a brincadeira de papéis sociais, a criança ao agir como o adulto amplia seu
51
mundo de possibilidades de ações. Na brincadeira a criança encena situações reais
executadas pelos adultos, a interpretação das tarefas sociais, contribui para o
desenvolvimento do argumento, auxiliando na formação de seu intelecto.
No período do desenvolvimento dos seis aos onze anos, com a atividade
fundamental centrada no estudo atua como elemento intermediário na interação da
criança com os adultos. É nessa etapa que a educação formal precisa avalizar a
apropriação dos saberes escolar desenvolver no aluno a capacidade para refletir,
planejar, analisar, isto é, desenvolver o pensamento teórico as funções superiores.
No que concerne à adolescência (12 a 18 anos) a atividade central é a
comunicação íntima pessoal, seus companheiros de grupo interagem e definem normas
de convívio social, o adolescente busca se reafirmar perante o mundo. Nessa etapa o
desenvolvimento intelectual apresenta um significativo avanço, os conceitos abstratos
passam a formar o pensamento, tendo base para a formação da consciência social,
ampliando o conhecimento da ciência, arte, filosofia, matemática entre as demais áreas.
No adolescente o teor do seu pensamento se transforma em convicção interna,
descoberta dos seus desejos, interesses e propósitos. E na etapa posterior
caracterizado pela atividade profissional/estudo, o indivíduo já adulto se apropria dos
conhecimentos e passa a sustar sua posição de trabalhador na sociedade.
Entendemos que o processo do conhecimento envolve a interação específica
entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido, resultando em processos
mentais cada vez mais elaborados e complexos. Através dele, o sujeito aprendiz,
desenvolve as funções que o diferencia, entre elas, a memória, a atenção voluntária, a
capacidade de abstrair, de solucionar problemas, de raciocinar, falar, formular conceitos,
controlar a vontade, planejar a ação, etc.
A vida humana, de caráter social e histórico é construída na relação com o outro
na luta pela sobrevivência, no trabalho, na cultura, no lazer, na realização pessoal, entre
outros. Fatores que complementam o ser humano e a vida em sociedade. Compete à
escola, portanto, exercitar e/ou promover práticas participativas de modo a formar
posturas pessoais comprometidas com o coletivo e com as questões de caráter público.
52
Concepção de Infância e Adolescência
A concepção de infância e adolescência dos dias atuais é bem diferente de
alguns anos atrás. É importante salientar que a visão que se tem da criança é algo
historicamente construída, por isso é que se pode perceber os grandes contrastes em
relação ao sentimento de infância e adolescência no decorrer dos tempos. A criança era
vista como um ser em miniatura, assim que pudesse realizar algumas tarefas, esta era
inserida no mundo adulto, sem nenhuma preocupação em relação a sua formação
enquanto um ser específico, sendo exposta a todo tipo de experiência. Hoje a criança e
o adolescente são vistos como seres importantes, que ocupam maiores destaques na
sociedade, e a humanidade lhes lança um novo olhar. Essas mudanças originam-se de
novas exigências sociais e econômicas, conferindo à criança e ao adolescente um papel
de investimento futuro, onde passaram a ser valorizadas.
Toda criança e adolescente tem o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade, a convivência familiar e comunitária. Mas acima de tudo: Toda criança e
adolescente tem o direito de brincar, de sonhar e de ser feliz. É isso que está escrito
garantir que cada criança ou adolescente do nosso país tenha seus direitos e deveres
reconhecidos. Mais que isso, o ECA determina que cabe a família, ao Estado e a
sociedade na lei do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Esse Estatuto foi
criado para o dever do cuidado e da proteção.
Elaborar conclusões sobre a concepção atual de infância e da adolescência na
contemporaneidade evidencia-se uma tarefa impossível de ser levada a cabo. A
compreensão da impossibilidade de se tomarem as grandes narrativas como verdades
cristalizadas, a certeza da multiplicidade de vivências e de seus significados que se
ancoram nas também múltiplas historicidades, a aceitação da parcialidade das
verdades, são elementos que não podem ser deixados de lado. Desse modo, os
saberes são construídos de modo tímido, sabendo-se incompletos, precários e parciais.
Contudo, ao mesmo tempo, mais verdadeiros. Ao invés de concluir, apontando a
concepção atual de infância e de adolescência na contemporaneidade, nos damos ao
53
direito de alertar para a precariedade das distintas concepções que habitam nossos
saberes. Tais concepções, importantes de serem compreendidas e pensadas, não são
verdades absolutas e sim “pontas do iceberg”, devendo ser tomadas como tal.
Necessário se faz saber de que água elas são feitas, qual a temperatura dos seus
arredores, como se formaram, para que são usadas e de que modo.
3.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
O Colégio Estadual Jardim Interlagos, representado pela Direção, Corpo Docente,
Equipe Pedagógica e Funcionários, entende a necessidade da inclusão de todos na
escola pública, considerando um dos maiores desafios, agravado pela falta de
capacitação dos professores e funcionários para trabalhar com alunos com algum tipo
de necessidade educacional especial, entende que estamos vivendo um momento de
superação e por este motivo os profissionais da educação devem buscar
aperfeiçoamento, para oferecer uma educação de qualidade aos alunos que necessitam
destes atendimentos.
Considera-se de grande importância sensibilizar não somente os professores,
mas todos os funcionários, os alunos, pais, sobretudo os educandos que não possuem
necessidades especiais, educacionais ou físicas, já que todos devem desempenhar um
papel ativo no processo de inclusão.
Segundo relatório da ONU, tanto os estudantes com necessidades educacionais
especiais como os demais se beneficiam da educação inclusiva. Portanto, uma
educação inclusiva permite ao estudante com necessidades especiais ou não, preparar-
se melhor para a vida, em uma sociedade diversificada, adquirindo experiência direta
com a variedade das capacidades humanas.
Efetuar adaptações curriculares para atender as necessidades educacionais dos
alunos encontra-se legalmente amparada na lei 9394/96 no artigo 59, “Os sistemas de
ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I- currículos, métodos,
técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas
necessidades.”
54
Adaptações Curriculares adotadas por este estabelecimento, seguirão as
orientações sugeridas pelo MEC (BRASIL, 2000) no caderno, Adaptações de Pequeno
Porte.
Na adaptação dos objetivos o professor pode priorizar determinados objetivos
para um aluno, caso essa seja a forma de atender às suas necessidades educacionais.
Assim, o professor pode investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias
pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros,
menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise do
conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo
para o seu desenvolvimento e a aprendizagem significativa do aluno.
Os tipos de adaptação de conteúdo podem ser por priorização de áreas ou
unidades de conteúdos, a reformulação da sequência de conteúdos, ou ainda, a
eliminação de conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para os
objetivos educacionais.
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino
não ocorrerá, de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para
aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam
às características e às necessidades peculiares a cada aluno.
Outra categoria de ajuste que pode se mostrar necessária para atender as
necessidades educacionais especiais de alunos é a adaptação do processo de
avaliação, seja por meio da modificação de técnicas, como dos instrumentos utilizados.
A adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, tanto
aumentando, como diminuindo o tempo previsto para o trato de determinados objetivos
e os consequentes conteúdos.
Quando se trata de oportunidades iguais e justas para todos, as escolas ainda
têm muito que fazerem, sejam quais forem suas capacidades ou realizações. O
preconceito ainda é constante quando o aluno tem dificuldade para aprender ou por
estar deficiente naquele momento, seja por motivo intelectual, social, emocional, físico
cultural e outros. Existem também preconceitos de raça, de religiões e de maiorias, com
55
filhos de famílias desestruturadas, mães solteiras, pais omissos, drogados, marginais e
outros. O Colégio Estadual Jardim Interlagos tem como desígnio incluir todos os alunos,
garantindo um ensino de qualidade para todos.
A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de
consciência pessoal, social e de reconhecimento. A escola é o espaço institucional do
projeto educacional, deve mediar e articular a sociedade e os sujeitos envolvidos na
educação.
Segundo Veiga:
A escola é o lugar de concepção, realização de seu projeto
educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho
pedagógico com base em seus alunos. Nessa perspectivas, é
fundamental que ela assuma suas responsabilidades, sem esperar
que as esferas, administrativas superiores tomem essa iniciativa,
mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la adiante.
Para tanto, é importante que se fortaleçam as relações entre
escola e sistema de ensino (1995:11-12).
Para que isso de fato aconteça, a escola deve estar aberta a mudanças e adotar
posturas que impliquem na necessidade de rever constantemente sua prática, para que
possa refletir sobre o individual e pensar na qualidade da educação nos aspectos
políticos, culturais e pedagógicos. Concebe como escola democrática e cidadã, aquela
que luta pela qualidade da educação para todos, preocupando com a ação educacional,
a formação social e a de construção de conhecimentos socialmente significativos,
relevante para a cidadania e apropriar o conhecimento científico.
3.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA
A educação numa concepção democrática, é de direito de todos os sujeitos,
independente de sua condição, econômica, étnica, de gênero, social e cultural. A
realização desse direito em uma sociedade que se pretende democrática, acontece com
a participação de todos os indivíduos envolvidos no processo.
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A gestão democrática implica na concretização de novos processos de
organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos
e participativos de decisão e de ações no interior da escola. Diante do exposto o Colégio
Interlagos apresenta uma proposta de gestão democrática onde o gestor escolar deve
ser o primeiro a levantar a bandeira da participação, incentivando toda a comunidade a
tomar parte no processo escolar.
A gestão da escola é um ato político, implica sempre no posicionamento dos
sujeitos, no ato de ouvir, pensar, discutir, decidir e agir em favor da maioria. Logo sua
construção não pode ser individual, pelo contrário, deve ser coletiva, interagindo com
toda a comunidade, conhecendo e compreendendo a realidade social, econômica e
cultural da sua comunidade. E assim fortalecer e respeitar a participação do Conselho
Escolar, da APMF( Associação de Pais Mestres e Funcionários)e do Grêmio Estudantil,
assim como os representantes de turmas.
3.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Conselho Escolar
As leis educacionais elaboradas nos espaços parlamentares como resultado do
acirramento da luta de classes, são mecanismos legais para favorecer a implantação da
gestão democrática e a existência de Conselhos Escolares atuantes e participativos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação ( LDB)9394/96, no seu artigo 14 afirma
que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público
de acordo com suas peculiaridades, conforme os princípios, a participação dos
profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola, a
participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora no que concerne
a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED (Secretária Estadual
de Educação), observando a Constituição, a LDB – Lei de Diretrizes e bases da
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Educação, O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político
Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social específica da
escola, socializar o saber sistematizado historicamente pelo conjunto da humanidade.
A função deliberativa do Conselho Escolar, refere-se a tomada de decisões
relativas às diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e
financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito
escolar. A consultiva tem a função emitir pareceres para esclarecer dúvidas e decidir
questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no que diz respeito a sua
competência. A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas e alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento
das normas da escola bem como, a qualidade social da instituição escolar. No que
concerne a fiscalizadora, sua função é acompanhar e fiscalizar a gestão pedagógica,
administrativa e financeira no âmbito escolar, garantindo a eficácia e a legitimidade de
suas ações.
O Conselho Escolar é um orgão composto por representantes da comunidade
escolar e local, diretores, pedagogos, professores, funcionários, pais e alunos, que,
inseridos numa proposta de gestão democrática podem deliberar sobre as questões
político-pedagógicas, administrativas, financeiras da escola. E ainda, analisar
coletivamente as ações a empreender e os meios a utilizar para o cumprimento das
finalidades da escola. O Conselho Escolar é um lugar de participação e decisão, um
espaço para discussão, negociação e encaminhamentos é sobretudo um espaço de
formação.
Os Conselhos Escolares contribuem fundamentalmente na escola pública para a
construção da cidadania participativa e se a considerarmos como uma construção
permanente, contínua e coletiva, entenderemos que o Conselho Escolar é um
instrumento de emancipação humana, que realmente considera os interesses e as
necessidades da maioria da comunidade. Eles contribuem decisivamente para a criação
de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade se identificam no
enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos graves problemas
sociais vividos na realidade brasileira e refletidos no interior de nossas escolas.
58
A função do diretor da escola é tomar a iniciativa de criar o Conselho Escolar,
convocando todos para organizar as eleições do colegiado, elegendo os representantes
dos estudantes, dos pais ou responsáveis pelos alunos, dos professores, dos
funcionários e da comunidade local. O diretor atua como coordenador na execução das
deliberações do Conselho Escolar e também como o articulador das ações de todos os
segmentos, os membros efetivos são os representantes de cada segmento, é
necessário constituí-lo por paridade de integrantes entre profissionais da educação e da
comunidade escolar, procurando observar as diretrizes do sistema de ensino.
A escolha dos membros do Conselho Escolar deve pautar-se na possibilidade de
efetiva participação, representantes assíduos de seus pares, que tenham
disponibilidade e compromisso. Pessoas coerentes que saibam ouvir e dialogar,
assumindo a responsabilidade de acatar e representar com consciência as decisões da
maioria, sem desistir de dar opiniões e apresentar as suas propostas. É um espaço
importante de participação e, portanto, de exercício de liberdade, por isto é importante
que todos os membros da comunidade escolar participem.
O Conselho Escolar desenvolverá seus trabalhos em consonância com seu
Estatuto, sendo que este tem como objetivo principal normatizar suas ações, tornando o
assim legal por direito.
“ Tudo o que puder fazer no sentido de convocar os que vivem
em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de
participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na
mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é
pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe
diante de nós que é o de assumir esse país
democraticamente.”(Paulo Freire).
Representantes do Conselho Escolar
NOME CARGO
ZENILDE ZOBOLI PRESIDENTE
SELMA ANDRADE MORAIS DE JESUS VICE PRESIDENTE
59
ERACI MARIA HEIDRICH REPRESENTANTE DO CORPO DOCENTE
PAULO MEINERZ SUPLENTE REPRESENTANTE DO CORPO DOCENTE
NERINHA CUNHA REPRESENTANTE EQUIPE TÉC. ADMINISTRATIVA
ROSELI ROSA DA SILVA SUPLENTE REPRESENTANTE EQUIPE TÉC. ADMINISTRATIVA
SONIA APARECIDA DA SILVA SIMÃO REPRESENTANTE DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
LAUDINA MARIA RODRIGUES SUPLENTE REPRESENTANTE DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
LADIR TEREZINHA REMONTI REPRESENTANTE DE PAIS DE ALUNOS
LUCELENE RODRIGUES DE MELO SUPLENTE REPRESENTANTE DE PAIS DE ALUNOS
FABIANA DA SILVA OLIVEIRA REPRESENTANTE DE ALUNOS
MARLI TIMM VANRLLI REPRESENTANTE DA EQUIPE PEDAGÓGICA
CLEONICE GONÇALVES DIAS SUPLENTE REPRESENTANTE DE ALUNOS
JOÃO VALDIR VIEIRA PEREIRA REPRESENTANTE DA APMF
LEONICE DOMINGUES D. DE PAULA SUPLENTE REPRESENTANTE DA APMF
JOSIAS DE SOUZA REPRESENTANTE MOVIMENTOS SOCIAIS
LUCELENE DA SILVA REPRESENTANTE DA COMUNIDADE EXTERNA
APMF (Associação de Pais, mestres e Funcionários)
A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) tem uma função de grande
importância na relação família/ escola, ela é o instrumento de participação efetiva dos
pais do âmbito escolar. Segundo Schimidt (1962, p.19) a associação “abrange a
colaboração dos pais dos alunos, com a escola nos seus movimentos junto à
comunidade, na ampliação e melhoria de suas instalações, nos seus programas
socioculturais e recreativos e nas suas inovações pedagógicas”.
É importante salientar que a APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
tem relevante importância no que diz respeito ao principio de gestão democrática
assegurado pela LDB 9394/96 no seu artigo 14. De acordo com a legislação fica a cargo
das instituições de ensino garantir a gestão democrática. A APMF (Associação de Pais
Mestres e Funcionários), é um mecanismo garantidor da participação da comunidade
escolar na gestão da escola e na relação que integra a família/escola/comunidade.
A APMF é definida como pessoa jurídica de direto privado. É um órgão de
representação dos pais e profissionais do estabelecimento de ensino, não tendo caráter
político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Seus membros não recebem
remuneração. A eleição da diretoria acontece por meio da apresentação de chapas à
60
comunidade. Para tanto, é necessário formar uma comissão eleitoral, órgão responsável
por apresentar as chapas candidatas, definir data, hora e local da votação, organizar
critérios para a campanha e convocar a comunidade para a eleição, de acordo com seu
Estatuto. Os objetivos da formação da APMF no lócus escolar é integrar a comunidade a
escola, desenvolver um trabalho coletivo democrático entre pais, professores e
funcionários e os gestores.
Os principais objetivos da APMF são o de discutir ações de assistência ao
educando, aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade,
pontuando sugestões convergentes com a proposta pedagógica da escola. Outros
objetivos ainda, é buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar como forma de apoio a qualidade do ensino e discutir a política
educacional considerando a realidade da sua comunidade escolar. Além disso, a APMF
tem como função gerar e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes
forem repassado em conjunto com o Conselho Escolar com registro em livro ata visando
sempre melhorar a escola em todos os seus aspectos. E também representar os reais
interesses da comunidade escolar contribuindo, dessa forma, para a melhoria da
qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal. Outra função
importante da APMF é zelar pela manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
Para tanto, é necessário na escola uma gestão democrática que valorize a
participação da comunidade escolar. Segundo Cruz (1975, p. 45) “a educação
manipulada unicamente pela escola perde facilmente a sua dimensão humana e seu
sentido unitário”. Cabe a escola tomar consciência do que seja dimensão humana e
sentido unitário para que os seus gestores, professores e funcionários no dia a dia com
os educandos, valorizem e incentivem a participação deles e das famílias nas
discussões e decisões referentes a melhorias a totalidade escolar.
A Associação de Pais Mestres e Funcionários desenvolverá ações seguindo o seu
Estatuto, onde todas as ações desenvolvidas pela comunidade escolar deverá estar
normatizada e legalizada.
61
Integrantes da APMF
Nome Função
Ladir Terezinha Remonti Chaves Presidente
Baldina Aparecida Ramos Silva Vice presidente
Rosane de Fátima Formehl Tesoureiro
Helio Pereira Vice tesoureiro
Nerinha Cunha Secretária
Selma Andrade Moraes de Jesus Segunda secretária
Edmor Antonio Michelon Diretor Cultural Sócio Esportivo
Paulo Meinerz Suplente Diretor Cultural Sócio Esportivo
Grêmio Estudantil
Uma escola onde a gestão é democrática precisa constituir um Grêmio atuante,
participativo, um espaço real de formação crítica do sujeito aluno.
O Grêmio Estudantil tem um papel transformador na vida do aluno, que ao
participar dos processos decisórios da escola, das discussões e levantamentos dos
problemas da escola, sentencie integrantes no processo.
Quando o Grêmio Estudantil é atuante na escola, seus integrantes participam
efetivamente do levantamento dos problemas da escola, da tomada de decisões e das
ações a serem implantadas, assim, eles podem opinar, discutir e decidir juntos com a
comunidade escolar. A atuação destes jovens no Grêmio Estudantil corrobora com o seu
processo de formação integral.
Entretanto, essa atuação não pode ser exercitada de forma espontânea e
arbitrária, precisa ser orientada de forma consciente pelos coordenadores pedagógicos
e professores. A representatividade dos alunos precisa ser legitimada.
A organização para a formação das chapas dos Grêmios, os desdobramentos da
eleição, a elaboração dos seus estatutos, a dinâmica interna, o movimento de
participação em todas as instâncias colegiadas são partes fundantes na
62
instrumentalização política e pedagógica que, constituíra a consciência crítica dos
nossos alunos.
São sócios do Grêmio Estudantil todos os alunos matriculados e com frequência
escolar, sendo ele, sem caráter político-partidário, sem cunho religioso e racial e
também sem fins lucrativos.
O Grêmio é a organização dos estudantes no âmbito escolar, é formado na sua
totalidade por alunos. Tem como objetivos desenvolver atividades culturais e esportivas,
produzir informativos, jornais, organizar debates, palestras, seminários de interesses dos
estudantes e que não estão contemplados no Currículo Escolar, além de realizar
discussões para reivindicar, compra de livros para biblioteca, melhorias estruturais e
pedagógicas para escola, transporte gratuito para estudantes.
Sua organização, seu funcionamento e suas atividades serão estabelecidas em
seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do Estabelecimento de
Ensino.
A aprovação do Estatuto, a escolha dos dirigentes e dos Representantes do
Grêmio ocorrerá por meio do voto direto e secreto de cada estudante. E ainda, a
realização de qualquer evento realizado pelo Grêmio na escola, deverá ser
obrigatoriamente precedida de autorização do Conselho Escolar.
O Grêmio é uma instância fundamental para o processo de democratização da
gestão escolar, além disto, é um rico espaço de formação crítica para nossos
estudantes.
O Estatuto do Grêmio Estudantil é o documento que estabelece as normas sob as
quais este deverá desenvolver suas ações, este documento traz explicações detalhadas
de como, por que, e para que se faz necessário o Grêmio Estudantil na escola.
Representantes do Grêmio Estudantil
No ano de 2012 a equipe pedagógica juntamente com a direção realizou um
trabalho com todos os alunos conscientizando sobre a importância do Grêmio Estudantil
na escola. A equipe explicou a função do Grêmio e estimulou os alunos a participar da
63
eleição. Dessa forma, no mês de março vários alunos procuraram a coordenação
demonstrando interesse em participar do Grêmio Estudantil, a equipe pedagógica
realizou várias reuniões para juntamente com os alunos organizar a chapa e a eleição
do Grêmio. Os alunos formaram uma chapa Única, com 1 representante de cada ano,
passaram em todas as salas apresentando sua proposta de trabalho e solicitando apoio
na eleição. Assim, no dia 03 de abril está chapa Única foi eleita, formando o Grêmio
Estudantil da escola Jardim Interlagos, conforme segue abaixo a Ata de Eleição e a Ata
da Posse.
Ata de Eleição
Às 8 horas, do dia 03, do mês de abril, do ano de 2012, foi feita a apuração dos
votos da chapa Única , que disputou as eleições para o Grêmio Estudantil,da Escola
Jardim Interlagos. A mesa apuradora, dirigida por dois representantes de alunos do
período noturno comprovou ser vencedora a chapa Única, que obteve 709 votos, 13
votos brancos e 13 votos nulos, num total de 735 votantes, portanto com percentual
suficiente de votos para elegibilidade. Atestando a lisura do pleito, assinam os dois
alunos integrantes da mesa.
Assinaturas:
Obs. ( As assinaturas estão no livro Ata do Grêmio Estudantil, assim como a cópia desta
ata eleitoral)
Ata de Posse da Diretoria do Grêmio Estudantil
Aos doze dias do mês de abril de 2012, às 7h:30min., teve início a cerimônia de
posse da nova Diretoria do Grêmio Estudantil. A entidade tem como finalidade defender
os interesses dos estudantes da Escola Estadual Jardim Interlagos , situada na
rua Luís de Camões nº 04, bairro Jardim Interlagos, em Cascavel.
I- Presidente:Daniel dos Santos Castanha 1ºC
64
II- Vice Presidente:Cristiane Cunha Oliveira 1ºD
III- Secretário-Geral:Laíza Cristiane machado Marangão 8º C
IV- Vice-Secretário:Lucélia Natália Araídes 9º C
V- Tesoureiro-Geral:Eduardo Santos Franceschetti 3º A
VI- Vice-Tesoureiro:Geovana Vaz Lima 3º A
VII- Diretoria Social:Ana Paula de Oliveira da Rocha Gonçalves 2ºA Fabiana da Silva
Oliveira 9ºC
VIII- Diretoria de Imprensa:Fernando Pereira 7ºB
IX- Diretoria de Esportes e Lazer:Lucas de Mello 8ºD
X- Diretor de Cultura e Diversidade:Thaís Ramos Silva 3ºA Junior Cesar dos Santos 3º A
XI- Diretoria Pedagógica : Danieli Nunes Goularte 9º B
Foram convidadas a compor a mesa dos trabalhos as seguintes autoridades:
1) Eunice Rodrigues Valle Parada( diretora auxiliar)
2) Silmara Eliane de Sousa (coordenadora pedagógica)
3) Selma Andrade Moraes ( coordenadora pedagógica)
4) Marli Timm Vanelli (coordenadora pedagógica)
Após a apresentação da Diretoria, o Presidente eleito fez um discurso falando de seu
compromisso com a escola e com todos os alunos que confiaram no seu trabalho,
apresentou seu plano de ação e pediu o apoio de todos.
Em seguida, foi aberta a palavra para os membros da mesa e posteriormente às
pessoas presentes na platéia. No final das saudações, foi declarada encerrada a
cerimônia e empossada a nova Diretoria do Grêmio.
(As assinaturas estão no livro Ata do Grêmio Estudantil)
3.8.SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Embasados na Proposta Pedagógica Histórico-Crítica, concebe-se a
65
aprendizagem como a construção do conhecimento. Dessa forma na avaliação o
professor terá como objetivos a análise e interpretação do conhecimento elaborado com
a finalidade de propiciar momentos de aprendizagens.
A avaliação, parte integrante do processo educacional é um dos aspectos do
ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho com o objetivo de reencaminhar as ações pedagógicas a fim de
aperfeiçoar as situações de aprendizagem. A avaliação incidirá sobre diferentes
situações de aprendizagem. A partir do uso de diferentes técnicas e instrumentos, a fim
de avaliar a elaboração crítica, a capacidade de síntese, de argumentação e a
elaboração pessoal de forma diagnóstica e com a averiguação.
Para tanto, faz-se necessário um prognóstico para realizar um trabalho de
reelaboração de conhecimento, necessita ser permanente, uma vez que a
aprendizagem,é um processo contínuo e constante, diferente do sistema de notas de
provas ocasionais, e, sobretudo necessita apresentar um caráter
diagnóstico,conhecendo a realidade heterogênea de cada aluno, para se chegar a um
prognóstico e trabalhar para atingir resultados satisfatórios, vendo o erro como tentativas
de acerto e aprendizagem, pontos de partida, para reorganizar a aprendizagem e nunca
um meio de punição, de aferição de certo ou errado, de inclusão ou de exclusão.
A assiduidade do aluno e a disciplina são fatores que contribuem no resultado de
sua aprendizagem e na dos colegas. São fatores, portanto, integrantes do trabalho
escolar. O processo avaliativo será bimestral, com arredondamentos de notas
respeitando as normas da matemática. O que, oportunizará aos educadores um olhar
mais atento para o desenvolvimento do aluno, tendo tempo hábil de reencaminhamento
de ações que possibilitem a recuperação da aprendizagem. Conforme o conteúdo
trabalhado, as metodologias utilizadas, e as dimensões propostas nas
problematizações, devem-se definir os instrumentos de avaliação mais adequados.
Assim, a avaliação pode ser realizada de maneira formal ou informal.
Na avaliação formal, o professor elabora e propõe questões objetivas e subjetivas
básicas, oferecendo aos educandos oportunidades de se manifestarem quanto à sua
aprendizagem. Exemplos: verificações orais, debates, seminários, resumos; elaboração
66
de textos, redações, confecção maquetes, de cartazes; dramatizações; avaliações
escritas objetivas ou subjetivas; auto-avaliação, realização de experiências entre outras.
A avaliação formal totalizará 50% da nota do bimestre.
Na avaliação informal, é o aluno, que por iniciativa própria, de maneira
espontânea, manifesta o quanto incorporou dos conteúdos e dos métodos de trabalho
realizados. Exemplo: o aluno escolhe o modo de expressar através de forma que se
sinta seguro para manifestar o que aprendeu. A avaliação informal totalizará os outros
50% da nota bimestral.
Em qualquer modalidade escolhida de avaliação, deve-se definir previamente os
critérios, pois o objetivo da avaliação é reconstruir, devem ser do conhecimento de
todos que integra a comunidade escolar. São fundamentais para que o aluno entenda a
proposta do professor, devem ser claras, organizadas, objetivas e criativas, na qual o
aluno possa sentir-se seguro na realização e apresentar resultados significativos.
Os instrumentos e técnicas de avaliação serão aplicados de forma variada
contemplando avaliações escritas e orais, estudo dirigido, trabalhos em grupo e
individuais, pesquisas empíricas e bibliográficas, sínteses, debates, planejamento,
organização e participação de/em seminários, relatórios, exercícios, assiduidade e
participação nas atividades propostas. Assim sendo, se a avaliação é tratada como parte
do processo, o desempenho dos alunos será a apropriação do conhecimento de forma
satisfatória, um conhecimento de forma crítica, resgatando a democratização do saber
elaborado. A avaliação é a manifestação do quanto o aluno se aproximou das soluções,
ainda que teóricas, dos problemas e das questões levantadas. Portanto, não basta ter
aprendido o conteúdo para ser avaliado, mas um conhecimento que lhe sirva de
transformação social e cultural.
A avaliação deverá atuar de modo a respeitar as diferenças individuais,
compreendendo que, nossos alunos são heterogêneos, cada um com sua história de
vida, com diferentes relações sociais estabelecidas e com meios culturas diferenciados.
A partir da análise do diagnóstico de cada aluno, valorizar o processo de
desenvolvimento do educando, utilizando vários procedimentos nos processos
avaliativos, como trabalhos em grupo, atividades que desenvolva o raciocino, de
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interpretação, participação, propor discussões, atividades individuais, pesquisas, unindo
a teoria com a prática.
A avaliação deve atender os seguintes critérios:
I - Valorizar a integração do aluno com o grupo;
II - Considerar a realidade do aluno, dando maior importância aos aspectos qualitativos
na avaliação;
III - Mobilizar o senso crítico do aluno dando ênfase à criatividade e sua interpretação e
não a sua memorização;
IV - Não fazer comparação entre os alunos respeitando a sua individualidade;
V - É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de
aferição;
VI - A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os
parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando-se a
comparação dos alunos entre si.
Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período
letivo, num processo contínuo, permanente e cumulativo cujos resultados finais venham
a incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua
melhor forma.
O professor deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino-
aprendizagem, rever e avaliar as suas ações pedagógicas, elevando ao máximo sua
competência profissional, a fim de garantir ao aluno o acesso ao conhecimento,
obedecendo a orientação curricular.
Da Promoção
Será considerado aprovado para a série seguinte, por frequência e rendimento, o
aluno que apresentar o mínimo exigido por matéria ou disciplina.
68
Será aprovado o aluno que: tiver frequência igual ou superior a 75% e
aproveitamento ou nota igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero) nas respectivas
disciplinas.
Da Reprovação
Será reprovado quando:
I - Tiver qualquer média final inferior a 6,0 (seis virgula zero);
II - Tiver qualquer frequência inferior a 75%;
III – O sistema de avaliação ocorre de forma bimestral:
(A = 1º Bim + 2º Bim + 3º Bim + 4º Bim)
4
Recuperação de Estudos
A recuperação de estudos, de acordo com a legislação vigente deve ocorrer de
forma paralela ao processo de ensino, onde será realizada no decorrer das aulas
conforme forem surgindo dificuldades no processo do ensino aprendizagem, quando
algum aluno demonstrar dificuldade em algum conteúdo, este será trabalhado de forma
individual ou coletiva até que todos os alunos se apropriem dele, sempre respeitando as
características individuais dos nossos alunos e nunca excluindo os menos habilidosos
da prática educativa. Vale ressaltar que todos os alunos têm o direito de fazê-las, o
importante é que todos os educandos compreendam o conteúdo explicitado.
A recuperação será paralela a cada conteúdo trabalhado e deverá ser registrada
no Livro de Registro de Classe do professor, tendo como objetivo, proporcionar a
compreensão aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente ao desempenho
escolar no conteúdo proposto. Os estudos de recuperação serão planejados e aplicados
em função das necessidades individuais, considerando a defasagem de aprendizagem.
69
Após a avaliação formal bimestral, o professor deverá realizar uma recuperação
de conteúdo e de notas, obrigatoriamente a todos que obtiverem nota inferior a 60 e a
todos que que obtiverem nota acima de 60 se assim desejarem.
Nos procedimentos nos processos de recuperação paralela, o professor deverá
utilizar atividades que desenvolva o raciocino, e interpretação, participação, propor
discussões, atividades individuais, pesquisas, unindo a teoria com a prática. O registro
de recuperação deverá ser feito logo após o da avaliação ofertada.
Quando o aluno apresentar justificativas de faltas nas avaliações de recuperação
formal, o professor deverá oportunizar outro momento para a realização da mesma.
Favorecendo duas oportunidades ao aluno, a da avaliação e a de recuperação.
No caso do educando faltar em uma avaliação, recuperação e ou na entrega de
alguns trabalhos e tarefa, cabe ao aluno conversar com o professor, trazendo
justificativa dos pais, mas fica também a cargo do professor averiguar a falta destes em
tampo hábil, caso não tenha uma justificativa, conversar com o aluno, e propor uma
segunda oportunidade.
O estabelecimento de ensino compromete-se com o processo de Recuperação
Paralela encaminhando ações, de forma sistemática, sempre que aplicar uma avaliação
ou trabalho, e que o educando não atingir os objetivos propostos. Este processo é
documentado e seus resultados são computados para fins da promoção dos alunos.
Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um colegiado presente na organização da escola, onde
os professores de todas as disciplinas, juntamente com a equipe pedagógica, se reúnem
para refletirem e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das turmas existentes
na escola. Busca-se através do Conselho de Classe do Colégio Estadual Jardim
Interlagos, uma reunião de profissionais para a discussão de encaminhamentos no
sentido de aprendizagem aos educandos, propiciando ao professor conhecer um pouco
mais sobre o aluno.
No Conselho de Classe deve-se reunir direção, equipe pedagógica, professores e
70
um representante de aluno, os resultados do conhecimento apresentados pelos
professores direcionam-se para um processo de investigação, sobre a avaliação, sobre
o ensino na escola, e principalmente traçar metas para alterar os rumos dos
acontecimentos, por meio de um projeto pedagógico que visa ao sucesso de todos. Para
tanto, o conselho se organizará da seguinte forma:
Momento: O professor com a sua turma; faz a caracterização dos problemas das
necessidades específicas da relação pedagógica (quanto ao conteúdo da disciplina, às
atividades de ensino, à relação com o professor a à avaliação da aprendizagem).
Discutir objetivos, critérios e formas de avaliação; organizar projetos de ensino;
organizar trabalhos de monitoria; Quanto a in(disciplina), fazer um contrato verbal em
que a turma esteja em comum acordo, podendo ser registrado.
Momento: Todos os professores de todas as turmas, equipe pedagógica, direção e o
representante de turma, deverão caracterizar, problematizar e organizar dificuldades de
aprendizagem e necessidade de ensino de cada turma; Conhecer e situar as questões
emergentes da relação professor-aluno; Avaliar os projetos desenvolvidos e sugerir
outros.
Momento: Levantar sugestões de atividades de ensino e projetos de trabalho.
Baseando-se no aproveitamento, rendimento e desenvolvimento da turma, bem como
na área comportamental. Utilizar-se de legendas para que os professores anotem as
defasagens que os alunos apresentam, para reencaminhar posturas, atitudes e metas.
Sugestão da ficha de acompanhamento de classe: Utilizar legendas como:
Faltoso / 1 não entregou trabalhos / 2 não fez avaliação / 3 não faz tarefas / 4 conversa
demasiadamente durante as aulas / 5 indisciplinado / 6 nota abaixo da média / 7
Dificuldade de aprendizagem, 8 Bom aluno / 9 excelente aluno. Obs: Essa legenda
estará na folha de anotações do professor.
3.9 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DO PPP
Na escola a avaliação institucional é um processo pelo qual a equipe
administrativa, a equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade discutem,
71
realizam diagnósticos, deliberam e avaliam a sua escola com vista o aprimoramento
pedagógico-curricular e a qualidade do ensino. A Avaliação Institucional na sua
totalidade nos possibilita o aperfeiçoamento da gestão pedagógica e administrativa, na
constante busca da melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Nossa proposta de avaliação institucional está sendo construída de acordo
com a nossa realidade escolar, a concepção desta escola nos permite compreender que
a avaliação é uma operação de “leitura da realidade”, portanto a necessidade constante
de ser repensando os diferentes momentos avaliativos, sua organização e proposta.
Na dinâmica escolar são muitos os elementos importantes para o processo
avaliativo institucional, principalmente porque são determinantes da qualidade da oferta
de serviços de ensino e do sucesso escolar dos alunos, são eles: projeto político
pedagógico, gestão escolar, proposta curricular, planejamentos, características dos
alunos, histórico da comunidade, práxis inicial dos alunos, rendimento escolar,
metodologias, concepções avaliativas, composição do corpo docente e demais
profissionais educativos, condições de trabalho e motivação dos professores,
infraestrutura física e recursos materiais disponíveis, didáticos e informacionais
(bibliotecas, redes de conhecimento)
Assim, nossa escola tem buscado realizar a avaliação institucional em
distintos momentos como: reuniões pedagógicas, pré-conselhos, conselhos de classe,
assembleias de pais e professores, contato diário com os alunos, momentos de diálogo
informais entre direção, equipe pedagógica, professores e alunos, reuniões com
funcionários e administrativos. Consideramos muitos momentos na dinâmica escolar
como importantes para o processo de avaliação escolar mesmo que estes aconteçam
de forma indireta fora do planejamento específico para avaliação. Entretanto, todos
estes momentos são valorizados no momento formal de rever, reavaliar e reestruturar o
Projeto Político Pedagógico Escolar em toda a sua concretude.
4. MARCO OPERACIONAL
4.1 PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO PARA O ANO LETIVO
72
DE 2012
Direção
Sabemos que uma das maiores dificuldades do ensino público se encontra na
manutenção dos alunos no contexto escolar, devido à evasão e a invasão. Assim,
qualquer proposta deve voltar-se para esse aspecto, pois a escola só existe em função
dos mesmos. O Plano de Trabalho que ora apresentamos contempla propostas cujos
benefícios revertam para a sala de aula, contemplando também as necessidades
pedagógicas e estruturais.
Plano Pedagógico
É objetivo do mesmo:
• Desenvolver um trabalho visando a não evasão dos alunos, através de atividades
que envolvam os mesmos. Como as modalidades esportivas, mostras culturais,
incentivos às artes, etc.
• O trabalho pedagógico poderá ser desenvolvido através de projetos propostos
aos professores e alunos, observando a viabilidade de aplicação dos projetos.
Assim, um aluno que apresente um projeto que venha ao encontro a Proposta
Política Pedagógica da escola, terá, mediante a coordenação de um professor da
área, apoio para o desenvolvimento de seu projeto;
• Valorizar a participação dos alunos nos projetos desenvolvidos por eles e pelos
professores;
• Atrelar a participação do aluno nos projetos desenvolvidos ao seu
desenvolvimento escolar;
• Providenciar o acesso dos alunos a Internet, incentivando, assim, a pesquisa, a
formação tecnológica;
• Utilizar as verbas recebidas de acordo com as necessidades reais da escola,
valorizando a aquisição de material didático e de apoio ao professor, de acordo
73
com as necessidades apresentadas por ele;
• Propiciar ao aluno o acesso a biblioteca, respeitando seu direito no acesso ao
conhecimento historicamente produzido, através da leitura e da pesquisa;
• Fazer da biblioteca um lugar de incentivo a leitura, tornando o ambiente
condizente do que dele se espera, criando, com livre acesso a funcionários,
alunos e professores;
• Sabendo que de 1ª a 4º série os alunos encontram na biblioteca um ambiente
lúdico, e que esse ambiente se quebra quando de seu ingresso na 6º ano, há que
se reestruturar o espaço físico, para que o aluno reencontre a magia que só a
leitura propicia.
Plano Político
• Utilizar o PPP no cotidiano escolar, aliando a teoria e a prática. Assim, aspectos
como a respeitabilidade de horário e a tolerância máxima ao mesmo deverão ser
cumpridos;
• Incentivar e reconhecer a importância do grêmio escolar enquanto entidade
estudantil representativa, elevando-a a condição de coadjuvante para o bom
desenvolvimento e integração dos membros escolares;
• Incentivar o professor a trabalhar com projetos;
• Comunicar aos pais o comportamento de seus filhos em relação ao aspecto
pedagógico e ambiente escolar;
• Quando houver conflitos implicando violência e o desrespeito a professores,
funcionários e alunos, por seus pares ou membros estranhos ao ambiente
escolar, acionar os órgãos competentes, visando a integridade física e moral de
todos os envolvidos;
• Providenciar como uma das prioridades os laboratórios de Química, Física e
Biologia e o laboratório de informática.
74
No Aspecto Humano
• Procurar parcerias com empresas para incluir os alunos ao mundo do trabalho;
• Trabalhar junto a comunidade para que aconteça a inserção da mesma no
ambiente escolar (café da manhã no dia das mães, atividades esportivas no dia
dos pais, etc.);
• Respeitando e valorizar a criatividade e empenho dos professores no exercício
de suas funções;
• Desenvolver a auto-estima de todos os membros da comunidade acadêmica,
valorizando o trabalho coletivo e individual;
• Procurar entender e administrar as diferenças de posicionamento, respeitando os
devidos contextos;
• Procurar parceria com as universidades e entidades para trabalho de apoio
psicológico para professores e alunos (solicitando o trabalho de estagiários do
curso de psicologia);
• Reconhecer a prática de esportes como elemento de integração e socialização,
favorecendo o desenvolvimento de projetos na área;
• Propiciar palestras onde o palestrante, seja ele aluno, professor, membro da
equipe pedagógica ou da comunidade, desde que domine seu discurso e que
este seja relevante para os ouvintes;
• Propiciar música no saguão durante os intervalos, tornando o ambiente agradável
e evitando a evasão dos alunos.
• Delegar responsabilidades de acordo com as funções de cada um, pois quando
todos os membros de uma comunidade estão comprometidos com o mesmo
objetivo, os reflexos de suas ações refletem na sala de aula;
• Promover debates entre o colegiado no intuito de procurar, desenvolver e avaliar
alternativas de ensino que acrescentem conhecimento e auto-estima para todos
os membros da comunidade escolar;
• Desenvolver juntamente com os pais, estratégias para a conservação da escola;
• Propiciar ao professor momentos de encontro com seus pares para reflexão 75
sobre o desenvolvimento de seus projetos, assim como de suas expectativas;
• Promover Mostras Científicas em todas as áreas do conhecimento historicamente
adquirido, visando despertar o gosto pela pesquisa e aprimoramento do
ensino/aprendizagem.
No Aspecto Físico
• Melhorar as instalações da escola, procurando a parceria da comunidade (pintura
das calçadas, recuperação do espaço físico);
• Fazer um trabalho de conscientização junto aos alunos para que os mesmos se
reconheçam enquanto sujeito do ambiente e responsáveis pelo patrimônio
público.
• Trabalhar junto com a APMF e comunidade no intuito de desenvolver ações que
revertam para benefício da escola (linha de lotação, calçamento das ruas de
acesso, melhoria na iluminação das ruas circundantes) ;
• Conservar os bens mediante restauração e reposição;
• Continuar a luta para a aquisição da cobertura da quadra e de ambiente propício
para a prática de esportes;
• Enfim, usar todos os meios disponíveis para que o ambiente físico se torne
agradável e condizente com o que se espera de um colégio que valorize seus
membros, sejam eles pais, alunos, funcionários ou professores.
Os projetos propostos por esta direção são:
• A formação de banda, grupo de dança, de esportes, de teatro e coral, com o
objetivo de aproveitar e desenvolver ao máximo as potencialidades artísticas dos
alunos;Intensificar o incentivo a participação do Programa Mais Educaçao;
• ProPixe – trabalho com grafitagem interna externa nos muros e paredes ;
• Transformando o lixo em Arte: aproximar alunos, professores das disciplinas
de Ciências e Arte e família;
76
• Pense e Pesquise – incentivo a pesquisa científica na área de Matemática,
Português, Geografia e História e inglês;
• O Lúdico e a leitura – incentivo a prática da leitura e produção de contos,
poesias e afins;
• Conhecendo os autores Brasileiros: Conforme a identificação da sala de aula,
o nome do autor, pesquisar e desenvolver trabalhos que envolva o autor
específico, socializar com as demais turmas;
• Fazendo Notícia - Edição mensal/bimestral de um jornal escolar;
• Projeto Verde – horta e jardinagem.
• Adequação do espaço externo: Confecção de mesas e banquetas, mesa fixa
de tênis de mesa, Cantinho da leitura e poesia(confecção com mesas coberta
com trepadeira)
Para desenvolvermos o Plano de Ação tomamos como princípio a Gestão
Colegiada, fundamentada na ação dos vários agentes do processo educativo de forma
organizada nos recursos materiais e físicos. Neste sentido, a Gestão Colegiada, pautada
nos vários agentes educativos, busca desenvolver um programa de metas a serem
realizadas a curto, médio e longo prazo que se dá com a participação.
a) Calendário escolar:
O calendário expressa o tempo das atividades desenvolvidas no decorrer do ano letivo e
que fazem parte do projeto pedagógico do estabelecimento. Contempla períodos para
reuniões pedagógicas, conselho de classe, atividades culturais e desportivas, férias e
recessos escolares de acordo com os eventos previstos para cada novo ano.
b)Parcerias em Projetos Pedagógicos
A instituição escolar busca promover a integração com a comunidade, com empresas e
instituições de ensino superior de forma a atender as necessidades pedagógicas do
estabelecimento de ensino nos aspectos educacionais, culturais, desportivos e
materiais.
c) Articulação do Conselho Escolar, do Grêmio Estudantil e APMF;
Esta é com certeza a tarefa mais importante e mais complexa a ser executada pela
77
equipe escolar. A superação da divisão entre os que pensam e os que fazem - reflexo da
organização social capitalista torna-se imprescindível para a efetivação da qualidade do
ensino. Um dos caminhos a ser percorrido é o da participação efetiva dos pais, mães,
responsáveis, alunos e entidades organizadas da sociedade civil, como: o Conselho
Escolar, órgão máximo de direção, foi em 13/07/2000, o que o cotidiano tem nos
mostrado é que a falta de tempo e a falta de experiência em participação têm sido
elementos que dificultam a efetivação dos objetivos a que se propõem estas
organizações.
Entendemos que uma das formas possíveis de provocar a superação desta situação é
através da proposição e efetivação de projetos que contemplem a formação constante
de lideranças estudantis e de pessoas da comunidade escolar, além da elaboração de
um calendário de reuniões ordinárias que contemple datas e horários em que os
envolvidos possam participar.
4.2 FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada dos profissionais deste estabelecimento de ensino, inicia-
se com a Semana Pedagógica onde todos os integrantes do quadro de funcionários
devem participar. Esta formação é pré organizada pela SEED, na sequência são
repassadas a coordenação das equipes pedagógicas das escolas, as quais têm a
função de dar os encaminhamentos necessários para sua realização, adequando a
realidade de cada escola. Este momento acontece no início de cada semestre, sendo
momentos riquíssimos de estudos referentes ao processo de ensinar e de aprender.
O GTR, é outro evento que a SEED proporciona aos profissionais da escola. Este
caracteriza se por estudos desenvolvidos em Rede e se constitui em uma das atividades
do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), caracterizando pela interação
virtual entre os professores do PDE e os professores da Rede Pública, possibilitando a
interação das interações teórico prático.
O Grupo de Estudos é outra modalidade de formação oferecida pela SEED. Esta
é ofertada a todos os profissionais da escola. A SEED encaminha a escola as temáticas
78
com material de apoio, e a escola delega um profissional para coordenar cada Grupo de
Estudo, Esta forma de encaminhamentos nos estudos disponibiliza ao professor a
autonomia e responsabilidade de coordenação, desenvolvendo o espírito de liderança e
responsabilidade com os estudos.
A Formação em Ação é mais uma forma de capacitação ofertada pela SEED, este
evento é organizado e ministrado por profissionais da educação que atuam no NRE,
salvo de alguns professores das escolas que fazem inscrições para ministra oficinas
pedagógicas. Este evento proporciona a interação dos profissionais da escola com
profissionais de outras escolas, ampliando as possibilidades teórico práticas.
O PDE é mais uma das grandes conquistas da Educação, este caracteriza se
pela interação entre os professores do ensino superior e os da Educação Básica,
através de experiências teórico-práticas orientadas. Esta capacitação destina se aos
professores do QPM, os cursos e atividades são oferecidas nas modalidades a
presencial e a distância.
Outra grande conquista da Educação é a oferta do Pró Funcionário, onde é
disponibilizado a oferta de vagas aos funcionários concursados. Esta formação lhes dá
o diploma de técnico educacional reconhecido pelo MEC.
A escola desenvolve quatro reuniões Pedagógicas durante o ano letivo, em
média uma a cada dois meses. Nestes encontros são abordados assuntos
pedagógicos e também administrativos, todos com objetivo de melhorar o processo de
ensino e de aprendizagem.
O Conselho de Classe também apresenta se como formação continuada, sendo
este momento utilizado para rever práticas pedagógicas eficientes e ineficientes a cada
uma das turmas. Este momento acontece a cada dois meses, tendo como objetivo
principal desenvolver a interação dos professores entre si e com as turmas que estes
atuam, são momentos especiais onde os professores conseguem perceber as
capacidades dos alunos em todas as disciplinas escolares, observando o em todas suas
potencialidades.
4.3 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE
79
A hora atividade dos professores foi regulamentada pela lei estadual n°13807 de
30/09/02, onde instituiu 20% do total da carga horaria do professor destinado a
preparação de aulas , sendo que em seu artigo 3° determina que a hora atividade é o
período em que o professor desempenha suas funções de docência, reservado aos
estudos planejamentos, reuniões pedagógicas, atendimento a comunidade escolar,
preparação de suas aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser
cumpridas integralmente no estabelecimento de ensino em exercício.
A instrução 02/2004 SUED, diz que cabe a equipe pedagógica coordenar e
acompanhar as atividades coletivas e individuais, e a direção do estabelecimento
organizar o quadro da distribuição da hora-atividade, que deverá constar em edital, para
que a comunidade escolar possa manter se informada do mesmo, sendo também de
responsabilidade do diretor do estabelecimento a verificação do acompanhamento da
hora-atividade.
Esta instrução orienta para que a organização da hora-atividade propicie o
trabalho coletivo, favorecendo os professores das áreas afins, oportunizando assim a
elaboração das diretrizes curriculares, planejamentos, entre outras.
O Colégio Estadual Jardim Interlagos, dentro das suas possibilidades, procura
concentrar a hora-atividade dos professores das áreas afins, quando não consegue
devido a vários fatores de ordem estrutural, faz um agendamento e os reúne em horário
compatível. A equipe pedagógica organiza também, horários de atendimentos
individuais, para orientações sobre planejamento, preenchimento do livro de chamada,
Plano de trabalho Docente.
4.4 DIVERSIDADE EDUCACIONAL
Inserção dos Conteúdos de História e Cultura do Estado do Paraná nos Currículos
Escolares
As reformas educacionais ocorridas nas últimas décadas no Brasil e a resposta à
80
diversidade das necessidades educacionais dos alunos, exigem dos educadores novas
formas de atuação na prática docente.
Atualmente, percebe-se que os avanços educacionais evidenciam a necessidade
de ir além dos conteúdos curriculares, buscando novas formas de transmissão e criação
dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade.
A reconstrução crítica do papel da educação na História faz com que na escola
busque-se estudar também a história local e regional e suas influências na formação do
aluno.
Abordagens que encorajem o aluno a compreender e envolver-se com a sua
cultura e seu papel na História do Paraná, visam enriquecer o conhecimento da prática
social.
Atualmente pretende-se abordar temas de cunho multicultural, que proporcione
ao aluno o acesso ao conhecimento da pluralidade do patrimônio sócio-cultural, bem
como o conhecimento das especificidades políticas, econômicas, históricas. Segundo o
que regulamenta a ( Lei 13.381/01). Assuntos como o da pluralidade tem se
estabelecido em ambito nacional, com ênfase em abordagens regionais, assim como
sua importância em todo cenário.
É necessário compreender que a diversidade regional existente no contexto
educacional brasileiro é significativa e não pode ser ignorada, o estudo da História do
Paraná pode abrir possibilidades de aprendizagem de qualquer contexto social.
Neste sentido, o Colégio Estadual Jardim Interlagos busca oportunizar aos seus
educandos conhecer os acontecimentos que levaram ao surgimento do Estado do
Paraná e o seu desenvolvimento. Compreender as batalhas, crises, situações que
marcaram a história do Estado, é um meio de compreender a própria realidade.
A questão do Tropeirismo, da imigração, do povoamento e do desenvolvimento de
todas as regiões do Estado, é fundamental para que o aluno conheça sua própria
história e para que se perceba incluído como sujeito no espaço geográfico.
Neste sentido, as disciplinas e os conteúdos farão uma inter-relação com a
realidade do aluno permitindo conhecer seu espaço geográfico a fim de que apreenda o
todo para poder transformá-lo, uma vez que esse espaço é histórico e socialmente
81
produzido.
O professor utilizará diversos encaminhamentos que fomentem o gostar e o
conhecer da história e do espaço do Paraná. Desta forma, a história do aluno estará
presente em inúmeras situações metodológicas e ele compreenderá que a sua cidade, o
seu cotidiano, a sua experiência de vida e do seu grupo são elementos constituintes da
futura história do seu Estado.
Como encaminhamento metodológico interdisciplinar trabalharemos com mapas,
rios, história do Paraná, poesias, imagens, relatos, debates, gráficos, danças, músicas e
comidas típicas, etc. conteúdos que possibilitem ao aluno a compreensão do processo
histórico de construção e transformação de seu espaço social.
Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira nos Currículos
Escolares
Como implementação à Proposta Pedagógica a Lei nº 10.639 que estabelece as
Diretrizes e bases da da Educação Nacional, inclui como obrigatório o ensino sobre
História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio,
oficial e particular.
Esta obrigação refere-se à inclusão do estudo da África e dos africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinente à história do Brasil.
Os conteúdos referentes à cultura Afro-brasileira serão ministrados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Arte, de Literatura e História
Brasileira.
Ainda, fica estabelecido o dia de 20 de novembro como o “Dia nacional da
consciência Negra” no calendário escolar.
Sendo a Escola um espaço social e institucional de transmissão e produção do
conhecimento humano; é também um espaço propício para que a sociedade possa
tomar medidas para ressarcir os descendentes de africanos negros dos danos
82
psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofrido sob o regime escravista,
bem como no pós-abolição.
Neste sentido as políticas públicas da educação brasileira, voltaram seu olhar
para a demanda da comunidade afro-brasileira no intuito do reconhecimento e busca e
justiça, igualdade de direitos sociais, civis, culturais e econômico. O que significa na
prática, não o “mero reconhecimento das injustiças”, mudança nos discursos, racionais,
lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras.
Aliadas às políticas educacionais, na escola há busca de valorização da
diversidade e superação das desigualdades étnico-racial. O reconhecimento que
historicamente esta parcela da sociedade passou por preconceitos que a desqualifica,
salientando estereótipos depreciativos, palavras e atitudes que, veladas ou explicitas,
expressaram sentimentos de superioridade em relação aos negros de uma sociedade
hierárquica e desigual.
Assim o Colégio Estadual Jardim Interlagos busca oportunizar aos seus
educandos meios para que, dentro da lei, passam adquirir conhecimentos sobre a
cultura afro-brasileira e suas influências na formação da sociedade brasileira.
A obrigatoriedade de inclusão de história e cultura afro-brasileira e africana nos
currículos da educação básica, trata-se de uma posição política, com fortes
repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida,
reconhece-se que, além de garantir vagas nos bancos escolares, é preciso valorizar
devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que repetem há
cinco séculos, à sua identidade. A relevância do estudo de temas decorrentes da história
e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário,
dizem respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos
atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma
nação democrática.
Com este consenso a disciplina de Artes buscará em suas aulas trabalhar a
presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas manifestações
populares brasileira: na dança, na musica, no vestuário, nas artes plásticas. Tal
conhecimento será explorado através de estudo teórico e prático das danças de
83
natureza religiosa, lúdica e dramática, na contribuição para a musica popular brasileira,
nas artes plásticas como a confecção de máscaras, esculturas e argila ornamentais,
pintura corporal, etc.
Na Matemática, o resgate da cultura afro-brasileira far-se-á com dois projetos de
pesquisa de campo realizada pelos alunos: o primeiro voltado aos alunos do ensino
fundamental e o segundo aos do ensino médio.
- Ensino Médio: pesquisa junto a UNIOESTE de quantos acadêmicos foram beneficiados
pela lei de cotas no último vestibular:
- Ensino Fundamental: pesquisa juntos aos familiares o numero de negros na
constituição da família e como esta é constituída (se por pai/mãe/filhos; mãe/filhos;
avós/netos; tios/sobrinhos; outros).
Os dados serão classificados e trabalhados em forma de gráficos abordando
também o conteúdo de porcentagem e gráficos em todas as turmas. Os resultados
serão exportados em cartazes, em datas a ser estipulada.
As disciplinas de Biologia e Ciências abordarão o assunto utilizando-se do
recurso metodológico dos filmes:” Meu mestre, minha vida e Adivinha quem vem para o
jantar?”, para o ensino fundamental; “Amistrad e Vista minha pele”, para o ensino médio.
Através deste recurso, será estudado a desmistificação de teoria racista; estudo
de características biológicas; a análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos
negros no Brasil.
A disciplina de Física abordará a diferença na resistência física e motora dos
negros nos esportes e na vida. Utilizando-se de livros e revistas para tal estudo.
Já em Educação Física serão ofertados estudos das práticas corporais da cultura
negra em diferentes momentos históricos. Este trabalho será realizado tanto no ensino
fundamental como no ensino médio. Far-se-á uma coreográfica de dança observando os
gestos e gingas dos negros e suas músicas e batucadas. Cada turma pode estar
mostrando uma coreografia diferenciada.
Ler e interpretar musicas relacionadas à questão racional, será abordada nos
conteúdos de Língua Portuguesa, além de propor aos alunos que produzam poesias
relacionadas ao povo afrodescendentes e sua cultura.
84
Será realizado com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros
como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, etc. destacando
a contribuição do povo negro à cultura nacional.
É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico
marcadamente de raiz européia por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos
escolares, para a diversidade cultural, racional, social e econômica brasileira.
4.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Prevenção do uso de drogas
O consumo de drogas vem se expandindo mundialmente e constitui, hoje, uma
ameaça à estabilidade das estruturas e valores econômicos, políticos, sociais e culturais
das nações. O abuso de drogas entre jovens tem sido uma das questões que mais
afligem a sociedade contemporânea. A escola encontra-se diante de um novo desafio e,
nesta circunstância, educar para prevenção apresenta-se como a melhor alternativa
para o enfrentamento do consumo de drogas entre estudantes. Prevenção significa
dispor com antecipação, impedir ou pelo menos reduzir o consumo. O ato de prevenir o
abuso de drogas admite três níveis de intervenção: primária, secundária e terciária. Na
prevenção primária o objetivo é intervir antes que o consumo de drogas ocorra. Cabe à
instituição escolar promover um estilo de vida saudável nos alunos, desde crianças bem
novas até o jovem adulto. A prevenção secundária destina-se aos estudantes que
apresentam uso leve ou moderado de drogas, que não são dependentes, mas que
correm este risco. A prevenção terciária dirige-se ao usuário dependente. No caso dos
estudantes que já consomem drogas, a função da escola é prestar auxílio ao aluno na
procura de terapia, apoiar a recuperação e reintegrá-lo na escola, no grupo de amigos,
na família. Vale advertir que não compete à escola o tratamento, mas sim, encaminhar
adequadamente o caso.
Segundo Fonseca, tem sob sua responsabilidade a elaboração e gestão de um
Programa Preventivo que decorra do Plano de Ação para o a prevenção ao uso de
entorpecentes e a escola deve buscar parcerias com entidades e instituições que se
85
disponham a essa finalidade. A Escola é o lugar privilegiado para intervenções
educacionais. Deve elaborar projetos que assegurem ações preventivas intensivas e
duradouras, tendo como guia o Plano de Ação e o Programa Preventivo. Na prática
escolar, a prevenção ao abuso de drogas torna-se viável por intervenções nas condições
de ensino e, principalmente, são direcionadas ao projeto político pedagógico.
O modelo de gerenciamento deve favorecer a participação coletiva e responsável
na definição de princípios, objetivos e decisões a serem tomadas. Sugerimos, a seguir,
algumas medidas gerenciais que incrementam a educação preventiva. A escola deve
oferecer serviços de saúde gratuitos, por equipe multifuncional, aos alunos que
apresentem transtornos decorrentes do uso indevido de drogas. É importante acolher e
envolver as famílias com a educação dos filhos, promovendo encontros para discutir
questões relativas ao consumo de drogas e os modos de prevenção. Para os
educadores, instituir cursos, seminários, debates e reciclagem sobre o tema. Ainda, criar
entre as escolas uma rede de informações e intercâmbio de conhecimentos no campo
da prevenção contra o uso indevido de drogas.
Por fim, considera-se premente um trabalho que se contraponha ao consumo de
drogas entre crianças, adolescentes e jovens adultos. A educação formal é um dos
meios através da qual fazemos a conscientização, a educação e a prevenção e a escola
a via natural para os esforços de prevenir o abuso de drogas entre alunos.
Cidadania e Direitos Humanos
A escola não só pode como deve desempenhar um papel fundamental na
construção e no desenvolvimento de uma consciência cidadã, preocupada com a defesa
dos Direitos Humanos e com a afirmação da Cidadania. A Declaração Universal dos
Direitos do Homem, em seu Art. XXVI, 2 estabelece: “A instrução será orientada no
sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do
respeito pelos direitos do homem e peias liberdades fundamentais.”
Por sua vez, a Constituição Federal determina no Art. 205 que “a educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
86
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
A legislação indica uma direção clara em favor de uma educação voltada para a
defesa dos Direitos Humanos e a Cidadania.
No texto constitucional, o Estado divide com a família a responsabilidade pela
educação de cada um e de todos como direito e dever, expressando-se coletivamente
na medida em que exige a colaboração da sociedade nesse processo.
Assim, a função social do ensino no Brasil se dará através da disponibilização ao
acesso ao conhecimento humano, visando preparar o educando para a vida e para o
trabalho, tendo como intuito permear esse processo com informações e ações que
estimulem e garantam o pleno exercício da cidadania.
Por conseguinte, a escola deve ser um significativo canal para a formação de
cidadãos conscientes e críticos com relação ao seu papel enquanto sujeitos de direitos e
deveres, assim como na permanente afirmação de seu compromisso humano como
agentes de transformação social.
Tarefa fundamental é mobilizar o interesse pela participação na vida política
nacional, ainda mais agora que a Constituição Federal faculta aos jovens maiores de 16
anos o exercício do voto, Nesse sentido, a escola parece se apresentar como espaço
privilegiado para a discussão democrática e a afirmação dos seus valores, bem como
instância social para a construção de valores éticos e a formação da cidadania individual
e coletiva.
“O objetivo final do desenvolvimento é o bem-estar social, que deve garantir à
pessoa humana as condições de ser, no plano econômico, um cidadão sadio, no plano
político, um cidadão participante, e no plano cultural, um cidadão educado e consciente.”
(Jacó Anderle - Desenvolvimento Nacional e Política Social).
Educação fiscal
A educação é o processo pelo qual o individuo constrói o seu conhecimento,
transformando-o em ações concretas, que evidenciarão o seu modo de ser. Os direitos
que constituem a cidadania são sempre conquistas, resultado de um processo histórico 87
no qual indivíduos, grupos e nações lutam para adquiri-los e fazê-los valer. A cidadania é
também uma prática, por isso, sociólogos, antropólogos e educadores salientam a
importância crescente dos movimentos sociais para a sua construção.
A Educação Fiscal faz parte desta conquista e tem por objetivo "Conscientizar a
sociedade, através da escola a respeito da função sócio-econômica do tributo. Além
disso, busca o despertar do cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos postos
à disposição da Administração Pública, tendo em vista o benefício de toda a população".
Propicia a participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos
instrumentos de controles social e fiscal do Estado. O tributo é um instrumento que pode
e deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O
cidadão, consciente da função social do tributo como forma de redistribuição da Renda
Nacional e elemento de justiça social, é capaz de participar do processo de
arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro público, transformando nossa
realidade e diminuindo assim o foco de desigualdades sociais existentes.
A Educação Fiscal para a construção da Cidadania tem sido uma preocupação
não apenas de âmbito nacional, mas mundial. Educar para o desenvolvimento de uma
consciência crítica como compromisso a ser desenvolvido nas Escolas tem sido uma
preocupação da Organização Mundial de Educação desde a década de 1990 quando se
começou a repensar a educação para o século XXI.
Face aos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um trunfo
indispensável da humanidade na construção dos ideais de paz, liberdade e justiça
social. A justiça social tem na consciência os direitos e deveres sua pedra angular. A
construção de uma sociedade democrática e produtiva tem suas raízes no
conhecimento que permite às pessoas atuarem como cidadãos, exercendo a cidadania
consciente de sua responsabilidade social, responsabilidade compartilhada entre o
Estado, a Administração Pública e os Cidadãos.
A Educação Fiscal é um programa nacional, o PNEF ( Programa Nacional de
Educação Fiscal) , integrado pelos Ministérios da Educação, Receita Federal do Brasil,
Secretaria do Tesouro Nacional, Escola Superior de Administração Fazendária - ESAF e
Secretarias de Fazenda e de Educação estaduais. Entendido como prática educacional
88
com o objetivo de desenvolver valores e atitudes, a partir do entendimento do
funcionamento da administração pública, da função sócio-econômica dos tributos, da
aplicação dos recursos públicos e de estratégias para o exercício do controle social.
Esses saberes poderão ser trabalhados de forma articulada com as diversas
áreas do conhecimento, por meio de diferentes linguagens: colóquios, textos, músicas,
poesias, artes visuais, artes cênicas, entre outras. Educadores de apoio e demais
envolvidos, a prestação de contas, o controle, as prioridades e o gasto do dinheiro
público administrado pelas escolas e também a atualização de conhecimentos, como a
reforma ortográfica da Língua Portuguesa, a A 3 P – Agenda Ambiental na Administração
Pública, qualificando o público alvo para o desenvolvimento de uma prática pedagógica
qualitativa e focada no desenvolvimento da consciência crítica para o exercício do
controle social, possibilitando a reflexão e a prática dos direitos e deveres do cidadão.
Educação ambiental
Percebe-se que a questão ambiental é um fato social e político. Trabalhar esse
tema na escola constitui-se uma questão de preservação da vida. Os Parâmetros
Curriculares Nacionais foram elaborados de modo a servir de referencial para o trabalho
educativo do professor, podendo ser adaptados à realidade de cada região.
Os objetivos e conteúdos trabalhados pelo docente devem visar à formação dos
indivíduos, proporcionando-lhes conhecimentos de que necessitam para crescerem e
atuarem como cidadãos conscientes na sociedade.
A Educação Ambiental deve ser trabalhada de modo a atender às realidades
brasileiras, sempre observando as peculiaridades de cada região e tendo o
entendimento de que a preservação ambiental é a preservação da própria vida.
Observar os ciclos da natureza permite-nos compreender como ela é fundamental
para a manutenção da vida e que não se limita ao tempo e ao espaço, mas, para que os
processos da natureza sejam realizados satisfatoriamente, o ser humano precisa saber
interagir com o meio ambiente. TEIXEIRA, apud Novais (1993 p. 47), afirma que a EA
deve ser o resultado de uma reorientação e articulação das diversas disciplinas e
89
experiências educativas que possam facilitar a visão integrada do meio ambiente. Afirma
ainda que outro indicativo internacional a favor do meio ambiente e da EA é a Agenda 21
Global, que retrata toda uma preocupação com o meio ambiente. Devido a essa
preocupação, o MEC divulgou um documento no qual retrata que o papel da escola e da
EA é conscientizar a sociedade.
Vale ressaltar que o homem enquanto ser social depende do meio ambiente para
sua subsistência. Ele reconstrói, explora e se percebe o sujeito desse meio. A relação do
homem com a natureza envolve questões sociais e políticas que vêm atingindo o mundo
todo, não só o Brasil.
Hoje, as autoridades estão preocupadas com as mais variadas atuações que o
homem vem tendo nos últimos anos nas florestas; citamos, como exemplo, a Amazônia,
que é tida como a principal fonte de vida para o nosso ecossistema. Existem vários
olhares científicos para os avanços nocivos do homem sobre a natureza. Desse modo, o
professor deve fazer um trabalho interdisciplinar através de um planejamento em que o
ensino esteja sintonizado com a realidade do aluno, escola e seu contexto social, no
sentido de transformá-la. O importante é ter consciência das reais necessidades que
envolvem a relação homem–natureza, procurando equilibrar tecnologia e natureza,
visando à preservação da vida.
O enfoque principal nesse período são os aspectos sociais, além de econômicos
e políticos, onde se analisa as causas e consequências de ações humanas sobre o
Universo.
Como nesse estágio da educação há uma maior interdisciplinaridade, entre a
Química, Biologia e parte da Física, pode-se utilizar de diversos assuntos para promover
conhecimento sobre o ambiente a fim de defender sua preservação e empregar de
maneira sustentável. No Brasil, ela assume um aspecto mais abrangente congregando a
proposta de sociedade sustentável.
Há a possibilidade de unir a Física e a EA ao tratar do reaproveitamento de água
para utilização sustentável, evitando desperdícios e conscientizando os alunos. Nesse
caso, trata-se de assuntos como fluidos podendo explicar conceitos como: densidade,
compressibilidade, escoamento, pressão, velocidade. Esse assunto abre caminhos para
90
vários outros como o tratamento da água, purificação, estados da matéria, onde
ingressa a interdisciplinaridade.
Formam-se assim, novos pensadores que descobrirão que o vaso sanitário pode
consumir até 40% dos gastos mensais com água. (informação retirada de
http://ecohabitararquitetura.com.br/blog/tag/reaproveitamento-de-agua/ acesso em
27/06/2010) Todavia, o custo financeiro não é o fator mais importante, e sim o fato de
desperdiçar litros de água potável toda vez que alguém vai ao banheiro. Assim como
acontece com a lavagem de carros, limpeza de calçadas. A partir daí, já há a capacidade
de incluir na discussão os tipos de produção de energia. Aproveitando que o objetivo é
diminuir o consumo de água potável, a implementação de aquecedores solares em uma
casa ajuda nessa redução. Ao usar o chuveiro elétrico há maiores gastos do que se
fosse empregado um à base de energia solar.
Enfrentando a violência
As práticas de violência, discriminação e preconceito, vivenciadas pelos
educandos no cotidiano da escola, têm se apresentado como um grande desafio para os
professores, equipe gestora, comunidade escolar e pais.
Tais práticas, muitas vezes, podem acarretar dificuldades de aprendizagens e
desencadear traumas ao longo da vida.
Falar de bullying é falar de nossas histórias de vida. Afinal, quem nunca foi vítima,
espectador ou autor de bullying? Se resgatarmos nosso histórico de vida escolar, vamos
perceber que em algum momento estivemos num contexto de bullying e, ainda que não
tenha deixado marcas conscientes, muitas vezes no nosso inconsciente elas estão
presentes.
As práticas de bullying apresentam determinadas características, como
comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva um período
prolongado de tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de desequilíbrio
de poder, o que dificultar a defesa da vítima; não há motivos evidentes; acontece de
forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, e de forma indireta, por meio de
91
agressões morais e psicológicas, caracterizando - se pela disseminação de rumores que
visam à discriminação, ao preconceito e à exclusão.
Em nosso estabelecimento serão ministradas palestras por profissionais
especialistas no assunto, no sistema de colaboração, atuando com pais, alunos,
professores, funcionários. Os professores abordarão o tema no decorrer de suas aulas,
com atividades organizadas no plano de trabalho. O Grêmio Estudantil, Representantes
de Turmas e alunos que se dispuseram estarão discutindo o assunto, e multiplicando
seus conhecimentos com alunos do turno contrário.
Gênero e diversidade sexual
Impossível excluir do debate sobre a educação na contemporaneidade a temática
da diversidade. O processo de democratização da educação, somado às demandas
apontadas pelos movimentos sociais, fizeram dessa, não apenas mais uma pauta para a
escola, mas sim, o que constitui a própria identidade do espaço escolar. Discutir as
diversidades hoje, não pode ocupar, na escola, apenas o lugar de projetos e ou
temáticas pontuais que emergem das situações cotidianas. As diversidades,
constituintes da dinâmica escolar, devem ser o eixo norteador dos projetos político
pedagógicos das instituições.
As questões alusivas ao pertencimento étnico racial, a inclusão das pessoas com
deficiência na escola comum, as identidades de gênero, a diversidade sexual e as
vulnerabilidades sócio econômicas, por exemplo, não são fenômenos a serem apenas
contemplados e teorizados pela escola, mas também vivenciados e valorizados a partir
das experiências cotidianas de cada criança, adolescente, jovem, adulto que com suas
performances e protagonismo fazem esse espaço.
Stuart Hall nos alerta, em sua abordagem sobre as identidades culturais na
contemporaneidade, sobre o descentramento identitário dos sujeitos. Segundo o autor,
na pós-modernidade, o sujeito "previamente vivido como tendo uma identidade unificada
e estável, está se tornando fragmentado, composto não de uma única, mas de várias
identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas". Á medida que "os
92
sistemas de significação e representação cultural se multiplicam, somos confrontados
por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada
uma das quais poderíamos nos identificar - ao menos temporariamente". (HALL, 2001,
p.12-13).
As posturas e condutas adotadas e permitidas pela maioria das professoras e
professores, desde a educação infantil, reforçam relações de gênero pautadas em uma
lógica binária que separa em dois mundos distintos a masculinidade e a feminilidade e
que aposta na supremacia do masculino. Os jogos pedagógicos e recreativos, as lições
de casa, as ilustrações do material didático, as narrativas históricas, os problemas
matemáticos, as cantigas de roda, as regras de convivência construídas nesse espaço,
reforçam as regras hetero normativas. Esta lógica se perpetua por toda a educação
básica, ganhando elementos cada vez mais assustadores, reforçando assim esse
preconceito.
Na escola também aprendemos a ser meninos e meninas. Apreendemos que
meninas devem ser sensíveis, frágeis, gostar de cor de rosa, das letras e que a todo
tempo precisam policiar e disciplinar os seus corpos, para que eles transmitam a pureza,
a delicadeza e a inviolabilidade de quem um dia será mãe e cuidadora de um lar. A
duras penas, aprendemos também que só somos meninos quando demonstramos força,
coragem, rudeza e de maneira alguma nos interessamos pelo lado cor de rosa da vida,
e da mesma forma que as meninas devemos exercitar um constante disciplinamento de
seus corpos.
O desafio, portanto, apresentado aqui para a escola, é de escapar desse círculo
vicioso da cultura e romper com os padrões e estereótipos que alicerçam a sociedade
machista, sexista e homofóbica. Nas palavras de Guacira Lopes Louro, em sua análise
da obra de Joan Scott "um ponto importante em sua argumentação é a idéia de que é
preciso desconstruir o 'caráter permanente da oposição binária' masculino-feminino. Em
outras palavras: Joan Scott observa que é constante nas análises e na compreensão
das sociedades um pensamento dicotômico e polarizado sobre os gêneros; usualmente
se concebem homem e mulher como pólos opostos que se relacionam dentro de uma
lógica invariável de dominação-submissão. Para ela seria indispensável implodir esta
93
lógica."(LOURO, 1997, p. 30-31).
A negação de outras formas de viver a sexualidade que se diferem da
heterossexualidade, talvez seja uma das maiores expressões de violência no espaço
escolar. Quando a escola nega aos sujeitos o direito de expressar esta faceta de sua
identidade, realiza cotidianamente sua morte simbólica, tendo em vista que
"compreendemos os sujeitos como tendo identidades plurais, múltiplas; identidades que
se transformam, que não são fixas ou permanentes, que podem, até mesmo, ser
contraditórias. Assim, o sentido de pertencimento a diferentes grupos - étnicos, sexuais,
de classe, de gênero, etc. - constitui o sujeito" (LOURO, 1997, p. 24-25).
O papel da escola na busca de uma qualidade social da educação deve ser o de
desnaturalizar os processos e representações sociais que sustentam os preconceitos,
as discriminações, a violação de direitos.
Muito há que se fazer, mas são estes mesmos desafios que podem possibilitar a
construção de práticas educativas inovadoras e a consolidação de uma educação
efetivamente inclusiva.
Na Semana Pedagógica, foi estabelecido que os todos os professores abordarão
este assunto dentro dos conteúdos propostos para sua disciplina com o registro das
atividades desenvolvidas no Plano de Trabalho.
4.6 ARTICULAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE
Ao se discutir Educação e democracia como função da escola, torna-se
imprescindível destacar a questão da integração entre a escola e a comunidade.
A escola é o principal ambiente de encontro para troca sistemática de
conhecimentos e tem o papel fundamental na construção da cidadania, na promoção
social e no desenvolvimento pessoal. Percebemos também que, com a sociedade do
conhecimento, novos desafios e atribuições surgem para a escola. Dessa forma
sabemos que a escola é um lugar onde atuam diversas pessoas e vontades e, portanto,
nela recai vários papéis.
A relação participante entre escola-comunidade é um tema de grande interesse
94
para a gestão educacional e ocupa lugar de destaque nas políticas educacionais
recentes.
Essa articulação proporciona uma socialização no campo de trocas, de interação,
que nos permite perceber, expressar e nos relacionarmos com os outros em prol de
objetivos comuns que resumem em ensinar e aprender, pois todos integrados nos
educamos o tempo todo. Nossa educação acontece por meio das múltiplas formas de
pensamento, das inúmeras interações com as pessoas que convivemos e com as
instituições de ensino de que participamos.
Sabemos que a escola é também um espaço de desenvolvimento de convivência
humana onde mudanças qualitativas no processo de ensino/aprendizagem e a
capacidade de construir relações e estabelecer clima de confiança mútua com a gestão
e a comunidade depende sobretudo de sua capacidade de comunicação rumo à uma
visão inovadora.
Dessa forma, há que se reencontrar o sentido mais humanístico, interativo e
integrador da educação que leve professores, gestores e comunidade a repensarem a
necessidade de se tomar consciência das ações desenvolvidas, permitindo redimensão
de espaços de ensino e aprendizagem, sonhar e amar, vislumbrando a provisoriedade
do conhecimento, as novas possibilidades das práticas da escola, a necessidade da
formação continuada para atender as características de mudança da sociedade atual e
para resgatar o valor do saber e a sensibilidade do ser.
A educação escolar, portanto, precisa compreender a função social da escola e
incorporar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações a fim de educar
para usos democráticos, mais progressistas e participativos, que facilitem a evolução do
indivíduo para formação de cidadãos responsáveis.
No processo interação escola comunidade, será constante o dialogo com a
intenção de promover melhorias no processo ensino-aprendizagem. No inicio do ano
letivo será realizada a Assembleia Geral, para discutir o regulamento que norteará o
trabalho pedagógico para o ano letivo, e também colher propostas de atividades que
deverão ser desenvolvidas no decorrer do ano. A escola realiza palestras de interesse
da comunidade com assuntos diversos como afetividade, violência, drogas, saúde,
95
gravidez na adolescência. Em momentos planejados a família será convidada a
participar de mostra de trabalhos realizados pelos alunos.
4.7 CONCEPÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SEED
De acordo com a teoria histórico-crítica, embasa a metodologia através da
realidade social. Faz-se a leitura crítica dessa realidade que indica o novo pensar e agir
pedagógicos. Educa-se da mesma forma como se concebe a aquisição do
conhecimento.
Segundo Saviani, 1999, a nova metodologia de ensino-aprendizagem expressa a
totalidade do processo pedagógico, dando-lhe centro e direção na construção e
reconstrução do conhecimento.
Se a teoria dialética do conhecimento afirma que:
1º) o processo do conhecimento tem como ponto de partida a
prática social; 2º) a teoria está em função do conhecimento
científico da prática social e serve como guia para ações
transformadoras e 3º): a prática social é o critério de verdade e o
fim último de todo o processo cognitivo, a concepção metodológica
dialética adota o mesmo paradigma, qual seja -1º) partir da prática;
2º) teorizar sobre ela e 3º: voltar a prática para transformá-la
(CORAZZA, 1991:86)
O educando deve ser desafiado, sensibilizado, para que possa perceber as
relações entre os conteúdos e a vida cotidiana. Criando um clima favorável à
aprendizagem, desenvolvendo interesses a aprendizagem significativa. Assim, a
problematização é fundamental para o encaminhamento de todo o processo do trabalho.
É o elemento-chave na transição entre a teoria e a prática, ou seja, entre o fazer
cotidiano e o saber previamente adquirido, já que é esse o momento em que se inicia o
trabalho com o conteúdo sistematizado. São necessários Educadores e educandos
96
para a construção do conhecimento científico, devem agir em efetiva colaboração, o
professor apresentar a sistemática do conteúdo e os alunos por meio de ação
intencional se apropriam deste conteúdo.
O aprendizado, se colocado como um desafio, faz com que o aluno, através de
sua ação, busque na pesquisa o conhecimento. Nesse buscar através da investigação e
da pesquisa, enquanto sujeitos, encontram argumentos para solucionar as questões ora
em estudos, ora em questionamentos, propicia a troca de experiência entre os colegas e
o professor, são levantadas situações-problema que estimulam o raciocínio e acontece a
aprendizagem significativa. Esse exercício representa o momento do processo em que a
prática social é posta em questão, analisada, interrogada, levando em consideração o
conteúdo trabalhado e as exigências sociais de aplicação deste conhecimento,
resultando na apropriação do conhecimento. Esta caminhada não é linear, visto que o
conhecimento é construído através do já adquirido que se junta com o novo, e, a cada
abordagem, são apropriadas novas dimensões do conteúdo. Apresentado pelo
professor, possibilita que eles incorporem esses conhecimentos. O professor auxilia o
aluno a elaborar sua representação mental do objeto do conhecimento. Desta forma os
educandos apropriam-se do conhecimento socialmente produzido e sistematizado para
enfrentarem e responderem aos problemas levantados.
5. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Sala de Recursos
No Colégio Estadual Jardim Interlagos foi implantado em 2005 a Sala de
Recursos no período de manhã e tarde, no entanto por falta de profissional, o período da
tarde ficou sem atendimento. No ano de 2006, contudo, normalizou-se a situação, sendo
que os alunos começaram a usufruir regularmente desse direito.
Nossa Sala de Recursos tem como objetivo atender de forma mais individual os
alunos com dificuldades de aprendizagem específicas, trabalhando de forma mais
prazerosa, utilizando materiais concretos e atividades diversificadas que contemplem os
97
conteúdos que os alunos apresentam dificuldades para aprender. Além do
acompanhamento e apoio constante do professor.
Temos a intenção de equipar com material adequado e atrativo uma sala
específica do colégio, de modo que os alunos sintam prazer em frequentar o ambiente e
não se sintam envergonhados das suas dificuldades. Estamos conquistando aos poucos
os materiais e a decoração da sala, mas já contamos com bons professores e com um
planejamento bem elaborado para atender nossos alunos da sala de recursos.
Sala de apoio
A Sala de Apoio do Colégio Estadual Jardim Interlagos está embasada na
Resolução Nº 208/04, que regulamenta como serão ofertados os estudos no contra
turno para alunos de 5º série (6º e 9º anos). A Sala de Apoio tem como principal objetivo
superar as defasagens de conteúdo e aprendizagem referente à leitura, escrita e
cálculo. A sala possibilita que 20 alunos façam parte deste benefício, o colégio possui
duas Salas de Apoio funcionando uma no período Matutino e a outra no Vespertino.
Aos alunos que participam destas aulas no contra turno são preparadas
atividades diferenciadas, atrativas, utilizando dinâmicas lúdicas, material concreto e
metodologias que possibilitem a superação da defasagem e melhora na auto-estima da
criança. Os alunos devem frequentar regularmente as aulas que estão organizadas em
quatro horas-aula semanais, divididas em dois dias por semana, duas aulas geminadas
da disciplina de Português e duas aulas geminadas da disciplina de Matemática.
Os professores de Sala de Apoio apresentam um perfil diferenciado, acolhedor
que incentiva o aluno a retornar sempre para as aulas, sempre é lembrado ao aluno que
o mesmo não participa do “reforço” que foi um termo estigmatizado e rotulado ao longo
da história, mas que o mesmo participa de “Aula Particular”, um benefício concedido a
ele para melhorar seu desempenho enquanto aluno. O planejamento das aulas será
realizado de acordo com as dificuldades dos alunos e será realizado juntamente com o
professor da classe regular, a avaliação dos alunos será feita de forma diagnóstica,
processual e descritiva, os alunos poderão ser dispensados da Sala de Apoio, caso os
98
professores julguem superada a defasagem pela qual os discentes foram
encaminhados.
O encaminhamento dos alunos para a Sala de Apoio será feito através da
observação constante de todos os docentes para com todos os alunos, pois todos tem a
responsabilidade de acompanhar o desenvolvimento de seus educandos. Após
diagnosticada a defasagem de conteúdos os professores regentes devem comunicar a
equipe pedagógica que juntamente com os professores regentes de Português e
Matemática fará o encaminhamento para as aulas no apoio, o docente da Sala de Apoio
receberá uma ficha de encaminhamento devidamente preenchida com os conteúdos a
serem desenvolvidos com os alunos de acordo com as suas dificuldades, para que
possa trabalhar com as reais defasagens dos alunos.
À equipe pedagógica cabe articular o diálogo entre os professores regentes e os
professores de Sala de Apoio acompanhando o desenvolvimento dos alunos,
planejamento das aulas e propiciar o diálogo com a família dos educandos.
Mais Educação
As oficinas propostas pelo programa Mais Educação tem o caráter de escola em
período integral. A verba para esse Programa vem do Governo Federal este é
disponibilizado pelo FNDE para as escolas prioritárias, depositado em conta da APMF
específica para tal fim e gerida pelo presidente da mesma. Esse programa é
operacionalizado pela (SECAD) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade, em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), por meio do
(PDDE) Programa Dinheiro Direto na Escola do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE).
Este programa pretende um conhecimento para além dos saberes curriculares e
oficiais da sociedade. A relação de aprendizagem requer um conhecimento para a além
da vida da escola, como formação para a vida. Estas oficinas são ofertadas em contra
turno nos cinco dias da semana, como base de atendimento de uma educação que
prevê formação integral ao aluno que está em condição de risco social. O ideal proposto
99
pelo Mais Educação traduz a compreensão do direito de aprender como inerente ao
direito á vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e á convivência familiar e
comunitária e com condição para o próprio desenvolvimento de uma sociedade
democrática. Embasados nessa ótica, os profissionais deste estabelecimento primam
pela educação de qualidade, com a função de promover essa ação de forma coletiva,
até mesmo estabelecendo relações com os professores do regular, no sentido de
comprometimento para por em pratica a nossa expectativa. A escola pode escolher no
máximo 6 oficinas, com professores e monitores que atuam nelas, as mesmas são
escolhidas no período anterior ao que o Programa deverá ser praticado. Essa escolha
está aberta para vários macro campos, dentre eles estão o Acompanhamento
Pedagógico, o Meio Ambiente, Esporte e Lazer, Direitos Humanos em Educação,
Cultura e Artes, Inclusão Digital, Promoção e Saúde, Educação, Iniciação à Investigação
das Ciências da Natureza, Educação Econômica e Cidadania. Dentre esses macro
campos várias são as oficinas ofertadas, essa escolha é estabelecida pelo Conselho
Escolar embasados no desejo da comunidade escolar local. Embora o espaço
disponível nesse estabelecimento ainda se encontra em defasagem, temos buscado
algumas alternativas.
Além da dificuldade com espaço ainda encontramos alguns problemas
relacionados a várias situações dentre elas o mapa de horários que foram
operacionalizados pela secretaria como modelo preveem duas turmas, mas na prática
temos que atender no mínimo três turmas para que os cem alunos propostos pelo
Programa sejam atendidos. Assim sendo acreditamos que Programa pode fazer a
diferença na nossa localidade, no entanto precisa de alguns ajustes. Estes ajustes
precisam ser pensados entre SEED, direção e o Governo Federal representados pelas
suas instâncias.
CELEM
Este Programa de Contra turno é ofertado pelo governo do Estado do Paraná,
oportunizando aos nossos alunos que recebem educação estadual um mecanismo de
100
aprendizagem além do ofertado em disciplina curricular no turno regular. O CELEM,
agora incluso na grade curricular como oferta obrigatória para as escolas pretende
promover mais oportunidades aos alunos de escola pública, pois este estarão mais
preparados para a vida. No nosso estabelecimento esta oferta proposta em contra turno
é voltado ao ensino de Língua espanhola, pois a oferta no regular é de Língua Inglesa.
Ações da escola em parceria com outras entidades
O Colégio Jardim Interlagos desenvolve duas importantes parcerias, que são:
Rede de Proteção a Criança e do Adolescente e o Núcleo Assistencial Francisco de
Assis-NAFA. Todas dão suporte ás necessidades socioeconômicas e pessoais
apresentadas pelos nossos alunos as quais interferem diretamente no processo da
aprendizagem.
A Rede de Proteção tem o objetivo de garantir os direitos da criança e do
adolescente, busca dar maior visibilidade ás ações dos seus atores, de acordo com
cada serviço da rede. Prima pela descentralização, flexibilidade e dinamismo de sua
estrutura, possibilitando a ampliação dos seus parceiros, envolve as instituições
governamentais e não governamentais, sendo composta pelos vários segmentos
sociais, dentre eles, serviços da área da: Educação, Saúde, Assistência Social e
Segurança Pública. Cada um destes segmentos desenvolvem projetos voltados a
proteção da criança e do adolescente.
Os segmentos da Rede de Proteção são autônomos e capazes de operar
independentemente do restante da rede, apresentam características que prezam pelo:
dinamismo, participação ( cooperação), horizontalidade( não possui hierarquia).
A mobilização da Rede de Proteção dar-se à através da socialização de dados,
análises e reflexões sobre a violência contra criança e adolescentes. Após fazer o
mapeamento a Rede através dos seus serviços e projetos, faz o enfrentamento á
violência, como por exemplo: quem recebe a denúncia, para onde onde as vítimas são
encaminhadas, se existe trabalho aos familiares, etc... Na sequência a Rede
estabelece coletivamente objetivos a curto, médio e longo prazo.
101
A rede também envia ações de prevenção à violência através da sensibilização
da comunidade, dando ênfase no acolhimento, orientação e atendimento de crianças e
adolescentes em situação de risco social e pessoal.
O Colégio desenvolve outra importante parceria com o Núcleo Assistencial
Francisco de Assis – Nafa, entidade filantrópica que oferece vários serviços a
comunidade dentre eles o atendimento as famílias (mães) que tiveram seus filhos
assassinados ou estão detidos por atos infracionais ou crimes, atendimentos
psicológicos e psiquiátricos.
Brigada Escolar
Justificativa:
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem
vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa
opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos,
promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais
receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes
de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda
mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver
com a necessidade de adequá-las internamente para atender as disposições legais de
prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie
como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.
Objetivo geral:
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do
Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou
humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas
para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que
102
tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná.
Objetivos Específicos:
* levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma cultura
de prevenção a partir do ambiente escolar; proporcionar aos alunos da Rede Estadual
de Ensino condições mínimas
* para enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres; promover o levantamento das
necessidades de adequação do ambiente
* escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas
vistorias do Corpo de Bombeiros; preparar os profissionais da rede estadual de ensino
para a execução de ações de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no
ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o
socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a
princípios de incêndio;
* articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de
Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de
Educação;
* adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção
contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná,
acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos
ocupantes desses locais.
Estratégias:
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Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos específicos,
englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para a Brigada
Escolar. O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de
ensino. Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de
desenvolverem ações no sentido de:
* identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
* garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma
segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da
execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em
calendário escolar; promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
* apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da
comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
* promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão
de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em
livro ata específico ao Programa;
* verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências
necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL.
Atividades permanentes:
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O Diretor do Estabelecimento terá como responsabilidade, desenvolver o
trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de
Abandono consistirá na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários
das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo
razoável. Exercícios simulados serão realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as
datas serão registradas em Calendário Escolar .
Membros da Brigada:
1. Bruno Christofoleti Ventura
2. José Luiz Dias
3. Maria Izabel Hotz
4. Nerinha Cunha
5. Zenilde Zoboli
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