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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL JARDIM INTERLAGOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CASCAVEL 2012 1

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Jardim Clarito, desde o início do ano letivo de 2012, no período noturno, contando com 36 (trinta e seis) alunos matriculados no Ensino Fundamental

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL JARDIM INTERLAGOS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CASCAVEL

2012

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SUMÁRIO

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1. APRESENTAÇÃO 3

2. MARCO SITUACIONAL 4

2.1. IDENTIFICAÇÃO 4

2.2. CARACTERIZAÇÃO 4

2.3. TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 7

2.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS 27

2.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA-CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR 28

2.6. PLANO DE AÇÃO 2012 30

3. MARCO CONCEITUAL 34

3.1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 34

3.2. OBJETIVOS GERAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 40

3.3. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 41

3.4. PRESSUPOSTOS DO ESTABELECIMENTO 43

3.5. EDUCAÇÃO INCLUSIVA 46

3.6. GESTÃO DEMOCRÁTICA 48

3.7. INSTÂNCIAS COLEGIADAS 61

3.8. SISTEMA DE AVALIAÇÃO 63

3.9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DO PPP 64

4. MARCO OPERACIONAL 72

4.1. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO PARA O ANO LETIVO DE 2012 72

4.2. FORMAÇÃO CONTINUADA 78

4.3. ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE 79

4.4. DIVERSIDADE EDUCACIONAL 80

4.5. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS 85

4.6. ARTICULAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE 94

4.7. CONCEPÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SEED 96

5. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR 97

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto-Político-Pedagógico do Colégio Estadual Jardim Interlagos busca

explicitar os fundamentos filosóficos, epistemológicos e políticos que fundamentam as

ações de todos aqueles que trabalham ou colaboram para o bom andamento das ações

que se realizam nesta unidade escolar. Neste sentido, procura garantir a unidade e a

coerência na postura metodológica, no objetivo, na organização, na forma de

implementação e avaliação institucional, tendo por base as reais condições dos

profissionais da escola e da comunidade, bem como, os recursos humanos, materiais e

financeiros disponíveis para a efetivação do processo educacional.

Entendemos que o desafio da gestão democrática na unidade escolar, encontra-

se diretamente articulado com o desafio posto à sociedade de democratizar as relações

sociais mais amplas, na esfera política, econômica e cultural, extrapolando os muros da

escola. Ao mesmo tempo, estabelece no interior desta instituição o debate e o desafio

da qualidade do ensino, voltado à necessidade da compreensão crítica das relações

sociais.

O Projeto Politico Pedagógico proposto por esta instituição pretende realizar

atividades planejadas e organizadas de forma coletiva e participativa, em que o todo da

organização esteja voltado para a efetivação do processo educativo com o compromisso

de assegurar uma aprendizagem significativa.

É necessário explicitar a natureza política da ação de todos os envolvidos para

que, conscientes da não-neutralidade possamos elencar ações que visem enfrentar os

desafios do cotidiano escolar de forma planejada, organizada, assumindo uma postura

comprometida com as causas populares e com o todo da organização do trabalho

escolar.

Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico busca projetar os rumos que se quer

seguir, estabelecendo metas coletivas para que cada uma das esferas envolva-se nas

ações. Assim, a elaboração de projetos necessários para o alcance dos objetivos

propostos torna-se relevante. Quando esses fatos se concretizam e são sistematizados,

já não são mais os mesmos, no entanto: o caráter provisório que os circundam não

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significa espontaneísmo, e reflete a necessidade de revisão permanente e a convicção

de que somos sujeitos históricos, frutos das nossas ações e relações, sujeitos

determinados e determinantes, portanto, construídos e reconstruídos.

2 - MARCO SITUACIONAL

2.1 IDENTIFICAÇÃO

O Ato de Regulamentação que autoriza o funcionamento deste estabelecimento

está acordado na Resolução 4063/1991 publicado no Diário Oficial no dia 06/12/1991 e

reconhecido na Resolução 3565/1992 publicado no Diário Oficial 11/11/1992 para o

Ensino Fundamental, curso renovado na Resolução 0648/2008 no Diário Oficial

05/05/2008 e para o Ensino Médio na Resolução 1896/2033 publicado no Diário Oficial

11/08/2003, curso renovado na Resolução 4185/2008 e publicado no Diário Oficial no

dia 28/10/2008.

DENOMINAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL JARDIM INTERLAGOS - EFM

ENDEREÇO: RUA LUIZ DE CAMÕES, Nº 04

CEP: 85.814-276 FONE: (045)3323–2489/3323-3967

MUNICÍPIO: CASCAVEL

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

2.2. CARACTERIZAÇÃO

Modalidades da Educação Básica

( )Educação Infantil

(X)Ensino Fundamental ( X ) Regular

(X)Ensino Médio ( X ) Regular

(X)Educação Especial

(X)Educação de Jovens e Adultos: Por meio de APED

Turno de funcionamento

( X) Matutino ( X ) Noturno

( X) Vespertino ( X ) Integral

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Regime de funcionamento do curso

Ensino Fundamental - Implantação Simultânea em 1992

Sistema: seriado anual.

Ensino Médio – Implantação Gradativa em 1998

Sistema: seriado anual

Educação Especial: Res. Nº 3913/06 DOE 17/08/2006,

PARECER 2047/2006 - CEF

Educação de Jovens e Adultos: A escola sedia turmas da APED do Colégio Estadual

Jardim Clarito, desde o início do ano letivo de 2012, no período noturno, contando com

36 (trinta e seis) alunos matriculados no Ensino Fundamental e 22 (vinte e dois)

matriculados no Ensino Médio.

Carga horária total

Ensino Fundamental Regular: 3332 H/A

Ensino Médio Regular: Diurno 2500 H/A Noturno: 2500 H/A

Duração

Ensino Fundamental: 04 anos

Ensino Médio: 03 anos

Módulo

Ensino Regular: 40 semanas

Número de turmas de cada modalidade

Ano Período Total de turmas Total de alunos

6º Vespertino 6 136

7º Vespertino 7 212

8º Vespertino 1 30

8º Matutino 4 133

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9º Matutino 4 141

1º Matutino 3 99

1º Noturno 1 38

2º Matutino 2 61

2º Noturno 1 35

3º Matutino 1 47

3º Noturno 1 32

Sala de recursos Matutino 1 20

Sala de recursos Vespertino 1 20

Atividade

Complementar

Matutino 3 100

Total ---- 37 1104

Matriz Curricular do Ensino Fundamental

Base Nacional Comum

Disciplinas Anos

6º 7º 8º 9º

ARTE (704) 2 2 2 2

CIÊNCIAS (301) 3 3 3 4

EDUCAÇÃO FÍSICA (601) 3 3 3 3

ENSINO RELIGIOSO (7502) 1 1 0 0

GEOGRAFIA (401) 3 3 3 3

HISTORIA (501) 3 3 4 3

LÍNGUA PORTUGUESA (106) 4 4 4 4

MATEMÁTICA (201) 4 4 4 4

Parte Diversificada L.E.M. INGLÊS 2 2 2 2

Matriz Curricular do Ensino Médio

Base Nacional

Comum

Disciplinas Ano1º 2º 3º

ARTE (704) 2 2 2BIOLOGIA (1001) 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA (601) 4 2 3FILOSOFIA (2201) 3 3 4FÍSICA (901) 2 2 2

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GEOGRAFIA (401) 2 2 2HISTORIA (501) 4 4 4LÍNGUA PORTUGUESA (106) 0 2 2MATEMÁTICA (201) 2 2 2QUÍMICA (801) 2 2 2SOCIOLOGIA (2301) 4 2 3L.E.M.-INGLÊS (1107) 3 3 4

2.3 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Colégio Estadual Jardim Interlagos – Ensino Fundamental e Médio, situado na

Rua Luiz de Camões nº 04, Bairro Jardim Interlagos, na cidade de Cascavel, Estado do

Paraná, é um estabelecimento de ensino da rede pública estadual, mantida pelo

Governo do Estado do Paraná, com autorização de funcionamento conforme resolução

nº 4063/91 de 06 de dezembro de 1991, para o curso de ensino fundamental de 5º a 8º

série de forma simultânea.

O estabelecimento iniciou suas atividades em fevereiro de 1992, no período

noturno e a partir de 1996 no período vespertino e noturno, e, em 1997, matutino,

vespertino e noturno.

O ensino noturno de jovens e adultos do Ensino Fundamental (EJA), foi

autorizado e implantado de forma gradativa através da resolução 2708/97 de 08 de

agosto de 1997. O Ensino Médio de jovens e adultos (EJA) noturno foi autorizado pela

resolução 855/99 de 19 de fevereiro de 1999 de forma gradativa.

O Ensino Médio regular noturno, foi autorizado de forma gradativa através da

autorização nº 441/98 de 05 de fevereiro de 1998. Os referidos cursos funcionaram até

24 de agosto de 2001, no prédio do município situado na Av. Interlagos, nº 541 no Bairro

Jardim Interlagos, que tem por nome Escola Municipal Francisco Vaz de Lima.

A partir de 24 de agosto de 2001, o Colégio passou a funcionar em prédio próprio.

As novas instalações seguem o novo porte de construção determinado pela Secretaria

de Educação do Paraná, isto é, com salas, laboratórios, biblioteca, sala de multiuso,

refeitório, cozinha, quadra e demais dependência, inclusive com dependências próprias

para educação especial. Em 1992 não havia diretor designado, em fevereiro de 1993

assumiu a professora Dulce Rodrigues Teixeira, permanecendo até 31 de dezembro de 7

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2001.

No ano de 2002, tomou posse através da resolução nº 3069/01, a Senhora

Claudia de Morais para um mandato previsto para dois anos.

No ano de 2004, tomou posse na direção do Colégio, através da resolução nº

4254/2003, o Senhor Paulo Meinerz para mandato previsto para dois anos.

No ano de 2006, foi eleita por consulta a comunidade como Diretora a Sra. Janete

Pipino Gonçalves, e Direção auxiliar o Sr. Adenilson Moreira de Souza, através da

Resolução nº 058/2006, de 16 de Janeiro de 2006, para mandato previsto para dois

anos, prorrogado até Dezembro de 2008.

No final do ano de 2008, foi eleito por consulta a comunidade como Diretor o Sr.

Adenilson Moreira de Souza, e Diretora auxiliar Professora Pedagoga Vanilda Dias de

Souza tomaram posse através da resolução 5909/2008 para o período previsto de 3

anos, porém a Sra Vanilda Dias de Souza pediu afastamento do cargo por motivos

pessoais e remoção para outro estabelecimento de ensino, assim por voto em

assembleia ficou eleita para o cargo a de Direção Auxiliar a Professora e Pedagoga

Marli Timm Vanelli.

Em 31 de agosto de 2011 foram destituídos da direção o Diretor Adenilson Moreira de

Souza e a Diretora Marli Timm Vanelli e foram empossados por designação da

Secretária de Estado da Educação SEED conforme portaria número 1802/2011

publicados no Diário Oficial do Estado do Paraná em 07 de Novembro de 2011, como

Diretora a Professora Zenilde Zoboli com 40 horas semanais, e as Diretoras auxiliares

Eunice Parada com vinte horas semanais no período matutino, e a Professora Luci

Aparecida Borges com vinte horas semanais no período vespertino.

Quadro de profissionais

Direção Escolar

DIREÇÃO ESCOLARNome Função Carga Horária

Zenilde Zoboli Direção 40 horas-aulaMaria Izabel Hotz Direção-Auxiliar 20 horas-aula

Atribuições

Art.1° A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos 8

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democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação

em vigor.

Art. 2° A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto

Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Art. 3° Compete ao diretor(a):

I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância

às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-

lo à aprovação do Conselho Escolar;

VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às

decisões tomadas coletivamente;

VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a

comunidade escolar e colocando-os em edital público;

IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho

Escolar e fixando-os em edital público;

X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,

encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;

XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos

da administração estadual;

XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente

escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XIII. deferir os requerimentos de matrícula;

XIV. elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo

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com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do

Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para homologação;

XV. acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o

cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária, conteúdos aos discentes e

estágios;

XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e

propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa

no âmbito escolar;

XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,

após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou

fechamento de cursos;

XIX. participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao

Conselho Escolar para aprovação;

XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao

cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências

sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa dos

Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios

Escolares e equipe auxiliar operacional; dos Funcionários que atuam nas Áreas de

Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação

Escolar e Interação com o Educando;

XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XXIV. solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de na

demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções

emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

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inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com

a comunidade escolar;

XXVI. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e

epidemiológica;

XXVII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular

plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas – CELEM;

XXVIII. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento

de ensino;

XXIX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXX. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXXI. assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

XXXII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar;

Art. 4° Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as

suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.

Equipe Pedagógica

Nome FORMAÇÃO Vínculo Carga horária

Karin Lucia Franca Reck Brum Pedagogia REPE 20h

Maria Odete Rosa Rodrigues Pedagogia SCO2 20h

Marli Timm Vanelli Pedagogia QPM 40h

Selma Andrade Moraes de Jesus Pedagogia PSS 40h

Silmara Eliane de Souza Pedagogia SCO2 20h

Terezinha Pontes Pedagogia QPM 20h

Atribuições

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Art. 1° Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

Art. 2° Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

Art. 3° Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho

pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da

educação escolar;

Art. 4° Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

Art. 5° Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto

ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

Art. 6° Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à

elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

Art. 7° Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e

o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

Art. 8° Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o

trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

Art. 9° Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenções decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

Art. 10° Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de

professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

Art. 11° Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de

ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

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pedagógico;

Art. 12° Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar,

com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

Art. 13° Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade

escolar;

Art. 14° Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

Art. 15° Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros

e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

Art. 16° Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e

seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

Art. 17° Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento

de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e

projetos de incentivo à leitura;

Art. 18° Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física e Biologia e de Informática;

Art. 19° Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

Art. 20° Coordenar o processo democrático de representação docente de cada

turma;

Art. 21° Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação

da Secretaria de Estado da Educação;

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Art. 22° Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e

disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógico e do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

Art. 23° Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

Art. 24° Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de

todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

Art. 25° Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabeleci mento de ensino;

Art. 26° Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

Art. 27°Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços

pedagógicos;

Art. 28° Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos

didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de

classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão

parcial, conforme legislação em vigor;

Art. 29° Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de

dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;

Art. 30° Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de

Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência;

Art. 31° Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

Art. 32° Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

Art. 33° Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

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Art. 34° Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no

Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,

visando encaminhamento aos serviços e Apoios especializados da Educação Especial,

se necessário;

Art. 35° Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

Art. 36° Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

Art. 37° Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que

houver necessidade de encaminhamentos;

Art. 38° Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e

curriculares e no processo de inclusão na escola;

Art. 39° Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados

de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e

trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação

Especial e ensino regular;

Art. 40° Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino

extracurricular plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna;

Art. 41° Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho

com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

Art. 42° Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

Art. 43° Elaborar seu Plano de Ação;

Art. 44° Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. 15

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Professores do Quadro Próprio do Magistério - QPM

PROFESSOR(A) FORMAÇÃO/DISCIPLINA

1 ADRIANA SCHAWABE REIS MAT. E SALA DE APOIO

2 ANTONIETA MARIA PELISSARI CIÊNCIAS

3 CLARISA CARLA DE PAULA CHAGAS EDUCAÇÃO FÍSICA E MAIS

EDUCAÇÃO LUTAS E DANÇA

4 CLAUDETE MATHES PLANK HIST. E MAIS EDUCAÇÃO - HIS

5 CLAUDIA PICHEK EDUCAÇÃO FÍSICA

6 DANIELLE BIN DOS REIS LÍNGUA PORTUGUESA

7 EVANDRO ROBERTO BLOOT CIÊNCIAS

8 EDIMOR ANTONIO MICHELON EDUCAÇÃO FÍSICA

9 ELIZANDRIA BARBOSA VIANA FÍSICA

10 IZABEL MENTGES ARTE

11 JANAINA SCHEMMER LAZZERIS MATEMÁTICA

12 LENIR MARIA DE MOURA MATEMÁTICA

13 LUCIANE NERIS CAZELLA LEM - INGLÊS

14 LUCI APARECIDA BORGES LÍNGUA PORT. SALA DE APOIO

15 MARINALVA DE BONE ENSINO RELIGIOSO

16 MARLI APARECIDA BENCZ LEM - ESPANHOL

17 MARIA SALETE ZANIN SALA DE RECURSOS

18 MARINALVA DE SOUZA PEREIRA HISTÓRIA

19 MARIO AUGUSTO CERQUEIRA GEOGRAFIA

20 MARLICE FEIL KMETZKE FILOSOFIA

21 MARLI TEREZINHA FERRAZ LÍNGUA PORTUGUESA

22 PAULO MEINERZ HISTÓRIA

23 ROSANGELA KARVAT DE OLIVEIRA LÍNGUA PORT. SALA DE APOIO

24 ROSELI DE OLIVEIRA NASCIMENTO MATEMÁTICA

24 TAIZA FERRONATO ZART BIOLOGIA

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Professores do Quadro Próprio do Magistério - PSS

PROFESSOR(A) FORMAÇÃO/DISCIPLINA

1 ADRIANA DENISE MARIM BIOLOGIA - CIÊNCIAS

2 ALINE DANIELLY AWADALAK MAIS EDUCAÇÃO-MIDIAS

3 ANDERSON DE MOURA SQUISSATTO MATEMÁTICA

4 ANGELA DE FÁTIMA KULBA HISTÓRIA

5 ALESSANDRO VAGNER RODRIGUES GEOGRAFIA

6 ANDERSON RYCARD BOIAGO GEOGRAFIA

7 DEBORA SANTOS FABIAN LÍNGUA PORTUGUESA

8 EDINEI JOÃO BOM GEOGRAFIA

9 ELIZANGELA GRIGGINI PEDROSO QUÍMICA - CIÊNCIAS

10 ERIC RODRIGO GONÇALVES EDUCAÇÃO FÍSICA

11 EVERTHON ZAHLFELD DE MORAES LEM ESPANHOL

12 FRANCIELLY KARVAT DE OLIVEIRA MATEMÁTICA

13 HILÁRIO WELTER SOCIOLOGIA

14 JULIE ANDREA MINKE EDUCAÇÃO FÍSICA

15 LUIZA ERMIDE VIANI LÍNGUA PORTUGUESA

16 LEANDRO ALFREDO BEILNER EDUCAÇÃO FÍSICA

17 LEODEFANE BISPO DA SILVA GEOGRAFIA

18 LUCIA IDICK SHERPINSKI MATEMÁTICA

19 LUCELENE MACIEL DOS SANTOS HISTÓRIA E ENS. RELIGIOSO

20 MARCO ANTONIO RODRIGUES ARTE

21 MARIA DAS GRAÇAS DE LIMA ROSA GEOGRAFIA

22 MARILENE BORGES POHL ENSINO RELIGIOSO

23 MAYARA CRISTINA DOS SANTOS LEM - INGLÊS

24 SHIRLEY SOARES MAGRO EDUCAÇÃO FÍSICA

25 SABANA APARECIDA CONSTANTINO ARTE

26 SIMÃO FELIPE SOUZA GEOGRAFIA

27 ULISSES MATHEUS PESSOA ARTE – MAIS EDUCAÇÃO

28 VALDELICE FAGUNDES ALVES GEOGRAFIA

29 VIVIANE CARLA COSTA QUÍMICA

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Atribuições

Art. 1° A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados.

Art. 2° Compete aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho

Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico e as

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e

materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do

conhecimento pelo aluno;

VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de

instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do

período letivo;

IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com

dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do

pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais

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e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação

Especial, se necessário;

X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com

vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no

processo de ensino e aprendizagem;

XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao

professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da

Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes ou modificações no

processo de intervenção educativa;

XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação

artística;

XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão

registradas e assinadas em Ata;

XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e

do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

XVIII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à

equipe pedagógica;

XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao

planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas

e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme

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determinações da SEED;

XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;

XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola

com as famílias e a comunidade;

XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor

e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e

educativa;

XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que

lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

XXXI. utilizar adequadamente os espaços e materiais didático pedagógicos disponíveis,

como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem

de cada jovem, adulto e idoso;

XXXII. atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual,

como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela SEED;

XXXIII. participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela SEED, quando

docente da EJA.

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Agentes Educacionais I

Atribuições

A Equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção Infraestrutura

Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o

Educando cabe a função de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do

estabelecimento de ensino, bem como supervisionar o alunado, orientando os mesmos

quanto ao cumprimento dos seus deveres enquanto estudantes.

É de sua competência:

• Informar à equipe pedagógica e direção sobre irregularidades ocorridas nas

dependências do estabelecimento de ensino no período de aula;

• zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas

dependências da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como

identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento

policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo,

21

AGENTE EDUCACIONAL I FORMAÇÃO VÍNCULOClarice Marly Masceno Dias Ens. Fundamental CLADAureni Louback Simão Ens. Médio QFEBEdileuza Faria da Silva Ens. Médio PSSIrene Antonia Veloso Ens. Fundamental QFEBMaria Gardsz Ens. Fundamental PREDMaria José da Silva Faria Ens. Fundamental PREDSônia Aparecida da Silva Simão Ens. Médio QFEBAndréia Pozzobom Ens. Médio PSSAna Aparecida Bonfim da Silva Ens. Médio PSSDircelia da Silva Evangelista Ens. Médio PSSGelson Daudt Colaço Ens. Médio PSSSilmara Rodrigues Ens. Médio PSSLourdes Machado Venancio Ens. Fundamental QFEBLuci Vesohoski Ens. Médio PSS

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obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;

• controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino,

cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;

• encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme

necessidade;

• Preparar e servir a merenda escolar, auxiliando na organização e controle do

estoque, informando ao responsável pelo controle da mesma a necessidade de

reposição do estoque e o prazo de validade da merenda;

• organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da

mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício;

• Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,

procedendo à limpeza e a arrumação;

• Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico

escolar;

• executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, lavar salas,

banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes,

profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de

cada espaço;

• efetuar a limpeza interna e externa do estabelecimento de ensino e manter em

ordem as instalações escolares, tendo cuidado com os materiais e produtos

utilizáveis;utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e

conservação do mobiliário escolar;

• abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a

segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;

• efetuar serviços de arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação

necessária aos turnos existentes na escola;

• solicitar com antecedência o material necessário à manutenção de limpeza; 22

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responsabilizando - se pela conservação e utilização adequado do mesmo;

• racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como

vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.;

• disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo

a coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que

estejam na escola para tal;

• coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto;

• executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola;

• realizar à abertura e o fechamento do estabelecimento de ensino;

• abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom

andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou

outras atividades da escola;

• guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou

deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;

• preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;

• participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros

correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado;

• participar na construção e efetivação da Proposta Pedagógica do Estabelecimento

de Ensino.

• agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do

ambiente físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar, mediando e dialogando

sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural

esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e

ambientais;

• efetuar tarefas correlatas à sua função.

A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o

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expediente conte sempre com a presença de um responsável, independentemente da

duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamentos do Estabelecimento.

Entretanto o que vem dificultando o trabalho é a falta de mais profissionais para auxiliar

na limpeza do prédio.

Agentes Educacionais II

Atribuições

Art. 1° A secretaria tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e

correspondência do Estabelecimento, bem como atendimento ao alunado e toda a

comunidade escolar.

Art. 2° As atividades desenvolvidas pela secretaria são supervisionadas pelo

secretário e subordinadas à Direção.

Art. 3° Compete a Equipe Técnica Administrativa e a secretaria:

I. Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar;

II. Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

III. Distribuir as tarefas decorrentes dos cargos da secretaria aos seus auxiliares;

IV. Redigir a correspondência que lhe for confiada;

V. Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de

serviço, ponto de funcionários, resoluções, circulares e demais documentos;

VI. Rever todo o expediente e a ser submetido a despacho do Diretor;

24

AGENTE EDUCACIONAL II FORMAÇÃO VÍNCULOBruno Christofoleti Ventura Gestão Pública QFEBCamila Christofoleti Ventura Administração QFEBJ osé Luiz Dias Pedagogia QFEBNerinha Cunha Ens. Médio QFEBRegina Sobral Christofoleti Gestão Pública QFEBElisabete Cavalari e Souza Ed. Física PSSMaria Eneide da Silva Plakitquen Ens. Médio PSS

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VII. Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;

VIII. Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

IX. Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação;

X. A identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

XI. A autenticidade dos documentos escolares;

XII. Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, adaptação e conclusão de curso;

XIII. Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à

secretária;

XIV. Comunicar à direção toda irregularidade que venha a ocorrer na secretaria;

XV. Participar dos Conselhos de Classe e elaborar a Ata deste. Bem como, informar a

movimentação dos alunos neste;

XVI. Participar no processo de construção do P.P.P. e de sua implementação.

XVII. Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e

gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia;

XVIII. Manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos;

XIX. Receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da

escola;

XX. Emitir e assinar documentos;

XXI. Classificar, protocolar e arquivar documentos;

XXII. prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial;

XXIII. atender ao telefone;

XXIV. prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e

atividades desenvolvidas na unidade escolar;

XXV. lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração;

XXVI. manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do

estabelecimento de ensino;

XXVII. manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da

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escola;

XXVIII. comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola;

XXIX. manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao

estabelecimento de ensino;

XXX. executar trabalho de reprografia;

XXXI. participar de reuniões escolares sempre que comunicado e se faça necessário;

XXXII. participar de eventos de capacitação sempre que solicitado;

XXXIII. manter organizado o material de expediente da escola;

XXXIV. comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente

para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;

XXXV. executar outras atividades correlatas às ora descritas;

XXXVI. catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD;

XXXVII. registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de

ciências e de informática;

XXXVIII. manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;

XXXIX. restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

XL. atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco

de dados;

XLI. zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca;

conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de

informática e de ciências;

XLII. registrar empréstimo de livros e materiais didáticos;

XLIII. organizar agenda para utilização de espaços de uso comum;

XLIV. zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador,

buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos

disponíveis na escola;

XLV. quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de

interesse da unidade escolar;

XLVI. decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática

escolar;

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XLII. Executar outras atividades correlatas às ora descritas.

2.4 AMBIENTES PEDAGÓGICOS

Entendemos que o ato pedagógico ultrapassa os ambientes das salas de aulas e

laboratórios. O Colégio Interlagos possui diversos ambientes pedagógicos que

diretamente ou indiretamente estão relacionados ao processo de ensino e de

aprendizagem dos conteúdos escolares e desempenham importante função no

processo pedagógico, sendo que o processo de ensino e de aprendizagem, na

perspectiva da mediação dialética, diz respeito não só a compreensão dos conteúdos

produzidos historicamente, mas também sua aplicação. Dessa forma, todos os

profissionais da escola desempenham o ato pedagógico, objetivando que nossos alunos

possam internalizar os conhecimentos escolares como meio de melhorar suas

condições de vida e contribuir para sua formação humana integral. Nesta perspectiva o

domínio dos conhecimento sistematizado historicamente precisa ir para além da simples

verbalização do discurso formal, mas relacionado com a prática cotidiana.

O colégio conta com vários ambientes pedagógicos que se referem diretamente ao

conteúdo escolar, sendo eles:

• Uma Biblioteca espaço indispensável a integra estrutura organizacional do

Colégio , propicia suporte ás atividades de ensino e de pesquisa,;

• O Laboratório de química, para realizar as experiências concretas do conteúdo

específico ministrado, relacionando a teoria com a prática;

• Laboratório de física, também para desenvolver as aulas relacionando as

experiências práticas com o conteúdo da disciplina.

• O Laboratório de Informática tem por finalidade auxiliar no desenvolvimento de

conteúdos e de atividades escolares, onde o aluno com essa ferramenta pesquisa

e experimenta diferentes situações que auxiliam no seu aprendizado, dá ao aluno

uma visão enriquecida do conteúdo, somando o que é aprendido na sala de aula

e o que é aprendido no laboratório de informática.

• Salas de aulas, ambiente pedagógico essencial na relação professor e aluno,

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ensino e aprendizagem

• Sala de recurso, lócus específico para desenvolver atividades de acordo com as

necessidades individuais e especiais dos alunos.

• A Sala de Multi Mídia é reservada as atividades extra classe, todos os

professores a utilizam para apresentações de trabalhos e apoio pedagógico ao

conteúdo de sala de aula;

• Quadra de esportes, espaço reservado para a prática dos conteúdos das da

disciplina de educação física é utilizada também para realização de projetos que

requerem um espaço amplo;

• O Refeitório é um espaço amplo e arejado e conta com 11 mesas e 04 bancos e

50 cadeiras ambiente reservado as refeições dos alunos.

Para dar suporte ao processo de ensino aprendizagem, o Colégio conta com:

• Sala de professores, local de hora atividade, planejamento pedagógico, correções

de provas, pesquisa e estudos.

• Sala de coordenação, para todas as atividades pertinentes ao apoio pedagógico,

orientação, planejamento e avaliação de todo o processo pedagógico.

• Sala da direção, para todas as atividades administrativas e pedagógicas

relacionadas a dinâmica da escola.

2.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA-CULTURAL DA COMUNIDADE

ESCOLAR

Para traçar um perfil sócio cultural da comunidade escolar, faz-se necessário o

conhecimento do contexto social da comunidade na qual a escola está inserida, pois

esse é um fator fundamental quando se pretende traçar metas que se efetivem

realmente, não se transformando apenas em um aspecto utópico, neutralizando as reais

possibilidades de ações efetivas.

A comunidade que compõe o bairro Jardim Interlagos é composta basicamente

por pessoas de baixa renda. Muitos dos nossos alunos não têm pai ou mãe, vivem com

os avós ou tios, isto é o reflexo de constantes assassinatos e pais jovens que

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envolveram-se com o tráfico, entre outros problemas que se refletem dentro do nosso

estabelecimento.

Muitos dos pais, nessa comunidade sobrevivem da coleta de materiais

recicláveis, também encontramos grande número de domésticas, com empregos sem

estabilidade. Mas felizmente também temos grande parte de nossos alunos que já estão

incluídos no mercado de trabalho, através do estágio remunerado.

O Bairro possui um Centro da Juventude em funcionamento desde maio deste

ano (2012) com objetivo de atender jovens e adolescentes em atividades esportivas,

culturais, cientificas e de lazer, no qual atende muitos alunos em contraturno o que tem

refletido significativamente na aprendizagem dos nossos alunos e reduzindo os

problemas de adolescentes em conflito com a lei.

Como a violência se faz presente no dia a dia de nossos educandos, contamos

com esses programas para que os problemas dessa natureza possam ter cada vez

menos espaço nesse bairro. Felizmente a violência tão evidente no bairro não se reflete

dentro da escola, pois poucos são os casos de agressão entre alunos. No entanto um

dos nossos maiores problemas no colégio é a invasão de adolescentes que não são

alunos deste estabelecimento, porém há um mês foi instalado no bairro uma Unidade de

Policia Pacificadora-UPS contribuindo e agilizando dessa forma os encaminhamento

para a Patrulha Escolar que tem prestado um excelente trabalho a nossa escola. Mas a

abordagem destes tem limites, pois os adolescentes são menores. Nessa perspectiva

esperamos contar com mais envolvimento de todas as instâncias que tratam dos

problemas de crianças e adolescentes, para que estes não sofram a intervenção da

polícia ou ainda corram risco na localidade.

Infelizmente essa situação se agrava muito em função do medo que os pais e

alunos têm em denunciar os problemas. Apesar desse enfoque, percebemos que as

famílias têm se colocado a disposição quando se trata de ensino-aprendizagem, pois

quando são convocados se fazem presentes.

Para melhor compreensão da situação do bairro fizemos pesquisa em 2010, onde

estão retratados a condição sócio-econômica, além das necessidades de abordagem

local. A grande maioria retratou no questionário que a maior dificuldade do bairro é o

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efetivo de polícia constante nessa localidade, o que recentemente melhorou com o

trabalho da UPS. Assim além dos números que estão relatados nas tabelas buscamos

algumas informações detalhadas a respeito do que mais incomoda os nossos

educandos fora e dentro da escola. Estão relatados abaixo os problemas e as sugestões

para solução dos mesmos. Assim os alunos, a direção, os professores e demais

funcionários, opinaram sobre as possíveis soluções dos problemas relatados. Entre

outras soluções a que nós destacamos é o comprometimento de trabalhar a Educação

Fiscal, para determinar outras rotas para nossa escola. Além do projeto onde estaremos

tratando da questão das drogas, que também é um grande desafio a ser enfrentado,

nesse caso o assunto será tratado inicialmente com alunos dos 6° e 7° anos com seus

respectivos responsáveis.

2.6. PLANO DE AÇÃO 2012

PROBLEMA JUSTIFICATIVA SUGESTÕES PARA SOLUÇÃO

VIOLÊNCIA Grande número de alunos pedem

providências em relação a falta de

comprometimento da comunidade

quanto violência, por medo e por

conivência com o fato em si. Nesse

caso a situação socioeconômica e

cultural em que a comunidade se

encontra, se reflete na escola.

Precisamos envolver os pais em trabalho

educativo e coletivo na construção de uma cultura

contra a violência. Abordar a questão em forma

de diálogo através de palestras com profissionais

da área. A Patrulha Escolar também desenvolve

um trabalho de prevenção junto a comunidade

escolar, com palestras de esclarecimentos. O

Conselho Escolar esclarece sobre o Estatuto da

Criança e do Adolescente. Buscar a Rede de

Apoio. Buscar atendimento psicológico para os

alunos que tenham características de violência. A

violência verbal deve ser trabalhada por todos os

professores.

BRIGAS Alguns alunos cultivam as suas

diferenças e se reúnem em grupos para

demonstrar poder. Assim a escola é o

lugar onde encontram receptividade

para essa ação no coletivo.

Muitos desses casos têm sido resolvido na própria

escola, primeiramente com os alunos envolvidos

na situação apresentada e se necessário com a

presença dos pais, somente quando não se

consegue entendimento entre alunos, escola e

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pais é solicitado o apoio da Patrulha Escolar.

Para minorar essa situação precisamos orientar

os pais os alunos abordando o Estatuto da

Criança e Adolescente, para tanto estaremos

buscando apoio externo, assim como a Rede de

Proteção da criança e do adolescente.

DEPREDAÇÃO Quanto as: fechaduras, portas,

vidros, ventiladores, lixeiro, carteiras,

descarga no banheiro, saboneteira,

iluminação, tomadas, ventiladores,

tomadas quebradas. A maioria destes

itens, foram reformados no início deste

ano. Pedido de espelho, papel higiênico

entre outros materiais. Grande parte

desses itens, foram repostos no inicio

deste ano, necessita de ações

preventivas para continuação deste

projeto.

Além do trabalho até então organizado,

diminuindo a quebradeira, precisamos de ações

coletivas na conscientização de todos os

envolvidos na escola. Nesse caso a participação

dos pais, alunos e profissionais da educação em

mutirão de preservação. Dar-se-á também a

continuidade do trabalho da Educação Fiscal na

disciplina de história. Quanto ao material

solicitado pelos alunos, estaremos tentando

atendê-los na medida do possível.

INVASÃO Devido ao trabalho

educativo/preventivo do ano anterior

estima-se que não haja reincidências

da invasão. Porém havendo invasão

será tomado medidas cabíveis a

situação.

O trabalho da coletividade vem frutificando

positivamente. Nessa situação podemos dizer que

temos avançado bastante, felizmente a ação da

Patrulha Escolar nos momentos mais críticos foi

de grande relevância. Pois sem esse apoio a

nossa ação ficaria restrita. É competência da

equipe educacional desenvolver na escola

projetos e programas que envolvam os alunos na

conscientização e preservação do ambiente

escolar.

APARELHO

SONORO DURANTE

AS AULAS

Aparelho sonoro de qualquer natureza

que não seja de uso pedagógico (caixa

de som) é proibido na escola por

determinação de Lei Municipal; no

entanto é vedado ainda o uso de

celulares na sala de aula.

No caso do som na escola podemos buscar

parceria com os órgãos competentes para que

saibamos quais ações podemos pensar no

coletivo da escola. Nas situações que até então

temos encontrado estamos buscando ação junto

aos pais, no entanto esse trabalho ainda é muito

restrito.

ROUBO DE Com as fechaduras nas portas, o furto Todo o trabalho na escola é e sempre deverá ser

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MATERIAIS tende a diminuir. educativo. Portanto esta situação também será

direcionada a educação do aluno que causou o

dano, fazendo cumprir o Estatuto da Criança

Adolescente, assim como o cumprimento do

Regimento Escolar. Contamos também com o

trabalho intensivo dos professores em sala de

aula, assim como toda a equipe pedagógica.

ALUNOS FUMANDO

NO PATIO

O tabagismo tem causado grandes

problemas na escola, pois é uma ação

individual que interfere na condução

coletiva. Lei que proíbe o tabagismo

nas escolas de Cascavel Nº:5.436/2010

será consultada.

No uso da Lei estaremos buscando junto aos

órgãos competentes mecanismos de

conscientização dos adolescentes que fazem uso

de qualquer tipo de entorpecente e ou cigarro,

entre outros no nosso estabelecimento. Assim

como a escola também abordará esse tema com

a organização de palestras sobre o assunto. Lei

Nº:5.436/2010 que proíbe o tabagismo nos locais

que especifica e dá providências. Essa lei será

bem trabalhada com os alunos, para que no

próximo ano principalmente no noturno,

possamos tomar providências quanto ao uso do

cigarro no estabelecimento. Em caso de

reincidência a escola tomará medidas cabíveis.

Aos pais compete informar seus filhos que esse

uso fica estritamente proibido nas dependências

do colégio.

ALUNOS QUE

GAZEIAM AULA

O reflexo do ausência do aluno,

gazeando aula pode ser somente de

caráter individual, mas também pode

tornar-se problema coletivo. Quando o

aluno, que além de gazear aula ainda

atrapalha nas janelas. Os

responsáveis precisam ficar atentos,

pois ás vezes o seu filho está gazeando

aula e pode ser encaminhado ao

conselho tutelar, quando a escola não

tiver telefone de contato dos os pais.

O aluno que tiver número elevado de faltas é

encaminhado para o Conselho Tutelar após

tentativa de contato com a família. Assim quando

o aluno não frequenta a aula regularmente e os

pais são comunicados e a situação não se

resolve, o mesmo também será encaminhado.

Organizar reuniões para convocar os pais dos

alunos que gazeiam aula. Pois estes precisam ser

informados sobre a gravidade da situação do

adolescente que fica fora da sala de aula, o que

pode gerar algumas situações desagradáveis.

32

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Como o encaminhamento para o Conselho

Tutelar.

FALTA DE VONTADE

DE ESTUDAR

A falta de vontade dos alunos para

apropriar-se do conhecimento se deve

ao descompromisso também dos

alunos. O guia mais seguro para o ser

humano é o estudo, pois esse garante

possibilidades de avanço. Não

abordamos aqui a questão profissional,

que também exige cada vez mais

instrução. A falta de perspectiva e de

senso de coletividade é o que contribui

para a desmotivação dos alunos.

Deve ser compromisso dos profissionais da

escola a conscientizar e mobilizar os alunos para

a importância do estudo. Valorizar e divulgar

alunos que estão cursando universidades

estaduais e outras.

Divulgar projetos federais, estaduais e municipais

que favorecem alunos das escolas públicas. A

orientação e a formação do aluno enquanto

objetivo na escola deve também ser compromisso

dos pais. Percebemos também a relevância de

diversificar a merenda escolar, como condição

básica para um bom rendimento escolar.

USO OBRIGATÓRIO

DO UNIFORME

Essa ação assim foi decidida para que

não tenhamos problemas com os

invasores. Alguns alunos não tem

como comprar a camiseta. Decisão em

assembleia.

Estamos empenhados em organizar a escola com

algumas regras bem fundamentadas, dentre elas

o uso do uniforme, estaremos buscando junto aos

órgãos competentes a disponibilização de verba

para comprar uniforme para aqueles alunos que

não dispõe de recursos para tal, a parceria com

as confecções e solicitação aos alunos a doação

de uniformes usados.

RESPEITO Percebe-se que em alguns momentos

há falta de respeito entre, alunos para

com os professores, entre alunos e

funcionários e vice versa, aluno e

aluno.

Construir com toda a comunidade escolar um

formato de organização tal, que todos se sintam

comprometidos com a aprendizagem, nesse

sentido o respeito coletivo e de todas as partes

envolvidas na comunidade escolar.

FALTA DE

PROFESSOR

Falta de comunicação por parte de

alguns professores, quando necessitam

faltar.

Compromisso coletivo de comunicar a escola

com antecedência, quando possível. E quando

gerar afastamento levar atestado ao NRE,

deixando na coordenação os livros de chama para

o professor substituto.

RÁDIO NO No momento não temos nenhum Com o envolvimento de alunos no Programa Mais

33

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RECREIO expediente diferenciado no recreio.

pedido dos alunos, precisamos

convocar as instâncias para promover

esse intento.

Educação, e do grêmio estudantil poderemos

buscar recursos para tal empreendimento, este

será efetivado na ação coletiva. E com o

comprometimento de todos.

MELHORIAS NA

ESCOLA

Necessidade de quadra fechada,

mesas no refeitório, melhorias nos

quadros, mesas para os professores,

reformas de carteiras e mesas para os

alunos, lixeira nos pátios, ventiladores

nas salas, tomadas e fiação para tvs.

Arrecadação de verba com promoções para suprir

essa necessidade, envolvimento do GRÊMIO

ESTUDANTIL, da APMF. Solicitação de verbas do

fundo rotativo via SEED e NRE.

3. MARCO CONCEITUAL

3.1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

As condições para o desenvolvimento da multiplicidade de aspectos e dimensões

que constituem a vida humana devem ser garantidas em lei como direito à cidadania,

mas, para que se tornem direito de fato, devem ser efetivadas pela e na prática social. A

educação é um desses direitos sociais, assegurada na legislação brasileira a todos os

cidadãos, conforme determina a Constituição Federal de 1988, no seu art. 205 “A

educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada

com a colaboração da sociedade, visando um pleno desenvolvimento da pessoa, seu

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

No entanto, a realidade tem demonstrado que, apesar da garantia da lei, ainda há

uma significativa exclusão das camadas mais pobres da população ao acesso e

principalmente de permanência na educação básica.

A Educação Básica é direito universal para o exercício da cidadania, por meio da

qual possibilita a conquista de outros direitos, definidos na Constituição Federal, no

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e demais legislações, considerando as

dimensões do educar e do cuidar como funções indissociáveis, buscando recuperar,

nesse nível da educação, a centralidade do educando na sua essência humana.

Pelo que se pode constatar na legislação, à Educação Básica é atribuída uma 34

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tripla finalidade na formação do educando:

- Promover a cidadania;

- Qualificar para o mundo do trabalho;

- Garantir as condições para a continuidade dos estudos;

Proporcionar uma formação básica que possibilite o cumprimento dessas três

finalidades representa um enorme desafio à escola pública brasileira.

Na perspectiva da formação humana, o currículo precisa estar orientado por

princípios que possibilitem uma análise da realidade social, compreendida como um

processo contínuo e constante de mudança histórico-cultural e o reconhecimento crítico

das peculiaridades do contexto em que se dá o processo educativo.

Considerando o atual contexto histórico, seguem alguns princípios norteadores do

referencial curricular da educação básica das escolas publicas.

As ações humanas transformam a realidade, materializam as intenções e os

pensamentos, portanto, isso não é diferente no processo educativo, são as ações que

educam e promovem o desenvolvimento humano.

Assim sendo o currículo da escola pública tem a finalidade de promover a

formação humana, de modo a propiciar as condições básicas para o desenvolvimento

humano de todos, deve enfatizar a importância do acesso de todos aos bens culturais e

ao conhecimento historicamente produzido no processo de formação humana, precisa

ser situado historicamente, no tempo e no espaço, considerando que os instrumentos

culturais mediadores do desenvolvimento humano se modificam com o avanço

tecnológico e científico e criam novas áreas do conhecimento, também deve criar

situações de aprendizagem e convívio social em que as diferenças individuais, sociais e

culturais sejam concebidas como tais, propondo ações e alternativas de superação de

todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social.

A abordagem metodológica do currículo deve possibilitar o aprofundamento do

conhecimento dos alunos e a vinculação dos conteúdos escolares e a prática social, de

forma a possibilitar que o aluno faça uso do conhecimento científico para aprimorar e

ampliar sua compreensão e intervenção na realidade.

A prática pedagógica deve ser encaminhada para garantir o desenvolvimento da 35

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capacidade de análise, compreensão, interpretação, explicação, associação e síntese,

de modo a ampliar seu conhecimento sobre os fenômenos que compõem a realidade

em suas múltiplas dimensões, assim como suas implicações nos problemas locais,

nacionais e mundiais, deve incorporar ao processo de ensino e aprendizagem às

diversas linguagens (verbais e não verbais, artísticas, matemáticas, simbólicas, musical,

cartográfica, corporal etc.) e meios tecnológicos como instrumentos de apropriação do

conhecimento e de compreensão da realidade.

As aprendizagens básicas devem ser resultado dos processos psíquicos,

gradativamente mais complexos, que permitam aos educandos a compreensão das

inter-relações que constituem a sua realidade e uma atuação mais qualitativos em seu

meio social.

O processo pedagógico na escola pública deve ser organizado de maneira a

propiciar contínuas e diversas situações de aprendizagem e de desenvolvimento a todos

os alunos, deve promover o estabelecimento de relações interpessoais entre

“educandos” (crianças, adolescentes, jovens e adultos) e “educadores”, que possibilitem

vivências significativas para a construção das aprendizagens básicas e contribuam para

o desenvolvimento humano de todos.

O processo de ensino e aprendizagem deve considerar como ponto de partida os

conhecimentos já produzidos pelos alunos sobre a realidade para, a partir desses,

promover a construção de novos conhecimentos.

A escola pública tem um compromisso político e social com a população, o qual

se efetiva na medida em que ela cumpre a especificidade do trabalho escolar com

eficiência e eficácia, devendo proporcionar as condições de formação humana dos

sujeitos em suas diferentes fases da vida: infância, adolescência, juventude, idade

adulta e velhice, no sentido de promover as necessárias adequações curriculares a

partir das peculiaridades, características e interesses de cada etapa de vida,

promovendo a inclusão social, criando oportunidades de acesso e de permanência a

todos os sujeitos, independentemente de classe, gênero, etnia e orientação religiosa

e/ou política.

36

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3.2 OBJETIVOS GERAIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Este estabelecimento de Ensino acredita na valorização da pluralidade sócio-

cultural dos educandos, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em

diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras

características individuais e sociais. Prepara o indivíduo para que, através do

conhecimento científico, se organize coletivamente para o exercício do sujeito histórico,

capaz de propor novos caminhos e soluções para os conflitos do mundo do trabalho,

das relações interpessoais, das relações com o seu meio ambiente e os novos

paradigmas sociais que se apresentam ao homem.

Não se pode permitir que as intenções permaneçam somente na utopia. Assim,

esta instituição de ensino acredita no ser humano. Nesse aspecto, a proposta

pedagógica volta-se para a principal função que deve nortear a educação: a formação e

consolidação da cidadania.

Tendo como principal objetivo a compreensão e a prática da cidadania como

participação social e política, a instituição privilegia a Gestão Democrática. A equipe de

funcionários, no exercício de seus direitos e deveres políticos, civis e sociais, deve

adotar atitudes voltadas a valorização dos direitos do ser humano, repudiando às

injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. Assim posicionando-

se de maneira crítica e responsável nas diferentes situações sociais e utilizando o

diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.

ANO DE REFERÊNCIA: 2011

Ensino Fundamental

Ano Matrículas Aprovados Reprovados Desistentes

5º 234 207 27 2

6º 188 171 17 8

7º 154 137 17 8

8º 143 143 22 9

Ensino Médio

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Ano Matrículas Aprovados Reprovados Desistentes

1º 99 75 24 15

2º 90 77 13 17

3º 67 59 8 6

Total 975 847 128 65

Resultado do IDEB (Ano de Referência: 2011): 3,7%

Resultado do ENEM (Ano de Referência: 2011): Média : 496

Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental se caracteriza por desenvolver os conteúdos das diversas

áreas do conhecimento a partir da contextualização e pretendendo a

interdisciplinaridade, de forma a valorizar os conteúdos em toda a sua abrangência.

Promover o aperfeiçoamento da leitura para que o nosso aluno possa comunicar-se com

muito mais qualidade, assim também na produção escrita, cálculo e compreensão do

mundo físico e social. Esses conceitos são essenciais para a aquisição do conhecimento

historicamente adquirido.

Ensino Médio

O Ensino Médio tem por fundamento o desenvolvimento de conteúdos numa

perspectiva investigativa, aprimorando a capacidade para a pesquisa, buscar

informações, analisar, selecionar e criar. Aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias

relativas ao mundo informatizado, além de possibilitar a apropriação sistemática e

organizada dos conhecimentos necessários para a compreensão do funcionamento e da

organização da vida econômica, política e cultural dos homens. Promovendo o

conhecimento crítico da realidade em que ele se encontra inserido, para buscar

melhores condições no meio social em que o educando vive. Desenvolvendo o

conhecimento ajustado do sujeito e o sentimento de confiança em sua capacidade

afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social,

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para que o mesmo possa agir com perseverança na busca de conhecimento e na auto-

promoção, além de promover mudanças no meio social, buscando a utilização das

diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para aquisição e construção de

conhecimento. Questiona a realidade, formula problemas e os resolve, para isso usa o

pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, seleciona

procedimentos para verificar sua adequação.

O objetivo do Ensino Médio deste Estabelecimento é desenvolver sua proposta

pedagógica, que pretende garantir a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação

científica e a capacidade para utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de

atuação, além da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática no ensino de cada disciplina,

aprimorando o educando, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico. Pretende ainda estimular o trabalho coletivo,

dispondo-se a aceitar críticas, a emitir opiniões e sugestões, incentivando a pesquisa e a

busca de informações, permitindo a análise e seleção para a efetivação do aprendizado.

Criar e formular novas hipóteses, ao invés do simples exercício de memorização que

seleciona, classifica e exclui.

Tem ainda como preocupação o resgate da essencialidade da escola, enquanto

local de apropriação, reelaboração e construção dos saberes elaborados. Preocupa-se

com a compreensão do conhecimento científico enquanto processo. Esse conhecimento

deve ser contextualizado envolvendo as várias disciplinas.

Na Pedagogia Histórico - Crítica a Didática visa a articulação das disciplinas a

partir do trabalho enquanto uma das principais atividades humanas produtoras de

riquezas, formas de interação do ser humano com a natureza e com o mundo social e

da história social-econômico e cultural, o que implica na apreensão do movimento

histórico no processo de produção do conhecimento e a compreensão do enquanto

transitório, respeitando a diversidade.

3.3 Estágio Não Obrigatório

Entende-se por Estágio Não Obrigatório o estágio contratado, nos moldes da lei

39

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11.788/08 e em consonância com as normas deste regimento, desenvolvido como

atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. O Estágio Não

Obrigatório deve “agregar elementos importantes à formação profissional, por meio de

treinamento e demais atividades práticas diretamente ligadas à área de formação

profissional do aluno, podendo ser remunerado ou voluntário”, conforme o Relatório do

GT Estágio de 2008. Constitui-se ainda como modalidade de Atividade Complementar e

pode ser convalidado como tal, conforme definição de trâmites adequada, apresentada

neste regimento.

Exigências para realização do estágio

São pré-requisitos para a realização do Estágio Não Obrigatório:

· Matrícula e frequência regular do educando;

· Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e as previstas no Termo

de Compromisso (a proposta de estágio descrita neste termo deve atender às

exigências da lei 11.788/08);

· A proposta de estágio deve atender às exigências deste regimento.

Direitos e deveres dos alunos estagiários

· A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de

ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo

constar do termo de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não

ultrapassar:

- 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes portadores

de necessidades especiais;

- 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, nos demais casos.

· O estagiário deverá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser

acordada, bem como a do auxílio-transporte;

· A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde,

entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

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· Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime

Geral de Previdência Social;

· É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1

(um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante

suas férias escolares;

· O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber

bolsa ou outra forma de contraprestação;

· Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional,

nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano;

· Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho,

sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio;

3.4 PRESSUPOSTOS DO ESTABELECIMENTO

Concepção teórica de sociedade, homem e educação (Pressupostos Filosóficos)

No decorrer da história, a sociedade assumiu diferentes formas de organização

produtiva para garantir sua subsistência. A partir da constituição da sociedade privada os

diferentes modos de produção tem-se caracterizado pela divisão de classes opostas e

pela tensão de forças entre elas. Nossa sociedade se caracteriza na atualidade pelo

modo de produção capitalista, onde ocorre a apropriação privada dos meios de

produção, que determina as relações sociais de dominação e exploração da classe

detentora do poder e dos meios de produção em detrimento da classe detentora da

força de trabalho.

Segundo Marx, a base das relações sociais construídas pela humanidade precisa

ser compreendida a partir do trabalho, atividade humana pela qual os sujeitos garantem

sua sobrevivência, a reprodução da sua vida e estabelecem as relações sociais que o

constituem como humano. A sociedade precisa ser pensada de acordo com a sua

organização, inserida numa concepção histórica e concreta determinada pelas

condições reais de produção do seu trabalho.

O trabalho, atividade essencialmente humana é o processo em si de

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humanização do ser social que de forma mútua demuda o meio e o homem. A

humanização é implicação da cultura material e da cultura intelectual acumulada no

decorrer da História pelo conjunto da humanidade.

Nossa compleição humana não ocorre individualmente, ela acontece e se

transforma na interação com o meio e nas relações que estabelece com seus iguais. A

relação do homem com a natureza é mediatizada socialmente. O ser social precisa ser

analisado de acordo com o seu tempo, seu espaço e as ferramentas de interferência no

mundo por ele apropriadas. Ao modificar a natureza e tentar explicar o processo, o

homem produz e transmite conhecimento estabelecendo um salto qualitativo no seu

processo biológico e social. Esse conhecimento não necessita ser recriado por outros

indivíduos para ser reconhecido pelo grupo social, ele pode ser utilizado, transmitido por

meio da linguagem atividade essencialmente humana.

A apropriação da linguagem constitui a condição mais importante

do desenvolvimento mental humano, pois o conteúdo da

experiência histórica dos homens, da sua prática sócio-histórica,

não se fixa apenas, é evidente, sob a forma de coisas materiais:

está presente como conceito e reflexo na palavra, na linguagem

(LEONTIEV, 1978, P.327)

O papel da linguagem é permitir a comunicação humana e organizar o

pensamento. Por intermédio desse processo de objetivação a cultura material e não

material é produzida e reproduzida na vida em sociedade.

É a educação o instrumento de transmissão e apropriação da cultura humana, por

meio dela o homem se humaniza se apropria de conhecimentos que lhes permitem

entender e dominar o mundo natural e social.

A educação formal (escolar) é constituída a partir de um contexto histórico e de

concepções de sociedade, de escola e de homem que se objetiva educar. Sendo assim,

a educação tem fundamentação teórica-filosófica que a orienta possibilitando a definição

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clara dos seus objetivos, estratégias e dos seus resultados. Segundo Saviani, “o

trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo

singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos

homens” (SAVIANI, 1995, p. 17).

O método que pretendemos desenvolver nesta escola é o Materialismo Histórico-

Dialético. Sendo assim, analisamos a organização da sociedade a partir da luta de

classes, numa circunstância vastamente assinalada pela contradição entre o

desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais de produção. É nesse

cenário que está situado está escola, repleta de contradições e amplamente datada

historicamente.

No sistema capitalista a absorção privada dos meios de produção limita o

desenvolvimento de todas as potencialidades humanas, porque objetiva aumentar a

produção de mercadorias, aumentar os lucros, como consequência acontece o processo

de alienação e desumanização do homem. É papel da escola nessa perspectiva,

resgatar a formação humana na sua totalidade, lutar pela socialização do conhecimento

científico, buscar romper com os interesses dominantes, que quer a elitização do

conhecimento, limitando o acesso a poucos ou selecionando e dosando para classe

trabalhadora só o que é conveniente ao funcionamento do sistema capitalista vigente. A

comunidade escolar (professores, equipe pedagógica, pais, alunos, funcionários),

precisa lutar para garantir que a escola supere algumas contradições e possibilite aos

alunos a apropriação do conhecimento sistematizado como instrumento de luta por

melhores condições de sobrevivência.

A ciência no sistema capitalista serve tendencialmente tanto material como

ideologicamente a classe dominante, mas não sem contradições, e a escola sendo um

aparelho ideológico do Estado tende a reproduzir a mesma lógica. Dessa forma a

educação é entendida como uma concreta qualificação da força de trabalho e também

da integração do indivíduo ao sistema, um instrumento de manutenção da ordem

vigente.

Entretanto, a instituição escolar tendo como pressuposto o método do

Materialismo Histórico Dialético é contraditória, supera está visão linear, ela é dialética

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ela pode possibilitar os instrumentos teóricos necessários a essa lógica perversa da

sociedade capitalista.

A educação que objetivamos nesta escola, compreende que o saber não é

estático e que os saberes que vão se constituindo ao longo de nossa história se

transformam a partir da interação entre os seres sociais. Assim o que a história

propunha como muito importante, pode não ser o melhor para o momento seguinte.

Portanto, reconhecer a realidade como não estática e compreendê-la é um grande

avanço, que devemos instigar os nossos educandos a entender. Reconhecer o passado,

o presente e o que podemos fazer para que o futuro possa ser transformado no sentido

de melhores condições de vida, é possibilitar avanços de qualidade na escola. A postura

de acolhimento envolve a valorização do conhecimento e a forma de expressão, assim

como o processo de socialização. Valorizar o conhecimento do aluno, considerando

suas dúvidas e inquietações, implica na promoção de situações de aprendizagens que

façam sentido para ele, além de exercer o convívio social no âmbito escolar e favorecer

a construção de uma identidade pessoal, já que a socialização se caracteriza pela

diferenciação individual e pela construção de padrões de identidade coletiva.

O princípio da interação escola comunidade também está presente no fazer

escolar deste estabelecimento de ensino. O relacionamento contínuo com a comunidade

favorece a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se

expressam no ambiente escolar.

A postura de apropriação dos conteúdos sociais e culturais de maneira crítica,

contextualizada e interdisciplinar é construída a partir dos conteúdos científicos

sistematizados, estes como instrumentos que possibilitaram aos alunos a compreensão

das questões sociais que marcam cada período histórico. A escola favorece a produção

e a utilização das múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos,

sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a autonomia intelectual e moral

do aluno, como finalidade básica da educação.

Nessa perspectiva, escola pública deve garantir a efetivação do processo ensino-

aprendizagem dos conteúdos científicos, artísticos e filosóficos aos seus alunos. A

transmissão destes conteúdos precisa ser intencional, planejada e deliberada, trazendo

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também ao domínio da classe trabalhadora o conhecimento científico apropriado e posto

a serviço da classe hegemônica. É necessário que a classe trabalhadora se aproprie do

conhecimento científico sistematizado para que ele assuma outra exterioridade e função.

Assim, a escola objetivará e lutará por uma sociedade constituída em bases iguais,

possibilitando aos sujeitos explorados e excluídos os instrumentos do conhecimento

imprescindíveis na superação da lógica perversa e desigual do sistema capitalista.

Concepção teórica de sociedade, homem e educação (Pressupostos Pedagógicos)

A escola é o lócus de apropriação da produção cultural universal é o processo que

mediatiza o avanço entre a formação histórica do gênero humano com o avanço do

indivíduo como ser humano. Este processo educativo ocorre por meio das relações

sociais estabelecidas que, no decorrer do seu desenvolvimento produziram sua

consciência. Para efetivação da intencionalidade da instituição escolar, de formar

sujeitos conscientes participativos, críticos a escola precisa planejar, se organizar a

partir da práxis inicial do aluno para a práxis final a internalização consciente dos

conteúdos científicos relacionados com a sua realidade social. Para tanto, o

conhecimento cientifico na medida do possível precisa estabelecer relações por meio do

trabalho do professor com os problemas sociais, a relação de exploração, as

desigualdades, a falta de oportunidades, e as perspectivas de superação desta

sociedade excludente. Deve proporcionar momentos de debates sobre novas

descobertas e novas teorias, que proporcionem crescimento e novas maneiras de

inclusão social por meio do conhecimento.

Para Marx (1999), o homem ao produzir sua consciência, acumula experiências

possibilitando cada vez mais a inferência na natureza e satisfatoriamente a sua

sobrevivência. O processo de humanização que podemos denominar como educação é

resultado da assimilação de conceitos elaborados pelo conjunto da sociedade nas

relações que estabelece entre seus pares e com a natureza por meio do trabalho.

É função da educação escolar, mediar à formação dos indivíduos e a produção da

cultura universal humana. Sua função basilar é desenvolver um processo educativo

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intencional, possibilitando aos sujeitos a apropriação dos saberes mais elaborados,

produzidos historicamente pela obra humana. Para além do conhecimento cotidiano, o

conhecimento científico, artístico e filosófico, exige um processo articulado, intencional e

direcionado por meio de todos os seres sociais, profissionais da educação que

compõem uma escola.

Sendo assim, o profissional da educação precisa compreender as bases teóricas

da Pedagogia Histórico-Crítica, a contribuição imprescindível de Marx, na questão da

dialética real, do movimento constante, das contradições e transformações no modo de

produção e na sociedade. E ainda no sentido de práxis, como uma prática

fundamentada teoricamente que articula teoria e prática num movimento recíproco e

constante.

De acordo com Saviani (2005), a Pedagogia Histórico-Crítica é a forma de

compreender a questão educacional com base no desenvolvimento histórico objetivo.

Dessa forma, compreender a totalidade da educação escolar tendo como base teórica o

método do Materialismo Histórico Dialético, isto é, compreender as relações sociais a

história a partir da determinação das condições materiais da existência humana.

Dado o anseio em orientar a prática educativa numa direção

transformadora das desigualdades que vem marcando a sociedade

brasileira. É nesse contexto que emerge a pedagogia histórico-

crítica como uma teoria que procura compreender os limites da

educação vigente e, ao mesmo tempo, superá-los por meio da

formulação dos princípios, métodos e procedimentos práticos

ligados tanto à organização do sistema de ensino quanto ao

desenvolvimento dos processos pedagógicos que põem em

movimento a relação professor-aluno no interior das escolas

(SAVIANI, 2005, p. 119)

Para tanto é necessário reorientar o currículo, em todos os seus aspectos, desde

a organização das turmas, a seleção dos conteúdos pedagógicos, a escolha dos

materiais didáticos, das metodologias e didáticas, ao tipo de relações que se dão na sala

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de aula e no espaço fora da sala de aula, a relação da escola com as famílias e com a

comunidade circundante e, até a repensar a avaliação e suas consequências na vida

dos alunos, bem como incentivar a formação continuada de todos os profissionais da

instituição. Segundo Saviani (1991), a educação de um lado, tem como função identificar

os elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos para que eles se

tornem humanos, e por outro lado e simultaneamente, a função de descobrir as formas

mais adequadas de atingir esse objetivo.

Dessa forma, professor e aluno, são a essência da escola, ambos com funções

diferentes. O professor é o mediador entre os conteúdos escolares (ciência) e os meios

pedagógicos necessários para que o aluno possa se apropriar deste conhecimento, isto

é, para desenvolver um processo ensino-aprendizagem de qualidade. Assim, na medida

em que o aluno vai se apropriando dos saberes culturais mais elaborados, suas funções

psicológicas superiores vão sendo aquilatadas.

Nosso currículo tem como finalidade o desenvolvimento da formação humana

integral. De acordo com o documento “Indagações sobre currículo”, do MEC, um

currículo para a formação humana precisa ser situado historicamente, uma vez que os

instrumentos culturais que são utilizados na mediação do desenvolvimento e na

dinâmica das funções psicológicas superiores se modificam com o avanço tecnológico e

científico. Esta perspectiva do tempo é importante: novas áreas do conhecimento vão se

formando, por desdobramento de áreas tradicionais do currículo ou são criadas como

resultado de novas práticas culturais, internet e web, ou ainda pela complexidade

crescente do conhecimento e da tecnologia.

Um currículo para a formação humana introduz sempre novos conhecimentos,

não se limita aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, às realidades

regionais, ou com base no assim chamado conhecimento do cotidiano. É importante

pensar um currículo que engloba em si mesmo não apenas a aplicabilidade do

conhecimento à realidade cotidiana vivida por cada grupo social, mas entende que

conhecimento formal traz outras dimensões ao desenvolvimento humano, além do “uso

prático”.

Um currículo para a formação humana é aquele orientado para a inclusão de

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todos ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento. Nossa escola tem como objetivo

contemplar no seu currículo, de acordo com Diretrizes Curriculares Nacionais e Estadual

e as normas do Sistema Estadual de Ensino, a História e a Cultura Afro-brasileira,

História e Cultura Africana, a História e a Cultura Indígena, Diversidade Educação

Ambiental, tendo como ponto de partida a práxis inicial dos estudantes, da família e da

comunidade, pois “entendemos diversidade na concepção de que ela é a norma da

espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são

únicos em suas personalidades e são diversos em suas formas de perceber o mundo.

Seres humanos apresentam, também, diversidade biológica. Como a diversidade é hoje

recebida na escola, há a demanda, óbvia, por um currículo que atenda a todo tipo de

diversidade.

A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos

que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o

próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola

básica devem organizar-se a partir dessa questão. Se chamarmos

isso de currículo, poderemos então afirmar que é a partir do saber

sistematizado que se estrutura o currículo da escola elementar. Ora

o saber sistematizado, a cultura erudita, é uma cultura letrada.

(SAVIANI, 2005 p.15)

Na formação escolar o desenvolvimento das funções psíquicas superiores precisa

estar no nível necessário, os conceitos científicos na escola precisam estabelecer

relações com os conceitos apreendidos espontaneamente no cotidiano. A partir do

aprendizado dos conceitos científicos, os conceitos cotidianos resultado da prática social

dos sujeitos vão se tornando mais organizados e elaborados. É função da escola a

transmissão dos conceitos científicos, e o professor é o mediador entre o aluno e o

conhecimento, é o responsável pelo processo ensino-aprendizagem. Para desenvolvê-lo

com qualidade, a escola na sua totalidade precisa ter clareza da sua concepção teórica,

da sua linha de trabalho, da classe a que pertence e dos objetivos que pretende

alcançar.

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Segundo Saviani (2005), o educador que queira se colocar na perspectiva da

“emergente classe trabalhadora” deve, pois, romper com a velha concepção de cultura

(a enciclopédico-burguesa). O que implica ser um agente de transformação, quebrar

regras, desobedecer, compreender criticamente a realidade e nela intervir com objetivos

claros e bem definidos pelos planejamentos. O professor é o sistematizador, organizador

e mediador do processo ensino-aprendizagem. Cabe a ele encontrar formas para que a

produção científica da humanidade seja apropriada pelo aluno, de maneira que se

tornem instrumentos de apreensão e apreciação crítica da realidade.

Sendo assim, a apropriação dos conceitos científicos pelo indivíduo requer

concomitantemente a transmissão e a apropriação do saber, para que estes possam

tornar-se mecanismos de compreensão e atuação consciente da realidade. Para tanto, o

professor precisa dominar integralmente os conteúdos da sua disciplina, saber dosá-los

com coerência, ter planejamento real e efetivo. Além disso, o professor deve ser um

pesquisador constante, com um processo de formação contínuo, sua práxis educativa

será o resultado deste processo.

Dessa forma conclusiva, é necessário que as escolas estejam organizadas de

acordo com a concepção Pedagógica Histórica Crítica, que tem como ponto de partida a

práxis social inicial do aluno (aspectos da cultura, conceitos cotidianos, a classe social a

que pertencem), para a práxis social final (apropriação crítica do conhecimento

científico). Para além de entender o conteúdo escolar, a apropriação crítica do

conhecimento científico possibilita ao aluno compreender e estabelecer relações com a

realidade social torna-se assim, um instrumento de análise e transformação das

condições vigentes. É necessário explicitar que os conceitos iniciais dos alunos não são

estáticos, por meio do processo ensino-aprendizagem os significados dos conceitos

interagem entre si transformando-se num desenvolver contínuo.

Concepção teórica de sociedade, homem e educação (Pressupostos Psicológicos)

O desenvolvimento humano está diretamente relacionado às transformações

históricas que ocorrem na sociedade, envolvendo a forma de organização da vida

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material, ocasionando as transformações na consciência e no comportamento humano.

Sendo assim, uma das características basilares do desenvolvimento psíquico está

centralizada na atividade social, processo de interação do indivíduo com o mundo, por

meio dos instrumentos e signos produzidos pela humanidade.

A partir da realidade da nossa escola e da forma de organização da sociedade

capitalista vigente, nossa concepção Psicológica é a Marxista representada pelo

historicismo de Vygotsky. Para ele, o historicismo é uma forma de aplicar em psicologia

o método de Marx. Dessa forma, os determinantes na evolução psíquica do homem não

são a maturação biológica na ontogênese, nem a adaptação biológica ao longo da luta

pela existência na filogênese, nem a assimilação por parte do homem das ideias do

espírito universal, encarnadas nas criações da cultura, nem tampouco nas relações de

cooperação social, mas sim, na atividade laboral do homem com a ajuda dos

instrumentos.

Assim, compreende o desenvolvimento humano relacionado às transformações

históricas que acontecem numa determinada sociedade. A forma como o homem produz

sua vida material resulta na transformação da sua consciência e do seu comportamento

humano. O desenvolvimento psíquico do indivíduo acontece na sua interação com o

mundo, por meio da mediação dos instrumentos e signos produzidos pela humanidade,

isto é, tem como centro a atividade social. A realidade social material e cultural influencia

no desenvolvimento individual dos sujeitos, como também na totalidade do

desenvolvimento psíquico.

Para compreendermos o desenvolvimento do ser social, é necessário entender

seus principais estágios: ao nascer, o bebê se comunica emocionalmente com o adulto

(até um ano); a manipulação de objetos( de 1 a 3 anos); a brincadeira de papéis sociais(

de 3 a 6 anos); atividade de estudo( de 6 a 11 anos); a comunicação íntima pessoal dos

adolescentes (12 a 18 anos); e atividade profissional/estudo(adulto).

Nos períodos que marcam a fase da comunicação emocional direta, brincadeira

de papéis sociais e comunicação íntima pessoal, a criança desenvolve a compreensão

dos sentidos fundamentais da atividade humana. Concomitantemente, os períodos onde

ocorrem as tentativas apropriação dos procedimentos socialmente elaborados de ação

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com os objetos, permite o desenvolvimento das forças intelectuais, cognitivas e

operacionais técnicas dos indivíduos. Estes períodos pertencem às etapas da atividade

objetal-manipulatória, atividade de estudo e atividade profissional/estudo.

A criança ao se relacionar com o adulto assimila as atividades humanas e as

regras de convivência social estabelecidas pelos adultos. Segundo Vygotsky, o bebê é

incapaz de satisfazer suas necessidades básicas de sobrevivência, cabe ao adulto

satisfazê-las. O caminho por intermédio dos adultos é a via principal de desenvolvimento

da criança nesta fase, todo o comportamento do bebê está inserido e implexo com o

fator social, o contato com a realidade é socialmente mediado.

O adulto tem papel fundamental na comunicação emocional nessa fase,

desenvolvimento das ações com os objetos, a ação do adulto com o objeto é o modelo

precedente para a criança na manipulação e na compreensão dos modos sociais de

utilizar o objeto. Nessa fase a criança necessita além de dominar a utilidade prática e as

propriedades do objeto, debelar também o trabalho com a significação dada a ele. Além

disso, a criança precisa compreender o uso do objeto com a mesma ação, mas em

diferentes situações, isto, consequentemente ampliará também as funções lúdicas que a

criança pode proceder. No final dos dois ou três anos de idade a sequência lógica lúdica

começa a refletir a sequência lógica da vida das pessoas.

As mediações entre o homem e o objeto são instituídas por meio de atividades

socialmente determinadas, de instrumentos e signos sociais. Os signos, invenção

humana para mediar o controle dos processos psicológicos e comportamentais do ser

social. E os instrumentos utilizados para mediar à ação dos sujeitos sobre o mundo, são

o resultado da cultura material com uma função definida pela atividade social. Os signos

estão diretamente ligados à capacidade de potencializar a memória, quando o homem

utiliza a fala e os símbolos, determinante cultural e social, o desenvolvimento psicológico

vai sendo aprimorado.

A linguagem é um sistema de signos criado socialmente para suprir a

necessidade de comunicação e interação humana. Além disso, ela organiza as funções

psíquicas superiores, da ação ao planejamento. Na etapa dos três aos seis anos

acontece a brincadeira de papéis sociais, a criança ao agir como o adulto amplia seu

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mundo de possibilidades de ações. Na brincadeira a criança encena situações reais

executadas pelos adultos, a interpretação das tarefas sociais, contribui para o

desenvolvimento do argumento, auxiliando na formação de seu intelecto.

No período do desenvolvimento dos seis aos onze anos, com a atividade

fundamental centrada no estudo atua como elemento intermediário na interação da

criança com os adultos. É nessa etapa que a educação formal precisa avalizar a

apropriação dos saberes escolar desenvolver no aluno a capacidade para refletir,

planejar, analisar, isto é, desenvolver o pensamento teórico as funções superiores.

No que concerne à adolescência (12 a 18 anos) a atividade central é a

comunicação íntima pessoal, seus companheiros de grupo interagem e definem normas

de convívio social, o adolescente busca se reafirmar perante o mundo. Nessa etapa o

desenvolvimento intelectual apresenta um significativo avanço, os conceitos abstratos

passam a formar o pensamento, tendo base para a formação da consciência social,

ampliando o conhecimento da ciência, arte, filosofia, matemática entre as demais áreas.

No adolescente o teor do seu pensamento se transforma em convicção interna,

descoberta dos seus desejos, interesses e propósitos. E na etapa posterior

caracterizado pela atividade profissional/estudo, o indivíduo já adulto se apropria dos

conhecimentos e passa a sustar sua posição de trabalhador na sociedade.

Entendemos que o processo do conhecimento envolve a interação específica

entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido, resultando em processos

mentais cada vez mais elaborados e complexos. Através dele, o sujeito aprendiz,

desenvolve as funções que o diferencia, entre elas, a memória, a atenção voluntária, a

capacidade de abstrair, de solucionar problemas, de raciocinar, falar, formular conceitos,

controlar a vontade, planejar a ação, etc.

A vida humana, de caráter social e histórico é construída na relação com o outro

na luta pela sobrevivência, no trabalho, na cultura, no lazer, na realização pessoal, entre

outros. Fatores que complementam o ser humano e a vida em sociedade. Compete à

escola, portanto, exercitar e/ou promover práticas participativas de modo a formar

posturas pessoais comprometidas com o coletivo e com as questões de caráter público.

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Concepção de Infância e Adolescência

A concepção de infância e adolescência dos dias atuais é bem diferente de

alguns anos atrás. É importante salientar que a visão que se tem da criança é algo

historicamente construída, por isso é que se pode perceber os grandes contrastes em

relação ao sentimento de infância e adolescência no decorrer dos tempos. A criança era

vista como um ser em miniatura, assim que pudesse realizar algumas tarefas, esta era

inserida no mundo adulto, sem nenhuma preocupação em relação a sua formação

enquanto um ser específico, sendo exposta a todo tipo de experiência. Hoje a criança e

o adolescente são vistos como seres importantes, que ocupam maiores destaques na

sociedade, e a humanidade lhes lança um novo olhar. Essas mudanças originam-se de

novas exigências sociais e econômicas, conferindo à criança e ao adolescente um papel

de investimento futuro, onde passaram a ser valorizadas.

Toda criança e adolescente tem o direito à vida, à saúde, à alimentação, à

educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,

à liberdade, a convivência familiar e comunitária. Mas acima de tudo: Toda criança e

adolescente tem o direito de brincar, de sonhar e de ser feliz. É isso que está escrito

garantir que cada criança ou adolescente do nosso país tenha seus direitos e deveres

reconhecidos. Mais que isso, o ECA determina que cabe a família, ao Estado e a

sociedade na lei do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Esse Estatuto foi

criado para o dever do cuidado e da proteção.

Elaborar conclusões sobre a concepção atual de infância e da adolescência na

contemporaneidade evidencia-se uma tarefa impossível de ser levada a cabo. A

compreensão da impossibilidade de se tomarem as grandes narrativas como verdades

cristalizadas, a certeza da multiplicidade de vivências e de seus significados que se

ancoram nas também múltiplas historicidades, a aceitação da parcialidade das

verdades, são elementos que não podem ser deixados de lado. Desse modo, os

saberes são construídos de modo tímido, sabendo-se incompletos, precários e parciais.

Contudo, ao mesmo tempo, mais verdadeiros. Ao invés de concluir, apontando a

concepção atual de infância e de adolescência na contemporaneidade, nos damos ao

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direito de alertar para a precariedade das distintas concepções que habitam nossos

saberes. Tais concepções, importantes de serem compreendidas e pensadas, não são

verdades absolutas e sim “pontas do iceberg”, devendo ser tomadas como tal.

Necessário se faz saber de que água elas são feitas, qual a temperatura dos seus

arredores, como se formaram, para que são usadas e de que modo.

3.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O Colégio Estadual Jardim Interlagos, representado pela Direção, Corpo Docente,

Equipe Pedagógica e Funcionários, entende a necessidade da inclusão de todos na

escola pública, considerando um dos maiores desafios, agravado pela falta de

capacitação dos professores e funcionários para trabalhar com alunos com algum tipo

de necessidade educacional especial, entende que estamos vivendo um momento de

superação e por este motivo os profissionais da educação devem buscar

aperfeiçoamento, para oferecer uma educação de qualidade aos alunos que necessitam

destes atendimentos.

Considera-se de grande importância sensibilizar não somente os professores,

mas todos os funcionários, os alunos, pais, sobretudo os educandos que não possuem

necessidades especiais, educacionais ou físicas, já que todos devem desempenhar um

papel ativo no processo de inclusão.

Segundo relatório da ONU, tanto os estudantes com necessidades educacionais

especiais como os demais se beneficiam da educação inclusiva. Portanto, uma

educação inclusiva permite ao estudante com necessidades especiais ou não, preparar-

se melhor para a vida, em uma sociedade diversificada, adquirindo experiência direta

com a variedade das capacidades humanas.

Efetuar adaptações curriculares para atender as necessidades educacionais dos

alunos encontra-se legalmente amparada na lei 9394/96 no artigo 59, “Os sistemas de

ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I- currículos, métodos,

técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas

necessidades.”

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Adaptações Curriculares adotadas por este estabelecimento, seguirão as

orientações sugeridas pelo MEC (BRASIL, 2000) no caderno, Adaptações de Pequeno

Porte.

Na adaptação dos objetivos o professor pode priorizar determinados objetivos

para um aluno, caso essa seja a forma de atender às suas necessidades educacionais.

Assim, o professor pode investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias

pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros,

menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise do

conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo

para o seu desenvolvimento e a aprendizagem significativa do aluno.

Os tipos de adaptação de conteúdo podem ser por priorização de áreas ou

unidades de conteúdos, a reformulação da sequência de conteúdos, ou ainda, a

eliminação de conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para os

objetivos educacionais.

Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um

procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino

não ocorrerá, de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para

aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam

às características e às necessidades peculiares a cada aluno.

Outra categoria de ajuste que pode se mostrar necessária para atender as

necessidades educacionais especiais de alunos é a adaptação do processo de

avaliação, seja por meio da modificação de técnicas, como dos instrumentos utilizados.

A adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, tanto

aumentando, como diminuindo o tempo previsto para o trato de determinados objetivos

e os consequentes conteúdos.

Quando se trata de oportunidades iguais e justas para todos, as escolas ainda

têm muito que fazerem, sejam quais forem suas capacidades ou realizações. O

preconceito ainda é constante quando o aluno tem dificuldade para aprender ou por

estar deficiente naquele momento, seja por motivo intelectual, social, emocional, físico

cultural e outros. Existem também preconceitos de raça, de religiões e de maiorias, com

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filhos de famílias desestruturadas, mães solteiras, pais omissos, drogados, marginais e

outros. O Colégio Estadual Jardim Interlagos tem como desígnio incluir todos os alunos,

garantindo um ensino de qualidade para todos.

A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de

consciência pessoal, social e de reconhecimento. A escola é o espaço institucional do

projeto educacional, deve mediar e articular a sociedade e os sujeitos envolvidos na

educação.

Segundo Veiga:

A escola é o lugar de concepção, realização de seu projeto

educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho

pedagógico com base em seus alunos. Nessa perspectivas, é

fundamental que ela assuma suas responsabilidades, sem esperar

que as esferas, administrativas superiores tomem essa iniciativa,

mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la adiante.

Para tanto, é importante que se fortaleçam as relações entre

escola e sistema de ensino (1995:11-12).

Para que isso de fato aconteça, a escola deve estar aberta a mudanças e adotar

posturas que impliquem na necessidade de rever constantemente sua prática, para que

possa refletir sobre o individual e pensar na qualidade da educação nos aspectos

políticos, culturais e pedagógicos. Concebe como escola democrática e cidadã, aquela

que luta pela qualidade da educação para todos, preocupando com a ação educacional,

a formação social e a de construção de conhecimentos socialmente significativos,

relevante para a cidadania e apropriar o conhecimento científico.

3.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA

A educação numa concepção democrática, é de direito de todos os sujeitos,

independente de sua condição, econômica, étnica, de gênero, social e cultural. A

realização desse direito em uma sociedade que se pretende democrática, acontece com

a participação de todos os indivíduos envolvidos no processo.

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A gestão democrática implica na concretização de novos processos de

organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos

e participativos de decisão e de ações no interior da escola. Diante do exposto o Colégio

Interlagos apresenta uma proposta de gestão democrática onde o gestor escolar deve

ser o primeiro a levantar a bandeira da participação, incentivando toda a comunidade a

tomar parte no processo escolar.

A gestão da escola é um ato político, implica sempre no posicionamento dos

sujeitos, no ato de ouvir, pensar, discutir, decidir e agir em favor da maioria. Logo sua

construção não pode ser individual, pelo contrário, deve ser coletiva, interagindo com

toda a comunidade, conhecendo e compreendendo a realidade social, econômica e

cultural da sua comunidade. E assim fortalecer e respeitar a participação do Conselho

Escolar, da APMF( Associação de Pais Mestres e Funcionários)e do Grêmio Estudantil,

assim como os representantes de turmas.

3.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Conselho Escolar

As leis educacionais elaboradas nos espaços parlamentares como resultado do

acirramento da luta de classes, são mecanismos legais para favorecer a implantação da

gestão democrática e a existência de Conselhos Escolares atuantes e participativos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação ( LDB)9394/96, no seu artigo 14 afirma

que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público

de acordo com suas peculiaridades, conforme os princípios, a participação dos

profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola, a

participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora no que concerne

a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED (Secretária Estadual

de Educação), observando a Constituição, a LDB – Lei de Diretrizes e bases da

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Educação, O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político

Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social específica da

escola, socializar o saber sistematizado historicamente pelo conjunto da humanidade.

A função deliberativa do Conselho Escolar, refere-se a tomada de decisões

relativas às diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e

financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito

escolar. A consultiva tem a função emitir pareceres para esclarecer dúvidas e decidir

questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no que diz respeito a sua

competência. A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas e alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento

das normas da escola bem como, a qualidade social da instituição escolar. No que

concerne a fiscalizadora, sua função é acompanhar e fiscalizar a gestão pedagógica,

administrativa e financeira no âmbito escolar, garantindo a eficácia e a legitimidade de

suas ações.

O Conselho Escolar é um orgão composto por representantes da comunidade

escolar e local, diretores, pedagogos, professores, funcionários, pais e alunos, que,

inseridos numa proposta de gestão democrática podem deliberar sobre as questões

político-pedagógicas, administrativas, financeiras da escola. E ainda, analisar

coletivamente as ações a empreender e os meios a utilizar para o cumprimento das

finalidades da escola. O Conselho Escolar é um lugar de participação e decisão, um

espaço para discussão, negociação e encaminhamentos é sobretudo um espaço de

formação.

Os Conselhos Escolares contribuem fundamentalmente na escola pública para a

construção da cidadania participativa e se a considerarmos como uma construção

permanente, contínua e coletiva, entenderemos que o Conselho Escolar é um

instrumento de emancipação humana, que realmente considera os interesses e as

necessidades da maioria da comunidade. Eles contribuem decisivamente para a criação

de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade se identificam no

enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos graves problemas

sociais vividos na realidade brasileira e refletidos no interior de nossas escolas.

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A função do diretor da escola é tomar a iniciativa de criar o Conselho Escolar,

convocando todos para organizar as eleições do colegiado, elegendo os representantes

dos estudantes, dos pais ou responsáveis pelos alunos, dos professores, dos

funcionários e da comunidade local. O diretor atua como coordenador na execução das

deliberações do Conselho Escolar e também como o articulador das ações de todos os

segmentos, os membros efetivos são os representantes de cada segmento, é

necessário constituí-lo por paridade de integrantes entre profissionais da educação e da

comunidade escolar, procurando observar as diretrizes do sistema de ensino.

A escolha dos membros do Conselho Escolar deve pautar-se na possibilidade de

efetiva participação, representantes assíduos de seus pares, que tenham

disponibilidade e compromisso. Pessoas coerentes que saibam ouvir e dialogar,

assumindo a responsabilidade de acatar e representar com consciência as decisões da

maioria, sem desistir de dar opiniões e apresentar as suas propostas. É um espaço

importante de participação e, portanto, de exercício de liberdade, por isto é importante

que todos os membros da comunidade escolar participem.

O Conselho Escolar desenvolverá seus trabalhos em consonância com seu

Estatuto, sendo que este tem como objetivo principal normatizar suas ações, tornando o

assim legal por direito.

“ Tudo o que puder fazer no sentido de convocar os que vivem

em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de

participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na

mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é

pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe

diante de nós que é o de assumir esse país

democraticamente.”(Paulo Freire).

Representantes do Conselho Escolar

NOME CARGO

ZENILDE ZOBOLI PRESIDENTE

SELMA ANDRADE MORAIS DE JESUS VICE PRESIDENTE

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ERACI MARIA HEIDRICH REPRESENTANTE DO CORPO DOCENTE

PAULO MEINERZ SUPLENTE REPRESENTANTE DO CORPO DOCENTE

NERINHA CUNHA REPRESENTANTE EQUIPE TÉC. ADMINISTRATIVA

ROSELI ROSA DA SILVA SUPLENTE REPRESENTANTE EQUIPE TÉC. ADMINISTRATIVA

SONIA APARECIDA DA SILVA SIMÃO REPRESENTANTE DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

LAUDINA MARIA RODRIGUES SUPLENTE REPRESENTANTE DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

LADIR TEREZINHA REMONTI REPRESENTANTE DE PAIS DE ALUNOS

LUCELENE RODRIGUES DE MELO SUPLENTE REPRESENTANTE DE PAIS DE ALUNOS

FABIANA DA SILVA OLIVEIRA REPRESENTANTE DE ALUNOS

MARLI TIMM VANRLLI REPRESENTANTE DA EQUIPE PEDAGÓGICA

CLEONICE GONÇALVES DIAS SUPLENTE REPRESENTANTE DE ALUNOS

JOÃO VALDIR VIEIRA PEREIRA REPRESENTANTE DA APMF

LEONICE DOMINGUES D. DE PAULA SUPLENTE REPRESENTANTE DA APMF

JOSIAS DE SOUZA REPRESENTANTE MOVIMENTOS SOCIAIS

LUCELENE DA SILVA REPRESENTANTE DA COMUNIDADE EXTERNA

APMF (Associação de Pais, mestres e Funcionários)

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) tem uma função de grande

importância na relação família/ escola, ela é o instrumento de participação efetiva dos

pais do âmbito escolar. Segundo Schimidt (1962, p.19) a associação “abrange a

colaboração dos pais dos alunos, com a escola nos seus movimentos junto à

comunidade, na ampliação e melhoria de suas instalações, nos seus programas

socioculturais e recreativos e nas suas inovações pedagógicas”.

É importante salientar que a APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

tem relevante importância no que diz respeito ao principio de gestão democrática

assegurado pela LDB 9394/96 no seu artigo 14. De acordo com a legislação fica a cargo

das instituições de ensino garantir a gestão democrática. A APMF (Associação de Pais

Mestres e Funcionários), é um mecanismo garantidor da participação da comunidade

escolar na gestão da escola e na relação que integra a família/escola/comunidade.

A APMF é definida como pessoa jurídica de direto privado. É um órgão de

representação dos pais e profissionais do estabelecimento de ensino, não tendo caráter

político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Seus membros não recebem

remuneração. A eleição da diretoria acontece por meio da apresentação de chapas à

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comunidade. Para tanto, é necessário formar uma comissão eleitoral, órgão responsável

por apresentar as chapas candidatas, definir data, hora e local da votação, organizar

critérios para a campanha e convocar a comunidade para a eleição, de acordo com seu

Estatuto. Os objetivos da formação da APMF no lócus escolar é integrar a comunidade a

escola, desenvolver um trabalho coletivo democrático entre pais, professores e

funcionários e os gestores.

Os principais objetivos da APMF são o de discutir ações de assistência ao

educando, aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade,

pontuando sugestões convergentes com a proposta pedagógica da escola. Outros

objetivos ainda, é buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar como forma de apoio a qualidade do ensino e discutir a política

educacional considerando a realidade da sua comunidade escolar. Além disso, a APMF

tem como função gerar e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes

forem repassado em conjunto com o Conselho Escolar com registro em livro ata visando

sempre melhorar a escola em todos os seus aspectos. E também representar os reais

interesses da comunidade escolar contribuindo, dessa forma, para a melhoria da

qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal. Outra função

importante da APMF é zelar pela manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.

Para tanto, é necessário na escola uma gestão democrática que valorize a

participação da comunidade escolar. Segundo Cruz (1975, p. 45) “a educação

manipulada unicamente pela escola perde facilmente a sua dimensão humana e seu

sentido unitário”. Cabe a escola tomar consciência do que seja dimensão humana e

sentido unitário para que os seus gestores, professores e funcionários no dia a dia com

os educandos, valorizem e incentivem a participação deles e das famílias nas

discussões e decisões referentes a melhorias a totalidade escolar.

A Associação de Pais Mestres e Funcionários desenvolverá ações seguindo o seu

Estatuto, onde todas as ações desenvolvidas pela comunidade escolar deverá estar

normatizada e legalizada.

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Integrantes da APMF

Nome Função

Ladir Terezinha Remonti Chaves Presidente

Baldina Aparecida Ramos Silva Vice presidente

Rosane de Fátima Formehl Tesoureiro

Helio Pereira Vice tesoureiro

Nerinha Cunha Secretária

Selma Andrade Moraes de Jesus Segunda secretária

Edmor Antonio Michelon Diretor Cultural Sócio Esportivo

Paulo Meinerz Suplente Diretor Cultural Sócio Esportivo

Grêmio Estudantil

Uma escola onde a gestão é democrática precisa constituir um Grêmio atuante,

participativo, um espaço real de formação crítica do sujeito aluno.

O Grêmio Estudantil tem um papel transformador na vida do aluno, que ao

participar dos processos decisórios da escola, das discussões e levantamentos dos

problemas da escola, sentencie integrantes no processo.

Quando o Grêmio Estudantil é atuante na escola, seus integrantes participam

efetivamente do levantamento dos problemas da escola, da tomada de decisões e das

ações a serem implantadas, assim, eles podem opinar, discutir e decidir juntos com a

comunidade escolar. A atuação destes jovens no Grêmio Estudantil corrobora com o seu

processo de formação integral.

Entretanto, essa atuação não pode ser exercitada de forma espontânea e

arbitrária, precisa ser orientada de forma consciente pelos coordenadores pedagógicos

e professores. A representatividade dos alunos precisa ser legitimada.

A organização para a formação das chapas dos Grêmios, os desdobramentos da

eleição, a elaboração dos seus estatutos, a dinâmica interna, o movimento de

participação em todas as instâncias colegiadas são partes fundantes na

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instrumentalização política e pedagógica que, constituíra a consciência crítica dos

nossos alunos.

São sócios do Grêmio Estudantil todos os alunos matriculados e com frequência

escolar, sendo ele, sem caráter político-partidário, sem cunho religioso e racial e

também sem fins lucrativos.

O Grêmio é a organização dos estudantes no âmbito escolar, é formado na sua

totalidade por alunos. Tem como objetivos desenvolver atividades culturais e esportivas,

produzir informativos, jornais, organizar debates, palestras, seminários de interesses dos

estudantes e que não estão contemplados no Currículo Escolar, além de realizar

discussões para reivindicar, compra de livros para biblioteca, melhorias estruturais e

pedagógicas para escola, transporte gratuito para estudantes.

Sua organização, seu funcionamento e suas atividades serão estabelecidas em

seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do Estabelecimento de

Ensino.

A aprovação do Estatuto, a escolha dos dirigentes e dos Representantes do

Grêmio ocorrerá por meio do voto direto e secreto de cada estudante. E ainda, a

realização de qualquer evento realizado pelo Grêmio na escola, deverá ser

obrigatoriamente precedida de autorização do Conselho Escolar.

O Grêmio é uma instância fundamental para o processo de democratização da

gestão escolar, além disto, é um rico espaço de formação crítica para nossos

estudantes.

O Estatuto do Grêmio Estudantil é o documento que estabelece as normas sob as

quais este deverá desenvolver suas ações, este documento traz explicações detalhadas

de como, por que, e para que se faz necessário o Grêmio Estudantil na escola.

Representantes do Grêmio Estudantil

No ano de 2012 a equipe pedagógica juntamente com a direção realizou um

trabalho com todos os alunos conscientizando sobre a importância do Grêmio Estudantil

na escola. A equipe explicou a função do Grêmio e estimulou os alunos a participar da

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eleição. Dessa forma, no mês de março vários alunos procuraram a coordenação

demonstrando interesse em participar do Grêmio Estudantil, a equipe pedagógica

realizou várias reuniões para juntamente com os alunos organizar a chapa e a eleição

do Grêmio. Os alunos formaram uma chapa Única, com 1 representante de cada ano,

passaram em todas as salas apresentando sua proposta de trabalho e solicitando apoio

na eleição. Assim, no dia 03 de abril está chapa Única foi eleita, formando o Grêmio

Estudantil da escola Jardim Interlagos, conforme segue abaixo a Ata de Eleição e a Ata

da Posse.

Ata de Eleição

Às 8 horas, do dia 03, do mês de abril, do ano de 2012, foi feita a apuração dos

votos da chapa Única , que disputou as eleições para o Grêmio Estudantil,da Escola

Jardim Interlagos. A mesa apuradora, dirigida por dois representantes de alunos do

período noturno comprovou ser vencedora a chapa Única, que obteve 709 votos, 13

votos brancos e 13 votos nulos, num total de 735 votantes, portanto com percentual

suficiente de votos para elegibilidade. Atestando a lisura do pleito, assinam os dois

alunos integrantes da mesa.

Assinaturas:

Obs. ( As assinaturas estão no livro Ata do Grêmio Estudantil, assim como a cópia desta

ata eleitoral)

Ata de Posse da Diretoria do Grêmio Estudantil

Aos doze dias do mês de abril de 2012, às 7h:30min., teve início a cerimônia de

posse da nova Diretoria do Grêmio Estudantil. A entidade tem como finalidade defender

os interesses dos estudantes da Escola Estadual Jardim Interlagos , situada na

rua Luís de Camões nº 04, bairro Jardim Interlagos, em Cascavel.

I- Presidente:Daniel dos Santos Castanha 1ºC

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II- Vice Presidente:Cristiane Cunha Oliveira 1ºD

III- Secretário-Geral:Laíza Cristiane machado Marangão 8º C

IV- Vice-Secretário:Lucélia Natália Araídes 9º C

V- Tesoureiro-Geral:Eduardo Santos Franceschetti 3º A

VI- Vice-Tesoureiro:Geovana Vaz Lima 3º A

VII- Diretoria Social:Ana Paula de Oliveira da Rocha Gonçalves 2ºA Fabiana da Silva

Oliveira 9ºC

VIII- Diretoria de Imprensa:Fernando Pereira 7ºB

IX- Diretoria de Esportes e Lazer:Lucas de Mello 8ºD

X- Diretor de Cultura e Diversidade:Thaís Ramos Silva 3ºA Junior Cesar dos Santos 3º A

XI- Diretoria Pedagógica : Danieli Nunes Goularte 9º B

Foram convidadas a compor a mesa dos trabalhos as seguintes autoridades:

1) Eunice Rodrigues Valle Parada( diretora auxiliar)

2) Silmara Eliane de Sousa (coordenadora pedagógica)

3) Selma Andrade Moraes ( coordenadora pedagógica)

4) Marli Timm Vanelli (coordenadora pedagógica)

Após a apresentação da Diretoria, o Presidente eleito fez um discurso falando de seu

compromisso com a escola e com todos os alunos que confiaram no seu trabalho,

apresentou seu plano de ação e pediu o apoio de todos.

Em seguida, foi aberta a palavra para os membros da mesa e posteriormente às

pessoas presentes na platéia. No final das saudações, foi declarada encerrada a

cerimônia e empossada a nova Diretoria do Grêmio.

(As assinaturas estão no livro Ata do Grêmio Estudantil)

3.8.SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Embasados na Proposta Pedagógica Histórico-Crítica, concebe-se a

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aprendizagem como a construção do conhecimento. Dessa forma na avaliação o

professor terá como objetivos a análise e interpretação do conhecimento elaborado com

a finalidade de propiciar momentos de aprendizagens.

A avaliação, parte integrante do processo educacional é um dos aspectos do

ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho com o objetivo de reencaminhar as ações pedagógicas a fim de

aperfeiçoar as situações de aprendizagem. A avaliação incidirá sobre diferentes

situações de aprendizagem. A partir do uso de diferentes técnicas e instrumentos, a fim

de avaliar a elaboração crítica, a capacidade de síntese, de argumentação e a

elaboração pessoal de forma diagnóstica e com a averiguação.

Para tanto, faz-se necessário um prognóstico para realizar um trabalho de

reelaboração de conhecimento, necessita ser permanente, uma vez que a

aprendizagem,é um processo contínuo e constante, diferente do sistema de notas de

provas ocasionais, e, sobretudo necessita apresentar um caráter

diagnóstico,conhecendo a realidade heterogênea de cada aluno, para se chegar a um

prognóstico e trabalhar para atingir resultados satisfatórios, vendo o erro como tentativas

de acerto e aprendizagem, pontos de partida, para reorganizar a aprendizagem e nunca

um meio de punição, de aferição de certo ou errado, de inclusão ou de exclusão.

A assiduidade do aluno e a disciplina são fatores que contribuem no resultado de

sua aprendizagem e na dos colegas. São fatores, portanto, integrantes do trabalho

escolar. O processo avaliativo será bimestral, com arredondamentos de notas

respeitando as normas da matemática. O que, oportunizará aos educadores um olhar

mais atento para o desenvolvimento do aluno, tendo tempo hábil de reencaminhamento

de ações que possibilitem a recuperação da aprendizagem. Conforme o conteúdo

trabalhado, as metodologias utilizadas, e as dimensões propostas nas

problematizações, devem-se definir os instrumentos de avaliação mais adequados.

Assim, a avaliação pode ser realizada de maneira formal ou informal.

Na avaliação formal, o professor elabora e propõe questões objetivas e subjetivas

básicas, oferecendo aos educandos oportunidades de se manifestarem quanto à sua

aprendizagem. Exemplos: verificações orais, debates, seminários, resumos; elaboração

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de textos, redações, confecção maquetes, de cartazes; dramatizações; avaliações

escritas objetivas ou subjetivas; auto-avaliação, realização de experiências entre outras.

A avaliação formal totalizará 50% da nota do bimestre.

Na avaliação informal, é o aluno, que por iniciativa própria, de maneira

espontânea, manifesta o quanto incorporou dos conteúdos e dos métodos de trabalho

realizados. Exemplo: o aluno escolhe o modo de expressar através de forma que se

sinta seguro para manifestar o que aprendeu. A avaliação informal totalizará os outros

50% da nota bimestral.

Em qualquer modalidade escolhida de avaliação, deve-se definir previamente os

critérios, pois o objetivo da avaliação é reconstruir, devem ser do conhecimento de

todos que integra a comunidade escolar. São fundamentais para que o aluno entenda a

proposta do professor, devem ser claras, organizadas, objetivas e criativas, na qual o

aluno possa sentir-se seguro na realização e apresentar resultados significativos.

Os instrumentos e técnicas de avaliação serão aplicados de forma variada

contemplando avaliações escritas e orais, estudo dirigido, trabalhos em grupo e

individuais, pesquisas empíricas e bibliográficas, sínteses, debates, planejamento,

organização e participação de/em seminários, relatórios, exercícios, assiduidade e

participação nas atividades propostas. Assim sendo, se a avaliação é tratada como parte

do processo, o desempenho dos alunos será a apropriação do conhecimento de forma

satisfatória, um conhecimento de forma crítica, resgatando a democratização do saber

elaborado. A avaliação é a manifestação do quanto o aluno se aproximou das soluções,

ainda que teóricas, dos problemas e das questões levantadas. Portanto, não basta ter

aprendido o conteúdo para ser avaliado, mas um conhecimento que lhe sirva de

transformação social e cultural.

A avaliação deverá atuar de modo a respeitar as diferenças individuais,

compreendendo que, nossos alunos são heterogêneos, cada um com sua história de

vida, com diferentes relações sociais estabelecidas e com meios culturas diferenciados.

A partir da análise do diagnóstico de cada aluno, valorizar o processo de

desenvolvimento do educando, utilizando vários procedimentos nos processos

avaliativos, como trabalhos em grupo, atividades que desenvolva o raciocino, de

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interpretação, participação, propor discussões, atividades individuais, pesquisas, unindo

a teoria com a prática.

A avaliação deve atender os seguintes critérios:

I - Valorizar a integração do aluno com o grupo;

II - Considerar a realidade do aluno, dando maior importância aos aspectos qualitativos

na avaliação;

III - Mobilizar o senso crítico do aluno dando ênfase à criatividade e sua interpretação e

não a sua memorização;

IV - Não fazer comparação entre os alunos respeitando a sua individualidade;

V - É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de

aferição;

VI - A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando-se a

comparação dos alunos entre si.

Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período

letivo, num processo contínuo, permanente e cumulativo cujos resultados finais venham

a incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua

melhor forma.

O professor deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino-

aprendizagem, rever e avaliar as suas ações pedagógicas, elevando ao máximo sua

competência profissional, a fim de garantir ao aluno o acesso ao conhecimento,

obedecendo a orientação curricular.

Da Promoção

Será considerado aprovado para a série seguinte, por frequência e rendimento, o

aluno que apresentar o mínimo exigido por matéria ou disciplina.

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Será aprovado o aluno que: tiver frequência igual ou superior a 75% e

aproveitamento ou nota igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero) nas respectivas

disciplinas.

Da Reprovação

Será reprovado quando:

I - Tiver qualquer média final inferior a 6,0 (seis virgula zero);

II - Tiver qualquer frequência inferior a 75%;

III – O sistema de avaliação ocorre de forma bimestral:

(A = 1º Bim + 2º Bim + 3º Bim + 4º Bim)

4

Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos, de acordo com a legislação vigente deve ocorrer de

forma paralela ao processo de ensino, onde será realizada no decorrer das aulas

conforme forem surgindo dificuldades no processo do ensino aprendizagem, quando

algum aluno demonstrar dificuldade em algum conteúdo, este será trabalhado de forma

individual ou coletiva até que todos os alunos se apropriem dele, sempre respeitando as

características individuais dos nossos alunos e nunca excluindo os menos habilidosos

da prática educativa. Vale ressaltar que todos os alunos têm o direito de fazê-las, o

importante é que todos os educandos compreendam o conteúdo explicitado.

A recuperação será paralela a cada conteúdo trabalhado e deverá ser registrada

no Livro de Registro de Classe do professor, tendo como objetivo, proporcionar a

compreensão aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente ao desempenho

escolar no conteúdo proposto. Os estudos de recuperação serão planejados e aplicados

em função das necessidades individuais, considerando a defasagem de aprendizagem.

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Após a avaliação formal bimestral, o professor deverá realizar uma recuperação

de conteúdo e de notas, obrigatoriamente a todos que obtiverem nota inferior a 60 e a

todos que que obtiverem nota acima de 60 se assim desejarem.

Nos procedimentos nos processos de recuperação paralela, o professor deverá

utilizar atividades que desenvolva o raciocino, e interpretação, participação, propor

discussões, atividades individuais, pesquisas, unindo a teoria com a prática. O registro

de recuperação deverá ser feito logo após o da avaliação ofertada.

Quando o aluno apresentar justificativas de faltas nas avaliações de recuperação

formal, o professor deverá oportunizar outro momento para a realização da mesma.

Favorecendo duas oportunidades ao aluno, a da avaliação e a de recuperação.

No caso do educando faltar em uma avaliação, recuperação e ou na entrega de

alguns trabalhos e tarefa, cabe ao aluno conversar com o professor, trazendo

justificativa dos pais, mas fica também a cargo do professor averiguar a falta destes em

tampo hábil, caso não tenha uma justificativa, conversar com o aluno, e propor uma

segunda oportunidade.

O estabelecimento de ensino compromete-se com o processo de Recuperação

Paralela encaminhando ações, de forma sistemática, sempre que aplicar uma avaliação

ou trabalho, e que o educando não atingir os objetivos propostos. Este processo é

documentado e seus resultados são computados para fins da promoção dos alunos.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um colegiado presente na organização da escola, onde

os professores de todas as disciplinas, juntamente com a equipe pedagógica, se reúnem

para refletirem e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das turmas existentes

na escola. Busca-se através do Conselho de Classe do Colégio Estadual Jardim

Interlagos, uma reunião de profissionais para a discussão de encaminhamentos no

sentido de aprendizagem aos educandos, propiciando ao professor conhecer um pouco

mais sobre o aluno.

No Conselho de Classe deve-se reunir direção, equipe pedagógica, professores e

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um representante de aluno, os resultados do conhecimento apresentados pelos

professores direcionam-se para um processo de investigação, sobre a avaliação, sobre

o ensino na escola, e principalmente traçar metas para alterar os rumos dos

acontecimentos, por meio de um projeto pedagógico que visa ao sucesso de todos. Para

tanto, o conselho se organizará da seguinte forma:

Momento: O professor com a sua turma; faz a caracterização dos problemas das

necessidades específicas da relação pedagógica (quanto ao conteúdo da disciplina, às

atividades de ensino, à relação com o professor a à avaliação da aprendizagem).

Discutir objetivos, critérios e formas de avaliação; organizar projetos de ensino;

organizar trabalhos de monitoria; Quanto a in(disciplina), fazer um contrato verbal em

que a turma esteja em comum acordo, podendo ser registrado.

Momento: Todos os professores de todas as turmas, equipe pedagógica, direção e o

representante de turma, deverão caracterizar, problematizar e organizar dificuldades de

aprendizagem e necessidade de ensino de cada turma; Conhecer e situar as questões

emergentes da relação professor-aluno; Avaliar os projetos desenvolvidos e sugerir

outros.

Momento: Levantar sugestões de atividades de ensino e projetos de trabalho.

Baseando-se no aproveitamento, rendimento e desenvolvimento da turma, bem como

na área comportamental. Utilizar-se de legendas para que os professores anotem as

defasagens que os alunos apresentam, para reencaminhar posturas, atitudes e metas.

Sugestão da ficha de acompanhamento de classe: Utilizar legendas como:

Faltoso / 1 não entregou trabalhos / 2 não fez avaliação / 3 não faz tarefas / 4 conversa

demasiadamente durante as aulas / 5 indisciplinado / 6 nota abaixo da média / 7

Dificuldade de aprendizagem, 8 Bom aluno / 9 excelente aluno. Obs: Essa legenda

estará na folha de anotações do professor.

3.9 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DO PPP

Na escola a avaliação institucional é um processo pelo qual a equipe

administrativa, a equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade discutem,

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realizam diagnósticos, deliberam e avaliam a sua escola com vista o aprimoramento

pedagógico-curricular e a qualidade do ensino. A Avaliação Institucional na sua

totalidade nos possibilita o aperfeiçoamento da gestão pedagógica e administrativa, na

constante busca da melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Nossa proposta de avaliação institucional está sendo construída de acordo

com a nossa realidade escolar, a concepção desta escola nos permite compreender que

a avaliação é uma operação de “leitura da realidade”, portanto a necessidade constante

de ser repensando os diferentes momentos avaliativos, sua organização e proposta.

Na dinâmica escolar são muitos os elementos importantes para o processo

avaliativo institucional, principalmente porque são determinantes da qualidade da oferta

de serviços de ensino e do sucesso escolar dos alunos, são eles: projeto político

pedagógico, gestão escolar, proposta curricular, planejamentos, características dos

alunos, histórico da comunidade, práxis inicial dos alunos, rendimento escolar,

metodologias, concepções avaliativas, composição do corpo docente e demais

profissionais educativos, condições de trabalho e motivação dos professores,

infraestrutura física e recursos materiais disponíveis, didáticos e informacionais

(bibliotecas, redes de conhecimento)

Assim, nossa escola tem buscado realizar a avaliação institucional em

distintos momentos como: reuniões pedagógicas, pré-conselhos, conselhos de classe,

assembleias de pais e professores, contato diário com os alunos, momentos de diálogo

informais entre direção, equipe pedagógica, professores e alunos, reuniões com

funcionários e administrativos. Consideramos muitos momentos na dinâmica escolar

como importantes para o processo de avaliação escolar mesmo que estes aconteçam

de forma indireta fora do planejamento específico para avaliação. Entretanto, todos

estes momentos são valorizados no momento formal de rever, reavaliar e reestruturar o

Projeto Político Pedagógico Escolar em toda a sua concretude.

4. MARCO OPERACIONAL

4.1 PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO PARA O ANO LETIVO

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DE 2012

Direção

Sabemos que uma das maiores dificuldades do ensino público se encontra na

manutenção dos alunos no contexto escolar, devido à evasão e a invasão. Assim,

qualquer proposta deve voltar-se para esse aspecto, pois a escola só existe em função

dos mesmos. O Plano de Trabalho que ora apresentamos contempla propostas cujos

benefícios revertam para a sala de aula, contemplando também as necessidades

pedagógicas e estruturais.

Plano Pedagógico

É objetivo do mesmo:

• Desenvolver um trabalho visando a não evasão dos alunos, através de atividades

que envolvam os mesmos. Como as modalidades esportivas, mostras culturais,

incentivos às artes, etc.

• O trabalho pedagógico poderá ser desenvolvido através de projetos propostos

aos professores e alunos, observando a viabilidade de aplicação dos projetos.

Assim, um aluno que apresente um projeto que venha ao encontro a Proposta

Política Pedagógica da escola, terá, mediante a coordenação de um professor da

área, apoio para o desenvolvimento de seu projeto;

• Valorizar a participação dos alunos nos projetos desenvolvidos por eles e pelos

professores;

• Atrelar a participação do aluno nos projetos desenvolvidos ao seu

desenvolvimento escolar;

• Providenciar o acesso dos alunos a Internet, incentivando, assim, a pesquisa, a

formação tecnológica;

• Utilizar as verbas recebidas de acordo com as necessidades reais da escola,

valorizando a aquisição de material didático e de apoio ao professor, de acordo

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com as necessidades apresentadas por ele;

• Propiciar ao aluno o acesso a biblioteca, respeitando seu direito no acesso ao

conhecimento historicamente produzido, através da leitura e da pesquisa;

• Fazer da biblioteca um lugar de incentivo a leitura, tornando o ambiente

condizente do que dele se espera, criando, com livre acesso a funcionários,

alunos e professores;

• Sabendo que de 1ª a 4º série os alunos encontram na biblioteca um ambiente

lúdico, e que esse ambiente se quebra quando de seu ingresso na 6º ano, há que

se reestruturar o espaço físico, para que o aluno reencontre a magia que só a

leitura propicia.

Plano Político

• Utilizar o PPP no cotidiano escolar, aliando a teoria e a prática. Assim, aspectos

como a respeitabilidade de horário e a tolerância máxima ao mesmo deverão ser

cumpridos;

• Incentivar e reconhecer a importância do grêmio escolar enquanto entidade

estudantil representativa, elevando-a a condição de coadjuvante para o bom

desenvolvimento e integração dos membros escolares;

• Incentivar o professor a trabalhar com projetos;

• Comunicar aos pais o comportamento de seus filhos em relação ao aspecto

pedagógico e ambiente escolar;

• Quando houver conflitos implicando violência e o desrespeito a professores,

funcionários e alunos, por seus pares ou membros estranhos ao ambiente

escolar, acionar os órgãos competentes, visando a integridade física e moral de

todos os envolvidos;

• Providenciar como uma das prioridades os laboratórios de Química, Física e

Biologia e o laboratório de informática.

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No Aspecto Humano

• Procurar parcerias com empresas para incluir os alunos ao mundo do trabalho;

• Trabalhar junto a comunidade para que aconteça a inserção da mesma no

ambiente escolar (café da manhã no dia das mães, atividades esportivas no dia

dos pais, etc.);

• Respeitando e valorizar a criatividade e empenho dos professores no exercício

de suas funções;

• Desenvolver a auto-estima de todos os membros da comunidade acadêmica,

valorizando o trabalho coletivo e individual;

• Procurar entender e administrar as diferenças de posicionamento, respeitando os

devidos contextos;

• Procurar parceria com as universidades e entidades para trabalho de apoio

psicológico para professores e alunos (solicitando o trabalho de estagiários do

curso de psicologia);

• Reconhecer a prática de esportes como elemento de integração e socialização,

favorecendo o desenvolvimento de projetos na área;

• Propiciar palestras onde o palestrante, seja ele aluno, professor, membro da

equipe pedagógica ou da comunidade, desde que domine seu discurso e que

este seja relevante para os ouvintes;

• Propiciar música no saguão durante os intervalos, tornando o ambiente agradável

e evitando a evasão dos alunos.

• Delegar responsabilidades de acordo com as funções de cada um, pois quando

todos os membros de uma comunidade estão comprometidos com o mesmo

objetivo, os reflexos de suas ações refletem na sala de aula;

• Promover debates entre o colegiado no intuito de procurar, desenvolver e avaliar

alternativas de ensino que acrescentem conhecimento e auto-estima para todos

os membros da comunidade escolar;

• Desenvolver juntamente com os pais, estratégias para a conservação da escola;

• Propiciar ao professor momentos de encontro com seus pares para reflexão 75

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sobre o desenvolvimento de seus projetos, assim como de suas expectativas;

• Promover Mostras Científicas em todas as áreas do conhecimento historicamente

adquirido, visando despertar o gosto pela pesquisa e aprimoramento do

ensino/aprendizagem.

No Aspecto Físico

• Melhorar as instalações da escola, procurando a parceria da comunidade (pintura

das calçadas, recuperação do espaço físico);

• Fazer um trabalho de conscientização junto aos alunos para que os mesmos se

reconheçam enquanto sujeito do ambiente e responsáveis pelo patrimônio

público.

• Trabalhar junto com a APMF e comunidade no intuito de desenvolver ações que

revertam para benefício da escola (linha de lotação, calçamento das ruas de

acesso, melhoria na iluminação das ruas circundantes) ;

• Conservar os bens mediante restauração e reposição;

• Continuar a luta para a aquisição da cobertura da quadra e de ambiente propício

para a prática de esportes;

• Enfim, usar todos os meios disponíveis para que o ambiente físico se torne

agradável e condizente com o que se espera de um colégio que valorize seus

membros, sejam eles pais, alunos, funcionários ou professores.

Os projetos propostos por esta direção são:

• A formação de banda, grupo de dança, de esportes, de teatro e coral, com o

objetivo de aproveitar e desenvolver ao máximo as potencialidades artísticas dos

alunos;Intensificar o incentivo a participação do Programa Mais Educaçao;

• ProPixe – trabalho com grafitagem interna externa nos muros e paredes ;

• Transformando o lixo em Arte: aproximar alunos, professores das disciplinas

de Ciências e Arte e família;

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• Pense e Pesquise – incentivo a pesquisa científica na área de Matemática,

Português, Geografia e História e inglês;

• O Lúdico e a leitura – incentivo a prática da leitura e produção de contos,

poesias e afins;

• Conhecendo os autores Brasileiros: Conforme a identificação da sala de aula,

o nome do autor, pesquisar e desenvolver trabalhos que envolva o autor

específico, socializar com as demais turmas;

• Fazendo Notícia - Edição mensal/bimestral de um jornal escolar;

• Projeto Verde – horta e jardinagem.

• Adequação do espaço externo: Confecção de mesas e banquetas, mesa fixa

de tênis de mesa, Cantinho da leitura e poesia(confecção com mesas coberta

com trepadeira)

Para desenvolvermos o Plano de Ação tomamos como princípio a Gestão

Colegiada, fundamentada na ação dos vários agentes do processo educativo de forma

organizada nos recursos materiais e físicos. Neste sentido, a Gestão Colegiada, pautada

nos vários agentes educativos, busca desenvolver um programa de metas a serem

realizadas a curto, médio e longo prazo que se dá com a participação.

a) Calendário escolar:

O calendário expressa o tempo das atividades desenvolvidas no decorrer do ano letivo e

que fazem parte do projeto pedagógico do estabelecimento. Contempla períodos para

reuniões pedagógicas, conselho de classe, atividades culturais e desportivas, férias e

recessos escolares de acordo com os eventos previstos para cada novo ano.

b)Parcerias em Projetos Pedagógicos

A instituição escolar busca promover a integração com a comunidade, com empresas e

instituições de ensino superior de forma a atender as necessidades pedagógicas do

estabelecimento de ensino nos aspectos educacionais, culturais, desportivos e

materiais.

c) Articulação do Conselho Escolar, do Grêmio Estudantil e APMF;

Esta é com certeza a tarefa mais importante e mais complexa a ser executada pela

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equipe escolar. A superação da divisão entre os que pensam e os que fazem - reflexo da

organização social capitalista torna-se imprescindível para a efetivação da qualidade do

ensino. Um dos caminhos a ser percorrido é o da participação efetiva dos pais, mães,

responsáveis, alunos e entidades organizadas da sociedade civil, como: o Conselho

Escolar, órgão máximo de direção, foi em 13/07/2000, o que o cotidiano tem nos

mostrado é que a falta de tempo e a falta de experiência em participação têm sido

elementos que dificultam a efetivação dos objetivos a que se propõem estas

organizações.

Entendemos que uma das formas possíveis de provocar a superação desta situação é

através da proposição e efetivação de projetos que contemplem a formação constante

de lideranças estudantis e de pessoas da comunidade escolar, além da elaboração de

um calendário de reuniões ordinárias que contemple datas e horários em que os

envolvidos possam participar.

4.2 FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada dos profissionais deste estabelecimento de ensino, inicia-

se com a Semana Pedagógica onde todos os integrantes do quadro de funcionários

devem participar. Esta formação é pré organizada pela SEED, na sequência são

repassadas a coordenação das equipes pedagógicas das escolas, as quais têm a

função de dar os encaminhamentos necessários para sua realização, adequando a

realidade de cada escola. Este momento acontece no início de cada semestre, sendo

momentos riquíssimos de estudos referentes ao processo de ensinar e de aprender.

O GTR, é outro evento que a SEED proporciona aos profissionais da escola. Este

caracteriza se por estudos desenvolvidos em Rede e se constitui em uma das atividades

do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), caracterizando pela interação

virtual entre os professores do PDE e os professores da Rede Pública, possibilitando a

interação das interações teórico prático.

O Grupo de Estudos é outra modalidade de formação oferecida pela SEED. Esta

é ofertada a todos os profissionais da escola. A SEED encaminha a escola as temáticas

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com material de apoio, e a escola delega um profissional para coordenar cada Grupo de

Estudo, Esta forma de encaminhamentos nos estudos disponibiliza ao professor a

autonomia e responsabilidade de coordenação, desenvolvendo o espírito de liderança e

responsabilidade com os estudos.

A Formação em Ação é mais uma forma de capacitação ofertada pela SEED, este

evento é organizado e ministrado por profissionais da educação que atuam no NRE,

salvo de alguns professores das escolas que fazem inscrições para ministra oficinas

pedagógicas. Este evento proporciona a interação dos profissionais da escola com

profissionais de outras escolas, ampliando as possibilidades teórico práticas.

O PDE é mais uma das grandes conquistas da Educação, este caracteriza se

pela interação entre os professores do ensino superior e os da Educação Básica,

através de experiências teórico-práticas orientadas. Esta capacitação destina se aos

professores do QPM, os cursos e atividades são oferecidas nas modalidades a

presencial e a distância.

Outra grande conquista da Educação é a oferta do Pró Funcionário, onde é

disponibilizado a oferta de vagas aos funcionários concursados. Esta formação lhes dá

o diploma de técnico educacional reconhecido pelo MEC.

A escola desenvolve quatro reuniões Pedagógicas durante o ano letivo, em

média uma a cada dois meses. Nestes encontros são abordados assuntos

pedagógicos e também administrativos, todos com objetivo de melhorar o processo de

ensino e de aprendizagem.

O Conselho de Classe também apresenta se como formação continuada, sendo

este momento utilizado para rever práticas pedagógicas eficientes e ineficientes a cada

uma das turmas. Este momento acontece a cada dois meses, tendo como objetivo

principal desenvolver a interação dos professores entre si e com as turmas que estes

atuam, são momentos especiais onde os professores conseguem perceber as

capacidades dos alunos em todas as disciplinas escolares, observando o em todas suas

potencialidades.

4.3 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

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A hora atividade dos professores foi regulamentada pela lei estadual n°13807 de

30/09/02, onde instituiu 20% do total da carga horaria do professor destinado a

preparação de aulas , sendo que em seu artigo 3° determina que a hora atividade é o

período em que o professor desempenha suas funções de docência, reservado aos

estudos planejamentos, reuniões pedagógicas, atendimento a comunidade escolar,

preparação de suas aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser

cumpridas integralmente no estabelecimento de ensino em exercício.

A instrução 02/2004 SUED, diz que cabe a equipe pedagógica coordenar e

acompanhar as atividades coletivas e individuais, e a direção do estabelecimento

organizar o quadro da distribuição da hora-atividade, que deverá constar em edital, para

que a comunidade escolar possa manter se informada do mesmo, sendo também de

responsabilidade do diretor do estabelecimento a verificação do acompanhamento da

hora-atividade.

Esta instrução orienta para que a organização da hora-atividade propicie o

trabalho coletivo, favorecendo os professores das áreas afins, oportunizando assim a

elaboração das diretrizes curriculares, planejamentos, entre outras.

O Colégio Estadual Jardim Interlagos, dentro das suas possibilidades, procura

concentrar a hora-atividade dos professores das áreas afins, quando não consegue

devido a vários fatores de ordem estrutural, faz um agendamento e os reúne em horário

compatível. A equipe pedagógica organiza também, horários de atendimentos

individuais, para orientações sobre planejamento, preenchimento do livro de chamada,

Plano de trabalho Docente.

4.4 DIVERSIDADE EDUCACIONAL

Inserção dos Conteúdos de História e Cultura do Estado do Paraná nos Currículos

Escolares

As reformas educacionais ocorridas nas últimas décadas no Brasil e a resposta à

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diversidade das necessidades educacionais dos alunos, exigem dos educadores novas

formas de atuação na prática docente.

Atualmente, percebe-se que os avanços educacionais evidenciam a necessidade

de ir além dos conteúdos curriculares, buscando novas formas de transmissão e criação

dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade.

A reconstrução crítica do papel da educação na História faz com que na escola

busque-se estudar também a história local e regional e suas influências na formação do

aluno.

Abordagens que encorajem o aluno a compreender e envolver-se com a sua

cultura e seu papel na História do Paraná, visam enriquecer o conhecimento da prática

social.

Atualmente pretende-se abordar temas de cunho multicultural, que proporcione

ao aluno o acesso ao conhecimento da pluralidade do patrimônio sócio-cultural, bem

como o conhecimento das especificidades políticas, econômicas, históricas. Segundo o

que regulamenta a ( Lei 13.381/01). Assuntos como o da pluralidade tem se

estabelecido em ambito nacional, com ênfase em abordagens regionais, assim como

sua importância em todo cenário.

É necessário compreender que a diversidade regional existente no contexto

educacional brasileiro é significativa e não pode ser ignorada, o estudo da História do

Paraná pode abrir possibilidades de aprendizagem de qualquer contexto social.

Neste sentido, o Colégio Estadual Jardim Interlagos busca oportunizar aos seus

educandos conhecer os acontecimentos que levaram ao surgimento do Estado do

Paraná e o seu desenvolvimento. Compreender as batalhas, crises, situações que

marcaram a história do Estado, é um meio de compreender a própria realidade.

A questão do Tropeirismo, da imigração, do povoamento e do desenvolvimento de

todas as regiões do Estado, é fundamental para que o aluno conheça sua própria

história e para que se perceba incluído como sujeito no espaço geográfico.

Neste sentido, as disciplinas e os conteúdos farão uma inter-relação com a

realidade do aluno permitindo conhecer seu espaço geográfico a fim de que apreenda o

todo para poder transformá-lo, uma vez que esse espaço é histórico e socialmente

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produzido.

O professor utilizará diversos encaminhamentos que fomentem o gostar e o

conhecer da história e do espaço do Paraná. Desta forma, a história do aluno estará

presente em inúmeras situações metodológicas e ele compreenderá que a sua cidade, o

seu cotidiano, a sua experiência de vida e do seu grupo são elementos constituintes da

futura história do seu Estado.

Como encaminhamento metodológico interdisciplinar trabalharemos com mapas,

rios, história do Paraná, poesias, imagens, relatos, debates, gráficos, danças, músicas e

comidas típicas, etc. conteúdos que possibilitem ao aluno a compreensão do processo

histórico de construção e transformação de seu espaço social.

Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira nos Currículos

Escolares

Como implementação à Proposta Pedagógica a Lei nº 10.639 que estabelece as

Diretrizes e bases da da Educação Nacional, inclui como obrigatório o ensino sobre

História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio,

oficial e particular.

Esta obrigação refere-se à inclusão do estudo da África e dos africanos, a luta

dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade

nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e

política pertinente à história do Brasil.

Os conteúdos referentes à cultura Afro-brasileira serão ministrados no âmbito de

todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Arte, de Literatura e História

Brasileira.

Ainda, fica estabelecido o dia de 20 de novembro como o “Dia nacional da

consciência Negra” no calendário escolar.

Sendo a Escola um espaço social e institucional de transmissão e produção do

conhecimento humano; é também um espaço propício para que a sociedade possa

tomar medidas para ressarcir os descendentes de africanos negros dos danos

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psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofrido sob o regime escravista,

bem como no pós-abolição.

Neste sentido as políticas públicas da educação brasileira, voltaram seu olhar

para a demanda da comunidade afro-brasileira no intuito do reconhecimento e busca e

justiça, igualdade de direitos sociais, civis, culturais e econômico. O que significa na

prática, não o “mero reconhecimento das injustiças”, mudança nos discursos, racionais,

lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras.

Aliadas às políticas educacionais, na escola há busca de valorização da

diversidade e superação das desigualdades étnico-racial. O reconhecimento que

historicamente esta parcela da sociedade passou por preconceitos que a desqualifica,

salientando estereótipos depreciativos, palavras e atitudes que, veladas ou explicitas,

expressaram sentimentos de superioridade em relação aos negros de uma sociedade

hierárquica e desigual.

Assim o Colégio Estadual Jardim Interlagos busca oportunizar aos seus

educandos meios para que, dentro da lei, passam adquirir conhecimentos sobre a

cultura afro-brasileira e suas influências na formação da sociedade brasileira.

A obrigatoriedade de inclusão de história e cultura afro-brasileira e africana nos

currículos da educação básica, trata-se de uma posição política, com fortes

repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida,

reconhece-se que, além de garantir vagas nos bancos escolares, é preciso valorizar

devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que repetem há

cinco séculos, à sua identidade. A relevância do estudo de temas decorrentes da história

e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário,

dizem respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos

atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma

nação democrática.

Com este consenso a disciplina de Artes buscará em suas aulas trabalhar a

presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas manifestações

populares brasileira: na dança, na musica, no vestuário, nas artes plásticas. Tal

conhecimento será explorado através de estudo teórico e prático das danças de

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natureza religiosa, lúdica e dramática, na contribuição para a musica popular brasileira,

nas artes plásticas como a confecção de máscaras, esculturas e argila ornamentais,

pintura corporal, etc.

Na Matemática, o resgate da cultura afro-brasileira far-se-á com dois projetos de

pesquisa de campo realizada pelos alunos: o primeiro voltado aos alunos do ensino

fundamental e o segundo aos do ensino médio.

- Ensino Médio: pesquisa junto a UNIOESTE de quantos acadêmicos foram beneficiados

pela lei de cotas no último vestibular:

- Ensino Fundamental: pesquisa juntos aos familiares o numero de negros na

constituição da família e como esta é constituída (se por pai/mãe/filhos; mãe/filhos;

avós/netos; tios/sobrinhos; outros).

Os dados serão classificados e trabalhados em forma de gráficos abordando

também o conteúdo de porcentagem e gráficos em todas as turmas. Os resultados

serão exportados em cartazes, em datas a ser estipulada.

As disciplinas de Biologia e Ciências abordarão o assunto utilizando-se do

recurso metodológico dos filmes:” Meu mestre, minha vida e Adivinha quem vem para o

jantar?”, para o ensino fundamental; “Amistrad e Vista minha pele”, para o ensino médio.

Através deste recurso, será estudado a desmistificação de teoria racista; estudo

de características biológicas; a análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos

negros no Brasil.

A disciplina de Física abordará a diferença na resistência física e motora dos

negros nos esportes e na vida. Utilizando-se de livros e revistas para tal estudo.

Já em Educação Física serão ofertados estudos das práticas corporais da cultura

negra em diferentes momentos históricos. Este trabalho será realizado tanto no ensino

fundamental como no ensino médio. Far-se-á uma coreográfica de dança observando os

gestos e gingas dos negros e suas músicas e batucadas. Cada turma pode estar

mostrando uma coreografia diferenciada.

Ler e interpretar musicas relacionadas à questão racional, será abordada nos

conteúdos de Língua Portuguesa, além de propor aos alunos que produzam poesias

relacionadas ao povo afrodescendentes e sua cultura.

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Será realizado com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros

como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, etc. destacando

a contribuição do povo negro à cultura nacional.

É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico

marcadamente de raiz européia por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos

escolares, para a diversidade cultural, racional, social e econômica brasileira.

4.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Prevenção do uso de drogas

O consumo de drogas vem se expandindo mundialmente e constitui, hoje, uma

ameaça à estabilidade das estruturas e valores econômicos, políticos, sociais e culturais

das nações. O abuso de drogas entre jovens tem sido uma das questões que mais

afligem a sociedade contemporânea. A escola encontra-se diante de um novo desafio e,

nesta circunstância, educar para prevenção apresenta-se como a melhor alternativa

para o enfrentamento do consumo de drogas entre estudantes. Prevenção significa

dispor com antecipação, impedir ou pelo menos reduzir o consumo. O ato de prevenir o

abuso de drogas admite três níveis de intervenção: primária, secundária e terciária. Na

prevenção primária o objetivo é intervir antes que o consumo de drogas ocorra. Cabe à

instituição escolar promover um estilo de vida saudável nos alunos, desde crianças bem

novas até o jovem adulto. A prevenção secundária destina-se aos estudantes que

apresentam uso leve ou moderado de drogas, que não são dependentes, mas que

correm este risco. A prevenção terciária dirige-se ao usuário dependente. No caso dos

estudantes que já consomem drogas, a função da escola é prestar auxílio ao aluno na

procura de terapia, apoiar a recuperação e reintegrá-lo na escola, no grupo de amigos,

na família. Vale advertir que não compete à escola o tratamento, mas sim, encaminhar

adequadamente o caso.

Segundo Fonseca, tem sob sua responsabilidade a elaboração e gestão de um

Programa Preventivo que decorra do Plano de Ação para o a prevenção ao uso de

entorpecentes e a escola deve buscar parcerias com entidades e instituições que se

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disponham a essa finalidade. A Escola é o lugar privilegiado para intervenções

educacionais. Deve elaborar projetos que assegurem ações preventivas intensivas e

duradouras, tendo como guia o Plano de Ação e o Programa Preventivo. Na prática

escolar, a prevenção ao abuso de drogas torna-se viável por intervenções nas condições

de ensino e, principalmente, são direcionadas ao projeto político pedagógico.

O modelo de gerenciamento deve favorecer a participação coletiva e responsável

na definição de princípios, objetivos e decisões a serem tomadas. Sugerimos, a seguir,

algumas medidas gerenciais que incrementam a educação preventiva. A escola deve

oferecer serviços de saúde gratuitos, por equipe multifuncional, aos alunos que

apresentem transtornos decorrentes do uso indevido de drogas. É importante acolher e

envolver as famílias com a educação dos filhos, promovendo encontros para discutir

questões relativas ao consumo de drogas e os modos de prevenção. Para os

educadores, instituir cursos, seminários, debates e reciclagem sobre o tema. Ainda, criar

entre as escolas uma rede de informações e intercâmbio de conhecimentos no campo

da prevenção contra o uso indevido de drogas.

Por fim, considera-se premente um trabalho que se contraponha ao consumo de

drogas entre crianças, adolescentes e jovens adultos. A educação formal é um dos

meios através da qual fazemos a conscientização, a educação e a prevenção e a escola

a via natural para os esforços de prevenir o abuso de drogas entre alunos.

Cidadania e Direitos Humanos

A escola não só pode como deve desempenhar um papel fundamental na

construção e no desenvolvimento de uma consciência cidadã, preocupada com a defesa

dos Direitos Humanos e com a afirmação da Cidadania. A Declaração Universal dos

Direitos do Homem, em seu Art. XXVI, 2 estabelece: “A instrução será orientada no

sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do

respeito pelos direitos do homem e peias liberdades fundamentais.”

Por sua vez, a Constituição Federal determina no Art. 205 que “a educação,

direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a

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colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo

para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

A legislação indica uma direção clara em favor de uma educação voltada para a

defesa dos Direitos Humanos e a Cidadania.

No texto constitucional, o Estado divide com a família a responsabilidade pela

educação de cada um e de todos como direito e dever, expressando-se coletivamente

na medida em que exige a colaboração da sociedade nesse processo.

Assim, a função social do ensino no Brasil se dará através da disponibilização ao

acesso ao conhecimento humano, visando preparar o educando para a vida e para o

trabalho, tendo como intuito permear esse processo com informações e ações que

estimulem e garantam o pleno exercício da cidadania.

Por conseguinte, a escola deve ser um significativo canal para a formação de

cidadãos conscientes e críticos com relação ao seu papel enquanto sujeitos de direitos e

deveres, assim como na permanente afirmação de seu compromisso humano como

agentes de transformação social.

Tarefa fundamental é mobilizar o interesse pela participação na vida política

nacional, ainda mais agora que a Constituição Federal faculta aos jovens maiores de 16

anos o exercício do voto, Nesse sentido, a escola parece se apresentar como espaço

privilegiado para a discussão democrática e a afirmação dos seus valores, bem como

instância social para a construção de valores éticos e a formação da cidadania individual

e coletiva.

“O objetivo final do desenvolvimento é o bem-estar social, que deve garantir à

pessoa humana as condições de ser, no plano econômico, um cidadão sadio, no plano

político, um cidadão participante, e no plano cultural, um cidadão educado e consciente.”

(Jacó Anderle - Desenvolvimento Nacional e Política Social).

Educação fiscal

A educação é o processo pelo qual o individuo constrói o seu conhecimento,

transformando-o em ações concretas, que evidenciarão o seu modo de ser. Os direitos

que constituem a cidadania são sempre conquistas, resultado de um processo histórico 87

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no qual indivíduos, grupos e nações lutam para adquiri-los e fazê-los valer. A cidadania é

também uma prática, por isso, sociólogos, antropólogos e educadores salientam a

importância crescente dos movimentos sociais para a sua construção.

A Educação Fiscal faz parte desta conquista e tem por objetivo "Conscientizar a

sociedade, através da escola a respeito da função sócio-econômica do tributo. Além

disso, busca o despertar do cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos postos

à disposição da Administração Pública, tendo em vista o benefício de toda a população".

Propicia a participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos

instrumentos de controles social e fiscal do Estado. O tributo é um instrumento que pode

e deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O

cidadão, consciente da função social do tributo como forma de redistribuição da Renda

Nacional e elemento de justiça social, é capaz de participar do processo de

arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro público, transformando nossa

realidade e diminuindo assim o foco de desigualdades sociais existentes.

A Educação Fiscal para a construção da Cidadania tem sido uma preocupação

não apenas de âmbito nacional, mas mundial. Educar para o desenvolvimento de uma

consciência crítica como compromisso a ser desenvolvido nas Escolas tem sido uma

preocupação da Organização Mundial de Educação desde a década de 1990 quando se

começou a repensar a educação para o século XXI.

Face aos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um trunfo

indispensável da humanidade na construção dos ideais de paz, liberdade e justiça

social. A justiça social tem na consciência os direitos e deveres sua pedra angular. A

construção de uma sociedade democrática e produtiva tem suas raízes no

conhecimento que permite às pessoas atuarem como cidadãos, exercendo a cidadania

consciente de sua responsabilidade social, responsabilidade compartilhada entre o

Estado, a Administração Pública e os Cidadãos.

A Educação Fiscal é um programa nacional, o PNEF ( Programa Nacional de

Educação Fiscal) , integrado pelos Ministérios da Educação, Receita Federal do Brasil,

Secretaria do Tesouro Nacional, Escola Superior de Administração Fazendária - ESAF e

Secretarias de Fazenda e de Educação estaduais. Entendido como prática educacional

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com o objetivo de desenvolver valores e atitudes, a partir do entendimento do

funcionamento da administração pública, da função sócio-econômica dos tributos, da

aplicação dos recursos públicos e de estratégias para o exercício do controle social.

Esses saberes poderão ser trabalhados de forma articulada com as diversas

áreas do conhecimento, por meio de diferentes linguagens: colóquios, textos, músicas,

poesias, artes visuais, artes cênicas, entre outras. Educadores de apoio e demais

envolvidos, a prestação de contas, o controle, as prioridades e o gasto do dinheiro

público administrado pelas escolas e também a atualização de conhecimentos, como a

reforma ortográfica da Língua Portuguesa, a A 3 P – Agenda Ambiental na Administração

Pública, qualificando o público alvo para o desenvolvimento de uma prática pedagógica

qualitativa e focada no desenvolvimento da consciência crítica para o exercício do

controle social, possibilitando a reflexão e a prática dos direitos e deveres do cidadão.

Educação ambiental

Percebe-se que a questão ambiental é um fato social e político. Trabalhar esse

tema na escola constitui-se uma questão de preservação da vida. Os Parâmetros

Curriculares Nacionais foram elaborados de modo a servir de referencial para o trabalho

educativo do professor, podendo ser adaptados à realidade de cada região.

Os objetivos e conteúdos trabalhados pelo docente devem visar à formação dos

indivíduos, proporcionando-lhes conhecimentos de que necessitam para crescerem e

atuarem como cidadãos conscientes na sociedade.

A Educação Ambiental deve ser trabalhada de modo a atender às realidades

brasileiras, sempre observando as peculiaridades de cada região e tendo o

entendimento de que a preservação ambiental é a preservação da própria vida.

Observar os ciclos da natureza permite-nos compreender como ela é fundamental

para a manutenção da vida e que não se limita ao tempo e ao espaço, mas, para que os

processos da natureza sejam realizados satisfatoriamente, o ser humano precisa saber

interagir com o meio ambiente. TEIXEIRA, apud Novais (1993 p. 47), afirma que a EA

deve ser o resultado de uma reorientação e articulação das diversas disciplinas e

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experiências educativas que possam facilitar a visão integrada do meio ambiente. Afirma

ainda que outro indicativo internacional a favor do meio ambiente e da EA é a Agenda 21

Global, que retrata toda uma preocupação com o meio ambiente. Devido a essa

preocupação, o MEC divulgou um documento no qual retrata que o papel da escola e da

EA é conscientizar a sociedade.

Vale ressaltar que o homem enquanto ser social depende do meio ambiente para

sua subsistência. Ele reconstrói, explora e se percebe o sujeito desse meio. A relação do

homem com a natureza envolve questões sociais e políticas que vêm atingindo o mundo

todo, não só o Brasil.

Hoje, as autoridades estão preocupadas com as mais variadas atuações que o

homem vem tendo nos últimos anos nas florestas; citamos, como exemplo, a Amazônia,

que é tida como a principal fonte de vida para o nosso ecossistema. Existem vários

olhares científicos para os avanços nocivos do homem sobre a natureza. Desse modo, o

professor deve fazer um trabalho interdisciplinar através de um planejamento em que o

ensino esteja sintonizado com a realidade do aluno, escola e seu contexto social, no

sentido de transformá-la. O importante é ter consciência das reais necessidades que

envolvem a relação homem–natureza, procurando equilibrar tecnologia e natureza,

visando à preservação da vida.

O enfoque principal nesse período são os aspectos sociais, além de econômicos

e políticos, onde se analisa as causas e consequências de ações humanas sobre o

Universo.

Como nesse estágio da educação há uma maior interdisciplinaridade, entre a

Química, Biologia e parte da Física, pode-se utilizar de diversos assuntos para promover

conhecimento sobre o ambiente a fim de defender sua preservação e empregar de

maneira sustentável. No Brasil, ela assume um aspecto mais abrangente congregando a

proposta de sociedade sustentável.

Há a possibilidade de unir a Física e a EA ao tratar do reaproveitamento de água

para utilização sustentável, evitando desperdícios e conscientizando os alunos. Nesse

caso, trata-se de assuntos como fluidos podendo explicar conceitos como: densidade,

compressibilidade, escoamento, pressão, velocidade. Esse assunto abre caminhos para

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vários outros como o tratamento da água, purificação, estados da matéria, onde

ingressa a interdisciplinaridade.

Formam-se assim, novos pensadores que descobrirão que o vaso sanitário pode

consumir até 40% dos gastos mensais com água. (informação retirada de

http://ecohabitararquitetura.com.br/blog/tag/reaproveitamento-de-agua/ acesso em

27/06/2010) Todavia, o custo financeiro não é o fator mais importante, e sim o fato de

desperdiçar litros de água potável toda vez que alguém vai ao banheiro. Assim como

acontece com a lavagem de carros, limpeza de calçadas. A partir daí, já há a capacidade

de incluir na discussão os tipos de produção de energia. Aproveitando que o objetivo é

diminuir o consumo de água potável, a implementação de aquecedores solares em uma

casa ajuda nessa redução. Ao usar o chuveiro elétrico há maiores gastos do que se

fosse empregado um à base de energia solar.

Enfrentando a violência

As práticas de violência, discriminação e preconceito, vivenciadas pelos

educandos no cotidiano da escola, têm se apresentado como um grande desafio para os

professores, equipe gestora, comunidade escolar e pais.

Tais práticas, muitas vezes, podem acarretar dificuldades de aprendizagens e

desencadear traumas ao longo da vida.

Falar de bullying é falar de nossas histórias de vida. Afinal, quem nunca foi vítima,

espectador ou autor de bullying? Se resgatarmos nosso histórico de vida escolar, vamos

perceber que em algum momento estivemos num contexto de bullying e, ainda que não

tenha deixado marcas conscientes, muitas vezes no nosso inconsciente elas estão

presentes.

As práticas de bullying apresentam determinadas características, como

comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva um período

prolongado de tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de desequilíbrio

de poder, o que dificultar a defesa da vítima; não há motivos evidentes; acontece de

forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, e de forma indireta, por meio de

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agressões morais e psicológicas, caracterizando - se pela disseminação de rumores que

visam à discriminação, ao preconceito e à exclusão.

Em nosso estabelecimento serão ministradas palestras por profissionais

especialistas no assunto, no sistema de colaboração, atuando com pais, alunos,

professores, funcionários. Os professores abordarão o tema no decorrer de suas aulas,

com atividades organizadas no plano de trabalho. O Grêmio Estudantil, Representantes

de Turmas e alunos que se dispuseram estarão discutindo o assunto, e multiplicando

seus conhecimentos com alunos do turno contrário.

Gênero e diversidade sexual

Impossível excluir do debate sobre a educação na contemporaneidade a temática

da diversidade. O processo de democratização da educação, somado às demandas

apontadas pelos movimentos sociais, fizeram dessa, não apenas mais uma pauta para a

escola, mas sim, o que constitui a própria identidade do espaço escolar. Discutir as

diversidades hoje, não pode ocupar, na escola, apenas o lugar de projetos e ou

temáticas pontuais que emergem das situações cotidianas. As diversidades,

constituintes da dinâmica escolar, devem ser o eixo norteador dos projetos político

pedagógicos das instituições.

As questões alusivas ao pertencimento étnico racial, a inclusão das pessoas com

deficiência na escola comum, as identidades de gênero, a diversidade sexual e as

vulnerabilidades sócio econômicas, por exemplo, não são fenômenos a serem apenas

contemplados e teorizados pela escola, mas também vivenciados e valorizados a partir

das experiências cotidianas de cada criança, adolescente, jovem, adulto que com suas

performances e protagonismo fazem esse espaço.

Stuart Hall nos alerta, em sua abordagem sobre as identidades culturais na

contemporaneidade, sobre o descentramento identitário dos sujeitos. Segundo o autor,

na pós-modernidade, o sujeito "previamente vivido como tendo uma identidade unificada

e estável, está se tornando fragmentado, composto não de uma única, mas de várias

identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas". Á medida que "os

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sistemas de significação e representação cultural se multiplicam, somos confrontados

por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada

uma das quais poderíamos nos identificar - ao menos temporariamente". (HALL, 2001,

p.12-13).

As posturas e condutas adotadas e permitidas pela maioria das professoras e

professores, desde a educação infantil, reforçam relações de gênero pautadas em uma

lógica binária que separa em dois mundos distintos a masculinidade e a feminilidade e

que aposta na supremacia do masculino. Os jogos pedagógicos e recreativos, as lições

de casa, as ilustrações do material didático, as narrativas históricas, os problemas

matemáticos, as cantigas de roda, as regras de convivência construídas nesse espaço,

reforçam as regras hetero normativas. Esta lógica se perpetua por toda a educação

básica, ganhando elementos cada vez mais assustadores, reforçando assim esse

preconceito.

Na escola também aprendemos a ser meninos e meninas. Apreendemos que

meninas devem ser sensíveis, frágeis, gostar de cor de rosa, das letras e que a todo

tempo precisam policiar e disciplinar os seus corpos, para que eles transmitam a pureza,

a delicadeza e a inviolabilidade de quem um dia será mãe e cuidadora de um lar. A

duras penas, aprendemos também que só somos meninos quando demonstramos força,

coragem, rudeza e de maneira alguma nos interessamos pelo lado cor de rosa da vida,

e da mesma forma que as meninas devemos exercitar um constante disciplinamento de

seus corpos.

O desafio, portanto, apresentado aqui para a escola, é de escapar desse círculo

vicioso da cultura e romper com os padrões e estereótipos que alicerçam a sociedade

machista, sexista e homofóbica. Nas palavras de Guacira Lopes Louro, em sua análise

da obra de Joan Scott "um ponto importante em sua argumentação é a idéia de que é

preciso desconstruir o 'caráter permanente da oposição binária' masculino-feminino. Em

outras palavras: Joan Scott observa que é constante nas análises e na compreensão

das sociedades um pensamento dicotômico e polarizado sobre os gêneros; usualmente

se concebem homem e mulher como pólos opostos que se relacionam dentro de uma

lógica invariável de dominação-submissão. Para ela seria indispensável implodir esta

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lógica."(LOURO, 1997, p. 30-31).

A negação de outras formas de viver a sexualidade que se diferem da

heterossexualidade, talvez seja uma das maiores expressões de violência no espaço

escolar. Quando a escola nega aos sujeitos o direito de expressar esta faceta de sua

identidade, realiza cotidianamente sua morte simbólica, tendo em vista que

"compreendemos os sujeitos como tendo identidades plurais, múltiplas; identidades que

se transformam, que não são fixas ou permanentes, que podem, até mesmo, ser

contraditórias. Assim, o sentido de pertencimento a diferentes grupos - étnicos, sexuais,

de classe, de gênero, etc. - constitui o sujeito" (LOURO, 1997, p. 24-25).

O papel da escola na busca de uma qualidade social da educação deve ser o de

desnaturalizar os processos e representações sociais que sustentam os preconceitos,

as discriminações, a violação de direitos.

Muito há que se fazer, mas são estes mesmos desafios que podem possibilitar a

construção de práticas educativas inovadoras e a consolidação de uma educação

efetivamente inclusiva.

Na Semana Pedagógica, foi estabelecido que os todos os professores abordarão

este assunto dentro dos conteúdos propostos para sua disciplina com o registro das

atividades desenvolvidas no Plano de Trabalho.

4.6 ARTICULAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

Ao se discutir Educação e democracia como função da escola, torna-se

imprescindível destacar a questão da integração entre a escola e a comunidade.

A escola é o principal ambiente de encontro para troca sistemática de

conhecimentos e tem o papel fundamental na construção da cidadania, na promoção

social e no desenvolvimento pessoal. Percebemos também que, com a sociedade do

conhecimento, novos desafios e atribuições surgem para a escola. Dessa forma

sabemos que a escola é um lugar onde atuam diversas pessoas e vontades e, portanto,

nela recai vários papéis.

A relação participante entre escola-comunidade é um tema de grande interesse

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para a gestão educacional e ocupa lugar de destaque nas políticas educacionais

recentes.

Essa articulação proporciona uma socialização no campo de trocas, de interação,

que nos permite perceber, expressar e nos relacionarmos com os outros em prol de

objetivos comuns que resumem em ensinar e aprender, pois todos integrados nos

educamos o tempo todo. Nossa educação acontece por meio das múltiplas formas de

pensamento, das inúmeras interações com as pessoas que convivemos e com as

instituições de ensino de que participamos.

Sabemos que a escola é também um espaço de desenvolvimento de convivência

humana onde mudanças qualitativas no processo de ensino/aprendizagem e a

capacidade de construir relações e estabelecer clima de confiança mútua com a gestão

e a comunidade depende sobretudo de sua capacidade de comunicação rumo à uma

visão inovadora.

Dessa forma, há que se reencontrar o sentido mais humanístico, interativo e

integrador da educação que leve professores, gestores e comunidade a repensarem a

necessidade de se tomar consciência das ações desenvolvidas, permitindo redimensão

de espaços de ensino e aprendizagem, sonhar e amar, vislumbrando a provisoriedade

do conhecimento, as novas possibilidades das práticas da escola, a necessidade da

formação continuada para atender as características de mudança da sociedade atual e

para resgatar o valor do saber e a sensibilidade do ser.

A educação escolar, portanto, precisa compreender a função social da escola e

incorporar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações a fim de educar

para usos democráticos, mais progressistas e participativos, que facilitem a evolução do

indivíduo para formação de cidadãos responsáveis.

No processo interação escola comunidade, será constante o dialogo com a

intenção de promover melhorias no processo ensino-aprendizagem. No inicio do ano

letivo será realizada a Assembleia Geral, para discutir o regulamento que norteará o

trabalho pedagógico para o ano letivo, e também colher propostas de atividades que

deverão ser desenvolvidas no decorrer do ano. A escola realiza palestras de interesse

da comunidade com assuntos diversos como afetividade, violência, drogas, saúde,

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gravidez na adolescência. Em momentos planejados a família será convidada a

participar de mostra de trabalhos realizados pelos alunos.

4.7 CONCEPÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SEED

De acordo com a teoria histórico-crítica, embasa a metodologia através da

realidade social. Faz-se a leitura crítica dessa realidade que indica o novo pensar e agir

pedagógicos. Educa-se da mesma forma como se concebe a aquisição do

conhecimento.

Segundo Saviani, 1999, a nova metodologia de ensino-aprendizagem expressa a

totalidade do processo pedagógico, dando-lhe centro e direção na construção e

reconstrução do conhecimento.

Se a teoria dialética do conhecimento afirma que:

1º) o processo do conhecimento tem como ponto de partida a

prática social; 2º) a teoria está em função do conhecimento

científico da prática social e serve como guia para ações

transformadoras e 3º): a prática social é o critério de verdade e o

fim último de todo o processo cognitivo, a concepção metodológica

dialética adota o mesmo paradigma, qual seja -1º) partir da prática;

2º) teorizar sobre ela e 3º: voltar a prática para transformá-la

(CORAZZA, 1991:86)

O educando deve ser desafiado, sensibilizado, para que possa perceber as

relações entre os conteúdos e a vida cotidiana. Criando um clima favorável à

aprendizagem, desenvolvendo interesses a aprendizagem significativa. Assim, a

problematização é fundamental para o encaminhamento de todo o processo do trabalho.

É o elemento-chave na transição entre a teoria e a prática, ou seja, entre o fazer

cotidiano e o saber previamente adquirido, já que é esse o momento em que se inicia o

trabalho com o conteúdo sistematizado. São necessários Educadores e educandos

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para a construção do conhecimento científico, devem agir em efetiva colaboração, o

professor apresentar a sistemática do conteúdo e os alunos por meio de ação

intencional se apropriam deste conteúdo.

O aprendizado, se colocado como um desafio, faz com que o aluno, através de

sua ação, busque na pesquisa o conhecimento. Nesse buscar através da investigação e

da pesquisa, enquanto sujeitos, encontram argumentos para solucionar as questões ora

em estudos, ora em questionamentos, propicia a troca de experiência entre os colegas e

o professor, são levantadas situações-problema que estimulam o raciocínio e acontece a

aprendizagem significativa. Esse exercício representa o momento do processo em que a

prática social é posta em questão, analisada, interrogada, levando em consideração o

conteúdo trabalhado e as exigências sociais de aplicação deste conhecimento,

resultando na apropriação do conhecimento. Esta caminhada não é linear, visto que o

conhecimento é construído através do já adquirido que se junta com o novo, e, a cada

abordagem, são apropriadas novas dimensões do conteúdo. Apresentado pelo

professor, possibilita que eles incorporem esses conhecimentos. O professor auxilia o

aluno a elaborar sua representação mental do objeto do conhecimento. Desta forma os

educandos apropriam-se do conhecimento socialmente produzido e sistematizado para

enfrentarem e responderem aos problemas levantados.

5. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

Sala de Recursos

No Colégio Estadual Jardim Interlagos foi implantado em 2005 a Sala de

Recursos no período de manhã e tarde, no entanto por falta de profissional, o período da

tarde ficou sem atendimento. No ano de 2006, contudo, normalizou-se a situação, sendo

que os alunos começaram a usufruir regularmente desse direito.

Nossa Sala de Recursos tem como objetivo atender de forma mais individual os

alunos com dificuldades de aprendizagem específicas, trabalhando de forma mais

prazerosa, utilizando materiais concretos e atividades diversificadas que contemplem os

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conteúdos que os alunos apresentam dificuldades para aprender. Além do

acompanhamento e apoio constante do professor.

Temos a intenção de equipar com material adequado e atrativo uma sala

específica do colégio, de modo que os alunos sintam prazer em frequentar o ambiente e

não se sintam envergonhados das suas dificuldades. Estamos conquistando aos poucos

os materiais e a decoração da sala, mas já contamos com bons professores e com um

planejamento bem elaborado para atender nossos alunos da sala de recursos.

Sala de apoio

A Sala de Apoio do Colégio Estadual Jardim Interlagos está embasada na

Resolução Nº 208/04, que regulamenta como serão ofertados os estudos no contra

turno para alunos de 5º série (6º e 9º anos). A Sala de Apoio tem como principal objetivo

superar as defasagens de conteúdo e aprendizagem referente à leitura, escrita e

cálculo. A sala possibilita que 20 alunos façam parte deste benefício, o colégio possui

duas Salas de Apoio funcionando uma no período Matutino e a outra no Vespertino.

Aos alunos que participam destas aulas no contra turno são preparadas

atividades diferenciadas, atrativas, utilizando dinâmicas lúdicas, material concreto e

metodologias que possibilitem a superação da defasagem e melhora na auto-estima da

criança. Os alunos devem frequentar regularmente as aulas que estão organizadas em

quatro horas-aula semanais, divididas em dois dias por semana, duas aulas geminadas

da disciplina de Português e duas aulas geminadas da disciplina de Matemática.

Os professores de Sala de Apoio apresentam um perfil diferenciado, acolhedor

que incentiva o aluno a retornar sempre para as aulas, sempre é lembrado ao aluno que

o mesmo não participa do “reforço” que foi um termo estigmatizado e rotulado ao longo

da história, mas que o mesmo participa de “Aula Particular”, um benefício concedido a

ele para melhorar seu desempenho enquanto aluno. O planejamento das aulas será

realizado de acordo com as dificuldades dos alunos e será realizado juntamente com o

professor da classe regular, a avaliação dos alunos será feita de forma diagnóstica,

processual e descritiva, os alunos poderão ser dispensados da Sala de Apoio, caso os

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professores julguem superada a defasagem pela qual os discentes foram

encaminhados.

O encaminhamento dos alunos para a Sala de Apoio será feito através da

observação constante de todos os docentes para com todos os alunos, pois todos tem a

responsabilidade de acompanhar o desenvolvimento de seus educandos. Após

diagnosticada a defasagem de conteúdos os professores regentes devem comunicar a

equipe pedagógica que juntamente com os professores regentes de Português e

Matemática fará o encaminhamento para as aulas no apoio, o docente da Sala de Apoio

receberá uma ficha de encaminhamento devidamente preenchida com os conteúdos a

serem desenvolvidos com os alunos de acordo com as suas dificuldades, para que

possa trabalhar com as reais defasagens dos alunos.

À equipe pedagógica cabe articular o diálogo entre os professores regentes e os

professores de Sala de Apoio acompanhando o desenvolvimento dos alunos,

planejamento das aulas e propiciar o diálogo com a família dos educandos.

Mais Educação

As oficinas propostas pelo programa Mais Educação tem o caráter de escola em

período integral. A verba para esse Programa vem do Governo Federal este é

disponibilizado pelo FNDE para as escolas prioritárias, depositado em conta da APMF

específica para tal fim e gerida pelo presidente da mesma. Esse programa é

operacionalizado pela (SECAD) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade, em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), por meio do

(PDDE) Programa Dinheiro Direto na Escola do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação (FNDE).

Este programa pretende um conhecimento para além dos saberes curriculares e

oficiais da sociedade. A relação de aprendizagem requer um conhecimento para a além

da vida da escola, como formação para a vida. Estas oficinas são ofertadas em contra

turno nos cinco dias da semana, como base de atendimento de uma educação que

prevê formação integral ao aluno que está em condição de risco social. O ideal proposto

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pelo Mais Educação traduz a compreensão do direito de aprender como inerente ao

direito á vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e á convivência familiar e

comunitária e com condição para o próprio desenvolvimento de uma sociedade

democrática. Embasados nessa ótica, os profissionais deste estabelecimento primam

pela educação de qualidade, com a função de promover essa ação de forma coletiva,

até mesmo estabelecendo relações com os professores do regular, no sentido de

comprometimento para por em pratica a nossa expectativa. A escola pode escolher no

máximo 6 oficinas, com professores e monitores que atuam nelas, as mesmas são

escolhidas no período anterior ao que o Programa deverá ser praticado. Essa escolha

está aberta para vários macro campos, dentre eles estão o Acompanhamento

Pedagógico, o Meio Ambiente, Esporte e Lazer, Direitos Humanos em Educação,

Cultura e Artes, Inclusão Digital, Promoção e Saúde, Educação, Iniciação à Investigação

das Ciências da Natureza, Educação Econômica e Cidadania. Dentre esses macro

campos várias são as oficinas ofertadas, essa escolha é estabelecida pelo Conselho

Escolar embasados no desejo da comunidade escolar local. Embora o espaço

disponível nesse estabelecimento ainda se encontra em defasagem, temos buscado

algumas alternativas.

Além da dificuldade com espaço ainda encontramos alguns problemas

relacionados a várias situações dentre elas o mapa de horários que foram

operacionalizados pela secretaria como modelo preveem duas turmas, mas na prática

temos que atender no mínimo três turmas para que os cem alunos propostos pelo

Programa sejam atendidos. Assim sendo acreditamos que Programa pode fazer a

diferença na nossa localidade, no entanto precisa de alguns ajustes. Estes ajustes

precisam ser pensados entre SEED, direção e o Governo Federal representados pelas

suas instâncias.

CELEM

Este Programa de Contra turno é ofertado pelo governo do Estado do Paraná,

oportunizando aos nossos alunos que recebem educação estadual um mecanismo de

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aprendizagem além do ofertado em disciplina curricular no turno regular. O CELEM,

agora incluso na grade curricular como oferta obrigatória para as escolas pretende

promover mais oportunidades aos alunos de escola pública, pois este estarão mais

preparados para a vida. No nosso estabelecimento esta oferta proposta em contra turno

é voltado ao ensino de Língua espanhola, pois a oferta no regular é de Língua Inglesa.

Ações da escola em parceria com outras entidades

O Colégio Jardim Interlagos desenvolve duas importantes parcerias, que são:

Rede de Proteção a Criança e do Adolescente e o Núcleo Assistencial Francisco de

Assis-NAFA. Todas dão suporte ás necessidades socioeconômicas e pessoais

apresentadas pelos nossos alunos as quais interferem diretamente no processo da

aprendizagem.

A Rede de Proteção tem o objetivo de garantir os direitos da criança e do

adolescente, busca dar maior visibilidade ás ações dos seus atores, de acordo com

cada serviço da rede. Prima pela descentralização, flexibilidade e dinamismo de sua

estrutura, possibilitando a ampliação dos seus parceiros, envolve as instituições

governamentais e não governamentais, sendo composta pelos vários segmentos

sociais, dentre eles, serviços da área da: Educação, Saúde, Assistência Social e

Segurança Pública. Cada um destes segmentos desenvolvem projetos voltados a

proteção da criança e do adolescente.

Os segmentos da Rede de Proteção são autônomos e capazes de operar

independentemente do restante da rede, apresentam características que prezam pelo:

dinamismo, participação ( cooperação), horizontalidade( não possui hierarquia).

A mobilização da Rede de Proteção dar-se à através da socialização de dados,

análises e reflexões sobre a violência contra criança e adolescentes. Após fazer o

mapeamento a Rede através dos seus serviços e projetos, faz o enfrentamento á

violência, como por exemplo: quem recebe a denúncia, para onde onde as vítimas são

encaminhadas, se existe trabalho aos familiares, etc... Na sequência a Rede

estabelece coletivamente objetivos a curto, médio e longo prazo.

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A rede também envia ações de prevenção à violência através da sensibilização

da comunidade, dando ênfase no acolhimento, orientação e atendimento de crianças e

adolescentes em situação de risco social e pessoal.

O Colégio desenvolve outra importante parceria com o Núcleo Assistencial

Francisco de Assis – Nafa, entidade filantrópica que oferece vários serviços a

comunidade dentre eles o atendimento as famílias (mães) que tiveram seus filhos

assassinados ou estão detidos por atos infracionais ou crimes, atendimentos

psicológicos e psiquiátricos.

Brigada Escolar

Justificativa:

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem

vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa

opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos,

promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais

receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes

de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda

mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver

com a necessidade de adequá-las internamente para atender as disposições legais de

prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie

como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.

Objetivo geral:

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do

Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou

humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas

para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que

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tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná.

Objetivos Específicos:

* levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma cultura

de prevenção a partir do ambiente escolar; proporcionar aos alunos da Rede Estadual

de Ensino condições mínimas

* para enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres; promover o levantamento das

necessidades de adequação do ambiente

* escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas

vistorias do Corpo de Bombeiros; preparar os profissionais da rede estadual de ensino

para a execução de ações de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no

ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o

socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a

princípios de incêndio;

* articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de

Educação;

* adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção

contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná,

acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos

ocupantes desses locais.

Estratégias:

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Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos específicos,

englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para a Brigada

Escolar. O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de

ensino. Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do

estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de

desenvolverem ações no sentido de:

* identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

* garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma

segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da

execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em

calendário escolar; promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

* apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da

comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

* promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão

de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em

livro ata específico ao Programa;

* verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL.

Atividades permanentes:

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O Diretor do Estabelecimento terá como responsabilidade, desenvolver o

trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de

Abandono consistirá na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários

das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo

razoável. Exercícios simulados serão realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as

datas serão registradas em Calendário Escolar .

Membros da Brigada:

1. Bruno Christofoleti Ventura

2. José Luiz Dias

3. Maria Izabel Hotz

4. Nerinha Cunha

5. Zenilde Zoboli

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