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MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2017 EMEB PADRE MANUEL DA NÓBREGA Projeto Político Pedagógico 2017

Projeto Político Pedagógico 2017 · 2018-06-06 · IV CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS.....34 1. Concepção de Educação ... implementação de um Projeto Político Pedagógico a participação

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Projeto Político Pedagógico

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“Nesta vida, pode-se aprender três coisas de uma criança:

estar sempre alegre,

nunca ficar inativo

e chorar com força por tudo o que se quer.” Paulo Leminski

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Autores

EQUIPE GESTORA

ORIENTADORA PEDAGÓGICA

EQUIPE DOCENTE

EQUIPE DE APOIO

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES (APM)

CONSELHO DE ESCOLA

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OS DEZ DIREITOS NATURAIS DAS CRIANÇAS

1. Direito ao ócio: Toda criança tem o direito de viver momentos de tempo não programado pelos adultos.

2. Direito a sujar-se: Toda criança tem o direito de brincar com a terra, a areia, a água, a lama, as pedras.

3. Direito aos sentidos: Toda criança tem o direito de sentir os gostos e os perfumes oferecidos pela natureza.

4. Direito ao diálogo: Toda criança tem o direito de falar sem ser interrompida, de ser levada a sério nas suas ideias, de ter explicações para suas dúvidas e de escutar uma fala mansa, sem gritos.

5. Direito ao uso das mãos: Toda criança tem o direito de pregar pregos, de cortar e raspar madeira, de lixar, colar, modelar o barro, amarrar barbantes e cordas, de acender o fogo.

6. Direito a um bom início: Toda criança tem o direito de comer alimentos sãos desde o nascimento, de beber água limpa e respirar ar puro.

7. Direito à rua: Toda criança tem o direito de brincar na rua e na praça e de andar livremente pelos caminhos, sem medo de ser atropelada por motoristas que pensam que as vias lhes pertencem.

8. Direito à natureza selvagem: Toda criança tem o direito de construir uma cabana nos bosques, de ter um arbusto onde se esconder e árvores nas quais subir.

9. Direito ao silêncio: Toda criança tem o direito de escutar o rumor do vento, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas.

10. Direito à poesia: Toda criança tem o direito de ver o sol nascer e se pôr e de ver as estrelas e a lua.

Texto extraído de um folheto distribuído num congresso sobre educação na Itália, do qual Rubens Alves participou e o autor conta essa história

no seu texto “… o melhor de tudo são as crianças…”.

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SUMÁRIO

I-IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .............................................................07

1. Quadro de organização das modalidades................................................................10

2. Quadro de identificação dos funcionários - equipe escolar .....................................11

3. Conselho de Escola..................................................................................................12

4. Associação de Pais e Mestres - APM......................................................................13

5. Comunidade Escolar................. .............................................................................14

II. AVALIAÇÕES REALIZADAS NO ANO DE 2016. ...................................................16

1. Avaliação da Comunidade Escolar...........................................................................16

2. Avaliação da Equipe Escolar....................................................................................18

3. Avaliação da Equipe Docente..................................................................................22

III. PLANOS DE AÇÃO................................................................................................27

1. Plano de Ação para a Equipe Escolar.................................................................... 27

2. Plano de Ação dos Órgãos Colegiados....................................................................32

2.1 Plano de Ação da APM....................................................................................32

2.2 Plano de Ação do Conselho de Escola............................................................33

IV CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS............................................................................34

1. Concepção de Educação.........................................................................................34

2. Concepção de Criança.............................................................................................36

3. Concepção de Professor.........................................................................................37

4. Concepção do Brincar na Educação Infantil............................................................39

V. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.........................................42

1.Princípios..................................................................................................................42

2. Objetivos..................................................................................................................42

2.1 Objetivo da educação Básica e da Educação Infantil......................................42

3. Organização do Tempo, Espaço, Experiências e Relações....................................43

3.1 Repensando O Percurso Do Trabalho Pedagógico Nos Últimos Anos...........45

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3.2 Calendário Escolar...........................................................................................49

3.3 Adaptação........................................................................................................49

3.4 Entrada.............................................................................................................51

3.5 Atividades diversificadas..................................................................................51

3.6 Sala de referência............................................................................................52

3.7 Ateliê de artes..................................................................................................53

3.8 Hora das refeições...........................................................................................56

3.9 Escovação........................................................................................................57

3.10 Parque............................................................................................... .............58

3.11 Biblioteca Escolar Interativa ( BEI).................................................................60

3.12 Brinquedoteca................................................................................................65

3.13 Quadra e salão...............................................................................................66

3.14 Cozinha Educacional....................................................................................68

3.15 Sala do Lego-Dacta.......................................................................................69

3.16 Horta..............................................................................................................70

3.17 Teatro Areninha.............................................................................. ...............71

3.18 Dia do brinquedo / Dia do diferente...............................................................73

3.19 Estudo do meio.............................................................................................74

3.20 Atendimento Educacional Especializado.......................................................75

4. Organização de eventos..........................................................................................78

VI. CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL..............................................................83

1. Nosso caminho rumo à construção de um currículo baseado em campos de

experiência................................................................................................................ ...83

2. Campos de Experiência...........................................................................................87

2.1 Comunicação e Letramento.............................................................................88

2.2 Conhecimento espacial e matemático.............................................................89

2.3 Arte e suas linguagens.....................................................................................90

2.4 Identidade e relações ......................................................................................94

2.5 Corpo e suas possibilidades............................................................................94

2.6 Sociedade e Natureza.....................................................................................95

3. Experiências............................................................................................................96.

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VII. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS E DE INSTRUMENTOS

METODOLÓGICOS...................................................................................................100

1.Avaliação das Aprendizagens das Crianças...........................................................100

2. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos ............................................101

3. Plano de Acompanhamento do trabalho Pedagógico - 2017................................105

VIII. REFERÊNCIAS...................................................................................................110

VIX ANEXOS......................................................................................... .....................114

1. Orientações quanto a medidas de proteção, situações de urgência e acidentes..114

2. Organizando o Planejamento de 2017...................................................................117

3. Projeto Coletivo - 2017 - Artes..............................................................................118

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I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Nome: Escola Municipal de Educação Básica “Padre Manuel da Nóbrega”.

Endereço: Avenida Padre Anchieta, 834 - Bairro Jordanópolis – SBC.

CEP: 09891-420

Fone/ fax: 4178-0985 / 4363 – 2652 / 4363 - 3726

E-mails:

o EMEB - [email protected]

o Biblioteca Escolar - [email protected]

o BLOG – padremanueldanobrega.blogspot.com.br

CIE: 50829

Equipe gestora:

o Diretora*: Queila Fernanda Michelini

E mail: [email protected]

o Assistente de direção: Sibele Gomes de Carvalho

E mail: [email protected]

o Coordenadora Pedagógica (CP): Tania Cainé Canassa

E mail: [email protected]

o Coordenador Pedagógico (CP - Polo): Leonardo de Almeida Correa

E mail: [email protected]

Equipe de orientação Técnica:

o Orientador Pedagógico (OP): Edileusa Apda. Da Silva Mammana

o Fonoaudióloga (Fono): Carla Silvestre

o Psicóloga (Psico): Maria Luiza Martins

o Terapeuta Ocupacional (TO): Cláudia Silvestre

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o Assistente Social (AS): Marcia Maiole Carvalho

Modalidade de ensino: Educação Infantil

Períodos e horários de funcionamento da escola: 7h00 às 18h00 – neste

período sempre há alguém do trio gestor para atendimento à Comunidade e à equipe

escolar.

Horário de Aulas:

Manhã: das 8h às 12h

Tarde: das 13h às 17h

Horário de atendimento da secretaria: 8h às 17h.

Na EMEB Padre Manuel da Nóbrega, o Projeto Político Pedagógico – PPP - é

o registro do nosso cotidiano, da organização do trabalho da escola como um todo e

acreditamos que ele é um instrumento que visa a assegurar uma boa qualidade na

educação que oferecemos às nossas crianças. Desta forma, este PPP torna-se um

instrumento que promove a ação – reflexão, construído a partir da avaliação

sistemática do trabalho realizada ao longo de 2016 e anos anteriores.

Temos nos baseado nos documentos orientadores do Ministério da Educação

e Cultura (MEC) como: “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil” (MEC, SEB,

2009), “Critérios para um atendimento em Creches que Respeite os Direitos

Fundamentais das Crianças (MEC, 2009) , “Diretrizes Curriculares Nacionais para a

educação Infantil” (MEC, SEB, 2010) e “Brinquedos e Brincadeiras nas Creches”

(MEC, SEB, 2012) e, atualmente, acompanhamos a produção escrita da Base

Nacional Curricular, além de estudos, textos e pesquisas atuais da Pedagogia da

Infância.

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Segundo Gadotti (1994)1, construir um Projeto significa propor rupturas com o

presente e fazer promessas para o futuro onde todos os atores estejam

comprometidos. Pretendemos que este PPP promova estas rupturas, aponte ações

possíveis e que sirva de instrumento de validação do nosso trabalho perante a

comunidade que passa a ter acesso a este documento tomando ciência da

intencionalidade de nossa ação pedagógica, valorizando e contribuindo assim, como

parceiros na formação das crianças. Assim, é condição para a elaboração e

implementação de um Projeto Político Pedagógico a participação de todos os

segmentos, através da gestão democrática, a autonomia da escola e dos professores

e o respaldo teórico para que se viabilize uma análise crítica e reflexiva do cotidiano

escolar.

Desde 2012 esta escola passou a ser organizada como “Polo” no

atendimento a crianças com surdez, desta forma, várias estão sendo as ações para

viabilizar uma proposta pedagógica bilíngue (LIBRAS e Língua Portuguesa).

Desenvolver uma prática pedagógica inclusiva sempre esteve presente como

princípio de trabalho desta escola e, na constituição da Escola – Polo, buscamos

qualificar ainda mais nosso trabalho. O desafio que esse trabalho nos apresenta é o

da constituição dessa cultura bilíngue e a estruturação de um trabalho efetivo de polo

de surdez com regras claras e intercâmbio de ações e de reflexões junto à Secretaria

de Educação que estejam afinadas e convirjam para uma educação inclusiva de

qualidade.

Desde 2015, a escola conta com o contra turno para alunos com surdez. As

crianças começam sua jornada na escola às 9 horas para a aprendizagem específica

de LIBRAS. Após o almoço e descanso, as crianças desta turma vão para as salas

regulares onde continuam sua formação só que com um grupo maior. Entendemos

que este foi um passo muito importante na qualificação da Escola-Polo e que vai

demandar de toda a equipe o envolvimento no projeto desta escola de Educação

Infantil, única com esta característica no município.

Assim, este documento traz em si as características que são peculiares à

nossa escola, norteando o trabalho da equipe, bem como de novos integrantes que

1 GADOTTI, Moacir. Pressupostos do Projeto Pedagógico. Em: MEC. Conferência Nacional de

Educação para Todos. Brasília, 28/08 a 02/09/94.

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dela venham a fazer parte futuramente. Este conjunto de ideias compartilhadas por

todos, unificadas por uma finalidade conhecida e construída coletivamente a partir das

concepções de cada membro da equipe escolar, servirá para constantes avaliações,

procurando cada vez mais a melhoria na qualidade da educação.* = Diretora Titular desta

unidade escolar: Ana Lucia Borges a qual está afastada respondendo por uma chefia na Secretaria de

Educação

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1. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS MODALIDADES

PERÍODO INFANTIL TURMA PROFESSOR (A) *TOTAL DE

ALUNOS POR TURMA

MANHÃ

II A Lilian da Rocha Penteado Débora Paixão Passos (AUX ED.)

23

III A Fabiana Inês Vieira 25

III B Elenice Aparecida S. Aguilar Ivonete Brito Rocha (estag. Pedag.)

23

IV A Cristiane Capriolli 25

IV B Valéria Pequim Moreira 25

IV C Michele Pasquotto Miolla Lourdes Possebon Madi (AUX ED)

25

V A Celia Regina Vieira Silva 32

V B Acácia Conceição Ribeiro Pinto 32

INTEGRAL Contraturno AEE

Tânia Avenia L. de Carvalho Amanda C.i de Oliveira (AEE - DA) Suzy Adriane C. Daniel (AEE – DA) Alessandra Silva Santos (AUX ED)

20

TARDE

III C Valéria Ferreira de Castilho Bruna Karoline Gonçalves (AEE- DA)

22

IV D Daniela Zakevicius Silva Pires Débora Fróis de S. Santos (AEE- DA) Alessandra Silva Santos (AUX ED)

22

IV E Jéssica Moreira Theodoro Melissa Assali Barbosa (AEE- DA) Débora Paixão Passos (AUX ED)

22

V C Graziela Talamoni de Araujo Ana Paula de Melo Ferreira (AEE- DA)

22

V D Tatiane das Neves de Jesus 22

V E Elaine C. Bonilha Zoadelli Fátima Mª Z.Baliseu (AEE- DA) Lourdes Possebon Madi (AUX ED)

22

V F Acácia Conceição Ribeiro Pinto 32

* total de Número de alunos a serem matriculados por turma em 2017.

Cláudia Valentina Felisberto é professora de AEE – DI nesta unidade escolar, mas é

titular da EMEB Jandira Mª Casonato.

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2. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS – EQUIPE ESCOLAR

NOME MATRÍCULA CARGO/FUNÇÃO HORÁRIO DE TRABALHO

Queila Fernanda Micheline 23.839-3 Diretora Escolar Integral

Sibele Gomes de Carvalho 9.874-6 Assistente de Diretora Integral

Tânia Cainé Canassa 23.687-0 Coordenadora Pedagógica Integral

Leonardo de Almeida Correa 36.475-6 Coordenador Pedagógico Integral

Arlete Granadeiro Garcia 31.796-1 Oficial de escola - BEI Integral

Jaqueline Ferreira da Silva 41.252-3 Oficial de escola – Secr. Integral

Acácia Conceição Ribeiro Pinto 25.715.7 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Acácia Conceição Ribeiro Pinto 28468.7 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Amanda Cavalcante de Oliveira 38.880-2 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Manhã

Ana Paula Melo Ferreira 23.953-5 PEBE - AEE – DA Tarde

Bruna Karolina Gonçalves 36.714-4 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Tarde

Célia Regina Vieira Silva 25.705-0 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Cristiane Capriolli 33.313-3 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Daniela Zakevicius Silva 37.198-9 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Debora Frois de Souza Santos 37.876-1 PEBE - AEE – DA Tarde

Elaine Cristina Bonilha Zoadelli 35.940-2 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Elenice Apda Silva Aguilar 41.907-0 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Fabiana Inês Vieira 41.926-6 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Fátima Maria Zaparolli Baliseu 32.556-4 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Tarde

Graziela Talamoni De Araujo 33.298-3 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Jessica Moreira Theodoro 42.744-5 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Lilian da Rocha Penteado 33.562-2 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Marcia Cristina D Morgado 18.474-0 PEB I – Ed. Infantil – Subst. Manhã

Melissa Assali Barbosa 62.267-7 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Michele Pasquotto Miolla 27.088-4 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Regina Maria Macario Fernandes 62.318-4 PEB I – Ed. Infantil subst.. Tarde

Suzy Adriane A Collado Daniel 37.749-8 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Manhã

Tânia Avenia L. de Carvalho 41.129-2 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Tânia Avenia L. de Carvalho 62.370-4 PEB I – Ed. Infantil – Subst. Tarde

Tatiane Das Neves De Jesus 38.592-8 PEB I – Ed. Infantil Tarde

Valéria Ferreira Castilho 35.734-5 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Valéria Pequim Moreira 33.080-0 PEB I – Ed. Infantil Manhã

Alessandra Silva Santos 40.611-8 Auxiliar Educação Integral

Débora Paixão Passos 37.269-2 Auxiliar Educação Integral

Lourdes Possebon Madi 32.353-8 Auxiliar Educação Integral

Gildacy de Oliveira Santos Convida Cozinheira Integral

Selma Santin Chehab Convida Auxiliar de Cozinha Integral

Adriana da C. Machado da Costa 60.027-1 Auxiliar limpeza Integral

Maria Aparecida da Costa 19.427-2 Auxiliar limpeza Integral

Edna Maria da Silva GUIMA Limpeza Terceirizada Integral

Elaine Ramos da Silva GUIMA Limpeza Terceirizada Integral

Elisabete da Costa Oliveira GUIMA Limpeza Terceirizada Integral

Marilvia Galdino da Silva GUIMA Limpeza Terceirizada Integral

Sandra Mª Ferreira Santiago GUIMA Limpeza Terceirizada Integral

Severina Oliveira do Carmo GUIMA Limpeza Terceirizada Integral

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3. QUADRO - COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA / 2017.

CARGO SEGMENTO/NOME ALUNO PROF.

S E G M E N T O P A I S

COORDENADOR Pai/aluno GLÉC MEIRE DE SOUZA LEAL

THEO FABIANA

SECRETÁRIO

Pai/aluno BRUNA DE ANDRADE SANTANA

MATEUS FABIANA

REPRESENTANTE DA APM

Pai/aluno SAMIRA PEREIRA DE FREITAS

ALLAN FABIANA

MEMBRO Pai/aluno SILVANIA SALES GONÇALVES

NICOLE ELENICE

MEMBRO Pai/aluno ELIANA SANTOS DE OLIVEIRA

MARIANA ELENICE

SUPLENTE Pai/aluno

JAMES NUNES FERREIRA MALCOM ELENICE

SUPLENTE Pai/aluno

MARCO ANTONIO CÂNDIDO ISAAC ACÁCIA

S E G M E N T O E S C O L A

EQUIPE ESCOLAR

Diretora QUIELA FERNANDA MICHELINE

X

X

EQUIPE GESTOR

GESTOR

SIBELE GOMES DE CARVALHO

X

X

EQUIPE ESCOLAR

Professora CÉLIA REGINA VIEIRA SILVA

X

X

EQUIPE ESCOLAR

Funcionário

ARLETE GRANADEIRO GARCIA

X

X

EQUIPE ESCOLAR

Funcionário JAQUELINE FERREIRA DA SILVA

X

X

SUPLENTE-EQ. ESCOLAR

Funcionário

MARIA APARECIDA DA COSTA

X

X

SUPLENTE-EQ. ESCOLAR

Professora AMANDA CAVALCANTE DE OLIVEIRA

X

X

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4. QUADRO - COMPOSIÇÃO DA APM (ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES)

DA ESCOLA / 2017.

CO

NS

EL

HO

DE

LIB

ER

AT

IVO

NOME CARGO CRIANÇA PROFº CATEGORIA

Queila Fernanda Micheline Presidente X X Diretor da escola

Priscila Pozzane Mathias 1º Secretário(a) HENRIQUE DANIELA

Pai ou mãe de aluno

Acácia Conceição P Ribeiro 2º Secretário(a) X X Professor

Rosangela A. Tester Santos Membro PALOMA VALÉRIA P

Pai ou mãe de aluno

Isabel Cristina Oliviera Lacerda Membro RAFAEL L. ELENICE

Pai ou mãe de aluno

DIR

ET

OR

IA E

XE

CU

TIV

A NOME CARGO CRIANÇA PROFº CATEGORIA

Daniela Zakevicius Silva Pires Diretor(a)

Executivo(a) ENZO VALERIA C.

Pai ou mãe de aluno

Carla R. Bueno do Nascimento Vice-Diretor(a) Executivo(a)

LEONARDO TATIANE Pai ou mãe de

aluno

Lilian da Rocha Penteado 1º Tesoureiro(a) ALEC LILIAN Pai ou mãe de

aluno

Aline Fernandes da S. Ferreira 2º Tesoureira(a) CAROLINA ISABELLA

LILIAN Pai ou mãe de

aluno

Thatiane de Melo Queiroz 1º Secretário(a) REBECA LILIAN Pai ou mãe de

aluno

Samira Pereira de Freitas 2º Secretário(a) ALLAN FABIANA Pai ou mãe de

aluno

CO

NS

EL

HO

FIS

CA

L

NOME CARGO CRIANÇA PROFº CATEGORIA

Cintia Santana Ferreira Presidente MALCOM ELENICE

Pai ou mãe de aluno

Luanda Rodrigues Barossi Membro BERNARDO ELENICE

Pai ou mãe de aluno

Valéria Pequim Moreira Membro X X Professor

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5. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

Esta escola foi inaugurada em 1974 e muitas de nossas crianças são

filhas de ex-alunos. Os pais entram na escola e relatam com saudosismo o

tempo em que aqui frequentavam. Alguns inclusive foram alunos de professoras

que ainda estão na escola. Gerações de famílias iniciaram a formação escolar

aqui. Comentam sobre as alterações e reformas do prédio inclusive das

atividades que realizavam nas piscinas e no teatro. A piscina foi transformada

em tanque de areia.

Membros da comunidade relatam com orgulho que hoje bons

profissionais como médicos, dentistas, engenheiros começaram sua formação

nesta escola.

Os pais em geral são muito participativos e envolvidos com as

atividades culturais promovidas pela escola e muitos gostam e desejam fazer

parcerias com a equipe escolar nas mais diversas atividades. Neste ano

pretendemos fazer oficina de brinquedos com os pais e reuniões periódicas com

as famílias das crianças surdas para promover espaços de debate, envolvimento

no trabalho da escola, participação e troca de experiências.

As Reuniões de Pais e Mestres têm alta frequência em nossa escola e

a avaliação por parte dos pais que participam sempre foi muito positiva. Nas

outras propostas para integrar escola-família - Dia da Família, Teatro na Escola,

Semana da Educação - há grande envolvimento da comunidade quando o

evento proporciona apresentações das crianças. Para muitos pais há um desejo

de ver as crianças no trabalho com horta e culinária assim como também

demonstram preocupação com a alfabetização.

A equipe escolar sofreu significativa alteração com a terceirização do

serviço de limpeza. Muitos pais ficaram preocupados, pois a antiga equipe de

apoio era composta por funcionários públicos que estavam na escola há muitos

anos criando um vínculo com a comunidade. A limpeza da escola era sempre

elogiada pelos pais. Após vários percalços a equipe de limpeza tem estado

estável desde meados de 2015 e trouxe uma sensação de escola mais limpa.

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Já a equipe dos professores que se mantinha estável e bem conhecida

pela comunidade sofreu muitas alterações, desde 2015, principalmente no

período da tarde com a chegada de novos professores, muitos deles que vieram

para realizar o atendimento educacional especializado (AEE) e trabalhar com os

alunos surdos nas “classes POLO”.

Em relação à participação no Conselho de Escola e APM, esta vem se

ampliando a cada ano e se incorporando às atividades da escola. Assim,

continuamos investindo na divulgação do trabalho desses órgãos para

aumentar, cada vez mais, o interesse dos pais em participar e contribuir para

uma gestão democrática.

Esta escola a partir de 2012 passou a ser destinada como polo no

atendimento a crianças com surdez. Desta forma passamos a receber crianças

de outros bairros beneficiadas com o transporte escolar. Esse atendimento se

ampliou e trouxe pequenas mudanças na rotina da escola, como a implantação

do trabalho sistemático de aprendizagem de LIBRAS no período contrário ao

das classes regulares das crianças.

Também atendemos algumas crianças que moram em outros bairros,

mas são cuidadas por avós que moram no entorno da escola. Algumas delas

sofrem com o trânsito no acesso ao bairro principalmente no período da manhã.

Em 2014 nossa escola manteve o investimento no estabelecimento de

vínculos com a comunidade. Muitos projetos desenvolvidos com as crianças

puderam contar com as contribuições de pais, avós, irmãos ou outros membros

da comunidade numa troca rica de conhecimentos, tanto no contato direto, vindo

à escola ensinar uma arte, uma receita culinária, plantar na horta, demonstrar

fenômenos meteorológicos, etc. Ao término de 2016 voltamos a avaliar a

atividades e projetos e etc. que realizamos e o resultado foi positivo, pois os pais

querem mais atividades e eventos como o que realizamos e querem participar

mais.

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II. AVALIAÇÕES REALIZADAS NO ANO DE 2016

1. AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Tabulação da Avaliação da Comunidade: ANUAL / 2016

TOTAL DE AVALIAÇÕES RESPONDIDAS = 265

1. ATENDIMENTO E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

a ) Atendimento dado pela secretaria da escola (documentação, informação, etc) foi: (167) ÓTIMO (98) BOM ( ) REGULAR

b ) Atendimento individual, junto ao Trio de gestão: Direção / Assistente / Coordenação , da escola para esclarecimentos, encaminhamentos, foi: (140) ÓTIMO (95) BOM ( ) REGULAR (30) NÃO FOI PRECISO

c) A comunicação Escola-família (caderno de recados, calendário mensal, etc.) foi: (197 ) ÓTIMA ( 65) BOA (03) REGULAR

d) A limpeza e a organização da escola foi: (170) ÓTIMA (89) BOA (06) REGULAR

e ) O trabalho realizado pela APM/CE quanto utilização da verba municipal, manutenção da escola e prestação de contas foi: (92) ÓTIMO (157) BOM (16) REGULAR

2. ASPECTOS PEDAGÓGICOS:

a ) Neste ano, você observa que seu(a) filho(a) avançou em suas aprendizagens de maneira: (192) ÓTIMA ( 69 ) BOA ( 04 ) REGULAR

b) As atividades complementares (passeios, eventos para a comunidade, eventos para os alunos, semana da criança) foram: ( 160) ÓTIMA (96) BOA (09) REGULAR

3. REUNIÃO COM PAIS/ PROFESSORA

a ) Os assuntos ou temas tratados nas reuniões foram: (195) ÓTIMO (70 ) BOM ( ) REGULAR

b ) As informações sobre o desenvolvimento e as aprendizagens de seu(a) filho(a) foram: (212) ÓTIMO ( 51 ) BOM (02) REGULAR

c ) A organização – horários, pontualidade, pauta, etc. – foi considerada: (184) ÓTIMA ( 80 ) BOA ( 01) REGULAR

4. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA

a ) Você cumpriu as normas contidas no Regulamento Interno (horário de entrada e saída, presença às reuniões,

participação em eventos, etc.):

( 205 ) SEMPRE ( 58 ) ÀS VEZES ( 02 ) QUASE NUNCA

b ) Você sentiu-se a vontade para opinar, tirar dúvidas, participar da vida escolar de seu(a) filho(a): (104) SEMPRE (17) ÀS VEZES ( 09 ) QUASE NUNCA

5. COMENTÁRIOS E SUGESTÕES SOBRE ALGUMA DAS PERGUNTAS ACIMA: Muitos dos comentários colocados neste item se repetiram no item 6 , portanto concentraremos lá todos os comentários dos pais mesmo que apenas um tenha colocado tal comentário

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6. AVALIANDO O ANO DE 2016 NA ESCOLA, ENTENDO QUE

. . .. . . Foi Positivo o Seguinte: . . . Precisa Melhorar o Seguinte:

O cuidado / carinho/ atenção para com as crianças (muitos pais responderam);

Ótimos eventos com a comunidade (muitos pais);

O progresso/ avanço/ aprendizado / desenvolvimento das crianças; (a grande maioria);

Agradecimentos ao carinho/atenção/ trabalho (a grande maioria);

Bons projetos / boas atividades (muitos pais);

Bom atendimento às necessidades individuais das crianças;

Satisfação / gratidão pelo trabalho/desenvolvimento/ carinho;

As crianças amam vir para a escola;

Ótimas reuniões de pais com as apresentações dos trabalhos;

Ótimo que ouvintes tenham contato com LIBRAS;

Elogios ao sistema de comunicação escola – família (muitos);

Ótimo o vídeo sobre retrospectiva da escola;

Os sábados letivos foram muito elogiados.

Ter mais momentos / eventos com a família na escola (muitos)

Falar em particular algo sobre a criança e não na saída (um comentário);

Trabalhar com as datas comemorativas – muitos pais querem a volta do dia das mães, dos pais, e festa junina;

Ter mais momentos de “feedback” sobre a criança durante o ano / acesso às atividades das crianças ( alguns comentários);

Ter mais passeios (muitos comentários);

Atualizar o blog da escola e criar o “Facebook” da escola;

A escola deveria alfabetizar as crianças (dois comentários);

Mais coordenação motora e menos terra (um comentário);

Comunicar melhor quando a criança se machuca (um comentário);

Não ir ao parque quando está muito frio ou choveu e a areia está úmida (vários comentários);

Abrir o portão mais cedo em dia de chuva (não especificou se na estrada ou na saída);

Reforma geral da escola: frente, pintura, quadra, vidros limpeza da calçada, etc. (muitos comentários);

Melhorar a alimentação (dois comentários);

Cobrir a quadra e o coxinho da área externa;

Melhorar a limpeza dos banheiros;

Substitutos devem ficar mais atentos às crianças em sala (um comentário);

Deveriam ir para o fundamental lendo e escrevendo;

Trabalhar oralidade com crianças implantadas (um comentário).

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2. AVALIAÇÃO DA EQUIPE ESCOLAR

AVALIAÇÃO DA EQUIPE ESCOLAR – PPP/2016 (páginas: 18 a 24 e página 28 – Plano de formação) OBJETIVO: Socializar Igualdade / Proximidade entre as opiniões / Encaminhamentos pensados em cada período / Buscar consenso no coletivo (partes socializadas)

GESTÃO DEMOCRÁTICA...........página 18 do PPP

ASSUNTO Opinião - MANHÃ Opinião - TARDE CONSENSO

BEI – Compartilhar os projetos e ações com professores.

-Retomar o compromisso para 2017

-Idem

BLOG – Alguém para

organizar e cuidar.

-Retomar o compromisso para 2017

-Idem

Procedimentos de Rotina – Já são conhecidos pelos mais antigos, mas nem todos os novos conhecem.

-Entregar um PPP do ano anterior para quem chegar (novos)

-Deixou apontado o mesmo item

APM – Participação é essencial dos professores, mas é prejudicada pela falta de substituta.

- HTPc Socializar A PAUTA e Ata – Viabilizar a participação dos professores: Dividir as crianças caso necessário/Convidar professora de outro período para carga suplementar/

Reunião com os pais do Polo:

-Importante acrescentar no calendário, pois foi uma conquista que aproximou os pais da escola e possibilitou estabelecer relação entre eles.

ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO.....página 19 do PPP ASSUNTO Opinião - MANHA TARDE CONSENSO

Reuniões com Pais (pág. 20)

-Continuar falando de projetos/combinados/aprendizagens /fotos e vídeos.

-Conscientizar os pais que não acompanham a vida escolar do seu(a) filho(a)

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PRÁTICA PEDAGÓGICA....página 20 do PPP ASSUNTO MANHA Opinião -

TARDE CONSENSO

Troca de experiências -Mais tempo para discussão com o grupo, para que ouçam e possam compreender e aprender com o outro; - Encontros mensais com todas as turmas para trocas de conhecimentos de experiências que já estão sendo realizadas: (atividade – música-teatro-canto-etc.) – Planejar e organizar datas.

- Encontros mensais com todas as turmas para trocas de conhecimentos de experiências que já estão sendo realizadas: (atividade – música-teatro-canto-etc.) – Planejar e organizar datas

HTPC – Leitura inicial - Textos mais curtos para terminar em prazo menor Menos tempo de leitura.

Rever Sugestão: Textos curtos, vídeos, brincadeiras, dicas culturais, etc. Proposta de plano trimestral para HTPC – reavaliar a necessidade de aprofundamento ou mudança para um novo tema.

- Circular entre várias linguagens música, arte, texto literário, filme, etc.

2 – PLANO DE FORMAÇÃO.....página 22 do PPP ASSUNTO Opinião - MANHA Opinião - TARDE CONSENSO

HTPC - Ocorreu uma: Divergência (manhã/tarde)

Estudo sobre o Desenho, Artes.

Estudo sobre o desenho – O grupo não viu necessidade.

- Saída cultural dentro do horário de trabalho; - Discutir datas e eventos (dia das crianças); - Trocas de experiências e Planejamento entre os grupos e pares.

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3. FORMA QUE ORGANIZAMOS/PROPORCIONAMOS

.....página 23 do PPP

ESPAÇOS ASSUNTO Opinião - MANHA TARDE CONSENSO

ATELIÊ - - Providenciar um caderno ou prancheta para anotação dos materiais que faltam - Positivo o agrupamento dos materiais lápis de cor e giz de cera classificados por cores – Mais potes das cores /Rever os apontadores; - Falta de materiais para limpeza: panos, papel, sabão.

- Apontamento sobre a falta de materiais

Falta de materiais.

Sala de Referência

- Avanço na reorganização e nas elaborações dos cantinhos; - Disponibilização de cestas organizadoras de material, tornando o ambiente mais funcional; - Entrega de alguns brinquedos novos para as salas.

- Em algumas há falta de brinquedos.

Comprar mais cestas para organizar os materiais nas salas.

Brinquedoteca

- Permanece com os brinquedos mal organizados; - Falta de descarte de brinquedos quebrados; - Brincadeira simbólica – houve duas, Insuficiente para suprir adequadamente a nossa necessidade; - Falta de pessoal, avaliamos que não foi bem sucedida a proposta da montagem das brincadeiras simbólicas.

- Nem todos os brinquedos são de fácil acesso às crianças; - Algumas prateleiras estão fora do campo visual; - Aquisição de materiais para as brincadeiras simbólicas.

COZINHA EDUCACIONAL

- Houve melhoras em relação à limpeza do local, porém ainda faltam conservação e manutenção do ambiente e descarte de alimentos estragados; - Ter um adulto responsável para manutenção e conservação do mesmo; - Plaquinhas em cada espaço de quem é o responsável pela limpeza, com atualização das mesmas.

-Separação dos utensílios dos adultos e das crianças.

- REVER Problema a se resolver em 2017!!!!!!!!!

BANHEIROS

- Significativo a confecção das caixinhas de pertences de banho.

- Necessidade de disponibilização dos materiais de higiene.

Falta de itens de higiene de modo geral – não são repostos em tempo hábil.

CIRCUITO - Sugerimos que o circuito seja montado individualmente, de acordo com a necessidade e adequação de cada faixa etária, de acordo com proposta da educadora, não se tornando uma atividade obrigatória.

- Falta de material; - Não foi feito muitas vezes; -Tornar uma proposta flexível e que atenda as necessidades de cada turma; -Construção de materiais não estruturados para compor o circuito.

- Mantem uma vez por mês o coletivo - Mantem a organização de 2016 para montar;

- Cada professor monta conforme optar.

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ASSUNTO Opinião - MANHA TARDE CONSENSO

Quadra - Mudança de piso.

- Espaço amplo, mas o chão é rústico, dificultando melhor aproveitamento deste espaço (devido a segurança das crianças); - Falta limpeza constante dos azulejos.

Biblioteca

- Conservação e manutenção. - Espaço aconchegante, mas há falta de livros, principalmente os clássicos, livros e DVDs adaptados em LIBRAS.

PARQUE

-Conservação e manutenção. - Limpeza semanalmente.

HORTA - Projeto que deu certo este ano – retomando a utilização do espaço; - Que os canteiros sejam divididos em quantidades iguais para cada turma; - Ampliação do espaço em outros ambientes propícios da escola, ex.: em frente ao teatro, ao lado da sala dos professores.

- Não houve apontamentos.

- Retomar se haverá interesse de trabalho neste espaço.

TEATRO - Poucas propostas desenvolvidas neste espaço; - Promover mais momentos de integração e utilização com as turmas neste espaço.

- Não houve apontamentos.

- Solicitar chave antes.

TEMPO ASSUNTO MANHA TARDE CONSENSO

HTP - Continuar utilizando o período para subsidiar o trabalho (planejamento, preparo de atividades), etc.; - Houve flexibilidade e autonomia para a realização das propostas das professoras; - Ocorreu uma melhora em relação a qualidade do tempo/trabalho e quantidade do tempo para o contraturno.

- Mais tempo para socializar e planejar entre os pares; - Os professores estão mais flexíveis quanto a grade de horário, priorizando os encaminhamentos de cada turma.

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RELAÇÕES MANHA TARDE CONSENSO

- Continua pouco contato com a turma dos surdos; - O horário do HTP continua com pouca troca entre os professores do regular; - Para as professoras do Polo o momento de HTP coletivo foi fundamental para pensar as propostas e encaminhamentos necessários; - A presença da Heide – fonoaudióloga foi fundamental; - Prosseguir incentivando e investindo, para que as famílias respeitem e apreciem, valorizando nosso trabalho; - Ampliar o trabalho de integração e trocas entre as turmas com o contra turno.

- Falta de acolhimento aos novos funcionários; - Dificuldade para parceria com os professores.

- Avaliar a cada 3 meses; - Quinzenal HTP – Polo - Algumas questões trazer no HTPC; - Todas professoras participarem do HTP – Polo. Permaneceu difícil a relação com os adultos, falta de trocas, resistência a mudanças e a ouvir sugestões da coordenação, ocorre falta de parceria e entrosamento entre os professores.

EXPERIÊNCIAS MANHA TARDE CONSENSO

- Continuidade das experiências em relação ao desenvolvimento de atividades contribuindo para a expressão das crianças; - Pouca relação com LIBRAS; - Necessidade de ampliar experiências e relação com LIBRAS; - Ampliação da participação dos surdos em todos os momentos de propostas coletivas; - Melhora no envolvimento das crianças surdas em relação às propostas de trabalho.

- Proporcionamos maiores experiências relacionadas à Arte (dança, teatro); - Continuar proporcionando as experiências relacionadas à Arte; - Mais ofertas de brincadeiras simbólicas e sensoriais; - Buscar novas parcerias com as famílias.

- Pouca oferta de experiências simbólicas e sensoriais (em geral) com água.

3. AVALIAÇÃO DA EQUIPE DOCENTE

TABULAÇÃO E COMENTÁRIOS – 23 AVALIAÇÕES RESPONDIDAS

Este é mais um instrumento de avaliação do Projeto Político pedagógico de 2016 que subsidiará o PPP de 2017. Ao longo do ano já fomos avaliando e agora, diante de tudo o que já foi discutido, vamos concluir neste instrumento.

Com base nos itens abaixo, comente e indique, na sua opinião, os encaminhamentos para 2017:

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ITEM PÁG COMENTÁRIO INDICAÇÃO

Período de Adaptação

52/53

Que cada criança nova tenha esse período garantido durante o ano;

A criança surda começar a adaptação pelo Contra turno foi muito positivo.

Manter (23) Mudar ( )*

Entrada 53 Importante entrar sozinho;

Questão do hino – rever;

Entrada coletiva mensal com troca de atividade;

Cuidado com o acolhimento.

Manter (22) Mudar (01)

*

Hora das refeições

60 Mudança foi positiva, as crianças podem escolher seu recheio;

Tem evitado desperdício;

Uma pessoa colocou que às vezes a criança montar o seu lanche para aprender também é salutar.

Manter (23) Mudar ( )*

*

Dia do brinquedo

79/80

Questão que a coordenação quer discutir. Manter (22) Mudar (01)

*

Estudo do meio

80/85

Muito proveitosa e deveríamos proporcionar mais passeios aos alunos (vivenciar o que pesquisam).

Manter (23) Mudar ( )*

*

Festa de aniversário

80/85

Algumas professoras discutiram a confecção das coroas;

A coordenação quer aprofundar a discussão dessa questão.

Manter ( 23 )

Mudar ( )*

*

Sábados letivos

86 Das 4 pessoas que solicitam mudança, 03 se referem a não haver a compensação de emendas de feriados aos sábados e uma discute que deveria haver mais oficinas e menos apresentações programadas para esses dias.

Manter (19) Mudar (04)

*

Reunião de pais

87/88

Uma pessoa acha que os auxiliares devem participar da reunião;

Uma pessoa achou ruim a reunião do contra turno ser às 14h, pois atrasa a das 15h.

Manter (22) Mudar (01)

*

Atividade de integração 1º

semestre

89 Algumas pessoas colocaram a troca dessa data por manter a semana da criança;

Algumas pessoas gostaram muito da integração entre as crianças.

Propostas diferenciadas para este ano.

Manter (20) Mudar (03)*

*

Atividade de integração 2º

semestre

90 Algumas pessoas colocaram que foi muito interessante receber as crianças com atividades planejadas e que deveríamos ter tido mais tempo de planejamento.

Manter (22) Mudar (01)

*

Festa de

confraternização

91 Algumas pessoas colocaram que o amigo secreto não deu muito certo, mas a maioria gostou muito da proposta;

A proposta de fazer os gelinhos foi muito proveitosa desde a conversa, a escolha do sabor, a confecção, etc.

Talvez rever as atividades no salão, alguém colocou;

Manter (23) Mudar ( )*

*

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ITEM PÁG COMENTÁRIO INDICAÇÃO

Semana de educação POSTER

90 Algumas colocaram que a atividade é muito boa e que deveria – se manter;

Algumas colocaram que a troca do local de exposição foi positiva.

Manter (23) Mudar ( )*

*

REVENDO AS CONCEPÇÕES Ao longo dos últimos anos, nossa equipe vem estudando, se apropriando das novas diretrizes para a educação da infância e nesse caminhar temos buscado meios de aproximarmos nossas práticas às concepções trazidas nos documentos oficiais, nos textos teóricos que estudamos chegando a esta escrita no nosso PPP. Neste momento de avaliação, vamos novamente olhá-las para refletirmos sobre nossas práticas e indicarmos as necessidades de melhor entende-las, melhor traduzi-las em ações efetivas. Para isso, leia uma a uma e reflita sobre sua prática e a da escola como um todo fazendo as considerações necessárias para sempre melhorar sua proposta pedagógica frente ao coletivo da escola, ou seja, como estas concepções estão presentes ou não em suas práticas, o quanto estão próximas ou distantes da proposta da escola, necessidades de alteração no texto, etc.:

CONCEPÇÃO PÁGINA CONSIDERAÇÕES

Concepções pedagógicas Concepção de Educação

35,36 e 37

Todas as pessoa que responderam essa questão acreditam que o texto condiz com a prática da escola, e algumas colocam a questão da LIBRAS e da integração entre surdos e ouvintes ainda um desafio para vencermos.

Concepção de Criança

37 e 38 As pessoas acreditam que estamos caminhando para cada vez mais dar voz e protagonismo às crianças, sendo um exercício cotidiano e de empenho do professor, mas que é gratificante reconhecer nosso avanço! Há duvidas quanto à qual cultura elaborada é essa da qual devemos dispor para apresentar às nossas crianças. – trabalhar mais esse dado!

Concepção de professor

38,39 e 40

As pessoas que responderam acreditam que a nossa concepção de professor está correta, bem escrita e que o desafio é se colocar nessa posição de mediador entre a criança e o conhecimento, se despindo da autoridade da turma que detém o conhecimento e pesquisando junto com as crianças, dando-lhes voz e de fato ouvindo-as.

Concepção do brincar

40 a 43 O brincar de forma unanime é considerado nesta escola como a principal fonte de interação com o conhecimento. Os desafios estão na não escolarização do brincar, e nem no espontaneismo sem intenção. Repertoriar a crianças para o brincar. Explorar todas as possibilidades frente aos ambientes que temos.

AVALIANDO AS EXPERIÊNCIAS PROPOSTAS NESTE ANO ÀS NOSSAS CRIANÇAS Da página 44 à 50 trazemos um registro do desenvolvimento do trabalho pedagógico de nossa escola em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais e até onde nossos estudos puderam alcançar. Para esta avaliação indicamos a leitura destas páginas com destaque especial para as Experiências que promovemos às nossas crianças. Após a leitura, como você avalia:

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EXPERIÊNCIAS PÁGINAS 46 E 47

Me aproximei Explorando mais as diversas linguagens;

Olhar atento;

Protagonismo das crianças;

Explorar as experiências como fonte se conhecimento;

Campos de experiências como orientação para o planejamento;

Manter sempre um canal de afetividade com as crianças;

Ampliação das experiências.

Me distanciei Explorar mais a questão da cultura elaborada;

Trabalho com a diversidade ainda não está legal;

O professor se colocar como coadjuvante no ensino aprendizagem e não como o centro do processo;

Um trabalho mais aprofundado em artes e apreciação de artistas;

Trabalhar mais com outras linguagens como teatro, poesia e etc.;

Dificuldade de estabelecer o protagonismo das crianças;

Ainda estamos presos à grade de horário.

Para 2017... Trabalhar mais as múltiplas linguagens;

Aprofundar nos campos de experiências – refletir sobre;

Protagonismo das crianças;

Interagir mais com as demais turmas – planejar esses momentos;

Trabalhar com projetos interessantes;

Ampliar a escuta atenta às crianças;

Integrar mais o Polo com o Regular nos dois períodos;

Apresentar a cultura elaborada para as crianças;

Romper com a grade de horários como o que define o planejamento.

AVALIANDO O ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS E DE INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

Da página 92 à 96 trazemos um registro de como se dá o acompanhamento das aprendizagens das crianças e os instrumentos metodológicos utilizados para esse fim. Para esta avaliação indicamos a leitura destas páginas com destaque especial para os instrumentos que indicamos abaixo. Após a leitura, como você avalia:

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS E PLANEJAMENTO E REGISTRO

PÁGINAS 92 e 93 Itens 1 e 2 PÁGINAS 94 – 95 Item 2.1

Me aproximei Registrar diariamente sobre a turma, o trabalho;

Registro incorporado à prática docente;

Avaliação inicial pela leitura dos relatórios e observações diagnósticas.

Me distanciei Falta de organização do seu tempo para registrar;

Dificuldade nos registros individuais;

Ausência de interlocução – devolutiva que levassem à reflexão constantes;

Buscar outras formas de registrar para além da escrita.

Faltou avaliações processuais.

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Para 2017... Aprofundar na questão dos registros e apontamentos individuais – RELATÓRIO EM PROCESSO;

Estabelecimento de uma conversa pedagógica e reflexiva do trabalho através do registro x devolutiva x réplica (conversas didáticas);

Extrapolar a escrita como única forma de registro;

Investir nas avaliações processuais e nos portfólios;

Portfólios como avaliação das aprendizagens.

RELATÓRIO INDIVIDUAL DA CRIANÇA

PÁGINAS 96 e 97 Item 2.2

Me aproximei Relatórios como explicitador das aprendizagens de cada aluno;

Observações intencionais sobre cada criança;

Considerar a pessoa que vai ler ao elaborar o relatório.

Me distanciei Relatórios mais voltados para o trabalho desenvolvido pela classe do que para as especificidades de cada criança;

Deixar de usar outras maneiras de registrar o conhecimento, para além da escrita.

Para 2017... Apropriar-se do relatório em processo;

Utilizar diversas mídias como apoio de registro.

- Encaminhamentos formativos para 2017:

Consenso do grupo: Ouvir mais as crianças e saber o que fazer com as informações que elas

trazem /Compreender o quanto é importante tirar o papel centralizado no professor/ Compreensões sobre a questão da fragmentação, sendo importante perceber o quanto os saberes podem fazer relações /O quanto eles se conversam e, então se torna importante passar pelo conflito entre saberes fragmentados para passar a compreender o quanto eles se relacionam/ Importante compreender qual a diferença entre as áreas de conhecimentos e os campos de experiências e o que significa trabalhar por Campos de Experiências / As reflexões sobre esse tema envolvem pensar na questão de segurança do professor em relação a conseguir se arriscar e inovar / Com o processo dos estudos sobre o tema, importante perceber o que cabe e o que não, por exemplo: trabalhar com projetos por meio de etapas; repensar sobre o uso de mesas na sala; repensar a real utilidade em seguir uma grade e um plano semanal / Compreender que se torna necessário seguir as crianças, os seus interesses e não uma grade / Que todas as compreensões dependem de um processo interno / Perceber a importância de resgatar os registros diários para retomar informações sobre o processo do trabalho ao qual está sendo realizado e, também possibilitar perceber como as crianças estão avançando ou não nas aprendizagens, para então repensar a prática docente / Importante buscar pelo foco na criança e não no conteúdo / Por meio dos Campos de Experiências – aprofundar em artes / Ouvir mais as crianças e saber o que fazer com as informações que elas trazem / compreender o quanto é importante tirar o papel centralizado no professor / Compreensões sobre a questão da fragmentação, sendo importante perceber o quanto os saberes podem fazer relações; o quanto eles se conversam e, então se torna importante passar pelo conflito entre saberes fragmentado para passar a compreender o quanto eles se relacionam / Importante compreender qual a diferença entre as áreas de conhecimentos e os campos de experiências e o que significa trabalhar por Campos de Experiências. / As reflexões sobre esse tema (Campos de Experiências) envolvem pensar na questão de segurança do professor em relação a conseguir se arriscar e inovar / Com o processo dos estudos sobre o tema (Campos de Experiências), importante perceber o que cabe e o que não, por exemplo: trabalhar com projetos por meio de etapas; repensar sobre o uso de mesas na sala; repensar a real utilidade em seguir uma grade e um plano semanal; Compreender que se torna necessário seguir as crianças, os seus interesses e não uma grade; Que todas as compreensões dependem de um processo interno; Perceber a importância de resgatar os registros diários para retomar informações sobre o processo do trabalho ao qual está sendo realizado e, também possibilitar perceber como as crianças estão avançando ou não nas aprendizagens, para então repensar a prática docente / Importante buscar pelo foco na criança e não no conteúdo / Por meio dos Campos de Experiências – aprofundar em artes

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III . PLANOS DE AÇÃO

1. Plano De Ação Para A Equipe Escolar

Considerando a importância da participação de todos os envolvidos

(crianças, funcionários, famílias, comunidade) na construção e efetivação do projeto

político pedagógico de nossa escola, nosso plano de ação deste ano será voltado

para a promoção de espaços destinados à discussão e reflexão a respeito das

experiências que serão desenvolvidas com as crianças. Para isso teremos como

estratégia fomentar encontros com diferentes propósitos e público em Reuniões

Pedagógicas, Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), Horário de

Trabalho Pedagógico (HTP) regular e de POLO, reuniões com órgãos colegiados,

reuniões de categorias, reunião com pais.

Nestes encontros as discussões serão baseadas em leituras e reflexões

sobre o currículo proposto neste projeto, buscando sempre estabelecer um diálogo

entre o ponto em que nos encontramos e o que nos propusemos como meta a ser

atingida, trazendo diferentes subsídios teóricos através de textos, vídeos e outros

recursos de acordo com o público e os objetivos de cada encontro.

As ações em parceria com outras escolas que tenham atendimento à criança

surda também serão viabilizadas e incentivadas. Nessa perspectiva destacamos a

continuidade no investimento da formação dos profissionais da escola POLO e sua

participação no curso básico de LIBRAS oferecido novamente pela prefeitura. Este

ano outros funcionários terão a oportunidade de realizá-lo na EMEB Neusa Basseto:

Jaqueline (Oficial de escola), Arlete (Oficial de escola-BEI), Adriana (Apoio), Márcia

(professora substituta-manhã).

1.1 Plano de formação 2017

A formação continuada de professores tem um papel vital na escola, pois é

neste espaço que as dificuldades aparecem, os conhecimentos práticos

pedagógicos se produzem e que o professor reflete sobre sua prática e juntos,

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professores e profissionais de trabalho, buscam soluções para superar suas

necessidades. Dessa forma, Terrazzan e Santos apontam que:

Uma proposta formativa que toma como ponto de partida as necessidades formativas dos profissionais em formação coloca-os como parte integrante desse processo desde o seu início, ou seja, não como meros objetos da formação, mas sim, como sujeitos privilegiados da situação. Terrazzan e Santos, 2007, p. 166-167.

Assim, concordamos com a ideia desses autores de que a análise das

necessidades formativas dos professores lhes possibilita expressar seus interesses,

expectativas, problemas e, portanto, propiciar que se conscientizem a respeito dos

aspectos mais críticos da situação profissional vivida. Além disso, auxilia-os na

compreensão da dimensão social na qual se envolve o processo formativo coletivo.

Logo, é indispensável analisar estas necessidades formativas para promover

mudanças na instituição escolar.

A reflexão sobre nosso plano de formação e a forma como se desenvolveu

ao longo dos últimos anos levou a equipe de professores e gestores à compreensão

de que é necessário nos HTPCs o estudo de referencial teórico que possa ajudar na

reflexão da prática. A equipe ainda aponta como positiva a socialização de práticas,

e o plano para 2017 continua investindo nesta questão para que teoria e prática

caminhem juntas, promovendo a ação-reflexão-ação e assim, qualificar ainda mais o

fazer pedagógico.

Em 2017 daremos continuidade a uma série de encaminhamentos dos

planos anteriores, sempre retomando e aprofundando em temas, por meio de estudo

teórico e reflexão sobre a prática, que nos possibilite compreender e adotar

concepções mais coerentes com as propostas da Pedagogia da Infância.

Entendemos que será preciso estruturar o nosso currículo baseado nos

estudos que foram realizados em 2016 e promover encontros de tematização de

práticas que validem e exemplifiquem o trabalho a que nos propusemos com os

Campos de Experiências, buscando assim uma aproximação entre a teoria e a

prática de nossa escola.

1.2 OBJETIVOS DESTE PLANO PARA 2017:

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● Construir junto com os professores o currículo baseado em Campos de

Experiências conforme encaminhado no ano de 2016.

● Compreender como se dá uma prática pedagógica em conformidade

com as características e necessidades das crianças, baseado nos princípios da

teoria histórico-cultural do desenvolvimento infantil;

● Construir estratégias de aperfeiçoamento da escrita e do

desenvolvimento dos projetos a partir das reflexões sobre o conceito e estrutura

desta modalidade organizativa dentro da perspectiva de interconectividade entre os

campos de experiência;

● Avançar no aperfeiçoamento da escrita dos planejamentos, das ações

de avaliação e sistematização do conhecimento;

● Analisar e construir elementos essenciais para o desenvolvimento de

projetos que levem em conta os interesses das crianças como protagonistas na

construção de seus conhecimentos;

● Brincar como forma de desenvolver a dimensão brincante de ser

professor na Educação Infantil;

● Compreender como a linguagem matemática pode ser desenvolvida

dentro dos princípios já construídos com a equipe de professoras e na mesma

perspectiva das outras linguagens dos campos de experiência.

● Aprofundar os estudos sobre o desenho infantil;

● Continuar a fazer uso do instrumento de registro diário das práticas

docentes e promover o trabalho intelectual da professora a partir do estudo e

reflexão de sua prática desenvolvida na escrita desse diário de bordo.

● Aprofundar a reflexão sobre o uso dos espaços e tempos a favor dos

Projetos e de ações conectadas, proporcionando momentos de reflexão do fazer

docente;

1.3 AÇÕES PROPOSTAS

● Levantamento das necessidades formativas das professoras,

considerando o seu ponto de vista, da Equipe Gestora e a avaliação de 2016;

● Levantamento das necessidades formativas das auxiliares em

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educação, considerando o seu ponto de vista, da Equipe Gestora e a avaliação de

2016;

● Socialização e discussão do Plano de Formação Continuada de 2017;

● Continuar as reflexões sobre os pressupostos teóricos da importância

do Registro do seu fazer pedagógico;

● Dicas culturais e Saídas culturais em HTPC e Reuniões Pedagógicas;

● Acompanhamento sistemático dos diários de bordo;

● Socialização das práticas ( HTPCs, HTPs, reunião de auxiliares e

Reuniões Pedagógicas);

● Leitura de textos (referencial teórico de base para o estudo), vídeos,

debates, leitura do PPP, Diretrizes Curriculares Nacionais Para a educação Infantil

sobre temas relacionados ao desenvolvimento do trabalho pedagógico.

● Avaliação periódica das propostas desenvolvidas e replanejamento das

ações.

1.4 AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO

Entendemos como um dos principais objetivos de uma avaliação “orientar o

processo de tomada de decisões, apontando a trajetória dos sujeitos, seus avanços,

dificuldades, e possibilidades no sentido de indicar novos caminhos a serem

percorridos.” (MEC – 1993:17). Para tal é necessário que se adote uma postura

mediadora que parta do princípio de que cada etapa é altamente significativa e

precedente das próximas conquistas. “Não há como se falar em ação avaliativa

enquanto acompanhamento e mediação, que não aconteça no cotidiano da ação

educativa e que não absorva a dinâmica da construção do conhecimento.” (Jussara

Hoffmann – 2000: 31)

Desta forma, a avaliação do nosso Plano de Formação Continuada será

realizada processualmente pensando na possibilidade de fazer ajustes e modificá-lo

seguindo as necessidades de formação da Equipe de Professores e Trio de Gestão.

No final de cada etapa, analisaremos e discutiremos possíveis mudanças e

adequações na organização desse plano.

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O desenvolvimento do Plano de Formação Continuada também será

acompanhado pelas observações às salas de aula pela Coordenação Pedagógica

fazendo leitura dos planejamentos dos professores e dos relatos (diário de bordo) e

através das discussões e problematizações nos HTPCs.

O princípio de colaboração permeará toda a ação formativa, não havendo

tema ou conteúdo que será decidido unilateralmente, sempre buscaremos as

decisões agregadoras e que contribuam para o bom andamento da prática docente

e o excelente atendimento das nossas crianças. Além das avaliações no processo,

no final do ano sistematizaremos uma avaliação com encaminhamentos para o ano

seguinte onde serão analisados os objetivos e as ações planejadas e sua implicação

nas práticas da escola.

A documentação do processo formativo de nossa escola, atas das reuniões,

fotos, vídeos, entre outros, serão de fundamental importância para fornecer dados

para a avaliação.

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2. Plano De Ação Dos Órgãos Colegiados

2.1 PLANO DE AÇÃO DA APM

Objetivos Ações propostas

Conhecer a proposta de

trabalho da Escola e

atuar dentro dos

princípios da gestão

democrática

Participar da formação e das atividades desenvolvidas

nas reuniões com o Conselho de Escola

Desenvolver uma boa

gestão dos recursos

financeiros para garantir

a viabilidade do Projeto

Político Pedagógico da

escola.

Elaborar e acompanhar o Plano de Aplicação de

Recursos financeiros;

Acompanhar e aprovar a prestação de contas,

observando a legislação vigente;

Atuar de forma democrática e transparente na gestão

das verbas e recursos da escola

Manter toda a

comunidade informada

sobre o trabalho da APM

através da transparência

nas ações.

Expor, nos vários murais da escola, a prestação de

contas (trimestralmente);

Informar sempre que necessário as ações através de

bilhetes e cartazes;

Informar através da agenda dos alunos as datas das

reuniões;

Dar esclarecimentos nas reuniões de pais.

Convidar os demais pais para participar das reuniões.

Utilizar o Blog para envolver os pais e comunica-los

das ações da APM e CE.

Contribuir com a equipe

gestora para manter o

prédio escolar bem

conservado e adequado.

Definir e executar as manutenções necessárias

Trabalhar para a melhoria do prédio atuando frente à

Prefeitura para representar a comunidade nas

solicitações.

Colaborar para a

integração escola-

comunidade.

Participar na elaboração das atividades oferecidas a

comunidade, junto com o Conselho de Escola, bem

como garantir os recursos necessários para as

atividades referentes aos Projetos, Eventos Coletivos,

Blog, estudo do meio, Projeto coletivo das mulheres

brasileira na Arte e outros específicos das turmas, que

necessitarão de material específico a ser adquirido.

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2.2 PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA

Objetivos Gerais e específicos

Ações propostas

Analisar e definir o calendário escolar

Analisar as propostas, sugerir e definir o calendário escolar dentro dos limites estabelecidos pela SE.

Acompanhar a construção do Projeto Político Pedagógico bem como o desenvolvimento das ações propostas neste documento garantindo sua efetivação. Colaborar com a Unidade escolar na busca de soluções para os problemas.

Conhecer e contribuir com a construção do documento PPP e a proposta pedagógica da escola através da participação nas atividades de formação dos conselheiros;

Discutir e propor ações para o Plano de ação do Conselho de Escola contido no PPP a partir do levantamento de expectativas de cada representante quanto à atuação no Conselho deste ano;

Analisar as propostas da escola para as atividades a serem realizadas aos sábados com as famílias e comunidade;

Analisar, propor e avaliar as atividades da Semana da Criança, festa de encerramento e outras atividades comemorativas da escola.

Discutir coletivamente conteúdos formativos que ofereçam conhecimento para qualificar as ações do Conselho de Escola nas tomadas de decisão e acompanhamento do trabalho escolar.

Observar a rotina da escola para detectar problemas e propor soluções.

Definir os conteúdos a serem discutidos nas reuniões mensais a partir das necessidades formativas levantadas pelo grupo.

Envolver a equipe da APM e do Conselho de Escola nas atividades e projetos com as crianças

Oficina de brinquedos

Teatro

Projeto coletivo: As mulheres brasileiras na Arte

Blog

Demais atividades coletivas e eventos da escola com participação da comunidade

Acompanhar o projeto político pedagógico da escola para qualificar a atuação do Conselho de escola e da APM.

Roda de conversa sobre a proposta pedagógica da escola. (Mensal)

Atender as convocações para avaliações e demais impasses que posam solicitar a intervenção do Conselho de Escola.

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IV . CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS

Concepção é uma maneira pessoal de enxergar, sentir ou compreender algo,

conhecimento, ideia, opinião sobre alguma coisa. No cotidiano escolar, todas as

ações são pautadas em concepções que temos de homem, criança e educação.

Assim, é importante refletir sobre elas sempre que temos escolhas a fazer. As

experiências que escolhemos promover para as crianças, a forma como elas

ocorrerão, o que esperamos das famílias, enfim, todas as nossas ações estão

fundamentadas nas concepções que assumimos e ter clareza destas opções é

fundamental para o desenvolvimento de um trabalho crítico e intencional como o

realizado na escola.

De acordo com Santo Neto (2004) 2 é fundamental termos consciência de que a

concepção de ser humano que se tem e que é construída ao longo da vida do sujeito,

é definidora de outras opções que são feitas nos mais diferentes campos do pensar e

do agir humano. Logo, da concepção de ser humano que o sujeito assumir dependerá

a sua opção política, a sua opção educativa, sua opção econômica, a sua opção

ética, sua opção religiosa e todas as demais, ou vice-versa: a opção política (e

educativa, e social, e econômica, etc.) traz embutida em si uma determinada maneira

de pensar, de ver o ser humano. Sendo assim, pretendemos demonstrar neste plano

as concepções assumidas por esta equipe para que seja possível compreender todas

as ações que realizamos.

1.Concepção de Educação

Toda criança tem direito à educação. Essa educação é sistematizada pela

escola de educação básica, objetivando seu desenvolvimento integral envolvendo

seus aspectos: físico, emocional, afetivo, cognitivo e social, pelo qual, cada um se

relaciona com o ambiente, com o outro e com a sociedade, cresce e se constitui

2

SANTOS NETO, Elydio dos. Filosofia e prática docente: fundamentos para construção da concepção pedagógica do professor e do projeto político-pedagógico da escola. Texto apresentado no Encontro Internacional de Filosofia, RJ, 2004.

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como pessoa de modo progressivo. Neste sentido, a educação excede o espaço da

escola e incide na totalidade da vida da criança. Assim, sem desconsiderar seu

fundamental valor, a escola deve ser um lugar privilegiado para o desenvolvimento

das capacidades individuais e coletivas das crianças e para sua análise crítica da

sociedade.

Esta concepção de educação acima exposta respeita os fundamentos

norteadores trazidos pelo Artigo 3º Inciso I da Lei de diretrizes Curriculares

Nacionais (1999):

A) Princípios Éticos da Autonomia, da responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao bem Comum; B) Princípios Políticos dos direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática; C) Princípios estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.

Baseada em estudos e pesquisas atuais da Pedagogia da Infância a escola

adota a concepção pedagógica resultante das teorias de Vygotsky e Wallon, entre

outros, por acreditar que as ações pautadas nesta concepção darão o suporte

necessário para o desenvolvimento pleno das crianças dentro dos princípios

descritos acima.

A sociedade está mais consciente da importância da Educação infantil

institucional. A partir de amplo debate nas diversas esferas da nação, traduziu-se em

leis o desejo desta sociedade em investir na formação das crianças pequenas

escolhendo a escola como o espaço adequado e de direito para esta formação.

A escola pensada como adequada para a criança pequena se constitui como

espaço privilegiado para a produção da cultura da infância, pois é na interação entre

as crianças e através das brincadeiras que essas culturas circulam. A escola, neste

sentido, através da diversidade constitui-se como um universo rico de possibilidade

de interações culturais, e, portanto, de promoção de desenvolvimento.

Uma escola para crianças pequenas deve ser organizada de modo a garantir

os direitos fundamentais das crianças, portanto o cuidar e o educar estão

indissociáveis e toda a equipe escolar deve estar envolvida nesta tarefa. Deve ser

acolhedora, bonita, agradável, com espaços e materiais à disposição de sua

curiosidade e atividade. Deve promover através da brincadeira momentos ricos de

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interação e troca onde a diversidade possibilite a circulação de culturas, a produção

de conhecimentos e a formação da identidade.

Considerando que as diferenças são fundamentais para promover um convívio

rico de experiências, a escola-polo reafirma os princípios da Educação Inclusiva e

busca possibilita a todas as crianças o acesso a outras formas de comunicação e

novas possibilidades de aprendizagens através da circulação da LIBRAS.

Entendemos como essencial para a qualidade da educação que oferecemos às

nossas crianças a parceria entre a equipe escolar e as famílias. Portanto, é

fundamental que as famílias estejam seguras em relação ao nosso trabalho e

acompanhem o desenvolvimento das nossas ações.

2. Concepção de Criança

Nossa proposta pedagógica é fundamentada numa concepção de criança na

qual ela é vista como sujeito cultural, capaz de conhecer e produzir cultura através

das trocas significativas com os que estão ao seu redor. Compreender a natureza

singular de cada criança, como um ser que sente e pensa o mundo do seu jeito, com

direitos a serem garantidos através do respeito a sua individualidade é um desafio

da educação infantil e de nossos profissionais. Dessa forma, tendo em vista que

essa criança é um ser social, que tem acúmulo de conhecimentos adquiridos ao

longo de sua vida, esta equipe organiza esses conhecimentos fornecendo elementos

da cultura “mais elaborada” para tornar rico o seu desenvolvimento através do papel

ativo e participativo da criança neste processo.

Através da proposta lúdica afirmamos a visão que temos de criança como

alguém que vem carregado de energia, curiosidade, sensibilidade onde a

imaginação, a fantasia e o encantamento são elementos constitutivos da sua

formação.

Temos discutido e reafirmado o papel da brincadeira como atividade essencial

das crianças e, assim, o papel da escola na garantia do direito da criança em viver

sua infância. Desta forma, todo o trabalho desenvolvido com essa criança visa

contribuir na formação de ser humano, autônomo, crítico, investigador, capaz de

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dialogar e ser conhecedor de princípios e valores do bem comum. Valores estes,

pautados no princípio da diversidade onde cada um é um ser único, e assim deve

ser acolhido e respeitado em suas diferenças.

3 Concepção de professor

Para poder estudar a criança, é preciso tornar-se

criança. Quero com isso dizer que não basta observar

a criança, de fora, como também não basta prestar-se

a seus brinquedos; é preciso penetrar, além do círculo

mágico que dela nos separa, em suas preocupações,

suas paixões, é preciso viver o brinquedo. E isso não é

dado a toda gente. Roger Bastilde,“Brasil”: terra de contrastes,4.

Ed., São Paulo, Difusão Europeia do livro,1974

Nos últimos anos a educação tem sido tratada como ciência e,

consequentemente, crescem os estudos sobre o desenvolvimento e a educação das

crianças pequenas. A escola passou a ser então o centro destes estudos. A partir

das novas descobertas o papel do professor nesta etapa da educação básica

passou a ocupar um lugar central uma vez que é o responsável pela formação da

inteligência e da personalidade dos seres humanos. Passa a ter um trabalho

fundamentalmente intelectual, ou seja, investiga e produz conhecimento. Nesta

perspectiva algumas características são necessárias para o novo desafio da

profissão docente: ter abertura para repensar as concepções e princípios que

norteiam seu trabalho, refletir sobre a prática dialogando com uma base teórica que

a sustente, observar e registrar suas descobertas para o autodesenvolvimento e

construção de uma nova pedagogia.

Perguntado as professoras sobre como veem o professor da educação infantil,

destacaram algumas características que julgam importantes em vários aspectos

como explicitaremos a seguir.

No campo das relações, acreditamos que ao trabalhar com crianças pequenas

a criação de vínculo com a turma é fundamental e para tanto são necessárias as

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seguintes características: saber ouvir estando atentas as falas e ações dos

educandos nos vários momentos da rotina; ser compreensivo, carinhoso, paciente,

flexível, sensível e bem humorado.

Em relação à construção de conhecimentos, destacamos a importância das

boas mediações, do respeito às especificidades de cada um para agir de forma

inclusiva e também o papel de estimular a expressão das crianças nas diferentes

linguagens, despertar a curiosidade e a experimentação.

Em nossa escola, todos reconhecemos o papel do professor como mediador

entre a criança e o conhecimento. Conhecimento este que é construído na relação

com a cultura mais elaborada, considerando seus desejos e necessidades. Para isso

a professora tem o papel de mediar às atividades que devem ter sentido e

significado para as crianças, bem como organizar e disponibilizar espaços, materiais

e tempo de forma a favorecer as situações de aprendizagem e conhecimento de

mundo.

Por se tratar de educação infantil, a ludicidade deve permear todo o trabalho e

para isso o professor precisa ter disposição para cantar, brincar, simbolizar, partilhar

e vivenciar as múltiplas experiências culturais com suas crianças.

Um professor aberto e disposto a interagir, brinca junto e intervém na

construção das relações que, como sabemos, é um grande desafio na escola da

infância uma vez que é neste espaço coletivo que aprenderão a lidar com a

diversidade e os desejos do outro.

Partimos do pressuposto de que para atender as crianças pequenas é

fundamental a parceria com a família e, portanto, estar aberto ao diálogo e passar

segurança e credibilidade é essencial para um bom relacionamento escola – família.

Um item muito bem lembrado por uma das professoras: para ser um bom

professor de criança pequena é preciso muita criatividade e disposição física para

acompanha-las!

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4. Concepção do Brincar na Educação Infantil

O brincar envolve múltiplas aprendizagens e não é algo inato ao ser humano,

aprende-se a brincar desde muito cedo e nas relações que os sujeitos estabelecem

com o outro e com a cultura. Brincar requer aprendizagens, mas também constitui

um espaço privilegiado de aprendizagem. Brincando a criança ultrapassa o seu

desenvolvimento já alcançado e é impulsionada a conquistar novas possibilidades

de compreensão e de ação sobre o mundo. O plano informal das brincadeiras

possibilita a construção e ampliação de competências e conhecimentos nos planos

da cognição e das interações sociais, o que certamente tem consequências na

aquisição de conhecimento no plano da aprendizagem formal. É brincando que se

aprende a brincar. É interagindo com os outros, observando-os e participando das

brincadeiras que a criança vai se apropriando tanto dos processos básicos

constitutivos do brincar como dos modos particulares de brincadeira, ou seja, das

rotinas, regras e universos simbólicos que caracterizam e especificam os grupos

sociais em que nos inserimos. É lugar de cultura, portanto. A escola, por sua, vez, é

hoje, fundamentalmente, o lugar para a cultura da infância.

Nossa equipe também já foi criança...

A brincadeira sempre esteve presente em nossas vidas, seja quando éramos

crianças, brincando nos quintais, nas ruas, na escola. Em nossas lembranças, vêm

as imagens do tempo de infância.

Os vizinhos se conheciam e convivíamos mais com outras crianças.

Brincávamos na rua, nas casas dos vizinhos e o brinquedo era menos importante.

Fazíamos representações do que víamos os adultos fazerem. As mães, por estarem

mais disponíveis, sempre nos ajudavam no brincar fornecendo “comidinha”. Na rua

todos brincavam juntos, independentemente da idade. Um ensinava o outro. Não

havia diferença de gênero.

Costumávamos brincar mais de jogos e brincadeiras coletivas como queimada,

amarelinha, alerta, boca de forno.

Os brinquedos eram mais contemplativos. Eles faziam tudo sozinhos e logo

não tínhamos paciência. Utilizávamos a imaginação com os objetos fugindo de suas

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funções, por exemplo, usávamos caixas de papelão como barco, fogão, casa, berço,

carrinho...

Simbolizávamos com objetos e eles complementavam a interação com outra

criança. Hoje os brinquedos são em sua maioria “interativos”. Pressupõe-se que a

interação então, seja criança-brinquedo, eliminando ou diminuindo a interação com

outras crianças.

Brincar na escola...

Há alguns anos, a brincadeira na escola se limitava ao horário de quadra e

parque. A partir de estudo, formações, começamos a refletir sobre a importância do

brincar e começaram a surgir novas experiências que possibilitaram a ampliação de

repertório de brincadeiras que passaram a acontecer em outros lugares da escola e

em outros momentos da rotina. Um exemplo foi a atividade diversificada que

acontece na sala de aula e a partir daí surgiram os “cantinhos” possibilitando o faz

de conta dentro da sala.

A escola foi ganhando novos espaços para possibilitar o brincar. A Biblioteca

ganhou fantoches, a sala de Educação Tecnológica, sala de brinquedo que se

tornou “Brinquedoteca” e que agora, em 2016, nossa equipe está reorganizando

este espaço para qualificar ainda mais as brincadeiras a partir do que estamos

estudando e ouvindo das crianças.

Há alguns anos havia uma casinha de alvenaria para possibilitar momentos de

brincadeira, mas foi trocada por sala de aula e depois, se tornou um ateliê de arte. A

brincadeira de “casinha” hoje é proporcionada no espaço fora do ateliê e no parque

com a compra de uma casinha grande.

Acreditamos que o brincar não pode ser apenas em um momento dentro da

rotina. Ele deve permear todos os momentos do dia. É no brincar que se promove a

interação e a socialização das crianças, levando-as a um avanço do que já sabem e

do que podem aprender. Segundo Vygotsky, na brincadeira de papeis ocorre a Zona

de Desenvolvimento Proximal.

Através da brincadeira a criança é inserida na cultura, é capaz de vivenciar

papéis, solucionar conflitos internos, além de instigar a imaginação e a capacidade

simbólica. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (

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MEC/SEB, 2010) a brincadeira é colocada como eixo norteador das práticas

pedagógica, como descreve:

Eixos do currículo: As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e as brincadeiras. ( MEC/SEB, 2010, p.25)

Na escola, é preciso pensar qual nosso papel na brincadeira. É nessa hora que

entra o papel do professor que deve atuar com intencionalidade pedagógica e ser

um mediador para que a aprendizagem seja significativa. Ouvindo as crianças,

observando como brincam, om professor pode contribuir para ampliar a brincadeira,

compondo cenários, ampliando as narrativas das brincadeiras. O professor também

ajuda promovendo o encontro das crianças para serem parceiras nas brincadeiras.

Nosso compromisso com o brincar. Avançar...

Podemos ampliar as possibilidades de avanços nas brincadeiras,

disponibilizando os materiais pensando no que as crianças poderão aprender com a

brincadeira. A escolha dos objetos e materiais é importante na hora de promover a

brincadeira entre as crianças.

Nós, professoras devemos pensar em como intervir, como organizar o espaço,

os objetos e horários, pois, não é suficiente disponibilizar os brinquedos e jogos sem

ambiente para estabelecer modalidades interativas para um melhor desenvolvimento

cognitivo. A aprendizagem vem através da experimentação que a brincadeira

propicia.

É fundamental pensarmos em como iremos mediar a brincadeira. É preciso

reconhecer o valor dos objetos, do ambiente, da organização e, principalmente, de

como vai acontecer a mediação.

Caminhamos no sentido de compreender a brincadeira como a atividade

principal das crianças, sendo um dos eixos norteadores das práticas pedagógicas da

escola conforme trata o documento “Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil”. Estamos coletivamente, revendo como podemos mediar a

brincadeira para avançar qualitativamente as experiências das crianças e a

construção de enredo. O que promovemos no parque, na brinquedoteca, no salão,

no anfiteatro, nas salas, entre outros espaços, estamos problematizando e refletindo

por meio das devolutivas no Diário de Bordo, nas conversas em HTPs e HTPCs.

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V. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.

1. PRINCÍPIOS

Segundo o artigo 6º da resolução nº 5,de 17 de dezembro de 2009, ao

propostas pedagógicas devem respeitar os seguintes princípios:

I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao

bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e

singularidades.

II – Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à

ordem democrática.

III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de

expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

2. OBJETIVOS

A escola tem seu trabalho pedagógico pautado principalmente de forma a

atender aos objetivos da Educação no Brasil, estabelecidos na Lei 9.394 de

20/12/1996 – LDB -Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, e pela lei

11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para

a Educação Infantil – Resolução n°5, de 17 de dezembro de 2009, que articulam - se

as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios,

fundamentos e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Educação, a fim

de orientar as políticas publicas quanto à elaboração, planejamento, execução e

avaliação de propostas pedagógicas e curriculares da Educação Infantil.

2.1 Objetivo da Educação Básica e Da Educação Infantil LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Capítulo II

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Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Seção II

Da Educação Infantil

“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a

cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino

Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade.”

- Resolução nº5,de 17 de dezembro de 2009

“Art. 8º. A Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança o acesso a

processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e

aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à

liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à

interação com outras crianças.”

3. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO, EXPERIÊNCIAS E RELAÇÕES.

“O que estou te escrevendo não é para se ler – é para se ser. [...] Vim te escrever, quer dizer, ser.”(Lispector, 1998, p.33-34)

Uma vez definido nas “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil”, temos como proposta pedagógica garantir que as crianças tenham

experiências integradas nos diferentes campos de experiências, tendo como eixos

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norteadores as interações e as brincadeiras, assim como define a Resolução nº

5/2009:

Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da

Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira,

garantindo experiências que:

I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de

experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação

ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo

domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,

dramática e musical;

III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação

com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros

textuais orais e escritos;

IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,

medidas, formas e orientações espaço temporais;

V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e

coletivas;

VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da

autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e

bem-estar;

VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais,

que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e

reconhecimento da diversidade;

VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a

indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao

tempo e à natureza;

IX - promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas

manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança,

teatro, poesia e literatura;

X - promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da

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biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não

desperdício dos recursos naturais;

XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e

tradições culturais brasileiras;

XII - possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas

fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.

Parágrafo único - As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de

acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e

particularidades pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas

experiências.

3.1 Repensando O Percurso Do Trabalho Pedagógico Nos Últimos Anos...

Os anos se passaram e novos documentos foram estudados, surgindo os

movimentos de pesquisadores pensando nas pedagogias da infância e nas

mudanças necessárias tendo como foco a criança. Foi-se mudando o olhar para a

criança que começou a ser vista como ativa, produtora de cultura, protagonista,

sujeito histórico social, enfim, a criança como sujeito de direitos. A partir dos anos de

2011 e 2012, a participação de algumas professoras no curso de Pós Graduação da

USP proporcionado pela Secretaria de Educação, implicaram em reflexões sobre as

ideias discutidas no curso e o movimento da escola foi o de começar mudanças

significativas.

Com estas mudanças e o investimento na formação do professor, a equipe

passou a sentir a necessidade de organizar projetos interdisciplinares e não tendo

mais como ponto de partida as áreas de conhecimento segmentadas.

Atualmente estamos buscando trabalhar com as várias linguagens,

oferecendo as crianças experiências nas quais possam se expressar tendo acesso à

cultura mais elaborada, que tenha função social, com a participação das crianças e

com parceria entre as diferentes faixas etárias. Portanto, estamos construindo uma

nova história a cada ano e não cabe mais organizar o trabalho por áreas de

conhecimento e sim por campos de experiências. Tendo tudo isso em vista o

trabalho de formação desde o ano passado está voltado para a elaboração de um

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novo Currículo a partir dos estudos com foco em teóricos como: Julia Oliveira

Formosinho que trata da Pedagogia da participação, Maria Carmem Barbosa, entre

outros, além do estudo da Base Nacional Curricular em construção e de autores que

discutem esta temática.

Repensando a forma como organizamos os espaços e tempos no cotidiano,

estamos discutindo e modificando a cada ano, a grade de horário de uso dos

espaços. Em nossa escola, é comum que cada professor receba uma grade pré-

estabelecida contendo os horários para uso dos espaços, bem como de atividades

permanentes como lanche, parque e escovação, no início do ano letivo.

Compreendemos a importância de uma organização para que todas as

turmas compartilhem os espaços de maneira igualitária, toda via, há tempos nosso

grupo vem num movimento de rever e repensar esta grade, almejando a que esta

tenha flexibilidade para que os espaços sirvam aos interesses da experiência, e não

o contrário. Isto ocorreu porque nossas concepções de educação, num todo,

caminharam para a crença de que é preciso que haja respeito aos tempos em que a

criança está de fato em atividade, e para garantir que o uso do espaço seja para a

construção de conhecimento, que seja significativo, deixando de lado, o uso para

cumprimento de cronograma. Ou seja, o espaço a serviço do aprendizado.

A verdadeira experiência está na combinação “daquilo que as coisas nos

fazem” e “daquilo que nelas podemos fazer”. (PINAZZA, 2014, p.27)

O uso de cada espaço, as experiências que eles possibilitam e as

mediações do professor serão descritas neste PPP em item específico.

Pensando em nossa trajetória, não propomos uma reestruturação da grade,

mas sim sua ruptura, deixando apenas estabelecidos horários para lanche e, talvez,

parque, porém, para algumas professoras, ainda devemos manter alguns horários

garantidos, com a indicação de que, no dia-a-dia, considerando a participação das

crianças no planejamento, estes horários serão alterados.

Dessa forma, a organização do tempo e dos espaços nas unidades deve

privilegiar as relações entre as crianças com a mesma idade e também de faixas

etárias diferentes, suas escolhas e autonomia, a acessibilidade aos materiais, o

deslocamento pelas salas e outras dependências da instituição e fora dela. (SÃO

PAULO, 2013, p.12)

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A organização desses espaços distribuídos dentro da rotina semanal é

realizada pela professora e coordenadores pedagógicos buscando considerar as

características do desenvolvimento infantil em cada faixa etária e de acordo com os

objetivos da proposta.

O tempo não pode ser fragmentado. Deve ser fundamentado nos princípios

de uma pedagogia que coloca os bebês e as crianças no centro do Projeto Político

Pedagógico, contemplando necessidades, desejos e participação no planejamento.

(Orientação Normativa n°1- SINESP)

Para organizar o trabalho pedagógico no cotidiano o estruturamos de acordo

com as modalidades organizativas:

ATIVIDADES PERMANENTES: são aquelas que respondem às

necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de prazer para as crianças,

cujos conteúdos necessitam de uma constância regular que pode ser diária ou

semanal.

ATIVIDADES SEQUENCIADAS: são planejadas e orientadas com objetivo

de promover uma aprendizagem específica e definida. São sequências de atividades

com intenção de oferecer desafios com graus diferentes de complexidade para que

as crianças possam ir paulatinamente resolvendo problemas a partir de diferentes

proposições.

PROJETOS: são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos

específicos e aprofundados, interdisciplinarmente, construídos a partir de um dos

eixos de trabalho que se organiza ao redor de um problema para resolver. Temos

como desafio envolver as crianças ao máximo como protagonistas destes projetos,

desde o planejamento até o final. Para isso a escuta atenta das professoras para

detectar interesses é fundamental. Os projetos podem envolver as famílias, a

comunidade do entorno, promover visitas ao entorno da escola e a locais para

pesquisa como museus, teatro, etc. Ao longo do desenvolvimento dos projetos, as

crianças terão a oportunidade de expressar as descobertas por meio de pequenas

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exposições, apresentações para outras turmas, convite às famílias, apresentação

em reuniões de pais. Registrando todo este percurso.

ATIVIDADES INDEPENDENTES: São aquelas que não foram planejadas a

princípio, mas que fazem sentido num dado momento.

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3.2 Calendário Escolar

3.3 Adaptação

A equipe escolar planejou o período de adaptação baseando – se na

experiência do ano anterior, o PPP desse mesmo ano e seguindo a orientação da

Secretaria de Educação. Tivemos como princípio preparar atividades e organizar a

escola a fim de acolher as crianças de forma a conquista-las, apoiá-las em suas

necessidades e construir uma relação de confiança com suas famílias.

A rotina foi planejada de modo a oferecer atividades atrativas e acolhedoras

para estabelecer a criação de vínculos afetivos com os novos colegas e com a

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professora. Para receber as crianças no primeiro dia as salas foram organizadas

com propostas diferentes como diversificadas com brinquedos ou desenho com

meios secos. Apenas as turmas de Infantil II e Infantil III, as crianças mais novas da

escola, foram divididas em dois grupos e tiveram a permanência de 2 horas cada

grupo nos dois primeiros dias. Acreditamos que, com um número menor de crianças,

elas se sentiriam mais seguras. A partir do quarto dia a turma toda ficou junta, ainda

por metade do período e desta forma foram se acostumando com o ambiente e com

as demais crianças de forma gradativa e mais tranquila. O período total de

adaptação foi de 7 dias letivos.

As turmas do Infantil IV e Infantil V tiveram horário reduzido também para

metade do período. O período de adaptação também ocorreu por um período de 7

dias letivos, o que foi bom pois acostumaram-se à nova turma e à nova professora.

As crianças com surdez iniciaram sua adaptação frequentando o AEE de

libras no contra turno e, frequentando a escola das 9h às 11h, durante os três

primeiros dias, nos próximos três dias eles permaneceram na escola das 9h às 15h

e, a partir de 15/02/17 ficaram no período integral na escola.

Durante o período de adaptação as famílias entraram e buscaram as crianças

na sala referencia e somente após a adaptação das crianças à escola; e depois de

garantida a segurança das crianças em frequentarem nosso ambiente escolar é que

passaram a entrar sozinhas.

A reunião de pais que ocorreu no dia cinco de fevereiro foi positiva, segundo o

grupo. Realizou-se uma recepção a todos os pais no anfiteatro da escola.

Durante o período que estavam sem crianças os professores dedicaram-se ao

atendimento e entrevista com os familiares para juntar o máximo de conhecimento

sobre as crianças e também ao planejamento do trabalho, já que neste ano não

houve esse período de planejamento antes do inicio das aulas.

Nossa escola oferece espaços agradáveis e materiais diversos. Pensamos a

rotina desse período de forma a oferecer aos poucos o conhecimento de cada

espaço e suas possibilidades, planejando cuidadosamente a ida a cada um deles ao

longo do mês de fevereiro, para que as crianças possam ir se apropriando de tudo o

que a escola lhes pode oferecer.

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3.4. Entrada

As crianças entram sozinhas e dirigem-se diretamente para suas classes onde

sua professora as aguarda com a sala organizada para a primeira atividade do dia.

Após o acolhimento a professora organiza a rotina com as crianças com apoio de

imagens para que possam desenvolver noções de tempo e espaço, antecipar seus

pensamentos e fazer escolhas, propondo atividades desde que pertinentes ao

planejamento. No horário de entrada das crianças o acolhimento é recepcionar bem

a criança e isto pode ser feito oferecendo música, dança, ou propondo os cantos da

sala como possibilidade.

3.5. Atividade Diversificada

Por ser uma atividade muito importante e que necessita da participação e

intervenção constante do professor este deve eleger o horário mais apropriado para

essa oferta.

O desenvolvimento da autonomia é um objetivo presente em muitos

momentos da rotina e é intensificado através da atividade diversificada.

Serão oferecidos materiais variados e cantos para que as crianças possam

fazer suas escolhas. Essa escolha trará, consequentemente, atitudes de

responsabilidade com o material escolhido, utilizando-o adequadamente e

guardando-o no momento e local determinados. Através da escolha individual será

proporcionada a formação de grupos variados, possibilitando maior socialização

entre as crianças a partir do momento em que ela escolherá o que fazer e com

quem.

É interessante variar a oferta de materiais e jogos, pois o professor poderá

perceber as preferências e atitudes do grupo, assim, como o processo de

construção de cada criança. Por meio das atividades diversificadas o professor

observará o interesse das crianças, como trabalham em equipe, o que falam, o que

querem saber, fornecendo assim, indícios daquilo que gostam, do que prende sua

atenção, para que a professora possa elaborar projetos. Este momento possibilita ao

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educador orientar, participar e fazer as mediações necessárias para garantir e

enriquecer as experiências das crianças.

3.6 Sala de referência

A sala de referência da turma, além de acolher, é um espaço de troca assim

como qualquer outro espaço da escola, ajudando a estabelecer relações de acordo

com sua organização. As muitas possibilidades de organização, os variados

materiais e a interação entre o professor e a criança e criança - crianças enriquecem

o processo de aprendizagem. As várias experimentações que as crianças poderão

fazer e a cultura e o conhecimento que produzem são sistematizados também nesse

espaço de convivência.

Esse espaço vem sendo reorganizado a cada ano e atualmente temos a sala

de infantil II que foi reorganizada e conta com cantinhos diferenciados como cozinha,

sala, almofadas para leitura, apenas uma mesa para atividades com grupos

menores, armário para materiais e brinquedos, e baús que servem também como

apoio para brincadeiras. Foi pintada com cores diferenciadas e está sempre em

mudança para se adaptar as necessidades das crianças menores e as suas

propostas de brincadeira. Já as outras salas contam com cantinhos de brincadeiras,

cantinho de leitura, mesas e cadeiras para todos, além do armário para materiais e

brinquedos.

O espaço das salas vem sendo reorganizado a cada ano, tornando o

ambiente mais acolhedor, com novos cantos de experiências como na sala do

infantil II que ganhou um palco para brincar de cantar, brinquedos novos como

canos para queda de materiais e experiências de tempo, utiliza-se muita sucata para

essas brincadeiras e brinquedos como caixas de papelão e tampas de diferentes

garrafas para fazer instalações e brinquedos temporários e ou fixos. Esse trabalho

conta com o professor para confeccionar ou trazer a proposta e também como

mediador.

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O momento na sala nos auxilia a ouvir mais a criança e que, por conseguinte,

nos ajuda a criar novos cantinhos e a ambientar essa sala, esse vem sendo um dos

focos de trabalho não só da sala, mas também da escola, mas cabe ao professor ter

esse olhar e estar em constante transformação.

A sala de LIBRAS também está organizada de forma a possibilitar o trabalho

em pequenos grupos, tapete aconchegante para rodas de conversa e

computadores, impressoras para uso com as crianças. Conta também com uma sala

ao lado para as crianças descansarem após o almoço, com colchões individuais.

Espaço Coletivo: SALA REFERENCIA Responsabilidade:

Alunos Responsabilidade:

Professores Responsabilidade: Equipe De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Guardar brinquedos depois do uso bem como os materiais coletivos e individuais, sob orientação da professora;

Respeitar as normas, combinados e espaços;

Cumprir regras e combinados da turma;

Respeitar o trabalho das turmas do outro período.

Manter seus materiais organizados e cuidar da estética da sala em parceria com a outra professora;

Respeitar o espaço da colega;

Estabelecer combinados com quem divide a sala;

Avisar a equipe de apoio quando houver necessidade de limpeza (extraordinárias);

Estabelecer com os alunos os combinados de uso e respeito do espaço.

Manter a sala sempre limpa;

Atender prontamente às solicitações das professoras quando houver alguma emergência (xixi, vômito, água derramada, etc.);

Combinar com a professora a melhor hora para a faxina semanal.

Garantir e supervisionar se os combinados estão sendo cumpridos;

Promover a manutenção dos materiais e mobílias, troca de lâmpadas e compra de livros, brinquedos, etc. desde que avisada e se houver verba disponível.

3.7 Ateliê de artes

É um espaço no qual podem ser realizadas propostas para subsidiar os

trabalhos em desenvolvimento com as crianças em sequenciadas e projetos. Para

isso o mobiliário e a disponibilidade dos materiais e recursos servem de facilitadores

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neste processo, como: computador, Data Show, mobiliário, meios e suportes que

favorecem tanto o trabalho individual como em grupos. Portanto, tendo como

objetivo promover as diferentes linguagens e o acesso à cultura mais elaborada, o

ateliê pode ser utilizado como um rico ambiente para a exploração da linguagem

plástica.

Para que as crianças se sintam mais a vontade durante a realização de

suas produções com meios aquosos, poderão utilizar os aventais de uso coletivo

disponíveis no armário que são limpos a cada uso. A utilização do espaço deve

favorecer o desenvolvimento de procedimentos de organização, tais como: manter a

bancada arrumada, recolher adequadamente os pincéis, se possível, lavá-los e

deixá-los de molho em um recipiente com água e sabão para que posteriormente

sejam enxaguados e guardados pela funcionária responsável por tal tarefa. As

crianças também aprendem com a arrumação e organização do espaço, fazendo

parte também de sua aprendizagem. É importante tomar o cuidado de não deixar os

trabalhos das crianças no carrinho de secagem, por um tempo maior que o

necessário ou sem identificação, pois pode caracterizar a desvalorização da

produção e ainda dificultar a organização de acordo com as orientações de uso

coletivo do espaço. A organização do ateliê antes de sair do mesmo, pode ser

realizada junto com as crianças de acordo com a turma e os procedimentos que elas

forem aprendendo no decorrer do trabalho.

É importante promover momentos de apreciação tanto de obras de

artistas como de produções das crianças. Momento este que favorece a

comunicação do olhar do grupo e também de ouvir caso a criança se sinta a vontade

para falar sobre sua própria produção. A apreciação valoriza a produção e contribui

para o avanço das crianças. Outra atitude de valorização é a exposição das

produções das crianças pelos ambientes da escola. Nesse sentido, estamos

trabalhando a arte como cultura, com o objetivo de comunicar as ideias, a expressão

humana dos sentimentos, desenvolvendo ainda o senso estético e a sensibilidade.

Também temos como possibilidade de trabalho a oficina de percurso,

na qual cada criança tem a liberdade de escolher o que deseja produzir. Assim,

desenvolvendo uma atitude mais autônoma na produção individual ou em pequenos

grupos. Os meios e suportes deverão ser variados, estando expostos para que a

criança possa ter escolhas e pensar no que deseja produzir. É interessante que

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alguns dos materiais disponíveis e que exijam certo domínio de técnicas, já tenham

sido utilizados pelas crianças em outros momentos, para que a criança possa

escolher com mais segurança e não fique apenas na experimentação. Mas, isso não

impede de ter novidades também para que a criança possa se arriscar e fazer novas

descobertas. O papel do professor nesse momento é de incentivar as crianças a

explorar as diversas possibilidades que se apresentam naquele momento,

favorecendo o desenvolvimento e ampliação da criatividade. Acreditamos que este

percurso seja uma meta para este ano.

Buscando intervir no espaço e criar um ambiente ainda mais

desafiador, temos um mural no qual poderão ser expostas obras de diversos artistas

e linguagens plásticas para apreciação das crianças e adultos e consequentemente

ampliação do repertório cultural. Este painel está disponível para que as turmas

façam suas escolhas do que é do interesse socializar com os demais da escola.

Para que seja uma troca significativa, poderão deixar bilhetes descritivos do que se

trata e por que escolheram determinada produção para exposição. Mas também

pode ser alimentado por adultos que tenham algo a compartilhar como elemento

surpresa, ou seja, parcerias com professores e funcionários da escola são bem

vindas para a organização estética do painel, uma vez que toda a escola faz parte

do processo de ensino-aprendizagem. Este trabalho também poderá ser mantido

como meta para este ano.

Este ano vamos procurar aumentar o número de materiais não

estruturados e elementos da natureza também para ampliar as possibilidades de

criação das crianças. Faremos uma organização em potes transparentes por cor

para ajudar no planejamento das produções das crianças e qualificar suas escolhas

por atributos.

O uso da vitrine para expor produções em escultura, modelagem,

colagem tridimensional, entre outras, também é um valioso recurso para a

valorização dos trabalhos das crianças.

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Espaço Coletivo: ATELIÊ Responsabilidade

Alunos Responsabilidade:

Professores Responsabilidade: Equipe

De Apoio Responsabilida

de: Equipe Gestora

Manter o local organizado

Cuidado na preservação dos materiais e mobiliários, segundo a orientação que recebeu;

Respeitar os combinados do espaço.

Manter a ordem e o cuidado na disponibilização do material a ser usado pelas crianças.

Orientar as crianças no procedimento de uso dos materiais

Colocar as crianças em contato com grande variedade de obras de arte e incentivar a produção artística.

Incentivar a apreciação e o respeito às produções dos outros.

Informar com antecedência o material que irá precisar para Cida;

Observar o carrinho de secagem, retirando a produção de sua turma;

Estabelecer com os alunos os combinados de uso e respeito do espaço.

Cida: manter em ordem o material a ser utilizado (lápis, apontador, pinceis limpos) e sua reposição adequada, principalmente dos itens indispensáveis para a realização das atividades como folha sulfite e outros tipos variados de papéis, bem como fita adesiva;

Cida: Providenciar o material solicitado previamente pela professora para a atividade a ser desenvolvida;

Informar equipe gestora quando acaba determinado material ou se algum equipamento necessita de manutenção;

Diariamente abrir a porta, janelas e cortinas;

Realizar diariamente a limpeza do espaço e manter a faxina semanal.

Supervisionar o trabalho da equipe de apoio assim como as outras, ou seja, fiscalizar se todas as equipes estão cumprindo as suas responsabilidades.

Providenciar reposição de materiais e mobiliário, desde que avisada e se houver verba disponível.

3.8 Hora das Refeições.

A hora do lanche deve ocorrer em um ambiente tranquilo, organizado, com

higiene e limpeza. A partir da avaliação do ano anterior, decidimos alterar o modo de

servir as crianças, evitando o tempo de espera ao serem servidas, incentivando a

autonomia e escolha nesse momento. Será disponibilizado em cada mesa potes

com as opções do cardápio disponível no dia, cada pote terá uma cor diferente para

sinalizá-las. As frutas continuarão sendo acondicionadas em porções individuais em

potes com garfos e as professoras auxiliam as crianças incentivando-as a

experimentar e a se alimentar melhor, tendo o cuidado com o desperdício.

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Retomaremos a leitura diária do cardápio antes das crianças se servirem, como

prática de leitura. Além da escrita, haverá também em LIBRAS.

Espaço Coletivo: REFEITÓRIO

Responsabilidade: Alunos

Responsabilidade: Professores

Responsabilidade: Equipe De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

- Sob a orientação e coordenação da professora ter atitudes condizentes com o espaço e a atividade;

Trazer o seu próprio guardanapo;

Pegar e devolver os utensílios disponíveis no dia nos locais combinados (mesa central e janela pequena);

Colaborar com a limpeza do espaço (não derramar líquidos jogar as migalhas, papéis e saquinhos);

Não correr, rolar, brincar com comida, subir nos bancos e etc. no espaço.

Considerar o horário do lanche como momento e local de aprendizado também;

Observar o tempo necessário para alimentação da turma, ambiente tranquilo e calmo;

Orientar forma correta de se alimentar;

Orientar quanto ao uso e organização do espaço;

Incentivar a alimentação e experimentação de diferentes gêneros oferecidos no dia;

Não permitir atitudes inadequadas (correr, rolar pelo chão, subir nos bancos e nas mesas, não bater nos vidros);

Profa. (AEE) montar o cardápio diariamente antes do primeiro lanche;

Respeitar o horário de entrada e saída do espaço.

COZINHA

Repetição (levantar as mãos e servi-los sentados);

Organizar e disponibilizar os utensílios e alimento suficiente para o número de criança das turmas. (atenção para a quantidade de mesas necessárias);

Estar à disposição das crianças para servir e dar repetição;

Atenção e atendimento às crianças com restrição alimentar;

Avisar na falta de utensílios e na troca de gêneros à gestão;

Restrição alimentar deve ser seguida rigorosamente;

Escolher um local apropriado para não causar constrangimento à criança que se alimenta com restrição alimentar. LIMPEZA - Limpar o espaço e estar à disposição para as emergências.

Orientar adequadamente cada seguimento e tomar decisões necessárias (falta e troca de gêneros e solicitação de outros no caso ingredientes para receitas e dias diferenciados).

3.9 Escovação

O cuidado com a saúde do corpo deve ser uma preocupação de instituições que

atendam principalmente crianças em idade de educação infantil, onde os hábitos são

iniciados. Desse modo, a escovação é muito importante dentro da rotina de nossa

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escola e acontece diariamente durante 10 minutos, logo após o horário do lanche ou

almoço.

O professor orientará as crianças para que criem o hábito de escovar os dentes

sempre após as refeições, entendendo ser este hábito fundamental para a sua

saúde.

Orientações quanto à quantidade de pasta, cuidados com a escova, uso de toalha

e formas de utilizá-las para garantir uma boa escovação, fazem parte do papel do

professor nesse momento da rotina.

3.10 Parque

Momento livre que propicia o desenvolvimento da imaginação, da socialização

de preferências de brincadeiras e amizades.

Através da interação com outras crianças e com o professor é possível

observar algumas características individuais de cada criança. Assim, o parque

proporciona um momento onde o professor pode conhecer melhor as crianças em

vários aspectos como: comunicação, limitações e possibilidades, resolução de

situações-problema, combinados, relações entre crianças de diferentes faixas

etárias, para que a criança mais experiente, ao interagir com os menos experientes,

possa ensinar e aprender, uma vez que ele estará pensando, fazendo e

reformulando o que conhece, construindo assim sua identidade, relações – eu e

outro – e convivência como também o próprio brincar.

Cabe ao professor observar este momento, antecipadamente e propiciar

materiais que enriqueçam o ambiente do parque para que as relações aconteçam

autonomamente, sem o controle do adulto, porém com as mediações necessárias.

Por exemplo: caixas de papelão para serem transformados em carros e foguetes;

pedaços grandes de tecido para criar tendas e cabanas; elásticos entrelaçados em

árvores para transformar em teias de aranha, entre outras.

Ficaram definidas pela equipe as seguintes regras para melhor organização e

estruturação do uso do parque

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1. A escola oferece três espaços privilegiados com areia, equipamentos

(balanços, trepa-trepa, gangorra, etc.) e brinquedos avulsos, cabendo ao

professor o uso dos mesmos com as crianças;

2. É preciso estar atento e próximo à criança para a tentativa de evitar maiores

problemas ou até acidentes;

3. As crianças devem ir ao parque sem mochilas devido ao perigo de ficarem

presos em algum brinquedo;

4. Os brinquedos de areia ficarão disponíveis para uso coletivo da escola

próximo a área externa coberta e ficarão sob a responsabilidade dos

professores que utilizarem.

Quanto à duração, há uma determinação de horário por conta da grade, de 30

minutos diários, porém há a possibilidade de flexibilizar, ou seja, aumentar ou

diminuir a duração, ou até mesmo utilizar o espaço com outra turma, desde que

assegurada a segurança delas.

Espaço Coletivo: PARQUE

Responsabilidade: Alunos

Responsabilidade: Professores

Responsabilidade: Equipe De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Conservar os brinquedos;

Respeitar regras e combinados;

Compartilhar os brinquedos com as demais crianças;

Recolher e guardar os brinquedos, deixando o parque organizado para próxima turma.

Retirar os brinquedos quebrados e comunicar à gestão para providencias;

Orientar o grupo, realizar com binados quanto ao uso dos brinquedos e do espaço;

Cuidar e zelar das crianças para que brinquem em segurança, evitando acidentes;

O professor é responsável em levar e recolher o balde de brinquedos e cadeiras.

Rastelar a areia;

Varrer folhas secas;

Molhar a areia em dias quentes;

Descartar brinquedos quebrados e avisar o trio gestor para reposição;

Comunicar ao trio gestor quando algum brinquedo “grande” estiver colocando as crianças em risco.

Fazer a reposição dos brinquedos;

Acompanhar o planejamento das professoras;

Supervisionar e orientar a equipe de apoio;

Realizar constantemente a manutenção dos brinquedos, retirando os mesmos que ofereçam riscos às crianças, quando informada pela equipe, ou verificarem o mau estado.

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3.11 Biblioteca Escolar Interativa (BEI)

Professoras e crianças desenvolverão trabalhos voltados à formação e

informação, buscando se beneficiar de todos os recursos que nela existem como o

acervo dos livros, aos quais no primeiro semestre deste ano de 2016 foi retomada a

listagem/atualização dos mesmos. O acervo de jornais e revistas; Jogos; o

computador; aparelho de som (rádio); projetores; impressora; episcópio; CDs e

CDROM; DVDs e Vídeos; o aparelho da TV para uso em complemento ao trabalho

pedagógico; o baú com fantoches.

Devemos entender a importância de propostas a serem realizadas no espaço

da BEI complementarem e/ou ampliarem as possibilidades de aprendizagens das

crianças, buscando fazer relações com as atividades realizadas em sala de

referência ou outros espaços, em prol da formação global da criança, apesar de

serem espaços diferentes. Dentro da BEI há uma mudança na relação

sujeito/informação, pois as fontes de pesquisa são múltiplas e o conhecimento

chega por inúmeras vozes. E como metas em relação ao desenvolvimento e

ampliação das aprendizagens almejadas a serem alcançadas com as crianças, por

meio das possibilidades de explorações neste espaço, podemos citar: manuseio dos

livros e outros portadores de textos adquirindo maior propriedade nesta ação;

exercitar/aprender a fazer escolhas e organização dos livros; postura de leitor

despertando o interesse e desejo por leituras; desenvolver/ampliar práticas de

pesquisas; atenção, concentração e compreensão dos enredos das histórias;

explorações de temas específicos conforme interesses de cada criança e/ou do

grupo de crianças; ampliar o repertório de conhecimento de autores e de temas;

explorar contações feitas pelas próprias crianças.

Além do ambiente disponível para o uso de todos, quinzenalmente as crianças

levam livros para casa como empréstimo.

“Diferentes habilidades são afloradas por meio da literatura, entre

elas a linguagem, contribuindo para a ampliação do vocabulário e

incentivando a criatividade e a vivência do mundo do faz de conta.

Ter acesso à boa literatura é dispor de informação cultural que

alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura”.

http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/praticas_de_leitura/praticas_de_leitu

ra.aspx

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Espaço Coletivo: BEI

Responsabilidade: Crianças

Responsabilidade: Professores

Responsabilidade: Equipe De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Cuidar da organização do espaço, equipamentos e acesso de acordo com os combinados realizados.

Aprender a manusear os livros, revistas de forma adequada, guardando-os nos locais corretos, de acordo com as indicações, entendendo o processo e ritmo da aprendizagem de cada criança

Quando encontrar livro danificado entregar às professoras ou responsável pela BEI para o devido conserto ou descarte.

Empréstimos e cuidados no uso, devolvendo na data marcada.

Não correr e pular da arquibancada e cuidados com o vão d arquibancada. Não jogar almofadas e utilizá-la adequadamente.

Orientar as crianças em relação aos procedimentos e atitudes adequadas para melhor uso e aproveitamento do espaço.

Ajudar as crianças na organização da BEI.

Planejar previamente as atividades que serão desenvolvidas (pesquisa de projetos, roda de música, jogos no computador, filmes em capítulos, uso de livros, revistas e jornais).

Atenção ao horário de início e término para a utilização do espaço;

Deixar o espaço organizado ao sair e caso encontre-o desarrumado ao chegar, comunicar a responsável da BEI e posteriormente ao trio gestor;

Respeitar e aguardar a atividade que está sendo realizada pela outra turma esperando a vez de entrar no espaço.

Não fazer retiradas do acervo sem a devida anotação no caderno.

Seguir as normas da BEI, leitura do manual.

Sempre reavaliar a(s) estratégia(s) quanto ao procedimento adequado no empréstimo.

LIMPEZA

Manter a limpeza do local assegurando a higiene entre um período e outro e nos horários vagos. (chãos prateleiras, armários e equipamentos). OFICIAL DA BEI

Colaborar na organização do espaço, acervo e sua atualização, observação em relação ao funcionamento dos equipamentos e se necessário comunicar a gestão para possíveis manutenções, reparos ou novas aquisições.

Dar apoio às professoras de acordo com prévios combinados e planejamento.

Conforme organização e planejamento realizar ações de contação de histórias.

Realizar e acompanhar em conjunto com a professora o empréstimo e o controle da devolução dos livros

Orientar às crianças em relação aos procedimentos e atitudes adequadas para melhor uso e aproveitamento do espaço.

Providenciar manutenção dos equipamentos e possíveis soluções de problemas, quando informados dos mesmos.

Manter a reposição do acervo.

Acompanhar o trabalho pedagógico dos professores, quanto ao desenvolvimento do planejamento.

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PROGRAMA REDE ESCOLAR DE BIBLIOTECAS INTERATIVAS (REBI)

As BEIs são resultado do projeto de pesquisa criado pelo PROESI

(Programa serviços de Informação em Educação) do departamento de Biblioteca e

Documentação da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP, tendo apoio de

órgãos ligados à USP sob a coordenação do Prof. Doutor Edmir Perrotti.

Na BEI, todo o ambiente é pensado para possibilitar a interação prazerosa

com a informação e a cultura e não simplesmente um espaço físico estruturado.

Sem dúvida, o espaço, materiais, os recursos são fundamentais, mas o que

caracteriza a Biblioteca é o modo como esses recursos são usados.

Os objetivos específicos da Biblioteca pretendem: promover acesso à

informação diversificada, desenvolver autonomia na busca da informação, promover

a cidadania e a expressão cultural, enriquecer o trabalho da sala de referência,

integrar crianças de diferentes faixas etárias e promover a inclusão de diferentes

segmentos nos circuitos socioculturais.

Pretende contribuir para o desenvolvimento de sujeitos autônomos, críticos e

criativos frente à diversidade informacional do mundo contemporâneo, possibilitando

o acesso das crianças à diversidade de recursos, suportes e linguagens informativas

e promover o domínio sobre estes. Além disso, pretende também tornar-se um lugar

privilegiado para reconhecimento e construção de significados culturais a serem

compartilhados, dinamizando as relações sociais e o exercício da cidadania. Por

medidas de segurança, o acesso à comunidade está restrito ao empréstimo por

meio da criança matriculada na escola.

HISTÓRICO:

A BEI Cecília Meireles foi inaugurada no dia 11 de setembro de 2001 com

formação da equipe e mediação da PABE (Professor de Apoio à Biblioteca Escolar)

Márcia. No período de 2001 a 2004, a mesma desenvolveu um trabalho de

mediação muito importante onde apoiou e coordenou atividades relacionadas à

biblioteca, além de estimular a autonomia das crianças, professores e usuários

incentivando-os a se apropriar dos recursos da Biblioteca.

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Nos anos seguintes, nossa BEI teve uma rotatividade de PABEs com carga

horária reduzida, que prejudicou a sistematização do trabalho pedagógico

desenvolvido até então. O Trio Gestor e toda equipe docente durante este período,

que se estendeu do ano de 2005 a 2008, sempre reivindicaram uma PABE e uma

Auxiliar de Biblioteca com uma grade de horário organizada para desenvolver, junto

aos professores, um acompanhamento e gerenciamento do trabalho realizado com

as crianças e a comunidade na Biblioteca.

No ano de 2009, contamos com a PABE Abikeila e Auxiliar de Biblioteca

Tiyoko cumprindo jornada de 40 horas semanais, revezando-se entre esta U.E e a

EMEB Anísio Teixeira.

No ano de 2010, deixamos de contar com a parceria de uma PABE e

recebemos o Andrei, auxiliar de Biblioteca, que continuou conosco até o início de

2012. Após a saída do auxiliar, contamos com o apoio de uma bolsista até o início

deste ano. Desde abril não contamos mais com a bolsista e, portanto a biblioteca

estava sem o apoio de funcionário até o início de junho, prejudicando bastante o

trabalho neste espaço. Em junho de 2013 passamos a contar com uma professora

readaptada que estava cuidando da BEI meio período.

No final de novembro de 2013, passamos a ter a colaboração de uma oficial

de escola, ficando responsável pelo espaço, e então tornou-se possível resgatar a

dinâmica do trabalho como a organização, auxiliar as professoras na nas atividades

com as crianças, realizar a ação de empréstimos e devoluções de livros junto ás

professoras com as crianças e auxiliar professoras e crianças em demais atividades

na BEI.

E, atualmente, essa oficial também está realizando a prática de contações de

histórias, em parceria com outros funcionários, contribuindo com os objetivos de

complementar e ampliar o incentivo em relação á formação de hábitos de leituras

das crianças e com as práticas de leituras, visando também contribuir com o

desenvolvimento de aprendizagens, interações e participações de cada criança,

tanto da mesma faixa etária, quanto de idades diferentes.

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Dentre demais ações realizadas neste espaço referente às práticas de

leituras, podemos citar:

Leituras de livros de histórias infantis diversos (conforme o acervo)

propiciando a participação efetiva das crianças;

Contação de histórias com livros infantis e com representações por

objetos, levando a criança a explorar e se beneficiar do seu imaginário;

Dramatizações de histórias se beneficiando dos fantoches e com ou sem

as janelas de teatro;

Oportunidades ás crianças a manusearem os fantoches e as janelas de

teatro e também as próprias crianças serem apresentadoras de histórias;

Manuseios individual e em grupos de livros, jornais, revistas e gibis;

Explorações de CDs e DVDs com o cuidado e atenção a serem

interligados em contextos com objetivos de complementar e ampliar o

conhecimento e aprendizagens de cada criança;

Explorar jogos e quebra-cabeças neste espaço;

Explorar pesquisas com as crianças no computador;

Referências utilizadas com o objetivo de subsidiar recompreensões sobre

as ações realizadas e a serem planejadas/realizadas com as crianças;

Síntese do Texto sobre: A importância da Biblioteca Infantil.

Melo,Maurizeide Pessoa (Bibliotecária graduada pela UFPB)

Neves, Dulce Amélia de Brito ( Profª Doutora do Departamento de

biblioteconomia e Documentação da UFPB)

“Desde a mais tenra idade, as crianças devem ser incentivadas a freqüentar Bibliotecas. A primeira Biblioteca na vida de uma criança representa um espaço lúdico e de lazer, contendo livros criativos, coloridos, com imagens, brinquedos, jogos, entre outros. Além de ser um ambiente agradável, confortável, que estimula o acesso ao livro, às tecnologias, à informação em diferentes suportes, despertando o sentimento de pertença e atraindo as crianças desde os primeiros anos de vida” Moro, Eliane Lourdes da Silva / Estabel, Lizandra Brasil

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3.12 Brinquedoteca

O espaço da brinquedoteca é um complemento das vivências das crianças de

nossa escola com o brincar, sendo destinado para o uso do espaço um tempo pré-

determinado, podendo este ser ampliando ou agendado pelo professor conforme a

necessidade de cada turma.

Brincando as crianças constroem um universo muito particular, ao atribuírem

novos significados a objetos e situações a partir de suas vivências, de sua cultura,

as crianças exploram brinquedos e diversos materiais não estruturados como

sucatas, caixas variadas, tecidos, etc., imitam personagens, pessoas de seu

convívio social e formam enredos cada vez mais elaborados. Articulam imaginação e

realidade e assim, ao se apropriarem dessa realidade desenvolvem e demonstram

diversos conhecimentos e sentimentos, atribuindo significados as relações que

estabelecem com o mundo em que vivem.

Nessas experiências são muito importantes as intervenções feitas pelos

professores, como em uma brincadeira de mercado, por exemplo, pensar com as

crianças sobre como funciona um mercado de verdade, se alguém repõe o material

comprado, a disposição dos materiais e assim por diante, a partir dessas vivências ir

ampliando o repertório, trazendo novos elementos para enriquecer a brincadeira.

Dessa forma, a observação das brincadeiras constitui-se em um importante

instrumento dos professores ao possibilitar o acompanhamento do processo de

desenvolvimento das crianças em grupo ou de cada criança em particular,

verificando suas capacidades sociais, afetivas e cognitivas.

O espaço da brinquedoteca pode ser utilizado com brincadeiras como

mercado, farmácia, casinha, etc., realizando assim um link com o que acontece nos

outros espaços da escola. Para organizá-la, já que é um espaço coletivo, uma vez

por mês em HTPC faremos o planejamento da organização do espaço mediante o

que as crianças vão nos informando ao usar a brinquedoteca. Um grupo fará

organização do espaço para o período de um mês e as funcionárias Cida e Adriana

farão a manutenção.

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Espaço Coletivo: BRINQUEDOTECA

Responsabilidade: Alunos

Responsabilidade: Professores

Responsabilidade: Equipe De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Brincar aprendendo a zelar e conservar os brinquedos.

Reconhecer a necessidade de organizar os brinquedos.

Reconhecer a necessidade de organizar os brinquedos e o espaço, para os grupos subsequentes.

Compartilhar os brinquedos com as demais crianças.

Respeitar os combinados do uso do espaço.

Guardar brinquedos de acordo com as fotos.

Realizar combinados com os alunos para o uso do espaço;

Orientar as crianças quanto ao uso, conservação, organização dos brinquedos e do espaço, retomando as orientações sempre que necessário;

Observar a brincadeira e intervir quando necessário, estimulando a brincadeira e oferecendo mais repertório;

Propor situações dirigidas com objetivos claros que contemplem as etapas dos projetos desenvolvidos.

Destinar os brinquedos que estejam sem condições de uso para descarte e solicitar reposição.

Quando retirar algum brinquedo, o mesmo deve ser devolvido.

Diariamente abrir a porta, janelas e cortinas.

Realizar diariamente a limpeza do espaço e manter a faxina semanal.

Cida: recolher brinquedos quebrados (cestinha), realizando triagem (lixo ou conserto).

Fazer a reposição dos brinquedos (quando solicitado e quando tiver verba)

Orientar a organização e limpeza do espaço.

Acompanhar o trabalho pedagógico dos professores, quanto ao desenvolvimento do planejamento.

3.13 Quadra e salão

A quadra e o pátio são espaços que possibilitam o jogo em grupos,

proporcionando às crianças experiências de conhecer a si mesmo, conhecer ao

outro, a compartilhar, a descobrir possibilidades e se sentir desafiado.

Para ser útil no processo educacional, um jogo deve:

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Propor algo interessante e desafiador para as crianças;

Permitir às crianças uma auto-avaliação quanto ao seu desempenho;

Permitir aos jogadores participarem ativamente, do começo ao fim do

jogo.

O papel do professor na escolha desses jogos deve fazer parte do Currículo,

buscando o interesse das crianças, com uma proposta desafiadora para a turma.

Buscar jogos que permitam a participação ativa de todos, seja com uma proposta

individual, em duplas ou coletivamente.

A utilização de diversos materiais (pé de lata, elástico, pneu, bambolês, corda,

bola, materiais diversos de empilhar ou equilibrar, etc.) traz às crianças, além de

uma diversidade de propostas, elementos que estimulem a criatividade na execução

de novos jogos. O professor dentro desse contexto se coloca como mediador das

brincadeiras, ajudando-os a criar novas regras dentro desse jogo inventado.

Para além de atividades de movimentos amplos, os espaços também são

utilizados para brincadeiras simbólicas, apresentações de dança, exploração livre de

materiais, brincadeiras de roda, etc.

O circuito, que é uma atividade de movimento amplo, deve proporcionar à

criança o desafio de transpor obstáculos, de arremesso, de saltar e correr, de

equilíbrio e deve estar ligado à uma proposta da professora, não necessitando ser

semanal, podendo estar atrelado à um projeto ou sequência e que traga para a

criança um sentido, não apenas uma repetição de movimentos. Exemplo: circuitos

temáticos (florestas, trânsito) ou estações. O que vale é a criança se sentir desafiada

e o objetivo do professor ser alcançado.

Cada professor monta e desmonta a sua proposta com seus alunos, o que

deve ficar determinado são os materiais a serem utilizados na semana.

Os combinados do circuito devem ser feitos previamente, antecipando a

proposta para a turma, pois assim a criança seria um norteador da montagem do

circuito.

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Espaço Coletivo: QUADRA / SALÃO

Responsabilidade: Alunos

Responsabilidade: Professores

Responsabilidade:

Equipe De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Cuidar do material – não quebrar, não puxar, etc.;

Ajudar a guardar os materiais junto com as professoras;

Cumprir os combinados;

Atender às comandas do professor.

Conhecer o espaço e os materiais disponíveis

Separar os materiais a serem utilizados ou solicitar antecipadamente para o responsável do espaço;

Planejamento antecipado a fim de definir e organizar o material, de forma a utilizá-lo adequadamente (procedimentos de como usar).

Planejar, de acordo com o PPP da escola atividades nesse espaço que atendam aos objetivos da área;

Organizar o “guardar” dos materiais coordenando os alunos nessa tarefa ;

Cumprir os combinados em relação ao Dia do Circuito, conforme estabelecido na grade da área;

Manter os brinquedos em ordem e no lugar;

Ajudar guardando os materiais no dia seguinte do circuito, após uso por parte das professoras;

Manter o espaço limpo e proceder à faxina semanal.

Reposição de materiais, quando informado da necessidade e quando houver disponibilidade de verba;

Acompanhar o planejamento / registro dos professores em relação à área e ao espaço, intervindo na prática de forma a enriquecer o trabalho pedagógico;

Criar momentos de vivência do espaço para os professores e equipe, com tematizações, etc.

3.14 Cozinha Educacional

Sua construção iniciou-se no ano de 2008 e em 2010 foi concluída. O objetivo

da Cozinha Educacional, inicialmente, era o de ser mais um espaço para trabalhar

as diferentes áreas de conhecimento. Em 2013 começamos a repensar este espaço

com o desafio de promover a sua ampla utilização por todas as turmas da escola,

explorando diversas possibilidades. Alguns Projetos já estão em desenvolvimento,

envolvendo as mais diversas experiências e a brincadeira simbólica. Este espaço

possibilita às crianças noções de higiene e nutrição e, ainda aprender a preparar os

alimentos de uma forma lúdica. É importante que as crianças possam realizar o

máximo das ações na cozinha em segurança como cortar, amassar, lavar o

alimento, preparar os utensílios, enfim, participar ativamente de todo o processo do

fazer a receita. Adquirem noções de contar, fracionar, medir, sequenciar. Entram em

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contato com o gênero textual receitas, além de enriquecer o vocabulário. Ao

vivenciar experiências na cozinha, as crianças ficam muito mais receptivas a novos

sabores e texturas, além de aceitarem mais variedades de alimentos. O papel do

professor neste momento é estimular o trabalho em equipe, integrar todas as

crianças ao grupo e contribuir com informações acerca do alimento que será

consumido. Muitos pais demonstravam desejo de ver as crianças utilizando a

cozinha para atividades de culinária e se colocaram a disposição para contribuir da

maneira que for necessária, como por exemplo, na doação de ingredientes, na ajuda

da atividade em si. Assim, podemos chamar profissionais da área, para fazer

parceria no trabalho com as crianças.

Espaço Coletivo: COZINHA EDUCACIONAL

Responsabilidade: Alunos

Responsabilidade: Professores Responsabilidade: Equipe

De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Manter organizado o espaço bem como os utensílios organizando-os ao sair, seguindo os combinados e sob a orientação da professora;

Manipular os utensílios, desde que estes não ofereçam risco (facas, etc)

Respeitar os combinados relativos à higiene e segurança para trabalhar neste ambiente, sempre sob a orientação e supervisão da professora.

Organizar os espaços e materiais antes e depois de utiliza-lo, envolvendo os alunos nessa organização;

Conferir o material usando a listagem e desenvolvê-lo aos devidos lugares.

Ter o habito de colocar as sobras de ingredientes no armário e também verificar o que já tem usado antes de abrir algo novo.

Garantir que os alunos não tenham acesso e contato com utensílios e materiais que ofereçam riscos às crianças (fogão, vidros e objetos cortantes, por exemplo).

Verificar na hora de planejar o que será de fato necessário para receita.

Levar perecíveis à cozinha;

Atenção às crianças que tem restrição alimentar ao planejar uma receita;

Planejar junto à direção quando houver necessidade de apoio e de pedido à merenda.

Combinar com as merendeiras com antecedência o uso da cozinha da escola se for necessário.

Orientar as crianças sobre procedimentos de higiene e segurança para trabalhar neste ambiente.

Manter sempre o ambiente limpo.

Disponibilizar o presente contrato para ser do conhecimento de todas as professoras as regras de uso do espaço.

Cuidar da organização e disponibilização de pessoal para apoio ao professor, desde que haja disponibilidade de pessoal e seja informada com antecedência da necessidade pelo professor.

Cuidar da manutenção do espaço e dos materiais e utensílios do espaço;

Repor os utensílios conforme necessidade informada pela equipe escolar, desde que haja disponibilidade de verba.

3.15 Lego dacta

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A Educação Tecnológica, com o material Lego-Dacta, é uma excelente

ferramenta de aprendizagem, onde a criança é solicitada a desenvolver linguagem

específica e conceitos de Ciência e Matemática. Para poder utilizá-lo de maneira

prática organizamos uma sala com mesas redondas que facilita o trabalho com o

material em grupo. Cada professora faz uso do material conforme seu plano com as

crianças. O material tem sido utilizado na sala de referência em pequenos grupos

quando a professora achar conveniente.

3.16 Horta

Temos um espaço reservado para a horta o qual foi desde 2013 reativado, as

professoras incluíram essa atividade em suas rotinas, integrando esse trabalho com

os projetos desenvolvidos e integrando com ações no refeitório e na Cozinha

Educacional (Boa Alimentação). Vários projetos desenvolvidos tem a horta como

uma etapa do trabalho o qual terá sequencia na Cozinha Educacional e

posteriormente as crianças serão incentivadas a provar diferentes alimentos, mais

saudáveis e não industrializados. Neste ano a turma do infantil II, manhã, cuidará da

horta. Já plantaram ervas, temperos, lavanda, verduras, tomate, cenoura além de

árvores frutíferas para formar um pomar. Este trabalho está contando com a parceria

da comunidade.

Espaço Coletivo: HORTA

Responsabilidade: Alunos

Responsabilidade: Professores

Responsabilidade: Equipe

De Apoio

Responsabilidade: Equipe Gestora

Cuidar dos canteiros, onde sua turma plantar.

Se possível, ajudar a cuidar de todo o ambiente para que esteja limpo e organizado.

Manter organizado o espaço bem como as ferramentas organizando-as ao sair, seguindo os combinados e sob a orientação da professora;

Pesquisar sobre o plantio e os cuidados necessários e específicos do seu cultivo.

Ajudar a manter o ambiente organizado.

Verificar com os colegas o uso dos canteiros.

Estabelecer combinados de uso do espaço com as crianças;

Orientar as crianças e permitir autonomia dos alunos com os cuidados referentes aos canteiros.

Limpar no entorno dos canteiros.

Deixar mangueira e regadores disponíveis.

Deixar a Cida como responsável para regar os canteiros pela manhã.

Providenciar os materiais necessários para uso e conservação da horta.

Investir na manutenção do espaço:

Na compra de terra.

Aumentando a profundidade do canteiro.

Consertando a torneira.

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3.17 Teatro Areninha

Anfiteatro – A escola possui um anfiteatro em forma de arena, um valioso patrimônio

público reinaugurado em 2014. Há muitas formas de utilização deste espaço:

apresentações teatrais, contação de historias realizadas por pais, APM e CE,

voluntários, como para uso de apresentações das próprias crianças, em brincadeiras

livres, em jogos teatrais, dramatização de histórias contadas, teatro de fantoche,

brincadeiras rítmicas, expressão corporal, musica, dança, etc. Disponibilizamos

neste espaço roupas, acessórios, fantasias, instrumentos musicais da bandinha e

objetos para cenário acrescentando às experiências das crianças.

O trabalho pode ser conectado com vários gêneros literários tais como: contos de

fada, fabulas, lendas, contos populares, cordel, filme, poesia, crônica, etc.

As experiências de exploração da linguagem teatral são prazerosas para as crianças

por que envolvem movimento corporal e expressões faciais. Particularmente para

as crianças surdas, as dramatizações são excelentes tanto quando se visa à

compreensão como a expressão. Possibilita o desenvolvimento da criatividade e a

expressão dos sentimentos.

Quais experiências as crianças podem viver neste espaço?

Sugestões de brincadeiras e experiências:

Experiência de imitação e criação livre, juntamente com a expressão facial;

Dramatização de historias: Contar a historia, propor a brincadeira do teatro.

Escolher os personagens. Pode ser feita sem objetos e acessórios a principio.

Enquanto o professor narra a historia vai chamando os personagens para a

brincadeira. Pode ser feita com dois ou três grupos repetindo a mesma historia.

Depois o professor pode propor o uso de acessórios, objetos, fantasias. Pode ser

escolhido por ele. Pode ser aleatório, deixar as crianças escolherem e se

fantasiarem ( isso demanda um pouco mais de tempo)

Dança - deve ser encarada como a representação espontânea daquilo que a

vibração dos sons de uma melodia musical provoca de sensação e emoção também

nas crianças surdas.

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Pano encantado: è uma musica que ao ser cantada já direciona às ideias do que

se pode fazer com o pano, podendo ser acrescentadas a ela novas ideias ou inseri-

la no projeto desenvolvido.( Ex: quem estiver trabalhando animais, construir com o

pano diferentes animais). Poe acrescentar objetos que existem no espaço para

facilitar a criatividade na brincadeira. Segue anexo a letra da musica.

Seu mestre mandou: o professor (critério do prof) escolhe uma criança ou mais,

que dará a comanda para que outras crianças busque no espaço o objeto ou

material pedido. À princípio o professor pó dar a comanda para que as crianças

entendam. Podem ser colocado uns objetos no meio do palco, e depois deixá-los

buscar os objetos na sala ou espaços. Aumentar a dificuldade. Pedir personagens e

as crianças vão montando com o que tem disponível. Várias possibilidades.

Papel do professor - O professor pode atuar como mediador, criando condições

para livre expressão corporal das crianças proporcionando-lhes situações em que

possam desenvolver o conhecimento do corpo, o uso do espaço, a expressão de

sentimentos, a representação de ações de personagens em relatos, bem como a

coordenação motora. As crianças surdas podem ser ajudadas a conhecer as

qualidades resultantes da combinação de espaço, peso/força, tempo e fluência nos

movimentos. Deve criar oportunidades para que as crianças dancem ao som de

ritmos variados, de diferentes regiões e grupos culturais, ampliando seu

conhecimento e as formas de expressão.

META: Alcançar o uso efetivo do espaço por toda a equipe escolar.

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Responsabilidade: Crianças

Responsabilidade Professores Responsabilidade Equipe de apoio

Responsabilidade Equipe gestora

Auxiliar na organização dos materiais e espaço, seguindo os combinados e orientações da (o) professora(o) .

Criar estratégias de utilização do espaço de acordo com as propostas de experiências. Baseadas nos projetos desenvolvidos pela turma.

Ajudar a manter o ambiente organizado

Estabelecer combinados do uso do espaço com as crianças

Orientar as crianças e permitir acesso e autonomia

Solicitar materiais quando necessário

Observar a intencionalidade da criança, intervir quando necessário, estimular a brincadeira e ampliar repertórios

Propor situações dirigidas com objetivos claros que contemplem as etapas do projeto desenvolvido

Quando retirar qualquer material, devolvê-lo ao local após o uso

Manter o local limpo e livre de entulhos

Delegar e acompanhar a organização e manutenção do espaço e materiais

Providenciar novos materiais sempre que necessário

Delegar à equipe que fará a identificação das caixas e organização do espaço para torná-lo acessível para as crianças

Inserir no plano de formação docente incentivos para uso e apropriação do espaço

3.18 Dia do brinquedo /Dia diferente

O brincar é sempre um momento bastante rico para a criança e para a

professora onde ela exterioriza muito de seus sentimentos, expectativas e

desenvolve sua criatividade ao se organizar na brincadeira aprendendo a

compartilhar o brinquedo trazido de casa na medida em que o socializa com

outras crianças. Neste trabalho a professora tem a possibilidade de mediar a

interação entre as crianças e desenvolver a necessidade dos cuidados com o

seu brinquedo e com o brinquedo do seu amigo.

O Dia do Brinquedo de Casa acontece às 6ªs feiras para todas as turmas da

escola. É um momento dentro da rotina em que a professora poderá mediar as

criações, participar do momento do jogo simbólico das crianças e, inclusive,

ensinar a brincar.

O Dia do Brinquedo representa um momento significativo onde a criança pode

apresentar uma particularidade sua, preferência e identidade a partir de um

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brinquedo que é seu, tem uma história e representa a sua casa. Esta é uma

prática que ocorre na escola há muitos anos e será mantida por enquanto, mas

com a proposta de que em 2017 criemos mais dias diferentes, como o dia do

penteado maluco, dia do contrário, etc e até mesmo atividades de gincanas e

outra, envolvendo assim a família nas brincadeiras e promovendo a integração

das diferentes turmas. As famílias deverão estar atentas aos calendários e

preparar o material para a criança entrar na brincadeira.

Também iremos promover atividades onde uma turma convida as demais

para uma apresentação, sempre que tiver algo a compartilhar com as outras

turmas, com envio de convites feito pelas próprias crianças. O objetivo desta

proposta é promover a integração das turmas, inclusive com o contra turno.

Objetivamos também verificar se havendo outras atividades diferentes o “Dia do

Brinquedo” deixa de ser a preferência das crianças e a partir daí avaliarmos a

sua manutenção em nossa grade de atividades permanentes.

3.19 Estudo do Meio

Pensando na escola como um espaço privilegiado para oportunizar às

crianças experiências que enriqueçam seu repertório cultural e social, as atividades

de Estudos de Meio são importantes por proporcionar aprendizagens além daquelas

já trabalhadas diariamente na Unidade escolar e em complemento aos projetos

desenvolvidos com as crianças.

Buscamos proporcionar no mínimo, a realização de duas atividades

extraescolares por ano, visto que dependemos de verba predestinada para o

pagamento de transporte. De qualquer forma, independente da verba, acreditamos

que possa haver outras possibilidades, sempre tendo como premissa contribuir da

melhor forma para o aprendizado.

O estudo das propostas de atividades extraescolar pela equipe docente e

trio gestor, para este ano de 2017, se dará ao longo do ano na medida em que os

projetos forem acontecendo, partindo sempre do interesse das crianças.

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3.20 Atendimento Educacional Especializado.

Continuamos contando com o apoio e parceria da Equipe de Orientação

Técnica (Fonoaudióloga, Psicóloga, Terapeuta ocupacional e Assistente Social)3 e

Orientadora Pedagógica para atendimento às crianças com necessidades

educacionais especiais, público alvo da educação especial conforme a Resolução Nº

4, Artigo 2º, de 2 de outubro de 2009 (MEC).

Serão realizadas ações como: estudo de caso; reuniões com a família,

professores e equipe gestora; acompanhamento da pratica pedagógica; orientações

tanto para os pais quanto para os professores e emissão de encaminhamentos para

as áreas médicas específicas ou terapêuticas, se houver necessidade.

Assim, em conjunto, são tomadas decisões e encaminhados procedimentos

que visam proporcionar às crianças o melhor trabalho pedagógico dentro das

possibilidades da escola. Em alguns casos poderão ser solicitados os professores

para Atendimento Educacional Especializado (AEE) de acordo com a necessidade

da criança, sendo os professores de AEE de surdez na escola os quais atuam como

mediadores do trabalho da turma para os alunos surdos e os professores de AEE

Deficiência Intelectual em caráter itinerante que observa a criança com

necessidades em sala e adequa o trabalho para ela, oferecendo suporte ao

professor.

A função do AEE é a de contribuir para a aprendizagem e desenvolvimento

das crianças buscando recursos e estratégias necessárias para eliminar as barreiras

que possam impossibilitar a participação plena das crianças nas experiências

proporcionadas na escola.

Escola- Pólo

As crianças começam sua jornada na escola às 9 horas para a

aprendizagem específica de LIBRAS. Este ensino vem sendo realizado nos diversos

momentos da rotina e as professoras planejam propostas com o intuito de ampliar a

aprendizagem das crianças.

3 Equipe referência que acompanha este trabalho: a fonoaudióloga Carla Silvestre, a psicóloga MariaLuiza

Martins, a orientadora pedagógica Edileusa Apda. Mammana, a Terapeuta ocupacional Cláudia Silvestre e a

Assistente Social Fátima Marangoni.

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Após o almoço e descanso, as crianças desta turma vão para as classes comuns

onde continuam sua formação. Na classe comum, também contamos com uma

professora da educação especial que atua em uma perspectiva colaborativa com a

professora da classe e realiza mediações com os alunos que apresentam surdez e o

grupo da classe. Entendemos que este foi um passo muito importante na

qualificação da Escola-Polo e que vai demandar de toda a equipe o envolvimento no

projeto desta escola, única com esta característica no município. O grande objetivo

que esta unidade busca é o de tornar-se uma escola bilíngue. Para tanto, além dos

apoios e recursos recebidos até então, entendemos que será necessário um

investimento formativo para que escola se constitua, de fato, com uma proposta

bilíngue. Neste sentido, entendemos que necessitaríamos integrar as línguas em

nosso currículo com o apoio de uma assessoria externa que desenvolva estudos

nesta área.

A Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, em adesão a “Política

Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” (BRASIL,

2007), vem instituindo ações na busca de uma educação pautada na concepção

inclusiva. No que diz respeito ao atendimento do aluno surdo nesta escola, em 2011

iniciou o processo de implementação do Atendimento Educacional Especializado -

Abordagem Bilíngue. Desta experiência a escola passou em 2014 a ser denominada

de Escola-Polo. Em 2015 o atendimento às crianças surdas foi ampliado tanto em

número de crianças quanto em número de profissionais da educação especial no

trabalho de mediação. e em 2016 ampliamos ainda mais o número de salas e

crianças atendidas no Polo. Com a previsão de ampliar ainda mais para 2017 o

número de crianças atendidas no Polo foi autorizado pela SE a indicação de um

coordenador Pedagógico que atendesse às demandas formativas do grupo para

atuar no Polo e está atuando em parceria com a coordenadora do Regular.

Desde 2015 a escola oferece diariamente o contra turno de LIBRAS para todas

as crianças surdas. Tal organização teve como objetivo assegurar o

desenvolvimento linguístico e a construção da identidade das crianças surdas. A

equipe de professoras, funcionários, trio gestor, Orientadora Pedagógica,

fonoaudióloga e psicóloga buscam discutir, avaliar e sistematizar o trabalho

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pedagógico da escola em encontros quinzenais, no caso da equipe técnica e gestão

e, semanal, no caso das professoras com a equipe gestora. Em 2017 foi

reorganizado o trabalho do contra turno para que se adequasse às necessidades

das crianças. Assim, há momentos coletivos e momentos onde o trabalho é

desenvolvido nos sub grupos, adequando o trabalho às crianças que são agrupadas

pela proximidade de características a serem desenvolvidas

As Escolas-Polo têm como objetivo uma perspectiva Bilíngue, favorecem a

convivência das crianças surdas entre si e com as ouvintes, respeitando a

especificidade linguístico-cultural, assim como seu desenvolvimento social.

Corroborando com esta concepção o documento do MEC (2014) afirma:

A Educação Bilíngue de surdos envolve a criação de ambientes linguísticos para a aquisição da Libras como primeira língua (L1) por crianças surdas, no tempo de desenvolvimento linguístico esperado e similar aos das crianças ouvintes, e a aquisição do português como segunda língua (L2). A Educação Bilíngue é regular, em Libras, integra as línguas envolvidas em seu currículo e não faz parte do atendimento educacional especializado. O objetivo é garantir a aquisição e a aprendizagem das línguas envolvidas como condição necessária à educação básica em situação de igualdade com as crianças ouvintes e falantes do português.

As experiências em linguagem de sinais e linguagem oral e escrita são

proporcionadas na rotina diária das crianças na classe comum, assim, na interação

entre crianças surdas e ouvintes, ambas aprendem. Para que a proposta bilíngue

seja efetiva dentro da EMEB Padre Manuel da Nóbrega, serão ofertadas:

AEE em mediação (em Libras e para a linguagem oral e escrita)

O professor de Educação Especial habilitado e o professor especialista em Libras

e Educação de Surdos serão mediadores e referência na língua, mediando a

professora da classe comum, as crianças ouvintes e as crianças surdas, garantindo

a circulação da língua de sinais dentro da sala de aula.

O trabalho em parceria entre professor da sala comum e professor mediador

deve ser feito a partir do planejamento conjunto, incluindo todas as crianças,

promovendo estratégias visuais e recursos didáticos, respeitando as diferenças

entre as crianças com surdez e os momentos didático- pedagógicos em que serão

utilizados (MEC, 2007).

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AEE para o ensino de Libras:

O AEE de Libras refere-se à aquisição da língua brasileira de sinais – Libras -

sendo para o Surdo sua língua materna (L1). Este trabalho é realizado diariamente,

no período das 9h às 13h, com uma professora Surda, referência da escola polo, e

uma professora especialista em Libras e Educação de Surdos. Este promove a

aquisição da Libras, utilizando tecnologias de informação e comunicação para a

aprendizagem desta língua; desenvolve a Libras como atividade pedagógica,

instrumental, dialógica e de conversação.

3.1 Fluxo para matrículas de crianças surdas no Polo.

A escola-polo atende crianças com surdez que se beneficiarão da Libras (L1)

como Língua de instrução, sendo esta a primeira língua e forma de comunicação

das crianças. Em relação ao fluxo de entrada na escola-polo, desde 2015 está

sendo aplicado um fluxo estabelecido durante as reuniões do POLO entre a chefe da

região 1 e demais profissionais da SE o qual consiste em primeiro lugar que a

criança surda seja matriculada na escola mais próxima a sua casa. Após as equipes

das duas escolas – a de origem e a Polo, se reunirem para “estudar o caso”, ou seja,

assistir a filmagens e conversar sobre a criança, e ambas chegarem à conclusão de

que a criança utilizará LIBRAS como sua primeira língua, os pais são chamados

para que lhes seja oferecida a vaga na escola polo, eles conhecem a escola e se

aceitarem a criança é matriculada na escola polo e passa a frequentar o contra turno

e a sala regular, permanecendo na escola em período integral.

4. Organização de Eventos

Todos os eventos realizados pela escola são planejados e pensados pela

Equipe Gestora, equipe de professores, Conselho de escola e APM, com o intuito de

melhor receber as crianças, os pais e/ou responsáveis e poder proporcionar uma

vivência significativa para eles.

No início de cada mês enviamos para os pais um calendário mostrando as

datas importantes seguindo o Calendário escolar homologado pela SE (Exemplo:

feriados, data de visita dos dentistas, Reunião de pais, Reuniões de APM e

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Conselho de escola, dias de atividades extraescolares etc.) com o objetivo de

auxiliar a família na sua organização com a escola. Alguns dos eventos que

desenvolveremos neste ano:

Estudo do meio

Pensando na escola como um espaço privilegiado para oportunizar às crianças

experiências que enriqueçam seu repertório cultural e social, as atividades de

Estudos de Meio são importantes por proporcionar aprendizagens além daquelas já

trabalhadas diariamente na Unidade escolar e em complemento aos projetos

desenvolvidos com as crianças.

Buscamos proporcionar no mínimo, a realização de duas atividades

extraescolar por ano, visto que dependemos de verba predestinada para o

pagamento de transporte. De qualquer forma, independente da verba, acreditamos

que possa haver outras possibilidades, sempre tendo como premissa contribuir da

melhor forma para o aprendizado.

O estudo das propostas de atividades extraescolar pela equipe docente e trio

gestor, para este ano de 2017, se dará ao longo do ano na medida em que os

projetos forem acontecendo.

Festa de Aniversário: Desde o ano de 2013, fizemos uma alteração na forma

de comemorar o aniversário das crianças. Não será permitindo trazer bolo, doce e

nem saquinho surpresa, seguindo orientações da Secretaria de Educação, que se

posiciona contra a introdução de alimentos na escola de procedência desconhecida.

A sala cantará parabéns para o colega, que ganhará uma coroa confeccionada pela

turma. Acreditamos que comemorar o aniversário é importante, porque é uma das

formas de trabalhar a identidade da criança. Respeitaremos as famílias que se

manifestaram nas entrevistas como contrarias a que se comemore o aniversário das

crianças .

Sábados Letivos (13 de maio, 21 de outubro)

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As propostas têm o objetivo de compartilhar com as famílias das crianças o

trabalho desenvolvido em nossa escola, promovendo uma vivência significativa

para eles.

Como neste ano de 2017 trabalharemos com um projeto coletivo sobre artes

a equipe sentará e planejará o que acontecerá nestes dois sábados pensando em

algo voltado à integração da comunidade com o nosso projeto coletivo que ainda

está tomando forma, mas sabemos que será sobre artes.

Reunião com pais

Tem o objetivo de aproximar as famílias ao trabalho desenvolvido na escola,

bem como do desenvolvimento dos filhos. Na primeira reunião do ano, além de

tratarmos de assuntos referentes à organização, estrutura de funcionamento,

regimento, dúvidas, entre outros, também temos como objetivo iniciar uma

aproximação para criarmos vínculos que ajudem na parceria ao longo do ano.

Este é o momento de nos conhecermos, sabermos das expectativas dos pais

quanto ao nosso trabalho. Para este fim, também organizamos entrevistas com as

famílias para sabermos maiores detalhes sobre as crianças.

As Professoras Acácia e Célia, infantil V, em 2016 optaram por fazer uma

roda de conversa em pequenos grupos de pais. Nesta roda, motivados pela fala

uns dos outros, até mesmo os mais tímidos se soltaram e trouxeram informações

importantes para o trabalho com as crianças. Em roda também foi possível criar

vínculo entre os pais da turma, o que será valioso em outras atividades durante o

ano. As professoras tinham apenas dois dias para fazer as entrevistas, então

separaram os pais em quatro grupos:

Grupo 1 16/02 10 horas 7 pais

Grupo 2 16/02 11 horas 7 pais

Grupo 3 17/02 10 horas 7 pais

Grupo 4 17/02 11 horas 7 pais

Para a roda, planejaram algumas perguntas norteadoras da conversa e

solicitaram que os pais registrassem no verso da ficha de dados das crianças as

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informações que iam discutindo. As professoras auxiliavam nesta tarefa além de

também registrarem as falas dos pais. A avaliação dos pais foi bastante positiva.

Assim sendo, para o ano de 2017 várias turmas aderiram a essa forma de fazer

entrevista mesmo tendo mais dias para fazê –la. E avaliaram positivamente.

Na segunda reunião, prevista para o ultimo dia do mês de março,

proporcionaremos uma apresentação da proposta de trabalho com a educação

infantil no município e nesta escola.

A terceira reunião a ser realizada em agosto, será destinada à leitura de

relatório individual de aprendizagem de cada criança por seus responsáveis. Além

disso poderá haver uma atividade para apresentar o trabalho desenvolvido. Será

material de planejamento ao longo dos HTPC

A última reunião do ano será em dezembro para leitura final de relatório

individual de aprendizagem, ficando a equipe de planejar sobre a possibilidade de

a critério do professor de cada turma expor os trabalhos ou realizar alguma

apresentação relacionada aos projetos trabalhados. Pensaremos em oferecer aos

pais um café para confraternização entre escola e família

Atividade de encerramento do 1º semestre

Esta proposta será planejada com o objetivo de promover a integração de

todas as turmas em uma atividade de final de semestre. Faremos uma festa onde

as crianças poderão se divertir e confraternizar com as demais turmas num dia

gostoso e diferente. As atividades serão planejadas oportunamente com os

materiais que dispusemos na ocasião e tentaremos a participação da APM/CE

Atividade de Semana das Crianças

A proposta é a de comemorar a criança como o Centro do nosso trabalho na

Educação Infantil. Nesse sentido é coerente haver atividades diferenciadas nessa

semana que ocorrerá de 9 a 11 de outubro. Para comemorarmos essa semana

planejaremos atividades diversificadas e divertidas que envolvam a participação

de todos os funcionários da escola e tentaremos junto à SE parcerias para

diversificar lanches e atividades.

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Atividades culturais

A APM e o Conselho de escola planejarão atividades culturais como teatro e

contação de histórias para apresentar às crianças ao longo do ano.

Festa de Confraternização

Entendemos que é um momento de fechamento de ciclo e assim,

programaremos atividades que integrem as turmas numa despedida do ano,

sempre verificando a laicidade que a escola deve assumir e, portanto sem

planejamento de atividades de cunho religioso mas sim de despedida da turma ,

lembrando que muitos estarão indo para outra escola.

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VI. CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

1. Nosso caminho rumo à construção de um currículo baseado em

campos de experiência

O nosso currículo é fruto da nossa história. A educação infantil ao longo dos

anos vem apresentando novas formas de olhar para seus fins e objetivos e,

consequentemente, nós educadores, acompanhando estas mudanças, vamos

aprimorando os nossos olhares.

Até o ano de 2015 o currículo da nossa escola era divido por áreas do

conhecimento, conforme a orientação da Proposta Curricular de São Bernardo do

Campo. Porém, desde 2013 a equipe escolar vinha discutindo outras formas de

organizar o currículo.

“Para orientar as unidades de Educação Infantil na tarefa de aperfeiçoar suas práticas pedagógicas, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação em 2009 (Parecer CNE/CEB nº 20/09 e Resolução CNE/CEB nº 05/09), desafiam os professores que atuam junto às crianças de 0 a 5 anos a construírem propostas pedagógicas que, no cotidiano de creches e pré-escolas, deem voz às crianças e acolham a forma de elas significarem o mundo e a si mesmas, em parceria com as famílias. Neste sentido, foram elencados três aspectos a serem discutidos: currículo, campos de experiência e avaliação” (Zilma de M. R. de Oliveira , MEC , 2013)

No ano de 2016 a equipe optou por tirar do PPP a parte que tratava do

Currículo da Educação Infantil, que estava organizado em áreas de conhecimento por

entender que havíamos superado esta forma de organizar o nosso currículo. Porém

ainda não tínhamos estudado o suficiente para estarmos seguros de redigir e organizar

um currículo de nossa autoria para nossa escola em campos de experiência. Nossa

proposta foi então, a de que durante o ano de 2016 estudaríamos essa nova proposta

de estruturação curricular da educação infantil e a partir de nossas reflexões,

discussões e ponderações acerca dos diversos autores estudados, em 2017

passaríamos a elaborar essa parte do nosso PPP, mesmo sabendo que essa redação

será uma primeira tentativa e que novas discussões poderão ratificar nossa escrita,

aperfeiçoar e / ou mudar o que produzimos. As reflexões e orientações que se seguem

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são frutos de nosso estudo e farão parte deste nosso PPP, bem como o percurso

percorrido até o momento.

1.1 O que entendemos por um currículo organizado em Campos de Experiências:

Um currículo mais flexível, onde o professor tenha mais liberdade e trabalhe

baseando - se na realidade da comunidade escolar. Os professores realizam propostas

de atividades onde podem contemplar os campos de experiências necessários para o

desenvolvimento global das crianças. Há a valorização dos conhecimentos prévios,

experiências das crianças e os espaços são repensados, aproveitados para diversos

fins, usando criatividade, exploração e dando voz e vez às crianças, valorizando o que

trazem de aprendizagem, suas produções e onde podem experimentar diversas formas

de situações, incentivando sua autonomia, participação e troca de conhecimentos.

1.2 Como é uma escola onde o trabalho é organizado em campos de

experiências:

É uma escola infantil que continuamente valoriza as experimentações individuais e

coletivas. O papel do professor muda, passa a acolher, valorizar e ampliar a

curiosidade, as explorações, as propostas das crianças e criar oportunidades de

aprendizagem para incentivar a organização daquilo que as crianças vão descobrindo.

A escola transforma-se num ambiente onde a experiência modifica e transforma e é

retomada e reelaborada.

O professor toma a sua ação, discute de forma constante e escolhe os estímulos

mais adequados, confiando na capacidade dos alunos.

Refletir sobre o trabalho pedagógico por meio de Campos de Experiências

permite ao professor compreender que no seu trabalho algumas orientações devem

reger a elaboração do seu planejamento e as suas intervenções junto à criança:

Os princípios humanizadores devem ser considerados para todas as faixas

etárias;

A criança é o Sujeito da ação – o professor deve garantir o protagonismo da

criança;

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Buscar sempre promover a participação efetiva da criança;

Cuidar de uma prática educativa que possibilite oferecer as mais diversas

linguagens às crianças;

Repensar a prática por meio dos aspectos da Experimentação, da não

priorização de conteúdos, de meios de provocação para professores e crianças;

Não trabalhar de forma fragmentada, ou seja, há um grande incentivo para

unir os diversos conhecimentos dentre várias atividades a serem ofertadas às

crianças;

Refletir sobre quais saberes devem ser priorizados para as crianças

pequenas;

O currículo na educação infantil precisa ser organizado para possibilitar à

criança alcançar os saberes necessários;

Compreender que mesmo as crianças explorando o mesmo tema por meio de

um trabalho coletivo ou em grupo, não significa que todas irão elaborar os seus

saberes da mesma forma;

Promover trocas entre turmas com tema a ser apresentado ou que já estava

sendo explorado pelas crianças, independente de ser o mesmo tema ou a mesma

faixa etária;

Arriscar possibilidades com as crianças considerando os seus potenciais e

possibilidade de desenvolver e aprimorar aprendizagens cada vez mais;

Sensibilidade para perceber quais outros interesses as crianças apresentam;

Perceber os questionamentos que as crianças seguem fazendo para

desencadear novas ações.

Possibilitar à criança através do trabalho na educação infantil o acesso á

cultura mais elaborada. O lugar da escola é o da cultura, segundo Vygotsky.

Oferecer a forma mais elaborada das coisas é contribuir para um desenvolvimento

de forma mais significativa;

Garantir que haja a expressão da criança nas múltiplas linguagens;

Garantir às crianças atividades significativas. Fazer simplificações é o mesmo

que dizer para a criança que ela não é capaz de entender ou de buscar o

entendimento do que ela não entendeu.

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Trabalhar com campos de experiência como forma de organizar o currículo da

educação infantil aponta para a importância do planejamento, muito ao contrario do

que muitos possam pensar, quando erroneamente acham que se deve esperar

sempre pelo assunto que desperte o interesse das crianças para então planejar

ações. O professor participa do processo sugerindo assuntos também, mas não será

mais o professor sozinho que determina o caminho a seguir com determinado

assunto. O interesse da turma determina o conteúdo necessário para dar conta

desse interesse. O planejamento é fundamental e mais difícil de ser realizado, pois

não pertence somente ao professor, mas agora que a criança tem voz e interesse, o

professor precisa estar muito mais atendo à sua turma. O professor precisará levar

em consideração alguns aspectos ao planejar, ou seja, os interesses das crianças

buscando aprimorar o conhecimento com significatividade à elas; deve considerar a

criança enquanto sujeito e promover sempre a sua participação efetiva. Deve

considerar e conhecer a realidade da criança. O professor deve refletir que a criança

já nasce com potencial e características de inteligência. As características humanas

são aprendidas pelas experiências vividas e a escola e a vida coletiva tem o papel

fundamental para essa constituição. O professor deve refletir em que situação se

encaixa: Como planeja, como atua e em que condições isso acontece.

O professor deve estar atento a ofertar sempre mais aprendizado para as crianças.

Às vezes o professor deve avaliar a própria atividade, se essa facilita ou dificulta

para a criança o aprendizado. A importância do professor em criar um espaço

favorável para as crianças trocar, jogar papéis entre elas, mostrar novas

possibilidades e observar o momento certo para mediar. O professor de educação

infantil tem que intermediar o tempo todo. No momento que o professor prepara o

espaço, é uma mediação, na oferta de materiais, na organização do tempo e na

observação, são mediações. O professor ao criar uma sistemática de observação de

sua sala, das ações e comentários da turma, ele será capaz de elaborar ou

reelaborar seu plano a partir daquilo que observar.

Além disso, o professor enquanto profissional precisa estar sempre se aprimorando,

teoricamente na área específica, mas também culturalmente:

Formação do professor precisa ocorrer de forma contínua;

O professor deve buscar ampliar o seu repertório cultural – Uma formação

global;

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O professor deve buscar por leituras para aprofundar os seus conhecimentos e

desta forma ser possível buscar estar sempre refletindo sobre a sua prática

educativa;

O professor deve trazer possibilidades e conhecimentos de suas próprias

vivências como possibilidade de ampliar o repertório de aprendizagem da criança;

São ricas e produtivas as trocas entre os professores (contribuição entre os

colegas), as crianças e todos os envolvidos na dinâmica do trabalho pedagógico;

Também o professor deve levar em consideração os aspectos afetivo e cognitivo

na criança, que não se separam porque a criança está em desenvolvimento da

personalidade e inteligência, ao mesmo tempo a confiança da criança no adulto

contribui durante esse processo de desenvolvimento da inteligência, condições do

meio.

A relação do professor com a criança faz parte da intencionalidade pedagógica

em todas as situações, contribuindo para o incentivo e valorização das suas

capacidades. As relações cognitivo-afetivo devem ser cuidadosamente pensadas na

escola.

Escolas de 0 a 3 anos com cuidados assistencialistas e escolas 4 a 6 anos que

fazem antecipações de conteúdos do ensino fundamental não estão trabalhando as

verdadeiras potencialidades de cada faixa etária.

2. Campos de Experiências

No início de 2017, com a chegada de novos membros à equipe gestora,

retomamos o percurso que havia sido traçado até então e nos debruçamos na tarefa

de estabelecer, em conjunto com os educadores, os campos de experiência que

fariam parte do nosso Projeto Político Pedagógico.

Nas reuniões de HTPC foram apresentadas diferentes propostas curriculares

vigentes em outras cidades, estados e até países e através da análise e discussão

coletivas, chegamos a seguinte proposta:

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1. Comunicação e letramento

2. Conhecimento espacial e matemático

3. Arte e suas linguagens

4. Identidade e relações

5. Corpo e suas possibilidades

6. Sociedade e Natureza

Passamos a seguir a conceituar os campos acordados e listamos algumas

experiências que já são realizadas na escola, mas optamos por mantê-las ao final da

conceituação de todos os campos, uma vez que perpassam por vários deles.

2.1 Comunicação e Letramento

Em seu processo de desenvolvimento, o ser humano usa linguagens diversas para

significar o mundo e interagir com outros sujeitos da cultura. Linguagens essas que

dependem da função simbólica, capacidade de construir símbolos e signos, que

permitem evocar ou tornar presente o que está ausente, possibilitando a separação

do sujeito da situação imediata. Nesse sentido, é importante propiciarmos às

crianças experiências que contribuam para o desenvolvimento da linguagem e do

pensamento, de forma a se apropriarem da cultura e de produzi-la. Assim, vão se

constituindo como sujeitos, na medida em podem dizer e deixar marcas, expressar,

compartilhar e comunicar significados, potencializando sua imaginação, seus

pensamentos, suas lógicas e sua capacidade de representação e simbolização.

A comunicação e o letramento na Educação Infantil, entende-se por experiências da

criança com a cultura oral, pois é na escuta de historias, na participação em

conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo

e nas implicações com as múltiplas linguagens, que a criança se constitui

ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Porém, todo este

processo não pode ser de forma subjetiva, pois a escola é um polo de surdos,

necessitando de atividades objetivas ( concretas).

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A apropriação da linguagem oral e/ou em Libras, a expressão gráfica, musical,

plástica, dramática, escrita entre outras, potencializam a organização do

pensamento na capacidade criativa, expressiva e comunicativa da criança.

Em diversos gêneros textuais, a criança percebe varias possibilidades de

letramento, como: o calendário, receitas, bilhetes, contação de historias, reconto,

textos coletivos que levam a situações de leitura e de escrita, aprendendo a ver o

mundo das imagens, das letras, das palavras e dos textos.

2.2 Conhecimento espacial e matemático

O trabalho com a matemática na educação infantil é rico de possibilidades, pois ela

está presente na arte, na música, nas histórias, nas brincadeiras, na dança, no

mundo natural e social. As crianças estão vivendo a matemática quando descobrem

coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam coleções, estabelecem

relações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as formas, ocupam um

espaço.

Entender a forma como as crianças se apropriam dos conhecimentos matemáticos

significa discutir como, a partir de suas especificidades, elas interagem com a

matemática presente no cotidiano. Ou seja, a criança já nasce em um mundo repleto

de produções culturais do qual o conhecimento matemático é parte integrante,

enquanto um objeto de uso social. Para se apropriar desse conhecimento a criança

deve ser incentivada a elaborar hipóteses, a estabelecer relações, a dialogar com

adultos e com outras crianças num “ambiente matematizador”. Nesse sentido, o

trabalho com a matemática deve possibilitar à criança vivenciar e perceber, de forma

significativa, os usos e as funções da matemática na sociedade, por meio da

interação, das brincadeiras, da imitação, da experimentação, da exploração que são

as formas como ela aprende e se desenvolve.

Um dos objetivos do ensino da matemática deve ser o de desenvolver a capacidade de

dedução (raciocínio lógico) e não a habilidade para calcular mecanicamente. É

importante compreendermos que os números são símbolos que representam

graficamente uma quantidade de coisas que poderiam ser representadas de outra

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forma. Assim, antes de descobrir os números, é importante ajudarmos as crianças:

dizer quantos têm, mostrar nos dedinhos e brincar com tudo isso. Também é muito

importante que os primeiros contatos da criança com a matemática lhe tragam

prazer e que ela tenha a sensação de estar fazendo descobertas interessantes.

Este campo de experiência dirige-se de modo específico às capacidades de

agrupamento, ordenamento, quantificação e mensuração de fatos e fenômenos da

realidade, e às habilidades necessárias para interpretá-la e para intervir

conscientemente nela. Para essa finalidade, as habilidades matemáticas concernem

em primeiro lugar à solução de problemas mediante a aquisição de instrumentos que

podem se tornar, por sua vez, objeto de reflexão e de análise.

2.3 Arte e suas linguagens

A arte está presente na vida das pessoas e uma das suas principais atribuições na

educação infantil é possibilitar que a criança amplie seu conhecimento, suas

habilidades e a descoberta de suas potencialidades. Por meio da arte a criança

expressa seus sentimentos, medos e frustrações, ampliando sua relação com o

mundo.

A aquisição da função simbólica possibilita também às crianças se expressar,

comunicar ideias, atribuir sentido ao mundo, às sensações, aos pensamentos e

transformar a realidade por meio da linguagem visual e plástica. A linguagem

artística é essencialmente responsável pela produção cultural humana e se

manifesta por meio de diferentes modalidades: desenho, ilustração, gravura, pintura,

escultura, construção, instalação, fotografia, cinema, televisão, computação gráfica,

música, teatro, dança, dentre outras.

2.3.1 Artes Visuais

As artes visuais se concretizam pela organização de linhas, formas, pontos, tanto

bidimensionais quanto tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz, integrando

aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e comunicativos na perspectiva de

compartilhar significados. Assim, a forma como a criança vai se expressar, apreciar

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e compartilhar significados por meio da linguagem visual vai depender de suas

experiências de vida, bem como do conhecimento dos signos, símbolos, suportes,

materiais, instrumentos e procedimentos próprios dessa linguagem.

Nesse sentido, as artes visuais são fundamentais para a formação humana, ela

permeia nossas vidas, nos encoraja a dialogar com o mundo, nos permite refletir

sobre nós mesmos, ensina a criança a valorizar o trabalho do outro, respeitando

assim a diversidade cultural.

Com o desenho de uma criança podemos aprender muito sobre seu modo de pensar

e sobre as habilidades que possui. Desenhar possibilita a criança estruturar seu

pensamento, mas é importante respeitar o ritmo de cada uma e a evolução de suas

produções, porque cada criança tem um tempo e uma maneira de internalizar suas

experiências e vivências. Para que haja avanços nessa forma de expressão, é

preciso promover experiências diversificadas para contemplar a fase de cada

criança que precisa ser conhecida pelos educadores.

O professor deve incentivar a criança para que ela se expresse e represente seu

pensamento, incentivando-a em suas criações, valorizando suas diferentes formas

de expressão e comunicação com o meio. Isso significa que quanto mais

experiências as crianças tiverem e mais acesso às obras de arte, apreciando-as,

observando-as de diferentes ângulos, dialogando com ela, deixando que seus

sentimentos e sensações falem mais alto, mais imagens e cores irão compor seu

repertorio artístico, assim mais elementos ela terá em sua memoria para resgatar e

comparar, fazendo sua apreciação estética.

2.3.2 Música E Dança

Através da música é possível à criança se expressar, interagir com os outros e

ampliar seu conhecimento do mundo.

Os elementos musicais permitem a expressão das sensações, sentimentos e

pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.

Assim, é importante que a criança vivencie experiências que possibilitem a

percepção e compreensão dos elementos musicais (som, ausência de som, altura,

timbre e intensidade).

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O repertório musical infantil frequentemente é limitado ora por composições pouco

representativas do cancioneiro infantil, ora pelo repertório adulto ao qual a criança

está inserida seja pela família ou qualquer outro grupo social ao qual faz parte.

Frente a essa situação é papel da escola da infância, a ampliação desse repertório

levando em conta diferentes gêneros, ritmos e estilos musicais. A diversidade

cultural também contribui para essa ampliação através do aprendizado de cantos,

ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos; bem como a

exploração dos sons corporais.

Outro aspecto fundamental nesse campo de experiência musical diz respeito à

relação entre música, movimento e dança. Dança é um aspecto da corporeidade e

tem uma íntima relação com a música.

Mas isso não significa que seja a mesma coisa, música e dança são duas

manifestações distintas, mas que guardam entre si aspectos comuns como o ritmo e

o pulso, a energia, a força e o volume dos sons.

Incentivar as crianças a fazerem música, a se movimentarem e dançarem é atender

à necessidade que elas tem de se expressar e de brincar. A organização entre sons

e silêncio, ultrapassa as técnicas e faz dessa arte/linguagem algo capaz de mexer

com todas as emoções possibilitando a formação humana.

A exploração musical é intuitiva e revela pouco controle ou domínio técnico sobre o

material sonoro. Com o desenvolvimento gradativo da motricidade, as crianças vão

conseguindo controlar melhor os movimentos, o que viabiliza a manipulação

intencional dos instrumentos e outras fontes sonoras quer seja nas brincadeiras, nos

projetos de trabalho ou, em outros momentos, na instituição ou fora dela.

Já afirmamos que as crianças aprendem, estabelecendo relações e interações com

objetos e pessoas e, como a música está em todos ambientes, as Instituições de

Educação Infantil podem oferecer experiências de exploração musical nos seus

tempos e espaços, tendo como desafio coordenar essa aprendizagem com outras,

porque a criança aprende enquanto experimenta o mundo, dando um significado à

sua existência. É importante considerar que uma das formas de superação das

desigualdades sociais está nas possibilidades de acesso ao conhecimento e aos

saberes e na forma como eles são compartilhados.

Nesse contexto, as experiências possibilitadas às crianças devem ultrapassar as

barreiras das deficiências, cor da pele, orientação sexual ou religião, considerando

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toda riqueza de sons e danças de origem africana e que hoje se definem como

ritmos afro-brasileiros, é necessário construir e reconstruir saberes e conhecimento

de respeito e valorização da memória africana. Nessa linha é importante considerar

a influência indígena. Trabalhar nessa perspectiva é uma forma de garantir

aprendizagem e formação humana dentro do princípio da diversidade.

2.3.3 Teatro

O faz de conta é importante para a criança, pois esta se constrói e constrói o mundo

a sua volta a partir de processos imitativos. Essa dramatização espontânea da

criança pode ser seu jogo favorito através do qual desenvolve habilidades

expressivas. Quando aproveitamos esta aptidão que a criança demonstra desde

cedo pela brincadeira de faz de conta, podemos provocar seus interesses,

desafiando-as a participar de jogos organizados pelo professor com a intenção de

desenvolver não somente suas habilidades expressivas, mas também de lidar com

muitas outras situações que povoam seu cotidiano. É necessário diferenciar a

dramatização espontânea da criança que chamamos de faz de conta e a

representação teatral. Na brincadeira de faz de conta a criança imita ações

exteriores espontaneamente e a partir de seus interesses. A criança pequena não se

interessa por afetar outra pessoa a sua volta em sua brincadeira, brinca de ser o

outro pelo prazer envolvido nessa ação. É através da intervenção do educador que

as crianças serão levadas a perceber que não estão isoladas no mundo e que a

representação teatral lhe oferece a possibilidade de se colocar no lugar do outro e

comunicar ideias a partir do gesto empregado.

As experiências propostas diferenciam-se do faz de conta infantil devido à existência

de regras organizacionais pré-estabelecidas e negociadas com as crianças, de

delimitação de espaço e de uma preparação antecipada. Apesar de haver

improvisação por parte do grupo que encena, as regras e combinados são anteriores

à ação. Destacamos a participação do adulto como parceiro/organizador deste jogo,

mas toda a organização pode ser realizada em conjunto com o grupo de crianças.

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2.4 Identidade e relações

Nesta perspectiva espera-se um trabalho que desenvolva a capacidade do sujeito de

expressar seus sentimentos e necessidades, sendo também capaz de lidar com

suas emoções e desejos. Com isso, se faz necessário apropriar-se da organização

pessoal e espacial, para o autocuidado, visando o seu bem estar, adquirindo

sentimentos de confiança e segurança, sendo assim, capaz de se adaptar às novas

situações. Neste aspecto, é necessário perceber o outro como ser independente de

si e respeitando-o como tal, desenvolvendo a capacidade de trabalhar e conviver em

grupo.

2.5 Corpo e suas possibilidades

Na perspectiva da construção de sua corporeidade e da constituição de sua

subjetividade, deve-se possibilitar às crianças na Educação Infantil desenvolver

suas possibilidades corporais e a capacidade de controle de seu corpo, no sentido

de realizar deslocamentos mais ágeis, seguros e ações mais precisas no seu

espaço físico e cultural.

As experiências propostas devem ser planejadas considerando que as crianças

irão, ao vivenciá-las, desenvolver a orientação e a adaptação de seu corpo no

espaço, irão também construir a autonomia de movimentos necessários ao

autocuidado e o cuidado com o outro, além de desenvolver a capacidade de criar,

imaginar e se expressar por meio de gestos e movimentos.

Outro aspecto a ser considerado nesse campo, em relação às crianças, é o

desenvolvimento de suas percepções: visual, olfativa, gustativa, tátil e cenestésica.

Para que alcancemos os objetivos propostos devemos tentar sempre ampliar o

repertório de manifestações culturais, estéticas e artísticas relacionadas ao

movimentar-se humano, reconhecendo e respeitando toda diversidade, as

diferenças corporais relativas a gênero, etnia e faixa etária.

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2.6 Sociedade e Natureza

A intenção deste campo é nortear o trabalho com o objetivo de criar situações de

contato com diferentes experiências que levem as crianças a refletirem a partir de

evidências. Isso significa que algumas experiências do cotidiano levam os pequenos

a formar esquemas de percepção que os ajudam a desenvolver atitudes

investigativas e pensar sobre as ideias que eles elaboram diante de diferentes

situações, culturas e do modo de vida social.

Com relação ao ambiente interno são diversas as experiências vivenciadas que

promovem a vida em sociedade. A divisão dos brinquedos, dos espaços coletivos,

como banheiros, bebedouros, refeitórios, músicas e brincadeiras que enfatizam o eu,

o outro e o nós e as regras de convivência.

A vida em sociedade e a valorização de culturas podem ser trabalhadas partindo de

temas como num simples conto de fadas, questionando se o ambiente era realmente

como é contado, trazendo também essa experiência para o dia a dia das crianças.

A partir da observação é possível despertar a curiosidade das crianças para que

questionem os “como” e os “por quês” do mundo e assim transferirem essa

percepção para o ambiente externo da escola considerando as transformações

feitas pelo homem e as causas e consequências para a natureza. Como o exemplo

da invenção do papel para enxugarmos as mãos que facilitam os nossos cuidados,

mas devem ser utilizados com consciência, pois o papel é fabricado através da

extração de arvores o que ocasionaria a falta de oxigênio. Quando o professor

apresenta questões ou problemas que despertem a curiosidade e a inquietação

quanto às situações apresentadas, a criança inicia sua busca para soluções para o

cuidado, preservação da biodiversidade e sustentabilidade. A partir dessa

curiosidade despertada o professor pode se aprofundar na cultura, relação com a

natureza, e a busca dos antepassados para as transformações tecnológicas.

Com o objetivo de reforçar os vínculos já existentes, criar novos e estabelecer uma

sensação de pertencimento, devem-se propor ambientes diferenciados com

aspectos familiares e também de diversas culturas, para que as crianças pratiquem

o faz de conta e brinquem muito, sendo assim direcionadas para entender as regras

de convivência, temas como trabalho, profissões, tipos diferentes de vestuários,

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diferentes celebrações, o ambiente e as necessidades quanto a preservação e

principalmente conhecer a história de sua família.

A intencionalidade do professor é que garantirá a vivência a partir dessas

experiências formadoras e transformadoras.

Sabendo que o conhecimento se constrói por aproximações e superações, é

importante que o professor proporcione experiências sucessivas de conhecimento

de corpo, animais, planta, meio ambiente, astros, fenômenos da natureza e

fenômenos físicos e químicos, fazendo com que a criança entenda que ela faz parte

de um sistema e que suas ações serão positivas ou negativas para a natureza.

3. Experiências

A opção de listarmos algumas experiências que já são realizadas na

escola, e de mantê-las ao final da conceituação de todos os campos ocorreu uma

vez que essas experiências perpassam por vários deles. Também entendemos que

essa lista é dinâmica e será alimentada pela equipe ao longo do ano, quando houver

boas experiências. Nosso rol de experiências:

Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da

produção musical brasileira e de outros povos e países;

Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar

seus conhecimentos sobre a produção musical;

Brincadeiras musicais: rodas, cantigas, músicas cumulativas, etc.;

Jogos musicais;

Jogos de configuração (criar gestos em cima de imagens);

Jogo de sombra, contorno e imagem;

Atividades corporais que trabalhem ritmo: bater bola no chão, na parede,

pular corda, etc.;

Histórias com música;

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Caixa Surpresa musical: com brinquedos musicais produzidos pela turma

para que eles adivinhem através do som, qual é o instrumento e que tipo de som

ele produz;

Confecção e exploração de objetos para produzir e reproduzir sons;

Construir objetos sonoros: encher potinhos de plástico ou latinhas de

refrigerante com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz) e mostrar às

crianças as diferenças de sons (graves, médios e agudos). Depois pedir a elas para

organizá-los do mais grave para o mais agudo e vice-versa. Garantir material igual

em cor e formato a fim de que as crianças possam realizar as experiências guiadas

apenas pelo som.

Apreciação musical: músicas, sons do ambiente, bingo musical, vozes,

ritmos, gêneros musicais;

Passear com as crianças pela escola para que elas observem os sons do

cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha, corredores. Depois as

crianças podem fazer mapas registrando suas observações, o que vai estimular a

audição;

Dramatizações utilizando fantoches e música;

Realizar com as crianças o resgate cultural do assunto trabalhado de acordo

com os projetos;

Levantamento de preferências musicais com as crianças e familiares;

Vídeos musicais;

Parcerias para promover apresentações para as crianças;

Apreciação de concertos musicais;

Música para relaxar, música ambiente, momentos da rotina, aquecer,

motivar;

Confeccionar com os alunos livro das músicas preferidas ou as que foram

trabalhadas com eles e a gravação de CD com os alunos cantando ou produzindo

sons musicais com o corpo, instrumentos ou outras fontes sonoras.

Apresentação das turmas com músicas escolhidas pelas crianças e a

professora;

Observação de obras de artes;

Produção artísticas utilizando diferentes suportes e meios como:

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-papéis diversos, tecidos, parede;

-tinta de terra, corante, folhas, flores, gelatina;

-pincéis, gravetos, cotonete, folhas, galhos, bexigas, barbantes, colagens de

diferentes materiais;

Utilizar músicas com como fundo, agitadas ou calmas para que interfiram

nas produções de artes;

Brincar com água, terra e areia;

Brincar de saco ou caixa surpresa, reconhecendo os objetos pelo tato, pelo

cheiro, pelo gosto, pelo som que produzem e descrevendo sensações;

Brincar com a exploração de diversos sabores, cores, imagens, cheiros,

texturas, consistências, temperaturas etc.;

Brincar nos espaços externos e internos da escola, com obstáculos que

permitam arrastar, engatinhar, levantar, subir, descer, passar por dentro, por baixo,

saltar, rolar, virar cambalhota etc.;

Brincar livremente nos espaços externos da escola;

Participar de brincadeiras com circuitos motores;

Brincar com objetos, como empurrar pneus, pular corda, jogar bola,

bambolês;

Rodopiar, balançar, escorregar, equilibrar-se, subir escadas, usar os

brinquedos do parque;

Brincar de faz de conta;

Vivenciar brincadeiras e jogos corporais como amarelinha, cabo de guerra,

marinheiros da Europa e da pipoca, roda, boliche, pano encantado, passa- anel,

bola ao cesto, esconde- esconde, caçadores de tartaruga, mãe polenta, vamos

brincar no bosque, patinho feio, rabo do macaco, acorda seu urso, ponte da

vinhaça, etc.;

Vivenciar brincadeiras que envolvam tensão e relaxamento;

Brincar de descobrir a respiração, deitando-se e observando, etc.;

Fazer o contorno do corpo, recortá-lo, revesti-lo, delinear suas feições;

Vivenciar jogos de imitação e mímica;

Fazer releitura corporal de obras de arte;

Vivenciar histórias dramatizadas com o grupo;

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Movimentar-se livremente, expressando sentimentos e ideias;

Brincar de circo, imitando palhaços, malabaristas, mágicos;

Dramatizar histórias, imitando e criando personagens;

Criar cenários, personagens e tramas nas brincadeiras de faz de conta,

utilizando fantasias e acessórios;

Assistir e criar peças de teatros com pessoas, de fantoches, de bonecos, de

varetas, com objetos que se transformam, teatro de sombras, etc.;

Assistir e participar da construção de espetáculos de dança de vários estilos

e ritmos;

Assistir e participar de apresentações de diversas danças;

Dançar criando movimentos;

Visita à feiras livres que são utilizadas nas atividades educativas para

enriquecimento das propostas;

Visitas às exposições na cidade de São Bernardo do Campo e região.

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VII. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS E DE

INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

1. Avaliação das aprendizagens das crianças

A observação e o registro são instrumentos que auxiliam o professor na sua

prática pedagógica, permitindo que obtenham dados e informações que irão nortear

a proposta que está sendo desenvolvida: momentos em que é possível avançar,

retornar ou reformular.

A sistematização deste processo ocorre através do registro escrito da

criança e do registro do professor, seguindo orientações e critérios tais como: ser

diário, escrito com observações das características do grupo e individuais de cada

criança para acompanhamento do processo de aprendizagem.

No início do ano as professoras recebem os relatórios das crianças do ano

anterior como importante instrumento para conhecer um pouco das conquistas de

cada um. A entrevista com a família também pode trazer informações importantes

sobre cada criança.

A partir da leitura do relatório, dos dados informados na entrevista com os

pais e na observação, os dados são registrados e ajudam a reconhecer o que as

crianças já sabem, quais são os interesses e curiosidades. Esta avaliação é feita

individualmente e no grupo como um todo, de forma que possibilite à professora

saber quais são as hipóteses de pensamento das crianças e de como constroem o

conhecimento. Desta forma, se constituirá o planejamento dos Projetos, das

atividades sequenciadas e permanentes.

A partir desse momento os professore escrevem a sua “Carta de intenções”

onde traçam o caminho que pretendem seguir com o planejamento frente ao

levantamento das necessidades, saberes e interesses da turma. Essa carta de

intenções será compartilhada com os pais na segunda reunião com eles.

A avaliação processual ocorre durante todo o desenvolvimento do trabalho,

onde todas as ações são avaliadas, reavaliadas e alteradas quando necessário.

Através do diário de bordo, cada professora vai registrando os processos de

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aprendizagens da turma, organizando também por criança seus registros. Neste ano

houve a orientação desde o inicio do ano para que as professoras separassem uma

parte de seus diários de bordo para realizarem a escritas das observações

individuais das crianças.

As informações registradas ao longo do semestre vão constituir a escrita do

Relatório individual da criança. Depois da entrega destes relatórios à CP, é

promovida pela equipe uma devolutiva desses relatórios, constituindo-se num rico

momento de discussão, reflexão, troca de conhecimentos e trabalho cooperativo de

construção de conhecimento. A partir de então, novos encaminhamentos serão

lançados para o professor em seus próximos trabalhos.

Além destas avaliações que direcionam o trabalho do professor quanto ao

processo de desenvolvimento da criança por meio da escrita dos relatórios

individuais, registros de observações feitas em sala de aula em diário de bordo,

avaliação escolar de final de ano, realizamos avaliação da comunidade que tem por

objetivo levantar avanços e dificuldades do trabalho desenvolvido por nossa unidade

Escolar e enviado à Secretaria de Educação.

Nos anos anteriores, começamos a promover algumas mudanças na forma

como as professoras planejam projetos e fazem seus registros no diário de bordo. O

estudo desenvolvido no plano de formação tem provocado diversas reflexões no

trabalho desenvolvido pela escola e consequentemente a avaliação das

aprendizagens das crianças e a escrita do relatório vêm se modificando a partir de

um novo olhar.

2. Acompanhamento dos instrumentos metodológicos

Acreditamos que o professor se forma em vários momentos e espaços que

não se restringem somente à escola. Além do tempo sistematizado voltado ao Plano

de Formação Continuada existem outros momentos de formação do professor que

também são voltados às ações formativas e que dizem respeito ao

acompanhamento dos instrumentos metodológicos. A documentação pedagógica se

realiza em um processo cooperativo, que ajuda o professor a escutar e observar as

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crianças. Possibilita aos educadores construir experiências significativas para as

crianças, promovendo o crescimento profissional e a comunicação entre os adultos.

Proporciona reflexão sobre a prática, às experiências vivenciadas e os projetos

explorados.

2.1. Planejamento e Registro do professor

São vários os momentos e instrumentos de planejamento. No início do ano os

professores planejam as primeiras propostas para o mês de fevereiro tendo como

objetivo principal acolher as crianças que estão em período de adaptação e

conhecê-las. As observações iniciais sobre os interesses das crianças vão nortear o

planejamento de atividades sequenciadas, projetos e as atividades permanentes

para os próximos meses. Sempre que necessário, de acordo com o processo vivido

e novos interesses das crianças, os professores vão retomando os projetos,

reorientando o plano ou planejando outros de acordo com a necessidade da turma.

Uma vez por semana (sextas-feiras) a CP faz o acompanhamento do Diário de

bordo lendo os registros com o objetivo de conhecer as crianças, a prática do

professor para poder auxiliá-lo em suas reflexões, dar suporte material se

necessário, saber de boas práticas, enfim, interagir com o professor por meio de

devolutivas escritas e em caso de urgências fazer intervenções diretas em sala de

aula para ajudá-lo.

O Diário de Bordo tem sido um importante instrumento de reflexão sobre a

prática das (os) professoras (es) e de produção de conhecimento pedagógico. Este

instrumento consolida a concepção que temos construído na escola de professor

pesquisador, investigador e produtor de conhecimento. O Diário de Bordo valoriza o

professor quando lhe devolve a autoria pedagógica, ou seja, a produção de teoria

por meio da experiência. (LOPES, 2009)

O valor da experiência e a importância do registro como memória tem se

consolidado a cada ano nesta escola ao qualificarmos e ampliarmos cada vez mais

o uso do Diário de Bordo como instrumento metodológico. Nesse sentido nos

apoiamos em Benjamin (2014) que afirma a importância da memória e da

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experiência como forma do sujeito se apropriar de um acontecimento, elaborar e

atribuir sentido.

Para além da escrita, entendemos como necessária a leitura dos diários pela

Coordenação Pedagógica no intuito de estabelecer parceria e trabalho colaborativo.

Desde o inicio do uso do Diário na escola em 2013, observamos os ganhos que esta

parceria pode promover quando há uma interlocução entre professor e Coordenador

por meio do Diário. Nas conversas travadas no diário, a Coordenadora Pedagógica

pode mobilizar o professor a produzir narrativas e a refletir sobre o fazer pedagógico.

Cada professor vai desenvolvendo seu estilo de escrita ao longo da experiência

de escrever diariamente. Contém escritas variadas sobre observações das crianças,

desenvolvimento do dia, problematização sobre uma proposta, número de crianças

presentes no dia, encaminhamentos frente a reflexão , planejamento, enfim, várias

são as possibilidades de uso deste instrumento e de linguagens que podem

completar a reflexão. Algumas professoras optam por adicionar fotos e vídeos em

seus registros o que também tem sido muito rico.

Sabemos o tamanho do desafio da proposta do uso do Diário de bordo como

instrumento metodológico. Seu uso implica em dedicação de tempo para quem

escreve e para quem o lê e compreensão do valor deste instrumento para que

efetivamente se torne um instrumento valioso para a qualificação do trabalho do

professor que o utiliza.

Mesmo com todos os desafios e limitações, o Diário de Bordo vem sendo

avaliado pelas professoras como um importante instrumento para a formação

profissional e a valorização do trabalho, sendo assim, o manteremos em 2016 para

todos os professores. Desta forma, acreditamos que compartilhamos saberes e

formamos uma comunidade reflexiva como argumenta Bruner (2000, p.201):

O núcleo da ideia é que é um erro grave localizar a inteligência numa cabeça isolada. Ela existe também não só no nosso meio particular de livros, enciclopédias e anotações, mas ainda nas cabeças e nos hábitos dos amigos com que interagimos, até mesmo naquilo que do ponto de vista social acabamos por dar por adquirido. No capítulo precedente, eu mencionava a descoberta de Harriet Zuckerman, segundo a qual a oportunidade de alguém ganhar o Prémio Nobel aumenta grandemente pelo simples facto de ter trabalhado no laboratório de quem já o tenha ganho. E não é porque a associação lhe confira qualquer “cunha” ou torne mais visível. Tem a ver também com o facto de se ter entrado numa comunidade, cuja extensa inteligência passa a partilhar. É essa subtil “partilha” que constitui a

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inteligência distribuída. Ao entrar numa comunidade com essa característica, você integra-se não só num conjunto de convenção de práxis, mas também num estilo de exercício da inteligência.

2.2. Relatório Individual da criança (1º e 2º semestre)

A equipe vem discutindo orientações da escrita dos relatórios de forma

antecipada para que todos possam construir junto um modelo coerente com a ação

pedagógica desenvolvida na escola. Elabora-se um rascunho que entre “idas e

vindas” vai sendo constituído a partir das sugestões de alterações para a elaboração

dos relatórios. Após a entrega, a Coordenadora pedagógica realiza a leitura de cada

relatório e faz a devolutiva dos mesmos em reunião individual.

No processo de reflexão sobre as práticas e de uma nova proposta curricular

onde se valoriza as experiências das crianças com os objetos culturais, o uso das

diferentes linguagens e o brincar como eixo do currículo, nossa equipe tem escrito

os relatórios a partir do entendimento de que a avaliação na Educação Infantil se

define como:

[...] instrumento que deve proporcionar às professoras análise de seu próprio trabalho, acompanhando o que as crianças já sabem e o que elas passam a construir de Novo- tendo como objetivo saber se está cumprindo e respeitando as especificidades das crianças, provocando situações educativas lúdicas (uma vez que a brincadeira deve ser o eixo do trabalho educativo), avaliando por meio do registro, da documentação e da análise das suas práticas, articuladamente. (PRADO, 2007, p. 239)

Com base neste conceito de avaliação, os relatórios vão se construindo a

partir das observações das crianças, das reflexões nos diários de bordo, da análise

da documentação pedagógica das crianças, etc. Temos apresentado no relatório o

trabalho desenvolvido com a turma, projetos, sequências e atividades permanentes

e o percurso da criança no semestre. Ao acompanhar o processo, as experiências

vivenciadas pelas crianças, o professor faz a síntese de suas observações no

relatório semestral, tendo como referência o que argumenta Godoi ( 2004, p.102):

No momento em que o professor pensa sobre as crianças e conhece suas características, não para compará-las, para julgá-las e classifica-las, mas para organizar o trabalho, para proporcionar um ambiente rico, prazeroso, com estímulos que vá ao encontro dos seus

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interesses, a avaliação pode ser positiva e favorecer o crescimento tanto da criança quanto do adulto.

Para ilustrar e apoiar as avaliações, o relatório poderá trazer fotos, desenhos,

atividades das crianças, enfim, outros materiais que possam contribuir para o

registro do processo e contribuir para a análise de quem vão recebê-lo

posteriormente, além da própria memória para o professor que o escreveu.

2.3. Registros das Reuniões Pedagógicas e HTPCs

Os registros das reuniões de HTPCs e Reuniões Pedagógicas são feitos por um

professor organizado por escalas. Ficam arquivados em livro ata acessível a todos

e serve de material de consulta para o próximo ano e em qualquer momento do

corrente ano em caso de dúvida das discussões realizadas.

3. PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

2017

Para organizar e subsidiar o acompanhamento do trabalho pedagógico e a

documentação pedagógica pela equipe gestora, formulamos o seguinte plano:

Objetivo Geral: Sistematizar ações da gestão para o acompanhamento do trabalho

pedagógico a fim de qualificar este trabalho.

Período: fevereiro a dezembro de 2017.

Ações:

3.1 Diário de bordo

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Objetivo: Favorecer a reflexão sobre a prática pedagógica por meio de uma escrita

diária contendo registro de ações, interpretações das situações relatadas e

indicação para o replanejamento, entre outros;

Acompanhamento:

Leitura dos diários semanalmente pela coordenação;

Devolutivas: - escrita;

- em conversa particular no HTP;

- abordagem no HTPC;

- roda de conversa em HTP com leitura entre pares;

Roteiro para observação:

Aprendizagem das crianças;

Dinâmica e gestão do grupo;

Mediação;

Relação com os Planos (projetos/ sequências/ permanentes...)

Encaminhamentos gerados;

Eventos iniciados pelas crianças;

Eventos iniciados pela professora;

Ações relacionadas a cuidados;

Uso e organização do material;

A criança em atividade pedagógica;

Relações (adulto/criança; criança/criança);

Ações como aluno (fila, espera, etc);

Ações relacionadas a procedimentos rotineiros;

Ações relacionadas às experiências das crianças;

Ações relacionadas à intervenção no espaço;

Ações relacionadas à intervenção no tempo.

Observar as amarrações entre os registros, os planos e os relatórios.

Plano do dia: criança planeja/ executa/ busca ajuda/ fechamento do dia.

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3.2 Relatório de Aprendizagem

Objetivo: Acompanhar e socializar com as famílias o percurso de aprendizagem

das crianças a fim de promover novas experiências de acordo com as

necessidades observadas.

Acompanhamento:

Indicações no Diário de bordo para registro do percurso de aprendizagem das

crianças;

Construção do portifólio individual e coletivo para avaliação processual;

Tarefas sistemáticas para auxiliar as professoras na elaboração processual do

relatório (análise de relatórios e debate/ escrita por partes a partir de tarefas, etc...);

Indicar / Ajudar as professoras a construir mecanismos de avaliação da

aprendizagem das crianças:

- registrar nos planos as aprendizagens que serão foco de observação;

- considerar a oralidade

- produção escrita/ numérica

- resolução de problemas

- desenho como registro

- desenvolvimento nas brincadeiras: narrativas / exploração

- Aprendizagem individual

- Aprendizagem coletiva

- Níveis de ajuda

- desenvolvimento motor

- relação com as crianças

- relação com os adultos

- relação com os espaços

- Repetir atividades para ver evolução quando possível. Ex. história.

3.3 Portifólio

Objetivo: organizar e documentar as produções das crianças a fim de acompanhar

a aprendizagem e o desenvolvimento.

Ações: Separar e guardar amostras de:

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Escrita;

Desenho;

Produções referentes a projetos e outras propostas;

Oralidade (filmagens / gravações / transcrição);

Fotografias

3.4 Portifólio LIBRAS

Objetivo: padronizar um sistema de acompanhamento da aquisição da língua de

sinais para avaliação da aprendizagem.

Escolher uma história para reconto em LIBRAS periodicamente – garantindo no

mínimo uma filmagem por mês de cada criança;

Elencar alguns vocabulários da rotina e filmar periodicamente cada criança na

conversa do mesmo tema.

Outras ações propostas pela fonoaudióloga

3.5 Tematização de práticas

Filmagem programada para debate em HTPC / HTP

Reescrita do PPP: tematização das propostas de rotina (organização do tempo e

do espaço)

3.6 Contrato Didático HTPC – 2017

O GRUPO ESPERA DA COORDENAÇÃO

o Pontualidade.

o Paciência.

o Parceria/ diálogo.

o Respeito mútuo.

o Compromisso.

o Acolhimento.

o Contribuir para criação de um ambiente harmonioso.

o Alegria e descontração.

o Mediação entre os pares.

o Organização.

o Viabilização de materiais para projetos e atividades planejadas.

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o Momento de planejamento garantido.

o Formação.

o Participação da coordenação no acompanhamento das famílias.

O Contribuições, suporte teórico e intervenções em relação ao trabalho p

O Valorização do trabalho/ acompanhamento e devolutiva.

O Respeito ao percurso individual.

O Intervalo de 15 min.

o Adequar a pauta ao tempo de HTPC.

A COORDENAÇÃO ESPERA DO GRUPO:

o Respeito aos horários de início, intervalo e término das reuniões.

o O professor que faltar ao HTPC terá a responsabilidade de se inteirar

dos assuntos do encontro.

o Utilização efetiva dos dias de planejamento.

o Compromisso nos prazos de entrega de documentação e tarefas que

não participou.

o Avaliação do processo de formação durante o ano.

o Compromisso em trazer material solicitado para o trabalho a ser

realizado.

o Contribuições.

O GRUPO ESPERA DO GRUPO:

o Pontualidade

o Cooperação, participação e respeito ao outro.

o Trocas

o Respeito aos horários e combinados para os espaços

o Respeito ao cumprimento dos combinados e decisões coletivas

o Compromisso

o Que todos possam se posicionar frente às discussões do grupo

o Sucesso, crescimento, aprendizagem, amadurecimento, paciência,

motivação e serenidade.

o Ética

ORGANIZAÇÃO DOS HTPC:

o Um encontro para decisões conjuntas, quando necessário.

o Encontros para planejamento conjuntos.

O Encontros de formação.

O Momentos de troca de experiências entre professoras.

o Garantir momentos onde o tema do HTPC seja o trabalho no polo.

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VIII. REFERÊNCIAS

BARBOSA, Maria Carmem; FARIA, Ana Lúcia Goulart de; FINCO,

Daniela(org).Campos de experiência da escola da infância – contribuições italianas

para inventar um currículo de educação infantil brasileiro/ Campinas/SP: Edições

Leitura Críticas, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil. Brasília, jan.

1998 (versão preliminar).

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais

para a Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

curriculares nacionais para a educação infantil /Secretaria de Educação Básica. –

Brasília : MEC, SEB, 2010

BRASIL. MEC. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: Desenvolvendo

competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de

alunos surdos. Brasília/DF: SEESP, 2006. Disponível em

<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunossurdos.pdf>.

CAVALCANTI, Zélia. A história de uma classe; alunos de 4 a 5 anos. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1995.

_____________. Alfabetizando. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

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_____________. Arte na sala de aula. Porto Alegre: Artes médicas, 1995.

____________.Trabalhando com história e ciências na pré-escola. Porto Alegre

Artes: Médicas, 1995.

CONTAGEM, Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Currículo da Educação Infantil de Contagem: experiências, saberes e

conhecimentos. Contagem, 2012.

CRECHEPLAN e INSTITUTO C&A DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Por um triz.

São Paulo: 1994-5.

DEHEINZELIN, Monique. A condição humana ou leitores e escritores na pré-escola.

Idéia. São Paulo: 1995.

__________. A fome com a vontade de comer; uma proposta curricular de

educação. Petrópolis: Vozes, 1994.

DIAS, Fátima Regina Teixeira de Salles; FARIA, Vitória Líbia Barreto de.

Currículo na Educação Infantil: Diálogo com os elementos da Proposta Pedagógica.

São Paulo/SP: Scipione, 2007.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez.

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Por onde devo ir-me daqui? Em: Professor da

pré-escola. 2ª ed. São Paulo: Globo, 1992, v1, p. 21-43.

GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da escola; princípios e

propostas. São Paulo: Cortez, 1997.

https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/12221/a-biblioteca-escolar-e-ascriancas-pequenas.aspx

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HOFFMANN, Jussara. Avaliação na pré- escola: um Olhar sensível e reflexivo sobre

a criança. Porto Alegre: Mediação, 2000.

KAMII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil: implicações da teoria de

Piaget. Porto Alegre: Artmed, 2009.

KOLYNIAK Filho, Carol. Motricidade: um novo olhar sobre o movimento humano.São

Paulo; EDUC, 2006.

PILETI, Nelson. Sociologia da Educação. 11ª ed. São Paulo: Ática, 1991.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura e Esportes. A

educação infantil em São Bernardo do Campo - uma proposta integrada para o

trabalho em creches e E.M.E.I.s São Bernardo do Campo, 1992.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Recordando e

Renovando. São Bernardo do Campo, 1998.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Proposta

Curricular Educação Infantil Volume II. Versão Preliminar, 2006.

SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação

Técnica. Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem

para Educação Infantil e Ensino Fundamental : Libras / Secretaria Municipal de

Educação – São Paulo : SME / DOT, 2008.

SMOLE, K.S. Matemática na Educação Infantil. Pátio, ano XII, nº 38, jan/mar 2014.

TERRAZZAN, Eduardo A. SANTOS, Maria Eliza Gama. Condicionantes para

formação continuada de professores em escolas de educação básica. In: Educação

& Linguagem. Ano 10, nº 15, Jan/jul 2007. São Bernardo do Campo, SP: UMESP. p.

161 – 185.

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__________. Características da Formação Continuada de Professores nas

diferentes regiões do país. Qualis Internacional A. ISSN 0101-7330. "Em julgamento

aguardando resultado". Educação e Sociedade, 2008.

UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.

VEIGA, Ilma Passos A (org.). Projeto político pedagógico da escola. Campinas:

Papirus, 1995.

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VIX ANEXOS

Anexo 1

ORIENTAÇÕES QUANTO A SITUAÇÕES DE URGÊNCIA, EMERGÊNCIA, ACIDENTES ENVOLVENDO CRIANÇAS.

Segundo as “Orientações de funcionamento das escolas de educação

infantil e ensino fundamental”, fornecidas pela Secretaria de educação, em 2014:

A escola é responsável pela integridade física e psíquica dos seus alunos no período

em que eles estão em atividades pedagógicas na escola ou em atividades

extraescolares. Faz-se necessário, portanto, planejar ações para atendimento e ou

encaminhamento dos mesmos nos casos de:

Emergência: refere-se a circunstâncias imprevistas, mas que exigem

ação imediata e onde ocorre risco à vida do aluno.

Urgência: refere-se à situação crítica que necessita ser priorizada para

atendimento médico.

Estão definidas abaixo algumas orientações que regulamentam as providências a

serem tomadas junto aos alunos e seus familiares nas situações do dia-a-dia, em

caso de urgência e emergência.

Quando for necessário atendimento médico de emergência por motivo

de acidente ou doença:

A escola através de qualquer membro de sua equipe de gestão, sempre

prestará socorro e simultaneamente avisará a família e ou responsáveis para

que se dirijam até o local de atendimento;

Toda ocorrência com alunos na área de saúde (médica, odontológica,

oftalmológica) durante sua permanência na escola, será comunicada aos

pais ou responsáveis, pessoalmente ou por escrito, mesmo os pequenos

acidentes sem marcas visíveis;

O aluno será conduzido sempre ao Serviço Público de Saúde, cabendo à

família a decisão de remoção para atendimento em rede particular e/ou

conveniada da qual a mesma disponha.

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Em acordo com as orientações da Regulamentação descrita acima – em

consonância com o que determina o caderno “Validação – A escola e a Proteção

Integral: Significando o ECA no Cotidiano Escolar”, no caso de ocorrência de

acidente e/ou enfermidade da criança desta Unidade Escolar (em seu espaço físico

ou fora dele em atividades extraescolares) adotaremos, ainda, os seguintes

procedimentos:

1º) Em casos de acidente ou de saúde da criança, a professora avalia a gravidade

da situação para tomar a medida necessária de acordo com o já descrito acima;

2º) A professora avisará imediatamente o Trio Gestor;

3º) No caso de pequenos ferimentos a professora solicita apoio de um adulto para

ficar com a turma enquanto acompanha a criança para os cuidados como

higienização do local, curativos e apoio para confortá-la, além de registrar na agenda

para que a família tome ciência.

4º) Encaminhar para a secretaria agenda ou ficha de entrevista para se localizar os

pais e/ou responsável para comunicar o ocorrido;

5º) Nos casos graves a equipe deverá chamar o Serviço de Socorro (SAMU). Caso a

equipe do SAMU indique que a espera será maior do que a necessidade de

atendimento a escola providenciará o transporte e acompanhamento da criança,

levando a ficha de matrícula com as cópias dos documentos junto.

6º) A professora irá registrar o acidente e/ou enfermidade no Livro de Ocorrência da

Unidade Escolar e pedir para que os pais e/ou responsável tomem ciência, mediante

sua assinatura, para que este registro tenha caráter de documentação.

7º) Em caso de necessidade, a criança será medicada pela professora durante o

horário de aula. O remédio devera vir acompanhado pela receita médica com a

especificação de sua posologia e entregue na Secretaria da escola que encaminhará

no horário para a sala de aula. Atenção quanto à data de validade e posologia.

1.1 Medidas de proteção

Mesmo em atividades onde as crianças brincam mais autonomamente, não

devem ficar sem a proteção e o cuidado dos adultos;

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Crianças podem vir bem e ficarem doentes ao longo do período de

permanência delas na escola. Deve haver atenção quanto a mudanças

repentinas de humor na sala e observar o aspecto da criança (olhos

brilhantes, bochechas avermelhadas, testa quente, etc.)

Em relação às crianças que chegam à escola machucadas ou amedrontadas,

a escola buscará as providências necessárias junto aos órgãos competentes,

para isso é necessária a atenção da professora e a comunicação à equipe

gestora.

Não deixar que objetos, móveis quebrados, brinquedos ou qualquer material

que possa oferecer riscos às crianças permaneça nos espaços utilizados

pelas crianças. Comunicar à direção sobre objetos e brinquedos quebrados

para se providenciar sua retirada;

Manter sempre fora do alcance das crianças produtos potencialmente

perigosos como: tesouras com ponta, guilhotinas, álcool, etc.

Solicitar aos pais que apresentem atestados médico para justificar as faltas

por motivo de saúde. A criança deverá permanecer afastada da escola

durante o período indicado pelo médico.

Avisar ao trio gestor quando a família relatar que a criança está com uma

doença contagiosa (ex. catapora) para que o trio tome as devidas

providências junto à vigilância epidemiológica.

Informar às famílias que solicitarem encaminhamento da escola para

tratamento fonoaudiológico, psicológico ou odontológico para procurarem

diretamente a UBS. Os encaminhamentos pela escola serão realizados

mediante solicitação da professora e após avaliação da técnica responsável.

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Anexo 2

Organizando o Planejamento de 2017

Organizando o Planejamento de 2017

Fevereiro/Março Abril/ Maio/

Junho /Julho

Agosto/Setembro/

Outubro/Novembro

Planejamento diagnóstico Planejamento

trimestral/se

mestral

Planejamento

trimestral/semestral

● Durante os meses de fevereiro e

março, cabe aos educadores elaborar um

planejamento que leve em conta os

pressupostos do nosso PPP, bem como

variar propostas, materiais e temas

oferecidos (diversidade de experiências

nos diferentes campos) de modo a coletar

informações sobre saberes, necessidades

e interesses da turma que subsidiarão os

planejamentos trimestrais posteriores.

● Após o dia 15/03 será escrita a carta

de intenções do educador para os

trimestres/semestres subsequentes, bem

como a elaboração do plano trimestral,

escrita dos projetos e rol de experiências

indicados na carta.

● Início

dos projetos e

sequenciadas.

● Escrita de nova carta de

intenções para o segundo

semestre.

● Escrita dos projetos e rol

de experiências indicados na

carta.

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Anexo 3

PROJETO COLETIVO 2017: ARTES

Projeto Coletivo : Mulheres Pintoras Brasileiras

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: Arte e suas linguagens

Turmas envolvidas: Infantil II ao V

JUSTIFICATIVA: Considerando que a escola de educação infantil tem como um de

seus principais objetivos, a ampliação do universo cultural de suas crianças, temos

nos esforçado para buscar formas de fazê-lo explorando experiências significativas

no campo das artes visuais.

Pintoras brasileiras foi o recorte que optamos por fazer com o objetivo de valorizar

as mulheres e oferecer às crianças possibilidades de conhecer e explorar as obras e

técnicas utilizadas por algumas artistas brasileiras, bem como construir uma imagem

positiva da figura feminina para além do estereótipo da mãe e dona de casa.

Em momento formativo de HTPC escolhemos seis artistas plásticas que apresentam

em suas obras uma variedade de técnicas e temas de modo a permitir às crianças

conhecer e escolher aquela que mais lhes atrair.

As artistas escolhidas foram: Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Beatriz Milhazes, Adria

Moura, Camila Pavanelli (Minhau) e Elisiana Alves.

TEMA: Mulheres Pintoras Brasileiras

APRECIAÇÃO

OBJETIVOS:

Expressar seus sentimentos, ideias, opiniões e preferências frente a obras de

arte;

Conhecer os elementos que compõe as obras: formas, cores, linhas, efeitos,

diversidade de materiais e técnicas, temas, de forma a utilizar-se desses

conhecimentos em suas próprias produções;

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Estabelecer relações entre as imagens e suas vivências cotidianas (emoções,

sensações, comparações);

Falar sobre as obras aprendendo novas palavras e conceitos específicos da

área;

Reconhecer características comuns de estilos, pintores e gêneros – retrato,

paisagem, natureza morta, abstrações, figurações, composições com colagem;

Valorizar e respeitar sua própria produção e a produção dos colegas;

Conhecer espaços de exposição de arte - museus, exposições em espaços

públicos, galerias – para que se apropriem, na prática social, dos conteúdos

trabalhados em aula.

É IMPORTANTE QUE O PROFESSOR:

Proponha apreciação das obras da artista e das próprias crianças;

Tenha claro o que pretende que as crianças observem;

Planeje antecipadamente selecionando a obra e formulando boas perguntas que

norteiem a apreciação;

Preveja o tempo de duração da atividade para que não se prolongue demais

evitando a dispersão das crianças;

Deixe a obra exposta antes e/ou depois da atividade de apreciação para que se

familiarizem e apurem a observação da obra;

Cuide do posicionamento da obra no momento da apreciação de modo que

esteja ao alcance das crianças para que visualizem bem e possam apontar

elementos que queiram destacar. A apreciação pode ser feita no coletivo da classe

ou em pequenos grupos;

Considere que algumas obras exigem proximidade para a observação de

detalhes e outras exigem distanciamento;

Tenha intervenções que ajudem a criança a explicitar o que está pensando

sobre a obra, retomando sua fala, fazendo perguntas, complementando e

promovendo a troca de saberes no grupo;

Em se tratando da produção das crianças, ajude o grupo a sair do julgamento

feio/bonito e explorar o trabalho através de outro observáveis: como fez, o que usou,

o que representa aquele desenho, que materiais usou, etc.

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Trazer para a roda de apreciação todos os tipos de produções dos alunos, de

todas as fases de desenvolvimento gráfico da turma, para que as diversas

produções sejam valorizadas, fazendo comparações com artistas que fazem

produções abstratas.

Selecionar um único ou poucos trabalhos da turma em cada momento de

apreciação, pois do contrário, a atividade se torna cansativa e não concorre para a

consecução dos objetivos.

Fazer Artístico

OBJETIVOS:

Expressar-se, através da linguagem visual, exercitando sua sensibilidade e

criatividade;

Sentir prazer na realização de trabalhos artísticos;

Explorar e investigar, através da escolha, combinações de materiais descobrindo

diferentes técnicas e possibilidades;

Conhecer e exercitar suas habilidades nas diferentes modalidades de trabalho

em artes visuais: desenhar, pintar, recortar, compor, colar, modelar, dobrar.

Cuidar dos materiais de uso pessoal e coletivo e participar das situações de

organização do espaço de trabalho, seja na sala de aula, no ateliê ou na exposição

de trabalhos;

Conhecer e explorar, nas suas produções, diferentes elementos da linguagem

visual: linha, cor, forma, volume, luz, sombra, textura.

É importante que o professor:

Planeje boas experiências que representem desafio, problema a resolver, como

os desenhos iniciados ou interferências;

Promova experiências que leve em conta a fase de desenvolvimento dos

alunos: por exemplo, quando as crianças ainda não figuram, o mais adequado é

realizar propostas que trabalhem cores, texturas, exploração de materiais.

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Possibilite que a criança escolha a posição do suporte, no caso dos

retangulares, vertical ou horizontal, para desenhar, pintar ou compor;

Disponibilize material suficiente e diversificado para que a criança repita a

experiência caso não fique satisfeita com a sua primeira produção, como por

exemplo, oferecer outra folha quando a criança diz que errou;

Esteja atento no momento da produção para fazer intervenções no sentido de

oferecer ajuda e orientar procedimentos no uso dos materiais a fim de que o aluno

atinja seus propósitos. Exemplo: se uma criança quer colar papelão e não está

conseguindo com o uso da cola branca, o professor pode ajuda-la com a fita crepe;

Evite reproduções pura e simples de desenhos ou produções de artes, pois as

cópias “representam a visão de mundo do seu autor e não de quem as vai colorir.

Elas limitam as oportunidades para as crianças expressarem suas experiências”

(Proposta Curricular de Ed. Infantil – vol. II – versão preliminar). As cópias podem

ser usadas para propostas de criação a partir de um elemento de uma obra de arte

ou para valorizar as obras das crianças;

Ofereça uma diversidade de suportes e meios para desenho, pintura e

composições de modo organizado e de fácil acesso das crianças.

ETAPAS GERAIS:

1. Lançamento do projeto no sábado letivo com oficinas para a participação dos

pais e crianças.

2. Visita com as crianças da exposição das produções realizadas no sábado

letivo.

3. Disponibilização de obras e apresentação em Power Point da biografia das

artistas para apreciação em sala de aula.

4. Definição com as crianças da artista(s) que serão trabalhadas.

5. Escrita individual de cada professor do percurso que está vivenciando com a

sua turma para composição do projeto coletivo. (Artista escolhida, experiências

promovidas, aprendizagens observadas).