Upload
hacong
View
223
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves – Ensino
Fundamental e Médio
Marilândia do Sul, Distrito de Nova Amoreira – Paraná
Projeto Político Pedagógico
Marilândia do Sul/2014
ÍndiceAPRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.............................................. 5 1- Identificação do Estabelecimento........................................................................................... 6
2. Organização da Entidade Escolar ........................................................................................... 6 2.1. Modalidade de Ensino ......................................................................................................... 6 3- Instâncias Colegiadas ............................................................................................................. 7 4- HISTÓRICO DA ESCOLA ................................................................................................... 7 5- CELEM .................................................................................................................................. 8
6- SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM ............................................................................. 8 7- HORA TREINAMENTO ....................................................................................................... 8
8- OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................................... 9
9- FILOSOFIA DA ESCOLA .................................................................................................. 10 10- MARCO SITUACIONAL ................................................................................................. 11 10.2- ALUNOS ATENDIDOS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS TIPO I 13 10.3- ESTRATÉGIAS DE APOIO PARA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
TIPO I ....................................................................................................................................... 14
10.4- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ....................................................................... 15 10.4.1- O COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES, POSSUI O
SEGUINTE ESPAÇO FÍSICO: ............................................................................................... 15 10.4.2- AMBIENTES NECESSÁRIOS E NÃO EXISTENTES ............................................. 15
10.4.3- DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES .............................................................................. 16 10.4.4- LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA, BIOLOGIA E CIÊNCIAS ..................... 16
10.4.5- BIBLIOTECA .............................................................................................................. 16 10.4.6- OFERTAS DE CURSOS ............................................................................................. 17
10.4.7- CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS .................................................. 18 10.4.8- ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS................................................................... 18
10.4.9- QUADRO PESSOAL .................................................................................................. 18 11- MARCO CONCEITUAL .................................................................................................. 19 11.1- CONCEPÇÃO DE HOMEM .......................................................................................... 19
11.2- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO ............................................................. 20 11.3- CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ................................................................................... 22
11.4- CONCEPÇÃO DE MUNDO .......................................................................................... 24 11.5- CONCEPÇÃO DE ESCOLA .......................................................................................... 24
11.6- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................................... 26 11.7- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA............................................................. 27
11.8- CONCEPÇÃO DE CULTURA ...................................................................................... 27 11.9- CONCEPÇÃO DE TRABALHO.................................................................................... 28 11.10- CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA.............................................................................. 28 11.11- CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ................................................................................. 29 11.12- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ....................................................................... 30
11.13- CONCEPÇÃO DE ENSINO ......................................................................................... 31 11.14- CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM ........................................................................ 32 11.15- CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................................... 33 11.16- CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ................................................................................ 36
11.17- CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO ............................................................................ 37 11.18- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA .................................................................................... 38 11.19- CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA ......................................................................... 40
11.21- O LETRAMENTO NO CONTEXTO SOCIAL ........................................................... 41
11.22- O LETRAMENTO PARA TODAS AS DISCIPLINAS .............................................. 43
11.23- RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ................................................................................ 44 11.24- CONSELHO DE CLASSE ........................................................................................... 45 11.25- GESTÃO ESCOLAR .................................................................................................... 46 12- MARCO OPERACIONAL ................................................................................................ 46 12.1- AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 47
12.2- DIVERSIDADE .............................................................................................................. 49 12.3- DESENVOLVIMENTO SOCIOEDUCACIONAL ....................................................... 50 12.4- PROMOÇÃO .................................................................................................................. 51 12.5- PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO .............................................................................. 51
12.6- RECLASSIFICAÇÃO .................................................................................................... 52 12.7- ADAPTAÇÃO/ APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ................................................ 53 12.8- DA PROGRESSÃO PARCIAL ...................................................................................... 54
12.9- FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................................................... 54 12.10- PROFESSOR REPRESENTANTE DE TURMA ........................................................ 54 12.11- ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA ................................................................. 55 12.12- HORA ATIVIDADE..................................................................................................... 55
12.13- PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR ................................... 55 12.15- PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO (PPA) ........................................ 57 12.16- COMPETE AO DIRETOR ........................................................................................... 58
12.17- COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA ...................................................................... 61 12.18- COMPETE AO PROFESSOR PEDAGOGO INDICADO PARA COMPOR O
GRUPO DA BRIGADA ESCOLAR: ...................................................................................... 68 12.19- COMPETE AO CORPO DOCENTE ........................................................................... 68
12.20- COMPETE AO SECRETÁRIO .................................................................................... 69 12.21- COMPETE AO AGENTE EDUCACIONAL I ............................................................ 70 12.22- COMPETE À MERENDEIRA ..................................................................................... 70
12.23- COMPETE AOS ALUNOS .......................................................................................... 70 12.24- APMF ............................................................................................................................ 71
12.25- CONSELHO ESCOLAR .............................................................................................. 72 12.25.1- 1º Segmento: Profissionais da Escola ........................................................................ 72
12.25.2- 2º Segmento: Comunidade Atendida pelo Estabelecimento de Ensino ..................... 73 12.25.3- 3º Segmento: Movimentos Sociais Organizados........................................................ 73
13- GRÊMIO ESTUDANTIL .................................................................................................. 73 14- PROPOSTA DE AÇÃO ..................................................................................................... 74 14.1- CRONOGRAMA DE AÇÕES ....................................................................................... 77 15- BRIGADA ESCOLAR ...................................................................................................... 78 16- PLANO DE AÇÕES DESCENTRALIZADAS - PAD ..................................................... 78
17- AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............. 79 18- BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 80 PROPONENTES ...................................................................................................................... 81 Anexos ...................................................................................................................................... 83 Calendário Período Tarde e Noite ............................................................................................ 84
Calendário Espanhol ................................................................................................................. 85
Matriz Curricular do Ensino Médio ......................................................................................... 86
Matriz Curricular do Ensino Fundamental ............................................................................... 87 Brigada Escolar / Rotas de Fuga............................................................................................... 88 PROJETO EDUCANDO COM A HORTA ESCOLAR ............................................................. 89
PLANO DE ESTÁGIO ............................................................................................................ 90
OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO ........................................................................................ 91 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO .......................................................................... 91 LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO .......................................................................... 92 ATIVIDADES DO ESTÁGIO ................................................................................................. 92 ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO .................... 93
PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO ........................................................................ 94 COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR ...................................................................... 94 ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO .................... 95 ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO ........................................................................................ 97
ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE: ................................ 98 DURANTE A REALIZAÇÃO:................................................................................................ 98 DEPOIS DA REALIZAÇÃO: .................................................................................................. 98
FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO ............................................................ 99 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO: ................................................................................................ 99 PROJETO: MEIO AMBIENTE ................................................................................................ 99 Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) ......................................................................... 101
PROJETO DE REDESENHO CURRICULAR – PROEMI .................................................. 103 MACROCAMPO: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO .............................................. 103 1. MACROCAMPO: INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA ......................................... 105
1. MACROCAMPO: LEITURA E LETRAMENTO............................................................. 107 1. MACROCAMPO: COMUNICAÇÃO, CULTURA DIGITAL E USO DE MÍDIAS ....... 109
MACROCAMPO: PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL .......................................................... 111 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE ................................................. 114
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA ........................................ 136 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS ......................................... 151 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........................ 161
ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO ................................................................. 161 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA ENSINO RELIGIOSO ............................. 172
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA ....................................... 178 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA ENSINO MÉDIO ................. 188
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA .................................................................. 195 PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ..... 206
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO ............................................................................................... 216 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO232 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA ENSINO MÉDIO ............ 244 PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO ................................... 252
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL ...................................................... 259 PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO MÉDIO LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
INGLÊS .................................................................................................................................. 269
5
APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O projeto político-pedagógico, como o próprio nome diz, comporta
basicamente duas dimensões que se integram e se complementam, a pedagógica e
a política, que são indissociáveis. Saupe (1997: 1), diz que, na dimensão
pedagógica, “reside a possibilidade da intencionalidade da instituição, que é a
formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.”
Para esta mesma autora, o projeto pedagógico é também político, por várias razões:
tem uma ação intencional, com sentido explicito e com compromisso definido
coletivamente; está articulado intimamente ao compromisso sócio-político com os
interesses reais e coletivos da população; possui um compromisso com a formação
do cidadão para um tipo de sociedade.
Para tanto, o Projeto Político Pedagógico passou por um processo de
reformulação, que foi discutido e elaborado em conjunto com todos os envolvidos no
processo escolar, tendo como meta a melhoria da qualidade do ensino e atender as
necessidades e expectativas do aluno.
Partimos do princípio de que o PPP é um planejamento coletivo, com a
participação de todos os envolvidos no processo educacional – docentes,
funcionários, alunos e seus pais, com vista a torná-lo compatível com os anseios da
comunidade escolar. Não é possível pensar em um Projeto Político Pedagógico que
não esteja em acordo com as aspirações dos alunos e de sua comunidade. Este
projeto é, portanto o eixo de sustentação da escola é contínuo e reflexível.
Segundo Portela (1998, p.85) “a proposta pedagógica pode ser concebida
como a própria escola em movimento, que constrói no dia a dia seu trabalho
educativo, discute seus problemas, suas possibilidades de solução, define de forma
participativa as responsabilidades pessoais e coletivas a serem assumidas para a
concepção dos objetivos estabelecidos”.
6
INTRODUÇÃO
1- Identificação do Estabelecimento
1.1- Colégio: Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves. Ensino Fundamental
e Médio.
Código: 00602
Endereço: Avenida Dr. Romeu Beligni, 2280
CEP: 868.825-000
Bairro: Distrito de Nova Amoreira
Telefones: (43) 3464-6022 / 3464-6055
Site do Colégio: http://www.mlatancredoneves.seed.pr.gov.br
E-mail: [email protected]
1.2- Município: Marilândia do Sul Código: 1500
1.3- Dependência Administrativa: Estadual
1.4- NRE: Apucarana Código: 01
1.5- Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
1.6- Localização do Colégio: Urbana
2. Organização da Entidade Escolar
2.1. Modalidade de Ensino
Ensino Fundamental (6º a 9º Ano)
Ensino Médio
Língua Estrangeira Moderna – Língua Inglesa
CELEM: Língua Espanhola / Língua Inglesa
Atividades Complementares: Hora Treinamento/Futsal
2.3- Turno de Funcionamento:
Tarde e Noite
2.4- Ambientes Pedagógicos/ Serviços e Apoios Especializados:
Sala de Informática
7
3- Instâncias Colegiadas
APMF;
Conselho de Classe;
Conselho Escolar;
Grêmio Estudantil.
4- HISTÓRICO DA ESCOLA
O Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves – Ensino Fundamental e
Médio iniciou seu funcionamento no ano letivo de 1986, com 60 alunos distribuídos
em duas turmas de 5ª série. Obteve Autorização para o Funcionamento através da
Resolução de nº 150/86, D.O.E do dia 23/01/1986 e o Reconhecimento do Curso se
deu através da Resolução nº 763/90, de 03/04/1990 . Houve a renovação do
reconhecimento do curso pela Resolução nº 597/2009, DOE – 30/04/2009.
Mantém funcionamento nos períodos tarde e noite, e oferta as seguintes
modalidades de ensino: 6º ao 9º ano a tarde e Ensino Médio a noite, implantado de
forma gradativa a partir de 2006 pela Resolução nº 3796/07. Sendo que o processo
de Reconhecimento de Curso encontra-se em trâmite. A partir do ano de 2011
houve a mudança de nomenclatura para Escola do Campo autorizada pela
Resolução nº 4317/11 e com a resolução nº 3068/13, de 08/07/2013 reconhece-se a
oferta do Ensino Médio.
Ocuparam a Direção deste Colégio e exerceram seus mandatos:
1986 – 1990: com ordem de serviço concedido pela Prefeitura Municipal, o
professor da rede municipal Ademir Lino Marcondes;
1991 – 1995 : através de nomeação, a Sra. Sara Ferreira de Almeida;
1996 – 1997 : o professor da rede estadual Sr. Oliveira Bueno;
1997 – 2000: Marco da democratização, quando pela primeira vez os pais
participaram de uma eleição direta para a escolha de Diretor, quando foi eleita a
Professora Claudinez Aparecida Abraão Garcia;
2001 – por nomeação, o Professor Valdir Bento de Carvalho;
2002 – 2003 : por nomeação, assumiu a Professora Ivanete Ferreira da Paz;
8
2003 – assumiu o cargo o Professor João Alfredo Ienzura Adriano, sendo que
neste mesmo ano, houve um processo eleitoral de escolha de Diretores, ficando
eleito o referido professor;
2003- 2005; 2005- 2007 : exerce o cargo o Professor João Alfredo Ienzura
Adriano;
2008 : por aclamação realizada com a comunidade escolar, assumiu
interinamente a Direção a Professora Kelly Cristina Dantas dos Santos Félix,
concorrendo e sendo eleita por eleição ainda em novembro de 2008;
2009 – 2011: Professora Kelly Cristina Dantas dos Santos Félix;
2012 – 2014: Professora Kelly Cristina Dantas dos Santos Félix, em exercício.
5- CELEM
Centro de Língua Estrangeira Moderna – Língua Espanhola, iniciado em 2011
e Língua Estrangeira Moderna – Língua Inglesa, iniciada em 2014 com carga
horária de 320h, distribuídas em 160h horas anuais, com dois anos de duração.
6- SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Autorizado a funcionar conforme Instrução 04/04 – SUDE/DEF, no 2°
semestre de 2011, para atendimento aos alunos de 5ª à 8ª séries (6° ao 9° Ano)
que apresentam dificuldades de aprendizagem na leitura, na interpretação, na
escrita, no raciocínio lógico matemático e nos cálculos com conteúdos essenciais de
Língua Portuguesa e Matemática. Nesse ano de 2014, a escola não foi contemplada
com esse programa face às mudanças de critérios para a sua implantação.
7- HORA TREINAMENTO
Conforme a Instrução n° 004/2011-SUDE/SEED de 16/05/2010 são atividades
Complementares Curriculares Educativas em Contra turno, integradas ao Currículo
9
Escolar com ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que
visam ampliar a formação do aluno. Atualmente oferta-se (01) uma turma, na
modalidade Futsal em contra turno, no período da manhã às terças-feiras, das
08:00 h às 11:20h.
8- OBJETIVOS GERAIS
a) Possibilitar o acesso ao saber científico, elaborado historicamente pela
humanidade;
b) Proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas
possibilidades, preparando-os para o exercício consciente da cidadania e a
autorrealização;
c) Auxiliar o educando a tomar consciência da realidade em que vive, para que nela
atue de forma transformadora;
d) Propiciar a aquisição dos instrumentos para a organização e socialização do
conhecimento;
e) Fortalecer a solidariedade, a tolerância e o respeito às diferenças culturais;
f) Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
construir o conhecimento científico;
g) Desenvolver o sentimento de confiança e respeito de si mesmo, em suas
capacidades afetiva, física, cognitiva, ética e social.
h) Respeitar à diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais,
ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia;
i) Viabilizar a permanência dos alunos respeitando suas características e
necessidades próprias do campo em seu espaço cultural, sem abrir mão de sua
pluralidade como fonte de conhecimento em diversas áreas em seu espaço de
origem;
j) Estimular a postura investigativa do professor a produzir material pedagógico que
atenda às especificidades dos sujeitos do campo;
k) Valorizar da identidade da escola e do homem do campo por meio de projetos
pedagógicos com conteúdos curriculares e metodologias diferenciadas às reais
necessidades dos alunos e da comunidade local.
10
9- FILOSOFIA DA ESCOLA
Por ser uma escola inserida no campo, busca-se o entendimento cunhado
pelos movimentos sociais no final do século XX, em referência à identidade e cultura
dos povos do campo, valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e
valores relacionados à vida na terra. Trata-se do campo como lugar de trabalho, de
cultura, da produção de conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.
Assim, essa compreensão de campo vai além de uma definição jurídica.
Configura um conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e não
apenas a localização espacial e geográfica. A perspectiva da educação do campo se
articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a
partir da perspectiva dos interesses dos povos que nela vivem.
Tendo como base essas premissas o estabelecimento de ensino tem
como filosofia trabalhar na formação plena do educando, partindo do princípio da
valorização da relação entre escola e comunidade, a qual deve ser compreendida na
dimensão histórica em que ela se realiza: uma realidade escolar concreta, uma
sociedade concreta, professores e alunos concretos.
Quem somos nós, quem é cada um de nós, senão uma
combinatória de experiência, de informação, de leituras,
de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma
amostragem de estilos, onde tudo pode ser
continuamente remexido é reordenado de todas as
maneiras possíveis. (Calvino, 1993).
Assim sendo, a educação do Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves
é fundamentada em fatores necessários à humanização e autonomia de cidadãos
comprometidos com o bem comum.
Acreditamos numa formação para a vida, onde o aluno constrói o
conhecimento na medida em que escola e família oportunizam valores de vida:
respeito, solidariedade, e honestidade.
11
10- MARCO SITUACIONAL
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Tancredo
Neves – Ensino Fundamental e Médio surgiu da necessidade de reconstrução de
sua identidade, organização do trabalho pedagógico escolar e adequação a novos
paradigmas educacionais das disciplinas do Ensino Médio, bem como às Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais.
Nossa Instituição faz parte de uma sociedade que tem configuração
própria, interesses relevantes para esta comunidade eminentemente rural.
Nesse caso busca-se respeitar as características dos povos do campo e o
seu jeito peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a
organização das atividades produtivas, mediante mão de obra dos membros da
família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que
valorizam festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina
de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
Dessa forma, os objetivos da Escola indicam que suas ações visam tornar
os alunos capazes de exercer sua cidadania, expressando suas vontades,
participando do processo social e político, exercendo direitos e deveres num
processo interativo no meio em que atuam, acima de tudo respeitando o meio em
que vivem.
Portanto, é importante e necessário que a escola favoreça ao aluno a
construção de conhecimentos que permitam-no adotar atitudes de autonomia,
solidariedade, cooperação e respeito.
O Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves - Ensino Fundamental Médio,
situado no Distrito de Nova Amoreira, enfrenta dificuldades, como evasão,
repetência, falta de acompanhamento familiar.
O corpo docente é formado por profissionais com graduação e especialização
na área em que atuam. O Secretario, o Agente Educacional II têm formação superior
e os Agentes Educacionais I têm Ensino Médio completo. O quadro de funcionários
é formado por QPM, QFEB e PSS com contrato temporário.
Os alunos são oriundos de famílias de produtores rurais que trabalham na
produção agrícola, em regime de economia familiar, com o cultivo de hortaliças,
verduras, legumes e cereais.
12
Alguns são proprietários e outros recebem porcentagem do que é produzido e
comercializado. As famílias não tem renda fixa mensal e os recursos são
provenientes das vendas das mercadorias no período da safra. A maioria tem
residência própria.
Sendo a comunidade eminentemente rural, surge a necessidade da Educação
Ambiental, Lei 9.795/99, através do desenvolvimento da Agenda 21 escolar. Assim a
escola chama a atenção para a necessidade do uso racional de agrotóxicos, visando
amenizar os problemas ambientais que causam o desequilíbrio ambiental, cujo
resultado pode ser percebido na redução da cadeia alimentar, reservas florestais,
poluição das nascentes e assoreamento dos rios, erosão, entre outros.
Por ser uma Escola do Campo, em um distrito urbano que recebe alunos de
muito longe, da zona rural, envolvidos com atividades agrícolas e hortifrutigranjeiros
os mesmos chegam cansados devido ao trabalho realizado durante o dia.
Saliente-se acima de tudo o empenho dos alunos em estar dentro do
ambiente escolar, pode ser notado pela alegria com que adentram a escola e na
dedicação na realização das tarefas, acreditando ser a educação um agente
transformador e capaz de trabalhar com as diferenças explícitas, bem como as
peculiaridades dos alunos no espaço escolar para poder de fato formar o cidadão
para a vida, e promover a igualdade, o respeito e a valorização do alunado.
Quanto à Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 10.639/03 o Colégio tem
desenvolvido trabalhos específicos, abordando conteúdos referentes ao tema
durante o ano letivo, de forma interdisciplinar. Esses trabalhos culminam com o dia
20 de novembro, dia Nacional da Consciência Negra.
Em consonância com a Lei 11.645/08, foi acrescentado a temática Indígena,
onde ficou estabelecido que será trabalhado de forma que incluirá os diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, resgatando as suas contribuições na história do Brasil.
Em decorrência da alteração da Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade de ensino de música na educação
básica, a partir de 2011 através da Lei 11.769/08 o ensino da música passa a fazer
parte do cotidiano dos alunos.
13
Os conteúdos serão trabalhados em todo âmbito escolar, em especial nas
áreas de artes, Língua Portuguesa e História.
10.1- Sala de Recursos Multifuncional Tipo I
Além do trabalho em classe comum, os alunos com necessidades
educacionais especiais são atendidos na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I,
cuja programação observa as áreas do desenvolvimento (cognitiva, motora,
socioafetiva-emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no
processo de aprendizagem, para atingir o currículo da classe comum. Os conteúdos
pedagógicos das séries iniciais são trabalhados com metodologia e estratégias
diferenciadas.
Os alunos que são atendidos apresentam problemas de aprendizagem
significativos, distúrbios de aprendizagem e deficiência intelectual. O horário de
atendimento ocorre em período de contra turno ao que o aluno está matriculado e
frequentando a classe comum. O atendimento é feito individualmente ou em grupo,
conforme as necessidades individuais, por intermédio de cronograma feito pelo
professor da Sala de Recursos junto com a Equipe Pedagógica, sendo o horário de
duas a quatro vezes por semana, não ultrapassando duas horas diárias.
10.2- ALUNOS ATENDIDOS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS TIPO I
Nesta Instituição de Ensino os alunos atendidos são os que apresentam
necessidades educacionais especiais com os seguintes transtornos:
F83: Transtorno Específico Misto do Desenvolvimento;
F80.9: Transtorno do Desenvolvimento da Fala e Linguagem;
F81.0: Transtorno Específico de Leitura;
F81.2: Transtorno Específico de Habilidades Aritméticos;
F81: Transtorno Específico do Desenvolvimento das Habilidades Escolares;
14
10.3- ESTRATÉGIAS DE APOIO PARA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
TIPO I
A Escola inclusiva é um tipo de comunidade educativa cujas práticas
respondem à diversidade dos seus alunos, atendendo às necessidades emocionais,
acadêmicas e sociais que manifestam na escola. Toda escola que deseje seguir
uma política de Educação Inclusiva terá de desenvolver políticas, práticas e culturas
que respeitem a diferença e a contribuição ativa de cada aluno para a construção de
um conhecimento partilhado. Procura por esse meio alcançar, sem discriminação, a
qualidade acadêmica e contexto sociocultural de todos os alunos.
A educação inclusiva só existe se forem introduzidas nas salas de aula
estratégias e práticas diferentes daquelas que tradicionalmente se praticam
(Sanches, 2005). Estas dependem largamente da atitude, conhecimento,
competência e capacidades dos professores para inovarem e criarem contextos para
um ensino que vá de encontro às necessidades e potenciais dos seus alunos. Entre
as estratégias utilizadas podemos destacar as seguintes:
Atuar de forma colaborativa com professor da classe comum para a definição
de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com
necessidades educacionais especiais ao currículo e a sua interação no grupo.
Promover as condições para a inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais em todas as atividades da escola.
Orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo
educacional.
Informar a comunidade escolar acerca da legislação e normas educacionais
vigentes que asseguram a inclusão educacional.
Participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do
atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos.
Preparar materiais específicos para o uso dos alunos na sala de recursos.
15
Orientar a elaboração de materiais didático-pedagógicos que possam ser
utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular.
10.4- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
10.4.1- O COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES, POSSUI O
SEGUINTE ESPAÇO FÍSICO:
AMBIENTES USO/MUNICÍPIO USO CEC TANCREDO NEVES ÁREA
04 Salas de Aula X X 36m2
01 Sala de Recursos Mult. Tipo I X 36m2
01 Laboratório de Informática X X 36m2
01 Sala de Professores X X 20m2
01 Secretaria / Biblioteca X 42m2
01 Sala de Direção / Coordenação X 24m2
02 Banheiros (Professores / funcionários) X X 1,5m2
03 Banheiros (Alunos Masculino) X X 1,5m2
03 Banheiros (Alunos Feminino) X X 1,5m2
01 Sala de Coordenação Pedagógica X Não tem
Quadra Coberta X X 525m2
Cozinha X X 30m2
Pátio Coberto/Refeitório X X 39m2
10.4.2- AMBIENTES NECESSÁRIOS E NÃO EXISTENTES
Dentre todas as melhorias já efetuadas nesta Instituição de Ensino ao longo
dos anos ainda nos faltam alguns ambientes, os quais poderiam melhorar ainda
16
mais a qualidade de ensino prestada a nossos alunos e comunidade em geral.
Dentre os ambientes que ainda nos faltam, podemos destacar os seguintes:
Sala para Coordenação Secretaria Adequada
Biblioteca Almoxarifado
Laboratório de Ciências Biológicas, Física e Química Sala para Hora Atividade
Adequação/ Acessibilidade Refeitório
Depósito para Merenda Adequado Sala para reuniões com Pais
Sala de Apoio Pedagógico
Auditório
10.4.3- DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES
Esta Instituição de Ensino apresenta problemas em seu espaço físico porque
alguns ambientes são inadequados, pois a escola funciona em um prédio antigo que
já não mais atende a demanda existente na comunidade, sendo necessária a
adequação, ampliação e reforma dos espaços existentes.
10.4.4- LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA, BIOLOGIA E CIÊNCIAS
As aulas praticas em Laboratório de Ciências Físicas Químicas e Biológicas
acontecem na sala de aula ou em local improvisado conforme organização feita pelo
professor da área pois a escola dispõe de materiais e equipamentos porém não
possui um espaço específico para que as aulas aconteçam a contento.
10.4.5- BIBLIOTECA
A Biblioteca desta Instituição compartilha espaço com a Secretaria Escolar
sendo que, o acervo da mesma é utilizado somente em sala de aula ou quando
17
solicitado pelo aluno faz-se o empréstimo de outras obras literárias como romance,
poesias, literatura infanto juvenil entre outros.
10.4.6- OFERTAS DE CURSOS
DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS
ANO Nº ALUNOS DIAS SEMANA HORÁRIO
6º EF 14 2ª à 6ª 13:15 – 17:40
7º EF 09 2ª à 6ª 13:15 – 17:40
8º EF 14 2ª à 6ª 13:15 – 17:40
9º EF 18 2ª à 6ª 13:15 – 17:40
1º EM 14 2ª à 6ª 18:45 – 23:00
2º EM 14 2ª à 6ª 18:45 – 23:00
3º EM 09 2ª à 6ª 18:45 – 23:00
1º”A” CELEM – Língua Espanhola 33 3ª 18:45 – 22:20
1º”A” L.E.M. – Língua Inglesa 16 5ª 13:15 – 16:50
1º”B” L.E.M. – Língua Inglesa 32 5ª 18:45 – 22:20
Hora Treinamento - Futsal 52 3ª 08:00 – 11:20
Atendimentos/Sala de Recurso 03 3ª à 6ª 08:00 – 11:35
TOTAL 228 x x
18
10.4.7- CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS
Essa escola esteve organizada por série (até 2011) e a partir de 2012 a
organização passou a ser feita por ano e com turmas formadas com diversidade de
idade, de cultura, cor e sexo.
10.4.8- ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
A Superintendência da Educação, no uso de suas atribuições e considerando:
- A Lei Federal nº. 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
- A Resolução nº. 7/2010-CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
- A Deliberação nº. 407/2011-CEE/CEB;
- O Parecer nº. 407/2011-CEE/CEB, que responde a consulta da SEED quanto à
implantação do 6º ao 9º ano e;
- A obrigatoriedade Fundamental em 2012, emite o seguinte:
Em acordo com a instrução nº. 008/2011 – SUED/SEED, as instituições do
Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental - anos finais,
devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de forma
simultânea.
Dar-se-á por meio da adequação do PPP – Projeto Político Pedagógico
elaborado por todos os segmentos da escola, e, PPC – Proposta Pedagógica
Curricular de responsabilidade específica dos professores.
10.4.9- QUADRO PESSOAL
PROFESSORES
NOME FUNÇÃO EF EM VINC FORMAÇÃO
Adnair Zanlorenzi Professora X X QPM LETRAS/ING.
Andréa Lopes Correa Professora X PSS CIÊNCIAS BIOL.
Ataene Ágada de Oliveira Professora CELEM PSS LETRAS/ESP.
Claudinéia Ap. T. dos Santos Professora X X QPM MATEMÁTICA
Delfrásio José Pereira Professora X PSS PEDAGOGIA
Gilmar Fernando dos Santos Professor X PSS HISTÓRIA
19
Helayne Regina Nunes Gallo Professora X PSS LETRAS/ING.
Janete da Costa Professora X X QPM GEOGRAFIA
Karla Cristina Deziró Avelino Professora X PSS CIÊNCIAS
Lílian Aparecida Ribeiro Ishii Professora X PSS LETRAS/ING.
Luciana Maria da Silva Professora X QPM CIÊNCIAS/BIOL.
Marcinéia C. Paulo Borges Professora X X QPM ARTE
Matheus Feliciano da Silva Professor X PSS MATEMÁTICA
Oneli Ocalina Dias Professora X PSS GEOGRAFIA
Tatiane de Assis Dobicz Professora X PSS LETRAS/ING.
Valdir Bento de Carvalho Professor X X QPM EDUCAÇÃO FÍS.
Valter José Lopes da Silva Pedagogo X PSS PEDAGOGIA
Vana Aline Guizelini Professora X PSS QUÍMICA
EQUIPE PEDAGÓGICA, AGENTES EDUCACIONAIS I E II
NOME FUNÇÃO VINC FORMAÇÃO
Adriana Ap. Biondo da Silva Ag. Educ. I QFEB ENSINO MÉDIO
Aplínio Rogério Arantes Ag. Educ. II QFEB HISTÓRIA
Eduardo Marques da Cruz Secretário QFEB ADMINISTRAÇÃO
Ivone de Oliveira da Silva Ag. Educ. I QFEB ENSINO MÉDIO
Kelly C. D. dos Santos Félix Diretora QPM GEOGRAFIA
Luzia Hecho dos Santos Pedagoga PSS PEDAGOGIA
Margareth de Souza Rozalino Ag. Educ. I PSS ENSINO MÉDIO
Valter José Lopes da Silva Pedagogo PSS PEDAGOGIA
11- MARCO CONCEITUAL
11.1- CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é protagonista de um mundo complexo, no qual as fronteiras do
saber se modificaram muito. Ela não pode se contentar em dominar algumas
técnicas e informações, precisa ir além, ser capaz de pensar criticamente e assimilar
20
recursos intelectuais abrangentes. Precisa também, reaprender a trabalhar em
termos perspectivos e com base em projetos de mundo. Não basta receber algumas
pinceladas de razão instrumental ou adquirir disciplina para enfrentar o mercado não
basta apenas administrar o mundo complicado em que vive. O homem deve ser
mais ambicioso. Não há porque aceitar passivamente esse modo de vida atual , frio,
técnico, competitivo, com suas facilidades suspeitos e cujo parâmetro sempre
privilegia mais o mercado. Por que não explorar para valer as suas inúmeras
possibilidades? Em poucas palavras: porque não tentar re-politizar o modo que se
vive? (MACHADO e FERREIRA, 2002, P.29)
Assim terá a perspectiva dos interesses sociais e da comunidade. Com a re-
politização o homem terá melhor condições de pensar a sociedade em que vive e de
avaliar as chaves que possui de construir um mundo melhor, inclusive com governos
melhores, mas sobretudo com pessoas melhores. A perspectiva da política mantém
vivo o problema de saber qual tipo de homem, porque vive em sociedade e que
objetivo se deseja alcançar. Permite que esse homem seja capaz de analisar os
interesses que deve prevalecer entre as pessoas, o que as pessoas querem viver,
as lutas a serem empreendidas para que estabelece uma vida melhor.
11.2- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
Segundo as Diretrizes Curriculares Operacionais a concepção de educação
do campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais no final do século
XX, em referencia à identidade e cultura dos povos do campo, valorizando-os como
sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra. Trata-se
do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na sua
relação de existência e sobrevivência em consonância com o Parecer 1.011/2010
que estabelece Normas e princípios para a implementação da Educação Básica do
Campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, bem como do processo de
definição da identidade das Escolas do Campo.
A educação tem se constituído como um instrumento relevante na sociedade
brasileira e às vezes tem sido definida por concepções de educação que no
processo histórico tem enviesado para caminhos de natureza cartesiana,
21
pragmática, reprodutivista, crítica-reprodutivista, ou simplesmente crítica, libertadora,
liberal, neoliberal, pós-moderna, enfim; uma educação que se desenvolveu
acompanhando a trajetória histórica e trouxe avanços à sociedade brasileira
principalmente na área da pesquisa, responsável pela inovação tecnológica também
para a zona rural. No campo inovaram: no maquinário, no aumento da produção de
grão, nos agrotóxicos, alteração dos genes das sementes para exportação em larga
escala. Mas os que têm usufruído desses avanços são pequenos grupos de
latifundiários, empresários, banqueiros e políticos nacionais e internacionais.
Enquanto a outros é negado o acesso a terra para sobreviver e garantir o sustento
de outros brasileiros.
Em relação à Educação do Campo, é pertinente ressaltar que a concepção de
educação que vem sendo empregada pela cultura dominante e elitista, não tem
favorecido satisfatoriamente para combater o analfabetismo, elevar a escolaridade
dos sujeitos, sua cultura e seu padrão de vida. Há ainda insatisfação, ocasionada
pelo acesso tardio a escola que na maioria das vezes, nas regiões mais pobres do
Brasil, são oferecidas sem condições de oportunizar saberes para a criança, o
adolescente, os jovens e adultos devido à precariedade de investimentos dessa
política pública. Isso representa, sem dúvida, uma das maiores dívidas históricas
para com as populações do campo.
Parece-me que é urgente pesquisar as desigualdades
históricas sofridas pelos povos do campo. Desigualdades
econômicas, sociais e para nós desigualdades educativas,
escolares. Sabemos como o pertencimento social, indígena,
racial, do campo é decisivo nessas históricas desigualdades.
Há uma dívida histórica, mas há também uma dívida de
conhecimento dessa dívida histórica. E esse parece que seria
um dos pontos que demanda pesquisas. (ARROYO; 2006,
p.104).
Enquanto Arroyo critica a sociedade brasileira por não oportunizar políticas
públicas de educação para as populações do campo, Durkheim (1998) com uma
concepção de sociedade elitista e classista, se refere a uma educação que deveria
ser diferente para as classes sociais. “A educação urbana não é a do campo, e a do
22
burguês não é a do operário”. (p. 39). Isso caracteriza, evidentemente, uma postura
alienadora que reforça uma educação para privilegiados.
Marx também se reporta aos aspectos das desigualdades remetendo essa
situação a partir de uma ordem social que submete o mundo ao poderio do capital.
Relata que o trabalho humano nunca produziu tantos objetos em toda história
humana. A condição de poder da burguesia é o crescimento do capital que submete
o homem ao trabalho assalariado, gerando uma base de competitividade e
desigualdade entre os trabalhadores. Isso canaliza para um índice absurdo de
“pobreza que cresce mais rápido do que a população e a riqueza”. (1998; p.28). O
paradigma de produção capitalista permite maior exploração entre as pessoas,
causa a marginalização do trabalhador do campo e, a mão de obra humana na
fábrica ou no latifúndio, transforma-se numa mercadoria a serviço da burguesia, do
capitalismo que também se articula pelo processo educativo.
11.3- CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Consequentemente, o ser humano é social, na medida em que vive e
sobrevive socialmente. Como consequência disso cada ser humano é propriamente
o conjunto das relações sociais que vivem, de forma prática, social e histórica,
produzindo não só o mundo dos bens materiais, mas também o próprio ser do ser
humano.
Quando se questiona o sentido da escola, sua função social e a natureza do
trabalho educativo, enquanto docentes, é preciso entender a sociedade em que
estamos inseridos. Para Severino 1998, a sociedade é um agrupamento tecido por
uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas
experiências individuais do homem, havendo uma interdependência de todas as
formas de vida humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais,
instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e o jeito
específico do homem realizar sua humanidade sendo que: "A sociedade configura
todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os
conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe a contribuição que o
23
poder de cada indivíduo engendra e oferece a sua comunidade. Nesse sentido a
sociedade cria o homem para si". (Pinto, 1994).
A sociedade é a mediadora do saber e da educação presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a
partir das contradições sugeridas pelo processo de transformação da base
econômica. Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade.
A sociedade contemporânea caracteriza-se como capitalista, globalizada,
favorecendo, porém, a uma pequena elite; uma sociedade injusta, autoritária e
individualista, onde propagam-se contra valores em detrimento dos princípios e
valores que deveriam norteá-la. Uma sociedade, portanto, muito distante daquela
que a escola idealiza. É importante compreender a questão da relação escola-
sociedade, colocando-se na perspectiva de encontrar possibilidades existentes na
nossa realidade para o processo emancipatório. Pensa-se aqui, que escola deve
contribuir para conquistar as transformações aspiradas pelos alunos, sendo:
• Uma sociedade justa, com melhor distribuição de renda, onde haja
igualdade de condições para a sobrevivência de todos;
• Uma sociedade mais humana, onde impere o respeito mútuo, havendo
liberdade de ação e pensamento;
• Uma sociedade que respeite os profissionais da educação, bem como, a
diversidade étnico-cultural da população brasileira.
Para tanto, a escola, diante da atual conjuntura social, deve ter como uma de
suas principais metas, a democratização da sociedade, pois democracia pressupõe
uma possibilidade de participação, do conjunto dos membros da sociedade em todos
os processos decisórios que dizem respeito à sua vida, onde prevaleça uma
“democracia substantiva, participante”, regida por princípios éticos de liberdade e
igualdade social, continua sendo um horizonte histórico e nossa utopia para a
humanidade.
24
11.4- CONCEPÇÃO DE MUNDO
O processo de globalização desencadeado pela sociedade capitalista remete
a escola a repensar suas concepções a fim de estabelecer o que se tem e o que se
pretende alcançar, que metas se deseja atingir.
Assim Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo dialético, considera
o desenvolvimento da complexidade de estrutura humana como um processo de
apropriação pelo homem de experiência histórica e cultural. Nesta perspectiva, a
premissa é de que o homem constitui-se como tal, através de suas interações
sociais. Portanto, é alguém que transforma e é transformado nas relações
produzidas em uma determinada cultura.
Afirma Vygotsky que as características tipicamente humanas não estão
presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são meras pressões do meio
externo. Elas resultam da interação dialógica do homem e seu meio sociocultural. Ao
mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio ambiente para atender
suas necessidades básicas', transforma-se a si próprio.
Desta forma, cabe à escola, como instituição social da educação, propiciar
meios para o desenvolvimento intelectual do homem, visando construir sua
autonomia e plena realização pessoal.
11.5- CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola enquanto organização tem sido considerada, nos últimos anos,
objeto especial de atenção, em todo mundo não apenas pelos estudiosos da área de
organização e administração escolar, mas principalmente pelos '"formuladores" das
políticas educacionais.
Considerada no passado local de execução das decisões tomadas fora dela, e
portanto, percebida como cumpridora das normas uniformizadoras do sistema de
ensino, a escola passou a ser considerada entidade mais preparada para tornar
realidade as pretendidas mudanças na Educação.
Sabe-se que a escola constituiu-se no locus para o qual afluem todas as
crianças, jovens e adultos que aspiram à formação e à instrumentalização para a
25
vida em sociedade, como o único canal responsável em fornecer o passaporte que
os capacite à cidadania e ao mundo do trabalho. Essa assertiva é já considerada
uma certeza incontestável para todos.
Ainda que muitos sejam as concepções sobre a relação entre educação e
sociedade, educação e produção da existência ou educação e atividade econômica,
todas partilham de algumas questões indubitáveis a esta condição humana que
constitui a razão de ser de toda instituição escolar: a formação do homem e da
mulher em sua ampla dimensão; pessoal e profissional. Assim a escola:
- oferece um tipo de formação que não é facilmente adquirida em outro lugar;
- é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado,
existindo para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam a o acesso
a esse saber( Saviani, 1991, p.22 );
- Essa formação abarca as dimensões científica, técnica ética e humana que se
constituem de elementos cognitivos (aprendizagem, ensino, habilidades,
conhecimentos, capacitação, qualificação e elementos atitudinais (socialização,
disciplina, conduta, disposições)).
- A passagem pela escola, assim como desempenho desta com os alunos e
alunas, isto é, o êxito ou fracasso acadêmicos, tem influência relevante sobre o
acesso às oportunidades sociais da vida em sociedade;
- É locus de reprodução e locus de produção política, orientações e regras ( Lima,
2002).
- Está inserida na chamada "sociedade global", onde violentas e profundas
transformações no mundo do trabalho e das relações sociais vêm causando
impactos desestabilizados à humanidade, e consequentemente, exigindo novos
conteúdos de formação, novas formas de organização e gestão da educação
ressignificando o valor da teoria e da prática da administração da educação (
Ferreira, 2002).
26
11.6- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem-processo
constitutivo do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a
sociedade, num novo movimento contraditório de reprodução do presente e da
expectativa de transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de
homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000, p, 77) se faz necessário desenvolver
uma educação que abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de
desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano
para gestar uma democracia aberta.
São eles:
- "A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão
globalizante da realidade que possa orientar em sua vida.";
- "A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-
lhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações";
- "A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana".
- Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem
suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita
para constituir-se e transformar a realidade.
27
11.7- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva é uma prática inovadora rodeada de desafios e que está
pondo em xeque a qualidade do ensino para todos os alunos, exigindo que a escola
se modernize e que os professores aperfeiçoem suas práticas pedagógicas. É um
novo paradigma que desafia o cotidiano escolar brasileiro. São barreiras a serem
superadas por todos: profissionais da educação, comunidade, pais e alunos.
Precisamos aprender mais sobre a diversidade humana, a fim de compreender os
modos diferenciados de cada ser humano ser, sentir, agir e pensar.
A inclusão escolar da pessoa com necessidades educacionais especiais é um
tema de grande relevância já que promove, segundo Ferreira (2007), a participação
das minorias sociais em ambientes antes reservados apenas àqueles que se
enquadravam nos ideários preestabelecidos e perversos de força, beleza, riqueza,
juventude, produtividade e perfeição. Assim sendo, o tema “[...] vem ganhando
espaço cada vez maior em debates e discussões que explicitam a necessidade de a
escola atender às diferenças intrínsecas à condição humana” (SILVEIRA e NEVES,
2006, p. 79).
Todas as vezes que são feitas referências à Educação Inclusiva são
suscitados os mais variados sentimentos: desde incertezas e angústias até
entusiasmos e paixões. Esses sentimentos antagônicos, segundo Souza (2005) são
perfeitamente compreensíveis tanto por estarmos inseridos em uma sociedade que
mantém cristalizadas concepções tradicionais e preconceituosas, quanto pela
“novidade desafiadora” proposta pela Educação Inclusiva.
11.8- CONCEPÇÃO DE CULTURA
A cultura pode ser definida como o produto da ação intencional do homem,
isto é, resultado da construção que se vale da criação de instrumentos e o ato de
deixar marcas e representações sobre o mundo natural. Ao conceber o homem
como um ser eminentemente social, Vygotsky ( 1987 )propõe que a formação e o
28
desenvolvimento do psiquismo humano se dão com base em uma crescente
apropriação dos modos de agir, pensar e sentir culturalmente elaborados.
Para ele, o desenvolvimento caminha do social para o individual, visto que,
quando nasce, a criança já está imersa em um mundo de cultura historicamente
produzido, existindo, por parte do ser humano, uma paulatina apropriação do
mundo que o cerca.
11.9- CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O Termo trabalho se refere a uma atividade própria do homem. Também
outros seres atuam dirigindo suas energias coordenadamente e com uma finalidade
determinada. Entretanto, o trabalho propriamente dito, entendido como um processo
entre a natureza e o homem, é exclusivamente humano. Neste processo, o homem
se enfrenta como um poder natural, em palavras de Karl Marx, com a matéria da
natureza.
A diferença entre a aranha que tece a sua teia e o homem é que este realiza
o seu fim na matéria. Ao final do processo do trabalho humano surge um resultado
que antes do início do processo já existia na mente do homem. Trabalho, em sentido
amplo, é toda a atividade humana que transforma a natureza a partir de certa
matéria dada. A palavra deriva do latim "tripaliare", que significa torturar; daí a
passou a ideia de sofrer ou esforçar-se e, finalmente, de trabalhar ou agir. O
trabalho, em sentido econômico, é toda a atividade desenvolvida pelo homem sobre
uma matéria prima, geralmente com a ajuda de instrumentos, com a finalidade de
produzir bens e serviços.
11.10- CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Para Kenski (2008, p.15), as tecnologias são tão antigas quanto a espécie
humana. Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu
origem às mais diferenciadas tecnologias.
29
A expressão "Tecnologia na Educação" abrange a informática, mas não se
restringe a ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até mesmo cinema
na promoção da educação. Entende-se tecnologia como sendo o resultado da fusão
entre ciência e técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado
como o conjunto de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os processos de
ensino e aprendizagem com a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou
organizadores) e suas consequentes transformações culturais.
O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação sistematizada
desde o início utiliza diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada época
histórica. A tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é utilizada até hoje pela
maioria das escolas. Da mesma forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste
em plena era da informação e do conhecimento. Na verdade, um dos grandes
desafios do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia
moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação.
Muitos afirmam que as máquinas trouxeram uma revolução nos processos de
ensino e aprendizagem. Porém, um quadro negro eletrônico continua sendo um
quadro negro. Comparando-se uma aula do século XIX com uma de hoje, por
exemplo, nota-se que as ideias continuam sendo as mesmas. A escola continua
sendo uma das instituições que resistem até os dias atuais com as mesmas
características desde sua criação.
Ao longo do tempo a tecnologia se tornou mais complexa e o uso das normas
exige um domínio cognitivo mais apurado. O problema é como aproveitar tais
recursos na sua totalidade.
11.11- CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Segundo Dalmo Dalari, o conceito de cidadania sempre esteve fortemente
"ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao
indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo
direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar
30
(direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto). No entanto, dentro de uma
democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres,
uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir
do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade Cidadania,
direitos e deveres.
O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então
para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na
cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania
pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida em
sociedade.
Ao longo da história, o conceito de cidadania foi ampliado, passando a
englobar um conjunto de valores sociais que determinam o conjunto de deveres e
direitos de um cidadão "Cidadania: direito de ter direito". (D'URSO, Luiz Flávio
Borges).
11.12- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre
os homens e a natureza. Pode se afirmar que é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Assim, o estudo dos conhecimentos sistematizados e a aquisição de
habilidades e hábitos decorrem das exigências e necessidades da vida prática.
Portanto, os conhecimentos servem não só para explicar os fatos, acontecimentos e
processos que ocorrem na natureza, na sociedade e no pensamento humano, mas
também para transformá-los.
Nesse sentido, o homem possui conhecimento construído a partir de suas
necessidades e experiências no cotidiano, ou seja, o conhecimento real que
possibilita a abstração e generalização. Esse conhecimento inicia-se de forma
inconsciente, informal, até encaminhar-se para níveis mais abstratos, formais e
conscientes.
31
Nessa perspectiva, cabe à escola valorizar o conhecimento espontâneo do
aluno, encaminhando-o a níveis mais abstratos, formais, conscientes e
sistematizados, ou seja, parte de uma contextualização, onde a prática torna-se
suporte da teoria e vice-versa, tornando a construção de conhecimentos um
processo permanente, propiciando o desenvolvimento de capacidades intelectuais.
11.13- CONCEPÇÃO DE ENSINO
A escola cumpre sua função social através do processo de ensino e de
aprendizagem, fazendo circular informações, promovendo e estimulando o
desenvolvimento de habilidades e operações de pensamento e a vivência de
valores. Tais aprendizagens são organizadas no currículo escolar. Que é bem mais
do que uma lista de conteúdos. Planejá-lo implica tanto escola os conteúdos de
ensino, quanto organizar experiências e situações que garantam a aprendizagem, o
que significa dizer que inclui conteúdos e metodologias de ensino.
As situações de aprendizagens propostas aos alunos poderão ter coerência
entre si, se obedecidas às especificidades de cada área.
De acordo com Silva et al. (1994,p.32-33), o que o professor ensina deveria
responder às seguintes indagações.
- O que se está ensinando tem contribuído para que os alunos desenvolvam
compreensão do mundo em que vivem?
- Quais são os desafios desse mundo? Em que medida afeta os professores e aos
alunos?
- Os conteúdos curriculares que se trabalha favorecem o desenvolvimento de uma
visão crítica desses problemas, ou seja, ajudam os alunos a assumir um
posicionamento frente a eles, como indivíduos e cidadãos?
- Que conteúdos devem ser priorizados em cada uma das disciplinas para que os
alunos alcancem o entendimento das grandes questões humanas?
E os procedimentos (a maneira de ensinar) deveriam achar respostas nessas
provocações:
32
- Como se faz para desenvolver os conteúdos das disciplinas no dia-dia da sala de
aula?
- Que procedimentos são adotados para encaminhar os assuntos e garantir que
sejam aprendidos?
- Como se justifica a escolha dos procedimentos com base nos fundamentos de
cada disciplina?
- Que possibilidades de participação os procedimentos oferecem aos alunos? Elas
atendem às suas diferenças? Como?
- Que recursos didáticos se têm usado? Por quê?
- Os professores estão ensinando e os alunos aprendendo?
Diante de todos esses questionamentos, é importante destacar a função
social do ensino que é formar indivíduos capazes de compreender a realidade
circundante e intervir nela, como cidadãos que são, no intuito de melhorar o contexto
no qual a escola se insere.
11.14- CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM
A capacidade de aprendizagem é comum ao animal irracional e ao ser
humano, criança ou adulto. Representa uma adaptação aos meios e é necessária à
sobrevivência de todo ser vivo.
Em psicologia, aprendizagem é o processo de modificação de conduta por
treinamento e experiência. Varia da simples aquisição de hábitos à técnicas mais
complexas. Como característica essencial do psiquismo humano, o ato de aprender
defere do adestramento animal pelo seu caráter criador, dinâmico e intencional. A
motivação, a inteligência, e a hereditariedade influenciam a aprendizagem, cujos
elementos básicos são o estímulo, a resposta, o impulso e o reforço. (DALLABONA
e MENDES).
Na concepção construtivista aprender é construir e aprendizagem é entendida
como construção de conhecimentos. Logo, aprender não é copiar ou reproduzir a
realidade, mas elaborar uma representação pessoal sobre um conteúdo ou objeto da
33
realidade. Não há aprendizagem sem conteúdos e os conhecimentos permitem a
construção de outros.
11.15- CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Finalmente, a avaliação que deverá atender às dimensões trabalhadas
levando-se em conta todo o processo de construção do conhecimento, respeitando
as diferenças individuais. Cada um é único; um é diferente do outro e será
comparado com ele mesmo, observando-se seus avanços, esses, percebidos não
só pelo professor, mas também, sentidos pelo aluno, bem como por sua
comunidade, tendo em vista, mudanças de hábitos, valores e atitudes. Com isto, é
considerado o processo histórico do aluno e a prática educativa fica vinculada à
prática social.
Os critérios e instrumentos de avaliação serão condizentes com os
fundamentos da presente proposta e se dará de forma contínua e cumulativa, não se
esgotando em si mesma, mas propiciando uma reflexão sobre o processo de ensino
e seus resultados, não só para verificar o desenvolvimento do aluno, como também,
o rendimento das práticas do professor para que, sejam reorientados ou não os
caminhos da ação educativa durante o processo, garantindo assim, a construção do
conhecimento por parte de todos.
O professor vai estar então, comprometido não apenas com a simples
transmissão de um saber elaborado que os alunos se limitam a estudar e a
esquecer. Seu compromisso vai estar ligado a um processo complexo por onde esse
saber vai ser adquirido pelo aluno de forma crítica, relacionado com seu universo de
experiências, de forma desafiadora, procurando novas soluções para velhos
problemas, de forma questionadora procurando formas criativas e competentes de
fazer as mesmas coisas, mesmo àquelas tradicionalmente consideradas bem feitas.
A opção por uma educação transformadora vai exigir do professor, antes de
tudo, domínio do conteúdo da disciplina ministrada, mas também, do conhecimento
de propostas alternativas para trabalhar o conteúdo de maneira a ser apreendido,
em suas relações complexas, da melhor forma possível. Precisa também ter a
34
capacidade para orientar as ações pedagógicas de acordo com as necessidades e
possibilidades dos alunos.
Ao aluno vai ser exigido muito mais do que o simples estudo da matéria, onde
lhe cabe apenas o exercício de sua capacidade de memorização e, após a execução
do ato ritualístico da avaliação, o esquecimento. O aluno terá participação dinâmica
na ação educativa escolar, executando um esforço, no ato de aprender, onde
colocará em funcionamento os seus sentimentos, sua capacidade intelectual, suas
habilidades, sentidos, paixões, ideias e ideologias. Ou seja, tudo aquilo que coloca
permanentemente em funcionamento ao elaborar os juízos provisórios em sua vida
diária. No caso em questão esses juízos serão realizados em relação a um aluno
objeto de conhecimento específico, apresentado pelo professor, mas que o aluno
teve participação na seleção.
A avaliação efetiva vai, então, se dar durante o processo, nas relação
dinâmicas do trabalho escolar que orientam as tomadas de decisões frequentes,
relacionadas ao tratamento de conteúdo e à melhor forma de compreensão e
produção de conhecimento pelo aluno.
Para que isso ocorra é necessário que haja um clima favorável à participação
de todos na prática pedagógica. Que os alunos não se sintam reprimidos e possam
manifestar suas dúvidas, inquietação e incompreensões quanto ao que está sendo
aprendido.
É nas relações cotidianas entre aluno e objeto do conhecimento, aluno e
aluno, professor e aluno que vai se dar a aprendizagem. Dessa interação vão surgir
condições mais efetivas para que professor e aluno possam ser capazes de se
avaliar, de avaliarem o conteúdo em questão e de tomarem decisão quanto ao
prosseguimento do processo ensino-aprendizagem. Alunos e professores participam
decisivamente do processo, nessa relação dinâmica de aquisição, re-elaboração e
produção do conhecimento.
O senso de humor do professor, o "gosto de ensinar", "o tornar a aula
agradável, interessante", são aspectos considerados como fundamentais na sala de
aula, propiciando um relacionamento favorável entre professor, aluno e objeto do
conhecimento.
35
Nesse contexto, assumida a pedagogia progressista, as aulas serão
dinâmicas, interativas e não apenas expositivas. As carteiras serão organizadas de
forma a propiciar as interações necessárias à produção do conhecimento. O
professor assumirá uma relação mediadora entre aluno e objeto do conhecimento. A
disciplina passa a ser entendida como a capacidade de organização no tempo no
tempo e no espaço. A autoridade pedagógica do professor estará articulada com a
elevação cultural e crítica de educando, portanto, é participativa.
A avaliação é, portanto, um processo abrangente que implica em reflexão
crítica sobre a prática escolar com o objetivo de captar seus avanços, suas
resistências, suas dificuldades, possibilitando a tomada de decisão sobre o que fazer
para superar os obstáculos de percurso.
Ela acontecerá ao longo do processo educativo escolar, possibilitando
principalmente, recuperação imediata no caso de insucesso. Isto quer dizer que é
preciso respeitar o ritmo próprio e permitir adaptações às condições de estudo dos
alunos. Assim sendo, será aplicada não somente ao nível da aprendizagem do
aluno, mas também do replanejamento do ensino dando pistas para a reformulação
da Proposta pedagógica.
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser
individual ou coletiva; contínua, permanente, cumulativa para que os educandos,
professores e demais atores da comunidade escolar, possam ganhar mais
consciência sobre seu desenvolvimento cognitivo, atitudinal e procedimental.
A avaliação no processo de ensino- aprendizagem será bimestral traduzida
em forma de notas que serão registrados pelos professores nos registros de classe
e na ficha individual do aluno pela secretaria do estabelecimento, a fim de serem
assegurados a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.
A comunicação dos resultados da avaliação dos alunos será feita aos pais,
através de boletins bimestrais em reuniões, ou na falta a essas reuniões será
entregue pela secretaria, quando procurado pelos pais ou responsáveis pelo aluno.
Além disso, a família será estimulada a participar de palestras, gincanas, festividades... Este Estabelecimento de ensino, opta pela gestão democrática e vai criando
as condições de ser democrático, na medida em que, mobilizando-se e organizando-
se, luta contra o arbítrio, supera o silêncio que lhes está sendo imposto.
36
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o principio da
reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a
formulação de um Projeto Político libertador, pois a superação da cultura de gestão
autoritária só vai acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a
participação de toda a comunidade escolar via instrumento de ação colegiada,
como: Conselho Escolar e Conselhos de Classes, bem como aluno Representante
de turma, Grêmio Estudantil, APMF. Participação dos Pais, Reuniões de Pais e
Mães e Reuniões Pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que
queremos e de como construí-la. Refletindo e buscando as soluções em conjunto,
com consensos possíveis e trabalhando como dissensos como algo saudável na
formação de sujeitos democráticos.
11.16- CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, organizados para
orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas finalidades.
Geralmente, exprime e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e
o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela
sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem
os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e
referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um
currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As
disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência,
mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a
competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".
Outras referências, mais específicas, estão no capítulo da Educação Básica,
quando se define que "os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
37
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela".
Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os
"conteúdos curriculares da educação básica", que envolvem: valores, direitos e
deveres e orientação para o trabalho.
A LDB sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite
a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o
contexto local. No ensino nas zonas rurais, por exemplo, é admitida a possibilidade
de um currículo "apropriado às reais necessidades e interesses dos alunos".
11.17- CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a
condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se
apropriado da escrita. É usar a leitura e a escrita para seguir instruções (receitas,
bula de remédio, manuais de jogo), apoiar à memória (lista), comunicar-se (recado,
bilhete, telegrama), divertir e emocionar-se (conto, fábula, lenda), informar (notícia),
orientar-se no mundo (o Atlas) e nas ruas (os sinais de trânsito)...
A palavra letramento não está dicionarizada, porque foi introduzida muito
recentemente na língua portuguesa, tanto que quase podemos datar com precisão
sua entrada na nossa língua, identificar quando e onde essa palavra foi usada pela
primeira vez.
Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro de Mary
Kato: No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística, de 1986.
"Acredito que a chamada norma padrão, ou a língua falada culta, é consequência do
letramento, motivo porque, indiretamente é função da escola desenvolver no aluno o
domínio da linguagem falada institucionalmente aceita”. (Mary Kato, 1986)
O letramento tem início quando a criança começa a conviver com as
diferentes manifestações da escrita na sociedade e se amplia cotidianamente por
toda vida, com a participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.
38
Abarca as mais diversas práticas de escrita na sociedade e pode ir desde uma
apropriação mínima da escrita, tal como o indivíduo que é analfabeto, mas letrado
na medida em que identifica o valor do dinheiro e o ônibus que deve tomar,
consegue fazer cálculos complexos, sabe distinguir marcas de mercadorias etc.,
porém não escreve cartas, não lê jornal, etc. Se as crianças não sabe ler, mas pede
que leiam histórias para ela, ou finge estar lendo um livro, se não sabe escrever,
mas faz rabiscos dizendo que aquilo é uma carta que escreveu para alguém, é
letrada, embora analfabeta, porque conhece e tenta exercer, no limite de suas
possibilidades, práticas de leitura e de escrita.
"O desenvolvimento de habilidades de uso da tecnologia da escrita, isto é, da
apropriação do sistema alfabético e ortográfico, acontece por meio da inserção em
práticas sociais que envolvem a leitura e escrita: letramento”. (Magda Soares).
A alfabetização de qualquer indivíduo é algo que nunca será alcançado por
completo, ou seja, não há um ponto final. A realidade é que existe a extensão e a
amplitude da alfabetização no educando, no que se diz respeito às práticas sociais
que envolvem a leitura e a escrita. Nesse âmbito, muito estudiosos discutem a
necessidade de se transpor os rígidos conceitos estabelecidos sobre a
alfabetização, e assim, considerá-la como a relação entre os educandos e o mundo,
pois, este está em constante processo de transformação.
"O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito
abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a
palavra. Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo,
depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras". (Paulo Freire)
11.18- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
O conceito de infância, enquanto fase da vida do ser humano, não tem mais
de dois séculos de existência, como demonstrou Ariès (1981). Sua concepção foi
sendo elaborada de maneira articulada a toda uma conjuntura, que esboçou a
39
chamada época moderna, junto ao surgimento e à consolidação dos modos de
produção capitalista.
Segundo Bujes (2002), a definição de infância tende a estabelecer-se de
forma universal e hegemônica, por efeito da produção e disseminação de um
discurso científico, de imagens e de políticas públicas e ações da sociedade civil.
Assim, o modo como compreendemos a infância hoje nasce junto a um novo
conceito de homem, caracterizado por como um sujeito autônomo, empreendedor e
competitivo.
E ainda hoje ela é vista de maneira paradoxal: por um lado, é tratada como
símbolo de pureza, livre ainda das implicações trazidas pelo mundo do trabalho; por
outro, é associada à ideia de futuro, e passa a ser considerada a partir daquilo que
ainda não é, mas que, supostamente, se tornará, se orientada pela lógica do
trabalho e da produção.
A atuação da comissão “Criança Constituinte” resultou no reconhecimento da
educação de zero a seis anos como direito da criança, por inclusão, pois destaca-se
na Constituição (art. 205) que a educação é direito de todos, o que é reafirmado no
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – de 1990. Ainda no clima da
participação popular e institucional pelos direitos da criança, durante a elaboração da
nova Constituição, foi redigido o primeiro projeto da LDB, figurando a educação
infantil. Segundo o Projeto de Lei nº 1.258-B, de 1988, aprovado na Câmara Federal,
no dia 13 de maio de 1993, que viria a dar origem à Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, a Educação Infantil é entendida como a primeira etapa da
Educação Básica.
A Educação Infantil adquire legalmente especificidade ao proporcionar
condições para o desenvolvimento físico, psicológico e intelectual. A Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, nº. 9.394/96 incorpora a Educação Infantil no interior
do sistema de ensino, ocupando nível da educação básica, destinada às crianças na
faixa etária de zero a seis anos de idade.
40
11.19- CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Segundo Jean Piaget, a palavra “adolescência” vem da palavra latina
“adolesco”, que significa crescer. É uma fase cheia de questionamentos e
instabilidade, que se caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria
identidade, os padrões estabelecidos são questionados, bem como criticadas todas
as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e auto-afirmação.
Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da
segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma
nova qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e
hipotética.
11.20- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Enquanto concepção teórica, a educação integral prevê a formação mais
integral possível do sujeito, isto é, a oferta de oportunidades de acesso às várias
instâncias culturais da sociedade e a visão do ser humano como um ser composto
por diversas camadas inter-relacionadas que dizem respeito não apenas à cognição,
mas à emoção, subjetividade, desejos, inteligibilidade, sociabilidade, entre outras. A
educação integral também considera um papel crítico-emancipatório para a
educação, estimulando a gradativa autonomia dos educandos em sua formação
como cidadãos.
Enquanto projeto em implementação, engloba a ampliação da jornada
escolar, em dois turnos, com ampliação também das atividades curriculares, que
passam a se compor de outros macrocampos de atividades, como:
Acompanhamento Pedagógico; Meio Ambiente; Esporte e Lazer; Direitos Humanos
em Educação; Cultura e Artes; Cultura Digital; Promoção da Saúde;
Educomunicação; Investigação no Campo das Ciências da Natureza; Educação
Econômica.
A educação integral contemporânea ainda considera a ampliação dos
espaços educativos, que se projetam para além da escola, abrangendo espaços
comunitários e urbanos, como salões, igrejas, museus, bibliotecas e parques.
41
A Educação Integral exige mais do que compromissos: impõe também e
principalmente projeto pedagógico, formação de seus agentes, infraestrutura e
meios para sua implantação. Porém, a proposição de uma política de educação
integral transcende os objetivos da ampliação do tempo escolar como medida que
visa alcançar unicamente melhores resultados de aprendizagem ou ampliação desse
tempo apenas como adequação da escola às novas condições e demandas das
famílias. Os propósitos devem estar ancorados em concepção mais abrangente e
consequente de educação integral, que localiza a ampliação do tempo destinado à
educação de crianças e jovens “como parte integrante da mudança da própria
concepção de educação escolar (...)”. (Cavaliere, 2007).
Educação Integral na Agenda Pública: as distinções se fazem necessárias,
assim, educação integral não se resume a tempo integral, embora o tempo seja
condição necessária para efetivá-la. O consenso é que deve haver mais tempo
durante o qual a criança é conduzida por um educador, presumindo-se que mais
tempo possibilite uma quantidade maior de oportunidades de aprendizagem.
Isso significa que uma política efetiva de educação integral não se traduz,
apenas, em aumentar o tempo de escolarização, mas requer mudar a própria
concepção e o tipo de formação oferecido aos futuros cidadãos.
Aqui se coloca outra questão importante: uma jornada de tempo integral não
pode eliminar o tempo doméstico a que a criança e sua família têm direito. Muitos
países resolveram essa questão assegurando um meio período durante a semana
para que crianças possam permanecer no espaço doméstico, sujeito às demandas
familiares.
11.21- O LETRAMENTO NO CONTEXTO SOCIAL
Um grave problema é que há pessoas que se preocupam com alfabetização
sem se preocupar com o contexto social em que os alunos estão inseridos.
"... de que adianta alfabetizar se os alunos não têm dinheiro para comprar um
livro ou uma revista? A escola, além de alfabetizar, precisa dar as condições
necessárias para o letramento. E um dos pontos importantes para letrar, é saber que
há distinção entre alfabetização e letramento, entre aprender o código e ter
42
habilidade de usá-lo. Ao mesmo tempo em que é fundamental entender que eles são
indissociáveis e têm as suas especificidades, sem hierarquia ou cronologia: pode-se
letrar antes de alfabetizar ou o contrário. Essa compreensão é o grande problema
das salas de aula. As crianças chegam no segundo ciclo sem saber ler e escrever,
elas precisam ser alfabetizadas convivendo com material escrito de qualidade.
Assim, a criança se alfabetiza sendo, ao mesmo tempo, letrada. È possível
alfabetizar letrando por meio da prática da leitura e escrita". (Maria Lucia Mexias
Simon, USS e UVA).
Socialmente e culturalmente, a pessoa letrada já não é a mesma que era
quando era analfabeta ou iletrada; ela passa a ter uma outra condição social e
cultural – ao se trata propriamente de mudar de nível ou de classe social, cultural,
mas de mudar seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na
cultura – sua relação com os outros, com o contexto, com os bens culturais, tornar-
se diferente.
Há a hipótese de que se tornar letrado é também se tornar cognitivamente
diferente: a pessoa passa a ter uma forma de pensar diferente da forma de pensar
de uma pessoa analfabeta ou iletrada. Já as crianças convivem com a língua oral
em diferentes situações de interação social e, por meio desta, aprendem sobre si,
sobre os seus pares e sobre a realidade que as cercam. Estão igualmente cercadas
de situações nas quais estão presentes as práticas sociais de leitura e escrita, como,
por exemplo: escrita de cartas, bilhetes e avisos, leitura de rótulos de embalagens,
placas e outdoor, escuta de histórias, poemas e parlendas, dentre outros.
Não é novidade que o Brasil ainda enfrenta insistentemente o problema do
analfabetismo, tanto de crianças que saem da escola e de outros que não tiveram a
oportunidade de se apropriarem do saber da leitura e escrita. É fato que o nosso
país possui um número significativo de indivíduos que não adquiriram o saber
necessário para atender às exigências de uma sociedade letrada.
43
11.22- O LETRAMENTO PARA TODAS AS DISCIPLINAS
O letramento não é só de responsabilidade do professor de língua portuguesa
ou dessa área, mas de todos os educadores que trabalham com leitura escrita.
"... mesmo os professores das disciplinas de geografia, matemática e
ciências. Alunos leem e escrevem nos livros didáticos. Isso é um letramento
específico de cada área de conhecimento. O correto é usar letramentos, no plural.
Cada professor, portanto, é responsável pelo letramento em sua área". (Magda
Becker Soares)
Cabe aos professores, responsáveis pelo ensino da leitura e da escrita,
oferecer oportunidades de acesso à cultura escrita, ampliando as capacidades e as
experiências das crianças de modo que elas possam ler e escrever com autonomia.
Para tanto, faz necessário que, por meio das práticas alfabetizadoras, contemplem,
de maneira articulada e simultânea, os processos de alfabetização e o letramento,
ou seja, a apropriação do sistema alfabético e ortográfico e o uso da língua em
práticas sociais de leitura e escrita.
O profissional de educação deve ser capaz de fazer sua interferência na
realidade, o que certamente, gerará novos conhecimentos, e isto, é bem mais
elevado do que simplesmente se enquadrar na mesma. Por isso que o letramento é
um fenômeno social; logo, essa intervenção que se faz necessária pode ser
proporcionada por ele.
Para o educador se tornar um "professor-letrador" necessário se faz,
primeiramente, obtenha informações a respeito do tema, as suas dimensões e,
sobretudo, a sua aplicação. Essa última é desenvolvida através de pesquisas e
investigação, que geram subsídios-suporte.
Paulo Freire afirma que para o educador, o ato de aprender "é construir,
reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à
aventura do espírito". Esta constatação não está relacionada somente ao educando,
pois sabemos que o educador tem que estar sempre adquirindo novos
aprendizados, lançando-se a novos saberes, e isto resultam em mudanças de vários
aspectos, como também, gera o enriquecimento tanto para o educador quanto para
44
o educando, que com certeza lucrará com esse desenvolvimento. Então, necessário
é que o educador atente-se para aquilo que é sumariamente importante na sua
formação, ou seja, "o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática",
e, "quanto mais inquieta for uma pedagogia, mais crítica ela se tornará". (Freire,
1990).
11.23- RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
De acordo com a Lei 9.394/96 os incisos IV e IX do art. 3º, a escola deve ter
uma tolerância conjunta com os educadores com aqueles alunos que algum
momento do processo de ensino aprendizagem tiveram algum tipo de dificuldade de
aprendizado. Temos que levar em consideração de que os alunos são seres
humanos e de repente em algum momento da fase de ensino aprendizagem, eles
não se adaptaram com a forma de ensino rotineiro empregado pelo educador, sendo
assim o professor devera em conjunto com a escola desenvolver algum método para
acolher estes alunos com problemas.
A Deliberação 007/99, explicita em seu artigo 11, parágrafos 1 e 2, que a
recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições
que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos
A recuperação de conteúdos é um direito de todos os alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação acontecerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a
partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação
do conteúdo já re-explicado e concomitante aos conteúdos trabalhados. As
atividades serão significativas, por meio de procedimentos didáticos pedagógicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados.
A recuperação será proporcional às avaliações como um todo, ou seja,
equivalerá de 0(zero) a 100(cem) por cento de apreensão e retomada de conteúdo.
45
Será considerada após a recuperação a nota maior para somatória e cálculo da
média bimestral.
11.24- CONSELHO DE CLASSE
Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Professor Pedagogo, por
todos os professores que atuam numa mesma classe e pelo Secretário.
A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que na sua falta
ou impedimento, será substituído pelo Professor Pedagogo.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre,
conforme Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante
assim o exigir.
Até o presente momento ainda as reuniões para Conselho de Classe não
foram abertas à participação de pais e alunos. Mas já se cogita a essa participação
para que tomem ciência da seriedade dessa ação decisiva dentro da escola.
- estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, na direção do processo ensino- aprendizagem, proposto pelo plano
curricular;
- acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;
- analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma,
com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
- utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
pelos conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de
avaliação que afetem o rendimento escolar;
- propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em
vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os
outros alunos na classe;
- estabelecer planos viáveis de recuperação de conteúdos.
46
11.25- GESTÃO ESCOLAR
O modelo de gestão escolar é composto pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar,
escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade escolar,
conforme a legislação em vigor.
Expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a
mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias
para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de
ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos.
O conceito de gestão escolar foi criado para superar um possível enfoque
limitado do termo administração escolar. Foi constituído a partir dos movimentos de
abertura política do país, que começaram a promover novos conceitos e valores,
associados, sobretudo à ideia de autonomia escolar, à participação da sociedade e
da comunidade, à criação de escolas comunitárias, cooperativas e associativas e ao
fomento às associações de pais. Assim, no âmbito da gestão escolar, o
estabelecimento de ensino passou a ser entendido como um sistema aberto, com
uma cultura e identidade própria, capaz de reagir com eficácia às solicitações dos
contextos locais em que se inserem.
A gestão escolar aponta questões concretas da escola e de sua
administração, baseadas no que se convencionou chamar de “escolas eficazes”.
Estas possuem características como orientação para resultados, liderança marcante,
consenso e coesão entre funcionários a respeito dos objetivos da escola, ênfase na
qualidade do currículo e elevado grau de envolvimento dos pais.
A autonomia administrativa, financeira e pedagógica e o estabelecimento de
mecanismos que assegurem a escolha de dirigentes são algumas das estratégias
consideradas essenciais para o fortalecimento da gestão escolar.
12- MARCO OPERACIONAL
A LDB diz "A Educação dever da família e do Estado, inspirado nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
47
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho".
E isso não se dá por decreto, como afirma Paulo Freire, "não se muda a cara
da escola por um ato de vontade do Secretário” (1992, p.35), é preciso envolver
professores, alunos, funcionários, pais e membros da comunidade. É nesse sentido
que a gestão democrática passa a se constituir no elemento essencial para definir
qual o tipo de educação que está sendo praticada e para quê. Ou seja, para garantir,
como prevê a Constituição, padrão de qualidade e igualdade de acesso e
permanência na escola o primeiro passo é a gestão democrática que só será obtida
com muita luta e com cada um assumindo seu papel.
12.1- AVALIAÇÃO
Os instrumentos de avaliação utilizados pelos professores serão condizentes
com os fundamentos da presente proposta e se dará de forma contínua e
cumulativa, não se esgotando em si mesma, mas propiciando uma reflexão sobre o
processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o desenvolvimento do
aluno, como também, o rendimento das práticas do professor para que, sejam
reorientados ou não os caminhos da ação educativa durante o processo, garantindo
assim, a construção do conhecimento por parte de todos, através de trabalhos de
pesquisa individual e em grupo, relatórios de experimentos, prova oral e escrita,
seminários, debates e entrevistas.
A avaliação é, portanto, um processo abrangente que implica em reflexão
crítica sobre a prática escolar com o objetivo de captar seus avanços, suas
resistências, suas dificuldades, possibilitando a tomada de decisão sobre o que fazer
para superar os obstáculos de percurso.
Ela acontecerá ao longo do processo educativo escolar, possibilitando
principalmente, recuperação imediata no caso de insucesso. Isto quer dizer que é
preciso respeitar o ritmo próprio e permitir adaptações às condições de estudo dos
alunos. Assim sendo, será aplicada não somente ao nível da aprendizagem do
48
aluno, mas também do replanejamento do ensino dando pistas para a reformulação
da Proposta pedagógica.
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser
individual ou coletiva; contínua, permanente, cumulativa para que os educandos,
professores e demais atores da comunidade escolar, possam ganhar mais
consciência sobre seu desenvolvimento cognitivo, atitudinal e procedimental.
A avaliação no processo de ensino- aprendizagem será bimestral traduzida
em forma de notas que serão registrados pelos professores nos registros de classe
e na ficha individual do aluno pela secretaria do estabelecimento, a fim de serem
assegurados a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.
A comunicação dos resultados da avaliação dos alunos será feita aos pais,
através de boletins bimestrais em reuniões, ou na falta a essas reuniões será
entregue pela secretaria, quando procurado pelos pais ou responsáveis pelo aluno.
A Recuperação Paralela são destinados aos alunos que apresentem
dificuldades de aprendizagem não superadas no cotidiano escolar e necessitem de
um trabalho mais direcionado, paralelo às aulas regulares. Deve ser
preferencialmente feita pelo próprio professor que viveu com o aluno aquele
momento único de construção do conhecimento. Se bem planejada e baseada no
conhecimento da dificuldade do aluno. O processo de recuperação escolar não é
uma simples repetição de conteúdos não aprendidos, que precisa ser caracterizado
como um trabalho realizado, por diferentes estratégias, de tal maneira que o aluno
sinta estar aprendendo.
A proposta da recuperação paralela vem indicar que o processo de
aprendizagem nas diferentes áreas do conhecimento está respaldado no
desenvolvimento de habilidades básicas e que os estudos de recuperação se
caracterizam em momentos de atividades específicas para a superação das
dificuldades encontradas e para a consolidação de aprendizagens efetivas e bem
sucedidas para todos os alunos.
Sendo assim, o estímulo educacional precisa atingir as áreas da sensação,
percepção, formação de imagens, simbolização e generalização da aprendizagem.
Trabalhar os aspectos de percepção, discriminação visual e auditiva, memória,
49
raciocínio lógico, inclusão de classe, seriação, nomeação, identificação e
socialização, entre outros.
Objetivando a melhoria do aproveitamento dos estudantes com dificuldades,
serão utilizadas algumas estratégias como:
Atendimento no mesmo turno com o professor recuperador;
Reorganização dos objetivos e metodologias de ensino diversificados, visando a
apreensão de conteúdo não vencido;
Grupos de trabalho diversificado em sala de aula;
Atividades de pesquisas;
Testes individuais e coletivos.
As estratégias de recuperação deverão ser modificadas conforme as necessidades
dos educandos.
Nos anos Finais do Ensino Fundamental regime de duração de 9 (nove) anos
e no Ensino Médio a avaliação da aprendizagem será Bimestral composto pela
somatória da nota 5,0 (cinco) referente as atividades diversificadas, sendo atribuído
2,5 (dois vírgula cinco) para cada atividade avaliativa elaborada pelo professor; mais
a nota 5,0 (cinco) resultante de no mínimo 02 avaliações no valor de 2,5 (dois vírgula
cinco) cada uma, com instrumentos diversificados, totalizando nota final 10,0 (dez).
12.2- DIVERSIDADE
A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos
direitos humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema de inclusão de
grupos minoritários.
O desafio da escola é incluir a todos/as. Nessa perspectiva, deve-se assumir
o compromisso político e social de garantir a todos/as o direito ao acesso à
escolarização e ao saber sistematizado historicamente.
Faz-se necessário que a escola identifique e reconheça os diferentes sujeitos
e crie mecanismos de enfrentamento aos diversos preconceitos existentes e que
possa garantir o direito ao acesso e a permanência, com qualidade, no processo
educacional.
50
A escola promoverá discussões sobre as temáticas da diversidade para que
tenham seu espaço no currículo escolar interdisciplinarmente, a fim de possibilitar
uma educação democrática e inclusiva, sem preconceitos nem discriminações.
Fazem parte do Departamento da Diversidade:
* Educação das Relações Étnico-Racial – Lei nº 10.639/03
* Educação Escolar Indígena – Lei nº 11.645/08
* Educação Escolar do Campo – Lei nº 7352, 04/11/2010
* Educação para o Envelhecimento – Lei 10.741/03
* Lei nº 13.381 – História do Paraná
* Educação das Relações de Gênero e Diversidade Sexual – Parecer CEE
01/09 e Instrução Conjunta 02/10 sobre o “nome social” para Travestis e
Transexuais, maiores de 18 anos.
A equipe multidisciplinar, conforme a Resolução nº 3399/2010 – GS/ SEED,
são instancias de Organização do Trabalho Escolar e a finalidade é orientar e
auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à educação das relações Étnicos-
Raciais e no Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena,
durante o ano letivo, onde os temas serão desenvolvidos através de trabalhos
interdisciplinares.
12.3- DESENVOLVIMENTO SOCIOEDUCACIONAL
A discussão dos temas pertencentes ao Desenvolvimento Socioeducacional,
na escola pública busca a superação da rigidez tradicional das disciplinas,
direcionando as discussões dos desafios sociais com a intencionalidade de
organizar e recuperar males das novas configurações, numa linguagem
progressista.
São eles:
Cidadania e Direitos Humanos
Educação Ambiental – Lei nº 9.795/99
Enfrentamento à Violência
51
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
12.4- PROMOÇÃO
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência.
No Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, os alunos que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
Os alunos do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem: frequência inferior
a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar;
frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% e média anual
inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os estudos de recuperação
concomitante, ao longo da série ou período letivo, será submetido à análise do
Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
12.5- PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
52
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série
ou fase anterior, na própria escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do
país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação
para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau
de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige
as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a
ser iniciado, para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino
Fundamental.
12.6- RECLASSIFICAÇÃO
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia
o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do
que registre o seu Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com f requênc ia na série, dar
conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
53
reclassificação.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola
aprová-lo ou não.
A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim
de obter o devido consentimento.
A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem
a necessidade da reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,
para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve
ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus
resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
Secretaria de Estado da Educação.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
12.7- ADAPTAÇÃO/ APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
No ato da matrícula, será verificado se o aluno deverá fazer
aproveitamento/adaptação de estudos das disciplinas que não teve acesso aos
conteúdos de cada disciplina, constante na Matriz Curricular.
54
12.8- DA PROGRESSÃO PARCIAL
Nos artigos 92 e 93 do Regimento Escolar diz que a matricula com Progressão
Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até três
disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente
às séries seguintes.
O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
12.9- FORMAÇÃO CONTINUADA
A opção por uma educação transformadora vai exigir do professor, antes de
tudo, domínio do conteúdo da disciplina ministrada, mas também, do conhecimento
de propostas alternativas para trabalhar o conteúdo de maneira a ser apreendido,
em suas relações complexas, da melhor forma possível. Precisa também ter a
capacidade para orientar as ações pedagógicas de acordo com as necessidades e
possibilidades dos alunos.
Para isso, a escola proporcionará condições para que os professores,
pedagogos, funcionários, alunos, pais, representantes de turmas,membros da APMF
e do Conselho Escolar no Plano de Formação Continuada possa participar através
dos Grupos de Estudos, palestras, seminários, simpósios, cursos ofertados pela
SEED, ou outras Instituições.
12.10- PROFESSOR REPRESENTANTE DE TURMA
No âmbito escolar, para garantir que não ocorra tratamento discriminatório,
em decorrência de diferenças físicas, de gênero, sócio-econômico-cultural, entre
55
outras, é escolhido pela direção/equipe pedagógica os professores que serão os
representantes da turma. Tem como função viabilizar a igualdade de condições para
permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade e a pluralidade cultural e
as peculiaridades de cada aluno no processo de ensino e aprendizagem.
12.11- ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA
No colégio, será indicado um aluno para representar a turma sempre que
necessário em diversas situações. O aluno escolhido poderá ter um vice-
representante que contribuirá para o intercâmbio entre a direção/equipe pedagógica,
os professores e os alunos.
O aluno indicado para representar a turma deverá ter senso de
responsabilidade, ética, assiduidade, bom relacionamento com a turma, no
desempenho de sua função e em sua vida escolar entre outros.
12.12- HORA ATIVIDADE
Neste Estabelecimento de Ensino a Hora Atividade é realizada
individualmente, respeitando o horário normal de aulas. Ela é destinada a todos os
professores e deverá ser cumprida a carga horária em atividades relacionadas a
docência para que o professor possa preparar aula, correção de trabalhos e
avaliações, atendimento aos pais, atividades de estudo e outras correlatas a sua
função.
12.13- PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR
O referido programa visa a Mobilização para a Inclusão Escolar e a
Valorização da Vida tendo como principal objetivo o combate à evasão escolar. O
programa foi lançado em 2005 e entendendo que a o acesso à escola é um direito
56
de todos, conforme a LDB e o ECA a criança e o adolescente tem direito a
educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparando para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. A garantia de acesso à escola
é compromisso de todos: Estado, Família, Ministério Público, Conselhos e
Sociedade Civil.
12.14- Procedimentos de combate à evasão e reprovação
Os procedimentos para o acompanhamento da frequência acontece com o
corpo docente nas reuniões pedagógicas e ou de planejamento. A primeira medida
eficiente para que esse controle seja feito diariamente é a tradicional chamada, que
em todas as aulas. Chamar os alunos pelo nome também é uma das formas de
construir vínculos e dar identidade ao grupo. Para que isso aconteça, é preciso ter,
desde o primeiro dia, planilhas completas com os nomes de todos os estudantes,
preparadas com a ajuda do secretário da escola e essas precisam ser analisadas
regularmente pela equipe gestora. Dessa forma, tem-se uma boa ferramenta para
observar a rotatividade na escola, que está presente desde o começo do ano, e
traçar estratégias para lidar com ela.
Também no primeiro semestre, é realizado o Censo Escolar e preenche as
tabelas com dados de aprovação, reprovação e movimento escolar solicitadas
anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep).
Nesse percurso, pode se deparar com problemas de origem pedagógica.
Existem casos de crianças que deixam de ir à escola porque apresentam um
desempenho ruim e há também aquelas que, no extremo oposto, evadem ou
abandonam os estudos por não se sentirem desafiadas e estimuladas.
A equipe gestora pode se unir para lançar mão de conversas com a
comunidade, elaboração de cartazes, visitas às famílias e meios de comunicação
disponíveis no distrito para dar um fim feliz às histórias de abandono, evasão e
consequentemente a reprovação. Todas essas são formas de chegar até as famílias
do entorno e mostrar a elas que a escola se preocupa com os seus filhos. Se
57
nenhuma dessas ações funcionar, ainda é possível recorrer ao Conselho Tutelar
(que entra em contato com as famílias para garantir que os direitos de crianças e
adolescentes sejam cumpridos) ou, em último caso, ao Ministério Público (que toma
as medidas judiciais cabíveis). Mas isso somente em casos extremos.
12.15- PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO (PPA)
De acordo com a instrução 008/12 – SEED/SUED propõ-se corrigir a
distorção idade/série por meio de estudos independentes e a reclassificação para
estudantes matriculados, que estão frequentando o Ensino Fundamental e Médio,
com defasagem de dois ou mais anos idade/série.
As escolas estão vivendo um momento crítico, a ordem estabelecida ficou
com seus alicerces fragilizados frente aos conhecimentos tecnológicos que
“deletaram” os conceitos de espaço e tempo. Passaram-se não mais de cinquenta
anos da invenção do computador e da Internet, da criação de redes de comunicação
sociais mundiais e as escolas ainda não se adaptam inteiramente aos novos rumos
que se descortinam quanto ao futuro. (Moran, 2005)
Para fazer frente a este momento crucial as instituições de Ensino lançam
mão do Plano de Personalização do Atendimento (PPA) que visa atender alunos
com dificuldades sérias de aprendizagem, deficiências, e outros tantos com idade
para ingressarem no mercado de trabalho, mas sem perspectivas de futuro, alheios
as suas condições de vida, possibilitando a adequação idade-série dos educandos.
O PPA possui projeto próprio e possibilita o resgate da autoestima, resgate da
cidadania na escola, os valores morais, éticos e humanos. A aplicação do Plano
Personalizado de Atendimento – P.P.A – distorção idade/série aliada à proposta de
um conjunto de critérios e orientações capazes de atender à diversidade em um
currículo flexível baseado nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, bem
como no Caderno de expectativa de Aprendizagem serão capazes de atender desde
a organização do perfil físico da instituição escolar, o planejamento, implementação
e avaliação do processo educativo e metas para o atendimento dos alunos
excluídos.
58
Objetivo Central: Recuperar os alunos em distorção idade-série matriculados nos
anos finais do Ensino Fundamental.
Até o momento a Escola ainda não realizou o processo, porém, espera
organizar-se para os próximos anos.
12.16- COMPETE AO DIRETOR
I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da
posse;
III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e apreciado pelo Conselho
Escolar;
IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
V. implementar a proposta pedagógica da instituição de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares
Orientadoras do Estado do Paraná;
VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação da instituição de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua
responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital
público;
IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância
com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e,
após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
59
XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com
os órgãos da administração estadual;
XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XIII. deferir os requerimentos de matrícula;
XIV. Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica e coordenação, o
calendário escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da
Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo
Regional de Educação para homologação;
XV. acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica e coordenação, o
trabalho docente e o cumprimento dos dias letivos, da carga horária, conteúdos aos
discentes e estágio;
XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de Ensino e
abertura ou fechamento de cursos;
XIX. participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,
quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
XXII. definir horário, funções e escalas de trabalho dos funcionários que
atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares e
equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura
Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação escolar e Interação com o
Educando;
60
XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores da instituição, observando as instruções emanadas da
Secretaria de Estado da Educação;
XXV. organizar horário adequado à Prática Profissional Supervisionada –
PPS, do funcionário/aluno do Programa de Formação Inicial em Serviço dos
Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público – Profuncionário,
no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária
da Prática Profissional Supervisionada – PPS, conforme contida no Plano de Curso e
orientação da Secretaria de Estado da Educação. DET;
XXVI. disponibilizar espaço físico e horário adequado para a realização dos
encontros presenciais e atendimento individualizado aos alunos, hora atividade dos
professores tutores e da Prática Profissional Supervisionada dos alunos inerentes
ao(s) Cursos(s) Técnicos(s) em nível Médio do Eixo Tecnológico de Apoio
Educacional;
XXVII. participar, com a equipe pedagógica e coordenação, da análise e
definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico
regulamentado no Regimento Escolar da instituição de ensino, juntamente com a
comunidade escolar;
XXVIII. acompanhar e cooperar com o cumprimento das orientações
técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;
XXIX. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
XXX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
XXXI. assegurar a realização do processo de avaliação institucional da
instituição de ensino;
XXXII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXXIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
a comunidade escolar e demais segmentos;
61
XXXIV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar;
XXXV. disponibilizar aos Coordenadores de Curso e Professores Tutores dos
Cursos Técnicos em nível Médio do Eixo Tecnológico de Apoio Educacional –
Profuncionário, os materiais e recursos pedagógicos necessários para a execução
das atividades do curso;
XXXVI. possibilitar a atuação da Equipe Multidisciplinar no âmbito
escolar referente a Educação das Relações Étnico-Raciais;
XXXVII. acompanhar o processo, assegurar as condições e assumir a
responsabilidade compartilhada pela decisão final do processo de atendimento
pedagógico domiciliar aos alunos impossibilitados de frequentar a escola por
problema de saúde, assim como acompanhar a frequência dos professores de
atendimento domiciliar do SAREH, informando eventuais ausências;
XXXVIII. garantir aos alunos do Ensino Médio a oferta de uma Língua
Estrangeira Moderna no turno regular, de matrícula obrigatória, e uma segunda
opção de LEM de matrícula facultativa para o aluno;
XXXIX. acompanhar a composição da Equipe Multidisciplinar no âmbito
escolar, para a implementação do trabalho referente a Educação das Relações
Étnico-Raciais;
XL. possibilitar a implantação do “Programa Brigadas Escolares – Defesa
Civil na Escola” com a criação das Brigadas Escolares;
XLI. indicar os funcionários da instituição de ensino para compor o grupo da
Brigada Escolar conforme critérios descritos no “Programa Brigadas Escolares –
Defesa Civil na escola”;
XLII. acompanhar o desenvolvimento das ações do grupo da Brigada
Escolar;
XLIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
XLIV. Compete ao diretor(a) auxiliar assessorar o diretor (a ) em todas as
suas atribuições e substituí-lo (a) na sua falta ou por algum impedimento.
12.17- COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA
I. coordenar a elaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico e a sua
62
regulamentação no Regimento Escolar, e acompanhar sua implementação, na
instituição de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na participação do processo pedagógico, em
uma perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular na instituição de ensino, a partir das políticas educacionais da Secretaria
de Estado da Educação, das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica e das Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a rede
Estadual de Ensino;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto
ao coletivo de professores da instituição de ensino;
VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
VII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais da instituição de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e
dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na instituição de ensino;
IX. coordenar junto aos professores a elaboração de proposta de
intervenção pedagógica e de recuperação de estudos, decorrentes das
decisões do Conselho de Classe e acompanhar a sua efetivação no
âmbito escolar;
X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
da instituição de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência,
debates e oficinas pedagógicas;
XI. organizar a hora-atividade dos professores da instituição de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
63
XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIII. Coordenar o processo coletivo de elaboração, aprimoramento e
modificação do Projeto Político Pedagógico e consequentes alterações do
Regimento Escolar, em forma de Adendo Regimental, garantindo a participação
democrática de toda a comunidade escolar;
XIV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu
segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
XV. orientar e acompanhar a distribuição e disponibilização, conservação e
utilização dos livros e demais materiais pedagógicos na instituição de ensino;
XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir
do Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino;
XVII. Planejar com o coletivo escolar, os critérios pedagógicos de utilização
dos espaços da biblioteca;
XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos laboratórios de Química,
Física e Biologia e de Informática;
XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação
da Secretaria de Estado da Educação;
XXII. coordenar, junto à Direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político
Pedagógico da instituição de ensino;
XXIII. encaminhar aos professores os estagiários oriundos de outras
instituições de ensino quanto às atividades a serem desenvolvidas na instituição de
ensino;
XXIV. avaliar as instalações da parte concedente do estágio não obrigatório e
64
sua adequação à formação cultural e profissional do aluno;
XXV. exigir do aluno a apresentação periódica, em prazo não superior a 6
(seis) meses, de relatório das atividades, quando tratar-se de estágio não
obrigatório;
XXVI. zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o
estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas, quando
tratar-se de estágio não obrigatório;
XXVII. elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos
estágios de seus educandos, quando tratar-se de estágio não obrigatório;
XXVIII. acompanhar o desenvolvimento do(s) Curso(s) Técnicos em nível
Médio do Eixo Tecnológico de Apoio Educacional – Profuncionário, tanto na
organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional
Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades
escolares; DET
XXIX. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XXX. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político
Pedagógico da instituição de ensino;
XXXI. acompanhar o processo de avaliação institucional da instituição de
ensino juntamente com a direção;
XXXII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
XXXIII. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão
parcial, conforme legislação em vigor;
XXXIV. Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de
aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias letivos, horas e
conteúdos aos discentes;
XXXV. orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de
Classe e da Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência, sendo esta
específica para Educação de Jovens e Adultos;
65
XXXVI. registrar o acompanhamento da vida escolar do aluno;
XXXVII. organizar registros para o acompanhamento da prática
pedagógica dos docentes da instituição de ensino;
XXXVIII. solicitar autorização dos pais ou responsáveis legais para
realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar
possíveis necessidades educacionais especiais;
XXXIX. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização
da Avaliação Psicoeducacional no Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
XL. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,
visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação
Especial, se necessário;
XLI. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Psicoeducacional
no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da
Educação Especial, se necessário;
XLII. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos
alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o
seu desenvolvimento integral;
XLIII. acompanhar a f requência escolar dos alunos, contatando as famílias
e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
XLIV. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos;
XLV. orientar e acompanhar juntamente com professores e profissionais
especializados o desenvolvimento escolar dos alunos público-alvo da Educação
Especial, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no
processo de inclusão na escola;
XLVI. manter contato com os professores dos serviços e apoios
especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para
intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do
trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
66
XLVII. manter contato com os professores dos serviços de apoio
complementar e suplementar especializados de alunos publico alvo da educação
especial para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à
articulação pedagógica entre Educação Especial e ensino regular;
XLVIII. acompanhar a oferta e o desenvolvimento do Centro de Línguas
Estrangeiras Moderna – CELEM;
XLIX. acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando
visitas regulares (somente para as instituições de ensino que servem de Escola
Base para as Escolas Itinerantes);
L. orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos
para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;
LI. coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames
Supletivos, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando na instituição
de ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida
autorização);
LII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional da
instituição de ensino;
LIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
LIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
LV. elaborar o seu plano de ação;
LVI. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra qualquer tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero, orientação
sexual, credo, ideologia, condição sócio cultural;
LVII. viabilizar a igualdade de condições de acesso do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,
no processo de ensino-aprendizagem;
LVIII. participar da equipe multidisciplinar da Educação das Relações Étnico-
Raciais, subsidiando professores, funcionários e alunos;
LIX. fornecer informações ao responsável pelo Serviço de Atendimento à
Rede de Escolarização Hospitalar no Núcleo Regional de Educação e ao pedagogo
67
que presta serviço na instituição conveniada;
LX. viabilizar junto a equipe docente, o atendimento pedagógico domiciliar,
para os estudantes impossibilitados de frequência às aulas por motivo de
enfermidade/saúde/gestante, conforme os dispositivos legais;
LXI. organizar, juntamente com o professor especializado o cronograma de
atendimento dos alunos matriculados nas Salas de Recursos Multifuncional e
Centros de Atendimento Educacional Especializado;
LXII. coordenar e orientar os professores quanto a forma da elaboração do
material didático a ser disponibilizado para os alunos impossibilitados de frequentar
a escola por problema de saúde, analisando a qualidade deste material,
acompanhando o processe de avaliação, assegurando ao aluno o respeito de seus
direitos e ao professor sua autonomia quanto a decisão do resultado obtido;
LXIII. manter contato coma equipe do SAREH nas entidades conveniadas
que atendem os alunos afastados por problemas de saúde, e com o Núcleo
Regional da Educação de seu município, informando sobre as ações da equipe
pedagógica e solicitando orientações em casos que extrapolam a autonomia da
escola, informando por meio de Relatório Final, o resultado da avaliação ao final de
cada período letivo (semestre), após acompanhamento do retorno do aluno;
LXIV. orientar os professores quanto a forma de lançamento e registros das
ações em seus livros de chamada casos de alunos afastados da escola por
problemas de saúde, acompanhando junto à secretaria da escola, toda a
movimentação da pasta do aluno e seus anexos, auxiliando a secretaria na
orientação aos professores quanto a prazos e formas de lançamento dos dados;
LXV. informar semestralmente ao Núcleo Regional da Educação e à
Secretaria de Estado da Educação, por meio de planilha própria, todos os alunos
afastados da escola por problemas de saúde;
LXVI. organizar juntamente com o professor especializado o cronograma de
atendimento dos alunos matriculados na Sala de Recursos Multifuncional;
LXVII. acompanhar o processo de avaliação pedagógica no contexto escolar
para ingresso na Sala de Recursos Multifuncional, dos alunos egressos dos serviços
e apoios da Educação Especial;
LXVIII. organizar a documentação dos alunos para matrícula na Sala de
68
Recursos Multifuncional;
LXIX. participar com a direção, coordenações, com a equipe docente e com a
comunidade escolar a definição de projetos/Programas a serem inseridos no Projeto
Político Pedagógico e regulamentado no Regimento Escolar e sua implantação e
desenvolvimento na instituição de ensino;
LXX. participar com a direção, equipe docente e com a comunidade escolar
a definição de Atividades Curriculares Complementares a serem inseridos no Projeto
Político Pedagógico e regulamentado no Regimento Escolar e sua implantação e
desenvolvimento;
LXXI. cumpri e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
12.18- COMPETE AO PROFESSOR PEDAGOGO INDICADO PARA COMPOR O
GRUPO DA BRIGADA ESCOLAR:
I. indicar riscos nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
II. acompanhar o Plano de retirada com segurança.
12.19- COMPETE AO CORPO DOCENTE
- elaborar com a Direção e o Professor Pedagogo o currículo pleno do
estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da
Secretaria de Estado da Educação;
- escolher juntamente com a Direção e o Professor Pedagogo, livros e materiais
didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da
Educação;
- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do
conhecimento pelo aluno;
- proceder ao progresso de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica
do conhecimento filosófico- científico pelo aluno;
- elaborar com o Professor Pedagogo os planos de recuperação a serem
proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo do
desejado;
69
- promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e
outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;
- assegurar que no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor,
raça, sexo, religião e classe social;
- estabelecer processos de ensino- aprendizagem resguardando sempre o
respeito humano ao aluno;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas,
com alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
- proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com
vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;
- entregar documentos pessoais, planos curriculares, livros de chamada e
pareceres em datas estipuladas pela secretaria.
12.20- COMPETE AO SECRETÁRIO
- cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;
- redigir a correspondência que lhe for confiada;
- organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens
de serviços, circulares, resoluções e demais documentos;
- rever todo expediente a ser submetido a despacho do diretor;
- elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades
competentes;
- apresentar ao Diretor em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
- organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamentos dos alunos, de forma a permitir em qualquer época a verificação:
a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
b) da autenticidade dos documentos escolares.
- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão de curso;
70
- zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos na
Secretaria;
- comunicar a Direção sobre toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria.
12.21- COMPETE AO AGENTE EDUCACIONAL I
- efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o
material e produtos necessários;
- efetuar tarefas correlatas a sua função.
12.22- COMPETE À MERENDEIRA
- preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e
qualitativamente;
- informar ao Diretor da Estabelecimento de ensino a necessidade de reposição do
estoque;
- conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,
procedendo a arrumação e limpeza;
- efetuar tarefas correlatas a sua função.
12.23- COMPETE AOS ALUNOS
- tomar conhecimento no ato da matrícula ou no decorrer do ano letivo das
disposições do Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino;
- solicitar orientações dos diversos setores do Estabelecimento de Ensino,
especialmente de Coordenadores;
- utilizar os serviços e dependências escolares de acordo com as normas vigentes;
- requerer transferências ou cancelamento de matrícula através do pai ou
responsável;
71
- manter e promover relações cooperativas com professores, colegas e
comunidade.
12.24- APMF
Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual do Campo
Tancredo Neves - Ensino Fundamental e Médio, pessoa jurídica de direito privado é
um órgão de representação de Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de
Ensino, não tendo caráter político, partidário, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.
A escolha para compor a APMF é feita quando o Diretor reúne professores,
funcionários e pais, onde são formadas as chapas para passarem pelo processo de
votação.
A APMF é uma grande aliada da escola, com participação na elaboração e
constante acompanhamento na evolução do Projeto Político Pedagógico, pois é
bastante participativa, não só nas reuniões ordinárias, mas sempre que necessita da
presença da mesma.
A APMF do Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves assim se constitui:
Presidente: Roseli Massambam Pimenta
Vive Presidente: Claudecir Ferreira da Silva
1º Secretário: Cláudia Cristina Dias
2º Secretário: Margareth de Souza Rosalino
1º Tesoureiro: Solange Aparecida Santiago dos Santos
2º Tesoureiro: Sueli Aparecida Santiago dos Santos
1º Diretor Sócio Cultural Esportivo: Valdir Bento de Carvalho
2º Diretor Sócio Cultural Esportivo: Janete da Costa
1º Representante dos Pais: Manoel Luiz dos Santos
2º Representante dos Pais: Odair José Proença
3º Representante dos Pais: Maricelma P. da Silva Proença
4º Representante dos Pais: Josiane Ferreira dos Santos da Silva
1º Representante dos Professores: Claudinéia Aparecida Turini dos Santos
72
2º Representante dos Professores: Adnair Zanlorenzi
1º Representante dos Funcionários: Eduardo Marques da Cruz
2º Representante dos Funcionários: Adriana Aparecida Biondo da Silva
Assessoria Técnica: Kelly Cristina dos Santos Félix
Pedagogo: Valter José Lopes da Silva
Pedagoga: Vilma Souza Pereira
12.25- CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa
e fiscal, com o objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico da escola,
critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a
comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e
política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da escola e da sociedade civil a fim de garantir a eficiência
e a qualidade de seu funcionamento com participação efetiva no planejamento de
ações a serem implementadas, na elaboração do calendário escolar e para tratar de
assuntos relacionados ao bom andamento da Instituição de Ensino.
Para a escolha dos representantes do Conselho Escolar são feitas reuniões
separadamente de professores, funcionários, alunos, pais e representantes da
sociedade civil.
As reuniões para discutir, e/ou decidir assuntos que implica a participação do
Conselho são feitas sob a convocação do presidente (Direção da Escola).
O Conselho Escolar do Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves é
constituído pelos seguintes membros:
12.25.1- 1º Segmento: Profissionais da Escola
Presidente: Kelly Cristina Dantas dos Santos Félix
73
Vice: Aplínio Rogério Arantes
Representante da Equipe Pedagógica : Vilma Souza Pereira
Suplente: Valter José Lopes da Silva
Representante dos Professores: Valdir Bento de Carvalho
Suplente: Adnair Zanlorenzi
Representante da Equipe técnico- administrativa : Aplínio Rogério Arantes
Suplente: Eduardo Marques da Cruz
Representante da Equipe Auxiliar Operacional: Adriana Aparecida Biondo da Silva
Suplente: Ivone de Oliveira Silva
12.25.2- 2º Segmento: Comunidade Atendida pelo Estabelecimento de Ensino
Representante dos Pais de alunos: Rosa Ferreira da Silva Rosalino
Suplente: Regina Célia Massamban Jacinto
Representante dos alunos: Kevellin Cássia Campos
Suplente: Cleverson Henrique Kruck de Oliveira
12.25.3- 3º Segmento: Movimentos Sociais Organizados
Representante da APMF: José Roque de Andrade
Suplente: Amauri José Machado
Sociedade Civil: Alfo Dias de Souza
Suplente: José Devair Roquette
13- GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil Independência é o órgão máximo de representação dos
estudantes do Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves – Ensino Fundamental e
Médio. Ele defende seus interesses individuais e coletivos, incentiva a cultura
literária, artística e desportiva de seus membros, além de promover a cooperação
74
entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar
buscando seu aprimoramento.
Através do Grêmio, são realizados intercâmbios e colaborações de caráter
cultural e educacional com outras instituições educacionais, assim como a filiação às
entidades gerais UMES, UPES e UBES, bem como o desenvolvimento de um
trabalho de conscientização junto a comunidade como a elaboração de cartilhas
educativas que visam a conscientização quanto ao uso e manuseio de agrotóxicos e
suas consequências.
Os representantes do Grêmio Estudantil foram eleitos pelos próprios alunos,
participam e apoiam as atividades realizadas na e pela escola.
Fazem parte da Diretoria do Grêmio:
Presidente: Emily Gabrieli de Oliveira da Silva
Vice-Presidente: Layla Priscila Rozalino
Secretária Geral: Daieni Marangoni Machado
1ª Secretária: Luana de Andrade Assis
Tesoureiro Geral: Maiza Naiara Kruck Toledo
1º Tesoureiro: Felipe Emanuel de Proença Roquette
Diretora Social: Maura Rita Fagundes
Diretora de Imprensa: Vanessa Aparecida dos Santos
Diretor de Esporte: Eduardo Felipe Toledo Silva
Diretora de Cultura: Natália Viana e Silva
Diretora de Saúde e Meio Ambiente: Geisiele da Silva Pires
14- PROPOSTA DE AÇÃO
O Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves assim apresenta sua
proposta, formulada coletivamente através de um consenso entre equipe diretiva,
pedagógica e corpo docente que visa o seguinte:
75
Realizar uma gestão democrática, compartilhando decisões, aproveitando as
ideias que surgirem coletivamente, conciliando exigências pedagógico-
administrativas da escola com a finalidade educativa da mesma;
Buscar junto a toda a comunidade escolar práticas educativas eticamente
articuladas com os conteúdos e as disciplinas visando mudanças nas formas
de participação e responsabilidade para a formação cidadã;
Dar continuidade a alguns projetos referentes a melhorias do espaço físico e
a parte pedagógica;
Promover a formação continuada, através de estudos de documentos (leis,
deliberações, estatutos, avaliação institucional, etc.), grupos de estudos,
sugestões de propostas para melhorar a qualidade de ensino, incentivo à
participação em Seminários, Simpósios, Capacitações, Grupos de Estudos
ofertados pela SEED e NRE;
Apoio ao desenvolvimento de projetos interdisciplinares que contemplem o
Programa de Prevenção e Promoção da Vida (Educação Preventiva), Cultura
da Paz e Desenvolvimento sócioeducacional, Educação para o trânsito,
estudos em grupo, PGAIM (Programa de gestão ambiental integrada das
microbacias), Agenda 21 Escolar, PSIL (Programa de seleção inteligente do
lixo), Palestras: Prevenção de Acidentes Domésticos, Prevenção ao uso de
Drogas, Abuso Sexual, Oito Maneiras de Mudar o Mundo (SENAC), etc.
Trabalho coletivo entre Direção e Equipe Pedagógica, buscando integração e
crescente eficácia na resolução dos problemas;
Promoção de atividades extracurriculares para que o aluno tenha maior
interesse, prazer e permanência no ambiente escolar (jogos interclasses,
Semana Cultural, Gincana, intercâmbios culturais e esportivos, datas
comemorativas, grupo teatral, etc.);
Apoio e organização de jogos educativos (xadrez, dominó e outros);
Otimizar o espaço físico e o acervo bibliográfico da Biblioteca;
Aproximar as famílias e a comunidade local através de frequentes reuniões,
palestras, atividades de lazer, datas comemorativas, semana cultural e
desportiva a fim de melhorar o diálogo e buscando trabalho conjunto;
76
Levantar e analisar problemas pedagógicos que interferem na aprendizagem,
revendo as práticas pedagógicas;
Para superar as dificuldades que foram mencionadas no Marco Situacional
(evasão, repetência, falta de acompanhamento familiar), serão realizadas
ações como reunião com os pais e órgãos colegiados, valorização do aluno
(autoestima), recuperação de estudos, resgate do aluno desistente, reflexão
sobre as questões pedagógicas com o professor, atividades extraclasse, etc.
Promover momentos de reflexão coletiva, havendo troca mútua de
informações e sugestões, ampliando conhecimentos e estimulando a
criatividade;
Buscar a flexibilização curricular e avaliativa, atendendo as necessidades
educacionais especiais dos alunos com dificuldade de aprendizagem e de
vida itinerante;
Organizar atividades preventivas e adaptações avaliativas conforme o
acompanhamento dos avanços observados no dia-a-dia e discutidos em pré-
conselhos e Conselhos de Classe;
Analisar os aspectos cognitivos, afetivos e intelectuais dos alunos, visando a
Inclusão Educacional da pessoa com deficiência e alunos com dificuldade de
aprendizagem e/ ou limitações de qualquer ordem.
Quanto ao IDEB, este é analisado em nível de município, pois a Instituição
não tem número de alunos matriculados suficiente para que os mesmos participem e
sejam divulgados os resultados. E com relação ao SAEP os resultados são todos
analisados e discutidos entre o corpo docente e equipe diretiva para que se possa
tomar as ações necessárias visando um desempenho cada vez melhor por parte de
nossos alunos tanto em sala de aula como em questões avaliativas.
AÇÕES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Educação contextualizado, que promova a interação entre o conhecimento
científico e os saberes das comunidades;
77
aproximação do ensino com a realidade dos alunos;
uso de espaços alternativos de ensino, como as plantações locais;
aprofundamento dos conhecimentos, relacionando-os com os produzidos fora
do contexto do campo;
abertura da escola para a participação ativa da comunidade;
contato com outras escolas do campo para a troca de experiências.
14.1- CRONOGRAMA DE AÇÕES
AÇÕES BIMESTRAL / SEMESTRAL
Estudos, discussões e síntese sobre:
O Projeto Político Pedagógico X
A Filosofia da escola X
As concepções X
A avaliação escolar X
A relação professor x aluno X
O fracasso escolar X
A relação escola x comunidade X
Ações contra evasão e repetência:
Reuniões com pais X
Valorização do aluno ( auto- estima ) X
Recuperação de estudos X
Resgate de aluno desistente X
Conselho de Classe ( Conforme Calendário Escolar) X
Reflexão sobre as questões pedagógicas com o
professor X
Reunião da APMF X
Reunião com o Conselho Escolar X
Parceria com o Conselho Tutelar X
Provisão de equipamentos e material
didático/pedagógico e tecnológico X
Desenvolvimento de eventos culturais X
78
Formação continuada( Conforme proposta da
SEED) e grupos de estudos para professores e
funcionários
X
15- BRIGADA ESCOLAR
O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da
Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de
Defesa Civil.
Tem por objetivo promover a conscientização e capacitação da Comunidade
Escolar para ações preventivas e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou
causados pelo homem, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no
interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um
segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população
civil do Estado do Paraná.
Para tanto a escola disponibiliza rotas de fuga e, em seu calendário no
mínimo dois treinamentos de abandono do prédio escolar que visam garantir a
segurança da comunidade e, ao mesmo tempo, os professores lançam mão do
assunto em sala de aula como formar de conscientizar os alunos.
16- PLANO DE AÇÕES DESCENTRALIZADAS - PAD
O Plano de Ações Descentralizadas (PAD) tem por objetivo assessorar todos
os estabelecimentos de ensino na realização do plano de ações referentes à
diminuição das taxas de abandono, reprovação, aprovação por conselho de classe;
à melhoria da proficiência em Leitura e interpretação de textos e à resolução de
problemas de forma disciplinar e interdisciplinar.
Reconhecendo que muitas soluções estão nas próprias comunidades e que
elas, a partir de diretrizes e investimentos do estado e do apoio de todas as esferas
79
da rede estadual de ensino, podem fazer com que alcancemos o êxito esperado
para a escola pública, é que foi pensado em um plano de ações descentralizadas,
que oportuniza a cada região, a cada escola, práticas que fortaleçam sua autonomia.
17- AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Avaliação no contexto de processo de planejamento é concebida, como
acompanhamento da qualidade das decisões. Haverá dois tipos de decisões
avaliativas:
as decisões em nível dos atos situacional e conceitual que dizem respeito ao
momento da concepção do projeto pedagógico;
as decisões de execução do projeto político- pedagógico dizem respeito,
sobretudo, ao ato operacional.
A avaliação visa a emancipação voltada para a construção do sucesso
escolar e à inclusão, como princípio e compromisso social. Para isso será
implantado e consolidado um processo permanente de planejamento avaliando e
replanejando as ações.
A avaliação do PPP será semestral, para re(alimentar) o Projeto, pois o
mesmo nunca estará acabado, mas sendo construídos com a participação de todos
os segmentos representativos do colégio tanto na elaboração e no
acompanhamento: Associação de Pais Mestres e Funcionários, Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil, Aluno Representante de Turma, Conselho de Classe e Brigada
Escolar. Trata- se de um "processo" e não de ação desconexa e esporádica. O
processo exige ruptura, mas também, continuidade, sequência, interligação do
antes, do durante e do depois, sucessão de estados ou mudanças. O processo é
movimento, ir para frente. É algo orgânico, vivo e não algo morto. É algo que deve
estar em perene movimento vital, nas pessoas e na instituição escolar.
Dessa forma, a avaliação institucional é um instrumento que possibilita "olhar"
a escola por dentro, utilizando-se reflexões que possibilitem uma gestão democrática
comprometida com a construção da cidadania e da transformação social.
80
Os alunos são informados a respeito do Projeto Político Pedagógico através
da equipe diretiva, no início do período letivo, por turma, fazendo a leitura dos
conteúdos a serem trabalhados e os artigos do Regimento Escolar, conscientizando-
os sobre seus direitos, deveres e proibições.
Portanto, este procedimento tem o propósito de mobilizar a escola, numa ação
coletiva, a fim de favorecer o autoconhecimento e o comprometimento em torno do
principal função da escola, que é a efetivação do processo ensino- aprendizagem.
O Núcleo Regional da Educação tem acompanhado a aplicação do Projeto
Político Pedagógico através das visitas ao colégio.
18- BIBLIOGRAFIA
- BITAR, Hélia de Freitas e outros. Sistemas de avaliação educacional. São - - Paulo, FTD, 1998 ( Série "Ideias", n. 30 ). - BOFF, Leonardo. Virtudes para um outro mundo possível: Petrópolis, Vozes,2000. - DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Campinas, Papirus,1994. - FERREIRA. N.s.c. ( Org ). Supervisão Educacional para uma escola de qualidade. 3 ed. São Paulo: Cortez,2002. - FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992. - LEI nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996. - LIBÂNEO , José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. - LIMA, Licínio. Modelos organizacionais de escola: perspectivas analíticas, - Teorias administrativas e o estudo da ação. In: Machado, L. M. ; - Ferreira,N.C.S. Política e Gestão da Educação: Dois Olhares. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. - LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez,1995, 1ª edição. - LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez,1998, 7ª edição.
81
- MARQUES, Mário Osório. “ Projeto pedagógico: A marca da escola” . In: - Revista Educação e contexto. Projeto pedagógico e identidade da escola nº 18ª, Ijuí, Unijuí, abr./ junho 1990. - Metodologia da Educação Inclusiva . IESDE /ULBRA - PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: Como Construir o Projeto Político pedagógico da escola. São Paulo: Cortez, 2001. - SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações, 2 ed. São Paulo. Cortez, 1991. - SEED/ DEE. Inclusão e Diversidade: Reflexões para a construção do Projeto Político Pedagógico. Texto para estudo na Semana de capacitação de 6 a 8/2 de 2006. - VEIGA, I.P.A. ( Org ) Projeto político pedagógico da escola: Uma construção possível. 20ª ed. Campinas: Papirus, 2005. - www.portamec.gov.br - www.fnde.gov.br - gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/ensino-cara-campo-448833.shtml - SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação do Campo, 2010 - www.irisproject.eu/teachersweb/.../TT_Estrategias_e_Praticas_WD_PT
- www.unioeste.br/projetos/histedopr/.../Claci_Sala_de_Recursos.pdf
PROPONENTES
NOME ASSINATURA
Adnair Zanlorenzi
Adriana Aparecida Biondo da Silva
Andréa Lopes Correa
Aplínio Rogério Arantes
Ataene Ágada de Oliveira
Claudinéia Aparecida Turini dos Santos
Delfrásio José Pereira
Eduardo Marques da Cruz
82
Gilmar Fernando dos Santos
Helayne Regina Nunes Gallo
Ivone de Oliveira da Silva
Janete da Costa
Karla Cristina Deziró Avelino
Kelly Cristina Dantas dos Santos Félix
Lílian Aparecida Ribeiro Ishii
Luciana Maria da Silva
Luzia Hecho dos Santos
Marcinéia Cristina Paulo Borges
Margareth de Souza Rozalino
Matheus Feliciano da Silva
Oneli Ocalina Dias
Tatiane de Assis Dobicz de Godoi
Valdir Bento de Carvalho
Valter José Lopes da Silva
Vana Aline Guizelini
83
Anexos
84
Calendário Período Tarde e Noite
85
Calendário Espanhol
86
Matriz Curricular do Ensino Médio
87
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
88
Brigada Escolar / Rotas de Fuga
Legenda Vermelho: Rota 01 Azul: Rota 02 Preto: Rota 03
89
PROJETO EDUCANDO COM A HORTA ESCOLAR
O Projeto Horta Escolar foi concebido com a finalidade de intervir na cultura
alimentar e nutricional dos escolares da faixa etária de 7 a 14 anos, com base no
entendimento de que é possível promover a educação integral de crianças e jovens
de escolas e comunidades do seu entorno, por meio das hortas escolares
incorporando a alimentação nutritiva, saudável e ambientalmente sustentável como
eixo gerador da prática pedagógica.
O que nos permitimos por meio da horta escolar?
1. A partir da horta, o estudante tem garantida a possibilidade de aprender a
plantar, selecionar o que plantar, planejar o que plantou, transplantar mudas,
regar, cuidar, colher, decidir o que fazer do que colheu, por exemplo, alteram
sensivelmente a relação das pessoas com o ambiente em que elas vivem,
estimulando a construção dos princípios de responsabilidade e
comprometimento com a natureza,com o ambiente escolar e da comunidade,
com a sustentabilidade do planeta e com a valorização das relações com a
sua e com outras espécies.
2. Por meio da horta é possível propiciar conhecimentos e habilidades que
permitem às pessoas produzir, descobrir, selecionar e consumir os alimentos
de forma adequada, saudável e segura e assim conscientizá-las quanto a
práticas alimentares mais saudáveis, fortalecer culturas alimentares das
diversas regiões do país e discutir a possibilidade do aproveitamento integral
dos alimentos.
3. Esses conhecimentos podem ser socializados na escola e transportados para
a vida familiar dos educandos, por meio de estratégias de formação
sistemática e continuada, como mecanismo capaz de gerar mudanças na
cultura alimentar, ambiental e educacional.
O Projeto Educando com a Horta Escolar fundamenta-se na necessária
articulação das áreas de educação/currículo, ambiente e alimentação/nutrição.
É importante saber que para atingir a sustentabilidade do projeto, as
atividades de educação ambiental, alimentar e nutricional utilizadas nas hortas
devem ser incorporadas ao sistema escolar e às políticas públicas.
90
PLANO DE ESTÁGIO
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual do Campo Tancredo Neves – Ensino
Fundamental e Médio.
ENDEREÇO: Avenida Romeu Beligni, 2280
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Marilândia do Sul - Paraná
NRE: Apucarana
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
Habilitação: ENSINO MÉDIO
Nome do Professor Orientador:
Ano Letivo:
JUSTIFICATIVA
O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um
ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a
integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um
recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais
e a formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de ensino,
oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da realidade e
capacidade de análise das relações técnicas do trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem
executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando,
prevalecendo sobre o aspecto produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está
presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento
91
do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional,
conhecer formas de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método
de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma
importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha acesso às conquistas
científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades da
escola conforme previsto na legislação vigente:
* Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
* Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
* Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em
especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de
proteção ao educando;
* Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que
estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a
promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando
principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes,
condições e formas de organização do trabalho;
* Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
* Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos
alunos do Ensino Médio.
OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO
Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,
propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática social,
contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do aluno,
bem como reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em todos os
aspectos da vida social e produtiva.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO
92
- Proporcionar ao aluno o contato com
as atividades relacionadas ao currículo
do Ensino Médio;
- Oportunizar experiência profissional
diversificada de acordo com proposta
Curricular;
- Relacionar teoria e prática profissional
a partir das experiências realizadas no
campo de estágio;
- Possibilitar a inserção do educando no
mundo do trabalho.
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde
que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta
Curricular do curso.
ATIVIDADES DO ESTÁGIO
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de
inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os
conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as
relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de
seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque
possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando, mas
como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do mundo
trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
93
ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Estágio Profissional não obrigatório, concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de
competência da instituição de ensino, sendo planejado e avaliado em conformidade
com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no
Projeto Político-Pedagógico e no Plano de Estágio. A instituição de ensino é
responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano
de Estágio, observado:
Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando
ou com seu representante ou assistente legal e com a parte concedente,
indicando as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do
curso;
Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário
e calendário escolar;
Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;
Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior
de 18 anos; com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18
(idade contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante
legal, se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado
ou público;
Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente
público ou privado concedente do estágio;
Contar com o professor orientador de estágio, o qual será
responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades;
Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização
do estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de
94
Cooperação Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante
relatório elaborado pelo professor orientador de estágio;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estudante, vedadas atividades:
a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas
de um dia às cinco horas do outro dia;
c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
moral;
d) perigosas, insalubres ou penosas.
PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador
de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável
pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR
Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de
Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de
estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e
sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do
trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de
estágio;
Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em
prazo não superior a 6 (seis) meses;
Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de
Estágio e o Calendário Escolar;
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
95
Proceder as avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de
Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Conhecer o campo de atuação do estágio;
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;
Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos
aprendidos à prática pedagógica;
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao
local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre
outros;
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no
estágio;
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos
estagiários;
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com
serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante
condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade
jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente
registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os
requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária para
a realização do estágio supervisionado na organização concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir
condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e
96
participar das atividades, durante a execução do estágio supervisionado. Ofertando
instalações que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas
algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406
da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades
educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para
eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada
mediante:
Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de
estágio;
Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião
do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.
97
Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de
ensino;
Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;
Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;
Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;
Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
Indicar um responsável para supervisionar para acompanhar as atividades
de estágio.
ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e
constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
A concordância da instituição de ensino;
A concordância da parte concedente;
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos
demais compromissos escolares;
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares.
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente
do estágio.
98
ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de
Estágio.
DURANTE A REALIZAÇÃO:
Conhecer a organização da Unidade Concedente;
Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga
horária no período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;
Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
Cumprir o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de Ensino e a
Unidade Concedente.
Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados;
DEPOIS DA REALIZAÇÃO:
Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do Estágio não
obrigatório.
99
FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições
Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento na área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
1 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento durante a
realização do Estágio;
2 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização
do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano
estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação
do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos,
documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de
integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento
das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do trabalho e no
desenvolvimento sustentável.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:
A avaliação do Estágio Profissional não obrigatório é concebida como um
processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar
presente em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como
elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da escola em relação à
proposta.
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando pelo educando.
PROJETO: MEIO AMBIENTE
100
Todo ser humano busca superar suas necessidades básicas e essenciais à
sobrevivência no ambiente.
O problema para o homem é vencer as dificuldades e desafios do meio
ambiente; sendo assim, faz-se necessário informar o homem sobre as intervenções
existentes no universo e as consequências de suas ações. Pensando nessa
temática, percebeu-se a necessidade de discutir junto à comunidade, a questão do
mau uso de agrotóxicos, por ser este um recurso muito utilizado na região.
Com o intuito de auxiliar os estudantes a adquirir conhecimento sobre
agrotóxico, para que formem convicções e que os auxiliem na formação de uma
consciência responsável na preservação do meio.
OBJETIVO GERAL
Informar alunos e comunidade sobre inter-relações existentes no universo e
possíveis consequências de todas as ações, e educar para que todos assumam
seus compromissos e consigam solucionar problemas em caráter interdisciplinar,
integrando a comunidade, onde o indivíduo está inserido.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Integrar a comunidade nas atividades desenvolvidas na escola.
Despertar no aluno o interesse, para que desenvolvam sua capacidade
investigativa, despertando seu espírito crítico e criativo.
Permitir ao aluno entender a interação do homem com a natureza, bem como
as consequências dessas relações no equilíbrio ecológico.
Oportunizar ao aluno a identificação das formas corretas do uso de defensivos
agrícolas nas plantações.
Propiciar a formação de atitudes corretas na preservação do meio ambiente e
dos recursos naturais quanto ao uso dos agrotóxicos.
101
Conscientizar os educados quanto risco à saúde, devido ao uso inadequado
dos agrotóxicos.
Público-alvo
O público a ser atingido pelo projeto é primeiramente aos alunos e
posteriormente à comunidade de Nova Amoreira onde o Colégio está inserido.
RESULTADOS ESPERADOS
Conscientização da importância de tratar corretamente os agrotóxicos, tanto
no manuseio quanto no armazenamento das embalagens.
Que os alunos ajam como agentes multiplicadores, conscientes de que essa
atitude fará com que tenham mais qualidade de vida, menos riscos à saúde e
menor grau de poluição.
Promoção de interação e socialização entre escola/comunidade, visando o
bem comum.
Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI)
O Programa integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação –
PDE, como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos
currículos do Ensino Médio.
Seu objetivo é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares
inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na
escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que
tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos
estudantes do Ensino Médio e às demandas da sociedade contemporânea.
Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de
atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da
cultura e da tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento a partir de
8 (oito) macrocampos: Acompanhamento Pedagógico; Iniciação Científica e
102
Pesquisa; Cultura Corporal; Cultura e Artes; Comunicação e uso de Mídias; Cultura
Digital; Participação Estudantil e Leitura e Letramento.
103
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE APUCARANA
PROJETO DE REDESENHO CURRICULAR – PROEMI
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MACROCAMPO: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
DISCIPLINA: Matemática
AÇÃO: Proposta de Redesenho Curricular envolvendo as disciplinas do Ensino
Médio, visando investigar as fragilidades de aprendizagem e aprofundar os
conhecimentos de matemática básica.
OBJETIVOS:
A Proposta de Redesenho Curricular, para o Macrocampo Acompanhamento
Pedagógica, tendo como disciplina específica a Matemática é evidenciada através
da percepção da necessidade de desenvolver ações pedagógicas que propiciem a
superação das dificuldades que possam ser encontradas pelos alunos.
Esta proposta é decorrente do não domínio de conteúdos básicos da
matemática, e busca priorizar a revisão e o aprofundamento dos conhecimentos
matemáticos para que os alunos alcancem melhorias na aprendizagem dessa
disciplina, observando que as fragilidades tendem a se estender a outras disciplinas
que utilizam os saberes matemáticos.
Para efetivar tal proposta, os professores da Área de Matemática, re-
estruturarão suas propostas pedagógicas curriculares, observando-se a articulação
entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos, tais como: números e
álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da informação em
consonância com o Projeto Político Pedagógico do Colégio, na utilização de espaços
e ambientes (laboratório de matemática) propícios para a realização de práticas
pedagógicas.
104
Desta forma, o aprofundamento de conhecimentos será propiciado pelo
redesenho curricular pautado na interdisciplinaridade, na contextualização e no uso
de recursos didáticos pedagógicos, tecnológicos e lúdicos.
Assim, a presente proposta visa: - Possibilitar a superação de dificuldades
encontradas pelos alunos na aprendizagem dos conteúdos matemáticos do ensino
médio, decorrentes das deficiências de aprendizagem da matemática básica; -
Proporcionar melhoria na aprendizagem de disciplinas que se utilizam de
conhecimentos matemáticos, como a física, a química, a biologia; - Possibilitar ao
aluno o reconhecimento da inter-relação entre vários campos da matemática e desta
com outras áreas; - Desenvolver no aluno a prática pedagógica de investigações
matemáticas, levando-o a propor questões, formular conjecturas, realizar testes e
demonstrar resultados.
MATERIAIS:
CAPITAL: Computador ou notebook, impressora multifuncional, aparelho de DVD,
câmera fotográfica, filmadora, microfone, sistema de som, rádio entre outros.
CUSTEIO: Softwares, Cds, DVDs, mouse, assinatura de períodos pedagógicos,
materiais pedagógicos concretos, livros de formação docente e tendências
pedagógicas, papel milimetrado, xerox, ampliações, canetas coloridas, cartolina,
material de expediente (cola, lápis, caneta, sulfite, tinta de impressora entre outros).
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE APUCARANA
PROJETO DE REDESENHO CURRICULAR – PROEMI
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. MACROCAMPO: INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA
DISCIPLINAS: QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA
AÇÃO:
Proposta de Redesenho Curricular das disciplinas que compõem a área de
Ciências da Natureza, possibilitando maior compreensão dos conceitos por meio da
pesquisa e das práticas laboratoriais.
OBJETIVOS:
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008), “a
valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes
disciplinas escolares são condições para se estabelecerem as relações
interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade”.
Ao trabalhar os conteúdos das ciências, as disciplinas de Química, Física e Biologia
se entrelaçam e se completam em diversos conteúdos, bem como a História e a
Arte. O trabalho com a pesquisa dirigida (utilizando o laboratório de Informática,
jornais, revistas entre outros) e a apropriação do conhecimento por meio da
experimentação auxiliam os alunos na compreensão do conteúdo trabalhado em
sala de aula, ampliam sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta
e isso pode gerar, consequentemente, discussões durante as aulas, fazendo com
que os mesmos, além de exporem suas ideias, aprendam a respeitar as opiniões de
seus colegas de sala.
As atividades de pesquisa poderão ser realizadas, também, por meio da
fotografia científica, produção textual, divulgação científica, possibilitando ao
estudante a extrapolação do conhecimento e o aprimoramento de todo o currículo
do Ensino Médio. Dentro dessa proposta serão contemplados os conteúdos
curriculares da área de ciências naturais, dentro dos estruturantes das disciplinas de
Química, Física e Biologia que serão trabalhadas de forma interdisciplinar e
contextualizadas, com o emprego de metodologias e de recursos didático-
pedagógicos variados, como as pesquisas, vídeos educativos, leituras científicas,
experimentação, seminários, entre outros.
A proposta visa levar o aluno a: - Assumir a responsabilidade de trabalhar a
divulgação científica por permitir ao estudante criar, produzir e refletir sobre a
produção científica no seu dia a dia como uma opção para o exercício da cidadania;
- Criar situações reais de uso dessas disciplinas, por meio de atividades práticas
significativas que envolvam o conhecimento teórico; - Compreender o papel dos
experimentos na ciência, no processo de construção do conhecimento científico; -
Intensificar as possibilidades de debates e discussões aproximando os sujeitos e
facilitando a criação, a análise, a formulação de conceitos e o desenvolvimento de
ideias; - Utilizar-se da leitura científica para motivar a aprendizagem e contribuir para
a criação do hábito da leitura.
MATERIAIS:
CAPITAL: Computador, impressora, scanner e câmera fotográfica.
CUSTEIO: Assinatura de periódicos pedagógicos (jornais e revistas), material de
expediente, material pedagógico de laboratório para Química, Física e Biologia e
locação de transporte para visitas a Universidades e planetários.
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE APUCARANA
PROJETO DE REDESENHO CURRICULAR – PROEMI
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. MACROCAMPO: LEITURA E LETRAMENTO
DISCIPLINAS: ARTE E LÍNGUA PORTUGUESA
AÇÃO:
Proposta de Redesenho Curricular envolvendo as disciplinas de Arte e Língua
Portuguesa, visando à superação das dificuldades dos educandos em leitura e
letramento.
OBJETIVOS:
A leitura de imagens em Arte e Língua Portuguesa permite que os alunos
compreendam e interpretem as linguagens utilizadas em diferentes contextos
históricos e sociais, contribuindo assim para a construção de conhecimentos e
formação de sujeitos mais críticos e pensantes sobre a sociedade da qual fazem
parte.
Tentamos considerar não apenas os aspectos metodológicos envolvidos na
ação de ler imagens, mas também os aspectos histórico-culturais que permeiam a
subjetividade de cada sujeito e determinam sua maneira de interpretar uma imagem
em seu tempo e lugar. É necessário conhecer alguns conteúdos específicos da Arte
e da Língua Portuguesa que são fundamentais para a leitura de imagens na
composição da obra, buscando assim o letramento.
Lembramos que os elementos da linguagem visual são: o ponto, a linha, o
plano, a cor, a textura, a luz, e também as questões referentes à composição,
bidimensionalidade e tridimensionalidade, figura e fundo, deformação, as técnicas e
os movimentos e os períodos correspondentes à obra específica a ser analisada.
Já em Língua Portuguesa, o levantamento das questões do que se vê num
sentido de descrição, análise e interpretação são importantes para que o lugar e a
época em que a obra foi produzida seja reconhecido, para tanto trabalhar os
gêneros discursivos da esfera literária/artística farão com que os estudantes
direcionem as leituras a um letramento literário/artístico.
Assim propomos como objetivos: Envolver os alunos em questionamentos
sobre a leitura de obras de arte; despertar a capacidade crítica dos alunos, por meio
do debate, pesquisa e análise de obras literárias/artísticas; formar leitores
proficientes que reconheçam, apreciem e compreendam os elementos que
estruturam e organizam a linguagem das artes visuais, fazendo relação com a
sociedade contemporânea; compreender as diferentes formas de compor as
linguagens literárias/artísticas de acordo com as culturas e épocas, bem como a
percepção do mundo que os autores/artistas refletem essa realidade;
instrumentalizar o aluno com os recursos de leitura e interpretação, visando o
letramento.
MATERIAIS:
CAPITAL: Livros didáticos, computador e Projetor Multimídia.
CUSTEIO: Xerox colorido, sulfite, lápis de cores, canetinhas coloridas,
encadernação de textos entre outros.
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE APUCARANA
PROJETO DE REDESENHO CURRICULAR – PROEMI
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. MACROCAMPO: COMUNICAÇÃO, CULTURA DIGITAL E USO DE MÍDIAS
DISCIPLINAS: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua
Portuquesa, Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Matemática, Química e Socilogia.
AÇÃO:
A Proposta de Redesenho Curricular para o Ensino Médio engloba todas as
disciplinas com o objetivo de desenvolver um Bolg Escolar que será utilizado como
recurso pedagogico, relacionando conteúdos curriculares e o acesso às Tecnologias
de Informações e Comunicaçoes, dentro dos espaços virtuais proporcionando assim
uma educação ao mesmo tempo que formal, crítica e científica, interligando aos
novos tempos de cibercultura e educominicação.
Por ser um meio onde o aluno tem acesso a um contingente muito grande de
informações de uma maneira rápida e confortável, a internet vem sendo nos últimos
anos integrada ao ensino como uma maneira onde os alunos e os professores
teriam acessos a novas culturas, realidades, em todo o mundo, desenvolvendo seus
conhecimentos.
OBJETIVOS DO BLOG:
Incentivar o aluno a fazer parte da atividade proposta pelo professor com
motivação, pois sua participação será valorizada através da divulgação no blog;
Estimular os profissionais da educação a utilizarem o blog como ferramenta de
divulgação de seus trabalhos;
Compartilhar ideias e experiências com os projetos perante a comunidade
escolar;
Valorizar a Instituição Escolar no âmbito geral;
Promover a interação com o mundo do conhecimento, incentivando a troca de
ideias, desenvolvendo a escrita e leitura dos alunos, entre outros aspectos culturais
e informativos.
Estimular os alunos na construção de textos, trocas de experiências,
utilizando os recursos tecnológicos para que os alunos assimilem melhor os
conteúdos e possam fazer suas postagens relativas aos referentes assuntos
repassados em sala de aula.
Conhecer os resultados de experiências realizadas com o uso blog
educacional ou apresentação de projetos já realizados com este recurso tecnológico.
Possibilitar ao aluno correlacionar disciplinas e conteúdos através de
metodologias diversificadas como pesquisas de campo, e que permita o contato com
ambientes naturais, culturais, onde os resultados serão utilizados para alimentar o
blog.
Dinamizar as aulas e trazer o universo digital para o ambiente escolar vindo
de encontro ao que os alunos esperam, e sintam-se cada vez mais motivados e
participando ativamente, compartilhando opiniões e tirando dúvidas sobre o que foi
exposto.
Trabalhar atividades interdisciplinares, com aplicação da teoria na prática e
com aulas dinâmicas visando o enriquecimento do aprendizado mostrando que o
conteúdo visto faz parte realidade.
Promover atividades culturais e recreativas como montagem de peças de
teatro, danças, festivais, possibilitando aos alunos desenvolver sua criatividade,
ritmo, integrando aspectos culturais com a cultura corporal.
MATERIAIS:
CAPITAL: computador Windows, notebook, impressora, roteador, máquina
fotográfica, filmadora, datashow, DVD, pendrive, sistema de som, microfones e
sistema de iluminação.
CUSTEIO: assinatura de periódico, material de expedição, locação de transporte e
estadia, visitas e viagens a planetários, museus, universidades, reservas ambientais,
parques industriais, cidades históricas, hidrelétricas, materiais pedagógicos e de
laboratórios para as diversas disciplinas, figurinos e cenários.
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE APUCARANA
PROJETO DE REDESENHO CURRICULAR – PROEMI
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MACROCAMPO: PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL
DISCIPLINAS: Filosofia, Sociologia, História.
AÇÃO:
Estimular e envolver os estudantes em temas/ conhecimentos a partir da
vivência do cotidiano, trabalhando a partir de ações de incentivo, buscando envolver
os educandos em atividades diferenciadas e utilizando metodologias inovadoras que
oportunizem ações que assegurem a pluralidade e a liberdade de manifestações.
OBJETIVOS:
O Projeto do Redesenho Curricular para o macrocampo Participação
Estudantil está relacionado a atividades e ações de incentivo à atuação dos
estudantes e professores, tendo como objetivo principal ampliar o conhecimento e
as habilidades dos educandos na Área de Ciências Humanas, relacionando a sua
vivência, isto é, sua realidade local, com a realidade social de nossa conjuntura
política Municipal, Estadual e Federal. Para efetivar tal ação, os professores e a
equipe pedagógica deverão ter em mente ações que se desenvolvem de um modo
diverso daquele tradicionalmente trabalhado em sala de aula.
As atividades desenvolvidas nesse macrocampo poderão estar articuladas a
outros macrocampos e ações interdisciplinares da escola. A abordagem de
conteúdos deverá estar fundamentada em temas, tais como: Manifestações Sociais,
permitindo trabalhar temas ligados ao Conteúdo Estruturante Filosofia Política na
disciplina de Filosofia; o Conteúdo Estruturante Poder, Política e Ideologia na
disciplina de Sociologia e o Conteúdo Estruturante Relações de Poder na disciplina
de História. Pode-se trabalhar também: Desigualdades Sociais no Brasil, no Paraná
e no município; Conflitos Sociais presentes no cotidiano dos alunos, como violência,
direitos e cidadania, que possibilitarão refletir sobre a questão da Corrupção na
realidade local, estadual e federal, as relações entre comunidade e poder; Liberdade
e Igualdade Política, cidadania formal e/ou participativa. Esses temas deverão ser
abordados por meio da atuação dos alunos e professores engajados nos Grêmios
Estudantis.
A observação das ações que marcaram a história objetiva despertar junto aos
alunos uma postura crítica e reflexiva para a discussão dos problemas da
atualidade, inserindo-se como sujeitos que buscam caminhos solidários e pacíficos
para a transformação. Tal proposta vem ao encontro das atuais demandas sociais,
políticas, culturais e ambientais, ao propor atividades que contam com o
protagonismo estudantil. Para tanto, as ações preveem pesquisas científicas e
bibliográficas por meio da internet e trabalhos de campo. Dessa forma, as atividades
propostas devem contribuir no enfrentamento dos problemas detectados na escola e
na comunidade – sejam eles de ordem social, política ou ambiental -, por intermédio
da atuação dos alunos e professores que formam o Grêmio Estudantil.
A proposta trabalha com as narrativas históricas ao analisar fontes produzidas
ao longo do tempo e a construção da sua própria narrativa (visual, sonora, imagens,
textual) por meio da história local. Assim, os educandos deverão ser envolvidos em
um processo de ensino que esteja solidificado pelo conhecimento historicamente
produzido, e sempre dentro de uma perspectiva interdisciplinar dos conteúdos
curriculares que envolvem tais disciplinas.
Finalizando, espera-se ainda a melhoria na aprendizagem das disciplinas
envolvidas neste projeto da Área de Ciências Humanas, possibilitem aos alunos
estabelecerem uma conexão contemporânea com a sociedade e os conteúdos
escolares, a partir do aprofundamento de estudos sobre os diversos aspectos
históricos, filosóficos e sociológicos.
MATERIAIS:
CAPITAL: Câmera fotográfica, filmadora, aparelhos de gravação (mp3, mp4)
CUSTEIO: xerox, impressão de fotos, banners, reprodução de fotos, materiais (cola,
lápis, caneta, papel sulfite, tinta de impressora, entre outros). Transporte
(combustível).
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
EDUCAÇÃO BÁSICA
MARILÂNDIADO SUL
2014
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
EDUCAÇÃO BÁSICA
Professoras: Marcinéia Cristina Paulo Borges
Marilândia do Sul – 2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas
nas relações socioculturais , econômicas e políticas do momento histórico em que se
desenvolveram. Neste sentido, as diversas teorias sobre a Arte estabelecem
referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir a ética, a
política, a religião, a ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria
ou simplesmente proporcionar prazer.
A história social da arte demonstra que as formas artísticas exprimem sua
contemporaneidade, por serem produção do homem, um ser que é simultaneamente
constituído do social. Essas formas artísticas – como expressão concreta – de
visões do mundo – são determinadas, mas também determinam o contexto
histórico,social , econômico e político, isto é, as transformações da sociedade
implicam condições para uma nova atitude estética e são por elas modificadas.
Para compreender a relação entre arte , sociedade e cultura é importante
observar a complexidade do conceito de cultura. Um dos primeiros sentidos dados
ao termo cultura foi o de cultivo, de crescimento , de cuidado com colheitas e
animais e, por extensão, de cuidado com o crescimento das faculdades humanas.
A arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna
consciente da sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado
a interpretar o mundo e a si mesmo. A arte ensina a desaprender os princípios das
obviedades atribuídas aos objetos e as coisas, é desafiadora, expõe contradições,
emoções e os sentidos de suas construções. Por isso,o ensino da arte deve
interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico para que
o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
A disciplina de arte , além de promover conhecimento sobre as diversas
áreas de arte, deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação
total e unitário. O aluno pode, assim, dominar todo processo produtivo do objeto:
desde a criação do projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais
adequado aos objetivos que estabeleceu, a metodologia que adotará e, finalmente, a
produção e a destinação que dará ao objeto criado.
Além disso, a disciplina Arte tem uma forte característica interdisciplinar
que possibilita a recuperação da unidade do trabalho pedagógico, pois seus
conteúdos de ensino ensejam diálogos com a história, a filosofia, a geografia, a
matemática, a sociologia , a literatura, etc.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude,
conceitos que se constituem em fundamentos para compreensão de cada uma das
áreas de arte. Os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para
um melhor entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser
trabalhados de forma articulada e indissociada um do outro.
Considera-se que a disciplina de Arte deve propiciar ao aluno acesso ao
conhecimento sistematizado em arte. Por isso, propõe-se uma organização
curricular a partir dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a
disciplina de Arte e possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas
de arte.
2.1 – ELEMENTOS FORMAIS
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal,
está relacionado a forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados numa
obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza;
são matéria prima para produção artística e o conhecimento em Arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em
cada uma delas.
2.2 – COMPOSIÇÃO
Composição é o processo de organização e desdobramento dos
elementos formais que constituem uma produção artística. Num processo de
composição na área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície,
volume, luz e cor – não têm significados pré estabelecidos, nada representam, nada
descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada, antes de
entrarem num contexto formal. Ao participar de uma composição, cada elemento
visual configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os elementos
também se caracterizam.
2.3 – MOVIMENTOS E PERÍODOS
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo
contexto histórico relacionado ao conhecimento em arte. Esse conteúdo revela
aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e
explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas
especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.
6º Ano – Área da Música
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica, pentatônica, cromática e
improvisação
Movimentos e Períodos
Greco-romana
Oriental
Ocidental
Africana
7º Ano – Área da Música
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental, mista,
improvisação
Movimentos e Períodos
Música popular e étnica
(ocidental e oriental)
8º Ano – Área da Música
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Composição
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos Técnicas: vocal, instrumental e mista
Movimentos e Períodos
Indústria cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
9º Ano- Área da Música
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Gêneros: popular, folclórico e étnico
Movimentos e Períodos
Música engajada
Música popular brasileira
Música contemporânea
6º Ano – Artes visuais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: pintura, escultura e arquitetura
Gêneros: cenas da mitologia
Arte Greco- romano
Movimentos e Períodos Arte africana
Arte oriental
Arte pré histórica
7º Ano – Área da artes Visuais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: pintura, escultura, modelagem,
gravura ...
Gêneros: paisagem, retrato, natureza
morta
Movimentos e Períodos
Arte indígena
Arte popular
Brasileira e paranaense
Renascimento
Barroco
8º Ano – Área da artes Visuais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho, fotografia, áudio visual e
mista
Movimentos e Períodos
Indústria cultural
Arte no século XX
Arte contemporânea
9º Ano – Área da artes Visuais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Bidimensional
Tridimensional
Figura fundo
Ritmo visual
Técnica: pintura, grafite, performance
Gêneros: paisagem urbana, cenas do
cotidiano
Movimentos e Períodos
Realismo
Vanguardas
Muralismo e arte latino- americana
Hip hop
6º Ano – Área : Teatro
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Composição
Enredo, roteiro
Espaço cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e
direto, improvisação, manipulação, máscara
Gênero; tragédia, comédia e circo
Movimentos e Períodos
Greco romana
Teatro oriental
Teatro medieval
Renascimento
7º Ano – Área : Teatro
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação, leitura dramática, cenografia
Composição
Técnicas; jogos teatrais, mímica,
improvisação, formas animadas
Gêneros: rua e arena, caracterização.
Movimentos e Períodos
Comédia Dell arte
Teatro popular
Brasileiro e paranaense
Teatro africano
8º Ano – Área : Teatro
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Composição
Representação no cinema e mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação
cênica
Movimentos e Períodos Indústria cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema novo
9º Ano – Área : Teatro
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Composição
Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção,
ensaio, teatro- fórum
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Movimentos e Períodos
Teatro engajado
Teatro do oprimido
Teatro pobre
Teatro do absurdo
Vanguardas
6º Ano – Área : Dança
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Movimento corporal
Tempo e espaço
Composição
Kinesfera
Eixo
Ponto de apoio
Movimento articulares
Fluxo
Rápido e lento
Formação
Níveis ( alto , médio e baixo )
Deslocamento
Dimensões
Técnica: improvisação
Gênero: circular
Pré história
Greco romana
Movimentos e Períodos Renascimento
Dança clássica
7º Ano – Área : Dança
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Movimento corporal
Tempo e espaço
Composição
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso
Fluxo
Lento ,rápido e moderado
Níveis
Formação
Direção
Gênero; folclórica, popular e étnica
Movimentos e Períodos Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
indígena
8 º Ano – Área : Dança
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Movimento corporal
Tempo e espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Composição
Aceleração e desaceleração
Direções
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: indústria cultural e espetáculo
Movimentos e Períodos
Hip hop
Musicais
Expressionismo
Indústria cultural
Dança moderna
9 º Ano – Área : Dança
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Movimento corporal
Tempo e espaço
Composição
Kinesfera
Ponto de apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão
Coreografia
Deslocamento
Gênero: performance e moderna
Movimentos e Períodos
Vanguardas
Dança moderna
Dança contemporânea
ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
densidade
Composição
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal,tonal e fusão de ambos.
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico,
folclórico, pop...
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica,
informática e mista Improvisação.
Movimentos e Períodos
Música Popular Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino - Americana
ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
luz
Composição
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: pintura, desenho, modelagem,
instalação, performance, fotografia,
gravura, esculturas, arquitetura, história
em quadrinhos.
Gêneros: paisagem, natureza morta,
cenas do cotidiano histórica
Arte ocidental
Arte oriental
Arte africana
Movimentos e Períodos
Arte brasileira
Arte paranaense
Arte popular
Arte de vanguarda
Indústria cultural
Arte contemporânea
Arte latino americana
ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Personagem: expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Composição
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto,
mímica, ensaio, teatro – fórum
Roteiro
Encenação e leitura dramática
Gêneros: tragédia, comédia, drama e épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação
Direção
Produção
Teatro Greco romano
Teatro medieval
Teatro brasileiro
Teatro paranaense
Teatro popular
Indústria cultural
Movimentos e Períodos Teatro engajado
Teatro dialético
Teatro essencial
Teatro do oprimido
Teatro pobre
Teatro de vanguarda
Teatro renascentista
Teatro latino americano
Teatro realista
Teatro simbolista
ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Elementos Formais
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Composição
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, rápido e moderado
Aceleração e desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: espetáculo, indústria cultural,
étnica, folclórica, populares e salão
Movimentos e Períodos
Pré história
Greco romana
Medieval
Renascimento
Dança clássica
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip hop
Indústria cultural
Dança moderna
Vanguardas
Dança contemporânea
3 METODOLOGIA
As aulas de Arte serão preparadas considerando para quem elas serão
ministradas, como, porque e o que será trabalhado, tornando a escola como espaço
de conhecimento. Dessa forma, serão contemplados, na metodologia do ensino da
arte, três momentos da organização pedagógica:
- teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos;
- sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte;
- trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte.
Na área de Artes visuais será abordado além da produção pictórica de
conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de
diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.
A prática pedagógica então, partirá da análise e produção de trabalhos
artísticos relacionados a conteúdos de composição em Artes Visuais , tais como:
imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, propaganda
visual; imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas.
Na área da Dança os elementos formais são: movimento corporal- o
movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e espaço; espaço -
onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial do espaço; tempo -
caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).
Por ser o movimento corporal o elemento central da Dança, o trabalho
pedagógico se baseará em atividades de experimentação do movimento,
improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho
artístico) , tornando o conhecimento significativo para o aluno, conferindo- lhe
sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da dança.
Como encaminhamento serão utilizados: criação e forma de registro
gráfico da formação inicial e dos passos sequenciais; uso de diferentes adereços;
proposta de criações, improvisações e execuções coreográficas individuais e
coletivas; identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi
concebida.
Na área da música como encaminhamento será: apreciação e análise de
videoclipe ( música, imagem, representação, dança ... ), com ênfase na produção
musical , observando a organização dos elementos formais do som, da composição
e de sua relação com os estilos e gêneros musicais; seleção de músicas de vários
gêneros para compor outra trilha sonora para a mesma cena do videoclipe ,
observando se há mudança no sentido da cena; construção de instrumentos
musicais, com vários tipos de materiais, para produções musicais com diversos
arranjos instrumentos e vocais, compondo efeitos sonoros e música para o
videoclipe; registro de todo o material sonoro produzido pelos alunos, por meio de
gravação em qualquer mídia.
Área do Teatro - dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas
pelo teatro na educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a
coordenação.
Na área do teatro serão desenvolvidos exercícios de relaxamento,
aquecimento e com os elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal,
gestual, corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição
de texto literário para texto dramático, pequenas encenações construídas pelos
alunos e outros exercícios cênicos .
Será discutido os movimentos e períodos artísticos importantes da história
do Teatro , bem como solicitará aos alunos uma análise das diferentes formas de
representação na televisão e no cinema, tais como: plano de imagens, formas de
expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia ( sentir e perceber ).
Para o trabalho de sentir e perceber os alunos assistirão a peças teatrais
de modo a analisá-las a partir de questões como: descrição do contexto; análise da
estrutura da peça; análise da peça sob o ponto de vista do aluno.
A metodologia da disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03
referente à História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e
Cultura dos Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
Também incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação na disciplina de Arte nesta Proposta Curricular é
diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser referência para se planejar as aulas
e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A avaliação processual irá incluir formas de avaliação da
aprendizagem , do ensino, bem como a auto-avaliação dos alunos.
De acordo com a LDB nº 9394/96, art. 24, inciso V a avaliação é contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir
da própria produção de modo que leva em conta a sistematização dos
conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.
Propõe-se então, o método que inclui observação e registro do processo
de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. O aluno será avaliado mediante como ele soluciona os
problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões
em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus
registros de forma sistematizada. As propostas serão socializadas em sala, com
oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos
colegas.
Portanto , o conhecimento que o aluno acumula será socializado entre os
colegas, e ao mesmo tempo constituindo-se como referência para que se possa
propor abordagens diferenciadas.
A fim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação, tais como: trabalhos artísticos individuais e em
grupo, pesquisas bibliográfica e de campo, debates em forma de seminários e
simpósios; provas teóricas e práticas, registros em forma de relatórios, gráficos,
portfólio, áudio – visual e outros.
Por meio desses instrumentos, é possível obter o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,
visando as seguintes expectativas: A compreensão dos elementos que estruturam e
organizam a arte e sua relação coma sociedade contemporânea; A produção de
trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social; A
apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
O sistema de avaliação adotado é bimestral e será composto pela
somatória da nota 5,0, referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0
proveniente a uma prova escrita, totalizando nota final 10,0.
A avaliação na disciplina de Arte, adotará procedimentos visando ao
desenvolvimento formativo e cultural do aluno, conforme artigo 8º da deliberação nº
07/99 – CEE.
Quanto a recuperação de estudos , esta é direito dos alunos
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A
recuperação de estudos ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a
partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação
do conteúdo já “re-explicado” em sala de aula.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre
cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações
como um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos
conteúdos. Os estudos de Recuperação não poderão ser considerados como um
adendo à nota.
5 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Arte e Artes para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO- Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino
Fundamental e Médio.
REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino Fundamental
e Médio.
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
Professora: Luciana Maria da Silva
Marilândia do Sul - 2014
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao
longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
Desde o paleolítico, o ser humano, observa os diferentes tipos de
comportamento dos animais e da floração das plantas, registrando-as nas pinturas
rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a natureza.
No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no
Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos
modelos teóricos elaborados pelo ser humano, seus paradigmas teóricos, que
evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,
buscou-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na
antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da
Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C.
– 322 a.C.). Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos
seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações
para a compreensão da natureza.
Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no
aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o
universo, vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o
transformou em dogma.
Mais tarde com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção
filosófico-teológica medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o
primeiro plano, iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos
naturais. Esse movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação
de ideias antigas e emergência de novos modelos.
Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos
avanços tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de
conservação dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos, dando
novo impulso à sistemática animal e aperfeiçoando as observações e descrições
feitas por Aristóteles (RONAN, 1987a; MAYR, 1998).
Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como a
classificação dos seres vivos envolvendo diferentes categorias e denominações:
gênero, família, espécie, ordem.
Carl Von Linné (1707-1778), considerado o principal organizador do
sistema moderno de classificação científica dos organismos, classificou os seres
vivos, e manteve o princípio da criação divina. Com ele, o sistema descritivo
possibilitou a organização da Biologia pela comparação das espécies coletadas em
diferentes locais. Tal tendência refletiu a atitude contemplativa e interessada em
retratar a beleza natural, utilizando o método da observação e descrição, o que
caracterizaria o pensamento biológico descritivo.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o
aperfeiçoamento de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e
fisiológica. Para entender o funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os
organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores, com o
propósito de compreender as relações de causa e efeito no funcionamento de cada
uma delas.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi
questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos
sobre a mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados
principalmente por Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean-Baptiste de Monet,
conhecido por Lamarck (1744-1829).
No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)
apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies. A concepção teológica
criacionista, que compreendia as espécies como imutáveis desde sua criação, deu
lugar à reorganização temporal dessas espécies, inclusive a humana. Ao se afirmar
que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram origem evolutiva e que o
principal agente de modificação seria a ação da seleção natural sobre a ação
individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies.
Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da
seleção natural ou favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências
evolutivas, as quais foram consideradas provas e suporte de suas concepções: “o
registro dos fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia
comparadas e a modificação de organismos domesticados” (FUTUYMA, 1993, p.
06).
Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje é conhecido
como método hipotético-dedutivo. Um exemplo clássico desse método é a análise
da estrutura anatômica e fisiológica de membros anteriores de animais vertebrados,
propondo a hipótese de que eles se originam e se desenvolvem de maneira muito
semelhante, indicando uma ancestralidade comum entre eles.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de
divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários. No entanto Mendel,
baseado em conhecimentos desenvolvidos por outros pesquisadores, acrescidos de
sua formação matemática e com cuidados especiais no planejamento e na execução
das experiências, realizou diversos cruzamentos utilizando diferentes organismos,
observando que as características eram transmitidas.
No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da
teoria celular, a partir de descrições feitas por naturalistas como os alemães
Matthias Schleiden (1804-1881), em 1838, e Theodor Schwann (1810-1882), em
1839, ao afirmarem que todas as coisas vivas – animais e vegetais – eram
compostas por células. O aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida
contribuiu para a refutação do vitalismo e da ideia de geração espontânea.
No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de
Mendel e provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu para a
construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao
material genético, sob influência do pensamento biológico evolutivo.
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e
põem em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno
VIDA. Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se
constitua como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da
manipulação genética.
O histórico apresentado pretende mostrar como se deu a construção do
pensamento biológico, sendo importante para fundamentar a escolha dos conteúdos
estruturantes da disciplina de Biologia.
Para a ciência, em especial para a Biologia, esta construção ocorre em
movimentos não-lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas e
de busca constante por explicações sobre o fenômeno VIDA.
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da
humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos
em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
Na década de 1960, conforme Krasilchik (2004), três fatores provocaram alterações
no ensino de ciências no Brasil:
- o progresso da Biologia;
- a constatação internacional e nacional da importância do ensino de ciências
como fator de desenvolvimento;
- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024, de 2 de dezembro de
1961, que transferiu as decisões curriculares da administração federal para um
sistema de cooperação entre a União, os Estados e os Municípios.
Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as
questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova
concepção sobre o ensino de ciências e passou-se a discutir as implicações sociais
do desenvolvimento tecnológico e científico.
Nos anos de 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta
pesquisas sobre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a
psicogênese desses conceitos e suas implicações na aprendizagem das ciências.
Algumas dessas pesquisas consideravam os modelos de concepções
alternativas ou espontâneas para analisar as “respostas erradas” dos alunos, ou
seja, analisavam o conhecimento prévio do aluno sobre conceitos científicos. O
ensino de ciências neste contexto passa a ser compreendido como um processo de
transformação de concepções prévias dos alunos, em superação ao modelo de
transmissão de conceitos (LOPES, 1999).
Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-
aprendizagem em ciências foram “prioritariamente desenvolvidas a partir dos
modelos de mudança conceitual. [...] visando à construção de metodologias que
(permitiam) a apropriação de conceitos científicos por parte dos alunos, a partir de
diferentes enfoques construtivistas” (LOPES, 1999, p. 201). No campo da mudança
conceitual, as concepções prévias dos alunos, de início consideradas erradas,
passaram a ser consideradas como concepções alternativas. Os estudos sobre elas
analisavam o processo pelo qual, os alunos demonstravam dominar a concepção
científica de um determinado conteúdo, mudando suas concepções em favor de uma
explicação científica.
Ao final da década de 1980, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado
da Educação propôs o Programa de Re-estruturação do Ensino de Segundo Grau
sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na qual o conteúdo é visto
como produção histórica e social, a educação escolar tem a obrigação de oferecer e
o aluno tem o direito de conhecer. A abordagem desses conteúdos deve se dar na
interação com a realidade concreta do aluno. Esse novo programa analisava as
relações entre escola, trabalho e cidadania.
Nesta perspectiva, o ensino de 2.º Grau deve propiciar aos alunos o
domínio dos fundamentos das técnicas diversificadas, utilizados no processo de
produção e não o mero adestramento de técnicas produtivas. Esta concepção está a
exigir medidas a curto, médio e longo prazo, voltadas ao suprimento e apoio à Rede
Estadual de Ensino, visando propiciar meios para que ela cumpra suas funções e
atinja plenamente seus objetivos, incluindo medidas de avaliação da atual política
educacional, como também, das estratégias utilizadas para viabilização das práticas
pedagógicas (PARANÁ, 1993, p. iv).
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB n. 03/98), para normatizar a LDB n.
9.394/96. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a
Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
As Diretrizes Curriculares, fundamentam-se na concepção histórica da
ciência articulada aos princípios da filosofia da ciência. Ao partir da dimensão
histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da
construção do pensamento biológico. Estes marcos foram adotados como critérios
para escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.
Cabe ao professor, enfim, diante das transformações sociais, políticas,
econômicas e ambientais acompanhar os avanços científicos decorrentes e
estabelecer os conteúdos fundamentais para o ensino de Biologia.
Desta forma, a Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos
específicos com outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento
de conceitos cientificamente produzidos além de propiciar reflexão constante sobre
as mudanças de tais conceitos em decorrência das necessidades de explicação de
questões emergentes como, por exemplo, as resultantes de alterações ambientais e
dos avanços tecnológicos decorrentes da necessidade de buscar tais explicações,
permeados por discussões éticas.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
2.1- ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Este conteúdo possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente
construídos que propõem a organização dos seres vivos , relacionando-os à
existência de características comuns entre estes e sua origem única ( ancestralidade
comum ). O trabalho pedagógico irá abordar a classificação dos seres vivos como
uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica , de maneira a
agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes.
2.2 – MECANISMOS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos privilegia o estudo dos
mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.
Assim, o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, irá abordar
desde o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres
vivos , como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos
componentes celulares e suas respectivas funções.
2.3 – BIODIVERSIDADE
Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para
a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito
biodiversidade.
Ao propor este conteúdo estruturante , ampliam-se as explicações sobre
como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de
compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres
vivos, sua anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como
as características e mecanismos biológicos estudados se originam.
2.4 – MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da
biologia molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, como
possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar
o conceito biológico da VIDA como fato natural , independente da ação do ser
humano.
Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade , chega-
se à necessidade de compreender e explicar como determinadas características
podem ser inseridas , modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser
vivo e transmitidas aos seus descendentes por meio de mecanismos biológicos que
garantem sua perpetuação.
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Organização dos Seres Vivos Mecanismos Biológicos Biodiversidade Manipulação Genética
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. - Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. - Mecanismos de desenvolvimento embriológico. - Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. - Teorias evolutivas. - Transmissão das características hereditárias. - Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente. -Organismos geneticamente modificados.
3 METODOLOGIA
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a
abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos conteúdos estruturantes
de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos, como tentativa de
conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os,
seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo
evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres
vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não
deve restringir-se a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem
pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico organismos
geneticamente modificados, partindo-se da compreensão das técnicas de
manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a
diversidade biológica, chegando à classificação dos seres vivos. Portanto, é
imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos
estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que
constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante
Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos
Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas,
envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste
contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida
como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite
observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos.
Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade
envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos
biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as
relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos
evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as
produzidas pelo homem.
De acordo com as Diretrizes, os experimentos podem ser o ponto de
partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou permitir a aplicação das
ideias discutidas em aula, de modo a levar os alunos a aproximarem teoria e prática
e, ao mesmo tempo, permitir que o professor perceba as explicações e as dúvidas
manifestadas por seus alunos.
Devem-se considerar também as aulas demonstrativas como importante
estratégia de ensino. Entretanto, é preciso permitir a participação do aluno e não
apenas tê-lo como observador passivo. Algumas vezes, a atividade prática
demonstrativa implica a ideia da existência de verdades definidas e formuladas em
leis já comprovadas, isto é, de uma ciência de realidade imutável.
De outro lado, a atividade prática, como resolução de problemas ou de
hipóteses, pode trazer uma concepção de Ciência diferente, como interpretação da
realidade, de maneira que as teorias e hipóteses são consideradas explicações
provisórias. Nesse caso, se estabelece maior contato do aluno com o experimento e
com a atitude científica.
Outra estratégia que, além de integrar conhecimentos, veicula uma
concepção sobre a relação homem-ambiente e possibilita novas elaborações em
pesquisa, é o estudo do meio. Este estudo pode ocorrer em locais como: parques,
praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados, aterros
sanitários, fábricas, etc.
Também os jogos didáticos contribuem para gerar desafios, conforme
Moura (1994), o jogo é considerado uma estratégia impregnada de conteúdos
culturais a serem veiculados na escola. Ele detém conteúdos com finalidade de
desenvolver habilidades de resolução de problemas, o que representa a
oportunidade de traçar planos de ações para atingir determinados objetivos.
Na disciplina de Biologia, recursos didáticos são de extrema importância
para promover uma aprendizagem significativa, dando eficácia ao trabalho e
contribuindo para facilitar a aprendizagem de conceitos e procedimentos. Para tanto,
poderão ser utilizados:
- livros didáticos e paradidáticos;
- mídias (TV Pendrive, rádio, vídeo, computador, etc);
- jornais, revistas e folders;
- material didático pedagógico (microscópio, lupa, laminas, etc);
- jogos e quebra cabeças;
- experiências.
A metodologia da disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03
referente à História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e
Cultura dos Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
Também incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas. Tais relações
deverão ser desenvolvidas ao longo do Ensino Médio, num aprofundamento
conceitual e reflexivo.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação irá acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,
ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Deve favorecer a formação, o progresso pessoal e a autonomia do aluno,
emitindo-lhe a conscientização do seu próprio caminhar em relação ao seu
conhecimento.
Confronto de ideias ou conceitos construídos através das relações
estabelecidas entre: Homem-Homem e Homem-Natureza e suas mediações, terá
como objetivo fazer com que o aluno compreenda criticamente a realidade.
Considerando o que foi exposto, a avaliação deverá verificar a
aprendizagem, a partir daquilo que é básico e essencial, deve estabelecer relações
e mediações entre Homem e natureza. É fundamental que a avaliação se processe
de forma contínua.
Através da interação professor-aluno, aluno-aluno, é que se dará a
apropriação e assimilação dos conceitos.
Portanto, a avaliação se caracteriza como um processo que objetiva
explicar o grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do
conceito.
Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e
Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise
crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os
professores se envolvam numa análise crítica que aponte conceber e considerar a
avaliação em Biologia com instrumento de aprendizagem que permita fornecer um
feedback adequado para promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor
corresponsável pelos resultados que os alunos obtiveram, o foco da pergunta muda
de “quem merece uma valorização positiva e quem não” para “que auxílio precisa
cada aluno para continuar avançando e alcançar os resultados desejados”. Além
disso, devemos introduzir formas de avaliação da prática docente como instrumento
para melhorar o ensino.
Segundo as Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que
garantam uma abordagem pedagógica crítica para o ensino de Biologia, propõe-se
um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo,
inacabado, portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino
aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos
impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e
dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de
mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação
docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação
visando à melhoria da qualidade do ensino.
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento
dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a
verificação do rendimento escolar previstos na LDB nº 9394/96 que considera a
avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos...”.
Enfim, a avaliação deve ser adotada como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que
professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superarem os obstáculos existentes.
Os critérios orientam as atividades avaliativas, portanto, espera-se que o
aluno: identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres
vivos; estabeleça relações entre as características específicas dos micro-
organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; classifique os seres
vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização
celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e
heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); reconheça e compreenda
a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos;
compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos
(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);- identifique a estrutura e o
funcionamento das organelas citoplasmáticas; reconheça a importância e identifique
os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células;
compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; compare e estabeleça
diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas
biológicos (histologia); reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da
vida e a evolução das espécies; reconheça a importância da estrutura genética para
manutenção da diversidade dos seres vivos; compreenda o processo de
transmissão das características hereditárias entre os seres vivos; identifique os
fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes
entre estes; compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; reconheça as relações de
interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem;
identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização; compreenda a evolução histórica da
construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade
de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; relacione os
conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na
diversidade biológica; analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos
éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
Na disciplina de Biologia, o processo avaliativo será bimestral composto
pela somatória da nota 5,0 (cinco) sendo no mínimo duas atividades diversificadas,
utilizando-se de instrumentos diversificados, mais a nota 5,0 (cinco) proveniente a
prova (no mínimo duas) escrita, totalizando nota final 10,0 (dez).
Para que o aluno tenha um melhor desempenho no processo ensino
aprendizagem, serão utilizados de vários instrumentos avaliativos a fim de que se
possa diagnosticar o nível de aprendizagem e oferecer parâmetros necessários para
a retomada dos conteúdos. Dentre os instrumentos seguem:
Seminários;
Atividades escritas (provas dissertativas, provas objetivas);
Atividades Orais (provas, debates, palestras);
Pesquisas (de campo, bibliográfica);
Trabalho em grupo e/ou individual.
Quanto à recuperação de estudos, esta é um direito do aluno,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, e
acontecerá das seguintes formas: com a retomada do conteúdo a partir do
diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação do
conteúdo já re-explicado em sala de aula.
Esta recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, e será organizada com
atividades significativas por meio de procedimentos didático-pedagógicos
diversificados, não podendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados.
5 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Biologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFM
Regimento Escolar – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFM
www.diadiaeducacao.pr.gov.br
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
Professora: Andréa Lopes Correa
Marilândia do Sul
2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Um ponto importante a ser considerado na produção do conhecimento
científico diz respeito ao caminho percorrido pelos pesquisadores para formular ¨
descrições, interpretações, leis , teorias, modelo, etc. sob uma parcela da realidade ¨
(FREIRE MAIA,2000, p. 18 ) . Não pode negligenciar, então , a fragmentação que
ocorre na produção do conhecimento científico que resulta da investigação da
Natureza , pois não existe nos dias atuais uma única ciência que possa assegurar o
estudo da realidade em todas as suas dimensões.
O ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão de
conceito científicos, para ser compreendido como processo de formação de
conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos
estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica( LOPES , 1999. ) Espera-se
uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,
rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de
estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar
uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da
aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente
os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida.
Ao ensinarmos Ciências, transferimos a todo e qualquer indivíduo, e
compartilhamos com ele, a responsabilidade pelo meio onde vivemos e a necessidade
de contribuir para o bem estar da sociedade por meio do seu conhecimento da
Ciência e da tecnologia e por meio da tomada de decisões. Nossos jovens já são
cidadãos; pretendemos que se tornem mais conhecedores, mais participativos da
nossa sociedade e valorizem a história e a cultura dos diversos grupos étnico-raciais a
fim de combater o racismo e toda sorte de discriminações.
Vivemos em um mundo onde as aplicações dos conhecimentos científicos são
chamadas de tecnologia. Para os jovens, a tecnologia e, indiretamente, a Ciência fazem
parte de seu cotidiano, não sendo propriamente símbolos de uma modernidade.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
Conteúdo Estruturante é entendido como conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam as disciplinas escolares além de
fundamentarem as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos.
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a
partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do
currículo na qual se insere e, também, estruturar a disciplina diante de um processo
acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (A. LOPES, 1999).
Propõe-se, então, que o ensino de Ciências ocorra por meio de uma
integração conceitual que estabeleça relações entre os conceitos científicos
escolares de diferentes Conteúdos Estruturantes da disciplina (relações conceituais);
entre eles e os conceitos das diferentes disciplinas do Ensino Fundamental (relações
interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de
produção do conhecimento científico (relações contextuais).
2.1 - ASTRONOMIA
Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem
e evolução do universo.
2.2 – MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos
específicos que privilegiam o estudo da constituição dos corpos, entendidos
tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam a nossa
percepção ( RUSS , 1994 ) sob o ponto de vista científico, permite o entendimento
não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição,
indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
2.3 – SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos
sistemas do organismo, bem como suas características específicas de
funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o
funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,
como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.
2.4 – ENERGIA
Este conteúdo estruturante propõe o trabalho o trabalho que possibilita a
discussão do conceito de energia , relativamente novo se considerar a história da
ciência desde a antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo
explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de
temperatura entre objetos ou sistemas.
2.5 – BIODIVERSIDADE
Este conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de
Ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos
intrarrelacionados. Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de
conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico
envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas
estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptam, viveram e
ainda vivem, e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido
transformações.
6º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia:
Astronomia: Universo, sistema solar,
movimentos terrestres, movimentos
celestes, astros.
Matéria:
Constituição da matéria.
Energia:
Formas de energia, conversão de energia,
transmissão de energia.
Biodiversidade
organização dos seres, ecossistemas,
evolução dos seres vivos.
7º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros, movimentos terrestres,
movimentos celestes
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos
Célula, morfologia e fisiologia dos seres
vivos.
Energia
Formas de energia, transmissão de
energia.
Biodiversidade
Origem da vida, organização dos seres
vivos; sistemática.
8º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia
Origem e evolução do Universo.
Matéria
Constituição da matéria.
Sistemas Biológicos
Célula, morfologia e fisiologia dos seres
vivos.
Energia
Formas de energia.
Biodiversidade
Evolução dos seres vivos.
9º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia
Astros, gravitação universal.
Matéria
Propriedades da matéria.
Sistemas Biológicos
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
mecanismos de herança genética.
Energia
Formas de energia, conservação de
energia.
Biodiversidade
Interações ecológicas.
4 . METODOLOGIA
Para o ensino de Ciências, se propõe uma prática pedagógica que leve à
integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o Projeto
Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a
escola está inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis, as
informações atualizadas sobre os avanços da produção científica, dentre outras
como, por exemplo, o número de aulas semanais ofertadas na matriz curricular.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de
Ciências reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos,
dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser
utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
Para isso, é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam
entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em
áreas de conhecimento físico, químico ou biológico; que estabeleçam relações
interdisciplinares com vistas a contribuir para o entendimento dos conceitos
envolvidos e do objeto de estudo de ciências; e sejam também abordados
envolvendo os contextos tecnológico, social, cultural, ético, político, entre outros que
os envolvem.
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções
alternativas dos estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de
forma significativa para os estudantes.
Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da
existência de várias estratégias que possam ser sugeridas para utilização em aula,
entende-se que a opção por uma delas isoladamente não satisfaz o trabalho
pedagógico necessário. É importante que o professor tenha autonomia para fazer
uso de diferentes recursos pedagógicos como: TV pendrive, Pendrive, retroprojetor,
livro didático, laboratório de informática, TV Paulo Freire, Revista Nova Escola, entre
outros. È por meio de diferentes recursos estratégias, que o processo ensino-
aprendizagem em Ciências resulta de uma rede de interações sociais entre
estudantes, professores e o conhecimento científico escolar selecionado e suficiente
para ser trabalhado em um ano letivo.
Propõe-se alguns encaminhamentos metodológicos a serem valorizados no
ensino de Ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a interdiscipli-
naridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a atividade
experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.
De acordo com a Lei 10.639/03, que torna obrigatória a presença de
conteúdos relacionados à História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, igualmente
deve ser resguardado o espaço para a abordagem da História e Cultura dos Povos
Indígenas, em concordância com a Lei nº 11.645/08, e quanto ao trabalho
envolvendo educação ambiental, em concordância com a Lei nº 9.795/99, que
institui a Política Nacional de Educação Ambiental, Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, onde deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente
no desenvolvimento dos conteúdos específicos.
5 . AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos, e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve
ser contínua e cumulativa, em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A na disciplina de Ciências a avaliação deverá valorizar os conhecimentos
alternativos que do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades
experimentais, ou a partir de diferentes estratégias provocativas que envolvem
diferentes recursos pedagógicos e instrucionais. É fundamental que se valorize o
que se chama de “erro”, de modo a retomar a compreensão (equivocada) do
estudante por meio de diversos instrumentos de ensino e de avaliação. Que
são:provas ( classificatórias ); pesquisa bibliográfica e de campo, seminários,
relatórios de aulas em laboratório, debates, auto- avaliação, elaboração de painéis ,
etc.
Vale ressaltar que o processo de avaliação da disciplina da Ciências estará
vinculada ao projeto político pedagógico do estabelecimento de ensino, de acordo
com os objetivos e a metodologia adotada nesta Proposta Curricular.Os critérios
para avaliar serão estabelecidos , considerando o comprometimento e envolvimento
dos alunos no processo pedagógico, assim verificará : se o aluno assimilou os
conteúdos trabalhados ,se o aluno é capaz de construir novos conceitos partindo
do que aprendeu, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para
as divergências; se o aluno compreende que o conhecimento científico resulta da
investigação da natureza.
A avaliação terá os registros de notas expressos em escala de 0(zero) a
10,0(dez).
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da
nota 5,0(cinco) referente a atividades práticas realizadas em quadra e a avaliação de
valor 5,0(cinco) poderá ser objetiva e/ou subjetiva somando um total 10,0(dez).
A recuperação de conteúdos é um direito de todos os alunos ,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação na disciplina de Educação Física acontecerá de duas de
duas formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecidos pelos
instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo já reexplicado. As
atividades serão significativas, por meio de procedimentos didáticos pedagógicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados.
A recuperação será proporcional às avaliações como um todo, ou seja,
equivalerá de 0(zero) a 100(cem) por cento de apreensão e retomada de conteúdo.
Será considerada após a recuperação a nota maior para somatória e cálculo da
média bimestral.
6 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Ciências para a Educação Básica, Curitiba ,2008.
PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Tancredo Neves - Ensino
Fundamental e Médio. Marilândia do Sul , 2007.
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Tancredo neves – Ensino Fundamental
e Médio, setembro de 2008.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
Professor: Valdir Bento de Carvalho
MARILANDIA DO SUL - 2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Através dos diferentes contextos históricos, a Educação Física escolar
determinou o que deveria ensinar. Até o final do século XIX, quase toda a produção
ligada a Educação Física era de caráter médico – higienista, dando grande
importância à ginástica, com o objetivo de conservar e restabelecer a saúde por
meio do exercício.
Porém, no início do século XX, a Educação Física no Brasil incorporou um
novo conteúdo, o esporte. Esta tendência ocorreu pelo desenvolvimento do sistema
capitalista de produção que se preocupa com: o rendimento, a competição, a
técnica, na busca constante de superação e vitória, que persistiu até a década de
70, quando perde sua especificidade.
O discurso e a prática da psicomotricidade veio substituir o conteúdo do
esporte, com acentuada preocupação com o desenvolvimento motor, cognitivo e
afetivo do aluno, passando a Educação Física a ser apenas um meio para aprender
conteúdos de outras disciplinas e um meio socializador. Assim, a Educação Física
perde sua especificidade, uma vez que não tem mais conteúdo próprio e esse passa
a ser o momento mais contraditório da história da disciplina.
Na década de 80, as discussões pedagógicas foram influenciadas pelas
ciências humanas, sociologia e a filosofia da educação de orientação marxista,
constituindo aos poucos uma corrente chamada revolucionária, mas que foi
denominada de crítica e progressista.
Surge uma nova proposta consubstanciada no livro Metodologia do Ensino
de Educação Física, publicado em 1992, de um coletivo de autores, proposta que se
fundamentava na pedagogia histórico-crítica (SAVIANI, 1979), auto intitulou-se
crítico-superadora, propondo que o objeto da área de conhecimento é a cultura
corporal.
Outra proposta, da linha da Teoria Pedagogia Progressista, denomina-se
crítico-emancipatória, do professor Elenor Kunz (1991), da UFSC, influenciada pela
pedagogia de Paulo Freire (1961), baseada na CULTURA DO MOVIMENTO, de
forma a desenvolver no aluno a capacidade de analisar e agir criticamente.
Hoje, partindo das concepções das teorias progressistas, a Educação
Física tem como pressuposto básico o desenvolvimento do homem omnilateral,
onde o corpo não deve ser considerado apenas na sua dimensão biológica, mas a
partir de seus determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos, que
influenciam e colaboram para a construção da identidade corporal do aluno.
Portanto, a formação humana constitui-se com o princípio fundamental no ato
educativo.
Assim, a corporalidade como concepção orientadora da Educação Física
pretende identificar as múltiplas possibilidades de intervenção, que surgem no
cotidiano de cada cultura escolar na sua especificidade.
Desta forma, a Educação Física objetiva, a partir da necessidade de cada
aluno, a aquisição do conhecimento universal, sempre focada na formação humana
propiciando, ao aluno, uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido.
Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa
entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações
sociais, políticas , econômicas e culturais dos povos.
É partindo dessa posição que está disciplina tem como objeto de estudo e
de ensino a Cultura Corporal, evidenciando a relação estreita entre a formação
histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes. A
ação pedagógica da educação Física estimulará a reflexão sobre o acervo de formas
e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela
expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica
devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos
níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao
conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de
ensino/aprendizagem.
A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve,
ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os
conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as
particularidades de cada comunidade.
Cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem que
contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,
históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as
diferenças, na formação social crítica e autônoma.
2. 1 – ESPORTE
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas
esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações
cotidianas na rede pública de ensino.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve
limitar-se ao fazer corporal, isto é , ao aprendizado única e exclusivamente
das habilidades físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
2. 2 – JOGOS E BRINCADEIRAS
Os jogos e brincadeiras são pensados de maneira complementar,
mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Como Conteúdo
Estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a
percepção e a interpretação da realidade.
2. 3 – GINÁSTICA
Entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer
as possibilidades de seu corpo.
2. 4 – LUTAS
As lutas devem fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das
mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente
produzidas e repletas de simbologias. Ao abordar esse conteúdo, deve-se
valorizar conhecimentos que permitam identificar valores culturais, conforme o
tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas.
2. 5 – DANÇA
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o
corpo e suas expressões artísticas , estéticas, sensuais, criativas e técnicas
que se concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas , danças
folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.
6 º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
- Coletivos;
- Individuais
Jogos e Brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
Ginástica - Ginástica rítmica;
- Ginástica circense;
- Ginástica geral;
Lutas - Lutas de aproximação capoeira
7 º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
- Coletivos;
- Individuais
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantigas de roda;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas;
- danças de rua;
- Danças criativas;
- Danças circulares
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense;
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas de aproximação;
- Capoeira
8 º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
- Coletivos;
- Radicais
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos dramáticos;
- Jogos cooperativos;
Dança
- Danças criativas;
- Danças circulares
Ginástica
- Ginástica rítmica;
- Ginástica circense;
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas com instrumento mediador;
- Capoeira
9 º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
- Coletivos
- Radicais
Jogos e Brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
- Coletivos
- Individuais
- Radicais
Jogos e brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
- jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de salão
- Danças de rua
Ginástica
- Ginástica artística/ olímpica
- Ginástica de academia
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas de aproximação
- Lutas que mantém a distância/
- Lutas como instrumento mediador
- Capoeira
3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física,que é a
Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança,
ginástica, lutas, jogos e brincadeiras -, a Educação Física tem a função social de
contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio
corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre
as práticas corporais.
O conteúdo da sala é apresentado aos alunos e problematizado, buscando
as possibilidades e os limites de cada um e as melhores formas de organização para
o desenvolvimento das atividades propostas realizadas pelos alunos, sendo as
mesmas observadas e registradas pelo professor, para uma intervenção pedagógica
quando ocorrer atitudes desfavoráveis dos alunos, momentos que podem ser signifi-
cativos para a sua formação humana, levando-os a pensarem, repensarem, tendo
oportunidade de falar, construir e interpretar suas atitudes durante a aula,
levantando os aspectos positivos e negativos junto ao grupo, oportunizando ao
professor um conhecimento maior sobre os alunos que ao interagirem conhecem
outras culturas.
A disciplina de Educação Física Contempla a legislação vigente/Desafios
Educacionais Contemporâneos: Lei 11645/08 – História e cultura dos povos
indígenas; Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Lei 9795/99 –
Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação
Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
O processo avaliativo da disciplina de Educação Física será realizado a
partir da avaliação diagnóstica, ao longo do desenvolvimento das atividades
pedagógicas, que permitirá ao professor verificar os avanços e as dificuldades
apresentadas pelos alunos nas diversas manifestações corporais, devendo o
professor reorganizar, sempre que necessário, seu planejamento, buscando
encaminhamentos que propiciem o avanço bem como a superação das dificuldades
encontradas pelos alunos.
A avaliação será de forma contínua, permanente e cumulativa, sendo que
os critérios deverão propiciar tanto para o professor quanto para o aluno, clareza
suficiente para que possa dimensionar os avanços e as dificuldades, no processo
ensino-aprendizagem.
Um dos aspectos que deve ser garantido é a não exclusão, isto é, a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógica e não seja um elemento externo a esse
processo.
Para que isso ocorra, destaca-se que a avaliação estará vinculada ao
projeto político pedagógico do estabelecimento de ensino, de acordo com os
objetivos e a metodologia adotada nesta Proposta Curricular. Os critérios para
avaliar serão estabelecidos , considerando o comprometimento e envolvimento dos
alunos no processo pedagógico, assim verificará : se os alunos entregam as
atividades propostas, se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da
recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver de maneira criativa,
situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o
posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se
mostra envolvido nas atividades , seja através de participação nas atividades
práticas ou realizando relatórios.
A avaliação terá os registros de notas expressos em escala de 0(zero) a
10,0(dez).
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da
nota 5,0(cinco) referente a atividades práticas realizadas em quadra e a avaliação de
valor 5,0(cinco) poderá ser objetiva e/ou subjetiva somando um total 10,0(dez).
O aluno será avaliado durante todo o processo educativo. Para isso serão
utilizados diversos instrumentos e recursos: participação em sala de aula, tarefas
individuais ou em grupos, exercícios orais, discussões, pesquisas, provas objetivas e
descritivas, entre outros.
A recuperação de conteúdos é um direito de todos os alunos ,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação na disciplina de Educação Física acontecerá de duas de
duas formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecidos pelos
instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo já reexplicado. As
atividades serão significativas, por meio de procedimentos didáticos pedagógicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados
A recuperação será proporcional às avaliações como um todo, ou seja,
equivalerá de 0(zero) a 100(cem) por cento de apreensão e retomada de conteúdo.
Será considerada após a recuperação a nota maior para somatória e cálculo da
média bimestral.
5 REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares da Educação Física para a Educação Básica, Curitiba
,2008.
PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Tancredo Neves - Ensino
Fundamental e Médio. Marilândia do Sul , 2007.
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual do Campo Tancredo neves – Ensino
Fundamental e Médio, setembro de 2008. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA ENSINO RELIGIOSO
PROFESSORA:
Marilândia do Sul
2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Há muito tempo a disciplina de ensino religioso participa dos currículos
escolares no Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes características
pedagógicas e legais.
A perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos
assuntos religiosos , vigente desde as primeiras formas de consideração da religião
na educação brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela disciplina de
Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se
apoiar os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no
ensino.
A partir desse contexto religião e conhecimento religioso passaram a ser
patrimônios da humanidade, pois, construíram-se historicamente na inter-relação
dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina
de Ensino Religioso passou a orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as
expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com
outros campos do conhecimento.
Em termos metodológicos propõe-se um processo de ensino e de
aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela
apresentação de hipótese divergente, da dúvida , real e metódica, do confronto de
ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de
conteúdos formalizados. Opõe-se, portanto a um modelo educacional que centra o
ensino tão somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as
possibilidades de participação do aluno e não atende a diversidade cultural e
religiosa.
Na disciplina de Ensino Religioso, qualquer religião será tratada como
conteúdo escolar, uma vez que o Sagrado, enquanto objeto de estudo do ensino
compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização de
diferentes sociedades. Assim a disciplina irá propiciar a compreensão, comparação
e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos
seus múltiplos significados. Ainda subsidiará os educandos na compreensão de
conceitos básicos no campo religioso.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
PAISAGEM RELIGIOSA
Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais
e naturais que remetem a experiência com o Sagrado e a uma série de
representações sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas
tradições culturais e religiosas. Assim, a paisagem religiosa é parte do espaço social
e cultural construído historicamente pelos grupos humanos, é uma imagem social.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Universo Simbólico Religioso pode ser visto como o conjunto de linguagem
que expressa sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e
para a constituição das diferentes religiões do mundo.
TEXTO SAGRADO
Os textos Sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidade à
disseminação e a à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e
manifestações religiosas , o que ocorre de diversas maneiras.
O que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo grupo
de que ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado ou, ainda, que
favorece uma aproximação entre os adeptos e o Sagrado.
6 º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto sagrado
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolo Religiosos
7 º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto sagrado
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho com o Ensino Religioso ancora-se na perspectiva da superação
das práticas tradicionais que marcaram o ensino escolar. A metodologia baseia-se
no diálogo, isto é , a partir da experiência religiosa do aluno e de seus
conhecimentos prévios para em seguida, apresentar os conteúdos que serão
trabalhados.
Será proposto também, a problematização do conteúdo. Trata-se da
identificação dos principais problemas postos pela prática social de detectar que
questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência,
que conhecimento é necessário dominar ( Saviani, 1991, 80 ) Diante do exposto,
pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do
educando.
Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito, será
abordada cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, sendo
estabelecido uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações
religiosas, tomando-o como construção histórico-social e patrimônio cultural da
humanidade.
Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade
cultural.
A metodologia da disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03
referente à História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e
Cultura dos Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
Também incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, serão
estabelecidos instrumentos e definidos os critérios que explicitem o quanto o aluno
apropriou do conteúdo específico e foi capaz de relacioná-lo com as outras
disciplinas.
A apropriação dos conteúdos será observada em diferentes situações de
ensino e aprendizagem, como critérios será observado se o aluno: expressa uma
relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes
da sua; aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé; reconhece que o
fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social;
emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do
sagrado.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso , será
levado em conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nas aulas.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, o processo avaliativo será registrado por meio
de instrumentos que permitam à escola , ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a
identificação dos progressos obtidos na disciplina. Como instrumentos avaliativos
serão adotados: seminário, pesquisa bibliográfica e de campo, debates, relatório etc.
6 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba,
2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO- Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino
Fundamental e Médio - 2007
REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino Fundamental
e Médio- 2008
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
Professor(a):
MARILANDIA DO SUL
2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Filosofia no Ensino Médio volta a ser discutido nas escolas a
partir da Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, que no seu artigo 36 determina que,
ao final do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia
e sociologia necessários ao exercício da cidadania...” Através do Parecer nº 38/2006
do Conselho Nacional de Educação, a filosofia e a sociologia tornam-se, em todo o
Brasil, disciplinas obrigatórias no Ensino Médio. Em nível de Paraná, essa
obrigatoriedade se dá através da Lei Estadual nº 15228 de 25 de julho de 2006.
O reconhecimento legal da disciplina de Filosofia se deu na correção da
LDB em junho de 2008 pela Lei 11.684.
A Filosofia tem como objeto de estudo – o pensamento – levantando
problemas e refletindo sobre eles, construindo conceitos e idéias presentes na
realidade e nos textos clássicos da filosofia. Esse pensamento a partir do pluralismo
filosófico, da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Quanto aos
conteúdos, há os que são discutidos mais propriamente pela filosofia, sendo que
estes se constituíram historicamente.
Assim, o ensino de Filosofia faz opção pela organização do trabalho
pedagógico através dos conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos
basilares, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em
épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do
Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional.
Neste sentido, os conteúdos estruturantes são: Mito e Filosofia, Teoria do
Conhecimento, Ética, Filosofia da Ciência, Estética, recebendo cada um deles
tratamento diferenciado de acordo com os períodos da história da Filosofia. A
metodologia opera, então, por questionamentos, conceitos e categorias de
pensamento, buscando a totalidade espaço-temporal e sócio-histórica e, também,
significação, estrutura, origem, sentido, razões, finalidades, tendo sempre em vista:
o que? como? por quê?
A disciplina de Filosofia objetiva ainda oferecer aos estudantes uma
possibilidade de compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, com
suas múltiplas particularidades e especializações, e que se manifesta quase sempre
de forma fragmentada;
viabilizar interfaces com outras
disciplinas na busca de compreensão do
mundo da linguagem, da literatura, da
história, das ciências e da arte e
possibilitar aos estudantes o acesso ao
saber filosófico produzido historicamente
como fundamento do pensamento.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
Conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina,
que se constituíram historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que
neste momento ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o
estudante do Ensino médio.
Os conteúdos estruturantes propiciam estimular o trabalho da mediação
intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações
históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência
do conhecimento e as ações dela resultantes.
2.1 – MITO E FILOSOFIA
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e
cria explicações. Ao criar explicações, cria pensamentos, processo em que estão
presentes tanto o mito como a racionalidade. Ou seja, a base mitológica, como
pensamento por figuras, e a base racional, como pensamento por conceitos, são
constituintes do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser
considerado porque, a partir dele, o homem desenvolve ideias, inventa sistemas,
cria conceitos, elabora leis, códigos e práticas.
2. 2 – TEORIA DO CONHECIMENTO
Constituída como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma
apenas na Idade Moderna, a teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático
com a origem, a essência e a certeza do conhecimento humano.
2. 3 – ÉTICA
Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Um dos grandes
problemas do campo da ética é o da relação entre o sujeito e a norma. Essa relação
é eminentemente tensa e conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma
implica cerceamento da liberdade.
A ética enquanto conteúdo escolar tem por foco a reflexão da ação
individual ou coletiva na perspectiva da filosofia. Mais que ensinar valores
específicos trata-se de mostrar que o agir fundamentado propicia consequências
melhores e mais racionais que o agir sem razão ou justificativas.
2.4 – FILOSOFIA POLÍTICA
A Filosofia Política busca compreender os mecanismos que estruturam e
legitimam os diversos sistemas políticos , discute relações de poder e concebe
novas potencialidades para a vida em sociedade . As questões fundamentais da
política perpassam a História d Filosofia, nas obras de grandes pensadores, da
antiguidade à contemporaneidade.
2.5 – FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios , das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências. Sua importância consiste em refletir criticamente
sobre o conhecimento científico, para conhecer e analisar o processo de construção
da ciência como ponto de vista lógico, linguístico , sociológico, político, filosófico e
histórico.
2.6 – ESTÉTICA
A atitude problematizadora e investigativa, característica da Filosofia, volta-
se também para a realidade sensível. Compreender a sensibilidade, representação
criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam
as relações do homem com o mundo e consigo mesmo, é objeto do conteúdo
estruturante Estética.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MITO E FILOSOFIA
Saber mítico Saber filosófico Relação Mito e Filosofia Atualidade do mito O que é Filosofia?
TEORIA DO CONHECIMENTO
Possibilidade do conhecimento As formas do conhecimento O problema da verdade A questão do método Conhecimento e lógica
ÉTICA
Ética e moral Pluralidade ética Ética e violência Razão, desejo vontade Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
FILOSOFIA POLÍTICA
Relações entre comunidade e poder Liberdade e igualdade política Política e Ideologia Esfera pública e privada Cidadania formal e/ou participativa
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Concepções de ciência A questão do método científico Contribuições e limites da ciência Ciência e ideologia Ciência e ética
ESTÉTICA
Natureza da arte Filosofia e arte Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e
democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e
especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma
fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opere por
questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o espaço-temporal e
sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.
Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a
Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Em vista disso, o trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e
seus conteúdos específicos se dará por meio da sensibilização, da problematização,
da investigação filosófica e da criação/recriação de conceitos.
O estudo da Filosofia poderá iniciar-se com a exibição de um filme ou de
uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma
música, dinâmica reflexiva, entre outras possibilidades, com o objetivo de instigar e
motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a
ser desenvolvido.
Após essa sensibilização inicia-se a problematização, a criação de conceitos,
a partir de discussões sobre o conteúdo, confrontando-os com a história da Filosofia.
Assim, é importante que durante a busca de resolução do problema haja
preocupação com a análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea
numa perspectiva de quem dialoga com a vida, formulando seus conceitos e
construindo seu discurso filosófico, procurando entender e analisar filosoficamente o
problema em questão nos diferentes tempos.
Desta forma, é imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por
atividades investigativas individuais e coletivas que organize e oriente o debate
filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo. Investigar é exercitar o
pensamento de forma metódica, buscando elementos, informações, conhecimentos
para discutir o problema posto. A investigação deverá ocorrer à História da Filosofia
e aos clássicos, seus problemas e possíveis soluções sem perder de vista a
realidade onde o problema está inserido.
Criação/recriação de conceito é o processo pelo qual o estudante se
apropria, pensa e repensa os conceitos problematizados e investigados da tradição
filosófica. Assim sendo, espera-se que o estudante possa argumentar de forma
verbal e escrita, utilizando os conceitos apropriados de forma lógica coerente e
original (criação de conceitos).
A disciplina de Filosofia Contemplará em sua metodologia de trabalho a
legislação vigente/Desafios Educacionais Contemporâneos: Lei 11645/08 – História
e cultura dos povos indígenas; Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana; Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Sendo a Filosofia concebida como prática , como discussão com o outro e
construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento
filosófico.
Será levado em conta a atividade com conceitos, a capacidade de construir
e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
Será avaliada a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e
criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
- qual o discurso trabalhado;
- qual o conceito trabalhado;
- qual o discurso tem após
- qual conceito trabalhou.
Sendo assim inicia-se como mobilização para o conhecimento, por meio da
análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o
estudo. Com isso, é possível entender a avaliação como um processo.
Para que o aluno tenha um melhor desempenho no processo de
aprendizagem, serão utilizados vários instrumentos avaliativos, conforme descrito no
Regimento Escolar do estabelecimento de ensino, a fim de que se possa
diagnosticar o nível de conhecimento e oferecer parâmetros necessários para a
retomada dos conteúdos quando se perceber a necessidade. Dentre os
instrumentos seguem: seminário; atividades escritas ( provas dissertativas, provas
objetivas, dissertações, sínteses ) atividades escritas ( debates e palestras );
pesquisas ( de campo, bibliográfica ); trabalho em grupo e / ou individual.
Os critérios nos dão o rumo certo de uma avaliação eficaz. Portanto, eles
serão estabelecidos conforme o tipo de instrumento avaliativo utilizado para atingir
os objetivos dos conteúdos trabalhados.
Em cada momento da avaliação, será levado em conta a capacidade do
aluno quanto: a criticidade, argumentação, interpretação, desempenho da
aprendizagem, compreensão dos conteúdos em questão e a construção de novos
conceitos a partir dos temas estudados
Na disciplina de Filosofia, o processo avaliativo será bimestral composto
pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero), sendo no mínimo duas atividades
diversificadas, utilizando-se de instrumentos diversificados, mais a nota 5,0 (cinco
vírgula zero) proveniente de uma prova escrita, totalizando nota final 10,0 (dez
vírgula zero).
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos, assim a recuperação de estudos na
disciplina de Filosofia ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a
partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação; com a reavaliação
do conteúdo já ¨reexplicado¨ em sala de aula.
A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e concomitante
ao processo ensino aprendizagem e será organizada com atividades significativas ,
por meio de procedimentos didáticos – metodológicos diversificados, não devendo
incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
5 REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares da Educação Filosofia para a Educação Básica, Curitiba
,2008.
PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Tancredo Neves - Ensino
Fundamental e Médio. Marilândia do Sul , 2007.
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Tancredo neves – Ensino Fundamental
e Médio, setembro de 2008.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL. E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA ENSINO MÉDIO
PROFESSORA:
MARILANDIA DO SUL
2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física representa uma produção cultural, construída na e pelas relações
sociais.
Apresenta-se como um campo estruturado de conhecimentos que permite a
compreensão dos fenômenos físicos que cercam o nosso mundo macroscópico e
microscópico. O universo como objeto de estudo da Física: sua evolução, suas
transformações e as interações que se apresentam.
Suas características devem permitir a formação de sujeitos que sejam
capazes de refletir, criticar e influenciar de forma consciente nas tomadas de
decisões, não se tornando alheiros às questões relativas à ciência e à tecnologia.
Assim, a Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção
e socialmente reconhecidos.
Desta forma, esta proposta busca construir um Ensino de Física centrado
em conteúdos e metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre
o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura
racionalidade científica, compartilhando com mais pessoas, através de debates, a
força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos.
Nesse sentido, o ensino/aprendizagem da Física deve estar voltado à
formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da
natureza, das produções e das relações humanas.
Dessa forma, o ensino da disciplina de Física possui o objetivo de
desenvolver meios para interpretar fatos naturais, para compreender procedimentos
e equipamentos do cotidiano social e profissional, proporcionando o entendimento
histórico da vida social e produtiva, levando à formação de sujeitos que sejam
capazes de compreender o universo, a sua evolução, suas transformações e as
interações que nele se apresentam e a se apropriar do conhecimento físico, dando
ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo
matemático.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos estruturantes indicam campos de estudo de Física que, a
partir de desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de
estudo da disciplina em toda sua complexidade: o universo, sua evolução, suas
transformações e as interações que nele se apresentam.
2.1 – MOVIMENTO
No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as idéias de
conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e
leis de conservação , em particular da Lei da Conservação da Energia, desenvolvida
nos estudos da termodinâmica , no século XIX, e considerada uma das mais
importantes leis da Física.
2.2 – TERMODINÂMICA
No campo da Termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a
partir das Leis da Termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura,
calor e as primeiras formulações da conservação de energia, sobretudo os trabalhos
de Mayer , Helmholtz, Maxwell e Gibbis.
2.3 – ELETROMAGNETISMO
Estudar o eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o
que pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas,
ao estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no
tempo leva a idéia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz
campo magnético, o que leva às equações de Maxwell.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
- Momentum e inércia
Movimento
Conservação de quantidade de movimento
(momentum)
- Variação da quantidade de movimento
- 2ª Lei de Newton
- 3ª Lei de Newton e Condições de
equilíbrio
Energia e o princípio da conservação da
energia
Gravitação
Termodinâmica
Energia e o princípio da conservação da
energia
Gravitação
Lei da Termodinâmica:
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas
Força eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para
eletrostática / Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de
Faraday A natureza da luz e suas
propriedades
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino e aprendizagem em Física devem partir do conhecimento prévio
dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções
espontâneas, sobre as quais a ciência tem um conceito científico.
Sabemos hoje que o estudante constrói ativamente seu conhecimento a
partir de um saber prévio que ele traz para a escola. Por isso, o que ele sabe
inicialmente é de importância fundamental para a aprendizagem de novos conceitos.
Podemos dizer, então, que o aluno já construiu uma concepção
espontânea, aquela que o estudante adquire no seu dia-a-dia, na interação com os
diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola, se fazem
presentes no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem.
A partir da concepção espontânea a escola passa a lidar com o
conhecimento científico historicamente produzido com a finalidade de levar o
estudante a elaborar a sua concepção científica, que envolve um saber
historicamente construído e sistematizado.
A fusão dessas concepções, mediadas pelos professor num processo
organizado e sistematizado, compartilham significados na busca da aprendizagem
que acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento prévio
do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e
enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substituí-lo.
Para isso, será considerada a importância da experimentação para uma
melhor compreensão dos fenômenos físicos, tendo como ponto de partida as ideias
espontâneas dos alunos, e assim relacionar teoria e prática, através de experiências
realizadas, levando assim a interação entre os estudantes e entre eles e o professor.
Outros recursos utilizados serão: relatório a partir de dados coletados; uso de
gráficos, tabelas. Também será utilizado o laboratório para a realização dos
experimentos.
Dessa maneira serão trabalhados os conteúdos de Física de forma a
facilitar o processo de aprendizagem, selecionando experiências apropriadas,
encorajando-os ao debate, estimulando o estudante a apresentar seus pontos de
vista, expondo temas selecionados, informando, apontando relações, questionando
a classe com perguntas e problemas desafiadores, fitas de vídeo, DVD, TV Pendrive
laboratório de informática, pesquisas, entrevistas, jogos e atividades
interdisciplinares desenvolvidas através de projetos.
Todos esses procedimentos metodológicos e outros que possam surgir no
decorrer do ano letivo visam contribuir para desenvolver nos nossos alunos uma
consciência crítica, reflexiva e ativa, promovendo o respeito mútuo, o respeito ao
outro e a possibilidade de falarmos sobre nossas diferenças sem medo, sem receio
e sem preconceito.
A disciplina de Física Contemplará em sua metodologia de trabalho a
legislação vigente/Desafios Educacionais Contemporâneos: Lei 11645/08 – História
e cultura dos povos indígenas; Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana; Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
Ao longo do processo avaliativo, buscar-se-á considerar o progresso dos
estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das
ideias em Física e a não neutralidade da ciência.
O processo de aprendizagem será avaliado como um todo, não só para
verificar a apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, encontrar subsídios
para intervir.
Dessa forma, a avaliação deverá considerar todos os aspectos: a
compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja ele
literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a
capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer evento que
envolva a Física.
No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos
com uma nota, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim auxiliá-
lo na aprendizagem. Logo, a avaliação será utilizada como instrumento para intervir
no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
A avaliação será contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados.
A avaliação terá os registros de notas expressos em escalas d zero (0) a
10,0 (dez).
O sistema de avaliação adotado é bimestral e será composto pela
somatória da nota 5,0, referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0
proveniente a uma prova escrita, totalizando nota final 10,0.
Quanto a recuperação de estudos , esta é direito dos alunos
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A
recuperação de estudos ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a
partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação
do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre
cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da
recuperação de estudos será proporcional às avaliações como um todo, ou seja,
equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos. Os estudos de
Recuperação não poderão ser considerados como um adendo à nota.
5 REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino
Fundamental e Médio, 2007
REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino Fundamental
e Médio, 2008
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
PROFESSOR:
Marilândia do Sul 2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A análise acerca do ensino de Geografia começa pela compreensão do seu
objeto de estudo. Muitos foram os objetos da Geografia antes de ter algum
consenso, sempre relativo, em torno da ideia de que o espaço geográfico é o foco
da análise. Entretanto, a expressão espaço geográfico, bem como os conceitos
básicos da geografia- lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade , não
se auto-explicam. Ao contrário, são termos que exigem esclarecimentos, pois a
depender do fundamento teórico a que se vinculam, refletem posições filosóficas e
políticas distintas.
No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos
básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes
correntes de pensamentos se especializaram, percorreram caminhos e métodos de
pesquisas diferentes, de modo que evidenciaram e, em alguns momentos,
aprofundaram a dicotomia Física e Geografia Humana.
O objeto aqui – espaço geográfico é entendido como independentemente
do sujeito que o constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do
conhecimento nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre
eles, entendendo-os como dois polos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito
torna-se presente no discurso geográfico ( SILVA, 1995 ).
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações
socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro
conceitual das abordagens críticas dessa disciplina , que propõem a análise dos
conflitos e contradições sociais , econômicas, culturais e políticas, constitutivas de
um determinado espaço.
Sobre a teoria do ensino da Geografia, destaca-se a relevância dessa
discussão para que a disciplina cumpra sua função na escola: desenvolver o
raciocínio geográfico e despertar uma consciência espacial.
2 CONTÉUDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Considerando que o objeto de estudo/ensino da geografia é o espaço
geográfico, serão apontados os Conteúdos Estruturantes, que são os
conhecimentos de grande amplitude que identificam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo e ensino. São nesse caso, dimensões geográficas da realidade a partir das
quais os conteúdos específicos devem ser abordados.
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens
naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos de população.
A mobilidade populacional e as
manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfico
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro
A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologia de
exploração e produção
As diversas regionalizações do espaço
brasileiro
as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural
A evolução demográfica da população,
sua distribuição espacial e indicadores
estatísticos
Movimentos migratórios e suas
motivações
O espaço rural e a modernização da
agricultura
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a re(organização) do espaço
geográfico
A circulação de mão-de-obra, das
mercadorias e das informações
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfico
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração dos territórios do
continente americano
A nova ordem mundial,os territórios
supranacionais e o papel do Estado
O comércio em suas implicações
socioespaciais
A circulação da mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das
informações
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico
As relações entre o campo e a cidade
na sociedade capitalista
O espaço rural e a modernização da
agricultura
A evolução demográfica da população,
sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos
Os movimentos migratórios e suas
motivações
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural
Formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais
9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfico
Dimensão cultural e
demográfico do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado
A revolução técno-científico-informacional e os
novos arranjos no espaço da produção
O comércio mundial e as implicações
socioespaciais
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios
A evolução demográfica da população, sua
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural
Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re)organização
do espaço geográfico
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territorial
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfico
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
A formação e transformação das
paisagens
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais
A revolução técnico-cientifica-
informacional e os novos arranjos no
espaço da produção
O espaço rural e a modernização da
agricultura
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na atual
configuração territorial
A circulação de mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das
informações
Formação, mobilidade das fronteiras e
a reconfiguração dos territórios
As relações entre o campo e a cidade
na sociedade capitalista
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente
A evolução demográfica, a distribuição
espacial da população e os
indicadores estatísticos
Os movimentos migratórios e suas
motivações
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural
o comércio e as implicações
socioespaciais
As diversas regionalizações do espaço
geográfico
As implicações socioespaciais do
processo de mundialização
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos geográficos serão trabalhados de uma forma crítica e
dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos propostos.
Para isso, algumas práticas de ensino são consideradas fundamentais para
o trabalho pedagógico que deverão desenvolver habilidades de elaborar a síntese
de espaço e uma visão crítica de suas formas de representação.
Entre os recursos e instrumentos metodológicos a serem utilizados para
valorizar e conhecer conteúdos específicos de Geografia serão as pesquisas em
jornais, revistas, livros, etc., o patrimônio sociocultural e respeitar e sociodiversidade,
reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e como fortalecimento da
democracia.
Um rico encaminhamento metodólogico para o estudante será o de
aprender a observar diferentes paisagens a partir de imagens e da observação
indireta, através de fotografias, leituras e confecção de mapas e cartas cartográficas.
Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações) serão utilizados para a problematização dos
conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos
teórico-conceituais. Portanto, serão basilares para pesquisas, leituras, debates,
entre outros procedimentos pedagógicos, passíveis de interpretação,
problematização e análises crítico.
Para isso na metodologia da disciplina de Geografia serão contempladas
algumas questões que norteiam o pensamento geográfico: Onde? Quando? Por
que aqui e não em outro lugar? Como é esse lugar? Por que esse lugar é assim?
Por que as coisas estão dispostas desta maneira? Qual o significado desta
disposição espacial?
A disciplina também trabalhará de forma articulada aos conteúdos os
Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura dos Povos Indígenas;
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Política Nacional de Educação
Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de drogas. Ainda contemplará a
Legislação vigente, Lei 11645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas; Lei
10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Lei 975/99 – Política
Nacional de Educação Ambiental.
4 AVALIAÇÃO
A lei de Diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN ) determina que a
avaliação do processo de ensino – aprendizagem seja formativa, diagnóstica e
processual.
Dessa forma considerando que a avaliação é parte do processo de ensino-
aprendizagem,ela deverá servir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos
alunos, mas também o trabalho pedagógico do professor.
Na disciplina de Geografia, as atividades avaliativas desenvolvidas ao
longo do ano letivo deverão possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e
posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais. Por isso, o processo
de avaliação considerará na mudança de pensamento, e atitude do aluno, alguns
elementos que demonstram o êxito do processo ensino aprendizagem, os quais: a
aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos.
Para isso, destacam-se como principais critérios de avaliação em Geografia
a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações
socioespaciais para a compreensão e intervenção na realidade. Assim, será
observado se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as
relações espaço- temporal e Sociedade – Natureza para compreender o espaço nas
diversas escalas geográficas.
Será necessário, então para atender a esses critérios, diversificar as
técnicas e os instrumentos de avaliação que possibilitem várias formas de expressão
de conhecimento dos alunos dos quais:
- interpretação e produção de textos de Geografia;
- interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e, mapas;
- pesquisas bibliográficas
- relatórios de aula de campo;
- apresentação e discussão de temas em seminários;
- construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
- pesquisa de campo
- seminários
- debates
- provas
O registro do processo avaliativo será bimestral composto pela somatória
da nota 5,0 (cinco) sendo no mínimo duas atividades diversificadas, utilizando-se de
instrumentos diversificados, mais a nota 5,0 (cinco) proveniente avaliações (no
mínimo duas) escrita, totalizando nota final 10,0 (dez).
Quanto à recuperação de estudos, esta é um direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e
acontecerá de formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido
pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo.
Esta recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, e será organizada com
atividades significativas por meio de procedimentos didáticos- pedagógicos
diversificados, sobre os conteúdos não apropriados.
5 BIBLIOGRAFIA
Geografia / vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 280 p.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Caderno Temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba:
SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2007 – Colégio Estadual Tancredo Neves –
Ensino Fundamental e Médio
REGIMENTO ESCOLAR - 2008 – Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino
Fundamental e Médio
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Professor :
2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Na concepção de História que será explicitada nesta proposta curricular,
as verdades prontas e definitivas não tem lugar, porque o trabalho pedagógico
pressupõe diálogo com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História
marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.
Do mesmo modo , recusam-se as produções historiográficas que afirmam
não existir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas
igualmente válidas. Destaca-se que os consensos mínimos construídos no debate
entre vertentes teóricas não expressam meras opiniões, mas implicam fundamentos
do conhecimento histórico que se tornam referencias nesta proposta.
A disciplina de História tem como objeto de estudo os processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como
a respectiva significação atribuída pelos sujeitos , tendo ou não consciência dessas
ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,
representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas
fundamentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações
históricas. Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as
necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de
futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento
histórico a partir da produção do conhecimento. Esse conhecimento é provisório,
configurado pela consciência histórica dos sujeitos.
O que se espera com o ensino de História é contribuir para a formação da
consciência histórica nos alunos a partir de uma racionalidade histórica não- linear e
multitemporal. E para que esse objetivo ligado a aprendizagem histórica sela
alcançado, sob a exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História ,
serão considerados na abordagem dos conteúdos temáticos: múltiplos recortes
temporais; diferentes conceitos de documento; múltiplos sujeitos e suas experiências
, numa perspectiva de diversidade; formas de problematização em relação ao
passado; condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar
historicamente , superação da ideia de História como verdade absoluta por meio da
percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
2. 1 Relações de Trabalho
Pelo Trabalho expressam-se as relações que os seres humanos
estabelecem entre si e com a natureza, seja no que se refere a produção, material
como à produção simbólica.
As relações de trabalho permitem diversas formas de organização social. No
mundo capitalista, o trabalho assumiu historicamente um estatuto muito específico,
qual seja, do emprego assalariado. Para entender como se formou este modelo e
seus desdobramentos, faz-se necessário analisar alguns aspectos da Relações de
Trabalho.
2.2 Relações de Poder
O poder não apresenta forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta
como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que exerce e aquele
que se submete, portanto, o que existe são as relações de poder.
O estudo das relações de poder geralmente remete à ideia de poder político.
Entretanto, elas não se limitam somente ao âmbito político, mas também nas
relações de trabalho e cultura.
2.3 Relações Culturais
Ao se propor as relações culturais como um dos Conteúdos Estruturantes
para o estudo da História, entende-se a cultura como aquela que permite conhecer
os conjuntos de significados que os homens conferiram a sua realidade para explicar
o mundo.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constituído nesta relação
pode ser chamado de cultura comum.
6º Ano : Os diferentes sujeitos , suas culturas, suas histórias
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no
tempo.
7º Ano: A constituição do mundo rural e urbano e a formação da propriedade
em diferentes tempos e espaço.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do
campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural
campo/cidade.
8º Ano: O mundo do trabalho e os movimentos de resistência
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
História das relações da humanidade com
o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da
modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de
direito.
9º Ano: Relações de dominação e resistência: A formação do Estado e das
instituições sociais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeito, Guerras e revoluções.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 1 :
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o
Trabalho Livre.
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 2 :
Urbanização e industrialização
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 3:
O Estado e as relações de Poder
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 4:
Os sujeitos , as revoltas e as guerras
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 5:
Movimentos sociais, políticos e culturais e as
guerras e revoluções
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 6:
Cultura e religiosidade
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nos anos finais do Ensino Fundamental, propõe-se que os conteúdos
temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e
comparações coma história mundial. Para o Ensino Médio, propõe-se um ensino por
temas históricos, ou seja, os conteúdos (básicos e específicos) terão como
finalidade a discussão e a busca de solução para um tema / problema previamente
proposto.
Espera-se que ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não
existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir de
evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes
diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização
social, política e cultural em cada momento histórico.
Assim sendo, para que o aluno compreenda como se dá a construção
do conhecimento histórico, o trabalho pedagógico será organizado por meio : do
trabalho com vestígios e fontes históricas diversos; da fundamentação na
historiografia e da problematização do conteúdo .
Para se trabalhar com os vestígios na aula de História, além dos
documentos escritos, o trabalho acontecerá com os iconográficos, os registros orais,
os testemunhos de história local e os documentos contemporâneos como: fotografia,
cinema, quadrinhos, literatura e informática. Quanto à identificação do documento,
será observado sua origem, natureza, autor ou autores, dotação e pontos
importantes do mesmo.
Sobre o ensino fundamentado na historiografia, o trabalho fará com que
os alunos busquem conteúdos diversos dos apresentados nos livros didáticos. Para
tanto, os estudos na biblioteca é fundamental, para que os alunos conheçam as
produções historiográficas.
Quanto a problematização dos conteúdos, esta significa problematizar o
conhecimento histórico , construindo um diálogo entre o presente e o passado,
ressaltando uma abordagem que permite aos alunos levantar hipóteses dos
conteúdos , focando questões como: ¨ por quê?, quando?, como? o quê ?¨.
O ensino de História, requer muitas pesquisas de campo e bibliográfica,
leituras de textos e de imagem, e momentos para discussão dos temas abordados.
Logo as imagens, livros didáticos e outros, histórias em quadrinho, fotografias,
pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, serão apoios pedagógicos na
elaboração de biografias, na confecção de dossiês, representação de danças
folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que estejam ao alcance do aluno,
com a descrição de cada objeto exposto e o contexto em que foram produzidos, de
modo a estabelecer relações entre as fontes.
A disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03 referente à
História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e Cultura dos
Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental. Também
incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à
Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
4. AVALIAÇÃO
De acordo com a LDB nº 9394/96, art. 24, inciso V a avaliação é contínua
e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais.
Assim, a avaliação em História supera o papel de mero instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir
da própria produção de modo que leva em conta a sistematização dos
conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.
A avaliação do ensino de História, nesta proposta, considerará três
aspectos importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos
conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos, pois devem ser entendidos
como complementares e indissociáveis, possibilitando a utilização de diferentes
instrumentos avaliativos como: leitura, interpretação e análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas,
pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de
seminários, provas, debates, relatório, entre outras.
Os critérios de avaliação precisam estar em sintonia ao que se pretende
com cada conteúdo sendo que os alunos deverão: para os textos:
- identificar o tema, tipo de texto, a data de publicação, a época de
produção, o autor e o contexto em que foi produzido;
- sublinhar as palavras e expressões-chave, resgatar e reagrupar as ideias
principais e os temas secundários, e buscar o ponto de vista do autor;
- compreender o sentido das palavras e expressões e esclarecer as
alusões contidas no texto;
- analisar a perspectiva do texto, comparar a outros fatos e pontos de vista
e verificar em que medida o texto permite o conhecimento do passado.
Para Imagens:
- identificar o tema, a natureza da imagem, a data, o autor, a função da
imagem e o contexto;
- observar a construção da imagem - o enquadramento, o ponto de vista,
os planos. Distinguir os personagens, os lugares e outros elementos contidos na
imagem;
- explicitar a atuação do autor de acordo com o suporte e contexto da
produção de imagem;
- compreender a perspectivo da imagem, o valor do testemunho sobre a
época e os símbolos apresentados.
Deseja-se ainda que ao final do trabalho na disciplina de História, os
alunos tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer
criticamente as relações de poder neles existentes, bem como, intervirem no mundo
histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria história.
O sistema de avaliação adotado é bimestral e será composto pela
somatória da nota 5,0, referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0
proveniente a uma prova escrita, totalizando nota final 10,0.
Quanto a recuperação de estudos, esta é direito dos alunos
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A
recuperação de estudos ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a
partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação
do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre
cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
O peso da recuperação de estudos será proporcional às avaliações como
um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos.
Os estudos de Recuperação não poderão ser considerados como um adendo à
nota.
5 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de História para a educação básica. Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Tancredo Neves- EFEM ,
2007
REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Tancredo Neves- EFEM , 2008.
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
Professor:
2014
1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa é constituída por uma realidade social e histórica,
uma atividade inter-humana que garante a todos o domínio da leitura, da escrita, da
fala, em situações formais e a compreensão da realidade social. Mas somente nas
últimas décadas do século XIX é que ela passou a integrar os currículos escolares,
como disciplina.
Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de
ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a uma
escolarização mais prolongada e esse caráter elitista continuou até meados do
século XX.
O estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das
disciplinas Gramática, Retórica e Poética (abrangendo literatura) e, por decreto
imperial, em 1871, foi criado, no Brasil o cargo de Professor de Português.
Com a lei 5692/71 o ensino da disciplina de Português esteve voltado à
qualificação para o trabalho e atuou sob uma pedagogia tecnicista pautada nas
teorias da Comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do que com o
aprimoramento das capacidades linguísticas do falante e denominou-se de
Comunicação e Expressão e Comunicação em Língua Portuguesa. De 70 a meados
dos anos 80 o ensino priorizava os exercícios estruturais, técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura.
No Brasil, a partir dos anos 80 o ensino ganha causa nova com os
paradigmas que envolviam questões de uso, contextuais, que valorizavam o texto
como unidade fundamental de análise, contribuição dada pelos pensadores que
integraram o Círculo de Bakhtin, e com eles, o avanço dos estudos em torno da
natureza sociológica da linguagem, ou seja, a língua configura um espaço de
interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação.
Atualmente, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar
os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, com a finalidade de levá-los
a compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com
esses discursos.
A disciplina de Língua portuguesa tem como objetivos:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,
o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura,
a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
Propiciar o contato com a cultura africana e afro-descendente ressaltando a
contribuição dada à nação brasileira.
Perceber a importância da Educação do Campo na construção da identidade
dos alunos-sujeitos, no sentido da valorização do seu trabalho, de sua
história, de seu jeito de ser, dos conhecimentos, da sua relação com a
natureza e como ser da natureza.
2 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a
Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso,
concebido como prática social, desdobrando-se em três práticas: oralidade, leitura e
escrita, bem como a análise linguística que estará presente nas três práticas de
modo a contribuir com o aprimoramento da competência linguística dos estudantes.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE /BÁSICOS
Conteúdo Estruturante : Discurso como prática social
Conteúdos Básicos
GÊNEROS TEXTUAIS 6º Ano
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,
LEITURA E ORALIDADE, ANÁLISE
LINGUÍSTICA
Advinhas
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de roda
Cartão
Convites
Aviso
Biografias
Autobiografias
Contos de fadas
Tirinhas
Lendas
Cartazes
Músicas
Piadas
Quadrinhas
Receitas
Trava-línguas
Poemas
Tema do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumento do texto;
Elementos extralingüísticos:
entonação , pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do
gênero;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafos;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Cartum
Tiras
Classificados
Regras de jogo
Rótulos/embalagens
Fábulas
História em quadrinho
Narrativa de enigmas
Marcas lingüísticas:coesão,
coerência , gírias, repetição,
recursos semânticos, função das
classes gramaticais , pontuação,
recursos gráficos( aspas, travessão,
negrito ) , figuras de linguagem.
GÊNEROS TEXTUAIS 7º Ano
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,
LEITURA E ORALIDADE, ANÁLISE
LINGUÍSTICA
Narrativa de
aventura/fantásticas/míticas
Narrativas de humos
Crônica de ficção
Fábulas
Músicas/letras de música
Paródias
Lendas
Diário
Exposição oral
Debate
Causos
Comunicado
Provérbios
Notícia
Reportagem
Horóscopo
Manchete
Classificados
Fotos
Tema do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Intertextualidade;
Ambiguidade;
Informações explícitas e implícitas;
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do
gênero;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variação linguística;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafos;
Processo de formação de palavras;
Placas
Pinturas
Propagandas/slogan
Histórias em quadrinhos
Bulas
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Marcas linguísticas; coesão,
coerência, repetição, gírias, recursos
semânticos, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos
gráficos ( aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Semântica.
GÊNEROS TEXTUAIS 8º Ano
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,
LEITURA E ORALIDADE, ANÁLISE
LINGUÍSTICA
Contos populares
Contos
Memórias
Resumo
Debate
Palestras
Pesquisa
Relatório
Exposição oral
Mesa redonda
Abaixo – assinado
Entrevista ( oral e escrita )
Seminário
Carta ao leitor
Depoimento
Artigo de opinião
Cartum
Charge
Classificados
conteúdo temático;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Ambiguidade;
Informações explícitas e implícitas;
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do
gênero;
Relação de causa e consequência
entre outras partes e elementos do
texto;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Anúncios
Crônica jornalística
Diálogo/discussão
argumentativa
Cartazes
Comercial para TV
Filmes
Resenha crítica
Sinopses de filmes
Vídeo clip
Blog
Chat
fotoblog
Variação linguística;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafos;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Marcas linguísticas; coesão,
coerência, repetição, gírias, recursos
semânticos, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos
gráficos ( aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Semântica;
Papel sintático e estilístico dos
pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
Semântica.
- operadores;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- significado das palavras;
- expressões que denotam ironia e
humor no texto.
GÊNEROS TEXTUAIS 9º Ano
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,
LEITURA E ORALIDADE, ANÁLISE
LINGUÍSTICA
Crônicas de ficção
Literatura de cordel
Memórias
Pinturas
Romances
Poesias
Músicas
Resumo
Paródias
Relatório
Cartazes
Resenha
Seminário
Texto de opinião
Diálogo/discussão
argumentativa
Carta ao leitor
Editorial
Entrevista
Notícia/reportagem
E- mail
Carta de reclamação
Carta de solicitação
Depoimentos
Ofício
Procuração
Leis
Requerimento
Telejornal
Telenovela
Teatro
Conteúdo temático;
Papel do locutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Argumentos do texto;
Conteúdo de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do
gênero;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero ;
Turnos da fala;
Variações linguísticas ( lexicais,
semânticas, prosódias entre outras );
Relação de causa e consequência
entre partes e elementos do texto;
Progressão referencial do texto;
Divisão do texto em parágrafos;
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortográfica;
Concordância verbal/nominal;
Sintaxe de regência;
Marcas linguísticas: coesão,
coerência. Gírias, repetição,
recursos semânticas, função das
classes gramaticais, pontuação,
recursos semânticos, função das
classes gramaticais, pontuação,
recursos gráficos (aspas, travessão,
negrito) , figuras de linguagem.
Semântica
- operadores argumentativos;
- modaliozadores;
- polissemia
Adequação da fala ao contexto (uso
de gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito
ENSINO MÉDIO
GÊNEROS TEXTUAIS SEREM
TRABALHADOS NO ENSINO MÉDIO
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,
LEITURA E ORALIDADE, ANÁLISE
LINGUÍSTICA
Contos
Crônicas
Contos de fada contemporâneo
Textos dramáticos
Narrativas em geral
Romance
Sinopses de filmes
Charge
Cartum
Tiras
Conteúdo temático;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Referencia textual;
Argumentos do texto;
Conteúdo de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Novela fantástica
Poemas
Fábulas
Textos argumentativos
Diários
Testemunhos
Biografia
Artigos de opinião
Carta de leitor
Carta ao leitor
Reportagem/notícia
Manchete
Editorial
Letras de música
Paródia
Propaganda/slogan
Carta de emprego
Carta de reclamação
Carta de solicitação
Curriculum vitae
Resumo
Resenha
Relatório científico
Debate regrado
Diálogo/discussão
argumentativa
Júri simulado
Telejornal
Teatro
Blog
Chat
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, expressões
faciais, corporal e gestual, entre
outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do
gênero;
Contexto de produção do texto
literário;
Progressão referencial;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais,
semânticas, prosódias, entre outras)
Relação de causa e consequência
entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial do texto;
Divisão do texto em parágrafo;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Sintaxe de regência ;
Marcas linguísticas: coesão
coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos, função das classes
gramaticais no texto, conectores,
pontuação, recursos gráficos ( como
aspas, travessão, negrito ) , figuras
de linguagem.;
Fotoblog
Vídeo Clip
- operadores argumentativos ;
- modalizadores;
- polissemia
Semântica
- operadores argumentativos ;
- modalizadores;
- polissemia
Adequação da fala ao contexto (uso
de gírias, repetições, conectivos,
etc.) ;
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito;
Elementos semânticos.
3 . METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os procedimentos didáticos têm como objetivo levar os alunos a pensarem
sobre a língua para poderem compreendê-la e utilizá-la adequadamente.
Na disciplina de Língua Portuguesa assume-se a concepção de linguagem
como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o
Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso
como prática social.
A ação pedagógica dessa proposta também abrangerá, em cumprimento à
Lei nº 10639, de 09/01/2003, o conteúdo referente à cultura afro-brasileira e africana,
assim como contemplará a educação do campo atendendo à necessidade dos alunos
que vivem na zona rural.
Prática da Oralidade
Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, o trabalho
com a oralidade precisa pautar-se em situações reais de uso da fala, valorizando-se
a produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do
processo comunicativo. Para o tratamento à oralidade na escola, precisam ser
desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento das
habilidades de falar e ouvir, tais como:
apresentação de temas variados: história de outras culturas (Cultura Afro-
Brasileira), histórias de família, da comunidade, um filme, um livro, etc.;
depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou
pessoas de seu convívio;
uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar
resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, etc.;
confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
relato de acontecimentos mantendo-se a unidade temática;
debates, seminários, júri-simulado e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para
serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas,
hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade
do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos, etc.;
Prática da Leitura
Na concepção interacionista de linguagem, a leitura é entendida como um
processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou
relações dialógicas que acontecem entre dois sujeitos – o autor do texto e o leitor.
Algumas estratégias podem favorecer, na escola, o envolvimento com a
leitura, como: cercar os alunos de livros que possam ser folheados, selecionados e
levados para casa; propiciar um ambiente iluminado e atrativo; organizar cartazes;
produzir, com os alunos, um quadro de avisos sobre o prazer de ler, ilustrado com
seus temas preferidos; leitura oral, de poemas e histórias preferidas; comentários
sobre livros lidos pelo professor e alunos; trazer convidados para ler e comentar sua
história de leitura com a classe; dramatizar textos lidos (incluindo textos de Cultura
Afro-Brasileira); discutir, antes da leitura, o título e as ilustrações da história;
encontrar músicas apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que
alunos exponham suas idéias, opiniões e experiências de leitura; organizar um clube
do livro para que os alunos se reúnam para fazer leituras; escolher o autor do mês
ou do bimestre e trabalhar a leitura de suas obras.
Prática da Escrita
A escrita será pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que
aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática
textual. E para isso é preciso despertar nos alunos a motivação pelo ato de escrever,
para que eles se envolvam com os textos que produzem, assumindo de fato a
autoria do que escrevem.
O trabalho com a escrita acontece em vários momentos: o da motivação
para a produção do texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo o
processo de produção; e, finalmente, o da revisão, reestruturação e reescrita do
texto, que acaba se constituindo, também, em um produtivo momento de reflexão.
Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem
ser trabalhados, dentre outros, relatos (histórias de vida); bilhetes, cartas, cartazes,
avisos (textos pragmáticos); poemas, contos e crônicas (textos literários); notícias,
editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa); relatórios, resumos de
artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica). Assim, essa
prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a
prática da leitura.
Análise Linguística
O objetivo dessa proposta é formar usuários competentes da língua que,
através da fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e
flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso.
Sabe-se que quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes
tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o
uso da norma padrão. Vale lembrar que um texto se faz a partir de elementos como
organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros.
Considerando-se a interlocução como ponto de partida para todo o trabalho
com o texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus
aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a
importância de se considerar não só a gramática normativa, mas também outras,
como a descritiva e a internalizada no processo de ensino de Língua Portuguesa.
Literatura Infanto-juvenil
O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba
seu papel na interação com o texto.
4 AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Quanto à avaliação é imprescindível que ela seja contínua e priorize a
qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo
do ano letivo. A Lei 9394/96 (LDBEN) dá destaque à chamada avaliação formativa,
vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como um grande avanço
em relação à avaliação tradicional (somativa ou classificatória).
Não há dúvida de que a avaliação formativa é o melhor caminho para
garantir a aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera
que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser
contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando assim que a
intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra
ao expor suas ideias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a argumentação
que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua
capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Quanto à leitura, a avaliação dar-se-á através de questões abertas nas
discussões, debates e outras atividades que permitam ao professor avaliar as
estratégias que foram empregadas por eles no decorrer da leitura, a compreensão
do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão
que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à prática da escrita, os textos dos alunos serão vistos como
uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. Portanto, como é
no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos – discursivos,
textuais, ortográficos e gramaticais – os elementos linguísticos utilizados nas
produções dos alunos serão avaliados numa prática reflexiva e contextualizada, que
possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto, pois uma
vez entendidos, eles poderão utilizá-los em outras operações linguísticas
(reestrutura de texto, inclusive).
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados
continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e
refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua que os alunos,
gradativamente, chegarão à almejada proficiência em leitura e escrita, ao
letramento.
Quanto a recuperação de estudos , esta é direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos na disciplina de Língua Portuguesa ocorrerá de
duas formas:
- com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação;
- com a recuperação do conteúdo já re-explicado em sala de aula.
A recuperação de estudos dar – se á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem e será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimentos didático- metodológicos diversificados, não devendo
incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
5 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba,
2008
SOUZA, Cassia Garcia de; CAVÉQUIA, Marcia Paganini. Linguagem, criação e
interação. Livro didático. São Paulo: Saraiva, 2004.
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Professores:
2014
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sabemos que a Matemática está presente na vida cotidiana do cidadão, por
vezes de forma explícita, por vezes de forma sutil.
Uma das competências, que a ação escolar deve desenvolver é a da
sistematização necessária para viabilizar a apropriação do conhecimento pelo aluno,
tornando-o consciente de seu papel no processo social, garantindo-lhe condições
para o exercício da cidadania.
Entretanto, pesquisadores têm defendido que é imprescindível ao professor
conhecer a matéria a ser estudada e as estruturas conceituais da disciplina,
articulando-as à aprendizagem do aluno e o modo de ensinar o conhecimento
matemático.
Sabe-se que são muitas as maneiras do conhecimento matemático ser
veiculado em sala de aula e que cada uma delas leva a certa perspectiva de ensino
aprendizagem da matemática. A história da constituição do conhecimento
matemático se desenvolve juntamente com a história da própria humanidade.
Devemos compreender a matemática como produto cultural e social, que assume
diferentes visões conforme a época e o contexto.
As discussões entre os estudiosos matemáticos do início do século XX
procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente
daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos
pautados no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino
baseado nas explorações indutivas e intuitivas , o que configurou o campo de estudo
da Educação Matemática ( SCHUBRNG, 2003 ).
Embora as discussões sobre a Educação matemática remontem ao final do
século XIX e início do século XX no Brasil, as produções nesta área começaram a
se multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais
precisamente a partir da década de 1970.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que
apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO,
2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre
os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),
e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e
se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de
modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.
Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos
que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação
crítica que conceba a Matemática como atividade humana em construção.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos
estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e
formulação de ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou
pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu
conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para
que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos
matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Entendem-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua
compreensão. Constituem historicamente e são legitimados nas relações sociais .
6º Ano
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Sistemas de numeração;
- Sistemas naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
7º Ano
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números inteiros;
- Números racionais;
- Equação e Inequação do 1º Grau;
- Razão e proporção;
- Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de temperatura;
- Medidas de ângulos;
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria espacial;
- Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Pesquisa Estatística;
- Média aritmética;
- Moda e mediana;
- Juros simples.
8º Ano
NÚMEROS E ÁLGEBRAS
- Números racionais e irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º Grau;
- Potências;
- Monômios e polinômios;
- Produtos notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de comprimento;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria espacial;
- Geometria analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
9º Ano
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º Grau;
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES
- Noção intuitiva de Função Afim;
- Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica
- Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros compostos.
ENSINO MÉDIO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistema Lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- polinômios;
- Equações e Inequações exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
FUNÇÕES
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinominal;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não – euclidiana
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudos das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A interferência do professor é essencial durante o processo metodológico,
pois é nele que se constroem os conhecimentos matemáticos que precisam ser
direcionados. Para isso, deve ser levado a desenvolver sua capacidade de
estabelecer relações, de lidar com grandezas, de calcular, de abstrair, de
encaminhar raciocínios e procedimentos lógicos.
A linguagem matemática é um dos instrumentos que nos permite interagir
potencializar, administrar e solucionar problemas.
Propõe-se na disciplina articular os Conteúdos Estruturantes com os
conteúdos específicos em relações de interdependências que enriqueçam o
processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os
conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos.
No Ensino Fundamental, ao trabalhar os conteúdos de geometria plana,
vinculado ao Conteúdo Estruturante Geometrias, pretende-se buscar em Números e
Álgebra, mais precisamente no conteúdo específico equações, elementos para
abordá-los.
De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo
específico proporcionalidade, irá articulá-lo a outro conteúdo específico, geometria
plana e introduzir a ideia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e
redução de figuras geométricas.
Para o conteúdo específico estatística, os conceitos da álgebra também são
básicos e possibilitam explorar os números decimais e fracionários presentes nas
informações das pesquisas estatísticas.
No Ensino Médio, no estudo dos conteúdos função afim e progressão
aritmética, ambos vinculados ao Conteúdo Estruturante Funções, buscará na
matemática financeira, mais precisamente nos conceitos de juros simples,
elementos para abordá-los. Os conteúdos função exponencial e progressão
geométrica serão trabalhados articulados aos juros compostos.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática pois elas fundamentam a prática docente,
das quais destacamos:
• resolução de problemas;
• modelagem matemática;
• mídias tecnológicas;
• etnomatemática;
• história da Matemática;
• investigações matemáticas.
Na disciplina de Matemáticos recursos didáticos são de extrema importância
para promover uma aprendizagem significativa, dando eficácia ao trabalho e
contribuindo para facilitar a aprendizagem de conceitos e procedimentos. Para tanto,
poderão ser utilizados:
- livros didáticos e paradidáticos;
- mídias (TV Pendrive, rádio, vídeo, computador, etc);
- calculadora;
- jornais, revistas e folders;
- material didático pedagógico (régua, esquadro, sulfite, compasso, etc);
- jogos e quebra cabeças.
A metodologia da disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03
referente à História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e
Cultura dos Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
Também incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação irá acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,
ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas
oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio
trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno
(ABRANTES, 1994, p. 15).
Durante o processo avaliativo, será feito o uso da observação sistemática
para diagnosticar as dificuldades dos alunos e assim criar oportunidades
diversificadas que possam expressar seu conhecimento. Essas oportunidades
incluirão manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Os critérios orientam as atividades avaliativas, portanto, possibilitarão verificar se o
aluno:
- comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
- compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
- elabora um plano que possibilite a solução do problema;
- encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
- realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno será estimulado a:
- partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
- pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
- elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
- perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
- sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
- socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
- argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.
29).
Não se pode deixar de incorporar à pratica pedagógica noções que o
estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos
conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do
exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
Na disciplina de Matemática, o processo avaliativo será bimestral composto
pela somatória da nota 5,0 (cinco) sendo no mínimo duas atividades diversificadas,
utilizando-se de instrumentos diversificados, mais a nota 5,0(cinco) proveniente a
prova (no mínimo duas) escrita, totalizando nota final 10,0 (dez).
Para que o aluno tenha um melhor desempenho no processo ensino
aprendizagem, serão utilizados de vários instrumentos avaliativos a fim de que se
possa diagnosticar o nível de aprendizagem e oferecer parâmetros necessários para
a retomada dos conteúdos. Dentre os instrumentos seguem:
Seminários;
Atividades escritas (provas dissertativas, provas objetivas);
Atividades Orais (provas, debates, palestras);
Pesquisas (de campo, bibliográfica);
Trabalho em grupo e/ou individual.
Quanto à recuperação de estudos, esta é um direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e
acontecerá de formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido
pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo já reexplicado em
sala de aula.
Esta recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, e será organizada com atividades significativas
por meio de procedimentos didático-pedagógicos diversificados, não podendo incidir
sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
5 BIBLIOGRAFIA
Lei 11645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas.
Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental, Cidadania e Direitos
Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à violência na Escola, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de educação Básica.Diretrizes Curriculares de Matemática para as
Séries Finais do Ensino Fundamental e Para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Tancredo Neves - EFEM
Regimento Escolar – Colégio estadual Tancredo Neves - EFEM
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA ENSINO MÉDIO
PROFESSOR:
2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química
considera-se essencial resgatar momentos marcantes sobre a história do
conhecimento químico.
A Química está ligada intimamente a todo o desenvolvimento das
civilizações, a partir das necessidades do homem, tais como as de comunicação, de
sobrevivência, de desenvolvimento de técnicas de domínio, as ações e as teorias
científicas aliadas às práticas de laboratório e ao cotidiano.
De acordo com a legislação de ensino vigente, a função geral da educação é a
formação da cidadania. Para Santos e Schnetzler (2003, p. 47), “cidadania se refere à
participação dos indivíduos na sociedade” e para que isso aconteça é necessário que o
indivíduo disponha de informações para se posicionar quanto ao encaminhamento das
soluções referentes aos problemas sociais que afetam o cidadão.
A partir do avanço tecnológico da sociedade, existe uma dependência
muito grande com relação à química. Por isso, é necessário que os cidadãos
conheçam como utilizar as substâncias no seu dia-a-dia, bem como se posicionar
criticamente com relação aos efeitos ambientais da utilização da química e quanto
às decisões referentes aos problemas sociais que afetam o cidadão.
Santos e Schnetzler (2003, p. 50) citam o reconhecimento do papel central
de ciências – em especial, da química – feito pelos educadores em ciências
brasileiros, que propõem uma educação por meio da ciência e da química. Dessa
forma, o objetivo central é a formação de cidadãos críticos que possam tomar
decisões relevantes na sociedade, relativas a aspectos científicos e tecnológicos.
A educação científica deverá contribuir para preparar o cidadão a fim de
tomar decisões, com consciência do seu papel na sociedade, como indivíduo capaz
de provocar mudanças sociais na busca de melhor qualidade de vida para todos. A
intensão dessas seções foi proporcionar maior articulação dessa ciência com outras,
como a Matemática, a Biologia e a Física e também com os avanços tecnológicos.
O ensino de Química atualmente pretende desenvolver uma abordagem de
construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos no contexto da
sala de aula. Isso significa que se pretende ir além do domínio estrito dos conceitos
de Química e desenvolver a compreensão do conhecimento científico e tecnológico.
Para isso propomos que o aluno tenha contato com o objeto de estudo da
Química: as substâncias e os materiais. Nesse sentido, o processo será planejado,
organizado e dirigido pelo professor, numa relação dialógica, onde a aprendizagem
dos conceitos químicos realizar-se-á no sentido da organização do conhecimento
científico.
O estudo da disciplina de Química possui os seguintes objetivos:
Formar o cidadão para que ele compreenda e faça uso das informações
químicas básicas necessárias para a sua participação efetiva na sociedade
tecnológica em que vive.
Levar o aluno a compreender os fenômenos químicos mais diretamente
ligados a suas vida cotidiana; a saber manipular as substâncias com as
devidas precauções; a interpretar as informações químicas transmitidas pelos
meios de comunicação; a compreender e avaliar as aplicações e implicações
tecnológicas; a tomar decisões frente aos problemas sociais relativos à
química.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos estruturantes são fruto de uma reflexão coletiva com os
professores e sua escolha recai sobre três enfoques, que se inter-relacionam, além
dos seus desdobramentos em conteúdos específicos.
2.1 MATÉRIA E SUA NATUREZA
Através da construção de uma concepção mais adequada de ciência, o aluno
deixa de achar que a química é um conhecimento de experts, que só pode ser
dominada por especialistas e que, portanto, cabe também a ele participar de
assuntos dessa natureza, pois quando o cidadão sabe tomar decisões
fundamentadas pode influenciar na melhoria de sua qualidade de vida.
2.2 BIOGEOQUÍMICA
O cidadão precisa saber que o conhecimento químico deve ser de domínio
público, que qualquer pessoa consegue compreender informações técnicas básicas
que auxiliem a manipular aparelhos, bem como compreender as consequências da
utilização da tecnologia química.
Assim, é importante que o aluno aprenda a ler e interpretar instruções de
embalagens sobre a utilização e conservação de produtos químicos, a compreender
cálculos relacionados à concentração dos ingredientes ativos, relacionando-os com o
preço, a atividade química do produto e a sua toxidez. Enfim, o aluno poderá fazer um
balanço das possíveis consequências dos processos tecnológicos presentes em sua vida.
2.3 QUÍMICA SINTÉTICA
A química no ensino médio não pode ser ensinada como um fim em si
mesma, mas sim dentro de um ensino contextualizado, no qual o foco seja o preparo
para o exercício consciente da cidadania.
A revolução química, por exemplo, provocou contradições sociais em nossa
sociedade; a partir daí pode-se discutir com os alunos quem são os verdadeiros
beneficiários da riqueza produzida, a exploração exercida pelos grupos dominantes,
as consequências ambientais do desenvolvimento tecnológico e a exclusão da
maioria da população dos benefícios gerados.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª ANO
Constituição da matéria
Estados de agregação
Natureza da matéria
Modelos atômicos
Substâncias simples e compostos
Misturas
Métodos de separação
Tabela periódica
Classificação periódica
Ligação química
Funções inorgânicas
2ª ANO
Soluções
Termoquímica
Cinética química
Gases
Reações químicas
3ª ANO
Funções orgânicas
Hidrocarbonetos
Funções orgânicas oxigenadas
Funções orgânicas nitrogenadas
Isomeria em Química Orgânica
Equilíbrio químico
Eletroquímica
Reações nucleares
As substâncias sintéticas.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na perspectiva de um processo planejado e organizado, a experimentação
favorecerá a apropriação efetiva do conceito e a reflexão contribuirá com a formação
de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo.
Será utilizada a abordagem experimental porque possibilitará ao aluno a
explicitação, problematização, discussão, investigação e significação dos conceitos
químicos. Desta forma, a Química será tratada com os alunos de modo a possibilitar
o entendimento do mundo e a sua interação com ele. Portanto, a estratégia
metodológica adotada favorecerá a discussão de aspectos sócio-científicos, tratando
das questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à
ciência e tecnologia, rompendo com a pura transmissão de conteúdos,
oportunizando ao professor e ao aluno o desenvolvimento do conhecimento
científico, a apropriação dos conteúdos da Química, sensibilizando-os para um
comprometimento com a vida no planeta.
O trabalho pedagógico do professor será o de problematizar para provocar
o diálogo e a reflexão do aluno para a apreensão do conteúdo apresentado, que
possibilite a apropriação significativa do conhecimento.
Os textos utilizados para leitura no ensino de Química não serão vistos
como se todo o conteúdo estivesse ali presente, mas sim como um instrumento de
mediação na sala de aula, entre aluno-aluno e aluno-professor, possibilitando
levantar novas questões e discussões.
Serão utilizados recursos tecnológicos, tais como: TV Multimídia,
laboratório de informática, DVDs, filmes, livro didático público do Estado do Paraná,
livro didático PNLEM, entre outros.
A metodologia da disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03
referente à História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e
Cultura dos Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
Também incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação devem apontar as experiências educativas a que
os alunos devem ter acesso e são consideradas essenciais para o desenvolvimento.
Devem servir para que o professor encaminhe as atividades de ensino e
aprendizagem visando melhorar sempre a qualidade do ensino.
A avaliação será diagnóstica, processual, formativa, contínua e cumulativa.
Esse processo ocorre por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer
da própria aula e não apenas de modo pontual.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. O processo de construção e reconstrução se dá a partir de uma ação
pedagógica em que a partir de conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido
aos mesmos o entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais
por meio de conceitos químicos.
Por isso, além de provas, serão usados outros instrumentos de avaliação
que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela
periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação
de seminários, DVD, entre outros. Esses instrumentos deverão ser selecionados de
acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
Na disciplina de Química, o processo avaliativo será bimestral composto
pela somatória da nota 5,0 (cinco) sendo no mínimo duas atividades diversificadas,
utilizando-se de instrumentos diversificados, mais a nota 5,0(cinco) proveniente a
prova (no mínimo duas) escrita, totalizando nota final 10,0 (dez).
Quanto à recuperação de estudos, esta é um direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e
acontecerá de formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido
pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo já reexplicado em
sala de aula.
Esta recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, e será organizada com atividades significativas
por meio de procedimentos didático-pedagógicos diversificados, não podendo incidir
sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
O peso da recuperação de estudos, será proporcional as avaliações como um
todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% da apreensão e retomada dos conteúdos. O
processo de recuperação de estudos não será um adendo a nota.
5 REFERÊNCIAS
ARCO-VERDE, Prof. Dra. Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes
Curriculares.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Química para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓCIGO – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM ,
2007
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM , 2008
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO
PROFESSORA:
MARILANDIA DOSUL/2014
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações
sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro , a
sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las , nasceu a Sociologia. Portanto, no
auge da modernidade do século XIX surgiu na Europa , uma ciência disposta a dar
conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa
maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo
para digerí-los
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações
que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e
atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade .
Como disciplina acadêmica e escolar, a Sociologia não está desvinculada
dos fundamentos teóricos metodológicos que a constituem como campo científico.
Portanto, destacará das teorias dos autores clássicos e dos contemporâneos,
elementos para se perceber as temáticas, os problemas e a metodologia
concernentes ao contexto histórico em que foram construídas e, então, interpretar e
dar respostas aos problemas da realidade atual. Assim sendo é possível garantir o
pensamento crítico e a Sociologia não resvala para uma ortodoxia, seja paralisante
Sociologia sistemática, seja de um radicalismo posto na ordem reformista ou
revolucionária. Também, é possível evitar um relativismo condescendentes que
nivela posicionamentos de análise com aportes explicativos diferenciados ,
justamente a partir da natureza das questões que coloca para a realidade.
Dessa forma a disciplina visa: desenvolver um olhar crítico e questionar
sobre as relações sociais percebendo que a realidade social é histórica e
socialmente construída e levar o aluno a aprender a pensar sobre a sociedade em
que vive e agir nas diversas instâncias sociais.
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
Os Conteúdos Estruturantes não se confundem com listas de temas e
conceitos encadeados de forma rígida, mas constituem apoios conceituais ,
históricos e contextualizados , que norteiam professores e alunos – sujeitos da
educação escolar e da prática social – na seleção , organização dos conteúdos
específicos relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os
conteúdos que estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o
coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-
relações que constituem a sociedade
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
- Formação e consolidação da sociedade capitalista
e o desenvolvimento do pensamento social ;
- Teorias sociológicas clássicas: Comte,
Durkhaeim, Engels e Marx, Weber.
- O desenvolvimento da Sociologia no Brasil
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
-Processo de socialização;
- Instituições sociais: Familiares, Escolares,
Religiosas;
- Instituições de
- Reinserção (prisões, manicômios, educandários
asilos, etc.)
Cultura e Indústria Cultural
- Desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das diferentes
sociedades;
- Diversidade cultural;
- Identidade;
- Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de gênero;
- Culturas afro brasileiras e africanas
- Culturas indígenas
Trabalho, Produção e Classes Sociais
- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes
sociedades;
- Desigualdades sociais: estamentos, castas,
classes sociais;
- Organização do trabalho nas sociedades capi-
talistas e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo;
- Relações de trabalho;
- Trabalho no Brasil.
- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Poder, Política e Ideologia
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
- Estado no Brasil;
- Conceitos de Poder;
- Conceitos de Ideologia;
- Conceitos de dominação e legitimidade;
- As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas.
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
- Direitos: civis, políticos e sociais;
- Direitos Humanos;
- Conceito de cidadania;
- Movimentos Sociais;
- Movimentos Sociais no Brasil;
- A questão ambiental e os movimentos
ambientalistas;
- A questão das ONG’s.
4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõe-se para o ensino da Sociologia aulas bastante interativas e
atraentes para despertar nos alunos processos de identificação de problemas
sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de comunicação. Sendo
assim como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:
Aulas expositivas dialogadas; Aulas em visitas guiadas à instituições e museus,
quando possível; Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; Leitura
de textos: clássicos – teóricos, teórico – contemporâneos , temáticos, didáticos,
literários, jornalísticos; Debates e seminários de temas relevantes fundamentados
em leituras e pesquisa de campo e bibliográfica;Análise crítica: de filme,
documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (
fotografias, charges, tiras , publicidade ) , entre outros.
Serão utilizados recursos tecnológicos, tais como: TV Multimídia,
laboratório de informática, DVDs, filmes, livro didático público do Estado do Paraná,
livro didático PNLEM, entre outros.
A metodologia da disciplina abordará de forma integrada as Leis
10.639/03 referente à História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 –
História e Cultura dos Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental. Também incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
5 AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
A avaliação no ensino de Sociologia , pauta-se numa concepção formativa
e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de
avaliação propostos em sala de aula. Além de continuada a avaliação será
processual , por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e
possibilitar constante intervenção para a melhoria do processo ensino
aprendizagem.
A avaliação percebida como instrumento dialético da identificação de
novos rumos, não significa menos rigor na prática de avaliar. Para o ensino da
Sociologia esse rigor almejado na avaliação formativa, conforme Luckesi ( 2005 )
significa considerar como critérios básicos: a apreensão dos conceitos básicos da
ciência, articulados com a prática social; a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente; a clareza e a coerência na exposição das idéias
sociológicas; a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia , atentarão- se para a
construção da autonomia do educando. Eles acompanharam as própria práticas de
ensino e aprendizagem da disciplina e serão registros de reflexões críticas em
debates , que acompanham textos que demonstrem capacidade de articulação entre
teoria e prática, dentre outras possibilidades. Serão várias formas, as quais terão a
clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e , sobretudo expressão oral ou
escrita da sua percepção de mundo. Assim a avaliação em Sociologia busca servir
como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de
encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.
Na disciplina de Sociologia , o processo avaliativo será bimestral
composto pela somatória da nota 5,0 (cinco) sendo no mínimo duas atividades
diversificadas, utilizando-se de instrumentos diversificados, mais a nota 5,0(cinco)
proveniente a prova (no mínimo duas) escrita, totalizando nota final 10,0 (dez).
Quanto à recuperação de estudos, esta é um direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e
acontecerá de formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido
pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo já reexplicado em
sala de aula.
Esta recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, e será organizada com
atividades significativas por meio de procedimentos didático-pedagógicos
diversificados, não podendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos
não apropriados.
O peso da recuperação de estudos, será proporcional as avaliações como
um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% da apreensão e retomada dos conteúdos.
O processo de recuperação de estudos não será um adendo a nota.
6 BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira
e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM
2007.
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM – 2008
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
PROFESSORA:
2014
1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, está relacionado às razões
sociais, econômicas e políticas. No início da colonização, os jesuítas usavam o
Latim como exemplo de língua culta. Após a expulsão dos padres jesuítas do Brasil
implantou-se o sistema de ensino com professores não religiosos que continuaram a
ensinar Latim e o grego.
Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, o ensino das
línguas estrangeiras modernas começa a ser mais valorizado.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de
Alemão.
Em 1916, com a publicação de Cours de Linguística a Génerale por
Ferdinand Saussure, inauguraram-se os estudos da linguagem em caráter científico.
A Reforma Capanema, em 1942, atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o Francês, o Inglês e o Espanhol, que é
introduzido no lugar do Alemão.
Como uma tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no
Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Já com relação ao
Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma língua estrangeira moderna
como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em
caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.
Em 2005 foi criada a Lei nº 11161, que decreta obrigatória a oferta de
língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. A oferta é obrigatória para
a escola, mas de matrícula facultativa para o aluno, sendo que os estabelecimentos
de ensino têm cinco anos, a partir da data de sua publicação, para implementá-la.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.
Assim, no ensino de Língua Estrangeira, a língua como objeto de estudo
dessa disciplina , contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. E o
que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, além de
ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender as percepções de mundo e
maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça
no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do
grau de proficiência atingido.
Desse modo as aulas de língua estrangeira configuram-se como espaços
nos quais identidades são construídas, pela forma como as interações entre
professores e alunos são organizadas, pelas representações e visões de mundo que
vão sendo reveladas no dia-a-dia.
A língua é um elemento em constante processo de mutação, por isso ela se
torna um bem comum quando falada por um grande grupo.
A língua estrangeira é uma ferramenta com a qual podemos nos comunicar
com pessoas do mundo todo, através dela podemos ter acesso a mais informações,
melhorar nossos conceitos e avaliar nossos “pré -conceitos”.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna, propõe superar os fins
utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino
dessa disciplina. Desta forma, espera-se que o aluno: use a língua em situações de
comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de
participação que lhe possibilitem estabelecer relações entra ações individuais e
coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, possíveis de transformação na prática social.
2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ BÁSICOS
A língua, entendida como interação enquanto espaço de produção de
sentidos, marcado por relações contextuais de poder, terá como Conteúdo
Estruturante o discurso como prática social, efetivado por meio das práticas
discursivas: prática de leitura, prática de escrita e prática da oralidade.
Os conteúdos básicos para o Espanhol serão desdobrados a partir de
textos (verbais e não-verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos
(fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas
discursivas (leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva). Portanto, os textos
escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos estruturantes, bem
como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
Ensino Médio - Espanhol
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
O discurso como prática social
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura,
escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotadas como conteúdos básicos os gêneros
discursivos considerando suas esferas sociais
de circulação.
Fotos;
Cartão de Felicitações;
Bilhetes;
Convites;
Quadrinhas;
Receitas;
Biografias;
Lendas;
Letras de músicas;
Poemas;
Diálogo/Discussão;
Cartazes;
Notícias;
Tiras;
Provérbios;
Fábulas
Classificados
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situcionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Léxico.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
Polissemia;
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito.
3. METODOLOGIA
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão
trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem
como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da
aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não verbal, como unidade
de linguagem em uso.
Será proposto então nas aulas abordagem dos vários gêneros textuais,
em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua
composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a
intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso,
a gramática em si. Sendo assim o ensino deixará de priorizar a gramática para
trabalhar com o texto, sem no entanto, abandoná-la.
O trabalho com a LEM, necessariamente será articulado com as demais
disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos, a fim de fazer o
aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar
relacionados com a Língua Estrangeira.
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,
simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar
ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação
aos discursos apresentados.
Nesta proposta , para cada texto escolhido verbal e ou/ não verbal, será
trabalhado levando em conta os seguintes itens: a) Gênero: explorar o gênero
escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza
de um determinado gênero; b) Aspecto Cultural/ Interdiscurso: influência de outras
culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que
objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; c)
Variedade Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a
diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística; e)
atividades: Pesquisa - será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando que, aqui que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais
sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na
internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por
diante, também serão consideradas pesquisas. Discussão – conversar na sala de
aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos,
aprofundando e confrontando informações, utilizando-se também da língua Materna.
Produção de texto – o aluno irá produzir um texto na Língua estrangeira, com a
ajuda dos recursos disponíveis na sala sob a orientação do professor.
O livro didático é muito utilizado como recurso pedagógico na sala de aula
em função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar as aulas,
acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são percebidas em relação
aos alunos, que podem dispor de material para estudos, consultas , exercícios,
enfim, acompanhar melhor as atividades.
No entanto, além de descortinar os valores subjacentes no livro didático,
serão utilizados outros recursos disponíveis na escola como: livro didático público de
Língua Estrangeira Moderna, Inglês e Espanhol, dicionários, livros paradidáticos,
DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc.
A disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03 referente à
História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e Cultura dos
Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental. Também
incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à
Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes.
Ela será contínua, processual e cumulativa e os aspectos qualitativos
prevalecerão sobre os quantitativos.
Além de ser útil para a verificação de aprendizagem dos alunos, a avaliação
servirá principalmente para que se repense a metodologia e se planeje as suas
aulas de acordo com as necessidades dos alunos.
O aluno será avaliado durante todo o processo educativo nas práticas de
leitura, escrita e oralidade. Para isso serão utilizados diversos instrumentos e
recursos: participação em sala de aula, tarefas individuais ou em grupos, exercícios
orais, discussões, pesquisas, provas objetivas e descritivas, entre outros.
Segundo Ramos ( 2001 ) , é um desafio construir uma avaliação com critérios
de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e automizador no processo
ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos,
criativos, solidários e autônomos. Partindo dessa premissa, pretende-se formar um
leitor ativo,ou seja, produzir sentidos na leitura dos textos, tais como: inferir,
servindo-se dos conhecimentos prévios; levantar hipóteses a respeito da
organização textual; perceber a intencionalidade , etc.
O sistema de avaliação adotado é bimestral e será composto pela somatória
da nota 5,0, referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0 proveniente a uma
prova escrita, totalizando nota final 10,0.
Quanto à recuperação de estudos, esta é direito dos alunos
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A
recuperação de estudos ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a
partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação
do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre
cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da
recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações como um todo, ou
seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos. Os estudos
de Recuperação não poderão ser considerados como um adendo à nota.
5 REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e Cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba:
SEED-PR, 2008.
POJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM,
2007
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM, 2008
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO TANCREDO NEVES – ENSINO
FUNAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO MÉDIO LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
INGLÊS
PROFESSORA:
2014
1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, está relacionado às razões
sociais, econômicas e políticas. No início da colonização, os jesuítas usavam o
Latim como exemplo de língua culta. Após a expulsão dos padres jesuítas do Brasil
implantou-se o sistema de ensino com professores não religiosos que continuaram a
ensinar Latim e o grego.
Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, o ensino das
línguas estrangeiras modernas começa a ser mais valorizado.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de
Alemão.
Em 1916, com a publicação de Cours de Linguística a Génerale por
Ferdinand Saussure, inauguraram-se os estudos da linguagem em caráter científico.
A Reforma Capanema, em 1942, atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o Francês, o Inglês e o Espanhol, que é
introduzido no lugar do Alemão.
O Ensino de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o
idioma mais usado nas transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela
sua tradição curricular.
A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos se
acentuou durante e após a Segunda Guerra Mundial. Com isso, intensificou-se a
necessidade de aprender Inglês. Na década de 1940, os professores universitários,
militares, cientistas e artistas, imbuídos por missões norte- americanas, vieram para
o Brasil e, com eles, a produção cultural daquele país. Assim sendo falar inglês
passou a ser um anseio das populações urbanas, de modo que o ensino dessa
língua ganhou cada vez mais espaço no currículo, no lugar do ensino do francês.
Como uma tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no
Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Já com relação ao
Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma língua estrangeira moderna
como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em
caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.
Assim, no ensino de Língua Estrangeira, a língua como objeto de estudo
dessa disciplina , contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. E o
que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, além de
ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender as percepções de mundo e
maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça
no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do
grau de proficiência atingido.
Desse modo as aulas de língua estrangeira configuram-se como espaços
nos quais identidades são construídas, pela forma como as interações entre
professores e alunos são organizadas, pelas representações e visões de mundo que
vão sendo reveladas no dia-a-dia.
A língua é um elemento em constante processo de mutação, por isso ela se
torna um bem comum quando falada por um grande grupo.
A língua estrangeira é uma ferramenta com a qual podemos nos comunicar
com pessoas do mundo todo, através dela podemos ter acesso a mais informações,
melhorar nossos conceitos e avaliar nossos “pré -conceitos”.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna propõe superar os fins
utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino
dessa disciplina. Desta forma, espera-se que o aluno: use a língua em situações de
comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de
participação que lhes possibilitem estabelecer relações entra ações individuais e
coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, possíveis de transformação na prática social.
2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ BÁSICOS
A língua, entendida como interação enquanto espaço de produção de
sentidos, marcado por relações contextuais de poder, terá como Conteúdo
Estruturante o discurso como prática social, efetivado por meio das práticas
discursivas: prática de leitura, prática de escrita e prática da oralidade.
Os conteúdos básicos para o Espanhol serão desdobrados a partir de
textos (verbais e não-verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos
(fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas
discursivas (leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva). Portanto, os textos
escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos estruturantes, bem
como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
6 º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotadas
como conteúdos básicos os gêneros
discursivos considerando suas esferas sociais
O discurso como prática social
de circulação.
Cartazes;
Diálogo;
Música;
Poemas;
Pesquisa;
Telejornal;
Placas;
Bilhete.
Leitura
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico
Repetição proposital de palavras
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito, figuras
de linguagem .
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (
como aspas, travessão, negrito, figuras
de linguagem);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal
Oralidade
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação,
pausas, gestos... .
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
7 º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
O discurso como prática social
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotadas
como conteúdos básicos os gêneros
discursivos considerando suas esferas sociais
de circulação.
Cartazes;
Exposição oral;
Música;
Bilhete;
Convite;
Fotos;
Auto biografia;
História em quadrinho;
Poemas;
Leitura
Tema de texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explicativas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais de gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação. Recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagens.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação. Recursos gráficos
como: aspas, travessão, negrito, figuras
de linguagens;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal
Oralidade
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação,
pausas, gestos... .
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição, recursos semânticos
8º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
O discurso como prática social
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotadas
como conteúdos básicos os gêneros
discursivos considerando suas esferas sociais
de circulação.
Música;
Exposição oral;
Cartão postal;
Cartão ;
Carta;
Letra de música;
Narrativa de aventuras;
Auto biografia;
Biografia;
História em quadrinho;
Folder;
Fábulas;
Poemas;
Leitura
Conteúdo temático
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos
como aspas: travessão, negrito, figuras
de linguagem.
Semântica: operadores argumentativos;
ambigüidade;sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto;
expressões que denotam ironia e
humor no texto;
Léxico
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos, entonação,
expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos: gírias, repetições, etc) ;
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito.
9 º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
O discurso como prática social
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotadas
como conteúdos básicos os gêneros
discursivos considerando suas esferas sociais
de circulação.
Cartazes;
Exposição oral;
Carta;
Música;
Letra de música;
Narrativas de aventura;
Narrativa de ficção científica;
Narrativa fantástica;
Diário;
Conto;
Contos de fada;
Fábulas;
Fotos;
Auto biografia;
Biografia
Resumo
História em quadrinho;
Poemas;
Leitura
Tema de texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais de gênero;
Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto
Polissemia;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação. Recursos gráficos (
como aspas, travessão, negrito ) ,
figuras de linguagens.
Léxico.
Escrita
Tema de texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais de gênero;
Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
Redação de causa e conseqüência
entre as partes e elementos do texto;
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto
Polissemia;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação. Recursos gráficos (
como aspas, travessão, negrito ) ,
figuras de linguagens;
Processo de formação de palavras;
Ortografia;
Concordância verba/nominal.
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos; entonação,
expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto ( uso de
conectivos, gírias, repetições, etc . );
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito.
Ensino Médio
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura,
escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotadas como conteúdos básicos os gêneros
discursivos considerando suas esferas sociais
de circulação.
O discurso como prática social
Fotos;
Cartão de Felicitações;
Bilhetes;
Convites;
Quadrinhas;
Receitas;
Biografias;
Lendas;
Letras de músicas;
Poemas;
Diálogo/Discussão;
Cartazes;
Notícias;
Tiras;
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidades do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situcionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Léxico.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
Relação de causa e consequência
entre as partes e elementos do texto;
Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
Filmes;
Cartão pessoal;
Músicas;
Provérbios;
Trava-línguas;
Autobiografias;
Histórias em quadrinhos;
Resumos;
Narrativas básicas;
Notícias;
Cartazes;
Anúncios;
Paródias;
Bulas;
Placas;
Rótulos;
E-mail;
Horóscopo;
Regras de jogos;
Caricatura;
Classificados;
Folders;
Reportagens;
Torpedos.
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito.
3. METODOLOGIA
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão
trabalhadas questões lingüísticas , sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem
como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da
aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não verbal, como unidade
de linguagem em uso.
Será proposto então nas aulas abordagem dos vários gêneros textuais,
em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua
composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a
intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso,
a gramática em si. Sendo assim o ensino deixará de priorizar a gramática para
trabalhar com o texto, sem no entanto, abandoná-la.
O trabalho com a LEM, necessariamente será articulado com as demais
disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos, a fim de fazer o
aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar
relacionados com a Língua Estrangeira .
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,
simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar
ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação
aos discursos apresentados.
Nesta proposta , para cada texto escolhido verbal e ou/ não verbal, será
trabalhado levando em conta os seguintes itens: a) Gênero: explorar o gênero
escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza
de um determinado gênero; b) Aspecto Cultural/ Interdiscurso: influência de outras
culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que
objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; c)
Variedade Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a
diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise lingüística; e)
atividades: Pesquisa - será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando que, aqui que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais
sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na
internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por
diante, também serão consideradas pesquisas. Discussão – conversar na sala de
aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos,
aprofundando e confrontando informações, utilizando-se também da língua Materna.
Produção de texto – o aluno irá produzir um texto na Língua estrangeira, com a
ajuda dos recursos disponíveis na sala sob a orientação do professor.
O livro didático é muito utilizado como recurso pedagógico na sala de aula
em função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar as aulas,
acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são percebidas em relação
aos alunos, que podem dispor de material para estudos, consultas , exercícios,
enfim, acompanhar melhor as atividades.
No entanto, além de descortinar os valores subjacentes no livro didático,
serão utilizados outros recursos disponíveis na escola como: livro didático público de
Língua Estrangeira Moderna, Inglês e Espanhol, dicionários, livros paradidáticos,
DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc.
A disciplina abordará de forma integrada as Leis 10.639/03 referente à
História da Cultura Afro – Brasileira e africana; 11.645/08 – História e Cultura dos
Povos Indígenas; e 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental. Também
incluindo Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à
Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
4 AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes.
Ela será contínua, processual e cumulativa e os aspectos qualitativos
prevalecerão sobre os quantitativos.
Além de ser útil para a verificação de aprendizagem dos alunos, a
avaliação servirá principalmente para que se repense a metodologia e se planeje
as suas aulas de acordo com as necessidades dos alunos.
O aluno será avaliado durante todo o processo educativo nas práticas de
leitura, escrita e oralidade. Para isso serão utilizados diversos instrumentos e
recursos: participação em sala de aula, tarefas individuais ou em grupos, exercícios
orais, discussões, pesquisas, provas objetivas e descritivas, entre outros.
Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios
de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e automizador no processo
ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos,
criativos, solidários e autônomos. Partindo dessa premissa, pretende-se formar um
leitor ativo,ou seja, produzir sentidos na leitura dos textos, tais como: inferir,
servindo-se dos conhecimentos prévios; levantar hipóteses a respeito da
organização textual; perceber a intencionalidade , etc.
O sistema de avaliação adotado é bimestral e será composto pela somatória
da nota 5,0, referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0 proveniente a uma
prova escrita, totalizando nota final 10,0.
Quanto a recuperação de estudos, esta é direito dos alunos independentemente
do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos
ocorrerá de duas formas: com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico
oferecido pelos instrumentos de avaliação e com a reavaliação do conteúdo já “re-
explicado” em sala de aula.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre
cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações
como um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos
conteúdos. Os estudos de Recuperação não poderão ser considerados como um
adendo à nota.
5 REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: a inserção dos
conteúdos de História e Cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba:
SEED-PR, 2008.
POJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM,
2007
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Tancredo Neves – EFEM, 2008