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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Efos - Homeefos.saude.sc.gov.br/portal2011/arquivos/PPP EFOS 2016-2020.pdf · o ser humano um sujeito conhecedor de seus direitos e deveres com condições

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE

ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE - EFOS

ENDEREÇO RUA DAS ORQUÍDEAS S/N – BAIRRO BELA VISTA III

CEP: 88110-800 SÃO JOSÉ/SC

FONE: (48) 3665-4660

E-MAIL: [email protected]

SITE: http://efos.saude.sc.gov.br

GESTORA: ANDIARA SOPELSA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SÃO JOSÉ/SC

2016/2020

[...] mire e veja: o mais importante e bonito do

mundo é isto; que as pessoas não estão sempre

iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas

vão sempre mudando. Afinam ou desafinam.

Verdade maior. É o que a vida me ensinou.

(Guimarães Rosa, 1994, p. 24).

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 8

2 PAPEL DA ESCOLA ............................................................................................ 11

2.1 Concepções de escola e sua importância para o mercado de trabalho .. 11

2.2 Concepções de Ser Humano e sociedade .................................................. 13

2.3 Concepções de saúde e educação ................................................................. 15

3 HISTÓRICO DA ESCOLA DE FORMAÇÃO E SAÚDE – EFOS .......................... 16

3.1 Escolas técnicas e sua relação com a RET-SUS ....................................... 19

3.2 Missão da EFOS ............................................................................................ 21

3.3 Visão da EFOS .............................................................................................. 21

3.4 Objetivo geral da Escola de Formação em Saúde ..................................... 22

3.5 Objetivos específicos da Escola de Formação em Saúde ........................ 22

3.6 Vinte e três anos de história, vinte e três mil profissionais formados ..... 22

3.7 Cursos oferecidos/concluídos pela EFOS de 1994 a 2015 ........................ 23

3.8 Cursos em andamento na EFOS ................................................................. 24

4 DIMENSÃO PEDAGÓGICA E PROPOSTA CURRICULAR ................................ 26

4.1 A metodologia que norteia o trabalho educativo ....................................... 27

4.2 O planejamento ................................................................................................ 33

4.3 Currículo, matriz curricular, regime de funcionamento e organização dos

cursos oferecidos pela EFOS ............................................................................... 36

4.3.1 Currículo ............................................................................................................................... 36

4.3.2 Matriz Curricular dos Cursos ................................................................................................ 38

4.3.3 Regime de Funcionamento dos Cursos ................................................................................ 39

4.3.4 Infraestrutura dos Cursos .................................................................................................... 40

4.3.5 Planejamento Didático Pedagógico dos Cursos ................................................................... 40

4.3.6 Desenvolvimento do Processo Ensino-Aprendizagem ......................................................... 42

4.3.7 Organização do Ensino e Metodologia dos Cursos .............................................................. 43

4.3.8 Horário de Funcionamento dos Cursos................................................................................ 43

4.3.9 Duração e Carga Horária dos Cursos .................................................................................... 44

4.3.10 Descentralização dos Cursos .............................................................................................. 44

4.3.11 Documentações utilizadas pela EFOS ................................................................................ 45

5 INGRESSO ........................................................................................................... 47

5.1 Acessibilidade para portadores de necessidades especiais .................... 47

5.2 Matrícula ........................................................................................................ 47

6 - AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 49

6.1 Avaliações do processo ensino aprendizagem e seus registros ............. 54

6.1.1 Cursos Técnicos e Especializações ....................................................................................... 54

6.1.2 Formação Inicial Continuada ............................................................................................... 55

6.2 Da recuperação ............................................................................................. 55

6.3 Da reprovação ............................................................................................... 55

6.4 Da frequência ................................................................................................ 55

6.5 Da transferência ............................................................................................ 56

6.6 Da expulsão ................................................................................................... 57

6.7 Da validação de disciplinas ......................................................................... 57

6.8 Da expedição dos certificados, histórico escolar, diplomas e atestado de

frequência. ........................................................................................................... 57

6.9 Do Conselho de Classe ................................................................................ 58

6.10 Do Conselho Escolar .................................................................................. 59

6.11 Da avaliação Institucional .......................................................................... 60

6.12 Formatura .................................................................................................... 60

6.13 Disposições gerais e transitórias .............................................................. 61

7 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA ........................................................................... 62

7.1 Organograma da Escola de Formação em Saúde ...................................... 62

7.1.1 Gerência/Direção ................................................................................................................. 63

7.1.2 Assistente da Gerência/Direção ........................................................................................... 64

7.1.3 Apoio administrativo/financeiro dos cursos ........................................................................ 65

7.1.4 Comunicação ........................................................................................................................ 66

7.1.5 Coordenador Administrativo ............................................................................................... 66

7.1.6 Apoio Administrativo ........................................................................................................... 67

7.1.7 Estagiário/Terceirizados ....................................................................................................... 67

7.1.8 Coordenador Pedagógico ..................................................................................................... 68

7.1.9 Biblioteca ............................................................................................................................. 70

7.1.10 Plataforma Virtual - AVATAR.............................................................................................. 71

7.1.11 Secretaria Escolar ............................................................................................................... 71

7.1.12 Auxiliar Secretaria Escolar .................................................................................................. 72

7.1.13 Coordenador Técnico ......................................................................................................... 72

7.1.14 Setor de Qualificação Profissional ..................................................................................... 74

7.1.15 Setor de Elaboração de Projetos e Pesquisa ...................................................................... 74

7.1.16 Setor de Convênios e Estágios Curriculares ....................................................................... 75

8 MEDIADORES/DOCENTES ................................................................................. 76

9 DISCENTES .......................................................................................................... 78

9.1 Direitos do aluno ........................................................................................... 78

9.2 Deveres do aluno .......................................................................................... 78

10 COORDENADOR DE TURMA............................................................................ 80

11 DIMENSÃO FINANCEIRA .................................................................................. 83

12 DIMENSÃO FÍSICA ............................................................................................ 84

13 AÇÕES A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO.................................................. 85

13.1 Gerente e Assistente da Gerência ............................................................. 85

13.2 Setor de Comunicação ............................................................................... 87

13.3 Divisão Administrativa ............................................................................... 87

13.4 Divisão Pedagógica .................................................................................... 88

13.4.1 Secretaria Escolar ............................................................................................................... 89

13.4.2 Plataforma Virtual .............................................................................................................. 90

13.5 Divisão Técnica ........................................................................................... 91

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 93

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 94

APÊNDICE ............................................................................................................. 101

Apêndice A: Questionário ................................................................................ 102

8

1 APRESENTAÇÃO

Educação não transforma o mundo. Educação muda às pessoas. Pessoas transformam o mundo! (FREIRE, 1996, p. 79)

A Escola de Formação em Saúde, EFOS, teve seu Projeto Político

Pedagógico - PPP, construído no ano de 2000, com a participação de profissionais

da Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina SES/SC, que naquele

momento já sentiam a importância de reorganizar a Escola através de um projeto

com compromisso pedagógico coletivo.

Ao longo desta caminhada transformações muito significativas foram

presenciadas em todos os setores da nossa sociedade, inclusive na área da saúde

e educação, exigindo de seus profissionais atualização e um repensar sobre a

prática educativa para acompanhar tais mudanças. Inserida neste contexto

encontramos a Escola, um local privilegiado para a construção do saber e que

precisa acompanhar essas transformações.

Sendo o Projeto Pedagógico um elemento articulador das políticas

pedagógicas que a Escola almeja, ao atualizarmos, é preciso refletir sobre que tipo

de indivíduos queremos formar e quais os anseios da comunidade escolar sobre os

cursos oferecidos pela Escola, pois é preciso projetar-se para o futuro num esforço

coletivo de acertar. Gadotti (2001) diz que o Projeto Político Pedagógico da Escola

pode ser considerado como um momento importante de renovação da Escola.

Projetar significa "lançar-se para frente", antever o futuro diferente do presente.

Ainda segundo Gadotti (2001), a sociedade não é estática, ao contrário, as

mudanças são constantes, por isso é preciso buscar alternativas para essas

mudanças. A Escola enquanto espaço de discussão, formulação de ideologias e

responsável pela formação do homem não pode ficar alheia aos processos de

transformação da sociedade. Dessa forma, a Escola precisa ser planejada para que

não seja apenas reprodução e, sim para a transformação.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96 prevê

no seu artigo 12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as

normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e

executar sua proposta pedagógica”. Para Veiga (1998), este princípio legal encontra

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sustentabilidade na ideia de que a Escola deve assumir o trabalho de refletir sobre

sua intencionalidade educativa, como sendo uma de suas principais tarefas.

Deste modo, construir, executar, avaliar e atualizar o Projeto Político

Pedagógico é tarefa da Escola.

Em seu artigo 15, a LDB também concede à Escola “progressivos graus de

autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira”. Isto significa que a

Escola tem autonomia para elaborar seu próprio plano de trabalho, definindo seus

rumos e planejando suas atividades de modo a responder as demandas da

sociedade, ou seja, atendendo ao que a sociedade espera dela. A autonomia

permite a Escola a construção de sua identidade e a equipe escolar uma atuação

que a torna sujeito histórico de sua própria prática.

O Projeto Político Pedagógico no contexto atual de educação abre espaço

para ações articuladas coletivamente, onde todos participam avaliando os

resultados e também são avaliados. Deve ser um processo de construção

participativa, onde as ações não sejam somente cobradas, mas propicie

mecanismos e caminhos para que estas sejam concretizadas, uma vez que o PPP

deve também apontar para a superação da cultura tradicionalmente assumida de

simples transmissão de conhecimento. Avançar no sentido da pesquisa e da

construção de novos saberes a partir do convívio e das inter-relações das áreas do

conhecimento e destas com a realidade, é um compromisso de todos aqueles

profissionais que buscam desenvolver uma educação de qualidade, capaz de tornar

o ser humano um sujeito conhecedor de seus direitos e deveres com condições de

interferir na construção de uma sociedade mais justa e menos excludente.

O Projeto Político Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo Projeto Pedagógico da escola é também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio-político com os interesses reais e coletivos da população a ser atendida. (SAVIANI apud VEIGA, 1995, p. 93).

O Projeto Político Pedagógico busca o "novo" sem "desprezar" o que já está

instituído, a sua reconstrução coletiva propicia um fazer pedagógico consciente por

isso, é transformador.

Desta maneira, a EFOS, por entender o Projeto Político Pedagógico como um

instrumento norteador do trabalho que a escola almeja, em 2015 buscou sua

10

reavaliação, atualização e implementação, pois desde sua construção muitas foram

as mudanças ocorridas no cenário educacional e da saúde que foram incorporadas

na prática da Escola de Formação em Saúde.

O Projeto Político Pedagógico atualizado, resulta então da soma de esforços

coletivos entre todos os profissionais que fazem parte da estrutura da EFOS, na

busca de reavaliar o trabalho que a instituição vem desempenhando junto à

sociedade catarinense ao longo de sua existência, bem como traçar objetivos e

metas a serem executadas a curto, médio e longo prazo. Através de reuniões,

reflexões, discussões, questionamentos e análise de dados, apontam-se as

mudanças que se fazem necessárias constarem no PPP, para que a Escola

continue cumprindo seu papel social com qualidade em busca de uma educação

transformadora, como reflete Freire (1979), quanto mais se articula o conhecimento

frente ao mundo, mais os educandos se sentirão desafiados a buscar respostas, e

consequentemente quanto mais incitados, mais serão levados a um estado de

consciência crítica e transformadora frente à realidade. Esta relação dialética é cada

vez mais incorporada na medida em que, educadores e educandos se fazem

sujeitos do seu processo histórico.

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2 PAPEL DA ESCOLA

O mundo mudou, a escola precisa mudar, e o professor precisa fazer parte dessa mudança e principalmente alavancar essas mudanças a partir das suas práxis cotidianas, pois é no dia-a-dia de sala de aula que as coisas acontecem. (COUTINHO, 2006, p. 25).

Refletir, discutir e traçar o destino de caminhada da EFOS, quando se busca

o ideal de Escola, de ser humano, de sociedade, de educação e de saúde, são

diretrizes fundamentais que norteiam a pratica educativa da Escola. Neste sentido, a

Escola de Formação em Saúde assume o papel de protagonista, com compromisso

ético e social na transformação e formação de sujeitos capazes de influenciar

decisivamente na qualidade e melhoria dos serviços de saúde prestados à

população.

2.1 Concepções de escola e sua importância para o mercado de trabalho

É no espaço escolar que o indivíduo deve apropriar-se ativamente dos

conhecimentos acumulados e sistematizados historicamente pela humanidade. A

Escola tem um papel insubstituível nessa apropriação, pois enquanto agente

formador deve ter intencionalidade e compromisso explícito de tornar acessível a

todos os educandos o conhecimento. A Escola reflete a vontade política e

econômica da sociedade onde está inserida, sendo que, historicamente, não tem

conseguido cumprir seu papel de socializar, sistematizar e transmitir o

conhecimento, levando as classes sociais a construírem sua própria história sob a

imposição da minoria detentora do saber e do poder.

Analisar então, a parcela de contribuição que a instituição Escola possibilita

no processo de construção humana de cada indivíduo requer refletir as palavras de

Freire (2004, p. 38) “[...] a escola não é boa e nem má em si. Depende a que serviço

ela está no mundo. Precisa saber a quem ela defende”. Perceber os interesses de

quem a Escola defende torna-se necessário, quando se acredita que ela é um

espaço de conscientização, podendo transformar os sujeitos, contribuindo com a

12

mudança estrutural da sociedade. Discutir a função social da Escola hoje demanda

compreender suas interfaces com o sistema que a envolve, com a cultura, com o

ser humano, enfim, seu papel no mundo contemporâneo. Perceber a Escola como

este espaço possível de promover mudanças parece ser o sonho daqueles que

ainda apostam e buscam um mundo melhor.

A Escola ocupa um espaço marcante na vida de cada indivíduo. Para Arroyo

(2000, p. 231) “[...] a escola é antes de tudo um tempo-espaço de encontro de

gerações, de pessoas em tempos diversos de socialização, interação, formação e

aprendizagem das artes de ser humano”.

A possibilidade de formar o cidadão para a vida e para o mercado de trabalho

está diretamente ligada a Escola, pois é ela que contribui para que a sociedade se

perpetue. Para Penin (2001, p. 8), “[...] A escola é a instituição que a sociedade

criou para transmitir às novas gerações o conhecimento sistematizado. Ao longo do

tempo, tem se modificado. Todavia, nenhuma outra forma de organização foi capaz

de substituí-la”.

Segundo Arroyo (2000, p. 152) “[...] somos o que produzimos. Nosso fazer é

nosso espelho. A Escola é a síntese de um amontoado de práticas do coletivo de

educadores e educandos. É seu orgulho ou sua desilusão. Sua imagem”.

Pensar em uma Escola com espaço de interação, de participação e de articulação

entre os diversos segmentos que a compõem buscando sempre o respeito mútuo, a

criatividade, a solidariedade, a cidadania, desenvolvendo habilidades que levem os

alunos a serem agentes do seu próprio saber, construtores de novos horizontes,

profissionais comprometidos para atuarem com competência no SUS e no mercado

de trabalho, são alguns dos objetivos da Escola de Formação em Saúde - EFOS.

Neste contexto, exige-se pensar nos rumos da Escola, quais são as suas

tendências primordiais e quais alternativas buscar. Gandin (1999, p. 63) afirma que

“as escolas que não refletirem sobre este momento crucial serão, inevitavelmente

levadas a reboque dos interesses mais conservadores da sociedade em que

vivemos”. Assim sendo, é imprescindível a modernização das escolas,

transformando-as num local privilegiado onde o saber não é seu único universo,

mas também o de preparar indivíduos críticos sociais e competitivos para o mercado

de trabalho.

13

O mundo do trabalho está em processo de contínua mudança. De modo geral

pode-se dizer que estão em curso, mudanças no padrão tecnológico, na

organização do trabalho e nos direitos trabalhistas. As Escolas devem modernizar-

se na mesma velocidade destas transformações e adaptarem-se às mudanças do

mercado de trabalho. “Nada na Escola será feito por acaso. Tudo será direcionado

para a formação do trabalhador. A grande tendência da Escola, portanto, nos

próximos anos, “e, portanto, já no próximo milênio”, é ser invadida pelos valores e

pela lógica do mercado” (GANDIN, 2000, p. 65).

Importante salientar que o objetivo maior da Escola de Formação em Saúde

não se resume a colocação dos indivíduos no mercado de trabalho, mas sim a

reflexão crítica junto a este aluno das transformações exequíveis através da postura

e comprometimento ético que cada ser humano assume quando inserido no mundo

do trabalho.

2.2 Concepções de Ser Humano e sociedade

A Escola de Formação em Saúde tem em sua base filosófica uma

compreensão de ser humano que possui consciência de si mesmo, que se

caracteriza como um ser crítico, com autoestima elevada, justo e leal aos princípios

da ética e da moral que delineiam a conduta humana e tem como compromisso

materializar esses princípios na formação dos profissionais de saúde qualificados e

comprometidos. Segundo Werncke (1990) através da autoconsciência o homem é

capaz de pensar sobre seu existir, fazer uma análise do passado e projetar seu

futuro.

A visão ideal de ser humano é aquela que o vê como um ser singular com

capacidade de amar, questionar, refletir, aprender, transformar e interagir com a

realidade que o rodeia. Um ser humano, com possibilidades para desenvolver as

suas capacidades e superar seus próprios limites numa vida em harmonia com a

natureza, família e sociedade. O seu desenvolvimento acontece alicerçado em

valores de justiça, lealdade, dignidade, bondade e solidariedade, tornando-o um ser

ético.

14

Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina (1998), é necessário que

se tenha clareza de que homem queremos formar, qual modelo de sociedade

queremos para o futuro e as escolhas de como compreender e provocar a relação

do ser humano com o conhecimento. Sendo o ser humano entendido como social e

histórico, ele é resultado de um processo histórico, conduzido pelo próprio homem.

Somente a compreensão da história com elaboração humana é capaz de sustentar

este entendimento, sem cair em raciocínios lineares. O ilustrativo desta concepção é

a afirmação de que:

Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem: não a

fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com as quais se

defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as

gerações mortas oprime como pesadelo o cérebro dos vivos. (MARX, 1978, p. 34).

Desta maneira, é fundamental a busca por uma sociedade que possibilite

uma atuação participativa dos seus sujeitos, menos alienada, capaz de fazer

reflexões críticas e de apontar soluções para os problemas. Que seja igualitária e

ofereça oportunidade a todos. Pautada em valores de igualdade, liberdade,

solidariedade, alteridade, respeito, lealdade e justiça.

Vale dizer, para analisar os valores que produzem práticas de saúde no mundo contemporâneo, só se pode assumir uma atitude que relativize, porque o mundo humano não pode mais ser homogeneizado, porque é preciso reconhecer a riqueza da diferença. Só um educador que exercite a sensibilidade, através da razão, pode aproximar-se da compreensão dos valores de um grupo social (REZENDE, 1986, p. 7).

A sensibilidade está interligada a valores como respeito e a conceitos de

qualidade, trabalho, cultura. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Profissional de Nível Técnico (1999, p. 26):

Esta dimensão de respeito pelo cliente exige o desenvolvimento de uma cultura do trabalho centrado no gosto pelo trabalho bem feito e acabado, quer na prestação de serviços, quer na produção de bens ou de conhecimentos, não transigindo com o trabalho mal feito e inacabado. A incorporação desse princípio se insere em um contexto mais amplo que é o do respeito pelo outro e que contribui para a expansão da sensibilidade, imprescindível ao desenvolvimento pleno da cidadania.

Deste modo, no cotidiano dos serviços de saúde, o trabalhador deve

perceber o usuário como possuidor de valores e de necessidades que podem ser

muito diferentes das suas. Ajudá-lo, considerando em si mesmo as limitações de

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conhecimento técnico e da sua visão de mundo, requer desse trabalhador “uma

postura de aprendiz desejoso de conhecer e compreender o universo do outro,

como valor de alteridade e com a razão sensível”. (REZENDE, [1986] a, p. 12).

2.3 Concepções de saúde e educação

Ancorada nas discussões de grupo e norteada no processo educativo

desenvolvido pela Escola de Formação em Saúde, considera-se saúde como o

estado de normalidade e o bem-estar físico, social e mental do indivíduo e suas

relações harmônicas com a natureza, na livre expressão do pensamento e no bem-

estar biopsicossocial e espiritual.

Já educação é percebida como o processo de interagir para o

desenvolvimento integral do ser humano, respeitando a individualidade, as crenças,

os valores morais, culturais e éticos e os princípios que regem a dignidade humana,

propiciando atitudes reflexivas que possibilitem a transformação da realidade.

Queremos construir uma Escola que contribua na formação daquele homem

e daquela sociedade expressos anteriormente. Em virtude disto, optamos por uma

concepção de educação e saúde que tenham como referência a realidade, o ser

humano, a vida. Deste modo, a Escola precisa garantir a seus alunos, futuros

profissionais da saúde não só o aprendizado em toda sua totalidade, mas também o

respeito, a alteridade e a dignidade humana, necessárias quando se quer contribuir

com a construção de uma sociedade menos excludente e mais cidadã.

16

3 HISTÓRICO DA ESCOLA DE FORMAÇÃO E SAÚDE – EFOS

O projeto do Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos em Saúde

teve início em 1992 sob a coordenação da Gerência de Desenvolvimento de

Recursos Humanos da Diretoria de Administração de Pessoal da Secretaria de

Estado da Saúde de Santa Catarina SES/SC.

A necessidade da criação de uma Escola de profissionalização em saúde,

não só no Estado de Santa Catarina, mais a nível nacional, observando o aumento

quantitativo e qualitativo da demanda de serviços de saúde para a implantação do

SUS – Sistema Único de Saúde, começa a ganhar importância. A discussão sobre a

capacitação de recursos humanos compreendendo a formação e educação

continuada dos trabalhadores de saúde ocupa um papel fundamental na perspectiva

da execução das políticas públicas.

O SUS, diante destas inquietações cria uma Rede de Escolas Técnicas de

Saúde, em sua maioria, na década de 80, que foram instituídas, acompanhando um

processo de redemocratização da sociedade brasileira, surgindo como alternativa

para a resolução do problema de baixa qualificação da força de trabalho empregada

nos serviços de saúde.

Buscava romper com a prática persistente dos treinamentos em serviços voltados apenas para a execução de tarefas específicas, ou repasse de informações, sem considerar a inserção e contexto em que eram desenvolvidas as práticas reais desses trabalhadores” (BRASIL, 1998, p. 1).

A Constituição Federal de 1988 no artigo 200 da Lei 8080/90 sobre a

educação profissional de nível médio estabelece a construção de uma Política de

Ordenação da Formação de Recursos Humanos na Área de Saúde - SUS, definindo

está atribuição ao Ministério da Saúde, abrindo possibilidade de formar

trabalhadores com perfil pertinente às necessidades técnicas e sociais emergentes

das necessidades locais e regionais, tendo em vista a garantia da implementação

do Sistema Único de Saúde – SUS.

Essa concepção da formação busca caracterizar a necessidade de elevação

da escolaridade e os perfis de desempenho do profissional, de modo a possibilitar o

aumento da autonomia intelectual dos trabalhadores, do domínio do conhecimento

17

técnico-científico, da capacidade de gerenciar tempo e espaço de trabalho, de

exercitar a criatividade, de interagir com os usuários dos serviços, de ter consciência

da qualidade e das implicações éticas de seu trabalho.

Frente à importância deste problema em Santa Catarina bem como em todo o

Brasil, foi adotada a estratégia do Ministério da Saúde de incentivar a criação de

Escolas do SUS, com reconhecimento e autorização do sistema educacional, para

funcionarem de forma descentralizada e atenderem às necessidades do setor,

propiciando aos seus trabalhadores oportunidade de formação e aquisição de

identidade profissional, pois tais processos de qualificação ocorriam na maioria das

vezes fora dos serviços de saúde, o que dificultava a participação dos trabalhadores

neste processo. “A redefinição do papel das Escolas Técnicas de Saúde se insere

em três grandes processos em curso no Estado e na Sociedade brasileira: a

reforma do aparelho de Estado, a reforma educacional e a reforma sanitária”

(BRASIL, 1998, p. 2).

Para a ampliação do papel das Escolas Técnicas de Saúde se tornou

fundamental a preparação para se buscar a construção e a consolidação de

competências técnicas, gerenciais e políticas que deem “sustentabilidade às

iniciativas de qualificação de pessoal de nível médio em saúde” (BRASIL, 1998, p.

5).

Com este enfoque é estruturado em 1992, o Centro de Desenvolvimento de

Recursos Humanos em Saúde (CEDRHUS), com duas Escolas de Formação em

Saúde e de Especialização e Aperfeiçoamento em Saúde Coletiva, além da

Gerência de Educação Continuada, sob a coordenação da Gerência de

Desenvolvimento de Recursos Humanos da Diretoria de Administração de Pessoal

da Secretaria de Estado da Saúde, envolvendo vários servidores da Secretaria de

Estado da Saúde - SES.

Em 09 de julho de 1993, a Lei Complementar nº 091/93, através do Ato nº

873/93, publicado no Diário Oficial do Estado - DOE, em 07/10/93, “cria o Centro de

Desenvolvimento de Recursos Humanos em Saúde – CEDRHUS, alterando a

estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Saúde nessa área e dá outras

providências”. O CEDRHUS inicia então suas atividades em 04 de julho de 1994, na

Rua das Orquídeas, s/n, no Bairro Bela Vista III, no município de São José, onde

está instalada a sede da Escola até a presente data.

18

Na gestão estadual, iniciada em 2003, na estrutura organizacional, a então

Escola de Formação em Saúde - EFOS, figurava como gerência subordinada à

Diretoria de Recursos Humanos- DIRH. Com a edição da Lei Complementar nº 284,

de 28 de fevereiro de 2005, que estabelece o modelo de gestão para a

Administração Pública Estadual e dispõe sobre a estrutura organizacional do Poder

Executivo, a EFOS, também uma Gerência, passou a se chamar Escola de Ensino

Médio, subordinada à Diretoria de Desenvolvimento Humano - DIDH.

No início do ano de 2007, a Diretoria de Desenvolvimento Humano passa a

ser renomeada, ficando a EFOS vinculada a Diretoria de Educação Permanente em

Saúde - DEPS. A Escola de Formação em Saúde é mantida e subordinada pela

Secretaria de Estado da Saúde - SES/SC, sendo esta uma entidade pública do setor

saúde, que oferece cursos aos profissionais da saúde que são em sua maioria

financiados pelo Ministério da Saúde, no entanto, há ocasiões em que o recurso

vem através de Convênio, incumbindo então ao Estado à contrapartida de 30% do

valor total do recurso e outras parcerias que podem ser realizadas.

A Escola de Formação em Saúde atualmente segue o horário oficial da

Secretaria de Estado da Saúde das 13:00 às 19:00 horas. Entretanto, a Escola

buscando atender a demanda dos cursos de formação e qualificação tem seu

horário de funcionamento ampliado, ou seja, atende a comunidade no período

matutino, vespertino e noturno, num regime de escala entre os funcionários efetivos.

As ações da EFOS estão voltadas para a qualificação dos profissionais do

Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto, a Escola atua em treze Regiões de

Saúde de sua abrangência: Extremo Oeste, Xanxerê, Oeste, Alto Uruguai

Catarinense, Meio Oeste, Alto Vale do Rio do Peixe, Grande Florianópolis, Laguna,

Carbonífera, Extremo Sul, Nordeste, Planalto Norte e Serra Catarinense. As demais

três Regiões de Saúde são abrangidas pela Escola Técnica do SUS vinculada ao

município de Blumenau. As fontes dos recursos são o Ministério da Saúde e

contrapartidas do estado, por meio de portarias ou convênios.

No ano de 2014 foi criado a plataforma virtual AVATAR (Ambiente

Virtual de Aprendizagem Técnica, Aperfeiçoamento e Referência). Uma ferramenta

tecnológica que pode ser acessada de qualquer lugar com acesso à INTERNET, a

Plataforma Virtual da EFOS, chamada de AVATAR, tem como principal objetivo

auxiliar e complementar o curso presencial.

19

Diante disto, o aluno poderá facilmente consultar os materiais

disponibilizados pelos professores e pela Escola, sanando assim possíveis dúvidas.

Esta ferramenta tem o objetivo de contribuir para a aprendizagem dos alunos, assim

como mais uma forma utilizada pelos mediadores na construção do conhecimento.

É um espaço de aprendizagem onde os alunos podem consultar a apostila do curso,

textos complementares, realizar avaliações e pesquisas em geral.

Está sendo inaugurada no ano de 2016 a nova sede da Escola, uma estrutura

nova que vem atender as necessidades dos cursos técnicos oferecidos pela EFOS.

Esta nova estrutura conta com cinco andares distribuídos em oito laboratórios,

biblioteca, auditório salas de aula e salas administrativas.

A EFOS oferece cursos reconhecidos pelo Conselho Estadual de

Educação/SC, destinados aos profissionais trabalhadores do SUS, com

escolaridade de ensino fundamental e médio, a serem realizados na sua grande

maioria em serviço. Para a execução dos Cursos de formação e qualificação, a

EFOS busca o apoio das instituições de saúde do estado, como as Agências de

Desenvolvimento Regional de Saúde das Secretarias de Desenvolvimento Regional,

Comissão Permanente de Integração de Ensino em Serviço Estadual –

CIES/Estadual, Comissão Permanente de Integração Ensino em Serviço Regional –

CIES/Regional, Comissão Inter gestores Regionais – CIR e dos municípios

envolvidos no processo de ensino-aprendizagem do trabalhador em saúde.

3.1 Escolas técnicas e sua relação com a RET-SUS

A Escola de Formação em Saúde EFOS, é integrante da Rede de Escolas

Técnicas do Sistema Único de Saúde – RET/SUS, sendo está uma rede

governamental criada pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Nacional de

Secretários de Saúde e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de

Saúde, para facilitar a articulação entre as 40 Escolas Técnicas do SUS e fortalecer

a Educação Profissional em Saúde. Estas Escolas se integram de forma a garantir

uma estratégia de troca de informações e experiências, compartilhamento de

saberes e mobilização de recursos. (FIOCRUZ, 2010)

20

A portaria nº 1.298 de 28 de novembro de 2000, atualizada pela portaria nº

2970 de 25 de novembro de 2009, que institui a Rede, define como seus objetivos:

compartilhar informação e conhecimento; buscar soluções para problemas de

interesse comum; difundir metodologias e outros recursos tecnológicos destinados à

melhoria das atividades de ensino, pesquisa e cooperação técnica tendo em vista a

implementação de políticas de recursos humanos de nível médio em saúde e

promover a articulação das instituições formadoras de trabalhadores de nível médio

em saúde no País, para ampliar sua capacidade de atuação em sintonia com as

necessidades ou demandas do SUS.

A RET-SUS é composta então pelas 40 Escolas Técnicas e Centros

Formadores de Recursos Humanos do SUS que existem em todos os estados do

Brasil. São todas instituições públicas voltadas para a formação dos trabalhadores

de nível médio do Sistema Único de Saúde. Dessas, 33 são estaduais, 06 são

municipais e 01 é federal. A maioria delas é vinculada diretamente à gestão do SUS

e mesmo as que pertencem a outras Secretarias têm gestão compartilhada com a

Secretaria de Saúde.

Deste modo, as Escolas Técnicas e Centros Formadores do SUS - ETSUS

são instituições públicas criadas para atender as demandas locais de formação

técnica dos trabalhadores que já atuam nos serviços de saúde, acompanhando o

processo de municipalização do SUS no Brasil.

A origem das ETSUS remete ao Projeto Larga Escala, iniciado em 1985, um

projeto que visava à formação dos profissionais que atuavam em hospitais e

Unidades Básicas sem formação adequada. As Escolas Técnicas do SUS atuam no

segmento chamado de educação profissional, que hoje engloba a formação inicial e

continuada (antiga formação básica), os cursos técnicos e os tecnológicos. São, em

sua maioria, vinculadas à gestão da Saúde e não da Educação, o que facilita a

adoção dos princípios e diretrizes do SUS como norteadores da sua prática

formativa.

A Educação Profissional em Saúde é uma modalidade de ensino integrada às

diferentes formas de educação, ao trabalho, às ciências e às tecnologias. É voltada

para o aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio ou superior e

para os trabalhadores em geral, jovens ou adultos. Pode ser desenvolvida de forma

integrada ou não ao ensino regular, em especial ao ensino médio. Pela legislação

21

vigente os cursos desse segmento estão distribuídos em três níveis: Formação

Inicial e Continuada (capacitação, aperfeiçoamento, especialização e atualização),

Educação Profissional Técnica de Nível Médio e Educação Permanente. Os focos

de atenção da RET/SUS e da área da Saúde de um modo geral, são a Formação

Inicial, Continuada e a Formação Técnica.

A principal especificidade das Escolas Técnicas do SUS é a capacidade de

descentralizar os currículos, as turmas e os cursos, mantendo os processos

administrativos centralizados. Para isso, utilizam as Unidades Básicas de Saúde –

UBS, Unidades Hospitalares e outras instituições de ensino como espaços de

aprendizagem e qualificam pedagogicamente os profissionais de nível superior dos

serviços para atuarem como professores. Além disso, adéquam o currículo ao

contexto regional e têm como modelo pedagógico a integração ensino-serviço, com

sua concepção fundamentada na articulação entre Trabalho, Ensino, Ciência e

Cultura, tendo o trabalho e a pesquisa como princípios educativos.

3.2 Missão da EFOS

Formar e qualificar profissionais em nível básico e técnico para o setor saúde

e executar a capacitação nos recursos humanos para atuarem nos serviços,

atendendo às necessidades do SUS.

3.3 Visão da EFOS

Tornar-se um centro de referência em Educação Permanente em Saúde de

profissionais em nível técnico na área da saúde no Estado de Santa Catarina, capaz

de formá-los e qualificá-los a partir de competências, habilidade e atitudes

específicas e interdisciplinares no seu campo de atuação.

22

3.4 Objetivo geral da Escola de Formação em Saúde

Oferecer cursos de formação de nível médio, especialização técnica nível

médio e qualificações de acordo com as necessidades do SUS no Estado de Santa

Catarina, a serem desenvolvidos prioritariamente em serviço.

3.5 Objetivos específicos da Escola de Formação em Saúde

Realizar cursos de formação profissional de nível médio, especialização

técnica de nível médio, aperfeiçoamento e capacitações para os trabalhadores do

SUS;

Elaborar proposta de Formação Inicial Continuada para os mediadores,

coordenadores, equipe da Escola;

Coordenar, articular e compatibilizar as atividades de planejamento,

execução e avaliação dos cursos em andamento;

Pesquisar e desenvolver estratégias, métodos e técnicas adequadas à

qualificação de pessoal na área da saúde no município ou região;

Atuar de forma integrada com outras instituições públicas de saúde, inclusive

com a Comissão de Integração Ensino em Serviço - CIES Estadual e CIES de

cada região do estado, colaborando e participando de estudos e desenvolvendo

projetos no sentido de melhorar a qualidade dos serviços de saúde, mediante a

qualificação de pessoal.

3.6 Vinte e três anos de história, vinte e três mil profissionais formados

Ao completar 23 anos de existência, a Escola vive um momento histórico pela

relevância dos serviços prestados à saúde da população, por meio da formação dos

trabalhadores do Sistema Único de Saúde em Santa Catarina. Até o presente

23

momento a escola oportunizou a formação e a qualificação de aproximadamente 23

mil alunos, na sua grande maioria funcionários do SUS, sendo este um dos critérios

para a seleção dos alunos que fazem os cursos oferecidos pela Escola.

Busca-se aqui expressar por meio do Projeto Político Pedagógico a ousadia

de inovar com um jeito diferente de ser Escola, redimensionando o tempo e o

espaço escolar, voltado para a sociedade do conhecimento e da informação. Uma

Escola onde o aluno possa participar dela e buscar seu aperfeiçoamento e

capacitação em seu horário de trabalho. Esta realidade atual nem sempre se

concretiza na prática, em função de nem todos os alunos serem liberados em

horário de serviço.

Quando a EFOS se depara com esta realidade oferece os cursos em período

matutino, vespertino e noturno. Salienta-se aqui que a proposta não é a adequada,

mas garantir o acesso aos cursos torna-se a prioridade maior.

Para garantir não só a qualidade, mas também o aprendizado e a formação

de um profissional competente, a Escola conta com docentes, chamados de

mediadores, em nível de Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado com

formação em diferentes áreas do conhecimento, com competência para ministrar os

conteúdos exigidos pela matriz curricular de cada curso.

Os alunos na sua grande maioria são trabalhadores do SUS, sendo esta uma

das prioridades da Escola de Formação em Saúde, capacitar o aluno funcionário do

SUS.

Desde sua criação até hoje, considerando a experiência pedagógica,

administrativa e institucional acumulada a EFOS formou vários profissionais de

saúde em diferentes categorias. Apreciar estas informações torna-se essencial e de

extrema relevância para a constatação da competência e importância que a Escola

representou e representa até hoje para a sociedade catarinense.

3.7 Cursos oferecidos/concluídos pela EFOS de 1994 a 2015

O quadro a seguir demonstra os cursos oferecidos/concluídos pela EFOS nestes

vinte e três anos:

24

Cursos Número de

alunos

Agente Comunitário de Saúde (400h) 8.244

Agente Comunitário de Saúde (40h) 330

Agente de Combate às Endemias e Agentes que atuam em Vigilância em Saúde

111

Auxiliar em Enfermagem 2.955

Capacitações 6.754

Especialização Técnica de nível médio em Saúde do Idoso 57

Especialização Técnica de nível médio em Saúde Mental 113

Especialização Técnica de nível médio em Urgência e Emergência 66

Técnico em Enfermagem 3.651

Técnico em Enfermagem – Complementação 535

Técnico em Patologia Clínica 17

Técnico em Saúde Bucal 497

Técnico em Vigilância e Saúde 116

Total 23.446

Nos anos de 2014 e 2015 destacamos que ficou sob a responsabilidade da

EFOS a coordenação no estado de Santa Catarina do Projeto Caminhos do

Cuidado – Formação em Saúde Mental (crack, álcool e outras drogas) do Ministério

da Saúde, tendo como público-alvo os Agentes Comunitários de Saúde, Auxiliares e

Técnicos em Enfermagem da Atenção Básica; tendo sido alcançados 100% da meta

prevista, com o número de 11.406 participantes

.

3.8 Cursos em andamento na EFOS

Curso Técnico em Enfermagem Criciúma

Curso Técnico em Enfermagem Joaçaba

Curso Técnico em Enfermagem Turvo

25

Curso Técnico em Enfermagem EFOS VI

Curso Técnico em Enfermagem EFOS VII

Curso Técnico em Enfermagem EFOS VIII

Especialização Técnica em Saúde Mental Criciúma

Especialização Técnica em Urgência e Emergência – EFOS IV

26

4 DIMENSÃO PEDAGÓGICA E PROPOSTA CURRICULAR

[...] educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência. Educar é

acreditar na vida e ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos

decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com

paciência. (CURY, 2003, p. 38)

Enquanto instituição formadora, a Escola tem como uma de suas finalidades

transformar a tarefa de educar num processo amplo, onde ocorra a interação entre

todos os segmentos que fazem parte deste processo educativo. Desta maneira, a

Escola de Formação em Saúde, percebendo cada estudante como um ser humano

com potencial para aprender, busca solidificar suas ações pedagógicas através de

atividades como:

Participação efetiva dos alunos no processo ensino aprendizagem;

Interação e socialização de conhecimento entre os mediadores;

Interdisciplinaridade dos conteúdos e disciplinas;

Metodologias de ensino diversificadas como: avaliações escritas, trabalhos em

grupos e individuais, pesquisas científicas, leituras, produções de textos,

apresentação de trabalhos, jograis, dramatizações, teatro, avaliações, estágios e

desenvolvimento de projetos diversos;

Palestras com profissionais e pessoas da comunidade, abordando temas

específicos de acordo com a necessidade de cada curso;

Participação efetiva de alunos e mediadores nos campos de estágio e visitas

técnicas;

Utilização de recursos didático-pedagógicos como: biblioteca, vídeos, datashow,

sala de informática, laboratório de práticas, revistas, jornais, entre outros;

Escolha dos líderes de cada turma, com o objetivo de representá-los quando

necessário, repassando também avisos gerais como provas, trabalhos,

organização de formatura, entre outros;

A Escola também mantém uma postura de responsabilidade com estudantes

que apresentam problemas de frequência e dificuldade de aprendizagem, buscando

junto ao coordenador de turma e mediadores uma forma para auxiliá-los.

A participação de todos os segmentos da Escola é fundamental quando se

tem a consciência de que o ser humano entendido como um ser social e histórico

27

participa ativamente da construção de sua própria história, sendo então este grupo

também responsável por seu aprimoramento.

Como suporte pedagógico, a EFOS oferece capacitação aos mediadores e

coordenadores de turmas, reuniões, paradas para estudo, trocas de experiências

entre o grupo docente na busca incessante de alcançar um ensino de qualidade nos

diversos cursos oferecidos pela instituição, como também formar profissionais

competentes e qualificados para o SUS e o mercado de trabalho.

4.1 A metodologia que norteia o trabalho educativo

As profundas transformações de ordem econômica, social e cultural que têm

ocorrido nas sociedades contemporâneas não só têm refletido em novas formas e

relações de trabalho, mas também têm gerado novos desafios para a educação.

O sistema econômico sob o qual vivemos cuja acumulação do capital

decorrente da globalização econômica e da reestrutura produtiva têm exigido

mudanças, reformas e novos paradigmas da educação que buscam sua adequação

às novas exigências das práticas sociais e do mundo do trabalho. Nesse contexto, a

Educação Profissional na área da saúde tem sido objeto de discussões

especialmente no que se refere a planificação e desenvolvimento curricular, as

metodologias de aprendizagens e as correntes pedagógicas que norteiam a

formação do profissional e do docente a fim de melhor suprir as demandas sociais

emergentes. Entretanto, um dos principais desafios da Escola ainda é preparar o

indivíduo para viver em sociedade, percebendo-se enquanto cidadão e

compreendendo a realidade da qual está inserido. Para tanto, a Escola deve

trabalhar com a reelaboração reflexiva, crítica e criativa do educando,

fundamentando e fomentando o desenvolvimento de um conjunto de competências,

habilidades, atitudes e investigação científica-tecnológica que só a educação

escolarizada poderá assegurar.

Freitas (2009), nos coloca a urgência em romper com paradigmas e práticas

pedagógicas tecnicistas, mecanicistas, baseadas no pensamento newtoniano-

28

cartesiano fundamentado numa visão fragmentada e reducionista da realidade. Para

tanto, as instituições de ensino em saúde devem atentar para uma educação que

valorize a equidade, eficiência, relevância e excelência na qualidade da assistência

do trabalho em saúde, de forma a vivenciar novos desafios que possam superar

estruturas cristalizadas e modelos de ensino conservadores e/ou tradicionais.

Entretanto, tal mudança só é possível através de uma prática pedagógica que

estimule os alunos a serem transformadores do conhecimento, envolvendo pesquisa

e inovação, vinculando a ciência aplicada às realidades locais.

Para tanto, se faz necessário rever as práticas tradicionais de ensino a fim de

(re)construir uma prática pedagógica renovada, transformadora, capaz de superar

limites do treinamento puramente técnico, através de currículos inovadores que

fortaleçam o processo de ensino e aprendizagem, com base em resultados e

competências, destacando o desenvolvimento de habilidades e atitudes tanto

quanto do conhecimento.

É nesse contexto que as metodologias ativas surgem como propostas

criativas e a fim de centralizar o processo de ensino e aprendizagem na participação

mais significativa dos alunos, valorizando seus conhecimentos prévios, experiências

de vida e realidades das quais estão inseridos, despertando-os para o

reconhecimento dos problemas do mundo atual e tornando-se capazes de tomar

decisões individuais e coletivas, com condições de intervir e promover nas

transformações necessárias em seus contextos. Assim, as Metodologias Ativas na

Educação Profissional em Saúde podem conduzir para a construção de um currículo

integrado, buscando articular de forma dinâmica a teoria e a prática numa relação

dialética de Ação-Reflexão-Ação, possibilitando conteúdos potencialmente

significativos e o desenvolvimento de uma práxis transformadora.

Dentre as Metodologias Ativas de Aprendizagem utilizadas na Educação

Profissional está elencada a Metodologia da Problematização fundamentada nas

teorias histórico-críticas defendidas por Paulo Freire, Demerval Saviani, José Carlos

Libâneo, entre outros educadores que adotam a ideia de que a aprendizagem é

concebida como uma resposta natural do aluno ao desafio de uma situação

problema, e, sua solução advém da participação ativa no processo de

aprendizagem, especialmente através da interatividade, do diálogo dinâmico entre

29

alunos e professores. Assim, a metodologia problematizadora tem por objetivo

aumentar a capacidade do aluno em se tornar partícipe na construção de sua

própria história, sendo um agente de transformação social, desenvolvendo nele a

capacidade de observar a realidade imediata ou circundante, detectar todos os

recursos disponíveis e encontrar formas de organização do trabalho e da ação

coletiva (BRASIL, 1994).

A aplicação da metodologia da problematização transforma um problema em

fator de motivação para a aprendizagem, enfatizando a construção de

conhecimentos em ambiente de colaboração e interação. O uso dessa abordagem

favorece o aluno em vários aspectos: seu conhecimento prévio é valorizado; sua

aprendizagem é construída em ambiente colaborativo, com condições de

questionar, equacionar, analisar e apontar soluções para os problemas levantados,

buscando soluções em equipe a fim de aplicar o conhecimento em vários contextos

sob a orientação do mediador. Com isso, o aluno adquire mais confiança e firmeza

em suas decisões e no uso de seu conhecimento em situações práticas; amplia sua

linguagem, aprende a se expressar melhor oralmente e por escrito; adquire gosto

para resolver problemas e vivencia situações que requer tomar decisões por conta

própria, reforçando a autonomia no pensar e no atuar (RIBEIRO, 2005).

Diante disso, o Projeto Político Pedagógico da EFOS traz em seu contexto a

metodologia da Problematização buscando subsidiar questões pertinentes ao

processo educativo.

Segundo Berbel (1998), algumas Escolas que preparam profissionais para a

área da saúde têm surpreendido a comunidade interna e externa com inovações

importantes na maneira de pensar, organizar e desenvolver seus cursos, pois

inspirados em exemplos de experiências de mais de 30 anos, realizadas no Canadá

e na Holanda várias Escolas de Medicina no Brasil vêm buscando adotar a

Aprendizagem Baseada em Problemas em seus currículos.

Deste modo a EFOS centrada nos princípios éticos que permeiam a conduta

e os direitos do ser humano, acredita que por meio desta metodologia poderá

propiciar uma ação transformadora junto à comunidade escolar, pois esta

metodologia busca a mobilização do potencial social, político e ético dos alunos, que

estudam cientificamente para agir politicamente, como cidadãos e profissionais em

30

formação, como agentes sociais que participam da construção da história de seu

tempo, mesmo que em pequena dimensão.

Para Berbel (1998), a primeira referência para essa Metodologia é o Método

do Arco, de Charles Maguerez, (apud BORDENAVE, 1982). Nesse esquema

constam cinco etapas que se desenvolvem a partir da realidade ou um recorte da

realidade: Observação da Realidade; Pontos chaves: Teorização; Hipóteses de

Solução e Aplicação à Realidade (prática).

Apesar de nem sempre ser a alternativa mais adequada para certos temas de

um programa de ensino, a Metodologia da Problematização segundo Berbel (1998),

deve ser utilizada como método de estudo e de trabalho sempre que seja oportuno,

ou seja, em situações em que os temas estejam relacionados com a vida em

sociedade, principalmente quando diretamente relacionado com a prestação de

serviços à comunidade, por isso é tão discutida e utilizada em cursos na área da

saúde.

Para melhor compreensão desta metodologia, Berbel (1998) a sintetiza da

seguinte maneira:

Na primeira etapa que é a Observação da Realidade Social, os alunos são

orientados a olhar atentamente e registrar de maneira sistematizada o que

perceberem sobre a parcela da realidade em que aquele tema está sendo vivido ou

acontecendo, podendo para isso serem dirigidos por questões gerais que ajudem a

31

focalizar e não fugir do tema. Tal observação permitirá aos alunos identificar

dificuldades, carências, discrepâncias, de várias ordens.

Na segunda etapa que é a dos pontos chaves, os alunos são levados a

refletir primeiramente sobre as possíveis causas da existência do problema em

estudo. Por que será que esse problema existe? Neste momento os alunos, com as

informações que dispõem, passam a perceber que os problemas de ordem social

como os da educação, da atenção à saúde, da cultura, das relações sociais, entre

outros, comportam variáveis menos diretas, menos evidentes, mais distantes, mas

que interferem na existência daquele problema em estudo. A partir dessa análise

reflexiva os alunos são estimulados a uma nova síntese: a da elaboração dos

pontos essenciais que deverão ser estudados sobre o problema, para compreendê-

lo mais profundamente e encontrar formas de interferir na realidade para solucioná-

lo ou desencadear passos nessa direção.

A terceira etapa é a da Teorização. Esta é a etapa do estudo, da investigação

propriamente dita. Os alunos se organizam tecnicamente para buscar as

informações que necessitam sobre o problema onde quer que eles se encontrem:

bibliotecas, livros, revistas especializadas, pesquisas já realizadas, jornais, atas de

congressos entre outros. Consultam especialistas sobre o assunto; observam o

fenômeno; aplicam questionários para obter informações de várias ordens

(quantitativas ou qualitativas); assistem palestras e aulas quando oportunas. Todas

as informações obtidas são tratadas, analisadas e avaliadas quanto a suas

contribuições para resolver o problema. Tudo isto é registrado, possibilitando

algumas conclusões, que permitirão o desenvolvimento da etapa seguinte.

A quarta etapa é a das Hipóteses de Solução. Todo o estudo realizado

deverá fornecer elementos para os alunos, crítica e criativamente elaborarem

possíveis soluções para que o problema seja solucionado. O que precisa ser

providenciado? O que pode realmente ser feito? Nesta metodologia, as hipóteses

são construídas após o estudo, como fruto da compreensão profunda que se obteve

sobre o problema, investigando-o de todos os ângulos possíveis.

A quinta e última etapa é a da Aplicação à Realidade. Esta etapa da

Metodologia da Problematização ultrapassa o exercício intelectual, pois as decisões

tomadas deverão ser executadas ou encaminhadas. Nesse momento o componente

social e político está mais presente. A prática que corresponde a esta etapa implica

32

num compromisso dos alunos com o seu meio. Do meio observaram os problemas e

para o meio levarão uma resposta de seus estudos, visando transformá-lo em algum

grau (BERBEL, 1996, p.8-9).

Completa-se assim, segundo Berbel (1998), o Arco de Maguerez, com o

sentido especial de levar os alunos a exercitarem a cadeia dialética de ação -

reflexão - ação, ou dito de outra maneira, a relação prática - teoria - prática, tendo

como ponto de partida e de chegada do processo de ensino e aprendizagem a

realidade social.

Em síntese, a Metodologia da Problematização tem uma orientação geral

como todo método, caminhando por etapas distintas e encadeadas a partir de um

problema detectado na realidade. Constitui-se uma verdadeira metodologia,

entendida como um conjunto de métodos, técnicas, procedimentos e atividades

intencionalmente selecionadas e organizados em cada etapa, de acordo com a

natureza do problema em estudo e as condições gerais dos participantes.

Volta-se para a realização do propósito maior que é preparar o estudante/ser

humano para tomar consciência de seu mundo e atuar intencionalmente para

transformá-lo, sempre para melhor, para um mundo e uma sociedade que permitam

uma vida mais digna para o próprio homem.

Visando propiciar mudanças nesse processo, cabe a equipe pedagógica da

EFOS oportunizar paradas de estudo para discussões e entendimento da

Metodologia Problematizadora. Entretanto, sabe-se que a mudança de crença e de

valores acontece por meio de aproximações sucessivas ao conteúdo na qual a

mudança de atitude entre o pensar e o agir requer um tempo, que não é linear e

igual para todos.

Desta forma, o avanço na execução curricular e na metodologia proposta,

poderá ocorrer com capacitações pedagógicas sistemáticas e um acompanhamento

frequente dos docentes em relação à metodologia de ensino e processo de

avaliação, pois quando analisamos os conteúdos interdisciplinares, quando

abordamos a necessidade de união entre teoria e prática enquanto metodologia, e

ainda a democracia enquanto gestão, nós nos damos conta da pedagogia

problematizadora de Paulo Freire entre outros educadores, onde a prática

pedagógica passa a ser uma ação política de troca de concretudes e de

33

transformação. Como seres inacabados, os homens se fazem e refazem na

interação com o mundo, objeto de sua práxis transformadora. (BOUFLEUER, 1991)

4.2 O planejamento

Pensar o planejamento como uma ferramenta que possibilita dar mais

eficiência a ação humana, sendo um instrumento de organização, de decisão, é

uma das metas da EFOS, ao buscar um planejamento participativo baseado nos

princípios democráticos, cuja característica principal é a participação dos membros

da comunidade escolar.

Para Padilha (2001), o ato de planejar é sempre processo de reflexão, de

tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e

racionalização de emprego de meios materiais e recursos humanos disponíveis,

visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a

partir dos resultados das avaliações. Ainda segundo o autor, planejar, é um

processo que visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que

apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando

e prevendo necessariamente o futuro.

Planejar é uma atividade que também está dentro da educação, visto que

esta tem como características básicas evitar a improvisação, prever o futuro,

estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da

ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação.

Desta maneira, o processo de planejar deve ser baseado no conhecimento

da realidade a partir da ação e da reflexão, não havendo espaço para o tradicional,

pois é uma tomada coletiva de decisões, já que o planejamento participativo deve

envolver a colaboração de todos os segmentos da Escola de Formação em Saúde.

Planejamento participativo compreende, no sentido amplo e teórico do termo, todas as formas pelas quais os membros de uma organização, como indivíduos e coletividade, podem influenciar os destinos dessa organização. No planejamento participativo deseja-se a participação direta do indivíduo que agem em seu próprio nome, assumindo ou influenciando decisões na sua área de atuação. (MOTTA, apud PADILHA, PRADO e HORR, 2000, p. 27).

34

Gandin, (1999) afirma que para as instituições “que têm como propósito mais

importante a participação na construção da sociedade”, o planejamento participativo

é o mais indicado.

Nesse sentido, para Ganzeli (2000), a participação deve ser entendida como

um processo de aprendizagem que demanda espaços sociais específicos para a

sua concretização, tempo para que ideias sejam debatidas e analisadas, bem como,

e principalmente, o esforço de todos aqueles preocupados com a formação do

cidadão e de uma Escola verdadeiramente democrática.

O planejamento participativo é um instrumento que possibilita conhecer de

forma mais ampliada a realidade da Escola, suas necessidades, seus problemas,

seus anseios e expectativas, a fim de articular, construir e viabilizar práticas e

atividades escolares vinculadas ao contexto social da qual está inserida, tendo

como referenciais sua missão e função social proposta em seu Projeto Político

Pedagógico. Por estar calcado nos princípios democráticos, o planejamento

participativo prevê o envolvimento de todos os membros da comunidade escolar nos

direcionamentos e rumos da Escola.

Para Libâneo (2004), o planejamento escolar é uma atividade de elaboração

conjunta (comunidade escolar) que visa a previsão da ação a ser realizada através

de um processo contínuo de conhecimento e análise a partir da realidade da Escola

a fim de buscar alternativas e soluções para seus problemas, contribuindo para a

organização e gestão escolar. Libâneo (2004, p.149-150) considera importante para

a realização do planejamento escolar:

Diagnóstico e análise da realidade da Escola: busca de informações reais e

atualizadas que permitam identificar as dificuldades existentes e as causas que

as originam, em relação aos resultados obtidos até então.

Definição de objetivos e metas que compatibilizem a política e as diretrizes do

sistema escolar com as intenções, expectativas e decisões da equipe da Escola.

Determinação de atividades e tarefas a serem desenvolvidas em função de

prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com os recursos

disponíveis (elementos humanos e recursos materiais e financeiros).

O planejamento participativo deve ser pensado como um instrumento de

previsão e organização das práticas escolares que possibilita a interação,

participação e ação coletiva, tendo como referência o conhecimento, a análise e

35

interpretação sobre a Educação, a Escola, a Comunidade Escolar entre outros

saberes necessários para melhoria da qualidade do ensino, firmando o

compromisso com a transformação social e educacional.

Porém é preciso ter clareza que o planejamento é um processo ininterrupto,

requer um acompanhamento permanente e sua operacionalização deve ser

assegurada no Projeto Político Pedagógico da Escola.

Ferreira (1979) identifica três fases fundamentais no planejamento

participativo:

A preparação do planejamento dos conteúdos, entendido como o registro

sistematizado e justificado das decisões tomadas pelos mediadores que vivenciam o

dia a dia da Escola.

O acompanhamento da execução das operações pensadas no

planejamento, de forma a fazer, caso seja necessário, as alterações nas operações

de forma que essas alcancem os objetivos propostos.

A revisão de todo o caminhar, avaliando as operações que favoreceram o

alcance dos objetivos e aquelas operações que poucas influências tiveram sobre o

mesmo, iniciando-se assim um novo planejamento.

Cabe lembrar que todo processo de planejamento participativo tem por

função transformar uma dada realidade. Espera-se que, com a implementação do

planejamento ocorram mudanças políticas, pedagógicas e administrativas na

realidade dos cursos oferecidos pela EFOS, pois, de outra forma, o planejamento

não passará de uma mera formalidade legal da Escola.

Posturas divergentes sobre os problemas da Escola devem ser discutidos

dentro dos limites éticos, prevalecendo o respeito à diferença, possibilitando um

diálogo que viabilize propostas coletivas para a melhoria da qualidade política,

pedagógica e administrativa da Escola de Formação em Saúde. No planejamento, a

ideia de transformar a realidade deve estar sempre presente em propostas que

busquem no aluno-trabalhador um sujeito que participa do processo produtivo de

forma mais crítica.

Dessa forma, o planejamento escolar da EFOS visa projetar, prever e decidir

ações para atingir determinados fins (pedagógicos, políticos, sociais,

administrativos), considerando a realidade e o contexto em que a Escola está

36

inserida. Assim, para a concretização do planejamento escolar participativo, estão

previstas as seguintes etapas:

Pesquisa diagnóstica: consiste na primeira fase das atividades a fim de

investigar, identificar e diagnosticar a realidade situacional da EFOS por meio de

seus dados/registros (matrícula, evasão, rendimento escolar, matriz curricular,

etc); e, através de questionário estruturado aplicado aos membros da

comunidade escolar (alunos, professores, demais servidores da EFOS) cujo

objetivo é levantar os nós críticos, os acertos e sugestões para a melhoria da

Escola.

Análise dos dados: nesta segunda fase do planejamento participativo constitui

na organização, exame e interpretação dos dados e informações coletadas,

considerando possíveis causas dos problemas e as soluções apontadas pela

comunidade escolar.

Visão e Revisão: compreende a terceira fase das atividades na qual busca

certificar de que nada importante ficou esquecido na elaboração do planejamento

e também retifica/reexamina as implicações que as soluções apontadas poderão

acarretar.

Formalização do Planejamento: fase final que consiste na apresentação,

interação dos estudos e na formalização das diretrizes norteadoras do

planejamento a fim de dinamizar e envolver toda a comunidade escolar para

definição das atividades e tarefas a serem desenvolvidas.

O planejamento participativo é também a oportunidade de todos os membros

da comunidade escolar compartilhar saberes a fim de (re)construir e concretizar as

transformações necessárias para uma educação de qualidade, externando o

exercício da cidadania e o compromisso com a democracia.

4.3 Currículo, matriz curricular, regime de funcionamento e organização dos cursos oferecidos pela EFOS

4.3.1 Currículo

O currículo representa a composição dos conhecimentos e dos valores que

caracterizam um processo social. É, sobretudo, uma construção social, na

37

concepção de estar inteiramente vinculada a um momento histórico, à determinada

sociedade e às relações com o conhecimento. Ao pensarmos no homem como um

ser histórico, também temos que refletir em um currículo que atenda em épocas

diferentes e seja dinâmico, em certo espaço e momento histórico. O currículo, não é

imparcial, ele é social e culturalmente definido. A Escola não é apenas um espaço

social emancipatório ou libertador, mas principalmente um cenário de socialização

de mudanças.

Para Moreira (2003), a palavra currículo associam-se distintas concepções,

que derivam dos diversos modos de como a educação é concebida historicamente,

bem como das influências teóricas que a afetam e se fazem hegemônicas em um

dado momento. Diferentes fatores socioeconômicos, políticos e culturais

contribuem, para que esse currículo venha ser entendido como: (a) os conteúdos a

serem ensinados e aprendidos; (b) as experiências de aprendizagem escolares a

serem vividas pelos alunos; c) os planos pedagógicos elaborados por professores,

Escolas e sistemas educacionais; (d) os objetivos a serem alcançados por meio do

processo de ensino; (e) os processos de avaliação que terminam por influir nos

conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da

escolarização.

Currículo também é a prática em que se estabelece no diálogo entre os

mediadores, estudantes, coordenadores das turmas, equipe técnica e pedagógica,

enfim todos os envolvidos com o processo de educação. O currículo é determinado

pelo contexto, e ele adquire diferentes sentidos conforme os diversos protagonistas.

De maneira geral um dos objetivos do currículo é preparar o aluno/trabalhador para

que ele saiba atuar num ambiente de transformações econômicas e sociais da atual

fase em que o mundo vem passando.

Para Telles (2008), a contemporaneidade, marcada pela imprevisibilidade,

flexibilidade estrutural e pela crescente quantidade de informação, exige um cidadão

que saiba transitar por diversos caminhos onde transitam seus direitos e deveres.

Portanto, participar efetivamente dessa sociedade requer, tanto dos mediadores,

como dos alunos uma crescente demanda por novos conhecimentos, competências

e habilidades para que sejam capazes de lidar autonomamente com situações em

diferentes contextos, desde as cotidianas até as do mundo do trabalho.

38

Ainda citando Telles (2008) para tanto, tornam-se imprescindíveis

profissionais com uma leitura do presente e uma perspectiva de futuro que possam

formular e operar essas transformações com competência, conhecimento e

engajamento. Reitera-se, assim, a necessidade de um educador com domínio de

saberes específicos das diversas áreas do conhecimento, bem como daqueles

relativos às metodologias e à compreensão dos processos implicados no

planejamento, na organização curricular, na avaliação e na gestão da educação

escolar.

É preciso que os educadores, através de uma construção coletiva,

considerem o conhecimento acumulado pela sociedade no seu fazer pedagógico e

na interação com os pares, busquem o aprofundamento teórico que emerge como

necessidade da reflexão na e sobre a prática.

A Proposta Curricular de Santa Catarina (1998), diz que a prática pedagógica

deve garantir um espaço de respeito onde o diálogo e os acirramentos das

discussões ideológicas são fundamentais para que a aprendizagem envolva todos,

os ajudando a se transformarem.

Considera-se essencial que o mediador não perca de vista a construção de

valores como a ética, moral, respeito, atitudes e hábitos inerentes ao ser humano,

pois isto é o que dá suporte ao conhecimento. Manter o respeito para com todos e

em diversos momentos, saber conduzir os processos de convivência permitindo a

construção coletiva do ensino aprendizagem e ainda possibilitando a construção do

indivíduo.

Em meio a isso e à reflexão sobre os descompassos entre as expectativas

sociais da sociedade, a Escola de Formação em Saúde proporciona espaço a seus

profissionais na participação e construção do currículo a ser trabalhado em cada

curso oferecido pela Escola, pois a produção curricular é uma tarefa que exige uma

ação altamente qualificada.

4.3.2 Matriz Curricular dos Cursos

As matrizes curriculares, construídas com base nas Diretrizes Curriculares

para o Ensino Profissionalizante previsto também na LDB artigo 36 B, parágrafo

39

único, incisos I, II e III e, portanto, para o mundo do trabalho, estão estruturadas em

módulos. Os cursos técnicos oferecidos pela EFOS têm como ponto de partida um

módulo básico que será comum a todos os cursos de formação técnica e num

segundo momento módulos específicos para cada curso respeitando as Diretrizes

Nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

O processo de trabalho em saúde também foi um tema relevante na

construção da matriz curricular, devido à divisão técnica e social do trabalho tão

presente nos serviços de saúde.

A EFOS mantém cursos Profissionalizantes em nível de Ensino Médio, para

fins de equivalência, restringindo seu campo de atuação às habilitações da área da

saúde, para atender às necessidades dos serviços dos SUS. Os cursos são

organizados de modo a garantir o relacionamento, ordenação e sequência dos

conteúdos, observando-se o ritmo do aluno e a dinâmica dos trabalhos. A Escola

oferece cursos descentralizados nas treze macrorregiões que possuam as

condições necessárias para esta descentralização.

As matrizes curriculares dos cursos desenvolvidos pela Escola visam à

qualificação profissional. A parte de formação especial compreenderá os mínimos

exigidos para cada habilitação profissional, para fins de equivalência, podendo ser

enriquecida com matérias instrumentais de Ensino Médio e conteúdo adicionais de

interesse dos serviços. As bases tecnológicas referentes a cada habilitação constam

nos planos dos cursos.

O processo ensino-aprendizagem se desenvolve com base na integração

ensino-serviço, mediante interação entre prática-reflexão-prática, levando à

sistematização do conhecimento.

4.3.3 Regime de Funcionamento dos Cursos

Os cursos da EFOS, de forma geral, são realizados prioritariamente em

serviço, atendendo a legislação do exercício profissional ou pela constatação “in

loco” da existência de trabalhadores não capacitados, atuando no setor saúde.

O período de duração dos Cursos Técnicos é em média 26 meses e as

Especializações Técnicas em Nível Médio e Aperfeiçoamentos, realizam-se de 5 a

40

12 meses, obedecendo a carga horária mínima estipulada pela legislação vigente

para cada curso. Os Cursos de Formação Inicial Continuada e as capacitações

ocorrem no período de até 6 meses, também seguindo a legislação vigente.

4.3.4 Infraestrutura dos Cursos

Os cursos que acontecem na sede da EFOS têm como suporte toda a

infraestrutura da Escola como: salas climatizadas, biblioteca, auditório, refeitório,

recursos tecnológicos (datashow, laboratório de informática, laboratório de práticas

de enfermagem e odontologia). Nas demais regiões, para descentralização dos

cursos, como preconiza o Conselho Estadual de Educação/ SC, o local onde

ocorrem as aulas deve estar em condições apropriadas e contar com infraestrutura

adequada para o funcionamento do curso, conforme legislação vigente, resolução

nº 167, de 22 de outubro de 2013. Celebrar Termo de Cooperação Técnica entre a

Secretaria de Estado da Saúde/SES e a instituição de ensino cedente; entre a SES

e município e entre SES e instituições de saúde quando não pertencem a rede

estadual.

A coordenação geral dos cursos está centralizada na EFOS com sede em

São José e as coordenações regionais ou de turmas, nas regiões de ocorrência do

curso.

4.3.5 Planejamento Didático Pedagógico dos Cursos

O planejamento escolar é uma tarefa, onde o mediador deve incluir tanto a

previsão das atividades em termos de organização e coordenação em face dos

objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de

ensino. O planejamento é um meio para programar as ações do mediador, mas é

também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.

O planejamento é um processo de racionalização, organização e

coordenação da ação do mediador, articulando a atividade escolar e a problemática

do contexto social onde o aluno se encontra, buscando as modificações na sua

41

ação em serviço. A Escola, os mediadores e alunos são integrantes da dinâmica

das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por

influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de

classe. Isso significa que os elementos do planejamento escolar: objetivos,

conteúdos, métodos e avaliação estão recheados de implicações sociais e têm um

significado genuinamente político. Por essa razão o planejamento, é uma atividade

de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente

sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho ficaremos entregues aos rumos

estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.

Para que o planejamento seja participativo é necessário que os mediadores

sejam envolvidos e chamados a participar, juntamente com a equipe técnica e

pedagógica da Escola, para que se promovam momentos de encontro, com a

discussão da seleção de recursos disponíveis no local onde são realizadas as aulas,

recursos na própria comunidade ou estabelecimentos de saúde com o objetivo de

aproximar os alunos da realidade social naquele setor.

Neste sentido, o planejamento deverá contemplar todos os conteúdos

programáticos, tendo como base as oportunidades oriundas do campo da prática,

não havendo necessidade de seguimento da sequência de conteúdos

preestabelecidos, desde que este esteja contemplado naquele Bloco

Temático/Módulo específico, sendo importante que os mediadores estabeleçam

sempre a inter-relação dos conteúdos. No entanto, é importante que se garanta que

todos os conteúdos sejam abordados no decorrer do curso.

Caso o desenvolvimento de uma atividade planejada não tenha

correspondido ao objetivo da aprendizagem, deverão ser planejadas outras

atividades para o reforço, através de recursos didáticos, os quais são considerados

elementos essenciais no trabalho dos conteúdos escolares com os alunos. Os

recursos didáticos são instrumentos essenciais que possibilitam uma efetiva relação

pedagógica de ensino-aprendizagem, sendo importantes tanto no trabalho dos

mediadores nos momentos em que expõem os conteúdos escolares como nos

trabalhos de grupos dos alunos, momento em que realizam reflexões sobre o

conteúdo escolar abordado na aula.

Faz-se necessário a percepção de problematizar a necessidade da

diversificação de recursos didáticos a partir das observações que o mediador realiza

42

da observação teórica e prática dos alunos e assim realizar as modificações e

reavaliações necessárias para o aprendizado dos mesmos. Assim, é importante que

o mediador possibilite aos alunos, leituras prévias ou posteriores, discussão em

grupos, dramatizações, visitas programadas, práticas em laboratórios, material

disponibilizado na plataforma AVATAR entre outras.

Ao elaborar o planejamento, o mediador deve:

Levar em consideração o nível de complexidade crescente das unidades de

trabalho;

Iniciar com procedimento simples e/ou complementares;

Integrar, progressivamente os conteúdos mais complexos;

Promover, se possível, rodízio nos ambientes das práticas de laboratório e outros

locais de aprendizagem fora do ambiente escolar que irão reforçar o aprendizado.

Os conteúdos das disciplinas já desenvolvidas, deverão ser revistos pelos

mediadores a cada aula ministrada, pois a avaliação deve ser processual, devendo

constar no planejamento do mediador, considerando as necessidades de reforço

e/ou de aprofundamento dos alunos.

As atividades planejadas e não executadas deverão ser reavaliadas e

retomadas em planejamento posterior. Caso ocorra que durante o processo ensino-

aprendizagem os alunos desempenhem atividades não planejadas, as mesmas

deverão ser acrescidas ao planejamento referente aquele conteúdo.

O planejamento do ensino teórico-prático contemplará todos os conteúdos

programáticos, tendo como base as oportunidades oriundas do campo de prática,

havendo flexibilidade na sequência estabelecida no programa.

4.3.6 Desenvolvimento do Processo Ensino-Aprendizagem

O desenvolvimento das atividades de concentração (teoria) apresenta-se

como uma oportunidade de reunir a turma, proporcionando além de um momento de

aprendizagem, a socialização do grupo e troca de saberes.

As atividades práticas dos cursos serão desenvolvidas em locais próprios

para a aprendizagem, considerando a pactuação entre os gestores e disponibilidade

43

de campo de estágio ou atividade prática, conforme convênio realizado entre a

SES/SC e as Unidades Básicas de Saúde, Unidades Hospitalares cedentes, ou

outra instituição de saúde que se fizer necessária para a prática do estágio. O

desenvolvimento das atividades de dispersão (estágio) ocorre nas áreas específicas

de cada curso e encontram-se em acordo com a Lei nº 11.778 de 25 de setembro

de 2008.

Tanto na teoria, como na prática, o mediador organizará o planejamento

didático pedagógico a partir da realidade, propiciando desta forma as oportunidades

de ensino.

4.3.7 Organização do Ensino e Metodologia dos Cursos

A metodologia dos cursos fundamentada na metodologia problematizadora,

parte do princípio de que a aprendizagem não é alcançada de forma instantânea e

nem por domínio de informações técnicas, pelo contrário, requer um processo de

aproximação do sujeito da aprendizagem com o conhecimento. A partir desta

reflexão e percepção iniciais, o aluno é levado a observar, reelaborar e sistematizar

o conhecimento com o objeto em estudo.

O programa do curso segue um regime didático constituído por fases

teóricas, teórico-práticas e por estágios. Todas as fases possuem um sistema de

avaliação, sendo registrados em diário de classe nas atividades teóricas e teórico-

práticas e em formulário próprio nas atividades práticas.

4.3.8 Horário de Funcionamento dos Cursos

As aulas teóricas serão determinadas pelo cronograma de cada curso,

elaborado pelo coordenador de turma com orientação da Coordenação Pedagógica

e Técnica da EFOS, levando-se em conta a pactuação realizada pelos gestores

municipais de saúde.

44

No estágio as aulas acontecem nas Unidades Básicas de Saúde, Unidades

Hospitalares e outros estabelecimentos de saúde, os quais sediarão a prática,

obedecendo ao horário de funcionamento das Unidades e Serviços de Saúde que

concedem o estágio.

4.3.9 Duração e Carga Horária dos Cursos

A duração da hora-aula para todos os cursos, compreendendo as atividades

teóricas, teórico-práticas e estágios será de 60 minutos. As atividades teórico-

práticas são planejadas pelo coordenador de turma e pelo mediador, com o objetivo

de possibilitar e articular o processo de ensino-aprendizagem nas diversas áreas do

conhecimento, possibilitando ao aluno fazer a mediação entre os vários

conhecimentos construídos a partir de diversas temáticas.

4.3.10 Descentralização dos Cursos

A Escola de Formação em Saúde, ao iniciar os Cursos de formação já

autorizados pelo Conselho Estadual de Educação/SC ou de Formação Inicial

Continuada - FIC segue alguns critérios essenciais para diagnosticar num primeiro

momento a demanda existente em cada região. É encaminhado um ofício para as

treze regiões de abrangência da EFOS, aos cuidados dos articuladores das CIESs e

dos presidentes das CIRs e gerentes das GERSAs, solicitando o levantamento das

necessidades de cursos para a região.

Com este diagnóstico a EFOS faz uma análise de todas as solicitações

buscando atender as regiões conforme a demanda. Após esta análise, envia-se a

proposta do projeto ao Ministério da Saúde, para aprovação do mesmo e liberação

dos recursos financeiros, sendo que a seguir é elaborado e organizado o processo

para descentralização junto ao CEE/SC e licitação para a execução dos cursos.

Cabe aqui salientar que muitos cursos solicitados pelas regiões acabam por não

serem liberados pela falta de espaços físicos adequados para seu funcionamento,

conforme a legislação referente à Resolução 167/2013 do CEE/SC.

45

A Escola atua em treze Regiões de Saúde de sua abrangência: Extremo

Oeste, Xanxerê, Oeste, Alto Uruguai Catarinense, Meio Oeste, Alto Vale do Rio do

Peixe, Grande Florianópolis, Laguna, Carbonífera, Extremo Sul, Nordeste, Planalto

Norte e Serra Catarinense. As demais três Regiões de Saúde são abrangidas pela

Escola Técnica do SUS vinculada ao município de Blumenau. As fontes dos

recursos são o Ministério da Saúde e contrapartidas do estado, por meio de

portarias ou convênios.

Os recursos financeiros federais do Ministério da Saúde são repassados do

Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Estadual de Saúde para atender as

demandas dos 242 municípios de responsabilidade da EFOS.

4.3.11 Documentações utilizadas pela EFOS

A Escola de Formação em Saúde, para garantir a qualidade de todo trabalho

executado utiliza e respalda suas ações em documentos como:

Avaliação de Desempenho Final – Estágio;

Avaliação de Desempenho Individual por Campo de Estágio;

Avaliação Final do Curso;

Avaliação Institucional;

Diário de Classe;

Ficha de Matrícula;

Manual do Aluno;

Manual do Estágio;

Matriz Curricular da Formação Inicial do Agente Comunitário de Saúde;

Matriz Curricular do Agente de Combate a Endemias e Agentes que atuam em

Vigilância em Saúde;

Matriz Curricular do Curso Técnico em Enfermagem;

Matriz Curricular do Curso Técnico em Saúde Bucal;

Matriz Curricular do Curso Técnico em Vigilância em Saúde;

Matriz Curricular Especialização Técnica de Nível Médio em Saúde Mental;

Matriz Curricular Especialização Técnica de Nível Médio em Saúde do Idoso;

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Matriz Curricular Especialização Técnica de Nível Médio em Urgência e

Emergência;

Orientações para formatura;

Planejamento;

Relatório de Registro Escolar;

Relatório final das capacitações;

Requerimento de solicitação de transferência interna do período;

Termo de Desistência;

Termo de Validação de disciplina.

47

5 INGRESSO

A matrícula dos cursos oferecidos pela EFOS seguem alguns critérios

indispensáveis para a organização das novas turmas como: ser trabalhador do SUS,

ter concluído o ensino médio e ter 18 anos.

A Escola encaminha aos gestores de saúde, um ofício disponibilizando o

número de vagas. Não preenchendo o número de vagas oferecidas aos

trabalhadores do SUS, as mesmas são disponibilizadas para a comunidade, cujo

critério de matrícula é por ordem de chegada.

Nos cursos descentralizados, a distribuição das vagas e as matrículas ficam

sob a responsabilidade do coordenador de cada região, adotando as mesmas

regras de distribuição da Escola.

5.1 Acessibilidade para portadores de necessidades especiais

A EFOS disponibilizará vagas aos candidatos com necessidades especiais,

desde que as mesmas sejam compatíveis com o perfil de conclusão do curso, ou

seja, desde que não interfiram e/ou comprometam nas habilidades profissionais

requeridas pelo conselho profissional da categoria. Seguindo os mesmos critérios

de matrícula descritos neste documento. A EFOS disponibiliza banheiros adaptados

para Portadores de Necessidades Especiais e elevadores. Para outras

necessidades especiais a Escola terá que se adaptar para atender este aluno.

5.2 Matrícula

A matrícula poderá ser efetuada em qualquer época do ano, quando da

abertura do curso, tanto na sede da EFOS como nas demais regiões de sua

abrangência. A prioridade das vagas é para os profissionais que atuam no SUS.

48

Será nula, de pleno direito, sem qualquer responsabilidade para a EFOS a

matrícula que se fizer com documento falso ou adulterado, ficando o responsável

passível das penalidades previstas em Lei.

Para matrícula serão exigidos os seguintes documentos: Ficha de matrícula

preenchida corretamente; Carteira de Identidade; CPF; Título de Eleitor e

comprovante de votação na última eleição; Quitação militar (para sexo masculino);

Certidão de Casamento, caso haja mudança de sobrenome; Certificado, Histórico

de Conclusão ou Diploma de Ensino Médio; 1 foto 3x4 recente; e a carta de

recomendação/liberação. Para os cursos de Especialização Pós Técnico de Nível

Médio para a matrícula são exigidos: Ficha de matrícula preenchida corretamente,

Carteira de identidade, CPF e Diploma do Curso Técnico em Enfermagem e nas

Capacitações são exigidos: Ficha de matrícula preenchida corretamente, Carteira de

identidade e CPF.

Na sede da EFOS as matrículas são realizadas em dias e horários definidos

pela Escola e efetivadas na secretaria escolar.

Nos cursos descentralizados compete ao coordenador de turma encaminhar

para a Secretaria Escolar da EFOS toda a documentação exigida e ficha de

matrícula preenchida dos alunos. Diante do recebimento da referida documentação,

a Secretaria Escolar efetiva as matrículas, cadastrando os alunos no Sistema

Nacional da Educação Profissional e Tecnológica – SISTEC.

49

6 - AVALIAÇÃO

“A avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando na sua viagem comum de crescimento’’. (Luckesi, 2002).

O ato de avaliar implica em dois processos articulados e indissociáveis:

diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem um diagnóstico, e um

diagnóstico, sem uma decisão é um processo incompleto.

Para Libaneo (1994), a avaliação da aprendizagem é uma tarefa didática

necessária e permanente no fazer pedagógico, onde o professor deve acompanhar

passo a passo o processo de ensino e aprendizagem, cujos resultados obtidos são

comparados com os objetivos planejados e propostos pelas teorias e as práticas

pedagógicas utilizadas formando uma dinâmica interativa que possibilita a regulação

da prática educativa: ao aluno subsidia o desenvolvimento de sua aprendizagem e

ao professor o redimensionamento de sua práxis.

Embora o ato de avaliar esteja vinculado a medição, a avaliação da

aprendizagem transcende o aspecto “meramente” classificatório, ela é parte

fundamental do processo educacional como um todo, e deve estar vinculada à

reformulação da aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. Para tanto, a

avaliação deve assumir o papel de fonte de pesquisa, na qual busque as causas

das dificuldades de aprendizagens, reprovações e evasões dos alunos e a partir daí

proporcionar condições para sanar tais problemas.

De acordo com Vasconcellos (2010), a avaliação é um processo abrangente

da existência humana que implica reflexão sobre a prática, no sentido de

diagnosticar seus avanços e dificuldades e, a partir dos resultados, planejar as

atividades didáticas posteriores. Com esse entendimento, a avaliação deve

acompanhar o aluno em seu processo de crescimento, contribuindo como

instrumento facilitador da aprendizagem e não um ato impositivo, mas sim um ato

dialógico, interativo e dinâmico que fornece ao mediador informações sobre os

avanços e dificuldades dos alunos, servindo de suporte ao processo de ensino e

aprendizagem, contribuindo para o planejamento de ações que possibilitem ao

aluno seu sucesso escolar!

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB nº

9394/96, (art. 24, inciso V), a avaliação da aprendizagem deve ser um processo

50

contínuo, sistemático e cumulativo do desempenho do aluno, vinculando a avaliação

na forma qualitativa, priorizando um ensino que valoriza os resultados acumulados

ao longo de todo o processo educacional e não somente os resultados de provas,

testes realizados no final de cada bloco temático ou módulo dependendo do curso.

Com isso, remete avaliação à finalidade de diagnóstico possibilitando maior

qualidade do ensino.

Nesse sentido, a avaliação diagnóstica é antes de tudo edificar parceria com

o educando, auxiliando-o na construção de conhecimentos, favorecendo um

momento dialético do processo de desenvolvimento, crescimento e autonomia dos

estudantes na sua trajetória de construção do conhecimento. Assim, adequada para

o início de cada curso, a avaliação diagnóstica sinaliza a presença ou ausência dos

pré-requisitos necessários para que os novos conhecimentos possam efetivar-se, de

maneira a “[...] identificar as dificuldades de aprendizagem, tentando discriminar e

caracterizar suas possíveis causas”. (HAYDT, 1988, p. 23). Sob essa ótica, a

avaliação fornece ao professor condições para uma análise mais ampla dos

conhecimentos alcançados pelos alunos, incluindo raciocínios, atitudes, e

estratégias espontâneas em relação a apreensão e construção do saber, permitindo

ao mediador adequar os conteúdos às necessidades e dificuldades dos estudantes,

e, para estes, possibilita a conscientização de que suas dificuldades expressas nas

avaliações possam ser o ponto de partida para a melhoria da própria aprendizagem.

Contudo, a avaliação da aprendizagem deve ser contínua, diária, permanente

e vinculada ao Projeto Político Pedagógico construtivo permitindo a tomada de

decisões para a melhoria da ação educativa. Neste sentido, o Projeto Político

Pedagógico da Escola de Formação em Saúde (EFOS) remete que avaliação da

aprendizagem tenha como objetivo avaliar todo o contexto e processo educativo, e,

se necessário, mudar o que for preciso para que haja transformações significativas,

onde os alunos possam realmente fazer diferença em seu meio social e de trabalho,

e ao mesmo tempo, possibilitando ao professor, o redimensionamento de sua

prática. A partir dessa visão, a EFOS preconiza que a avaliação da aprendizagem

componha um processo ininterrupto, contínuo, que recupere e não elimine, que

ofereça alternativas não punitivas, mas sim possibilite a transformação do aluno

permitindo o realinhamento do processo de ensino e aprendizagem por meio da

reflexão, com base no conhecimento científico e que possibilite a verificação de

51

competências e a mudança de atitudes. Dessa forma, os critérios de avaliação

devem ser bem planejados, articulados e coerentes com as Diretrizes

Curriculares da LDB e com os objetivos propostos no Projeto Político

Pedagógico da Escola. Por outro lado, vários aspectos devem ser considerados

na avaliação, não apenas os cognitivos, mas também outras dimensões que

fazem parte do processo de formação do ser humano tais como dimensões

culturais, sociais, biológicos, afetivos, psicomotores, contemplando o aluno e o

processo de ensino e aprendizagem na sua integralidade.

Em oposição ao modelo de educação autoritária e alienante, o educador

Paulo Freire arduamente defendeu a Escola democrática, cidadã, capaz de construir

uma educação emancipadora, libertadora, voltada ao conhecimento como um

processo de descoberta coletivo, mediatizado pelo diálogo entre professor e aluno.

Para ele, as transformações só seriam possíveis se os docentes (re) orientassem

suas práxis, revesse conteúdos e criassem novas formas de avaliações. Assim,

apontou a avaliação dialógica como uma prática pedagógica transdisciplinar, que

leva em conta o desenvolvimento dos alunos na pluralidade integrada das

disciplinas do currículo escolar como um todo, capaz de transformar a avaliação

num momento de aprendizagem para alunos e mediadores.

Hoffmann (2009), argumenta que a avaliação, enquanto relação dialógica, vai

conceber o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor,

numa relação de ação-reflexão-ação, exigindo do professor uma conexão

epistemológica com o aluno, na qual o conhecimento é construído em estreita

relação com o contexto, levando em conta os aspectos cognitivos, emocionais e

sociais presentes.

Partindo desse princípio, as práticas avaliativas adotadas pela EFOS

buscam alcançar o objetivo crucial da educação que é a formação de sujeitos

autônomos, críticos e reflexivos, colocando a avaliação a serviço das

aprendizagens cujos instrumentos avaliativos priorizem uma visão global dos

conteúdos estudados, possibilitando ao educando sua autonomia através da

construção e desenvolvimento, competências, habilidades, atitudes, ética e

valores que contribuam para seu crescimento intelectual, social, profissional e

pessoal.

52

Assim, as práticas avaliativas e educativas são complementares e

constituem um conjunto de ações que se suplementam ao longo dos processos

educacionais, nas quais, a avaliação é percebida como instrumento de intervenção

no planejamento de toda equipe, culminando nas diretrizes e encaminhamentos do

Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola cujo comprometimento com a

concepção emancipatória consente a importância da complementaridade entre as

avaliações qualitativas e quantitativas necessárias aos processos de escolarização

dos alunos.

Buscar o aperfeiçoamento e qualidade do ensino requer perceber a avaliação

como um instrumento eficaz e valioso para a análise do processo de aprendizagem,

pois serve como termômetro da instituição escolar, dos mediadores e dos alunos.

Portanto, cabe a equipe pedagógica e técnica da EFOS, subsidiar o processo

avaliativo, uma vez que a preocupação com a qualidade do ensino deve estar

voltada para o processo de aprendizagem culminando com a avaliação.

Destacamos aqui, que a avaliação deve estar conscientemente vinculada à

concepção de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, permeando toda a

prática pedagógica. Deste modo, a avaliação não deve representar o fim do

processo de aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de instrumentos

avaliativos, mas, sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma Escola

de qualidade.

Nos cursos realizados pela EFOS, a avaliação deve ser vista como uma

oportunidade de aprendizagem, na qual o aluno participa, acompanha e contribui de

maneira efetiva. A avaliação proposta pela Escola é constituída de momentos que

são complementares:

Avaliação de Processo que proporciona informações para acompanhar e

corrigir a ação pedagógica. Consciente dos objetivos e fundamentos de seu

trabalho, o mediador deve estar atento às várias situações e expressões do

comportamento do educando em relação ao seu processo de aprendizagem. A

avaliação de processo é individual. Para garanti-la, o mediador mantém registro

cuidadoso do desempenho de cada aluno em seu diário de classe.

Autoavaliação do aluno: diferentemente das pedagogias tradicionais, nas

quais a transmissão do conhecimento e o condicionamento da conduta são

avaliados pelo professor como o responsável pela formação, na metodologia

53

problematizadora, o protagonista central é o aluno, ele é o sujeito de sua

aprendizagem e, consequentemente, é o primeiro avaliador de si mesmo. A

autoavaliação constitui-se num instrumento importante para o desenvolvimento do

aluno, retrata o seu próprio reconhecimento de competências e habilidades,

explicitando seus avanços e dificuldades e também representa mais uma

contribuição para o mediador que, dispondo da percepção do aluno sobre si mesmo

(re) planeja as atividades de aprendizagem, se indicado.

A avaliação de desempenho final que procura determinar o resultado do

processo cumulativamente, verificando a competência alcançada pelo aluno é

essencialmente legitimadora e consiste no reflexo das avaliações de processo.

Contudo, os instrumentos avaliativos adotados pela EFOS priorizam uma

visão global dos conteúdos estudados, oportunizando ao aluno a utilização das

competências adquiridas em seu dia a dia e também devem estar voltados para

a promoção, permitindo ao aluno avançar em suas competências e habilidades

exigidas nos cursos oferecidos pela EFOS.

Para tanto, é preciso (re) construir o fazer pedagógico com propostas de

trabalho que forneça ao educando condições para alcançar sua autonomia, tomar

decisões, desenvolver sua criatividade, sua capacidade de colaborar e trabalhar em

equipe, agindo eticamente; além de promover a mobilização de esquema mentais

complexos e significativos importantes para desenvolvimento das aprendizagens.

Na Escola de Formação em Saúde, a aprendizagem dos alunos pode ser

avaliada por diferentes metodologias, tais como: Relatórios escritos; Interpretações

verbais ou escritas da realidade vivenciada; Contribuição individual nas discussões

de grupo; Resumo de textos; Estudo orientado, Estudo de caso; Prova escrita e oral;

Dramatizações; Observação do desempenho; Atividades práticas; Utilização da

Plataforma Virtual; Projeto de intervenção (é um projeto que se faz para reformar

algo que vem apresentando problema ou inviabilidade) com apresentação em

Banner – TCC, Trabalhos entre outros.

Com isso, a proposta é construir uma rede interativa e colaborativa entre os

protagonistas do fazer educativo da Escola de Formação em Saúde (EFOS), a fim

de tornar as práticas avaliativas mais contínuas, criativas, dinâmicas e eficientes. E

assim, a EFOS se disponibiliza em construir novas dimensões e formulações

54

pautadas acerca da produção de conhecimentos, do fazer pedagógico e dos

processos avaliativos.

6.1 Avaliações do processo ensino-aprendizagem e seus registros

6.1.1 Cursos Técnicos e Especializações

A aprovação final considera como conjunto dos resultados a frequência e o

desempenho dos alunos, diante das metas traçadas para cada curso.

As notas são expressas numa escala de 1 a 10 (um a dez). Para aprovação

em cada bloco temático ou módulo para as especializações o aluno deverá alcançar

nota mínima 7 (sete) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) ao

final da teoria em cada bloco temático/módulo. A aprovação em um bloco

temático/módulo é pré-requisito para a realização do próximo. Para aprovação em

cada disciplina prática (dispersão) o aluno deverá alcançar nota mínima 7 (sete) e

frequência mínima de 90% (noventa por cento) ao final de cada disciplina. A

aprovação em cada disciplina prática é pré-requisito para a realização da próxima

disciplina.

Sob orientação técnica, é parte integrante do curso, bem como do processo

avaliativo, a elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que deverá ser

apresentado a uma banca examinadora, como cumprimento do programa escolar.

O aluno que estiver impedido de comparecer no dia e horário agendados

para a apresentação deverá formalizar justificativa, junto à Secretaria Escolar, para

posterior apreciação pelo Conselho Escolar. A ausência dessa justificativa, cuja

responsabilidade é exclusiva do aluno, implicará em reprovação.

Todo desempenho obtido pelo aluno durante o curso, deverá ter seu registro

no diário de classe do mediador e/ou formulário de desempenho de estágio.

No final dos cursos Técnicos haverá uma prova final padrão que inclui os

cursos descentralizados onde o melhor colocado garantirá uma vaga na

especialização técnica que preferir dependendo da disponibilidade da oferta de

curso na sua região.

55

6.1.2 Formação Inicial Continuada

Nos cursos de formação continuada as capacitações o aluno será avaliado

pela frequência que é de no mínimo 80% para aprovação.

6.2 Da recuperação

O aluno poderá recuperar as notas inferiores à média 7 (sete) no decorrer do

término do bloco temático e módulo se for especialização que está cursando,

através de atividades planejadas pelo mediador. O resultado obtido na avaliação,

após estudos de recuperação, em que o aluno demonstra ter recuperado as

dificuldades, substituirá o anterior, referente aos mesmos objetivos, prevalecendo a

nota maior.

O aluno que não alcançar o aproveitamento suficiente será considerado como

reprovado. No entanto, o aluno tem a possibilidade de dar continuidade ao curso

desde o bloco temático em que foi reprovado e concorrerá a vaga igualmente aos

novos ingressos.

6.3 Da reprovação

Será reprovado o aluno que não alcançar a média igual ou superior a 7,0

(sete) no final de cada bloco temático ou módulo na teoria e na prática em cada

disciplina, assim como também não alcançar a frequência mínima de 75%(setenta e

cinco por cento) na teoria e 90% nos estágios nos cursos técnicos e especialização

e 80% (oitenta por cento) nas capacitações e aperfeiçoamentos, sendo nestes dois

últimos considerado apenas a frequência.

6.4 Da frequência

56

Será obrigatória a frequência do aluno às aulas e a todas as atividades

exigidas pelo Curso. Ter-se-á como aprovado no curso, quanto à assiduidade; o

aluno com frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), conforme

previsto na LDB, artigo 24, inciso VI, na teoria e 90% (noventa por cento) nos

estágios dos cursos técnicos e especialização e 80% (oitenta por cento) nas

capacitações e aperfeiçoamentos.

Os casos especiais de alunos com problemas de saúde e ou outros

problemas graves, que justifiquem uma frequência menor que a estabelecida,

deverá ter as formas de recuperação de estudos decididas pelo mediador.

Será dispensado da frequência regular às aulas de concentração, o aluno

que se encontrar em situações excepcionais de saúde previstas no artigo 19 da Lei

3/2008, de acordo com o Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário:

Artigo 19º: 4 - A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos restantes casos, até ao 3.º dia útil subsequente à verificação da mesma. 5 - Nos casos em que, decorrido o prazo referido no número anterior, não tenha sido apresentada justificação para as faltas, ou a mesma não tenha sido aceite, deve tal situação ser comunicada no prazo máximo de três dias úteis, pelo meio mais expedito, aos pais ou encarregados de educação ou, quando maior de idade, ao aluno, pelo diretor de turma ou pelo professor de turma.

Os exercícios, provas, trabalhos e tarefas decorrentes dos conteúdos, áreas

de estudo ou atividades poderão ser executadas pelo aluno no seu domicílio, assim

como também o uso da Plataforma Virtual - AVATAR. O tratamento previsto nestes

casos poderá ser aplicado, se a situação excepcional do aluno perdurar por todo o

período do curso referente a parte teórica do mesmo. Se o aluno não tiver

possibilidades de acompanhar o estágio, somente terá sua aprovação garantida ao

realizar o mesmo posteriormente quando houver vaga em outra turma.

6.5 Da transferência

Conceder-se-á transferência interna de turma ao aluno, quando houver vaga,

observadas as exigências e formalidades legais.

57

Quando o aluno solicitar a transferência no decorrer do curso, serão

utilizados os critérios previstos na avaliação, para apuração da assiduidade e do

registro do processo ensino-aprendizagem ser descritos no histórico escolar e está

em dia com a biblioteca da Escola.

6.6 Da expulsão

O aluno será expulso do curso caso apresente comportamento inadequado

que reflita em falta grave e que comprometa a imagem da Escola em sala de aula e

durante os estágios. Todas as faltas graves serão registradas no livro de

advertências, sendo que após duas advertências, bem como o descumprimento das

regras explicitas no PPP, serão encaminhadas para o Conselho Escolar da EFOS

analisar e decidir pela expulsão ou não do aluno.

6.7 Da validação de disciplinas

Somente será concedida a validação de disciplinas ao aluno que apresentar

histórico escolar e ementa do Curso Técnico ao qual ele já tenha frequentado,

observando a compatibilidade da carga horária, conteúdos programáticos e o prazo

de 5 (cinco) anos a contar do início do curso frequentado. A solicitação deve ser

realizada até quinze dias a contar da data de início do curso pretendido através de

orientação da Divisão Pedagógica.

6.8 Da expedição dos certificados, histórico escolar, diplomas e atestado de

frequência.

A Escola de Formação em Saúde expedirá diplomas de acordo com a Lei nº

9.394/96 da LDB a todos os alunos, sendo estipulado pela EFOS no prazo máximo

de 60 (sessenta) dias para a entrega dos mesmos. Nos cursos de formação

profissional, não serão concedidos diplomas aos alunos que não completarem o

58

curso. Será fornecido, quando solicitado, uma declaração ou histórico escolar

contendo: carga horária, conteúdos, nota e frequência.

Os certificados e diplomas de conclusão dos cursos serão expedidos pela

Secretaria Escolar da Escola de Formação em Saúde, seguindo a legislação de

funcionamento instituído para cada curso.

Nos cursos de Técnico em Enfermagem e Técnico em Saúde Bucal, por

serem modular e com terminalidade, poderá o aluno que concluir o módulo I e II

solicitar à Secretaria Escolar o certificado de Auxiliar, conforme o curso realizado.

O prazo para entrega dos atestados de frequência é de 48 (quarente e oito)

horas e a segunda via de certificados, históricos e diplomas são de 10 (dez) dias

úteis.

6.9 Do Conselho de Classe

O Conselho de Classe tem uma função mediadora que pode ser interpretada

como um espaço de debates, questionamentos e análise coletiva sobre o

desempenho acadêmico dos estudantes, sendo uma instância de natureza

consultiva e deliberativa. Caberá ao Conselho de Classe:

Ser um espaço de vivência democrática, de reflexão sobre a prática pedagógica,

de confronto de pontos de vista e, consequentemente, de enriquecimento da

prática educativa.

Analisar e emitir parecer em ata sobre o desenvolvimento de competências e

habilidades adquiridas ou não pelo aluno ao final de cada bloco temático/módulo.

Ainda que sua atribuição primeira seja a avaliação global do aluno, o Conselho de

Classe deverá também:

Proporcionar uma visão integradora da classe e de cada aluno;

Deliberar uma tomada de decisões em conjunto para o atendimento às

necessidades imediatas da classe e de cada aluno;

Na Sede da EFOS, o Conselho de Classe é realizado ao final do bloco

temático/módulo de cada curso, contando com a participação dos mediadores,

coordenador do curso, equipe técnica, pedagógica, direção da Escola,

representantes dos alunos responsáveis pelas reivindicações, sugestões,

59

esclarecimentos, avaliações positivas e negativas da turma e a Secretária Escolar

da EFOS redigirá a ata.

Compete ao coordenador de turma agendar, acompanhar e conduzir os

trabalhos do Conselho de Classe e também entregar para a Divisão Pedagógica da

EFOS o relatório de registro escolar preenchido corretamente, sem rasuras, datado

e assinado.

Nos cursos descentralizados, o coordenador de turma realizará os

encaminhamentos acima citados e enviará para a Divisão Pedagógica da EFOS o

registro da ata devidamente assinada por todos os presentes e o relatório de

registro escolar preenchido corretamente, sem rasuras, datado e assinado.

6.10 Do Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um colegiado, de natureza deliberativa e consultiva,

que entre outros mecanismos tem o papel decisivo na gestão democrática da

escola, se for utilizado como instrumento comprometido com a construção de uma

escola cidadã. O Conselho Escolar da EFOS é constituído por representantes da

Direção/Gerência, Divisão Administrativa, Divisão Pedagógica e Divisão Técnica. Ao

trazer todos os interessados para discussão e tomar decisões, ele transforma a

escola em um ambiente mais democrático e transparente.

Com base na boa articulação entre os membros do Conselho Escolar da

EFOS é possível construir uma identidade da escola, gerar uma funcionalidade

enquanto instituição social que atenda às expectativas de atender a demanda da

comunidade escolar.

É de suma importância que o Conselho Escolar exerça constantemente a

tarefa de avaliar a escola como um todo e faça da autoavaliação um dos momentos

mais importantes em sua atuação, que deve ser transparente e mais próxima da

EFOS.

O Conselho Escolar da EFOS segue as disposições preliminares orientadas

pelo Ministério da Educação – MEC, sendo adaptado para atender as

especificidades da EFOS através do Estatuto do Conselho Escolar.

60

6.11 Da avaliação Institucional

A avaliação institucional deverá ser realizada uma vez ao ano com o objetivo

de avaliar a qualidade do trabalho, as ações desenvolvidas pela Escola de

Formação em Saúde e sua estrutura física (equipamentos, mobiliário, materiais,

etc).

Este processo avaliativo deverá oportunizar a participação de toda a

comunidade escolar da EFOS.

6.12 Formatura

As formaturas dos cursos de Formação e Formação Inicial e Continuada

(FIC) deverão ser organizadas (data e local) com os respectivos coordenadores de

turma, coordenador pedagógico, técnico, direção da EFOS e representantes dos

alunos.

Para que o aluno possa receber o certificado ou diploma, o mesmo deverá

estar em dia com as documentações exigidas pela Secretaria Escolar, com a

Biblioteca, bem como a coordenação da turma ter enviado o Registro Escolar para a

Coordenação Pedagógica para que a mesma possa verificar a aprovação e realizar

os encaminhamentos pertinentes à confecção do diploma ou certificado que serão

expedidos no prazo mínimo de 30 (trinta dias).

A formatura deve ocorrer, no mínimo, (30) trinta dias após o Conselho de

Classe do último bloco temático/módulo do Curso, preferencialmente de 2ª a 6ª

feira, em horário a ser acordado entre a EFOS e o Coordenador de Turma.

Sendo:

Na sede da EFOS para os Cursos que ocorrem na própria Escola em São

José/SC;

61

Para os Cursos que ocorrem nos demais municípios do Estado, em local a ser

definido pelo Coordenador de Turma e Comissão de Formatura.

Orienta-se que seja organizada uma Comissão de Formatura para cada

turma em andamento, sendo composta por alunos e Coordenador da turma, que

deverão manter contato com o responsável pelo Setor de Comunicação da Escola

para acompanhar a organização da Formatura.

6.13 Disposições gerais e transitórias

Os casos omissos neste PPP serão resolvidos pela Equipe Técnica,

Pedagógica e Direção da Escola, observadas as suas áreas de competência. Não

havendo condições no âmbito da Escola, será formulada consulta aos órgãos

competentes do Sistema de Ensino.

Este PPP deverá ser atualizado a cada 5 (cinco) anos, e/ou quando se fizer

necessário, sempre através de um processo participativo.

62

7 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

Na era do líder educador, a gestão de pessoas exige três virtudes especiais: generosidade mental, coerência ética e humildade intelectual. (CORTELLA, 2010, p. 54)

Com a finalidade de aprimorar e agilizar o funcionamento dos trabalhos, bem

como, melhor articular os serviços e a relação entre as pessoas que integram o

contexto da Escola de Formação em Saúde, faz-se necessário estabelecer normas

de gestão e convivência. Tais normas visam orientar as relações profissionais e

interpessoais no âmbito escolar, fundamentando-se nos princípios de solidariedade,

ética, autonomia, democracia e respeito às diferenças.

Buscando vencer este desafio, segue abaixo o organograma da EFOS

destacando as atribuições e responsabilidades que competem a cada um dos

setores da Escola de Formação em Saúde:

7.1 Organograma da Escola de Formação em Saúde

Este organograma tem sua estrutura organizacional respaldada pela Lei

Complementar nº 284 de 28/02/2005. Por ser a EFOS uma Escola diferenciada,

apresenta particularidades, sendo uma delas relacionadas aos docentes, alunos e

coordenadores de turma.

Os mediadores são profissionais contratados através da empresa vencedora

do pregão para prestação de serviço. Deste modo a cada novo curso autorizado, o

63

quadro docente sofre alterações não sendo então um quadro permanente. Este é

um grande desafio encontrado pela equipe da EFOS: a cada novo curso garantir a

capacitação pedagógica destes profissionais, repassando os objetivos, metas,

missão, metodologia, planejamento, avaliação, entre outras questões relacionadas

ao processo de ensino aprendizagem da Escola.

Quanto aos coordenadores de turma estes são escolhidos pelo perfil de

formação na área da saúde nas turmas descentralizadas, sendo indicados pela

Gerência de Saúde de cada região.

Diante desta realidade, a EFOS busca cada vez mais garantir a qualidade

dos serviços prestados respeitando e trabalhando com esta rotatividade e

diversidade de docentes, discentes e coordenadores.

Deste modo, organizar e estruturar o espaço escolar da EFOS e dos

municípios, elencando as responsabilidades e atribuições de cada setor e de cada

um neste universo, é o primeiro passo para que a EFOS garanta um trabalho

organizado com vistas à qualidade que tanto almejamos.

A equipe da Escola de Formação em Saúde assim definiu as atribuições de

cada um dos profissionais que nela trabalham:

7.1.1 Gerência/Direção

Supervisionar as atividades da Escola;

Acompanhar a execução dos projetos dos cursos;

Garantir o cumprimento dos critérios estabelecidos para a seleção dos

coordenadores de turma conforme PPP.

Viabilizar os recursos financeiros, materiais e de equipamentos necessários ao

desenvolvimento das atividades;

Baixar atos normativos nos assuntos de sua competência;

Presidir as reuniões da Escola de caráter gerencial;

Representar a Escola em reuniões de cunho gerencial;

Incentivar e apoiar institucionalmente o desenvolvimento de pesquisas;

Propor convênios de cooperações técnicas e captações de recursos;

64

Deliberar em conjunto com o Diretor de Educação Permanente em Saúde

acordos, contratos, projetos e convênios relacionados com a sua área de

competência;

Encaminhar propostas educativas ao Conselho Estadual de Educação para fins

de aprovação;

Acompanhar a previsão orçamentária da Escola;

Gerenciar a formação de nível médio em serviço no âmbito do SUS/SC;

Definir representantes para participar de reuniões e comissões;

Definir os coordenadores dos cursos na sede da EFOS. No caso, dos cursos

descentralizados, deliberar juntamente com o Gestor de Saúde do município ou

Região;

Acompanhar o processo de pactuação das matrículas;

Assinar os certificados, históricos e diplomas expedidos pela Escola;

Acompanhar junto com a Coordenação Técnica a articulação para os estágios

curriculares e assinar os termos de estágios;

Assinar as fichas ponto dos funcionários da Escola, licenças-prêmio e demais

formulários necessários;

Assinar a certificação das notas fiscais dos contratos firmados com a Escola;

Assinar as notas fiscais encaminhadas para pagamentos abrangidos por cada

contrato vigente;

Assinar Ofícios e Comunicações internas relativas à gerência.

Articular com órgãos de ensino e pesquisa e com serviços de saúde, visando o

intercâmbio de ações na sua área de competência.

7.1.2 Assistente da Gerência/Direção

Organizar e executar serviços auxiliares da Gerência de acordo com as

exigências legais e administrativas;

Acompanhar os setores da Escola na ausência do gerente;

Assumir as atribuições da gerência em sua ausência, bem como assinar e

expedir documentos da EFOS;

Redigir correspondências oficiais;

65

Emitir relatórios a nível gerencial;

Acompanhar junto à coordenação pedagógica o andamento dos processos

encaminhados ao Conselho Estadual de Educação para autorização de novos

cursos e autorização para a realização de cursos nas demais Regiões de Saúde;

Formulação de listas de serviços e acompanhamento de licitações/contratos

referentes aos cursos oferecidos pela Escola;

Elaborar o orçamento anual da EFOS e encaminhar a SES;

Organizar e arquivar documentos de sua competência;

Acompanhar junto com o apoio administrativo/financeiro dos cursos a conferência

e encaminhamento de notas fiscais a serem pagas;

Encaminhar projetos e relatórios ao MS e à SES;

Encaminhar projetos e relatórios ao SICONV/MS;

Encaminhar material para reprodução em gráfica, como: apostila para os cursos,

certificados, diplomas e demais materiais necessários;

Revisar matérias relacionadas à EFOS antes da sua publicação;

Assumir as atribuições da gerência em sua ausência.

Supervisionar o setor de comunicação da Escola.

7.1.3 Apoio administrativo/financeiro dos cursos

Conferir, protocolar e encaminhar notas fiscais das pessoas contratadas nos

cursos à empresa vencedora do pregão;

Orientar os coordenadores de turma e professores quanto à retirada de nota

fiscal de prestação de serviço e demais informações correlatas;

Atualizar o preenchimento das planilhas financeiras dos contratos dos cursos

vigentes;

Emitir relatórios à gerência da Escola dos contratos dos cursos vigentes;

Receber e conferir os materiais dos cursos;

Realizar orçamentos e contratação de alimentação necessária para os eventos

da Escola.

66

7.1.4 Comunicação

Elaborar notícias e matérias para o site da EFOS, revistas de saúde e imprensa

da Secretaria de Estado da Saúde/SES e do Ministério da Saúde/MS;

Encaminhar informações/notícias para a Gerência de Tecnologia e Informação da

SES, a fim de manter o site da Escola atualizado;

Organizar arquivo histórico de eventos e atividades da Escola;

Orientar coordenadores de turma e alunos sobre assuntos pertinentes à

Formatura;

Preencher e encaminhar convites de formatura ao coordenador de turma;

Preencher e encaminhar convites de formatura às autoridades, quando o evento

ocorrer na Grande Florianópolis.

Organizar material para ser levado nas Formaturas (banner, mensagens,

máquina fotográfica, becas, entre outros).

Acessar, redistribuir e responder os e-mails direcionados para a EFOS.

7.1.5 Coordenador Administrativo

A Coordenação Administrativa funcionará como serviço de apoio à Gerência

da Escola, compreendendo as áreas de administração de pessoal, finanças e

serviços gerais. Ao coordenador administrativo compete:

Programar o material permanente e de consumo necessários às atividades da

Escola e manter o controle do estoque;

Coordenar e supervisionar a execução das atividades do pessoal de sua

responsabilidade;

Receber e controlar todo o patrimônio da Escola;

Catalogar e controlar o equipamento multimídia para o atendimento das

atividades dos cursos de formação, bem como outras promoções equivalentes

realizadas pela Escola;

Redigir a documentação de sua responsabilidade (solicitação de material, serviço

para a manutenção da Escola), entre outros;

67

Protocolar documentos recebidos e expedidos;

Lançar e acompanhar notas eletronicamente;

Agendar e coordenar o uso das salas de aula, anfiteatro e demais ambientes

pertencentes à Escola;

Preparar ambientes para a realização de aulas e eventos diversos;

Supervisionar a equipe administrativa.

7.1.6 Apoio Administrativo

Apoiar e orientar os mediadores/ visitantes quanto ao uso do equipamento de

multimídia.

Orientar o serviço de apoio: limpeza, recepção e vigilância;

Fotocopiar documentos de alunos e mediadores;

Receber e conferir material de consumo, limpeza, etc.;

Emitir documentos no sistema SGM2, SIGEF, NFE, SCCD;

Solicitar material de consumo, limpeza, etc.;

Realizar processo eletrônicos;

Emitir escalas de plantão;

Emitir cronograma semanal;

Agendar espaços da EFOS;

Atender ao público: pessoalmente e no telefone;

Solicitar e controlar contratos;

Atender e encaminhar ligações telefônicas na falta de pessoal especializado.

7.1.7 Estagiário/Terceirizados

Estagiários: auxiliar nas tarefas administrativas em geral.

Terceirizados Recepção: recepcionar, encaminhar e orientar os visitantes;

receber e distribuir as correspondências; atender e encaminhar os telefonemas.

Terceirizados Serventes: realizar os serviços de limpeza e conservação.

Terceirizados Vigilantes: fazer a vigilância do patrimônio da EFOS.

68

Terceirizado Manutenção: realizar os serviços de manutenção da EFOS.

7.1.8 Coordenador Pedagógico

Coordenar, articular e supervisionar as atividades de planejamento, execução e

avaliação dos cursos Técnicos, cursos de Especialização Técnica de Nível

Médio, cursos de Formação Inicial Continuada (FIC) e Aperfeiçoamentos,

juntamente com o coordenador técnico;

Supervisionar as atividades pedagógicas da Escola a nível central e

descentralizada e acompanhar o processo ensino-aprendizagem dos cursos

Técnicos, de Especialização Técnica de Nível Médio, recomendando atualização

do acervo bibliográfico e introduzindo recursos tecnológicos atualizados;

Acompanhar permanentemente a elaboração dos materiais didáticos observando

a sua função didático-pedagógica;

Acompanhar e assessorar as atividades dos mediadores referentes ao currículo,

método, técnica e integração entre os conteúdos específicos, junto com o

coordenador técnico;

Reunir-se frequentemente com os mediadores, coordenador de turma e com o

coordenador técnico para o acompanhamento do desenvolvimento dos

conteúdos, avaliação e aprendizagem dos alunos;

Tomar providências juntamente com o coordenador de turma, quando houver

ausência repetida, por parte dos alunos evitando problemas relativos à frequência

e aprendizagem;

Acompanhar os alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem,

apresentando alternativas pedagógicas;

Reunir-se com os mediadores, juntamente com o coordenador de turma e

coordenador técnico para a elaboração do plano de ensino.

Presidir a coordenação geral do Conselho de Classe a nível central e se

necessário nas turmas descentralizadas;

Acompanhar e sugerir estratégias que minimizem a evasão escolar;

Acompanhar a distribuição do material didático pedagógico necessário ao

processo de aprendizagem;

69

Assegurar junto à gerência da Escola, a formação continuada dos coordenadores

de turma e mediadores;

Coordenar as atividades de atualização do Projeto Político Pedagógico;

Coordenar juntamente com o coordenador técnico, coordenador de turma e

mediadores, da construção e avaliação da matriz curricular e material didático;

Elaboração do calendário escolar e acompanhar a execução do mesmo;

Analisar e emitir parecer sobre pedidos de transferência de alunos,

aproveitamento/validação de conteúdo realizado em outra instituição,

assessorado pelo coordenador técnico;

Acompanhar quando necessário às atividades teórico/práticas e estágios;

Assessorar as coordenações de turma, visando à melhoria do ensino;

Analisar os diários de classe, visando acompanhar o preenchimento, a frequência

e o desempenho do aluno;

Orientar juntamente com o coordenador de turma a escolha de representantes da

turma;

Analisar e encaminhar para a Secretaria Escolar os relatórios de Registro

Escolar;

Elaborar juntamente com o coordenador técnico os processos de autorização de

novos cursos e descentralização dos cursos autorizados e encaminhar para o

Conselho Estadual de Educação.

Validar em conjunto com o coordenador de turma os conteúdos e carga horária

realizados em outro momento ou instituição dos alunos que solicitarem.

Determinar o perfil do mediador de acordo com a necessidade do curso

oferecido pela Escola;

Coordenar, articular e compatibilizar as atividades de planejamento, execução e

avaliação dos cursos em andamento;

Planejar junto aos coordenadores, mediadores e equipe técnica pedagógica da

EFOS, as atividades inerentes aos cursos em desenvolvimento;

Acompanhar as atividades dos mediadores e coordenadores em questão de

currículo, método, técnica e integração entre os conteúdos específicos;

Reproduzir textos e avaliações por solicitação dos mediadores.

Supervisionar a equipe pedagógica nas suas atribuições.

70

Acompanhar a execução do currículo de cada curso, tendo em vista a matriz

curricular de ensino, a carga horária, local de desenvolvimento das atividades

pedagógicas na sede e nos municípios e a sistemática de avaliação, dando

suporte técnico pedagógico aos mediadores e coordenadores dos cursos.

7.1.9 Biblioteca

Funções do responsável pela biblioteca:

Coordenar, planejar e organizar o serviço de documentação e biblioteca;

Verificar a necessidade de aquisição de livros, periódicos e outras publicações

necessárias ao programa de formação e educação continuada na área da saúde;

Manter contato com outras bibliotecas, centros e outras instituições congêneres

do país e do exterior visando o intercâmbio de publicações e aquisição de

material técnico-científico;

Promover e controlar o sistema de empréstimo e a circulação interna de livros e

publicações;

Organizar e supervisionar a utilização de livros e periódicos sob sua

responsabilidade, que estejam nas Unidades de Saúde, apoiando pesquisas dos

docentes e alunos;

Atuar no tratamento, recuperação e disseminação da informação em ambientes

físicos ou virtuais (bibliotecas virtuais).

Exercer as demais atividades que lhe forem atribuídas.

Realizar atividades administrativas da Biblioteca;

Realizar o atendimento ao usuário de forma presencial, por telefone e virtual.

Receber e conferir as obras adquiridas;

Executar permuta de materiais documentais;

Acusar o recebimento e registrar doações;

Preparar e controlar material para encadernação;

Conservar e arquivar os livros da biblioteca;

Explicar o funcionamento da Biblioteca aos leitores;

71

Explicar aos leitores as normas de empréstimo;

Manter em ordem o sistema informatizado de empréstimos e recebimentos de

livros e outros materiais (cartilhas, revistas, CD, DVD, etc).

Receber, organizar e distribuir o material gráfico dos eventos;

Manter a estatística da circulação;

Efetuar inventário do acervo;

Ajudar na elaboração de murais, folhetos, cartazes, etc. com finalidade de

divulgação da Biblioteca.

Atualmente a Escola de Formação em Saúde não possui um profissional

atuando nesta área em função da saída da bibliotecária anterior sem permuta, pela

falta deste profissional na SES.

7.1.10 Plataforma Virtual - AVATAR

Solicitar a criação dos cursos para o Administrador da plataforma;

Cadastrar coordenadores, professores e alunos na plataforma;

Apresentar a plataforma para os coordenadores e professores, auxiliar a criação

e configuração das atividades e depois verificar o correto funcionamento destas

configurações (corrigindo possíveis erros);

Apresentar a plataforma para os alunos no início do curso e acompanhar o

andamento dos mesmos nas atividades, auxiliando na utilização, sanando

dúvidas no decorrer do curso.

Inserir na plataforma, quando solicitado pelos professores, material de estudo,

artigos e demais conteúdos referentes ao curso;

Solicitar a desativação do curso 6(seis) meses após a formatura.

7.1.11 Secretaria Escolar

Expedir diplomas, certificados, históricos, atestados de matrículas e declarações,

relatórios mediante autorização da direção;

72

Organizar documentos necessários à elaboração de relatório, referentes à

Secretaria Escolar;

Assinar com o gerente da EFOS os certificados, históricos e diplomas expedidos

pela Escola;

Assinar pelo gerente da EFOS os certificados, históricos e diplomas expedidos

pela Escola na sua ausência;

Responsabilizar-se pela conferência dos documentos expedidos pela Secretaria

Escolar;

Responsabilizar-se pelos registros dos diplomas e certificados;

Realizar matrículas e organizar documentação conforme as turmas;

Manter atualizada e organizada toda documentação dos alunos;

Manter atualizado os dados no SISTEC (Sistema Nacional de Informações da

Educação Profissional e Tecnológica);

Manter organizado o arquivo escolar;

Redigir atas nos Conselhos de Classe e reuniões da EFOS.

7.1.12 Auxiliar Secretaria Escolar

Digitar diplomas, certificados, históricos, atestados de matrículas e declarações;

Registrar diplomas e certificados;

Realizar matrículas e organizar documentação conforme as turmas;

Manter atualizado os dados no SISTEC (Sistema Nacional de Informações da

Educação Profissional e Tecnológica);

Manter atualizada e organizada toda documentação dos alunos;

Manter organizado o arquivo escolar;

Na ausência da Secretária Escolar redigir atas.

7.1.13 Coordenador Técnico

O Coordenador técnico deverá atender os critérios de responsabilidade técnica,

de acordo com a resolução do COFEN Nº 0509/2016.

73

Participar da revisão curricular obedecendo os padrões mínimos exigidos para o

desenvolvimento das atividades pedagógicas de cada curso, junto com o

coordenador pedagógico.

Participar da orientação aos mediadores e coordenadores de turma quanto ao

projeto de curso a ser executado e quanto ao funcionamento da Escola e

metodologia utilizada, junto com o coordenador pedagógico.

Planejar, junto com os coordenadores, mediadores e equipe da Escola, as

atividades inerentes aos cursos em andamento, junto com o coordenador

pedagógico.

Acompanhar e assessorar as atividades dos docentes e coordenador de turma

em questões técnica e integração entre os conteúdos específicos, junto com o

coordenador pedagógico.

Avaliar a habilitação dos possíveis mediadores e responsabilizar-se pelo

arquivamento dos mesmos, juntamente com o coordenador de turma.

Acompanhamento da elaboração de material didático do curso Técnico em

Enfermagem e Pós Técnico em Enfermagem, analisando os conteúdos

contemplados no projeto do curso.

Modificar junto com o coordenador de turma, quando necessário, o cronograma

do curso garantindo o aprendizado do aluno.

Ser interlocutor, entre a Gerência da Escola, coordenador de turma, mediadores

e os alunos nas questões técnica relativas ao curso.

Receber dos coordenadores locais e ou regionais as informações necessárias

para elaboração dos termos de estágio e apólices de seguro.

Acompanhar as atividades teórico-práticas e zelar pelas condições para sua

realização (Laboratório).

Supervisionar quando necessário e possível as atividades de estágio para

garantir o cumprimento do programa e aprendizagem dos alunos.

Acompanhar a supervisão dos coordenadores de turma aos campos de estágio.

Verificar o esquema de vacinação previamente aos estágios.

Solicitar junto aos alunos kit estágio (jaleco, calça branca, camiseta branca,

calçado branco fechado e impermeável, caderneta, caneta azul e vermelha,

garrote, tesoura sem ponta, termômetro digital, esfignomanômetro, estetoscópio

por aluno e fita métrica por grupo).

74

Solicitar aos alunos anotações na caderneta das terminologias necessárias para

estágio.

Receber os instrumentos de estágio dos alunos para acompanhamento do

desempenho dos mesmos.

Participar do acompanhamento do desenvolvimento dos conteúdos, tendo como

base a proposta inicial do curso.

Elaborar e adequar os Projetos de curso, junto com o coordenador pedagógico.

Acompanhar os estágios com o coordenador de turma (divisão de grupos,

montagem do cronograma).

Acompanhar o agendar visitas técnicas juntamente com o coordenador de turma.

Construir e adequar os instrumentos necessários para o acompanhamento dos

alunos em estágio.

Participar na construção dos projetos de cursos.

Participar na construção dos POPs (procedimento operacional padrão).

Supervisionar a equipe técnica nas suas atribuições.

7.1.14 Setor de Qualificação Profissional

Colaborar com a equipe da EFOS no desenvolvimento de atividades pertinentes

à capacitação e formação de recursos humanos em saúde.

Efetuar o levantamento das demandas de capacitações no hospitais e

municípios.

Articular com hospitais, municípios, CIES (Comissão de Integração Ensino

Serviço) e CIR (Comissão Intergestores Regionais) abertura de turmas.

Encaminhamento de matrículas e outros documentos referentes as capacitações

para a Secretaria Escolar.

Apoiar a divisão técnica administrativamente.

7.1.15 Setor de Elaboração de Projetos e Pesquisa

Elaborar os POPs (procedimento operacional padrão).

75

Elaborar projetos de curso de formação, FIC, entre outros.

Fomentar a pesquisa e publicações científicas.

Apoiar a divisão técnica administrativamente.

7.1.16 Setor de Convênios e Estágios Curriculares

Articular, construir e encaminhar modelo de Termo de Cooperação Técnica (TCT)

a ser celebrado com outras instituições para desenvolvimento de estágios e aulas

teóricas (quando sem contrapartida).

Montar e encaminhar ao CEE processos para autorização de turmas fora da sede

da Escola.

Preencher e encaminhar os Termos de Compromisso de Estágios as instituições

condescendentes de estágio e/ou coordenador de turma.

Receber e arquivar os termos de estágio e apólice de seguro por 5 (cinco) anos.

Organizar e encaminhar a listagem com os dados necessários para seguro de

estágio e envio para empresa vencedora da licitação, para providências e

realização do seguro.

Enviar as apólices de seguro para as instituições condescendentes de estágio

e/ou coordenador de turma.

Agendar o uso do laboratório.

Acompanhar o uso do material de consumo do laboratório.

Manter o laboratório organizado.

Organizar material para as aulas de laboratório mediante solicitação prévia por

parte dos professores.

Apoiar a divisão técnica administrativamente.

76

8 MEDIADORES/DOCENTES

O corpo docente da EFOS é formado em sua maioria por profissionais que

atuam no Sistema Único de Saúde. Os docentes da EFOS, aqui denominados como

mediadores, devem ter conhecimento dos cursos quanto aos seus objetivos,

metodologia e o perfil do profissional que se quer formar. Para tanto, é pré-requisito

estar capacitado pedagogicamente pela Escola, possuir conhecimento técnico

científico e experiência na sua área de atuação e habilidade para o exercício da

docência.

O mediador da EFOS deve ter espírito inovador para envolver o aluno no

processo de educação, rompendo a visão de educação depositária. Refletir com

aluno a aquisição do novo conhecimento, o qual proporcionará ao educando a

oportunidade de recriar o velho, com base em seus valores e padrões culturais.

Interagir a teoria e à prática, mantendo forte compromisso profissional, político,

social e ético. Como educador, deve ser responsável, líder e organizado, traduzidas

essas virtudes num viver saudável.

A contratação dos mediadores acontece através da empresa vencedora da

licitação para pagamento de mediadores e coordenadores de turma. Cabe a

coordenador de turma selecionar estes profissionais através do curriculum vitae,

indicação e entrevista, utilizando critérios como: formação e experiência profissional

na área que irá atuar e na docência, disponibilidade de horário para as aulas e para

participar das qualificações oferecidas pela Escola e o mediador realizará uma aula

expositiva.

Nos cursos descentralizados, o coordenador de turma realizará a seleção e

encaminhará para o setor financeiro da EFOS os dados para contratação. Estes

requisitos são essenciais quando se busca docentes competentes, comprometidos e

qualificados com a função que irão desempenhar junto aos estudantes, garantindo

com isso a qualidade do ensino oferecido aos mesmos.

Caso o profissional não apresente o perfil profissional desejado, o mesmo

poderá ser substituído do quadro.

Compete aos mediadores:

77

Elaborar o planejamento pedagógico do conteúdo referente ao bloco

temático/módulo, encaminhando-o para o coordenador de turma que

encaminhará para a Coordenação Pedagógica;

Promover a organização do processo educativo e criar experiências que atendam

às necessidades dos alunos em seu processo de formação;

Promover em ação conjunta com os alunos, a sistematização e o

aprofundamento dos conhecimentos e a organização dos serviços com base nas

experiências vivenciadas (vinculando a teoria e a prática);

Acompanhar os alunos em todas as atividades de sua área de atuação, visando

melhorar a aprendizagem e o desempenho nas atividades profissionais;

Avaliar e registrar no diário de classe o desempenho e a frequência dos alunos,

recuperação do aluno quando a mesma ocorrer e os conteúdos trabalhados no

bloco temático/módulo, entregando os mesmos ao coordenador de turma e a

Coordenação pedagógica, antes do conselho de classe;

Planejar e executar atividades de recuperação para os alunos que apresentarem

desempenho insatisfatório junto com o Coordenador Pedagógico;

Informar ao coordenador de turma e a Secretaria Escolar o nome dos alunos

desistente, indicando a data da desistência e o motivo;

Organizar e cooperar em eventos da Escola;

Atender a convocação para participar do Conselho de Classe ao final de cada

bloco temático/módulo de sua competência;

78

9 DISCENTES

O Corpo Discente é constituído por trabalhadores do SUS, regularmente

matriculados nos cursos, para atender a demanda do SUS.

Aos discentes é assegurado direitos e solicitado o cumprimento de deveres

como elencamos a seguir:

9.1 Direitos do aluno

Acesso a experiências pedagógicas que atendam às necessidades do seu

processo de formação;

Participar da avaliação do seu desempenho no decorrer do curso;

Realizar atividades de recuperação em caso de desempenho insatisfatório;

Acesso de materiais bibliográficos na Biblioteca da EFOS que propiciem o

aprofundamento de seus conhecimentos;

Supervisão do mediador durante a execução das atividades teóricas e práticas,

relacionadas à sua formação;

Receber seu certificado ou diploma do curso se atender os critérios de avaliação

definidos no Projeto Político e Pedagógico - PPP da EFOS.

9.2 Deveres do aluno

O aluno, ao matricular-se nos cursos da Escola de Formação em Saúde,

compromete-se em aceitar as normas de funcionamento do curso e da Escola;

Respeitar a equipe da Escola, das instituições, o paciente, o acompanhante, os

mediadores, os colegas de turma, quaisquer pessoas, obedecendo o PPP da

Escola, mantendo uma postura ética, responsável e comprometida;

Respeitar o funcionário público conforme Art.331 do Decreto-Lei nº 2848 de

07/12/1940;

79

Respeitar e proteger o patrimônio público fazendo uso sem causar danos ao

mesmo.

Participar das atividades durante o curso, que serão consideradas para

verificação de sua aprendizagem e desempenho;

Ser assíduo, respeitando a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)

em cada bloco temático/módulo na teoria e em cada disciplina de dispersão

(estágio) de 90% aprovada para o curso;

Para os cursos de aperfeiçoamentos deverá o aluno respeitar a frequência

mínima de 80% para aprovação.

Ser pontual, chegando à sala de aula antes do início das aulas e saindo somente

no período de intervalo e no final das aulas;

Comunicar ao mediador qualquer problema ou dificuldade no desenvolvimento

das atividades pertinentes a disciplina;

Atingir média igual ou superior a 7,0 (sete) ao final de cada bloco

temático/módulo para a teoria e em cada disciplina para a dispersão (estágio);

O trabalho de conclusão de curso nos Cursos Técnicos e Pós-Técnicos deverá

alcançar nota mínima 7,0 (sete);

É de responsabilidade do aluno o esquema vacinal completo (para cursos com

Estágios Curriculares) antes do início do estágio, a aquisição do material de bolso

e uniforme para estágio;

Em caso de desistência, justificar assinando o Termo de Desistência fornecido

pelo coordenador de turma.

Atestados médicos: entregar para o mediador ou coordenador de turma até 72

horas que somente justifica a falta, porém para abonar a falta somente em casos

de internação e doenças infectocontagiosas.

Não fumar nas dependências da Escola, conforme lei nº 14.874, de 13 de outubro

de 2009.

Manter o celular, bem como outros aparelhos eletrônicos desligados durante as

aulas.

Em caso de atraso, terá tolerância de 15 minutos após o início de cada aula, após

esse período, o aluno somente poderá entrar na aula seguinte.

80

10 COORDENADOR DE TURMA

O coordenador de turma deverá pertencer à categoria profissional do curso

aprovado no Conselho Estadual de Educação – CEE para aquela região e

capacitado pedagogicamente para coordenar os trabalhos dos mediadores e os

demais aspectos relativos à formação profissional.

O Coordenador de turma deverá também atender os seguintes critérios: ter

formação e experiência na área do curso em execução e ser avaliado e selecionado

através de uma entrevista pela Diretora da Escola e Coordenações Técnica e

Pedagógica.

A ele compete:

Desenvolver o papel de interlocutor, entre a Direção da Escola, Coordenação

Técnica e Coordenação Pedagógica nas questões relativas ao curso;

Encaminhar à Secretaria Escolar toda documentação necessária para efetivação

da matrícula do aluno quando a turma for descentralizada;

Participar da Capacitação Pedagógica;

Encaminhar ao coordenador técnico seu currículo vitae e comprovação de

formação e de registro no Conselho Profissional dos possíveis mediadores nos

cursos descentralizados e dos da sede da Escola;

Acompanhar a escolha, entre os alunos, dos três representantes de turma;

Apresentar os mediadores aos alunos sempre que possível;

Viabilizar quando necessário e possível as trocas de horário de aula entre os

mediadores, cuidando para que situação como esta não se torne rotina, evitando

possíveis comprometimentos no aprendizado do aluno;

Comunicar à Coordenação Técnica e Pedagógica quando houver afastamento de

mediador e tomar as providências necessárias;

Encaminhar controle do esquema de vacinação dos alunos do Curso Técnico

previamente ao estágio;

Comunicar à Coordenação Pedagógica quando houver afastamento prolongado,

por parte dos alunos evitando problemas relativos à frequência e aprendizagem

na teoria;

81

Comunicar à Coordenação Técnica quando houver afastamento prolongado, por

parte dos alunos evitando problemas relativos à frequência e aprendizagem no

estágio;

Encaminhar para a Secretaria Escolar o nome do aluno desistente, juntamente

com o termo de desistência assinado;

Articular com os responsáveis pelas Unidades de Saúde e outros locais para

realização de visitas técnicas e campos de estágios para as turmas

descentralizadas, garantindo a área física reservada ao curso, encaminhando a

solicitação para a coordenação Técnica;

Receber e encaminhar a Coordenação Técnica os Termos de Compromisso de

Estágio dos alunos devidamente assinados e encaminhar os dados dos alunos

para solicitar as apólices de seguro.

Solicitar à Coordenação Pedagógica todo o material didático – pedagógico

necessário para o processo ensino e aprendizagem;

Elaborar e cumprir o cronograma do curso conforme o calendário escolar, se

necessário modificá-lo juntamente com a Coordenação Pedagógica;

Elaborar e cumprir o cronograma do estágio conforme o calendário escolar, se

necessário modificá-lo juntamente com a Coordenação Técnica;

Participar com frequência das atividades didáticas – pedagógica, a fim de

acompanhar o desenvolvimento do curso e aprendizagem dos alunos;

Agendar após o término de cada bloco temático/módulo as reuniões de Conselho

de Classe com os mediadores, juntamente com os representantes de turma e

enviar as atas do Conselho de Classe e o relatório de registro escolar para a

Coordenação Pedagógica quando for turma descentralizada;

Enviar mensalmente para a Coordenação Pedagógica os planejamentos de aula

dos mediadores;

Organizar os diários de classe e entregar aos mediadores antes das aulas;

Organizar, assinar e encaminhar a Coordenação Pedagógica os diários de

classe, conferidos e sem rasuras após o término do Curso;

Informar a Coordenação Pedagógica e Técnica os contatos dos mediadores

previamente por bloco temático/módulo;

Orientar ao mediador sobre o cumprimento do início e término das aulas e quanto

ao intervalo, não ultrapassar os 20(vinte) minutos;

82

Solicitar a Coordenação Técnica previamente o material necessário para as aulas

de laboratório/ práticas;

Encaminhar a Coordenação Técnica o cronograma de visitas técnicas e de

estágios para acompanhamento de alunos e mediadores;

Organizar, assinar e encaminhar à Coordenação Pedagógica o Registro Escolar,

ao término de cada Conselho de Classe;

Solicitar cópia da carteira de vacina dos alunos e encaminhar a Coordenação

Técnica o controle do esquema de vacinação (Hepatite B, Tétano e Rubéola) dos

alunos do Curso Técnico previamente ao estágio;

Solicitar aos alunos o kit de estágio com antecedência;

Controlar, conferir e encaminhar ao responsável financeiro as notas fiscais

emitidas pelos mediadores sob a sua responsabilidade;

Avaliar atestados dos alunos afastados junto com a Coordenação Pedagógica.

Articular junto aos alunos, Coordenação Pedagógica e o responsável pelo setor

de comunicação da Escola a organização das formaturas.

83

11 DIMENSÃO FINANCEIRA

Planejar não é fazer alguma coisa antes de agir. Planejar é agir de um determinado modo para um determinado fim. (GANDIN, 2002, p. 59).

A gestão financeira da Escola de Formação em Saúde, coordenada pela

gerente da EFOS, busca fazer a articulação com as diretorias da Secretaria de

Estado da Saúde e outros órgãos públicos no âmbito administrativo e financeiro

visando possibilitar a qualidade nos serviços prestados.

Para execução dos seus cursos a EFOS conta então com recursos oriundos

do Ministério da Saúde-MS e da Secretaria de Estado da Saúde/SES.

O MS descentraliza recursos através de portarias direcionadas à Educação

Permanente em Saúde, Programas como o PROFAPS, bem como através de

convênios, onde a Escola encaminha projetos de cursos e se estes forem do

interesse nas áreas prioritárias para o MS ou demanda locorregional, são liberados

recursos, neste último há contrapartida da SES em 30%.

Quando estes recursos entram no Fundo Estadual de Saúde - FES, a Escola

solicita uma licitação onde a empresa vencedora é quem irá efetuar os pagamentos

e faz as aquisições previstas no edital.

Nos projetos financiados pelo Ministério da Saúde, o mesmo libera o recurso

ou encaminha diretamente material permanente. Já a SES faz o pagamento dos

proventos dos servidores efetivos, comissionado, estagiários e terceirizados. Faz

também o pagamento da manutenção da sede da Escola, como pagamento de

água, luz, telefone e aquisição de material permanente.

84

12 DIMENSÃO FÍSICA

A Escola contará com um prédio de cinco andares com área total de:

2.517,42 m². A EFOS situada no espaço urbano do município de São José dispõe

de estrutura física para o exercício das suas atividades, considerando que utiliza as

Unidades Básicas de Saúde e Unidades Hospitalares e similares para o

desenvolvimento de atividades teórico-práticas e estágios.

85

13 AÇÕES A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO

“O homem é do tamanho do seu sonho” (Fernando Pessoa,1995, p. 13)

Ao atualizarmos este Projeto Político Pedagógico, ficou evidenciado que para

alcançarmos nossas metas, pôr em prática nossa filosofia de trabalho, faz-se

necessário o planejamento de ações concretas condizentes com as nossas

condições reais de estrutura, legislação e funcionamento. Só assim,

gradativamente, sempre corrigindo desvios do processo é que poderemos ir em

direção aos nossos objetivos, em busca de um ensino de excelência, qualidade e

sucesso, oferecendo ao SUS e ao mercado de trabalho, profissionais capacitados e

competentes nas suas atividades profissionais.

Deste modo, todos os segmentos da Escola elencaram planos de ações a

serem desenvolvidos a curto, médio e longo prazo, com objetivos específicos para

cada setor, como também a formação de equipes responsáveis pela coordenação

na execução destes objetivos traçados. Estas ações são prioritárias para garantir o

desenvolvimento de um trabalho eficaz e competente.

13.1 Gerente e Assistente da Gerência

Ações Responsáveis Período de

Execução

Articular a descentralização das turmas que

possuem recursos pendentes

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhar junto à coordenação pedagógica

o andamento dos processos encaminhados ao

Conselho Estadual de Educação para

autorização de novos cursos e autorização

para a realização de cursos nas demais

Regiões de Saúde

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Supervisionar o Setor de Comunicação Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Participar do Prêmio INOVASUS Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhar a ampliação e inauguração da Andiara, Jan. a dez.

86

EFOS Alessandra e

Petrocelli

2016

Acompanhar os pagamentos das empresas

vencedoras das licitações bem como dos

profissionais contratados pelas mesmas

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Participar ou indicar representante para as

reuniões, eventos, formaturas e licitações

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Articulação com CIES e gestores da saúde Andiara Jan. a dez.

2016/2020

Incentivar e apoiar institucionalmente o

desenvolvimento de pesquisas; Andiara

Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhar a previsão orçamentária da

Escola

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Encaminhar processos de descentralização

pendentes.

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Representar a EFOS na CIES Estadual Alessandra Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhamento e monitoramento da

elaboração, formatação e revisão de materiais

didáticos e jornalísticos

Alessandra Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhamento e monitoramento do

andamento dos cursos de formação e

qualificação.

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Participação no Conselho de Classe Andiara Jan. a dez.

2016/2020

Participar da apresentação dos TCCs Andiara Jan. a dez.

2016/2020

Participar de cursos de aperfeiçoamento e

atualizações.

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Participar na elaboração de Projetos Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Participar e dar suporte na Articulação Local à

Especialização do Acompanhamento,

Monitoramento e Avaliação na Educação em

Saúde Coletiva

Alessandra Jan. a dez.

2016/2020

Participar do Grupo de Trabalho de

Instrumentos de Gestão da SES

Andiara e

Alessandra

Jan. a dez.

2016/2020

Participar do Grupo de Trabalho de Educação

Permanente para os Conselhos de Saúde

Andiara Jan. a dez.

2016/2020

87

13.2 Setor de Comunicação

Ações Responsável Período de

Execução

Elaborar notícias e matérias para o site,

revistas de saúde e imprensa da Secretaria de

Estado da Saúde.

Andréa Jan. a Dez.

2016/2020

Atualizar e divulgar as informações no site. Andréa Jan. a Dez.

2016/2020

Organizar arquivos de fotos digitais da Escola. Andréa Jan. a Dez.

2016/2020

Orientar os coordenadores locais e alunos

sobre assuntos pertinentes à Formatura. Andréa

Jan. a Dez.

2016/2020

Preencher e encaminhar convites de

Formatura ao coordenador local e às

autoridades.

Andréa Jan. a Dez.

2016/2020

Organizar material para ser levado nas

Formaturas (banner, mensagens, máquina

fotográfica, entre outros).

Andréa Jan. a Dez.

2016/2020

Participar da Especialização do

Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação

na Educação em Saúde Coletiva

Andréa Set./2016 a

Set./2017

13.3 Divisão Administrativa

Ações Responsáveis Período de

Execução

Programar o material permanente e de consumo

necessários às atividades da Escola e manter o

controle do estoque.

Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Receber e controlar todo o patrimônio da Escola. Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Coordenar e supervisionar a execução das

atividades do pessoal de sua responsabilidade. Petrocelli

Jan. a Dez.

2016/2020

Lançar e acompanhar notas eletronicamente Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Participar do Prêmio INOVASUS Petrocelli e Jan. a Dez.

88

Ana 2016/2020

Agendar e coordenar o uso das salas de aula,

anfiteatro e demais, pertencentes ambientes à

Escola.

Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Organizar mural informativo e preparar

ambientes para a realização de aulas e eventos

diversos.

Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Apoiar e orientar os mediadores/ visitantes

quanto ao uso do multimídia e biblioteca

Orientar o serviço de apoio: limpeza e vigilância

Emitir documentos no sistema SGM2, SIGEF,

NFE, SCCD

Tramitação de processos eletrônicos

Emitir escalas de plantão

Emitir cronograma semanal

Agendar espaços da EFOS

Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Estagiários: Auxiliar nas tarefas administrativas

em geral.

Terceirizados serventes: realizar os serviços de

limpeza e conservação.

Terceirizados Vigilantes: fazer a vigilância do

patrimônio da EFOS.

Terceirizado recepcionista: fazer a recepção ao

público e atendimento ao telefone.

Petrocelli e

Ana

Jan. a Dez.

2016/2020

Participar de cursos de aperfeiçoamento e

atualizações.

Petrocelli e

Ana

Jan. a dez.

2016/2020

13.4 Divisão Pedagógica

Ações Responsável Período de

Execução

Manter o Projeto Político Pedagógico

atualizado

Susana e

Andréa

Jan 2016/dez

2020

Encaminhar os processos de autorização dos

cursos para o CEE Susana

Jan 2016/dez

2020

Capacitação Pedagógica para Professores Susana e

Andréa

Jan 2016/dez

2020

Participar do Prêmio INOVASUS Equipe

Pedagógica

Jan2016/dez

2020

Condução do Conselho de Classe Susana Jan 2016/dez

89

2020

Elaboração material pedagógico para

Professores

Susana e

Andréa

Jan 2016/dez

2020

Projetos Educativos/Pedagógicos envolvendo

a comunidade

Susana e

Andréa

Jan 2016/dez

2020

Acompanhar o setor de Biblioteca Susana Jan 2016/dez

2020

Acompanhar o setor de Secretaria Escolar Susana Jan 2016/dez

2020

Acompanhar a Plataforma Virtual - AVATAR Susana Jan 2016/dez

2020

Participar de cursos de aperfeiçoamento e

atualizações.

Equipe

Pedagógica

Jan. a dez.

2016/2020

Participar da Especialização do

Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação

na Educação em Saúde Coletiva

Susana Set./2016 a

Set./2017

13.4.1 Secretaria Escolar

Ações Responsáveis Período de Execução

Confeccionar diplomas, certificados, históricos, atestados de matrículas e declarações, relatórios mediante autorização da direção;

Juliana e Sandra

Jan. a Dez.

2016/2020

Organizar documentos necessários à elaboração de relatório, referentes à Secretaria Escolar;

Juliana e Sandra Jan. a Dez.

2016/2020

Assinar com o gerente da EFOS os certificados, históricos e diplomas expedidos pela Escola e no caso da ausência da gerente assinar por ela;

Juliana

Jan. a Dez.

2016/2020

Responsabilizar-se pela conferência dos documentos expedidos pela Secretaria Escolar e pelos registros dos diplomas e certificados;

Juliana

Jan. a Dez.

2016/2020

Realizar matrículas e organizar documentação conforme as turmas;

Juliana e Sandra Jan. a Dez.

2016/2020

Manter atualizada e organizada toda documentação dos alunos;

Juliana e Sandra Jan. a Dez.

2016/2020

Manter atualizado os dados no SISTEC Juliana e Sandra Jan. a Dez.

90

(Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica); 2016/2020

Manter organizado o arquivo escolar; Juliana e Sandra Jan. a Dez. 2016/2020

Redigir Atas nos conselhos de classe e reuniões da EFOS.

Juliana e Sandra Jan. a Dez.

2016/2020

13.4.2 Plataforma Virtual

Ações Responsáveis Período de

Execução

Solicitar a criação dos cursos para o

Administrador da plataforma; Gustavo

Jan. a Dez.

2016/2020

Cadastrar coordenadores, professores e

alunos na plataforma; Gustavo

Jan. a Dez.

2016/2020

Apresentar a plataforma para os

coordenadores e professores, auxiliar a

criação e configuração das atividades e

depois verificar o correto funcionamento

destas configurações (corrigindo possíveis

erros);

Gustavo Jan. a Dez.

2016/2020

Apresentar a plataforma para os alunos no

início do curso e acompanhar o andamento

dos mesmo nas atividades, auxiliando na

utilização, sanando dúvidas no decorrer do

curso.

Gustavo Jan. a Dez.

2016/2020

Inserir na plataforma, quando solicitado pelos

professores, material de estudo, artigos e

demais conteúdos referentes ao curso;

Gustavo Jan. a Dez.

2016/2020

Solicitar a desativação do curso 6(seis)

meses após a formatura. Gustavo

Jan. a Dez.

2016/2020

91

13.5 Divisão Técnica

Ações Responsáveis Período de

Execução

Analisar o plano de curso atual e construir o

novo plano para o Técnico em Enfermagem

e as Especializações Nível Médio em

Enfermagem.

Maristela Jan. a dez.

2016

Organização e acompanhamento do material

didático, formatação e revisão do Técnico em

Enfermagem

Maristela

Jul. 2016

Construir rotinas para uso do laboratório de

Práticas de Enfermagem Equipe Técnica Jul. 2017

Dar continuidade aos encaminhamentos de

convênios de estágio para os cursos em

andamento.

Elisangela Jan. a dez.

2016/2020

Iniciar e acompanhar os processos de

convênios com as instituições, para abertura

de turmas nos municípios de nossa

abrangência.

Elisangela Jan. a dez.

2016/2020

Articulação coordenador professor/aluno e

comunidade escolar. Equipe Técnica

Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhamento do andamento dos cursos. Maristela Jan. a dez.

2016/2020

Visitas aos campos de estágio. Maristela Jan. a dez.

2016/2020

Articulação e acompanhamento das

capacitações nos municípios de nossa

abrangência

Francine/

Elisangela

Jan. a dez.

2016/2020

Participação Conselho de Classe Maristela Jan. a dez.

2016/2020

Solicitar material para laboratório de

enfermagem Maristela/ Karla

Jan. a dez.

2016/2020

Solicitar campo de estagio, visita técnica

para os cursos em andamento Elisangela

Jan. a dez.

2016/2020

Emitir termos de estágio Elisangela Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhar esquema vacinal dos alunos Maristela/ Francine Jan. a dez.

2016/2020

Acompanhar avaliação final de curso Maristela Jan. a dez.

2016/2020

Elaborar manual de orientações para estagio Maristela/ Francine Jan. a dez.

2017

92

Orientar alunos para estágio Maristela Jan. a dez.

2016/2020

Participar e acompanhar na seleção das

bancas, apresentação/ elaboração dos TCCs Maristela/ Francine

Jan. a dez.

2016/2020

Participar de cursos de aperfeiçoamento e

atualizações. Equipe Técnica

Jan. a dez.

2016/2020

Representar a EFOS na CIES Maristela Jan. a dez.

2016

Participar do Grupo de Trabalho de

Contrapartida Maristela/Francine

Jan. a dez.

2016

Elaborar Projetos Maristela/Francine Jan. a dez.

2016/2020

Participar do Prêmio INOVASUS Equipe Técnica Jan. a dez.

2016

Participar e dar suporte à Especialização do

Sírio Libanês Maristela/Elisangela

Jan. a dez.

2016

Participar da Comissão de Contas Especiais Elisangela Jan. a dez.

2016

Acompanhar revisão do material didático da

Especialização Nível Médio em Urgência e

Emergência

Maristela Ago.2016

93

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A busca pela construção de uma Escola que garanta um espaço inclusivo e

transformador no qual as pessoas dialogam, pensam, questionam e compartilham

ideias, emoções e saberes é uma das metas da Escola de Formação em Saúde –

EFOS. Uma Escola capaz de criar, colaborar e avaliar suas ações, que contribua ao

pleno exercício da cidadania, da diversidade e da sustentabilidade humana.

Desta maneira, a reconstrução do Projeto Político Pedagógico – PPP,

envolvendo a participação de todos os segmentos da Escola, denota a preocupação

da EFOS em garantir que a atualização deste documento ocorresse de maneira

democrática, participativa e dialogada.

À medida que o processo foi sendo consolidado e sistematizado através de

reuniões pedagógicas, grupos de trabalho, questionários aplicados aos alunos,

reuniões ampliadas e fóruns de discussões, evidenciou-se esta construção coletiva.

Deste modo confirma-se o compromisso da EFOS em atualizar um documento de

referência para a ação político-pedagógica e institucional da Escola.

Destacamos que as operacionalizações das ações aqui propostas devem

acontecer de forma gradativa, com base na gestão democrática, na construção

coletiva, no planejamento participativo construído dentro da proposta educativa

expressa neste PPP.

No decorrer desta caminhada percebemos a importância de a Escola ter um

líder que conduza junto com os demais seguimentos essas ações. Nesse contexto,

entra o papel da coordenação pedagógica em conduzir reuniões, discussões que

proporcionem a reflexão - ação - reflexão por parte dos sujeitos envolvidos no

processo não só para a reconstrução do PPP, mas para acompanhar a sua

efetivação e constante atualização.

A educação é um processo contínuo, por isso o Projeto Político Pedagógico

da Escola deve estar sempre em construção e sempre sendo avaliado para seu

aprimoramento e transformação. Isto requer um novo modo de ver e de fazer

Escola.

94

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101

APÊNDICE

102

Apêndice A: Questionário

Escola de Formação em Saúde – EFOS

Município:

Curso:

Estimado(a) Aluno(a)!

A EFOS, buscando melhorar a qualidade dos serviços prestados para a

comunidade escolar abre este espaço participativo para que você estudante possa

contribuir e dar sua opinião sobre o Curso em que você está matriculado. Você faz

parte desta história de construção, deste modo, sua participação é fundamental!

Agradecemos sua atenção!

Equipe da EFOS

1. O Curso que você escolheu está atendendo suas expectativas?

() Sim () Não Por quê?

2. O conteúdo ministrado no Curso:

() É adequado para sua prática profissional e contribui para seu desenvolvimento

humano

() É inadequado para sua prática profissional

3. O tempo destinado ao Módulo está sendo:

() Suficiente () Insuficiente () Em excesso

Por quê?

4. Os textos de apoio e o material didático utilizados são:

() De fácil compreensão () De difícil compreensão

Por quê?

5. Assinale os recursos didáticos pedagógicos utilizados no processo de ensino

aprendizagem:

() Aulas expositivas () Pesquisa () Estudo de caso

() Discussão em grupos () Trabalhos em grupo () Dramatizações

() Data show () Filmes () Outros

Quais?

6. Os recursos citados anteriormente como aulas expositivas, pesquisas, trabalhos

em grupo, entre outros:

() Favorecem o aprendizado () Dificultam o aprendizado

Por quê?

103

7. De que forma você é avaliado no Curso?

8. O Mediador (Professor) se faz entender com clareza durante as aulas?

9. Como é seu relacionamento com o Mediador (Professor)?

() Ótimo () Bom () Regular () Ruim

10. Nas avaliações quando você não atinge a nota 7.0 (sete), é feito algum tipo de

recuperação? De que maneira ela acontece?

11. Se você já teve Dispersão (Estágios), como os avalia?

12. As aulas do Curso são dinâmicas? Motivam você a buscar novos

conhecimentos?

13. Utilize este espaço para críticas, comentários e sugestões.

“Uma escola só é democrática quando possibilita a seus estudantes participarem da

construção e avaliação de seu aprendizado”