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COLÉGIO ESTADUAL DOM CARLOS – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO NORMAL E PROFISSIONAL - Palmas - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · – 2005 – Educação Inclusiva – De acordo com a Lei 9394/96 no cap. V, art. 58. Resolução CNE/CEB 2/2001 de 11/09/2001 institui

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COLÉGIO ESTADUAL DOM CARLOS – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO

NORMAL E PROFISSIONAL - Palmas - Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2011

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.................................................................................03

2 IDENTIFICAÇÃO...................................................................................04

2.1 FILOSOFIA E OBJETIVOS DO COLÉGIO........................................07

3MARCO SITUACIONAL.........................................................................08

4 MARCO CONCEITUAL.........................................................................11

4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES...........................................................27

4.2 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA..................................33

4.3 FORMAÇÃO CONTINUADA...............................................................33

4.4 REFLEXÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.....................................35

4.5 TRABALHO COLETIVO......................................................................36

4.6 PRÁTICA TRANSFORMADORA........................................................39

5 MARCO OPERACIONAL .....................................................................44

5.1 PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO...................................45

5.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS .............................................................50

5.3 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE FÍSICOS E MATERIAIS .....58

5.4 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE CURRICULAR -..............................60

5.5 ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS .........................................................63

5.6 CRITÉRIO PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO E HORÁRIO

ESCOLAR.................................................................................................65

5.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO................................................... ….........67

ACOMPANHAMENTO PARA ALUNOS EGRESSO DEPENDÊNCIA,

ADAPTAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO.......................73

5.8 PRÁTICA AVALIATIVAS DO DESEMPENHO PESSOAL

DISCENTE DO CURRICULO DAS ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES E DO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......................................................77

6 REFERÊNCIAS......................................................................................79

7 ANEXOS................................................................................................81

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1 APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual Dom Carlos – Ensino Fundamental, Médio e Normal está

situado à Rua Marechal Deodoro, 687, no centro da cidade de Palmas/PR, e tem o

Projeto Político Pedagógico como uma forma específica de intervenção na realidade.

O Projeto Político Pedagógico foi construído a partir da necessidade de

organização da prática pedagógica, da existência da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional 9.394/96 e da avaliação da realidade do Colégio, objetivando

deliberar os princípios norteadores da ação pedagógica, assegurando a indissolubilidade

entre a teoria e a prática.

Todas as reformulações Curriculares do Ensino Fundamental, como do Ensino

Médio, Curso Normal e Técnicos Profissionalizantes foram readequados conforme as

Políticas Públicas Educacionais orientados pela SEED e elaborados coletivamente pelos

professores da Rede Pública.

Como também, um novo redimensionamento da prática pedagógica com o aluno

portador de necessidades especiais, como dificuldades de aprendizagem moderada,

ficando os profissionais atentos e vigilantes, evitando assim, que a escola contribua para

as práticas que ajudam a manter as injustiças e as desigualdades sociais.

O Colégio Dom Carlos contempla a Educação Inclusiva, com sala de recurso e

pessoal capacitado para atender os alunos portadores de necessidades educacionais

especiais, uma vez que nossa clientela caracteriza-se dentro das dificuldades de

aprendizagem moderada, com atendimento pedagógico e específico, que se dá

individualizado, e em pequenos grupos com os alunos que apresentam tais dificuldades

no processo de ensino aprendizagem, sendo estes encaminhados após passarem pela

avaliação psico-educacional.

A reestruturação na grade curricular do Ensino Médio em Blocos e dos Técnicos

Profissionalizantes, sendo ofertadas as disciplinas de Sociologia e Filosofia, conforme

Deliberação 06/06 do CEE, Resolução 04/06/07 do CNE/CEEB.

Buscou-se a participação de toda a comunidade escolar, no intuito de desenvolver

reflexões coletivas em torno das novas situações apresentadas.

Das situações evidenciadas podemos citar duas que se configuraram as mais

marcantes: o primeiro, a falta de tempo e de disponibilidade da comunidade escolar para

as reflexões; a segunda está ligada à participação da comunidade escolar, nas reflexões

coletivas, de forma parcial mas significativa dentro deste contexto organizacional.

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Dado o presente contexto efetivou-se o Projeto Político Pedagógico como a fonte

norteadora na construção da história do estabelecimento.

2 IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Dom Carlos – Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissional de Palmas – Paraná, vem exercendo suas atividades de ensino a mais de 50

anos.

Abaixo segue a relação legal de funcionamento, autorizações e reconhecimentos:

– Decreto nº 9.135/49 – Criação do Ginásio Estadual de Palmas, entrando em vigor

em Janeiro de 1950;

– Portaria nº 165/50 de 14/03/1950 – Concede autorização para o funcionamento

condicional de Ginásio Estadual de Palmas.

– Lei nº 1.514/53 de 01/12/1953 – Denominação do Colégio Estadual de Palmas,

passando vigorar em 1954;

– Decreto nº 19.628 de 09/11/1955 – Denominação Ginásio Estadual Leonel

Franca;

– Portaria nº 884/58 de 05/09/1958 – Aprova a alteração de nome para Colégio

Estadual Leonel Franca;

– Portaria nº 925/58 de 22/09/1958 – Funcionamento condicional do 2º Ciclo.

– 208/57 de 23/03/1957 – Autorização para funcionamento no corrente de 1ª série

do científico.

– Portaria nº 115/65 de 20/02/1965 – Concede autorização para continuar

funcionando condicionalmente por 2 anos o curso, Técnico em Contabilidade.

– Parecer nº101/74 – Processo nº 059/74 – Lei 5692/71 aprova projeto de

implantação de 2º grau na Unidade Integrada de Ensino constituída pelo Leonel

Franca. Colégio Comercial Estadual e Escola Normal Colegial “Puríssimo

Coração de Maria”- Nível de habilitação: Técnico em Contabilidade, Promotor de

Vendas e Magistério de 1º a 4º séries.

– Decreto de Reorganização nº 4.400 de 22/02/1977 passando a Unidade

Integrada a constituir em único estabelecimento, denominar-se Colégio Dom

Carlos – Ensino de 1º e 2º graus.

– Reconhecimento secretarial nº 226/82 de 28/01/1982 – Habilitação Promotor de

Vendas;

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– Resolução nº 3212/88 – Parecer 182/88, fica reconhecido o curso de Educação

Geral;

– Resolução 2073/83 – Diário oficial nº1578 de 14/07/1983 – Denominação do

Colégio Dom Carlos para Colégio Estadual Dom Carlos;

– Resolução 3273/89 de 04/12/1989 – Fica autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª

séries do Ensino do 1º Grau;

– Parecer nº 368/92 de 16/06/1992 – Aprova a adequação da grade curricular da

habilitação Auxiliar de Contabilidade com 3 anos;

– Resolução nº 4.492/91 de 24/12/1991 – Autoriza o funcionamento da 4ª série da

habilitação Técnico em Contabilidade, noturno;

– Parecer nº 623/90 – Deliberação 017/93 – Aprova a grade curricular da

habilitação Magistério de 4 anos;

– Ofício circular nº 114/98 de 22/04/1998 – NRE, estabelece que a semana de

jogos escolares serão considerados dias letivos, desde que, seja programado

atividades, artísticas e culturais com a participação efetiva do corpo técnico-

pedagógico da escola e alunos;

– Ofício circular nº 114/98, SEED / DESG – 23/11/1998 determina que os estudos

alternativos metodológicos através de projetos interdisciplinares não deverão se

limitar ao contexto sala de aula e sim, estabelecer vínculos concretos com que,

se aprende na escola e com a ética e cidadania; a disciplina de Educação Física

no período noturno é facultativa, para o aluno quando incluído, deve contar no

rodapé do quadro curricular;

– Ofício circular nº 116 / SEED / DESG – sugere competências e habilidades,

conteúdos programáticos e estabelecimento de parcerias; DESG/SEED,

SEBRAE/PR;

– Instrução – 01/99 – DESG – atribui orientações sobre o ENEM;

– Ofício circular nº 11/99 – NRE – Determina orientações para elaboração do

Quadro Curricular do Ensino Médio de acordo com critérios legais;

– Ofício circular nº 14/99 – NRE – Determina modelos dos horários de

funcionamentos de aulas nos diferentes turnos conforme implantação do novo

Projeto de Ensino Médio;

– 2000 – Por determinação da Lei nº 9394/96 de 20/12/1996 mudança dos nomes

referente aos níveis de ensino: O Colégio Estadual Dom Carlos – Ensino de 1º e

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2º graus passa a denominar-se Colégio Estadual Dom Carlos – Ensino

Fundamental e Médio;

– 2004 – Reabertura do Curso Normal sob duas modalidades Integrado, ofertado

anualmente e o subsequente, sob a modalidade semestral;

– 2005 – Educação Inclusiva – De acordo com a Lei 9394/96 no cap. V, art. 58.

Resolução CNE/CEB 2/2001 de 11/09/2001 institui as Diretrizes Curriculares da

Educação Especial na Educação Básica, o Colégio Dom Carlos recebe a sala de

Recurso e pessoal capacitado conforme as necessidades especiais da clientela;

– 2006 – Termina a modalidade de curso subsequente uma vez que a referida

modalidade foi ofertada pela SEED em caráter temporário para suprir a

necessidade de profissionais em nível Pós Médio. Também neste ano foi

reimplantado o Ensino Fundamental Regular Noturno, para atender a clientela

menor de 18 anos, uma vez que a EJA – Educação de Jovens e Adultos, foi

remodelada e nova proposta da SEED com idades mínima de 18 anos;

– 2007 – Reestruturação da Matriz Curricular do Ensino Médio e Profissionalizante

Modalidade Normal com a implantação das disciplinas de Sociologia e Filosofia

conforme Resolução 04/06/2007 do CNE/CEEB, deliberação 06/06 do CEE e

salas de Apoio para clientela de 5ªs séries do Ensino Fundamental no

atendimento das dificuldades de aprendizagem nas áreas do conhecimento de

português e matemática;

– 2008 – Aprovação do Regimento Escolar de acordo com a legislação vigente,

resolução 2.122/00 SEED bem como a proposta de adendo ao regimento

Deliberação 16/99, 03/06; Reestruturação da Matriz Curricular que estabelece a

Diretriz Curricular para os Cursos Técnicos modalidade Técnico em Informática e

Técnico em Administração Parecer CNE/CBE 16/09, Resolução CNE/CBE nº

04/99;

– RES. 2271 - Data do Ato 24/05/2010 - Altera denominação do estabelecimento

de Ensino desde 2010, Parecer 517/10-CEE de COLÉGIO ESTADUAL DOM

CARLOS-ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL para COLÉGIO

ESTADUAL DOM CARLOS-ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E

PROFISSIONAL,

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2.1 FILOSOFIA E OBJETIVOS DO COLÉGIO

O Colégio Estadual Dom Carlos – Ensino Fundamental e Médio – Normal, tem

como Filosofia:

“A formação de cidadãos como indivíduos capazes de partilhar a sociedade,

suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais, e políticas, contribuindo para a

construção de uma nova ordem social”.

Objetivos gerais

– Salientar a importância da formação de cidadãos como indivíduos capazes de

partilhar a sociedade, contribuindo para a construção de uma nova ordem social.

– Caracterizar um ambiente propício às aprendizagens significativas e às práticas

de convivência democrática.

– Evidenciar a importância das Práticas de Formação Docente, como forma de

vivência prática da ação do docente.

– Proporcionar ao educando a compreensão dos fundamentos científicos e

tecnológicos dos processos produtivos e sociais.

Objetivos específicos

– Propiciar o desenvolvimento das capacidades de auto realização pessoal e

profissional, a partir da construção e da ressignificação de valores.

– Proporcionar condições para o desenvolvimento de suas capacidades e

potencialidades, bem como, assumindo sua condição de cidadão, na construção

de uma nova ordem social.

– Disseminar conhecimentos contextualizados das ciências voltadas para a

formação humana, bem como, para a construção da cidadania dentro do atual

contexto social.

– Identificar por meio das Práticas de Formação Docente os níveis e modalidades

de atuação do docente.

– Preparar profissional de nível técnico com capacidade para criar e manter

projetos relacionados ao cotidiano da vida profissional.

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3 MARCO SITUACIONAL

Diagnóstico da Realidade

A realidade global, nacional e local vive a era da Revolução Tecnológica, da

valorização do conhecimento, das tendências pluralísticas, da comunicação, da

globalização, das fusões das grandes empresas, das grandes multinacionais e das

privatizações. Se por um lado temos uma grande evolução científica, por outra as

referidas evoluções chegam à nossa realidade, país menos desenvolvido, e nos deixam,

muitas vezes, surpresos, pois, não estamos preparados principalmente no que tange às

dificuldades econômicas e às graves diferenças entre as classes sociais, pois os ricos

estão cada vez mais ricos, enquanto que os pobres cada vez mais pobres, o que

descaracteriza a democracia tão falada no Brasil e interfere também nos direitos dos

cidadãos.

O Colégio é de grande porte, a implantação de tal projeto encontra dificuldades

devido à carência de recursos financeiros, uma vez que sua clientela em grande maioria,

famílias carentes, oriundas de pais que nem sempre podem prover as necessidades

básicas que os filhos necessitam. Sendo que o colégio, muitas vezes, precisa fornecer o

material escolar aos seus alunos.

Neste contexto de falar e construir um Projeto Pedagógico não é tarefa fácil, e sim

um desafio. Com isso, partimos de uma coleta de dados, junto aos alunos o que

possibilitou identificar características predominantes e assim traçar um perfil do corpo

discente:

– são originários de famílias que possuem rendas variadas, porém que giram

em torno de 2 a 5 salários mínimos;

– a quantidade de pais com baixa escolarização, é considerável.

– são católicos; evangélicos, batistas, menonitas, enfim, muitas as religiões

aqui representadas;

– possuem bom relacionamento com a família;

– consideram que têm uma vida boa;

– os acontecimentos mais felizes são ligados à família, aos amigos e aos

estudos;

– as coisas mais tristes são relacionadas a doenças, morte e separações de

familiares.

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– as profissões desejadas são bem variadas, mas para o exercício da maioria

das profissões listadas é necessário um curso superior;

– em termos de quanto precisa ganhar para viver bem, podemos observar que

os alunos têm perspectiva acima de três salários mínimos (muito acima, alguns);

Frente a tantos fatos, o que mais preocupa e contínua em evidência dentro das

organizações e grandes centros, é o uso abusivo de drogas. Sendo que o grande número

de usuário aumenta e, a faixa etária diminui, quanto a natureza do tráfico. Temos alunos

de quinta e sextas séries fumando maconha, cigarros, embriagando-se, e até mesmo

usando armas como canivetes, punhais, tchacos, facas, etc., como forma de se proteger

das gangs, bem como um alto índice de furtos em sala de aula pela necessidade de

manterem o vício.

Observa-se que os alunos envolvidos são normalmente oriundos de família que

vivenciam problemas de relacionamentos, sendo esses pais separados, produção

independente, órfãos e emancipação precoce.

Outro problema de maior evidência é a violência provocada pela rivalidade que se

mostra perante as “gangs”, existentes nos diversos bairros da cidade e que esta

“violência” vem repercutindo nos portões escolares com ameaças à nossa clientela.

O Colégio Estadual Dom Carlos, enquanto instituição de formação, procura

engajar-se nas campanhas promovidas pelos órgãos governamentais estabelecendo

metas prioritárias, como forma de prevenção e formação. Nessa função o papel da escola

cumpre-se de construtora de valores, esperança, para o desenvolvimento de uma

sociedade calcada na justiça e dignidade humana.

A comunidade escolar elencou as seguintes prioridades básicas para o Colégio

Estadual Dom Carlos:

Convidar profissionais para discutir temas que fazem parte das preocupações

diárias dos alunos, como:

Sexualidade – gravidez precoce, aborto, o “ficar”, os métodos contraceptivos,

DSTs;

Drogadição – álcool, dependência química até como o craque;

Valores – os princípios, desde o amar a si próprio, promoção da cidadania;

− Maior engajamento e comprometimento dos professores no que diz respeito a

sua freqüência ao Colégio;

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− Palestras com ex-professores e profissionais qualificados na área da

educação, no repensar da ação didático pedagógico do professor como “a

avaliação”, tema polêmico para as duas realidades docentes e discentes.

– Desenvolvimento de atividades que contemplem a participação da

comunidade, como: gincana, jogos, mostras de artes, dança, atividades didático

pedagógica pelo curso Normal;

– Programa de educação continuada para professores;

– Oportunizar mais treinamentos e atividades desportivas, pois isso incentiva a

vida saudável e sem drogas;

– Manutenção e aquisição de material esportivo e pedagógico;

– Maior responsabilidade e compromisso da comunidade como um todo em

relação ao processo pedagógico;

– Encontros tratando de assuntos pertinentes a comunidade escolar

comunidade escolar;

– Aumento no acervo da Biblioteca para o Ensino Fundamental, Médio e

Curso de Formação de docentes - Normal.

– Despertar o espírito de equipe e respeito mútuo;

– Trabalho de conscientização com toda a comunidade escolar do Colégio

para que trabalhem com mais amor e dedicação, sentindo-se peça essencial para o bom

andamento do processo pedagógico;

– Preparar, através das diferentes disciplinas, os alunos para o mundo, para

saberem enfrentar o futuro.

– Coibir os atos de vandalismo tais como depredação do patrimônio e

prostituição.

As alternativas de superação das dificuldades detectadas que surgiram nos

encontros de sensibilização para a reconstrução do Projeto Político Pedagógico, estão

listadas no decorrer do presente Projeto e passam necessariamente pelo compromisso do

corpo administrativo e pedagógico, dos professores, dos pais e alunos com a realidade

escolar e com as propostas de superação das dificuldades da escola real em busca de

uma escola ideal.

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4 MARCO CONCEITUAL

Concepções que perpassam o trabalho pedagógico no Colégio Estadual

Dom Carlos:

– Mundo e homem:

O modo de produção capitalista, voltado para o mercado de trabalho competitivo

vem produzindo uma massa de pessoas estressadas por excesso de trabalho o que

desvirtua a vida das coisas essenciais, pois o homem, muitas vezes, tem deixado de

viver, dirigindo sua vida em função das imposições do mercado.

Acredita-se que nesse contexto o poder transformador do homem enquanto ser

que tem capacidade de aprimorar-se e de transformar-se deve ser canalizado para

valorização da vida, do ser humano, do trabalho, de homem e de mundo. Para que a

escola ofereça contribuição é preciso respeitar a história de vida de cada um, seu

conhecimento, sua sensibilidade, seus valores, produzidos na convivência cotidiana na

sua comunidade. A criança é um sujeito que produz conhecimento e constata sua fala.

Cada um expressa o que pensa de acordo com o seu jeito. Portanto é na diferença que

está a originalidade, o sentido e a riqueza de ser gente. Por isso, se diz que as pessoas

são educadas e não domesticadas.

– Sociedade e cultura:

A sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diversificadas e

diferênciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma

interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações,

instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base

econômica e que é o jeito especifico do homem realizar-se.

– Conhecimento e educação:

O conhecimento é sempre o saber a respeito de algo, é sempre intencionado, isso

é esta sempre dirigido para alguma coisa (FREIRE 2003 p. 59). Com isso não ocorre

individualmente, acontece no social, gerando mudanças internas e externas no cidadão,

nas relações sociais tendo sempre uma intencionalidade.

A educação é uma prática social, uma atividade especifica dos homem situando-

os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua

ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

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– Instituições e conteúdos:

As instituições têm um papel fundamental no mundo, na sociedade, na cultura, na

educação, no conhecimento e na vida do homem, porém precisamos resgatar a

honestidade e a transparência das diferentes instituições sociais para que estas passem

a ter credibilidade.

Faz-se necessário, mais do que nunca, na era da informação e do conhecimento,

que os conteúdos sejam valorizados e trabalhados de forma contextualizada,

interdisciplinar, para que se estabeleça sentido com o cotidiano do aluno. A função da

escola é garantir educação aos estudantes, contribuindo para que se tornem sujeitos,

autores e senhores de suas vidas. Isso significa criar oportunidades para que eles

decidam, pensem, tornem-se livres e responsáveis, autônomos, emancipados.

Resignificação de termos no Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Dom Carlos:

– Aluno:

Ser bio-psico-social influenciado pelo ambiente em que vive, ambiente familiar,

escolar e pelo contexto social, procurando melhores condições de vida por meio do

conhecimento científico. O entorno social (a comunidade, a família, os parentes, os

amigos e os vizinhos) tem estreita relação com nossa produção humana. A maturidade

social, cultural e cognitiva para prender os processos relacionados a construção do

conhecimento não é a mesma de um aluno para outro.

– Aluno crítico:

Aquele que contesta, argumenta, com conhecimento de causa, pois ao contestar

também apresenta sugestões, luta pelo que acredita ser correto e justo. Isto porque são

produtos das relações vividas, que muitos vezes dependem de decisão, outras que são

estabelecidas pelo meio.

– Disciplina:

Respeitar a ordem da instituição conhecendo e utilizando seus direitos e deveres,

sendo estes responsabilidade, bom comportamento, postura de vida na qual o indivíduo é

capaz de exercer sua função sem ser policiado. Conjunto de regulamentos necessários à

manutenção da ordem em qualquer instituição, contidas no regimento interno do colégio.

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– Escola:

É função da escola formar o cidadão, assegurando ao estudante o acesso e a

apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente

propício às aprendizagem significativas e às práticas de convivência democrática. Para

tanto faz-se necessário que a escola se organize de forma adequada com o propósito de

constituir um espaço favorável a plena formação do educando.

− Educação Infantil

- Concepção de Infância

Os dicionários da Língua Portuguesa registram a palavra infância como o período

de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos doze

anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela

assembléia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1989, “criança são todas as

pessoas menores de dezoito anos anos de idade”. Já para o Estatuto da Criança e do

Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os doze anos completos.

Etimologicamente, a palavra infância vem do latim IN (não) FANCIA (capacidade

da fala), sendo assim, refere-se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa

incapacidade, atribuída à primeira infância, estende-se até os sete anos, que

representaria a idade da razão. Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é

suficiente para caracterizar a infância. É o que Khulmann Jr. (2088, p.16) afirma:

Infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida,

esse significado é função das transformações sociais: toda sociedade tem

seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas é associado um

sistema de status e de papel.

Desta forma podemos considerar que a infância muda com o tempo e com os

deferentes contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo com as

peculiaridades individuais. Portanto, as crianças de hoje não são exatamente iguais às do

século passado, nem serão idênticas às que virão nos próximos séculos.

Sendo assim, hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado

historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas,

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emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da

criança. Ela deve ter suas dimensões respeitadas. Segundo Fraboni (1998, p.68):

A etapa histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela “transformação” tecnológico-científica e pela mudança étnico-social, cumpre todos os requisitos para tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando-a finalmente como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social.

Sendo assim a concepção de criança como um ser particular, com características bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como portador de direitos enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na Educação Infantil, tornando o atendimento às crianças ainda mais específico, exigindo do educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as crianças, quais as suas necessidades enquanto criança e enquanto cidadão.

Mas nem sempre é deste modo que a infância é vivida por todas as crianças. Basta olharmos ao nosso redor, para vermos meninas e meninos na rua, esmolando, se prostituindo, sendo explorado pelos pais, que colocam as crianças para esmolar, com o intuito de sustentar seus vícios, sem tempo para brincar, sofrendo violências de todos os tipos. Desta forma, nem todas as crianças vivem sua infância, existem aquelas que, nascidas e criadas nos cinturões da miséria que hoje rodeiam as grandes cidades, descobrem muito cedo que seu chão é o asfalto hostil, onde são caçadas pelos automóveis e onde se iniciam na rotina da criminalidade. Para estas crianças, a infância é um lugar místico, que podem apenas imaginar.

Desse modo, percebemos que, a infância é hoje compreendida como uma categoria construída historicamente, tendo, portanto, múltiplas emergências.

Para Dahlberg, Moss; Pence (2003), as novas concepções de infância e de criança apontam para a aceitação de uma multiplicidade e um devir que não se fecha em si mesmo. Segundo os autores, o projeto defendido e sustentado pela modernidade compreende o ser humano totalmente realizado, maduro, independente, autônomo, livre e racional. A busca da razão moderna, atestam os autores, construiu-se um ceticismo crescente sobre a modernidade e sobre suas pretensões (desenvolveu-se) uma crescente desilusão com sua incapacidade pra compreender e acomodar a diversidade,m a complexidade e a contingência humanas e sua reação de tentar ordená-las a partir do que existe. O projeto da modernidade de controle através do conhecimento, a “avidez por certezas”, implodiu.

Sob uma perspectiva pós-moderna, não existe conhecimento absoluto, realidade cristalizada, esperando para ser conhecida e domada; um entendimento universal, que se faça fora da história ou da sociedade. No lugar disso, o projeto pós-modernista propõe que o mundo e o conhecimento dele sejam vistos como socialmente construídos. Isso significa pensar que todos nós estamos engajados na construção de significados, em vez de engajados na descoberta de verdades. Assim não existe somente uma realidade, mas várias. O conhecimento não é único, e sim múltiplo, variável, fragmentado e mutável, inscrito nas relações de poder, que lhes determinam o que é considerado como verdade ou falsidade. A verdade é compreendida somente como uma correspondência da verdade, uma representação da verdade e como tal deve ser tomada.

Como objeto de estudo e de trabalho dentro de um projeto construído sob a égide da modernidade, a criança é vista e compreendida como um sujeito unificado, reificado e

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essencializado, no centro do mundo, que pode ser considerado e tratado à parte dos relacionamentos e do contexto. Contudo, partindo da perspectiva paradigmática da pós modernidade, a criança é descentralizada, retirada do centro, uma vez que se considera que ela exista através de suas relações com os outros, sempre em contextos particular e próprio. Assim torna-se possível e necessário afirmar que:

Não existe algo como a criança ou a infância, um ser e um estado essencial esperando para ser descoberto, definido e entendido, de forma que possamos dizer a nós mesmos e aos outros, “O que é a criança? O que é a infância?” Em vez disso, há muitas crianças e muitas infâncias, cada uma construída por nossos entendimentos da infância e do que as crianças são e devem ser (DAHLBERG: MOSS: PENCE, 2003, p.63)

Desta maneira um dos aspectos que merece destaque é a organização do trabalho pedagógico e a concepção que o conduzirá. Nesse sentido, é fundamental que os professores tenham clareza acerca da perspectiva teórica adotada e expressa na proposta pedagógica curricular e ainda sobre como conduzir este processo de trabalho, conferindo igual importância a todas as disciplinas. A organização didática impõe certos desafios aos professores como, por exemplo, a adequação dos diferentes conteúdos no tempo escolar, de modo que todas as disciplinas tenham a mesma importância e se estabeleçam interações entre as mesmas. Acredita-se que a formação específica dos professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental, fortaleça a possibilidade de um trabalho integrado. Neste sentido reside a importância do professor, como sujeito que possibilita aos estudantes a compreensão de que os conteúdos escolares são resultados do trabalho humano. Trabalho que pode resultar tanto em produtos materiais quanto intelectuais. É por meio do trabalho que a humanidade produz, além de objetos, também valores, hábitos e os conhecimentos das mais diferentes áreas das ciências, as formas de expressão artística, musical, corporal, afetiva, etc. Sendo assim o professor é diretamente responsável pelo processo pedagógico na sala de aula, portanto, cabe a este profissional, num encontro dialógico com outros profissionais da escola, tais como outros professores, pedagogos e direção, definir, de maneira organizada e planejada, o processo intencional de ensino. Nesse sentido, cabe à escola a superação do conhecimento espontâneo, por meio do acesso e aquisição do conhecimento sistematizado, conferindo um tratamento articulado a esses conhecimentos, visando uma análise crítica da realidade. Desta forma, ao cumprir a especificidade própria da educação, reafirma-se o compromisso político-pedagógico necessário ao desenvolvimento de um trabalho qualitativo na escola, com todos os alunos (SAVANI,1985). Nesse sentido, é papel do professor, o domínio acerca dos conteúdos a serem ensinados e da metodologia mais adequada à sua assimilação pelos alunos, o conhecimento sobre as características de desenvolvimento das crianças, a construção do vínculo afetivo fundamentado em teorias do desenvolvimento infantil e na relação de autoridade do professor, a adequada utilização do tempo no planejamento das atividades (visando a assimilação do conhecimento por parte das crianças), o incentivo à expressão dos alunos em sala de aula e em outras instâncias de participação da escola. Portanto, esperamos que nosso colégio possa contribuir para uma educação que, embora situada num contexto de desigualdades, não forme sujeitos conformados com esta condição, mas pessoas conscientes de seu papel para a construção de uma sociedade que garanta o acesso de todos os bens produzidos coletivamente.

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- Concepções de adolescência

A palavra “adolescência” vem da palavra latina “adolesco”, que significa crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e autoafirmação.

Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005), a naturalização da adolescência e sua homogeneização só podem ser analisada à luz da própria sociedade. Assim as características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas quando inseridas na história que geraram. Mas não foi sempre deste modo que se falou da adolescência.

Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na verdade, ela é bem mais que isso.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, é comumente associada a puberdade, palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações fisiológicas ligadas a maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da infância à adolescência.

Piaget (1968), afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica que ele chamava de operações formais. O pensamento operatório formal é o tipo de pensamento necessário para qualquer pessoa que tenha que resolver problemas sistematicamente. O adolescente constrói teorias e reflete sobre seu pensamento, o pensamento formal, que constitui uma reflexão da inteligência sobre si mesma, um sistema operatório de segunda potencia, que opera com proposições.

Segundo Piaget (1968), uma das consequências de se adquirir pensamento operatório formal é a capacidade de construir provas lógicas em que a conclusão segue a necessidade lógica. Essa habilidade constitui o raciocínio dedutivo.

Sendo assim, o pensamento do adolescente tem a necessidade de construir novas teorias sobre as concepções já dadas, no meio social, tentando chegar a uma concepção das coisas que lhe seja própria e que lhe traga mais sucesso que aos seus antecessores.

São características do processo do pensamento, os patamares de desenvolvimento, que leva o nível mais elementar de egocentrismo à descentração, subordinando o conhecimento sempre a uma constante revisão das perspectivas.

O adolescente exercita ideias no campo do possível e formula hipóteses, tem o poder de construir à sua vontade reflexões e teorias, com estas capacidades, o adolescente começa a definir conceitos e valores. Neste sentido, caracteriza-se a

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adolescência por um egocentrismo cognitivo, pois o adolescente acredita que é capaz de resolver todos os problemas que aparecem, considerando as suas próprias concepções como as mais corretas (crença na onipotência da reflexão).

Desta forma o que surpreende no adolescente é o interesse por problemas inabituais, sem relação com as realidades vividas no dia a dia, ou por aqueles que antecipam com uma ingenuidade desconcertante, as situações futuras do mundo, muitas vezes utópicas, com uma facilidade de elaborar teorias abstratas. Existem alguns que escrevem que criam uma filosofia, uma politica, uma estética ou outra coisa. Outros não escrevem, mas falam.

Por volta dos onze ou doze anos efetua-se uma transformação fundamental no pensamento da criança, que marca o término das operações construídas durante a segunda infância, é a passagem do pensamento concreto para o formal (hipotético-dedutivo).

Desta maneira, as reflexões acima poderiam levar a crer que o desenvolvimento mental termina por volta dos onze anos ou doze anos, e que a adolescência é simplesmente uma crise passageira, devida a puberdade, que separa a infância da idade adulta. A maturação do instinto sexual é marcada por desequilíbrios momentâneos, que dão um colorido afetivo muito característico a todo esse último período da evolução psíquica.

Embora o conteúdo exato das ideias do adolescente varie tanto numa mesma cultura como em culturas diferentes, este fato não deveria obscurecer aquilo que, segundo Piaget (1968), é o denominador comum importante: a criança se ocupa, sobretudo com o presente, com o aqui e o agora, o adolescente amplia seu âmbito conceitual e inclui o hipotético, o futuro e o espacialmente remoto. Esta diferença tem um significado adaptativo, o adolescente começa a assumir papéis adultos; para ele o mundo de possibilidades futuras pessoalmente relevantes, escolha profissional, escolha do conjugê, etc., passa a ser objeto de reflexão mais importante. De modo semelhante, o adulto que ele será em breve deverá relacionar-se intelectualmente com coletividades sociais muito menos concretas e imediatas que a família e o círculo de amigos: a cidade, o estado, o país, a escola, etc.

Em geral, o adolescente pretende inserir-se na sociedade dos adultos por meio de projetos, de programas de vida, de sistemas muitas vezes teóricos, de planos de reformas políticas ou sociais.

Sendo assim, a verdadeira adaptação à sociedade vai-se fazer automaticamente quando o adolescente, de reformador, transformar-se em realizador. A experiência reconcilia o pensamento formal com a realidade das coisas, o trabalho efetivo e constante, desde que empreendido em situações concretas e bem definidas, cura todos os devaneios.

Assim é o desenvolvimento mental, constata-se que a unidade profunda dos processos que da construção do universo prático, devido à inteligencia senso-motora do lactente, chega à reconstrução do mundo pelo pensamento hipotético dedutivo do adolescente, passando pelo conhecimento do universo concreto devido ao sistema de operações da segunda infância.

Essas construções sucessivas consistem na decentralização do ponto de vista, imediato e egocêntrico, para situá-lo em coordenação mais ampla de relações e noções, de maneira que cada novo agrupamento terminal integre a atividade própria, adaptando-se a uma realidade mais global. A afetividade liberta-se pouco a pouco do eu para se submeter, graças à reciprocidade e a coordenação de valores, às leis da cooperação; a afetividade que atribui valor às atividades e lhes regula a energia, mas ela atua em conjunto com a inteligência, que lhe fornece meios e esclarece fins.

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Nesse sentido, não existe adolescente padrão, mas seres humanos concretos, que buscam caminhos de crescimento e equilíbrio. É necessário buscar uma interlocução autentica com esses jovens, compreender a sua cultura e ter empatia por sua forma específica de lidar com a realidade.

Sabe-se também que a adolescência não é marcada apenas por dificuldades, crises, mal-estares, angústias. Ao se abandonar a atitude infantil e ingressar no undo adulto, há uma série de acréscimos no rendimento psíquico. O intelecto, por exemplo, apresenta maior eficácia, rapidez e elaborações mais complexas, a atenção pode se apresentar com aumento da concentração e melhor seleção de informações, a memória adquire melhor capacidade de retenção e evocação, a linguagem torna-se mais completa e complexa com aumento do vocabulário e da expressão.

As figuras de autoridade serão os alvos preferidos da contestação do adolescente. Em nosso caso, o professor, além disso, espera-se que os conflitos de valores e de poder possam se generalizar para uma questão ideológica. Esse questionamento por parte do jovem é saudável. Demonstra que seu psiquismo está se desenvolvendo.

Neste sentido a noção de autoridade para o adolescente se atualiza continuamente, começando com a figura social do pai, do amigo, do professor, passando para o ídolo. Portanto, o adolescente não é tão avesso a autoridade como se propaga. Via de regra ele a reconhece em seus ídolos, ou seja, pessoas de destaque nas áreas de seu interesse. A maior dificuldade do adolescente, entretanto, esta em aceitar uma autoridade imposta. A autoridade pode adquirir um espaço importante no conjunto de valores do adolescente quando se constrói através da conquista e do respeito e não submetendo o jovem à pressões. Sendo assim, este é o momento do professor se tornar um ídolo para o adolescente, podendo então conquistá-lo estabelecendo assim um clima de confiança e uma atitude de respeito com ele, pois a afetividade é um fator que precisa ser fortalecido nas relações educacionais dentro e fora da escola; sabe-se que uma das fontes motivacionais do ensino e da aprendizagem está no vínculo estabelecido entre educador e educando.

− Concepção de alfabetização e letramento

O termo letramento é um termo novo que surgiu nos últimos anos entre os pensadores da educação. A princípio, o termo letramento se confundiu com alfabetização, no entanto, o letramento está acima da alfabetização, pois ele não ocorre apenas durante determinado tempo da vida do indivíduo, ele acontece antes e durante a alfabetização e continua para todo o sempre.

Muito se tem dito sobre o letramento, mas o que é letramento afinal, letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno, o letramento tem como objeto de reflexão, de ensino, ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita. Assumir como objetivo o letramento no contexto do ciclo escolar implica adotar na alfabetização uma concepção social escrita, em contraste com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais.

Segundo Magda Soares (2003), letramento é um sentido ampliado da alfabetização, pois designa práticas de leitura e escrita. Dessa forma, a entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia

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envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever. Além disso, o aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e escrita.

Sabe-se que, as transformações socieconômicas, políticas, históricas e/ou culturais provocam o surgimento de novos conceitos e/ou termos para para designar fenômenos recém surgidos e que ainda se encontram em processo de recepção e compreensão pela sociedade na qual se inserem.

Desse modo, a adoção do vocábulo “letramento” vem atender a uma nova realidade, já que só recentemente a sociedade brasileira passou a preocupar-se com o desenvolvimento de habilidades para utilizar a leitura e a escrita nas práticas sociais e não somente com o saber ler e escrever mecanicamente. Contudo, essa transformação traz consigo problemas de delimitação de sentido, de definição e também de mensuração.

Sendo assim, segundo Magda Soares (2003), letramento seria a tradução para o português da palavra inglesa “literacy”, que etimologicamente se origina da forma latina “ littera”, cujo significado é letra. Ao latim “littera” foi adicionado ao sufixo “-cy”, que expressa estado ou condição, para formar o vocábulo inglês “litteracy”. Parece que do mesmo modo, se fez em português, ou seja, ao radical “letra” foi acrescentado o sufixo – mento, formando a nova palavra.

Desta forma, independente da etimologia que se tem da palavra letramento, atualmente a definição mais difundida é a apresentada por Magda Soares (2003), letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência do processo de alfabetização.

Neste sentido, enquanto se utiliza o termo analfabeto em oposição a alfabetizado, não é possível, de maneira analógica, aplicar a mesma relação entre letrado e iletrado. Mesmo o indivíduo que não sabe ler nem escrever, de alguma maneira faz uso da escrita quando se relaciona com outros atores sociais, seja pedindo que outro leia para ele uma carta ou bula de remédio, seja tentando chegar a algum lugar, o qual ele ainda não conheça, ou mesmo relatando um fato ou acontecimento a alguém.

Sendo assim, sabemos que o ensino passa por um momento complicado, pois a criança ou o adulto, em sua maioria é alfabetizado, mas não é letrado.. Ele (a) lê o que está escrito, mas não consegue compreender, interpretar o que leu e isso faz deste indivíduo, alguém com muitas limitações, pois se ele não interpreta ou compreende corretamente, ele terá problemas em todas as disciplinas que fazem parte do seu currículo escolar.

Sendo assim, o professor tem um primordial papel no sentido de transformar esta pessoa alfabetizada, em uma pessoa letrada e isso se dá através de incentivos variados, no que diz respeito à leitura de diversas tipologias textuais e também utilizando-se de exercícios de interpretação e compreensão de diferentes tipos de textos, em que vários tipos de ferramentas podem ser utilizados. Podem ser usados materiais mais convencionais como livros, revistas, jornais, entre outros e materiais mais modernos como internet, blogs, e-mails, etc.

− Proposta de avaliação entre os anos iniciais e os anos finais do ensino fundamental de nove anos

Para falar do Ensino Fundamental de nove anos é importante situá-lo no contexto das políticas públicas de educação do Brasil, desencadeadas na última década, ou seja, no período compreendido entre os anos finais da década de noventa do século XX e os anos iniciais do séc. XXI.

Neste período destacamos a Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394/96), O Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº 10172/01, a resolução SEB nº 02 de

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07/04/98, que instituiu os Parâmetros Curriculares Nacionais, além dos documentos de referência para a formação de professores para a educação básica, em 2005, por determinação da Lei nº 11114, de 17/05/05, as matrículas de crianças de seis anos de idade, passam a ser obrigatórias, ampliando o tempo de escolaridade obrigatória, ou seja, instituindo o Ensino Fundamental de nove anos.

A política de ampliação do tempo de escolaridade obrigatória foi se consolidando nas últimas quatro décadas, quando os quatro anos de escolaridade básica, em 1961 (LDB nº 4024/61) passaram a oito anos pela lei nº5692/71 e, em 2005, tornaram-se nove anos, já prenunciados na Lei 9394/96, que facultava a matrícula a partir de seis anos.

Nosso Colégio receberá a partir de 2012 os primeiros alunos para o 6º ano, vindos do Ensino Fundamental de nove anos.

Sabe-se que a decisão política de aumentar a duração do ensino fundamental pode ter várias leituras e suscitar vários questionamentos dos quais destacaremos: . a matrícula aos seis anos é uma forma de combater a desigualdade de acesso à educação? . a escola de nove anos, ao ampliar o tempo de permanência do aluno na escola, seria uma forma de garantir um trabalho mais efetivo em torno de uma aprendizagem bem sucedida?

. a alfabetização antecipada para os seis anos de idade é uma violência para o desenvolvimento natural da criança?

Sendo assim, para melhor entender a relação entre matrícula de seis anos e políticas de combate a desigualdade de acesso à educação, faz-se necessário lembrar que todas as crianças, também de zero a seis anos, são cidadãos de direitos, tem diferenças que precisam ser reconhecidas e pertencem a diversas classes sociais, vivendo a maioria das vezes uma situação de desigualdade que precisa ser superada... a educação da criança é um direito não só social, mas um direito humano (BAZÌLIO: KRAMER, 2003). portanto, o direito deve ser garantido, porque é nossa responsabilidade social tratar as crianças como cidadãos de pequena idade. De modo geral, as famílias socialmente menos favorecidas têm maior dificuldade para colocar seus filhos nas escolas de educação infantil, dada a defasagem entre o número de vagas e o número de crianças nessa idade escolar. Essas crianças, quando iniciam sua vida escolar no ensino fundamental, já apresentam diferenças em relação às demais que experienciaram a vivência escolar anteriormente ao seu ingresso no ensino fundamental. Essas diferenças de experiência comumente rotulam a criança pobre como não tendo cultura, o que explicaria seu fracasso escolar.

A abordagem da “privação cultural” se instalou nas escolas há algumas décadas e, ainda hoje, ocupa boa parte das explicações dos professores e diretores quanto aos resultados de insucessos por parte das crianças nas escolas públicas.

É de suma importância que acompanhemos as indagações de Patto (1985), de como tornar os educadores menos preconceituosos, pois a mudança na postura deles é essencial pra que consigam formular uma proposta curricular que valorize a cultura de origem da criança, partindo do conhecimento dela (KRAMER, 2003), no sentido contrário do que vem acontecendo nas escolas, onde se elabora um projeto pedagógico a partir das referências e idealização de um aluno, distante do aluno real.

Quanto aos aspectos da escola de nove anos e um tempo maior para o trabalho em torno de aprendizagem bem sucedidas, é importante não dissociar o trabalho da educação, que se efetiva no espaço escolar, da estrutura e da cultura da escola. As rotinas escolares, de modo geral, acompanham até hoje concepções de uma escola forjada no século XVIII, na época da Revolução Francesa. Os tempos escolares sobre os quais estão estruturadas a seriação, a divisão em classes, a distribuição dos conteúdos e

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as avaliações das ações escolares se constituem em “forma de escola” (FREITAS, 2003) e, embora essa estrutura já não atenda às expectativas de professores e alunos, as propostas de reorganização dos tempos e espaços escolares tem causado, junto à comunidade acadêmica, um debate contra as medidas de mudança, revelando processos de resistência e manutenção da estrutura escolar em nome do não rebaixamento da qualidade de ensino.

Além disso, precisamos destacar que concepções diferentes de educação infantil e de ensino fundamental acabam fragmentando e classificando profissionais e práticas, os afastando da perspectiva cultural mais ampla, ou seja, de que as pessoas são sujeitos da história e da cultura, além de serem por elas produzidas.

Em outras palavras, a dissociação do ser-criança da educação infantil ou do ser-criança do Ensino Fundamental da sua construção histórica acaba provocando a dicotomia entre ser criança e ser aluno, o que induz ao caráter do “brincar” na educação infantil e ao “trabalhar” no Ensino Fundamental.

Essas ideias se expressam nas representações e no imaginário da população em geral e de muitos educadores, associando o brincar com coisa não-séria e o compromisso com tarefas escolares, horários rígidos e cadernos cheios de lições com trabalho sério.

Com o intuito de se adequar à Legislação para o Ensino Fundamental de nove anos (anos finais), desenvolveram-se em nosso colégio ações pedagógicas administrativas, materiais e de recursos humanos para a implantação dessa política educacional. Para assegurar um padrão de qualidade no processo ensino e aprendizagem, efetivaremos como ações: a reorganização do Ensino Fundamental, tendo em vista não apenas o primeiro ano, mas sim, toda a sua continuidade; (re) elaboração das propostas pedagógicas do Colégio; elaboração da proposta curricular para o ensino de nove anos; oferta de formação continuada para professores, pedagogos e gestores; planejamento estratégico de oferta de vagas, numero de salas de aula, adequação dos espaços físicos, numero de professores e adequação do material pedagógico.

No que tange a questão pedagógica, proporcionaremos momentos de estudos para aprofundamento teórico, por meio de palestras, seminários, cursos, jornadas e reuniões pedagógicas.

– Educação familiar:

É a base da formação do aluno disciplinado, crítico, consciente, através da

vivência dos valores e limites, sendo necessário o acompanhamento familiar no processo

educacional.

– Educação escolar:

É o processo pelo qual o indivíduo adquire noções de cidadania, formando um

cidadão crítico e participativo dentro do atual contexto educativo. Assim a escola deve

favorecer e oportunizar a reflexão e a interação do estudante com as demais atividades

humanas de natureza cultural, artística, social e cientifica.

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– Educação inclusiva:

Construir uma educação emancipatória e inclusiva é instituir continuamente

novas relações educativas numa sociedade contraditória e excludente. É indispensável

que todos permaneçam atentos e vigilantes para evitar que a escola contribua para

reforçar as condições e práticas que ajudam a manter a injustiça e as desigualdades

sociais.

Caso não se preste atenção às diferenças e não se integre no processo

pedagógico, o saber que as crianças, adolescentes e jovens têm, á escola não poderá

construir para ampliar o conhecimento e intervir significativamente na educação das

pessoas. Ao contrário, pode até tornar-se um lugar de negação da educação.

– Ensino Profissionalizante – Modalidade Normal

O Ensino profissionalizante modalidade Normal, tem papel fundamental na

formação de docentes responsáveis pelas práticas educativas sendo, necessário uma

formação sólida nos fundamentos das diferentes ciências e artes, especialmente nas

ciências da educação.

Ensino Técnico Profissionalizante

Na modalidade Técnico, propicia ao profissional relacionar o conhecimento

científico tecnológico no desenvolvimento da sua atuação profissional.

- Técnico em Administração – Modalidade subsequente

O Curso técnico em Administração vem ao encontro da necessidade da

formação do técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se numa atividade com

crescente exigência de qualificação.

A organização dos conhecimentos, enfatiza o resgate da formação humana

onde o aluno, como sujeito histórico produz sua existência pelo enfrentamento consciente

da realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimento e cultura por sua ação

criativa.

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− Técnico em Informática – Modalidade subsequente

visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule

trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo

formativo.

Os componentes curriculares integram-se e articulam-se garantindo que os

saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. Por outro lado,

introduziram-se disciplinas que ampliam as perspectivas do fazer técnico para que o

estudante se compreenda como sujeito histórico uma vez que a área de informática está

presente em todos os setores econômicos e presente em várias etapas do processo

produtivo, do comércio e dos serviços, exercendo a condição de base para o perfeito

funcionamento do sistema.

− Técnico em Informática – Modalidade Integrado

visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule

trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo

formativo.

As ciências humanas e sociais permitirão que o técnico em informática se

compreenda como sujeito histórico.

– Sala de Recurso:

Serviço de apoio especializado de 5ª a 8ª série do ensino fundamental, ofertado

no período contrário, daquele que o aluno frequenta na sala de aula comum, com

atendimento pedagógico específico que se dá individualmente e em pequenos grupos

com alunos que apresentam dificuldades no processo de ensino aprendizagem.

– Sala de Apoio:

São classes anuais, com atividades diversificadas, lúdicas de turno contrário ao

ensino regular e com profissionais capacitados para o exercício da função.

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– Professor:

É um agente conscientizador e transformador, um profissional que exerce uma

atividade fundamentalmente social, contribuindo para a formação cultural e científica

escolar no processo das relações sociais e do próprio conhecimento.

– Gestão Democrática:

Regime político baseado na soberania popular, no qual todos tem direito de

participar, de expor suas idéias, com o dever de respeitar a idéia do outro; processo de

igualdade entre todas classes sociais (FREIRE, 2003, p. 64).

– Responsabilidade:

Ato ou efeito de assumir seus valores e deveres de cidadão, com Estado, a

Família e a Sociedade.

– Gestão Escolar:

A gestão escolar implica na efetivação de novos processos de organização e

gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos

nas tomadas de decisões. Nesse sentido, faz-se necessário a participação, pelos

diferentes atores que constroem o cotidiano escolar. Sendo eles:

– Buscar, considerar os mecanismos de participação e democratização da Gestão

Escolar, como fortalecimento da autonomia escolar.

– Propor a ação articulada entre o diretor escolar e conselho escolar, visando a

efetivação de uma cultura de participação e descentralização de ações na

escola.

– Cidadania:

É um processo histórico social que capacita a massa humana a forjar condições

de consciência, de organização e de elaboração de um projeto com práticas no sentido de

deixar de ser massa e passar a ser povo, como sujeito histórico de seu próprio destino

(BOFF, 2000 p.51).

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– Tecnologia :

Conjunto de conhecimentos especialmente, princípios científicos que se aplica a

um determinado ramo de atividade. Tem um impacto significativo, não só na produção de

bens e de serviços, mas também no conjunto das relações sociais, nos padrões culturais

vigentes.

– Ciência:

A ciência é uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer

de sua história. É portanto, determinada pelas necessidades materiais do homem em

cada momento histórico ao mesmo tempo que nela interfere.

- Concepção Curricular:

O Currículo não deve ser concebido de maneira a ser o aluno quem se adapte

aos moldes que oferece, mas como um campo aberto a diversidade. Tal diversidade não

deve ser entendida no sentido de que cada aluno poderia aprender coisas diferentes, mas

sim de diferentes maneiras (GARCIA, 1995,p.12).

- Concepção de Avaliação:

A avaliação esta a serviço da aprendizagem, como um meio constante de

instrumentalizar o aluno para a auto-avaliação, ou seja, para avaliar sua própria

aprendizagem e não preocupar-se com a nota. A avaliação significa acompanhar o

processo de aprendizagem, valorizando todas as atividades pedagógicas realizadas ao

longo do período letivo.

MASETTO (2003) apresenta algumas características tais como:

a) estar integrada a aprendizagem como um elemento de incentivo e motivo;

b) prever o acompanhamento do aluno em todos os momentos de sua aprendizagem;

c) fornecer informações contínuas (feedback) para que avaliação ganhe uma

dimensão diagnostica e uma dimensão prospectiva.

O Colégio Estadual Dom Carlos Ensino Fundamental, Médio e Normal

desenvolve o processo de avaliação de forma contínua, formativa e cumulativa, tendo

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como objetivo a verificação de desempenho do aluno prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. O resultado é apurado ao longo do período,

prevalecendo as eventuais provas e testes finais.

Destacamos que a avaliação formativa está no centro do processo de ensino

e aprendizagem, tendo uma função também formativa e corretiva; informa ao professor e

aos alunos tanto os avanços obtidos como as possíveis dificuldades e objetivos não

atingidos dando a eles a chance de corrigir sua ação.

Equipes Multidisciplinares

As equipes Multidisciplinares foram criadas com o intuito de orientar e

auxiliar o desenvolvimento no espaço escolar e nos Núcleos Regionais de educação, de

ações relativas à Educação das Relações étnico-raciais e ao ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

O acompanhamento do trabalho desenvolvido pelas equipes

multidisciplinares nas escolas será feito pelos técnicos dos NREs responsáveis pelas

demandas da diversidade e pelos técnicos da CERDE na SEED por meio das postagens

que serão feitas pelas equipes nas telas que está sendo construída pela CELEPAR.

Compete às Equipes multidisciplinar das escolas:

− Elaborar e aplicar um plano de ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as

orientações da DEDI/SUED, com conteudos e metodologias, sobre ERER e o Ensino de

História e Cultura Afrobrasileira, Africana e indígena;

− iar os professores, equipe pedagógica, gestores, funcionários, alunos na execução

de ações de efetivam a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, africana e

Indígena;

− Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao

preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores,

equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários, pais, mães e alunos;

− Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com professores na

elaboração do Plano de Trabalho docente no que se refere a ERER;

− realizar formação permanente com os demais profissionais da educação e

comunidade escolar, referente a ERER e o ensino de História e

CulturaAfrobrasileira, Africana eIndígena;

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− Registrar o encaminhamento ao Conselho Escolar e outras instancias, quando for o

caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos

estabelecimentos de ensino;

− subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano Nacional

de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o Ensino da

História e cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena,

− Enviar relatório semestral às equipes Multidisciplinares dos NREs de conteúdos e

propostas de ações desenvolvidas,

− Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe

multidisciplinar.

Organização do Trabalho das Equipes Multidisciplinares

1. O trabalho das equipes Multidisciplinares nas escolas será organizado nas

modalidades de Encontros e seminários;

2. Os encontros da Equipe Multidisciplinar tem caráter organizativo e formativo e carga

horária cumpridas na escola com cronograma de execução sugerido pela própria equipe e

aprovado pelas equipes Multidisciplinares do NRE no início do ano;

3. Os seminários, tem caráter formativo envolvendo docentes com conhecimento e/ou

experiência nas temáticas ERER e no Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana

e indígena;

4. Os Seminários deverão se realizados na Semana da Consciência Negra como

culminância das atividades planejadas e desenvolvidas nos Encontros das Equipes

Multidisciplinares e ao longo do calendário letivo, contemplando data significativa da

comunidade local

4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES

A proposta do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dom Carlos

estará fundamentada nos princípios que deverão nortear a escola democrática, pública e

gratuita:

– Igualdade de condições para acesso e permanência na escola:

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Deve propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das

diversas áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também

os demais sujeitos escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade,

interpretarem, se posicionar e influenciar sobre ela, permitindo a todos os sujeitos

escolares o domínio do conhecimento, o acesso e a fruição das conquistas da

humanidade, no campo das artes, das ciências, das letras e da tecnologia.

O acesso ao conhecimento científico, cultural é socialmente construído pela

humanidade para todos, o que possibilita, ainda, aos diferentes, diferentes formas,

tempos e espaços de aprendizagem. A ótica do direito ao conhecimento garante ao

estudante a permanência na escola e sua promoção escolar, como condição necessária

ao seu desenvolvimento.

a) Qualidade:

O desafio que se coloca ao Projeto Político Pedagógico da escola é o de

propiciar uma educação de qualidade para todos.

A qualidade que se busca implica duas dimensões indissociáveis: a formal e

a política. A primeira enfatiza os instrumentos, os métodos, e a técnica. Demo afirma que

a qualidade formal

“(...) significa a habilidade de manejar meios, instrumentos,

formas, técnicas, procedimentos, diante dos desafios do

desenvolvimento.

A qualidade política é a condição imprescindível da participação.

Está voltada para os fins, valores e conteúdos. Quer dizer “a competência

humana do sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos

fins históricos da sociedade humana” (Demo, 1994, p.14).

Uma educação de qualidade visa a emancipação dos sujeitos sociais e não

guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimite. É a partir da concepção do

mundo, sociedade e de educação esposada, que a escola procura desenvolver

conhecimentos, habilidades e atitudes que irão encaminhar a forma pela qual, o indivíduo

vai se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo. Assim, a “escola de

qualidade” é aquela que contribui com a formação dos estudantes nos aspectos culturais,

antropológicos, econômicos e políticos para o desenvolvimento de seu papel de cidadão

no mundo, tornando-se, assim, uma qualidade referenciada no social. Nesse sentido o

ensino de qualidade está intimamente ligado a transformação da realidade.

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Alguns atributos de uma escola de qualidade:

– Ser pluralista, porque admite correntes de pensamentos divergentes com

respeito a diversidade, ao diferente.

– Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo educativo.

– Ter consciência de seu papel político como instrumento para a emancipação,

combate às desigualdades sociais e desalienação dos trabalhadores, o que só

será possível se evitarmos de todas as maneiras possíveis a repetência e a

evasão escolar. Em síntese, qualidade “implica consciência crítica e capacidade

de ação, saber e mudar” (Demo, 1994, p. 19).

– Gestão Democrática:

A democratização da educação implica a garantia de processos de

progressiva autonomia da escola e de efetiva participação dos diferentes segmentos que

compõe a comunidade local e escolar.

A gestão democrática implica a efetivação de novos processos de

organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e

participativos de decisão.

Entendemos por gestão democrática, a garantia de mecanismos e condições

para que espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram.

A LDB dispõe que:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática de

ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os

seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político

Pedagógico da escola.

II – participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou

equivalentes.

A efetivação da gestão democrática como aprendizado coletivo deve

considerar a necessidade de se repensar a organização escolar, tendo em mente a

importância desta na vida das pessoas, bem como, os processos formativos presentes

nas concepções e práticas que contribuam para participação efetiva e para o alargamento

da concepção do mundo, homem e sociedade, dos que dela participam.

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O processo de participação não se efetiva por decreto, portarias ou

resoluções, mas é resultante da concepção de gestão e de participação, e de condições

objetivas para o trabalho coletivo.

A construção de gestão democrática envolve:

– As formas de escolha de diretores;

– A criação e a consolidação de órgãos colegiados na escola;

– Fortalecimento da participação estudantil;

– Construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da escola.

– Luta pela progressiva autonomia da escola;

– Discussão e implantação de novas formas de organização e gestão escolar e a

garantia de financiamento público da escola nos diferentes níveis.

O desafio de construir uma gestão democrática que contribua efetivamente

para o processo de construção de uma cidadania emancipadora requer autonomia,

participação, criação coletiva dos níveis de decisão e posicionamentos críticos que

combatam a idéia burocrática de hierarquia. Para tanto é fundamental que a escola tenha

a sua filosofia política pedagógica norteadora, de uma análise crítica que da realidade

nacional e local, expressa em um Projeto Político Pedagógico que caracterize em sua

singularidade, permitindo um acompanhamento e avaliação contínua, por parte de todos

dos participantes da comunidade escolar e local.

A gestão democrática visa romper coma separação entre concepção e

execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática.

Algumas características da gestão escolar democrática são: o

compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da

educação e com a relação custo benefício,a transparência !capacidade de deixar claro

para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).

Compartilhar decisões significa envolver pais, professores, funcionários e

outras pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as decisões são

tomadas pelos principais interessados na qualidade escolar da escola, a chance de que

dêem certo é bem maior.

– Liberdade:

É um princípio constitucional e está sempre associado a idéia de autonomia.

A autonomia e a liberdade, fazem parte da própria natureza do ato pedagógico.

Pensar a gestão democrática implica ampliar os horizontes históricos,

políticos e culturais e que se encontram as instituições educativas, objetivando alcançar a

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cada dia mais autonomia. Quando falamos em autonomia, estamos defendendo que a

comunidade escolar tenha um grau de independência e liberdade para coletivamente

pensar, discutir, planejar, construir e executar seu Projeto Político Pedagógico,

entendendo que neste está contido o projeto de educação que a comunidade almeja, bem

como estabelecer os processos de participação no dia-a-dia da escola.

O conceito de autonomia, segundo Barroso (2001, p. 16),

Está etimologicamente ligada a idéia de autogoverno, isto é, a

faculdade que os indivíduos (ou as organizações) tem de se regerem por

regras próprias. Contudo, se a autonomia pressupõe a liberdade (e

capacidade) de decidir, ela não se confunde com a “independência” a

autonomia e um conceito relacional (somos sempre autônomos de

alguém ou de alguma coisa), pelo que a sua ação se exerce sempre num

contexto de interdependência e num sistema de relações. A autonomia é

também um conceito que exprime sempre um certo grau de relatividade:

somos mais, ou menos, autônomos; podemos ser autônomos em relação

a umas coisas e não o ser em relação a outras.

Desse modo, é possível concluir que a autonomia precisa ser

cotidianamente construída, não sendo, portanto, resultado de atos e resoluções

decretadas. A garantia de progressivos graus de autonomia é fundamental para a

efetivação de processos de gestão democrática.

Para Rios (1982, p. 77), a escola tem uma autonomia relativa e a liberdade á

algo que se experimenta em situação e esta é uma articulação de limites e possibilidades.

A liberdade é uma experiência de educadores e constrói-se na vivência coletiva,

interpessoal. Portanto, “somos livres com os outros”.

A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do

Projeto Político Pedagógico. Assim, compete a escola:

- Proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de seus

profissionais;

- Elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos

órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e

na avaliação do referido programa.

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Veiga e Carvalho afirmam que:

O grande desafio da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado

seu papel de mera “repetidora” de programas de “treinamento”, é ousar assumir o papel

predominante na formação dos profissionais (1994, p. 50).

Acreditamos que os princípios analisados e o aprofundamento dos estudos

sobre a organização do trabalho pedagógico trarão contribuições relevantes para a

compreensão dos limites e das possibilidades dos Projetos Políticos Pedagógicos

voltados para os interesses das camadas menos favorecidas.

Veiga acrescenta, ainda, que:

“A importância desses princípios está em garantir sua operacionalização nas

estruturas escolares, pois uma coisa é estar no papel, na legislação na proposta, no

currículo, e outra e estar correndo na dinâmica interna da escola, no real, no concreto”

(1991, p. 82)

Para tal de faz necessário um projeto curricular de qualidade, e a razão

básica que faz com que qualquer escola deva dispor de um projeto curricular é a

consideração de que a qualidade do ensino está estreitamente relacionada com o grau de

autonomia da escola para adequar suas propostas didáticas às características específicas

de seu contexto educativo. São várias as razões que levam a esta conclusão: razões de

caráter sociológico, a partir das quais numa sociedade democrática, as decisões

importantes devem ser exercidas a partir das instâncias mais próximas do meio no qual

serão realizadas; assim como razões de caráter profissional, que aconselham deixar nas

mãos dos professores muitas das decisões que afetam seu trabalho coma convicção de

que este será de melhor qualidade.

Mesmo essas razões sendo importantes, existe outra que deveremos

considerar como importante: o conhecimento psicopedagógico atual sobre como se

produzem as aprendizagens. Esse conhecimento nos informa de algo que, embora possa

ser considerado senso comum, até agora não tem sido suficientemente levado em conta

no Sistema Educativo: que a aprendizagem é um processo pessoal e singular de

elaboração e construção a partir de conhecimentos e concepções prévios de cada um.

Desse conhecimento se origina a necessidade de um modelo que, partindo deste

princípio, esteja embasado na atenção às necessidades educativas específicas de cada

um dos alunos e alunas.

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Priorizar ou basear a intervenção didática voltada para a diversidade dos

alunos implica decisões na escola, ao invés de pôr em condições de resolver as funções e

a cultura atualmente majoritária dos professores.

4.2 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

A organização escolar cumpre o papel de garantir aos indivíduos o acesso

ao saber.

A compreensão dos processos culturais na escola envolve diretamente os

diferentes segmentos das comunidades locais e escolar, seus valores atitudes e

comportamento. Portanto a escola é um espaço de contradições e diferenças e nesse

sentido quando buscamos construir na escola um processo de participação baseado em

relações de cooperação, no trabalho coletivo e partilhamento de poder, precisamos

exercitar a pedagogia do diálogo, do respeito às diferenças, garantindo a liberdade de

expressão a vivência de processos de convivência democrática, a serem efetivados no

cotidiano em busca da construção de projetos coletivos.

O Colégio Dom Carlos, oferece o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries nos

turnos, matutino e vespertino e noturno, Ensino Médio e Educação Profissional no turno

diurno e noturno; Sala de Recurso: matutino e vespertino. Está organizada em séries

anuais. Os Planos Curriculares, que estão explicitados na Proposta Pedagógica,

contemplam a filosofia e as diretrizes pela SEED e são flexíveis, podendo ser

reformulados sempre que o aperfeiçoamento do processo educativo assim o exigir, com

aprovação do órgão competente.

4.3 FORMAÇÃO CONTINUADA

Conforme resolução n.º 2007/05 dispõe sobre a formação continuada por

meio do Programa de Capacitação dos Profissionais da Educação da Rede Estadual de

Educação Básica do Estado do Paraná resolve:

Estabelece que a Formação Continuada dos Profissionais da Rede Estadual

da Educação Básica do Estado do Paraná seja proporcionada mediante a realização do

Programa de Desenvolvimento Educacional e do Programa de Capacitação visando

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contribuir com o desenvolvimento da autonomia intelectual dos profissionais da Educação

e melhoria da qualidade de Ensino.

– O programa de capacitação objetiva contribuir para qualidade dos profissionais

da Educação focado na prática de ensino, no princípio da ação-reflexão-ação e

compreende aperfeiçoamento e atualização.

– O aperfeiçoamento visa ao aprofundamento dos conhecimentos em áreas

específicas, efetivando-se, principalmente, por intermédio de Cursos de

Graduação, Programa de Pós - Graduação, e Programas de Formação

Continuada ofertados por Instituições de Ensino Superior.

– O Programa de Capacitação prevê eventos descritos que integra a presente

resolução, nas seguintes modalidades:

a) Congresso, curso, encontro, grupo de estudo, jornada, oficina, semana

pedagógica, seminários e simpósios.

b) Palestras, Mesa-redonda, Painel, Fórum e Conferencia.

c) Campanhas, Concursos, Feiras, Festival, Gincana, Mostra, Olimpíada e

Torneios.

d) Reunião Técnica.

Os eventos que compõem o Programa de Capacitação serão desenvolvidas

na forma presencial e / ou a distância.

– O programa de capacitação será proporcionado aos profissionais da Educação

que estiverem em efetivo exercício sendo-lhe facultada a participação.

– O monitoramento e a avaliação dos eventos de capacitação serão realizados

pela coordenação de Capacitação dos Profissionais da Educação.

O professor deverá manter atualizado o cadastro de capacitação Profissional

em cada cargo efetivo que ocupar.

– Para efeitos as funções técnicas pedagógicas são as desenvolvidas pelos

professores que exercem atividade de suporte da gestão pedagógica, direção,

coordenação, assessoramento, planejamento e pesquisa exercida em

Estabelecimento de Ensino, Núcleos Regionais de Educação.

Eventos de Formação continuada realizados por Instituições de Ensino

Superior devidamente credenciados pelo Órgão responsável nos moldes estabelecidos

pela resolução SEED n.º 2007/21/07/05.

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Eventos de Formação Continuada realizados por instituições, parceiras da

SEED, secretarias Estaduais e Municipais de Educação, nos moldes estabelecidos da

Resolução 2007/05.

Com isso, além dos cursos ofertados pela SEED o Colégio Dom Carlos

oferece:

– Semanas pedagógicas com palestras, evidenciando reflexões da prática

educativa, bem como atividades que visam qualidade de vida.

– Seminários, eventos e debates conforme parceria feita com outros órgãos;

– Jornadas e Encontros Pedagógicos pelos diferentes seguimentos da escola,

Pedagogos, (NRE - POLOS).

– Grupos de estudos por área de conhecimento e modalidade de ensino assim

caracterizados;

4.4 REFLEXÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Tem como função social formar o cidadão, construir conhecimentos,

atitudes, e votos que tornam o estudante solidário, crítico, ético e participativo. Para isso é

indispensável o saber sistematizado historicamente acumulado, como patrimônio

universal da humanidade, fazendo com que esse saber seja criticamente aprovado pelos

estudantes que já trazem consigo o saber popular, o saber da comunidade em que vivem

e atuam. A contribuição significativa da escola para democratização da sociedade e para

o exercício da democracia participativa fundamentada exige a gestão democrática no

trabalho pedagógico.

Assim a escola, como a equipe contribui efetivamente para afirmar os

interesses coletivos e construir um país de todos, com igualdade, humanidade e justiça

com qualidade social na consideração do inter-relacionamento nos diferentes órgãos

colegiados.

Diante do exposto acima traçamos algumas estratégias com contribuição

significativas tomadas pela equipe pedagógica:

– No início do período letivo constatou-se que há uma falta de pré requisitos

básicos de iniciação da leitura, escrita e cálculo; elaborando-se projetos para

sanar essa defasagem

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– Conscientização e reunião com os professores como forma de retomada de

conceitos, de que recuperação paralela, não é fazer recuperação do mesmo

conteúdo de atividades dadas durante as aulas e sim, através de atividades

diferenciadas do cotidiano escolar;

– Convocação paralela para professores com possíveis dificuldades de

relacionamento e, para uma retomada de postura frente as atividades com os

alunos de baixo rendimento;

– Encaminhamento de alunos para aconselhamento pelos professores para a

equipe pedagógica;

– Aconselhamento individual e coletivo dos educandos;

– Encaminhamento a especialistas como Psicólogos, Fonoaudiólogos e

Oftalmologistas;

– Encaminhamentos para sala de recursos conforme verificação com professores

especialistas e em conselhos de classe;

– Encaminhamento para Sala de Apoio como forma de suprir as necessidades

individuais de cada aluno;

– Reunião de pais com professores e alunos;

– Chamadas de pais individuais, para tornarem-se cientes frente a situação de seu

filho quanto ao baixo rendimento, gazeações, indisciplina, etc., conforme ficha

cadastral.

Com isso evidencia-se um grande comprometimento por parte dos educadores

em ofertar oportunidades variadas como forma de garantir a permanência destes alunos

na escola. Mas, o que se evidencia e a falta de valores, limites e até mesmo descaso por

parte da família, pelas quais a escola deixa seu espaço de educar, conhecimento,

passando para uma função de assistencialista paternalista diante dos fatos apresentados.

4.5 TRABALHO COLETIVO

A democratização da gestão por meio da participação, pode se apresentar

como uma alternativa criativa, no envolvimento dos diferentes segmentos da comunidade

local e escolas nas gestões e problemas vivenciados pela escola. Esse processo

possibilitará um aprendizado coletivo cujo resultado é o fortalecimento da gestão

democrática, numa vivência democrática em que todos os cidadão como sujeitos

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históricos conscientes, lutam pelos seus direitos legais, tendem ampliar esses direitos,

acompanhem e controlem socialmente a execução desses direitos, sem deixar de

cumprir, em contrapartida os deveres constitucionais de todo cidadão.

Como Freire afirma:

“ser cidadão é ser político capaz de questionar, criticar, reivindicar, participar, ser

militante e engajado construindo para a transformação de uma ordem social injusta e

excludente (1987 p. 63).

Portanto, a autonomia da unidade escolar e a democratização da educação

exige a participação dos diferentes segmentos no processo decisório possibilitando uma

nova cultura, por meio do aprendizado coletivo e do partilhamento de poder.

O Colégio Estadual Dom Carlos, desenvolve diferentes práticas educativas,

voltadas aos temas sociais contemporâneos isto porque,devemos acompanhar a

evolução dos tempos e os avanços tecnológicos que ai se apresentam. Diante disso,

desenvolvem-se alguns projetos que visam a diversidade e a contemporaneidade unindo

ação e reflexão, dentro das praticas pedagógicas, como uma forma a mais de

enriquecimento do currículo da nossa comunidade escolar bem como, no resgate da

comunidade para dentro do espaço escolar.

Frente a isso destacam-se os Projetos de:

- CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – Modalidade Espanhol, Fase 1 e

2;

− Palestras destinadas a todos os níveis de ensino, tais como

- Exploração sexual de crianças e adolescentes, visando a orientação e informações

aos alunos e familiares;

− Dia Nacional de respeito ao contribuinte – conscientização cívica sobre leis, impostos

e tributos que fazem parte do dia a dia e formam a receita de municípios, estados e união.

− Conscientizando para a Consciência Negra - Projeto elaborado na disciplina de

História para elevar o aluno a reconhecer a diversidade etnico-racial e conhecer a cultura

afro-brasileira e africana;

− Projeto de Música – direcionado aos alunos do Ensino Fundamental, objetiva a

expressão corporal livre, melhoria de coordenação motora fina, sensibilidade artística,

entre outros tantos benefícios aos alunos;

− Proposta de Atividades Pedagógicas de complementação curricular do Ensino Médio

Inovador – Reinos Africanos e suas contribuições culturais – Levar aos alunos o

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conhecimento dos reinos africanos que contribuem historicamente na formação social,

econômica e cultural do Brasil;

− Projeto “Incentivar o Patriotismo é formar um cidadão consciente” - levar ao aluno o

conhecimento dos símbolos nacionais e sua utilização correta;

− Projeto 2º Tempo – desenvolvido em contraturno com 100 alunos cadastrados com as

atividades de voleibol, xadrez e dança, aplicado pelo professor e um monitor, ofertado

pelo governo do Estado do Paraná e acompanhado pelo Paranáesporte;

− Projeto Cultura e Arte – desenvolvido nos turnos matutino e vespertino, sendo que no

turno matutino trabalhou-se conceitos culturais, com objetivo de levar ao aluno o

conhecimento da história dos reinos africanos, bem como as diferentes danças desses

reinos.

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4.6 PRÁTICA TRANSFORMADORA

A Fundamentação Epistemológica que o Colégio Estadual Dom Carlos adota

é a Pedagogia Histórico-crítica, que explicita o papel do sujeito construtor / transformador

dessa mesma realidade.

Educar é dar passagem ao indivíduo para que se torne cidadão, ou seja, a

educação é a fonte primeira para a conquista da cidadania. A educação possibilita ao

homem que não se torne somente membro integrante, mas principalmente atuante na

sociedade.

Para Paulo Freire, o ato educativo é um ato político e o educador deve ser

um “humanista revolucionário”, colocando sua ação político-pedagógica a serviço da

transformação da sociedade e da criação do homem novo.

Snyders propõe uma pedagogia que tem como ponto de partida a primazia

dos conteúdos. O objetivo de tal pedagogia é o de levar o aluno a um conhecimento

verdadeiro, científico, que lhe possibilite uma formação e posse do conhecimento

acumulado pela humanidade e assim, possa participar das lutas de seu tempo, possa

contribuir para a transformação da sociedade. E isto só pode ser feito se o conteúdo, o

saber escolar, estiver em continuidade com a realidade dos alunos e ao mesmo tempo

lhes forneça elementos para uma ruptura com a ideologia dominante. Nesta perspectiva,

o papel do professor é o de direção, de quem vai guiar os alunos na sua busca que vai

ajudar-lhes neste movimento de continuidade e rupturas. Esta pedagogia pressupõe

fundamentalmente, uma reavaliação crítica da cultura. Não se trata apenas de “passar

quaisquer conceitos e conhecimentos aos alunos”, trata-se de reavaliar a cultura, a cultura

que está sob o domínio das classes dominantes e colocá-la a serviço das classes

dominadas, retirando dela os seus elementos originais, o seu caráter de luta, de

descobertas, de avanços de síntese de uma dada realidade do progresso.

Assim, do ponto de vista cognitivo, a função do professor é provocar

desequilíbrios, através de situações desafiadoras, estimulando a pesquisa e o esforço e

levando o aluno a ser cada vez mais independente. Essa independência na apropriação

do conhecimento se constrói na relação da criança com o meio e com o outro.

Outra questão que se coloca é a importância dos conteúdos culturais como

instrumentos de lutas pela emancipação social. A apropriação dos conteúdos é

fundamental como ponto de partida para sua própria superação.

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A partir daí, podemos traçar o perfil deste educador. O educador engajado

na prática transformadora deve conhecer o conteúdo do que ensina e saber que este

conteúdo está em constante reelaboração. Deve saber ainda, como o aluno aprende. Mas

vai além. Sabe que sua ação é política. Deve ter consciência de que os conteúdos

culturais são criações coletivas, desmistificando com aqueles que orienta as imposições

de modelos únicos e acabados.

Portanto, todo educador é aquele que:

− É comprometido politicamente com a socialização do conhecimento científico e

cultural;

− Busca sua competência técnico-pedagógica;

− Tem consciência de sua historicidade;

− Sabe ser mediador ou facilitador entre as experiências trazidas pelos alunos e o

conteúdo de ensino;

− Busca a superação do imperialismo pedagógico (escola tradicional), de crença na

impossibilidade de que o professor possa ensinar alguma coisa (escola nova) e da

negação da necessidade do professor (escola tecnicista);

− Acredita na recuperação do papel do professor como de fundamental importância

para auxiliar o aluno a se apropriar dos conteúdos;

− Sabe que sua autoridade, firmada na competência e no compromisso, se constrói

numa relação democrática;

− Não se envergonha nem se omite de sua autoridade, muito menos a utiliza como

instrumento arbitrário de dominação e poder;

− Assume o papel de desestabilizador, ou seja, desencadeia situações de

desequilíbrio de forma a desafiar os alunos para que estes busquem nova

equilibração;

Contudo, o educador, para se considerar progressista, deve ter disposição

interna para viver uma relação democrática com seus alunos e seus pares, reconhecendo

que a democracia é uma conquista e uma construção coletiva. Portador desta disposição

interna para a democracia, pode então reconhecer seus próprios deslizes e incoerências

porque não desiste de superá-los.

Paulo Freire, aponta algumas qualidades indispensáveis à prática educativa

progressista; bom senso, postura não autoritária, coragem de lutar pela defesa da justiça

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e enfrentar o conflito, tolerância, respeito, disciplina interior, integridade ética, luta contra

preconceitos, capacidade de decisão, segurança, competência profissional, clareza

política e alegria de viver. É interessante notar como essas qualidades coincidem em

grande parte com as atitudes mais valorizadas por alunos tendo em vista o mestre ideal.

O aluno busca, para construir sua identidade, um professor que seja modelo de decisão e

segurança que consiga colocar-se pela própria competência.

Para os alunos, o bom professor é aquele que: ouve o aluno, respeita sua

individualidade, tem pulso para manter a disciplina, chama a atenção quando necessário,

tem bom humor, sabe tolerar brincadeiras, tem senso de humor, tem conhecimento,

criatividade, inteligência e alegria, não humilha os alunos nem pratica atos de grosseria,

sente prazer em dar aulas, tem boa vontade em esclarecer dúvidas e paciência para

ensinar, mostra os erros ao aluno e o ensina a aprender.

Esta opção deve-se ao fato de que a realidade tem se mostrado muito

complexa e contraditória principalmente a nós professores que trabalhamos com escola

pública e vivenciamos, junto com nossos alunos, que na maioria das vezes sofrem as

mazelas do capitalismo periférico.

Assim, a escola precisa imprimir mais significado / sentido ao processo

ensino-aprendizagem, o qual está ligado a produção do conhecimento a partir da prática

social.

Para que isso seja viabilizado consideramos o método da problematização

de conteúdos, o mais viável, pois o mesmo possibilita uma reflexão / ação sobre os

diferentes aspectos a serem trabalhados além de levar o professor a planejar os

bimestres letivos a partir de uma nova visão, refletindo de forma diferente dos anos

anteriores, repensando o que vai ser trabalhado, o que possibilita a reconstrução do

conhecimento.

Para Saviani na pedagogia histórico-crítica, educação é o ato de produzir,

direta e intelectualmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.

Os elementos básicos, inspirados na Pedagogia Histórico-crítica, da

problematização de conteúdos são segundo GASPARIN (1999):

– Prática Social Inicial de Conteúdo:

- O que o aluno já sabe do conteúdo?

- O que gostaria de saber?

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Obs.: O desafio do aluno está no que ele quer saber, é preciso que a gente

redescubra os métodos.

– Problematização:

- Qual a razão de eu ensinar isso ao meu aluno?

Obs. : Listagem de conteúdos – unidades e tópicos – em consonância com a

pergunta acima que é o grande motivo da escola existir, e o que dá sentido ao conteúdo,

pois terá mais sentido na medida em que for enfocado como um problema no cotidiano do

aluno.

– Instrumentalização:

- É o momento da construção do conhecimento teórico, no qual o sujeito que

aprende é um sujeito não só biológico, mas um sujeito cultural, econômico, moral, social...

Ações docentes e discentes para a construção do conhecimento;

Recursos Humanos e Materiais;

Obs.: É nesta parte que o professor se debruça sobre o processo pedagógico.

– Catarse:

- É a capacidade de síntese.

Elaboração mental de síntese pelo aluno: pensamento e idéia. É o que vai levá-lo

a um novo plano, a uma nova postura mental. É a organização dos conteúdos que antes

estava fragmentada e superficial. É a totalidade que agora tem todas as partes visíveis,

claras conscientes, é a nova postura.

Expressão da síntese: avaliação, que independentemente da forma tem que

expressar os aspectos diferentes, exprimir o todo, a visão de síntese.

Obs.: Essa perspectiva conduz a uma nova visão da realidade.

– Prática Social Final:

O aluno precisa enxergar a utilidade social dos conteúdos, do contrário, os

conteúdos não serão transformadores, se não serão transformadores, não serão úteis...

Compromisso do aluno: listagens de ações específicas que o aluno

executará a partir da apropriação dos conteúdos.

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Porém o método por melhor que seja só levará à resultados reais em termos

de melhoria de qualidade de ensino, de vida do aluno e de transformação social, se

implementando na prática pedagógica diária.

A compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não-

material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a

especificidade de educação como referida aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores,

atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários a formação da

humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se

produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente

determinadas que se travam entre os homens.

Assim, a postura pedagógica tem a sala de aula como centro de

questionamentos e de dúvidas permanentes, levando ao aluno ao conflito e a uma nova

elaboração de saber, o que é possibilitado graças a visão dialética de problematização

dos conteúdos.

Cabe salientar que o trabalho em sala de aula será norteado pelo Projeto

Político Pedagógico e pelos Programas das diferentes disciplinas, os quais são

embasados nos (DCE's) Diretrizes Curriculares e nas modernas e adequadas teorias de

aprendizagem considerando o ensinar nas mais diferentes dimensões: afetiva, intelectual,

ética, econômica e moral, pois as novas gerações sempre se pautam por modelos, daí a

necessidade do acima exposto que gera a clareza do modelo de homem / mulher e

mundo que estamos trabalhando.

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5 MARCO OPERACIONAL

Redimensionamento do trabalho pedagógico

O Colégio Estadual Dom Carlos escolheu como pressupostos éticos-

políticos a solidariedade, o diálogo, o respeito mútuo, a justiça, a responsabilidade social.

Elencou ainda a importância do reconhecimento da identidade própria e do outro,

convivência e mediação entre as linguagens, autonomia, as três dimensões do saber, o

pensar, o sentir e o agir.

Acreditamos que o saber é mais amplo que o conhecimento. São três as

dimensões do saber: o pensar, o sentir e o agir. A sensibilidade e o respeito, a

convivência e a solidariedade, compromisso e a responsabilidade, a apropriação e a

produção do conhecimento, são aspectos importantes a serem desenvolvidos na

educação básica. Nesse sentido, a formação humana na escola é um processo de

aprendizagem desenvolvem-se as condições subjetivas para ser sujeito e autor de seu

futuro e contribuir para a construção da história.

Em termos de fundamentos Éticos-políticos, cabe apontarmos ainda as

questões pertinentes a política de inclusão, que é uma realidade para qual devemos estar

voltados. Neste sentido, o Colégio Estadual Dom Carlos considera o educando portador

de necessidades educacionais especiais, responsabilidades de toda a comunidade

escolar a qual deve priorizar para os mesmos uma educação de igualdade, competência e

qualidade.

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5. 1 PAPEL ESPECIFICO DE CADA SEGMENTO

Equipe da Direção

À Equipe da Direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino definidos no

Projeto Político Pedagógico da Escola.

A Equipe de Direção é composta por Diretor, Diretor Auxiliar, designados por

ato próprio.

Compete ao Diretor:

– coordenar a elaboração e a execução da Proposta pedagógica, eixo de toda e

qualquer ação a ser desenvolvido pelo estabelecimento;

– submeter o plano anual de trabalho a aprovação do Conselho Escolar;

– convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar tendo direito a voto

somente nos casos de empates das decisões ocorridas em assembléias;

– elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e

submeter a apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

– elaborar e submeter a aprovação do Conselho Escolar, as diretrizes específicas

da administração do estabelecimento, em consonância com as normas e organizações

gerais da SEED;

– elaborar e encaminhar a SEED, as propostas de modificação do Conselho

Escolar;

– submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;

– instruir grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estudar e propor

alternativas de solução, para atender os problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergências;

– propor à Secretaria de Estado da Educação após a aprovação do Conselho

Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestado pela Escola, extinguindo ou

abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição das

classes;

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– propor à Secretaria de Estado da Educação após aprovação do Conselho

Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou invocações de gestão

administrativa;

– coordenar a implantação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria de

Estado da Educação;

– aplicar normas, procedimento e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

– analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao

Conselho Escolar para a aprovação

– manter o fluxo de informação entre os estabelecimentos e os órgãos da

administração Estadual de ensino;

– supervisionar a exploração da cantina comercial, com autorização de

funcionamento, respeitando a lei vigente;

– cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho.

Escolar e os órgãos da administração; reuniões, encontros, grupos de estudo e outros

eventos

– Exercer as demais atribuições decorrentes deste regimento escolar e no que

concerne a especialidade de sua função.

Compete ao Diretor Auxiliar:

– assessorar a Direção em todas as suas atribuições;

– substituir o Diretor na sua ausência ou impedimento.

Equipe gestora pedagógica

A Equipe Gestora é o órgão co-responsável pela coordenação, implantação e

implementação, desta Escola, da Proposta Pedagógica com diretrizes emanadas da

Secretaria de Estado da Educação.

A Equipe gestora é composta por Professor Pedagogo, Corpo Docente, Conselho

Escolar, APMF.

Gestores pedagógicos

Compete aos Gestores Pedagógicos:

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– subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar,

organização das turmas, do horário semanal e distribuição de aulas;

– elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do estabelecimento de ensino,

em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação;

– assessorar e auxiliar na implantação e implementação da Proposta Pedagógica

e dos projetos desenvolvidos no estabelecimento de ensino;

– elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu

responsável;

– orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar para garantia do seu espaço

pedagógico;

– acompanhar o processo de ensino atuando junto aos alunos e pais, no sentido

de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;

– subsidiar o Diretor e Conselho Escolar com dados e informações relativas aos

serviços de ensino prestados pelo Estabelecimento e rendimento do trabalho escolar;

– promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o

aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

– elaborar com o corpo docente os planos de recuperação a serem

proporcionados aos alunos que obtiverem os resultados de Aprendizagem abaixo dos

desejados;

– analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos em casos de recebimento

de transferência de acordo com a legislação vigente;

– propor à Direção de projetos de enriquecimento curricular a serem

desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

– coordenar o processo de seleção dos livros didáticos adotados pela Escola,

obedecendo as diretrizes e os critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado da

Educação;

– instituir uma sistemática permanente de avaliação do Projeto Político

Pedagógico da Escola, a partir do rendimento escolar; acompanhamento de egressos de

consulta e levantamento junto a comunidade;

– participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,

grupos de estudos e outros eventos;

− exercer as demais atribuições decorrentes do regimento e no que concerne

a especificidade de cada função;

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Equipe administrativa

A equipe administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores da Escola, proporcionando condições para que os mesmos cumpram

suas reais funções.

A equipe administradora desta Escola é composta por Secretaria e Serviços

Gerais.

Secretaria

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência da Escola. Os serviços da secretaria são coordenados e

supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.

O cargo de secretário é exercido por um funcionário designado para o

exercício dessa função, indicado pelo diretor do estabelecimento, de acordo com as

normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.

Compete ao secretário:

– cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores

hierárquicos;

– distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;

– redigir a correspondência que lhe for confiada;

– organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens

de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

– rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

– elaborar relatório e processos a serem encaminhados a autoridades

competente;

– apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser

assinados;

– organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamento dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:

a) da identidade e regularidade da vida escolar do aluno;

b) a autenticidade dos documentos escolares;

– Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes a matrícula,

transferencia, adaptação de cursos;

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– zelar pelo uso adequado e pela conservação dos bens materiais distribuídos a

secretaria;

– comunicar a direção toda a irregularidade que venha ocorrer na secretaria;

Art. 41 – A escola de trabalho dos funcionários será estabelecida de

forma que o expediente da secretaria conte com a presença de um responsável

independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento da

escola.

Serviços gerais

Os serviços gerais têm a seu encargo os serviços de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar deste estabelecimento de ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Compete aos serviços gerais:

– servente;

– merendeira;

– vigia;

– inspetora de alunos

Compete ao servente:

– efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, solicitando ao

diretor o material e produtos necessários;

– efetuar tarefas correlatas a sua função.

Compete à merendeira:

– preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e

qualitativamente;

– informar ao diretor da Escola da necessidade de reposição do estoque;

– conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho e

higiene, procedendo a limpeza e arrumação;

– efetuar tarefas correlatas a sua função.

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Compete ao vigia:

– efetuar rodízios periódicos de inspeção, com vistas a zelar pela segurança do

estabelecimento de ensino;

– impedir a entrada no prédio ou áreas adjacentes de pessoas entranhas e sem

autorização, fora do horário de trabalho, como medida de segurança;

– comunicar à chefia imediata qualquer irregularidade ocorrida durante o seu

plantão, para que sejam tomadas as dividas providencias;

– zelar pelo prédio e suas instalações, procedendo aos reparos que se fizer

necessário e levando ao conhecimento de seus superiores, qualquer fato que dependa de

serviços especializados para reparo e manutenção;

− efetuar tarefas correlatas e sua função.

5.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Associação de Pais, Mestres e Funcionário (APMF)

- Natureza:

A APMF ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de

representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não

tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo

indeterminado.

- Objetivos:

- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando

sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho

Escolar e equipe-pedagógico-administrativa.

- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino.

- Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade da comunidade.

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- Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o

Conselho Escolar.

- Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa

forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e

universal.

- Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a

comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvido o

Conselho Escolar.

- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.

- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre e comunidade para a importância desta ação.

- Atribuições:

- Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as

alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino,

para deferimento ou não;

- Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização da

dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do

estabelecimento de ensino;

- Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho

Escolar;

- Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por

esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da

SEED;

- Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

- Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os associados da

comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a

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Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembléia Geral

Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com

pauta claramente definida na convocatória;

- Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos

de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-

se para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;

- Apresentar balancete semestral aos associados da comunidade escolar, através

de editais e em Assembléia Geral;

- Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões

de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do

Conselho Escolar;

- Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata

próprio e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF);

- Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de

bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo

e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do estabelecimento de ensino;

- Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,

comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção

do Estabelecimento de Ensino;

- Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo,

preenchido em 02 vias;

- Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços

temporários na forma prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho

mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação;

- Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto

órgão representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e

necessidades;

- Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do

Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e,

em seguida, torná-la pública;

- Apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária, atividades

com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF,

ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino;

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- Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo

e Fiscal, o (os) representante (s) para compor o Conselho Escolar;

- Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades

curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos

Estabelecimentos de Ensino da rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação

dos recursos públicos eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de

Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados;

- Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei

Federal n.º 8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná,

dos recursos utilizados com o acompanhamento do Conselho Escolar;

- Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas

físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente,

mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação:

- Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação

referente a APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;

- Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30

dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de

Ensino.

Grêmio

O grêmio estudantil é um órgão de representação dos estudantes do colégio

cumprem um papel importante na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e

esportivo da nossa juventude, organizando debates, apresentações teatrais, de música,

torneios esportivos e outras festividades.

- Objetivos:

– Representar condignamente o corpo discente;

– Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio;

– Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;

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– Promover a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus

aprimoramentos.

– Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e

educacional; com outras instituições de caráter educacional, assim

como a filiação as entidades gerais.

– Lutar pela democracia permanente na Escola através do direito de

participação nos fóruns internos de deliberação da Escola.

- Atribuições:

- Elaborar o plano anual de trabalho, submetendo-o ao conselho de

representantes de turma e Conselho Escolar;

– Colocar em prática o plano aprovado;

– Divulgar para Assembléia Geral:

b) as normas que regem o grêmio

c) as atividades desenvolvidas pela diretoria

d) a programação e a aplicação dos recursos financeiros do GRÊMIO.

– tomar medidas de emergência, não previstas no estatuto, e submetê-las

ao Conselho de Representantes de turmas.

− Reunir-se ordinariamente pelo menos uma vez por mês, e

extraordinariamente a critério do Presidente ou de 2/3 da Diretoria.

Conselho Escolar

Órgão de representação da comunidade educativa, trata-se de uma instância

colegiada, que deve contar com a participação de representantes dos diferentes

segmentos das comunidades escolares e local, podendo construir um espaço de

discussão de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador e mobilizador.

A configuração ao Conselho varia entre municípios, estados instituição educativa,

assim a quantidade de representantes na maioria das vezes, depende do tamanho das

instituições e do número de estudantes que possui.

O Conselho Escolar é um aliado na luta pelo fortalecimento da unidade escolar e

pela democratização das relações escolas, buscando formas de ampliar a participação

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ativa de professores, coordenadores, orientadores, estudantes, funcionários, pais e

comunidade social, sendo este um órgão importante para efetivação de um processo de

gestão inovadora que expresse a cada dia, as possibilidades de construção de uma nova

cultura escolar.

- Função do Conselho Escolar

a) Deliberativos – Quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e

outros assuntos da escola, decidem sobre a organização e o

funcionamento geral das escolas, propondo à direção as ações a serem

desenvolvidas, elaboram normas internas da escola sobre questão

referente ao seu funcionamento nos aspectos pedagógicos,

administrativo ou financeiro.

b) Consultivos - quando tem um caráter de assessoramento, analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e

apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatados

pelas direções das entidades escolares.

c) Fiscais – (acompanhamento e avaliação; quando acompanham a

execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras,

avaliando e garantindo o cumprimento das normas das escolas e a

qualidade social do cotidiano escolar.

d) Mobilizadores: quando promovem a participação de forma integrada dos

segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas

atividades contribuindo para efetivação da democracia participativa e

para melhoria da qualidade social da educação.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe da Escola, tendo

por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

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– estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo

Plano Curricular;

– acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

– analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e encaminhamento metodológico;

– utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados

pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica, e por

todos os professores que atuam numa mesma classe.

A Presidência do Conselho de Classe esta a cargo do Diretor, que em sua falta ou

impedimento será substituído pelo professor pedagogo

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada data prevista no

calendário escolar e extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.

A convocação para as reuniões será feita através de edital, com antecedência de

48 (quarenta e oito) horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros.

São atribuições do Conselho de Classe:

– Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,

respondendo à consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;

– analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e processo de avaliação que afetam o rendimento Escolar;

– propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em

vista o respeito à cultura, integração e relacionamento com os alunos da classe;

– estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o

Plano Curriculares do Estabelecimento de Ensino;

– colocar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de

adaptação de alunos transferidos, quando se fizerem necessários;

– decidir sobre a aprovação ou recuperação do aluno, que, após a apuração dos

resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo Estabelecimento levando-se em

consideração o desenvolvimento do aluno, até então.

Das reuniões do Conselho de Classe será lavrado a ata por secretário ad hoc, e

livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.

Considerando a permanência do aluno na escola, com sucesso, é mister que o

Conselho de Classe não seja uma mera discussão sobre os alunos problemas, mas que

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constitua numa ação colegiada pela reflexão coletiva sobre o trabalho escolar como um

todo.

O Conselho de Classe funciona da seguinte forma:

– Pré Conselho de Classe, onde duas semanas antes da realização do Conselho

de Classe, através de instrumentos próprios (fichas), o professor regente da turma

conversa individualmente com cada professor e elabora uma síntese com as

características da turma, bem como levanta os nomes e situações a serem discutidas.

– Conselho de Classe com auto-avaliação com desempenho de cada membro do

Conselho referente ao bimestre, sendo que o professor regente coloca a situação

levantada no pré-conselho e baseando-se nos dados obtidos põem em discussão os

apontamentos e decisões necessárias a cada caso com transcrição das mesmas em livro

ata próprio.

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5. 3 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE - FÍSICOS E MATERIAIS

O Colégio Estadual Dom Carlos conta com as seguintes condições

físicas e materiais:

− 18 salas de aula e 01 adaptada;

- 01 sala de professores;

− 01 sala de Direção;

− 01 sala de Vice-direção

− 01 sala de secretaria com: 14 computadores – PARANÁ DIGITAL, 01 computador

Sistema Escola/FUNDEPAR, 01 impressora Sistema Escola/FUNDEPAR, mais 03

impressoras PARANÁ DIGITAL;

− 01 sala de Coordenação do Ensino Fundamental;

− 01 sala de Coordenação do Ensino Médio;

− 01 sala de Coordenação do Ensino Profissional modalidade Normal;

− 01 sala de Biblioteca com 01 computador e impressora, 01 televisor;

− 01 sala de Recurso;

− 01 sala de Apoio;

− 01 sala de Laboratório - Química, Física e Ciências;

− 01 sala de Laboratório - Informática com 40 computadores/PARANÁ DIGITAL, 03

impressoras/PARANÁ DIGITAL, 01 impressora/PROINFO, 10

computadores/PROINFO, 01 multifuncional;

− 01 cozinha com dois fogões e uma geladeira;

− 01 sala para refeitório;

− 01 sala de cantina;

− 01 sala de almoxarifado para merenda;

− 01 sala de almoxarifado para material esportivo e de limpeza;

− 01 sala de almoxarifado para o material administrativo;

− 03 banheiros masculinos;

− 03 banheiros femininos;

− 04 banheiros de professores;

− 02 quadras de Esporte - uma aberta e uma coberta;

− 02 banheiros na quadra de esporte coberta;

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− 23 Televisores – PENDRIVE;

− 01 Televisor 29” com DVD - Curso Normal;

− 03 Televisores com DVDs – Ensino Fundamental e Médio;

− 01 Video-cassete;

− 01 Data-show;

− 01 Notebook;

− 02 Aparelhos de som;

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5. 4 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE CURRICULAR (MATRIZES)

Considerando que o currículo responde pela organização da entidade

escolar, que é a explicação do projeto que preside e guia as atividades educacionais

escolares, precisando as intenções que se encontram em sua origem e proporcionando

orientações sobre o plano de ação, para levá-las a cabo, a opção do Colégio Estadual

Dom Carlos em termos de Ensino Fundamental e Ensino Médio e Normal, no que tange

aos espaços curriculares é por disciplina, considerando a estrutura da mantenedora.

A Base Curricular Nacional

Apresenta como prioridade a constante necessidade de revitalização de

conhecimentos científicos-tecnológico dadas as exigências de mercado;

- a perspectiva é um aprendizado permanente, de uma formação continuada,

tendo em vista a formação e construção do exercício da cidadania;

- transformações rápidas à novas formas de atividade econômica e social e a

importância de uma educação geral suficientemente ampla.

Matriz Curricular

Em resposta a LDB 9.394/96, o Colégio Estadual Dom Carlos reformulou o

quadro curricular do Ensino Fundamental, o qual é composto por: Base Nacional Comum

compreendendo 75% da carga horária prevista e pela Parte Diversificada,

compreendendo os 25% restantes da carga horária.

No Ensino Médio, conforme o artigo 35 da Lei n.º 9.394/96, é a etapa final da

educação básica, com duração mínima de três anos e terá como finalidades:

I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento posterior;

III. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

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Estas são finalidades que orientam e que devem ser contempladas ao

desenvolver atividades metodológicas dos respectivos componentes curriculares, da Base

Nacional Comum e da Parte Diversificada, em todas as séries do Ensino Médio.

A Base Nacional Comum

Destina-se à formação geral do educando devendo assegurar as finalidades

propostas pela Lei 9394/96, bem como, o perfil de saída do educando para serem

alcançados de forma a caracterizar Educação Básica, como uma efetiva conquista de

cada cidadão.

Deve garantir o desenvolvimento de competências e habilidades básicas

comuns que cada brasileiro deverá possuir e servir de parâmetro para avaliação deste

ensino a nível nacional.

A Base Nacional Comum do currículo do Ensino Médio será organizada em

três áreas de ensino:

a) Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

b) Áreas de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias

c) Áreas de Ciências Humanas e suas Tecnologias

Parte Diversificada do Currículo

A parte diversificada do currículo deverá estar organicamente integrada à

Base Nacional Comum, contemplando disciplinas, conhecimentos, que enriqueçam e

diversifiquem o currículo, frente às necessidades e expectativas dos alunos e do

Estabelecimento de Ensino bem como, a formação de princípios, autonomia e identidade

individual e social, a diversidade regional, econômica, local de formação e trabalho.

Significa atender as características regionais e locais da sociedade, da

cultura, da economia e da clientela, considerando:

- as possibilidades de preparação básica para o trabalho e o aprofundamento

em uma disciplina ou uma área de conhecimento com objetivo de desenvolver

e consolidar áreas de conhecimento de contextualização articulada às

atividades da prática social e produtivas da região.

- deve refletir uma concepção curricular que, sem tirar a flexibilidade da

elaboração dos projetos curriculares das escolas, contemple as demandas

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regionais do ponto de vista sócio-econômico, regional, local, da clientela e da

economia local, nacional e internacional.

- acompanhar o processo constante de modernização histórico-político-social.

Em outubro do ano de 2002, o Colégio Dom Carlos recebeu a resolução n.º

01/2002 – SGE, que orienta os colégios para possíveis alterações das matrizes

Curriculares tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio. Dispõe,

também, sobre a possibilidade da inclusão da disciplina Ensino Religioso nas quintas

séries do Ensino Fundamental.

Em dezembro chegam instruções sobre alterações na matriz curricular do

noturno onde deveriam ser extintos os Projetos Interdisciplinares e volta a constar o total

de 25 horas-aula semanais, presenciais.

Após a discussão, elaborou-se uma proposta que foi enviada ao NRE para

aprovação.

Em 2005 incorporação das disciplinas de Sociologia e Filosofia no Ensino

Médio.

Em 2006, termina a modalidade de Curso Subseqüente uma vez que a

referida modalidade foi ofertada pela SEED em caráter temporário para suprir a

necessidade de profissionais em nível Pós-Médio. Também neste ano foi reimplantado o

Ensino Fundamental Regular Noturno para atender a clientela menor de dezoito anos,

uma vez que o EJA-EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO foi remodelada e na nova

proposta da SEED com a idade mínima de dezoito anos.

Já em 2007, reestruturação da matriz curricular, do Ensino Médio e

Profissionalizante com a implantação das disciplinas de Sociologia e Filosofia conforme

Resolução 04/06/07 do CNE/CEEB, Deliberação 06/06 do CEE.

Diante disto, apresentamos, a seguir, as matrizes para posterior aprovação

do NRE .

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5. 5 ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

A distribuição das séries e turmas, é feita pela equipe técnico-administrativa

observando a ordem de chegada no momento da matrícula, o espaço físico adequado ao

número de alunos da turma, e às exigências do nível de ensino.

As normas de convivência seguem os pressupostos ético-políticos

apontados anteriormente neste projeto, seguidas de bom senso e calcadas no respeito

humano. Isso vale também para o tratamento dispensado aos pais e alunos do Colégio,

pois somos uma comunidade que trabalha em prol do bem comum, visando uma

educação de qualidade aos alunos que depositam suas esperanças em nossa instituição

e ensino.

Os problemas disciplinares são tratados de acordo com o previsto no

Regimento Escolar e também, seguindo os pressupostos ético-políticos estabelecidos.

SÉRIE TURNO Nº DE TURMAS

ENSINO

FUNDAMENTAL-

REGULAR 5/8

SERIE

5ª Tarde 5

6ª Tarde 5

7ª Manhã 3

7ª Tarde 2

8ª Manhã 3

8ª Tarde 2

8ª Noite 1

ENSINO MEDIO/

blocos

1ª Manhã 3

1ª Tarde 2

1ª Noite 2

2ª Manhã 3

2ª Tarde 1

2ª Noite 2

3ª Manhã 2

3ª Tarde 1

3ª Noite 2

1ª Manhã 1

1ª Tarde 1

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FORM.DOC.ED.IN

F.ANOS

IN.EN.FUN

1ª Noite 1

2ª Manhã 1

2ª Tarde 1

2ª Noite 1

3ª Manhã 1

3ª Noite 1

4ª Manhã 1

4ª Noite 1

SALA DE

RECURSO

-

Manhã 1

SALA DE APOIO - Manhã 1

Técnico em

Administração

Subsequente

1º Semestre Noite 1

2º Semestre Noite 1

3º Semestre Noite 1

Técnico em

informática

subsequente

1º Semestre Noite 1

2º Semestre Noite 1

3º Semestre Noite 1

Técnico em

Informática

Integrado

2ª Série Noite

1

TOTAL - - 58

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5.6 CRITÉRIO PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO E HORÁRIO ESCOLAR

O Colégio Estadual Dom Carlos oferece três turnos: matutino, vespertino e

noturno, sendo que no período matutino a entrada das aulas dar-se-á 7:45 horas e a

saída às 12:00 horas. No período vespertino a entrada será às 13:15 horas, e a saída às

17:30 horas. No período noturno a entrada é as 19:00 horas e a saída às 23:00 horas.

JANEIRO FEVEREIRO MARÇOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 1 2 16 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 15 2 3 4 5 6 7 8 2

013 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 dias 9 10 11 12 13 14 15 di

a

s20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 16 17 18 19 20 21 2227 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 23 24 25 26 27 28 29

1 Dia Mundial da

Paz

5

Carnava

l

30 31

21 PaixãoABRIL MAIO JUNHOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2 3 1 2 3 4 5 6 76 7 8 9 10 11 12 20 4 5 6 7 8 9 10 17 8 9 10 11 12 13 14 2

113 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 15 16 17 18 19 20 21 di

a

s20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 2827 28 29 30 25 26 27 28 29 30 31 29 3014 Aniv. Municipio 1 Dia do Trabalho21 Tiradentes 22 Corpus ChristiJULHO AGOSTO SETEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 8 1 2 1 2 3 4 5 66 7 8 9 10 11 12 dias 3 4 5 6 7 8 9 21 7 8 9 10 11 12 13 2

213 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 di

a

s20 21 22 23 24 25 26 4 17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27

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27 28 29 30 31 dias 24 25 26 27 28 29 30 28 29 3031 7

IndependênciaOUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 1 2 3 4 5 65 6 7 8 9 10 11 21 2 3 4 5 6 7 8 20 7 8 9 10 11 12 13 1

312 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 14 15 16 17 18 19 20 di

a

s19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 2726 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31

3012 N. S.Aparecida 2 Finados 19 Emancipação

Política do PR15 Dia do Professor 15 Proclamação da

República

25

Natal20 Dia Nacional da

Consciência Negra

Dias letivos Férias Discentes Férias Docentes1º semestre 106 dias janeir

o

31

dias

janeiro /

férias

30

dias2º semestre 103 dias fever

eiro

13

dias

jan/fev

/reces.

07

diasSubtotal 209 dias julho 17

dias

julho/rece

s.

14

diasFeriado

Mun.

01 dia

(14/04)

dezembr

o

10

dias

dez / reces. 10

diasConselho

de Classe

04 dias tot

al

71

dias

outros

recessos

02

diasRecessos 02 dias Total 63

diasTotal 202 dias

Início/Térmi

no

Reunião Pedagógica das

17:30 às 19hPlaneja

mento

Replanejamento

Féria

s

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67

Rece

sso Capacita

ção

Conselho de

ClasseReposição C.H

Noturno

:7

horas

5.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Há que se considerar que a avaliação não pretende somente aferir o

domínio do conteúdo, mas verificar o desenvolvimento da capacidade dos educandos, ou

seja, avalia-se para conhecer não apenas os progressos dos alunos, mas também para

refletir sobre as estratégias de trabalho desenvolvido no contexto da sala de aula.

O processo avaliativo parte da relação professor-aluno que assume caráter

dialógico, no processo ensino aprendizagem. Assim sendo propicia o respeito mútuo a

autoconfiança, a cooperação, o trabalho individual e grupal, levando em consideração

valores humanos, ético, morais, e estéticos, associados aos conteúdos qualitativos e

quantitativos.

Avaliar para promover significa, assim, compreender a finalidade dessa

prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica, visando à promoção

moral e intelectual do aluno. O professor assume o papel de investigador, de

esclarecedor, de organizador de experiências significativas de aprendizagem. Seu

compromisso é de agir refletidamente, criando e recriando alternativas pedagógicas

adequadas a partir da observação e conhecimentos de cada um dos alunos, sem perder a

observação do conjunto e promovendo sempre ações interativas, tornando-se evidente o

compromisso do professor e da escola em conhecer e respeitar as diferenças.

Segundo VEIGA, (2001), o processo de avaliação envolve três momentos:

sendo a descrição e a problematização da realidade descrita, a compreensão crítica da

realidade descrita e problematizada e a proposição de alternativas de ação, momento de

criação coletiva. A ação avaliativa deve ser continua e não circunstancial reveladora de

todo o processo e não apenas do seu produto.

Já para Hoffmann, (2004) a avaliação é uma prática inovadora é a reflexão

transformada em ação. Ação essa, que nos impulsiona as novas reflexões. Reflexões

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permanentes do educando sobre sua realidade e acompanhamento, passo a passo, na

trajetória de construção de conhecimento.

Com isso, destacamos a avaliação formativa, tendo como uma função

corretiva que é informar ao professor e aos alunos tanto os avanços obtidos como as

possíveis dificuldades e objetivos não atingidos, dando a eles a chance de “corrigir” sua

ação.

Avaliação Formativa

O seu sentido de melhoria do processo de ensino-aprendizagem

Assim, o professor acompanha constantemente a caminhada de construção

e produção do conhecimento do aluno e a avaliação torna-se uma ação inserida no

cotidiano da escola. O “erro” passa a ser considerado uma oportunidade para o professor

intervir positivamente no processo, isto é uma etapa do aprendizado.

A auto-avaliação oportuniza ao aluno avaliar a si próprio proporciona o

processo de construção de autonomia, facilitando a tomada de consciência de seus

avanços, suas dificuldades e suas possibilidades.

Assim, para Hoffmann, (2004) a concepção de avaliação “deixa de ser um

momento terminal do processo educativo para transformar-se na busca incessante da

Para que

Avaliar?

Paraconhecermelhor o aluno/a

Para julgarglobalmente o resultado de um

processo didáticoPara julgar a aprendizagem

Durante oProcesso de

ensinoAvaliação Inicial Avaliação Final

Avaliação Contínua

AvaliaçãoFormativa

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compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de

conhecimento”.

A avaliação deve ser sem duvida um processo dialógico, interativo, que visa

fazer do indivíduo um ser melhor, mais participativo. Devemos prezar por uma avaliação

que leve a uma ação transformadora e também com sentido de promoção social, de

coletividade e de humanização.

A avaliação, assim como a educação, deve priorizar a formação do homem

nos aspectos do seu pensar e agir.

Por tanto, a avaliação visa à emancipação, voltada para a construção do

sucesso escolar e a inclusão, como principio e compromisso social.

Deve-se, buscar uma avaliação que contribua efetivamente para a formação

integral do educando e possibilite sua participação na sociedade com direito de cidadania.

De acordo com o Regimento Escolar a sistemática de avaliação do aluno

será continua permanente e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos, de

acordo com o Currículo e com os objetivos propostos pelo estabelecimento, e os

resultados serão expressos de 0,0 a 10,0 (zero vírgula zero a dez vírgula zero).

Quando o professor optar pelo valor de 10,0 para cada instrumento

avaliativo devera somar todos e dividir pelo número de instrumentos utilizados, sendo no

mínimo de 03 avaliações aferidas no bimestre, bem como no Registro de Classe do

professor.

Podendo também ter valor diferenciado para cada instrumento avaliativo,

para se chegar ao resultado de 0 a 10, sendo sempre informado ao aluno o valor de cada

instrumento.

A nota do bimestre será a somatória dos valores atribuídos em cada

instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em varias aferições, na seqüência e

ordenação de conteúdos, devendo constar no mínimo 03 (três) avaliações no registro de

Classe do professor.

Instrumentos

1. No mínimo 02 (duas) avaliações escritas por bimestre;

2. Pesquisas;

3. Tarefas;

4. Avaliação oral;

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5. Trabalho individual e em grupo;

6. Atividades extra-classe;

7. Atividades de recuperação paralela;

8. Seminários;

9. Exercícios;

10.Fichas do pré-conselho (conforme descrito no Conselho de Classe no item Órgãos

Colegiados).

Critérios

– Aproveitamento (aquisição de conhecimento);

– Capacidade de síntese, elaboração pessoal e atuação na realidade;

– Atitudes demonstradas na compreensão de conceitos nas diferentes áreas de

conhecimento;

– Assiduidade, responsabilidade, pontualidade e comprometimento;

– Criatividade, participação e desempenho;

– Socialização;

Amparada pela deliberação nº. 007/99, da avaliação do aproveitamento,

destacamos o artigo 3º.

Art. 3º - A avaliação do aproveitamento escolar devera incidir sobre o

desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem.

§1º - A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados.

§2º - O disposto neste artigo aplica-se a todos os componentes curriculares,

independentes do respectivo tratamento metodológico.

§3º - É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só

oportunidade de aferição.

Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e freqüência,

serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.

O aluno será considerado aprovado, se apresentar freqüência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de carga horária do período letivo, e

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média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da media aritmética dos

bimestres, nas respectivas disciplinas:

1ºB.2ºB.+3º+4ºB.=6,0

4

Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência inferior a

75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo, com

qualquer média anual, ou freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento)

do total de carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero).

E ainda, o aluno que mesmo após os estudos de Recuperação Paralela, ao longo da série

é submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.

Para os alunos que apresentam defasagem na aprendizagem será

oportunizada a recuperação paralela, e também atendimento educacional na sala de

apoio e sala de recursos.

Recuperação Paralela

Entende-se por recuperação paralela o processo de ensino e aprendizagem

que viabiliza novas oportunidades ao educando que não alcançarem seus objetivos

podendo rever sua caminhada na produção/apropriação dos conceitos.

A recuperação paralela realizar-se à, após cada instrumento avaliativo,

durante o bimestre letivo para todos os educandos ou para os alunos que não atingiram

os objetivos propostos.

O educando terá direito somente a 01 (uma) avaliação de recuperação

paralela após cada instrumento avaliativo, onde devera prevalecer o resultado da

avaliação em que o educando obtiver melhor apropriação/produção dos conceitos.

A escola adotará como instrumento avaliativo para recuperação paralela:

seminários, provas, pesquisas, módulos de exercícios e trabalhos, recortes de revistas e

jornais, sendo aconselhável à revisão de conteúdos antes de aplicar qualquer tipo de

instrumento, tornando lúdicos os conteúdos, inovando-os.

Conforme prevê a LDB – Del. 007/99, estudos paralelos de recuperação,

consistem em momentos planejados e articulados ao andamento dos estudos no

cotidiano da sala de aula.

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Atendendo ao disposto na Deliberação nº. 05/98 e 006/96 do CEE e na

Instrução Normativa nº. 008/97 da Superintendência de Educação

a) As verificações do rendimento escolar obedecerão aos critérios legais de

acordo com a Lei nº. 9.394/96, Art. 24, V, a, b, c, e, dando ênfase a:

– Avaliação continua e cumulativa;

– Possibilidades de aceleração de estudos;

– Obrigatoriedade de estudos de recuperação para o caso de baixo

rendimento escolar;

b) Sua execução, observada as necessidades de horário compatível, carga horária,

docente disponíveis, avaliação articulada aos parâmetros legais e acompanhada

pelo Núcleo Regional de Educação.

c) O Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do

Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal Integrado, é ofertado para

alunos egressos do ensino fundamental, no caso de sobrarem vagas estas são ofertadas

para egressos do ensino médio, após passarem pelo processo classificatório que segue

normas da SEED, mas os alunos egressos do Ensino Médio devem cursar todas as

disciplinas da Base Nacional Comum e da Formação Especial série a série conforme

proposta pedagógica do curso.

d) Nos Cursos Técnicos Profissionalizantes há a Inclusão do Estágio não-

obrigatório como atividade não-complementar obrigatório, opcional ao estudante,

conforme Lei nº 11788/08.

O Estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações desenvolvidas no

ambiente de trabalho sejam trazidas, para a escola e vice-versa, relacionando-as

aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das

relações de trabalho.

Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágios desenvolvidas pelo aluno,

ainda que via não presencial para que este possa mediar a natureza do estágio e

as contribuições do aluno estagiário com o Plano de Trabalho Docente, de forma

que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de

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73

que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e

socialmente.

Cabe ao pedagogo, manter os professores das turmas cujos alunos a desenvolver

atividades de estágio informando-os sobre as atividades desenvolvidas, de modo

que estes possam contribuir para esta relação prática.

i) No Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais respeitar-se-

á as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz respeito:

- aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas

Semestral;

- à apuração de assiduidade;

- aos estudos de recuperação;

- ao aproveitamento de estudos;

- à atuação do Conselho de Classe.

j) A promoção do aluno da Educação Profissional, em Administração, Área

Profissional – Administração, modalidade subsequente, é o resultado da avaliação do

aproveitamento escolar aliada à apuração da sua frequência, onde o aluno:

I – Deverá possuir frequência igual ou superior a 75% do total de horas do período

letivo semestral para promoção;

II - Com frequência inferior a 75 % do total das horas letivas semestrais,

independente do aproveitamento escolar, o aluno será considerado retido ao final do

semestre.

Os registros de notas na Educação Profissional, modalidade subsequente compor-

se-ão de 2 (dois) bimestres, totalizando o semestre.

5.8 ACOMPANHAMENTO PARA ALUNOS EGRESSOS, DEPENDÊNCIAS,

ADAPTAÇÕES, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO.

Os alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª

séries, egressos da educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de

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aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbio de aprendizagem e /ou

deficiência mental e que necessitam de apoio especializados complementar para obter

sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.

O aluno deverá:

a) estar matriculado e freqüentando o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.

b) a avaliação pedagógica de egresso deverá ser realizado no contexto do Ensino

Regular, pelo professor da classe comum, professor especializado equipe técnico

pedagógica da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional.

Dependencia

– O aluno do Ensino Médio que vier transferido com 3 disciplinas em

dependências, a 3ª será atendida na forma de adaptação.

À critério do Estabelecimento de Ensino a disciplina de dependência poderá ser

cumprida através do Plano Especial de estudos desde que:

a) A oferta do Plano Especial de Estudo tenha seu projeto aprovado pela Equipe

Pedagógica e aprovado pela Direção.

b) As atividades poderão envolver: módulos, pesquisas, aulas regulares,

atividades extraclasse, nunca excluindo as provas bimestrais e exames finais, caso for

necessário.

c) Os critérios de aprovação, aqui regulamentados, deverão obter a opção de:

– compromisso do aluno;

– compromisso do professor

– compromisso da escola

– compromisso escola/professor/aluno

d) As verificações do rendimento escolar obedecerão os critérios legais de acordo

com a Lei 9394/96, Art. 24, V, a, b, c, e, dando ênfase a:

– avaliação contínua e cumulativa

– possibilidades de aceleração de estudos

– obrigatoriedade de estudos de recuperação no caso de baixo rendimento

escolarização

e) Sua execução, observada as necessidades de horário compatível, carga

horária, docente disponível, avaliação articulada aos parâmetros legais e acompanhada

pelo Núcleo Regional de Educação.

O certificado de conclusão do curso somente poderá ser expedido

após a aprovação pelo aluno na (s) disciplina (s) sob regime de dependência.

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Adaptações

– Adaptação é o conjunto de atividades didático-pedagógicas desenvolvidas, sem

prejuízo das atividades previstas na proposta pedagógica da escola em que o aluno se

matricular, para que possa seguir o novo currículo.

– A adaptação dar-se-á pela base nacional comum.

– A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.

– Para efetivação do processo de adaptação, o setor responsável do

estabelecimento de ensino deverá comparar o currículo, especificar as adaptações a que

o aluno estará sujeito, elaborar um plano próprio, flexível e adequado, a cada caso. Ao

final do processo, elaborar a ata de resultados e registrá-los no histórico escolar do aluno

e no relatório final encaminhado à SEED.

– Paralelamente aos estudos regulares, serão atribuídas aos alunos em

adaptação, tarefas, estudos, trabalhos bibliográficos e de campo, que serão analisados e

avaliados pelos professores durante suas horas-atividade.

Classificação e Reclassificação

A classificação é o procedimento que este estabelecimento adota,

para posicionar o aluno na série compatível com a idade, experiência e desempenho

adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação pode se realizada:

– Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série anterior na

própria escola.

– Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem.

– Independente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola que

defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita a sua inscrição na

série adequada.

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A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem e exige

as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, da escolas e

dos profissionais:

– proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

– comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para

obter deste o respectivo consentimento;

– organizar comissão, formada por docentes, técnicos e direção para efetivar o

processo;

– arquivar atas, provas, trabalhos e ou instrumentos utilizados;

– registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

No Ensino Médio por Blocos Semestrais, o aluno por promoção, para

alunos que cursaram, com aproveitamento, a série anual ou os Blocos de Disciplinas da

respectiva série, ou fase anterior, na mesma escola. Independentemente da escolarização

anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno na série anual, no Bloco de

Disciplinas Semestrais, da respectiva série, no ciclo, na disciplina ou na etapa compatível

ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais e informais.

Reclassificação é o processo pelo qual, a escola avalia o grau de

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim

de encaminhá-lo à etapa de estudos compatíveis com sua experiência e desempenho,

independentemente do que se registre no seu histórico escolar.

O Estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de

aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na

série/ano/blocos de disciplinas semestrais/disciplina(s), deverá notificar o NRE para que

este proceda orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das

normas que fundamentam o processo de Reclassificação.

Na Educação Profissional, de Administração e Informática modalidade

subsequente, o aproveitamento de estudos deve estar relacionado com o perfil

profissional de conclusão da respectiva habilitação profissional, adquiridas:

I. no Ensino Médio;

II. em qualificações profissionais, etapas ou módulos em nível técnico

concluídos em outros cursos, desde que cursados nos últimos cinco anos;

III. em cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, no trabalho

ou por meios informais;

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IV. em processos formais de certificação;

V. no exterior.

5.9 PRÁTICAS AVALIATIVAS DO DESEMPENHO PESSOAL DISCENTE DO

CURRICULO DAS ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO.

- Em relação ao Projeto Político Pedagógico, aos demais projetos e às

formas de participação da comunidade:

A avaliação deverá ser contínua e flexível para que determinados pontos do

projeto possam ser retomados, tendo em vista os resultados obtidos no decorrer do

processo, pois a avaliação é um processo dinâmico que qualifica e oferece subsídios ao

Projeto Político Pedagógico, sendo que o processo avaliativo envolverá a descrição e a

problematização da realidade escolar, a compreensão crítica da realidade descrita e

problematizada e a proposição das alternativas de ação, momento de criação coletiva, o

qual será realizado bimestralmente com a participação da comunidade escolar, sendo que

bimestralmente serão coletadas as informações por amostragem (10 alunos por sala,

nunca repetindo os alunos), e a participação dos pais dar-se-á através da APMF e do

Conselho Escolar, os quais são os representantes legítimos dos alunos. Já quanto aos

professores e funcionários, todos participarão do processo.

Os responsáveis pela concretização das referidas avaliações são os

Gestores Escolares e os Gestores Pedagógicos, os quais coordenam este processo.

– Em relação ao aluno:

A avaliação não é um instrumento disciplinador ou uma arma contra o aluno.

Por isso é mister que se entenda a avaliação como um meio, não como um

fim no processo ensino-aprendizagem, para que esta não se torne repressora e

excludente.

Buscar-se-á formas que impeçam que o poder se concentre nas mãos do

professor, mas sim, na relação ensino-aprendizagem através da práxis pedagógica.

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A avaliação deverá ser diagnóstica, levar em consideração a experiência do

aluno, suas finalidades, na qual o aluno é parâmetro dele mesmo.

– Em relação à escola, ao corpo docente e técnico - administrativo e aos

serviços gerais:

Será realizada bimestralmente a avaliação do corpo docente, técnico

administrativo e dos serviços gerais, no momento que antecede a realização do conselho

de classe, através de questionários a todos os membros da comunidade educativa, os

quais avaliam todas as instâncias escolares. O resultado é discutido antes do conselho de

classe, onde é também o momento de reflexão sobre a prática docente, além de suas

funções próprias de acordo com o que consta no Regimento Interno.

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DEMO, Pedro. Educação e desenvolvimento – mito e realidade de uma relação

quase sempre fantasiosa. São Paulo: Papirus, 1999.

DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no

caminho de Habermans. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.

DEMO, Pedro. Pobreza Política. São Paulo: Autores Associados, 1988.

-------- Organização e gestão das escolas secundárias. Lisboa: MEC, 1999.

--------- A nova LDB ranços e avanços. Campinas: Papirus, 1999.

--------- A relação entre o poder e educação. Autores Associados, Campinas, 1997.

--------- Avaliação Qualitativa. 6ª Ed., Campinas: Autores Associados, 1999.

---------- in Almeida L. Educação Pluridimensional e a escola cultural. 1991, Evora:

AEPEC.

---------- in Almeida L. Organização pedagógica da escola. 1991, Evora: AEPEC.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 1981.

FREIRE, Paulo. O caminho de um educador. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FREIRE, Paulo. Saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra,

1996.

----------- Sem liberdade de escolha, professores e escolas são simples tarefeiros.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.

GARCIA, M. A. A. Saber, agir e educar: o ensino-aprendizagem em serviços de

saúde. v. 5, nº 8, p 89-100, 2000.

GASPARIN, João Luís. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:

Autores associados. 2005.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma relação dialogada na construção

do conhecimento. Caderno idéias. São Paulo: FDE, p 51 a 59, 1989.

MASETTO, M. Y. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus,

2003.

RIOS, A. T. in Freire, P. Autonomia no pensamento e prática educativa. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1987.

RIOS, Azevedo Terezinha. Agir com autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

SARTRE, Jean Paul. O existencialismo de Sartre. São Paulo: Abril, 1980.

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80

SARTRE, Jean Paul. Ser e o nada. Rio de Janeiro: Ática, 1997.

SNYDERS, George. Alunos felizes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993

----------- Educação e Tecnologia na sociedade do conhecimento. São Paulo:Cortez,

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-----------A escola, classe e luta de classes. Lisboa: Moraes editora, 1981.

VEIGA, Ilma P. A. CARVALHO, Maria Cecília. Construindo o saber – metodologia

científica, fundamentos e técnicas. 5ª ed., Campinas: Papirus, 1995.

--------- A prática pedagógica do professor de didática. Campinas: Papirus, 1989.

--------- Técnicas de ensino, Por que não? Campinas: Papirus, 1995.

VEIGA. Ilma Passos. Perspectivas Para Reflexão em Torno do Projeto Político

Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

VYGOTSKY, Liev Semiónovitch. A formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos

Processos Psicológicos Superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

VYGOTSKY, Liev Semiónovitch. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins

Fontes, 1993.

Deliberação 07/99 Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,

Recuperação de Estudos e Promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino em

Nível de Ensino Fundamental e Médio.

Deliberação 16/99 Regimento Escolar;

Lei n.º 9394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

Parecer 05/97 da CEB/CNE que apresenta propostas de regulamentação da Lei 9394/96;

Parecer 04/98 Diretrizes Nacionais Curriculares para o Ensino Fundamental;

Parecer 15/98 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;

Resolução n.º 03/98 da CEB/CNE que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio;

Deliberação 14/99 Indicadores para elaboração da Proposta Pedagógica dos

Estabelecimentos de Ensino em suas diferentes modalidades.

KIT – CONSELHO ESCOLAR / SEED

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ANEXOS

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COLÉGIO ESTADUAL DOM CARLOS - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E

PROFISSIONAL

PROJETO: CONSCIENTIZANDO PARA A CONSCIÊNCIA NEGRA

Envolvidos no projeto

Realização e execução: Janete Chaves Carlin

professores colaboradores: Marlete Turmina Outeiro

Rosilda Fagundes

Marla Almeida

Adriane Bucco

Elton Agostinho Araujo

Grêmio Estudantil

Deivison

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“Todo Brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não no

corpo,

a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro...”

Gilberto Freyre

PALMAS, JUNHO DE 2011

1.JUSTIFICATIVA

O fato determinante para execução desse projeto contempla o IV encontro de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, desenvolvido pela Secretaria de Estado da

Educação – Superintendência da Educação – Departamento da Diversidade –

Coordenação de Desafios Contemporâneos – Núcleo Regional de Educação de Pato

Branco – PR.

O projeto em questão foi elaborado a partir das necessidades dos alunos de

reconhecer a diversidade étnico-racial e conhecer melhor a cultura afro-brasileira e

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africana, bem como suas raízes, mistérios, encantos e desencantos. Este projeto possui

como princípio norteador à questão do negro na escola, a desconstrução do preconceito

racial e reafirmação de uma auto-estima positiva da população negra e mestiça. Além de

proporcionar um ensino-aprendizagem baseado na diversidade, propondo situações de

aprendizagem desafiadoras e que trazem novos conhecimentos pautados na Lei

10.639/03 que aborda as questões antirracistas e a discriminação racial.

A cultura Afro-descendente deve ser trabalhada nas escolas incluindo-a no Currículo

escolar, visto que trabalhar a cultura acima citada refere-se ao fomento da Consciência

histórica de nosso país.

Para tanto, esse estabelecimento quer proporcionar uma maior interação,

valorização da cultura Afro, deverá levar em conta a prática do conhecimento

concomitante a construção histórica do sujeito que são atores intrinsecamente envolvidos

no compromisso social de intervenção na realidade para transformação.

Segundo a concepção de Currículo Disciplinar: Limites e avanços das escolas da

Rede Estadual de Ensino do Paraná: “Por serem históricos, os conteúdos estruturantes

são frutos de uma construção que tem sentido social como conhecimento, ou seja, existe

uma porção de conhecimento que é produto da cultura e que deve ser disponibilizado

como conteúdo, ao estudante para que seja aprovado, dominado e usado” (2009:19).

Hoje, levando em conta que o ser humano é um ser de relações consigo mesmo,

com os outros e com a natureza, envolvidos nesse processo de relação dialética, o ser

humano vai se construindo a medida que constrói a realidade; ambos estão em

movimento de construção e auto-criação. A esse processo de construção humana

(humanização) damos o nome de educação. A esse estabelecimento de ensino damos

como meta seu Slogam “Educar com Sabedoria”. Sendo assim, as disciplinas de História,

Biologia, Geografia, Ensino Religioso, Metologia de História e Geografia (Curso de

Formação de Docentes) e Artes desenvolverão um trabalho contemplando a

Conscientização Negra alusiva ao dia 20 de novembro. Para Atronilha Gonçalves e Silva

“...portanto, estudar as africanidades brasileiras

significa tomar conhecimento, observar, analisar

um jeito peculiar de ver a vida, o mundo, o

trabalho, de conviver e de lutar pela dignidade

própria, bem como pela de todos descendentes

de africanos, mais ainda de todos que a

sociedade dos africanos e de seus descendentes

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no Brasil, de situar tais produções na construção

da nação brasileira”. (2008:2).

2.OBJETIVOS

• Valorizar a cultura negra e seus afro-descendentes e afro-brasileiros, na escola

e na sociedade;

• Entender e valorizar a identidade da criança negra;

• Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;

• Desmitificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da cultura

africana;

• Divulgar a história dos grupos afro-descentes oriundos da África;

• Valorizar o negro e Afro-descendentes na escola, comunidade e sociedade;

• Desmistificar a África como “Comunidade da pobreza”;

• Conscientizar os alunos sobre o respeito com nossa cultura Afro através do

conhecimento.

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• 3.DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

O desenvolvimento do projeto estará em consonância com as atividades

desenvolvidas em cada disciplina e turma/série. Os temas serão desenvolvidos nas salas

de aula respeitando as individualidades de cada turma, posteriormente será elaborado

amostra de trabalho onde a comunidade escolar e da sociedade terão oportunidade de

envolvimento.

Serão desenvolvidos:

• Leituras de textos sobre Afro-descendentes, preconceito, racismo,

valorização do ser humano;

• Exposição através de desenhos, pinturas, maquetes das crianças Afro-

descentes;

• Palestra com o grupo Consciência Negra de Palmas;

• Contação de histórias sobre os negros de Palmas com a Sra. Arlete;

• Grupo de capoeira;

• Exposição das comidas típicas Afro-descendentes;

• Visita a Escola Quilombola Castorina;

• Apresentação de danças envolvendo a cultura;

• Teatro envolvendo 20 de novembro;

• Apresentação de fotos dos Quilombolas de Adrianópolis no Paraná, pela

professora Marcia de Maia Oliveira;

• Trabalhos com argila, papel maché (realização de máscaras africanas)

• Elaboração de livro de literatura infantil – com o tema “Menina bonita do laço

de fita” (Formação de Docentes);

• Leitura e análise de alguns artigos do livro “Declaração Universal dos

Direitos Humanos” e “Menina bonita do laço de fita” - Hora da História

(Formação de Docentes);

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• Verificação do caminho geográfico feito da África par o Brasil por meio do

mapa mundi;

• Estudos de música, fazendo releituras e transformando-os em ilustrações

pedagógicas para uma amostra cultural; (Formação de Docentes);

• Confeccionar cartazes – recorte, pintura e colagem – com fotos de revistas

que tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura do negro;

• Construção de um tabuleiro do jogo Kalah – feito com caixa de ovos (um

jogo de tabuleiro que veio da África que simula o plantio de sementes,

desenvolvendo a atenção e a concentração da criança) (Formação de

Docentes).

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4.RECURSOS

• DVD

• Pendrive

• TV multimídia

• Laboratório de informática

• Data show

• Filmadora

• Máquina fotográfica

• Xerox

• Cartolina

• Roupas típicas

• Mapa Mundi

• Músicas

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5.CRONOGRAMA

Descrição Agosto Setembro Outubro Novembro

Estudo de texto e atividades desenvolvidas

em sala de aula

x x x

Exposição através de desenhos, pintura,

maquetes da crianças.

x

Palestras com o grupo Consciência Negra

de Palmas

x

Contação de história com Sra. Arlete x

Apresentação de danças envolvendo a

cultura Afro-brasileira

x

Teatro x

Exposição dos trabalhos - GECA x

6.AVALIAÇÃO DO PROJETO

A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma

contínua e diagnóstica, com intenção primordial de rever a própria prática docente criando

novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem suas potencialidades

levando em conta, principalmente os avanços individuais dentro da coletividade e a

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participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo com as peculiaridades

de cada aluno) no decorrer do projeto.

Auto-avaliação para o professor: será solicitado que os alunos respondem um

questionário abordando principais itens do projeto, este servirá para a auto-avaliação

docente, bem como o processo avaliativo acontecido no decorrer do processo.

COLÉGIO ESTADUAL DOM CARLOS – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E

PROFISSIONAL

PALMAS, MAIO DE 2011

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TRABALHO DESENVOLVIDO NO DIA 18/05 – DIA NACIONAL DO COMBATE AO

ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES – DIA DE

LUTA NACIONAL EM CONSEQUÊNCIA DA MORTE DA MENINA ARACELI SANTOS.

Palestra – Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Professora Marla Almeida

Vídeos – Não Seja Cúmplice deste crime

Comentário e vários depoimentos

− Medo do quê? (15 minutos)

História de um menino gay

Objetivo: Mostrar que pode acontecer na família, na escola, nas amizades, e essas

pessoas são gente e tem direitos iguais. Ressaltou pra deixar o preconceito de lado, pois

o caráter não está associado à sexualidade.

Dez mandamentos para a paz na família (foram lidos e explicados de um em um e

trabalhados para posteriormente apresentar no mural)

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Trabalho – Dinâmica das Mãos: O que precisamos fazer para proteger e cultivar nossas

raízes?

(Cada participante deve exprimir os sentimentos que a dinâmica despertar)

Montagem da árvore da vida “Doe sua voz”

Trabalhos Curso de Formação de Docentes

Filme: Qual o papel do educador frente as questões que se referem ao abuso e

exploração de menores. (Debates, depoimentos, questionamentos e esclarecimentos de

como fazer as denúncias).

Slogans e símbolos que demontrem que o Colégio Dom Carlos é consciente e repudia o

abuso e exploração de crianças e adolescentes (pra exposição em murais na sequencia

dos trabalhos)

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Colégio Estadual Dom Carlos - Ensino Fundamental, Médio,Normal e Profissional

Projeto: Incentivar o Patriotismo é formar um cidadão consciente

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PROFESSORAS: Janete Chaves Carlin

janete Carbolin Dutra

Elvira

Terezinha Bitencourt

Veranice Fraporti

Suzana Mikilita Cordeiro

PALMAS ; AGOSTO 2011

JUSTIFICATIVA

Patriotismo é o sentimento de amor e devoção à pátria, aos seus símbolos ( bandeira,

hino e brasão). Através de atitudes de devoção para com a sua pátria, pode – se

identificar um patriota muitas vezes em ações culturais, educacionais ,esportivas e

políticas.

Para amar sua pátria é necessário conhecer, entender, interpretar e valorizar. Portanto,

esse projeto quer contribuir com a difusão dos conhecimentos necessários aos alunos de

todos os níveis de ensino de nosso colégio.

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Assim , possam vivenciar através de ações pedagógicas que venham contribuir com o

aprendizado dos símbolos, bem como análise critica da importância ao patriotismo sem

preconceito vinculado

ao sentimento de cidadão que valoriza a pátria onde vive.

OBJETIVO

Conhecer os símbolos nacionais para que o aluno possa vivenciar e

utilizar de forma concreta esse conhecimento em seu dia adia. Sendo um patriota

consciente.

Encaminhamento metodológico

Organizar cronograma dos hinos (Nacional, Independência, Paraná, Palmas e

Bandeira ) para que uma vez na semana em dias alternados seja executado;

Montar murais que motivem ao patriotismo, havendo premiação para cada níveis de

ensino;

Exposição de desenhos que interpretam os hinos por estrofes;

Textos que façam análise ao patriotismo ;

Concurso com premiação para o aluno que cantar ou escrever o hino nacional ;

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Teatro contextualizado sobre independência do Brasil;

Sextas séries do turno vespertino apresentarão o hino á independência.

AVALIAÇÃO

Cada professor poderá avaliar de 0 a 10 através de provas, pesquisas, apresentações,

desenhos, e, etc...

Já a equipe organizadora avaliará a originalidade dos murais por sala, para que haja uma

turma vencedora dos três níveis de ensino. Também, ficara a cargo de um professor da

comissão selecionar o aluno vencedor na categoria de canto do Hino Nacional.

CRONOGRAMA

LANÇAMENTO

DO PROJETO

AGOSTO

X

SETEMBR

O

OUTUBRO NOVEMBR

O

DEZE

MBRO

PESQUISAS E

INTERPRETAÇÕE

S

X

EXECUÇÃO DE

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HINOS X

X X X X

APRESENTAÇÕE

S

6/09/2011

EQUIPE

ORGANIZADORA

IRÁ NAS SALAS

PARA ESCOLHER

A TURMA QUE

PRODUZIU O

MURAL MAIS

ORIGINAL AO

TEMA DO

PROJETO

X

03//9/20

11

PREMIAÇÃO DO

HINO

6/09/2011

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PROJETO MÚSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

MACROCAMPO: Música

TURNO: Tarde

CONTEÚDO: Elementos formais; musicalização – através de sons desenvolver a

sensibilidade e reconhecer vários sons; noções rítmicas – exercícios práticos e motores;

movimentos sequenciados com diversos instrumentos musicais; exercícios práticos com

instrumentos musicais; reconhecimento dos instrumentos musicais; composições e

dramatizações; junções e funções dos elementos musicais (ritmo, melodia, intensidade e

harmonia).

OBJETIVOS: Expressão corporal livre, melhoria da coordenação motora fina,

conscientização corporal; reconhecimento da valorização musical; sensibilidade artística,

mostrar a música como forma de vida, aprimoração do pensamento reflexivo, noções

específicas dos instrumentos, reconhecimento da cultura musical do nosso país.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: Reconhecer símbolos musicais, diferenciar os

tipos de instrumentos musicais, percepção dos sons. Identificar estilos musicais exercitar

sua coordenação motora através dos instrumentos, participar de práticas de coral,

reconhecer seu corpo através de dramatizações, participar de eventos culturais da

comunidade.

AVALIAÇÃO: Avaliação contínua através do desenvolvimento e participação durante as

aulas e apresentações; Manuseio dos instrumentos.

RESULTADOS ESPERADOS: Alunos com expressão corporal livre e harmoniosa;

noções aprofundadas sobre a música como um todo; conhecimento prático e teórico dos

instrumentos. Espera-se também que o aluno tenha mudança de comportamento onde

valoriza sua vida e de seu colega, percebendo que ele faz diferença para a escola,

família, comunidade e ainda melhora na sua auto-estima.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ACASTRO EGG, ANDRÉ. O debate no campo do nacionalismo musical no Brasil (anos

40 e 50). 01/09/2004. 2v. 148p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ –

HISTÓRIA

ALMEIDA, Renato - Compêndio de história da música brasileira, F. Briguiet Editores, RJ,

1948

ARROYO, M. Culturas Juvenis – Música e Escola: O que a literatura problematiza. In: XVI

Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM),

2006, Brasília.Disponível em: http://www.anppom.com.br/anais.

BENEDETTI, K. S.; KERR, D. M. O papel do conhecimento musical cotidiano na

educação musical formal a partir de uma abordagem sócio-histórica. Revista da Abem.

Porto Alegre: 2008, vol. 20, p. 35-44. Disponível em:

http://www.abemeducacaomusical.org.br

BRÉSCIA, V. L. P. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. Campinas:

Átomo, 2003.

LOUREIRO, Alicia M.A.; O Ensino da música na Escola Fundamental; Papirus, 2003.

SANTOS, Fátima Carneiro dos. Música das ruas: o exercício de uma “escuta nômade”.

Revista eletrônica Opus, setembro,

2000.

SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991.

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PROJETO ENSINO MÉDIO INOVADOR

INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Dom Carlos Ensino Fundamental Médio e

Profissionalizante

MUNICÍPIO: Palmas

PROFESSORA: Janete Chaves Carlin

CONTATO: (46) 32623845 / 99762652

e-mail: [email protected]

TEL. COLÉGIO: 32621817

DISCIPLINA DE REFERÊNCIA: História

MACROCAMPO: Ciências Humanas

TURNO: Noturno terça - feira das 19: as 22:15

CARGA HORÁRIA: 4 aulas semanais, mais uma hora atividade para a professora: 80 h

Proposta de atividade pedagógica de complementação curricular do Ensino Médio

Inovador

TÍTULO: Reinos africanos e suas contribuições culturais

(Fontes históricas)

CONTEÚDOS

Conteúdos

estruturantes

CONTEÚDOS BÁSICOS Expectativa de aprendizagem

Relações de poder

Relações de trabalho

Relações culturais

TEMA 1

Reinos Sudaneses,

Iorubas, Jejes, Bantu,

Zulu, Tupus e Zimbábue

Conheça as formas de

organização de poder e

trabalho dentro de cada reino

africano ;

Analise as mudanças ocorridas

na atualidade e historicamente;

Identifique características

envolvendo as danças,

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máscaras, roupas de cada

grupo e seus respectivos

significados.

TEMA 2

RESISTÊNCIA E

QUILOMBOS

Compreenda as principais

formas de resistência

historicamente vivenciada no

Brasil pelos povos africanos e

afro – descendentes;

Verifique que a cultura afro não

se restringe a um grupo

específico e que tem relações

com todas as esferas sociais

no Brasil;

Entenda o processo de

escravidão africana no Paraná,

bem como a formação de

quilombos como forma de

resistência a ela;

Conheça o grupo de

consciência negra de Palmas.

OBJETIVO

Conhecer os reinos africanos que contribuem historicamente na formação social,

econômica e cultural do Brasil.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS -

METODOLÓGICOS

O ensino médio por blocos veio contribuir com a melhoria do processo ensino

aprendizagem nas escolas optantes por essa modalidade de ensino, devido a

organização do tempo, maior contato com os alunos, diminuição da evasão e reprovação

escolar dentre outros pontos positivos.

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Para tanto, outra estratégia, é o ensino médio inovador que vem compor mais uma

linha de ação que vem contribuir com o conhecimento já motivado nas aulas durante a

semana. Também, oferecendo atividades complementares no contra turno, sendo um

suporte a mais na aquisição do conhecimento que encontram- se em vulnerabilidade

social.

Essa ação é contemplada nas ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULARES:

O foco do trabalho com estas atividades pedagógicas de complementação

curricular deve ser, sempre, o conhecimento, no sentido de que a proposta não é

apenas um aumento da carga horária do estudante do ensino médio e,

consequente, mais tempo de permanência dele na escola, mas, antes de tudo, é

ser um momento de apresentação do conhecimento por meio de práticas

dinâmicas, diferenciadas, incluindo–se a utilização da tecnologia de informação e

comunicação, que possibilitem e mobilizem a pesquisa, a interdisciplinaridade e

aprofundamento e aprimoramento do currículo do ENSINO MÉDIO (CURITIBA,

2010, p. 9).

No que refere se ao aprimoramento e aprofundamento do currículo, a ciência

História esta envolvida nessa proposta através da História temática articulado ao projeto

político pedagógico com problematizações que buscam mostrar caminhos que levem o

entendimento do aluno acerca do tempo e espaço em que vive fazendo relações que

visam seu conhecimento em uma perspectiva passado, presente e futuro testemunhadas

por meio de narrativas históricas que evidencia o que incorporou e contribuiu em sua

contextualização do tempo em que está inserido.

O historiador Ivo Mattozi (2004) estabeleceu uma metodologia para o trabalho

temático, sob três dimensões:

– Primeira: deve–se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer

representar do ponto de vista historiográfico;

– Segunda: é preciso delimitar o tema histórico em referência temporais fixas e

estabelecer uma separação entre seu início e seu final; e

– Terceira: professor e os alunos devem definir um espaço ou um território de

observação tematizada.

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Utilizando esse método, a proposta irá estudar os reinos africanos que

contribuíram e contribuem com a história cultural, econômica e social do Brasil

demonstrando através de recortes históricos nossa própria História valorizando a cultura

afro brasileira sendo esta, mais um caminho contra o preconceito e o racismo. Visto que,

preconceito e racismo, é uma questão de” ignorância” (Luís Carlos Paixão).

Esta atividade complementar tem diálogo direto com as fontes históricas

intencionais culturais, fazendo com que os alunos identifiquem as diferenças existentes

entre o documento como fonte primaria e secundária, e como ele apresenta: de forma

material e imaterial. Portanto, mostrar as fontes necessárias para que se realize uma

pesquisa, é importante para todas as áreas do conhecimento e para a vida cotidiana.

Estudar o que? Pesquisar onde? Como apresentar os resultados?

A partir dessas concepções, o aluno pode registrar o que aprende através das

narrativas históricas e apresenta-las através de tecnologias usuais nesse tempo.

Nessa concepção, o trabalho com documentos em aula proporciona a produção

em que se buscam resposta para as problematizações formuladas. Assim, os

documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o

questionamento dos conceitos já construído (DEE 2010, p. 51).

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METODOLOGIA

Busca-se oferecer, propondo metodologias diferenciadas, ao aluno oportunidades

para interpretar os conteúdos específicos e a partir da reflexão crítica vinculá-los ao

cotidiano. Utilizando-se para isto a TV pendrive e computadores do Laboratório de

Informática com materiais de apoio para a exploração do contexto sócio-histórico e o

desenvolvimento científico - tecnológico. Partindo do contexto social, cultural, político e

religioso em que o educando encontra-se inserido e da bagagem que este trás consigo.

Para tanto, usaremos as metodologias:

e) Aula expositiva e prática;

f) Pesquisa em laboratório de informática;

g) Apresentações de trabalhos utilizando a TV pendrive;

h) Narrativas que contemplam cada fase dos trabalhos;

i) Seminário;

j) Apresentação de slides (palestra) aos alunos de diferentes níveis de ensino do

colégio na semana de consciência negra;

k) Convidar membros da comunidade quilombola de Palmas para falar sobre temas

que envolvam cultura, grupo de consciência negra e resistência ;

l) Montar dança afro com roupas e símbolos de um dos reinos africanos em estudo;

m) Divulgar os resultados no jornal da cidade e na página do núcleo;

n) Exposição dos resultados através de murais,

o) Consulta a artigos e periódicos em jornais, revistas, vídeos e documentários;

p) Uso de programas de edição gráfica e internet;

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105

q) Trabalhos práticos individuais e em grupo.

CRONOGRAMA

MÊS ATIVIDADE

AGOSTO

22/08/2011

Organização das turmas

SETEMBRO Aula inaugural, demonstrando objetivos e temas da atividade

complementar;

Pesquisa no laboratório de informática e biblioteca sobre os temas ,

divididos em grupos sobre os temas que envolvem os conteúdos

estruturantes referentes aos reinos africanos;

Organização das apresentações que podem ser apresentadas através

de: TV pendrive, mural, maquete, quadrinhos e desenhos;

Narrativa histórica em grupo sobre os resultados alcançados;

Montar reportagem para jornal e portal.

OUTUBRO Palestra sobre o grupo de consciência negra

(professora Janete Chaves Carlin);

Contribuição africana cultural, econômica e social no Brasil;

Organização de slides para que os alunos possam realizar mini

palestras

Sobre os reinos africanos, pessoas negras que são considerados

ícones em vários tempos;

Construção de narrativas históricas e montagem de reportagem para o

jornal e porta; (trabalho realizado todos os meses).

NOVEMBR

O

Pesquisa sobre os movimentos de resistência negra no Paraná, bem

como a formação dos quilombos;

Palestra com professor José Carlos Pinheiro sobre o quilombos;

Mini palestras sobre os reinos africanos em estudo e negros em

destaque no mundo historicamente para os alunos no colégio .

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( professora organiza as turmas que participarão durante os três

períodos de ensino do estabelecimento de acordo com a

disponibilidade dos grupos);

Narrativas sobre os resultados.

DEZEMBRO Palestra com a líder da comunidade quilombola de Palmas, a senhora

Maria Arlete da Silva falando sobre resistência negra e formação da

comunidade;

Resistência negra no Paraná e a formação quilombola;

Apresentação de danças envolvendo os reinos africanos estudados;

Narrativas que demonstrem as mudanças ocorridas no pensamento

dos alunos sobre a cultura

Afro brasileira.

RESULTADOS ESPERADOS:

– PARA O ALUNO: Estar maior tempo na escola desenvolvendo conhecimento que

sejam úteis enquanto aluno e cidadão.

– PARA A ESCOLA: Ter os objetivos dessa proposta alcançada para que os

alunos realmente façam a diferença dentro e fora da escola e possam ser

disseminadores deste conhecimento adquirido.

– PARA A COMUNIDADE: Pessoas conscientes sobre a cultura africana que

promovem a igualdade étnico racial.

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AVALIAÇÃO

Os estudantes serão avaliados durante a realização das atividades através das

narrativas históricas, apresentações a partir de slides, mini palestras sobre temas

estudados em grupo, textos informativos para jornal e portal, construir murais, desenhos,

debates, questionamentos, seminário e dança. Portanto, o processo evolutivo do

conhecimento construído, quem bem é exemplificado por Luckesi a respeito da avaliação

diagnóstica, isto é:

[...] para que a avaliação sirva á democratização do ensino, é [preciso] modificar a

Sua utilização de classificatória para a diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá

ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de

aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões e

satisfatórias para possa avançar no seu processo de aprendizagem (2002, p 81).

Acreditando que o conhecimento é o caminho da mudança, a lei 10639/03 é a base

para o estudo. Sendo esta prática educativa de enfrentamento das desigualdades e

valorização da diversidade e vá além, seja capaz de promover diálogos, a convivência e o

engajamento na promoção da igualdade. Não se trata, simplesmente, de desenvolver

metodologias para trabalhar a diversidade e tampouco com “diversos”. É, antes de tudo a

construção da igualdade para todo.

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PARECER DO NR

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos –

São Paulo: Cortez 2004

DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – 2011.

Gênero e diversidade na escola: Formação de professores/ES EM GÊNERO,

ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO – RACIAIS. LIVRO DE CONTEÚDO.

VERSÃO 2009 – RIO DE JANEIRO: CEPESC; BRASÍLIA: SPM, 2009.

Grupo de trabalho em rede: Danças africanas

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 144. ed. São Paulo:

CORTEZ, 2002

MATTOZI, I. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação

cognitiva?

ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DE

COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

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PLANO NACIONAL DE IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES NACIONAIS PARA

EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO – RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.

REVISTA PALMARES – CULTURA AFRO – BRASILEIRA. ANO-IV – NÚMERO 4 –

OUTUBRO 2008

REVISTA USP 2010

RUSEN, J. Razão histórica: Teoria da História I; Os princípios da Teoria da História.

Brasília: UNB, 2001

www.diaadiaeducação.pr.gov.br

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PROPOSTA PEDAGÓGICA ATIVIDADE COMPLEMENTAR

PROJETO 2º TEMPO

MACROCAMPO TREINAMENTO DESPORTIVO/ VOLEY

TURNO VESPERTINO

CONTEÚDO • situações básicas do voleibol

• saque

• recepção – defesa do saque

• levantamento

• Ataque

• cobertura de ataque

• bloqueio

• cobertura de bloqueio

• defesa da quadra

OBJETIVOS • Salientar a importância de práticas

desportivas, como qualidade de vida

no ambiente escola.

• Propiciar o melhoramento da aptidão

física por meio da prática de

habilidades fundamentais na

modalidade voleibol.

• Despertar o espírito de liderança e a

importância do trabalho em equipe.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO • Para o sucesso de nosso trabalho

aplicaremos aulas teóricas, práticas

visando o aprimoramento a partir dos

fundamentos as táticas de jogo, como

também formação mais adequada

sociocultural de nossos alunos atletas.

• Para aplicação das aulas treinamentos

ocuparemos ginásio de esportes,

quadra poliesportiva, e demais

dependencias do colégio

• Parcerias complexo esportivo

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municipal e entidades particulares

AVALIAÇÃO Participação efetiva dos alunos atletas nas

evoluções da modalidade de voleibol e seus

atributos

RESULTADO ESPERADO Para aluno – superação de vícios, má conduta,

companhias, postura atitudes, notas,

habilidades, bem como formação

biopsicosocial.

Para escola – mostrar a todos os segmentos a

importância da prática desportiva de esportes

coletivos como qualidade de vida e disciplina

no meio escolar.

Para comunidade – Participação em eventos

- jogos promovidos por entidades e colégios

de nosso município;

- eventos promovidos pelo Departamento

Municipal de Esportes

- Participação de competições e amistosos a

nível municipal, regional, estadual e

interestadual;

- Projetar nossos alunos atletas para as

seleções dos municípios nas diversas

categorias.

REFERENCIAS SHONDELL, Donald S. A bíblia do treinador

de voleibol, Porto Alegre, Artmid, 2005

MELO. Leonardo Bernardes – Exercícios e

jogos e com bola; Rio de Janeiro. Sprint,

2005

BERNARDINHO. Carta a um jovem atleta:

determinação e talento. O Caminho da vitória

– Rio de Janeiro – Elsevier,2007

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PROJETO CULTURA E ARTE

MACROCAMPO CULTURA E ARTE

TURNO Matutino

CONTEUDO

Conceitos como : Etnocentrismo, racismo e

preconceito

Primeiros grupos africanos no Brasil;

Brasil Colônia;

Negros no Paraná: Aspectos culturais, sociais,

econômicos e localização no estado;

Grupo de consciência de Palmas;

Comunidades quilombolas no Paraná;

Povos africanos: reino Banto, Zulu e Zimbábue;

Significados e objetivos das danças praticadas pelos

reinos Banto, Zulu e Zimbábue

OBJETIVOS

Conhecer a história dos reinos africanos através da

dança, envolvidas em seu aspecto cultural que

promovem contribuição para a história do Brasil;

Aprender diferentes tipos de danças desses reinos

compreendendo seus significados;

Apresentar danças como forma de conhecimento e

valorização da cultura afrobrasileira.

AVALIAÇÃO

Construir narrativas históricas que demonstrem o

entendimento e valorização da cultura africana, bem

como a apresentação de danças e seus significados.

RESULTADOS ESPERADOS

Para o aluno: Conhecimento de sua própria história e

valorização das pessoas e sua cultura.

Para a escola: Pessoas com maior conhecimento,

menos preconceito, disseminadores de uma cultura.

Para a comunidade: cidadãos conscientes que

valorizam a vida.

Diretrizes Curriculares – história – 2009

PLANO NACIONAL DE IMPLANTAÇÃO DAS

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS

PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-

RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E

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REFERENCIAS

CULTURA AFROBRASILEIRA.

GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA –

VERSÃO 2009

PALMARES – REVISTA -ANOIV-OUTUBRO 2008

O saber histórico na sala de aula/Circe Bittencourt

(org). 11Ed; 4ª impressão – São Paulo: Contexto, 2010

Resolução nº 1.690/11

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PROJETO CULTURA E ARTE

MACROCAMPO CULTURA E ARTE

TURNO Vespertino

CONTEUDO Estudo do desenho

OBJETIVOS Desenvolver a habilidade de desenhar

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Aulas teóricas e práticas de desenho que abordarão:

- pré requisitos para desenhar: Cálculo visual e mental

de proporções, técnicas de desenho;

-características do desenho;

- etapas de representação do desenho;

- o desenho quanto a forma: abstrata, figurativa,

- tipos de desenho: observação, memória, criação

AVALIAÇÃO Será avaliada a progressão da habilidade no desenho

RESULTADOS ESPERADOS

Para o aluno: desenvolvimento da habilidade de

desenhar

Para a Escola: um educando com ponto de vista crítico

e disciplina;

Para a Comunidade: indivíduos com percepção

minuciosa e integrada.

Ponto de vista a partir do quadro geral, elementos

associados a personalidade e a outros conhecimentos

que também são adquiridos a partir do estudo do

desenho

REFERENCIAS

Ostrower. Fayga “Criatividade e Processos de

Criação”. Rio de Janeiro: Editora Vozes,

Ostrower. Fayga “Acasos e Criação Artística”. Rio de

Janeiro: editora Campus, 1990

Edwards, Betty “ Exercícios para desenhar com o lado

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direito do cérebro” Rio de Janeiro, Ediouro 2003