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1 Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva Ensino Fundamental, Médio e Profissional Rua Iracema nº. 266, Vila Oliveira Fone/Fax: (43) 3256-1825 Cep: 86.600-000 - Rolândia – Paraná E-mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Projeto elaborado pelo Coletivo da Escola ROLÂNDIA 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · 9.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – MATEMÁTICA...280 ... perfazendo ao final de 3 anos um total de 2.400 horas para

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1

Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva

Ensino Fundamental, Médio e Profissional

Rua Iracema nº. 266, Vila Oliveira Fone/Fax: (43) 3256-1825

Cep: 86.600-000 - Rolândia – Paraná

E-mail: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto elaborado pelo Coletivo da Escola

ROLÂNDIA

2010

2

SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6

2 IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................6

3 HISTÓRICO................................................................................................................7

4 OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.............................................................8

4.1 CURSOS OFERTADOS.............................................................................8

4.2 REGIME DE FUNCIONAMENTO...............................................................8

4.3 CARACTERIZAÇÃO...............................................................................11

5 PERFIL DA COMUNIDADE.....................................................................................20

6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS.....................................................................21

6.1 ESPAÇO FÍSICO......................................................................................21

6.2 INSTALAÇÕES.........................................................................................22

7 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS..........................................25

7.1 OBJETIVOS.............................................................................................25

7.2 IDENTIDADE E METAS...........................................................................27

7.3 CONCEPÇÕES........................................................................................28

7.3.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM.....................................................29

7.3.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..............................................31

7.3.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...............................................33

7.3.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO......................................35

7.3.5 CONCEPÇÃO DE VALORES..................................................37

7.3.6 CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM.............................42

7.3.7 CULTURA / TECNOLOGIA......................................................44

7.4 PRINCÍPIOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.....................................45

7.5 CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA.....................46

3

7.6 INCLUSÃO...............................................................................................47

8 PROPOSTA CURRICULAR.....................................................................................48

8.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO..............................................................48

8.2 SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.........................................51

8.2.1 GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL –

MANHÃ ............................................................................................52

GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL –

TARDE..............................................................................................53

GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL –

NOITE...............................................................................................54

CIÊNCIAS.........................................................................................55

HISTÓRIA..........................................................................................63

MATEMÁTICA...................................................................................74

L. E. M. INGLÊS................................................................................86

EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................95

ENSINO RELIGIOSO......................................................................117

GEOGRAFIA...................................................................................123

LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................132

ARTE..............................................................................................147

8.2.2. ENSINO MÉDIO COM ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS

EM BLOCOS...................................................................................164

GRADE CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO –

DIURNO..........................................................................................165

4

GRADE CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO –

NOTURNO......................................................................................166

MATEMÁTICA.................................................................................167

SOCIOLOGIA.............................................................................. 176

FILOSOFIA......................................................................................180

LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................187

ARTE...............................................................................................197

HISTÓRIA........................................................................................209

QUÍMICA.........................................................................................224

FÍSICA.............................................................................................237

L. E. M. INGLÊS.............................................................................243

GEOGRAFIA...................................................................................255

BIOLOGIA........................................................................................260

EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................268

8.2.3. CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO –

SUBSEQUENTE.............................................................................274

9. PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES..........275

9.1 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – LÍNGUA

PORTUGUESA............................................................................................275

9.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – MATEMÁTICA...280

9.3 ATIVIDADE DE COMPL. CURRICULAR VIVA

ESCOLA.....................................................................................................285

DANÇA E ESCOLA: UM DIÁLOGO COM O CORPO....................285

5

O ESPORTE ANALISADO E VIVENCIADO EM DIFERENTE

PERSPECTIVA................................................................................288

9.4 CELEM - ESPANHOL............................................................................291

9.5 PROJETO SEGUNDO TEMPO.............................................................305

10 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E

DEPENDÊNCIA.........................................................................................................307

10.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...........................................................307

10.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO...............................................................308

11 GESTÃO ESCOLAR............................................................................................310

11.1 PROFESSORES..................................................................................313

11.2 ALUNOS...............................................................................................314

11.3 DIREÇÃO.............................................................................................315

11.4 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA..................................316

11.5 ÓRGÃOS COLEGIADOS.....................................................................317

CONSELHO ESCOLAR..................................................................318

CONSELHO DE CLASSE...............................................................319

A.P.M.F. ..........................................................................................321

GRÊMIO ESTUDANTIL...................................................................321

12 ARTICULAÇÕES EXISTENTES NA ESCOLA....................................................322

13 FORMAÇÃO CONTINUADA................................................................................323

14 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO P.P.P. .............................................324

ANEXOS....................................................................................................................325

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2010..............................................................................326

PROJETO UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS....................................................327

6

1 JUSTIFICATIVA

O presente P.P.P. tem como finalidade assumir um compromisso

coletivo, comprometido com a prática que deve buscar a aproximação entre o saber

elaborado e as características de uma escola pública de qualidade através de um

novo fazer pedagógico condizente com a realidade.

O projeto para implantação da nova proposta curricular de nossa

escola está inserido na LDB. 9394/96, procurando criar uma escola com identidade

própria.

A função primordial da educação no desenvolvimento das pessoas e

das sociedades se amplia ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a

necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos.

Buscamos como nunca a excelência através de novas posturas para os jovens que

ingressarão no mundo do trabalho.

Esta proposta foi elaborada pelo coletivo dos profissionais da

Educação deste Estabelecimento de Ensino, com aprovação da Comunidade

Escolar, com amparo legal da Lei 9394/96, nos artigos 12, 13 e 14.

2 IDENTIFICAÇÃO

• Título:

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Prof. Francisco Villanueva – Ensino

Fundamental , Médio e Profissionalizante.

• Proponente:

Colégio Estadual Prof. Francisco Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e

Profissionalizante.

Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná

• Autores:

Equipe: - Administrativa

7

- Pedagógica

Corpo docente e Comunidade Escolar.

• Localização:

Rua Iracema, nº 266 – Vila Oliveira

Município de Rolândia – Fone/fax: (43) 3256-1825

• Atualização:

Em fevereiro de 2010

• Recursos financeiros:

FUNDEPAR / SEED

3 HISTÓRICO

O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino

Fundamental e Médio, antigo “Grupo Escolar Vila Oliveira”, era situado na Rua

Saguaragi, S/N e foi inaugurado em 18/02/1960, com a então diretora Maria Estela

G. Pesenti.

Em 12/03/1975, foram inauguradas as novas instalações do Grupo

Escolar Vila Oliveira, passando a se denominar Unidade Escola Professor Francisco

Villanueva, situado na Rua Iracema nº 266. Foi edificado com recursos

administrados da Fundação Educacional do Estado do Paraná (FUNDEPAR).

Mudanças de nome da escola:

1960 – Grupo Escolar Vila Oliveira.

1973 – Unidade Escolar Vila Oliveira.

1974 – Grupo Escolar Vila Oliveira.

1975 – Unidade Escolar Professor Francisco Villanueva.

1976 – Escola Professor Francisco Villanueva – Ensino de 1º Grau.

1983 – Escola Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino de 1º Grau.

8

1989 – Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino de 1º e 2º Graus.

1998 – Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino Fundamental e

Médio.

2009- Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva- Ensino Fundamental, Médio

e Profissionalizante.

A escola oferecia escolarização de 1ª a 4ª série do 1º grau,

passando mais tarde a atender também 5ª a 8ª série do 1º grau e três cursos de 2º

grau: Magistério, Auxiliar de Contabilidade e Educação Geral. Hoje atende o

segundo segmento do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, Ensino Médio e o

Ensino Profissionalizante.

4 OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

4.1 CURSOS OFERTADOS

• O Estabelecimento de Ensino oferece os cursos de Ensino Fundamental

Regular – 2º segmento e Ensino Médio Regular Blocado.

• Oferece a Sala de Apoio com atendimento às 5ª séries nas disciplinas de

Português e Matemática.

• Oferece o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).

• O Ensino Profissionalizante no período noturno oferece o curso de Técnico

em Segurança do Trabalho de forma subsequente.

4.2 REGIME DE FUNCIONAMENTO

Ensino Fundamental: 2º segmento (5ª a 8ª série regular)

Diurno

Manhã - 4 turmas de 8ª série;

Tarde - 6 turmas de 5ª série;

- 5 turmas de 6ª série;

9

- 5 turmas de 7ª série.

Noturno

- 1 turma de 6ª série;

- 1 turmas de 7ª série;

- 1 turmas de 8ª série.

Possui uma grade curricular de 25 horas semanais, sendo ministradas 03 aulas de

50 minutos e duas aulas de 45 minutos.

Ensino Médio Blocado:

Diurno

O Ensino Médio no período diurno tem uma grade curricular com 25

horas semanais nas três séries, divididos em blocos. São ofertadas 5 aulas diárias

de 50 minutos cada, distribuídas de segunda a sexta-feira e com controle de

frequência, perfazendo ao final de 3 anos um total de 2.500 horas para cumprimento

da LDB 9394/96, que determina o mínimo de 800 horas anuais em 200 dias letivos.

Turmas

Manhã - 5 turmas de 1ª série blocado;

- 4 turmas de 2ª série blocado;

- 3 turmas de 3ª série blocado.

Noturno

O Ensino Médio no período noturno tem uma grade curricular de 25

horas semanais com 20 horas/aulas semanais nas três séries divididas em blocos,

distribuídas em 3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos com controle de

10

frequência, perfazendo ao final de 3 anos um total de 2.400 horas para cumprimento

da LDB 9394/96, que determina o número de 800 horas anuais em 200 dias letivos.

Turmas

- 4 turmas de 1ª série;

- 3 turmas de 2ª série;

- 3 turmas de 3ª série.

A grade curricular foi elaborada após varias discussões envolvendo

professores e equipe pedagógica, em atendimento às diretrizes curriculares para o

ensino médio.

Estabelecimento de Ensino adota o regime de seriação semestral

blocado, considerando período letivo, aquele cuja duração mínima não poderá ser

inferior ao previsto nas normas legais e diretrizes dos órgãos competentes.

Ensino Profissional:

Tem uma grade curricular com 25 horas semanais dividido em

semestres, totalizando 18 meses e 1.500h/a, sendo que destas 100h/a são

dedicadas ao estágio.

São ofertadas 5 aulas diárias de 50min cada, distribuídas de 2ª a

6ª feira e com controle de frequência em cumprimento à LDB 9394/96.

Turmas

Noturno – 1 turma : 1º semestre

2 turmas: 2º semestre

Horário de Entrada e Saída dos alunos será:

- Turno Matutino – 7h30 min às 11h e 55 min;

11

- Turno Vespertino – 13 horas às 17h e 25 min;

- Turno Noturno – 19 horas às 23h e 10 min.

Obs: Em cada turno haverá um intervalo de 15 minutos para recreio e merenda

escolar.

As classes são organizadas em conformidade com as conveniências

didático-pedagógicas e de ordem administrativa, sendo compostas por alunos de

ambos os sexos a seguir:

- Matutino – 16 turmas de Ensino Fundamental e Ensino Médio Blocado;

- Vespertino – 16 turmas de Ensino Fundamental de 5ª a 7ª séries;

- Noturno – 13 turmas de Ensino Fundamental, Ensino Médio Blocado;

02 turmas de Ensino Profissionalizante.

No início do ano letivo de 2010 contamos com 1.729 alunos

matriculados.

4.3 CARACTERIZAÇÃO

• Dos professores –

A maior parte dos docentes são concursados. Possuem licenciatura

plena e a maioria pós-graduação (especialistas e mestres). São profissionais

comprometidos que sempre estão dispostos a participar dos projetos

interdisciplinares que são desenvolvidos pela instituição. Anteriormente, a

mobilidade era muito grande, mas com as novas nomeações, através de concurso, a

mobilidade de professores diminuiu, dando oportunidade ao estabelecimento de

manter um grupo permanente, mais estável e coeso.

12

FUNÇÃO: PROFESSORES

Língua Portuguesa

Irene Gomes Martins QPM 40 horas EF e EM

Marcelo Cristiano Acri QPM 20 horas EF e EM

Megumi Tuda QPM e SC02 26 horas EF e EM

Olga Cristina Metzger QPM 20 horas EF

Rosimeire Maria Polido QPM 20 horas EF

Sidnei Maldonado Zago QPM 20 horas EF

Silvana Rodrigues Macedo QPM 14 horas EF e EM

Soraya Regina Vicente QPM 20 horas EF e EM

Soraya Rosa QPM 06 horas EM

Língua Portuguesa – Sala de Apoio

Rosimeire Maria Polido SC02 08 horas EF

MatemáticaAdriane Garcia de Oliveira QPM 08 horas EF

Giovana Aparecida Barreis QPM 20 horas EF

Ilton Gonçalves Barbosa QPM 20 horas EF

Maria Cesira Pin QPM e SC02 22 horas EF e EM

Meire Regina L. da Silva QPM 20 horas EM

Nilton César G. Salgueiro QPM 42 horas EF e EM

Paulo Sérgio Fiorini SC02 15 horas EF

Rosani Nandi Mologni SCO2 15 horas EM

Tânia Mara Cazado Felix REPR 05 horas EF

Valmira Ferreira Neves QPM 20 horas EF

Matemática – Sala de Apoio

Madson Albertini Bruno REPR 10 horas EF

13

Ciências

Giselle Midori Simizu QPM e SC02 21 horas EF

Maria Carolina Calderan QPM e SC02 22 horas EF

Meire Regina L. da Silva QPM 20 horas EF

Geografia

Aline Aparecida Pavani REPR 10 horas EF

Aparecida de Cássia S. Segalla REPR 15 horas EF

Carlos Sérgio da Silva QPM 40 horas EF e EM

Jerri Augusto da Silva QPM 10 horas EM

Maria Aparecida da Silva

Trotsdorf

REPR 25 horas EF

Neuza Aparecida P. Schuster QPM 05 horas EF

Priscila Benetoli REPR 11 horas EF

Rodrigo Antônio Neves QPM 20 horas EM

Vania Ferreira Lopes Georg SC02 15 horas EF

História

Alessandra Cristina Men QPM 20 horas EM

Amanda Aparecida Moura REPR 25 horas EF e EM

Débora Rocha Marino QPM e SC02 25 horas EF e EM

Edenilce Piveta Fernandes QPM 20 horas EF e EM

Lara Denise Neves Tenczna QPM 20 horas EF e EM

Luciana Vanessa Amaral QPM e SC02 26 horas EF

Neuza Aparecida Petrin QPM 35 horas EF

14

Arte

Alessandra Aparecida Signori QPM 20 horas EF e EM

Camila de Mello Carnelo REPR 25 horas EF e EM

Edvandro Luise Sombrio REPR 25 horas EF e EM

Joice Rocha Aparecido REPR 25 horas EF e EM

Letícia Rodrigues Tinoco REPR 10 horas EF

Educação Física

Alessandro Barbosa REPR 03 horas EF

Débora Regina Ferreira QPM e SC02 25 horas EF e EM

Nalígia Roberta de Souza REPR 03 horas EF

Reginaldo Marques QPM 25 horas EM

Rinaldo Versan Pimentel REPR 19 horas EF

Rosiwedy Rodrigo da Silva REPR 22 horas EF

Vera Lúcia Franco QPM 25 horas EF e EM

Vera Modkowski Nogaroto QPM 20 horas EF e EM

Ensino Religioso

Ivone da Silva Batista REPR 09 horas EF

Luciana Vanessa Amaral SC02 02 horas EF

Neuza Aparecida Petrin QPM 02 horas EF

15

Inglês

Cleonice Aparecida Ranucci REPR 07 horas EF e EM

Cristina Aparecida de Souza REPR 04 horas EF

Débora Cristina Scarate QPM 20 horas EM

Ivanete Maria Valentim QPM 10 horas EF

Ivone da Silva Batista REPR 07 horas EF

Luciana de Souza Bizetto QPM 20 horas EF

Tânia Cristina Vicente1 QPM 40 horas EF e EM

Química

Maria de Lourdes Santana2 QPM 40 horas EM

Ricardo Pires QPM 15 horas EM

Shamia Patrícia Silveira REPR 10 horas EM

Física

Marcio José Pedroso de Assis REPR 10 horas EM

Maria Cesira Pin SC02 10 horas EM

Ricardo Pires QPM 25 horas EM

Adriane Garcia Grisante QPM 10 horas EM

Biologia

Paulo Sérgio Fiorini SC02 05 horas EM

Renata Quintino Montalvão QPM e SC02 30 horas EM

Sandra Regina da Silva QPM 20 horas EM

Filosofia

1 Professora afastada para PDE.2 Professora afastada para PDE.

16

Daniela Bizetto REPR 40 horas EM

Sociologia

Gregório Antônio Fominski REPR 11 horas EM

Sílvia C. Longuin Mota QPM e SC02 29 horas EM

Professor da Lei 15308/06

Anselmo Ludwig QPM 20 EF e EM

Idalina Zorzetti QPM 20 EF

Sâmia Hanna T. Quinhone QPM 20 EM

Língua Estrangeira Moderna - Espanhol

Fernanda Assis de Almeida QPM 20 horas CELEM

Higiene do Trabalho

Cristina Fernandes Nunes REPR 03 horas EP

Adriana Ferreira da Silva REPR 03 horas EP

Administração em Seg. Do Trabalho

Meire Mancan Galbero REPR 04 horas EP

Segurança do Trabalho

Karen Tanji Xavier Pereira REPR 10 horas EP

Comunicação e Educação em Segurança do Trabalho

Megumi Tuda SC02 03 horas EP

Desenho Arquitetônico em Segurança do Trabalho

Rangel Luis Bayerl REPR 03 horas EP

17

Informática em Segurança do Trabalho

Ana Clara Kapan Fernandes REPR 04 horas EP

Legislação em Segurança do Trabalho

Karen Tanji Xavier Pereira REPR 06 horas EP

Psicologia do Trabalho

Karen Tanji Xavier Pereira REPR 03 horas EP

Primeiros Socorros

Cristina Fernandes Nunes REPR 03 horas EP

Fundamentos do Trabalho

Gregório Antônio Fominski REPR 03 horas EP

Processo Indústria e Segurança

Melyne Zavatto Berbel REPR 05 horas EP

Técnica de Utilização de Equipamento de Medição

Melyne Zavatto Berbel REPR 05 horas EP

Doenças Ocupacionais

Karen Tanji REPR 04 horas EP

Prevenção e Cont. Riscos e Perdas

Adriana F. Da Silva REPR 04 horas EP

• Dos funcionários -

18

O quadro de funcionários antes denominado Serviços Gerais, hoje

Agente Educacional I, tem apenas três concursados (QFEB), e os demais

contratados através da CLT, Paraná Educação e temporariamente através do

Processo Seletivo Simplificado. Esta rotatividade é um dos fatores que prejudica o

bom andamento do trabalho escolar. A maioria destes funcionários têm Ensino

Médio.

O quadro de Agente Educacional II, antes Auxiliar Administrativo,

possui seis concursados (QFEB) e os demais contratados temporariamente pelo

PSS. Todos os funcionários possuem curso superior em áreas diversificadas.

Para ambos os agentes, começaram a ser ofertados cursos de

aperfeiçoamento, visando a capacitação em suas funções específicas e alguns

funcionários concursados começarão a próxima etapa do Profuncionário.

Apoio – Secretária

Rosimeire Viali QFEB 40 horas

Técnico – Administrativo

Cleudecil de Moraes Júnior QFEB 40 horas

Edna Aparecida Carriel QFEB 40 horas

Emerson de Marque Pereira QFEB 40 horas

Renata de Moraes Batista QFEB 40 horas

Sandra Maria Santana QFEB 40 horas

Rodrigo Cesar Barbieri QFEB 20 horas

Vilmara Pires Batista QFEB 20 horas

Wagner Luis Tavares Petrin QFEB 20 horas

Apoio – Auxiliar de Serviços Gerais

Alice Aparecida Ferreira QFEB 40 horas

19

Angelita Alves Costa READ 40 horas

Dorca Fernandes Dias READ 40 horas

Irene Maria de Almeida CLAD 40 horas

Joana Samuel Ferrari CLAD 40 horas

Juliana da Silva Santos READ 20 horas

Luci Dantas READ 40 horas

Mara Aparecida Bello QFEB 40 horas

Mara Cristina Godoy Fonseca PEAD 40 horas

Maria Alice T. Sorpreso QFEB 40 horas

Régis Kleber Rodrigues PEAD 40 horas

Rosangela Silva Roma READ 40 horas

Silvana da Silva PEAD 40 horas

Simone Corte PEAD 40 horas

Suely Marta Silvério PEAD 40 horas

• Da Equipe Pedagógica –

A equipe é formada de 6 profissionais, todos os pedagogos, sendo 4

concursados para a função e 2 transposição de função.

É uma equipe que realiza um trabalho integrado, buscando a

homogeneidade de ideias.

Equipe Pedagógica – Professoras Pedagogas

Elsa Trevizan QPM 20 horas

Márcia Salette Zavatto QPM 20 horas

Luzinete Lindolfo Bizetto REPR 20 horas

Rociney A. de Leão Peters Godinho QPM 20 horas

Simone Cristina da Conceição Andrade3 QPM 20 horas

Débora Alves Batista QPM 20 horas

Coordenador de Curso

3 Professora pedagoga afastada para PDE.

20

Marcia Salette Zavatto QPM 10 horas

Coordenador de Estágio

Márcia Salette Zavatto QPM 10 horas

Professor de 1ª a 4ª série

Maria Aux. C. de Lima QPM 20 horas

Professor de Disciplinas Técnicas

Maria Aux. C. De Lima QPM 20 horas

5 PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA

• Da Comunidade –

Nossa comunidade escolar tem um nível socioeconômico baixo,

onde a maioria é oriunda de lares de estruturas diversificadas, tais como: alunos que

moram só com a mãe ou com o pai; alunos que moram com os avós, tios, amigos;

alunos “nômades”, que mudam de lar constantemente, (moram um tempo com a

mãe, depois com o pai, etc). Tudo isso acarreta uma desestrutura sócio-emocional

que influencia radicalmente na postura do aluno. São fatos constatados pelos

atendimentos realizados pela equipe pedagógica e dados retirados das matrículas.

• Do aluno –

A comunidade é em sua maioria carente, os nossos alunos

apresentam um perfil diversificado. Poucos alunos apresentam bom rendimento e

interesse, percebendo a importância dos conhecimentos para o seu progresso

pessoal. Alguns conseguem visualizar que o conhecimento pode auxiliá-lo na

melhoria de sua qualidade de vida.

Desta forma, alguns alunos não encaram os estudos com a

seriedade necessária. Eles vêm em busca de um certificado que o habilite a atuar no

mercado de trabalho do momento. Ele não consegue perceber que a realidade do

21

mundo do trabalho está em constante mutação. Os desafios são constantes e os

mais variados, o aluno tem que estar preparado para resolver as situações

problemas que se apresentarem, encontrando soluções viáveis para todas.

O nosso aluno não tem como hábito a leitura, tem dificuldade de

interpretação e de sintetizar os conteúdos trabalhados pelo professor, talvez, porque

estes conteúdos e a forma de ministrá-los não encontrem eco na sua vida cotidiana,

gerando a indisciplina e o desinteresse, a revolta, a falta de concentração; o que

leva muitas vezes à repetência e evasão escolar. Por consequência, ele tem

dificuldade em interpretar as leis, as ordens, as notícias dos jornais falados e

escritos, o discurso do político não analisa e não interpretam as leis, as ordens, as

notícias dos jornais falados e escritos, o discurso do político; portanto, se torna um

indivíduo alienado às questões sócio políticas da sociedade.

6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

6.1 ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva passou por um

processo de reforma estrutural em 2005.

A área do terreno é de 10.000m, sendo 2.900m de área construída.

A parte física da escola é dividida da seguinte forma:

• 19 salas, sendo:

- 16 salas de aula;

- 1 laboratório de ciências;

- 1 laboratório de informática;

- 1 biblioteca.

• 1 cozinha anexa a 1 refeitório com capacidade para

aproximadamente 300 alunos;

• 4 banheiros para alunos, sendo 2 femininos e 2 masculinos;

22

• 2 banheiros para professores e funcionários, sendo 1 feminino e 1

masculino;

• 1 banheiro para funcionários;

• 1 sala de apoio;

• 1 sala da equipe pedagógica;

• 1 sala de direção;

• 2 salas conjugadas para secretaria;

• 1 depósito para materiais didáticos;

• 1 sala para fotocópia;

• 1 sala de professores;

• Pátio coberto;

• 1 quadra de esporte não oficial;

• 1 estacionamento para carros;

• 1 cantina comercial.

6.2 INSTALAÇÕES

a) Salas de aula

São 16 salas de aula utilizadas integralmente em período diurno e

15 utilizadas no período noturno.

Todas as salas estão em condições de uso, exceto as carteiras que

estão inadequadas ao tamanho dos alunos e em péssimas condições de

conservação por serem muito antigas, pois não houve reposição nos últimos anos. O

número de carteiras é insuficiente gerando transtornos em todos os turnos.

O número de alunos matriculados muitas vezes excede a

capacidade da sala de aula provocando problemas principalmente de ventilação.

Ao implantarmos a sala de apoio havia espaço adequado, mas com

o aumento da demanda, este espaço é improvisado e comporta de forma

inadequada o número de alunos que necessitam deste atendimento.

23

b) Laboratório de Ciências

O espaço foi reformado e adequado a sua utilização com

materiais específicos ao uso do laboratório, exceto microscópios e decodificador.

Falta o mobiliário adequado como mesas, armários, etc, bem como materiais de uso

para pesquisa.

c) Laboratório de Informática

O colégio possui o laboratório de informática do Paraná Digital,

destinado a uso exclusivo do professor para pesquisa e projetos com alunos;

laboratório do PROINFO, para uso de alunos.

d) Biblioteca

A biblioteca funciona em espaço inadequado. As instalações são

pequenas, necessitando da construção em um local apropriado e de fácil acesso,

tanto para os alunos, quanto para professores e comunidade.

O acervo está sendo renovado de acordo com o “Programa da

biblioteca do aluno e do professor”. O colégio recebeu algumas obras do Programa

Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), mas o acervo é insuficiente para o número de

alunos.

e) Cozinha

O espaço físico não é apropriado, apesar de termos uma cozinha

equipada. A despensa onde são armazenados os alimentos é pequena.

A localização da cozinha é inadequada, pois fica muito próxima às

salas de aula e serve de acesso ao refeitório, para os alunos, nos dias de chuva.

f) Refeitório

24

Com capacidade para 300 alunos, quando a demanda é de 640

alunos por período. A ventilação é inadequada e não há mobiliário. Dispomos

apenas de alguns bancos e mesas.

g) Sala de Equipe Pedagógica

Falta um espaço reservado para atendimento individualizado aos

pais, alunos ou professores.

h) Pátio coberto

Não comporta o número de alunos por período e a cobertura

apresenta problemas estruturais.

i)Quadra de Esportes coberta

Contempla: futsal, basquete, handebol e voleibol.

j) Quadra de esportes não oficial

Existe apenas uma quadra não coberta para a prática de Educação

Física, não atendendo a demanda.

j) Cantina Comercial

É de responsabilidade da APMF e seu funcionamento é autorizado

pelo NRE. O atendimento é realizado nos horários de recreio dos alunos.

Equipamentos disponíveis para atendimento da demanda:

• 16 TV pen drive;

• 02 retroprojetores;

• 01 TV;

• 04 DVD's;

• 01 data show;

25

• 04 rádios – CD;

• 01 tela de projeção;

• 24 computadores – Paraná Digital;

• 18 computadores - PROINFO

• 03 impressoras;

• 03 caixas de som;

• 01 microfone.

7 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS

7. 1 OBJETIVOS

Tendo por base o artigo 22 da LDB 9394/96 que diz “A Educação

Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação

comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para

progredir no trabalho e estudos posteriores”.

Temos como objetivos:

- Garantir igualdade de condições para acesso e permanência na

escola, inclusive aos alunos com necessidades especiais, adolescentes em

situações de risco, respeitando as diversidades culturais.

- Garantir ao educando a contextualização do saber científico,

levando-o a ter consciência sobre seus modelos de explicação e

compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a

determinados contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque

num processo de desconstrução de conceitos e reconstrução/apropriação de

outros. “Não existe saber que não seja a expressão de uma vontade de

poder. Ao mesmo tempo, não existe poder que não se utiliza do saber,

sobretudo de um saber que se expressa como conhecimento das populações

e dos indivíduos submetidos ao poder”.

26

- Promover a interdisciplinaridade por meio da articulação de

conceitos e metodologias afins, que relacionam as disciplinas as quais

comandarão o processo investigatório de um determinado conteúdo escolar.

- Oportunizar a qualificação profissional de forma continuada a

todos os profissionais envolvidos na Educação, para a melhoria da Qualidade

de Ensino e de seu compromisso com o que fazem.

- Conduzir a unidade escolar dentro de uma gestão democrática

em que a tomada de decisões envolve a comunidade escolar, respeitando as

especificidades técnicas dos profissionais que dela fazem parte.

- Incrementar atividades extraclasse, nas quais grupos de pais e

professores de qualquer especialidade disponham-se a desenvolver

atividades que complementam e enriqueçam o currículo escolar.

- Garantir no Ensino Fundamental, de acordo com o artigo 32 da

LDB. 9304/96:

I. A formação básica do cidadão mediante o desenvolvimento da capacidade

de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, escrita e

do cálculo;

II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia das Artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e

valores;

IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;

- Garantir no Ensino Médio, de acordo com artigo 35º da LDB.

9394/96:

I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade

a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

27

III. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico;

IV. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada

disciplina.

7.2 IDENTIDADE E METAS

Repensar o papel da escola diante do acelerado processo de

integração e re-estruturação capitalista mundial se torna um grande desafio. Esse

novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a re-estruturação

do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a

organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, refletindo na qualificação

profissional e consequentemente nos sistemas de ensino e nas escolas.

Essas transformações ocorrem em escala mundial, num conjunto de

acontecimentos e processos que acabam por caracterizar novas realidades sociais,

políticas, econômicas, culturais, jurídicas, religiosas, éticas, estéticas, afetivas e

geográficas que produzem e reproduzem as desigualdades sociais.

Todas essas mudanças atingem o sistema educacional exigindo

novas adequações no ensino, investimentos na formação dos profissionais,

capacitação continuada para professores, para que os alunos possam ser

preparados para interagir na sociedade como agentes participativos e

transformadores.

A revolução tecnológica que aparece na mídia, nos computadores,

nas redes de informações, nos telefones celulares, atinge a poucos, não permitindo

à maioria da população usufruir desses recursos, aumentando a exclusão social.

Nessa ótica, o papel importante da escola e dos profissionais da educação será no

sentido de propiciar condições intelectuais, ampliar condições de capacidade crítica

e reflexiva em relação à difusão do saber científico e da informação.

28

A informação é o caminho e o instrumento de aquisição de

conhecimento, que ao ser analisada, interpretada, não exerça o domínio sobre a

consciência e a ação das pessoas.

No campo político, a crença ou a descrença da ação pública lança

novas perspectivas sobre o sentido da cidadania, uma vez que se faz necessário

educar para a participação, para o reconhecimento das diferenças, para diversidade

cultural, para os valores e direitos humanos.

No campo da ética, nossa sociedade convive com a crise de valores,

centrado no interesse pessoal, na vantagem, na eficácia, sem referência a valores

humanos como a dignidade, a solidariedade, a justiça, a democracia, o respeito à

vida. Nessa visão, é preciso a colaboração da escola para a formação ética nas

ações do cotidiano, nas formas de relação entre os povos, etnias e grupos sociais no

meio ambiente, na luta contra a violência, o racismo à segregação social e os

direitos humanos.

A escola contemporânea, diante dos problemas da realidade

brasileira, do município dentro do estado e das necessidades da população, deve

propor-se a desenvolver um currículo centrado na formação geral continuada de

sujeitos pensantes e críticos na formação da cidadania e na formação ética.

A escola necessária diante dessa realidade aqui apresentada prevê

formação cultural e científica, possibilidade de contato dos alunos com a cultura,

provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética e pela ética.

Especialmente uma escola de qualidade, uma escola contra a exclusão econômica,

política, cultural e pedagógica.

7.3 CONCEPÇÕES

Perspectivas Construtivas Sócio-Interacionistas

29

Os processos de globalização do mundo econômico e da

mundialização da cultura, desencadeados pela sociedade tecnológica em que

vivemos, recolocam as questões da sociabilidade humana em espaços cada vez

mais amplos, trazendo questões de identidade pessoal e social cada vez mais

complexas.

Nas últimas décadas, novas formas de convivência humana foram

se desenvolvendo, novos paradigmas foram colocados, dessa forma, busca-se um

novo modelo explicativo da sociedade atual.

O conhecimento do homem é continuamente transformado pelas

novas informações que ele recebe e pelas experiências pelas quais passa no mundo

de hoje.

A escola, a instituição que propicia ao indivíduo a formação integral,

transmitindo-lhe valores éticos e morais aliados ao conhecimento científico e cultural

deve contribuir para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para

interpretarem fatos naturais e compreenderem procedimentos e equipamentos do

cotidiano social e profissional, proporcionando o entendimento histórico da vida

social e produtiva. No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente,

faz-se necessário que a educação conduza o processo ensino-aprendizagem de

forma a auxiliar no desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa

para que o homem possa adaptar-se à realidade. Daí a necessidade de se

assegurar maior flexibilidade à construção do currículo, à metodologia empregada

para seu desenvolvimento, bem como os processos de avaliação.

7.3.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM

“A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa

humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um

projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo,

como sujeito histórico transformador de seu próprio destino”, (BOFF, 2000).

30

Reafirmando a citação, a construção da cidadania envolve um

processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de

reconhecimento desse processo em termos de direitos de deveres.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se

tornar cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção

político, social e cultural.

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na

sociedade com o outro, nas relações familiares, comunitárias produtivas e também

na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas

diversas esferas da sociedade.

O homem como sujeito da sua história compreende suas condições

existenciais, transcende-as e as reorganiza, superando a condição de objeto,

caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.

Segundo Saviani (1992), o homem é um ser natural e social, ele age

na natureza, transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse

processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado

momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele

produz conhecimentos. Sua ação intencional é planejada, mediada pelo trabalho,

produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diversas formas

pelo homem.

A sociedade globalizada prioriza o cidadão criativo, inventivo,

qualificado para o trabalho a apto para a produtividade e quem não estiver dentro

destes parâmetros, pode estar fadado à exclusão social, através do desemprego.

O sistema educativo tem por missão preparar cada indivíduo ao

longo de toda vida para participar ativamente num projeto de uma sociedade

responsável e solidária.

A escola tem o propósito de preparar o aluno para elaborar

pensamentos autônomos e críticos, formular seus próprios juízos de valor, traçar seu

projeto de vida para atuar dignamente na família, na escola e na sociedade. Deve

aprender precocemente informações para que ele possa perceber as necessidades

31

do mundo globalizado e que, ao iniciar uma atividade, a mesma tenha terminalidade

no estudo, no trabalho e no mundo tecnológico.

O papel da escola nessa concepção de cidadão é de contextualizar

a aprendizagem sobre o saber do censo comum como ponto de partida para

aperfeiçoar novos conhecimentos sistematizados e possa compreender e aplicar o

conhecimento científico, assumindo assim o papel de cidadão como agente

transformador:

“O papel que se espera da escola é que possa colaborar na formação do cidadão pela mediação do conhecimento científico, estético e filosófico”, (VASCONCELOS, 1995).

O essencial é a mudança de atitude, de postura da escola e do

professor.

O condicionamento da realidade sobre a consciência do sujeito só

poderá avançar quando se tentar concretizá-la e transformar objetivamente a

realidade:

“São sujeitos que fazem a transformação na história, pela ação organizada e coletiva do mundo, embora sob condições que herdaram e não escolheram”, (MARX, 1986).

7.3.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Com as mudanças relacionadas ao processo de globalização da

economia capitalista ocorridas no plano sócio-político e econômico, a dinâmica e a

estrutura familiar vem sofrendo cada vez mais interferências e consequentes

modificações em seu padrão tradicional de organização. Assim, o conceito de família

deve ser entendido em um âmbito diversificado e em constante movimento.

Estamos caminhando na direção de um mundo interdependente, no

qual qualquer fato que ocorra em uma determinada região terá influência no restante

do planeta.

32

A modernidade experimenta uma progressiva interpenetração entre

o nacional e o internacional, o global e o local.

Cada vez mais a sociedade e a escola precisam estar em

interlocução constante, uma e outra interagindo na busca de uma sociedade justa,

superando os paradoxos ocasionados pela globalização. Ao mesmo tempo em que

está conectada com as tendências mundiais, a escola deve estar sintonizada com a

comunidade na qual está inserida, falando sua linguagem e lidando com as questões

próprias desse ambiente.

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no

trabalho concreto dos homens que criam novas possibilidades de cultura e do agir

social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base

econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona

a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis

históricas que regem o desenvolvimento da sociedade.

A nova sociedade decorrente das revoluções tecnológicas e seus

desdobramentos na produção e na área da informação requer cada vez mais

competências desejáveis ao pleno desenvolvimento humano e à qualificação do

profissional na indústria.

O compromisso de uma sociedade democrática e com a extensão

da cidadania, associa os conhecimentos à concepção de uma educação para a

liberdade, que proporcione autonomia e a desalienação, tendo por base a

humanização dos processos sociais.

Atualmente se vive numa sociedade consumista, elitista, geradora

de violência, onde se acentuam as diferenças entre as classes sociais, permitindo

que haja no país a bipolaridade social.

Diante de uma sociedade excludente e injusta, busca-se resgatar os

valores morais e éticos para que esta seja mais justa, igualitária, digna, onde os

cidadãos tenham participação nas decisões das normas que regem o país e que

realmente as leis sejam cumpridas na íntegra.

33

Para contribuir no processo de superação da discriminação e da

construção de uma sociedade livre e fraterna, cabe ao processo educacional,

desenvolver atitudes e valores voltados para a formação de novos comportamentos,

atitudes e conhecimentos que cooperem na transformação da situação atual.

Através da educação, o indivíduo se torna mais consciente de suas

raízes a fim de dispor de referências que lhe permitam situar-se no mundo.

A missão centra-se na classe popular de baixa renda, onde a falta

de oportunidades gera a fome e a violência e que a sociedade vigente marginaliza,

exclui ignorando o direito de cidadania.

O conceito de família deve ser entendido em um âmbito diversificado

e em constante movimento. As transformações fazem parte do processo de

reestruturação que a família tem sofrido, o qual pode agilizar o sentimento de

segurança das pessoas, com a falta ou a diminuição da sociedade familiar, a falta de

estabilidade econômica e emocional que interfere e desestrutura a vida dos filhos.

A meta desta instituição é formar um cidadão crítico, sujeito de sua

história e participativo, numa sociedade onde é capaz de interferir para adaptar o

que aprendem, mantendo seu espírito de coletividade e construir seu próprio

conhecimento.

7.3.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A identidade de uma escola é atrelada à identidade de seus

segmentos. Não se pode pensar em um estabelecimento de ensino sem pensar em

seus professores, alunos e funcionários. Quem são eles? Quais são suas posturas

diante da vida? O que fazem para que a instituição seja reconhecida e tenha

referência positiva?

As gerações passadas outorgaram à escola o privilégio de ser o

lugar destinado à educação. Mas, atualmente esse título se tornou insignificante,

pois o mundo tem se transformado numa trama complexa de sistemas aprendentes,

de ambientes que propiciam experiências de conhecimento.

34

Mergulhamos em tão pouco tempo na sociedade da informação, na

era das redes, e sua interferência na empregabilidade e exclusão social do

indivíduo. Essa sociedade é irreversível e com certeza não espera por ninguém.

Será que a escola terá algum dia condições necessárias e

suficientes dentro da lógica que o mercado requisita de modo cada vez mais

exigente com relação à competência, criatividade e a produtividade de acompanhar

com tamanha rapidez e com êxito essa sociedade?

Neste contexto, a privação da educação, por mais insuficiente que

seja, se tornou uma causa mortis inegável, todavia, ninguém terá sucesso e mesmo

se manterá nele em uma sociedade se não tiver flexibilidade adaptativa.

Ciente de seu papel e consciente de que não é a única instância

educativa, a escola deve formar indivíduos que saibam o que querem e queiram o

que reconheçam como correto e verdadeiro, exercendo constantemente sua

autodefinição em busca da felicidade individual e coletiva, propiciando experiências

de aprendizagem, reconhecíveis como tais pelos sujeitos envolvidos.

Essa educação deve buscar a qualidade, isto é, desenvolver o

processo crítico de aprendizagem de seus educandos; e buscar a permanência dos

mesmos no sistema e evitar a sua reprovação e a sua evasão. Priorizando e

empenhando pela melhoria contínua dos processos pedagógicos, técnicos e

administrativos da escola.

Esse é o compromisso dos profissionais que atuam no Colégio

Estadual Prof. Francisco Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e Profissional da

cidade de Rolândia.

Portanto, almejamos a efetivação de uma escola na qual possamos

construir juntos as nossas regras, fazendo das mesmas a expressão das nossas

aspirações e expectativas; um lugar em que há concepção, efetivação e avaliação

de projetos educativos, visto que o trabalho pedagógico que construímos deve

atender aos interesses, às expectativas e, principalmente, às necessidades da

clientela que atendemos; e isso implica no profundo conhecimento de nosso

alunado, implica em mudarmos sempre que as necessidades de nossos educandos

assim exigirem, implica em estarmos sempre de acordo com nosso tempo e nosso

35

espaço. Pois, a sociedade não quer simplesmente que a criança, o adolescente e o

jovem frequentem a escola, quer que ela/ele vá à escola para aprender o que tem de

aprender, no momento em que tem de aprender, mas que também seja feliz. A

felicidade sintetiza a grande aspiração que a sociedade tem com relação à escola.

Para que isso aconteça, necessitamos de um canal permanentemente aberto de

comunicação com alunos e comunidade.

Diante disso, compreendemos que o sucesso de nossa escola só

poderá ser visualizado através do sucesso de nossos educandos.

O maior desafio da educação é investir numa escola expandida fora

de seus limites, totalmente integrada à sociedade, onde todo o sistema deve ser

centrado no desenvolvimento do caráter dos valores e na formação de cidadãos

conscientes, capazes de ajudar a criar uma sociedade melhor para todos. Para

tanto, o ensino deve ser voltado aos que estão comprometidos com a educação,

assegurando que estejam aprendendo tudo que acontece ao seu redor, os erros, os

acertos, as coisas que observam na sua realidade e estarem continuamente

evoluindo e aprendendo.

7.3.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as

relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido

nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de

seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações, porque o

trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do conhecimento.

Segundo Marx e Engels, “a classe que tem à disposição os modos de produção

material, controla concomitantemente os meios de produção intelectual, de sorte

que, por essa razão, geralmente as ideias daqueles que carecem desses meios

ficam subordinadas a ela”, (FRIGOTTO, 1993, p. 67).

36

Ainda neste sentido, Andery (1998, p. 15) confirma que “Nesse

processo do desenvolvimento humano multi-determinado e que envolve inter-

relações e interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base

econômica será o determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento

humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético,

pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem

sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e

das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento mudando, portanto, a forma de inferir na realidade. Essa

interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização

do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme

Veiga (1995, p. 27).

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação

do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos

alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e

generalizações sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.

Para Boff, “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir

dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer,

portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o

conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a

conversão do conhecimento em ação”, (2000, p.82).

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social

gerando mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo

sempre uma intencionalidade.

Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de

alguma coisa, é sempre 'intencionado', isto é, está sempre dirigido para alguma

coisa”, (2003, p. 59).

37

Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar,

pois como destaca Severino, “educar contra ideologicamente é utilizar, com a devida

competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que

efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua

existência real”, (1998, p. 88).

No processo de conhecimento, o educando vai se apropriar de um

saber que é histórico-cultural partilhado por um grande número de elementos e isto

será uma experiência peculiar, sendo que a aprendizagem e o conhecimento

construído pelo aluno terão sempre também um caráter pessoal, intransferível.

O condicionamento da realidade sobre a consciência do sujeito só

poderá avançar quando se tentar concretizá-la, transformando objetivamente a

realidade.

Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo,

encaminhando-o a níveis abstratos, formais e sistematizados, valorizando as

competências e habilidades cognitivas e afetivas básicas do contexto do aluno, para

compreensão do saber escolar e atingir o saber científico, num processo

permanente de formação de capacidades intelectuais superiores.

Se quiser que se altere a ação do sujeito, é preciso agir sobre o

desejo, a necessidade, o saber e o ter, e isso só se dará pelo saber, porque é o

recurso de que dispomos enquanto equipamento de consciência.

7.3.5 CONCEPÇÃO DE VALORES

Todas as sociedades buscam desenvolver meios de preservar suas

formas constituídas de viver coletivamente.

O caráter social dos seres humanos é um processo, uma

construção, da qual participa cada indivíduo nas relações com os outros. Ao agir no

mundo, construindo sua vida, na relação com os outros, o ser humano o faz com

vistas a sua expectativa de vida, sendo que os diversos valores, normas e modelos

de comportamento que o indivíduo compartilha, nos diferentes meios sociais a que

38

está integrado ou exposto, colocam-se em jogo nas relações diárias. E na escola,

instituição pela qual se espera que passem todos os membros da sociedade, veicula

valores na vida das pessoas e encontra seu limite na legitimidade que cada um dos

indivíduos e a própria sociedade que conferem a ela.

Portanto, nesta escola, como um espaço de práticas sociais, os

alunos não apenas entram em contato com valores determinados, também

aprendem a estabelecer hierarquia entre valores, ampliando sua capacidade de

julgamento e a consciência de como realizar suas escolhas. É também um lugar

onde cada aluno encontra a possibilidade de se instrumentalizar para a realização

de seus projetos de vida.

E, assim esta escola busca formar um aluno que saiba compreender

sua cidadania como participação social e política, compreendendo seus direitos e

deveres políticos, civis e sociais, adotando atitudes de respeito, justiça e verdade.

Portanto, o convívio nesta escola será organizado de maneira que os conceitos

acima citados sejam vivenciados e compreendidos pelos alunos como aliados à

perspectiva de uma vida ideal.

O respeito se traduz pela valorização de cada indivíduo em sua

singularidade. E ganha seu significado mais amplo, quando se realiza como respeito

mútuo; ao dever de respeitar o outro, articula-se o direito, a exigência de ser

respeitado.

O respeito traz consigo, as ideias de individualidade e alteridade, ou

seja, cada indivíduo deve ter a consciência de que o que cada pessoa faz de si

própria revela-se na presença do outro como constituinte de sua existência social.

O respeito é condição primordial para que haja uma convivência

harmoniosa em qualquer ambiente social.

No que se refere ao ambiente escolar, o convívio com respeito é a

melhor experiência que pode ser oferecida aos alunos. Esse valor se traduz no

tratamento que é dado aos conteúdos escolares, tendo em vista o respeito ao direito

de aprender dentro de sua individualidade; e nas relações de convivência diária da

escola, que envolve todos os membros da comunidade escolar.

39

Esse direito só pode ser usufruído pelo aluno quando o mesmo é

visto como sujeito ativo e participativo do seu conhecimento, valorizado na sua

identidade e diversidade. Neste sentido, o professor planejará suas aulas tendo em

vista o conteúdo como um meio de desenvolver competências e valores, portanto,

será trabalhado de forma contextualizada.

Ainda em respeito ao direito do aluno de aprender, será

rigorosamente cumprido o limite estabelecido de horas e dias letivos previstos no

Regimento Escolar em consonância com o artigo 34 da LDB. Bem como

cumprimento rigoroso do horário de início das atividades desta escola, quer seja da

aula propriamente dita, ao horário de trabalho de todos os funcionários desta escola.

Partindo do pressuposto que o respeito deve ser mútuo, esta escola

visa desenvolver através de exemplos, atitudes e valores que venham corroborar

para a mudança de postura dos alunos. Atitudes estas que poderão ser observadas

no aluno através do cumprimento de horários de aulas e de tarefas, na valorização e

conservação do bem comum, no tratamento respeitoso com professores, colegas e

funcionários desta escola, e que estas atitudes possam repercutir na vida do aluno,

transformando o ambiente em que vive.

A justiça é importante na formação do cidadão quer seja no convívio

social ou na vida política.

No convívio social, a importância da justiça está nos

questionamentos que se faz sobre atitudes tomadas que afetam a vida das pessoas,

enquanto que na vida política a importância da justiça está em formar uma

sociedade democrática e justa, inspirada nos ideais de igualdade e equidade.

O princípio da justiça traduz-se na busca de igualdade de direitos e

de oportunidades, considerando as condições concretas das situações e dos

sujeitos envolvidos para o julgamento do que é justo ou injusto. Nesse contexto,

essa escola busca contribuir para que os alunos desenvolvam a capacidade de se

pautarem pelo princípio da justiça de modo autônomo, uma vez que a escola deve

compreender a justiça com clareza e imparcialidade, pois só assim apontará o

caminho correto para alunos que estão em fase de construção de valores.

40

Um outro valor de suma importância é a verdade, pois sem ela não

se encontra nem o respeito e muito menos a justiça. Pois quem acredita na justiça

de uma pessoa que falta com a verdade, ou como podemos respeitar uma pessoa

que se utiliza de mentiras para se fazer respeitar? Acreditamos que, ao reforçar

esses valores, estaremos contribuindo para a formação do cidadão, quer seja no

convívio social ou na vida política.

A prática administrativa e pedagógica da escola, as formas de

convivência no ambiente escolar, os mecanismos de formulação e das situações de

aprendizagem, os procedimentos de avaliação relacionados aos valores acima

citados deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos e

princípios inspiradores da Constituição e da LDB, que fundamentam a Educação

Básica organizada sob três princípios: a estética da sensibilidade, a política da

igualdade e a estética da identidade.

A estética da sensibilidade deve realizar um esforço permanente

para desenvolver, no âmbito do trabalho e da produção (aprender a fazer), a criação

e a beleza, desvalorizadas pela era das revoluções industriais.

Como expressão do tempo contemporâneo, a estética da

sensibilidade vem substituir a repetição e padronização, estimulando a criatividade,

o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a

constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o

incerto, o imprevisível e o diferente.

A estética da sensibilidade deve educar o indivíduo, utilizando-se do

lúdico, integrando diversão, alegria e senso de humor na construção do

conhecimento, na busca de aprimoramento permanente, e que aprendam a fazer do

prazer, do entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável.

Como expressão de identidade nacional, a estética da sensibilidade

facilita o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural brasileira e das

formas de perceber a realidade dos gêneros e das regiões e grupos sociais do país.

A estética da sensibilidade deve ser, não apenas, um princípio

inspirador do ensino de conteúdos ou atividades expressivas, mas uma atitude

diante de todas as formas de expressão que deve estar presente no

41

desenvolvimento do currículo e na gestão escolar. Deve promover a crítica à

vulgaridade da pessoa; às formas estereotipadas e reducionistas de expressar a

realidade; às manifestações que banalizam os afetos e brutalizam as relações

pessoais.

A estética da sensibilidade promove, portanto, a política da inclusão,

do respeito à liberdade e apreço à tolerância.

A política da igualdade – outro princípio norteador da educação –

tem seu ponto de partida no reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos

direitos e deveres de cidadania, como fundamento de preparação do educando para

a vida civil.

Não basta ao indivíduo reconhecer os direitos e deveres, é preciso

incorporar com protagonismo o ideal de respeito ao bem comum, o que constitui

uma das finalidades mais importantes da igualdade e se expressa por conduta de

participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade pelo outro e pelo

público.

A política da igualdade se fundamenta na estética da sensibilidade

quando denuncia estereótipos que alimentam as discriminações e defendem a

diversidade, afirmando que possibilidades iguais para todos não são suficientes para

promover igualdade entre desiguais. É preciso ser praticada, garantindo igualdade

entre oportunidades e diversidades de tratamento dos alunos e de professores para

aprender e aprender para ensinar os conteúdos curriculares, atendendo os padrões

mínimos de qualidade de ensino definidos na LDB.

A política da igualdade vai se expressar também na busca da

equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável

e a outros benefícios sociais e no combate a todas as formas de preconceito e

discriminação por motivo de raça, sexo, religião, cultura, condição econômica,

aparência ou condição física.

Educar sob inspiração da ética da identidade não é transmitir valores

morais (honestidade, caridade, lealdade, solidariedade, etc), mas criar as condições

para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo

42

reconhecimento do direito à igualdade, com o fato de orientarem suas condutas por

valores que respondam às exigências do seu tempo.

A ética da identidade se expressa por um permanente

reconhecimento da própria identidade e de outrem; e uma das formas pelas quais a

identidade se constitui é a convivência. A escola, como lugar de convivência, por

excelência, de jovens educandos e adultos educadores, tem a grande

responsabilidade na formação da identidade das futuras gerações.

A ética da identidade tem com fim mais importante a autonomia. No

âmbito de aprender a ser, os jovens vivem, na escola, de forma sistemática, os

desafios de suas capacidades. As situações de aprendizagem programadas pela

escola devem encaminhar para o sucesso, elevando a autoestima dos educandos,

desenvolvendo as competências e habilidades para, por si sós, elaborarem juízos de

valores e escolhas inevitáveis à realização de um projeto próprio de vida, levando

em conta os recursos que o meio oferece. A autonomia e reconhecimento da

identidade do outro se associam para construir identidades mais aptas a incorporar a

responsabilidade e a solidariedade.

Os conhecimentos e competências cognitivos e sociais que se quer

desenvolver nos alunos do ensino remetem à educação como construtora de

identidades comprometidas com a busca da verdade, da justiça e para fazê-lo com

autonomia precisam desenvolver a capacidade de aprender, como estabelece a

LDB, no seu Artigo 35: “... o aprimoramento do educando como pessoa humana,

incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico”.

O desenvolvimento do conhecimento e da competência intelectual

dá acesso a significados sobre o mundo físico e social e dão sustentação à análise,

à prospecção, à solução de problemas, à capacidade de tomar decisões.

À adaptabilidade a situações novas, a arte pode dar sentido a um

mundo em mutação. Essas competências são valorizadas pelas novas formas de

produção pós-industrial que se instalam nas economias contemporâneas.

Um dos grandes desafios do século XXI é construir uma nova

identidade planetária formada por múltiplas pertinências, que precisam ter uma

43

convivência responsável. É um objetivo complexo, como toda organização social

atual, que envolve a escola e as diferentes instâncias da sociedade.

7.3.6 CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM

7.3.7 A educação escolar tem finalidades, metas, objetivos a serem

alcançados, não é um processo em que está implícita uma diretividade permeada

pela interação entre os elementos participantes que devem atuar como sujeitos.

Entende-se educação escolar como a tarefa de procurar motivar,

despertar o desejo, bem como buscar a interação dos desejos de professores e

alunos visando a formação e a construção dos seus agentes.

Para haver o encontro educativo é necessário que as pessoas

estejam em busca de algo, objetivando alguma coisa e que reciprocamente essas

finalidades possam, de alguma forma, interagir, ter algo em comum.

“A realidade é o grande desafio da prática, sendo seu ponto de

partida, seu elemento de trabalho e seu destino mesmo porque o homem só se

realiza mudando sua realidade. Assim, a educação escolar tem também em

princípio esta função de ao partilhar melhores condições de vida às novas

gerações”, (VASCONCELOS, 2001).

A aprendizagem se faz organizadamente com a poupança dos

esforços pessoais, em virtude da descoberta e difusão das técnicas de transmissão

direta, oral ou escrita do conhecimento entre os indivíduos ou entre gerações, o que

supõe caráter coletivo e social do conhecimento.

A escola é uma instância educativa criada pela sociedade e

constituída em função dela própria, que tem o papel peculiar de formar o indivíduo

propiciando ao mesmo, condições para manipular e articular conhecimentos a favor

da transformação da sociedade na qual está inserido.

Ele é um lugar com diversas dimensões: a pedagógica, a

administrativa, a política, a social, a cultural e a humana. Cada uma corresponde a

determinados espaços de ação. A pedagógica tem por finalidade atender as

questões relacionadas ao processo ensino-aprendizagem; a administrativa zela das

44

questões de infraestrutura e de pessoal; a política desenvolve o processo

democrático, isto é, a tomada de decisão; a social, do relacionamento entre a

instituição e a sociedade; a cultural imprime identidade sociocultural; a humana

corresponde aos sentimentos, conceitos e preconceitos existentes em cada ser

humano componente da comunidade escolar.

A base da nossa escola é a ação pedagógica; e as questões

administrativas são atividades-meios para a sua efetivação, mas para que a

dimensão pedagógica aconteça com êxito é necessário que o funcionamento

interligado das outras dimensões ocorram harmoniosamente tendo como alvo maior

a criação da sensibilidade necessária para formar seres humanos que consigam

manter de forma flexível e adaptativa, a dinâmica de continuar aprendendo e

vivendo em sociedade.

7.3.7 CULTURA / TECNOLOGIA

A cultura é resultado de toda a produção humana. Segundo Saviani,

“Para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente,

os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação

da natureza criando um mundo humano”, (O mundo da Cultura, 1992).

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significado, é cultural.

Silva afirma em seu texto que ”Tornou lugar comum destacar a

diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo”. Ao mesmo tempo em

que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos dominados,

observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios

de comunicação de massa, nos quais aparecem de forma destacada em sua

dimensão material e não material.

Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade,

precisa completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de

cultura. Na escola, em sua prática, há a necessidade de consciência de tais

45

diversidades culturais, especialmente na sua função de trabalhar as culturas

populares de forma a levá-las à produção de uma cultura erudita, como afirma

Saviani: “A mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem

do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita,

assume o papel político fundamental”.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de

bens e serviços, mas no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais.

Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há

de se revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação, solicitando o papel

criador do homem. É preciso implementar no sistema educacional, uma pedagogia

mediante a qual não apenas reforme o ensinamento, mas que também facilite a

aprendizagem.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e

alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento

das desigualdades ou para a inserção social, se vista como uma forma de

estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento de todas as áreas.

Ter no currículo uma concepção de educação tecnológica não será

suficiente para todos da Escola Pública, sem que haja uma vontade e ação política

que possibilitem investimentos para que esses recursos tecnológicos existam e

possam ser ferramentas que contribuam para o desenvolvimento do pensar, sendo

um meio de estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e

sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria e prática.

7.4 PRINCÍPIOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

• Constituição Federal (1988);

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96;

• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental,

instituídas pela Resolução CEB nº 2/1998 da Câmera da Educação

Básica;

46

• Estatuto da Criança e do Adolescente, nº 8069/90;

• Deliberações do Conselho Estadual que normatiza a oferta do

Estabelecimento de Ensino;

• Estágio dos Estudantes (Lei 11.788/2008, deliberação 02/2009 – CEE

e Instrução 006/2009 – SUED/SEED).

7.5 CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA

Lei 10.639/03

O ano de 2003 marca profundamente a educação brasileira quando

torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira em todo

território nacional.

Tal medida é fruto de intensa luta dos movimentos negros em prol

de uma sociedade mais justa e mais igual para todos. Inevitavelmente a medida

encontrou e ainda encontra resistência por parte daqueles que a consideram

arbitrária por não acreditarem que a sociedade brasileira, seja em sua essência,

uma sociedade preconceituosa e racista, além de considerá-la injusta uma vez que

outros grupos étnicos não são contemplados pela mesma lei.

A este respeito, vale ressaltar a influência do chamado “Mito da

Democracia Racial”, que nutre a falsa ideia de que somos um povo de todas as

“raças”, resultado da grande mistura étnica ocorrida desde a nossa colonização,

portanto, não haveria, segundo o mito, razões para a existência de qualquer tipo de

discriminação referente a origem ou ancestralidade do indivíduo.

Hoje, lamentavelmente, as estatísticas revelam que a sociedade

brasileira é sim uma sociedade “racista”, quando discrimina, ou seja, exclui, rejeita,

segrega uns aos outros a partir da cor da pele de uma pessoa.

Não precisamos ir muito longe para comprovar esta realidade. Se

olharmos atentamente para o universo escolar ao qual se aplica a lei, veremos que a

discriminação ocorre nas relações aluno/aluno com piadinhas que denigrem e

ofendem a pessoa negra; aluno/professor, professor/aluno, quando o primeiro

questiona a capacidade intelectual e a competência do segundo e vice versa;

47

professor/professor, material didático que não contemple a real e efetiva participação

do povo negro na construção da sociedade brasileira dando visibilidade apenas ao

fato do negro ter sido escravo no Brasil, plano de trabalho docente que não

considera relevantes os conteúdos sobre a cultura africana e afro-brasileira, etc.

A lei 10.639/03 não foi criada para promover mais discriminação

como defendem alguns, mas é criada como uma estratégia destinada a estabelecer

a igualdade de oportunidades que compensem ou corrijam as discriminações

resultantes de práticas ou sistemas sociais. “Sua existência só se justifica mediante

a existência da discriminação secular contra grupos e pessoas e resultam da

vontade política de superá-la”, (SUPLICY, 1996: 131).

7.6 INCLUSÃO

Entende-se por inclusão a garantia a todos, ao acesso contínuo do

espaço comum da vida em sociedade, sociedade esta que deve estar orientada por

relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças

individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de

desenvolvimento, com qualidade em todas as dimensões da vida.

Assim sendo, através dessa visão, a escola proporciona a seus

alunos as mesmas oportunidades de desenvolver suas potencialidades,

incentivando e valorizando sua criatividade e seu desenvolvimento pleno.

Oferecendo rampas, banheiros, portas largas e materiais

audiovisuais adequados. Porém a inclusão não se limita à inserção física das

pessoas com necessidades educacionais especiais.

Em um sentido mais amplo, a inclusão é o processo que garante a

efetivação dos direitos individuais e coletivos.

Quando se refere à educação, é um processo que assegura a

aprendizagem significativa de todos os alunos, independente de suas diferenças

individuais, por meio da provisão de recursos humanos como:

48

• Professores auxiliares aos professores regentes, em forma de sala de apoio

em período contrário como é oferecida às 5ª séries;

• Alguns alunos especiais frequentam o ensino regular em nossa escola e a

sala de recursos em outro estabelecimento, sendo acompanhados por um

professor capacitado que quando solicitado, vem dar apoio aos professores

de ensino regular através da equipe pedagógica;

Quanto ao currículo, há:

• Flexibilização e adaptação curricular em consonância com a proposta

pedagógica da escola, conforme a deliberação nº 02/03 CEE;

• Conscientização dos diretores, docentes e funcionários para receber esses

alunos especiais;

• Reuniões periódicas com professores para traçar metodologias diferenciadas;

• Incentivar o aluno a participar de todas as atividades propostas pela escola.

Acompanhamento desses alunos por especialistas das diferentes

áreas de deficiência (sala de recurso). Por opção alguns alunos não procuram por

especialistas;

• Maior participação da família sendo que a escola propicia momentos em que

aconteça essa participação;

• Laudos dos especialistas das diferentes áreas de deficiências: DV, DM, DA e

DL que auxiliam a prática docente.

O processo de inclusão é flexível, sujeito a mudanças de acordo

com as necessidades e dificuldades encontradas ao longo do trabalho.

Falta ainda o treinamento dos professores do ensino regular e a

redução do número de alunos por sala para que esta inclusão tenha qualidade.

8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

8.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

49

“A escola existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que

possibilitam o acesso ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos

rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir

dessa questão. Se chamarmos isso de currículo, poderemos então afirmar que é a

partir do saber sistematizado que se estrutura o currículo da escola, que é o

conjunto das atividades nucleares desenvolvidas pela escola. O currículo é a escola

em funcionamento”, (SAVIANI, 1992).

O Currículo enquanto instrumentalização da cidadania democrática é

aquele que contempla conteúdos e estratégias de aprendizagem, que capacita o ser

humano para a realização de atividades que pertençam aos três domínios de ação

humana: vida em sociedade, atividade produtiva e experiência subjetiva, visando a

integração de homens e mulheres no tríplice universo do trabalho, da simbolização

subjetiva e das relações políticas, (SEVERINO, 1994, p.100).

O Currículo da Educação Básica, cujo objetivo é a formação geral

mais humana do homem para o exercício da cidadania e, ao mesmo tempo, a

preparação para sua inserção no mundo do trabalho desse ser orientado para uma

visão do mundo-homem-educação, tendo como ponto de partida o seu

conhecimento espontâneo, proporcionando oportunidades de desenvolvimento das

capacidades de observar, de analisar, de comparar, de pesquisar, de criticar e de

agir, ultrapassando as fronteiras das disciplinas em busca da criação ou recriação de

uma nova realidade, num processo contínuo de formação de capacidades

intelectuais superiores. Dessa forma estará atendendo ao que preconiza o eixo

organizador da doutrina curricular expressa na LDB: interdisciplinaridade e

contextualização.

O currículo deve também elevar a capacidade de compreensão dos

alunos com relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais que regem o

funcionamento da sociedade, podendo atuar no mundo do trabalho com consciência

de seus papéis de cidadãos participativos.

O Ensino Fundamental e Médio, inspirado nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, está em função do objetivo maior

50

do ensino que é propiciar ao educando o seu pleno desenvolvimento para a

cidadania, para o mundo do trabalho e a vida em solidariedade, mediante os

objetivos elencados no início do nosso P.P.P.

A organização curricular desta escola segue o que está previsto no

Artigo 26 da LDB, inspirada nos seguintes princípios:

• fortalecimento dos laços de solidariedade e de tolerância recíproca;

• formação de valores;

• aprimoramento como pessoa humana;

• exercício da cidadania.

São princípios pedagógicos estruturadores do currículo a

interdisciplinaridade e a contextualização para entender o que a lei estabelece

quanto às competências de:

• preparar-se para o mundo do trabalho, com participação social e política;

• conhecer a pluralidade dos significados;

• ser capaz de continuar aprendendo;

• ter autonomia intelectual, responsável, construtiva e ativa;

• ter flexibilidade para adaptar-se a novas condições de um mundo em

constante mutação;

• compreender os fundamentos científicos e tecnológicos dos processos

produtivos;

• relacionar a teoria com a prática.

O currículo nesta escola é apresentado do todo para as partes, com

ênfase nos conceitos gerais. É integrado, vivo, proporcionando a oportunidade de

conhecer, fazer, relacionar, aplicar e transformar.

Diante dessa perspectiva e da necessidade de oferecer um ensino

com base científica comum, com o objetivo de dotar o educando de conteúdos

científicos, de códigos, linguagens, instrumentos e conhecimentos socioculturais é

que se planeja a estruturação de um currículo competente. Para isso o currículo

51

deve ser concebido como um conjunto de atividades da escola que afetam direta e

indiretamente, o processo de transmissão-assimilação e produção do conhecimento.

8.2 SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

De acordo com a instrução normativa nº 011/2009, o nosso

estabelecimento de ensino elaborou a seguinte grade curricular para o Ensino

Fundamental, dos turnos Diurno e Noturno, com a implantação a partir do ano letivo

de 2009, de forma simultânea.

52

8.2.1 GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 18 – LONDRINA ROLÂNDIA ESTABELECIMENTO: 00038 - FRANCISCO VILLANUEVA, C E PROF-E FUND MEDENT MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 - ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2009 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª B A ARTE 2 2 2 2 S E CIENCIAS 3 3 3 4 NEDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2 A C ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - I O GEOGRAFIA 3 3 4 3 N A HISTÓRIA 3 3 3 4 L LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 C O MATEMÁTICA 4 4 4 4 M U M SUB-TOTAL 22 22 23 23 P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA OALUNO.

53

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18 - LONDRINA MUNICÍPIO: 2260 –ROLÂNDIA

ESTABELECIMENTO: 00038 - FRANCISCO VILLANUEVA, C E PROF-E FUND MED ENT MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 - ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 200 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª B A ARTE 2 2 2 2 S E CIENCIAS 3 3 3 4 NEDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2 A C ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - I O GEOGRAFIA 3 3 4 3 N A HISTÓRIA 3 3 3 4 L LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 C O MATEMÁTICA 4 4 4 4 M U M SUB-TOTAL 22 22 23 23 P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O

ALUNO.

54

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18 - LONDRINA

MUNICÍPIO: 2260 - ROLÂNDIA

ESTABELECIMENTO: 00038 - FRANCISCO VILLANUEVA, C E PROF-E FUND MED ENT MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 - ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª B A ARTE 2 2 2 2 S E CIENCIAS 3 3 3 4 NEDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2 A C ENSINO RELIGIOSO 1 1 - - I O GEOGRAFIA 4 3 4 3 N A HISTÓRIA 3 4 3 4 L LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 C O MATEMÁTICA 4 4 4 4 M U M SUB-TOTAL 23 23 23 23 P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96OBS: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.

55

ENSINO FUNDAMENTAL

CIÊNCIAS

EMENTA

A ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a

imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do

contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Portanto, não existem

neutralidade e objetividade absolutas: fazer ciências exige escolhas e

responsabilidades humanas. Sendo assim, o ensino de ciências, deve gerar

oportunidade sistemática para que o aluno adquira um conjunto de conceitos,

procedimentos e atitudes, utilizando-os como instrumentos para que o aluno consiga

interpretar o mundo científico e tecnológico em que vive; tornando-o capaz nas

escolhas que faz como indivíduo e cidadão. Nesse sentido, esta disciplina tem muito

a oferecer, pois tem capacidade de desenvolver no aluno, conhecimentos que

promovam a interação da vida como o contexto ambiental, com as implicações

psicológicas, sociais, culturais, políticas, tecnológicas e econômicas.

Por fim como toda construção humana, o conhecimento

científico está em permanente transformação: as afirmações científicas são

provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

Conteúdos Estruturantes (Os conteúdos estruturantes são

contemplados em todas as séries):

• Sistemas biológicos;

• Astronomia;

• Matéria;

• Energia;

• Biodiversidade.

56

OBJETIVOS GERAIS

• Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações

de homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do

mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania

competente;

• Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma

precisa e sintética de representar e comunicar os conhecimentos sobre o

mundo natural e tecnológico;

• Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde

pessoal, social e ambiental como bens individuais e da coletividade que se

devem conservar, preservar e potenciar;

• Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte de

processos de relações, interações e transformações;

• Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais que têm um

ritmo de renovação, havendo, portanto, um limite para sua retirada;

• Perceber a profunda interdependência entre os seres vivos e os demais

elementos do ambiente;

• Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e a sobrevivência das

espécies;

• Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade

de vida;

• Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais,

políticas, ambientais e vice-versa;

• Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades do

homem, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao

equilíbrio da natureza e ao homem;

• Formular perguntas e suposições sobre os fenômenos naturais,

desenvolvendo estratégias progressivamente mais sistemáticas de busca e

tratamento das informações;

57

• Desenvolver flexibilidade para considerar suas ideias, reconhecendo e

selecionado fatos e dados na reelaboração de seus conhecimentos;

• Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse,

mobilização para busca e organização de informações; autonomia e

responsabilidade na realização de suas tarefas como estudante;

• Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas

respostas para desafios;

• Desenvolver a reflexão sobre as relações entre ciência, sociedade e

tecnologia, considerando as questões éticas envolvidas;

• Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

• Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do

cotidiano;

• Coletar dados e buscar informações;

• Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.

Conteúdos Estruturantes:

Astronomia;

Matéria;

Sistemas Biológicos;

Energia;

Biodiversidade.

Conteúdos Básicos por Série:

5ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Universo;

Movimentos Terrestres;

Movimentos Celestes.

58

2º BIMESTRE

Constituição da matéria;

Níveis de organização celular.

3º BIMESTRE

Formas de energia;

Conversão de energia;

Transmissão de energia.

4º BIMESTRE

Organização dos Seres Vivos;

Ecossistema;

Evolução dos seres vivos.

6ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Astros;

Movimentos Terrestres;

Movimentos Celestes.

2º BIMESTRE

Constituição da matéria;

Formas de energia;

59

Transformação de energia.

3º BIMESTRE

Célula;

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

4º BIMESTRE

Origem da vida;

Organização dos seres vivos;

Sistemática.

7ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Origem e evolução do Universo;

Constituição da matéria.

2º BIMESTRE

Célula;

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

3º BIMESTRE

Formas de energia.

60

4º BIMESTRE

Evolução dos seres vivos.

8ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Astros;

Gravitação Universal;

Propriedades da matéria.

2º BIMESTRE

Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

Mecanismos de herança genética.

3º BIMESTRE

Formas de energia;

Conservação de energia.

4ºBIMESTRE

Interações ecológicas.

METODOLOGIA

Os conteúdos propostos de ciências de 5ª à 8ª séries serão

trabalhados a partir de situações cotidianas que exijam uma solução eficaz, sendo

reforçado na medida do possível, com atividades experimentais.

Recorrendo a conceitos científicos, faremos a transposição do

conhecimento, colocando-o em prática para solucionar a situação inicial. Dessa

forma será possível observarmos a aplicabilidade dos conteúdos propostos, o que

61

facilita muito o entendimento e o processo de ensino-aprendizagem. Diante disso, a

transmissão de conceitos deve estar vinculada à formação do indivíduo como

cidadão apto a atuar dignamente na sociedade, procurando melhorá-lo.

Neste aspecto, o ensino de Ciência tem muito a oferecer. Como

o conhecimento científico se renova a cada dia, é importante incentivar o aluno a

acompanhar o que acontece no mundo, pois são variados e acessíveis os meios de

comunicação que diariamente trazem novidades científicas.

É importante que o professor apresente a seus alunos

reportagens que contemplem essas novidades científicas através de vídeos ou

textos.

Inicialmente, será realizada uma diagnose oral e/ou escrita, sendo a

mesma abordada de maneira contextualizada.

O conhecimento prévio que o aluno apresentar será o ponto de

partida para a introdução de conhecimentos científicos; e a associação dos mesmos

(velho e novo) possibilitará ao aluno uma aprendizagem significativa, que será

desenvolvida e fixada por atividades propostas ao longo do processo de ensino-

aprendizagem, tais como:

• Representação de conceitos e relações estabelecidas através de

ilustrações e esquematizações;

• Leitura e interpretação de textos informativos e complementares;

• Seleção de estratégias para resolução de exercícios e situações

problemas;

• Confecção de painéis, cartazes e folhetos;

• Expor e analisar notícias de jornais, revistas e exemplos do dia a dia do

aluno;

• Filmes pedagógicos, seguidos de análises e associações;

• Experiências elaboradas com materiais coletados pelos alunos;

• Utilização do laboratório;

• Seminários e debates;

• Arguições orais;

• Relatórios de atividades práticas;

62

• Visitas orientadas;

• Teatro e dramatizações;

• Palestras ministradas por profissionais da área;

• Projetos;

• Produções de textos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será desenvolvida se utilizando de vários

instrumentos avaliativos, em que serão priorizados os aspectos qualitativos aos

aspectos quantitativos. Será contínua e diagnóstica, não somente para diagnosticar

o que o aluno aprendeu, mas, sobretudo, verificar se ele é capaz de aplicar o que

aprendeu na resolução de problemas (problematização).

• Resolução de exercícios em sala de aula e em casa;

• Participação ativa e criativa em sala de aula;

• Trabalhos individuais e/ou grupo;

• Pesquisas;

• Seminários;

• Relatórios de atividades práticas;

• Provas individuais, objetivas e subjetivas.

Qualquer estratégia descrita na metodologia poderá ser utilizada

como forma de avaliação.

A recuperação paralela será oferecida a todos os alunos, através da

retomada de conteúdos que ocorrerá dentro do bimestre. A partir de então, deverá

ser aplicada pelo menos uma avaliação para a recuperação de nota, ficando a

critério do professor o tipo de avaliação a ser aplicada.

63

BIBLIOGRAFIA

DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.

VALLE, Cecília. Coleção Ciências. Editora Positivo.

BACCEGA, Maria Aparecida. Saúde. Coleção Temas Transversais. São Paulo:

Ícone, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Ciências.

Curitiba: SEED, 2008.

HISTÓRIA

EMENTA

A disciplina de História, em articulação com as demais disciplinas,

tem como um de seus objetivos a formação de atitudes e concepções úteis para a

vida pessoal e cidadã: respeito às diversidades, espírito de justiça, criticidade,

solidariedade entre outros.

A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando

é a edificação de pensar historicamente, levando-o a avaliar corretamente as

determinações, condicionamentos e possibilidades do momento em que vive.

Foi a partir das últimas décadas que se reconheceu a necessidade

de aproximação entre o conhecimento da história e o saber histórico escolar,

principalmente valorizando-a como sujeito ativo no processo aprendizagem.

Ao trabalharem com a reflexão sobre as experiências vividas pelos

estudantes, os professores poderão criar condições em sala que levem os alunos a

se perceberem como sujeitos de processos mais amplos e, assim, assumirem uma

outra perspectiva diante da história.

64

O saber oriundo da experiência social, uma vez problematizando,

será fonte de interrogações, de problemas a serem estudados. Portanto, a esta

concepção de que o conhecimento histórico se dá no diálogo que os sujeitos

estabelecem com o conhecimento socialmente produzido a partir de suas questões.

O ensino da História pode favorecer a formação do estudante como

cidadão, para que assuma as formas de participação social, política e atitudes

críticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os limites e as

possibilidades de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade

histórica na qual se insere, pois, para se formar cidadãos conscientes e críticos da

realidade, é necessário que o aluno conheça as problemáticas e os anseios

individuais, de classes e de grupos, para que proteja a cidadania como prática ideal.

De modo geral, pode-se dizer que o estudo dos fatos históricos pode

ser realizado por indivíduo ou pelas coletividades, envolvendo o âmbito político,

social, econômico e cultural.

Os conteúdos estruturantes são responsáveis pela forma de

organização, seleção e preparação didática de aula. Seriam as “lentes” dos

conteúdos específicos. Nesse sentido, os conteúdos estruturantes são: trabalho,

cultura e poder. São eles os responsáveis por articular as categorias de espaço e

tempo no ensino de história.

OBJETIVOS GERAIS

O ensino de história tem o objetivo de desenvolver no educando a

capacidade de:

• Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na

localidade, na região e no país, e outras manifestações

estabelecidas em outros tempos e espaços;

• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma

multiplicidade de tempos;

• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um

conhecimento interdisciplinar;

65

• Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de

histórias coletivas;

• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em

diversos tempos e espaços;

• Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis

soluções;

• Dominar procedimentos de pesquisas escolares e de produção de

texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes

paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social,

considerando critérios éticos;

• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos

povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia,

mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as

desigualdades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho;

Relações de Poder;

Relações Culturais.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

A experiência humana no tempo

• Produção do conhecimento histórico;

• O trabalho do historiados;

66

• Fontes históricas;

• O tempo e a História;

• A História e as outras áreas do conhecimento.

2º BIMESTRE

A experiência humana no tempo;

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

• As origens do ser humano;

• Teorias sobre o surgimento do homem na América;

• A evolução do ser humano;

• A vida na Terra;

• Paleolítico e Neolítico;

• O povoamento da América;

• O ser humano chega ao Brasil;

• Povos indígenas do Brasil e Paraná.

3º BIMESTRE

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

• Civilizações Fluviais;

• Mesopotâmia ;

• Egito;

• Manifestações Culturais;

• Sociedades Africanas;

• Fenícios;

• Hebreus.

4º BIMESTRE

67

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

A civilização Grega

• A vida política na Grécia;

• A filosofia e a ciência grega;

• Mito e religião na Grécia;

A civilização Romana

• A formação de Roma;

• O império romano;

6ª SÉRIE

1º BIMESTRE

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

• As cruzadas;

• O renascimento do comércio e das cidades;

• As Monarquias Europeias;

• A cultura Medieval.

2º BIMESTRE

As relações de propriedade.

A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

A África antes dos europeus.

• A expansão marítima europeia.

68

• Os portugueses e a América.

• Colonizações pré – colombianas: maias, astecas, incas.

3º BIMESTRE

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

• O Renascimento;

• A reforma e a contra-reforma;

• Absolutismo e Mercantilismo;

• Início da colonização do Brasil;

• O açúcar e a escravidão no Brasil.

4º BIMESTRE

As relações de propriedade.

A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

• Os rivais de Portugal no Brasil;

• As Revoluções Inglesas;

• Ocupação e expansão territorial no Brasil;

• Expansão do ouro e diamante no Brasil;

• O iluminismo e despotismo esclarecido.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

69

História das relações da humanidade com o trabalho.

• A Inglaterra absolutista e as treze colônias;

• O absolutismo;

• O absolutismo inglês;

• Revoluções inglesas;

• Vida cotidiana na era absolutista;

• Colonização da América do norte;

• A época do ouro no Brasil;

• Descoberta e exploração do ouro;

• Vida cotidiana nas cidades mineiras.

2º BIMESTRE

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

• Revoluções na América e na Europa;

• A era da ilustração;

• Independência dos Estados Unidos;

• Revolução francesa;

• A era de Napoleão e a independência da América espanhola;

• O Império Napoleônico;

• Americanos lutam por liberdade.

3º BIMESTRE

O trabalho e a vida em sociedade.

• Brasil e o pacto colonial;

• A crise do antigo sistema colonial;

• Brasil se torna sede do reino português;

• A Independência do Brasil e o Primeiro Reinado.

70

4º BIMESTRE

O trabalho e as contradições da modernidade.

• Revoluções agitam a Europa;

• A Era das Revoluções;

• Estados Unidos: Guerra da Secessão;

• Brasil: da regência ao segundo reinado.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

A Constituição das Instituições Sociais;

Formação do Estado

• A Era do Imperialismo.

2º BIMESTRE

Formação do Estado;

Sujeitos, Guerras e Revoluções;

• República no Brasil.

3º BIMESTRE

Sujeitos, Guerras e Revoluções;

Formação do Estado;

• 1ª e 2ª Guerras Mundiais.

71

4º BIMESTRE

Formação do Estado;

Constituição das Instituições;

Sujeitos, Guerras e Revoluções;

• Era Vargas;

• Guerra Fria;

• Ditadura no Brasil.

AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação implicarão em considerar o conhecimento

prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos. Para isso serão comparadas etapas

do processo de aprendizagem: o antes, o durante e o depois da apreensão dos

conteúdos, noções e conceitos pelos educandos.

Tais critérios pretendem avaliar se o aluno é capaz de identificar

relações entre a sociedade, a cultura e a natureza hoje e no passado, distinguindo

diferenças e semelhanças entre tais relações na diversidade de documentos

históricos. Dessa forma, avalia-se a capacidade do aluno de organizar as ideias e

conceitos aprendidos, articulando-os oralmente, por escrito ou por outras formas de

comunicação.

As formas de avaliação devem ser selecionadas a critério do

professor, observando sempre a possibilidade de obtenção de dados sobre o

desenvolvimento educacional dos alunos.

Quanto à proporcionalidade do valor das avaliações, sugere-se que

entre 60% e 80% da nota/conceito se referem às avaliações formais realizadas em

sala de aula, e entre 20% e 40% sejam referentes a outras formas de avaliação.

Nos casos em que o professor perceber, através de análise dos

dados obtidos nas avaliações, que o aprendizado do(s) aluno(s) não apresenta(m) o

desenvolvimento planejado/esperado, a ação do docente consistirá na tentativa de

recuperação do aprendizado do(s) educando(s). Nesse sentido, o procedimento

geral será a reapresentação dos conteúdos e a realização de nova avaliação.

72

A atribuição de conceitos/notas dependerá do desenvolvimento

educacional do educando; caso não apresente melhora no desempenho, o

conceito/nota será aquele da primeira avaliação.

Serão alvos de recuperação paralela os conteúdos avaliados através

de avaliações formais realizadas em sala de aula, não sendo recuperados conceitos

decorrentes da falta de entrega ou da não realização de trabalho/tarefa, salvo em

caso de apresentação de justificativa.

BIBLIOGRAFIA

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas. Vol. 1. São

Paulo: Brasiliense, 1994.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São

Paulo: Cortez, 2004.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.

BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais. Lisboa: Editorial Presença, 1996.

BURKE, Peter. Cultura popular na idade moderna. São Paulo: Companhia das

Letras, 1989.

________. (org.) A escrita da história: novas perspectiva. São Paulo: UNESP,

1992.

________. O que é história cultual? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VANIFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da história.

Campinas: Campus, 1997.

CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 1982.

73

DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

______. Vigiar e punir. Petrópolis, Vozes, 2001.

______. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2004a.

______. A microfísica do poder. São Paulo: Graal, 2004b.

GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

HOBSBAWN, Eric J. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 a.

______. A era dos extremos: o breve século XX:1914-1991. Companhia das

Letras, 2001.

______. A era do capital. 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

______. A era das revoluções. 1789-1845. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005a.

______. A era dos impérios. 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005b.

LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs.). História: novos problemas: Rio de

Janeiro: Francisco Alves, 1979.

______. História. Novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

______. História. Novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: UNICAMP, 1992.

______. São Luís: uma biografia. São Paulo: Record, 1999.

74

______. São Francisco de Assis. São Paulo: Record, 2001.

REVEL, Jacques (org.). Jogos de escalas: a experiência de microanálise. Rio de

Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

VOVELLE, Michel. Ideologias e mentalidades. São Paulo: Brasiliense, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

História.

Curitiba: SEED, 2008.

MATEMÁTICA

CONCEPÇÃO

É preciso formar indivíduos completos, dotados de competências

mais amplas e profundas. Num mundo em que cada vez mais se fazem sentir os

efeitos dos avanços tecnológicos, não há dúvidas de que um dos grandes desafios é

o preparo adequado das novas gerações, de modo a possibilitar tanto sua

integração ao momento atual quanto lhes fornecer uma preparação para o

acompanhamento do contínuo processo de evolução tecnológica com todas as suas

consequências. Um dos suportes básicos para essas conquistas tecnológicas é a

Matemática; e qualquer projeto educacional comprometido com a preparação das

futuras gerações que vão herdar essa sociedade deve levar essa consideração

muito à sério. A matemática propicia eficientes ferramentas que permitem ao homem

sintetizar, generalizar, modelar e submeter esses modelos a provas e verificações

prévias, possibilitando ensaios, propiciando condições confiáveis de previsibilidades

cujas aplicações e utilizações cada vez mais frequentes torna a Matemática

imprescindível atualmente.

Assim podemos permitir que o aluno perceba que os conceitos

não foram dados escritos “numa tábua” por alguma divindade reveladora, mas que

são frutos do trabalho humano, da observação e da experimentação ou da

75

elaboração mental para obtenção de conclusões, da comparação e da crítica dos

resultados obtidos, da re-elaboração e da reacomodação dos conhecimentos

construídos ao longo do tempo.

EMENTA

- Números, operações e Álgebra;

- Medidas;

- Geometria;

- Tratamento da Informação.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Buscar o desenvolvimento intelectual dos alunos, promovendo

sua autonomia, trabalhando a leitura e interpretação de textos matemáticos,

ensinando a expressar-se através da matemática, incentivando estratégias variadas

de resolução de problemas, habituando à procura dos porquês dos fatos

matemáticos, estimulando a argumentação.

CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

• Sistemas de numeração decimal e não decimal;

• Números naturais e suas representações;

• Conjuntos numéricos (naturais e racionais);

76

• Operações com números naturais: adição, subtração, multiplicação, divisão,

radiciação e potenciação;

• Elementos de geometria;

• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;

• Construções e representações no espaço e no plano;

• Noções de geometria espacial.

Tratamento da Informação

• Organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

2º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

Divisibilidade

• Divisores e múltiplos;

• Critérios de divisibilidade;

• Números primos;

• Decomposição de número natural;

• Máximo divisor comum;

• Mínimo múltiplo comum.

Tratamento da Informação

• Organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

3° BIMESTRE

77

Números, operações e álgebra

Números racionais na forma fracionária

• Transformação de números fracionários em números decimais;

• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações;

• Porcentagem.

Tratamento da Informação

• Organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

4º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

Números racionais na forma decimal

• Representação e leitura de números decimais;

• Adição, subtração, multiplicação e divisão de números decimais.

Medidas

• Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;

• Transformação das unidades de comprimento e tempo;

• Noções de perímetro e área.

Tratamento da Informação

• Organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

6ª SÉRIE

78

1º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

• Conjuntos numéricos (naturais, inteiros e racionais);

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

2º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações;

• Potenciação com números inteiros;

Medidas

• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na

resolução de problemas algébricos;

Geometria

• Noções de geometria espacial;

• Sólidos geométricos (poliedros, cilindro, cone e esfera).

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

79

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

3º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

• Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão,

proporção, fração e decimais);

• As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da

substituição de letras por valores numéricos.

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

4º BIMESTRE

Números, operações e álgebra

• Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e

diferença;

• Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;

• Ângulos;

• Fatoração de números primos.

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

80

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

7ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Números, operações e Álgebra

• Conjuntos numéricos;

• Expressões numéricas.

2º BIMESTRE

Números, operações e Álgebra

• Polinômios e os casos notáveis;

• Produtos notáveis.

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

Medidas

• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na

resolução de problemas algébricos;

• Capacidade e volume e suas relações.

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

81

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

3º BIMESTRE

Números, operações e Álgebra

• Equações e sistemas de equações de 1º grau;

• Ângulos;

• Fatoração.

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

4º BIMESTRE

Números, operações e Álgebra

• Cálculo do número de diagonais de um polígono;

• Frações algébricas.

Geometria

• Condições de paralelismo e perpendicularidade;

• Construção geométrica com uso de régua e compasso (figuras inscritas na

circunferência);

• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;

• Ângulos, polígonos e circunferências;

82

• Classificação de triângulos;

• Representação geométrica dos produtos notáveis.

Tratamento da Informação

• Coleta, organização e descrição de dados;

• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e

histogramas.

8ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Álgebra e Números

• Revisão;

• Números inteiros;

• Equações do 1º grau;

• Expressões numéricas;

• Fatoração.

2º BIMESTRE

Números e Álgebra

• Operações com radicais;

• Potência;

• Notação científica;

• Equações incompletas do 2º grau.

3º BIMESTRE

Funções e Geometria

83

• Equações completas do 2º grau (fórmula de Baskara);

• Resolução de problema com equações do 2º grau;

• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na

resolução de problemas algébricas;

• Teorema de Pitágoras;

• Figuras semelhantes.

4º BIMESTRE

Geometria e Álgebra

• Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;

• Triangulo retângulos – relações métricas;

• Condições de paralelismo e perpendicularidade;

• Sistema de equações;

• Círculos e cilindros;

• Estatística e gráficos (coleta de dados, organização, leitura, construção e

interpretação).

Grandezas e Medidas

• Relações métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo retângulo.

METODOLOGIA

• Resolução de problemas para auxiliar o aluno na apreensão dos conceitos e

propriedades;

• História da matemática pode ser utilizada como alternativa metodológica para

o ensino de matemática não só no sentido de apresentar uma perspectiva

84

histórica da evolução dos conceitos, mas, sobretudo, porque oferece uma

visão da evolução da própria civilização;

• Modelagem procurando recuperar o sentido holístico que permeia o matema.

Não é possível explicar, conhecer, entender, manejar, lidar com a realidade

fora do contexto holístico;

• Recursos tecnológicos (calculadora, computadores, softwares educativos e a

exploração de sites educacionais na internet) propiciando uma inserção para

convivência com os desafios do mundo contemporâneo.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte fundamental do processo ensino-

aprendizagem, tornando-se instrumento contínuo que deve ser reavaliado com

objeto de diagnose para o professor, aluno e escola.

Deve ser objeto de estímulo e avanço de conhecimento e tem a

função de reorientar os caminhos da ação educativa.

A avaliação deixa de ser um método contra o aluno e não estabelece

o professor com detentor do poder arbitrário de classificação e centralizador na

aprovação ou reprovação do educando.

Diante dessas considerações, o professor deve em sua prática:

• Deixar claro aos alunos os objetivos e critérios de avaliação e correção;

• Abrir debates sobre a necessidade de mudança;

• Auxiliar os educandos a superar as dificuldades apresentadas;

• Analisar se os instrumentos de avaliação estão de acordo com os objetivos,

conteúdos e habilidades desenvolvidas em sala;

• Reavaliar a sua prática em função dos resultados.

Dentro desse contexto, cabe ao aluno:

• Encarar a avaliação como instrumento de medida de sua evolução no

processo;

• Sentir-se responsável no processo de aprendizagem, pois ele é que aprende.

85

Acreditamos que quanto mais o professor diversificar a avaliação e

conseguir interpreta-la como meio de análise juntamente com seus alunos, mais ele

estará contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e competentes.

Propomos para o nosso trabalho docente as diferentes formas de

avaliação:

• Provas escritas, individuais e em grupo;

• Trabalhos em grupo;

• Relatórios;

• Pesquisas que levem a trabalhos interdisciplinares enfocando a leitura e

interpretação;

• Resolução de problemas encontrados em revistas e jornais;

• Elaboração de problemas a partir de notícias e dados de jornais e revistas.

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da

formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n. 15, p. 5-23,

2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma

nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas em Matemática. São Paulo:

Ática, 1991.

GIOVANNI, J. R.; CASTRUCCI, B.; GIOVANNI Jr., J.R. A Conquista da

Matemática. São Paulo: FTD, 2002.

86

GUELLI, Oscar. A invenção dos números. São Paulo: Ática, 1992. (Contando a

História da Matemática).

IMENES, L. M.; LELLIS, M. Matemática. São Paulo: Scipione, 1997.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª ed. São Paulo: Cortez,

2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro

Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,

1990.

PIRES, C. C.; CURI, E.; PIETROPAOLO, R. Educação Matemática. São Paulo:

Atual, 2002.

PONTE, J. P., et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da

Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Maremática.

Curitiba: SEED, 2008.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

EMENTA

Sendo a língua inglesa um bem natural e patrimônio coletivo no

estudo de idioma estrangeiro, é fundamental a abordagem de aspectos que

envolvem uma influência cultural sobre a outra. No caso do Inglês, por exemplo,

pode se analisar a influência da cultura norte-americana e da própria língua inglesa

87

sobre outras culturas e idiomas. A ampliação de horizontes culturais passa pela

ampliação do universo linguístico.

É indispensável, também, que as aulas de língua estrangeira

moderna possibilitem o estudo de grupos culturais a partir de seus usos.

A influência das tecnologias de informação, do desenvolvimento

tecnológico, a hegemonia da língua inglesa, o papel da mídia são fatores que

influem sobre a língua no mundo globalizado.

Os Conteúdos Estruturantes serão estabelecidos com referência aos

textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos linguísticos e discursivos.

Abordando nos textos a tipologia, ou seja, diversos tipos textuais para que permita a

participação individual e coletiva.

OBJETIVOS GERAIS

• Ampliar a visão de mundo dos alunos, contribuindo para que se tornem

cidadãos mais críticos e reflexivos;

• Levar os alunos a comparar a sua própria língua com a língua estrangeira

estudada;

• Conduzir os alunos a refinar a percepção de sua própria cultura por meio de

conhecimento da cultura de outros povos;

• Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua

estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o

mundo refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as

visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um

mundo plural e de seu próprio papel como cidadãos de seu país e de mundo;

• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do

mundo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Discurso como Prática Social

88

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto (7ª e 8ª);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto (8ª);

• Emprego do sentido denotativo e corretivo no texto (8ª);

• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Emprego do sentido denotativo e corretivo no texto (8ª);

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

89

• Vozes Sociais presentes no texto (8ª);

• Discurso direto e indireto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos Semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia;

• Vozes sociais presentes no texto (7ª e 8ª);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito (7ª e 8ª);

• Adequação da fala ao texto (7ª e 8ª).

5ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Temas

• Animais;

• Endereços;

90

• Família;

• Cumprimentos;

• Expressões idiomáticas.

2º BIMESTRE

• Cumprimentos;

• Adjetivo;

• Numerais cardinais;

• Expressões idiomáticas;

• Cores.

3º BIMESTRE

• Esportes;

• Adjetivo;

• Numerais cardinais;

• Pronomes;

• Verbo To Be;

• Cores.

4º BIMESTRE

• Profissões;

• Nacionalidades;

• Adjetivo;

• Verbo To Be;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

6ª SÉRIE

1º BIMESTRE

• Cores;

91

• Verbo To Be nas três formas;

• Substantivos;

• Pronomes indefinidos e definidos;

• Número ordinal e cardinal;

• Verbo To Have;

• Infinitivo;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

2º BIMESTRE

• Lugares;

• Verbo To Be nas três formas;

• Substantivos;

• Número ordinal e cardinal;

• Presente simples;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

3º BIMESTRE

• Verbo Can;

• Vestuários;

• Verbo To Be nas três formas;

• Substantivos;

• Interrogativos;

• Número ordinal e cardinal;

• Presente contínuo;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

4º BIMESTRE

• Verbo To Be nas três formas;

• Simple past;

• Substantivos;

• Número ordinal e cardinal;

92

• Presente contínuo;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

7ª SÉRIE

1º BIMESTRE

• Substantivos;

• Números;

• Pronomes;

• Presente simples;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

2º BIMESTRE

• Lugares;

• Interrogativos;

• Relativos e reflexivos;

• Possessivos;

• Passado;

• Forma afirmativa, negativa e interrogativa (auxiliar);

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

3º BIMESTRE

• Caso genitivo;

• Relativos e reflexivos;

• Preposições;

• Verbo no modo imperativo;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

4º BIMESTRE

• Advérbios;

• Verbo no modo imperativo;

93

• Futuro simples e imediato;

• Passado contínuo;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

8ª SÉRIE

1º BIMESTRE

• Substantivo;

• Formação das palavras com utilização de prefixos e sufixos;

• Pronomes indefinidos;

• Tempo: presente perfeito e contínuo;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

2º BIMESTRE

• Graus do adjetivo;

• Verbos: regulares e irregulares;

• Tempo: presente perfeito e contínuo;

• Passado e particípio;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

3º BIMESTRE

• Verbos: regulares e irregulares;

• Voz ativa e passiva;

• Tempo: presente perfeito e contínuo;

• Passado e particípio;

• Sentenças condicionais;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

4º BIMESTRE

• Verbos: regulares e irregulares;

• Tempo: presente perfeito e contínuo;

94

• Passado e particípio;

• Sentenças condicionais;

• Atividades de interpretação e compreensão de texto.

METODOLOGIA

Além de privilegiar as quatro habilidades fundamentais: ler, ouvir,

falar e escrever, o professor e o aluno em parceria estarão em constante busca e

troca de experiência. Para o desenvolvimento destes aspectos, serão realizadas

atividades orais e escritas diversificadas, com o apoio de CDs, vídeos, leitura e

interpretação de textos variados; estudo de vocabulário; pesquisas em dicionários;

montagem de frases e textos; músicas; projetos.

O encaminhamento metodológico deve ser direcionado para

incentivar o aluno a pensar e interagir de modo que ele tenha consciência da

importância da língua inglesa.

Os conteúdos específicos serão desenvolvidos conforme o

planejamento, podendo ser alterado a ordem, sendo assim flexível, conforme o

desempenho de cada turma e desenvolvimento das atividades inscritos e orais,

avaliações, recuperações paralelas, etc.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta toda e qualquer apropriação do

conteúdo – seja na fala, escrita, leitura e compreensão auditiva que leve o aluno a

ser um cidadão crítico capaz de compreender e enfrentar os desafios.

É preciso considerar as diferentes naturezas de avaliação que se

articulam com os objetivos específicos e conteúdos, respeitando as diferenças

individuais.

Espera-se diversidade nos formatos de avaliação de modo a

oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre o seu crescimento

cultural.

95

A recuperação paralela é algo que deve acompanhar este processo,

pois através dela o aluno pode ampliar o conhecimento.

BIBLIOGRAFIA

MELO, Luciana Renda B.; silva, Karina Torres F.; RODOVALHO, Ana. Spaghett

Kids.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

Curitiba: SEED, 2008.

EDUCAÇÃO FÍSICA

EMENTA

A Educação Física pretende refletir sobre as necessidades atuais de

ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Essa proposta tem como

fundamento geral o materialismo histórico cujos princípios apresentam uma profunda

reflexão crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao

funcionamento da sociedade através de uma proposta interdisciplinar.

Para que isto se efetive, a disciplina adota conteúdos estruturantes

que dão conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que identificam

e organizam os campos de estudo da educação física escolar, sendo considerados a

base fundamental para a compreensão de seu objeto de estudo, estes conteúdos

são constituídos historicamente e legitimados socialmente.

No ensino fundamental os conteúdos estruturantes estabelecem

uma relação mais evidente com a expressividade corporal, o que implica um

conhecimento de seu corpo e suas diferentes possibilidades de manifestá-lo. O

96

conteúdo estruturante adotado para o ensino fundamental é “A expressividade

corporal”, onde as manifestações corporais (alegria, dor, medo, preconceito, etc) são

observados para a busca da autonomia, a partir do reconhecimento consciente dos

limites e das possibilidades de expressão do indivíduo.

OBJETIVO GERAL

A Educação Física deve contribuir para a formação de um cidadão

capaz de tomar decisões, partindo da lógica racional que transcende para o lúdico e

para o sensível; este cidadão deve ser crítico, sujeito a ações e movimentos

conscientes de que seu corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos,

adoece e se socializa.

A Educação Física deve proporcionar ao educando conhecimentos

teórico-práticos com base cientifica, para que ele possa usufruir os mesmos,

objetivando melhorias na qualidade de vida através das diferentes práticas

corporais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esportes

Jogos, brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

1º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões.

97

Rdarmanifestaç CONTEÚDOS BÁSICOS

Jogos Coletivos e Individuais

• Futsal;Curitiba: SEED, 2008.

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem das lutas e sua mudança na história.

Manifestações Ginásticas:

• Práticas ginásticas: diferentes tipos de ginástica.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Mímica, imitações e representações.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

• Movimento corporal: quem realiza?

Lutas de aproximação

• Pesquisar a origem das lutas;

• Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados às lutas.

2º BIMESTRE

Manifestações Esportivas:

• Handebol;

98

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história.

Manifestações Ginásticas:

• Práticas ginásticas: diferentes tipos de ginástica.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• Oficina de construção de brinquedos.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Danças tradicionais e folclóricas.

Elementos Articuladores:

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Noções de higiene.

3º BIMESTRE

Manifestações Esportivas:

• Vôlei;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

99

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Mímica, imitações e representações.

Elementos Articuladores:

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

• Noções de higiene.

Inclusão.

Luta - Capoeira

• Experimentar a vivência de jogos de oposição;

• Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;

• Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.

4º BIMESTRE

Manifestações Esportivas:

• Basquete;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

100

• Brinquedos cantados, rodas e cirandas.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Danças tradicionais e folclóricas.

Elementos Articuladores:

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades

(formas expressivas presentes na dança, ginástica, esporte, atividades

rítmicas expressivas, etc.).

Manifestações Esportivas:

• Futsal;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas:

101

• Origem de ginástica e sua mudança no tempo.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferença entre jogo e esporte.

Elementos Articuladores:Curitiba: SEED, 2008.

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

• Benefícios da Educação Física para a saúde;

• Novo estilo de vida ativo fisicamente;

• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,

esporte, ativo e sedentário.

Lutas de Aproximação

• Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim

como suas mudanças no decorrer da história.

2º BIMESTRE

Manifestações Esportivas:

• Handebol;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

102

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas:

• Práticas ginásticas.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferença entre jogo e esporte.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Diferentes tipos de dança: por que dançamos?

• Mímica, imitação e representação;

• Expressão corporal com e sem material.

Elementos Articuladores:

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

• Noções de higiene;

• Benefícios da Educação Física para a saúde;

• Novo estilo de vida ativo fisicamente;

• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,

esporte, ativo e sedentário.

Inclusão.

103

3º BIMESTRE

Manifestações Esportivas:

• Vôlei;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas:

• Cultura de rua.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferença entre jogo e esporte.

Elementos Articuladores:

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

• Novo estilo de vida ativo fisicamente;

• Nutrição e atividade física;

• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,

esporte, ativo e sedentário.

Luta - Capoeira

104

• Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos

característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.

4º BIMESTRE

Manifestações Esportivas:

• Basquete;

• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e

deslocamentos;

• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Práticas esportivas.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferença entre jogo e esporte.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Diferentes tipos de dança: por que dançamos?

• Mímica, imitação e representação;

• Expressão corporal com e sem material.

Elementos Articuladores:

• Manifestações lúdicas.

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Avaliação física e análise;

105

• Novo estilo de vida ativo fisicamente;

• Nutrição e atividade física;

• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,

esporte, ativo e sedentário.

7ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Futsal;

• Táticas e regras dos esportes;

• Sentido da competição esportiva;

• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e

fintas;

• Práticas esportivas.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais;

106

• Expressão corporal com e sem materiais.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Análise da avaliação física;

• Atividade física na prevenção de algumas doenças (noções básicas);

• Lesões esportivas;

• Definição de aptidão física relacionada à saúde e ao esporte (flexibilidade,

força. Resistência muscular, composição corporal e resistência

cardiorrespiratória).

Lutas com instrumento mediador - Capoeira

• Organização de Roda de capoeira;

• Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados

à projeção e imobilização;

2º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Handebol;

107

• Táticas e regras dos esportes;

• Sentido da competição esportiva;

• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e

fintas;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro

• A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais;

• Expressão corporal com e sem materiais.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Noções sobre controle da frequência cardíaca;

• Lesões esportivas;

• Definição de aptidão física relacionada à saúde e ao esporte (flexibilidade,

força. Resistência muscular, composição corporal e resistência

cardiorrespiratória).

108

3º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Vôlei;

• Táticas e regras dos esportes;

• Sentido da competição esportiva;

• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e

fintas;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas.

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.

Elementos Articuladores

109

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Análise da avaliação física;

• Noções sobre controle da frequência cardíaca;

• Lesões esportivas;

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

4º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Basquete;

• Táticas e regras dos esportes;

• Sentido da competição esportiva;

• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e

fintas;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas.

• Práticas ginásticas.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

110

• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Análise da avaliação física;

• Alcoolismo e tabagismo;

• Lesões esportivas;

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

8ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Futsal;

• Manifestações e regras dos esportes;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Práticas esportivas.

111

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Diferença entre jogo e esporte;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Análise da avaliação física;

• Índice de massa corporal (cálculo);

• Tipos de exercícios aeróbicos e anaeróbicos;

• Importância da atividade física para a qualidade de vida.

Lutas com instrumento mediador - Capoeira

• Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.

2º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Handebol;

• Manifestações e regras dos esportes;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

112

• O esporte como fenômeno de massa;

• Práticas esportivas. Manifestações Ginásticas.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Diferença entre jogo e esporte;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Danças tradicionais e folclóricas.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Como prevenir doenças crônico-degenerativas;

• Tipos de exercícios aeróbicos e anaeróbicos.

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

3º BIMESTR

Expressividade Corporal:

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Vôlei;

113

• Manifestações e regras dos esportes;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Práticas esportivas.

Manifestações Ginásticas.

• Cultura de rua.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Diferença entre jogo e esporte;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos.

Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Análise da avaliação física;

• Índice de massa corporal (cálculo);

• Obesidade;

4º BIMESTRE

Expressividade Corporal:

114

• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de

expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos

limites, privações e educação dos sentidos).

Manifestações Esportivas:

• Basquete;

• Manifestações e regras dos esportes;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Práticas esportivas.

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:

• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;

• Diferença entre jogo e esporte;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos.

Elementos Articuladores

Desenvolvimento corporal e construção da saúde:

• Análise da avaliação física;

Relação do corpo com o mundo do trabalho.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

115

Os conteúdos da disciplina de Educação Física deverão ser

administrados de maneira que haja uma interlocução com o conteúdo estruturante,

para que o aluno tenha uma apreensão crítica das manifestações esportivas,

manifestações ginásticas, manifestações estético-corporais na dança e no teatro,

jogos e brincadeiras que compõem a especificidade da disciplina a aula pode ser

organizada em três momentos; no primeiro o professor faz uma proposição do que

vai ser executado, no segundo partem para a execução e finalmente e uma reflexão

sobre o que foi executado. Os conteúdos específicos de quinta a oitava série são os

mesmos, porém na sétima e oitava séries terão maior amplitude, complexidade e

aprofundamento.

- Noções fisiológicas utilizar-se-ão de meios que fundamentam os temas abordados

a partir de aulas teóricas (perguntas, questionamentos, debates e etc.),

contextualizando os assuntos trabalhados de maneira a promover uma formação

para a autonomia e a criticidade.

- Utilizar-se de atividades em grupo, pesquisas e apresentações de trabalhos, para

que seja possível o debate sobre temas sociais contemporâneos, bem como

relato das discussões realizadas.

- Utilizar-se da leitura e produções de textos que auxiliam o aluno a formar conceitos

próprios a partir do seu entendimento da realidade bem como relatá-los com

clareza e coerência.

- Os esportes devem ser trabalhados através de uma práxis, onde suas raízes

históricas, concepções e evolução social, são levantadas e debatidas.

- Incentivar a criação e modificação de regras e táticas dos jogos e esportes, onde

os alunos participem democraticamente.

- A consciência corporal deverá ser trabalhada de forma que o aluno possa aprender

a lidar com as situações do dia-a-dia, a partir das noções que possui de seu

corpo, através de aulas teórico-práticas do conhecimento e desenvolvimento

O processo avaliativo deverá ser contínuo, permanente e

cumulativo, permitindo a organização e reorganização do trabalho escolar.

O aluno deve ser avaliado nas dimensões: conceitual, cultural,

histórica, social, etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse,

116

motivação, compromisso e responsabilidade. As formas de avaliação sobre os

temas propostos e abordados podem ser: provas objetivas ou subjetivas, trabalhos

escritos expositivos, apresentação das manifestações corporais, auto e

heteroavaliação.

A recuperação paralela é feita quando se observa que os alunos não

compreenderam o conteúdo tanto teórico como prático. O conteúdo é retomado

através de explicação ou execução dos fundamentos.

- humano, de forma criativa e reflexiva.

- As formas ginásticas devem ser trabalhadas através de seu conhecimento

histórico, suas origens e a prática através de movimentos criativos e

coreografados com música ou não.

- Organização de eventos que possibilitem a participação ativa dos alunos,

no desenvolvimento na aplicação das atividades.

AVALIAÇÃO

O processo avaliativo deverá ser contínuo, permanente e

cumulativo, permitindo a organização e reorganização do trabalho escolar.

O aluno deve ser avaliado nas dimensões: conceitual, cultural,

histórica, social, etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse,

motivação, compromisso e responsabilidade. As formas de avaliação sobre os

temas propostos e abordados podem ser: provas objetivas ou subjetivas, trabalhos

escritos expositivos, apresentação das manifestações corporais, auto e

heteroavaliação.

A recuperação paralela é feita quando se observa que os alunos não

compreenderam o conteúdo tanto teórico como prático. O conteúdo é retomado

através de explicação ou execução dos fundamentos.

BIBLIOGRAFIA

SEED - Diretrizes Curriculares de Educação Física para o

Ensino Fundamental. Versão Preliminar, Curitiba, julho 2007.

117

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Educação física.

Curitiba: SEED, 2008.

ENSINO RELIGIOSO

EMENTA

A concepção de Ensino Religioso propõe-se a estabelecer o

conhecimento pelo entendimento de si, pela reconstrução de significados que ocorre

por meio da releitura dos elementos do fenômeno religioso, realizando a

aprendizagem na perspectiva do convívio social e pela relação entre as culturas e

tradições religiosas. Desta forma, ao educando, o Ensino Religioso deve tornar

possível reler e estabelecer novos significados para o objeto de seu estudo: o

fenômeno religioso.

Isso envolve compreender a diversidade religiosa, conhecer o

significado da experiência de transcendência, atitudes, gestos, símbolos, textos

sagrados e ritos de diversas tradições. Portanto, na compreensão da área de

conhecimento, a aula de Ensino Religioso se transforma em espaço mediador para

que as diversas culturas e tradições religiosas possam ser conhecidas, livres da

carga de preconceitos, construindo no ambiente escolar uma cultura de respeito

entre todos.

Elencam-se os seguintes conteúdos estruturantes:

• A individualidade de cada pessoa;

• Diferenças nas características físicas, culturais e religiosas;

• A compreensão das diferenças religiosas e suas manifestações que a

convivência social enriquece;

• A construção da história pessoal com os ritos e o transcendente;

• O ser religioso nas diferentes expressões religiosas;

• A religião e a religiosidade presentes na sociedade;

118

• A revelação do transcendente em diferentes tradições;

• As manifestações do sagrado presentes na dinâmica social e na vida de cada

indivíduo;

• Os líderes religiosos e seus compromissos sociais em diferentes tradições

religiosas;

• As práticas religiosas que permeiam a vida do educando e que estão

presentes nas sociedades;

• A religião como fonte de educação e vida.

OBJETIVO GERAL

Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais , o Ensino

Religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presentes na sociedade

brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem a transcendência na

superação da finitude humana e que determinam, subjacentemente, o processo

histórico da humanidade. Por isso, necessita:

• Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o

fenômeno religioso a partir das experiências religiosas percebidas no contexto

do educando;

• Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial, em

profundidade, para dar sua resposta devidamente informada;

• Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das

diferentes culturas e manifestações sócio-culturais;

• Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé e das

tradições religiosas;

• Refletir o sentido da atitude moral como conseqüência do fenômeno religioso

e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser

humano;

• Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na constituição de

estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.

119

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico Religioso;

Texto Sagrado.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Organizações Religiosas;

2º BIMESTRE

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS;

• Do Cristianismo.

SÍMBOLOS RELIGIOSOS / LUGARES SAGRADOS;

• Do Cristianismo (Páscoa cristã, Natal, etc.);

• A mulher nas religiões (Dia das Mães, Dia da Mulher, etc.).

TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;

• Do Cristianismo (Monoteísmo – Trindade);

3º BIMESTRE

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS;

• Do Islamismo.

SÍMBOLOS RELIGIOSOS/ LUGARES SAGRADOS;

• Do Judaísmo (Páscoa, Judaica, Bar Mitzvá, etc.);

• Do Islamismo (Ramadã);

• O papel masculino nas religiões (Dia dos Pais, etc.).

120

TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;

• Do Judaísmo (Monoteísmo – Javé);

• Do Islamismo (Monoteísmo – Alá).

4º BIMESTRE

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS;

• Do Judaísmo;

• Do Culto Indígena (Animismo);

• Do Culto Afro (Animismo – Umbanda, Candomblé, etc.).

SÍMBOLOS RELIGIOSOS/ LUGARES SAGRADOS;

• Do Sagrado Indígena;

• Do Sagrado Afro.

TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;

• Do Culto Indígena (Politeísmo);

• Do Culto Afro (Politeísmo).

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Temporalidade Sagrada;

Festas Religiosas;

Ritos;

Vida e Morte.

1º BIMESTRE

• Budismo;

• Hinduísmo;

121

2º BIMESTRE

• Taoísmo;

• Xintoísmo.

3º BIMESTRE

• Bramanismo;

• Culto Indígena.

4º BIMESTRE

• Politeísmo;

• Cultura Afro-brasileira.

METODOLOGIA

Como nas demais disciplinas, é necessário pensar a

operacionalização do trabalho docente. Considerando que o ato de construção do

conhecimento se dá a partir da relação sujeito-objetivo (no Ensino Religioso, o

sujeito-aluno em relação ao objeto-fenômeno religioso), cabe ao professor munir-se

de um instrumento (método) que o auxilie nessa articulação.

O tratamento didático dado a essa área do conhecimento nos

PCNER apóia-se em observação, reflexão e informação.

• Observação: observar não é apenas uma experiência visual. Ela também diz

respeito às condições externas e internas do observador tais como idade,

formação, história de vida, conhecimento prévios, dentre outras;

• Reflexão: a reflexão é um procedimento que acompanha todo processo,

desde a observação até a informação;

• Informação: pela informação, o professor ajuda o aluno a se apropriar do

conhecimento sistematizado, organizado, elaborado, para que se possa

passar de uma visão ingênua, empírica, fechada, dogmatizada, desarticulada

e muitas vezes incoerente, para uma nova visão decodificadora e

explicitadora da realidade. Todos esses procedimentos devem

122

necessariamente possibilitar que o alcance dos objetivos propostos pela

disciplina de Ensino Religioso seja atingido.

AVALIAÇÃO

A avaliação é processual, e serve para conduzir a ação pedagógica,

dando ao professor e ao aluno a possibilidade de constatar o progresso da

aprendizagem. Análise das produções dos alunos, a observação de mudanças de

comportamentos e relatos significativos dos alunos, entre outros, são os

instrumentos de avaliação que o professor pode utilizar.

Além de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica

como parte integrante e intrínseca ao processo educativo, a avaliação envolve

outros aspectos: sociabilidade, afetividade, postura, compromisso, integração,

participação na expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação.

A recuperação paralela é algo que deve acompanhar este processo,

pois através dela o aluno pode ampliar o conhecimento.

BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS. O homem em busca

de Deus. São Paulo, 1990.

COSTELLA, Domenico. O fundamento ipistemológico do Ensino Religioso. In:

JUNQUEIRA, Sérgio; Wagner, Raul (org.). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba:

Champagnat, 2004.

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. Ensino Religioso – Perspectivas pedagógicas.

2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO. Parâmetros

Curriculares Nacionais. Ensino Religioso. São Paulo: Edições, 1997.

123

MARCHON, Benoit (Org.). As grandes religiões do mundo. São Paulo: Edições

Paulinas, 1995.

OLENIKI, Marilac Loraine R.; DALDEGAN, Viviane M. Encantar, uma prática

pedagógica no Ensino Religioso. 2.ed. Petrópolis: Vozes.

PIRES, Cristina V. G.; Gandra, Fernanda R.; LIMA, Regina C. O dia-a-dia do

professor. “Adolescência, afetividade, sexualidade e drogas”. Vol 5. 3.ed. Rio

de Janeiro. Editora FAPI, 2002.

SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. A Bíblia Sagrada – Velho e Novo Testamento.

Tradução: João Ferreira de Almeida. São Paulo, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Ensino Religioso.

Curitiba: SEED, 2008.

GEOGRAFIA

EMENTA

Uma geografia de forte conteúdo social, portanto, preferencialmente

humana e econômica, sem desprezar, todavia, o estudo da dinâmica da natureza e

das formas que ela assume ao ser apropriada pelos homens.

No estudo da construção desse espaço, procuramos salientar as

transformações nas relações sociais e nas formas de interação do homem com a

natureza.

Na construção de seu espaço de vida, o homem deve usar a

natureza de forma organizada, preservando o meio ambiente a partir do

conhecimento de sua importância para a vida.

124

Os conteúdos a serem trabalhados nesta etapa de aprendizagem,

são determinantes ao aperfeiçoamento do olhar geográfico sobre o mundo.

Destacando o estudo dos aspectos físicos e humanos do Brasil, América, África,

Europa e Pólos.

OBJETIVOS GERAIS

Compreender as mudanças Geopolíticas dos territórios

internacionais, bem como os reflexos das diferenças sócio-econômicas dos países,

tendo como consequências diretas nos conflitos culturais, ambientais e sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Dimensão econômica do espaço geográfico

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

• Noções básicas de Geografia.

• O trabalho e a transformação do espaço geográfico.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

125

• As atividades econômicas : extrativismo, agropecuária , indústria e prestação

de serviços.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

• Classificação dos tipos de industrias.

• Tipos de comércio e os setores de prestação de serviços.

2º BIMESTRE

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• Noções cartográficas

• Elementos naturais ( clima, relevo, hidrografia e vegetação ).

3º BIMESTRE

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

•O espaço rural e suas paisagens;

•Agricultura subsistência, mecanizada;

•Pecuária : formas de criação ( intensiva e extensiva )

•Problemas ambientais ( erosão, desmatamento, agrotóxicos e queimadas);

•Problemas ambientais no campo.

4º BIMESTRE

A transformação demográfica; a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

• Movimentos migratórios internos e externos;

• Áreas de elevada densidade demográfica;

• Censo brasileiro;

• Brasil, o país de contrastes culturais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

126

• A divisão regional do Brasil seguindo os critérios do IBGE.

• O Paraná na região Sul.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

• Localizações, delimitações, fronteiras do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

• Uso de tecnologias para exploração dos recursos naturais para a produção

de matérias-primas, usadas no setor industrial.

As diversas regionalizações do espaço geográfico

• Brasil: regiões e políticas regionais;

• Geração de empregos nas regiões urbanas e rurais.

2º BIMESTRE

As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.

• A diversidade da população brasileira;

• Os movimentos migratórios no Brasil.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

• A população e o trabalho no Brasil;

• Os movimentos migratórios no Brasil e suas causas;

Movimentos migratórios e suas motivações.

127

• A população e o trabalho;

• População economicamente ativa ( PEA );

• Distribuição de renda;

• O desemprego e seus fatores;

• Novas profissões.

3º BIMESTRE

O espaço rural e a modernização da agricultura;

• Brasil campo e cidade,

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

• Urbanização e industrialização do Brasil;

• População urbana no Brasil e no mundo,

• Análise de gráficos da população;

• Concentração e desconcentração industrial;

• Redes urbanas, problemas sociais e ambientais urbanos;

• As regiões metropolitanas e as mega cidades;

• O uso da terra no meio rural brasileiro;

• A modernização no campo e o uso da terra;

• A concentração de terras e os conflitos no campo.

4º BIMESTRE

A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço

geográfico.

• Atividades econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo;

• Agricultura moderna, comercial e de subsistência;

• A pecuária intensiva e extensiva;

128

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

• Regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste. Aspectos

físicos, ocupação e organização do espaço.

• Economia e população.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

Continente Americano;

• A nova ordem mundial e os territórios supranacionais e o papel do Estado.

2º BIMESTRE

• O Comércio em suas aplicações sócioespaciais;

• A circulação de mão-de-obra, capital, das mercadorias e das informações;

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do

espaço geográfico;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

3º BIMESTRE

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.

129

4º BIMESTRE

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º BIMESTRE

•As diversas regionalizações do espaço geográfico;

•A revolução Técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

•O comércio mundial e as implicações sócioespaciais;

•O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

2º BIMESTRE

•A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

•Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

3º BIMESTRE

• A nova ordem mundial , os territórios supranacionais e o papel do estado;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

4º BIMESTRE

• As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.

130

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

• A dinâmica da natureza e sua exploração e produção.

• Alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

METODOLOGIA

Através da análise espacial, com a utilização de mapas temáticos,

livro didático, textos extras, incorporados pelo professor, observação do meio para

detectar nossa realidade.

Contínua, através de prova escrita, interpretativa, observações da

realidade que levam o aluno a tirar suas próprias conclusões, estando assim em

contato com o mundo externo. Capacidade de observar e interpretar o mundo.

Os conteúdos apresentados estão de acordo com o debate realizado

pelos professores, porém devido à extensão do conteúdo do Ensino Médio e

importância, é interessante ressaltar a interação ou relação do homem com o meio.

E seria interessante, também se estudar o Brasil no 1º ano (Aspectos econômicos,

físicos e humanos, etc).

Com certeza o aluno em sua aprendizagem necessita ver na prática

o que se estuda em sala. Trabalhos de campo pelo menos um por ano. Assim o

aluno terá a oportunidade de interagir com o assunto e buscar o seu próprio

conhecimento exercitando sua percepção e senso crítico. Necessitamos muito disso

nas aulas de Geografia.

Nos 3º anos apresentar o que é a Geografia atualmente, para que

serve, quais as tendências contemporâneas, pesquisas, etc. Estimular a pesquisa.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua e não só focada na prova escrita, mas

sim em sua capacidade de observar, debater, tirar conclusões próprias. Deve estar

131

em contato com o mundo externo, tendo, depois das aulas, um novo olhar sobre a

natureza e as ações antrópicas.

Esperamos que a Geografia juntamente com outras ciências

humanas tenham a importância que elas merecem, pois o aluno hoje está perdendo

muito o seu senso crítico e capacidade de observar e interpretar o mundo. Deixando

de ser um cidadão atuante para ser uma mão-de-obra barata e alienada, última do

mundo da exclusão, ou seja, capitalista.

A recuperação paralela deve acompanhar todo o processo de

aprendizagem, sendo contínua e diversificada, levando o aluno a entender as

diversas formas de aprendizagem, ampliando e construindo o seu próprio

conhecimento, não deixando de lado o caráter científico da Ciência.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília:

Ministério da Educação, 2002.

CARLOS, A. F. A. (org.) A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.

Campinas: Papirus, 1999.

CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986.

MAACK, R. Geografia física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial,

2002.

MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra Livre, n° 16, AGB

Nacional, 2001, p. 113.

OLIVA, J. Ensino de geografia: um retrato desnecessário. In: CARLOS, A. F. A.(org.)

A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

132

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Instrução n. 04/2005/SUED.

RUA, João; WASZKIAVICUS, Fernando A.; TANNURI, Maria R. P.; PÓVOA NETO,

Helion. Para ensinar geografia: contribuição para o trabalho com 1° e 2° graus. Rio

de Janeiro: ACESS, 1993.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

___________. A natureza do espaço: Técnica e Tempo Razão e Emoção. São

Paulo: Hucitec, 1996.

SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento.

In: CASTRO, I. E. e outros (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 1995.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Geografia.

Curitiba: SEED, 2008.

LÍNGUA PORTUGUESA

EMENTA

A língua deve ser concebida como um conjunto aberto e múltiplo de

práticas sócio-interacionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos

historicamente situados.

Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em

si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento

constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente.

133

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos

históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de relações

sócio-verbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação sócio-verbal.

Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo

num complexo feixe de relações sócio-verbais. De forma alguma, podemos ser

compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical; ou

como meros reprodutores de um certo monumento linguístico cristalizado; ou, ainda,

como meros usuários de um instrumento externo a nós.

Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer

aos/às alunos/as a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles/elas já

têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola, obviamente, nunca

parte do zero: os/as alunos/as têm uma experiência acumulada de práticas de fala e

de escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto

de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo.

Ao término do Ensino Médio é fundamental que nossos/as alunos/as

tenham adquirido efetiva autonomia naquelas práticas de linguagem que devem ser

de domínio comum de todos os cidadãos.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva

nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a

Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso

enquanto prática social (leitura, escrita e oralidade).

O discurso é muito mais que mera mensagem, como um simples

esquema onde há emissor, receptor, código, referente mensagem. Como postula

Bakhtin (1996), o discurso não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre

numa atitude responsiva a outros textos. Os discursos jamais são concebidos

dissociados de uma realidade material, são formados por diferentes vozes que, por

sua vez, representam ideologias muitas vezes contraditórias, opostas, justificadas

pelo seu uso em diferentes esferas sociais, (Barros, 2001).

É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os

conceitos oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos

Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,

134

Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o

aprimoramento da competência linguística dos estudantes.

OBJETIVOS GERAIS

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo de

ensino:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o

gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na

sua organização;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

• reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar

acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos,

como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais

em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito

singular e coletivo.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles

decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se

inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota

no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.

135

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos Estruturantes da disciplina de Língua Portuguesa e

Literatura são os Gêneros discursivos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

1º BIMESTRE

- Retomada de conteúdos básicos até a 4º série (Alfabeto maiúsculo e minúsculo;

paragrafação; pontuação; noções de tempo verbal, separação de sílabas, sinônimos

e antônimo);

- Gênero: HQ / trava-língua / Verbete de dicionário;

Leitura, oralidade e escrita.

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Elemento da composição do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas;

• Processo de formação de palavras;

• Ortografia;

• Concordância verbal/ nominal;

• Elementos extra-linguísticos;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

136

2º BIMESTRE

- Gênero: Conto Maravilhoso / Narrativas de aventura;

Leitura, oralidade e escrita.

• Tema do texto;

• Elemento da composição do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal e nominal;

• Conteúdo temático;

• Elementos semânticos.

3º BIMESTRE

- Gênero: Carta / Fábulas / Lendas;

Leitura/ Oralidade/ Escrita.

• Léxico;

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elemento da composição do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas;

137

• Processo de formação de palavras;

• Ortografia;

• Concordância verbal e nominal;

• Conteúdo temático;

• Adequações do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto.

4º BIMESTRE

- Gênero: Poema e poesia;

Leitura e escrita.

• Elemento da composição do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: figuras de linguagem;

• Tema do texto;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal e nominal;

• Conteúdo temático.

6ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Gênero: Texto verbal e não verbal / HQ;

138

• Elementos da composição do gênero;

• Acentuação;

• Pontuação;

• Ortografia;

• Foco narrativo;

• Discurso direto e indireto;

• Verbo;

• Interpretação e produção de textos.

2º BIMESTRE

Gêneros: Instruções de uso / receitas / narrativa de aventura;

• Acentuação gráfica;

• Pontuação;

• Concordância verbal / nominal;

• Ortografia;

• Foco narrativa;

• Recursos gráficos;

• Modo e tempos verbais do indicativo: aprofundamento (verbos regulares);

• Noções de subjuntivos e imperativos;

• Interpretação de textos;

• Produção de texto.

3º BIMESTRE

Gênero: Lendas / provérbios;

• Elementos da composição do gênero;

• Ortografia;

• Acentuação;

• Pontuação;

139

• Recursos gráficos;

• Foco narrativo;

• Advérbios;

• Interpretação de textos;

• Produção de textos.

4º BIMESTRE

Gênero: notícia / poema;

• Elementos da composição do gênero;

• Termos essenciais da oração;

• Conjunção;

• Preposição;

• Linguagem denotativa e conotativa;

• Interpretação de texto;

• Produção de texto.

7ª SÉRIE

1º BIMESTRE

Gêneros:

• Crônica (leitura, escrita)

• Anúncio publicitário (leitura, escrita, oralidade)

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

140

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• elementos extralinguísticos;

• semântica.

2º BIMESTRE

Gêneros: Diário (leitura, escrita), Biografia (leitura), Resumo (escrita);

Conteúdos básicos

• conteúdo temático;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• informatividade;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero.

3º BIMESTRE

Gêneros:

• Reportagem (leitura, escrita);

• Literatura de cordel (leitura, escrita, oralidade).

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• variações linguísticas;

141

• adequação do discurso ao gênero;

• elementos extralinguísticos;

• semântica.

4º BIMESTRE

Gêneros:

• Contos fantásticos (leitura, escrita, oralidade).

Conteúdos básicos

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• elementos extralinguísticos;

• semântica.

8ª SÉRIE

1º BIMESTRE

• Poema – leitura, oralidade e escrita;

• Letra de música – leitura e oralidade;

• Paródia – leitura, oralidade e escrita.

2º BIMESTRE

• Fotoblog – leitura e escrita;

• Crônica – leitura e escrita;

142

• Tiras – leitura e escrita;

• Foto – leitura (gênero complementar).

3º BIMESTRE

• Carta do leitor – leitura e escrita;

• Narrativa de enigma – leitura, oralidade e escrita;

• Cartaz – leitura e escrita.

4º BIMESTRE

• Entrevista – leitura e escrita;

• Currículo – leitura e escrita;

• Carta de emprego – leitura e escrita;

• Infográfico – leitura e escrita.

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre

as partes e

elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das

classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos

gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

• - operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor

no texto.

143

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre

as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica: - operadores

argumentativos; - modalizadores; -

polissemia.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

144

Concorda-se com a necessidade de se dar atenção à Lei 10.639/03,

referente à Cultura Africana. Porém, é de comum acordo que não há necessidade de

se explicitar que ensino de Literatura enfoca as Literaturas Brasileira, Portuguesa e

Africana – assim como outras Literaturas, de acordo com o Conteúdo Específico

ensinado. A valorização dos elementos africanos está presente tanto na Literatura

quanto na Linguagem, quando se ensina a História da Língua Portuguesa, a

Formação das Palavras em nossa língua etc. Obviamente, há a necessidade de

maior aprofundamento e abrangência. E isto está sendo previsto.

METODOLOGIA

O trabalho com os gêneros discursivos deve contemplar as práticas

de leitura, oralidade, escrita e análise linguística.

Tendo em vista que a fala é a prática discursiva mais empregada, é

preciso criar condições para que o estudante perceba que todos os níveis de

expressão são legítimos. Contudo, faz-se necessária a apropriação da variedade

padrão, uma vez que é a que tem prestígio social e é empregada em determinados

contextos sociais. Portanto, é imprescindível que o professor proponha atividades

que leve o estudante a refletir sobre os usos da linguagem nos diferentes contextos

e situações; a fala com fluência em situações formais, adequar a linguagem ao

contexto e aproveitar os recursos expressivos da língua.

Segundo as Diretrizes Curriculares (2008), “É desejável que as

atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam

relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção”. Em outras palavras,

isso significa que as atividades de produção textual devem corresponder à prática

social do gênero em estudo, uma vez que prepara o estudante para exercer seu

papel na sociedade.

Segundo Antunes (2003), a produção escrita envolve a ampliação de

leituras sobre a temática proposta, planejamento, escrita, revisão e reescrita dos

textos. Desta forma o estudante aprimora sua competência de escrita ao apreender

os mecanismos da organização da linguagem escrita.

A leitura, numa concepção sociointeracionista de linguagem, é vista

como um ato dialógico, interlocutivo. Assim, o leitor ao interagir com o texto,

145

desenvolve uma atitude responsiva diante do que lê. Quanto maior seu repertório de

leituras, melhor será sua interação com o texto.

Assim, o professor deve oferecer aos estudantes o contato com os

mais variados gêneros da esfera social e considerar, na interpretação e

compreensão de um texto, o contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do

texto, o interlocutor, o gênero, o suporte, o conhecimento de mundo do estudante, os

conhecimentos linguísticos, além do diálogo com outros textos e linguagens.

A análise linguística deve perpassar as práticas de leitura, escrita e

oralidade. Portanto, cabe o professor selecionar o gênero que pretende trabalhar e,

depois de explorar o conteúdo temático e o contexto de produção / circulação,

analisar, por meio de atividades, as marcas linguístico-enunciativas presentes no

gênero em estudo.

Literatura

Nos estudos literários recentes, o autor e a obra deixaram de ser,

exclusivamente, os elementos que propiciam a compreensão do fenômeno literário,

cedendo lugar ao leitor ou à recepção. Nessa perspectiva, o leitor assume o papel

de interlocutor, atualizando a obra no ato da leitura.

Partindo dos pressupostos da Estética da Recepção, a Literatura

será abordada segundo os passos do Método Recepcional, de Aguiar e Bordini, a

saber: 1º, determinação do horizonte de expectativas; 2º, atendimento do horizonte

de expectativas; 3º, ruptura dos horizontes de expectativas; 4º, questionamento do

horizonte de expectativas; 5º, ampliação do horizonte de expectativas.

Há que se considerar também, no trabalho com a Literatura, o

diálogo da obra literária com outros textos, formas de linguagem e campos do

conhecimento, o que torna mais significativa a leitura de obras literárias.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações

organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu,

146

de que forma e em quais condições. Deve funcionar, por um lado, como instrumento

que possibilite ao professor analisar criticamente sua prática educativa; e por outro,

com instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de conhecer seus avanços

e dificuldades.

Nesse sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e

aprendizagem, e não apenas em momentos específicos.

Por se caracterizar como uma proposta à compreensão que o aluno

tem sobre os aspectos do conhecimento a serem trabalhados, é também,

responsiva, atuando como elemento balizador das pautas interacionais e das

intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos

no processo de aprendizagem.

A recuperação paralela de estudos será ofertada a todos os alunos,

independentemente do rendimento, logo após a utilização de um instrumento

avaliativo (qualitativa e/ou quantitativamente) ou no final do bimestre.

BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6ª Ed. São Paulo: 1992.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio, 1999, PP. 97/127.

DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In Em aberto. N. 54, p.26-33,

1992.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 1999.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4ª.Ed. Campinas, SP: Mercado

das Letras, 1996.

147

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Língua Portuguesa.

Curitiba: SEED, 2008.

ARTE

EMENTA

A arte está presente desde os primórdios da humanidade sendo uma

atividade fundamental do ser humano, sendo uma manifestação ligada intimamente

ao espírito humano.

Desde as origens da civilização, o homem busca dar aos objetos

que cria, além de uma forma mais eficiente, qualidades que independem da simples

utilidade e que satisfazem uma necessidade de harmonia e de beleza.

Na história humana e em todas as culturas, podemos constatar a

presença da arte, seja em objetos ritualísticos, utilitários, artísticos, estéticos, mesmo

que às vezes, intuitivamente, precedendo contextos históricos (sons, imagens,

gestos, dramatização, representações, símbolos, etc).

Por isso é necessário que o indivíduo entre em contato com arte se

apropriando de saberes culturais e estéticos para sua formação e desempenho

social.

A arte é um conhecimento sensível-cognitivo, voltado para um fazer

e apreciar artístico e estético, juntamente a uma reflexão sobre sua história e

contexto na sociedade.

Sabe-se que não existe arte sem pensamento racional, nem ciência

sem imaginação e sensibilidade.

Tanto uma como a outra são ações criadoras, produtos que

expressam as representações de diferentes culturas no percurso da história.

Neste sentido, o valor educativo das Artes no Ensino Fundamental

se destaca, na medida em que reconhece este componente curricular com

148

imprescindível na formação do indivíduo e para o exercício da vida cidadã. Os

saberes que decorrem deste objeto permitem que a Arte seja entendida como um

conjunto de linguagem, cada uma com seus elementos e códigos.

Entende-se, então, que os saberes em Arte, abordados em sala de

aula em diversas situações de aprendizagem, têm o propósito de possibilitar a

ampliação do conhecimento estético (pela análise e experimentação) presente nas

diferentes linguagens e no processo de produção das manifestações artísticas.

OBJETIVOS GERAIS

• Adquirir sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro,

exercitando sua cidadania cultural com qualidade;

• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;

• Compreender e utilizar a arte como linguagem;

• Contextualizar a arte como fato;

• Experimentar diferentes materiais expressivos;

• Estimular a interpretação e análise de obras de arte.

Obs.: O professor poderá dar um enfoque/prioridade para os

elementos formais da arte visual nas séries finais do ensino fundamental,

principalmente 5ª e 6ª séries, introduzindo a partir da 7ª a iniciação à História da Arte

em linha cronológica, não deixando de estabelecer conexões com a

contemporaneidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e Períodos.

5ª SÉRIE

149

1º BIMESTRE

ÁREA MÚSICA

Elementos Formais e Composição:

• Ritmo, altura, melodia, duração, escalas, timbre, intensidade, densidade;

• Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.

• Técnicas: vocal, instrumental e mista.

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos Formais e Composição:

• Ponto, linha, textura, volume, cor, luz e forma.

2º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos Formais e Composição:

• Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...

• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Movimentos e Períodos:

• Arte indígena;

• Arte Popular;

• Arte Brasileira e Paranaense.

ÁREA TEATRO

Elementos Formais e Composição:

• Personagem: expressões corporais, vocais, faciais e gestuais;

• Ação, espaço;

• Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

• Gêneros: rua, arena;

• Cenografia.

150

3º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Movimentos e Períodos:

• Arte Pré-Histórica

• Arte Egípcia

ÁREA DANÇA

Elementos Formais e Composição:

• Movimento Corporal, tempo, espaço, ponto de apoio, rotação, coreografia,

salto e queda:

• Peso (leve e pesado), fluxo (livre, interrompido e conduzido); níveis (alto,

médio e baixo), formação e direção.

4º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Movimentos e Períodos:

• Arte Grega e Arte Romana.

ÁREA DANÇA

Elementos Formais e Composição:

• Movimento Corporal, tempo, espaço, ponto de apoio, rotação, coreografia,

salto e queda.

• Peso (leve e pesado), fluxo (livre, interrompido e conduzido), níveis (alto,

médio e baixo), formação e direção.

6ª SÉRIE

151

1º BIMESTRE

ÁREA MÚSICA

Elementos Formais e Composição:

• Ritmo, altura, melodia, duração, timbre, intensidade, densidade,

improvisação,

categorias dos instrumentos musicais.

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais e Composição:

• Proporção, figura e fundo, superfície, ponto, linha, textura, volume, cor, luz,

forma, tridimensional.

• Técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura...

• Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta...

2º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais e Composição:

• Abstrata, figurativa, perspectiva;

Movimentos e períodos:

• Arte Indígena;

• Arte Popular.

ÁREA TEATRO

Elementos Formais e Composição:

• Personagem: expressões corporais, vocais, faciais e gestuais;

152

• Ação, espaço;

• Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

• Gêneros: rua, arena;

• Caracterização, representação, leitura dramática, cenografia.

3º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Movimentos e Períodos:

• Arte Brasileira e Paranaense;

• Renascimento.

ÁREA DANÇA

Elementos formais e Composição:

• Movimento Corporal, Tempo, Espaço, Ponto de Apoio, Rotação, coreografia;

• Peso (leve e pesado); Níveis (alto, médio e baixo); Velocidade (lento, rápido e

moderado).

4º BIMESTRE

ÁREA MÚSICA

Elementos Formais e Composição:

• Ritmo, altura, melodia, duração, timbre, intensidade, densidade,

improvisação, categorias dos instrumentos musicais, música popular.

ÁREA ARTES VISUAIS

Movimentos e Períodos:

• Barroco.

153

7ª SÉRIE

1º BIMESTRE

ÁREA MÚSICA

Elementos Formais e Composição:

• Indústria Cultural;

• Eletrônica.

Movimentos e Períodos:

• Minimalista;

• Rap, Rock, Techno.

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos Formais e Composição:

• Indústria Cultural;

Movimentos e Períodos:

• Arte no século XX;

• Arte Contemporânea.

2º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos Formais e Composição:

• Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação.

ÁREA TEATRO

154

Elementos formais e Composição:

• Indústria Cultural, representação no cinema e outras mídias, texto dramático,

maquiagem, sonoplastia, roteiro, técnicas: jogos teatrais, sombras, adaptação

cênica, ação, espaço, personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais.

3º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos formais e Composição:

• Abstrata, figurativa, perspectiva, superfície, textura, volume, cor, luz, formas,

técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

ÁREA DANÇA

Elementos Formais e Composição:

• Movimento corporal, tempo, espaço, giro, rolamento, saltos, aceleração e

desaceleração, direções (frente, atrás, direita, esquerda, cima baixo),

improvisação, coreografia, sonoplastia.

4º BIMESTRE

ÁREA ARTES VISUAIS

Elementos Formais e Composição:

• Abstrata, figurativa, perspectiva, superfície, ponto, linha, textura, volume, cor,

luz, forma, técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

ÁREA DANÇA

Elementos formais e Composição:

155

• Gênero: Indústria Cultural e espetáculo;

Movimentos e períodos:

• Hip Hop, musicais, expressionismo, dança moderna.

8ª SÉRIE

ÁREA - MÚSICA

1º BIMESTRE

Elementos Formais e Composição:

• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia

(tonal e atonal), técnicas (vocal, instrumental e mista) e gêneros (popular,

folclórico e étnico).

Movimentos e períodos:

• MPB (Música Popular Brasileira), Hip Hop (música engajada) e música

contemporânea.

ÁREA - ARTES VISUAIS

2º BIMESTRE

Elementos formais e Composição:

• Linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz, técnicas (performance,

grafite, etc), ritmo visual, tridimensional, bidimensional e gêneros.

Movimentos e períodos:

• realismo, vanguardas (cubismo, fauvismo, expressionismo, dadaísmo, etc),

muralismo e arte latino americana.

156

ÁREA – TEATRO

3º BIMESTRE

Elementos formais e composição:

Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), espaço, ação,

técnicas (jogos teatrais, ensaio, direção, etc), dramaturgia, cenografia, sonoplastia,

figurino e iluminação.

Movimentos e períodos:

Teatro engajado, teatro do absurdo, teatro do oprimido e vanguardas.

ÁREA – DANÇA

4º BIMESTRE

Elementos formais e composição:

Movimento corporal, tempo, espaço, Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas,

saltos, giros, rolamentos, extensão, coreografia, deslocamento, gênero (performance

e moderna).

Movimentos e períodos:

Vanguardas, dança moderna e dança contemporânea.

METODOLOGIA

Os conteúdos elencados em artes são os que contemplam os

objetivos que favoreçam os alunos ao interesse pela “aventura” de conhecer e fazer

artes.

A arte pode ser aquilo que nos distingue dos outros. A arte é uma

maneira de nos aproximarmos e de nos integrarmos.

157

Os elementos plásticos sonoros e teatrais têm como objetivo,

alfabetizar o educando (processo que tem início no ensino fundamental),

conscientizando o melhor da utilização desses elementos nas linguagens artísticas

no cotidiano.

A partir do reconhecimento dos elementos das diferentes

linguagens, será necessário que o aluno aplique esses conceitos nas suas

composições sonoras, plásticas e teatrais.

O estudo da história da arte será necessário para que o educando

entre em contato com as produções artísticas existentes no decorrer da história,

ampliando com isso, o seu conhecimento artístico.

As pessoas, nas suas composições artísticas em música, teatro,

artes plásticas, tem a possibilidade de serem incentivadas e perceptivas em relação

a materiais da natureza e do mundo cultural, utilizando-se de técnicas e tecnologias

variadas, aplicando-as a essas composições o conhecimento e sensibilidade

adquiridos através da História da Arte.

Os educandos, ao fazerem, analisarem, e apreciarem artisticamente

suas elaborações por meios das linguagens, aprendem a reconhecer e compreender

uma variedade e significados, de interferências culturais, econômicas, políticas que

aparecem nas manifestações culturais.

Através dos elementos da linguagem, da composição e da história

da arte, os educandos estarão mais prontos a realizar, apreciar e analisar produções

e manifestações artísticas, tornando os mais sensíveis, expressivos, comunicativos

e críticos no que diz respeito a sua vida e ao seu mundo.

Tem com proposta também colaborar com projetos educacionais de

outras disciplinas, bem como das especialidades de cada uma delas,

proporcionando a interdisciplinaridade e trânsito, entre fronteiras de conhecimento,

objetivando uma educação transformada e responsável preocupada com a formação

e identidade dos indivíduos.

Partindo do pressuposto que arte forma integralmente o homem,

adaptando-o ao meio social, estimulando-o a uma atividade criadora diante de todas

158

as manifestações da vida, capacitando a se situar dentro da cultura de sua época

tendo como objetivo integrado, capacitar o aluno a reagir criativamente a novos

estímulos e a novas situações buscando imaginação, originalidades,

espontaneidade, inventividade e concentração.

Segundo esta gama de possibilidades, a arte não é apenas

instrumental, deve ser a base de qualquer educação. Exatamente no

desenvolvimento do raciocínio espacial da linguagem gráfica e volumétrica e a

própria alfabetização visual é o que possibilita uma global compreensão de qualquer

conteúdo curricular.

Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar

na metodologia, que pode ser concebida como “A arte de dirigir o espírito na

investigação da verdade”, (Ferreira, 1986). Este é o elemento da pedagogia que está

mais intimamente ligado à prática em sala de aula.

Quando se trata de metodologia é preciso direcionar o pensamento

para o método a ser aplicado: para quem, como, porquê e o quê. O trabalho em sala

de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: sua relação é

de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras

artísticas. No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma

devemos contemplar na metodologia, estas três dimensões, ou seja, devemos

estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e perceber que são

as formas de leitura e o conhecimento empírico.

A seguir apresentamos cada um desses três eixos, lembrando que

os eixos se constituem uma totalidade, podendo ser trabalhados separadamente ou

simultaneamente, de forma que no final das atividades com conteúdo, todos tenham

sido trabalhados com os alunos.

1 - Sentir e perceber

Possibilitar aos alunos o acesso a obras artísticas para que possam

se familiarizar com as diversas formas de produção da arte. Envolve também a

leitura dos objetivos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.

159

O trabalho é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura com o

conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, a arte e a

realidade transcendo as aparências.

2 - Conhecimento estético

Este é o momento da cognição, em que a racionalidade opera para

apreender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte.

A arte é estruturada por um saber, que tem uma origem, e em que

cada conteúdo tem sua história. Isto deve ser conhecido para melhor compreensão

por parte do aluno, para que ele possa conhecer como se organizam as várias

formas de produzir arte e como a sociedade se estrutura historicamente.

3 - Trabalho artístico

A prática artística é a expressão do aluno, é o momento do exercício

da imaginação e criação, pois o processo de produção do aluno é quando ele

interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.

No momento de planejar as aulas, devem ser usados recursos e

metodologias específicas para cada um dos três eixos.

Não só no início desse encaminhamento pelo trabalho artístico, mas

em todos os momentos, é necessário tratar do conhecimento estético, para que o

aluno faça, sabendo o quê e porquê está fazendo. Para complementar o eixo sentir

e perceber, é fundamental que os alunos tenham contato com as produções

culturais existentes como: teatro, festivais de música, visitas a museus, etc.

Neste trabalho podemos perceber que os três eixos metodológicos

foram tratados nas seguintes ordens metodológicas (trabalho artístico, conhecimento

estético, sentir/perceber).

Estes três elementos se completam na medida em que:

160

• A história da arte é a “informação e formação estética de todas as classes

sociais, proporcionando à multiculturalidade brasileira uma aproximação de

códigos culturais de diferentes grupos”, (Ana Mae Barbosa);

• O fazer artístico nos encaminha ao ato de criar. “Criar é, basicamente, formar.

É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de

atividade, trata-se nesse 'novo', de novas coerências que estabelecem para a

mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em

termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de

compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar,

significar”, (Fayaga Ostrower);

• A leitura da Obra de Arte ajuda a decodificar os códigos visuais que foram

feitos agora e no passado, e a apreciá-los.

AVALIAÇÃO

Entende-se avaliação como um dispositivo que ajuda na

consolidação do ato pedagógico, diagnosticando a realidade para nela intervir e

promover mudanças.

A avaliação está presente em todos os momentos do ato pedagógico

vitalizando o processo de produção e socialização do saber na escola.

Ao avaliar a aprendizagem do aluno, o professor está, também,

avaliando a qualidade do trabalho pedagógico realizado. E, através de seus

resultados, pode identificar o nível das elaborações dos alunos e o tipo de

dificuldades surgidas, para que se elaborem situações didáticas e sequências de

intervenções com os desafios (perguntas, leituras, estudos do meio...) necessários à

construção do conhecimento pelos alunos, portanto, a avaliação é compreendida

como processo de libertação do autoritarismo e valorização do papel de

mediador/provocador exercido pelo professor.

A avaliação existe enquanto processo para contribuir no

acompanhamento dinâmico das situações de aprendizagem e assegurar

oportunidades aos alunos para permanecerem na escola, jamais para excluí-los.

161

Avaliar implica em conhecer o aluno, suas relações com a

comunidade, os significados que atribui aos conteúdos estudados, os objetivos

previstos no projeto pedagógico escolar. Desta forma, a escola pode delinear, com

sua comunidade, propostas de educação para formação de sujeitos autônomos e

capazes de intervir, criticamente, na realidade.

A avaliação precisa ocorrer a favor do aluno, sujeito do processo,

aliada de sua aprendizagem e desenvolvimento de autoestima gerando o desejo de

conhecer mais e fortalecendo seus vínculos com a escola.

A recuperação paralela referente às atividades práticas foi realizada

da seguinte forma:

Trabalhos práticos:

• Os conteúdos serão trabalhados primeiramente de maneira teórica através de

formas diversificadas. Em seguida a atividade prática é proposta e

determinado um valor e uma data de entrega;

• Quando o aluno não entregar na data determinada ou não atingir os objetivos,

o conteúdo do trabalho é retornado e dada nova orientação e marcada nova

data para a entrega.

No final do bimestre, é feita uma revisão geral dos conteúdos e é

realizada uma avaliação escrita onde aparece o conteúdo de todo o bimestre. A

avaliação poderá ser elaborada de forma diferenciada das demais aplicadas.

BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª ed., revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo:

Cortez, 2002.

162

_________________. Recorte e colagem: influência de John Dewey no ensino

da arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989.

_________________. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos

tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São

Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.

DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. 4.ed. Campinas,

SP: Papirus, 1995.

___________________. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível.

Curitiba: Criar, 2001.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de arte. 2.ed. São Paulo:

Cortez, 1993.

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de janeiro: Zahar, 1979.

KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4.ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo.SP: Cortez, 2005.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

163

PILLAR, A. D. (org.). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre:

Mediação, 1999.

PILLAR, A. D. A educação do olhar no ensino da arte. In: BARBOSA, A. M. (org.).

Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo, Cortez, 2002.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte.

Curitiba: SEED, 2008.

164

8.2.2 ENSINO MÉDIO COM ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS EM BLOCOS

De acordo com a instrução normativa nº 021/08, o nosso

estabelecimento de ensino adotou a grade curricular para o Ensino Médio por blocos

de disciplinas semestrais, com implantação simultânea (diurno e noturno). Dentro de

cada série, cada bloco terá 400h/a distribuídos em 100 dias letivos.

165

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18/LONDRINA MUNICÍPIO: 2260/ROLÂNDIA

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROF. FRANCISCO VILLANUEVA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

ENDEREÇO: RUA IRACEMA, 266 – VILA OLIVEIRA

FONE: (43) 3256-1825

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: (Simultânea)

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.

BIOLOGIA 04 ARTE 04

EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM – Espanhol* 04 SOCIOLOGIA 03

LEM - Inglês 04 QUÍMICA 04

LÍNGUA PORTUGUESA 06

Total Semanal 29 Total Semanal 25

OBSERVAÇÕES:Matriz Curricular de acordo com a LDB N.º 9394/96.* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM.

166

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18/LONDRINA MUNICÍPIO: 2260/ROLÂNDIA

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROF. FRANCISCO VILLANUEVA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

ENDEREÇO: RUA IRACEMA, 266 – VILA OLIVEIRA

FONE: (43) 3256-1825

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: (Simultânea)

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.

BIOLOGIA 04 ARTE 04

EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM – Espanhol* 04 SOCIOLOGIA 03

LEM - Inglês 04 QUÍMICA 04

LÍNGUA PORTUGUESA 06

Total Semanal 29 Total Semanal 25

OBSERVAÇÕES:Matriz Curricular de acordo com a LDB N.º 9394/96.Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM.

167

ENSINO MÉDIO COM ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS EM BLOCOS

MATEMÁTICA

EMENTA

Matemática: vem do grego mathema que significa aprendizagem. O

ensino de matemática, assim como todo ensino, contribui para as transformações

sociais não apenas através da socialização do conteúdo matemático, mas também

através de uma dimensão política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da

dimensão política contida na própria relação entre conteúdo matemático e a forma

de sua transmissão e assimilação.

Devido à globalização, faz-se necessário entender a Matemática

como ciência no sentido de desenvolver o raciocínio abstrato lógico, contribuindo na

conceitualização e abstração dos conteúdos, bem como ferramenta de auxílio que

constitui um conjunto de técnicas e estratégias para serem aplicadas em outras

áreas e em situações cotidianas.

À parte de situações motivadoras, é possível despertar no aluno

maior interesse em se apropriar do conhecimento matemático, possibilitando a ele

condição de aprender a aprender, tornando-se autônomo ao longo do processo de

ensino-aprendizagem.

Essa autonomia certamente refletirá em sua vida, levando-o a agir

na sociedade em que vive, atuando como cidadão em busca de novos

conhecimentos e soluções para as situações do seu dia a dia.

Os conteúdos estruturantes desenvolvidos na disciplina de

Matemática serão:

• Números e Álgebra;

• Geometria;

• Tratamento da informação;

• Funções.

168

OBJETIVOS GERAIS

A matemática no Ensino Médio visa levar o aluno a:

• Analisar, argumentar e se posicionar criticamente em relação a temas de

ciências e tecnologia, identificando em dada situação problema informações

relevantes e elaborar possíveis estratégias de resolução, fazendo conexão

com outras áreas de conhecimento;

• Promover a realização pessoal, mediante as suas capacidades matemáticas,

às atitudes de autonomia e cooperação que subsidiará estudos posteriores;

• Representar, comunicar, ler, interpretar e produzir textos nas diversas

linguagens e formas textuais características dessa área do conhecimento;

• Investigar e compreender através do enfrentamento e resolução de situações-

problema, utilizando conceitos e procedimentos peculiares do fazer e pensar

matematicamente;

• Analisar criticamente a matemática no âmbito sociocultural que envolve

questões do mundo a serem respondidas ou transformadas por meio do

pensar e do conhecimento científico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebras;

Funções;

Grandezas e Medidas;

Tratamento da Informação;

Geometria

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE – BLOCO2

1º BIMESTRE

169

• Números e Álgebra

Revisão de conteúdos;

Conjuntos Numéricos;

Introdução à teoria dos conjuntos.

• Funções

Função Afim;

Função Modular;

Função Quadrática;

Geometria Plana.

• Grandezas e Medidas

Medidas de Área;

Grandezas Vetoriais, informática e energia.

2º BIMESTRE

• Funções

Função Exponencial;

Função Logarítmica;

Progressão Aritmética;

Progressão Geométrica.

• Tratamento da Informação

Matemática Financeira.

2ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

170

• Tratamento de Informação

Análise Combinatória;

Binômio de Newton;

Teoria das Probabilidades;

Estatística.

2º BIMESTRE

• Funções

Função Trigonométrica.

• Números e Álgebras

Matrizes;

Determinantes;

Sistemas Lineares.

3ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

• Números e Álgebra

Números Complexos.

• Geometria

Geometria Plana;

Geometria Espacial.

2º BIMESTRE

• Números e Álgebra

171

Polinômios.

• Geometria

Geometria Analítica;

Noções básicas de Geometria não-euclidiana.

METODOLOGIA

Sempre que possível, os conteúdos matemáticos serão

desenvolvidos através de situações problemas reais, onde o aluno deverá ler e

interpretar, buscando uma solução. O professor orientará o aluno para a solução.

Durante este trabalho, o professor correlacionará estes conteúdos

com as outras disciplinas. A cada situação-problema o aluno deverá formular

hipóteses, elaborar um plano de resolução, executar este plano e ao final testar

estes resultados.

Á medida que professor e aluno se utilizam de outros meios

(tecnológicos/concretos) para enfocar o conteúdo, a compreensão dos mesmos

torna-se mais clara e rápida, levando o aluno a perceber, talvez sozinho,

características ainda não estudadas.

A mídia (textos/vídeos), as calculadoras e os computadores ganham

importância natural como recursos que permitem a abordagem de problemas com

dados reais e requerem habilidades de seleção e análise de informações.

Uma vez que interdisciplinaridade significa articular, integrar e

sistematizar fenômenos e teoria dentro de uma ciência, entre as várias ciências e

áreas do conhecimento, serão desenvolvidos projetos e mini projetos visando

reconhecer relações entre a matemática e as outras áreas do conhecimento,

percebendo sua presença nos mais variados campos de estudo e da vida humana.

A construção de um conceito matemático será iniciada através de

situações “reais” sempre possíveis, que possibilitem ao aluno tomar consciência de

que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que

estaremos promovendo a difusão e organização do conhecimento matemático.

Visando superar os entraves e o formalismo presente nas concepções anteriores de

172

ensino, os conteúdos serão retomados numa visão mais ampla do conhecimento

matemático de forma diferenciada.

Tomando por base as diretrizes do ensino médio, as aulas serão

planejadas embasadas no conceito dialético: Ação – Reflexão – Ação:

• Haverá uma sondagem dos conteúdos já apropriados pelos alunos para o

conhecimento do nível real de apropriação dos conteúdos dos alunos;

• As aulas serão claras e práticas, levando o aluno à reflexão e ao diálogo,

devendo também, garantir a construção completa de novos conhecimentos

através de metodologias claras e eficazes;

• Trabalhar-se-á em grupos para facilitar a monitoria;

• Solução de situações-problema do grupo, resolvidas pelo grupo;

• Os exercícios e problemas deverão ser resolvidos em sala de aula e em casa;

• Paralelamente à Educação Física, podemos trabalhar organização e

administração de equipes;

• Ao aluno compete pesquisar, estudar individualmente ou em grupo, resolver

os exercícios propostos em sala como em casa, estar de posse de materiais

necessários para um bom andamento e participação da aula;

• Os recursos metodológicos serão bastante diversificados, inclusive, utilizando

a história como fonte de conhecimento sobre a evolução da matemática,

levando o aluno ao hábito da leitura e a compreensão do contexto histórico

em que a matemática foi necessária;

• Trabalhar-se-á o uso do vocabulário específico da disciplina, bem como o uso

do dicionário;

• Confecção de cartazes envolvendo os conteúdos em estudo;

• Testes diagnósticos para que os alunos avaliem o quanto aprenderam e o que

é necessário ser recapitulado pelo professor para que se supere eventuais

dificuldades que surgirem ao longo do ano;

• Promoção de exposições orais e escritas sobre vários assuntos solicitando a

participação do aluno através de questionamentos;

• Apresentar à classe situações-problema interessantes e desafiadores,

dirigindo a discussão no sentido de que novas situações surjam, bem como a

utilização de problemas apresentados pelos alunos;

173

• Será permitido o uso de calculadora para facilitar cálculos, enfatizando-se o

uso correto da mesma nos cálculos;

• Alguns conteúdos serão fixados através de jogos, elaborados ou não pelos

próprios alunos, com o estabelecimento de normas e regras para o

desenvolvimento do ensino-aprendizagem;

• Apoiando-se em problemas concretos, o professor conduzirá o aluno à

solução do mesmo, dando ênfase ao processo de resolução (discussão e

comparação das estratégias utilizadas na obtenção das soluções) e o porquê

do resultado obtido;

• Construção de gráficos com o auxílio do papel quadriculado e, se possível, a

exposição dos mesmos;

• Uso de livros e textos de outras disciplinas, de jornais, revistas, etc, nos quais

o conteúdo matemático se apresente;

• Uso de materiais manipulativos permitindo ao aluno o desenvolvimento do

raciocínio lógico;

• Conversas e entrevistas com profissionais, enfatizando a aplicação do

conhecimento, motivando a aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte fundamental do processo ensino-

aprendizagem, em que o objetivo não é verificar (por meio de uma medição) a

quantidade de informações retidas pelo aluno ao longo de um determinado período,

já que não se concebe ensino como transmissão de conhecimento.

A avaliação deve servir como instrumento diagnóstico no processo

de ensino-aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de

todos os componentes desse processo: aluno, professor, conteúdo, metodologia e

instrumentos de avaliação. Portanto, as avaliações serão contínuas e diagnósticas,

para detectar as dúvidas que os alunos apresentem, facilitando a posição do

professor quanto a retomada de conteúdos.

Alguns itens que serão analisados:

• Observação com relação à participação do aluno durante as aulas;

174

• Observação da capacidade do aluno em expor suas ideias no decorrer das

atividades em sala de aula;

• Tarefa de casa;

• Tarefa de sala de aula;

• Trabalhos individuais;

• Trabalhos em grupo;

• Caderno;

• Seminários;

• Provas;

• Pesquisas que levem a trabalhos interdisciplinares enfocando leitura e

interpretação;

• Resolução de problemas encontrados em revistas e jornais;

Elaboração de problemas a partir de notícias e dados de jornais e revistas.

A recuperação paralela de conteúdos será feita sempre que houver

necessidade e poderá ser dada por meio de:

• Retomada de conteúdos dados;

• Resolução de exercícios complementares e diferenciadas;

• Atendimentos individuais;

• Monitoria;

• Pesquisas individuais ou em pequenos grupos;

• Uso de material manipulável.

BIBLIOGRAFIA

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma

nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática.4.ed. Lisboa: Gradiva,

2002.

175

D’AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio

Claro,n.2. Ano II, pág.15-19, mar.1989.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989.

EVES, H. Introdução à história da matemática. Campinas, SP: UNICAMP, 1995.

GIOVANNI. J. R. Matemática fundamental, 2° grau: volume único. São Paulo:

FTD, 1994.

GUELLI, Oscar. A invenção dos números. São Paulo: Ática, 1992. (Contando a

história da Matemática)

IFRAH, G. Os números: a história de uma grande invenção. 7.ed. São Paulo:

Globo, 1994.

LUCKISI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar.14.ed. São Paulo: Cortez,

2002.

PAIVA, M. Coleção base: Matemática: volume único. Moderna, 1999.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.2.ed. São

Paulo: Cortez, 1991.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Matemática.

Curitiba: SEED, 2008.

176

SOCIOLOGIA

EMENTA

A Sociologia é capaz de analisar os fatos sociais com objetividade

tendo duplo valor: pode aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si

mesmo e da sua sociedade, e pode contribuir para a solução de problemas que ele

enfrenta.

A Lei 9.394/94 estabelece como uma das finalidades centrais do

Ensino Médio a construção da cidadania do educando, evidenciando, assim, a

importância do ensino de Sociologia no Ensino Médio. Tendo em vista que o

conhecimento sociólogo tem como atribuições básicas investigar, identificar,

descrever, classificar e interpretar/explicar todos os fatos relacionados à vida social,

logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a complexidade da

realidade social.

Assim, podendo construir uma postura mais reflexiva e crítica diante

da complexidade do mundo moderno. Ao compreender melhor a dinâmica da

sociedade em que vive, poderá se perceber como elemento ativo, dotado de força

política e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar, através do exercício

pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que levem a um modelo de sociedade

mais justo e solidário.

Essa ciência tem teorias e métodos investigativos que lhe permitiram

acumular reflexões, interpretações, dados sobre os mais variados fenômenos

sociais.

Sendo assim, a personalidade que se pretende construir é a mais

racional possível, que tem a democracia como valor e igualdade social como meta

constante. Dessa forma, a cidadania, o trabalho e a cultura são conceitos

estruturantes da Sociologia atual.

OBJETIVO GERAL

Introduzir o aluno nas principais questões conceituais e

metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política, é o objetivo

177

geral do estudo das ciências sociais no Ensino Médio. A Sociologia como campo

específico de estudo constituído durante o século XX deu origem a um novo campo

do saber voltado para a compreensão da vida do ser humano em grupo e para as

regras e fundamentos das sociedades, o que aconteceu somente a partir do

desenvolvimento da razão, da ciência e da sociedade industrial.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia;

Teoria do Conhecimento;

Ética;

Filosofia Política;

Filosofia da Ciência;

Estética.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

• Pensamento científico e senso comum;

• Gênese sociológica;

• Cultura: criação ou apropriação;

• Economia: modos de produção;

• Política: relações de poder.

2º BIMESTRE

• Teorias sociológicas: Augusto Comte, Émile Durkheim, Weber, Marx;

• Sociólogos brasileiros;

• Capitalismo atual: processo de mundialização/globalização.

2ª SÉRIE – BLOCO 2

178

1º BIMESTRE

• Pensamento científico e senso comum;

• Gênese sociológica;

• Cultura: criação ou apropriação/diversidade, etnocentrismo, etnia;

• Economia: modos de produção / trabalho e desigualdade social;

• Política: relações de poder/alienação e ideologia.

2º BIMESTRE

• Instituições sociais: família, Estado, igreja, escola;

• Cultura e ideologia: cultura de massa, cultura erudita, cultura como

mercadoria;

• Ideologia e classes sociais.

3º SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

• Pensamento científico e senso comum;

• Gênese sociológica e função social da Sociologia;

• Cultura: diversidade, etnocentrismo, discriminação, xenofobia;

• Economia: capitalismo / globalização, desigualdade social;

• Política: ideologia, alienação: social, econômica e intelectual, direitos

humanos.

2º BIMESTRE

Movimentos sociais:

• cooperativismo, movimentos sociais urbanos e rurais, ONG's (3º setor),

movimentos mundiais, associações.

Sociedade, Poder e Política:

• Formação do Estado Moderno: a lei e as relações de poder, partidos políticos;

• Metodologia para trabalhos científicos (projetos).

179

Obs.: Os conteúdos do 2º bimestre podem ser trabalhados em forma de projetos.

METODOLOGIA

Para cada conteúdo, o professor deve eleger textos para uso próprio

e para uso do aluno; recursos audiovisuais, como filmes, fotografias, transparências,

cartazes, músicas, etc; dinâmicas de grupos; trabalhos como resultado final da

aprendizagem, pesquisas em instituições sociais, sobre a média, etc; dissertações

que reflitam os textos trabalhados, etc.

AVALIAÇÃO

Sabemos que a avaliação é uma prática social constante em nossa

sociedade, pois avaliamos coisas e pessoas. Não sendo só a escola portadora desta

prática, mas sim de todos os grupos sociais.

Na escola, a avaliação é um meio para aperfeiçoar o processo

educativo. Sendo assim, a avaliação deve ser contínua como um meio para

aperfeiçoar a metodologia do professor e o desempenho do aluno, deve ser

organizada, a partir de objetivo a longo, médio e curto prazo, e os critérios devem

estar claros para os avaliadores e para os avaliados. Neste sentido, a avaliação é do

professor e do aluno; e não apenas do aluno.

As atividades de avaliação podem ser processuais, ou seja, a cada

conteúdo trabalhado, estabelece quais práticas sociais quer desenvolver nos alunos.

Assim a oralidade, a escrita, a capacidade de argumentação, a capacidade de

pesquisar, entre outras. Na Sociologia, podemos diversificar as atividades de

avaliação nos utilizando de textos, filmes, pesquisas, seminários, provas

dissertativas e objetivas, entre outras.

A recuperação paralela será realizada, após a retomada de cada

conteúdo estudado e será feita continuamente em forma de trabalhos escritos.

BIBLIOGRAFIA

180

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13.ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.

____________. Filosofia. São Paulo, 2000.

FAUSTO, Boris. Trabalho urbano e conflito social. 4.ed. São Paulo: Editora Difel,

1986.

FERNANDES, Florestan. Mudanças Sociais no Brasil. 1.ed. São Paulo: Editora

Difel, 1974.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,

1987.

GALLIANO, A. Introdução à Sociologia. São Paulo: Editora Harbra, 1981.

GIDDENS, Antony. Sociologia. Tradução de Sandra Regina. 4.ed. Porto Alegre:

Editora Artmed, 2005.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Pioneira, 1996.

FILOSOFIA

EMENTA

Atualmente, considera-se que a Filosofia pode se realizar tendo

como ponto de partida as interfaces com as disciplinas de História, Ciências, Arte e

Literatura, com intuito de compreendê-las melhor e de um modo mais amplo,

apresentando-se tanto como conteúdo filosófico, quanto como ferramenta que

possibilita o desenvolvimento do educando com um estilo próprio de pensamento.

181

Estes conteúdos, denominados estruturantes e específicos, ficaram

assim estabelecidos a partir do resgate do referencial teórico metodológico

construído na Diretriz Curricular de Filosofia, tendo como ponto de referência a

História da Filosofia e seu Ensino, buscando se localizar nos principais problemas a

tratar com os estudantes do Ensino Médio.

A Diretriz Curricular de Filosofia indica possíveis recortes a partir de

problemas sobre os quais cada conteúdo estruturante nos remete a pensar,

propondo, então, que a disciplina de Filosofia tem a função de articulação cultural

seguida de articulação do indivíduo enquanto personagem social, uma vez se

reconhecido que devemos entender que o autêntico processo de socialização requer

consciência e compreensão da identidade social, bem como uma análise crítica da

relação homem/mundo. A Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, em que

sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as

diferenças a sua convivência e a construção da sua história.

OBJETIVOS GERAIS

• Introduzir o aluno do Ensino Médio de forma pluridimensional e democrática,

oferecendo-lhe a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações;

• Viabilizar interfaces com outras disciplinas para que o aluno compreenda a

Linguagem, Literatura, História, Ciências e Arte de uma forma ampla e crítica;

• Propiciar ao aluno um espaço de criação e provocação do pensamento

original, da busca, da compreensão, da imaginação da investigação, bem

como da criação de conceitos para que tome contato com os problemas

filosóficos atuais;

• Criar conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis

que darão vida ao ensino de “Filosofia”;

• Conscientizar o aluno de seu papel na sociedade e na construção de

consensos com relação à política do país;

• Aprender a articular os problemas da vida atual, relacionando-os com a

filosofia da vida.

182

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Mito e Filosofia:

• Saber mítico;

• Saber filosófico;

• Relação mito e filosofia;

• Atualidade do mito;

• O que é Filosofia.

2º BIMESTRE

Teoria do Conhecimento:

• Possibilidade do conhecimento;

• As formas de conhecimento;

• O problema da verdade;

• A questão do método;

• Conhecimento e lógica.

2ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Ética:

• Ética e Moral;

• Pluralidade ética;

• Ética e violência;

• Razão, desejo e vontade;

183

• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

2º BIMESTRE

Filosofia política:

• Relação entre comunidade e poder;

• Liberdade e igualdade política;

• Política e ideologia;

• Esfera pública e privada;

• Cidadania formal e/ou participativa.

3ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Filosofia da Ciência:

• Concepção de ciência;

• A questão do método científico;

• Contribuição e limites da ciência;

• Ciência e ideologia;

• Ciência e ética.

2º BIMESTRE

Estética:

• Natureza da arte;

• Filosofia e arte;

• Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc;

• Estética e sociedade.

184

METODOLOGIA

O trabalho do professor em sala de aula assegurará ao estudante a

experiência do específico da atividade filosófica, praticando e refazendo o percurso

filosófico, propondo problematizações, leituras filosóficas, análises de textos,

organizações de debates, pesquisas e sistematizações através de:

• Vídeo;

• Música;

• Textos complementares;

• Trabalho em grupo;

• Trabalho com pesquisas;

• Questionamentos para debates;

• Criatividade e imaginação;

• Elaboração de Conceitos partindo do pensamento original;

• Argumentação crítica;

• Investigação de conceitos;

• Experiência pessoal e subjetiva com atividades reflexivas de

compartilhamento no processo de construção de conceitos e valores de uma

forma crítica e investigativa;

Reflexão sobre problemas com significados históricos e sociais, estudados e

generalizados com textos filosóficos com intuito de obterem subsídios para que

possam pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos;

• Recorrendo à história da filosofia e aos clássicos, em que o estudante se

defronta com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis

soluções já elaboradas que embora não resolvam o problema, porém

orientam a discussão;

• Análise dos problemas sociais da atualidade para que assim possa dialogar

com a vida em uma abordagem contemporânea;

• Construção do próprio discurso filosófico, partindo de problemas atuais

ocorridos na sociedade dentro das esferas municipal, estadual, nacional e

internacional, tais como: violência, drogas, etnias, crime organizado, miséria,

185

diferenças de classes sociais, trabalho, democracia, direitos e deveres do

cidadão conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos; Agricultura;

Indústria; Meio Ambiente; Política brasileira; Valores: respeito mútuo,

honestidade, família, solidariedade, cooperação, etc;

• Colocando em discussão e/ou debate textos filosóficos que ajudou os

filosóficos a entender e analisar filosoficamente o problema em questão,

trazendo-o para o presente com objetivo de fazer entender o que ocorre hoje

e como podemos, a partir da Filosofia, entender os problemas de nossa

sociedade e aprender criar situações para agir sobre os mesmos para assim

ocorrer mudanças e transformações;

• Dissertação;

• Produção de textos;

• Utilização do livro didático, uma vez que o mesmo se encontra incorporado

dentro de seus limites e possibilidades nos quatro momentos do Ensino de

Filosofia: A sensibilização; A Problematização; A Investigação e a Criação de

Conceitos;

• Consulta ao acervo da Biblioteca da escola;

• Consulta ao Portal Dia-a-Dia Educação, explorando os recursos de estudo e

pesquisa lá disponíveis.

AVALIAÇÃO

A Filosofia como prática, como discussão com o outro, como

construção de conceitos, encontra seu sentido na experiência de pensamento

filosófico. Entende-se por experiência esse acontecimento inusitado que o educador

pode propiciar, preparar, porém, não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica de

subsidiar e redirecionar o curso da ação no processo de ensino-aprendizagem,

enfocando a garantia da qualidade do ensino, enquanto professores, estudantes e

instituição escolar, os quais realizam a construção coletivamente.

186

O ensino de filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, no qual a

avaliação feita pelo professor deverá respeitar as posições e argumentações do

aluno.

A recuperação paralela será realizada, após a retomada de cada

conteúdo estudado e será feita continuamente de forma diversificada.

BIBLIOGRAFIA

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio

como experiência filosófica. In: CADERNOS CEDES, n° 64. A Filosofia e seu

ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, (2004).

BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento.

Tradução Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

BRASÍLIA, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do Ensino

Médio. Brasília: MEC/SEB, 2004.

CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. Vol 1. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1986.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é Filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. E

Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans.) – Título

original: Qu’est-ce que la philosophie?

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs.). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes,

2000.

LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI, G.;

DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

187

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São

Paulo: Paulus, 2003.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Filosofia.

Curitiba: SEED, 2008.

LÍNGUA PORTUGUESA

EMENTA

A língua deve ser concebida como um conjunto aberto e múltiplo de

práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos

historicamente situados.

Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em

si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento

constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente.

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos

históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de relações

sócio-verbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação sócio-verbal.

Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo

num complexo feixe de relações sócio-verbais. De forma alguma, podemos ser

compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical; ou

como meros reprodutores de um certo monumento linguístico cristalizado; ou, ainda,

como meros usuários de um instrumento externo a nós.

Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer

aos/às alunos/as a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles/elas já

têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola, obviamente, nunca

parte do zero: os/as alunos/as têm uma experiência acumulada de práticas de fala e

188

de escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto

de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo.

Ao término do Ensino Médio é fundamental que nossos/as alunos/as

tenham adquirido efetiva autonomia naquelas práticas de linguagem que devem ser

de domínio comum de todos os cidadãos.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva

nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a

Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso

enquanto prática social (leitura, escrita e oralidade).

O discurso é muito mais que mera mensagem, como um simples

esquema em que há emissor, receptor, código, referente mensagem. Como postula

Bakhtin (1996), o discurso não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre

numa atitude responsiva a outros textos. Os discursos jamais são concebidos

dissociados de uma realidade material, são formados por diferentes vozes que, por

sua vez, representam ideologias muitas vezes contraditórias, opostas, justificadas

pelo seu uso em diferentes esferas sociais, (Barros, 2001).

É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os

conceitos oriundos da Linguística, Sociolinguística, Semiótica, Pragmática, Estudos

Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,

Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o

aprimoramento da competência linguística dos estudantes.

OBJETIVOS GERAIS

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo de

ensino:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

189

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o

gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na

sua organização;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

• reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar

acesso aos recursos de expressão e compreensão de processo discursivos,

como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais

em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito

singular e coletivo.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles

decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se

inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota

no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Conteúdo Estruturante da disciplina de Língua Portuguesa e

Literatura é o discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Gêneros:

190

• Poema (leitura, escrita, oralidade);

• Haicai (leitura, escrita, oralidade);

• Anúncio publicitário (leitura, escrita);

• Carta do leitor (leitura, escrita);

• Romance (leitura).

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• variações linguísticas;

• temporalidade;

• semântica;

• progressão referencial;

• ideologia presente no texto;

• situacionalidade;

• informatividade;

• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

2º BIMESTRE

Gêneros:

• Crônica (leitura, escrita);

• Romance (leitura).

Conteúdos básicos:

191

• conteúdo temático;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• informatividade;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• semântica;

• situacionalidade;

• temporalidade;

• variações linguísticas.

2º SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Gêneros:

• Conto (leitura, escrita);

• Seminário (oralidade);

• Poema (leitura).

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• elementos extralinguísticos;

• semântica;

192

• variações linguísticas;

• papel do locutor e interlocutor;

• temporalidade.

2º BIMESTRE

Gêneros:

• Artigo de opinião (leitura, escrita);

Romance (leitura);

• Resumo (escrita).

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• temporalidade;

• semântica;

• variações linguísticas

• progressão referencial;

• ideologia presente no texto;

• situacionalidade;

• informatividade;

• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

3º SÉRIE – BLOCO 1

193

1º BIMESTRE

Gêneros:

• Romance (leitura);

• Editorial (leitura, escrita).

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• temporalidade;

• semântica;

• variações linguísticas;

• progressão referencial;

• ideologia presente no texto;

• situacionalidade;

• informatividade;

• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

2º BIMESTRE

Gêneros:

• Paródia (escrita);

• Romance (leitura);

• Resumo (escrita);

• Texto argumentativo (escrita).

194

Conteúdos básicos:

• conteúdo temático;

• interlocutor;

• intencionalidade;

• intertextualidade;

• vozes sociais;

• elementos composicionais do gênero;

• marcas linguísticas do gênero;

• adequação do discurso ao gênero;

• temporalidade;

• semântica;

• variações linguísticas;

• progressão referencial;

• ideologia presente no texto;

• situacionalidade;

• informatividade;

• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

METODOLOGIA

O trabalho com os gêneros discursivos deve contemplar as práticas

de leitura, oralidade, escrita e análise linguística.

Tendo em vista que a fala é a prática discursiva mais empregada, é

preciso criar condições para que o estudante perceba que todos os níveis de

expressão são legítimos. Contudo, faz-se necessária a apropriação da variedade

padrão, uma vez que é a que tem prestígio social e é empregada em determinados

contextos sociais. Portanto, é imprescindível que o professor proponha atividades

que leve o estudante a refletir sobre os usos da linguagem nos diferentes contextos

195

e situações; a fala com fluência em situações formais, adequar a linguagem ao

contexto e aproveitar os recursos expressivos da língua.

Segundo as Diretrizes Curriculares (2008), “É desejável que as

atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam

relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção”. Em outras palavras,

isso significa que as atividades de produção textual devem corresponder à prática

social do gênero em estudo, uma vez que prepara o estudante para exercer seu

papel na sociedade.

Segundo Antunes (2003), a produção escrita envolve a ampliação de

leituras sobre a temática proposta, planejamento, escrita, revisão e reescrita dos

textos. Desta forma o estudante aprimora sua competência de escrita ao apreender

os mecanismos da organização da linguagem escrita.

A leitura, numa concepção sociointeracionista de linguagem, é vista

como um ato dialógico, interlocutivo. Assim, o leitor, ao interagir com o texto,

desenvolve uma atitude responsiva diante do que lê. Quanto maior seu repertório de

leituras, melhor será sua interação com o texto.

Assim, o professor deve oferecer aos estudantes o contato com os

mais variados gêneros da esfera social e considerar, na interpretação e

compreensão de um texto, o contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do

texto, o interlocutor, o gênero, o suporte, o conhecimento de mundo do estudante, os

conhecimentos linguísticos, além do diálogo com outros textos e linguagens.

A análise linguística deve perpassar as práticas de leitura, escrita e

oralidade. Portanto, cabe o professor selecionar o gênero que pretende trabalhar e,

depois de explorar o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação,

analisar, por meio de atividades, as marcas linguístico-enunciativas presentes no

gênero em estudo.

LITERATURA

Nos estudos literários recentes, o autor e a obra deixaram de ser,

exclusivamente, os elementos que propiciam a compreensão do fenômeno literário,

196

cedendo lugar ao leitor ou à recepção. Nessa perspectiva, o leitor assume o papel

de interlocutor, atualizando a obra no ato da leitura.

Partindo dos pressupostos da Estética da Recepção, a Literatura

será abordada segundo os passos do Método Recepcional, de Aguiar e Bordini, a

saber: 1º determinação do horizonte de expectativas; 2º atendimento do horizonte de

expectativas; 3º ruptura dos horizontes de expectativas; 4º questionamento do

horizonte de expectativas; 5º ampliação do horizonte de expectativas.

Há que se considerar também, no trabalho com a Literatura, o

diálogo da obra literária com outros textos, formas de linguagem e campos do

conhecimento, o que torna mais significativa a leitura de obras literárias.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações

organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu,

de que forma e em quais condições. Deve funcionar, por um lado, como instrumento

que possibilite ao professor analisar criticamente sua prática educativa; e por outro,

com instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de conhecer seus avanços

e dificuldades.

Nesse sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e

aprendizagem, e não apenas em momentos específicos.

Por se caracterizar como uma proposta à compreensão que o aluno

tem sobre os aspectos do conhecimento a serem trabalhados, é também,

responsiva, atuando como elemento balizador das pautas interacionais e das

intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos

no processo de aprendizagem.

A recuperação paralela de estudos será ofertada a todos os alunos,

independentemente do rendimento, logo após a utilização de um instrumento

avaliativo (qualitativa e/ou quantitativamente) ou no final do bimestre.

BIBLIOGRAFIA

197

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro & Interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução De Michel Lahud

e Yara Frateschi. São Paulo: Hicitec, 1986.

BARROS, Diana Luz Pessoa. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do

discurso. In: Faraco, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de; JEZZA, Cristóvão

(Orgs.) Diálogos com Bakthin. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2001.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia (Org.). Ensino Médio. Construindo uma

proposta para os que vivem do trabalho.3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

_____________________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Língua Portuguesa.

Curitiba: SEED, 2008.

ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. São Paulo:

Ática, 1989.

ARTE

EMENTA

Entende-se a Arte como geradora de expressões sensíveis, que ao

longo dos séculos propicia ao homem a descoberta das grandes ideias, juntamente

com a apreciação de seus sentidos. Sabe-se que, através da arte, o ser humano

198

pode tornar visível ou sensível, seu pensamento, sentimento, percepção, que até em

determinado momento lhe era subjetiva, ou seja, a arte permite a troca de

expressões através da visão, tato, olfato, gustação, audição e intuição.

Na história humana e em todas as culturas, podemos constatar a

presença da arte, em objetos utilitários, rituais, expressões dramáticas e musicais.

Por isso é necessário que o indivíduo entre em contato com arte, apropriando-se de

saberes culturais e estéticos para sua formação e desempenho social.

Sabe-se que não existe arte sem pensamento racional, nem ciência

sem imaginação e sensibilidade. Tanto uma como a outra são ações criadoras,

produtos que expressam as representações de diferentes culturas no percurso da

história.

É esperado que o ensino de artes, enquanto elemento envolvedor do

ser humano em todas as suas experiências sensoriais, perceptíveis, intelectuais,

proporcione ao homem algo mais que o simples fazer automatizado. Espera-se que,

através da arte, haja um crescente desenvolvimento da capacidade perceptiva e

expressiva junto à educação.

OBJETIVO

Despertar a percepção em relação às condições contemporâneas, empregando a

arte como objeto de diferencial estético na apreensão do mundo;

• Entender a arte enquanto expressão dos sentimentos, como comunicação

sensorial, em que cada pessoa projeta e absorve informações do seu ponto

de vista existencial;

• Estabelecer relações entre a produção visual de um período e os reflexos na

sociedade desta época;

• Perceber a riqueza existente nos sons cotidianos, direcionando a ouvir ao

apreciar constante de produções sonoras, desenvolvendo também a

capacidade de improvisar;

• Levar o aluno à percepção de formas visuais, sonoras e gestuais, através do

uso da observação, imaginação e articulação dos elementos na estrutura

formal;

199

• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;

• Contextualizar a arte como fato histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1ª SÉRIE – BLOCO 2

ÁREA – MÚSICA

Elementos formais e composição:

• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia,

escalas, técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, improvisação, etc) e

gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, etc).

Movimentos e períodos:

• MPB (Música Popular Brasileira), Hip Hop (música engajada), Vanguarda,

Música Oriental e Latino-Americana.

ÁREA – ARTES VISUAIS

Elementos Formais e composição:

• Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, luz, estilização, deformação,

simetria, ritmo visual, contrastes, perspectiva, abstrato, figurativo,

bidimensional, tridimensional, técnicas (pintura, desenho, modelagem, etc) e

gêneros (natureza morta, histórica, religiosa, etc).

Movimentos e períodos:

• Arte Ocidental, Arte Oriental e Arte Africana.

ÁREA – DANÇA

Elementos Formais e Composição:

200

• Movimento corporal, tempo, espaço, kinesfera, fluxo, peso, eixo, salto e

queda, giro, rolamento, movimentos articulares (lento, rápido e moderado),

aceleração e desaceleração, deslocamento, direção, planos, coreografia,

improvisação e gêneros (espetáculo, étnica, folclórica, populares, etc).

Movimentos e períodos:

• Pré-história, Greco-romana e Medieval.

ÁREA – TEATRO

Elementos Formais e Composição:

• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), aço, espaço,

técnicas (jogos teatrais, mímica, roteiro, encenação, leitura dramática, etc),

cenografia iluminação, caracterização, sonoplastia, figurino e direção.

Movimentos e Períodos:

• Teatro Greco- Romano e Teatro Medieval.

2ª SÉRIE – BLOCO 2

ÁREA – MÚSICA

Elementos Formais e Composição:

• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia,

escalas, técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, improvisação, etc) e

gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, etc).

Movimentos e Períodos:

• MPB ( Música Popular Brasileira), Música Africana e Latino-Americana.

201

ÁREA – ARTES VISUAIS

Elementos Formais e Composição:

• Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, luz, estilização, deformação,

simetria, ritmo visual, contrastes, perspectiva, abstrato, figurativo,

bidimensional, tridimensional, técnicas (pintura, desenho, modelagem, etc) e

gêneros (natureza morta, histórica, religiosa, etc).

Movimentos e Períodos:

• Arte Ocidental ( séc. XIV ao XIX), Arte de Vanguarda e Arte Contemporânea.

ÁREA – DANÇA

Elementos Formais e Composição:

• Movimento corporal, tempo, espaço, kinesfera, fluxo, peso, eixo, salto e

queda, giro, rolamento, movimentos articulares (lento, rápido e moderado),

aceleração e desaceleração, deslocamento, direção, planos, coreografia,

improvisação e gêneros (espetáculo, étnica, folclórica, populares, etc).

Movimentos e Períodos:

• Renascimento, dança clássica, dança moderna, vanguardas, dança

contemporânea.

ÁREA – TEATRO

Elementos Formais e Composição:

• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), aço, espaço,

técnicas (jogos teatrais, mímica, roteiro, encenação, leitura dramática, etc),

cenografia iluminação, caracterização, sonoplastia, figurino e direção.

Movimentos e Períodos:

202

• Teatro Renascentista, Teatro Realista, Teatro Simbolista e Teatro de

Vanguarda.

3ª SÉRIE – BLOCO 2

ÁREA – MÚSICA

Elementos Formais e Composição:

• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia,

escalas, técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, improvisação, etc) e

gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, etc).

Movimentos e Períodos:

• MPB (Música Popular Brasileira), Música Paranaense, Música Oriental e

Latino-Americana.

ÁREA – ARTES VISUAIS

Elementos Formais e composição:

• Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, luz, estilização, deformação,

simetria, ritmo visual, contrastes, perspectiva, abstrato, figurativo,

bidimensional, tridimensional, técnicas (pintura, desenho, modelagem, etc) e

gêneros (natureza morta, histórica, religiosa, etc).

Movimentos e Períodos:

• Arte Brasileira, Arte Paranaense e Arte Contemporânea.

ÁREA – DANÇA

Elementos Formais e Composição:

• Movimento corporal, tempo, espaço, kinesfera, fluxo, peso, eixo, salto e

queda, giro, rolamento, movimentos articulares (lento, rápido e moderado),

203

aceleração e desaceleração, deslocamento, direção, planos, coreografia,

improvisação e gêneros (espetáculo, étnica, folclórica, populares, etc).

Movimentos e Períodos:

• Dança Indígena, Dança Contemporânea, Dança Popular Brasileira, Dança

Paranaense, Hip Hop (Street Dance).

ÁREA – TEATRO

Elementos Formais e Composição:

• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), aço, espaço,

técnicas (jogos teatrais, mímica, roteiro, encenação, leitura dramática, etc),

cenografia iluminação, caracterização, sonoplastia, figurino e direção.

Movimentos e Períodos:

• Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Engajado e Teatro Popular.

METODOLOGIA

Os conteúdos elencados em artes são os que contemplam os

objetivos que favoreçam aos alunos o interesse pela “aventura” de conhecer e fazer

arte.

A arte pode ser aquilo que nos distingue dos outros. A arte é um modo

de nos aproximarmos dos outros e de nos integrarmos .

Os elementos plásticos, sonoros e teatrais têm como objetivo,

alfabetizar o educando (processo que tem início no ensino fundamental) o

conscientizando melhor da utilização desses elementos nas linguagens artísticas no

cotidiano.

A partir do reconhecimento dos elementos das diferentes linguagens,

será necessário que o aluno aplique esses conceitos nas suas composições

sonoras, plásticas e teatrais.

204

O estudo da História da Arte será necessário para que o educando

entre em contato com as produções artísticas existentes no decorrer da História,

ampliando com isso o seu conhecimento artístico.

Através da expressão artística (teatro, música, dança e artes

plásticas), têm, as pessoas, a possibilidade de criar, melhorando a percepção em

relação à materiais da natureza e do mundo cultural, utilizando-se de técnicas e

tecnologias variadas, aplicando-as a essas composições, podendo incluir o

conhecimento e sensibilidade adquiridos através da História da Arte.

Os educandos da escola média, ao fazerem, analisarem, e

apreciarem artisticamente suas elaborações por meios das linguagens, aprendem a

reconhecer e compreender uma variedade de significado, de interferências culturais,

econômicas, políticas que aparecem nas manifestações culturais.

Através dos elementos da linguagem, da composição e da História

da Arte, os educandos estarão mais prontos a realizar, apreciar e analisar produções

e manifestações artísticas, tornando-as mais sensíveis, expressivas, comunicativas

e críticas no que diz respeito a sua vida e ao seu mundo.

Tem como proposta também colaborar com projetos educacionais

de outras disciplinas, bem como das especificidades de cada uma delas,

proporcionando a interdisciplinaridade e trânsito entre fronteira de conhecimento,

objetivando uma educação transformadora e responsável, preocupada com a

formação e identidade dos indivíduos.

Partindo do pressuposto que arte forma integralmente o homem

adaptando-o ao meio social, estimulando-o a uma atividade criadora diante de todas

as manifestações de vida, capacitando-o a se situar dentro da cultura de sua época,

tendo como objetivo integrador capacitar o aluno a reagir criativamente a novos

estímulos e à situações novas buscando a imaginação, originalidade,

espontaneidade, inventividade e concentração.

Segundo esta gama de possibilidades a arte não é apenas

instrumental, deve ser base de qualquer educação. Exatamente o desenvolvimento

do raciocínio espacial da linguagem gráfica e volumétrica, e a própria alfabetização

visual é o que possibilita uma global compreensão de qualquer conteúdo curricular.

205

Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar

na metodologia que pode ser concebida como “A arte de dirigir o espírito na

investigação da verdade”, (FERREIRA, 1986). Este é o elemento da pedagogia que

está mais intimamente ligado à prática em sala de aula.

Quando se trata de metodologia, é preciso direcionar o pensamento

para o método a ser aplicado: para quem, como, porque e o quê. O trabalho em sala

de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: sua relação é

de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras

artísticas. No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma,

devemos contemplar na metodologia estas três dimensões, ou seja, devemos

estabelecer o eixo o trabalho artístico, que é o fazer; o sentir e perceber, que são as

formas de leitura e o conhecimento que fundamenta e possibilita ao aluno um

sentir/perceber e um trabalho mais sistematizado, superando o senso comum do

conhecimento empírico.

A seguir, apresentamos cada um desses três eixos, lembrando que

os eixos se constituem uma totalidade, podendo ser trabalhados separadamente ou

simultaneamente de forma que no final das atividades com conteúdos, todos tenham

sido trabalhados com os alunos.

1. Sentir e perceber

Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que possam

se familiarizar com as diversas formas de produção de arte. Envolve também a

leitura dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.

O trabalho é de possibilitar o acesso e mediar esta leitura com o

conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras de arte e a

realidade, transcendendo as aparências, aprendendo dessa forma parte da

totalidade da realidade social.

2. Conhecimento estético

206

Este é o momento da cognição, quando a racionalidade opera para

apreender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte.

A arte é estruturada por um saber, que tem uma origem, e que cada

conteúdo tem sua história. Isto deve ser conhecido para melhor compreensão por

parte do aluno; para que ele possa conhecer como se organizam as várias formas

de se produzir arte, e como a sociedade se estrutura historicamente.

3. Trabalho artístico

A prática artística é a expressão do aluno, é o momento do

exercício, da imaginação e da criação, pois o processo de produção do aluno ocorre

quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os

sentidos.

O momento de planejar as aulas com recursos e metodologias

específicas para cada um dos três eixos.

Em todos os momentos, é necessário tratar do conhecimento

estético, para que o aluno faça, sabendo o que e o porque está fazendo. Para

complementar o eixo sentir e perceber, é fundamental que os alunos tenham contato

com as produções culturais existentes como: teatro, festivais de música, visita em

museus, etc.

Neste trabalho, podemos perceber que os três eixos metodológicos

foram tratados na seguinte ordem metodológica: trabalho artístico, conhecimento

estético, sentir/perceber.

Estes três elementos se completam na medida que:

- A História da Arte é a “informação e formação estética de todas

as classes sociais, proporcionando à multiculturalidade brasileira uma

aproximação de códigos culturais de diferentes grupos”, (Ana Mae Barbosa);

- O fazer artístico nos encaminha ao ato de criar. “Criar é

basicamente formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que

seja o campo de atividade, trata-se, nesse “novo”, de novas coerências que

estabelecem para a mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e

compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a

207

capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar,

configurar, significar”, (Fayga Ostrower);

- A leitura da obra de Arte ajuda a decodificar os códigos visuais

que foram feitos ao longo da História, podendo apreciá-los ou não.

AVALIAÇÃO

Entende-se a avaliação como um dispositivo que auxilia na

consolidação do ato pedagógico, diagnosticando a realidade para nela intervir e

promover mudanças.

A avaliação está presente em todos os momentos do ato

pedagógico, utilizando o processo de produção e socialização do saber na escola.

Ao avaliar a aprendizagem do aluno, o professor está também

avaliando a qualidade do trabalho pedagógico realizado. E através de seus

resultados, pode identificar o nível das elaborações dos alunos e o tipo de

dificuldades surgidas, para que se elaborem situações didáticas e sequências de

intervenções com os desafios (perguntas, leituras, estudos do meio...) necessários à

construção do conhecimento pelos alunos, portanto, a avaliação é compreendida

como processo de libertação do automatismo e valorização do papel de

mediador/provocador exercido pelo professor.

A avaliação existe enquanto processa para contribuir no

acompanhamento dinâmico das situações de aprendizagem e assegurar

oportunidades aos alunos para permanecerem na escola, jamais para excluí-las.

Avaliar implica em conhecer o aluno, suas relações com a

comunidade, os significados que atribui aos conteúdos estudados, os objetivos

previstos no projeto pedagógico escolar. Desta forma, a escola pode delinear com

sua comunidade propostas de educação para formação de sujeitos autônomos e

capazes de intervir criticamente na realidade.

A avaliação precisa ocorrer a favor do aluno, sujeito do processo,

aliada de sua aprendizagem e desenvolvimento de sua auto-estima, gerando o

desejo de conhecer mais e fortalecendo seus vínculos com a escola.

No ensino de Artes, a recuperação paralela pretende oportunizar ao

educando uma nova chance de apresentar seu conhecimento em relação ao

208

assunto trabalhado. Portanto, faz-se necessário observar atentamente a produção

do aluno e o seu respectivo interesse, cabendo a ele decidir em qual linguagem

pretende se manifestar para demonstrar que atingiu os objetivos pertinentes ao

conteúdo, ou seja, pode ser através do desenho/pintura/escultura, ou música, ou

teatro, ou, ainda, dança. Para desta forma valorizar toda e qualquer atuação

artística.

A recuperação paralela é algo que deve acompanhar este processo,

pois, através dela, o aluno pode ampliar o conhecimento

BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª ed., revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n° 5692/71: Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, LDB. Brasília, 1971.

BRASIL, Leis, decretos, etc. Lei n° 9394/96: Leis de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: M. Fontes, 1986.

KOUOELA, I. D. Jogos teatrais. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

LOWENFELD, V.; BRITTAIN, L. W. Desenvolvimento da capacidade criadora.

São Paulo: Mestre Jou, 1977.

209

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes,

1987.

OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro

Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,

1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Texto elaborado pelos

participantes dos encontros de formação continuada. Orientações Curriculares.

Curitiba: SEED, 2003/2005, Mímeo.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

SCHAFFER, M. O ouvido pensante. São Paulo; Unesp, 1991.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte.

Curitiba: SEED, 2008.

HISTÓRIA

EMENTA

História é um ramo da ciência que trata dos fenômenos humanos ao

longo do tempo.

Caracteriza-se pelos estudos de mudanças e permanências

ocorridas na sociedade.

210

Na produção da história é necessário utilizar várias fontes, entre

elas: relatos orais, vestígios, mitos, ideias, etc.

Baseadas nessas diversas fontes, surge a produção historiográfica

que possibilita a formação da história da humanidade, no entanto, esta história será

fruto da concepção de cada historiador e o tempo vivenciado por ele. Tal

característica nos leva a sempre repensar as dimensões históricas e as relações que

estas mantêm com a atualidade, através de uma relação dialética entre passado e

presente de forma a ampliar o horizonte de compreensão e crítica a atuação dos

homens e mulheres na sociedade ao longo do tempo. Nesse sentido, o ensino de

história no Ensino Médio possui condições de contribuir para a construção de laços

de solidariedade, identidade, consolidação da cidadania, além de levar o educando a

perceber seus compromissos com os grupos sociais que participam através da

reflexão crítica.

Os conteúdos estruturantes são responsáveis pela forma de

organização, seleção e preparação didática de aula. Seriam as lentes dos conteúdos

específicos. Nesse sentido os conteúdos estruturantes são: trabalho, cultura, poder.

São eles responsáveis pela articulação entre as categorias de espaço e tempo para

o ensino de História.

OBJETIVOS GERAIS:

• Fazer com que o aluno possa ser um agente crítico e transformador da

sociedade;

• Favorecer para o aluno a construção de sua identidade perante os fatos

vivenciados historicamente;

• Levar o aluno a refletir sobre seu papel na sociedade;

• Tornar o aluno um sujeito histórico do seu tempo capaz de redimensionar o

presente fazendo uma relação com o passado;

• Levar o aluno a extrair informações de diversas fontes documentais e

interpretá-las através da análise.

211

1º SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE TRABALHO

OBJETIVOS

• Compreender a diversidade do trabalho no decorrer do processo histórico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Escravidão e trabalho livre:

• A escravidão e o trabalho livre em Atenas.

Divisão sexual do trabalho na sociedade:

• Primitivas;

• Antiguidade.

2º BIMESTRE

Escravidão e trabalho livre:

• A escravidão e o trabalho livre em Roma.

A Constituição do mundo do trabalho na sociedade medieval:

• Servos, camponeses e vilões;

• Corporações de ofício e mercadores.

Divisão sexual do trabalho na sociedade:

• Feudalismo.

212

1º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Relações de Poder

OBJETIVOS

• Compreender a organização do Estado em sociedades que vinculam relações

de poder às diferentes formas de exclusão.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A organização do Estado na Antiguidade Clássica:

• Estado Teocrático Egípcio;

• A democracia escravista em Atenas.

O papel da guerra:

• Função da guerra na Antiguidade.

2º BIMESTRE

A organização do Estado na Antiguidade Clássica:

• A organização política do Império Romano;

• Estados centralizados e descentralizados na Antiguidade;

As relações de poder na sociedade medieval:

• O papel da nobreza, dos clérigos e dos servos;

• O papel da Igreja;

• Laços de Suserania e Vassalagem.

O papel da guerra:

213

• Função da guerra na Antiguidade;

• As sociedades Asteca, Inca e Maia e o processo de conquista.

1º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

RELAÇÕES DE CULTURA

OBJETIVOS

• Compreender o papel dos mitos na composição da religiosidade e das

mentalidades;

• Identificar a função da ética religiosa e na formação das estruturas mentais;

• Perceber o encontro de culturas, a dominação e a exploração dos povos pré-

colombianos.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Religião e religiosidade na Antiguidade Clássica:

• Mitologia e história;

• Politeísmo e Monoteísmo.

Produção cultural:

• Sociedades orais;

• Sociedades letradas;

• Produção artística.

2º BIMESTRE

Cristianismo e Igreja Cristã na sociedade medieval:

214

• Mentalidade cristã medieval (o poder da Igreja durante a Idade Média –

Teocentrismo, Monges copistas);

2º SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

RELAÇÕES DE TRABALHO

OBJETIVOS

• Compreender a organização social do trabalho como múltipla e variada, em

sociedades etnicamente diversificadas e em diferentes cenários;

• Explicar as ligações entre o trabalho e as mudanças sociais ocorridas nas

sociedades.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A diversidade das relações de trabalho no Brasil:

• O trabalho nas sociedades indígenas à época da conquista portuguesa;

• O trabalho na lavoura canavieira;

• O trabalho rural e urbano nas Minas Gerais do século XVIII;

• O trabalho na lavoura cafeeira.

Revolução industrial e a nova sociedade do trabalho:

• A Revolução Industrial e a questão social: modernidade e trabalho;

• Marx e Engels;

• A divisão internacional do trabalho.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

215

Escravidão de indígenas e africanos:

• Diáspora Africana;

• Colonização do território que hoje é o Paraná (Mineração, etc);

• Economia;

• Organização social;

• Manifestações culturais;

• Organização político-administrativa.

2º BIMESTRE

A Revolução Francesa: uma ideia que mudou o mundo:

• A crise do Absolutismo;

• O legado da Revolução Francesa para o mundo ocidental.

1º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

RELAÇÕES DE PODER

OBJETIVOS

• Compreender as variadas maneiras como o Estado se representa e se

legitima na articulação com as relações de poder nas diferentes sociedades;

• Identificar de que forma a ideia de unidade nacional legítima o processo de

formação e organização do Estado em diferentes sociedades.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Rebeliões e movimentos sociais e o processo de construção da

nacionalidade no Brasil:

216

• Revoltas de Beckman, Emboabas, Mascates e Felipe dos Santos;

• As conjuras do século XVIII (Conjuração Mineira e Baiana);

• Os movimentos de independência do século XIX: lutas de independência do

Brasil.

2º BIMESTRE

A Era das Revoluções: a modernidade e suas contradições:

• As revoluções do século XVII na Inglaterra;

• A Revolução Americana;

• A Revolução Francesa.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A emancipação política do Paraná (1853):

• Economia, organização social, manifestações culturais, organização político-

administrativa;

• Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e

externas (europeus);

• Os povos indígenas e a política de terras.

1º BIMESTRE

Relações de cultura

OBJETIVOS

• Identificar as expressões da religiosidade como formas diferenciadas de

interpretação do mundo;

• Analisar as permanências e rupturas das mentalidades em sociedades que se

revelam pela utopia do “moderno” em contraposição ao “antigo”.

217

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O imaginário cristão no Novo Mundo:

• Os elementos do imaginário europeu no processo de expansão Ultramarina;

• Práticas religiosas e de colonização na América Ibérica e Inglesa;

• As formas de religião e religiosidade no Brasil Colonial (Tensões e lutas entre

culturas diferentes);

• O Renascimento cultural e científico.

3º SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

RELAÇÕES DE TRABALHO

OBJETIVOS

• Estabelecer as ligações e os anexos entre os donos dos meios de produção e

os trabalhadores que vendem sua força de trabalho;

• Relacionar as transformações no mundo do trabalho, especialmente na

legislação, com a diversidade sociocultural das sociedades;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A constituição de novos mundos do trabalho no Brasil:

• A imigração e a ética do trabalho assalariado no Brasil;

• A vida e o cotidiano dos operários dentro e fora da fábrica;

• Os anos 30 no Brasil e a questão do trabalho: o trabalho e a legislação social

na chamada “Era Vargas”.

218

A formação da nova ordem mundial e seus reflexos no mundo do trabalho:

• O neoliberalismo e o reordenamento do capital.

1º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Relações de Poder

OBJETIVOS

• Analisar as diferentes formas de representações do Estado e das relações

sociais nas diversas formas de construção das relações de poder;

• Explicar o processo de formação dos Estados em torno dos diversos

conceitos de “nacionalidades”, “democracias”, “autoritarismos” e práticas

massificadoras;

• Compreender o impacto provocado pelas mudanças sociais e econômicas na

organização do Estado e do poder.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

As bases da modernidade: do nascimento das democracias burguesas ao colapso

das guerras contemporâneas:

• As ideias liberais e suas vinculações com os conceitos de Estado liberal e

democrático na Europa;

• O processo de construção da nação e do nacionalismo contemporâneo: as

unificações alemã e italiana do século XIX;

• A expansão imperialista europeia no século XIX: o neocolonialismo e a

Primeira Guerra Mundial.

• O período entre guerras (a crise de 1929).

A república no Brasil:

219

• A Proclamação e o Imaginário da República;

• Oligarquias e coronelismo;

• Contestado e Canudos;

• Cangaço;

• A burguesia brasileira e suas relações como o Estado e as oligarquias do

café;

• Os anos 30 no Brasil e o Estado (As propostas de “Revolução” em 1930,

Aliancismo e oposição ao projeto de Vargas: ANL e a Intentona).

Populismo, “terror” e autoritarismo:

• O Estado, o trabalho e o sindicalismo nos anos 50 e 60 no Brasil;

• O impacto do marxismo na Rússia e a Revolução de 1917: o surgimento da

U.R.S.S.;

• O Entre-guerra e o estado de terror (Nazismo, Fascismo, Stalinismo e o

Estado Getulista nos processos de massificação e racismo);

• A experiência do Estado Autoritário no Brasil (ditadura militar);

• Movimento de 1964;

• O Estado de Segurança Nacional.

2º BIMESTRE

O Estado e o Neoliberalismo:

• A crise do Leste-Europeu;

• O reordenamento do Estado na nova ordem mundial;

• O neoliberalismo no Brasil: de Collor a F.H.C.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

1) Os desdobramentos da Segunda Guerra na América Latina: fortalecimento e crise

dos governos populistas e a fragilidade da democracia no Brasil;

2) A Guerra Fria e as lutas pela democracia: China, Coreia e Vietnã;

220

3) As diversidades nas emancipações afro-asiáticas: Índia, Angola e Argélia;

4) Movimentos revolucionários na América Latina: Cuba.

2º BIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

RELAÇÕES DE CULTURA

OBJETIVOS

• Identificar os processos culturais como instrumentos de separação social, de

disciplinarização, de afirmação de processos civilizatórios, de releituras de

propostas nacionalistas;

• Compreender as vivências culturais e suas expressões nas artes e na

Literatura como conformismo e/ou resistência.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Cultura, “civilização” e modernidade:

• As ideias de civilização no cenário do neocolonialismo;

• O nacionalismo e o colapso da modernidade.

Modernização autoritária:

• Higienização;

• Revolta da Vacina;

• Urbanização do Rio de Janeiro.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

1. As representações culturais: samba, futebol e folclore no Brasil;

2. Movimento Estudantil;

221

3. Movimento Negro;

4. Movimento Hippie;

5. Movimento Ambiental;

6. África e América Latina no contexto atual.

METODOLOGIA

A História é uma ciência interdisciplinar por essência, assim a

disciplina não apresenta interdisciplinariedade por opção, mas por necessidade. O

que vai determinar interdisciplina na disciplina de História é a opção do professor

poder dar ênfase a uma ou mais temáticas específicas. Para que tais temáticas

sejam elencadas, é necessária a análise da realidade atual, por parte do professor,

bem como a possibilidade de adequação dos conteúdos específicos com as

temáticas possíveis.

A disciplina, articulada às demais áreas do conhecimento, pode

possibilitar a ampliação de perspectivas de análise sobre problemáticas passadas e

contemporâneas, possibilitando muitas reflexões que auxiliam no rendimento dos

aspectos da vida em sociedade e no papel do indivíduo nas transformações do

processo histórico.

Considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo,

que tende a esquecer e anular a importância das relações que o presente mantém

com o passado, torna-se mais que importante a construção de uma consciência

histórica do processo de formação/transformação da realidade atual, visando ampliar

a capacidade crítica do aluno frente à realidade.

A contextualização histórica deve fazer uma ponte entre o passado e

o presente visando apresentar as mudanças e permanências, a fim de que uma

crítica da realidade possa ser fundamentada não em pré-conceito, mas em análises.

Recursos didáticos:

- Textos informativos (jornais, revistas);

- Análise de gravuras, mapas, gráficos;

222

- Debate e discussões;

- Vídeo, áudio, retroprojetor, episcópio;

- Produção de textos.

Atuação docente:

- Mediador entre conteúdo/aluno;

- Instigador de debates e reflexão;

- Considerar a realidade sociocultural do aluno(a).

Para cada conteúdo, podem-se criar metodologias diferentes. O

importante é tentar problematizar sempre. Partindo de situações problemas, o

professor deve construir suas aulas, os materiais e recursos a serem utilizados.

Devemos ter como perspectiva a ideia do professor-artesão, que dia a dia cria suas

aulas, instrumentos de trabalho e reveem a ciência e a disciplina de sua formação.

Assim, as metodologias não são receitas aplicáveis a qualquer conteúdo e em

qualquer escola e turmas. Cada escola, cada turma e cada conteúdo deverão exigir

um esforço de elaboração metodológica.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo contínuo. O aluno deve ser avaliado, no

que se refere ao conhecimento histórico, às contextualizações e análises críticas

que o mesmo é capaz de produzir frente às realidades presente/passado.

Os conhecimentos prévios do aluno devem ser considerados e

orientados visando a elaboração e conhecimentos cientificamente produzidos, a

apropriação de conceitos, modelos analíticos e metodologias. A apreensão e

articulação destes últimos devem ser analisadas, considerando-se sempre os

conhecimentos prévios para que o desempenho (ou o não desempenho) possam ser

perspectivados como processo de uma ação direcionada ao professor. Mediante a

análise desse processo, o professor pode ser capaz de repensar sua prática docente

223

no sentido de buscar aproximar os objetivos acima visados e a compreensão do

aluno.

A avaliação do ensino de História considera três aspectos

importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos

estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são entendidos

como complementares e indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de

diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,

mapas e documentos históricos, produção de narrativos históricos, pesquisas

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários,

entre outros.

Será alvo de recuperação paralela os conteúdos avaliados através

de avaliações formais realizadas em sala de aula, não sendo recuperados conceitos

decorrentes da falta de entrega ou da não realização de trabalho/tarefa, salvo em

caso de apresentação de justificativa.

BIBLIOGRAFIA

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DE DECCA, Edgar. 1930: O Silêncio dos Vencidos. São Paulo: Brasiliense, [S/D].

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Conhecimento.

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GUINSBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987.

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HOBSBAWN, Eric J. A Era dos Extremos: O Breve Século XX: 1914-1991. São

Paulo: Cia das Letras, 2001.

HOBSBAWN, Eric J. A Era do Capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

2004.

HOBSBAWN, Eric J. A Era das Revoluções: 1789-1845. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 2005, A.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola

Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

História. Curitiba: SEED, 2008.

QUÍMICA

EMENTA

O ser humano, na luta pela sua sobrevivência, sempre teve a

necessidade de conhecer e entender e utilizar o mundo que o cerca. Nesse

processo obteve alimentos por coleta de vegetais, caça e pesca, descobriu abrigos,

protegendo-se contra animais, descobriu a força dos ventos e das águas, descobriu

o fogo, descobriu a periodicidade do clima, nas estações. A necessidade de

utilização sistemática dessas descobertas fez com que o ser humano passasse para

outro estágio de desenvolvimento, decorrente da invenção de processos de

produção e de controle daquelas descobertas, como produção e manutenção do

fogo, invenção da irrigação, invenção da agricultura e criação de animais, produção

225

de ferramentas, invenção de metalurgia, cerâmica e tecidos. Assim, das raízes

históricas ao seu processo de afirmação como conhecimento sistematizado, isto é,

como ciência, a Química se tornou essa busca de conhecimento e interpretação da

natureza. A procura de novas fontes de energia tem levado o homem a compreender

o seu meio e as grandes forças que o dominam.

A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance econômico,

social, político e cultural, que reagem o funcionamento da sociedade em

determinado período histórico.

Então, a Química enquanto ciência, estrutura através de teorias, os

conhecimentos e interceptação que o homem adquire da natureza. Ela reagrupa a

multiplicidade das observações e das experiências em relação às transformações da

matéria em conjunto, cujos elementos são unidos por meio de leis. Devido ao seu

caráter experimental, um de seus objetivos consiste em dominar a Natureza e a

modificar. Para isso, ela analisa e sintetiza corpos: por um lado, aqueles que a

própria natureza produz e por outro lado, aqueles que as leis da Natureza tornam

possíveis. Assim, a cada dia novos produtos são lançados no mercado e todos

esses produtos têm a mesma base: arranjos diferenciados de átomos.

Assim, entende-se que a Química no ensino do Ensino Médio deve

fazer com que o aluno entenda as ideias fundamentais dessas Ciências, levando-o a

utilizá-las para compreender melhor as manifestações da Química nos vários

aspectos da vida atual.

Aliar a Ciência Química à Educação Química para que não

tenhamos uma ciência pronta e definida e dentro de um contexto no qual

encontramos apenas fórmulas, leis, regras, nomenclaturas, classificações, etc. É a

tentativa desta proposta para a melhoria do Ensino Médio. Para isso a Química é

uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se ensina do

que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na natureza e os benefícios

que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o equilíbrio da

natureza. Para tanto, a ciência Química (conhecimento químico) e a Tecnologia

Química (utilização da ciência química) devem se colocar dentro de um contexto em

que os alunos terão a possibilidade de compreendê-los com um modo para analisar

226

criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem.

Atualmente “Química” passou a ser sinônimo de destruição, poluição, perigo.

Portanto, é necessário levar essas ideias errôneas à sala de aula para desmistificá-

las, resgatando a imagem pública da Química e promovendo o entendimento das

funções da ciência Química e da Tecnologia Química no desenvolvimento atual.

A postura de uma escola democrática visa a preparação do

educando para a democracia, elevando sua capacidade de compreensão em

relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais que reagem ao

funcionamento da sociedade em determinado período histórico, para que venha

atuar no mundo do trabalho com a consciência de seu papel de cidadão

participativo.

Para que esta condição se efetive, a escola deve assegurar a sua

função de ensinar bem e de forma sistematizada, garantindo a formação do cidadão

pelo domínio do saber.

Para que isso aconteça, “pretende-se trabalhar as ações

educacionais, que se concentrarão na democratização da escola em todas as

dimensões de seu funcionamento e na melhoria de seu nível de competência,

visando oferecer ao cidadão um ensino de boa qualidade.... Trata-se de um projeto

que concebe a educação voltada para preparar e formar os indivíduos através da

transmissão e produção de conteúdos, que garanta o aprofundamento e o domínio

dos princípios científicos, tecnológicos, filosóficos e artísticos socialmente

elaborados, para a construção de cidadãos críticos e participantes do processo de

transformação social, cultura”. “A postura de uma escola democrática, visa a

preparação do educando, o desenvolvimento completo e harmonioso da

personalidade humana, preparando o homem para as responsabilidades que

deverão assumir na sociedade”.

Para o desenvolvimento destas ações, com os objetivos propostos, o

papel do professor é de vital importância, pois a sala de aula não deve ser o local de

separação entre aquele que sabe e os que não sabem; e o mesmo surge como dono

do saber. A democratização da informação faz a democratização da relação

professor-aluno. Compreendendo suas relações e responsabilidades. Ao aluno será

227

dada a oportunidade de uma vivência muito mais ampla na escola, o ensino

corresponderia as suas necessidades essenciais.

Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando,

oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica,

posicionando junto a problemas que são a evolução da ciência Química em seus

aspectos econômicos, industriais, sanitários, ambientais, etc, a educação química

propiciará a discussão da função da Ciência Química na sociedade e despertará o

espírito crítico e pensamento científico, formando indivíduos pensantes e produtivos

em busca da melhoria da qualidade de vida.

Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, está claro que

existem períodos pré e pós-atividade, visando facilitar a formação de conceitos, no

qual não se deve desvincular “teoria” e “laboratório”. As atividades experimentais,

bem como outros recursos, têm o papel de facilitar a aprendizagem.

OBJETIVOS GERAIS

A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do

conhecimento não ocorre num espaço sociocultural vazio, mas é condicionado por

fatores externos. O ensino da Química deve acompanhar o contexto do momento

em que vivemos.

A cada dia, o ser humano faz parte de uma sociedade mais

globalizada, com acesso a qualquer tipo de informação. Novos desafios são

impostos à vida cotidiana e se torna necessário desenvolver capacidades que

possibilitem, a qualquer indivíduo, buscar soluções criativas e inteligentes para

resolver seus problemas.

Compreender que o processo ensino-aprendizagem e resultante da

intervenção do ser humano com o meio ambiente, pois ele é parte integrante do

mesmo. O conhecimento químico é uma constante construção e reconstrução, tendo

como agente o educando que, baseando-se nas experiências (ideias, prévias),

elabora, constrói e organiza os conceitos químicos, experimentos em laboratórios ou

em indústria, visitas, relatórios, etc.

228

O grande objetivo da Química é transmitir conhecimento, visando

uma aprendizagem ativa, enfatizando a curiosidade científica, formando cidadãos

críticos e atuantes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar

articulados à especificidade regional de cada escola. Para a disciplina de Química,

são propostos os seguintes conteúdos estruturantes:

• Matéria e sua natureza;

• Biogeoquímica;

• Química sintética.

1° SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

Matéria e Sua Natureza

• Estrutura da matéria;

• Substâncias;

• Misturas;

• Métodos de separação;

• Fenômenos físicos;

• Estrutura atômica;

• Distribuição atômica;

• Tabela periódica.

2º BIMESTRE

Química sintética

• Química do carbono;

229

• Hidrocarburetos;

• Funções oxigenadas;

• Funções nitrogenadas;

• Isonomia;

• Ligações químicas.

2° SÉRIE– BLOCO 2

1º BIMESTRE

Matéria e sua natureza

• Funções químicas;

• Reações químicas.

2º BIMESTRE

Biogeoquímica

• Soluções;

• Estudo dos gases.

3º SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

Biogeoquímica

• Termoquímica;

• Cinética Química;

• Equilíbrio Químico.

2º BIMESTRE

230

Matéria e sua natureza

• Eletroquímica;

• Radioatividade.

METODOLOGIA

A QUÍMICA É A BASE DA VIDA

A cada momento em nossas vidas usamos a Química e

dependemos dela, pois as transformações químicas estão ocorrendo

ininterruptamente ao nosso redor, em toda a natureza, inclusive em nosso corpo.

O nosso corpo é construído por um aglomerado de substâncias

químicas que reagem entre si constantemente, propiciando nossos movimentos,

nossos pensamentos e nossas sensações.

Muitas dessas substâncias são transportadas para todo o corpo,

pelo sangue que circula nas veias e artérias, as quais constituem o sistema

circulatório.

Ex: substâncias presentes no sangue: ácido láctico, ácido cítrico,

ureia, colesterol, amilase, glicose, triglicérides, água, etc.

Hábitos de higiene pessoal, como o banho e a limpeza dos dentes,

são responsáveis de maneira adequada quando usamos a substância água e os

sabonetes, cremes dentais, produzidos por indústrias químicas.

A água que chega em nossas casas foi tratada com algumas

substâncias derivadas do cloro e do flúor. Além disso, ela contém também sais

minerais. No creme dental, por sua vez, estão presentes substâncias como:

monoflúor, fostato de cálcio, carbonato de cálcio, essências, corantes e água. Já o

sabonete contém dióxido de titânico, sais de sódio de ácidos graxos, corantes,

essenciais e água.

A maioria dos tecidos com os quais são feitas as roupas apresenta

uma porcentagem de fibras sintéticas desenvolvidas em laboratório, tais como nylon,

poliéster, acrílico, orlon, dralon, etc. Mesmo as roupas feitas com fibras naturais,

como algodão e lã, não deixam de ser constituídas por substâncias químicas.

231

Todos os alimentos – tanto os que passam por processos industriais,

como a margarina, quanto os que são obtidos diretamente na natureza, como as

frutas – são construídos por substâncias químicas que foram produzidas, natural ou

artificialmente, através de processos químicos. Como exemplos: PÃO: amido,

açúcares, gorduras, sais de cálcio, ferro, fósforo, cloreto de sódio (sal de cozinha);

LEITE: água, gordura, proteínas, vitaminas, sais de cálcio, ferro e açúcares. CAFÉ:

cafeína, metanol, etanol, piridina, ácido acético. FRUTAS: água, sais minerais,

açúcares, celuloses e vitaminas.

Alguns meios de transportes usam motores de combustão interna,

cuja fonte de energia na queima de combustíveis são obtidos a partir do petróleo e

da cana de açúcar.

O petróleo, além de permitir a obtenção de combustíveis e

lubrificantes, também fornece matéria prima para a produção de inúmeros produtos

sintéticos. Ente os quais: os plásticos, fitas cassete e videocassete, borracha

sintética, fertilizantes, inseticidas e tintas, medicamentos, detergentes, adesivos, etc.

A química também é muito importante no que se refere à melhoria

da saúde do ser humano. Desde a antiguidade são usadas substâncias destinadas a

aliviar as dores e prolongar a vida. Existem antigos papiros egípcios contendo

fórmulas de drogas, as quais incluem produtos vegetais, animais e minerais.

O grande desenvolvimento da Medicina ocorreu paralelamente ao

desenvolvimento da indústria farmacêutica, que produz, em larga escala, drogas

novas e muito eficientes, descobertas sintetizadas em laboratórios de investigação

química e biológica. Essas drogas são usadas pelos médicos para manter a saúde

humana, assim como prevenir o surgimento de doença. Algumas drogas, como

vacinas e antibióticos diminuíram de maneira significativa o índice de mortalidade.

A mudança de hábitos da sociedade também tem muito a ver com a

evolução do estudo da Química e do seu uso cotidiano pelo homem.

Antigamente, uma unidade agrícola tipicamente familiar produzia seu

próprio alimento e garantia sua sobrevivência. Para isso utilizavam-se fertilizantes

naturais, ferramentas artesanais, animais de tração em pequenas áreas rurais.

Hoje, devido à necessidade de melhorar as colheitas tanto em

quantidade como em qualidade, isso tornou impossível. Então, passou a ser

232

necessário um suporte tecnológico muito grande, baseado em uma série de

indústrias químicas dedicadas à produção itens como:

- Os pesticidas: substâncias destinadas ao controle de animais e

plantas daninhas nas plantações;

- Os fertilizantes: substâncias destinadas a melhorar a qualidade

do solo para aumentar as colheitas;

- O maquinário e os equipamentos agrícolas e seus combustíveis;

- Os materiais necessários para o processamento, conservação,

armazenamento e distribuição de alimentos.

Poderíamos enumerar infinitamente os muitos produtos obtidos a

partir de processos químicos, mas por essa amostra você já pôde notar que a

Química está presente em todos os momentos da vida humana e que é fundamental

para o conforto, a saúde e para a própria sobrevivência da nossa espécie.

O desenvolvimento da cada unidade deve partir de situações que

possibilitem observações qualitativas dos fenômenos químicos tais como: Para que

serve a química?, Como surgiu?, Onde é usada?, Qual a sua utilidade?, O que ela

estuda?. O estudo do desenvolvimento das teorias atômicas, dos conceitos de

átomos e moléculas de modelos representacionais dos fenômenos, de símbolos,

fórmulas e equações químicas, devem proporcionar o entendimento do que

representam, como é e porque são usados.

Pelo estudo da Tabela periódica é possível mostrar a necessidade

de um sistema para organizar a informação. A Tabela Periódica faz isto, fornecendo

um grande número de fatos químicos.

Deve-se também destacar a importância das atividades

experimentais para a aquisição e domínio dos conceitos químicos com o objetivo de

preparar o estudante para formar ideias e conceitos, tornando-o capaz de contribuir

para as transformações do mundo. Entendendo o método experimental utilizado, o

aluno entenderá com uma ideia geral de elementos químicos e substâncias

químicas, como suas propriedades e reatividades são obtidas mediante uma

contínua análise dos resultados de novas experiências.

Comentar com o aluno que existem um pouco mais de uma centena

de elementos, dos quais menos da terça parte são abundantes, que permitem

233

conhecer centenas de milhares de substâncias diferentes. Pelo conhecimento da

natureza das propriedades que apresentam, é importante discutir com o aluno: a

importância do petróleo (combustível em geral); como economizar combustível; o

que existe em comum entre as gorduras; as roupas e os perfumes. Além de

importantes questionamentos como: você já se imaginou num mundo sem cores?;

como a química orgânica pode ajudá-lo no seu dia a dia?; o homem pode sobreviver

sem a natureza? Essas perguntas e outras fazem com que os alunos entendam

melhor o estudo das substâncias, permitindo o estabelecimento de relações entre o

social e o econômico.

A educação química propiciará a discussão da função da ciência

química na sociedade e despertará o espírito crítico e pensamento científico,

formando indivíduos pensantes e produtivos em busca de melhorias da qualidade de

vida.

Para alcançarmos nossos objetivos, usaremos diferentes

metodologias como:

- Aulas expositivas:

- Através de cartazes

- Uso do quadro negro

- Retroprojetor.

- Textos (pertinentes aos assuntos):

- Leitura e interpretação;

- Conclusão;

- Síntese;

- Individual;

- Em grupo.

Experiências (aulas práticas em laboratórios).

Tarefas demonstrativas (individual e em grupo).

Resolução de exercícios:

234

- Individual;

- Em grupo;

- Extraclasse.

- Fitas de vídeo (quando possível):

- Complementação do texto;

- Relatórios;

- Questionamentos diversos;

- Elaboração de textos através de fitas de vídeo;

- Discussão em grupo.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática social presente em atitudes informalmente

e em ações organizadas, normatizadas pelas diferentes instituições sociais.

A avaliação está igualmente atrelada a princípios para o ensino. Na

visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação,

uma vez que também é construtor do conhecimento. A avaliação passa a ter como

objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-

aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno sobre o seu

desempenho em Química, mas também a prática do professor em sala de aula.

Ao avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio, deve ter um

profundo respeito pela pessoa, pois o que deve ser levado em conta é a atividade

com conceitos, capacidades em construir e avaliar posições, em detectar os

principais subjacentes aos termos e discursos.

Quais conceitos foram elaborados. Quais pré-conceitos foram

quebrados. Qual o discurso que se tinha antes e qual o discurso se tem após o

estudo da aula de Química. Neste questionamento, a avaliação de Química já tem

início com a sensibilização, coletando o que o aluno pensa antes e o que passa a

pensar após o processo.

O aprendizado da Química pelos alunos do Ensino Médio implica

que eles compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico

235

de forma abrangente e interpretada e assim possam julgar com fundamentos as

informações culturais, midiáticas e da própria escola, para que possam tomar

decisões enquanto indivíduos e cidadãos.

Esse aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto

dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico,

com aplicações tecnológicas, ambientais, sociais, políticas e econômicas.

Tal importância da presença da avaliação da Química no Ensino

Médio compreendido na perspectiva de uma educação básica.

Para que esses objetivos aconteçam, os alunos serão avaliados

através de:

- Participação em sala de aula;

- Relatórios;

- Produção de textos;

- Leitura complementar;

- Aulas práticas;

- Provas contextualizadas, objetivas e subjetivas;

- Apresentação de seminários;

- Pesquisas bibliográficas, entre outras.

A recuperação paralela será feita com a correção da prova revendo

os erros e acertos, recuperando o conteúdo estudado e será realizada através de

uma nova avaliação sobre os conteúdos trabalhados para substituir os rendimentos

insatisfatórios, mantendo o mesmo valor estipulado no primeiro momento da

avaliação dada, prevalecendo assim a maior nota.

BIBLIOGRAFIA

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Química. Curitiba: SEED, 2008.

FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento dos fenômenos físicos é indispensável à formação

do jovem, devido ao grande desenvolvimento científico e tecnológico do mundo atual

e também pelo fato de que o mundo da Física está constantemente presente em

nossas vidas.

O papel da Escola é promover a compreensão da evolução dos

sistemas físicos, as aplicações e suas influências na sociedade. Para tanto, é

essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico,

objeto de contínua transformação e associado a outras formas de expressão e

produção humana.

Para atingir as metas propostas podemos desenvolver os conteúdos

no âmbito do estudo do Movimento, da Termodinâmica e do Eletromagnetismo que

permitem o aprofundamento, as contextualizações e relações interdisciplinares, o

domínio dos avanços tecnológicos e as perspectivas de futuro.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE E BÁSICO

238

Buscou-se uma seleção de conteúdos que oportunize aos

estudantes a formação de uma idéia de ciência que o capacite a atuar no seu meio e

na sociedade, mas também que seja capaz de questionar e se autoquestionar,

diante dos fatos científicos. Esses conteúdos (relação abaixo) são básicos, isto é,

fundamentais para a compreensão de cada estruturante, portanto, do quadro teórico

da física.

1ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

MOVIMENTO

• Momentum e inércia;

• Conservação de quantidade de movimento (momentum);

• Variação da quantidade de movimento = impulso;

• 2ª Lei de Newton.

2º BIMESTRE

MOVIMENTO

• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

• Energia e o princípio da conservação da energia;

• Gravitação;

• Hidrostática.

2ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

239

TERMODINÂMICA

• Leis da termodinâmica:

- Lei zero da termodinâmica;

- 1ª Lei da termodinâmica.

2º BIMESTRE

TERMODINÂMICA

• Leis da termodinâmica:

- 2ª Lei da termodinâmica.

MOVIMENTO

• Oscilações.

ELETROMAGNETISMO

• A natureza da luz e suas propriedades (óptica).

3ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

ELETROMAGNETISMO

• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;

• Força eletromagnética.

2º BIMESTRE

ELETROMAGNETISMO

240

• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para a eletrostática, Lei de Coulomb, Lei

de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday.

• A natureza da luz e suas propriedades.

METODOLOGIA

A Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, que seja capaz de entender o mundo que o

rodeia.

O aluno deve perceber que a Física é uma construção histórica e

que as ideias e conceitos sofreram uma evolução e transformação através dos

tempos e que é uma produção coletiva, onde uma ideia ajuda no desenvolvimento

de outras, e que este desenvolvimento depende dos sistemas produtivos, de

aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dos povos.

É importante que se conheça as ideias e modelos que nossos

alunos trazem de seu cotidiano para que possamos ajuda-los a transformar os

conceitos em nível de senso comum em conceitos a nível científico.

A experimentação terá papel importante e será entendida como uma

metodologia de ensino que pode contribuir para a ligação entre a teoria e a prática.

Não podemos também deixar de ressaltar a importância do

tratamento interdisciplinar que a Física deve ter com as demais disciplinas.

Um outro aspecto importante no desenvolvimento dos conceitos

físicos é a inclusão das atividades que proporcionem a compreensão do conjunto de

equipamentos e procedimentos, técnicos e tecnológicos, do cotidiano doméstico,

social e profissional.

O questionamento, a discussão, a investigação e a pesquisa devem

ser incentivados, pois é um caminho fácil para a formulação de conceitos.

Enfim, para alcançarmos nossos objetivos usaremos as seguintes

metodologias:

- Aulas expositivas;

- Textos;

- Laboratório;

241

- Resolução de exercícios;

- Fitas de vídeo;

- Discussões;

- Leituras de jornais e revistas;

- Pesquisas;

- Seminário;

Durante todo o processo de aprendizagem haverá recuperação, em

termos de conteúdos não apropriados e de dificuldades de aprendizagem

identificadas.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e

processual, vista como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico

do aluno e do trabalho do professor.

Ela proporcionará informações sobre aquisição e/ou progresso dos

alunos em relação a:

- Conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos apresentados;

- Capacidade de aplicar conhecimentos adquiridos na resolução de situações do

cotidiano;

- Capacidade para utilizar as linguagens e para comunicar idéias;

- Habilidades de pensamento como analisar, generalizar, inferir, calcular, etc.

O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da

observação contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em

grupo, da elaboração de relativos de atividades e experiências vivenciadas em

classe ou em laboratório, ou mesmo de provas e testes que sintetizam um

determinado assunto. A observação permite ao professor obter informações tanto

sobre as habilidades cognitivas como também sobre os procedimentos utilizados

pelos alunos para resolver diferentes situações-problema e suas atitudes em relação

ao conhecimento físico.

242

A recuperação de estudos desenvolver-se-á paralelamente às

atividades regulares dos alunos tão logo se constate a dificuldade ou não

apropriação de conteúdos essenciais e será dada através de atendimento individual,

módulos, pesquisas, etc.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, M. J. P. M. de; SILVA, H. C. Das condições de produção no

funcionamento da leitura na Educação em Física. Texto digitalizado.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN + Ensino Médio,

Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC,

2002.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96.

GONÇALVES, Toscano. Física e Realidade. São Paulo: Scipione, 1977.

GREF – Grupo de Reelaboração do Estudo de Física. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 1998.

GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. São Paulo:

Universidade de São Paulo, 1991.

LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro,

EDUERG, 1999.

MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física: volume único. São Paulo:

Scipione, 1997.

PARANÁ, Djalma Nunes da Silva. Física. São Paulo. Ática, 1999.

243

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba.

SEED, 2007.

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED,

2008.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares de Física. Curitiba, SEED, 2007.

RESNIK, Robert; HALLIDAY, David. Física 2.4.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e

Científicos Editora S.A. 1995.

TIPLER, Paulo A. e outro. Física Moderna. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2006.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA -INGLÊS

EMENTA

A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua

materna, é um direito de todo cidadão, conforme expresso na Lei de Diretrizes e

Bases e na Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos. Sendo assim, a escola

não pode mais se omitir em relação a essa aprendizagem.

Ao interagir com outras culturas através da LEM, o aluno percebe a

língua como algo que constrói e é construído por uma determinada comunidade;

constata que língua e cultura são indissociáveis. Percebe a diversidade cultural, tem

oportunidade de contrastar outras culturas com a sua própria; afirmando assim a sua

identidade cultural e, até mesmo modificando-a a partir do contato com a outra.

É essencial, pois, entender se a presença das línguas estrangeiras

modernas inseridas numa área e, não mais, como uma disciplina isolada no

currículo. As relações que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e

de acesso ao conhecimento justificam essa junção: não nos comunicamos apenas

244

pelas palavras: os gestos dizem muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim

como as tradições e a cultura de um povo esclarecem muitos aspectos da sua forma

de ver o mundo e de aproximar-se dele. Assim, também, as similitudes e diferenças

entre as várias culturas, a constatação de que os fatos sempre ocorrem dentro de

um contexto determinado, a aproximação das situações de aprendizagem à

realidade pessoal e cotidiana dos estudantes, entre outros fatores, permitem

estabelecer, de maneira clara, vários tipos de relações entre as línguas estrangeiras

e as demais disciplinas que integram a área.

Portanto, a função do professor de LEM será proporcionar subsídios

para que seus alunos sejam capazes de atribuir e produzir significados da língua

meta. O professor de LEM precisa estar consciente de que ensinar uma língua não é

apenas ensinar estruturas consideradas fundamentais e em sua prática de ensino,

mas ir além das questões linguísticas incluindo questões culturais e extralinguísticas.

Sendo assim, ao aprender uma segunda-língua, ampliam-se as possibilidades de se

comunicar, de se expressar e de ter acesso a novos conhecimentos e aspectos de

outras culturas.

Os conteúdos estruturantes para o ensino de língua estrangeira

moderna são constituídos do discurso como prática social sob seus vários gêneros.

Os conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos são

elementos indispensáveis, integradores e que estarão presentes em qualquer

situação de interação do aluno.

O professor deve levar em conta o conhecimento que o aluno já

dispõe e subsidie com conhecimentos que lhe faltem. O ensino deve ser algo

significativo para os alunos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à

fonética e às regras gramaticais.

Os discursivos são referentes aos diferentes gêneros discursivos

que constituem as práticas sociais.

Os culturais referem-se à forma como um grupo social vive e

concebe a vida.

245

Os sócio-pragmáticos dizem respeito aos valores ideológicos,

sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular

abordando práticas de leitura, escrita e oralidade.

O ensino da Língua Estrangeira deve abranger também temos

transversais como: ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho,

consumo, cultura afro-brasileira, cultura indígena, Paraná etc.

OBJETIVOS GERAIS

- Saber distinguir as variantes lingüísticas através da leitura de

vocabulários, interpretação de frases e textos em Inglês, associando-as a

fatos de sua vida cotidiana e cultural.

- Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a

comunicação, situando em tempo e espaço a estrutura da frase e sua

pertinência.

- Compreender de que forma determinada maneira de expressão

pode ser literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais

e compreender em que medidas esses enunciados refletem a forma de ser de

quem os produz.

- Apropriar-se e utilizar elementos coerentes e coesivos existentes

no discurso e produção em Língua Estrangeira.

- Dominar estratégias verbais e não-verbais que entram em ação

para compensar falhas na comunicação, para favorecer a efetiva

comunicação e alcançar o efeito pretendido.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como Prática Social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

246

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (

como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Vozes verbais;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

247

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação: recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronuncia.

1ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

• “English, an international language”

• “The influence of English in Portuguese language”

• “The youth power”

• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogosm anúncios,

textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)

• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:

verb to be, verb there to be, present continuous tense.

248

2º BIMESTRE

• “Helth food / Junk food”

• “Fashion: what do young people buy? Why?

• “An experience abriad”

• “How green is our world?”

• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,

textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)

• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:

simple present tense, regular and irregular verbs, simple past tense,

possessive adjectives, possessive pronouns, the possessive case.

2ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

• “Diary: your life day by day”

• “Writing correspondence: from the papyrus and feather to the computer”

• “You can make a difference”

• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,

textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)

• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:

past continuous tense, personal pronouns, numbers, dates.

2º BIMESTRE

• “Tales”

• “Fairy Tales...Remember?”

• It's Magic Johnson! It's reality”

• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,

textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)

249

• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:

simple future tense, to be going to – future and past, the indefinite article.

3ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

• “Metamorphosis”

• “Shakespeare and ten things I hate about you”

• “Beathes 4 ever”

• “I have just been to London”

• “The rescue of a treasure: a dream that came true”

• “You too can find love”

• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,

textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)

• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:

present perfect tense, past perfect tense, reflexive pronouns, uso do many,

much, little e few.

2º BIMESTRE

• “Sewing the sentences and building bridges”

• “Careers: to be or not to be?”

• “A certicate and a career”

• “Can you recognize your emotions?”

• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,

textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)

• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:

modal verbs, imperative, simple conditional perfect, preposition, the passive

voice.

METODOLOGIA

250

Pressupostos teóricos

O ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve estar

impregnado de valores tais como: construção de identidade, cidadania, cultura,

inclusão social, função social, formação crítica a fim de formar o indivíduo para a

participação efetiva na sociedade. Deve favorecer a formação integral do ser

humano como um ser crítico, numa dimensão sócio-cultural e histórica. Deve ainda

possibilitar a ampliação da percepção do homem como um ser integrante de um

todo dinâmico e complexo visando a inserção social, econômica e política e também

a formação de cidadão crítico.

Este ensino da LEM deverá ultrapassar as questões técnicas e

instrumentais e se centrar na educação, formação para a cidadania, sendo maior

objetivo de ensino de uma Língua Estrangeira.

O professor de LEM deverá, acima de tudo, ser um educador;

ensinar a seus alunos maneiras de construir significados, elaborar procedimentos

interpretativos e construir sentidos no mundo.

A aprendizagem de uma Língua Estrangeira numa perspectiva

interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo ensino-aprendizagem

de línguas estrangeiras adquire nova configuração ou, antes requer a efetiva

colocação em prática de alguns princípios fundamentais que, via de regra, deve

possibilitar o aumento de autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão

engajado no discurso de modo a poder agir no mundo social.

Para que isso seja possível, é fundamental que o Ensino de Língua

Estrangeira seja balizado pela função social desse conhecimento na sociedade

brasileira. Além disso, em uma política de pluralismo linguístico, a saber: entender,

falar, ler e escrever a que a legislação e especialistas fazem referência são

importantes; quer nos parecer que o caráter formativo intrínseco à aprendizagem de

línguas estrangeiras não pode ser ignorado. Tornar-se pois, fundamental, conferir ao

ensino escolar de línguas estrangeiras, além de capacitar o aluno a compreender e

produzir enunciados corretos no novo idioma, propiciar ao aprendiz a possibilidade

251

de atingir um nível de competência linguística capaz de permitir-lhe acesso a

informação geral enquanto cidadão.

A interdisciplinaridade favorece a contextualização, recurso

importante para a aprendizagem significativa, pela associação que estabelece com

aspectos da vida cotidiana, escolar e do mundo do trabalho.

O papel que ocupa o ensino de LEM no currículo é o de contribuir

para a formação de um sujeito crítico, então a intenção maior é preparar esse sujeito

para que seja capaz de interferir criticamente na sociedade; não podemos definir a

priori qual será o método mais adequado para nortear nosso trabalho com ele.

Precisamos, em primeiro lugar, descobrir quem ele é, que conhecimento de língua

possui, em que realidade está inserida, quais são suas aspirações, para então

definirmos que conteúdos e de que maneira trabalhar. O professor deve ter

sensibilidade suficiente para perceber qual é o método (ou um procedimento) mais

adequado para cada realidade. Ser capaz de perceber equívocos de

encaminhamento e corrigi-los se necessário; deve propiciar experiências de

aprender com conteúdos de significação e relevância, que o aluno reconheça como

experiências válidas de formação e crescimento intelectual.

A metodologia utilizada em nossa prática inclui as habilidades de

leitura, escrita, expressão e compreensão oral e interpretação de textos

diversificados. Os textos abordados exploram assuntos variados, atuais e

instigantes, os quais levam os alunos e mestres a refletir sobre a importância de

participar da sociedade e contribuir para sua transformação.

São utilizadas técnicas como:

• Pré-reading: perguntas para discussão do tema, em Português

• Text: o texto propõe o assunto a ser abordado, as estruturas

gramaticais a serem estudadas e o vocabulário a ser trabalhado

• Comprehension: é o momento em que o aluno analisa as idéias

contidas no texto

• Word Study: o objetivo aqui é fixar e expandir o vocabulário do texto

• Structure: é a apresentação formal das estruturas gramaticais,

definidas e explicadas em Português para facilitar o entendimento do aluno

252

• Practice: é a prática intensiva de cada tópico gramatical. Atividades

orais e escritas diversificadas com o apoio de fitas cassetes e/ou vídeos em

Inglês, pesquisas em dicionários

• Participação de interações de naturezas diversas (diálogos,

dramatizações)

• Montagem de pequenas estórias em quadrinhos

• Produção de anúncios, propagandas, rótulos de embalagens,

cartazes, classificados, poemas e etc

• Músicas

Elencamos abaixo os conteúdos estruturantes do Ensino Médio

subdividido por séries.

Justificativa destes conteúdos:

Utilizamos o livro de Inglês: “Mariza Ferrari e As G. Rubin”, da

Editora Scipione, nas três séries do Ensino Médio no nosso estabelecimento de

ensino. Trata-se de um curso voltado ao Ensino Médio com uma variedade de

assuntos que orientar o aluno para o mundo do trabalho, não somente o preparando

para seu ingresso na vida profissional como também aumentando seu leque de

opções, por meio da apresentação de textos que tratam de algumas profissões e da

importância da Língua Inglesa no exercício delas.

O curso trabalha a prática das habilidades de leitura, escrita, fala,

expressão e compreensão oral e auditiva, sendo a ênfase dirigida à compreensão de

textos bem variados-artigos, entre vistas, letras de música e etc; sendo que o

objetivo é incluir o estudante no mundo globalizado, além é claro, de prepara-lo para

o ingresso nas universidades. O livro traz ainda seções como “Personal Data” e

“Project Work” que estimulam a expressão do grupo ou do indivíduo, o que é

indispensável à formação efetiva de um cidadão.

Uma das atividades consideradas importantes que poderia ser

acrescentada à Fundamentação Teórico-Metodológico é desenvolver trabalhos com

projetos interdisciplinares onde a experiência nos mostra que muito pode ser

253

aprendido através de ações, atuações que levem o aluno, em grupo ou

individualmente, a um produto final como confecção de posters ou panfletos, a

realização de pesquisas, apresentação teatral, exposição orais e na comunidade

escolar, entrevistas, analisando criticamente os resultados obtidos, refletindo e

estimulando a prática da cidadania.

Consideramos, que a avaliação é o elemento de reflexão contínua

para o professor sobre sua prática educativa, é o instrumento que possibilita ao

aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades, é uma ação

que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em

momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de

trabalho.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão

contínua sobre sua prática, criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada

de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.

A recuperação paralela é algo que deve acompanhar todo este

processo, pois através dela o aluno pode melhorar seus conhecimentos. É através

dela que será garantida a efetiva interação do aluno com os conteúdos de língua

inglesa que não foram suficientemente trabalhados e que serão elaborados

exaustivamente.

BIBLIOGRAFIA

Conselho Estadual de Educação do Paraná – Versão Preliminar das Diretrizes

FERRARI, Mariza Tiemann; RUBIN, Sarah Giersztel. Inglês. Coleção Novos

Tempos. Scipione.

ORLANDI, E. P. A polissemia da noção de leitura. In: Discurso e leitura. São

Paulo: Cortez, 1999.

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PAIVA, V. L. M. O. O lugar da leitura na aula de língua estrangeira. Disponível

em www.veramenezes.com Acesso em: 22 de abril de 2004.

PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:

SARMENTO S.; MÜLHER, V. (orgs.) O ensino do inglês como língua estrangeira:

estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

PICANÇO, D. C. L. História, Memória e Ensino de Espanhol (1942-1990).

Curitiba: Editora UFPR, 2003.

____________________A língua estrangeira no país dos espelhos. In: Educar

em Revista, Curitiba: UFPR, 2002.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma lingüística crítica: linguagem, identidade e

a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.

ROJO, R. H. R.; LOPES, L. P. M. PCNEM e PCN+ de Línguas Estrangeiras (LE)

no Ensino Médio. In: Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004.

SANTA-CECÍLIA, A. G. La enseñanza del español en el siglo XXI. In: GIOVANNI,

A.; MARTÍN PERIS, E.; RODRÍGUEZ, M.; SIMÓN, T. Profesor en acción. Madrid:

Edelsa, 1999.

SARMENTO, S.; MÜLHER, V. (Orgs.). O ensino do inglês como língua

estrangeira: estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

SILVEIRA, M. I. M. Línguas estrangeiras: uma visão histórica das abordagens,

métodos e técnicas de ensino. Maceió: Edições Catavento, 1999.

SOUZA, L. M. T. M. O conflito de vozes na sala de aula. In CORACINI, M. J.

(Org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira.

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STEVENS, C. M. T.; CUNHA, M. J. C. (Orgs). Caminhos e colheita: ensino e

pesquisa na área do ensino de inglês no Brasil. Brasília: Ed. Universidade de

Brasília, 2003.

VOLPI, M. T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos

enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O professor de Línguas

Estrangeiras. Construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

Curitiba: SEED, 2008.

GEOGRAFIA

EMENTA

Atualmente a escola deve proporcionar ao aluno uma visão de

mundo condizente com a realidade vivida pelo aluno, levando este mesmo a refletir

sobre o mundo e o Brasil, tendo assim uma opinião crítica sobre o futuro do país, o

tornando cada vez mais democrático.

Conhecer seu país e o mundo é, portanto, a base para o indivíduo

localizar-se e assumir posições na vida social. Sensibilizar para um melhor convívio

democrático, para o respeito às diferenças, para o multiculturalismo, é a tarefa para

os “geo-educadores”. Incutir valores relativos aos direitos humanos e à defesa do

meio ambiente insere-se como meta pedagógica, para a qual a geografia pode

contribuir muito.

A geografia tem assumindo um papel muito importante em uma

época em que as informações são transmitidas pelos meios de comunicação com

muita rapidez e muito volume. Guerras e os atentados terroristas, a miséria e a

riqueza, a fome e o consumismo, as catástrofes naturais e os problemas ambientais,

256

as crises políticas, desemprego estrutural, novas tecnologias, migrações, etc. É

tanta informação que muitas vezes sentimos uma sensação de impotência diante da

impossibilidade de compreender tudo o que está acontecendo ao nosso redor e no

mundo. Parece que não existe passado nem continuidade histórica, tal é a rapidez

dos acontecimentos.

Ao longo da história humana, estas interações vão sendo mediadas

por interesses contraditórios do ponto de vista econômico, político e social e se

refletem nas paisagens. Considerando todas estas informações, a geografia tenta

explicar o espaço geográfico mundial e brasileiro, onde os seres humanos interagem

entre si e com o meio ambiente. Analisando o espaço humano e o contexto sócio-

político atual, podemos compreender a dinâmica dos principais conceitos a serem

trabalhados, o da sociedade, território, Lugar, Paisagem, Região e Natureza. Estes

conceitos de diferem pelo diversificado nível de desenvolvimento nos diferentes

momentos históricos e pela relação conturbada entre homem e meio.

Os conteúdos estruturantes que norteiam as discussões nas aulas

de Geografia estão fundamentadas nas noções de espaço, conhecido também como

espaço geográfico. Seguindo diferentes pensamentos podemos analisar a Geografia

de diversas maneiras, pela ótica Humanista, Crítica, Pós-moderna, etc. O importante

é que sempre a realidade do aluno e o lugar onde vive devem ser levados em

consideração, quando discutimos assuntos da Geografia Física (Clima, Relevo,

Vegetação, etc.) e Geografia Humana (População, Atividades econômicas, etc).

OBJETIVO GERAL

A geografia adquiriu novas características e finalidades dentro da

vida do aluno. O homem como agente transformador do meio através de seu

trabalho e as novas tecnologias e as consequências da exploração inconsciente da

natureza, são o eixo norteador das discussões das atividades do Ensino Médio.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

257

Dimensão econômica da produção do/no Espaço;

Dimensão política do espaço Geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço Geográfico;

Dinâmica cultural e demográfica do espaço Geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

• A formação e transformação das paisagens;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

2º BIMESTRE

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a ( re ) organização do

espaço geográfico;

• A formação, localização e exploração dos recursos naturais.

2ª SÉRIE – BLOCO 2

1º BIMESTRE

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

258

2º BIMESTRE

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

• O espaço em rede:produçãso, transporte e comunicação na atual

configuração territorial;

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

• O comércio e as ampliações sócioespaciais.

3ª SÉRIE - BLOCO 2

1º BIMESTRE

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• Formação , mobilidade das fronteiras e refiguração dos territórios

2º BIMESTRE

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• As implicações socioespaciais no processo de mundialização.

METODOLOGIA

Os alunos através de seu conhecimento prévio, devem compreender

os conteúdos através de uma contextualização da realidade fazendo uma

comparação com sua vida cotidiana. Levando em consideração:

259

• O Reconhecimento do espaço geográfico, como produto das relações

sociedade/natureza, em constante modificação através do processo

histórico.

• Compreendendo o encadeamento dos elementos formadores da

paisagem natural e as modificações ou impactos que a sociedade nela

acarreta.

• Investigar os processos de formação e transformação do território

brasileiro, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de

técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.

Esta prática é fundamental para o êxito no aprendizado do

educando. Várias abordagens e diferentes pontos de vista levam a uma

compreensão eficaz de determinado conteúdo. A geografia, considerada por muitos

estudiosos uma ciência de síntese, utiliza a todo momento, o auxílio de outras

ciências para explicar o mundo e as intervenções do homem sobre o mesmo.

Debate, Oralidade, Exercícios, Seminário, Teste Objetivo e

Subjetivo, Pesquisa com fichamento, Relatório, Mapa, Trabalho em grupo, Mapa do

Paraná, Relatório sobre a palestra, Trabalho em duplas, Maquete, Análise oral sobre

gráficos e tabelas, Participação durante as aulas expositivas, Seminário, Relatório,

Exercícios, Prova objetiva e subjetiva.

AVALIAÇÃO

• Avaliações subjetivas e objetivas, leitura e interpretação oral de tabelas,

gráficos e mapas;

• Relatório, pesquisas, pesquisa em jornais e revistas, trabalhos individuais e

coletivos, etc.;

• A recuperação paralela deve acompanhar todo o processo de aprendizagem,

sendo contínua e diversificada, levando o aluno a entender as diversas

260

formas de aprendizagem, ampliando e construindo o seu próprio

conhecimento, não deixando de lado o caráter científico da Ciência.

BIBLIOGRAFIA

CASTRO, Josué de. Geopolítica da Fome. São Paulo, Brasiliense, 1961.

GONÇALVES, Carlos W. Porto. Os (des) Caminhos do meio ambiente. São Paulo,

Contexto, 1996.

IANNI, Otávio. Origens Agrárias do Estado brasileiro. São Paulo, Brasiliense,

1984.

IBGE. Censo Demográfico 2000. Rio de Janeiro, 2000.

MOREIRA, Igor. O espaço Geográfico.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo,

Cia das Letras, 1995.

SINGER, Paul. Dinâmica Populacional e desenvolvimento. São Paulo, Cebrap,

1970.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Geografia.

Curitiba: SEED, 2008.

BIOLOGIA

EMENTA

261

O estudo da Biologia tem como objeto o fenômeno da vida. Esse

fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados,

interação entre seus constituintes e os componentes do meio.

O papel da Biologia sendo dessa forma, o de colaborar para a

compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo

que age, participa e integra o universo. Partindo dessa premissa, deve-se

desenvolver no educando o processo de construção do conhecimento numa

perspectiva crítica, intelectual e ética, levando-os a compreender as inter relações

entre homem X natureza X cultura, e daí, tomar decisões e interferir na realidade

que o cerca.

A Biologia deve permitir a compreensão dos avanços tecnológicos

(biotecnológicos), considerando a bioética e o desenvolvimento sustentável, bem

como, sensibilizar o educando a respeito das consequências das ações humanas no

ambiente e do impacto negativo do sistema capitalista para a manutenção da vida

no planeta. Portanto os conteúdos devem ser reais, dinâmicos, permitindo a

redescoberta, a reconstrução por parte do aluno. Atribuindo à educação a

propriedade condizente com a função social, fazendo com que ela promova o

desenvolvimento das potencialidades, o exercício consciente da cidadania, o desejo

de aprender e a curiosidade natural, poderemos eliminar a miséria e construir uma

sociedade mais justa.

Nesse processo em que a natureza tem sido a grande delineadora

do desenvolvimento sustentável, o uso racional dos recursos naturais pelo homem

será responsável pela sua sobrevivência e a dos ecossistemas. É necessário levar o

aluno a observar, comparar e classificar fatos e fenômenos, chegando a

generalizações e a compreensão, em novo nível de complexidade, de forma mais

elaborada do conhecimento já produzido e conseqüentemente, a um aproveitamento

mais racional do meio ambiente. Nesse contexto, a Biologia tem um papel

aglutinador das outras ciências, porque o ecossistema passa a ser analisado e

compreendido utilizando os conhecimentos da Química, Geografia entre outros.

Os conteúdos estruturantes de Biologia foram elaborados levando

em consideração quatro marcos conceituais, a saber:

262

• Pensamento biológico descritivo: método baseado na observação e descrição

da natureza;

• Pensamento biológico mecanicista: fraciona os organismos vivos em partes

cada vez mais especializadas e menores procurando compreender as

relações, causas e efeitos no funcionamento de cada uma de suas partes;

• Pensamento biológico evolutivo: modelo explicativo dos mecanismos

evolutivos vinculando-os ao material genético;

• Pensamento biológico de manipulação genética: compreender a estrutura

físico-química dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.

CONTEÚDOS ESTUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS1 - Organização dos Seres Vivos Origem da vida

Evolução

Classificação dos Seres Vivos

Citologia

Ecologia (Conceitos básicos)

Histologia

Embriologia

Método Científico

Reprodução humana

Bioquímica celular2 - Mecanismos Biológicos Características Morfofisiológicas dos Seres Vivos3 - Biodiversidade Classificação dos Seres Vivos

Ecologia

Genética

Evolução

Fisiologia animal / vegetal4 - Implicações dos avanços

biológicos no fenômeno da vida

Ecologia

Evolução

Genética

Biotecnologia

Bioética

263

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

• Origem da vida

• Bioquímica celular

2º BIMESTRE

• Citologia

• Embriologia

• Reprodução humana

• Histologia

2ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

• Características morfofisiológicas dos seres vivos

• Classificação dos seres vivos

2º BIMESTRE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Fisiologia animal e vegetal

3ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

264

• Genética

• Biotecnologia

• Bioética

2º BIMESTRE

• Evolução

• Ecologia

OBJETIVOS GERAIS

• Consolidar e aprofundar o aprendizado iniciado no Ensino Fundamental;

• Propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no geral as informações e

conhecimentos transmitidos se transformam em instrumentos de

compreensão, interpretação, julgamento, mudança e pensão da realidade;

• Propor o educando para a cidadania no sentido universal e não apenas

profissionalizante, aprimorando-se como ser humano sensível, solidário e

consciente;

• Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos,

observados em microscópio ou a olho nu;

• Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;

• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em

estudo;

• Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido,

através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;

• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,

leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao

tema biológico em estudo;

• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;

• Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico;

265

• Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando

conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo

generalizações;

• Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais etc;

• Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na

compreensão de fenômenos;

• Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo

biológico;

• Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de

problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na

análise de dados coletados;

• Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados utilizando elementos da Biologia;

• Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado

(existencial ou escolar);

• Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de

fatos ou processos biológicos (lógica externa);

• Reconhecer o Biologia como um fazer humano, e, portanto, histórico, fruto da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e

tecnológicos;

• Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos

do senso comum relacionados a aspectos biológicos;

• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações

intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

• Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e

implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;

• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as

concepções de desenvolvimento sustentável.

METODOLOGIA

266

Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como

resultados de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e social.

Compreender a ciência e a tecnologia.

Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, utilizar

escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados.

Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos explicativos para

fenômenos ou sistemas naturais ou tecnológicos.

Articular, integrar e sistematizar fenômenos e teorias dentro de uma

ciência, entre as várias ciências e áreas de conhecimento.

• Leitura e interpretação de textos;

• Resolução de exercícios;

• Exposição de notícias de jornais e revistas a exemplo do dia a dia do aluno;

• Debates;

• Filmes;

• Seminários;

• Projetos;

• Aula prática de laboratório;

• Palestras ministradas por profissionais da área;

• Uso da Internet;

• Uso do rádio/CD;

• Uso de transparência;

• Passeio ecológico.

AVALIAÇÃO

• A avaliação será desenvolvida utilizando-se de vários instrumentos avaliativos

onde serão priorizados os aspectos qualitativos aos aspectos quantitativos;

267

• Será contínua e diagnóstica, não somente para diagnosticar o que o aluno

aprendeu, mas sobretudo, verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu

na resolução de problemas (problematização);

• Resolução de exercícios em sala de aula e em casa;

• Participação ativa e criativa em sala de aula;

• Trabalhos individuais e/ ou grupo;

• Pesquisas;

• Seminários;

• Relatórios de atividades práticas;

• Provas individuais.

A princípio faz-se uma sondagem dos conceitos não assimilados e

em seguida recupera-se os mesmos e a partir desta realização será proposta uma

prova substitutiva ou atividades diversificadas.

A recuperação será feita através da prova substitutiva ou atividades

diversificadas;

A avaliação será desenvolvida utilizando-se de vários instrumentos

avaliativos onde serão priorizados os aspectos qualitativos dos aspectos

quantitativos;

Será contínua e diagnóstica, não somente para diagnosticar o que o

aluno aprendeu, mas sobretudo, verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu

na resolução de problemas (problematização).

BIBLIOGRAFIA

AMABIS, José Mariano e outros. Biologia. São Paulo: Ed. Moderna, 2004

BIOLOGIA/Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.

KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2005.

268

PAULINO. Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2005.

SANTOS, Maria Ângela. Biologia Educacional. São Paulo: Ática, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Biologia.

Curitiba: SEED, 2008.

EDUCAÇÃO FISICA

EMENTA

A Educação Física pretende refletir sobre as necessidades atuais

de ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Essa proposta tem como

fundamento geral o materialismo histórico cujos princípios apresentam uma profunda

reflexão crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao

funcionamento da sociedade através de uma proposta interdisciplinar.

Para que isto se efetive, a disciplina adota conteúdos estruturantes

que dão conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que identificam

e organizam os campos de estudo da educação física escolar, sendo considerados a

base fundamental para a compreensão de seu objeto de estudo, estes conteúdos

são constituídos historicamente e legitimados socialmente.

No Ensino Médio os conteúdos estruturantes adotados são: a

ginástica, o esporte, a dança, a luta e os jogos. Estes conteúdos estruturam o ato

educativo justamente devido à capacidade de abstração dos alunos e complementa

a construção de sua expressividade corporal.

A partir dos conteúdos específicos da Educação Física apontam-se

alguns elementos articuladores que integram e interligam as práticas corporais,

objetivando maior aprofundamento e diálogo com as diferentes expressões do

corpo. Os elementos articuladores são: a desportivização, a mídia, a saúde, o corpo,

a tática e técnica, o lazer e a diversidade.

269

OBJETIVO GERAL

A Educação Física deve proporcionar ao educando conhecimentos

teórico-práticos com base científica, para que ele possa usufruir os mesmos de

forma crítica e autônoma, objetivando melhorias na qualidade de vida através das

diferentes práticas de atividade física, exercício físico, esporte, dança, ginástica, luta

e jogos. Portanto, a Educação Física deve contribuir para a formação de um cidadão

capaz de tomar decisões, partindo da lógica racional que transcende para o lúdico e

para o sensível; este cidadão deve ser crítico, sujeito a ações e movimentos

consciente de que seu corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece

e socializa-se.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• ESPORTES

• DANÇA

• GINÁSTICAS

• JOGOS E BRINCADEIRAS

• LUTAS

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE - BLOCO 1

1º BIMESTRE

Voleibol, Futsal, Basquete;

Dança de rua

270

Ginásticas em Geral

2º BIMESTRE

Futsal, Handebol, Atletismo;

Danças Regionais e folclóricas;

Jogos Competitivos;

Artes Marciais;

2ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Voleibol; Futsal;Basquete;

Dança de Rua;

Ginástica Rítmica;

2º BIMESTRE

Futsal; Handebol; Atletismo;

Danças regionais e folclóricas;

Jogos Competitivos;

Artes Marciais;

3ª SÉRIE – BLOCO 1

1º BIMESTRE

Handebol; Futsal; Basquete;

Jogos Esportivos;

2º BIMESTRE

271

Futsal; Voleibol; Basquete;

Dança e a musicalidade;

Ginástica Geral;

Artes Marciais;

METODOLOGIA

Os conteúdos da disciplina de Educação Física deverão ser

administrados de maneira que haja uma interlocução dos conteúdos estruturantes e

os articuladores, a cada ano os conteúdos devem ter profundidade e complexidade,

para que o aluno tenha uma apreensão crítica dos esportes, da ginástica, da dança,

da luta e jogos que compõem a especificidade da disciplina, a aula pode ser

organizada em três momentos: no primeiro o professor faz uma proposição do que

vai ser executado, no segundo partem para a execução e finalmente e uma reflexão

sobre o que foi executado.

Os conteúdos específicos do primeiro ano ao terceiro ano são os

mesmos, porém a cada ano terão maior amplitude, complexidade e aprofundamento.

- Noções fisiológicas utilizar-se-ão de meios que fundamentam os temas abordados

a partir de aulas teóricas (perguntas, questionamentos, debates e etc.),

contextualizando os assuntos trabalhados de maneira a promover uma formação

para a autonomia e a criticidade;

- Utilizar-se de atividades em grupo, pesquisas e apresentações de trabalhos, para

que seja possível o debate sobre temas sociais contemporâneos, bem como relato

das discussões realizadas;

- Utilizar-se da leitura e produções de textos que auxiliam o aluno a formar conceitos

próprios a partir do seu entendimento da realidade bem como relatá-los com clareza

e coerência;

- Os esportes devem ser trabalhados através de uma práxis, onde suas raízes

históricas, concepções e evolução social, são levantadas e debatidas;

- Incentivar a criação e modificação de regras e táticas dos jogos e esportes, onde

os alunos participem democraticamente;

272

- A consciência corporal deverá ser trabalhada de forma que o aluno possa aprender

a lidar com as situações do dia-a-dia, a partir das noções que possui de seu corpo,

através de aulas teórico-práticas do conhecimento e desenvolvimento humano, de

forma criativa e reflexiva;

- As formas ginásticas devem ser trabalhadas através de seu conhecimento

histórico, suas origens e a prática através de movimentos criativos e coreografados

com música ou não;

- As lutas podem ser abordadas desde sua origem, evolução e necessidade

histórica;

- Organização de eventos que possibilitem a participação ativa dos alunos, no

desenvolvimento na aplicação das atividades.

AVALIAÇÃO

O processo avaliativo deverá ser contínuo, permanente e

cumulativo, permitindo a organização e reorganização do trabalho escolar.

O aluno deve ser avaliado nas dimensões: conceitual; cultural;

histórica; social; etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse,

motivação das manifestações corporais, auto e heteroavaliação.

A recuperação paralela é feita quando, se observa que os alunos

não compreenderam o conteúdo tanto teórico como prático. O conteúdo é retomado

através de explicação ou execução dos mesmos.

BIBLIOGRAFIA

SEED - Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental.

Versão Preliminar, Curitiba, julho 2007.

SEED - Livro Didático Público, Educação Física – Ensino Médio, Curitiba, 2007.

273

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Educação Física.

Curitiba: SEED, 2008.

274

8.2.3 CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO – SUBSEQUENTE

MATRIZ CURRICULARESTABELECIMENTO: C. E. PROF. FRANCISCO VILLANUEVA – E. F. M. P.MUNICÍPIO: ROLÂNDIA - PRCURSO: TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHOFORMA: SUBSEQUENTE ANO DE IMPLANTAÇÃO:

TURNO:C H: 1.500 h/a 1.250 horas mais 167 horas de Es-tágio Supervisionado

MÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL

DISCIPLINASSEMESTRES

1° 2° 3°T P T P T P

Horas/Aula Horas

Administração em Segurança do Tra-balho

3 60 50

Comunicação e Educação em Segu-rança do Trabalho

2 1 1 80 67

Desenho Arquitetônico em Segurança do Trabalho

1 1 40 33

Doenças Ocupacionais 3 60 50Ergonomia 3 1 80 67Fundamentos do Trabalho 2 40 33Higiene do Trabalho 2 2 2 40 33Informática em Segurança do Trabalho 1 2 20 17Legislação em Segurança do Trabalho 2 3 2 140 117Prevenção e Controle de Riscos e Per-das

3 60 50

Prevenção a Sinistros com Fogo 3 1 80 67Primeiros Socorros 2 1 0 0Processo Industrial e Segurança 4 80 67Programas de Controle e Monitora-mento

2 2 40 33

Psicologia do Trabalho 2 40 33Saúde do Trabalhador 3 60 50Segurança do Trabalho 4 3 1 3 1 220 183Técnicas de Utilização de Equipamen-tos de Medição

2 2 1 1 80 67

Total 25 25 25 1500 1250Estágio Profissional Supervisionado 5 5 200 167TOTAL DA CARGA HORÁRIA 25 30 30 1700 1417

275

Perfil do Curso

O Curso Técnico em Segurança no Trabalho vem ao encontro da

necessidade de formação do Técnico numa perspectiva de totalidade, o que significa

recuperar a importância de trabalhar com os alunos os fundamentos científicos-

tecnológicos presentes nas disciplinas da Formação Científica, evitando a

compartimentalização na construção do conhecimento.

O Técnico em Segurança do Trabalho é um profissional de visão

humanista e social, com conhecimentos científicos, tecnológicos e histórico-sociais,

capaz de elaborar, implementar e monitorar programas na área de segurança e

saúde do trabalho, atuar em ações de segurança e saúde do trabalho, atuar em

ações educativas na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais no universo

laboral e na sociedade, bem como contribuir com a preservação do meio ambiente.

9. PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES

DESENVOLVIDOS DURANTE O TEMPO ESCOLAR

9.1 A SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE - PORTUGUÊS

CONCEPÇÃO

A Sala de Apoio é um Projeto do Governo Estadual do Paraná, que

nesta escola foi implantado em 2004 e vem dando bons resultados desde a sua

autorização, devido à necessidade da evolução escolar quantitativa e

qualitativamente.

Os alunos da sala de apoio deverão ser os que têm problemas de

aprendizagem, sendo assim ela deve oferecer as condições necessárias para que

os alunos aprendam e participem de forma prazerosa do exercício da cidadania,

voltada para uma concepção sócio-interacionista.

276

Para que isto ocorra, o professor juntamente com a equipe

pedagógica deverá intervir nas dificuldades de apropriação de conteúdos dos

alunos, proporcionando-lhes técnicas e estratégias para os mesmos escolherem

como eles querem aprender, oferecendo opções de aprendizagem para os

educandos, isto é, se o aluno não consegue aprender com uma estratégia, o

professor deverá ter em mãos estratégias diversificadas.

Dentro do estudo de Língua Portuguesa deve-se privilegiar a

articulação das três práticas: leitura, produção oral/escrita e a análise lingüística de

forma contextualizada.

As dificuldades encontradas ou enfrentadas no dia a dia da sala de

aula têm sido um enorme desafio para acabar com os sucessivos fracassos na

escola. A grande problemática é devido a vários fatores: dificuldade de apropriação

do conteúdo, alunos faltosos, falta de envolvimento dos pais, falta de compromisso e

envolvimento por parte dos alunos, ritmos diferenciados de aprendizagem, falta de

estímulos que venham acrescentar sua capacidade de expressão individual por meio

de movimentos criativos e outros fatores que envolvem o contexto familiar do

educando.

A sala de apoio é importante para que a escola possa proporcionar

aos alunos a oportunidade de realizar no horário contrário, atividades de

recuperação nas disciplinas em que o educando apresenta dificuldade de

apropriação de conteúdos, no caso citado: Português e Matemática.

OBJETIVO GERAL

Conscientizar a família sobre a importância de sua participação

efetiva na melhoria da educação de seus filhos, fazendo com que haja mais

responsabilidade e comprometimento dos mesmos com a escola e

consequentemente melhorar o relacionamento entre família e escola.

Recriar espaços de participação e troca entre família e escola.

OBJETIVOS GERAIS

277

O aluno deverá:

• Utilizar a linguagem nas diversas situações sociais com diferentes propósitos

comunicativos e expressivos, com percepção de significados;

O professor deverá:

• Desenvolver as habilidades já trabalhadas proporcionando a verdadeira

aprendizagem destes conteúdos;

• Recuperar a defasagem dos alunos, atendendo-os em suas especificidades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Desenvolver a competência linguística para estabelecer a comunicação, tanto

na forma escrita, quanto na forma oral em discursos formais ou informais;

• Produzir textos coerentes, com sequencia e coesão;

• Compreender os textos e reelaborar seus conhecimentos de forma a

transmitir o que compreender;

• Desenvolver atividades que os levem a argumentar, debater, expor e

comparar;

• Desenvolver a leitura como hábito que contenha entonação e ritmo;

• Planejar atividades diversificadas com a finalidade de ajudar os alunos a

apropriar-se dos conteúdos defasados.

CONTEÚDOS TRABALHADOS

Oralidade:

• Participa de debates, expondo suas idéias com clareza, coerência, atendendo

aos objetivos do texto e aos do interlocutor;

• Há progressão na argumentação (consistência argumentativa);

• Observa a concordância de gênero e número;

• Utiliza adequadamente os modos e tempos verbais;

278

• Observa a concordância verbal, nos casos mais comuns;

• Está gradativamente fazendo reflexão sobre a função dos usos de variedades

lingüísticas em diferentes situações de interlocução;

• É capaz de recontar o que leu ou ouviu;

• Tem seqüência na exposição das idéias;

• Tem adequação vocabular;

• Participa dos debates, de forma organizada;

• Percebe a diferença entre a oralidade e a escrita (marcas lingüísticas, gestos,

expressão facial, pontuação, entonação).

Leitura:

• Lê com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e

sua relação com os sinais de pontuação;

• Localiza informações explícitas no texto;

• Percebe informações implícitas no texto;

• Reconhece o efeito de sentido do uso da linguagem figurada e/ou sinais de

pontuação e outras notações;

• Reconhece a idéia central de um texto;

• Identifica a finalidade do texto, reconhecendo suas especificidades (narração,

poético, jornalístico, informativo, etc...)

• Reconhece os objetivos e intenções do autor do texto;

• Extrapola o texto em estudo, associando-o com outros textos lidos,

discutidos, etc;

• Reconhecer as condições de produção do texto de forma mais simples:

quando o texto foi produzido, que o produziu, para quem, para que, onde foi

publicado);

• É capaz de dialogar com novos textos e/ou textos já lidos, posicionando-se

criticamente diante deles;

• Manipula o dicionário com autonomia para elucidar dúvidas ortográficas;

• Interpreta linguagem não exclusivamente verbal.

279

Escrita:

• Reestrutura textos revisando os desvios do uso convencional da língua,

dando maior coerência, coesão e capacidade argumentativa na sua produção

escrita;

• Escreve com clareza, coerência e argumentação;

• Adequação à norma padrão;

• Há melhora na argumentação, isto é, procura dar sustentação argumentativa

nos textos que desenvolve, evitando o senso comum;

• Utiliza os sinais de pontuação;

• Utiliza os tempos verbais;

• Acentua as palavras devidamente;

• Reconhecer maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita;

• Faz concordância verbal e nominal;

• Sabe transformar discurso direto em discurso indireto e vice-versa;

• Elimina marcas da oralidade no texto;

• Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes, adjetivos,

conjunções,...) substituindo palavras repetidas no texto.

CONTEXTUALIZAÇÃO

O professor da sala de apoio deverá fazer um trabalho de

intervenção pedagógica realizado com base em atividades lúdicas, tendo por

objetivo principal desenvolver o aluno em seu aspecto psicomotor, visto que

sabemos da grande importância deste para a aprendizagem da leitura, escrita e

oralidade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Com o trabalho realizado na sala de apoio, temos a finalidade de

atender o aluno de uma forma individualizada, ou seja, com um número bastante

reduzido, desta forma o trabalho fruirá de forma transparente e o aprendizado

acontecerá com a participação interativa de todos os educandos. Pretende-se que

280

eles participem oralmente, criem, produzam para sejam avaliados ao final de cada

aula.

Dessa forma, o professor deverá estar sempre motivado,

procurando variar ao máximo possível as atividades propostas para alcançar seus

objetivos, superando de forma satisfatória e prazerosa as dificuldades apresentadas

por parte de cada educando, sendo necessário que o professor faça as intervenções

pedagógicas através de jogos, quando possível. Assim o aluno se manterá motivado

e poderá assimilar com mais facilidade a sua defasagem e com isso ocorrerá o tão

esperado ensino-aprendizagem do educando que se encontra com dificuldade de

apropriação de conteúdos.

AVALIAÇÃO

A avaliação de aprendizagem dos alunos será diagnóstica, descritiva

e contínua, devido ao professor apresentar a necessidade de indicar se o aluno

desenvolveu os conteúdos trabalhados. A observação de superação das

dificuldades de apropriação de conteúdos que os alunos demonstram possuir deverá

ser superada com as intervenções pedagógicas dos docentes de sala de apoio à

aprendizagem e dever-se-á considerar o seu progresso escolar, tendo como

parâmetro os avanços referentes ao seu próprio desempenho.

9.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – MATEMÁTICA

CONCEPÇÃO

A Sala de Apoio à Aprendizagem é um Projeto do Governo

Estadual do Paraná, que nesta escola foi implantado em 2004 e vem dando bons

resultados desde a sua autorização, devido à necessidade de evolução escolar

quantitativa e qualitativamente.

Os alunos da sala de apoio deverão ser os que têm dificuldade de

apropriação de conteúdos, sendo assim os professores deverão oferecer as

281

condições necessárias para que os alunos aprendam e participem de forma

prazerosa de exercício de cidadania, voltada para uma concepção sócio-

interacionista.

Para que isto ocorra, o professor juntamente com a equipe

pedagógica deverá intervir nas dificuldades de apropriação de conteúdos dos

alunos, proporcionando-lhes técnicas e estratégias para os mesmos escolherem

como eles querem aprender, oferecendo opções de aprendizagem para os

educandos, isto é, se o aluno não consegue aprender com uma estratégia o

professor deverá ter em mãos estratégias diversificadas.

As dificuldades enfrentadas no dia-a-dia dentro do contexto da sala

de aula têm sido grande desafio para acabar com os frequentes fracassos na escola.

A grande problemática é devido a vários fatores: dificuldades de apropriação dos

conteúdos, alunos faltosos, falta de compromisso da família, falta de dedicação e

envolvimento do aluno, ritmos diferenciados de aprendizagem, falta de limites dos

alunos, falta de estímulos que possam enriquecer sua capacidade de expressão

individual por meio de participação criativa e outros fatores que envolvem o contexto

familiar do aluno.

A sala de apoio é importante para que a escola possa propor aos

alunos a oportunidade de realizar, no horário contrário, atividades de recuperação na

disciplina de matemática que o aluno encontra-se em defasagem.

O atendimento pedagógico na sala de apoio deve contemplar os

conteúdos de forma que os alunos ampliem seus conhecimentos, construindo novos

significados dentro de um contexto social.

A matemática pode contribuir para a formação do educando ao

desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, análise de

resultados, atividades diversificadas, iniciativa pessoal e coletiva e a autoconfiança

para resolver problemas.

CONTEÚDO

Dentro do estudo da disciplina de matemática deve-se priorizar os

seguintes conteúdos:

282

Números

01 – Leitura de números;

02 – Escrita de números;

03 – Classificação e Seriação;

04 – Antecessor e sucessor;

05 – Ordem (crescente, decrescente);

06 – Organização do S.N.D.;

07 – Valor posicional do algarismo;

08 – Números naturais;

09 – Pares e ímpares;

10 – Igualdade;

11 – Desigualdade;

12 – Números Decimais;

13 – Números Fracionários.

14 – Operações;

15 – Adição;

16 – Multiplicação;

17 – Subtração;

18 – Divisão;

19 – Noções de equivalência/proporcionalidade.

OBJETIVO GERAL

• Conscientizar a família sobre a importância de sua participação efetiva na

melhoria da educação de seus filhos, fazendo com que haja mais

responsabilidade e comprometimento dos mesmos com a escola e

consequentemente melhorar o relacionamento entre família e escola;

• Recriar espaços de participação e troca entre família e a escola;

OBJETIVOS GERAIS

• Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a Matemática

como um meio de resolver situações cotidianas;

283

• Possibilitar situações aos alunos para buscar a “construção dos significados”;

• Desenvolver o raciocínio e o espírito crítico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Ler e escrever números naturais;

• Distinguir notação posicional e notação não posicional;

• Compreender o sistema de numeração decimal;

• Identificar as ideias presentes nas quatro operações;

• Desenvolver com paciências as atividades;

• Ler e entender o que leu, elaborar estratégias e procedimentos para resolver

o problema, registrar a resolução de forma clara e precisa.

CONTEXTUALIZAÇÃO

O educador deverá trabalhar os conteúdos de forma que os alunos

compreendam as aplicações práticas e os conceitos matemáticos no mundo atual

dentro de sua realidade. Assim sendo, sempre que possível os conteúdos

matemáticos serão desenvolvidos através de situações problemas reais, onde o

aluno deverá ler e interpretar, buscando uma solução. O professor orientará o aluno

para a solução.

O objetivo do trabalho em sala de apoio é o de dar atendimento

individualizado, de forma que o aprendizado aconteça com o envolvimento e a

participação interativa de todos os educandos para que criem, produzam e se

avaliem ao final de cada aula.

Assim sendo, os professores deverão estar sempre motivados

procurando desenvolver seu trabalho com atividades diversificadas e especialmente

propostas para atingir seus objetivos, superando as dificuldades de forma

satisfatória e prazerosa, explorando principalmente as vias dos jogos pedagógicos.

284

Portanto faz-se necessário que o professor realize as intervenções

pedagógicas, sempre que possível, através de jogos, assim os educandos se

sentirão motivados e poderão assimilar com mais facilidades os conteúdos

propostos, superando suas dificuldades.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Através do atendimento oferecido ao aluno da Sala de Apoio, tem-se

a finalidade de obter um trabalho de forma individualizada, ou seja, com um número

bastante reduzido de alunos, será possível realizar um atendimento individualizado e

assim o aprendizado acontecerá com a participação interativa de todos os

educandos. Pretende-se que eles participem oralmente, criem situações problemas

de sua vida cotidiana e se avaliem ao final de cada aula.

Com este procedimento, o professor também se manterá motivado,

procurando diversificar o máximo possível as atividades propostas para alcançar

seus objetivos superando de forma satisfatória e prazerosa as dificuldades

apresentadas por parte de cada educando sendo necessário que o professor faça as

intervenções pedagógicas sempre através de jogos quando possível. Assim o aluno

se manterá motivado e poderá assimilar com mais facilidade a sua dificuldade de

apropriação do conteúdo e com isso acontecerá o tão esperado ensino-

aprendizagem do educando que se encontra defasado.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve fazer parte integrante do processo ensino-

aprendizagem em que o objetivo não é a verificação da quantidade de informações

retidas, mas sim a qualidade. A avaliação deve servir como instrumento de diagnose

do processo de ensino-aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de

postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo –

metodologia – instrumento de avaliação). Sendo assim, a avaliação de

285

aprendizagem dos alunos será descritiva, diagnóstica e contínua, devendo o

professor indicar se o educando progredir nos conteúdos trabalhados. A observação

de aprendizagem do aluno deverá considerar o seu desenvolvimento tendo como

parâmetro os avanços referentes ao seu próprio desempenho.

9.3 ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR VIVA ESCOLA

DANÇA E ESCOLA: UM DIALOGO COM O CORPO

JUSTIFICATIVA:

O mundo contemporâneo é caracterizado pela diversidade e

multiplicidade, e é sob essa perspectiva que seria interessante lançarmos um olhar

mais crítico sobre a dança na escola. A transmissão de conhecimento hoje, como

sabemos, não se restringe mais às quatro paredes da escola. Ao contrário, muitas

vezes nossas escolas estão correndo atrás das informações mais recentes e de

fácil, rápido e direto acesso pelas redes de comunicação, ditando muitas vezes

informações e ações massificadas.

Neste mar de possibilidades característico da época em que

estamos vivendo, talvez seja este o momento mais propício para também refletirmos

criticamente sobre a função e o papel da dança na escola formal. Atentos ao fato de

que a escola deve dialogar com a sociedade em transformação, ela é um lugar

privilegiado para que o ensino de dança se processe com qualidade, compromisso e

responsabilidade.

Poderíamos hoje pensar em uma proposta educacional que

integrasse e valorizasse igualmente estas duas culturas de modo a viabilizar uma

maior comunicação, interação e diálogo entre “novo” e “velho”, áudio-visual e livro, o

sensível e a razão, alunos e professores, crianças, jovens e adultos, cidadãos e

sociedade. Com isto, estaremos engajados em um processo educacional que

realmente valoriza a pluralidade cultural, a diferença e o conhecimento

interdisciplinar que se realiza através do diálogo contínuo entre corpo, mente,

sociedade.

286

A dança nas escolas – e portanto em sociedade -, necessita hoje,

mais do que nunca, de atores competentes, críticos e conscientes de seu papel no

que se refere a dialogar e oferecer a alunos e alunas das redes públicas de ensino,

que de outra forma não teriam estas oportunidades, propostas de dança que

efetivamente contribuam para construção da cidadania; ou seja partimos da

"Dancinha" para "A Dança".

CONTEÚDO:

-Desenvolvimento de atividades que envolvam as diversas formas e estilos de

dança: folclóricas, regionais, de salão, contemporânea,etc;

-Vivência, experimentação e criação em e danças;

- Trabalhar a criatividade, a técnica e improvisação através: princípios do movimento

como a respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural; elementos do movimento o

quê, como, onde e com que nos movemos; processos da dança;

- Dimensões sócio-histórico-culturais da dança e aspectos estéticos

história, estudos étnicos, música, crítica e estética

- Relações entre o ensino de dança nas escolas e a sociedade contemporânea

conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias.

OBJETIVOS:

− Contribuir de maneira significativa para a entrada definitiva da dança na proposta

curricular da escola;

− Trabalhar na teoria e na prática propostas para o ensino de dança que integrem

o fazer, a apreciação e a contextualização artísticas;

− Resgatar aspectos culturais, históricos e sociais nas apresentações de danças-

Contribuir para formação de grupos de dança conscientes e interessados em

educação e arte;

− Vivências artísticas e exercícios de dança contemporânea, folclóricas, circulares,

modernas,etc;

287

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

− Vivências artísticas e exercícios de dança contemporânea, folclóricas, circulares,

modernas, etc;

− Apreciação de dança ao vivo e em vídeo;

− Discussões e problematização sobre o vivido e apreciado;

− Leituras e discussões de textos;

− Elaboração e aplicação de projetos de ensino da dança e apresentações em

atividades extra curriculares, datas festivas;

− Elaboração e execução de um festival de dança;

INFRAESTRUTURA:

Sala de aula, sala de computação, quadra poliesportiva, pátio e

refeitório.

RESULTADOS ESPERADOS:

A presença da dança nas escolas já faz parte da história da rede

pública, a tônica da maioria no entanto é a de ausência ou, então, de tentativas

isoladas bem sucedidas ou não. Portanto o que espera-se do projeto é a criação de

identidade da cultura da pratica da dança envolvendo a comunidade escolar, através

de formação de grupos de dança, execução de coreografias mais elaboradas e

consciente nos temas e movimentos.

Elaboração de apresentações e um festival de dança.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Os participantes terão que frequentar as aulas semanais, tendo a

possibilidade de justificar sua ausência por no máximo duas vezes. E também a

responsabilidades de contribuição com a formação do grupo de dança, bem como as

ações e execuções nas apresentações.

288

O ESPORTE ANALISADO E VIVENCIADO EM DIFERENTES PERSPECTIVAS

JUSTIFICATIVA:

Entendendo o esporte enquanto fenômeno cultural e social e admitindo que as

diversas manifestações esportivas estão enraizadas na cultura de atividades das

crianças e adolescentes, muitas vezes como atividade lúdica,e, a maioria das vezes

apenas como prática sem reflexão, abre-se a possibilidade de abordar esta temática

em uma perspectiva pedagógica em que o olhar superficial e simplista possa ser

superado e elevado à categoria de conhecimento relevante na formação dos

estudantes. Este conteúdo Esporte pode e deve ser abordado de forma crítica, com

análise e reflexão de temas como: esporte e mídia, o esporte enquanto prática

capitalista, mercadorização de atletas, precocidade na profissionalização

esportiva,etc. Como projeto complementar às aulas de Educação Física, visa

atender os alunos em seu tempo livre, ocupando-se assim com atividade inclusiva e

sócio-educativo. Essa atividade propiciará os alunos a aquisição de valores,

compromisso, solidariedade e o respeito humano e também a compreensão de que

jogo se faz a dois, e que é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o

adversário (Coletivo de autores, 1992, p.71).

CONTEÚDOS:

Estudar esporte é muito mais do que reproduzi-lo, é analisá-lo, realizando a crítica e

percebendo inclusive seus limites, para daí possibilitar a construção de uma nova

proposta. A adolescência compreendendo a faixa etária de 12 a 18 anos, é um

período bastante longo e diferenciado na vida do ser humano, principalmente se

comparado a infância. È legítimo afirmar que a adolescência se divide em duas

fases distintas: uma inicial, marcada por transformações significativas em todos os

aspectos do desenvolvimento; a outra final, marcada por uma consolidação de

papéis e de objetos (BEE, 2003). Socialmente, o adolescente passa por duas fases

distintas (PIAGET, 1998); num primeiro momento aparece à fase de interiorização,

na qual, a exemplo do que acontece com a criança pequena, manifesta-se

289

centralizador, reflexivo, emerge em seus pensamentos condenado a sociedade atual

e reconstruindo-se a seu modo. É comum que o adolescente (inicialmente)

apresente por exemplo, o desejo de realizar apenas aquilo que gosta de fazer,

ludibriar os outros na realização das atividades propostas, de sentir-se "importante",

diferente dos outros, de não assumir responsabilidades, de sentir-se

incompreendido.(MEINEL, 1994) alimenta a ideia de que a adolescência é

caracterizada por duas fases distintas: uma de reestruturação e outra de

estabilização das habilidades e destrezas motoras, diante disto, penso, a exemplo

de (FREIRE,1998,p.148) \" Ensinar exige uma certa organização, experiência,

prática, teoria, técnicas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Prática Esportiva: Voleibol; Futsal; Handebol; Basquetebol. O esporte na sociedade

capitalista; Adaptação do esporte à realidade escolar; Valorização que privilegie o

coletivo em detrimento do individual; Compromisso com a solidariedade e respeito

humano; Discussão a respeito de regras e suas evoluções; Reconhecer as

possibilidades de ações e organização coletiva; Várias formas de jogos:

competitivos, cooperativos, etc. Valorização das culturas locais e regionais.

OBJETIVOS:

Propiciar aos alunos condições de argumentação mais crítica e reflexiva do tema;

promover o bem estar físico e social dos alunos por meio da capacidade de se

relacionar e trabalhar em equipe.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

O projeto abordará tópicos que poderão ser coletados em reportagens escritas

(jornais, revistas), ou mesmo reportagens de TV e Internet; estes tópicos serão lidos,

debatidos e expostos em mural. Quanto à prática propriamente dita do esporte se

dará de forma lúdica e cooperativa, através da adaptação de regras e formas de

jogar diversificada. Através de atividades de leitura e produções de textos que

auxiliam o aluno a formar conceitos próprios a partir do seu entendimento da

realidade bem como relatá-los com clareza e coerência. Os esportes devem ser

290

trabalhados através de uma práxis, onde suas raízes históricas, concepções e

evolução social, são levantadas e debatidas. Incentivar a criação e modificação de

regras e táticas dos jogos e esportes, onde os alunos participem democraticamente.

INFRAESTRUTURA:

Ginásio de Esportes Municipal; sala de computação, sala de aula e a quadra

poliesportiva do estabelecimento.

RESULTADOS ESPERADOS:

Que os alunos ao final do projeto sejam capazes de argumentar de forma crítica e

reflexiva sobre o tema Esporte e também participe das práticas corporais lúdicas,

sabendo que o importante é participar das atividades, tendo como objetivo maior sua

qualidade de vida.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

O aluno deverá ser avaliado nas dimensões: conceitual; cultural; histórica; social;

etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse, motivação das

manifestações corporais, auto e heteroavaliação. Levará em conta a frequência de

cada aluno, no qual 03 faltas consecutivas sem justificativa o aluno será desligado e

substituído do projeto.

PLANO DE AÇÃO DOCENTE:

OBJETIVO GERAL: Proporcionar aos alunos conhecimentos teóricos - práticos,

levando-os a uma autonomia de execução das práticas de forma prazerosa, segura

e adequadas,contribuindo assim para uma boa qualidade de vida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Compreender as diferenças entre esporte da escola, esporte de rendimento e a

relação entre esporte e lazer;

- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte;

- Compreender a função social do esporte;

291

- Propiciar condições para obter informações sobre dopping, recursos ergogênicos

utilizados e nutrição;

- Conhecer os diferentes passos, posturas,conduções, formas de deslocamentos

entre outros;

- Analisar e discutir a profissionalização esportiva em todos os aspectos;

-Propiciar condições do aluno para valorizar o coletivo sendo este comprometido

com a solidariedade e o respeito humano;

- Compreender que o jogo depende do rendimento coletivo.

METODOLOGIA:

- Leitura de texto sobre o esporte na mídia;

- Analisar reportagens sobre a profissionalização no esporte;

- Identificar na prática as regras do futsal e futebol;

- Discutir através de vídeos sobre esportes em alto nível;

- Modificar as regras utilizando materiais esportivos variados, ou seja, bolas de

diferentes esportes; - Praticar atividades recreativas aplicando as regras e

fundamentos dos desportos;

- Utilizando o laboratório de informática pesquisar sobre o dopping;

- Utilizando cones, arcos, realizar o domínio de bolas variadas com os pés.

AVALIAÇÃO: O aluno deverá realizar um comentário como se ele fosse um

comentarista esportivo para análise de regras, fundamentos e sistema de ataque e

defesa. Participação ativamente em todas as atividades propostas sendo teórico ou

prático.

9.4 CELEM / ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No âmbito do processo de ensino e aprendizagem da Línguas

Estrangeiras Modernas (doravante LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica (doravante DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam que:

292

As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. (DCE, 2008, p. 38).

Dentro desse contexto, o idioma a ser ensinado não é neutro, pois

ao ser estudado instiga o aluno a refletir sobre as civilizações estrangeiras e

tradições culturais de outros povos, trazendo consigo fatos culturais, diferentes

formas de pensar e ver o mundo. Desta forma o ensino da língua espanhola vem

acrescentar, não só a aquisição de uma língua, mas também, ampliar sua

capacidade interpretativa e cognitiva.

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do

entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros

instrumentos de acesso à informação, pois as línguas estrangeiras são

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e

de construir significados.

A Resolução nº 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,

a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas (SUED/SEED, 2008).

O ensino de LEM, se justifica com prioridade, pelo objetivo de

desenvolver a competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e

sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser entendida como a progressiva

capacidade de realizar a adequação do ato verbal às situações de comunicação.

Se a comunicação sempre ocorre por meio de textos, pode-se dizer

que o objetivo do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de

produzir e compreender textos nas mais diversas situações de comunicação.

Contudo,

um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno

293

numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo. (DCE, 2008, p. 57).

Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e

expressão oral tem no ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a

possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da gramática

e dos elementos culturais.

Também exploraremos a habilidade de compreensão leitora visando

a interpretação, a compreensão, a leitura e a produção (oral, escrita e visual) de

diferentes gêneros textuais.

Segundo Bakhtin é no espaço discursivo criado na relação entre o

eu e o outro que os sujeitos se constituem socialmente, deste modo a língua

espanhola apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de

conhecer e com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade.

OBJETIVOS GERAIS

Espera-se que o aluno:

• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita, quando necessário.

• Vivencie, na aula, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas envolvendo a língua espanhola.

• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

• Tenha consciência da importância da língua aprendida na sociedade.

• Reconheça e compreenda a diversidade da linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

• Tenha consciência da importância da língua aprendida sociedade.

CONTEÚDOS

Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de

estudos escolares de Língua Estrangeira Moderna são considerados a base para a

compreensão do objeto de estudo dessa disciplina. Portanto, para o seu ensino e

294

aprendizagem, as discussões pertinentes aos conteúdos encontram-se imbricadas

em seu conteúdo estruturante, bem como nos conteúdos básicos, propostos pelas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica para LEM. Os conteúdos estruturantes

se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são

provisórios e processuais.

O conteúdo estruturante do ensino de língua espanhola é o discurso

como prática social, sendo esta desenvolvida pelas habilidades de: audição,

compreensão, leitura, escrita e oralidade.

Segundo Bakhtin (1952, p. 279), os gêneros de discurso são

definidos como “tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro

de uma esfera de utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o

conteúdo temático, o estilo e a construção composicional.

Os gêneros textuais “são definidos como textos orais ou escritos

materializados em situações comunicativas recorrentes organizando nossa fala e

escrita assim como a gramática organiza as formas linguísticas”. (MARCUSCHI,

2006, p. 35).

Assim, não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e

escrever em e/ou na LEM: é preciso instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas

sociais.

Para que ocorra real aprendizado não só da língua, será ofertado

uma diversidade textual com uma progressão entre as séries. Estes textos

observarão as marcas linguísticas, sociais e culturais particulares de cada país que

fala o espanhol. Reitera-se a necessidade de explorar as práticas de oralidade,

leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o

indivíduo primeiro define o seu propósito, para então decidir o gênero textual que

utilizará.

Em relação ao trabalho com a oralidade nas aulas “têm como

objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos (...) é

aprender a expressar ideias de Língua Estrangeira mesmo que com limitações. (...)

também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua

que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66). Dentro desse contexto, pretende-se

295

explorar gêneros textuais próprios da oralidade como a publicidade da televisão e

da rádio, por exemplo.

No que diz respeito à prática de leitura, observa-se que o primordial

da utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do

conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o

aluno interage.

De acordo com as DCE (2008, p. 65), a respeito da leitura

discursiva,

na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de significados.

O processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que

estes são constituídos de um determinado modo e com uma certa função dentro de

um domínio discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando

que,

a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados. (KOCH; ELIAS, 2007, p. 101).

No que tange as práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela

deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa” (DCE,

2008, p. 66).

As condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros

textuais desenvolverão no aluno:

a possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita como forma de comunicação, de interlocução em situações na qual a expressão escrita se apresente como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de comunicação, de interação (leitores) para quem escrever. (SOARES, 1999 apud WOGINSKI, 2008, p. 63).

296

Salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos

parcialmente) das questões de adequação formal no processo da escrita para focar-

se também à adequação comunicativo-discursiva do texto.

A elaboração de atividades que envolvam a diversidade dos gêneros

textuais, como a (re)produção de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete

certamente atenderão a demanda das práticas linguísticas da escrita, bem como

oportunizarão a reflexão sobre os mecanismos linguísticos que envolvem o processo

da escrita.

Abrangendo esses ícones, pretende-se ensinar a língua espanhola

de modo que a mesma possa ser utilizada em diversas situações na vida do aluno.

A seguir, apresentaremos os conteúdos a serem trabalhos a cada

ano do curso de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol).

Conteúdos por série:

1º ano

Lexical: nacionalidade, profissões, números, corpo humano, formas de

apresentação e de identificação, nome dos alimentos.

Gramática: o alfabeto, sons do espanhol, manejo do dicionário, separação de

sílabas, soletração, verbos: ir/ser/estar/hacer/irse/tener/costar/valer, artigos, modos

verbais: presente/imperativo, verbos regulares e irregulares, pronomes, regras de

acentuação, preposição.

Cultural: a língua espanhola no mundo, as comidas típicas e seus horários, o conto

espanhol, a vida e a obra de Pablo Neruda e os heterosemânticos/heterogenéricos.

2º ano

297

Lexical: os tipos de moradia, como localizar-se, hábitos familiares, alimentos e

nutrição, utensílios domésticos, meio ambiente, o vestuário, tempo (dias, meses,

horas...), os esportes.

Gramática: verbos: estar/tener/haber, modos verbais: pretéritos, pronomes

interrogativos e complementos, verbos e expressões usuais na cozinha, verbos para

expressar opiniões, preposições: para/por/sin/sobre, perifrasis, artigo “lo”.

Cultural: vida e obra de Pedro Almodóvar, danças típicas dos países hispano-

falantes, produções de tiras e quadrinhos por escritores da língua espanhola.

Aprimoramento

Lexical: instrumentos e meios de comunicação , os alimentos e suas

embalagens,os animais e seus alimentos, comércio e outros estabelecimentos,

vocabulários de casa, materiais escolares, os transportes e os combustíveis ,

fenômenos climáticos, fases evolutivas da história do homem e suas atividades,

signos do zodíaco, sentimentos, meio ambiente, a globalização.

Gramática: os modos verbais, os pronomes pessoais; de tratamento; possessivos;

demonstrativos; indefinidos, adjetivos possessivos, verbos regulares e irregulares,

advérbios de lugar; tempo; quantidade; modo; negação; afirmação e dúvida,

formação do plural, contração e combinação de preposição com artigos.

Cultural: O caminho de Santiago, a juventude na Espanha, as delícias do mundo

hispânico, Eva Perón, o tango (dança), festas populares na Espanha, algumas

crenças e aspectos culturais do mundo hispânico, as muralhas de Ávila, Don

Quixote de la Mancha.

Estruturas comunicativas: para cumprimentar e despedir, perguntar como está

uma pessoa, perguntar o nome de alguém, descrever as pessoas e expressar

hipóteses, comunicar por telefone, perguntar e dizer dados pessoais, perguntar

preços, atender e agradecer em estabelecimentos comerciais, pedir e dar

298

informação, manifestar impressões e sentimentos, expressar preferencias, ordenar,

pedir e orientar.

METODOLOGIA

A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna,

está pautada na seguinte afirmação de que,

o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63).

Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão

atender as necessidades do aluno enfatizando os aspectos e as experiências

cotidianas.

Logo, “o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna

será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008,

p.63), bem como afirma Marcuschi (2003, p. 22), de que “é impossível se comunicar

verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar

verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é

justamente a funcionalidade da língua de estudo na qual o aluno é conduzido a

vivenciar situações concretas (reais) de fala e escrita e a desempenhar funções

linguísticas a partir do uso de textos.

Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela

apropriação dos,

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p. 61).

299

Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre

utilizaram textos para o desenvolvimento de atividades de compreensão leitora e

produção escrita. No entanto, o que se abordava a partir do uso desses textos eram

os aspectos gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua, isto

é, concebendo-a como código e desconsiderando-a enquanto discurso.

Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com fins

educacionais, obtêm-se textos didatizados, ou seja, textos muitas vezes elaborados

para atender determinadas necessidades da sala de aula como a exploração de

algum aspecto gramatical, por exemplo.

Com relação a “escolarização dos gêneros”, Kleiman (1998)

refere-se ao fato de que ao “escolarizar” esses gêneros, certamente servirão de

pretexto para o ensino do código da língua sem atrelar-se aos aspectos discursivos

como a definição do gênero, bem como as práticas discursivas pertinentes a este:

oralidade, leitura e escrita.

No que se refere a didatização de gêneros textuais, Woginski

(2008, p. 63), reitera que,

devemos lembrar, de que o uso e o manejo de um gênero textual, qualquer que seja ele, deve provocar no aluno a curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e (re)construção de sentidos com os textos. [grifo do autor]

O ensino de LEM deverá abordar também as questões

relacionadas às Literaturas de Línguas Estrangeiras, pois os textos literários são

materiais muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da língua, bem como

estes textos literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.

Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do

domínio literário, observa-se que

a literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a apreciação do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já que aquela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros e dialetos variados, dentro de um macro social

(MICKSY, 1982 apud WOGINSKI, 2004, s/p).

As DCE (2008, p. 67) demostram que “ao apresentar textos literários

aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os

300

textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado

contexto sociocultural”.

De acordo com Woginski (2008, p. 64), fundamentado nos estudos

de Lopes-Rossi (2006), “o trabalho com os gêneros desenvolvido através de projetos

pedagógicos é ideal para melhorar a apropriação das características típicas dos

gêneros”.

Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos sejam

organizados em “módulos didáticos” objetivando a aquisição da língua-alvo partindo

do gênero textual como conteúdo básico da disciplina de LEM, conforme abaixo:

a) módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a

caracterizar o gênero de estudo e a reconhecê-lo na sociedade tendo como base

uma necessidade (ou motivo) de produção (de interação) escrita ou oral, bem como

discutir e conhecer as propriedades discursivas, temáticas (o que geralmente é dito

nesses mesmos gêneros), estilísticas (o que geralmente é registrado como marca

enunciativa do produtor desses gêneros, o que é utilizado como recurso linguístico e

a análise linguística: recursos gramaticais, lexicais e recursos não verbais) e

composicionais (como geralmente é organizado esse gênero, qual é a sua

característica e a sua sequência tipológica) do gênero selecionado;

b) módulo didático de produção escrita, no qual aluno e professor

poderão planejar a produção e coletar informações para a primeira versão da escrita

do texto. Na sequência revisar e re-escrever o texto produzido em colaboração

(aluno e professor) e por fim a produção final procurando aproximá-lo daqueles

gêneros que circulam na sociedade;

c) módulo didático de divulgação ao público, no qual aluno e

professor poderão indicar o suporte (meio) para a circulação do gênero produzido,

bem como realizar ações para efetivar esta circulação fora da sala de aula e se

possível da escola.

As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão

se caracterizar como uma sequência didática a qual é definida como “um conjunto

de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um

gênero textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).

301

Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM,

deverão ser desenvolvidas em três etapas:

a) etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os

conhecimentos prévios do aluno, bem como discutir questões referentes à temática,

construir hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir

do texto, antes mesmo da leitura;

b) etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou

desconsiderar as hipóteses anteriormente apresentadas;

c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a

compreensão de leitura e expressão escrita, bem como atividades que explorem a

compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas, não

necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.

Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o

aspecto cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de

aquisição de uma LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004,

s/p), “uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento estéril

e carente de significados”. Portanto, ensinar os elementos culturais que regem uma

língua e esses articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua

favorecem, além da aquisição da língua, também, a aquisição do modo de viver

daqueles que a falam.

AVALIAÇÃO

A avaliação do rendimento escolar será ampla e continua no sentido

de revelar o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem

como, de proceder à apuração de aprovação:

a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das

experiências educacionais vivenciadas;

b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação

das dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.

Na apuração do rendimento escolar levará em conta as diversas

formas de avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico

302

das dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá

abranger:

a) Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referência aos

conteúdos básicos da disciplina de LEM;

b) Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma

estândard da língua de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das

variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua) a partir dos

conteúdos básicos da disciplina de LEM;

c) Atividades Avaliativas – trabalhos escritos e/ou orais

desenvolvidos individualmente e/ou em grupos como recursos para a fixação dos

conteúdos básicos da disciplina de LEM;

d) Atividades Extraclasse – trabalhos de pesquisa, exercícios de

caráter prático, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos conteúdos

básicos da disciplina de LEM, objetivando a complementação dos estudos da língua-

alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como

das atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada bimestre será

atribuída uma média bimestral e posteriormente, uma média anual a cada aluno.

Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de

2008,

6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) 6.16 Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008, p, 5).

Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,

a seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas, oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p. 33).

303

Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos

de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades

teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

CRONOGRAMA

Turma 1A / 1B – 4 horas semanais

Turma 2A – 4 horas semanais

Aprimoramento _ 4 horas semanais

Horário/dia segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira

17h30min/18h20min Turma 1A Turma 1B Turma 1A Turma 1B

18h20min/19h10min Turma 1A Turma 1B Turma 1A Turma 1B

19h20min/20h10min Turma 2 Aprimoramento Turma 2 Aprimoramento

20h10min/21h Turma 2 Aprimoramento Turma 2 Aprimoramento

Professora: Fernanda Assis de Almeida

Carga horária: 160h/a por turma

Duração: 2 anos de curso básico e 1 ano de aprimoramento.

Carga horária total: 480 h/a

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: ___. Estética da criação verbal. São

Paulo: Martins Fontes, 1952. p. 279-326.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a

escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros

orais e escritos na escola. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2004. p. 95-128.

(Tradução de Roxane Helena Rodrigues Rojo e Glaís Sales Cordeiro)

304

LOPES-ROSSI, M. A. G. Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de

textos, In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (orgs.) Gêneros

textuais: reflexões e ensino. 2. ed. Rev. E ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.

p. 73-84.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São

Paulo: Parábola, 2008.

________. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P,;

MACHADO, A. R., BEZERRA, M. A. (orgs.) Gêneros Textuais & Ensino. 2. ed. Rio

de Janeiro: Lucerna, 2003. p. 19-36.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. 88 p. Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/Iem.pdf>

Acesso em: 01 fev. 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM). Curitiba, 2008. 22 p. Disponível em:

<http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2009/Instrução_019_CELEM.pdf

> Acesso em: 01 fev. 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).

Curitiba, 2008. 01 p.

WOGINSKI, G. R. Gêneros textuais e didatização de gêneros: reflexões sobre as

dimensões das propostas didáticas no ensino e aprendizagem de línguas

estrangeiras. In: Anais. 8º Encontro de Iniciação Científica e 8ª Mostra de Pós-

305

Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da

Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2008. p. 56-66.

_______. Conto literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua

espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Científica e IV Mostra de Pós-

Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da

Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2004. 05 p.

9.5 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO

JUSTIFICATIVA

O Projeto Segundo Tempo, é uma iniciativa do Ministério do Esporte junto com os

Estados, o projeto é desenvolvido em comunidade de baixa renda, que não

possuem espaço adequado para prática de atividades esportivas e, que apresentam

problemas sociais de violência e uso de drogas. O projeto objetiva o atendimento de

crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos, estes muitas vezes em situação de

risco, pois participando do projeto, estarão ocupando seu tempo livre com atividades

esportivas e recreativas dirigidas, de acordo com a sua preferência.

OBJETIVOS:

O Projeto Segundo Tempo objetiva ocupar o tempo livre das crianças pois muitas

delas por falta de oportunidades não usam este tempo de forma correta. As

atividades do Projeto são dirigidas e permitirão um despertar para uma vida mais

ativa, com um bom desenvolvimento de suas potencialidades.

Com a participação no projeto as crianças além de ocuparem seu tempo livre

deverão desenvolver algumas melhorias nos níveis físico-motor, cognitivo e sócio-

afetivo, o que irá contribuir para sua formação integral.

CONTEÚDOS:

As atividades esportivas serão trabalhadas da seguinte forma:

306

− Aquecimento com: alongamentos, corridas exercícios gerais, atividades

recreativas, etc.

− O trabalho de fundamentação de cada modalidade é de forma gradual:

− Futsal : domínio de corpo, domínio de bola, condução, passes, chutes, fintas,

sistema de ataque, sistema de defesa, jogos pré-desportivos e oficiais.

− Voleibol: domínio de corpo, domínio de bola, toques, manchete, saques, sistema

de ataque, sistema de defesa, jogos pré-desportivos e oficiais.

− Handebol : domínio de corpo, domínio de bola, passes, arremessos, infiltrações,

sistema de defesa, sistema de ataque, jogos pré-desportivos e oficiais.

− Atletismo : sequencia pedagógica de cada estilo: corrida, saltos e arremessos.

− Xadrez : história, peças movimentações, aberturas, defesas, jogos pré-

enxadrísticos e oficiais.

As modalidades são de preferência dos alunos e seguem um critério sequencial

de grau de dificuldades.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

O encaminhamento torna a atividade mais prazerosa e atrativa, o que facilita a

aprendizagem e o desenvolvimento das mesmas:

− Exposição verbal e demonstrativa pelo professor sempre que necessário,

fazendo as correções;

− Alguns exercícios necessitam ser executados individualmente após explicações;

− Sempre que necessário os jogos ou atividades recreativas serão trabalhados em

grupo;

− Os alunos poderão modificar regras ou forma de jogar para tornar a atividade

mais atrativa;

− Os alunos poderão participar de torneios, gincanas, torneios de recreio e jogos

oficiais.

INFRAESTRUTURA:

307

O projeto é desenvolvido utilizando a quadra e pátio do colégio, e outros

espaços públicos como: ginásio de esporte, quadra pública, campo de futebol

e pista de corrida.

10. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E

DEPENDÊNCIA

10.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A escola é responsável pela verificação do rendimento do estudante,

mediante instrumentos previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da

lei. Esse é um aspecto que constitui um permanente desafio para os educadores. De

acordo com a legislação vigente, podem ser consideradas a avaliação contínua e a

cumulativa, em que prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem

como os resultados ao longo do ano sobre os de provas ou exames finais, quando

adotados.

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática

pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do

conhecimento. De fato, pode-se, por meio dos procedimentos e mecanismos de

avaliação, constatar, compreender e intervir nos processos de construção do

conhecimento, sendo que concorre, entre outros aspectos, como processual,

reflexiva e cumulativa, para a definição do tempo e das formas de promoção do

estudante.

É uma prática coletiva que exige a consciência crítica e responsável

de todos na problematização das situações. Seu papel é o de investigar,

problematizar e principalmente ampliar perspectivas.

É preciso legitimar a responsabilidade de refletir sobre toda a

produção do conhecimento do aluno e responsabilidade ativo do professor quanto a

um processo avaliativo mediador.

308

Corresponde a uma determinada forma de olhar a questão

pedagógica, o desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento. O

processo de avaliação permite ao professor analisar a sua prática pedagógica, bem

como o desenvolvimento do aluno e a construção do seu conhecimento.

Um projeto transformador deve provocar o professor para que ele se

constitua num sujeito consciente da sua ação e do papel que ele pode cumprir. Na

sala de aula, deve-se refletir sobre o que pode fazer com a criança e o jovem que

estão diante de si.

É indispensável planejar a atividade pedagógica coletivamente,

fazendo um diagnóstico do trabalho que a escola desenvolve.

10.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Além de pensar a avaliação como um processo coletivo, a

transparência também é fundamental. A avaliação é tanto mais discricionária quanto

mais ela se oculta por meio de critérios que não são debatidos, não são criticados e

não são acompanhados. É preciso estabelecer com clareza a proposta de trabalho.

Através de uma avaliação autêntica, o professor pode exercer sua

atividade com amorosidade crítica, localizar efetivamente onde está o problema e

lutar para supera-lo (inclusive nele mesmo: auto-avaliação), cumprindo a função

radical da avaliação de aumento de potência de vida dos educandos e educadores.

A proposta aqui apresentada visa a solidariedade ao invés da

competição, e a inclusão ao invés da exclusão.

Desta forma, avaliar torna-se uma atitude benéfica ao processo

educativo e uma forma de transparência ao trabalho desenvolvido pela escola

pública.

A relevância da avaliação proposta pela escola está direcionada à

atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a

memorização.

309

A avaliação é realizada em função de conteúdos, propostos pelas

diretrizes curriculares estaduais e descritas em nossa proposta curricular através da

utilização de métodos e instrumentos diversificados coerentes com as concepções e

finalidades educativas previstas neste projeto.

Ao aluno será oportunizado vários instrumentos de avaliação tais

como: avaliações objetivas e subjetivas, seminários, pesquisas, debates, etc.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos / instrumentos / métodos de ensino, oportunizando a recuperação

permanente e concomitando de conteúdo e nota ao aluno. A recuperação será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados.

A avaliação da aprendizagem terá os registros e notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 1,0 (dez vírgula zero) em livros de registro de classe pelo

professor de cada disciplina. Segundo o regimento escolar de nossa escola os

resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,

sendo obrigatória o seu registro.

A promoção do aluno será efetuada quando o mesmo obtiver a

média final exigida por lei (6,0) e a frequência de 75% do total de horas letivas.

Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do

Ensino Fundamental, bem como para o Curso Básico de Aprimoramento para

línguas (CELEM), a média final exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a

frequência mínima exigida por lei.

MF = 1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim.=6,0

4

Na promoção ou certificação de conclusão, para o Ensino Médio

organizado por disciplinas por blocos semestrais, a média final exigida é de 6,0 (seis

vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

310

MF = 1º bim. + 2º bim.=6,0

2

Na promoção ou certificação de conclusão, para o Curso Técnico em

Segurança do Trabalho – Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e Segurança,

subsequente ao Ensino Médio, a média final exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),

observando a frequência mínima exigida por lei.

MF = 1º bim. + 2º bim.=6,0

2

A reclassificação e a classificação, promoção e dependência,

adotados pela escola estão descritos no regimento escolar.

Os procedimentos de comunicação do desenvolvimento do aluno

aos pais ou responsáveis são: atendimento individualizado pela equipe pedagógica,

quando se fizer necessário e também pelo professor em sua hora atividade.

Através de reuniões bimestrais com o monitor da turma de forma

coletiva para orientações, sobre o processo ensino e aprendizagem dos alunos, com

entregas de boletins.

11 GESTÃO ESCOLAR

Muitos autores afirmam que o centro da organização e do processo

administrativo é a tomada de decisão. Todas as demais funções da organização (o

planejamento, a estrutura organizacional, a direção, a avaliação) estão referidas ao

processo eficaz de tomada de decisões (GRIFFITHS, 1974). Os caminhos

intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a decisão

funcionar caracterizam a ação que chamamos gestão.

A gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e

procedimentos para se atingir os objetivos da organização, envolvendo aspectos

pedagógicos, administrativos e financeiros.

311

Compreendemos que a gestão democrática exige uma noção em

profundidade dos problemas da prática pedagógica. Busca resgatar o controle do

processo e do produto pelos educadores, implica em repensar a estrutura de poder

da escola, tendo em vista a socialização.

A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla

participação dos representantes e dos diferentes segmentos da escola nas decisões

ali desenvolvidas.

A direção é o princípio e atributo de gestão, mediante a qual é

canalizado o trabalho conjunto das pessoas, orientando-as e integrando-as no rumo

dos objetivos, de modo que sejam executados da melhor forma possível.

A organização e os processos de gestão incluindo a direção,

assumem diferentes significados conforme a concepção de que se tenha dos

objetivos da educação em relação a sociedade e à formação dos alunos.

Os princípios da organização e gestão escolar pressupõem que a

escola é uma instituição social que apresenta unidade em seus objetivos (sócio-

políticos e pedagógicos), interdependência no uso dos recursos (materiais e

conceituais) e a coordenação do esforço humano coletivo. Qualquer modificação em

sua estrutura ou em suas funções poderá trazer influência benéfica para a

instituição. Por haver complexidade, a organização e a gestão escolar requerem o

conhecimento e adoção de alguns princípios, com base numa gestão democrática

participativa:

• Autonomia da escola e da comunidade educativa.

• Autonomia é o fundamento da concepção democrático-participativa da

gestão escolar, razão de ser do projeto pedagógico. Autonomia de uma

instituição significativa ter o poder de decisão sobre os objetivos e suas

formas de organização, manter-se relativamente independente, administrar

livremente os recursos financeiros. Podendo juntamente com o seu coletivo

traçar seu próprio caminho.

• Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe

escolar. Conjuga o exercício responsável e compartilhado da direção, a

forma participativa da gestão e a responsabilidade de cada membro da

312

equipe escolar. Nesse princípio estão presentes a exigência da participação

de professores, pais, alunos, funcionários e outros representantes da

comunidade.

• Envolvimento da comunidade no processo escolar. A presença da

comunidade na escola, especialmente os pais e outros representantes

participam do Conselho Escolar, da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários para acompanhar as necessidades educacionais e avaliar a

qualidade dos serviços prestados, além dos processos decisórios, dá

respaldo às determinações estaduais.

• Formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional. A

concepção democrática participativa de gestão valoriza o desenvolvimento

pessoal, a qualificação profissional e a competência técnica. A organização e

a gestão do trabalho escolar requerem constante aperfeiçoamento

profissional, político, científico e pedagógico de toda equipe escolar. Implica

em conhecer bem o estado real da escola, avaliar constantemente o

processo de ensino, analisar seus resultados.

• Utilização de informações concretas e análise de cada problema e seus

múltiplos aspectos, com ampla democratização das informações, tanto

administrativas quanto pedagógicas.

• Avaliação compartilhada. Todos os procedimentos organizativos precisam

ser acompanhados e avaliados com base no princípio da relação orgânica e

a participação da equipe escolar. A organização do trabalho escolar está

voltada para as ações didático-pedagógicas em relação dos objetivos

básicos da escola.

• Relações humanas relativas e criativas assentadas na busca dos objetivos

comuns. A importância das relações interpessoais em busca da qualidade do

trabalho de cada educador, da valorização da experiência individual, do clima

amistoso de trabalho.

A instituição escolar é considerada por todos os segmentos que

compõem como um espaço educativo em que a prática pedagógica desenvolvida é

relevante em seus diferentes aspectos: administrativos, financeiros e de gestão.

313

Trabalhar com mecanismos incentivadores como: Conselho Escolar,

Conselho de Classe, APMF e Grêmio Estudantil, e com a participação da

comunidade nas decisões da escola é um meio de tornar as decisões atreladas a

realidade e responsabilidade da comunidade escolar.

11.1 Professores

A contribuição dos professores é indispensável para preparar os

educandos, não só para encarar o futuro com confiança, mas para construí-lo de

maneira determinada e responsável. A educação deve tentar vencer estes novos

desafios: contribuir para o desenvolvimento, ajudar a compreender e, de algum

modo, a dominar o fenômeno da globalização, favorecendo a coesão social. Os

professores têm um papel crucial na formação de atitudes – positivas e negativas –

perante o estudo. Devem despertar a curiosidade, desenvolver a autonomia,

estimular o rigor intelectual e estabelecer condições necessárias para o sucesso da

educação formal e da educação permanente.

A importância do professor enquanto agente de mudança,

favorecendo a compreensão mútua e a tolerância, nunca foi tão potente como hoje

em dia. e este papel será ainda mais decisivo no século XXI. Os nacionalismos

mesquinhos deverão dar lugar ao universalismo, os preconceitos étnicos e culturais

à tolerância, à compreensão e ao pluralismo, o totalitarismo deverá ser substituído

pela democracia em suas variadas manifestações, e um mundo dividido, em que a

alta tecnologia é apanágio de alguns, dará lugar a um mundo tecnologicamente

unido. É por isso que são grandes as responsabilidades dos professores, pois para

contribuírem na formação do caráter e do espírito das novas gerações, definindo-se

assim as linhas mestras de ação dos professores desta escola, uma vez que, do

compromisso com a realização dos trabalhos cotidianos, resulta o sucesso no

processo ensino-aprendizagem.

Para tanto, é necessário que se busque:

• A valorização do aluno;

• O incentivo ao desenvolvimento individual do aluno como um ser integral;

314

• A cooperação entre todos os componentes da comunidade escolar, visando o

crescimento qualitativo do Estabelecimento de Ensino;

• A participação em reuniões, grupos de estudo, cursos, enfim, situações que

possibilitem a capacitação do professor;

• Da escola, uma relação de apoio pedagógico para desenvolver as atividades,

tendo em vista a apropriação do conhecimento pelo aluno;

• A avaliação justa, priorizando a apropriação do conhecimento adquirido pelo

aluno;

• A aceitação do outro (educando) enquanto um ser em formação cognitiva,

mas completo;

• A valorização do educando levando-se em consideração as diferenças

individuais;

• O compromisso com as atribuições decorrentes da função de professor,

estabelecidas em Regimento Escolar.

11.2 Alunos

O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino

Fundamental, Médio e Profissional, atende em três turnos uma clientela que provem

da camada social de média e baixa renda, residentes nas proximidades da escola,

periferia e zona rural.

No período diurno é atendido o Ensino Fundamental e o Ensino

Médio, com uma clientela de pré-adolescentes e adolescentes. No período noturno

ofertamos o Ensino Fundamental, Ensino Médio e curso profissionalizante, sendo a

maioria dos alunos provenientes da classe trabalhadora, envolvendo alunos

adolescentes e adultos.

Temos em mente, ao elaborarmos esta proposta, a melhoria

qualitativa da oferta de ensino oferecida aos nossos alunos, bem como as boas

condições de funcionamento do Colégio Estadual Prof. Francisco Villanueva –

Ensino Fundamental e Médio para que os mesmos possam desenvolver

harmoniosamente.

315

Esperamos que o educando, que busca a sua escolaridade neste

Estabelecimento de Ensino, o faça com disposição e entusiasmo e que encontre

aqui, o incentivo necessário para a conclusão do Ensino Fundamental, Médio e

Profissional.

11.3 Direção

Ao propormos este projeto, temos em mente a melhoria qualitativa

do ensino e das condições de funcionamento do Colégio Estadual Professor

Francisco Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, e pretendemos

que, o aluno inserido neste estabelecimento, identifique-se com a proposta de

ensino, sentindo-se parte integrante desse ambiente escolar, permanecendo até o

final da Educação Básica e Profissional, alcançando o desenvolvimento pleno e

conquiste autonomia como indivíduo participante e transformador da realidade.

Esperamos também que os professores tenham as condições

adequadas de trabalho, encontrem o apoio pedagógico e administrativo que

necessitam e que o ambiente de boa convivência entre os profissionais seja

constante. Podendo desenvolver-se e construírem juntos com seus alunos o saber,

o gosto pela leitura, pesquisa, o respeito e a solidariedade, buscando a plena

cidadania.

Desejamos uma comunidade participativa, pois entendemos que ela

é um dos pilares para a construção e sustentação de uma escola de qualidade. A

escola procura, por todos os meios, atender as necessidades básicas e as

expectativas de seu alunado, para isso buscamos desenvolver ações que promovam

a participação efetiva da comunidade na vida da escola.

Para que possamos atingir o nosso ideal é necessário que se

estabeleçam algumas metas:

• Propor projetos que venham de encontro com as necessidades do educando

e do Colégio como um todo;

• Buscar junto à comunidade a possibilidade de parcerias para uma melhor

sustentação do ensino;

316

• Implementar o Projeto Pedagógico e o Regimento Escolar;

• Apoiar e incentivar as atividades pedagógicas e culturais no colégio;

• Buscar um envolvimento cada vez maior do Conselho Escolar; em conjunto

com os demais órgãos colegiados (APMF, Grêmio Estudantil), na execução

dos projetos propostos;

• Ofertar sempre que necessário palestras, debates e outros, para os pais e a

comunidade;

• Proporcionar aos funcionários capacitação através de projetos especiais.

11.4 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

JUSTIFICATIVA

Muito mais do que redigir ideias, planejar significa colocar em

ação prática sentimentos, vivências e objetivos emanados de uma concepção de

mundo que ditados por uma filosofia de vida, representam a história que queremos

escrever. Através do encontro diário com seres humanos que também carregados

de história, buscam neste encontro mágico do espaço escolar eco para seus

anseios. Preocupados com essa realidade a Equipe Pedagógica, em conformidade

com a filosofia da escola propõe-se, além das tarefas pertinentes à sua função,

metas e objetivos, priorizar e possibilitar o desenvolvimento significativo do

educando, bem como, criar possibilidades reais para construção da identidade

cidadã e integração social.

Das interações teóricas partir-se-á a um agir concreto ou

“aprendizado em ação”.

OBJETIVOS

317

• Colaborar na qualidade da atuação do professor para um melhor produto do

ensino aprendizagem;

• Ser permanente, espontânea, imparcial, atuante e informal;

• Oportunizar a integração pessoal para um melhor crescimento individual e

grupal;

• Trabalhar de forma conjunta onde todos participem, se integrem e formem um

elo indissolúvel;

• Assistir aos professores e com mais ênfase, aos que estão iniciando no

estabelecimento;

• Cooperar com o professor, na superação de problemas de disciplina,

desenvolvendo o sentido de colaboração, solidariedade e responsabilidade;

• Orientar pais e alunos quanto ao processo ensino e aprendizagem

desenvolvido na escola.

FUNÇÃO DO PEDAGOGO

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação,

implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das Diretrizes

Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em

consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de

Estado da Educação. A equipe pedagógica é composta por professores graduados

em Pedagogia.

11.5 ORGÃOS COLEGIADOS

É a composição igualitária de representação; forma de socializar a

participação política. No âmbito da educação, o exercício democrático tem como

condição indispensável para a sua efetivação a participação dos diferentes

segmentos, comprometidos com a educação nas decisões acerca da política

educacional em seus diferentes níveis.

318

Nosso estabelecimento de ensino possui os seguintes Órgãos

Colegiados:

• Conselho Escolar

• Conselho de Classe

• APMF

• Grêmio Estudantil

Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa

consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a

legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.

É composto por representantes da comunidade escolar e

representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a

educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por ser membro nato,

o(a) diretor(a) escolar. Tem um papel fundamental, tanto na observação da

organização da escola quanto em relação ao tempo pedagógico.

Para que a escola possa garantir um tratamento igualitário a todos, é

necessário considerar as diferenças. Nesse sentido, é importante possibilitar aos

estudantes tempos diferenciados para favorecer o processo de aprendizagem.

Em virtude das condições econômicas e sociais desfavoráveis,

marca histórica da sociedade brasileira, é bem possível que um grande contingente

de crianças e adolescentes venham requerer uma ampliação do tempo pedagógico

para alcançar o padrão de desempenho escolar desejável. Tal possibilidade é direito

que elas têm. Cabe à escola se organizar para garanti-lo. E, ao Conselho Escolar,

acompanhar e verificar os resultados desses procedimentos pedagógicos.

O Conselho Escolar poderá obter uma visão mais realista sobre a

adequação do tempo escolar às atividades pedagógicas propostas pelos docentes,

se fomentar a abertura de espaços para que seja dada visibilidade aos processos

formativos que envolvam os estudantes e os docentes.

319

Pode auxiliar a escola na ampliação de sua autonomia em relação à

condução das atividades pedagógicas e administrativas, sem que ela perca sua

vinculação com as diretrizes e normas do sistema público de ensino.

O Conselho Escolar constitui o espaço mais adequado para, de

forma compartilhada, dirimir as dúvidas, encontrar saídas alternativas e propor

novas condutas de participação individual e coletiva no ambiente escolar.

Conselho de Classe

O trabalho educativo tem se mostrado bastante complexo quando se

deseja trabalhar numa perspectiva de transformação. Nas escolas em que há certa

clareza sobre a necessidade de mudança e vontade política de promovê-las, as

dificuldades ficam por conta, entre muitas outras coisas, dos métodos para promover

mudanças e do rigor metodológico com que se colocam as propostas em prática.

O Conselho de Classe pode ser um instrumento de transformação

da cultura escolar sobre a avaliação e, consequentemente, da prática da avaliação

em sala de aula. Neste sentido realizamos o conselho de classe participativo,

tornando-o realmente um espaço de avaliação diagnóstica, da ação pedagógico-

educativa da escola, feita pelos professores e pelos alunos, à luz do marco operativo

da escola. Uma avaliação realizada de forma participativa, como construção

conjunta, cumprindo a função de ajudar na formação da subjetividade e criticidade

do professor e do aluno.

Constituir o Conselho numa ação pedagógica inserida dentro do

processo de vida que a escola vive, intencionalmente executada e com um fim claro.

Um espaço de reflexão pedagógica em que o professor e o aluno se situem

conscientemente no processo que juntos desenvolvem.

Visto que queremos formar um cidadão pensante, com capacidade

de se ver, de dar sentido às suas ações, de ter consciência de si mesmo, que é o

que o faz sujeito e agente de sua história, devemos tornar o Conselho de Classe

num instrumento eficaz dentro do processo global de avaliação que a escola

320

desenvolve na produção de pequenas transformações educativas que sejam sinal e

presença das transformações sociais.

Nosso propósito é de estar constantemente reavaliando a prática

pedagógica e o real progresso do aluno e possíveis transformações em diversas

posturas existentes na escola, para viabilizar uma sociedade participativa e

democrática, justa e igualitária.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva

e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-

Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar

as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do

processo ensino e aprendizagem.

É constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe

pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa

mesma turma e/ou série, por meio de pré-conselho de classe, com toda a turma em

sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)

pedagogo(s), e Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de

direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de

alunos e pais de alunos por turma e/ou série.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as

informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo

ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-

se dos conteúdos curriculares estabelecidos. É da responsabilidade da equipe

pedagógica, organizar as informações e dados coletados a serem analisados no

Conselho de Classe.

Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

pedagógica-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão

pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva,

discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

321

APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, pessoa

jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e

Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,

racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e

conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.

Para atingir a excelência da Educação temos que ter na escola a

participação da comunidade; e a APMF é uma grande oportunidade para que isto

aconteça.

Além de gerenciar os repasses dos investimentos públicos, a APMF

auxilia a escola através de promoções. Esse órgão funciona com a cooperação de

pais, alunos, professores, funcionários da escola e membros da comunidade.

A APMF é um órgão que proporciona ação espontânea da

sociedade para atingir algum fim específico dentro da escola.

As escolas que têm APMF’s legalizadas e atuantes poderão

construir uma escola mais harmoniosa, mais justa, mais produtiva, tendo como

resultado, a construção da verdadeira cidadania.

Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é o orgão máximo de representação dos

estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses

individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e

desportiva de seus membros.

Para haver maior efetividade nas atividades pedagógicas, é

necessária a participação dos alunos através do Grêmio que é o órgão de

representação discente do Colégio.

Seu principal objetivo é ter uma comunidade participativa, pois este

é um dos pilares para a construção de uma escola de qualidade, que vai procurar

por todos os meios atender as necessidades básicas e as expectativas de seus

322

alunos. Para isso, busca-se desenvolver ações que promovam a participação efetiva

da comunidade na vida escolar.

Pretende-se uma interação constante com a equipe pedagógica na

realização de eventos culturais, promoções, festivais e projetos que venham de

encontro com as necessidades do Colégio e do educando, visando sempre à ideia

de totalidade na formação do cidadão.

O Grêmio Estudantil em nossa escola sempre funcionou, ocorrendo

eleições anuais, de acordo com o estatuto vigente.

12 ARTICULAÇÕES EXISTENTES NA ESCOLA

Professor Monitor

Os professores, no início do ano letivo, escolhem uma turma para

serem representante. As atribuições do professor monitor são:

•Eleger, junto com os alunos, o presidente e o vice-presidente de turma, que

auxiliarão o professor monitor, na representação da mesma perante a escola;

•Acompanhar e orientar a turma no levantamento de problemas, apresentação

de sugestões, execução de atividades, etc;

•Atuar como representante de turma no conselho de classe, levando as

observações e reflexões realizadas pela turma;

•Intervir pedagogicamente junto à turma, após o conselho de classe, orientando-

os quanto às sugestões levantadas pelos professores;

•Acompanhar e representar a turma em todas as ocasiões em que se fizerem

necessários.

Representantes de Turmas

Todo início de ano letivo é eleito, em sala de aula, um presidente e

um vice-presidente de turma entre os alunos. Estes alunos servirão de elo entre a

Direção, a Equipe Pedagógica e a turma que representam, levantando problemas,

323

apresentando sugestões, sugerindo atividades e representando a turma em

ocasiões em que se fizerem necessários.

13 FORMAÇÃO CONTINUADA

Os cursos de formação continuada têm como objetivo promover a

discussão das propostas curriculares e projetos educativos que possam ser

adequados aos conteúdos de cada série. Para que estes cursos realmente atendam

às necessidades da escola, devem estar inseridos no âmbito escolar onde deve

desenvolver um trabalho de formação continuada que atenda a realidade em que o

professor atua cotidianamente, na sua prática diária.

Os profissionais da escola têm oportunidade de participação em

capacitações e eventos (GTR, reuniões técnicos, DEB itinerante, oficinas e outros ).

Durante o ano são realizadas no início do 1º semestre e no início do

2º semestre a Semana Pedagógica com estudos para organização do trabalho

pedagógico da escola, onde todos os profissionais de educação têm oportunidade

de refletir e discutir o processo de ensino-aprendizagem.

Sempre que o profissional sai para participar de um evento ou curso,

ele é convidado a multiplicar os conhecimentos adquiridos com os outros

profissionais da escola, mas nem sempre isto ocorre. Em função disto, um dos

objetivos para 2010 é de que a equipe auxilie os professores a serem

multiplicadores, repassando aos demais professores os conteúdos aprendidos,

através de grupos de estudos, palestras ou projetos.

A hora-atividade é organizada no início do ano de forma a

possibilitar o encontro dos professores que atuam na mesma área. Mas com as

licenças (especiais, por saúde), aposentadorias, transferências, ocorre uma

modificação na hora-atividade, para acomodação dos profissionais substitutos,

ocorrendo a desestruturação da mesma, garantindo apenas o tempo necessário ao

professor para o trabalho individual dificultando o trabalho coletivo. Para tanto, a

equipe pedagógica acompanha e auxilia os professores durante a hora-atividade,

324

quando há necessidade de encontros coletivos, há um armazenamento desta hora-

atividade para ser utilizada nestas reuniões.

14 Avaliação e acompanhamento do P.P.P.

Sempre que a Secretaria de Estado da Educação propôs alguma

forma de Avaliação Institucional a escola participou.

A Avaliação Institucional de 2005 foi um trabalho preciso que levou

todos os profissionais da escola a repensar a sua ação. Em 2006 a avaliação focou

a ação do professor e todos os textos foram analisados individualmente e

coletivamente, contribuindo para o repensar do professor diante de sua prática

pedagógica.

De 2007 a 2010 esta avaliação ocorreu apenas durante os

momentos de análise do Plano de Ação da escola.

O acompanhamento do P.P.P. Ocorre durante as Semanas

Pedagógicas propostas pela SEED, onde a tônica dos estudos recai na re-

estruturação do P.P.P. em todos os níveis e modalidades de ensino.

325

ANEXOS

326

Calendário EscolarDenominação:Colégio Est. Prof.Francisco Villanueva – Ens. Fundamental, Médio e Profissional

Município : Rolândia Curso: Ensino Fundamental Anos Finais e MédioHorário de Funcionamento: Manhã: 7:30 às 11:50 Tarde:13 h às 17h:25 Noite: 19 h às 23h:10

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 22

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131

1 Dia Mundial da Paz

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 dias 27 28 29 30

30 31 EM2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi

21 Tiradentes

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21

11 12 13 14 15 16 17 10 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias18 19 20 21 22 23 24 dias 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 EM 29 30 31 26 27 28 29 30

EM - 02 DIAS 1ºSEM. 7 Independência

11 OBMEP – 2ª fase

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

12 N. S. Aparecida 19 Emancipação Política do PR

11 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

Início/Término EM / BLOCO Dias LetivosFérias 1º Semestre 102 1º semestre 111 diasFeriado Municipal 2º Semestre 101 2º semestre 91 diasFormação Continuada Total 203 Subtotal 202 diasConselho de Classe Feriado Mun. 1 diaSemana Cultural Feriado Municipal 1 dia Con.deClasse 4 diasReunião Pedagógica NRE Itinerante 2 dias NRE Int. 2 diasRecesso Dias letivos 200 Total 200 diasTérmino do 1º Sem. / Início do 2º S -EM por blocosPlanejamento e Replanejamento Conselho de Classe 1ª Sem. EM por blocos Rolândia, 09 de dezembro de 2009.Sábado Letivo EM por blocos

8 OBMEP – 1ª fase

2 Finados

15

327

Universidade Sem Fronteiras

O Programa Universidade Sem Fronteiras / SETI, da Universidade

Estadual de Londrina – Departamento de Ciências Sociais, é um Projeto de

Extensão; Laboratório de Ensino, Extensão e Pesquisa de Sociologia (LENPES) que

promove a formação de professores e integração entre universidade/escola e

criação de novas metodologias de ensino e pesquisa ocupacional.

Tem como objetivo geral ajudar a escola a: criar metodologias de

ensino e de pesquisa que possibilitem consolidar a formação inicial e continuada de

professores; inovar processos de ensino e aprendizagem com vistas à diminuição da

evasão e das reprovações, por meio da disseminação das ciências nas escolas e da

articulação duradoura entre universidade e sociedade, consolidando também o

ensino de Sociologia nas respectivas instituições.

Tem como objetivos específicos: contribuir para alteração das taxas, e

dos índices negativos relacionados à educação dos municípios atendidos; conhecer

melhor o universo sócio-educacional de alunos e professores de escolas públicas;

desenvolver metodologias de ensino que levem em conta a percepção dos alunos

sobre os conteúdos, o universo social em que se socializou e os recursos pessoais /

coletivos que poderão ser mobilizados no processo de ensino e aprendizagem;

propiciar a formação de elementos teóricos e sociais que contribuam para o ensino

de uma cultura escolar de inclusão das diferenças; ajudar a instituir na escola, por

meio de novas metodologias, espaços de construção de identidades, por meio do

direito à memória.