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COLÉGIO ESTADUAL LUCY REQUIÃO DE MELLO E SILVAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Cambará – PR2010
2
SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO.................................................................. 5
I – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO............................ 71.1 Colégio Estadual Lucy Requião de Mello e Silva – EFM................ 71.2 Município: Cambará..................................................................... 71.3 Dependência Administrativa: Estadual........................................ 71.4 NRE: Núcleo Regional de Jacarezinho........................................... 71.5 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná................ 71.6 Ato de autorização do colégio...................................................... 71.7 Ato de reconhecimento do colégio............................................... 71.8 Ato de renovação do reconhecimento do colégio........................ 71.9 Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar.................. 71.10 Distância do colégio do NRE...................................................... 71.11 Local.......................................................................................... 71.12 Site do colégio........................................................................... 7
II – OBJETIVOS GERAIS........................................................ 8
III – MARCO SITUACIONAL................................................... 93.1 Organização da Entidade Escolar................................................. 93.1.1 Modalidade de Ensino............................................................... 93.1.2 Turno de Funcionamento.......................................................... 103.1.3 Ambientes Pedagógicos............................................................ 103.2 Histórico da Realidade................................................................. 113.3 Dados Históricos da Instituição.................................................... 133.4 Caracterização da comunidade escolar....................................... 153.5 Escola de Superação.................................................................... 153.6 PDE – Escola................................................................................. 173.7 Porte da Escola............................................................................ 173.8 Regime Escolar............................................................................ 183.9 Classificação................................................................................ 183.10 Promoção................................................................................... 213.11 Dependência.............................................................................. 223.12 Regime de Progressão Parcial.................................................... 223.13 Quantidade de Profissionais em cada setor............................... 233.14 Formação dos Profissionais em Educação.................................. 233.15 Problemas existentes no colégio................................................ 253.15.1 Índice de Aproveitamento Escolar........................................... 253.15.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente............ 263.15.3 Formação Inicial e Continuada................................................ 263.15.4 Organização do tempo e do espaço....................................... 273.15.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos...................................... 283.15.6 Relações Humanas de Trabalho no Colégio............................ 283.15.7 Organização da Hora Atividade............................................... 293.15.8 Inclusão................................................................................... 303.16 Gestão Democrática................................................................... 323.16.1 Conselho de Classe................................................................. 333.16.2 Conselho Escolar..................................................................... 333.16.3 Grêmio Estudantil................................................................... 34
3
3.16.4 APMF....................................................................................... 343.16.5 Participação dos Pais.............................................................. 343.16.6 Critérios de organização e distribuição de turmas................. 353.17 Desafios Educacionais Contemporâneos.................................... 353.18 Diversidade................................................................................ 363.19 Quadro Demonstrativo de Recursos Humanos........................... 37
IV – MARCO CONCEITUAL..................................................... 404.1 Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio............................................................................................... 404.1.1 Filosofia do colégio.................................................................... 404.1.2 Concepção Educacional............................................................ 414.1.3 Princípios Norteadores da Educação......................................... 414.1.4 Objetivos do colégio.................................................................. 424.1.5 Fins Educativos......................................................................... 434.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional............................................................................. 434.1.7 Diretrizes curriculares que norteiam as ações do colégio......... 444.1.8 Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente.............. 444.1.9 Concepções das Capacitações Continuadas............................ 454.1.10 Concepção de Homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola, conhecimento, tecnologia, ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão.............................................................................. 454.1.11 Concepção de Escola de Superação........................................ 494.1.12 Concepção de PDE – Escola.................................................... 494.1.13 Concepção de Tempo e Espaço na Escola.............................. 504.1.14 Concepção e princípios da Gestão Democrática..................... 504.1.15 Administração Colegiada........................................................ 514.1.16 Concepção de Formação Continuada...................................... 524.1.17 Concepção de Hora – Atividade.............................................. 534.1.18 Concepção de Plano de Trabalho Docente.............................. 544.1.19 Concepção da Reunião Pedagógica........................................ 544.1.20 Concepção do Conselho de Classe.......................................... 554.2 Concepção do Tempo Escolar...................................................... 554.3 Organização Curricular................................................................. 564.4 Matriz Curricular........................................................................... 564.5 Resolução CP Nº 1 de 17/06/2004................................................ 574.6 Lei Nº 13.381/2001...................................................................... 584.7 Lei Nº 11.788/2008...................................................................... 584.8 Ensino de Filosofia e Sociologia................................................... 594.9 Concepção de Ações Didático – Pedagógicas............................... 594.10 Concepção de Complementação Curricular............................... 604.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos............ 614.12 Concepção de Diversidade......................................................... 614.13 Concepção Curricular/de Currículo............................................. 614.14 Concepção de Avaliação............................................................ 644.15 Planos de Avaliação................................................................... 664.15.1 Adaptação Curricular.............................................................. 664.15.2 Dependência........................................................................... 694.15.3 Progressão Parcial................................................................... 69
4
4.15.4 Recuperação........................................................................... 704.15.5 Classificação........................................................................... 704.15.6 Reclassificação........................................................................ 714.15.7 Procedimento de Informações aos Pais................................... 71
VI – MARCO OPERACIONAL.................................................. 735.1 Linhas de ação do colégio............................................................ 735.1.1 Administrativas e Pedagógicas................................................. 735.1.2 Escola de Superação................................................................. 735.1.3 PDE – Escola.............................................................................. 755.1.4 Hora atividade, reuniões pedagógicas e conselhos de classe... 755.1.5 Recuperação de estudos e progressão parcial.......................... 755.1.6 Ações envolvendo outras instituições....................................... 765.1.7 Avaliação, gerenciamento e otimização dos recursos financeiros......................................................................................... 765.1.8 Organização interna do colégio................................................. 765.1.9 Relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos..... 935.1.10 Qualificação dos espaços pedagógicos................................... 945.1.11 Estratégias do colégio para articular a família e a comunidade....................................................................................... 955.1.12 Papel e participação das instâncias colegiadas....................... 965.1.13 Definição das ações relativas à formação continuada............ 985.1.14 Atividades escolares e ações didático pedagógicas................ 1005.1.15 Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico......................................................................................... 101
BIBLIOGRAFIA.................................................................... 103
ANEXOS............................................................................. 105
5
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um instrumento de fundamental
valor para a implantação de ações que visam efetivar um ensino de
qualidade na escola pública. Exige profunda reflexão sobre as finalidades
da escola, assim como a explicitação de seu papel social e definição de
formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os
envolvidos no processo educativo.
O processo de construção do Projeto Político Pedagógico reúne
crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto
social e científico, constituindo-se em compromisso político e pedagógico
coletivo.
Concebido com base nas diferenças existentes entre seus autores,
professores, equipe técnico-administrativa, pais, alunos e representantes
da comunidade local, resulta da investigação e reflexão do meio em que o
estabelecimento encontra-se inserido.
O projeto se constitui a partir de uma produção coletiva e
participativa, levando em conta os determinantes histórico-sociais da
sociedade como um todo ao contemplar a questão da qualidade da
educação.
Portanto, o Projeto Político Pedagógico é um resultado específico que
reflete a realidade da escola e reforça o trabalho integrado e organizado
da equipe escolar. É um instrumento clarificador da ação educativa da
escola em sua totalidade, que aponta um rumo, uma direção para um
compromisso assumido coletivamente sobre o homem a ser formado, a
cidadania e a consciência crítica.
A educação é um processo de longo prazo, por isso o Projeto Político
Pedagógico está sempre em construção. Isto significa repensar e abrir-se
para novas formas de organização e práticas pedagógicas de modo a
situar o educando como sujeito produtor de conhecimento, participante do
mundo do trabalho, crítico, reflexivo e capaz de mudar a realidade a sua
volta.
Considerando a necessidade de cumprir a Lei nº 9394/96, da atual
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que prevê em seu artigo
6
12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as de seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e
executar sua proposta pedagógica” com o intuito de refletir sobre a
intencionalidade educativa, justifica-se o presente projeto.
7
I – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1 Colégio Estadual Lucy Requião de Mello e Silva – EFM
Código nº: 00597
Endereço: Rua Hermínio Haggi, nº 400 – Conjunto Residencial Ignez
Panichi Hamzé
Telefone/Fax: (43) 3532 – 4006
1.2 Município: Cambará
Código: 0360
1.3 Dependência Administrativa: Estadual
Código: 2
1.4 NRE: Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho
Código: 17
1.5 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
1.6 Ato de Autorização do Estabelecimento:
Resolução nº 372/2005 – DOE 28/02/2005
1.7 Atos de Renovação de Reconhecimento de Cursos:
1.8 Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar:
Nº 044/08 de 13/02/2008
1.9 Distância da Instituição Escolar do NRE
Km: aproximadamente 25 km
1.10 Localização: Urbana
1.11 Site: www.cbrlucyrequiao.seed.pr.gov.br
1.12 E-mail: [email protected]
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II – OBJETIVOS GERAIS
Este Projeto Político Pedagógico tem por objetivo buscar uma nova
forma de organização do trabalho pedagógico nos diferentes níveis da
esfera administrativa, para que possa instaurar uma forma de organização
de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições. Ao
apresentar opções na direção da superação de problemas no decorrer do
trabalho educativo, voltado a uma realidade específica, pretende
promover um processo democrático de decisões em que se possa investir
e apostar na cultura do sucesso escolar, adotar e aperfeiçoar práticas
coletivas e de gestão democrática, enfim, conceber escola como centro de
cidadania. E para que isto seja possível é preciso estar consciente de que
o Projeto Político Pedagógico deve ser construído continuamente, pois,
enquanto produto é também processo, incorporando ambos numa
interação possível.
9
III – MARCO SITUACIONAL
3.1 Organização da Entidade Escolar
3.1.1 Modalidade de Ensino:
Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)
Ensino Médio (1ª a 3ª série)
Educação Especial: Sala de Recursos (DI – Deficiência Intelectual – 5ª a
8ª série)
Educação de Jovens e Adultos (Ensino Fundamental - Fase II e Ensino
Médio)
Viva Escola (Atividades de Complementação Curricular)
Número de turmas 12Total de alunos 331Número de Professores 43Número de Pedagogas 3Funcionários Administrativos 4Serviços Gerais 3Diretora 1Total de Salas de Aula 10
Turno: Matutino - Ensino Fundamental e Médio (2010) Turma Número de alunos
5ª série A 255ª série B 255ª série C 236ª série A 286ª série B 307ª série A 257ª série B 228ª série A 341ª série A – EM 21
Turno: Vespertino - (2010)
Sala de Recursos 10Viva Escola (História com A.R.T.E.) 24Viva Escola (Reciclando Atitudes) 24
Turno: Noturno - Ensino Médio (2010)Turma Número de alunos
1ª ano A 122ª ano A 313ª ano A 16
10
Turno: Noturno - Educação de Jovens e Adultos – Fase II (2010)Turma Número de alunos
EJA – Ensino Médio 25EJA – Ensino Fundamental (Fase II) 14
3.1.2 Turno de funcionamento:
Manhã (das 7:30 às 12:00 horas) – Ensino Fundamental e Médio
Tarde (das 13:00 às 17:00 horas) – Sala de Recursos
Tarde (Terça-feira/Quarta-feira – das 13:00 às 17:00 horas) – Viva Escola
Noite (das 19:00 às 23:10 horas) – Ensino Médio e Educação de Jovens e
Adultos (Fase II)
3.1.3 Ambientes Pedagógicos:
Número total de salas de aula: 10
Nº de salas de aula utilizadas por turno:
Manhã – 09 (2010)
Tarde – 02 (Sala de Recursos – 5ª a 8ª série e Viva Escola)
Noite – 08
Sala de multimídia (vídeo):
Não possui.
Biblioteca:
A biblioteca possui um bom acervo bibliográfico estando disponível a
toda a comunidade escolar.
Laboratório de informática:
O laboratório de informática encontra-se em pleno funcionamento,
sendo utilizado por professores e alunos do estabelecimento de ensino.
Laboratório de Biologia, Física e Química:
Possui laboratório de Biologia, Física e Química sendo utilizado por
professores e alunos do estabelecimento de ensino.
11
Auditório:
Não possui.
Quadra:
Possui uma quadra poliesportiva coberta.
Piscina:
Existe uma piscina olímpica que encontra-se desativada.
3.2 Histórico da Realidade
A sociedade em que vivemos se apresenta organizada de forma
injusta pois é grande o número de trabalhadores que se encontram
desempregados e que sobrevivem apenas do auxílio financeiro que
recebem do governo. A falta de trabalho, de saúde, de segurança, de
creches e de qualificação para o trabalho são fatores preponderantes que
produzem descontentamento que, por sua vez, gera baixa autoestima nos
indivíduos.
A escola pública nos dias de hoje mostra-se assistencialista,
totalmente voltada para o social do aluno, devido a ausência de estrutura
familiar nos lares, o que obriga a escola a prestar o papel de formadora da
primeira educação (cultura). Devido a essa falta de valores que a família
não transmitiu, os educandos são muitas vezes marginalizados, sofrendo
todo tipo de preconceito da sociedade em que vivem, o que faz baixar
ainda mais sua autoestima.
Nesse momento percebe-se a importância do professor em ser
comprometido não somente com a prática pedagógica e com a promoção
de aprendizagem mas também com a comunidade escolar para que
consiga identificar a diversidade como forma de enriquecimento geral.
Deste modo todos participam e se integram, sem exclusões, sendo cada
qual reconhecido e valorizado em sua individualidade.
A realidade brasileira se apresenta com uma economia que cresce,
mas os indicadores da distribuição de renda e da terra, do emprego e da
educação não melhoram. O problema está na necessidade urgente da
nação brasileira em debater a construção de um novo projeto de
12
desenvolvimento. Este é o sentido do momento histórico que estamos
vivendo.
O Brasil é uma nação jovem. Nasceu sob o manto da expansão
colonial do capitalismo comercial, que nos impôs durante 400 anos um
modelo agroexportador baseado em uma exploração escravista. Com sua
crise, em 1930, a revolução burguesa, adotou um novo modelo econômico
de industrialização dependente do capital estrangeiro e focada no restrito
mercado interno.
O Brasil é um país rico, com enorme potência natural, econômica e
social, mas é desigual e injusto. Para convertê-lo em um país mais justo
socialmente é necessário que se democratize o acesso à educação e que
se garanta trabalho a toda a população.
Neste contexto o estado do Paraná se preocupa em pautar sua
política educacional na escuta atenta as demandas da rede sem querer
impor soluções milagrosas. Visa a valorização do magistério, assegurando
melhoria de ganhos, apoio a toda atividade docente, voltada a toda
espécie de criatividade docente, voltado a melhoria do trabalho nas
escolas, capacitação permanente e respeito ao trabalho em andamento.
Outro propósito complementar ao primeiro, foi a efetiva descentralização
do poder, ampliando a autonomia administrativa e financeira das escolas
bem como buscando incentivar a participação da comunidade escolar no
projeto político pedagógico da escola e na escolha de seu diretor,
efetivando desta forma a participação comunitária na gestão da escola, na
definição de seus rumos e na avaliação do seu desempenho.
A realidade educacional no município de Cambará recebe o apoio da
Prefeitura Municipal que procura atender a educação da melhor forma
possível, desde a idealização de melhorias até a adesão de projetos. Este
tipo de atitude vem demonstrando o quanto a educação é prioridade nesta
gestão.
Quanto a realidade do colégio frente aos problemas de exclusão
dessa sociedade em que está inserida a nossa clientela, observa-se a
necessidade de se articular o trabalho escolar através de uma concepção
pedagógica que atenda as especificidades e diversidade dos educandos
presentes na escola, instrumentalizando-os na socialização de um saber
13
fundamentado num currículo que respeite a seleção de conteúdos,
vinculando as relações entre a educação escolar e as práticas sociais e
valorizando também, as experiências extra escolares.
Este colégio situado na zona urbana, atende uma clientela de baixa
renda, filhos de trabalhadores de baixa escolaridade. Um dos problemas
mais relevantes com que nos deparamos é devido ao descompromisso de
alguns pais quanto ao acompanhamento dos seus filhos nas atividades
escolares, fato que desencadeia problemas na disciplina, defasagem dos
conteúdos e em alguns casos repetência.
Diante destas necessidades a escola encaminha ações através de
esclarecimentos à família, direcionando a prática em garantia do controle
da repetência, procurando assim consolidar as relações
escola/família/sociedade, pois conhecer o convívio social e familiar do
educando é uma necessidade presente nas escolas para aprimorar o
atendimento aos educandos.
Nesse contexto valorizamos uma concepção pedagógica que busque
a seriedade na transmissão do conhecimento, através de uma prática
concreta que valorize a cultura e diversidade do educando, consciente de
que essa prática só é possível coletivamente, pois é um compromisso
sério.
3.3 Dados Históricos da Instituição:
O Colégio Estadual Lucy Requião de Mello e Silva – Ensino
Fundamental e Médio funciona em prédio próprio situado à Rua Hermínio
Haggi, nº 400, no Conjunto Residencial Ignez Panichi Hamzé no município
de Cambará – Paraná.
O colégio foi construído por iniciativa do Prefeito Municipal Senhor
Mohamad Ali Hamzé, em 2004, através de convênio firmado com o
Governo do Estado do Paraná, representado pelo Senhor Governador
Roberto Requião de Mello e Silva, Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Urbano e o Serviço Social Autônomo PARANACIDADE,
com a finalidade de atender o crescimento populacional e a expansão do
município de Cambará, tendo sua obra finalizada em 2005, na gestão do
Prefeito Municipal Senhor José Salim Haggi Neto.
14
Através da Resolução nº 372/05, DOE 28/02/2005, da Diretoria Geral
da Secretaria de Estado da Educação, sendo Secretário de Estado da
Educação o Senhor Maurício Requião de Mello e Silva, é formalizada a
criação e autorização de funcionamento para oferta do Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª série e do Ensino Médio.
O espaço escolar conta com 1.455 m2 de área construída, de acordo
com os padrões de construção da FUNDEPAR. Possuindo 10 salas de aula,
secretaria, sala de professores, biblioteca, sala de equipe pedagógica,
laboratório de informática, laboratório de Biologia, Física e Química,
cozinha, pátio coberto e descoberto.
Apesar de haver todo este espaço disponível existe ainda a
necessidade de equipamentos e espaços físicos e pedagógicos de
qualidade e em quantidade suficiente para subsidiar e enriquecer o
trabalho dos docentes bem como para auxiliar na aprendizagem dos
educandos.
A quadra coberta encontra-se localizada em espaço aberto, sem
muro de proteção, o que possibilita a invasão e utilização da mesma por
pessoas estranhas ao ambiente escolar colocando em risco a segurança
de nossos alunos e professores.
O colégio não possui casa de caseiro e muro de proteção tendo
apenas um alambrado que cerca o estabelecimento e possibilita a invasão
de vândalos que causam destruição do prédio escolar nos finais de
semana.
As atividades escolares do colégio iniciaram em 25 de abril de 2005,
ofertando o Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e o Ensino Médio.
Atualmente encontra-se em funcionamento o Ensino Fundamental
(5ª a 8ª série) no período matutino (das 7:30 às 12:00 horas), a Sala de
Recursos e as Atividades de Complementação Curricular no período
vespertino (das 13:00 às 17:00 horas), o Ensino Médio e a Educação de
Jovens e Adultos no período noturno (das 19:00 às 23:10). Apresenta como
objetivo o trabalho de forma colegiada, assumindo uma metodologia
dinâmica, humana e democrática.
O Ensino Fundamental e Médio são organizados por séries anuais,
com aulas de 50 minutos distribuídas de acordo com a carga horária e
15
Matriz Curricular bem como a Educação de Jovens e Adultos se organiza
de acordo com a Matriz Curricular proposta pelo estabelecimento de
ensino. A avaliação é bimestral, porém os alunos são avaliados
continuamente para que se cumpra sua ação formativa.
Neste processo o papel do professor é de maior relevância pois além
de estudioso e pesquisador deve incorporar em seu trabalho os avanços
das pesquisas nas diferentes áreas do conhecimento e estar atento às
dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito escolar. O educador deve
trabalhar dentro de uma metodologia que o transformará num colaborador
indispensável do processo social na produção do conhecimento.
3.4 Caracterização da comunidade escolar:
A comunidade escolar apresenta aproximadamente 90% de alunos
carentes, tanto no aspecto financeiro quanto no aspecto emocional. A
atividade predominante entre os pais dos alunos adolescentes e jovens
bem como dos estudantes adultos é o trabalho assalariado, cuja renda
familiar não ultrapassa um salário mínimo. Diante disso o colégio procura
centrar seu trabalho a partir de uma concepção pedagógica que valorize a
diversidade ao mesmo tempo em que atenda as especificidades de nossos
educandos.
O excesso de problemas familiares faz com que os alunos sintam-se
desmotivados o que impede que eles estabeleçam metas para o futuro. A
escola visa contribuir com orientações através de informações nas mais
diversas áreas de acordo com a necessidade observada.
Nessa busca constante pelo desenvolvimento do aluno almejamos
formar sujeitos que tenham valores e auto-estima elevada, que sejam
esforçados pelas suas atitudes, participativos, críticos e criativos.
Procuramos atingir esse objetivo discutindo saberes que vinculem as
práticas sociais à educação escolar a fim de levar o indivíduo a ocupar um
lugar na sociedade e que esta seja justa, solidária e segura.
3.5 Escola de Superação
O Programa Escola de Superação compreende a articulação entre os
setores da comunidade escolar, o envolvimento do coletivo, a mobilização
16
social bem como a articulação entre o Projeto Político Pedagógico e a
Proposta Pedagógica Curricular.
Os objetivos do Programa são:
- promover condições de igualdade entre as diferentes escolas, de
forma que todas possam ofertar uma educação com qualidade;
- conhecer os pontos críticos que necessitem de atenção,
intervenção imediata e prioritário por parte das Escolas, dos Núcleos
Regionais de Educação e, Secretaria Estadual de Educação por meio de
dados pra planejamento e desenvolvimento de ações nas escolas;
- fornecer subsídios teóricos/práticos para professores, diretores e
equipe pedagógica para correção de rumos na condução do processo
ensino-aprendizagem e consequentemente no fluxo escolar
(aprovação/reprovação/abandono);
- implementar ações de superação do quadro em que se encontram
as escolas.
As escolas participantes assumem o compromisso de:
- implementar ações que superem os problemas apresentados;
- compartilhar com os Núcleos Regionais de Educação as
experiências e ações na resolução dos problemas;
- inserir a comunidade no desenvolvimento do Plano de Ação da
Escola;
- fortalecer as discussões com as instâncias colegiadas.
As metas a serem atingidas pela Secretaria Estadual de
Educação/Núcleo Regional de Educação/Escola são:
- qualidade na gestão educacional;
- suprimento dos eventuais problemas de estrutura física na escola;
- qualidade pedagógica dos professores;
- universalização de acesso à Rede Pública de Ensino;
- diminuição dos índices de reprovação e de abandono;
- ampliação na oferta de serviços para a comunidade escolar.
Para que este programa se efetive a Secretaria Estadual de
Educação disponibiliza outros programas tais como: Grupo de Estudos,
Grupo de Trabalho em Rede, Escola Aberta, CELEM, FICA, Apoio
Pedagógico (Sala de Apoio, Sala de Recursos), Material Didático
17
Pedagógico disponibilizado no Portal Dia-a-dia Educação, Formação
Continuada Descentralizada, Prioridade de atendimento a infra-estrutura
(espaços físicos e recursos pedagógicos) de acordo com o diagnóstico
levantado.
3.6 PDE – Escola
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE – Escola) é uma
ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho:
focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os
mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um
ambiente em constante mudança.
O PDE – Escola constitui um esforço disciplinado da escola para
produzir decisões e ações fundamentais que moldam e guiam o que ela é,
o que faz e por que assim o faz, com um foco no futuro.
Importante frisar que a positividade do PDE – Escola reside, além dos
recursos que este disponibiliza às escolas, na contribuição para o
desenvolvimento da prática cotidiana do planejamento escolar. Esta
prática, que deve envolver todos os sujeitos da escola, aliada à elaboração
e revisão constante do Projeto Político Pedagógico, em muito auxilia a
escola a definir e reorientar sua atuação, considerando sua autonomia e
especificidades, mas, também, seus limites, enquanto parte de um
contexto institucional e social mais amplo.
Ao mobilizar seus coletivos para elaborar e executar o seu Plano de
Ações PDE – Escola, as escolas fortalecerão ainda mais seus projetos
próprios, à medida que os instrumentos obrigam que as escolas atualizem
seu diagnóstico e avaliem coletivamente suas práticas e processos, para,
então, com base nas fragilidades evidenciadas, definam as prioridades
que serão objeto de financiamento deste Programa.
3.7 Porte da Escola
A definição do porte dos estabelecimentos considera o número de
alunos, áreas e vias de acesso. Diante destes dados os estabelecimentos
são contemplados com demanda de Diretor, Diretor Auxiliar, Equipe
Pedagógica, Secretário, Assistente Administrativo
18
(Secretaria/Biblioteca/Mecanografia/Recepção), Auxiliar de Serviços
Gerais, Merendeira, Inspetor de Alunos e Vigia, Coordenadores e
Laboratoristas de Informática e de Ciências Físicas e Biológicas.
3.8 Regime Escolar
Considerando a política nacional baseada no princípio da
democracia, e envolvido na luta pela melhoria da educação pautada na
nova Lei de Diretrizes e Bases Nº 9394/96, este estabelecimento de ensino
assegura a finalidade de garantir a unidade filosófica político-pedagógica,
estrutural e funcional deste Estabelecimento de Ensino, preservada a
flexibilidade didático-pedagógica de cada um, através de seu Regimento
Escolar.
O Regime Escolar do estabelecimento de ensino é fundamentado no
Regimento Escolar que é um instrumento fundamental para a organização
pedagógica e administrativa em nossa escola. Nele evidenciam-se o
compromisso dos profissionais que vivenciam a realidade escolar e as
peculiaridades da rede pública estadual de ensino e de cada instituição
escolar em particular, colaborando para o êxito do trabalho escolar, com o
compromisso de oferecer uma educação que valorize a permanência e a
efetivação da aprendizagem do aluno.
Trata-se de um conjunto de normas e regras que regulam a
atividade escolar traduzida em um documento que se encontra disponível
para a consulta de toda a comunidade escolar.
O Regimento Escolar assegura a gestão democrática da escola,
possibilitando a qualidade do ensino, fortalecendo a autonomia
pedagógica, valorizando a comunidade escolar, através dos colegiados e,
efetivamente, fazendo cumprir as ações educativas estabelecidas no
Projeto Político-Pedagógico da escola.
3.9 Classificação
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento
que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa
de estudos compatível com a idade, experiência e desenvolvimento
adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada:
19
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a
série ou fase anterior, na própria escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas,
do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante
avaliação para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa
compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por
meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das
escolas e dos profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos
utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
O aluno, após o processo de classificação nas disciplinas do Ensino
Fundamental – Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de
carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros de
notas:
I – Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura,
o aluno classificado com:
a) 25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) 75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental - Fase II, concluirá a disciplina.
II – Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:
a) 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
20
c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental - Fase II, concluirá a disciplina.
III – Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
classificado com:
a) 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental - Fase II, concluirá a disciplina.
A O processo de classificação na modalidade Educação de Jovens e
Adultos poderá posicionar o aluno, para matrícula na disciplina, em 25%,
50%, 75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do Ensino
Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga
horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da
Educação de Jovens e Adultos.
Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina, na
qual o aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75 % na
Organização Coletiva e de 100% na Organização Individual.
Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em
todas as disciplinas do Ensino Fundamental - Fase II, o aluno está apto a
realizar matrícula inicial no Ensino Médio.
O aluno, após o processo de classificação nas disciplinas do Ensino
Fundamental – Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de
carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros de
notas:
I. Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o
aluno classificado com:
a) 25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) 75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
II. Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:
a) 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
21
c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
III. Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
classificado com:
a) 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
3.10 Promoção
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar
do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0
(seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e
média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina,
serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
Média Anual ou MA = 1º Bimestre ou B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0
4
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. freqüência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;
II. freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média
inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75% (setenta
e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), após os
resultados de recuperação de estudos ao longo da série, será submetido a
análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou
retenção na série.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de
retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
22
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e
expedição de documentação escolar.
O sistema de avaliação bimestral será composto da nota 4,0 (quatro
vírgula zero) referente a atividades diversificadas mais a nota 6,0 (seis
vírgula zero) resultante de no mínimo 2 (duas) avaliações (instrumentos
diversificados), totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero).
E Para fins de promoção ou certificação, na modalidade Educação de
Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada
disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva e 100% na organização individual.
A idade mínima para a obtenção do certificado de conclusão do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio na Educação de Jovens e Adultos é
a estabelecida na legislação vigente.
3.11 Dependência
As disciplinas em dependência serão cumpridas mediante plano
especial de estudos, registrando-se em relatório, o qual integrará a pasta
individual do aluno.
É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com
dependência de disciplina no Ensino Fundamental.
Ao final do curso, havendo disciplina em dependência, o aluno será
matriculado na série, para cursar somente a(s) disciplina(s) em
dependência(s) e o Certificado ou Diploma será expedido após a sua
conclusão.
3.12 Regime de Progressão Parcial
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o
aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime
seriado, poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente às séries
seguintes.
O estabelecimento de ensino oferta matrícula com Progressão
Parcial ao aluno que não obtiver êxito em 2 (duas) disciplinas no Ensino
Fundamental.
23
O regime de Progressão Parcial exige o aproveitamento escolar
estabelecido no Regimento.
3.13 Quantidade de profissionais em cada setor
Direção: 1
Técnico – Administrativo: 4
Equipe Pedagógica: 3
Corpo Docente: 43
Apoio / Serviços Gerais: 3
3.14 Formação dos profissionais em educação
A Secretaria de Estado de Educação investe em programas
descentralizados de formação que atende professores, pedagogos e
funcionários de rede estadual de ensino. O objetivo é de discutir o
cotidiano das escolas públicas bem como outros temas pertinentes.
Este modelo de formação é importante porque alcança a totalidade
de profissionais da educação da rede pública estadual, possibilitando um
espaço que valoriza a troca de experiências entre os envolvidos no
processo.
Os eventos atendem a todos os professores, pedagogos e
funcionários da rede estadual de ensino priorizando a implementação das
Diretrizes Curriculares Estaduais, discutidas e construídas pelos
professores da rede estadual de ensino do Estado do Paraná.
Contando com as mídias impressa e audiovisual, pesquisa escolar
utilizando a internet, em especial o Portal Dia a Dia Educação, a interação
em ambiente virtual e o papel de mediação do professor no uso de
recursos tecnológicos diversos são os temas eleitos para os cursos.
Também são abordados os temas relativos aos Desafios Educacionais
Contemporâneos que abrangem conteúdos ligados à violência e à
indisciplina.
A abordagem das relações etnicorraciais, gênero e diversidade
sexual, história e cultura indígena e educação do campo também são
temas trabalhados nas oficinas, seminários, reuniões técnicas, grupos de
estudos entre outros professores que atuam no ensino regular. O foco
24
principal são as práticas realizadas para inclusão de alunos com
necessidades especiais.
Nas oficinas do DEB são apresentadas as práticas baseadas nos
conteúdos das disciplinas presentes na grade curricular. Em todas as
atividades, os professores da rede de ensino é que são responsáveis pelas
oficinas, preferenciamente os que estão no Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE).
Em paralelo a Coordenação de Formação dos Agentes Educacionais
(CFAE) trabalhará em assuntos das áreas de concentração existentes no
plano de carreira dos funcionários. A manutenção de infraestrutura, escola
e preservação do meio ambiente, a alimentação escolar, a operação de
multimeios escolares e a interação com o educando fazem parte da pauta
prevista. No restante do tempo, os funcionários participarão das outras
oficinas da Ditec, da Dppe, do Dedi e do Deein, também destinadas aos
professores.
3.15 Problemas existentes no colégio
Após observação e análise da realidade dos educandos os
professores passaram a discutir sobre a importância do desenvolvimento
de projetos no espaço escolar com o intuito de superar os problemas
encontrados. Estes problemas referem-se à dificuldade de aprendizagem
que acabam por ocasionar a repetência, que gera por conseqüência a
evasão escolar. Um outro problema levantado nas reuniões pedagógicas
refere-se à indisciplina de alguns alunos, que também interfere no
processo de aprendizagem.
Ainda persistindo no cenário educacional brasileiro o problema da
evasão escolar é um quadro que precisa ser revertido e, isso pode ser
feito através de ações conjuntas desenvolvidas e apoiadas por toda a
sociedade. Esse compromisso deve levar a busca de soluções para
eliminar a evasão escolar assegurando dessa forma a permanência dos
alunos na escola.
Conforme apresentados à equipe pedagógica os projetos, que visem
solucionar estes problemas, são analisados e depois de verificada sua
relevância serão desenvolvidos no estabelecimento de ensino.
25
3.15.1 Índice de Aproveitamento Escolar
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2009Fonte: SERE/ABC
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprova-ção
Taxa de Reprova-ção
Taxa de Aban-dono
FUNDAMENTAL - TOTAL 90,80% 9,10% 0,00%
5ª SERIE 85,90% 14,00% 0,00%
6ª SERIE 91,20% 8,70% 0,00%
7ª SERIE 92,60% 7,30% 0,00%
8ª SERIE 97,10% 2,80% 0,00%
MEDIO REGULAR - TOTAL 88,10% 11,80% 0,00%
1ª SERIE 86,60% 13,30% 0,00%
2ª SERIE 100,00% 0,00% 0,00%
3ª SERIE 82,30% 17,60% 0,00%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2008Fonte: SERE/ABC
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprova-ção
Taxa de Reprova-ção
Taxa de Aban-dono
FUNDAMENTAL - TOTAL 76,30% 23,10% 0,50%
5ª SERIE 76,10% 23,80% 0,00%
6ª SERIE 68,50% 31,40% 0,00%
7ª SERIE 79,50% 18,30% 2,00%
8ª SERIE 87,50% 12,50% 0,00%
MEDIO REGULAR - TOTAL 57,50% 10,00% 32,50%
1ª SERIE 56,20% 12,50% 31,20%
2ª SERIE 58,30% 8,30% 33,30%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2007Fonte: SERE/ABC
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprova-ção
Taxa de Reprova-ção
Taxa de Aban-dono
FUNDAMENTAL - TOTAL 81,00% 17,60% 1,30%
5ª SERIE 82,30% 17,60% 0,00%
6ª SERIE 75,40% 22,60% 1,80%
7ª SERIE 86,20% 10,30% 3,40%
8ª SERIE 85,00% 15,00% 0,00%
MEDIO REGULAR - TOTAL 67,80% 10,70% 21,40%
1ª SERIE 67,80% 10,70% 21,40%
26
Os dados estatísticos revelam que dos alunos que evadem ou
reprovam, observamos uma falta de maturidade em valorizar a educação
escolar, não apenas como espaço próprio do conhecimento científico, mas
como necessidade fundamental para ter perspectiva de um futuro melhor.
3.15.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente
A contradição e os conflitos presentes na prática docente surgem a
partir do momento em que se observa a distância entre o discurso e a
prática. É preciso que se estabeleça uma ponte de forma a colocar o
discurso em prática procurando eliminar essa distância existente.
Infelizmente ainda existem docentes que não assumem sua função
com comprometimento em relação ao processo ensino-aprendizagem e
formação do cidadão consciente.
Porém a grande maioria dos docentes atua de maneira consciente
em relação a sua função que, através de uma prática pedagógica
fundamentada na teoria sociointeracionista, procura levar o aluno a
perceber que faz parte de um contexto histórico no qual deve intervir para
buscar a melhoria na sua qualidade de vida.
A distância entre o discurso e a prática é, então, eliminada através
das ações interdisciplinares que ocorrem durante a ação de ensino-
aprendizagem. O respeito à individualidade é visto como fundamental
para o bom andamento do processo de aprendizagem do aluno.
3.15.3 Formação Inicial e Continuada
Em relação à formação inicial e continuada percebe-se a
importância da participação de todos os docentes na reflexão e discussão
em relação ao conteúdo e à prática da sala de aula. Isso implica na
necessidade de reuniões, estudos e abordagens sobre os seguintes
assuntos:
- elaboração e execução de projetos;
- como trabalhar conteúdos com interdisciplinaridade;
- produção e interpretação de textos;
- avaliação diagnóstica e continuada;
- distúrbios de conduta e aprendizagem;
27
- inclusão do aluno portador de necessidades educativas especiais e
outros que se encontram na situação de excluídos;
- relação interpessoal entre equipe administrativa, técnico-
pedagógica, corpo docente e funcionários.
Pretende-se desta forma amparar a formação inicial dos envolvidos,
professores e funcionários, bem como proporcionar a formação
continuada, tão necessária a todos, apoiando assim o crescimento e
valorização profissional através desses estudos. Também se pretende
esclarecer e auxiliar os professores nas dúvidas referentes aos temas em
questão bem como melhoria da prática educativa mediante associação
entre a teoria e a prática.
Os professores deverão assumir posicionamento em relação à
retomada da qualidade do ensino através do aprofundamento nas
questões relacionadas a sua formação inicial, bem como através da
formação continuada, que com seus momentos de reflexão proporcionam
a ressignificação da prática pedagógica.
Quanto aos funcionários administrativos e de serviços gerais
esperamos que todos reconheçam a importância do trabalho desses
profissionais da educação, que seus projetos sejam reconhecidos, que eles
sejam participantes e atuantes nas decisões tomadas pela escola e que
participem da aprendizagem dos discentes naquilo que lhes compete. Para
isso acontecer de fato pretende-se trabalhar estes temas em sua
formação continuada que deverá ocorrer no próprio estabelecimento de
ensino.
3.15.4 Organização do tempo e do espaço
O colégio visa sempre um objetivo: melhorar a qualidade dos
serviços prestados pelo espaço escolar, e seu serviço primordial é o
ensino. Portanto, o tempo essencial da escola passa-se na sala de aula,
espaço onde é enfocado o estudo sério, progressivo e sistemático. Todas
as atividades da escola devem estar voltadas para a sala de aula,
propiciando o acesso ao saber elaborado em torno da língua, da
matemática, das ciências, da história, enfim, de todas as disciplinas cujo
conteúdo é essencial para a vida dos nossos alunos e suas múltiplas
28
dimensões: física, afetiva, ética, intelectual, social, moral, estética e
religiosa.
A organização desse tempo se dará de forma mais efetiva quando
tivermos disponíveis os equipamentos físicos e pedagógicos dentro o
espaço escolar. Por ser um espaço de produção, de sistematização e de
socialização faz-se necessário utilizar os equipamentos disponíveis que
irão proporcionar o avanço do conhecimento científico-tecnológico dos
discentes.
Entendemos que a escola não pode ser chamada a suprir a
comunidade na prestação de serviços sociais que outros órgãos do Poder
Público devem realizar. Mas do mesmo modo, a escola não pode fechar-se
apenas em torno da função de transmitir o saber aos alunos. c da
personalidade que é evidenciado nos aspectos instrucionais
(conhecimento), técnicos (habilidades) e axiológicos (valores e atitudes).
3.15.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos
A escola possui 10 salas de aula sendo sete delas com TV Pendrive,
laboratório de Física, Química e Biologia, laboratório de informática, sala
de professores, sala de direção, secretaria, sala de equipe pedagógica, bi-
blioteca, cozinha, dois almoxarifados, dois banheiros para funcionários,
dois conjuntos de banheiros para alunos, pátio coberto e quadra coberta
que se localiza fora do espaço escolar.
3.15.6 Relações humanas de trabalho no colégio
No geral as relações de trabalho fluem de forma agradável e
cooperativa entre os diversos membros que compõem a comunidade
escolar (professores, pedagogos, alunos, diretor e pais), onde se busca
que todos cumpram seu papel participando ativamente das ações
propostas pelo estabelecimento de ensino que visa as atitudes de
solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva dos envolvidos
no ambiente escolar.
... Por isso, todo esforço de se gestar uma nova organização deve levar em conta as condições concretas presentes na escola. Há uma correlação de forças e é nesse embate que se originam os conflitos,
29
as tensões, as rupturas, propiciando a construção de novas formas de relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos envolvidos com o processo educativo, a descentralização do poder. (VEIGA, 1995, p. 31)
O contato dos alunos com a direção, equipe pedagógica e secretaria
é feito de maneira democrática. Eles têm livre acesso às equipes quando
solicitam alguma coisa a pedido do professor ou quando têm alguma
solicitação ou necessidade particular. Este mesmo acesso encontram os
pais quando da necessidade e/ou interesse em estabelecer contato com os
componentes da comunidade escolar.
A participação dos pais é um dos pontos chaves no processo
administrativo e pedagógico, acompanhando o desempenho de alunos e
professores, discutindo projetos, dando sugestões, fiscalizando e, em
alguns casos, tomando decisões. A qualidade do ensino no colégio deve-
se, também, ao envolvimento da comunidade na busca de parcerias que
visem o desenvolvimento de projetos.
O estabelecimento promove reuniões bimestrais como forma de
contato com os pais. Este momento é aproveitado para entrega das
atividades dos alunos, boletins, para troca de idéias, esclarecimentos
sobre a APMF, sobre a gestão democrática, atendimento a reivindicações,
entre outros. Os problemas disciplinares sem gravidade são tratados
convocando a presença dos pais para conversar com o professor ou com a
Direção. Os casos mais severos têm suas penalidades previstas no
Regimento Escolar.
3.15.7 Organização da hora atividade
Os aspectos da gestão democrática são enfocados durante a hora
atividade que abrange, além disso, questões referentes a uma prática
colaborativa, discussões sobre os mais variados temas, organização de
ações que visem a superação das dificuldades encontradas pelos alunos,
divulgação de referencial teórico atualizado e estudos sobre assuntos
pedagógicos e das áreas do saber. Todas estas atividades são
desenvolvidas sob orientação da equipe pedagógica e apoio da direção do
30
estabelecimento para que se concretize a inclusão de todos no meio
escolar.
O trabalho realizado na Hora Atividade se resume no
estabelecimento de propostas, conteúdos e estratégias de planejamento,
análise do planejamento (replanejamento), pesquisas, preparo de tarefas,
organização dos instrumentos de avaliação, estudos, leituras de textos
relativos a sua disciplina, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos
alunos, trocas de experiências (quando possível com seus pares, ou por
intermédio do pedagogo), atendimento de alunos, pais e muitas outras
tarefas que surgem no decorrer do ano letivo.
Porém, sempre existe alguém que questiona sobre a importância
dessas ações a serem desenvolvidas por acreditarem que essa discussão
e reflexão não trarão benefícios de nenhuma espécie. É indispensável,
então, lembrar que são justamente estes momentos que proporcionam o
desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de
problemáticas específicas diagnosticadas na escola, além de muitas
outras melhorias.
3.15.8 Inclusão
No âmbito escolar, a inclusão refere-se ao processo de educar-
ensinar, no mesmo grupo, crianças com e sem necessidades educativas
especiais, durante parte ou na totalidade do tempo de permanência na
escola. Nessa concepção, toda escola deve estar preparada, tanto em
termos físicos (mobiliário, espaço físico, etc.) quanto em termos
pedagógicos para receber e atender todo tipo de aluno, respeitando suas
diferenças e educando de acordo com o ritmo e as possibilidades de cada
um. É a garantia do princípio democrático de escola para todos. A inclusão
refere-se também à participação das pessoas com necessidades especiais
na sua comunidade: trabalho, lazer, vida social, etc. A inclusão, portanto,
é um movimento que se opõe à segregação com que eram tratadas (e, de
certa forma, ainda são) as pessoas portadoras de algum tipo de
deficiência ou desvantagem física ou mental.
31
Constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiar e regional, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então, diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente. (FERREIRA ; GUIMARÃES, 2003, p.17)
A convivência com a diversidade só pode trazer benefícios tanto
para as crianças ditas 'normais' como para aquelas com necessidades
especiais. Vivemos em uma cultura que costuma subestimar a capacidade
dos portadores de deficiências porque crescemos acostumados com a
segregação das pessoas que apresentam algum tipo de diferença em
relação às demais, como se sua convivência na comunidade fosse
impossível. Só o convívio com a diversidade pode formar cidadãos
tolerantes, solidários e preocupados com o bem-estar das pessoas. Além
disso, há muitos estudos que apontam que os ganhos educacionais das
crianças com necessidades especiais na escola regular, quando atendidas
adequadamente, são maiores do que os daquelas que freqüentam apenas
escolas especiais. Há também um ganho afetivo muito grande: as
amizades, a participação e a aceitação favorecem a autoestima e o
autoconceito dessas crianças.
A inclusão é um direito das pessoas portadoras de necessidades
especiais ou não. É, também, um dever da sociedade mostrar-se
competente para educar e propiciar condições de sobrevivência dignas
para essas pessoas. Talvez a escola deva ser a primeira instituição a dar o
exemplo. No entanto, para que se torne possível a verdadeira inclusão
educacional é necessário que exista suporte da educação especial através
da implantação e/ou implementação de uma rede de apoio pelos Sistemas
de Ensino, tais como: de recursos humanos, materiais, técnicos e
tecnológicos conforme previsto na Deliberação nº 02/03 (CEE).
Para que a escolarização do aluno que apresenta necessidades
educacionais especiais é necessário que seja garantido a escola apoio e
serviços especializados que assegurem a aprendizagem dos educandos
32
resguardando-se suas singularidade no sentido de efetivar o processo de
inclusão educacional.
Para os alunos que apresentam graves comprometimentos ou
necessidade de comunicação diferenciada, que requerem atenção
individualizada e adaptações curriculares, proporcionar atendimento
pedagógico especializado. Segundo AQUINO (1998) é “na aceitação, no
manejo, na relação entre as diferenças é que se dá a almejada inclusão.”
(AQUINO, 1998, p. 42)
Portanto, ressalta-se novamente a necessidade de se criar
mecanismos que permitam, com sucesso, que estes educandos possam se
incluir educacional, social e emocionalmente. Pensando nisso o colégio
oferta Sala de Recursos, que funciona em período contrário ao que os
educandos freqüentam o ensino comum, atendendo alunos que
apresentam distúrbios de aprendizagem. Este serviço, de natureza
pedagógica, apóia e complementa o atendimento educacional realizado
em classes comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série. Neste
momento estão sendo atendidos 14 alunos, individualmente ou em
pequenos grupos, conforme as necessidades pedagógicas e por meio de
um cronograma preestabelecido.
A programação elaborada observa as áreas do desenvolvimento
(cognitiva, motora, socioafetiva-emocional) de forma a subsidiar os
conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem, para
atingir o Currículo da classe comum. Os conteúdos pedagógicos
defasados, das séries iniciais, são trabalhados com metodologias e
estratégias diferenciadas. Superadas as dificuldades e obtendo êxito no
processo de aprendizagem na classe comum o aluno é desligado deste
serviço oferecendo oportunidade, então, a outro que dele necessite.
3.16 Gestão Democrática
Para uma gestão eficiente faz-se necessário abrir a escola para a
comunidade, estimular o talento de cada membro da equipe, monitorar
constantemente alunos e professores, não perder de vista as metas
educacionais, estar em sintonia com as mudanças na área, criar um
33
ambiente de amizade e entusiasmo, ter coragem para arriscar e buscar
soluções alternativas, além de saber compartilhar o poder.
Todos os aspectos acima mencionados apontam para a gestão
democrática que é vista como aquela que proporcionará a efetivação de
tudo aquilo que coletivamente assumimos como compromisso e que
pretendemos atingir junto à comunidade escolar.
3.16.1 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático–pedagógicos, com atuação restrita a
cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o
processo ensino-aprendizagem na relação professor/aluno e os
procedimentos adequados a cada caso. Este órgão recebe total atenção
da direção do colégio que participando de uma gestão democrática
consegue atuar de maneira eficiente.
A atribuição do Conselho de Classe é estudar cada caso, analisando
o aluno como um todo e levando em consideração as suas limitações,
desta forma, o resultado de aprovado ou de reprovado deverá ser após
análise criteriosa de cada aluno, independente do número de disciplinas
que tenha ficado com média final abaixo da exigida.
Existe, também, o pré-conselho que faz um levantamento da
situação existente de modo a verificar, anteriormente ao Conselho de
Classe, o andamento do processo ensino-aprendizagem e dos
procedimentos adotados em cada caso específico.
Caminhando para a democratização o colégio procura estimular a
participação estudantil através dos representantes de turma que, tendo
reconhecido seu papel, participam do Conselho de Classe. A preocupação
em tratar o aluno como agente e não como mero paciente foi espelhada
nos ensinamentos do grande educador Paulo Freire.
3.16.2 Conselho Escolar
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre
os vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a
fim de garantir eficiência e qualidade do seu funcionamento e para isso
34
conta com a gestão democrática do estabelecimento que com seu apoio
consegue uma atuação eficaz.
3.16.3 Grêmio Estudantil
A formação do Grêmio Estudantil se deu através de eleição direta na
qual os estudantes participaram do processo de escolha de seus
representantes. Porém ainda não ficou clara para eles sua função, pois
sendo algo novo muitos são os questionamentos que surgem e que
precisam ser esclarecidos. Necessita-se, então, de muito estudo sobre o
material fornecido, referente ao assunto, para que os estudantes se
conscientizem de seu real papel como ser atuante em seu contexto.
3.16.4 APMF
A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e
Funcionários deste estabelecimento de ensino cuja finalidade é a
integração entre a escola, família e a comunidade para o aprimoramento
do processo ensino-aprendizagem, através de aproximação entre os
profissionais da educação, pais e educandos. Através da gestão
democrática esta integração vai acontecendo de modo a promover essa
aproximação tão necessária ao aperfeiçoamento do processo ensino-
aprendizagem.
3.16.5 Participação dos pais
A gestão democrática favorece a participação dos pais no contexto
escolar, pois procura trazer os mesmos a participar da vida escolar de
seus filhos. Infelizmente, apesar desta abertura muitos pais fogem ao
cumprimento de seu papel deixando seus filhos sem os merecidos
cuidados que uma família deve proporcionar.
Com isso os alunos tornam-se totalmente desmotivados em apresentar
um bom resultado por perceberem que para sua família pouco importa o
resultado obtido.
A gestão democrática e participativa assegura a liberdade e co-
responsabilidade de todos na construção de uma escola democrática,
eficiente e de qualidade para todos. O colégio, visando essa parceria
35
através do envolvimento com os pais pretende trazê-los a essa
participação, pois muitos fogem a qualquer tipo de compromisso.
Nesse momento o estabelcimento de ensino entra em contato com
os órgãos competentes para que se estabeleça o cumprimento das
obrigações de pais para com seus filhos de modo que estes se envolvam
nas atividades desenvolvidas pelo colégio e que se efetive o processo de
desenvolvimento pleno dos educandos.
3.16.6 Critérios de organização e distribuição de turmas
A distribuição de aulas segue as normas constantes na Resolução nº
139/09 e a distribuição de turmas acontecem de acordo com critérios
pedagógicos. A escolha de horários ocorre conforme necessidade da
escola, feita em conjunto entre direção, equipe pedagógica e professores.
Em que se prioriza a organização do horário semanal de aulas, visando
espaços de discussão.
3.17 Desafios Educacionais Contemporâneos
O nosso maior desafio é, sem dúvida, o conhecimento, razão de ser
do nosso trabalho e função essencial da escola. Porém, constantemente
vai além, demonstrando-nos novas demandas, exigindo um
posicionamento em relação aos novos desafios que se opõem para a
educação.
Tais desafios devem ser trabalhados neste contexto tanto com os
profissionais da escola, como com os educandos, seus pais e a
comunidade, em toda a complexidade de cada um desses segmentos.
As inquietudes humanas apresentadas nas relações sociais,
econômicas, políticas e culturais, leva-nos a avaliar os enfrentamentos
que devemos fazer. Isso implica, imediatamente, na organização de
nossas tarefas e no projeto político-pedagógico que aponta a opção pela
direção educacional dada pelo coletivo escolar, através de seus planos,
métodos e saberes a serem enfrentados sobre o ontem, o hoje, e os
próximos passos a serem dados.
Como apoio a essa realização encontramos os diversos Cadernos
Temáticos sobre os temas abrangentes dos Desafios Educacionais
36
Contemporâneos (Cidadania e Educação Fiscal, Educação Ambiental,
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de
drogas, História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena, Sexualidade)
que pretende dar apoio a diferentes propostas emanadas das escolas.
Estas produções visam auxiliar nas respostas dadas aos desafios
educacionais contemporâneos que pairam sobre nossa ação escolar e
precisam ser analisados, bem como refletidos para as necessárias
intervenções e superações no contexto educacional.
3.18 Diversidade
O Paraná tem uma política muito avançada na área da diversidade
através da qual a Secretaria de Estado da Educação prevê o acesso e a
permanência na escola para todos os estudantes. Por isso atua em todos
os segmentos, seja no campo, nos quilombos, nas ilhas, nos
acampamentos e assentamentos e nas aldeias.
Dentre as ações desenvolvidas busca-se abranger os variados tipos
de diversidade existente no Estado através do Programa Paraná
Alfabetizado, da Educação do Campo, do trabalho sobre as Relações
Étnicos-Raciais e Afrodescendência bem como sobre o Gênero e
Diversidade Sexual.
Contando com o apoio dos Caderno Temáticos pode-se trabalhar os
assuntos anteriormente relacionados a partir de uma proposta inovadora
com produções de especialistas das mais diversas áreas no intuito de
uma construção social onde os sujeitos históricos tem sua diversidade
preservada e, principalmente, respeitada.
37
3.19 Quadro demonstrativo de recursos humanos
Equipe técnico-pedagógica e administrativa
Nome Função GraduaçãoSilvete Maria Martins
Amadei
Diretora Pedagogia/
História/
GeografiaMarlene Faeda Moraes Pedagoga Pedagogia
Gisele Virginia Becker de
Oliveira
Pedagoga Pedagogia
Leni Barboza de Oliveira
Cornas
Pedagoga Pedagogia
Ani Cristina Cavalli Auxiliar
Administrativo
Psicologia
Antonio Luiz de Almeida
Muchagata
Secretário Escolar Matemática
Karina Marrafon Stabelini Auxiliar
Administrativo
História
Renata Barbosa Cegatte Auxiliar
Administrativo
Processamento de
Dados
Serviços gerais
Nome Função GraduaçãoDoralice Honorato dos
Santos de Freitas
Auxiliar de Serviços
Gerais
Ensino Médio
Maristela da Silva Auxiliar de Serviços
Gerais
Ensino Médio
Roseli Peres Moreira Auxiliar de Serviços
Gerais
Ensino Médio
38
Corpo docente
Nome Disciplina GraduaçãoAdriane Toneto Química Ciências/Química
Alcina Rosa de Carvalho Couto Língua Portuguesa Letras
Ana Carolina Simoni Arte Educação Artística
Ana Paula Fantineli Sala de RecursosSociologiaEnsino Religioso
Pedagogia
Ana Regina Mouta Frâncica Língua Portuguesa Letras
Andréa Fiori Fritegotto Arte Educação Artística
Andréa Maria Maiolo Ciências Ciências
Angelina Targa Caetano História História
Araceli Silvestrini de Moraes Física Matemática
Cibele Suzi Zanoni Andolfato Arte Educação Artística
Clemilda Fátima da Silva Ciências Ciências
Cristiani Maria Mercedes Geografia Geografia
Cristina Justo Inglês Letras Inglês
Daiany dos Reis Matemática Matemática
Fernanda Soares Teixeira Nogueira
Filosofia/Sociologia/História/Ensino Religioso
História
Flávia Cristina Nucci Arte Educação Artística
Geisa Aparecida Dariva Língua Portuguesa Letras/Literatura
Gersili Martins Araújo Geografia/Física Geografia/Ciências
Gilciane Neris de Souza Inglês Letras Inglês
Hosana Dias Arantes LEM - Inglês Letras
Jaqueline de Fátima Manfrim LEM - Inglês/Espanhol Letras InglêsEspanhol
Jeuse Cler Rodrigues Ferreira Educação Física Educação Física
39
Nome Disciplina GraduaçãoJosé Renato de Faria Rodelli Educação Física Educação Física
Leila Aparecida Pescarolo LEM - Inglês Letras/Inglês
Lúcio Henrique Bonacin Matemática Engenharia Civil
Luzia Aparecida Benedicto Ferraz
Arte Educação Artística
Mabel Christina Maziero Arrieta
Educação Física Educação Física
Maria das Graças de Oliveira Matemática/Ciências Ciências
Maria Elisa Furlan Gutierrez Matemática
Maria Estela Sales Rodrigues Química Engenharia Química
Maria Lúcia Sanches Arte Educação Artística
Maria Rozimeri Nésio Ribeiro Língua Portuguesa Letras
Marines Crispim Faria Filosofia História
Mario César Vinicius Crivari Pereira
Matemática Ciências
Maura Regina Uttida Briganti Ciências/Biologia Ciências/Biologia
Nadia Aparecida Alves da Rocha
Língua Portuguesa Letras
Renata Alves Costa Ciências Ciências
Silvia Regina Fantineli Educação Física Educação Física
Simone Faeda Lucas Língua Portuguesa Letras
Simone Pirolo Inglês Letras Inglês
Stela Maria Frediani História História
Vanilda da Silva História História
Zenildo Barbieri Educação Física Educação Física
40
IV – MARCO CONCEITUAL
4.1 Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio
Com base nos estudos realizados nos simpósios, capacitações,
grupos de estudos, entre outros e, nas leis vigentes que regem o ensino
brasileiro, o colégio está direcionando sua prática no sentido de cumprir
com êxito sua missão de promover uma educação transformadora na
formação integral de seus educandos. Procurando, desta forma, prepará-
los para o exercício da cidadania, destacando assim a possibilidade de
reverter o quadro das desigualdades sociais, através de uma educação de
qualidade, com a clareza e transparência necessária à compreensão de
todos os envolvidos no processo.
4.1.1 Filosofia do colégio
A filosofia da escola tem como princípio a democratização e a
melhoria do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos.
Levando-se em conta que a comunidade escolar com a qual trabalhamos
apresenta em sua maioria carência em termos econômicos, sociais e
políticos, precisamos fazer com que as mudanças propostas em nosso
sistema educacional cheguem as nossas salas de aula, senão todo esforço
de transformação que hoje se procura empreender no país, não obterá
mais que resultados parciais e limitados, incapazes, portanto, de romper
as amarras que nos prendem ao subdesenvolvimento.
Para garantir os princípios da Educação Nacional, cuja meta é atingir
uma educação de qualidade, enfatiza-se técnicas que propiciem o fazer
coletivo, permitindo a reflexão crítica e dando ao educando a
oportunidade de posicionar-se como sujeito do conhecimento. Busca-se a
partir da realidade dos educandos suas condições de partida e de
interferência para superar esse momento inicial, garantindo assim uma
educação de qualidade voltada para a cidadania.
A proposta é garantir a todos um ensino de qualidade, isto é a
apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na
vida dos educandos, ou seja, a atuação da escola consiste na preparação
do educando para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes
41
um instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da socialização
para uma participação organizada e ativa na democratização da
sociedade.
Portanto teremos de ser capazes de assegurar a construção de uma
escola fundamental, necessária que nossos educandos precisam para ter
sucesso na sala de aula e na vida. A escola que, para a família e a
comunidade, seja alguma coisa pela qual valha a pena participar.
4.1.2 Concepção educacional
Tendo como concepção educacional a busca pela emancipação
social do educando, procura-se garantir-lhes direitos e oportunidades de
intervirem na sociedade, contribuindo assim para a transformação social.
Busca-se trabalhar numa perspectiva sociointeracionista, onde o
centro da educação deve ser a produção do conhecimento, usando como
caminho o conjunto de saberes já construídos socialmente pelo aluno e
que servirão de meio para o desenvolvimento desses conhecimentos, que
levarão o educando à qualificação necessária para a inserção no mundo
da prática social e do trabalho.
4.1.3 Princípios norteadores da educação
Este estabelecimento de ensino tem por finalidade, atendendo ao
disposto nas Constituições Federal e Estadual, bem como na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ministrar o Ensino Fundamental
de 5ª a 8ª séries, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos,
observadas, em cada caso, a legislação e as normas especificamente
aplicáveis, oferecendo aos alunos serviços educacionais com base nos
seguintes princípios:
I - igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do pessoal da educação escolar;
42
VIII - gestão democrática do ensino público;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais;
XII - gratuidade do ensino com isenção de taxas e contribuições de
qualquer natureza;
XIII - valorização dos profissionais de ensino;
XIV - gestão democrática e colegiada da escola;
XV - garantia de uma educação básica unitária.
Fundamentado nestes princípios o colégio se posiciona no sentido de
educar para a vida, partindo do pressuposto que educação se constrói
coletivamente, sendo o crescimento individual ou coletivo resultado da
troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados.
4.1.4 Objetivos do colégio
O Colégio Estadual Lucy Requião de Mello e Silva – Ensino
Fundamental e Médio tem como objetivo, através da gestão,
administração e participação democrática de todas as pessoas envolvidas
na vida escolar dos alunos e dar cumprimento à função básica da escola,
levando em conta:
I - o repensar da prática pedagógica, seus avanços, seus problemas,
no sentido de democratizar o acesso e garantir a permanência do aluno,
investindo para que a escola seja de boa qualidade;
II - desenvolver o potencial criativo dos alunos, despertando para
uma formação globalizada desenvolvendo sua consciência crítica;
III - promover o desenvolvimento integral da personalidade do
educando através de participação ativa no processo educativo pela
formação intelectual, científica, física, espiritual, social, com diálogo,
comunicação e descoberta de critérios de julgamento para formar a
consciência crítica da realidade social, econômica e profissional e o
sentido cristão de solidariedade e de fraternidade.
IV - garantir a transmissão-assimilação da informação sistematizada
e a construção nos métodos do saber escolar através do conhecimento
43
científico determinado e processos de ensino aprendizagem em todo
trabalho pedagógico da escola.
4.1.5 Fins educativos
Os fins educativos do colégio são o de formar cidadãos críticos,
participantes, com visão de mundo, solidários, responsáveis, competentes
para o mundo do trabalho e inseri-los na nova hierarquia de valores que se
apresentam hoje na sociedade, é essa a missão da escola do novo milênio.
Sendo a educação um instrumento da sociedade para a promoção do
exercício da cidadania. Trabalhando dentro desses princípios, pretende-se
possibilitar aos educandos a construção de significados e a necessária
aprendizagem para a autonomia e participação social.
4.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, são muitas as
acepções de aprender que podemos depreender a partir da leitura de seus
dispositivos legais referentes à educação escolar. São estes princípios,
indicados abaixo, um importante exemplário de conduta para diretores,
professores, pais e alunos e, por isso mesmo, devem nortear a
aprendizagem e as práticas escolares:
- a liberdade de aprender como principio de ensino (Inciso II, art.
3º);
- a garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino para
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem (Inciso IX, art. 4º);
- o zelo pela aprendizagem dos alunos como incumbência dos
docentes (Inciso III, art. 13);
- a flexibilidade para organização da educação básica para
atender interesse do processo de aprendizagem (art. 23)
- a verificação do aprendizado como critério para avanço nos
cursos e nas séries (item c, inciso V, art. 24);
- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, como
44
estratégia para objetivar a formação básica do cidadão no ensino
fundamental (Inciso I, art.32);
- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em
vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes
e valores para objetivar a formação básica do cidadão no ensino
fundamental (Inciso III, art. 32);
- a adoção no ensino fundamental o regime de progressão
continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-
aprendizagem (§ 2º, art. 32);
- a garantia às comunidades indígenas da utilização, no ensino
fundamental, de processos próprios de aprendizagem (§ 3º, art. 32);
- a continuidade do aprender como finalidade do ensino médio
para o trabalho e a cidadania do educando (inciso II, art. 35).
4.1.7 Diretrizes curriculares que norteiam as ações do colégio
As ações do colégio, bem como, sua organização, funcionamento e
relacionamento com a comunidade, são norteadas pela legislação em
vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela
Secretaria de Estado da Educação, que tem por finalidade promover a
articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os
setores da escola, a fim de garantir eficiência e qualidade do seu
funcionamento.
O momento histórico em que vivemos requer trabalhar com
diretrizes, com orientações para o trabalho das disciplinas, o conjunto
destas e, por meio delas a formação de nossos alunos.
4.1.8 Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma lei que resultou em
um processo de discussão e mobilização dos setores sociais
comprometidos com uma mudança tanto na maneira de ver a criança e o
adolescente quanto no atendimento a ser dedicado a eles pela sociedade
e pelo poder público.
45
O ECA é considerado uma das leis mais avançadas que discorrem
sobre a garantia dos direitos da criança e adolescente e uma lei referência
no mundo e, especialmente na América Latina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) representa um grande
avanço da legislação brasileira iniciado com a promulgação da
Constituição de 1988. Fruto da luta da sociedade, o ECA veio garantir a
todas as crianças e adolescentes o tratamento com atenção, proteção e
cuidados especiais para se desenvolverem e se tornarem adultos
conscientes e participativos do processo inclusivo.
4.1.9 Concepções das Capacitações Continuadas
As capacitações continuadas ocorrem através de Reuniões Técnicas,
Grupos de Estudos e Jornadas Pedagógicas. As Reuniões Técnicas com as
Equipes de Ensino dos NREs e Chefias, tem como objetivo assessorar,
discutir, analisar e dimensionar as ações pedagógicas dos NREs.
Os Grupos de Estudos são processo de formação continuada para
pedagogos, conselheiros escolares e funcionários da SEED/NRE a partir de
estudo e análise de textos.
A formação continuada junto às Equipes Pedagógicas acontecem
através das Jornadas Pedagógicas que visam discutir, analisar e
dimensionar as ações pedagógicas nas escolas públicas estaduais.
4.1.10 Concepção de Homem, sociedade, cultura, mundo,
educação, escola, conhecimento, tecnologia, ensino-
aprendizagem, cidadania/cidadão
O homem, ao longo dos séculos e das mais diferentes culturas
formulou e continua a formular inúmeras opiniões sobre si mesmo numa
busca sempre renovada à procura de sua verdade. Tal esforço de
observação, de busca, de reflexão sobre si mesmo e sobre o sentido da
própria existência deve ser algo que nos interesse profundamente, porque
se relaciona diretamente com a nossa vida, com o porquê da nossa
existência, enfim com a nossa condição de seres humanos. E isso deve ser
passado aos educandos para que se dêem conta da importância de seus
atos e atitudes.
46
Todo esforço no sentido da manipulação do homem para que
simplesmente saiba fazer determinada função, sem reflexão deve ser
combatido, pois saber fazer sem reflexão, sem o resgate de valores e
atitudes sugere a existência de uma realidade sem evolução, o que
significa subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo, inovador,
com direito de transformar o já existente para algo bem melhor, achando
soluções para eventuais problemas e saber tomar decisões frente às
diversas situações que terão que ser enfrentadas no mundo do trabalho.
A sociedade civil organizada fortalece os movimentos sociais que
visam a erradicação da pobreza através do desenvolvimento sustentável e
do combate ao consumismo supérfluo. O compromisso com a soberania, a
sustentabilidade e a democracia integral aponta para a descentralização
da produção que proporciona o crescimento econômico com justiça social
e valorização do bem público. Essa sociedade será construída a partir da
conscientização a respeito dos deveres e direitos dos cidadãos que fazem
parte do universo escolar.
Na perspectiva freiriana a cultura vai significar a transfiguração
expressiva de realidades vividas, conhecidas, reconhecíveis e
identificáveis cujas interpretações podem ser feitas por todos os membros
de uma formação histórica particular. Resgata uma concepção de cultura
no sentido marxista como o resultado do fazer do humano na relação com
a materialidade e a história.
Freire, então, privilegia a herança cultural como determinante na
evolução da compreensão de mundo. Pela herança cultural e pela
experiência adquirida através da linguagem os indivíduos criam, recriam,
integram-se ao seu contexto, respondem aos desafios, transcendem e
dominam sua história e sua cultura. Essa integração faz criar as raízes de
sua identidade. Daí o fato de Freire considerar a massificação cultural
trazida pelo capitalismo internacional como o fator determinante do
processo de desenraizamento cultural, destemporalização, acomodação e
desajustamento de muitos povos e culturas. O conceito de cultura em
Freire tem um forte conteúdo antropológico. Na sua concepção o homem
faz cultura.
47
O mundo enquanto uma dimensão histórico-cultural e, portanto
inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,
igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de
sua própria transformação. O que importa, portanto, à educação é a
problematização do mundo do trabalho, das obras, dos produtos, das
idéias, das convicções, das aspirações, dos mitos, da arte, da ciência,
enfim o mundo da cultura e da história que, resultando das relações ser
humano/mundo, desafia o próprio ser humano a constantemente rever
suas ações sobre a realidade na perspectiva de humanizá-la.
A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e
explicita o papel do sujeito construtor, transformador dessa mesma
realidade. Ela deve nos ajudar a compreender a estrutura da sociedade
em que vivemos e ajudar o crescimento da nossa liberdade para que
sejamos capazes de criar um mundo melhor. A educação é um processo
de educar tanto o educador como o estudante. E tudo isto consiste em
aprender a pensar, e não em ensinar o quê pensar. Quando aprendemos a
pensar, descobrimos que existimos e sentimos nossa individualidade como
algo que pode fazer a diferença no mundo em que vivemos.
A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais,
mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade
de transformação social. Por seu papel como agente de socialização, a
escola, tem como objetivo maior a formação do homem consciente, por
meio de uma educação voltada para o desenvolvimento da autonomia
intelectual, ao fortalecimento do pensamento crítico e ao comportamento
ético. Na medida em que se dá a troca com o professor, visto como um
facilitador da aprendizagem, o aluno analisa seu desempenho, faz as
correções necessárias em termos de conteúdo, mas, sobretudo, nota-se
que cresce o grau de consciência sobre si mesmo.
Conhecimento implica fazer uma experiência e a partir dela ganhar
consciência. O ato de conhecer, deste modo, representa um caminho
privilegiado para a compreensão da realidade. Porém o conhecimento
sozinho não transforma a realidade, transforma a realidade somente a
conversão do conhecimento em ação. Portanto a práxis deve ser
entendida como esse movimento dialético entre a conversão do
48
conhecimento em ação transformadora e conversão da ação
transformadora em conhecimento. Essa conversão não muda apenas a
realidade, mas muda também o sujeito.
As inovações tecnológicas são importantes devido ao fato de
trazerem junto de si outras formas de se ver o mundo, uma outra
mentalidade que se traduzirá em novas formas de organização social.
Diante da facilidade de manipulação de toda informação apoiada na
tecnologia que hoje vivenciamos, é preciso que a escola busque novas
metodologias de trabalho. Entretanto, essas metodologias precisam estar
inseridas no contexto sócio-econômico-político-cultural em que a escola se
situa, para que realmente estejam a serviço da educação. A utilização
pedagógica das novas tecnologias de informação pode auxiliar a relação
cognitiva dos alunos com os objetos do conhecimento e facilitar a
comunicação em sala de aula.
A importância que Vygotsky atribui à dimensão sócio-histórica do
funcionamento psicológico e à interação social na construção do ser
humano é igualmente central em sua concepção sobre o homem e suas
relações com os indivíduos. A interação do sujeito com o mundo se dá
através da mediação feita por outros sujeitos. Para ele, a aprendizagem
está relacionada ao desenvolvimento desde o início da vida humana. O
percurso de desenvolvimento do ser humano é, em parte, definido pelos
processos de maturação do organismo individual. Mas, é a aprendizagem
que possibilita o despertar dos processos internos de desenvolvimento.
A concepção de ensino-aprendizagem de Vygotsky inclui dois
aspectos relevantes: primeiro, a idéia de um processo que envolve, ao
mesmo tempo, quem ensina e quem aprende não se refere
necessariamente a situações em que haja um educador fisicamente
presente. Segundo, quando a aprendizagem é um resultado desejável de
um processo deliberado, explícito, intencional.
Para Vygotsky a escola é o lugar por excelência onde o processo
intencional de ensino-aprendizagem ocorre. Ela é a instituição criada pela
sociedade letrada para transmitir determinados conhecimentos e formas
de ação no mundo, sua finalidade envolve, por definição, processos de
intervenção que conduzem à aprendizagem. Acontece, então, de forma
49
deliberada pela ação clara e voluntária do educador que dirige este
processo com a finalidade de formar o cidadão consciente de seus deveres
e direitos.
A cidadania plena, crítica é aquela que permite ao cidadão sua
autonomia para que ele possa se organizar de modo a conduzir seu
destino. Desta forma ele tornar-se-á um cidadão solidário, participativo na
construção de uma sociedade comprometida com questões de caráter
coletivo. É preciso definir ações educacionais inseridas neste contexto,
pois defendemos a idéia de que a escola não é o lugar para domesticar
ninguém, mas é um espaço especial para a construção da cidadania.
4.1.11 Concepção de Escola de Superação
O Programa Escola de Superação visa implementar ações que
promovam o acesso e a permanência ao ensino público de qualidade,
visando a formação integral dos alunos de modo a compreender a
articulação entre os setores da comunidade escolar, o envolvimento do
coletivo, a mobilização social bem como a articulação entre o Projeto
Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular.
4.1.12 Concepção de PDE – Escola
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE – Escola) se constitui
como ferramenta gerencial que auxilia a escola na realização de seu
trabalho, ou seja, busca focalizar sua energia, assegurar que sua equipe
trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e ajustar sua direção
em resposta a um ambiente em permanente mudança. O PDE – Escola
parte de um esforço disciplinado da escola em produzir decisões e ações
fundamentais que moldam e guiam o que ela é, o que faz e por que assim
o faz, focando sempre o futuro.
A positividade do PDE – Escola reside, além dos recursos
disponibilizado às escolas, também na contribuição para o
desenvolvimento da prática cotidiana do planejamento escolar prática
essa que envolver todos os sujeitos da escola. Aliada à elaboração e
revisão constante do Projeto Político Pedagógico, em muito auxilia a
escola na definição e reorientação de sua atuação ao considerar sua
50
autonomia e especificidades, assim como seus limites, enquanto parte de
um contexto institucional e social mais amplo.
Cabe, portanto, aos seus coletivos a elaboração e execução de seu
Plano de Ações PDE – Escola, para que se fortaleçam seus projetos
próprios, sempre atualizando seu diagnóstico e avaliando coletivamente
suas práticas e processos para que se definam as prioridades que serão
objeto de financiamento deste Programa.
4.1.13 Concepção de Tempo e Espaço na Escola
Para que haja aproveitamento do tempo escolar pelo aluno é
necessário que se exerça uma mediação pedagógica consciente. E, para
que isso seja bem sucedido deve-se respeitar o ritmo, o tempo e as
experiências dos estudantes. O colégio está atento à organização
significativa do trabalho pedagógico de modo a possibilitar o
estabelecimento de relações recíprocas entre vivências, conteúdos e
realidade. Com isso pretende-se conquistar o total aproveitamento do
tempo escolar dos estudantes oferecendo no período de contra turno a
Sala de Recursos aos alunos que apresentam deficiência intelectual e o
Programa Viva Escola, o qual conta com duas atividades de
complementação curricular neste ano letivo de 2010.
4.1.14 Concepção e princípios da Gestão Democrática
A gestão democrática é a ação que rege o funcionamento da Escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e
pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.
Com este raciocínio, DOURADO (1998) afirma que a gestão democrática é
um
... processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do ‘jogo’ democrático e, conseqüentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas. (DOURADO, 1998, p. 79)
51
Os fundamentos da gestão democrática, liberdade, autonomia,
igualdade, qualidade, fortalece e instrumentaliza pais, alunos, funcionários
e professores para consolidar a cultura pública e especificamente o direito
a educação como direito humano. A concepção de gestão incorporando os
princípios democráticos constitui um aprendizado que se processa no nível
das instituições sociais, e que se expressa por suas práticas políticas e
culturais.
Portanto a gestão é responsável por garantir a qualidade da
educação, entendida como “processo de mediação no seio da prática
social global” (SAVIANI, 1980), por se constituir no único mecanismo de
hominização do ser humano e a formação humana de cidadãos. Seus
princípios são os da educação que a gestão assegura serem cumpridos, ou
seja, uma educação comprometida com o domínio dos conteúdos que
habilitem ao mundo do trabalho, comprometida com a sabedoria de viver
junto respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um
mundo mais justo e humano para todos os que nele habitam,
independentemente de raça, cor, credo ou opção de vida.
Os princípios fundamentais desta escola estarão pautados nessa
concepção de gestão democrática e instâncias colegiadas, como base na
construção do processo educativo organizado de forma a desenvolver um
trabalho em equipe, tendo o Diretor como mediador e articulador das
ações, cujo objetivo é saber se organizarem, para explicitarem as
diferenças entre as posturas, clarearem os conflitos e articularem as
ações, de modo que não se perca de vista à riqueza de divergências, para
a proposição de projetos que valorizem a concepção de uma educação
transformadora.
4.1.15 Administração Colegiada
A proposta de administração colegiada se insere no contexto de uma
concepção democrática de administração. Seu pressuposto fundamental é
que a estratégia para a promoção de uma forma qualitativa de tomada de
decisões, no interior da escola e conseqüentemente, na sociedade é o da
participação co-responsável. A participação favorece a experiência
coletiva ao efetivar a socialização de decisões e a divisão de
52
responsabilidades. Ela afasta o perigo das soluções centralizadas e
dogmáticas desprovidas de compromissos com os reais interesses da
comunidade escolar, efetivando-se como processo de co-gestão.
Nesse contexto, instâncias de decisões coletivas que fazem parte da
estrutura de funcionamento da escola como os Colegiados, Conselho
Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais, Mestres e Funcionários,
Grêmio Estudantil e as reuniões pedagógicas de professores ou pais são
fundamentais e merecem toda a atenção do diretor da unidade, que
deverá pautar seu trabalho pelas discussões e pelos encaminhamentos
definidos por elas.
Desta maneira, a administração colegiada se constitui numa
mediação política necessária à formação e à prática pedagógica da escola
de modo a atender aos legítimos interesses das camadas populares. A
administração colegiada, ao se efetivar como prática democrática de
decisões exige uma mudança no papel desempenhado pelo diretor de
escola. Ou seja, o diretor antes de ser um administrador, deve ser um
educador.
A importância da participação coletiva na avaliação da Proposta
Pedagógica, consiste na necessidade de espaços para a reflexão, a
reelaboração de seus rumos, avanços em propostas, ações e perspectivas,
promovendo assim, a contínua melhoria do trabalho e das condições
ambientais e pedagógicas, de modo a criar experiências educacionais
estimulantes e mobilizadoras, que oportunizem à comunidade escolar o
aprendizado e a promoção humana.
4.1.16 Concepção de Formação Continuada
A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se
uma meta das políticas educacionais nos últimos anos. A Lei de Diretrizes
e Bases da Educação 9394/96, ao tratar dos “Profissionais da Educação”
estabelece no art 67 que:
Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos
planos de carreira do magistério público:
I – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
53
II – aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com
licenciamento periódico remunerado para esse fim;
III – piso salarial profissional;
IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na
avaliação do desempenho;
V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído
na carga de trabalho;
VI – condições adequadas de trabalho.
A valorização dos profissionais da educação pública está sendo
garantida pela Secretaria de Estado de Educação através do Programa de
Formação Continuada dos Professores e dos Profissionais da Educação,
cuja meta é a de preparar estes profissionais de modo que possam obter
êxito na prática docente e na democratização do saber.
4.1.17 Concepção de Hora – Atividade
Considerando a importância da formação do professor na
fundamentação de sua prática pedagógica, evidencia-se também a
organização da hora-atividade como espaço de reflexão e crescimento do
profissional.
A Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002, que instituiu os 20% de
hora-atividade, a Superintendente da Educação, considerando a Resolução
nº 305/2004-SEED, regulamentou a distribuição de aulas nos
Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica e
estabeleceu normas para atribuição da hora-atividade.
A hora atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de
docência, para estudos, avaliação e planejamento. A organização da hora
atividade deverá garantir carga horária que permita ao professor a
realização de atividades pedagógicas relacionadas ao exercício da
docência, devendo favorecer o trabalho coletivo dos professores,
priorizando as experiências compartilhadas, tendo em vista o
entrosamento dos professores do mesmo ciclo, a formação de grupos de
professores para o planejamento e desenvolvimento de ações necessárias
ao enfrentamento de problemáticas específicas diagnosticadas no interior
da escola.
54
Envolve também estudos e reflexões a respeito de atividades que
caracterizam a elaboração e implementação de projetos e ações, que
visem a melhoria da qualidade de ensino, propostos por professores,
direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de
alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar. Deverá permitir a
realização de atividades pedagógicas individuais, sem serem separadas do
exercício da docência.
Nesse sentido a escola encaminhará a hora atividade como o mo-
mento de questionar o conteúdo e especificar suas múltiplas dimensões e
faces a serem exploradas, garantindo a interdisciplinaridade através de
questões desafiadoras, que conduzem ao saber elaborado e contribui na
formação de cidadãos críticos e atuantes.
4.1.18 Concepção de Plano de Trabalho Docente
O Plano de Trabalho Docente é parte da Proposta Pedagógica. Ele
articula a concepção de homem, sociedade e educação pressupondo um
trabalho coletivo o qual expressa o compromisso com a socialização do
saber na perspectiva democrática.
4.1.19 Concepção da Reunião Pedagógica
Estabelecer com responsabilidade os espaços de discussões
coletivas dentro do espaço escolar, oportuniza o crescimento e o
enfrentamento de tomadas de decisões coerentes com o objetivo de
traçar metas, trilhando caminhos que enriquecem e fortalecem as
relações dentro da escola. Dentro de uma proposta pedagógica
transformadora, é imprescindível a haver na escola um espaço reservado
às trocas, ao repensar das práticas.
Muitas vezes as reuniões pedagógicas nas escolas são utilizadas
para recados e orientações burocráticas. Percebemos a necessidade de
resgatar os objetivos das reuniões dentro de uma visão dialética e
reflexiva, na qual a equipe pedagógica e o quadro de professores e
funcionários tenham um trabalho integrado e não hierarquizado, tendo
como principal meta a formação continuada dos professores e em
conseqüência qualidade na pratica educativa.
55
4.1.20 Concepção do Conselho de Classe
Outro momento de reflexão privilegiado no ambiente escolar é o
Conselho de Classe, espaço prioritário da discussão pedagógica, composto
principalmente pelos docentes e pela equipe técnico-pedagógica que tra-
balham com determinadas turmas da mesma faixa etária ou mesma esco-
laridade.
Nesse sentido outra característica fundamental do Conselho de Clas-
se é configurar-se como espaço interdisciplinar de estudo e tomada de de-
cisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola e, nesse senti-
do, é um órgão deliberativo sobre:
- objetivos de ensino a serem alcançados;
- uso de metodologias e estratégias de ensino;
- critérios de seleção de conteúdos curriculares;
- projetos coletivos de ensino e atividades;
- formas, critérios e instrumentos de avaliação a serem utilizados;
- formas de acompanhamento dos alunos em seu percurso;
- critérios para a apreciação do desempenho dos alunos;
- formas de relacionamento com a família;
- propostas curriculares alternativas para alunos com dificuldades
específicas;
- adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades
educativas especiais;
- propostas de organização dos estudos complementares.
Um novo Conselho só é possível ser efetivado quando os sujeitos
que o integram apoderam-se, conscientemente dele, colocando-o a servi-
ço de seus propósitos, articulando-o com o Projeto Político Pedagógico co-
mum. Esses momentos precisam ser urgentemente repensados pelas es-
colas como espaços educativos dos professores na construção de uma
proposta para a ampliação de sua expectativa.
4.2 Concepção do Tempo Escolar
A organização do tempo escolar se dá por regime de seriação
anual, considerando período letivo aquele cuja duração mínima não
poderá ser inferior ao previsto nas normas legais e diretrizes dos órgãos
56
competentes. As aulas serão de 50 minutos distribuídos de acordo com
a carga horária e Matriz Curricular proposta pelo Estabelecimento de
Ensino.
4.3 Organização Curricular
A organização curricular utilizada no Ensino Fundamental, Ensino
Médio e Educação de Jovens e Adultos se dá por disciplina. Essa base
disciplinar tem como ênfase os conteúdos científicos, nos saberes
escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular.
4.4 Matriz Curricular
As Matrizes Curriculares para os anos finais do Ensino Fundamental
e para o Ensino Médio preveem 25 (vinte e cinco) horas-aula semanais,
em todos os turnos de atuação. Sendo ministradas diariamente, no diurno,
05 aulas de 50 minutos e, no noturno, 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas
de 45 minutos.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, que compreende de 5ª a 8ª
série, a Base Nacional Comum das Matrizes Curriculares é composta,
obrigatoriamente, pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física,
Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática, em todas as séries,
e da disciplina de Ensino Religioso na 5ª e 6ª série. As disciplinas da Base
Nacional Comum tem carga horária mínima de 02 (duas) horas-aula e
máxima de 04 (quatro) horas-aula semanais, com exceção do Ensino
Religioso. A disciplina de Ensino Religioso é ofertada obrigatoriamente
pelo estabelecimento, com carga horária de 01 (uma) aula semanal, na 5ª
e na 6ª série, com matrícula facultativa para os alunos, em todos os
turnos. Na Parte Diversificada da Matriz Curricular deverá estar
especificada uma Língua Estrangeira, como disciplina obrigatória, definida
pela comunidade escolar, observando-se a disponibilidade de professor
habilitado e as características da comunidade atendida.
No Ensino Médio com organização anual a Base Nacional Comum é
composta pelas seguintes disciplinas: Arte, Biologia, Educação Física,
Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática,
Química e Sociologia. Na Parte Diversificada é composta pela disciplina de
57
Língua Estrangeira Moderna. As disciplinas da Matriz Curricular, definidas
para cada série, tem carga horária mínima de 02 (duas) horas-aula e
máxima de 04 (quatro) horas-aula semanais. As disciplinas de Filosofia e
Sociologia são ofertadas no mínimo em 02 (duas) séries em 2010. A
disciplina de Educação Física é ofertada em todas as séries. A distribuição
do número de aulas para cada disciplina na Matriz Curricular obedece o
princípio de equidade, uma vez que não há fundamento legal ou científico
que sustente o privilégio de uma disciplina sobre a outra, o que se
deduz da leitura das Diretrizes Curriculares Estaduais. Na Matriz Curricular
do Ensino Médio organizada está especificada uma Língua Estrangeira,
como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar,
observando-se a disponibilidade de professor habilitado e as
características da comunidade atendida. As especificidades sociais,
culturais, econômicas no âmbito regional e no âmbito local, em
atendimento ao artigo 26 da Lei 9.394/96, são tratadas como conteúdos
curriculares nas disciplinas da Matriz Curricular. A história e cultura afro-
brasileira, africana e dos povos indígenas brasileiros, são tratadas como
conteúdos curriculares da Matriz Curricular.
As matrizes curriculares deste estabelecimento de ensino
encontram-se em anexo no final deste documento.
4.5 Resolução CP Nº 1 de 17/06/2004
A partir da Resolução CP nº 1 de 17/06/2004 que institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico – Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro – Brasileira e Africana e da Lei
Complementar Nº 11.645 de 10 de março de 2008 que inclui no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena” os conteúdos referentes à história e cultura
afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âm-
bito de todo o currículo escolar de acordo com as referidas leis.
Esses temas serão abordados na organização dos conteúdos con-
templando a divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas
e valores, na preparação dos cidadãos para uma vida de fraternidade e
partilha entre todos contradizendo assim o preconceito e a discriminação.
58
Destaca-se, também, o ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira e Indí-
gena”, cujo objetivo é o reconhecimento e a valorização da identidade,
história e cultura dos afro-brasileiros e indígenas, bem como o reconheci-
mento e igualdade de valorização das raízes africanas e indígenas da na-
ção brasileira, ao lado das européias e asiáticas.
4.6 Lei Nº 13.381/2001
Institui a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos
da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino,
objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do
potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado.
O estabelecimento de ensino oferta o estudo dos conteúdos de
História do Paraná inserido nas disciplinas de História e de Geografia. Para
a aprendizagem dos conteúdos curriculares a escola oferece atividades
por diversas abordagens metodológicas, promovendo a incorporação dos
elementos formadores da cidadania paranaense, com o estudo das
comunidades, municípios e regiões do Estado.
4.7 Lei Nº 11.788/2008
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estágio não-
obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à
carga horária regular e obrigatória. O estágio não cria vínculo
empregatício de qualquer natureza.
As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a
seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e
privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico
apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos
públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação. O local
de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes,
59
organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração. A
jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a
instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu
representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser
compatível com as atividades escolares.
4.8 Ensino de Filosofia e de Sociologia
A escola é uma instituição na qual são desenvolvidas as atitudes
ligadas ao pensamento, de forma que o indivíduo possa se situar no
espaço e no tempo em que vive, de maneira qualitativa para si e para o
grupo que o cerca. As disciplinas de filosofia e sociologia no ensino médio
apresentam-se como fundamentos na construção da cidadania dos
indivíduos, visando empreender prazerosamente o hábito de pensar,
refletir e dialogar coletivamente.
A sociologia faz um esforço coletivo de reflexão que busca
promover o bem-estar social e individual. A filosofia oferece ao ser
humano o exercício do diálogo, da investigação, do pensar. Ambas
favorecem o desenvolvimento da cidadania, da tolerância, da coesão e
do desenvolvimento social, tornando o cidadão jovem um potencial
agente transformador da sociedade.
4.9 Concepção de Ações Didático – Pedagógicas
As atividades escolares a serem desenvolvidas durante o tempo
escolar contemplam a participação no Projeto Estudantil Festival de Arte
da Rede Estudantil (FERA) e no Projeto Educação Com Ciência, que se
configuram como atividades integradoras de grande expressão
educacional, mobilizam os estudantes e propiciam o enriquecimento na
formação dos alunos e professores e o aprimoramento da expressão de
sua criatividade, bem como oferece aos estudantes a oportunidade de
divulgação de trabalhos de natureza científica e tecnológica, incentivando
a curiosidade e a pesquisa.
A participação nos Jogos Colegiais permite uma ligação entre a
prática esportiva e a educação, que é mais rica que comumente se pensa,
e por esse motivo busca-se a união de esforços de modo a formar uma
60
equipe que visa o estreitamento de laços de colaboração, de solidariedade
e de confiança mútua. Diante do exposto demonstra-se a importância da
prática esportiva como instrumento de educação e mostra que o sucesso
no esporte assim como no estudo exige dedicação constante e devido a
isso comprova o quanto o esporte praticado na escola possibilita um
aprendizado inestimável.
O programa pré-vestibular público Eureka que tem como objetivo
auxiliar os alunos em sua preparação para concursos vestibulares, bem
como para os exames do Ensino Médio será disponibilizado pelo
Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação
através de apostilas, contendo aulas do Ensino Médio. As aulas
transpostas para as apostilas articulam-se com as aulas gravadas e
veiculadas pela TV Paulo Freire. Desta forma, integrando linguagem
escrita e linguagem televisiva, o material impresso visa fornecer aos
nossos estudantes o aprofundamento de conteúdos disciplinares,
consistindo em um importante apoio para que eles se preparem para os
exames do Ensino Médio e para os concursos vestibulares.
4.10 Concepção de Complementação Curricular
Através da Resolução nº 3683/08 - SEED que Institui,
progressivamente, educação de tempo integral nas escolas da Rede
Pública Estadual, a partir da oferta de Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico e
compreendendo quatro núcleos de conhecimento: Expressivo-Corporal,
Científico-Cultural, Apoio à Aprendizagem e Integração Comunidade e
Escola serão desenvolvidas atividades Pedagógicas de Complementação
Curricular assumidas pelo Programa “Viva Escola” através da Instrução nº
010/2009.
Essa complementação curricular se dará a partir de atividades
relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar, previsto na
Proposta Pedagógica Curricular da escola, que implica uma seleção de
atividades organizadas em núcleos de conhecimentos, que venham ao
encontro do Projeto Político-Pedagógico.
61
4.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos
Enfatizando ainda o respeito na seleção de conteúdos, a escola
estará contribuindo para uma formação consciente de seus educandos,
onde a função do professor é o de articulador dos
conteúdos/métodos/avaliação e mediador das relações professor/aluno.
Nesta seleção estão previstas abordagens sobre os temas dos Desafios
Educacionais Contemporâneos através da articulação entre vários dos
seus aspectos: a cidadania e educação fiscal, educação ambiental,
enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso indevido de
drogas, história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, história do
Paraná, entre outros.
4.12 Concepção de Diversidade
Na busca pela universalização da alfabetização aos jovens, adultos e
idosos paranaenses não alfabetizados conta-se com o Programa Paraná
Alfabetizado que oferece perspectiva da superação do analfabetismo,
garantindo o acesso à leitura e à escrita como direito à educação básica e
como instrumentos de cidadania, tendo como princípios o respeito à sua
diversidade sociocultural e suas expressões de educação e cultura
popular.
Este trabalho se estende em relação a Educação do Campo,
Relações Étnicos – Raciais e Afro Descendência, Gênero e Diversidade
Sexual prevendo o respeito a todos os sujeitos sociais que historicamente
integram nossa sociedade.
4.13 Concepção Curricular/de Currículo
O currículo é uma produção social, construído por pessoas que
vivem em determinados contextos históricos e sociais a partir do que está
sendo vivido, pensado e realizado pelas escolas. Essa produção,
necessariamente, deve se dar coletivamente num fazer e pensar
articulado resultante da troca e da reflexão sobre experiências e
conhecimentos acumulados.
Essa concepção de currículo, que sendo resultado de uma produção
social, construído por pessoas que vivem em determinados contextos
62
históricos e sociais, deve levar a um enfrentamento dos problemas
encontrados na prática social. Para que isso se efetive a montagem do
currículo é norteada a partir da discussão das seguintes concepções:
a) relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da
educação;
b) estabelecimento de relações entre concepções de homem,
sociedade, mundo, educação, escola, conhecimento, tecnologia, ensino,
aprendizagem, cidadania e avaliação, entre outros;
c) respeito à identidade cultural do aluno, na perspectiva da
diversidade cultural;
d) articulação desses saberes das áreas de conhecimento, o aluno,
do contexto histórico-social e a função de mediação do professor;
e) relação professor-aluno;
f) desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule
conteúdos e a dinâmica de um processo educativo que empregue recursos
didático-pedagógicos, facilitadores da aprendizagem;
g) intervenção constante do professor no processo ensino-
aprendizagem;
h) relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica
de sua prática em sala de aula;
i) interdisciplinaridade e contextualização.
Visto dessa forma, o currículo deixa de ser um instrumento
institucional de ordenação dos conteúdos e se converte em uma
ferramenta do trabalho docente. Algo que o professor percebe como
sendo fundamental em seu trabalho, algo sobre o qual ele intervém,
modela, aperfeiçoa e transforma. Também se deve ressaltar que o
currículo desempenha importante papel na formação humana.
Assim o currículo pode ser descrito como um projeto educacional
planejado e desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das
experiências das quais se deseja que as novas gerações participem, a fim
de socializá-las e capacitá-las para exercer sua cidadania com
responsabilidade e democracia.
A construção curricular coletiva requer o compromisso ético de
organização do trabalho em sala de aula, por intermédio do debate, da
63
seleção de conteúdos que são considerados necessários a essas novas
gerações, ordenados em campo de saberes. Os saberes escolares são uma
seleção de cultura expressada neste currículo que define o que deve ser
ensinado, define as metodologias, estratégias e avaliação.
Diante das dificuldades que ainda se encontra para selecionar e
organizar conteúdos escolares diferentes dos modelos tradicionais, a
escola através do Projeto Político Pedagógico traça suas metas discutidas
colegiadamente, e busca a ousadia da ressignificação dos conteúdos a
serem trabalhados com seus educandos, buscando através de um estudo
profundo do contexto sócio-cultural de sua clientela, levantar dados que
permitam a relevância na escolha dos conteúdos à serem desenvolvidos
durante o ano letivo.
Contribuir para essa formação, e buscar conhecimentos
coletivamente, é garantir subsídios para um trabalho interdisciplinar e
contextualizado. Contextualizar é uma estratégia fundamental para a
construção de significações, é garantir o entrelaçamento dos conteúdos a
um processo mais amplo e significativo que permite a apropriação do
conhecimento relacionado à herança cultural, científica e espiritual de
uma nação, grupo ou comunidade. É, portanto, inesgotável a quantidade
de contextos que podem ser utilizados para ajudar os educandos a dar
significado ao conhecimento.
Nesse sentido, as interações cotidianas que ocorrem nas salas de
aula, tanto no conjunto de estudantes entre si, como com o corpo
docente, assim como recursos disponíveis e/ou utilizados, vão criando ao
todo um conjunto de rituais, rotinas e linguagens que contribuem
decisivamente para a definição e legitimação do que é considerado saber
autêntico, aceitável.
E, para possibilitar condições para a continuidade da escolarização
aos egressos alfabetizados desenvolvendo ação conjunta com a
Secretarias Estadual de Educação tem-se a oferta da EJA - Fase II do
Ensino Fundamental, que garante aos moradores do bairro o acesso ao
conhecimento, às demais políticas, benefícios e serviços sociais públicos,
propiciando a superação das diversas situações de exclusão em que se
encontra a população que ainda não concluiu seus estudos.
64
Assim, a escola fundamentará seu trabalho coletivo no sentido de
preparar os educandos para o futuro, para aceitar responsabilidades,
tomar decisões morais e políticas, que precisam estar fundamentadas em
juízos pautados na razão, ser fruto de um processo de reflexão crítica no
qual seja considerado o maior número possível de informações e
perspectivas, ou seja, o ensino voltado para a formação e integração do
educando, como membro solidário e democrático de e para uma
sociedade similar.
Uma meta desse alcance requer, conseqüentemente, que recursos e
experiências de ensino e aprendizagem, que dia-a-dia caracterizam a vida
nas salas de aula, formas de avaliação e de modelos organizativos,
promovam a construção dos conhecimentos, habilidades, atitudes,
valores, normas necessárias para ser bom cidadão e cidadã.
Dessa forma a finalidade dessa escola é a constante busca de
aprimoramento de sua prática educativa no dia-a-dia, buscando
colegiadamente definir suas ações, utilizando todos os meios e recursos
para efetivar uma educação de qualidade. Realizando a organização de
suas ações, pautada no princípio da qualidade, desenvolvendo e definindo
coletivamente os grupos de formação continuada, voltados para o
enriquecimento dos trabalhos efetivados nessa instituição educativa.
4.14 Concepção de Avaliação
Considerando a avaliação como um ato dinâmico que qualifica e
oferece subsídios às ações dos educadores, deve favorecer o
desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos. A avaliação deve ser
vista como um processo de análise da prática constituindo-se fonte de
intervenção num fazer e pensar articulado do educador, para que este
possa identificar elementos norteadores que servirão de referência para a
construção da escola democrática que promove o exercício da cidadania.
A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental, Médio e
Educação de Jovens e Adultos deverá ser entendida como um dos
aspectos do ensino, pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da
aprendizagem, de seu trabalho, com a finalidade de acompanhar e
65
aperfeiçoar o processo da aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor, pois desta forma dará
condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao
aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.
A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao
estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com
adequação dos conteúdos e métodos de ensino, possibilitando, assim,
novas alternativas para o planejamento do estabelecimento de ensino
como um todo. Incidindo sobre o desempenho do aluno em diferentes
situações de aprendizagem, a avaliação do aproveitamento escolar deverá
utilizar técnicas e instrumentos diversificados bem como procedimentos
que assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos
conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
Deverão preponderar na avaliação do aproveitamento escolar, os
aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a
interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á
relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Para
que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, será contínua,
permanente e cumulativa.
Obedecendo à ordenação e à seqüência do ensino e da
aprendizagem, bem como à orientação do currículo, a avaliação
considerará os resultados obtidos durante o período letivo, num processo
contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a
totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.
Deverão ser assegurados, nas decisões sobre o processo de avaliação, a
individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários.
A avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, dando
preponderância aos aspectos qualitativos da aprendizagem realizada
cooperativamente, visando determinar até que nível os objetivos ou
programação curricular, previamente estabelecidos, foram ou deixaram de
ser alcançados pelos alunos. O Estabelecimento utilizará como
procedimentos do processo avaliativo: avaliações orais e escritas,
66
atividades individuais ou em grupos, relatórios, entrevistas, apresentação
de trabalhos, debates, pesquisas e outros recursos que o professor achar
necessário.
A avaliação se traduzirá num trabalho cooperativo entre direção,
equipe técnico-pedagógica, corpo docente e a família, integrada na
diagnose dos problemas que interferem no processo ensino
aprendizagem, para dar-lhes solução adequada. A avaliação será realizada
durante todo o processo educacional, verificando sempre os conteúdos
necessários e fundamentais para a aprendizagem do aluno, dando
subsídios ao professor para emitir julgamento e atribuir ao aluno, ao final
de cada bimestre, a nota relativa ao rendimento escolar.
Os dados obtidos a partir dos resultados da avaliação servirão como
base para reformular e aperfeiçoar o ensino, através do qual possibilitará
o encaminhamento a ser dado às dificuldades de aprendizagem que se
realizem ações com o intuito de ajudar os alunos a superarem as
dificuldades. De acordo com o levantamento dos dados adotar-se-á
procedimentos de recuperação, aceleração, monitoria, recuperação
paralela, sala de apoio, sala de recursos, encaminhamento dos alunos com
dificuldades de aprendizagem, e outros conforme a necessidade
apresentada.
4.15 Planos de Avaliação
4.15.1 Adaptação Curricular
As adaptações curriculares de grande porte são respostas
educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a
favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam
necessidades educacionais especiais:
- quanto o acesso ao Currículo;
- a participação integral, efetiva e bem-sucedida em uma
programação escolar tão comum quanto possível.
Compreendendo ações que são da competência e atribuição das
instâncias político-administrativas superiores, já que exigem modificações
que envolvem ações de natureza política, administrativa, financeira,
burocrática, são elas:
67
- adaptações de Acesso ao Currículo;
- a criação de condições físicas, ambientais e materiais para o
aluno,em sua unidade escolar;
- a adaptação do ambiente físico escolar;
- a aquisição do mobiliário específico necessário;
- a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos;
- a adaptação de materiais de uso comum em sala de aula;
- a capacitação continuada dos professores e demais profissionais
da educação;
- a efetivação de ações que garantam a inter-disciplinaridade e a
transsetorialidade.
As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte compreendem
modificações menores, de competência específica do professor
constituindo-se em pequenos ajustes nas ações planejadas a serem
desenvolvidas no contexto da sala de aula.
As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte são
modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir
e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam
necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola
regular, juntamente com seus parceiros.
São denominadas de Pequeno Porte porque sua implementação
encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do
professor, não exigindo autorização, nem dependendo de ação de
qualquer outra instância superior, nas áreas política, administrativa, e/ou
técnica. As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte podem ser
implementadas em várias áreas e momentos da atuação do professor na
promoção do acesso ao currículo.
Nos objetivos de ensino referem a ajustes que o professor pode
fazer nos objetivos pedagógicos constantes de seu plano de ensino
de forma a adequá-los às características e condições do aluno com
necessidades educacionais especiais. O professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso essa seja a forma de atender
às suas necessidades educacionais. Assim, o professor pode investir mais
tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na busca
68
de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos
necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise do
conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do
referido objetivo para o seu desenvolvimento e a aprendizagem
significativa do aluno.
No conteúdo ensinado, podem ser priorizados os tipos de conteúdos,
as áreas ou unidades de conteúdos, a reformulação da sequência de
conteúdos, ou ainda, a eliminação de conteúdos secundários,
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais.
No método de ensino, deve-se adaptá-lo de modo que este atenda
às necessidades de cada aluno sendo na realidade, um procedimento
fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino
não ocorrerá, de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um
tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as estratégias
que melhor respondam às características e às necessidades peculiares a
cada aluno.
Uma outra adaptação no método de ensino é a modificação do nível
de complexidade das atividades. Nem todos os alunos conseguem
apreender um determinado conteúdo se ele não lhe for apresentado passo
a passo, mesmo que o tamanho dos passos precise ser diferente de um
aluno para outro. Assim, o professor tanto pode precisar eliminar
componentes da cadeia que constitui a atividade, como dar nova
seqüência à tarefa, dividindo a cadeia em passos menores, com menor
dificuldade entre um e outro.
Outra categoria de adaptação no método de ensino encontra-se
representada pela adaptação de materiais utilizados. São vários os
recursos e materiais que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou
temporária. O professor poderá também ter de fazer modificações na
seleção de materiais que havia inicialmente previsto em função dos
resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do aluno.
O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre de estar atrelado ao
processo de aprendizagem do aluno.
69
No processo de avaliação, outra categoria de ajuste que pode se
mostrar necessária para atender a necessidades educacionais especiais
de alunos é a adaptação do processo de avaliação, seja por meio da
modificação de técnicas, como dos instrumentos utilizados. Alguns
exemplos desses ajustes: utilizar diferentes procedimentos de avaliação,
adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos
alunos.
Na temporalidade o último tipo de adaptação que se sugere é a
adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, tanto
aumentando, como diminuindo o tempo previsto para o trato de
determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode
organizar o tempo das atividades propostas, levando-se em conta o tipo
de deficiência.
4.15.2 Dependência
Ao aluno reprovado em até 02 (duas) disciplinas ou área de
conhecimento da série terá sua matrícula realizada sob o regime de
progressão parcial, ou seja, lhe será permitido cursar o período
subsequente simultaneamente às disciplinas ou áreas nas quais reprovou
ficando em Dependência nestas disciplinas.
Fica vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com
dependência no Ensino Fundamental. A expedição de documentação
comprobatória de conclusão de curso, só se dará após o atendimento
integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo
do curso.
4.15.3 Progressão Parcial
O regime de progressão parcial exige para aprovação, a frequência
prevista em lei e/ou aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.
Será estabelecido um plano especial de estudo registrado em relatório que
deverá integrar a pasta individual do aluno que for matriculado em regime
de Progressão Parcial. O plano especial de estudo deverá ser elaborado
pelo respectivo professor da disciplina juntamente com a equipe
70
pedagógica, bem como todo acompanhamento necessário para que seja
realizado com êxito.
4.15.4 Recuperação
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem pela qual o
aluno, com aproveitamento insuficiente, no seu desenvolvimento contínuo
dispõe de condições que lhes possibilitem a apreensão de conteúdos
básicos. A recuperação de estudos, encaminhamento de caráter
pedagógico, destinada a alunos de aproveitamento escolar insuficiente,
será ofertada obrigatoriamente por este estabelecimento, de forma
concomitante, contínua e progressiva durante o período letivo, visando
melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao
processo de ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos
possibilitando a apreensão dos conteúdos básicos. O processo de
recuperação será desenvolvido paralelamente às atividades regulares do
aluno, à medida que forem constatadas dificuldades ou falhas na
aprendizagem, mediante o acompanhamento contínuo do aluno,
oportunizando-lhe reforço para atingir os objetivos propostos;
O aluno com aproveitamento insuficiente, ficará submetido à
realização das atividades indicadas e acompanhadas pelo professor da
disciplina. Depois de cumpridas as propostas de estudos de recuperação,
o aluno poderá ser submetido à avaliação específica a critério do
professor. Na Recuperação de Estudos, o professor deverá considerar a
aprendizagem do aluno no decorrer do processo e para aferição do
bimestre, entre a nota da Avaliação e da Recuperação, prevalecerá
sempre a maior.
4.15.5 Classificação
A classificação é o procedimento que o estabelecimento adota
segundo critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível
com a idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou
informais. A classificação pode ser realizada por promoção, para alunos
que cursaram com aproveitamento a série anterior na própria escola, por
71
transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou
do exterior considerando a classificação da escola de origem, ou
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita
pela escola que destina o grau de desenvolvimento e experiência do
candidato e permita sua inserção na série adequada a sua idade.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem,
exigindo as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos
dos alunos, do colégio e dos profissionais:
I - organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da
escola para efetivar o processo;
II - proceder à avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
III - comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste o respectivo consentimento;
IV - arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos
utilizados;
V - registrar resultados no histórico escolar do aluno.
O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação,
terá seu controle de frequência computado a partir da data efetiva de sua
matrícula.
4.15.6 Reclassificação
A reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de
desenvolvimento, experiência do aluno matriculado, levando em conta as
normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos
compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do
que registra o seu histórico escolar. No entanto, estão vedadas a
classificação e/ou reclassificação para série inferior a anteriormente
cursada.
4.15.7 Procedimento de Informação aos Pais
Os resultados finais serão comunicados aos alunos e/ou
responsáveis através de boletins, podendo ser requerida a revisão dos
72
resultados finais no prazo de 72 horas, a partir da divulgação dos
resultados.
73
V – MARCO OPERACIONAL
5.1 Linhas de ação do colégio
5.1.1 Administrativas e pedagógicas
Na busca pela qualidade do ensino surge a necessidade de uma
gestão responsável e democrática com ênfase na organização escolar
colegiada em que se estimule e valorize o talento de cada membro da
equipe por meio do incentivo a participação em cursos, concursos e
outros. Ao assegurar oportunidades de qualificação profissional, técnica e
política aos professores e funcionários se estabelece a base de um
processo de construção e reconstrução permanente.
Ao manter a gestão democrática, participativa e transparente
assegura-se o auxílio a todos os profissionais da educação um ambiente
escolar limpo, acolhedor, agradável e seguro. Também se pretende
incentivar e divulgar ações pedagógicas inovadoras que demonstrem o
comprometimento com a educação transformadora.
O estabelecimento de mecanismos de superação dos fatores
excludentes e discriminatórios presentes no ambiente escolar acontecerá
a partir da disseminação de ideais de equidade, de justiça social e
solidariedade através da abertura da escola à comunidade. Desta forma
pretende-se apoiar projetos que atendam necessidades sociais e
educacionais propiciando a igualdade de oportunidades e inclusão social
incentivando, assim, o respeito à diversidade sociocultural do sujeito e da
sua comunidade.
A instituição de vínculos entre alunos, professores, direção e demais
elementos da instituição se dará através da ênfase nos aspectos do
comportamento humano e no estabelecimento da confiança e do respeito
mútuo. Fica evidente, então, a importância da colaboração entre os
membros da comunidade escolar para a realização do processo educativo
e construção de novos conhecimentos e práticas libertadoras.
5.1.2 Escola de Superação
A disponibilização do Grupo de Estudos Escola de Superação pela
SEED possibilita a oferta do mesmo pelo estabelecimento de ensino de
modo a garantir e a envolver o coletivo na implementação das ações que
74
visem superar os problemas encontrados no colégio e desta forma se
ofereça uma educação de qualidade.
5.1.3 PDE – Escola
A partir da mobilização do coletivo na elaboração e execução dos
instrumentos o colégio atualizará seu diagnóstico bem como avaliará
coletivamente suas práticas e processos, para, então, com base nas
fragilidades evidenciadas, se definam as prioridades que são objeto de
financiamento deste Programa.
5.1.4 Hora atividade, reuniões pedagógicas e conselhos de classe
Durante a hora atividade desenvolve-se uma prática de colaboração
através de discussão e organização de ações para alunos que encontram
dificuldades de aprendizagem, divulgação de referencial bibliográfico
atualizado, estudo sobre assuntos pedagógicos e das áreas do saber.
A hora atividade se distribui de acordo com a carga horária do corpo
docente. Sendo a carga horária do professor 20 horas/aula semanais, ele
terá direito a 04 horas/aula disponíveis para desempenhar atividades de
planejamento de aula, preparação de materiais, pesquisa e estudos de
textos encaminhados pela SEED e outros, efetuar correções, registrar o
conhecimento que os alunos adquiriram, garantindo o diagnóstico da
situação, de forma a organizar melhor seu trabalho em garantia da
qualidade do ensino/aprendizagem.
O trabalho desenvolvido pelo professor na hora atividade conta com
o apoio da equipe pedagógica do estabelecimento, contribuindo para o
entrosamento entre os professores, favorecendo a troca de experiências
que enriquecem o trabalho em sala de aula. Desenvolve-se, portanto,
neste horário, estudo de textos específicos da área e outros, para
aperfeiçoamento da sua prática educativa e garantia da
interdisciplinaridade.
As Reuniões Pedagógicas para prestar esclarecimentos, decidir
tomada de decisões, possíveis mudanças e redirecionamento da prática
entre outros, são efetuadas em horário e dias extras ao calendário escolar,
visando o cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei.
75
O Conselho de Classe tem por função verificar o andamento do
processo de aprendizagem dos alunos, a organização dos conteúdos, o
encaminhamento metodológico e o processo de avaliação pelo qual estes
estejam passando. Sendo realizado bimestralmente tem como objetivo
propiciar um momento para se discutir, intervir e mediar assuntos
relacionados à vida escolar dos educandos, de modo a promover a
avaliação, análise e reorganização da prática pedagógica.
5.1.5 Recuperação de estudos e progressão parcial
As ações a serem desenvolvidas no processo de recuperação de
estudos acontecerão paralelamente às atividades regulares do aluno,
conforme forem verificadas dificuldades ou falhas na aprendizagem,
mediante o acompanhamento contínuo do aluno, oportunizando-lhe
reforço para atingir os objetivos propostos.
Para que conteúdos sejam recuperados, os professores deverão
utilizar técnicas e estratégias pedagógicas adequadas às dificuldades de
aprendizagem demonstradas pelos alunos, assumindo várias formas
como: estudo dirigido, pesquisas, atividades individuais e em grupo,
debates, relatórios, jogos didáticos, dramatização e elaboração de painéis
ou cartazes.
A escola oferta, também, a Sala de Recursos para alunos que
apresentam deficiência intelectual, visando a melhoria do aproveitamento
escolar e aperfeiçoamento do currículo, a qual funciona em período
contrário ao que o aluno estuda.
A reprova do aluno em até 02 (duas) disciplinas ou área de
conhecimento da série não impedirá sua matrícula no período
subsequente, pois simultaneamente lhe será permitido cursar as
disciplinas ou áreas nas quais reprovou devido ao que regulamenta o
regime de progressão parcial. Porém o regime de progressão parcial exige
para aprovação, a frequência prevista em lei e/ou aproveitamento
determinado pelo Regimento Escolar.
Será estabelecido um plano especial de estudo registrado em
relatório que integrará a pasta individual do aluno. O plano especial de
estudo deverá ser elaborado pelo respectivo professor da disciplina
76
juntamente com a equipe pedagógica, bem como todo acompanhamento
indispensável para que seja realizado com êxito.
Fica proibida a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com
dependência no Ensino Fundamental. A expedição de documentação de
conclusão de curso, só se dará após o atendimento integral do currículo
pleno e da respectiva carga horária, observados os mínimos exigidos por
lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.
5.1.6 Ações envolvendo outras instituições
Sempre que possível o colégio realiza atividades em parceria com
outras instituições, através da participação em eventos que contribuem
para o entrosamento e envolvimento da família/comunidade, tais como:
Festa do Folclore, Feira do Conhecimento, Expocia – Festa das Nações,
Atividades Municipais, entre outros.
5.1.7 Avaliação, gerenciamento e otimização dos recursos
financeiros
O Colégio Lucy Requião de Mello e Silva recebe repasse de recursos
financeiros, destinados à manutenção e outras despesas relacionadas com
a atividade educacional, através do Fundo Rotativo. O Fundo Rotativo é
administrado pelo gestor que, a cada liberação, elabora um plano de
aplicação das metas prioritárias. Esse plano de aplicação é, então,
submetido à apreciação da Associação de Pais, Mestre e Funcionários –
APMF ou do Conselho Escolar do estabelecimento de ensino.
5.1.8 Organização interna do colégio
A organização interna é estabelecida a partir de uma administração
centrada nos princípios democráticos, ou seja, um processo de gestão
que, fundamentalmente, encontra-se vinculado aos objetivos pedagógicos,
políticos e culturais da escola. Dessa forma busca-se promover o exercício
de transformação da escola e da sociedade onde a escola educa e forma o
cidadão por suas relações pedagógicas.
A equipe de direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido
de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de
77
Ensino, definidos no Projeto Político Pedagógico. A equipe de direção é
composta pelo Diretor o qual foi designado em ato próprio. Compete ao
diretor:
- cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
- responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato
da posse;
- coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo
Conselho Escolar;
- coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais
da educação;
- implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino,
em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de
ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
- convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
- elaborar os planos de aplicação financeira sob sua
responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em
edital público;
- prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação
do Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
- coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do
Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
- garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e
deste com os órgãos da administração estadual;
- encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações
no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho
Escolar;
- deferir os requerimentos de matrícula;
- elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da
SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao
NRE para homologação;
78
- acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-
aula aos discentes;
- assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos;
- promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas
de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza
pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
- propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de
ensino e abertura ou fechamento de cursos;
- participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
- supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,
quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
- presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
- definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-
administrativa e equipe auxiliar operacional;
- articular processos de integração da escola com a comunidade;
- solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções
emanadas da SEED;
- organizar horário adequado para a realização da Prática
Profissional Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional
de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no
horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga
horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da
SEED, contida no Plano de Curso;
- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de
projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;
- cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de
vigilância sanitária e epidemiológica;
79
- viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino
extracurricular plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro
de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM;
- disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços
e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação
Especial;
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar deste
estabelecimento de ensino.
A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação,
implantação e implementação no estabelecimento de ensino, das
Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no
Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. A equipe
pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.
Compete à equipe pedagógica:
- coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do
Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de
ensino;
- orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, em uma perspectiva democrática;
- participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a
especificidade da educação escolar;
- coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta
pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas
educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
80
- orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente
junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-
aula aos discentes;
- promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo
para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho
pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a
qualidade de ensino para todos;
- participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
- organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos
e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de
reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no
estabelecimento de ensino;
- coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas
de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
- subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos
sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
- organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de
ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo
trabalho pedagógico;
- proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma
a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à
comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os
alunos;
- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu
segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e
reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico
escolar;
81
- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-
pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
- participar da organização pedagógica da biblioteca do
estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de
livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;
- acompanhar as atividades desenvolvidas no Laboratório de
Informática;
- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de
sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
- coordenar o processo democrático de representação docente de
cada turma;
- colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme
orientação da SEED;
- coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior
quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de
ensino;
- promover a construção de estratégias pedagógicas de superação
de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e
progressão parcial, conforme legislação em vigor;
82
- organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as
reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;
- orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro
de Classe;
- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica
dos profissionais do estabelecimento de ensino;
- solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
- coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios
especializados da Educação Especial, se necessário;
- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos
alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações
para o seu desenvolvimento integral;
- acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as
famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
- acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre
que houver necessidade de encaminhamentos;
- orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações
físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
- manter contato com os professores dos serviços e apoios
especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para
intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à
articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino
regular;
- assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas,
quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular
plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
83
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- elaborar seu Plano de Ação;
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar deste
estabelecimento de ensino.
A equipe docente é constituída de professores regentes,
devidamente habilitados. Compete aos docentes:
- participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma
coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;
- elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto
Político-Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- participar do processo de escolha, juntamente com a equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a
apreensão crítica do conhecimento pelo aluno;
- proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos
aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário
escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno;
- proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação,
previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- promover o processo de recuperação concomitante de estudos
para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e
aprendizagem, no decorrer do período letivo;
- participar do processo de avaliação educacional no contexto
escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob
coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação
de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior
84
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação
Especial, se necessário;
- participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e
da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
- participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
- assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e
orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre
outras;
- viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno
na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as
peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
- participar de reuniões e encontros para planejamento e
acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados,
da Sala de Recursos, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo
de intervenção educativa;
- estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura,
pesquisa e criação artística;
- participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na
busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do
processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e
decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
- propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício
consciente da cidadania;
- zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
- cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e
horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
85
- cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a
estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação
da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED;
- manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da
equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino;
- participar do planejamento e da realização das atividades de
articulação da escola com as famílias e a comunidade;
- desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo
para o desenvolvimento do processo educativo;
- dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação
educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como
princípios da prática profissional e educativa;
- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de
projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
- comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando
convocado.
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao
funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de Ensino,
proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais
funções. A equipe administrativa é composta por Secretaria e Serviços
Gerais. A Secretaria é o setor que tem o seu encargo todo o serviço de
escrituração escolar e correspondência do estabelecimento. Os serviços
da secretaria são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a
ela subordinados. O cargo de secretário deverá ser exercido por um
profissional devidamente qualificado para o exercício dessa função,
indicado pelo diretor do Estabelecimento de acordo com as normas da
SEED, em ato específico. Compete ao secretário:
- conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
86
- cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas
emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal
do estabelecimento de ensino;
- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos
demais técnicos administrativos;
- receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
- organizar e manter atualizados a coletânea de legislação,
resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais
documentos;
- efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência e conclusão de curso;
- elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
- encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que
devem ser assinados;
- organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o
inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da
identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade
dos documentos escolares;
- responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação
escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
- manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
- organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da
vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
- atender a comunidade escolar, na área de sua competência,
prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a
organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme
disposições do Regimento Escolar;
- zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e
equipamentos da secretaria;
- orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro
Registro de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento
escolar dos alunos;
87
- cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno
referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento
de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar;
- organizar o livro-ponto de professores e funcionários,
encaminhando ao setor competente a sua freqüência, em formulário
próprio;
- secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as
respectivas Atas;
- conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos
recebidos;
- comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha
ocorrer na secretaria da escola;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou
por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
- organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino
extracurricular (CELEM, Atividades Complementares no Contraturno –
CAICs), quando desta oferta no estabelecimento de ensino;
- manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos
Livros Didáticos;
- fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria
escolar, quando solicitado;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
exercer as específicas da sua função.
88
Aos auxiliares da secretaria compete executar os trabalhos que lhes
forem atribuídos pelo secretário e atender as solicitações, recomendações
e observações feitas com vistas ao aprimoramento do serviço. A escala de
trabalho dos funcionários deverá ser estabelecidas de forma que o
expediente da secretaria conte sempre com a presença de um
responsável, independente da duração do ano letivo, em todos os turnos
de funcionamento do estabelecimento. Compete aos técnicos
administrativos que atuam na secretaria dos estabelecimentos de ensino,
sob a coordenação do(a) secretário(a):
- cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos,
progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida
escolar;
- atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando
informações e orientações;
- cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou
por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
- controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando
informações sobre os mesmos a quem de direito;
- organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os
serviços do seu setor;
- efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual,
Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua
idoneidade;
- organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o
arquivo inativo da escola;
- classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,
registrando a movimentação de expedientes;
- realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e
patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;
89
- coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar,
alimentando e atualizando o sistema informatizado;
- executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar,
indicado pela direção do estabelecimento de ensino:
- cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,
assegurando organização e funcionamento;
- atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o
empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio;
- auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na
proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;
- auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos,
DVDs, entre outros;
- encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir
das necessidades indicadas pelos usuários;
- zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
- registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
- receber, organizar e controlar o material de consumo e
equipamentos da biblioteca;
- manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais,
zelando pela sua manutenção;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou
por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
- auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
90
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar
no laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:
- cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de
Informática, assessorando na sua organização e funcionamento;
- auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de
manuseio de materiais e equipamentos de informática;
- preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e
materiais necessários para a realização de atividades práticas de ensino
no laboratório;
- assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no
laboratório;
- zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou
por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
- receber, organizar e controlar o material de consumo e
equipamentos do laboratório de Informática;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
91
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
aquelas que concernem à especificidade de sua função.
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de
conservação, manutenção, preservação, segurança e da alimentação
escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e supervisionado pela
direção do estabelecimento de ensino. Compete ao auxiliar operacional
que atua na limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de
seus utensílios e instalações:
I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações,
cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;
II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à
direção, com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando
qualquer irregularidade à direção;
IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários
de recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a
segurança dos estudantes, quando solicitado pela direção;
V. atender adequadamente aos alunos com necessidades
educacionais especiais temporárias ou permanentes, que demandam
apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;
VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de
rodas, andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a
acessibilidade e a participação no ambiente escolar;
VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais
quanto a alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades
básicas de higiene e as correspondentes ao uso do banheiro;
VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das
diversas atividades escolares;
IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas
previstas, respeitado o seu período de férias;
X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou
por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional;
92
XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino,
dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar
e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do
estabelecimento de ensino:
- zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios,
cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
- selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando
padrões de qualidade nutricional;
- servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de
higiene e segurança;
- informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade
de reposição do estoque da merenda escolar;
- conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da
merenda escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
- zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do
depósito da merenda escolar;
- receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido
para a cozinha e da merenda escolar;
- cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas
previstas, respeitado o seu período de férias;
- participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou
por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional;
- auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que
se fizer necessário;
93
- respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos
de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
- participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
exercer as específicas da sua função.
5.1.9 Relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos
A importância das relações entre os aspectos administrativos e
pedagógicos é evidenciada a partir do desenvolvimento do espírito
cooperativo dos agentes educativos na busca de se concretizar a
educação de qualidade.
Num processo colegiado assinala-se ainda a ênfase dada ao trabalho
cooperativo e solidário, indispensáveis à vida em sociedade. Se a
administração participativa visa a desenvolver um projeto
educacional único e solidário, então sua essência é a cooperação.
Nessa perspectiva esse processo de administração vincula-se
intrinsecamente ao cumprimento da função social e política da
educação escolar, que é a formação do cidadão participativo,
através da produção e da socialização do saber historicamente
acumulado pela humanidade. (CARDOSO, 1996, p. 35)
É exatamente devido a essa ação participativa que a gestão se
constitui um processo pedagógico em que apresenta um caráter dinâmico,
dialético e que se dá no movimento político-administrativo da escola. A
organização e o funcionamento da escola, as relações e a organização do
trabalho escolar não podem prescindir da competente participação de
todos os envolvidos. A essencialidade da gestão escolar está na relevância
e na pertinência da prática social da educação.
94
A interação dos membros da comunidade escolar favorece a
identificação dos fatores críticos e de sucesso da escola. Conseguir criar
um clima de confiança, para aprender a fazer e receber críticas, sem
reações emocionais intensas, torna forte o crescimento dos componentes
do processo de gestão, possibilitando a identificação dos avanços e
dificuldades, a partir dos princípios que fundamentam a gestão voltada ao
desenvolvimento do ser humano como cidadão.
A gestão participativa permite colaborar no desenvolvimento de
suas competências profissionais, vinculadas à capacidade e disposição de
construir relações e estabelecer um clima de confiança mútua,
compartilhamento da prática de estudo que promova uma mudança
coletiva na maneira de pensar e agir.
É numa relação dialógica que se abre caminho para que as pessoas
desenvolvam vontade, disciplinando o desejo. Abre caminho para a
construção de identidades apoiadas em valores dos quais tem
consciência, sabendo defender de forma flexível, com capacidade de rever
e mudar as ações.
É nesse sentido que as relações se desenvolvem no ambiente
escolar desse estabelecimento, ricas em estímulo, informações. É nesse
ambiente que nos acolhe com respeito e nos permite na troca, no
compartilhar, ampliar nossas percepções, nossa capacidade crítica de tirar
conclusões, participando ativamente da construção de nossa própria
história, junto com nossa equipe, onde coletivamente temos a chance de
nos tornar sujeitos, que se reconhecem e atuam como cidadãos.
5.1.10 Qualificação dos espaços pedagógicos
O Colégio Estadual Lucy Requião de Mello e Silva - EFM, possui dez
salas de aula, que funcionam de acordo com a necessidade das turmas,
formadas mediante as matrículas efetivadas a cada ano letivo.
As instalações físicas e o mobiliário estão organizados de forma a
proporcionar um ambiente agradável, sendo as salas equipadas com
ventiladores, boa iluminação, atendendo as medidas de higiene, tornando
o espaço acolhedor e propício à aprendizagem, sendo que a necessidade
95
de reparos acontecerá de acordo as possibilidades. A distribuição de
turmas é compatível com o espaço físico das salas de aula.
O colégio conta ainda com a TV Pendrive em sete salas de aula e
mais uma que se encontra em rack móvel o que possibilita sua utilização
em diversos dos ambientes escolares.
A biblioteca conta com poucos exemplares para o atendimento aos
educandos e professores, necessitando urgentemente de um acervo
adequado para viabilizar a proposta de ativação da mesma.
O estabelecimento conta com um bom espaço físico, pátio coberto,
espaço gramado descoberto, bem como uma quadra coberta para as
atividades desportivas dos alunos.
A utilização da sala de vídeo é ainda improvisada, sendo utilizada
juntamente com a biblioteca.
O laboratório de informática é utilizado pelos nossos professores e
alunos de modo a garantir que tenham o acesso a mais esta tecnologia na
construção do conhecimento e aperfeiçoamento curricular.
5.1.11 Estratégias do colégio para articular a família e a
comunidade
As estratégias do colégio para articulação e participação da família e
comunidade se processa através de reuniões bimestrais, palestras,
festividades e, de grupo de estudos com os pais de modo que estes
tornem-se sujeitos ativos do cotidiano escolar e partícipes de suas
decisões e orientações.
A própria palavra integração traz consigo a idéia de integrar pessoas
ou grupos através de uma ação/movimento. No caso da educação, este
movimento deve ser realizado por cada educador envolvido, através de
um diálogo permanente, para que todos se sintam parte integrante nesse
processo de construção de uma nova realidade social.
O papel de integração da família é de primordial importância para
favorecer as relações sociais, e é nesse ideal que a escola desenvolve
ações que garantem a participação e envolvimento dos pais e
comunidade, através de: apresentações pelos educandos do colégio,
gincanas, reuniões bimestrais para diálogo com os pais, sobre o
96
desempenho escolar de seus filhos, palestras sobre assuntos instrutivos
aos pais e comunidade, além de outros eventos que possibilitam a
presença dos pais na escola.
A necessidade de efetivar uma participação mais assídua dos pais é
uma necessidade nessa realidade escolar, e as ações a serem
desenvolvidas nesse processo serão mais intensas e voltadas à integração
escola/família/comunidade.
5.1.12 Papel e participação das instâncias colegiadas
A formação política ajuda na gestão democrática através do poder
de envolver os alunos em questionamentos e atividade que contribuem
para o crescimento contínuo da comunidade escolar. Essa participação
política se efetivará através do grêmio estudantil, que se encontra em
processo de formação. Dentre as muitas atividades que o grêmio poderá
realizar, destacam-se:
- integrar os alunos e a comunidade, promovendo eventos culturais
como projeção de filmes, peças teatrais, gincanas, concursos de poesia,
coral, festival de dança, de música, entre outros; campeonatos esportivos
nas diversas modalidades; palestra sobre violência, drogas, sexualidade,
meio ambiente, entre outros; jornal da escola; premiação dos alunos
destaques nas diversas modalidades.
A escolha de representantes de turmas é de suma importância na
prática de cidadania dos educandos. A defesa dos direitos dos alunos
através dessa representação se dará através da participação junto à
direção, equipe pedagógica e professores no conselho escolar. Ação
prevista:
- os representantes de turmas atuarão junto ao Conselho de Classe
para que através de sua participação reflitam criticamente sobre as
questões pedagógicas que fazem parte de seu cotidiano como escolar.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com objetivo de estabelecer o Projeto Político
Pedagógico da escola, critérios relativos a sua ação, organização,
funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da
legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional
97
traçadas pela Secretaria de Estado da Educação. O Conselho Escolar tem
como ação:
- promover a articulação entre os vários segmentos organizados da
sociedade e os setores da escola, a fim de garantir eficiência e qualidade
do seu funcionamento.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a
cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o
processo ensino-aprendizagem na relação professor/aluno e os
procedimentos adequados a cada caso. As ações a serem desenvolvidas
pelo Conselho de Classe serão:
- estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem,
proposta pelo plano curricular;
- acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valores;
- analisar os resultados da aprendizagem na relação com o
desempenho da turma com a organização dos conteúdos e o
encaminhamento metodológico;
- utilizar procedimentos que assegurem a comparação com
parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino evitando a
comparação dos alunos entre si.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de
direito privado, é um órgão de representação dos pais, mestres e
funcionários destes estabelecimentos de ensino, não tendo caráter
partidário, racial nem fins lucrativos, cuja finalidade é a integração entre a
escola, família e a comunidade para o aprimoramento do processo ensino-
aprendizagem, através de aproximação entre os educadores, pais,
funcionários e educandos. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários
deste estabelecimento possui estatuto próprio, onde estão explicitados
sua organização, funcionamento e atribuições dos responsáveis. Dentre as
ações a serem desenvolvidas destacam-se:
- discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração
98
família/escola/comunidade, enviando sugestões em consonância com a
Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e equipe
pedagógica e administrativa;
- prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em
consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
- buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a
realidade dessa comunidade;
- promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários e toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e
culturais e desportivas, ouvido o Conselho Escolar; representar os reais
interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa forma, para a
melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e
universal;
- gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes
forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro
em livro ata;
- colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e
suas instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a
importância desta ação.
5.1.13 Definição das ações relativas à formação continuada
A escola desenvolverá, através da Equipe Pedagógica, o Projeto
Leitura, através do qual serão apresentadas, aos professores, funcionários,
Conselheiros Escolares e Grêmio Estudantil, cópias de textos para
posterior discussão em reuniões e grupos de estudo. A intenção é fazer
com que todos tomem conhecimento dos textos de uma maneira rápida e
agradável, além do que, nas reuniões todos já terão lido os textos em
questão e tido tempo para refletir sobre eles.
O objetivo geral destes estudos é o de buscar apoiar a formação
inicial dos envolvidos bem como o de proporcionar a formação continuada,
tão necessária a todos, apoiando assim o crescimento e valorização
99
profissional através desse programa de estudos. Além disso, pretende-se
esclarecer e auxiliar os professores nas dúvidas referentes aos temas em
questão bem como melhoria da prática educativa mediante associação
entre a teoria e a prática. Ações a serem realizadas:
- diagnóstico da necessidade dos professores em relação ao
conteúdo;
- trabalhos com interdisciplinaridade, leitura, produção e
interpretação de textos;
- avaliação diagnóstica e continuada numa visão emancipadora;
- inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais;
- elaboração e execução de projetos;
- disciplina na escola;
- aprimoramento do relacionamento interpessoal na escola.
Alguns dos temas serão trabalhados através de grupos de estudos,
durante o ano letivo, no próprio estabelecimento, aproveitando a hora-
atividade do professor, e em reuniões pedagógicas, e do momento da
Formação Continuada, previamente agendada no calendário escolar.
Durante esses momentos serão utilizados recursos bibliográficos
referentes aos assuntos e recursos audiovisuais – TV Paulo Freire,
Teleconferências, entre outros. Dos temas relacionados alguns
necessitarão da orientação de profissionais qualificados, por isso, a
parceria com o NRE é fundamental.
Semanalmente acontecerá uma reunião com a Equipe Pedagógica e
Funcionários Administrativos e de Serviços Gerais para leitura de
documentos, estudos e demais assuntos pertinentes a cada área. Esse
momento de discussão terá duração de duas horas e foi devidamente
aprovado pelo Conselho Escolar, com registro em ata que se encontra
arquivada no estabelecimento de ensino.
Além dos grupos de estudos organizados pelo próprio
estabelecimento e solicitação de profissionais especializados, os
professores, funcionários, Conselheiros Escolares e o Grêmio Estudantil
têm à disposição os cursos, simpósios, seminários, oficinas e outros, com
programação de capacitação oferecida pela SEED.
100
5.1.14 Atividades escolares e ações didático-pedagógicas
Desenvolver as atividades escolares em consonância a realidade
sócio-cultural dos educandos é a meta do colégio na realização das ações
pedagógicas que terão enfoques voltados à qualidade de vida e
integração entre família/escola/sociedade.
Nessa perspectiva as ações estarão direcionadas e consensuadas
num trabalho coletivo, participativo que visa a melhoria e acesso de todos
numa educação de qualidade.
Pretende-se desenvolver, durante o ano escolar, atividades que
envolvam a comunidade e que ampliem e enriqueçam a visão de mundo
do aluno tais como:
- palestras que abordem os temas dos Desafios Educacionais
Contemporâneos, projetos educacionais tais como Programa FERA,
Programa Com Ciência, Jogos Colegiais, Programa Viva Escola, Programa
Eureka, Programa Paraná Alfabetizado, visitas a cinemas, empresas,
laboratórios, atividades culturais em que o aluno possa se expressar
através das mais variadas formas, a participação em atividades cívicas,
desportivas e de expressão de solidariedade. Também serão promovidas
atividades que abordem textos e danças relativos a História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena, proporcionando aos educandos conhecimentos
condizentes à sociedade na qual está inserido, promovendo sempre a
valorização dessas culturas, conforme Lei Nº 11.645 de 10 de março de
2008, bem como atividades referentes a Educação Fiscal.
Ressalta-se que a ação de maior destaque é referente ao Projeto
Fica Comigo que se trata de uma mobilização para a inclusão e
valorização da vida. Tendo por objetivo maior garantir que nenhuma
criança fique fora da escola, impede também que os números da evasão
escolar continuem a crescer.
Reunindo agentes e instituições tais como professores, pedagogos,
Direção, Conselho Tutelar, Promotor de Justiça, Juiz da Infância e da
Juventude este projeto visa a busca de soluções para eliminar as
dificuldades enfrentadas por um contingente expressivo de crianças e
jovens e suas famílias para manter em curso regular a sua educação.
101
O Projeto Fica Comigo através de seus objetivos de criar uma rede
de enfrentamento à evasão e exclusão escolar e promover a inserção no
sistema educacional (Rede estadual de Educação Básica do Paraná) das
crianças e dos adolescentes que tenham sido excluídos, por evasão ou por
não ter acesso à escola instrumentaliza os profissionais das escolas neste
sentido.
Para a realização dessas ações o docente deve ter claro o seu papel
de mediador e estar fundamentado na clareza dos objetivos a serem
alcançados. Nesse sentido o docente estabelecerá uma relação mediada
pelo diálogo, pelo respeito às diferenças entre todos os envolvidos,
garantindo assim a participação espontânea do educando, despertando a
curiosidade e a ousadia de arriscar, abrindo caminhos com liberdade para
criar, viver e recriar ações com responsabilidade, construindo juntos um
conhecimento mais real. Ações a serem realizadas:
- promover a conscientização dos pais através de reuniões para
esclarecimentos sobre o Projeto Fica Comigo;
- palestras enfocando temas como: Drogas, Violência, Sexualidade e
outros assuntos pertinentes;
- debates sobre os temas abordados no Projeto Fica Comigo;
Esse trabalho pedagógico quando processado coletivamente permite
uma integração dos conteúdos, o que contribui para uma aprendizagem
mais significativa e global, ou seja, a interdisciplinaridade, que é um
processo coletivo e solidário na organização e realização do trabalho
pedagógico.
5.1.15 Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político
Pedagógico
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito
do Projeto Político Pedagógico, na medida em que é condição para as
decisões significativas a serem tomadas e parte integrante do processo de
sua construção, além de ser compreendida como responsabilidade
coletiva.
O compromisso com a construção da cidadania levou-nos a elaborar
um Projeto Político Pedagógico voltado para a compreensão da realidade
102
social e dos direitos e responsabilidades em relação às atividades
desenvolvidas neste estabelecimento. Os fundamentos e princípios deste
projeto correspondem a metas e a grandes objetivos a serem alcançados.
Assim, tanto os princípios quanto os fundamentos, tomaram o
caráter de instrumentos que nos orientam a elaborar um projeto que
redefine as práticas pedagógicas, propondo o desafio de transformação da
realidade educacional e a tentativa de superação da marcante
desigualdade social e econômica da sociedade brasileira, com sua
conseqüência de exclusão de grande parte da população na participação
de seus direitos e deveres.
Para que a escola seja palco de inovação e investigação e torne-se
autônoma é fundamental a opção por um referencial teórico-metodológico
que permita a construção de sua identidade e exerça o seu direito à
diferença, à singularidade, à transparência, à solidariedade e à
participação. Precisamos reconstruir a utopia e como profissionais da
educação, refletir e questionar profundamente o trabalho pedagógico que
realizamos até hoje em nossas escolas.
O estabelecimento de ensino propõe que a avaliação em suas
atividades ocorra de forma sistemática e contínua. Neste processo, será
acompanhado e avaliado o material didático, o currículo, o sistema de
orientação docente, a infra-estrutura material da escola, a metodologia, a
atuação da equipe pedagógica e administrativa, os resultados dos cursos
ofertados, enfim, toda ação relevante da Instituição Escolar, envolvendo
nas avaliações, avaliados e avaliadores (alunos, professores, funcionários),
para que todos compreendam que é coletivamente que se constroem
ações significativas na escola. Os resultados serão analisados em conjunto
por toda a comunidade escolar.
A periodicidade do acompanhamento e avaliação do Projeto Político
Pedagógico será anual e contará com a participação das Instâncias
Colegiadas como Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF, Grêmio
Estudantil e outros que se fizerem necessários.
103
BIBLIOGRAFIA
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Nacional – LBDEN, 9394/96.
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para uma leitura crítica. Campinas: Papirus, 1999.
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São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1980.
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105
ANEXOS
106
COLEGIO ESTADUAL LUCY REQUIÃO DE MELLO E SILVA – EFM e EJA
CAMBARÁ – PARANÁ
ATA Nº 01/2010
ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Aos vinte dias do mês de julho do ano de dois mil e dez reuniram-se
os membros do Conselho Escolar deste Estabelecimento de Ensino para
apreciação do Projeto Político Pedagógico 2010. Iniciou-se com a
apresentação dos estudos realizados durante a Capacitação
Descentralizada e as reflexões em torno da implementação do Projeto
Político Pedagógico/2010 pela comunidade, alunos, professores e
funcionários deste Estabelecimento de Ensino, salientando a importância
de sua efetivação de forma coletiva visando caminhos e ações de acordo
com a realidade do colégio e atendendo as perspectivas dos envolvidos.
Com a leitura do Projeto Político Pedagógico foi analisado todo o trabalho
impresso e finalizado que obteve a aprovação de todos os presentes. Nada
mais havendo a tratar lavrou-se esta ata que após lida e achada conforme
segue assinada por todos os presentes. Cambará, 20 de julho de 2010.
CARGO NOME ASSINATURA
Presidente/Diretora Silvete Maria Martins Amadei
Representante Suplente da Equipe Pedagógica
Leni Barboza de Oliveira
Representante Titular do Corpo Docente
Maura Regina Uttida Briganti
Representante Titular dos Funcionários Administrativos
Antonio Luiz de Almeida Muchagata
Representante Titular dos Funcionários de Serviços Gerais
Maristela da Silva
Representante Titular do Corpo Discente – APMF
Adriane Lopes de Souza
Representante Titular dos Pais de Alunos
Edivaldo Aparecido da Rosa
Representante Titular do Grêmio Estudantil
Franciele da Silva Alves
Representante Titular dos Movimentos Sociais – PM/instrutor PROERD
Sérgio Fernando Ribeiro
107
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CARGO NOME ASSINATURA
Presidente/Diretora Silvete Maria Martins Amadei
Representante Suplente da Equipe Pedagógica
Leni Barboza de Oliveira
Representante Titular do Corpo Docente
Maura Regina Uttida Briganti
Representante Titular dos Funcionários Administrativos
Antonio Luiz de Almeida Muchagata
Representante Titular dos Funcionários de Serviços Gerais
Maristela da Silva
Representante Titular do Corpo Discente – APMF
Adriane Lopes de Souza
Representante Titular dos Pais de Alunos
Edivaldo Aparecido da Rosa
Representante Titular do Grêmio Estudantil
Franciele da Silva Alves
Representante Titular dos Movimentos Sociais – PM/instrutor PROERD
Sérgio Fernando Ribeiro
Cambará, 20 de julho de 2010.