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Rua Mato Grosso, 9255 – Campo Largo – Pr Email:[email protected] PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO Versão Preliminar

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PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

Versão Preliminar

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SUMÁRIO1. Apresentação.....................................................................................................................................5

2. Identificação Do Estabelecimento de Ensino ....................................................................................8

3. Objetivos Gerais do Projeto Político Pedagógico..............................................................................9

4. Marco Situacional..........................................................................................................................10

4.1.Filosofia e Princípios do Colégio Estadual Professora Edithe......................................................12

4.2. Caracterização do Atendimento....................................................................................................14

4.3. Relação do Corpo Docente ..........................................................................................................15

4.4. Relação do Corpo Técnico-Administrativo....................................................................................16

4.5. Organização do tempo e Uso do Espaço Escolar........................................................................17

4.6. Perfil da comunidade atendida.....................................................................................................17

5. Marco Conceitual ..........................................................................................................................20

5.1. Objetivos Gerais da Educação......................................................................................................20

5.2. Aprendizagem ..............................................................................................................................26

5.3.Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários....................................................28

5.4. Relações de Trabalho na Escola..................................................................................................31

5.4.1 Funções do Diretor ....................................................................................................................31

5.4.2 Funções do Diretor – Auxiliar .....................................................................................................33

5.4.3 Funções do Pedagogo ...............................................................................................................33

5.4.4 Funções do Docente ..................................................................................................................34

5.4.5 Funções da Equipe Auxiliar Operacional ...................................................................................36

5.4.6 Funções da Equipe Técnico-Administrativa ...............................................................................38

5.5. Participação dos Pais na Escola...................................................................................................41

5.6. Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente .............................................................42

5.7. Critérios de Organização e Distribuição de turmas .....................................................................44

5.8. Organização da Hora-Atividade:Problemas e Possibilidades ......................................................44

5.9. A Escola no Atual Contexto Da Realidade Brasileira, Do estado

e do Município.....................................................................................................................................45

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6.0 Concepção de Sociedade .............................................................................................................47

6.1. Concepção de Homem ................................................................................................................49

6.2. Concepção de Sociedade e Mundo .............................................................................................50

6.3. Concepção de Ensino, Conhecimento e Aprendizagem................................... ...........................50

6.4. Concepção de Educação e Escola ..............................................................................................53

6.5. Gestão Democrática ....................................................................................................................54

6.6. Concepção Curricular ..................................................................................................................56

6.7. Princípios Norteadores de Acordo com as Diretrizes

Curriculares Nacionais ........................................................................................................................58

6.8. Educação Inclusiva ......................................................................................................................60

7. Marco Operacional ........................................................................................................................64

7.1. Linhas De Ação /Reorganização do Trabalho Pedagógico...........................................................64

7.2. Instâncias Colegiadas...................................................................................................................67

7.2.1. Conselho Escolar ......................................................................................................................68

7.2.2 Conselho de Classe ...................................................................................................................69

7.2.3. Grêmio Estudantil .....................................................................................................................72

7.2.4. Eleição do Aluno Representante de Turma ..............................................................................72

7.2.5. APM’F.........................................................................................................................................73

7.3.Formação Continuada para Professores e Funcionários ................... .........................................78

7.4 Ações Relativas á Recuperação Paralela......................................................................................79

7.5 Currículo Enquanto Núcleo do Projeto Político Pedagógico ........................................................81

7.6 Calendário Escolar ........................................................................................................................83

7.7 Processos de Avaliação, Classificação, Reclassificação, Promoção........................................... 84

7.7.1 Avaliação ....................................................................................................................................84

7.7.2 Classificação ..............................................................................................................................92

7.7.3 Reclassificação ..........................................................................................................................93

7.7.4 Promoção ...................................................................................................................................93

8. Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico ..................................................................94

9. Ensino Fundamental .......................................................................................................................95

9.1. Organização Curricular.................................................................................................................98

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9.1.1 Matriz Curricular Ensino Fundamental .......................................................................................99

9.1.2 Arte ...........................................................................................................................................100

9.1.3 Ciências ...................................................................................................................................112

9.1.4 Educação Física ......................................................................................................................121

9.1.5 Ensino Religioso ......................................................................................................................130

9.1.6 Geografia .................................................................................................................................136

9.1.7 História .....................................................................................................................................149

9.1.8 Língua Portuguesa ..................................................................................................................158

9.1.9 Matemática ..............................................................................................................................171

9.1.10 LEM – Inglês ..........................................................................................................................188

10. Ensino Médio ....................................................................................................................... ......195

10.1 Matriz Curricular do Ensino Médio ........................................................................................... 199

10.1.1 Arte .........................................................................................................................................200

10.1.2 Biologia ..................................................................................................................................210

10.1.3 Educação Física ....................................................................................................................227

10.1.4 Filosofia .................................................................................................................................238

10.1.5 Física ................................................................................................................................... 247

10.1.6 Geografia ...............................................................................................................................259

10.1.7 História ...................................................................................................................................273

10.1.8 Língua Portuguesa .................................................................................................................290

10.1.9 Matemática ............................................................................................................................299

10.1.10 Química ................................................................................................................................310

10.1.11 Sociologia .............................................................................................................................317

10.1.12 LEM – Inglês ........................................................................................................................325

10.1.13 LEM – Espanhol ...................................................................................................................333

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1. APRESENTAÇÃO

“ A vida é viola desafinada, que não afina nunca.São doze cordas e quando se afina uma,

sempre outra surge dasafinada.E viver é tirar a harmonia possível de uma viola

sempre desafinável ou desafinada “

(De um velho mineiro de bagagem iletrada)

Como a viola, o trabalho da escola e na escola, não ocorre de forma estável, inerte e

fixa. Há planejamentos, organização de pressupostos, metas e estratégias, cujo processo de

construção não ocorre na mesma ordem nem é realizado pela mesma lógica com que é formalizado.

A escola é um espaço para desenvolver a integração, onde entra-se em contato com

uma série de conhecimentos, que possibilitam a visão mais ampla do mundo e a compreensão da

ação humana de forma social e histórica, produzindo não só o mundo dos bens materiais, mas

também o próprio modo de ser do ser humano.

Assim, todo o trabalho desenvolvido pela escola, deve ser entendido como fator de

construção do ser humano, que pela ação coletiva, modifica o mundo externo, conforme suas

necessidades e ao mesmo tempo, constrói-se a si mesmo.

O ser humano age, reflete, adquire um novo entendimento, volta á ação, ação esta que obriga

a uma nova reflexão. Ação – reflexão – ação, fazem parte do nosso dia- a –dia, sendo necessário

Ter coragem de ousar e dar continuidade responsável ao projeto individual e coletivo de

transformação da sociedade.

O Projeto Político-Pedagógico é um espaço de construção de propostas inovadoras, criando e

definindo políticas de uma educação transformadora e de gestão democrática.

Conforme o artigo 12, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei

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9394/96, “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Assim também,

respectivamente, os artigos 13 e 14, inciso I trazem que os docentes incumbir-se-ão de participar da

elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento a que pertencem e que os sistemas de

ensino deverão garantir essa participação.

Entretanto, a elaboração da proposta pedagógica da escola deve contar a participação de

todas as instâncias da comunidade escolar (professores, diretor, pedagogos, funcionários, alunos,

pais e comunidade) procurando ampliar o debate político acerca das práticas sociais e culturais,

desmascarando relações autoritárias, assegurando possibilidades democráticas de socialização do

saber, visando a qualidade da aprendizagem para todos, visto ser esta uma condição necessária ao

exercício da cidadania.

No decorrer do processo de construção do Projeto Político-Pedagógico são considerados

momentos interligados e permeados pela avaliação: o da concepção, o da análise e o da execução.

Para isso é necessário o reconhecimento da história do estabelecimento e a relevância de sua

contribuição para, através de uma autocrítica, buscar novas formas de organização do trabalho

pedagógico, reduzindo a fragmentação o individualismo e o controle hierárquico.

Desse modo, por intermédio da participação coletiva, a construção do Projeto Político-

Pedagógico irá revelar e explicitar as reflexões acerca das dimensões políticas, filosóficas,

sociológicas, antropológicas, psicológicas e pedagógicas da educação, visando a compreensão das

contradições, limites e possibilidades de seu colegiado, sob forma de registro documental.

O Projeto Político-Pedagógico revelará ainda, a dinâmica do processo de construção coletiva

evidenciando o referencial teórico em três atos distintos, porém interdependentes:

a) Marco Situacional - que explicita problemas e necessidades diante do mundo com o levantamento

de dados sobre a escola e a realidade do país, do estado, do município. A análise dos dados –

diagnóstico - evidencia os problemas, os conflitos e contradições presentes na realidade social da

escola.

b) Marco Conceitual – utopia - Análise das políticas públicas e suas contradições sobre a

organização dos saberes necessários à emancipação social, política, cultural e econômica dos

educandos e, ainda, explicitação da filosofia, dos objetivos, dos princípios norteadores e dos fins

educativos da escola.

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c) Marco Operacional – grandes linhas de ação - Apresenta as ações comprometidas com a

transformação da realidade educacional e social, formação continuada, educação, qualificação dos

espaços, dos equipamentos e da gestão democrática.

Diante disso, por se tratar de um momento de síntese, integração, organização e construção,

a elaboração do Projeto Político-Pedagógico propicia instrumentos para um trabalho coletivo em

busca de soluções aos problemas enfrentados pela instituição escolar.

Fica claro, portanto, ao elaborar e executar sua proposta pedagógica por intermédio do

Projeto Político-Pedagógico, que a escola estará repensando, reorganizando, e provendo um futuro

diferente do presente, eliminando a competitividade, o corporativismo e o autoritarismo que ainda

possam existir na instituição de ensino, para que esta possa partir em busca de uma educação de

qualidade.

Este Projeto Político Pedagógico será um instrumento aberto e flexível a serviço desta

formação, a partir de superações de limitações metodológicas e operacionais, empreendendo um

esforço conjunto entre todos os indivíduos da Escola.

O homem se encontra em um processo progressivo de adaptação e criação com o

meio. Ele vive na busca de superação constante, em direção a novas e complexas estruturas. O

meio também é um sistema vivo, capaz de adaptação e evolução, pois na medida em que o

indivíduo recria o mundo, desenvolve sua inteligência, afetividade e sociabilidade.

Para que tudo isso ocorra, é preciso buscar práticas pedagógicas que valorizem tanto

as atitudes individuais quanto coletivas, lembrando que o processo de interação e de cooperação

entre os alunos é fundamental para a conquista da autonomia e da socialização.

A educação é um processo contínuo de interação do indivíduo com o meio, ou seja,

deve ser compreendida como uma instância capaz de desenvolver em seus alunos o progresso

intelectual, material e cultural, que contribuam para a transformação social desejada.

Nesta preocupação está a base do trabalho educativo escolar. Educar o homem para

enfrentar o dia - a- dia, compreendendo a realidade natural e social, para que possa Ter condições

de exercer sua cidadania, apropriando-se do conhecimento científico e, por consequência

desenvolvendo habilidades e potencialidades capazes de satisfazer seus interesses pessoais e de

classe.

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2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Estabelecimento: Colégio Estadual Professora Edithe

Ensino Fundamental e Médio

Código do estabelecimento:1252

Email: [email protected]

Entidade Mantenedora: SEED/PR – Secretaria De Educação do

Estado do Paraná

Endereço: Rua Mato Grosso, n° 9255

Distrito de Ferraria

Município Campo Largo – Paraná

Telefone:3649-2468

Fax: 3649-3443

Núcleo Regional de Ensino: Área Metropolitana Sul

Diretor: Neyde Boaron Aleixo

Diretor auxiliar: Adriane Gawlak

Adriana Aparecida Sikora

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3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente,

o que fazemos para mudar o que somos...

EDUARDO GALEANO

Este documento tem como finalidade apresentar o Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, com base nos aspectos legais da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Como forma de organização do trabalho do

Colégio, fundamenta- se nos princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita.

A educação na legislação brasileira é concebida como um direito fundamental, universal,

inalienável e um instrumento de formação ampla na luta pelos direitos da cidadania e pela

emancipação social. Nessa perspectiva, a educação deve comprometer-se com a formação integral

do ser humano, alcançando todas as dimensões de sua relação com a sociedade.

Nesse processo de construção coletiva, são explicitadas propostas para uma escola cidadã,

autônoma e participativa que só se completa com o desenvolvimento de um Projeto Político-

Pedagógico capaz de aglutinar os esforços em busca de melhores resultados para os alunos,

configurando-se como um instrumento de trabalho que mostra o que será feito, quando, de que

maneira e por quem, para chegar aos resultados desejados.Desse modo, esse projeto a ser

construído pelo Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, irá explicitar sua

filosofia e harmonizar as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo-lhe

autonomia e definindo-lhe o compromisso com a clientela escolar, valorizando-a e chamando à

responsabilidade os agentes escolares com as racionalidades internas externas.Concebido como

práxis, o projeto não deverá ver a prática em um sentido puramente utilitário, esvaziada dos

ingredientes teóricos. Ao contrário, a prática será vista como o ponto de partida para a produção de

novos conhecimentos, uma vez que a teoria isoladamente não gera transformações, não produz

realidades inovadoras, porque se concretiza por meio da prática que a substancia.

O Projeto Político-Pedagógico da escola procurará garantir a equidade na oferta de serviços

educacionais; como também sensibilizar todos que fazem parte da instituição para que colaborem de

forma efetiva com o processo de levantamento da situação escolar, realizando um diagnóstico que

fundamentará as ações da escola para que esta atinja o padrão de qualidade exigido.

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4. MARCO SITUACIONAL

Segundo informações recebidas da Secretaria de Estado da Educação, através da

Fundepar, a Escola iniciou suas atividades em 1895. Não havendo nenhuma documentação da

época (Resolução ou Decreto) que oficialize o início das atividades escolares; não se pode, portanto,

precisar a data real do início de funcionamento.

Em 1973, a escola foi reorganizada, através do Decreto 3030 de 12 de janeiro de 1973,

sendo criada a Casa Escolar de Ferraria. Em 14 de maio de 1973, pela Resolução n° 973/73 do

Secretário de Negócios da Educação e Cultura passou a chamar-se “Casa Escolar Pe. Natal Pigatto”

tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná, era portanto uma escola

estadual que atendia alunos de 1ª a 4ª série primária.

No ano de 1978, iniciou o ensino de 5ª série do primeiro grau, com amparo legal da Lei

Municipal n° 406/78 de 31 de maio de 1978, sendo que a implantação das séries seguintes foi

gradativa até 1981. Pelo parecer 085/80 de 07 de junho de 1980, foi aprovado o plano de

implantação de 5ª a 8ª séries do primeiro grau, sendo criado o Ginásio de Ferraria, tendo como

entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de Campo Largo. Funcionava portanto, duas escolas

no mesmo prédio.

A Casa Escolar Pe. Natal Pigatto (1ª a 4ª séries) atendia seus alunos no período da

manhã e o Ginásio de Ferraria, atendia seus alunos (5ª a 8ª séries) no período da tarde.

Em 23 de dezembro de 1982 o Governo do Estado, altera o nome da Casa Escolar Pe.

Natal Pigatto, passando a denominar-se “Escola Estadual Pe. Natal Pigatto – Ensino de 1º grau”.

Em 30 de dezembro de 1981, pela Resolução 3252/81, foi autorizado o

funcionamento da Escola Ferraria – Ensino de 1ºgrau.

No ano de 1984, a Escola Estadual Pe. Natal Pigatto – Ensino de 1º grau passou a

funcionar do Pré escolar a 4ª série.

Em 29 de novembro de 1983, pela Resolução 4021/83, fica reconhecido o curso de 1º

grau Regular da Escola Municipal Ferraria – Ensino de 1º grau.

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Em 29 de janeiro de 1991, pelo Decreto Municipal n° 009/91, a Escola Estadual Pe.

Natal Pigatto – Ensino de 1° grau, foi municipalizada. Foi criada assim a Escola Municipal Pe. Natal

Pigatto – Ensino Pré Escolar e Primeiro Grau atendendo alunos do Pré Escolar a 8ª série do

primeiro grau.

Dado o exposto, percebe-se que a Escola Municipal Pe. Natal Pigatto – EPEPG, é fruto

da unificação da Escola Estadual Pe. Natal Pigatto com a Escola Municipal Ferraria.

Em 29 de janeiro de 1998, pela Resolução n° 258/98 o ensino de 5ª a 8ª séries da

Escola Municipal Pe. Natal Pigatto, ficou a cargo do Governo do Estado do Paraná, passando a

denominar- se Escola Estadual Professora Edithe – Ensino de Primeiro Grau, e com a implantação

de ensino médio em 1999, hoje denomina- se Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino

Fundamental e Médio.

Em fevereiro do ano 2004 é inaugurada a nova unidade Escolar: Colégio Estadual

Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, localizado à Rua Mato Grosso, 9255, Fone/Fax

– 3649-3443, CEP 83.608.800, no Distrito de Ferraria no Município de Campo Largo, Estado do

Paraná

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4.1 Filosofia e Princípios

A escola prima por uma educação integral, que contribua para a aprendizagem de caráter

geral, visando à formação de pessoas aptas a assimilar mudanças, sendo cidadãos participativos na

era do conhecimento digitalizado, com mais autonomia em suas escolhas e mais solidariedade,

acolhendo e respeitando as diferenças, numa tentativa de superar a segmentação social. Portanto, a

atividade educacional é constituída não apenas de conteúdos, mas de formas ou estruturas que

possibilitem o pensar. Com isso, uma sala de aula assim entendida é ativa, no sentido da

experiência anterior, da fala e da possibilidade de ensaio, simular, cometendo tantos erros quantos

forem necessários para produzir cada acerto. Consequentemente entendemos que o

desenvolvimento do conhecimento deve ser concebido como um processo em evolução, em que

cada etapa desse processo possibilite a produção de novas transformações numa sucessão

temporal, sem fim e sem começo absoluto. Na medida em que a escola realiza o processo ensino -

aprendizagem numa ótica de utilidade futura, ela obstrui o próprio processo, inviabilizando o sentido

do aprender, perdendo, com isso, a sua motivação. Para tanto, o aprendizado deve contribuir não só

para o conhecimento técnico, mas também para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para

a interpretação de fatos naturais, para a compreensão de procedimentos e equipamentos do

cotidiano social e profissional, articulando uma visão do mundo natural e social. Por isso, deve

propiciar a construção do entendimento dinâmico da nossa vivência material, de convívio harmônico

com o mundo da informação, utilizando da Internet, de entendimento histórico da vida social e

produtiva, de percepção evolutiva da vida, do planeta e do cosmos, enfim, um aprendizado com

caráter prático e crítico e uma participação no encanto da cultura científica, substância primordial da

aventura humana.

Alguns princípios norteiam a escola democrática, pública e gratuita, tais como Igualdade de

condições para acesso e permanência na escola, sabe- se que cada aluno é um ser único, tanto de

natureza sócio - econômica, cultural e de cor, porém todos têm capacidade de aprender, e o direito

de ter um ensino de qualidade, buscando extinguir a exclusão social, reprovação, discriminações.

Qualidade de ensino a todos, enfatizando os instrumentos, métodos e as técnicas, voltado para fins,

valores e conteúdos.

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Gestão Democrática abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira isso,

consagrado na Constituição. Incluem a ampla participação dos representantes da comunidade

escolar nas decisões, ações administrativo- pedagógicas nela desenvolvidas. Conta- se com um

Conselho Escolar sendo este um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o

objetivo de estabelecer o Projeto Político pedagógico do colégio com critérios relativos à sua função,

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor

e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Lei do Sistema Estadual de

Ensino. Conta- se também com a APMF a qual é um órgão de representação dos pais, mestres e

funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e

nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. Tem- se o Conselho

de Classe, este por sua vez, é um órgão de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didáticos- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino tendo por

objetivo avaliar o processo ensino – aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos

adequados a cada caso.

Liberdade e Autonomia fazem parte da própria natureza do ato pedagógico, também é um

princípio consagrado na Constituição. É algo que se experimenta, individual e coletivamente, e que

envolve uma articulação de limites e possibilidades, é uma experiência que se constrói na vivência

coletiva e individual, e que envolve uma articulação de limites e possibilidades. Temos a autonomia

administrativa, que gerencia e deve estar a serviço do pedagógico; a pedagógica que deve ter

liberdade para elaboração do PPP; financeira na qual a escola deve ter total autonomia para

elaborar seu orçamento e jurídica que obedece a normas e regulamentos do aluno e do professor

tomando cuidado para não se tornar burocrática. É necessário que haja uma valorização

profissional, pois a formação continuada é um direito

de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão

funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também

propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as

escolas e seus projetos. Assim, a formação continuada dos profissionais da escola, compromissada

com a construção do projeto político- pedagógico, não deve limitar- se aos conteúdos curriculares,

mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.

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4.2 Caracterização do atendimento

Neste ano letivo de 2010,o Colégio Estadual Professora Edithe possui 1200 alunos matriculados

e distribuídos em 37 turmas nos períodos da manhã, tarde ou noite e cursando o ensino fundamental

e médio.

4.3 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE

ACINIR SIKORA LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

ACLISSON RIBEIRO DAMASCENA LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

ADEMILSON LEANDRO GATO LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA

ADILSON COSTA DUARTE LICENCIATURA PLENA - L.PORTUGUESA

ADRIANA DO CARMO STANICHESKI LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS

ADRIANA MARTINS DIAS BATISTA LICENCIATURA PLENA -HISTÓRIA

ALESSANDRA MARA DOS SANTOS LICENCIATURA PLENA - ARTE

ALEXSANDRA DOMBEKET LICENCIATURA PLENA - QUIMICA

ANA CAROLINA LOYOLA DA ROCHA LICENCIATURA PLENA - ED.FISICA

ANDREA BOCOIS LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

BRUNO DE SOUZA NOGUEIRA LICENCIATURA PLENA - BIOLOGIA

DAMARIS PEREIRA DE SOUZA LICENCIATURA PLENA - ARTE

DIRCEU LUIZ FEDALTO LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

DRIELE GOBETTI DA SILVA LICENCIATURA PLENA - QUIMICA

ENARUCI DURSKI LICENCIATURA PLENA - ED.FISICA

EVERALDO SANTANA LOBO NETO LICENCIATURA PLENA - L.PORTUGUESA

EVERTON COSTA LICENCIATURA PLENA – ED.FISICA

FLAVIA CRISTINA FIOR LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA

GISELE GUEDES DE LIMA LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

GISELLE DA SILVA LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS

IBERE GOMES CORREA LICENCIATURA PLENA - FILOSSOFIA

IVO DAUFENBACH LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA

JULIO CEZAR MARQUES DA SILVA NÃO LICENCIADO – L.PORTUGUESA

JURACI FIALKOSKI NÃO LICENCIADO - ARTE

KARINA CORREIA MORAIS LICENCIATURA PLENA - QUIMICA

KESIA MARTINS DE SOUZA LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

LUCIA CZELUSNIAK LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

LUCIANE CZELUSNIAK OBRZUT LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

MARILETE BISCOUTO ALEIXO LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

MARILICE MAZON TIGRINHO LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

MARISA MARIA DE SOUZA MAFRA LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS

NELSON WADISKO HAYDUKI LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

OLIVIA ISFER SOBANIA LICENCIATURA PLENA - BIOLOGIA

PATRICIA MARIA GONCALVES LICENCIATURA PLENA – ED.FISICA

RAFAEL MAURICIO HAUER LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

REJANE RODRIGUES LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA

RENY KERN LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA

ROBERTO MENDES LICENCIATURA PLENA - FISICA

RONALDO DE CASTRO LICENCIATURA PLENA – ED.FISICA

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RONNIE PETTER PEREIRA ZANATTA LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS

ROSANA SABIN LICENCIATURA PLENA - GEOGREAFIA

SABRINA SORIANO DA CRUZ LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA

SAMUEL ANTONIO DA SILVA LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

SEBASTIAO DONIZETE SANTAROSA LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA

SELMA GORETE DE OLIVEIRA NÃO LICENCIADO - ARTE

SIDNEYS FIDELIS LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA

SILVIO APARECIDO FARIAS CORREA LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA

SIMONE DE OLIVEIRA CHRISTONI LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA

SUELI CATARINA SEGURO LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA

TATIANA LUCIANA FALVO DOS SANTOS LICENCIATURA PLENA - ARTE

TELMA VIEIRA CAMARGO LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS

TIAGO BONATO LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

VERA LUCIA BEIRA BERCHIOR LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA

VERA LUCIA CZUY LICENCIATURA PLENA - BIOLOGIA

ZULEIKA FRANZEN LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA

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4.4 RELAÇÃO DO CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

ADRIANA APARECIDA SIKORA................................... DIRETOR AUXILIAR

ADRIANE GAWLAK.....................................................DIRETOR AUXILIAR

ANA ROSILDA MOREIRA.............................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

ARIADNE TWIGG LIMA DO NASCIMENTO....................EQUIPE PEDAGOGICA

CLAUDETE DO ROCIO LUNARDON..............................EQUIPE PEDAGOGICA

CRISTIAN EDUARDO GORSKI DA LUZ..........................SECRETARIO/ESCOLA

CRISTIANE DA SILVA LIMA...........................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

ELIZABETH SEGURO....................................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

ELZA MARIA DE TOLEDO BISPO DE JESUS …..............CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

FRANCIO FERRAZ SANTOS …......................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

IVONETE MARIA GORSKI..............................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

JAQUELINE TERESINHA SANDRI ROSSATO....................EQUIPE PEDAGOGICA

JOANITA RAMOS ROGACHESKI....................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

LEANDRO DA LUZ........................................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

LORIAN DE PAULA..................................................... CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

LOURDES LORENA DOS SANTOS.............................. CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

MARIA APARECIDA GOMES DE PAULA........................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

MARIA DE FATIMA PORTELLA LUNARDON ….................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

MARIA HELENA PEDRO SANTOS CORDEIRO...............CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

NERLI APARECIDA SOBKOWIAK FRANCO..................... EQUIPE PEDAGOGICA

NEYDE BOARON ALEIXO …...........................................DIRETOR

PAULA BEATRIZ DE OLIVEIRA.......................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

ROSELENE CALUCIUC DA SILVA..................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

ROSELIS VANESSA HORNIG..........................................EQUIPE PEDAGOGICA

SILVIA REGINA FERREIRA DE OLIVEIRA …................. CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

SONIA REGINA ALVES ….............................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

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4.5 Organização do Tempo e uso do Espaço Escolar:

A organização do tempo do conhecimento escolar é marcada pela segmentação do dia letivo, e o

currículo é consequentemente, organizado em períodos fixos de tempo para as disciplinas

supostamente separadas.

O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O

calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as

férias, aos períodos em que o ano se divide os feriados cívicos e religiosos,Conselhos de classe, os

períodos para reuniões pedagógicas, semana cultural e esportiva,etc.

O horário fixa o número de horas por semana, que vária em razão das disciplinas constantes da

grade curricular. Estipula, também, o mínimo de aulas por professor.

O estabelecimento de ensino funciona nos turnos da manhã, tarde e noite.

Manhã = 7:30 ás 11:50 horas

Tarde = 12:50 ás 17:20 horas

Noite = 18:30 ás 22:30 horas

Cada turma , tanto do ensino fundamental quanto médio, possuem 05 (cinco) aulas diárias

com 50 minutos de duração, com intervalo de 15 minutos para lanche.(recreio)

4.6 PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA, NÍVEL SÓCIO- ECONÔMICO E CULTURAL DOS PAIS

O Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, ocupa terreno que mede

6.000 m² e possui área construída com 14 salas de aula, secretaria, 2 salas para atendimento com

a Equipe Pedagógica, sala de professores,sala de multi- meios, biblioteca, sala de merenda,

cozinha, refeitório, 2 banheiros femininos, 2 banheiros masculinos, 2 banheiros e elevador para

portadores de necessidades especiais, ginásio de esportes coberto, laboratório de biologia, física e

química, laboratório de informática.

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O Colégio Estadual Professora Edithe encontra- se, atualmente com 1200 alunos distribuídos

entre Ensino Fundamental (séries finais) e Ensino Médio.

Os usuários deste Estabelecimento são oriundos da mais diversas culturas e descendências,

o que leva o estabelecimento de ensino a possuir uma diversidade cultural tão visível.

Também apresenta moradores das várias vilas da região e segundo dados coletados

percebeu- ,se que pertencem a uma classe social baixa, pois 50% têm uma renda de até três

salários mínimos, 25% recebem até um salário mínimo, 5% não possuem renda fixa e 15%

encontram-se desempregados.

No tocante à escolaridade dos pais obtivemos os seguintes resultados: 50% possuem ensino

fundamental incompleto, 25% o ensino fundamental completo, 10% ensino médio completo, 4%

ensino superior e 1% são analfabetos.

Quanto as mães 65% possuem ensino fundamental incompleto, 15% ensino fundamental

completo, 10% ensino médio completo, 4% ensino superior, 1% são analfabetos e 5% pós

graduadas.

Os pais ou responsáveis doa alunos são das mais diversas profissões como: pintor, pedreiro,

vendedor, metalúrgico, agricultor, encanador, eletricista, funcionário público, vigia, cozinheiro, babá,

cabeleireiro, aposentado, zelador, empregada doméstica, promotor de vendas, balconista, operador

de caixa, frentista, auxiliar de confeiteiro, autônomo, entre outros.

Quanto ao sistema conjugal pôde- se perceber que 60% dos pais são casados, 20%

separados, 10% divorciados, 5% estão no segundo casamento, 3% são viúvos e 2% não informaram

tal situação.

Com as exposições acima referentes ao cotidiano escolar deste Estabelecimento de Ensino

elencamos alguns tópicos que devem ser levados em consideração:

- Dificuldade de relacionamento interpessoal;

- Alunos sem estimulo familiar para frequentar o colégio e levá- lo a sério.

- Dificuldade de adaptação no ambiente escolar, onde terá que seguir certas diretrizes.

Dessa forma, este Projeto Político Pedagógico busca atender de forma eficiente às peculiaridades

de nossos educandos e comunidade escolar, a fim de estimular nos alunos deste estabelecimento

de Ensino:

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- A capacidade de iniciativa, criatividade, decisão e cooperação, ser dinâmico, comunicativo,

responsável e crítico;

- Espírito de pesquisa, saber entender os avanços sociais, científicos, e tecnológicos, com

disposição para o trabalho em equipe;

- Capacidade de ser líder socializado com o conhecimento;

- Desenvolver a expressão verbal e corporal, evitando atitudes inadequadas;

- Compromisso com a cidadania.

Tendo em vista a clientela citada acima o Colégio prima por uma convivência amigável, através do

diálogo, envolvendo escola e família, pautando em princípios e atitudes saudáveis, repudiando toda

discriminação baseada em diferentes raças, etnias, classe social, crença religiosa, sexo e outras

características individuais ou sociais, valorizando o convívio pacífico e criativo em sua diversidade

cultural.

A Equipe Técnico- Pedagógica, em específico os (as) pedagogos (as) buscando minimizar os

problemas disciplinares, bem como as dificuldades no ensino-aprendizagem e também de

relacionamento desenvolvem uma relação entre pais, educando e escola, identificando uma aliança

de envolvimento e compromisso educacional, para que o mesmo possa desenvolver suas

habilidades, através de vivências que facilitem sua maturidade, objetivando torná- los cidadãos

conscientes e críticos.

Nesta perspectiva realizam- se os seguintes trabalhos:

- Reuniões pedagógicas;

- Atendimento individual, através de encaminhamento ou espontaneamente, para orientação pessoal

em caso existencial, social, recuperação de estudos, motivação, etc;

- Entrevistas para auto- conhecimento;

- Atendimento coletivo em sala de aula, com temáticas de acordo com a necessidade do momento e

também de preservação, tais como: saúde, sexualidade, motivação, trânsito, meio ambiente, etc;

- Construção de regras básicas para melhor convivência;

- Atendimento de orientação em casos ocasionais e oportunos de toda natureza, levando o

educando a refletir sobre seus atos;

- Incentivo aos professores à realização de dinâmica de grupo em sala de aula que resulta relação

social, cidadania e perspectiva de futuro;

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Na orientação com os adolescentes, para que os mesmos se situem dentro da sua

problemática e encontre saídas e superação com segurança, temos como princípios básicos:

- compreensão, tolerância, apoio e simpatia, bem como ser enérgicos e positivos, quando

necessário;

- apresentar sugestões, esclarecimentos, razões, ponderações, para que o mesmo tome suas

decisões, por si, com liberdade;

- nas decisões, deixá- los participar para que se sintam co- responsáveis;

- fazer com que eles mesmos se critiquem, em vez de serem criticados, quando seus sentimentos

parecem exagerados;

- dialogar, mostrando as possibilidades de concessões, mas que eles possam rever a sua posição,

buscando o melhor caminho para se chegar ao bom senso;

- conceder aos alunos liberdade e responsabilidade;

- proporcionar atividades culturais e recreativas, dentre outras;

Traçando o perfil de nossa comunidade escolar ,percebe- se que

definitivamente são esses os que necessariamente precisam estar na Escola, e não somente estar,

como também nela se apropriarem do conhecimento historicamente construído ,para exigir e lutar

por condições de plena cidadania, sendo capazes de transformar esta sociedade na qual estão

inseridos.

5. MARCO CONCEITUAL

5.1 Objetivos gerais da Educação

"Não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio"

(Paulo Freire)

Paulo Freire entendia que a principal função da educação é seu caráter libertador. Para ele,

ensinar seria, fundamentalmente, educar para a liberdade, a “educação para o homem- sujeito”

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(1981, pág. 36). Compreendia a educação, não como condicionamento social, mas voltada para a

liberdade e a autonomia. “Todas as palavras de uso possível para expressarmos o propósito da

educação: ensino, instrução, criação, disciplina, aquisição de conhecimento, aprendizagem forçada

de maneiras ou moralidade - todas elas se reduzem a dois processos complementares que podemos

descrever com propriedade como “crescimento individual” e “iniciação social” (Read, 1986, pág. 18).

Ensino não é repasse de informações, mas criação de patrimônio pessoal. “Vamos entender

como transmissão e apropriação do legado cultural da humanidade os conhecimentos que foram

construídos ao longo do tempo e que foram dando configuração à compreensão do mundo e a sua

transformação. Isso significa a possibilidade de acesso de todos os seres humanos a todos os tipos

de conhecimento, assim como às diversas metodologias de abordagem dessa realidade. Oferecer

conhecimentos não significa somente transmitir e possibilitar a assimilação dos resultados da

ciência, mas também transmitir e possibilitar a assimilação dos recursos metodológicos utilizados na

produção dos conhecimentos. Às jovens gerações não interessa apenas apropriar-se dos resultados

dos entendimentos já estabelecidos pela humanidade. Interessa a elas também apropriar-se da

forma de abordagem dessa realidade, para que adquiram um instrumento cognitivo que permita o

aprofundamento dos conhecimentos existentes e a construção de novos entendimentos da

realidade” (Luckesi, 1993, pág. 84).

Ensino não é adestramento, mas incentivo à autonomia pessoal. (Duarte Jr., 1985, pág.

23).Ensinar não é informar, é formar. “Dentro dessa perspectiva, o educando não deve ser

considerado, pura e simplesmente, como massa a ser informada, mas sim como sujeito, capaz de

construir-se a si mesmo, através da atividade, desenvolvendo seus sentidos, entendimentos,

inteligência etc.” (Luckesi, 1993, pág. 118). Ensino não é adestramento, não é treinamento, nem

repasse de fórmulas. Ensinar é, antes de tudo, mobilizar as forças internas do aluno de forma a que

ele possa exercer o seu inteiro potencial.

Aprender significa envolver memória pessoal e coletiva. A memória, tanto de nossa história

pessoal Quanto da história coletiva, é fonte riquíssima de dados significativos, mobiliza a mente e a

alma. Ensino não é reprodução da realidade existente, mas ferramenta para sua transformação

sustentável. “Compreende uma atitude onde não existe ‘distância entre intenção e gesto’, segundo o

verso de Chico Buarque e Ruy Guerra.

Em nossa atual civilização, consciência crítica significa uma capacidade de escolha, uma

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capacidade crítica para não apenas se submeter à imposição de valores e sentidos, mas para

selecioná- los e recriá-los segundo nossa situação existencial” (Duarte JR., 1985, pág. 73). Essa

transformação da realidade, no entanto, deve- se fazer de forma sustentável, respeitando a herança

das gerações anteriores, a identidade e os valores coletivos. Desenvolvendo esse raciocínio, se

educar é fomentar a liberdade pessoal, então deve ser, também, criar uma identidade pessoal

relacionada ao contexto cultural onde se insere.

O educando deve formar seus próprios significados para elaborá- los em termos de

signos de apreensão coletiva. Luckesi reforça esse pensamento: “O conhecimento é a compreensão

inteligível da realidade, que o sujeito humano adquire através de sua confrontação com esta mesma

realidade. Ou seja, a realidade exterior adquire, no interior do ser humano, uma forma abstrata

pensada, que lhe permite saber e dizer o que essa realidade é. A realidade exterior se faz presente

no interior do sujeito de pensamento. A realidade, através do conhecimento, deixa de ser uma

incógnita, uma coisa opaca, para se tornar algo compreendido, translúcido”. Luckesi (1993, pág.

122).

Assim, apenas com a construção de parâmetros pessoais e de autonomia, inseridos em

um determinado contexto geográfico, histórico e social, o ser humano pode, efetivamente, educar-

se e usar a educação para o crescimento da sociedade em que vive, de acordo com o que nos

mostra Piaget (1977, pág. 245): “A personalidade não é o ‘eu’ enquanto diferente dos outros ‘eus’ e

refratário à socialização, mas é o indivíduo se submetendo voluntariamente às normas de

reciprocidade e de universalidade. Como tal, longe de estar à margem da sociedade, a

personalidade constitui o produto mais refinado da socialização. Com efeito, é na medida em que o

‘eu’ renuncia a si mesmo para inserir o seu ponto de vista próprio entre os outros e se curvar assim

às regras da reciprocidade que o indivíduo torna- se personalidade (...).

Em oposição ao egocentrismo inicial, o qual consiste em tomar o ponto de vista próprio como

absoluto, por falta de poder perceber seu caráter particular, a personalidade consiste em tomar

consciência desta relatividade da perspectiva individual e a colocá- la como em relação ao conjunto

das outras perspectivas possíveis. A personalidade é, pois, uma coordenação da individualidade

com o universal”.

Uma aprendizagem é tanto mais significativa quanto mais relações com sentido é capaz de

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estabelecer o aluno entre o que conhece, seus conhecimentos prévios e o novo conteúdo que se lhe

apresenta como objeto de aprendizagem. A escola torna acessível a seus alunos aspectos da cultura

que são fundamentais para o desenvolvimento pessoal e, não apenas, para o desenvolvimento

cognitivo. A educação é motor para o desenvolvimento pessoal globalmente entendido, o que supõe

incluir, também, as capacidades de equilíbrio pessoal, de inserção social e de relação interpessoal.

O ser humano constitui- se como tal no relacionamento social. A cultura torna- se parte da natureza

humana num processo histórico que, ao longo do desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda

o funcionamento psicológico do homem.

Se a função social da educação é, além da inserção sócio – econômica o

desenvolvimento dessa própria sociedade, a noção de patrimônio cultural, coletivo e comum a um

grupo, permite o desenvolvimento de uma ética de ações. Traz consigo a noção de desenvolvimento

sustentável, pelo qual cada intervenção na realidade deve considerar seus impactos na manutenção

da identidade e da herança coletiva, do ponto de vista ambiental ou cultural. Traz consigo o desejo,

não da reprodução do "status- quo", não da subserviência, mas da ação concreta de melhoria das

condições sociais globais, do desenvolvimento da comunidade onde se insere e da requalificação do

patrimônio coletivo acumulado ao longo das gerações, verdadeira riqueza de um povo, herança real

que deixamos para os nossos filhos.

Educação é um conceito amplo que se refere ao processo de desenvolvimento unilateral

da personalidade, envolvendo a formação de qualidades humanas – físicas, morais, intelectuais,

estéticas - tendo em vista a orientação da atividade humana na sua relação com o meio social, num

determinado contexto de relações sociais.

A educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter – relações que

convergem para a colaboração de formação de traços de personalidade social e do caráter,

implicando uma concepção de mundo, ideais, valores, modos de agir, que se traduzem em

convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e desafios da

vida prática. Nesse sentido, educação é instituição social que se ordena no sistema educacional de

um país, num determinado momento histórico, é um produto, significando os resultados obtidos da

ação educativa conforme propósitos sociais e políticos pretendidos, é processo por consistir de

transformações sucessivas tanto no sentido histórico quanto no desenvolvimento da personalidade

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A educação, num sentido amplo, cumpre uma iniludível função de socialização, desde que a

configuração social da espécie se transforma em um fator decisivo da humanização humana. A

espécie humana, constituída biologicamente como tal, elabora instrumentos, artefatos, costumes,

normas, códigos de comunicação e convivência como mecanismos imprescindíveis para a

sobrevivência dos grupos e da espécie. Paralelamente, e posto que as aquisições adaptativas da

espécie ás peculiaridades do meio não se fixam biologicamente nem se transmitem através da

herança genética, os grupos humanos põem em andamento mecanismos e sistemas externos de

transmissão para garantir a sobrevivência nas novas gerações das conquistas sociais – processo de

socialização – costuma denominar- se genericamente como processo de educação.

Na sociedade atual a preparação das novas gerações para a sua participação na vida

pública requer a intervenção de instâncias específicas como a escola, cuja peculiar função é atender

e canalizar o processo de socialização.

A educação é um direito fundamental, universal, inalienável e constitui dever do

Estado. Todos devem ter condições iguais de acesso á educação. Este direito é assegurado

constitucionalmente e de forma que garante Escola Pública e gratuita em todos os níveis.

A gestão democrática da educação deve ter como preceito a radicalização da

democracia, que se traduz no caráter público e gratuito da educação, na inserção social, nas

práticas participativas, na descentralização do poder, no direito á representação e organização dos

trabalhadores, na eleição direta dos dirigentes, na socialização dos conhecimentos e na tomada de

decisões de forma colegiada. A escola deverá ser o local por excelência do aprendizado da

convivência humana. Entre sujeitos se estabelecem relações de horizontalidade, de igualdade.

Jamais de verticalidade, de imposições a escola como instituição social está na busca incessante

pela democracia. É necessário, porém, aprender o estabelecimento das novas relações – da prática

coletiva.

Formar o ser humano pleno, o sujeito, o cidadão consciente e atuante deve ser a principal

tarefa da escola. A vida é um grande aprendizado. Na escola devemos aprender a viver. Se,

efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária e democrática, necessariamente devemos

exercitar estes princípios no cotidiano da escola.

Juntamente com a democratização econômica e política a democratização da educação e

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da escola, através da universalização, da gratuidade e da permanência é um exigência para

emancipação social. Nesse sentido, a participação de toda comunidade escolar na escola não é uma

concessão mas uma prática que expressa princípios, que influencia na qualidade da educação e

está vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente.

A educação que se situa no campo progressista , parte da realidade, construindo e

reconstruindo o conhecimento a partir dos saberes e das práticas dos educandos e educadores.

Pois a democracia se expressa na organização, na gestão da escola, no currículo e está articulada a

um projeto de escola, de educação e de sociedade, permeados por uma dimensão epistemológica,

política, ética e estética.

Além de sua dimensão política, de ampliação da participação, a democratização da

escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas, no exercício da cidadania, efetivando-

se como um exercício permanente de formação de sujeitos participativos e democráticos.

A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da

compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um projeto –

político- pedagógico libertador.

A gestão democrática da escola e, de todo sistema educacional, apresenta- se como

mais uma dentre outros desafios para a construção das novas relações sociais, constituindo um

espaço público de decisão e de discussão. A superação da cultura de gestão autoritária só vai

acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via

conselhos de escola, conselhos de classe, grêmios estudantis, reuniões de pais e mães e reuniões

pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí- la.

Refletindo e buscando as soluções em conjunto, com consensos possíveis e trabalhando com os

dissensos como algo saudável na formação de sujeitos democráticos.

A formação continuada para todos os membros efetivos da comunidade escolar deve partir

da reflexão sobre a prática cotidiana da escola numa perspectiva problematizadora, dialógica e

sistematizadora que contribua para um processo de ação – reflexão – ação acerca da educação

que se tem e a educação que se quer. A formação precisa as possibilidades de transformação na

escola, atingir todos os trabalhadores da escola em: uma Gestão Democrática debatendo as

relações de poder, dialogando sobre relações de ensino aprendizagem, sobre avaliação superando

práticas punitivas, seletivas e meritocráticas, consolidando o trabalho coletivo contribuindo para a

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socialização de experiências e criação de novas práticas escolares, visando a qualidade do

processo ensino – aprendizagem.

5.2 Aprendizagem

A organização da escola e o planejamento do desenvolvimento da aprendizagem são

atividades obrigatórias para a transformação da escola pública e devem ser exercidas por todos que

nela atuam. Tendo em vista esta transformação, um amplo debate sobre a função social da escola,

seus objetivos e reflexão da prática pedagógica faz- se necessário.

É indispensável que todos os profissionais da escola, visem cumprir tal função e atingir os

objetivos fundamentais, que são: propiciar a aquisição do conhecimento científico, garantir a

qualidade do ensino e estimular, através de regras bem definidas, a permanência e o sucesso dos

alunos na escola. Essa tarefa, que não é fácil de ser cumprida, é responsabilidade de todos, pois se

não houver uma definição de tais pontos e um posicionamento quanto a esses objetivos, torna- se

praticamente impossível Ter- se uma estrutura orgânica e articulada e, consequentemente, um bom

funcionamento da escola.

Entretanto, ao analisar a questão do desenvolvimento da aprendizagem, precisamos Ter

claro que nosso compromisso é com a formação de um aluno reflexivo, crítico, participativo,

consciente em assumir seu papel transformador perante a sociedade.

Para que tal objetivo se concretize é preciso um comprometimento com o fazer

pedagógico, no sentido do fazer crítico e não um simples fazer. E para o fazer crítico é preciso partir

de alguns fundamentos básicos, como: estreita interdependência entre educação e realidades

sociais, e, finalmente, lutar pára que a escola pública se transforme num poderoso instrumento de

progresso intelectual dos menos favorecidos .Isso se garante a partir do momento em que se define

que tipo de homem se quer formar, para atuar em que tipo de sociedade , ou seja, quando os

profissionais da educação se apoderarem de uma concepção progressista e atuarem alicerçados

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nesta, não omitindo-se, nem sendo meros repetidores dos discursos alheios, mas posicionando-se

enquanto agentes construtores do processo educacional como um todo.

Contudo, faz- se necessário Ter clareza que o trabalho precisa partir de um ponto

básico: a especificidade do ato pedagógico que deve interligar-se a três componentes: um agente

social (profissional da educação), uma mensagem transmitida(conteúdos, métodos,...) e um

educando(também social, portanto , contextualizado). É ai que o ato pedagógico deve configurar-se,

ou seja, o especificamente pedagógico será a imbricação entre o educando e a mensagem,

propiciada pela ação do agente.

O essencial no processo de ensino –aprendizagem é a relação aluno – professor,

mediada pelo conhecimento , sendo que é do conhecimento das condições reais da vida do aluno,

aliado ao domínio do conhecimento por parte do professor, que deve organizar-se tal processo com

base científica, histórica e crítica, na direção da apropriação do saber elaborado pelo aluno.A

organização do trabalho pedagógico deve dar-se de forma que o desenvolvimento da aprendizagem

atinja a sua finalidade, que é a de modificar numa certa direção aquilo que é suscetível de educação.

Assim, a sistematização do trabalho do educador torna-se fundamental, no sentido de:

*** Propiciar aos educandos condições de aprendizagem, partindo da prática concreta dos mesmos,

onde juntos reinterpretarão e compreenderão, de maneira lógica, os conteúdos sistematizados;

*** Fornecer o domínio dos conhecimentos valorizados pela sociedade, desvendando as relações de

dominação e opressão

*** Permitir a aquisição de estratégias para que possam lutar no sentido de estabelecer um novo

projeto social, mais justo e humano;

Para tanto, se faz presente e necessário, na prática diária, a formulação e consolidação

de um processo de discussão – reflexão - ação, norteado na mesma concepção pedagógica,

construindo na escola uma unidade coletiva do saber e do agir, de forma democrática, onde os

interesses de todos os elementos que a compõem sejam atendidos.Tal democracia é caracterizada

pela construção coletiva, socialização do poder, divisão de responsabilidades, diálogo permanente,

liberdade de expressão, prática de direitos e deveres, conquistas de objetivos comuns, com o

propósito de desenvolver a eficácia da educação e possibilitar o processo de formação permanente,

que garanta a todos acompanhar as mudanças, avanços e transformações do mundo atual.

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5.3 Formação inicial e continuada de professores e funcionários

A formação continuada para os educadores deve partir da reflexão sobre a prática

cotidiana da realidade escolar numa perspectiva problematizadora, dialógica e sistematizadora que

contribua para um processo de ação –reflexão – ação acerca da educação que se tem e a

educação que se quer.

A formação precisa atingir as possibilidades de transformação na escola, atingir todos

os trabalhadores da escola em : uma gestão democrática debatendo as relações de poder,

dialogando sobre relações de ensino- aprendizagem, sobre avaliação superando práticas punitivas,

seletivas e meritocráticas, consolidando o trabalho coletivo contribuindo para a socialização de

experiências e criação de novas práticas escolares.

Além dos cursos ofertados pela entidade mantenedora, o Colégio promoverá estudos nas

horas atividade com leitura de livros, troca de experiência, apresentações de temas pedagógicos

diferenciados e com reuniões periódicas.

Nos encontros pedagógicos serão realizados debates e palestras, conforme a possibilidade

de recursos financeiros.

Esses estudos auxiliam o crescimento profissional, capacitando os profissionais promovendo

mudança de atitudes e posturas diante dos assuntos pertinentes à educação de qualidade.

A preferência dos professores que sejam atividades em forma de “oficina”, isto é, mais

dinâmica, utilizando-se da prática. Os temas sugeridos no ano 2006 para o ano seguinte são: meio

ambiente, orientação sexual, ética –profissional, cidadania, interpretação, auto – estima, qualidade

de vida, inclusão, psicologia das relações humanas e informática.

Atualmente, devido à necessidade imposta pelas mudanças de paradigmas, no avanço

tecnológico e na evolução dos meios de comunicação as exigências, na área educacional, apesar da

finalidade diferenciada, são afirmadas pelo Estado e pela União, a fim de se buscar a qualidade

social da educação através de um processo de capacitação continuada de seus profissionais.

O primeiro aspecto das capacitações continuadas, considerado importante na percepção dos

profissionais da educação é em relação à teoria que está sendo discutida nas reuniões técnicas,

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palestras, oficinas, grupos de estudos, jornadas pedagógicas, entre outros, e a sua ação

pedagógica.

Um processo de capacitação continuada visa levar à identificação das concepções que

embasam as teorias discutidas nos encontros de formação e relacioná-las com o sua ação na escola

diferenciando o 'saber' da 'ideologia. O 'saber' ou conhecer pressupõe compreender, analisar e

utilizar profissionalmente os novos dados e descobertas cujo acesso lhes é possibilitado.

Assim, "aqueles que dominam o conhecimento intervêm nas relações sociais, ao fazer que um

mundo determinado se aceite ou se transforme, isto é, que o domínio da teoria não pode ser

desligado das práticas sociais" ( Sacristán, 1999, p. 25).

A capacitação continuada, portanto, tem entre outros objetivos, propor novas metodologias e

colocar os profissionais da educação em contato com discussões teóricas atuais, procurando

contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na

escola e, consequentemente, da educação. Isso porque, o fato de se conhecer novas teorias, não

basta, pois é preciso saber relacioná-las com seu conhecimento prático construído no seu dia-adia

(Nóvoa, 1995a; Perrenoud, 2000).

Diante disso, há a necessidade nas capacitações de existir a interação, o espaço para

discussão, a contextualização, pois este é um dos fatores determinantes para uma atuação eficaz,

na perspectiva de se tornar o ensino uma forma de construção histórica-social.

Segundo Ferreira (2003, p. 30), “ uma sólida formação humana relaciona-se diretamente com

sua emancipação como indivíduo social, sujeito histórico em nossa sociedade”. Para esse novo

cidadão do mundo, a formação é de suma importância, seja ela formação inicial ou continuada.

A formação continuada é responsável pela formação profissional e cultural do indivíduo e da

coletividade escolar, compreendendo as condições de transformação da população em povo, como

uma coletividade de cidadãos, como seres sociais em condições de inserirem nas mais diversas

formas de sociabilidade que o mundo globalizado dispõe e impõe.

A formação de Gestores, segundo Estevão (2002, p. 96), “deverá levar em consideração o

educador e não apenas um gestor de processos”. Para o autor, a autoridade será legitimada não

tanto pela sua habilidade em manusear técnicas de gestão, mas pelo seu perfil de pessoa educada

e educador, capaz de reconhecer e dar poder a outros autores, dentro do pressuposto de que o

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objetivo de uma política democrática não é erradicar o poder, mas multiplicar os espaços em que as

relações de poder estarão abertas à contestação democrática.

No que se refere aos Professores, a formação continuada permitirá um constante

aperfeiçoamento, o que possibilitará estar vivenciando as mudanças ocorridas na educação devido à

evolução da sociedade para poder aplicá-las com seus alunos e assim garantir um ensino de

qualidade.

A Equipe Pedagógica deverá estar constantemente se aperfeiçoando, para que possa dar

subsídios aos professores com sugestões de métodos e técnicas de ensino visando sanar

dificuldades de aprendizagem.

Assim também a Equipe Técnico-administrativa e os Auxiliares de Serviços Gerais necessitam

de capacitação continuada para que possam exercer sua função com eficiência, mesmo porque, em

primeiro lugar, eles também são educadores porque fazem parte da sociedade humana, que é

essencialmente educadora. Por isso não escapam do papel de educadores na escola, com funções

distintas, mas educativas, sejam elas de nível ambiental, alimentar, cultural, entre outras.

Nesse sentido, uma formação nestes moldes pressupõe um gestor e uma equipe pedagógica

conscientes da possibilidade de desenvolvimento e aprimoramento contínuo das capacidades de

todos os envolvidos na prática educativa, seja por meio da experiência vivida na escola ou por meio

da formação continuada. O que, sem dúvida, poderá se refletir nem maiores e mais significativas

chances de se implementar na escola uma aprendizagem consciente e emancipadora.

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5.4 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA

Quando se busca uma nova organização de trabalho pedagógico, está se considerando

que as relações de trabalho, no interior da escola, deverão estar calcadas nas atitudes de

solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição á organização regida

pelos princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. Há uma

correlação de forças e é nesse embate que se originam os conflitos, as tensões, as rupturas,

propiciando a construção de novas formas de relação de trabalho, com espaços abertos á reflexão

coletiva que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos

envolvidos com o processo educativo, a descentralização do poder. A esse respeito, Machado

assume a seguinte posição: ”O processo de luta é visto como uma forma de contrapor-se á

dominação, o que pode contribuir para a articulação de práticas emancipatórias”(1989, p.30).

A reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O fulcro para a

realização dessa tarefa será o empenho coletivo e isso implica fazer rupturas com o existente para

avançar.

5.4.1 Funções do Diretor:

Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; responsabilizar-se pelo patrimônio público

escolar recebido no ato da posse; coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do

Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; implementar a

proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais; coordenar a elaboração do plano de Ação Do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar,

dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; elaborar os planos de aplicação

financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital

público; prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e

fixando-os em edital público; coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em

consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após,

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encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação; garantir o fluxo de

informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;

encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando

necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar; deferir os requerimentos de matrícula; elaborar,

juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as orientações da

Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo

ao Núcleo Regional de Educação para homologação; acompanhar, juntamente com a equipe

pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de

conteúdo aos discentes; assegurar os cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades

estabelecidos; promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e

propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito

escolar; propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após

aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;

participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar

para aprovação; supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao

cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e

padrões de qualidade nutricional; presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento

às decisões tomadas coletivamente; definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-

administrativa e equipe auxiliar operacional; articular processos de integração da escola com a

comunidade; solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de demanda de

funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria

de Estado da Educação; organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em

Educação Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da

carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado

de Educação, contida no Plano de Curso; participar, com a equipe pedagógica, da análise e

definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino, juntamente com a comunidade escolar; cooperar com o cumprimento das orientações

técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;

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Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilinguístico da

língua Estrangeira Moderna, pelos Centro de línguas estrangeiras modernas – CELEM; disponibilizar

espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas

diferentes áreas da Educação Especial; assegurar a realização do processo de avaliação

institucional do estabelecimento de ensino; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,

professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; assegurar o

cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação /MEC – FNDE; cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

5.4.2 Funções do Diretor Auxiliar:

O Diretor Auxiliar tem como função: auxiliar assessorar o diretor em todas as suas atribuições

e substituí-lo na sua falta ou por algum impedimento, zelar pelo bom andamento das atividades e da

disciplina; informar à direção sobre todos os fatos ocorridos no funcionamento do estabelecimento

em sua ausência; detectar problemas que por sua natureza, exijam deliberação superior.

5.4.3 Funções do Pedagogo:

As funções dos Professores Pedagogos no interior da escola são amplas. Na medida do

possível, os mesmos procurarão cumpri-las, mas algumas delas acabam ficando de lado. Os

Pedagogos da escola são o elo de ligação entre alunos, professores e direção, buscando sempre a

melhoria no processo ensino-aprendizagem. Para isso, buscarão conforme Edital nº 10/2007 –

GS/SEED sobre a função do Pedagogo: Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a

efetivação do Projeto Político-Pedagógico, do Plano de Ação da Escola, da Proposta Pedagógica

Curricular da Escola e do Regimento Escolar, a partir das Políticas Educacionais da SEED/PR e das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; promover e coordenar reuniões pedagógicas para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de

propostas de intervenção na realidade da escola; participar e intervir, junto à direção, da

organização do trabalho pedagógico escolar; sistematizar atividades que levem à efetivação do

processo ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades do educando;

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intervir na elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do

horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade, no preenchimento do Livro Registro de

Classe de acordo com as Instruções Normativas da SEED; participar do processo de aquisição

de livros e periódicos; orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente; subsidiar

o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos

sistemáticos, trocas de experiência; organizar a hora-atividade dos professores da escola, sempre

que possível, visando garantir esse espaço-tempo em função do processo pedagógico; atuar, junto

aos professores, na elaboração de propostas de recuperação de estudos; organizar a realização dos

Conselhos de Classe a fim de se visualizar as dificuldades encontradas pelos alunos e viabilizar

formas de saná-las através da elaboração de propostas de intervenção; informar ao coletivo da

comunidade escolar os dados do aproveitamento dos alunos; promover a construção de estratégias

pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de

ampliação do compromisso ético-político com todas as categorias e classes sociais existentes no

interior da escola.

5.4.4 Funções dos Docentes:

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.

Compete aos docentes: participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho

Escolar; elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento

de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais; participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos

livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico do estabelecimento

de ensino; elaborar seu Plano de Trabalho Docente; desenvolver as atividades de sala de aula,

tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno; proceder à reposição dos

conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o

calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno; proceder à avaliação

contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas

de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

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Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;

participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades

acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à

identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos

serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; participar de processos

coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do

processo ensino e aprendizagem; participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de

diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-

cultural, entre outras; viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de

ensino e aprendizagem; participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,

junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala

de Recursos e de Contra- turno, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de

intervenção educativa; estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística; participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-

se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania; zelar pela freqüência do aluno à

escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica; cumprir o calendário escolar,

quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente

dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; cumprir

suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de

atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED;

manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria

escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;

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Participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as

famílias e a comunidade; desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo; dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação

educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa; participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; comparecer ao

estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas

extraordinárias, quando convocado; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,

professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; participar

da avaliação institucional, conforme orientação da SEED; cumprir e fazer cumprir o disposto no

Regimento Escolar.utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem

de cada jovem, adulto e idoso; atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva

e individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela SEED;

5.4.5 Funções da Equipe Auxiliar Operacional:

O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,

preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e

supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do

ambiente escolar e de seus utensílios e instalações: zelar pelo ambiente físico da escola e de suas

instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente; utilizar o material de

limpeza sem desperdícios e comunicar à direção,com antecedência, a necessidade de reposição

dos produtos; zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade

à direção; auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início e de

término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela

direção; atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias

ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;

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Auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas, e

outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente escolar; auxiliar os

alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação durante o recreio,

atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao uso do banheiro; auxiliar

nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades escolares; cumprir

integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional; coletar lixo de todos os ambientes

do estabelecimento de ensino,dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias; participar

da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais

de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de

trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar; exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem

à especificidade de sua função.

São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de ensino:

zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas

estabelecidas na legislação sanitária em vigor; selecionar e preparar a merenda escolar balanceada,

observando padrões de qualidade nutricional; servir a merenda escolar, observando os cuidados

básicos de higiene e segurança; informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade

de reposição do estoque da merenda escolar; conservar o local de preparação, manuseio e

armazenamento da merenda escolar, conforme legislação sanitária em vigor; zelar pela organização

e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda escolar; receber, armazenar e prestar

contas de todo material adquirido para a cozinha e da merenda escolar; cumprir integralmente seu

horário de trabalho e as escalas previstas,respeitado o seu período de férias; participar de

eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado

pela direção, visando ao aprimoramento profissional; auxiliar nos demais serviços correlatos à sua

função, sempre que se fizer necessário; respeitar as normas de segurança ao manusear fogões,

aparelhos de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração; participar da

avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

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Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais

e com os demais segmentos da comunidade escolar; participar das atribuições decorrentes do

Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.

5.4.6 Funções da Equipe Técnico-Administrativo:

O técnico-administrativo que atua na secretaria como secretário(a) tem como função:

conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; cumprir a legislação em vigor

e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal

do estabelecimento de ensino; cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas

da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

distribuir as tarefas decorrente dos encargos da secretaria aos demais técnicos administrativos;

receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; organizar e manter atualizados a

coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais

documentos; efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência

e conclusão de curso; elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes; encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os

documento que devem ser assinados; organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e

conservar o inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da

regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por

qualquer irregularidade; manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado; organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,

referentes à sua estrutura e funcionamento; atender a comunidade escolar, na área de sua

competência, prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar; zelar

pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria; orientar os

professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da

freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

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secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar; organizar o livro – ponto de professores e funcionários, encaminhando

ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio; secretariar os Conselhos de Classe e

reuniões, redigindo as respectivas Atas; conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos

recebidos; comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria

da escola; participar de eventos, cursos,reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,

desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; auxiliar a

equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no Sistema de Controle e

Remanejamento dos Livros Didáticos; fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da

secretaria escolar, quando solicitado; participar da avaliação institucional, conforme orientações da

SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais

e com os demais segmentos da comunidade escolar; participar das atribuições decorrentes do

Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.

Compete aos técnicos- administrativos que atuam na secretaria do estabelecimento de

ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a): cumprir as obrigações inerentes às atividades

administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; atender a comunidade escolar e

demais interessados, prestando informações e orientações; cumprir a escala de trabalho que lhe for

previamente estabelecida; participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função; controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os

mesmos a quem de direito; organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do

seu setor; efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar,

Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

Organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;

classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a movimentação de

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expedientes; realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do

estabelecimento, sempre que solicitado; coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação

escolar, alimentando e atualizando o sistema informatizado; executar trabalho de

mecanografia e digitação; participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar

pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e

promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com

os demais segmentos da comunidade escolar; exercer as demais atribuições decorrentes do

Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico-administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do

estabelecimento de ensino: cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,

assegurando organização e funcionamento; atender a comunidade escolar, disponibilizando e

controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio; auxiliar na implementação

dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;

Auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros; encaminhar à

direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos usuários;

zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo; registrar o acervo bibliográfico e dar

baixa, sempre que necessário; receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos

da biblioteca; manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua

manutenção; participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático; participar da avaliação institucional, conforme

orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;exercer as demais atribuições

decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.

Há em nosso Estabelecimento de Ensino, uma interação entre as instâncias administrativas e

pedagógicas, no sentido de se promover um trabalho coletivo, visando o bom andamento da

instituição, visto que não existem individualidades na escola, uma vez que ela deve ser um todo, um

local onde todos trabalham visando um mesmo fim, que é o de se obter uma educação de qualidade.

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5.5 Participação dos pais na escola

A Família e a escola têm, na sociedade atual, tarefas complementares, apesar de distintas em

seus objetivos, metodologia de abordagem e campo de abrangência.

Cabe á família a tarefa de estruturar o sujeito em sua identificação, individualização e

autonomia. Isso vai acontecendo á medida que a criança vive o seu dia a dia inserida em um grupo

de pessoas que lhe dá carinho, apresenta o funcionamento do mundo, oferece suporte material para

suas necessidades, conta histórias, fala sobre as coisas e os fatos, conversa sobre o que sentem e

o que pensam, ensina a arte da convivência.

Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo,

no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades

que a aproximam desta mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar

uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo.

Em nossa realidade cotidiana a participação dos pais ou responsáveis não é constante,

porém, quando necessitamos sempre podemos contar com a colaboração dos mesmos

As duas instituições, família e escola, quanto mais se diferenciam, mais necessitam uma da

outra.

Para a articulação e participação da família e da comunidade nesta instituição escolar, serão

realizadas reuniões semestrais de acompanhamento, palestras, festividades, atividades artísticas

envolvendo-os juntamente com os alunos, grupos de estudos com pais, etc.

Mas em situações que envolvem problemas com procedimentos indisciplinares, de higiene, de

acompanhamento escolar e da saúde física e mental, as famílias e a comunidade, junto com os

pedagogos, devem ir construindo juntos as alternativas de mudança. A troca de informações

possibilita a descoberta de significados comuns, na tentativa de se encontrar soluções para os

problemas.

Porém, com o cuidado especial a ser tomado quando se observar uma família é o de não ir com

um modelo daquilo que a família “deve” ou não “deve” fazer. Não se deve ir com soluções prontas,

pois além de ineficiente isto desconsidera a capacidade da família de encontrar soluções para os

seus problemas, dentro do mundo em que vivem, com suas possibilidades e limitações.

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5.6-CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE

A docência competente somente se configura na prática persistentemente inquirida pela

reflexão pessoal e pelo discurso argumentativo na comunidade da profissão de forma a tornar-se

práxis de vida. Ela não é realizada, por outra parte, senão na referência e no confronto da

aprendizagem dos alunos. Não há, de fato, docência, ela não é cumprida, sem a efetiva

aprendizagem por parte dos alunos, mais ainda, sem que por meio dela também o professor

aprenda na relação diagonal com o outro.

Nessas perspectivas, ser professor significa exercer o domínio de seu específico campo

e processo de trabalho, passo a passo e a qualquer momento, o que requer trabalhar com rigor

científico dos conhecimentos que faz seus e com os meios materiais e instrumentais de que se

apropria na capacidade de elaborá-los ou de reconstruí-los segundo exigências de sua proposta

pedagógica e a esse cabedal de conhecimentos e habilidades técnicas é importante que o professor

acrescente uma competência comunicativa muito própria, que corresponda ao caráter

eminentemente dialogal de seu fazer pedagógico. Tudo isso, porém, muito pouco significa sem a

paixão pelo homem. Só ela faz a educação.

O autêntico professor acredita no homem que está no aluno, a quem busca conferir o

imenso privilégio de acreditar em si, desde a segurança afetiva até as capacidades adquiridas.

As contradições e conflitos existentes na prática docente serão minimizados com:

Um projeto político – pedagógico, cuja marca seja a permanente redefinição conceitual, por parte

da comunidade escolar (interna e externa),sobre o que entende ela por: conhecimento,

sociedade, educação, escola, ensino -aprendizagem, a educação que quer e para que, isto é

uma ética de valores a serem seguidos;

Uma programação para o curso dos estudos na escola, em que se relacione a processualidade

do ensino – aprendizagem em cada ano, ou série, e para cada turma de alunos, na linha

conceitual da escola;

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Um programa de atuação integrada da equipe discente e docente, em que as disciplinas e os

temas não apareçam isolados, nem os alunos e professores atuem cada um por si, mas os

conceitos trabalhados correlacionem-se em decorrência da aprendizagem deles, desde as

aplicações simples, lineares, até a exploração autônoma das possibilidades que a ele se

estabelecem;

Redução do número de alunos por turma (em sala de aula),

Articulação entre educadores dos diferentes níveis e modalidades de ensino,

Melhor qualificação docente e de todos os sujeitos que fazem parte do processo pedagógico

Superação da idéia de avaliação para passar de ano, no vestibular ou de uma avaliação

competitiva, punitiva, meritocrática;

Garantia das condições materiais necessárias ao desenvolvimento do processo ensino –

aprendizagem.

O trabalho pedagógico será organizado de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para

cada disciplina, tendo sempre o aluno como alvo principal e como meta reconhecer que as

aprendizagens são constituídas na interação entre os processos de conhecimento, linguagem e

afetividade, como conseqüência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes

do contexto escolarizado, através de ações inter e intra-subjetivas; as diversas experiências de vida

dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, para que sejam capazes de

protagonizar ações solidárias e autônomas de constituição de conhecimentos e valores

indispensáveis à vida cidadã.

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5.7 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS

O critério de formação das turmas ocorre de acordo com o número de alunos

matriculados, cabendo à secretaria fazer a distribuição em turmas por período e série no Ensino

Fundamental e Ensino Médio. Essa formação das turmas é repassada à Equipe Pedagógica que

juntamente com os professores analisa- as e faz as alterações necessárias referentes à separação

de alunos. Quando iniciam- se as aulas os professores tem o prazo de uma semana para rever a

listagem da turma e fazer, se necessário for, mais algum remanejamento. Estes são repassados

novamente à secretaria para a elaboração da listagem final com a organização definitiva das turmas.

5.8ORGANIZAÇÃO DA HORA- ATIVIDADE:PROBLEMAS E POSSIBILIDADES

A hora –atividade é o tempo específico que o professor tem garantido por lei, para fazer suas

atividades de preparação de aulas, formulação / correção de provas e outras atividades que poderão

ser utilizadas em sua regência em classe.

Deverá ser cumprida pelo docente na escola onde leciona,25% desta hora - atividade será

destinada a estudos com acompanhamento da equipe pedagógica: Leitura de textos relacionados

com a disciplina lecionada pelo professor, debates sobre textos e/obras relacionadas ao contexto

pedagógico: avaliação, indisciplina, Inclusão, etc.

A hora-atividade, ou seja, o percentual de 20% da carga horária sobre o total de horas

assumidas pelo professor em efetiva regência de classe, que foi instituída pela Resolução

nº 305/200, será na referida escola, o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para

estudos, avaliação, planejamento ou atendimento aos pais, alunos e comunidade, terá para tanto,

sua organização, de acordo com as exigências que venham favorecer o trabalho pedagógico,

procurando promover o encontro por disciplina.

Quando da impossibilidade do encontro por área, série ou disciplina, a hora-atividade será

organizada por professor, de uma forma mais individual.

A hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos professores, priorizando-se o

encontro de todos que trabalham na mesma área do conhecimento para planejamento,

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desenvolvimento de ações voltadas para o enfrentamento de problemáticas diagnosticadas na

instituição e reflexões para implementação de projetos e ações visando a melhoria da qualidade do

ensino. Assim também, deve ser um espaço para se planejar, executar e avaliar as ações a serem

desenvolvidas nesse período de estudos, garantindo ainda a carga horária necessária para que o

professor realize atividades pedagógicas individuais e correção de atividades discentes. Bem como,

a seu critério, atender alunos de horário oposto para sanar dúvidas ou dificuldades encontradas em

sala.

5.9 A ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO E DO

MUNICÍPIO

Entender a escola supõe entender as cabeças dos que a fazem no dia-a-dia, isto é, as

mais recônditas razões que os movem. Qual o imaginário individual e grupal dos alunos? Quais as

expectativas dos pais? E a dos professores? O que significa a escola na cultura em que se insere?

Que aprendizagens sociais acham-se pressupostas nas intenções dos que criam a escola da

escola?

A história da instituição não se constitui em sucessão de fatos, mas em construção e

circulação de sentidos, exigentes não de descrição causal, mas de compreensão na rede de

articulações no imaginário social, isto é, naquilo que as pessoas imaginam ser a realidade.

A escola justifica sua existência e torna válida sua atuação ao traçar sua proposta

pedagógica no livre consenso dos nela interessados e por ela solidariamente responsáveis e ao

propiciar-lhe as condições de efetividade com eficiência. No entanto, faz-se necessário torná-la

efetiva e eficaz na estrutura organizacional , na dinâmica curricular, na processualidade das práticas

educativas referidas á sistematização das aprendizagens, na especificação dos conteúdos das

aprendizagens pretendidas, no pleno aproveitamento das virtualidades dos recursos e das

metodologias disponíveis e, sobretudo, na mediação da docência em sala de aula, por onde se

cumpre a forma escolar da sistematização das aprendizagens necessárias á co-cidadania de todos,

solidária, responsável, construtiva de novas formas de convívio.

A aprendizagem escolar dá-se, por isso, em uma instância que supõe sujeitos diferenciados á

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busca de se entenderem sobre si mesmos e sobre seus mundos e que, desde suas situações

desiguais, progridem na direção da igualdade da relação política, em que se constituem em

cidadãos – sujeitos sigularizados capazes de conduzirem-se com a autonomia exigida por suas

responsabilidades.

A escola enquanto instituição enfrenta os seguintes problemas:

Turmas e salas de aulas muito numerosas;

Falta de funcionários nos diversos setores (equipe pedagógica, biblioteca,

principalmente);

Falta de comprometimento dos profissionais da educação;

Falta de investimento nos recursos humanos e físicos da escola;

Ausência de uma garantia para melhores condições de trabalho, visando a

ampliação do número de professores, funcionários e equipe pedagógica e a diminuição do

número de alunos por sala de aula;

Falta de uma política de prevenção de doenças e acidentes de trabalho com

garantia de atendimento e tratamento, com afastamento médico para todos os trabalhadores

em Educação;

Falta de profissionais habilitados para atuar em todos os níveis e modalidades

de ensino;

Falta de espaços alternativos na escola, inclusive de utilização pela

comunidade;

Falta de segurança / manutenção no espaço físico escolar;

Falta de disponibilidade de coordenações por área de conhecimento;

Falta de espaço e disponibilidade para projetos especiais em

contra - turno;

Despreparo dos profissionais para o atendimento dos alunos inclusos;

Precariedade nos espaços físicos e nas adaptações para receber alunos

portadores de necessidades especiais;,

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6. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO, ESCOLA, ENSINO

– APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO

A educação como uma prática social, não pode restringir-se a ser puramente livresca,

sem compromisso com a realidade local e com o mundo em que vivemos. O conhecimento é tanto

mais eficiente quanto se fizer na prática e levar a uma prática coerente e consciente. Assumindo um

compromisso claro e confirmação continuamente na prática da sala de aula, no sentido de um

esforço constante que contribua para a eliminação da miséria e da fome e para a construção de uma

sociedade mais justa.

Com isso, a finalidade da educação escolar é a transmissão sistemática dos conteúdos

de ensino, os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento histórico pela humanidade, de

modo a assegurar que os alunos se apropriem ativamente e possam reelaborar novos

conhecimentos, processando uma crítica não abstrata, mas embasada na compreensão científica do

real. Os conhecimentos traduzem- se nos instrumentos que possibilitam aos seres humanos não se

submeterem passivamente às leis da natureza, mas interferirem nelas, dominando os seus

princípios e transformando- os a fim de colocá- los a serviço da sobrevivência da melhoria das

condições de vida.

A elaboração do conhecimento, a educação escolar implica num conjunto de tarefas que

exigem a identificação das formas mais desenvolvidas do saber objetivo numa perspectiva histórica

e crítica, a “tradução” deste saber em saber escolar através da seleção e organização dos

conteúdos.

Para isso acontecer é necessário uma Concepção Curricular na qual os conteúdos

sejam reais e dinâmicos, permitindo a redescoberta e a reconstrução por parte do aluno e onde os

limites e as possibilidades da prática docente se utilizem de métodos ativos, promovendo a

cooperação e a solidariedade.

Utilizando recursos atuais e abrangentes, abrindo novas possibilidades; onde todos os

envolvidos no processo educativo visem os mesmos objetivos, com compromisso ético e

comprometimento com a escola. Que deve assegurar a re- apropriação do conhecimento, onde as

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diferenças são consideradas, por meio dele ocorre a mudança na condição humana pois o indivíduo

adquire o saber, e passa a ver o mundo e a si mesmo de outro ponto de vista, consequentemente

elemento transformador de seu mundo.

Para a escola trabalhar a diversidade há que se contar com a participação consciente e

responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: professores, familiares e

membros da comunidade. Debatendo idéias, contextualizando situações, respeitando e valorizando

as individualidades, o que atualmente chamamos de Gestão Democrática.

Para a construção de uma escola inclusiva implica em transformações no contexto

educacional: transformações de idéias, de atitudes, e da prática das relações, tanto no âmbito

político, no administrativo, como no didático-pedagógico.

O processo de mudança tem um ponto decisivo por onde iniciar: a construção do

projeto político pedagógico. Seu desenvolvimento requer reflexão, organização de ações e a

participação de todos, afim de uma formação integrada, reafirmando sua identidade.

A medida que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade

da qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade, sobre os objetivos a

serem alcançados por meio da ação educacional, a escola passa a ser sentida como ela realmente

é: de todos para todos.

As pessoas são diferentes, têm necessidades diversas, deve- se garantir condições

apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as

oportunidades existentes. O aluno não pode se adaptar a escola e sim a escola se adaptar ao aluno.

A proposta deve comportar esses alunos com necessidades. Seja com material de

apoio, seja com contra- turno, trabalho diversificado, cursos preparatórios para professores

(formação continuada). Adequar o currículo ao aluno, flexibilizando para suas reais necessidades.

A escola deve ser um espaço que favoreça, a todos os cidadãos , o acesso ao

conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do

conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da

cidadania. Desta maneira, deve organizar- se de forma a garantir que cada ação pedagógica resulte

em uma contribuição para o processo de aprendizagem de cada aluno.

Em outras palavras, estamos fazendo inclusão quando garantimos a qualidade de ensino

educacional a cada um de nossos alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo

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a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.

Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver

organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência,

condição social, ou qualquer outra situação, um ensino significativo, garantindo o acesso ao conjunto

sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados. Tendo o aluno como sujeito

de direito e foco central de toda ação educacional, garantindo a sua caminhada no processo de

aprendizagem e de construção das competências necessárias para o exercício pleno da cidadania.

Deste modo o papel da escola pública na atualidade é “tudo”. Aquela que forma

sujeitos críticos, responsáveis, que trabalhe para que o aluno pense, seja mais humano sem ser

manipulado, que faça as escolhas certas. Uma escola que não promova a competição a

desigualdade dentro e fora dela, que qualifique e promova o desenvolvimento integral do aluno, uma

escola que promova a cultura.

O papel da escola na sociedade só será re- significado na medida em que cada um

escola/família assuma a responsabilidade. A escola deve tornar- se atraente, convidativa onde os

alunos não queiram pular os portões para fora, e sim o inverso.

6.1.Concepção de Homem: Tendo em vista que o homem é um indivíduo biopsicossocial,

caracteriza- se por um desenvolvimento contínuo ao longo de toda a sua existência. Entretanto, a

profunda segmentação social, concentração de rendas, níveis elevados de pobreza, tanto cultural,

quanto financeira, falta de acompanhamento familiar na educação, devido à necessidade de

sobrevivência, dentre outros, fazem com que o mesmo chegue até a escola desprovido de

perspectivas para o futuro, principalmente de valorização do conhecimento e da própria educação.

Diante desta realidade, cabe à escola formar um ser dinâmico e crítico, que descubra e evolui

enquanto cresce, estando em constante mudança. Para tanto, deve conhecer e vivenciar seus

direitos e deveres, ter clareza, segurança para fazer opções. É necessário, também, que lhe seja

dado à oportunidade e o espaço para o desenvolvimento do senso crítico, pois será graças a essa

consciência, que o mesmo assumirá cada vez mais o papel de sujeito transformador, escolhendo e

decidindo com liberdade. Também é tarefa da escola saber trabalhar com emoções, motivações,

valores e atitudes do sujeito em relação ao outro, reafirmando, assim, suas responsabilidades e

compromissos enquanto agente social.

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6.2 Concepção de sociedade e do mundo: A educação deve ser compreendida dentro da

sociedade, como também do mundo, no qual está inserida. Por este prisma, sendo considerada

como um processo transformador é necessário enquadrá-la na sociedade, com seus determinantes

e condicionantes, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização, estando a serviço

de um projeto de libertação das maiorias que são oprimidas.

“A sociedade é toda ela uma situação educativa; dado à vivência entre os homens, é

condição da educação. A ação desenvolvida entre os homens os educa e, ao interagirem, educando-

se entre si, os homens formam a sociedade.” (Kruppa, Sônia M. Portela, 1994, pág. 12).

Contudo, apesar da educação ocorrer em todas as sociedades, não se apresenta nelas

de forma única. O que ocorre de fato são educações, uma vez que as experiências de vida dos

homens, suas necessidades e condições de trabalho apresentam-se de formas diferentes. Diante

disso, a compreensão de sociedade, exige a análise de como os homens produzem sua

subsistência, como transformam a natureza em produtos úteis para sua sobrevivência, ou seja, o

seu modo de produção, para que a mesma venha a cumprir com eficácia um papel de mediação

num projeto democratizador da sociedade.

“Do ponto de vista prático, trata-se de retomar vigorosamente a luta contra a seletividade,

a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade,

através da escola, significa engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino da

melhor qualidade possível nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria crítica da

educação é dar s ubstância concreta a essa bandeira de luta, de modo a evitar que ela seja

apropriada e articulada com os interesses dominantes.” (Saviani, Demerval, 2008. Pág.31).

6.3 Concepção de ensino, conhecimento e aprendizagem :

Por muito tempo a Pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo que como

decorrência, estaria valorizando o conhecimento. Posteriormente, o ensino ganhou autonomia em

relação à aprendizagem, criaram- se métodos próprios, relegando- se o processo de aprendizagem

para segundo plano.

Atualmente, o processo de ensino e aprendizagem caminha de forma paralela,

fazendo- se necessário utilizar métodos diferenciados para a aprendizagem e valorizando- se o

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conhecimento empírico e o conhecimento adquirido. O conhecimento não é algo situado fora do

sujeito, nem tão pouco algo que o indivíduo constrói independentemente da realidade exterior, dos

demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais. É, antes de tudo, uma construção

histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica, epistemológica, cultural e

psicológica, entre outros.

A realidade torna- se conhecida quando se interage com ela, modificando- a física e

mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir significados,

permite também construir novas possibilidades de ação e conhecimento. Nesse processo de

interação do sujeito com o objeto a ser conhecido, o primeiro constrói representações, que

funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por uma lógica interna que faz sentido

para o sujeito. Essas idéias, construídas e transformadas ao longo do desenvolvimento, fruto de

aproximações sucessivas, são expressões de uma construção inteligente por parte do sujeito. No

entanto, muitas vezes são incoerentes aos olhos de outros sujeitos que as interpretam como erros.

A tradição escolar – que não faz diferença entre erros integrantes do processo de

aprendizagem, erros construtivos, e simples enganos ou desconhecimentos – trabalha com a ideia

de que a ausência de erros na tarefa escolar é a manifestação da aprendizagem. Hoje, o erro

construtivo é interpretado como algo inerente ao processo de aprendizagem e fator de ajuste da

ação pedagógica.

O conhecimento, portanto, é resultado de um complexo e intrincado processo de

construção, modificação e reorganização, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os

conteúdos escolares. O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade

depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de

desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é,

a ação pedagógica deve se ajustar a o que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua

aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação educativa. Por mais que o professor, os

companheiros de classe e os materiais didáticos possam, e devam contribuir para que a

aprendizagem se realize nada pode substituir a atuação do aluno

na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem vai modificar

enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes instrumentos de ação e

interpretação.Conceber o processo de aprendizagem da interação com o meio social

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e,particularmente, com a escola. Situações escolares de ensino-aprendizagem são situações

comunicativas, nas quais os alunos e professores co- participam, ambos com uma influência

decisiva para o êxito do processo.

A abordagem construtivista afirma um papel mediador dos padrões culturais, para

integrar, num único esquema explicativo, questões relativas ao desenvolvimento individual, à

pertinência cultural, à construção de conhecimentos e a interação social.

A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa entre

professor e aluno, os questionamentos e as controvérsias conceituais, influenciam o processo de

construção de significado e o sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares.

As construções do conhecimento sobre os conteúdos escolares, sofrem influencia das

ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de comunicação, dos pais,

irmãos, amigos, das atividades de lazer e outras mais. Dessa forma, a escola precisa estar atenta às

diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam a aprendizagem significativa.

As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas na medida em

que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos

previamente construídos, que atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do

aluno.Se a aprendizagem for uma experiência bem-sucedida, o aluno constrói uma representação

de si mesmo como alguém capaz de aprender. Se, ao contrário, for uma experiência mal sucedida, o

ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária à aprendizagem se

transformará em medo, para o qual a defesa possível e a manifestação de desinteresse.

As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam a

conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem considerados, provocam

mudanças significativas no diálogo entre ensino e aprendizagem e repercutem de maneira positiva

no ambiente escolar, na comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que

fazem e ao que aprendem. É um processo de interação, onde o professor e o aluno são sujeitos do

processo de ensino-aprendizagem, visando à formação ampla do cidadão.

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6.4 Concepção de Educação/Escola:“Educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus

membros à sua imagem e em função de seus interesses; consequentemente, educação é formação

do homem pela sociedade, ou seja, o processo pelo qual a sociedade atua constantemente sobre o

desenvolvimento do ser humano, no intento de integrá- lo no modo de ser social vigente e de

conduzi- lo a aceitar e buscar os fins coletivos.” (Pinto, 1994, pág. 29-30).

Assim sendo, a escola é reflexo da sociedade que temos, e, nesta perspectiva de

realidade, pretendemos uma educação abrangente informatizada em todos os aspectos necessários,

para integração do ser humano como ser social, globalizado, crítico, com múltiplos olhares, no

exercício da cidadania, sendo papel da educação preparar o ser humano para um melhor

ajustamento dentro dos padrões da contemporaneidade. O homem durante toda sua existência

possui capacidade de aprender, ensinar, trocar experiência e produzir conhecimento, modificando

sua cultura e sua atuação como ser crítico e social. A educação está diretamente ligada ao

desenvolvimento integral do indivíduo que acontece no processo de socialização no contexto

escolar, nas relações sociais, culturais e econômicas. Por isso, a mesma deve ver o ser humano

como um ser biológico e psicossocial, em constante adaptação, que constrói sua personalidade nas

relações sociais e culturais.

Visa- se uma educação participativa onde os professores se reúnam para discutir e

planejar assuntos, fazer projetos multidisciplinares e avaliação conjunta; uma educação para a

diversidade, étnica racial e gênero; valorização do lúdico, uma educação com visão de futuro.

Tornando- se tudo muito bonito no papel. Para realizarmos uma prática pedagógica competente e

socialmente comprometida, é necessário ter clareza da função da escola e do tipo de cidadão que

queremos formar.

A escola deverá ser valorizada como instrumento de apropriação do conhecimento

cientifico, formando cidadãos que aspirem melhores padrões de vida e de emprego, visando à

formação de pessoas mais aptas a assimilar mudanças, mais solidárias e que superem a

segmentação social.Nesta perspectiva, o ensino tem o sentido de possibilitar o educando a

compreender, o usufruir e transformar a realidade na qual está inserido.

A escola propiciará ao corpo docente a autonomia de aplicar sua capacidade didática,

em forma diversificada, estimulando inovações, inspirado na estética da sensibilidade e

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cumplicidade na capacidade de todas para aprender na busca de uma política de igualdades.

A escola deve ser um meio, uma ferramenta a mais no processo educativo do aluno,

sendo de qualidade, transformadora, construtiva e que auxilie o aluno a construir seus

conhecimentos de forma significativa.

6.5 Gestão Democrática

A gestão democrática da escola e, de todo sistema educacional, apresenta- se como

mais uma dentre outros desafios para a construção das novas relações sociais, constituindo um

espaço público de decisão e de discussão. A superação da cultura de gestão autoritária só vai

acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via

conselhos de escola, conselhos de classe, grêmios estudantis, reuniões de pais e mães e reuniões

pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí- la.

Refletindo e buscando as soluções em conjunto, com consensos possíveis e trabalhando com os

dissensos como algo saudável na formação de sujeitos democráticos.

Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua identidade como

espaço – tempo pedagógico com organização e projeto político próprio, com base nas convicções

que envolvem o processo como construção coletiva, supõe e exige:

*** Definição clara de princípios e diretrizes contextualizadas, que projetem o vir – a – ser da escola;

*** Envolvimento e vontade política da comunidade escolar para criar a utopia pedagógica que

rompe com os individualismos e estabelece a parceria e o diálogo franco;

*** Conhecimento da realidade escolar baseado em diagnóstico sempre atualizado e acompanhado;

*** Análise e avaliação diagnóstica para criar soluções ás situações – problema da escola, dos

grupos, dos indivíduos;

*** Planejamento participativo que aprofunde compromissos, estabeleça metas, claras e exequíveis

e crie consciência coletiva ;

*** Clarificação constante das bases teóricas do processo com revisão e dinamização contínuas da

prática pedagógica á luz dos fundamentos e das diretrizes do currículo, da metodologia, da

avaliação, dos conteúdos, das bases de organização escolar, do regimento, dos mecanismos de

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participação, do ambiente e do clima institucional, das relações humanas, dos cronogramas de

estudos e de reuniões etc;

*** Atualização constante do pessoal docente e técnico inserida num processo de formação

continuada;

*** Coordenação administrativo – pedagógica competente e interativa que estimule, planeje,

comande, avalie, apóie e dialogue sempre, continuamente.

A gestão da escola é traduzida como um ato político, porque implica sempre uma tomada de

posição dos atores sociais. Assim sendo, sua construção não pode ser individual, mas coletiva,

envolvendo os diversos atores na discussão e na tomada de decisões.

A gestão democrática, é uma prática cotidiana que contém os princípios da reflexão, da

compreensão e da transformação que envolve, necessariamente a formulação de um Projeto

Político-Pedagógico libertador.A participação pode ser entendida como um processo complexo que

envolve os vários cenários e múltiplas possibilidades de organização, pois não existe apenas uma

forma ou lógica de participação, uma vez que há dinâmicas que se caracterizam por um processo de

pequena participação e outras que se caracterizam por efetivar processos em que se busca

compartilhar as ações e as tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os

diferentes segmentos da comunidade escolar.

Entretanto, para que a participação seja realidade, são necessários meios e condições

favoráveis, porque é preciso repensar a cultura escolar e os processos, normalmente autoritários, de

distribuição do poder no seu interior.

Assim, por uma gestão democrática entendemos a garantia de mecanismos e condições para

que espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram.

A LDB dispõe que:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na

educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da

escola;

II - participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes.

O Projeto Político-Pedagógico, nesse sentido, ocupa um papel central na construção de

processos de participação e na implementação da gestão democrática, pois, ao envolver os diversos

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segmentos em sua elaboração e em seu acompanhamento, é colocado um grande desafio para a

gestão democrática e participativa, por envolver diretamente os diferentes segmentos das

comunidades local e escolar, seus valores, atitudes e comportamentos. Isso porque, a escola é um

espaço de contradições e diferenças.

6.6 CONCEPÇÃO CURRICULAR – o papel do currículo na formação humana do aluno, os

limites e as possibilidades da prática docente

Se entendemos a Escola como espaço de rompimento das estruturas, de construção

de novas relações para uma outra sociedade; se a Escola é o lugar onde se constrói/ aprende/

ensina/ socializa algum tipo de saber, de conhecimento, como educadores precisamos nos

questionar: qual saber deve a escola difundir? Como e a Quem?

O saber escolar constitui- se a partir de escolhas, ideias, opções internacionais que

atendem a determinados fins. Como diz Saviani: “ As idéias variam, cruzam- se, em determinados

momentos avançam, em outros recuam, saem de cena, reaparecem, ostentam- se, dissimulam- se...

a depender da correlação de forças, conforme necessidades e exigências impostas pelas

circunstâncias e pelos atos em movimento, em conflito...” E acrescenta: “ meu ponto de partida é a

noção de que a educação visa instrumentalizar o povo para fins de participação social, ou seja, tem

dupla função: técnica (enquanto dotação de instrumentos, que envolve o como e com que educar –

os meios) e política (enquanto dotação voltada para a participação social, envolvendo o porquê e

para quê educar – os fins)”.

Entendemos que construir um currículo exige uma compreensão de totalidade e

profundidade sobre a função social da escola, revendo sua forma de organização e gestão;

garantindo condições objetivas e subjetivas que visem sua democratização. Não se pode reduzir

currículo a escolha de conteúdos!

Precisamos trabalhar, em cada área do conhecimento, com conteúdos engajados ,

conteúdos que expliquem o mundo físico e social, que recuperem a memória histórica para

construção de um projeto de futuro, que problematizem o presente e, com posicionamento teórico e

político, recoloquem a escola lado a lado das lutas sociais.

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É no currículo que ocorre a determinação destes conteúdos e por isto discutiu- se

coletivamente, a reflexão sobre o quê , para quê e para quem ensinar: este foi o ponto de partida

das discussões entre nós, que fazemos o currículo onde ele realmente acontece, na escola – como

intelectuais comprometidos – e que estamos construindo, no dia a dia, as grandes transformações –

como sujeitos históricos.

Os estudos culturais permitem conceber o currículo como um campo de luta em torno

da significação e da identidade da escola. Sob esta perspectiva, o currículo é um artefato cultural

que como “instituição” é uma invenção como qualquer outra e como “conteúdo” é uma construção

social. Como construção social, o currículo não pode ser compreendido sem que haja uma análise

das

relações de poder que fizeram e fazem com que se tenha a definição determinada de currículo e não

outra, que fizeram e fazem com que o currículo inclua um tipo determinado de conhecimento e não

outro.

Desse modo, o currículo escolar de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino Do Paraná deve apontar horizontes bem definidos,

propostas claras e decisão firme para implementar uma política educacional de qualidade. Assim, o

conceito de currículo remete, necessariamente, à reflexão sobre para que serve, a quem serve e que

tipo de sujeito forma.

Diante disso, o currículo é visto como uma práxis antes que um objeto estático. Mesmo

porque, ele emana de um modelo coerente de pensar a educação ou as aprendizagens necessárias

dos educandos e não se esgota na parte explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. O

currículo também reagrupa à sua volta uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as

quais o fazer pedagógico na instituição escolar e os saberes a serem socializados.

Diante de sua missão, a escola, através do currículo, passa a trabalhar um projeto de

educação para a vida, devendo ser uma organização que aprenda e que seja capaz de ensinar. O

que exigirá do aluno um comportamento ativo e livre no processo de aprendizagem, dando-lhe uma

sensação de autodireção e decisão.

Conforme a Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96, em seu Art. 27, os

conteúdos curriculares da educação básica serão direcionados no sentido de difundir valores

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fundamentai ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem comum e à

ordem democrática, entre outros.

Nesse sentido, o currículo deve ser entendido como um espaço de construção social que

enfatize precisamente o caráter construído e interpretativo do conhecimento, procurando

proporcionar ao educando os saberes necessários `a sua vida em sociedade; resgatando os valores

fundamentais da vida, do conhecimento e do trabalho, e motivando as pessoas a vivê-los de forma

mais intensa.

Portanto, o currículo é o orientador das práticas educativas na escola e por isso está em

constante mudança devido a fatores de ordem epistemológica – social (mudanças que ocorrem no

campo das ciências) e de também de ordem sistêmica.

Pensamos que uma boa definição de currículo o relaciona a um conjunto de experiências,

organizada pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e disponibiliza aos alunos, com

objetivo que os alunos aprendam algo. O eixo do currículo, em torno do qual ele gira, é o

CONHECIMENTO ESCOLAR. A centralidade do currículo é o conhecimento, pois a escola deve

ensinar – este é um pressuposto do qual todos partilhamos

6.7 PRINCÍPIOS NORTEADORES DE ACORDO COM AS DIRETRIZES CURRICULARES

NACIONAIS

Elencamos, na seqüência, alguns princípios que embasaram nossas reflexões na

construção curricular.

1 – Utilização de ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas áreas

do conhecimento, que sejam capazes de capacitar não apenas os educandos como também os

demais sujeitos escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade, interpretar, se

posicionar e influenciar sobre ela.

2 – Respeito e incentivo á liberdade de pensamento, á discussão, á capacidade

argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no interior da escola.

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3 – Organização de programas através de conteúdos socialmente significativos, permitindo

compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa

interpretação dialética, respeitando as diferentes formas de compreender o mundo, tendo em vista a

construção de uma sociedade mais justa e humana.

4 – Recriminação de práticas desumanizadoras de consumo, competição, desrespeito à vida

e à natureza.

5– Entendimento e respeito aos educandos como sujeitos escolares em movimento,

mostrando a necessidade de participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros

escolares.

6 – Compreensão da necessidade de estudo permanente e de formação contínua e

atualizada – o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender – para desenvolver a autonomia

intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da dominação cultural

burguesa.

7 – Contribuir para que os sujeitos escolares tenham o domínio do conhecimento, o acesso

e a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das ciências, das letras e da

tecnologia.

8 – Oportunizar aos sujeitos escolares o conhecimento, valorização e vivência das

manifestações populares, compreendendo as relações de interdependência entre as culturas e sem

qualificar uma delas como superior.

9 – Vivenciar em sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas pelas populações

do campo, das comunidades indígenas, das populações ribeirinhas e outras, rompendo com a falsa

dicotomia entre o popular e o erudito.

10 – Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural,

para lutar contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra os portadores

de necessidades especiais, entre outras.

11 – Incentivo a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a participação coletiva

nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando os órgãos de representação e a

participação efetiva de todos.

12- Contribuir para a concretização de uma aprendizagem permanente, liberta da

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padronização burocrática, com propostas pedagógicas próprias e com qualificação permanente;

13 - Criar oportunidades para permanência do aluno no sistema escolar, através de ensino

fundamental médio universalizado e que desenvolva o máximo suas potencialidades;

14 - Estar preparada para atender com qualidade, clientelas de origens, destinos sociais e

aspirações muito diferenciadas, tornando-as aptas a assimilar mudanças, com mais autonomia em

suas escolhas, superando a segmentação social;

15- Propiciar uma avaliação universalizada, através da prestação de contas, na qual, tanto o

corpo discente como o docente, tenha a oportunidade de expor seus conhecimentos e o seu valor;

16 - Desenvolver todas as capacidades de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos para a formação do individuo.

17- Oportunizar ao educando identificar e valorizar a diversidade cultural e a influência das

etnias na formação da cultura brasileira;

18 -Criar no aluno uma visão provável, possível ou preferível capaz de criar critérios para sua

escolha profissional.

19- Possibilitar ao educando uma visão de análise crítica da sociedade em todas as escalas de

espaço, bem como a participação da Gestão Democrática e prática da cidadania.

6.8 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A compreensão da Educação Especial como parte integrante do sistema educacional

que se realiza, desde a Educação Infantil, até os mais elevados níveis da Educação Superior, é uma

realidade que delineia seus contornos a partir dos movimentos mundiais em favor da inclusão. Ora,

se o princípio filosófico norteador do movimento incluso repousa na idéia de uma escola democrática

e comprometida com os interesses e necessidades de todos os alunos, houve a necessidade do

redimensionamento de práticas dessa modalidade de educação, já que o critério básico de

organização previa locais distintos dos convencionais, para o atendimento especializado.

Além disso, o movimento pela inclusão de todos os alunos não se restringe ao

atendimento daqueles com deficiências, pois decorre dos múltiplos fatores nela envolvidos que

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delimitam os grupos marginalizados e excluídos em cada um dos momentos históricos de

determinada sociedade.

Esses fatores incluem uma ampla rede de significações no entrecruzamento de

diferentes olhares e formas de se efetivar esse processo; é na inter-relação de concepções e

práticas que envolvam o eu, os outros e as instituições sociais é que se definem os grupos-alvo da

inclusão.

Dito isso, fica claro que políticas e práticas de inclusão não tem um significado único e

consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores.

Com a mudança de concepção sinalizada na lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº 9394/96, reflexo dos movimentos internacionais pela inclusão social, aponta-se uma

ressignificação da Educação Inclusiva, ampliando-se não apenas a sua abrangência desde a

Educação Infantil até o Ensino Superior, bem como o público-alvo a que se destina: alunos com

necessidades educacionais especiais.

Entende-se Educação Inclusiva como uma proposta pedagógica, que assegura um

conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar,

complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de

modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos

educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, organizados para apoiar,

complementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a

educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que

apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da

educação.

Como modalidade da Educação Básica, a educação inclusiva considerará as situações

singulares, os perfis dos estudantes, as características bio-psicossociais dos alunos e sua faixas

etárias e se pautará em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:

A dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de

estudo, de trabalho e de inserção na vida social;

A busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização

das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no

processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores,

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atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;

Uma educação inclusiva, neste caso, busca resgatar valores humanos de

solidariedade, de colaboração e, sobretudo, de assegurar o direito à igualdade de direitos que por

séculos foram negados a esse grupo de pessoas pelas inúmeras contingências históricas

detalhadas ao longo desse texto.

A cidadania que se busca para todas as pessoas, apresentem ou não deficiências ou

superdotação, sustenta-se na possibilidade de acesso e participação plenos nas relações sociais.

Ser criado também supõe a apropriação e a fruição do saber histórico acumulado

historicamente, das formas mais desenvolvidas do conhecimento, de seus símbolos e códigos de tal

maneira que se constituíam em instrumentos imprescindíveis ao pleno exercício da cidadania. Isso

representa a necessidade de superar as formas empíricas de educação, os conteúdos curriculares

de orientação meramente manipulativos, as doses homeopáticas de escolaridade e as estratégias

isoladas e espontaneisitas de participação tavestidas pelo discurso da igualdade e da integração

(ROSS, 1998, p 107).

O desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social,

política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de

seus direitos.

As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de

desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente,

bem como pelos recursos e apoios que o colégio deverá proporcionar, objetivando a remoção das

barreiras para a aprendizagem, e compreendem:

a) Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não

vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou

deficiências;

b) Dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a utilização de outras

línguas, linguagens e códigos aplicáveis;

c) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;

d) Superdotação/ Altas habilidades

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Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e

tomada de decisões quanto ao atendimento necessário, o colégio deve realizar, como

acessoramento técnico, avaliação do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando para

tal com:

*** A experiência de seu corpo docente, diretores, coordenadores, orientadores e

supervisores educacionais;

*** O setor responsável pela educação inclusiva do respectivo sistema;

*** A colaboração da família e a cooperação dos serviços de saúde, assistência social,

trabalho, justiça e esporte, bem como Ministério Público, quando necessário;

*** As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas

classes comuns;

*** Professores capacitados e especializados para o atendimento ás necessidade

educacionais dos alunos.

“ Todas as crianças, jovens e adultos, em sua condição de seres humanos, têm direito de

beneficiar-se de uma educação que satisfaça as suas necessidades básicas de

aprendizagem, na acepção mais nobre e mais plena do termo, uma educação que

signifique aprender e assimilar conhecimentos, aprender a fazer, a conviver e a ser. Uma

educação orientada a explorar os talentos e capacidades de cada pessoa e desenvolver a

personalidade do educando, com o objetivo de que melhore a sua vidas e transforme a

sociedade (Marco de Açaõ de Dakar, p.8).

Podemos considerar que a citação acima contém os princípios da educação

inclusiva, ou seja, uma educação de boa qualidade para todos e com todos, sem

discriminações por qualquer tipo de preconceito.

A proposta da Educação Inclusiva precisa ser, definitivamente, entendida como um

dever a ser assumido e concretizado pelo Estado , contando com a parceria da

sociedade.

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7. MARCO OPERACIONAL

7. 1 LINHAS DE AÇÃO E A REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR, NA

PERSPECTIVA ADMINISTRATIVA, PEDAGÓGICA, FINANCEIRA E POLÍTICO – EDUCACIONAL.

“ Cabe a educadores progressistas, armados de clareza e decisão política, de coerência, de

competência pedagógica e científica, da necessária sabedoria que percebe as relações entre táticas

e estratégias, não se deixarem intimidar. Cabe a eles criar com o medo a coragem, com a qual

confrontem o abuso de poder. Cabe a eles, finalmente, realizar o possível de hoje para que

concretizem, amanhã, o impossível de hoje.”

Paulo Freire

Atualmente reflete-se muito sobre a necessidade de construção de uma nova sociedade.

Necessidade que passa pela compreensão do mundo em que vivemos , seus determinantes

históricos, da função da escola e seus desafios na denúncia do presente que desumaniza e no

anúncio de um amanhã como construção a partir do agora, com intencionalidades e conflitos.

Queremos uma escola da vida, nesta escola a prática pedagógica é atuante e revolucionária

pois a prática gesta um processo educativo transformador da escola e da sociedade.

Nas lutas do povo brasileiro localizamos os princípios da educação e da escola que

desejamos: Pública, Gratuita, Democrática, de Qualidade e para Todos. Em pleno século XXI ainda

temos inúmeros desafios para a efetivação destes princípios e um deles é que essa luta precisa ser

feita no cotidiano da escola, em seu movimento permanente de reflexão, de diálogo, de

enfrentamento e de construção coletiva, compreendendo a si mesma no contexto atual.

Podemos afirmar que a originalidade da relação administração – escola está justamente em

se constituir em administração da educação.

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O mundo da educação diz respeito ás pessoas e ao seu contexto sociocultural, aos sujeitos,

aos acontecimentos, aos conflitos de liberdade e de decisão e ás condições de vida, tanto em plano

individual como coletivo.

A globalidade do processo educativo e sua complexidade tornam imperioso que se busque

um nível de interdisciplinaridade e de complementaridade epistemológica para dar conta da

consecução dos fins educacionais.Na concretização dessa tarefa tem importante papel a ação

administrativa. Ela se situa no espaço - tempo entre as decisões políticas que o processo educativo

exige e a implementação dessas decisões.

Assim, ao examinar a importância da administração na escola e suas peculiaridades há que se

considerar a influência e a relação da escola com seu contexto social e político e considerar,

especialmente, a subjetividade na construção do conhecimento, os valores e a hierarquia desses

valores que presidem o estabelecimento de metas e prioridades. Isso implica um posicionamento

filosófico, paradigmas de conhecimento que expressam nova visão de homem e de sociedade e que

fundamentam a questão educacional. Afinal, o que queremos, para que e para quem administramos

a escola? Como viabilizar o processo de construção e reconstrução do saber?

Assim, é impossível separar uma teoria e uma prática administrativa como, da mesma

forma, é impossível separar essa teoria e prática administrativa de uma teoria e prática pedagógica.

Administrar é educar ou deseducar e não há meio – termo.

O comportamento administrativo manifesta seu alcance pedagógico de várias

maneiras. Por exemplo: no estabelecimento das políticas, dos fins, dos meios, no planejamento e na

avaliação, na articulação com a comunidade escolar, na destinação e na alocação de recursos, no

estabelecimento de prioridades, no respeito á liberdade e ás individualidades, na defesa dos

interesses do coletivo escolar e na defesa das necessidades dos educandos, em sua passagem pela

escola.

Administrar é agir de modo a combinar adequadamente o uso de recurso disponíveis

para atingir um objetivo. É, portanto, uma ação finalista, voltada á obtenção de algum resultado.

Na organização escola, que se quer democrática, em que a participação é elemento

inerente á consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais

baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo escolar, exige-se da equipe diretiva, que

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é parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo

decisório como tal e seus desdobramentos de execução.

Liderança e firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar decisões com segurança, como

elementos de competência pedagógica, ética e profissional para assegurar que decisões tomadas

de forma participativa e respaldadas técnica, pedagógica e teoricamente sejam efetivamente

cumpridas por todos.No caso da organização escolar as questões éticas e administrativas têm a ver

com a questão pedagógica.

A equipe diretiva ou coordenadora, a quem cabe direcionar o pessoal docente,

discente, técnico – administrativo e de serviços, não pode dissociar da tarefa diretiva seu caráter

formativo, razão maior da ação escolar expressa neste Projeto Político – Pedagógico.

O ambiente socioeconômico e político mundial apresenta turbulências, e está marcado

por profundas e constantes transformações, exigindo das organizações extrema agilidade e

competência adaptativa. Nelas, o conflito é elemento constitutivo, sendo capaz de propiciar ás

organizações um clima propício á mudança adaptativa, pois o conflito gera mudança, mudança gera

adaptação e, em consequência, gera a sobrevivência da organização com salto de qualidade ou

não, conforme as alternativas que surgem. Isso significa humanizar a escola e amadurecer a

percepção de que seus problemas não são de indivíduos isolados, fragmentados, mas de um

processo social, portanto político e cultural, assim como as saídas para estes problemas exigem

ações coletivas.

Considerando que a escola é espaço de ensino - aprendizagem e que esta se dá a

partir da relação entre sujeitos, mediada pelo conhecimento, a forma de organização e de gestão

escolar, a definição dos papéis dos diferentes sujeitos expressam muito da concepção educativa ali

existente. A prática vivencial desta escola passa pela afirmação cotidiana deste espaço como direito

de todos e pelo dever do Estado em garantir as condições de trabalho para a efetivação do trabalho

pedagógico, administrativo, financeiro e político educacional realmente comprometido com a

emancipação humana e a transformação da sociedade.

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7.2. INSTÂNCIAS COLEGIADAS:

Quando se busca construir na escola um processo de participação baseado em relações de

cooperação, no trabalho coletivo e no partilhamento do poder, é preciso exercitar a pedagogia do

diálogo, do respeito às diferenças, garantindo a todos a liberdade de expressão, a vivência de

processo de convivência democrática, que devem ser efetivados no cotidiano escolar, visando a

construção de projetos coletivos, de administração colegiada.

No entanto, para que a decisão seja partilhada, é necessária a implementação de vários

mecanismos de participação: aprimoramento dos processos de provimento ao cargo de diretor,

criação e consolidação de órgãos colegiados na escola (Conselhos Escolares, Conselho de Classe,

Grêmios Estudantis...), que coletivamente podem implementar formas de organização da educação

e da escola, visando uma educação emancipatória e democrática, que se constrói por meio de

novas formas de organização e gestão, pela implementação de mecanismos de distribuição do

poder, que só se torna possível pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, articulada à

necessidade de formação para a democracia.

É através da participação, que cada pessoa é respeitada enquanto indivíduo e enquanto

integrante de um corpo maior e coletivo, que é a escola.

A administração colegiada deverá também vislumbrar meios de se promover a avaliação da

Proposta Pedagógica, como: reuniões freqüentes com todos os envolvidos na instituição escolar

para análise e discussão sobre a mesma, sobre os seus pontos positivos e negativos, vislumbrando

por correções de possíveis pontos falhos.

Porém, a participação da comunidade escolar e de seus órgãos colegiados não depende

somente da abertura propiciada pelo corpo diretivo da escola, mas principalmente, da

conscientização dos diversos segmentos acerca da importância da participação de cada um no

processo pedagógico. Neste sentido, ressalta-se principalmente, a necessidade de real

envolvimento da equipe interna da escola na consecução dos objetivos idealizados, cuja atuação e,

sem dúvida, determinante para que o processo pedagógico se desenvolva de forma participativa

e democrática.

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A gestão democrática da educação tem como preceito a radicalização da democracia,

que se traduz no caráter público e gratuito da educação, na inserção social, nas práticas

participativas, na descentralização do poder, no direito á representação e organização dos

trabalhadores, na eleição direta dos dirigentes, na socialização dos conhecimentos e na tomada de

decisões de forma colegiada.

7.2.1 CONSELHO ESCOLAR:

O Conselho escolar é um órgão colegiado, organizado para promover a democracia no interior da

escola. é o maior órgão da gestão escolar porque tem como funções discutir, aconselhar, deliberar e

normatizar as questões mais importantes do cotidiano escolar. No conselho, os representantes dos

diferentes segmentos- familiares, professores, funcionários, alunos, direção e equipe pedagógica- se

reúnem para decidir as questões pedagógicas, administrativas e financeiras, definindo a política de

ação da escola.

Os Conselhos Escolares foram criados através da Deliberação 20/91, do Conselho

Estadual de educação.

As reuniões do Conselho são sempre abertas: todas as pessoas (e não apenas os

conselheiros) podem participar, porém, somente os conselheiros eleitos por seus segmentos podem

votar. A tarefa dos conselheiros não é falar em seu próprio nome, mas falar em nome do seu

segmento. Por isso, deve se reunir com seu segmento para debater e chegar ao consenso, de forma

a poder representá-lo corretamente.

A composição do Conselho deve ser paritária, isto é, o total de vagas para conselheiros

deve ser distribuído em: metade para as pessoas que trabalham na escola (professores, equipes

pedagógicas e funcionários) e metade para os representantes dos alunos e familiares. No estatuto

do Conselho devem ficar bem evidenciadas as definições dos direitos e deveres dos conselheiros, a

forma e periodicidade das reuniões, a forma de tomada de decisões, etc.

Dentre as principais funções do Conselho, depois de debatido coletivamente pela

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Escola estão:

a) Construir e reconstruir o Regimento Interno da Escola

b) Elaborar e reelaborar o Projeto Político Pedagógico

c) Acompanhar as ações administrativas

d) Definir e fiscalizar as aplicações financeiras

e) Ajudar na definição do Calendário escolar

f) Constituir comissões especiais para estudos e aprofundamentos

g) Acompanhar os aspectos pedagógicos

h) Servir como última instância de recursos e avaliação da escola

i) Debater e aprovar, em última instância de recursos, o Currículo e o Plano de Ação da Escola

Os Conselhos Escolares contribuem decisivamente para a criação de um novo cotidiano

escolar, na qual a escola e a comunidade se identificam, no enfrentamento não só dos desafios

escolares imediatos, mas dos grandes problemas sociais vividos na realidade brasileira. O desafio

nas Escolas é criar uma cultura democrática e participativa, com pessoas que tenham

representatividade no seu segmento, disposição para exercer a função e, sobretudo, compromisso

com a educação pública.

7.2..2 CONSELHO DE CLASSE:

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino,

tendo por objetivo avaliar o processo ensino - aprendizagem, na relação professor - aluno e os

procedimentos adequados para cada caso.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na

direção do processo ensino – aprendizagem, proposto pelo planejamento ( proposta curricular)

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Acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino - aprendizagem dos alunos;

Analisar os resultados da aprendizagem em relação com o desempenho da turma, com a

apropriação dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos

conteúdos necessários de ensino, evitando comparação dos alunos entre si;

O Conselho de Classe será constituído pelo Diretor, pela equipe Pedagógica e por

todos os professores que atuam na mesma turma do representante de turma.

A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor, que em sua falta será

substituído pelo Diretor – Auxiliar, Equipe Pedagógica

O Conselho de Classe reunir – se –á ordinariamente em cada trimestre, em datas

previstas pelo Calendário escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o

exigir.

São atribuições do Conselho de Classe:

Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo de ensino – aprendizagem, respondendo a

consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;

Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e

processos de avaliação que afetem o rendimento escolar;

Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o respeito á

cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;

Estabelecer planos viáveis de recuperação paralela de conteúdos, em consonância com a

proposta curricular deste Estabelecimento de Ensino

Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de

alunos transferidos, quando se fizer necessário;

Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que apresentarem frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero),

levando sempre em consideração o desenvolvimento do aluno até então.

O Conselho de Classe, é um órgão colegiado presente na organização da escola, em que os

vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, ou

pedagogos, reúnem-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas

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turmas. Ele apresenta segundo DALBEN (2004, p. 32), algumas características básicas que o fazem

diferente de outros órgãos colegiados, por exigir a participação direta dos profissionais que

desenvolvem o trabalho pedagógico com os alunos que analisarão e discutirão o processo de

trabalho de sala de aula que concretamente se efetiva, isto é, o docente participa do Conselho de

Classe trazendo o rendimento do aluno em relação ao trabalho desenvolvido em sala de aula.

Uma das características fundamentais do Conselho de Classe é configurar-se como espaço

interdisciplinar de estudo e tomadas de decisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola

e, nesse sentido, é um órgão deliberador sobre os objetivos de ensino a serem alcançados, o uso de

metodologias e estratégias de ensino, critérios de seleção de conteúdos curriculares, projetos

coletivos de ensino e atividades, formas e critérios de avaliação, adequações curriculares, entre

outros.

Entretanto, é interessante salientar que, embora em algumas composições as reuniões

podem não contar com a presença do aluno, ele é a figura central das discussões e avaliações,

estando presente por meio de seus resultados, de seus sucessos, de seus desenvolvimentos, de

suas resistências, de seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades, postos durante os

debates nas questões da prática de ensino e de aprendizagem, objetos de discussão das

reuniões.

A figura do aluno representante de turma é importante no Conselho de Classe, uma vez que a

participação de todos os envolvidos no processo educativo, numa inter-relação entre turnos, turmas,

séries e áreas tornam-se a tônica das da discussão das necessidades de gestão do projeto

pedagógico da escola. Essa participação de alunos representantes de turma, professores,

pedagogos e direção, entrelaçada pela análise direta de questões vividas no cotidiano pelos

diferentes profissionais na sala de aula e na escola, permitem ainda o desenvolvimento do processo

educativo pela reflexão e discussão coletiva sobre o fazer de toda a escola. Permitindo um olhar

conjunto e a percepção das necessidades coletivas e das possíveis soluções.

Das reuniões do Conselho de Classe, será lavrada ata, pelo secretário, em livro próprio, para

registro, divulgação ou comunicação aos interessados.

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7.2.3 GRÊMIO ESTUDANTIL:

O Grêmio é uma associação de alunos, que representa e defende seus direitos. Tem total

autonomia dentro da escola. É garantido pela lei n°7.398, de 04 de novembro de 1985, que

assegura aos estudantes do ensino Fundamental e Ensino Médio a organização em grêmios

estudantis como entidades autônomas representativas dos estudantes com finalidades

educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais. Assim sendo, o “ grêmio é entidade máxima

de representatividade dos estudantes de cada escola”.

A organização de eventos (campeonatos, festivais, cursos, teatros, jornalzinho, etc) são

algumas das funções do Grêmio, no entanto a função maior, esta em representar todos os

educandos reivindicando e propondo mudanças para a melhoria do ensino.

Os estudantes têm uma grande contribuição a dar na transformação da realidade atual

da educação brasileira. Têm também a responsabilidade de participar na construção da cidadania.

O Grêmio tem validade anual e foi eleito por intermédio de votação, sendo a organização que

representa os interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e

fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.

O Grêmio na escola representa também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,

convivência, responsabilidade e de luta por direitos.

7.2.4 ELEIÇÃO DO ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA:

Contribuir para a formação do ser humano pleno, o sujeito, o cidadão consciente e

atuante é a principal função da escola. Se, efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária

e democrática, necessariamente devemos exercitar estes princípios no cotidiano da escola com

nossos educandos. A escolha do representante de turma é o primeiro passo para que os alunos

possam escolher e ser escolhidos democraticamente como representatividade na sua turma, sendo

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um elo de ligação direta entre alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários e direção.

Contribuindo na manifestação de idéias, críticas, planejamentos e ações para uma melhor eficácia

no desenvolvimento do processo ensino - aprendizagem.

7.2.5 APMF:

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários da( o) Colégio Estadual Professora Edithe

- Ensino Fundamental e Médio, APMF / do Colégio Estadual Professora Edithe - Ensino

Fundamental e Médio, com sede e foro no Distrito de Ferraria Município de Campo Largo, Estado do

Paraná, localizado à Rua Mato Grosso, nº 9255, reger-se-á pelo presente Estatuto e pelos

dispositivos legais ou regulamentares que lhe forem aplicados.

A APMF ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos

Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário,

religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

Os objetivos da APMF são:

I. Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família - escola comunidade, enviando sugestões, em

consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe -

pedagógica - administrativa.

II. Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes

melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino.

III. Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade

IV. Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o

Conselho Escolar

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V. Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa

forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e

universal

VI. Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda

a comunidade, através de atividades sócio educativas - cultural- desportivas, ouvindo o

Conselho Escolar.

VII. Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata

VIII. Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.

São atribuições da APMF:

I. Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as

alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino,

para deferimento ou não;

II. Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive

Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à

utilização das dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do

estabelecimento de ensino

III. Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho

Escolar;

IV. Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por

esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da

SEED;

V. Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

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necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

VI. Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes

da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a

Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembléia Geral

Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com

pauta claramente definida na convocatória;

VII. Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos

advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem

como, reunir-se para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;

VIII. Apresentar balancete semestral aos participantes da comunidade escolar,

através de editais e em Assembléia Geral;

IX. Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as

reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a

participação do Conselho Escolar;

X. Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata

próprio e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF);

XI. Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de

bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho

Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do

estabelecimento de ensino;

XII. Acompanhar a aplicação das receitas oriundas de qualquer contribuição

voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da

associação e à Direção do estabelecimento de ensino;

XIII. Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo, preenchido em 02

vias;

XIV. Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de 'serviços temporários na forma

prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia informação à

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Secretaria de Estado da Educação;

XV. Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão

representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades;

XVI. Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do estabelecimento de ensino,

depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, tomá-la pública;

XVII. Apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os

pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar

do estabelecimento de ensino;

XVIII. Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, o (os)

representante(s) para compor o Conselho Escolar;

XIX. Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades curriculares,

implantação e implementação de projetos e programas nos estabelecimentos de ensino da

rede pública estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente

repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do estado do Paraná dos recursos

utilizados;

XX. Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal nº 8.666/93,

prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, dos recursos utilizados com o

acompanhamento do Conselho Escolar;

XXI. Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas

para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia

informação à Secretaria de Estado da Educação;

XXII. Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação referente a

APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;

XXIII. Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias

consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do estabelecimento de ensino

II. Parágrafo Único - Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão Negativa

de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas do Estado do 76

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Paraná, para solicitação da Certidão 1\-egativa, e outros documentos da legislação vigente,

para os fins necessários.

Os recursos da APMF serão provenientes de :

I. Contribuição social voluntária dos integrantes;

II. Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes públicos

e pessoas fisicas ou jurídicas;

III. Campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação vigente;

IV. Juros bancários e correções monetárias provenientes de aplicações em Caderneta

de Poupança e/ou Conta Corrente; Investimentos e operações monetárias

previamente autorizadas pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;

VI. Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos,

administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado, observando-se a

legislação em vigor;

VII. Exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação específica;

O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes categorias de

integrantes: efetivos, colaboradores e honorários.

§ 1 ° Serão . integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e

Funcionários da Unidade Escolar.

§ 2° Serão integrantes colaboradores, ex-alunos, pais de ex-alunos, ex - professores,

ex-funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de participar.

3° Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a

aprovação da Assembléia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços à

educação e à APMF.

A ADMINISTRAÇÃO

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São órgãos da administração da APMF:

I. Assembléia Geral;

II. Conselho Deliberativo e Fiscal;

III. Diretoria;

IV. Assessoria Técnica;

A Assembléia Geral Ordinária, constituída pela totalidade dos integrantes, será convocada e

presidida pelo presidente da APMF.

A convocação far-se-á por edital, em local visível e de passagem, com no mínimo 2 (dois)

dias úteis de antecedência, e por comunicado enviado a todos os integrantes-

As Assembléias Gerais realizar-se-ão em primeira convocação, com presença de mais da

metade dos integrantes efetivos, ou em segunda convocação, meia hora depois, com

qualquer número de integrantes.

As deliberações da Assembléia Geral Ordinária ou Extraordinária, serão aprovadas por

maioria simples dos integrantes presentes com registro em ata.

Os cargos de Presidente, Vice-Presidente, 1 ° Tesoureiro e 2° Tesoureiro e representantes

da comunidade junto ao Conselho Deliberativo e Fiscal, serão privativos de pais, responsáveis

legais de alunos matriculados com freqüência regular.

Os cargos de 1° Secretário elo Diretor Sócio-Cultural-Esportivo, serão privativos de

professores e ou funcionários do estabelecimento de ensino, desde que respeitada a paridade.

Todas as deliberações da Diretoria deverão ser tomadas em reunião conjunta dos seus

membros e constar em livro ata próprio da APMF.

7.3 - FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA

A formação continuada para os educadores deve partir da reflexão sobre a prática cotidiana

da realidade escolar numa perspectiva problematizadora, dialógica e sistematizadora que contribua

para um processo de ação –reflexão – ação acerca da educação que se tem e a educação que se

quer.

A formação precisa atingir as possibilidades de transformação na escola, atingir todos os

trabalhadores da escola em : uma gestão democrática debatendo as relações de poder, dialogando

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sobre relações de ensino- aprendizagem, sobre avaliação superando práticas punitivas, seletivas e

meritocráticas, consolidando o trabalho coletivo contribuindo para a socialização de experiências e

criação de novas práticas escolares.

Além dos cursos ofertados pela entidade mantenedora, o Colégio promoverá estudos nas

horas atividade com leitura de livros, troca de experiência, apresentações de temas pedagógicos

diferenciados e com reuniões periódicas.

Nos encontros pedagógicos serão realizados debates e palestras, conforme a possibilidade

de recursos financeiros.

Esses estudos auxiliam o crescimento profissional, capacitando os profissionais promovendo

mudança de atitudes e posturas diante dos assuntos pertinentes à educação de qualidade.

A preferência dos professores que sejam atividades em forma de “oficina”, isto é, mais

dinâmica, utilizando-se da prática. Os temas sugeridos no ano 2006 para o ano seguinte são: meio

ambiente, orientação sexual, ética –profissional, cidadania, interpretação, auto – estima, qualidade

de vida, inclusão, psicologia das relações humanas e informática.

7.4 AÇÕES RELATIVAS Á RECUPERAÇÃO PARALELA

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, permanente e

cumulativa. Deverá obedecer à ordenação e à seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como a

orientação do currículo. Devem ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num

processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do

aproveitamento escolar, tomando na sua melhor forma.

O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante

recuperação de estudos, proporcionando obrigatoriamente. A recuperação é um dos aspectos da

aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos. Devendo construir um

conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

A recuperação é desenvolvida paralelamente às atividades regulares dos alunos, sempre que

forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem.

A recuperação de conteúdos será feita durante o trimestre pelo acompanhamento do

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professor, o qual adotará metodologias diferenciadas para melhor rendimento do aluno, como:

reestruturação de textos, avaliação escrita e oral, trabalhos, pesquisas entre outros. Acontecerá

durante o ano letivo é considerada, para efeito de documentação escolar, os registros nos livros de

chamada. Os resultados da recuperação devem incorporar-se aos das avaliações efetuadas durante

o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.

A proposta de recuperação de estudos deve incidir sobre a área de estudos e os conteúdos

da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente, preferencialmente

concomitante ao período letivo, constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino além

de se adequar às dificuldades dos alunos.

A recuperação de estudos, portanto, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não

apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação

serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no

processo de recuperação de estudos.

A recuperação ocorre de duas formas:

1. Pela retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação.

2. Pela reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala de aula.

A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que todos os instrumentos

serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos

mesmos e não como fins de aferir valores. Cabe ao professor perceber, através destes, em que

dimensões os conteúdos devem ser retomados e reavaliados.

É preciso, assim, estabelecer estratégias de recuperação concomitante ao processo ensino-

aprendizagem sempre que se constatar a necessidade da mesma para que o aluno atinja os

objetivos propostos pelos professores no Plano de Trabalho Docente e se aproprie dos conteúdos

necessários ao seu rendimento escolar.

A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos

instrumentos foram utilizados como via para aprender e como diagnóstico para auto regular o

processo.

O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores das avaliações (como

um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos

conteúdos, a recuperação não é um "adendo" à nota, tem peso de 0 a 100%.

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Os alunos que se constatam dificuldades acentuadas na aprendizagem, são encaminhados à

avaliação pedagógica e psicológica e, se for o caso, encaminhados à Sala de Recursos.

É constatada a recuperação, quando na revisão dos resultados anteriormente anotados,

houver alterações positivas quanto aos objetivos pretendidos. Deverá ser planejada ou ter

planejamento e registro em livro de chamada que está realizado atividades de recuperação de

determinado conteúdo, nunca deverá somar e dividir, pois a avaliação é somatória, cumulativa.

A recuperação de estudos é realizada de forma concomitante ao processo ensino-

aprendizagem, sempre que se fizer necessário, sendo os alunos de 5ª série quando apresentarem

dificuldade em Língua Portuguesa e Matemática, encaminhados à Sala de Apoio à Aprendizagem.

7.5 CURRÍCULO ENQUANTO NÚCLEO DO PROJETO POLÍTICO –PEDAGÓGICO

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Currículo implica,

necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um

referencial teórico que o sustente.

Sendo uma construção social do conhecimento, o Currículo pressupõe a sistematização dos

meios para que essa construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente

produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são

processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja,

o currículo propriamente dito. Neste sentido, ele refere-se á organização do conhecimento escolar.

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico,

que se adequaria á faixa etária e aos interesses dos alunos. Foi a partir desse pressuposto, que a

nossa escola promoveu, juntamente com representantes de todos os segmentos da comunidade

escolar, uma reflexão aprofundada para uma melhor compreensão das questões curriculares.

Na organização curricular de nosso estabelecimento de ensino foram considerados:

♦ O currículo não é um instrumento neutro, portanto, é necessário uma análise interpretativa e

crítica do conhecimento / conteúdo a ser nele incluído. O currículo expressa cultura;

♦ O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente situado

e culturalmente determinado;

♦ A organização curricular deve visar a redução do isolamento entre asa diferentes disciplinas 81

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curriculares “cada conteúdo deixa de Ter significado por si só, para assumir uma importância

relativa e passar a Ter uma função bem determinada e explícita dentro do todo de que faz parte”.(

DOMINGOS, 1985,p.153)

♦ Subjacente ao discurso curricular crítico, encontra-se uma noção de controle social orientada

para a emancipação, nesse sentido, comprometido com fins de liberdade que dêem ao estudante

uma voz ativa e crítica.

♦ A organização curricular para fins emancipatórios implica, inicialmente, desvelar as visões

simplificadas de sociedade, concebida como um todo homogêneo, e de ser humano, como

alguém que tende a aceitar papéis necessários á sua adaptação ao contexto em que vive.

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7.6 - CALENDÁRIO ESCOLAR

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7.7 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO

7.7 .1 AVALIAÇÃO

- Base Legal da Avaliação e Recuperação

A Lei das Diretrizes e Base Nacional nº. 9.394/96 na IV do Ensino Fundamental no art.

36, no item II contempla com diretriz o seguinte aspecto: “adotará metodologias de ensino e de

avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes” e no parágrafo 1º diz: “os conteúdos, as

metodologias e as formas de avaliação serão organizadas de tal forma que ao final do ensino

Fundamental o educando demonstre”:

- Desenvolvimento da capacidade de aprender os meios básicos de leitura, escrita e cálculo;

- Compreensão do ambiente natural, sistema político, tecnologia, artes, valores que fundamentam a

sociedade;

- Desenvolvimento da capacidade de aprendizagem para aquisição de conhecimentos, habilidades e

formação de atitudes e valores;

- Fortalecimento dos vínculos de família, laços de solidariedade humana e tolerância recíproca para

a vida social.

Ainda a Lei de Diretrizes e Base Nacional nº. 9.394/96, no Título IV que versa sobre a organização

da Educação Nacional em seu art.12, aponta nos incisos a seguir o que toda a instituição deverá

encaminhar no processo de avaliação:

“V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento”;

No art. de nº. 13, inciso III, “ Os docentes incumbir-se-ão de:

“III – zelar pela aprendizagem dos alunos de menor rendimento”;

“No art. 24, inciso V e alíneas “a” e “e”:

V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:”

- Avaliação contínua cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais;

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- Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelas ao período letivo, para os

casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus

regimentos.

A reorganização do Ensino Fundamental que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional nº. 9.394/98, pede necessariamente uma nova abordagem da Avaliação,

entendidas aqui como condições de não apenas fazer, mas de saber fazer e, sobretudo de refazer

permanentemente nossa relação com a sociedade e com a natureza, usando como instrumento o

conhecimento.

Nesse sentido, a contribuição que a escola oferece para a construção da cidadania,

fundamenta- se no conhecimento, primeiro para educá- lo, e, segundo, para estabelecer

inequivocamente uma sociedade pautada na ética da solidariedade, da sensibilidade, da

fraternidade, da construção coletiva.

Por isso, a avaliação enquanto componente indissociável do processo ensino

aprendizagem deve ter a sua função diagnóstica muito mais privilegiada do que a classificatória, pois

é mais válido que se use como pólo de referência, o desempenho do aluno, percebido em relação

aos seus progressos e não só nos resultados não alcançados.

Valorizando a experiência, a prática social do aluno, como ponto de partida para a

construção do conhecimento e privilegiando os conteúdos essenciais, numa visão totalizante do

currículo, a avaliação cumpre sua função integradora, pois, revela, discute, contempla, amplia e

propõe caminhos alternativos.

Portanto, a introdução de formas alternativas de avaliação requer que ela seja compreendida como

um processo permanente de acompanhamento do desenvolvimento do aluno e que proponha outros

indicadores de desempenho do aluno como: interesse, iniciativa, responsabilidade,

comprometimento, participação individual ou coletiva, etc.

As formas e instrumentos de avaliação deverão ser diferenciados e elaborados de

maneira a auxiliar na tomada de decisões do processo ensino-aprendizagem e a construir, no aluno,

a capacidade de autonomia, de reflexão e pensamento.

O instrumento básico de avaliação, nessa nova concepção de escola, é a pesquisa que

deve transformar- se acima de tudo em atitude cotidiana no professor e no aluno. No entanto, é

preciso não restringi- la a momentos de acumulação de dados, leituras de manuais didáticos,

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materiais, experimentos, etc., ela inclui sempre a percepção emancipatória no processo de

construção do sujeito histórico.

O trabalho em equipe vai ajudar no aprimoramento da participação conjunta, a

capacidade de contribuição, valorizando assim, o exercício da cidadania coletiva. A reorganização do

ritmo de trabalho que permita desenvolver tarefas mais participativas e profundas, o equilíbrio entre

trabalhos individuais e coletivos; a capacidade de elaboração própria, formação pessoal,

argumentação, fundamentação, questionando com propriedade,propor e contrapropor são desafios

que a escola tem que adicionar na sua prática, pois são iniciativas que supõe o sujeito capaz.

Desta forma, considerando a avaliação, como um elemento de reflexão contínua de

todos os envolvidos no processo educacional, a recuperação acontecerá de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem, significando a maneira própria como cada

disciplina maneja os seus conteúdos e verificam os seus resultados.

Sendo para o professor a reflexão da sua prática em sala de aula, de criação de novos

encaminhamentos de trabalho e de retomada de aspectos que devam ser revistos; e para o aluno é

instrumento de tomada de consciência em suas conquistas e dificuldades e possibilidades para a

reorganização de sua tarefa de aprender.

Acontecerá ao longo de todo o processo pedagógico como um todo será avaliado com

vistas à reorganização do currículo, dos recursos, das relações, das condições espaços temporais

do ambiente escolar sempre atendendo de forma geral ao que diz a Lei de Diretrizes e Bases e

especificamente a Proposta Pedagógica Curricular e Regimento Escolar.

Assim, a avaliação e a recuperação devem dar condições ao professor de tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionar dado que

permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com a adequação dos

conteúdos e métodos de ensino, bem como possibilitar novas alternativas para o planejamento do

estabelecimento de ensino e do sistema como um todo.

Os critérios de avaliação e de recuperação, de responsabilidade dos estabelecimentos

de ensino, devem constar do Regimento Escolar obedecido à legislação existente. Também, serão

elaborados em consonância com a organização curricular do estabelecimento de ensino.

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A avaliação deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de

aprendizagem durante o bimestre utilizando- se de procedimentos didático- metodógicos

diversificados.

É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de

aferição.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, cumulativa

e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursando, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos pelos alunos durante o

período letivo, levando- se em consideração aos conteúdos adquiridos, participação,

comportamento, assiduidade, interesse, cooperação, responsabilidade, criatividade, atividades

extracurriculares num processo contínuo, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.

Com relação ao Ensino da Educação Física e de Arte, a avaliação deverá adotar

procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, levando em

consideração a capacidade individual, o desempenho e a participação nas atividades realizadas.

A avaliação deverá ser registrada em documento próprio, a fim de serem asseguradas

a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno, entregando- se as notas trimestralmente a

secretaria. Entretanto, em caso de transferência, o professor será obrigado a fornecer uma média

das avaliações realizadas até o momento.

A recuperação, por sua vez consiste num aspecto da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno com aproveitamento insuficiente dispõe de condições

que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos.

O processo de recuperação será efetuado da seguinte forma:

a) No final de cada temática (conteúdo), o professor de cada disciplina realizará um diagnóstico para

constatar o nível de aprendizagem;

b) Após diagnóstico, se for constatada insuficiência na aprendizagem, o professor deverá usar de

metodologias e instrumentos diferenciados a fim de propor a recuperação ao aluno;

c) As atividades de Recuperação Paralela deverão constar no Livro de Registro de Classe do

professor;

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d) Fica determinado que quando do não comparecimento do aluno, o mesmo terá direito de fazê- lo

mediante atestado médico entregue em até 02 (dois) dias úteis para o professor da disciplina, como

consta do Regimento Escolar, bem como regulamento interno.

Entende- se por período letivo a carga mínima anual de 800 (oitocentas) horas

distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, incluído o tempo

reservado as provas finais.

A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade,

tendo em vista uma tomada de decisão. Devendo ser instrumento dialético do avanço, identificando

novos rumos. Diagnosticar pois possibilita ao educador condições de compreensão do estágio em

que o aluno se encontra, ,0consequentemente trabalhar com ele para que saia do estágio defasado

e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários, definindo encaminhamentos

adequados para aprendizagem.Deve possibilitar novas alternativas auxiliando e redimensionando

uma ação. Deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem,

devendo preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem.

Dar- se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração

pessoal sobre a memorização.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,

permanente e cumulativa. Deverá obedecer à ordenação e à seqüência do ensino e da

aprendizagem, bem como a orientação do currículo. Devem ser considerados os resultados obtidos

durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá- los,

expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomando na sua melhor forma.

Deverão ser utilizados no mínimo três técnicas de instrumentos diversificados de

avaliação, dentro das seis avaliações exigidas para o trimestre.

A média anual será feita através da seguinte fórmula:

Média Anual = 1º + 2º + 3º =6,0

3

O rendimento mínimo exigido é 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina e conteúdos

específicos. Os resultados semestrais serão comunicados aos alunos e seus responsáveis através

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do boletim ao final de cada trimestre.

O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação

mediante recuperação de estudos, proporcionando obrigatoriamente.

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo,

pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a

apreensão dos conteúdos básicos. Devendo construir um conjunto integrado ao processo de ensino,

além de se adequar às dificuldades dos alunos.

A recuperação é desenvolvida paralelamente às atividades regulares dos alunos,

sempre que forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem.

A recuperação de conteúdos será feita durante o trimestre pelo acompanhamento do

professor, o qual adotará metodologias diferenciadas para melhor rendimento do aluno, como: re-

estruturação de textos, avaliação escrita e oral, trabalhos, pesquisas entre outros. Acontecerá

durante o ano letivo é considerada, para efeito de documentação escolar, os registros nos livros de

chamada. Os resultados da recuperação devem incorporar- se aos das avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo- se em mais um componente do aproveitamento escolar.

É constatada a recuperação, quando na revisão dos resultados anteriormente

anotados, houver alterações positivas quanto aos objetivos pretendidos. Deverá ser planejada ou ter

planejamento e registro em livro de chamada que está realizado atividades de recuperação de

determinado conteúdo, nunca deverá somar e dividir, pois a avaliação é somatória, cumulativa.

“A Avaliação é um processo natural, que nos permite ter consciência do que fazemos, da

qualidade do que fazemos e das conseqüências que acarretam nossas ações” (Juam Manuel).

A avaliação corresponde a uma determinada forma de olhar a questão pedagógica, o

desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento.

Além de pensar a avaliação como um processo coletivo, a transparência também é

fundamental. A avaliação é tanto mais discriminatória quanto mais ela se oculta por meio de critérios

que não são debatidos, não são criticados e não são acompanhados.

Qualquer instrumento de coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem é bom,

desde que seja adequado como recurso de investigação (pesquisa) sobre as aprendizagens dos

educandos, de forma que possibilitem uma intervenção adequada de reorientação do trabalho

pedagógico. Isso porque, avaliar é investigar, por intermédio de instrumentos variados, para intervir.

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A avaliação deve ser praticada a serviço do plano de ação docente, visando a obtenção dos

resultados esperados.

É preciso estabelecer, portanto, com clareza, a proposta de trabalho/a avaliação deve ser

usada sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou segregar. Mesmo porque, ensinar,

aprender a avaliar não são momentos separados. Formam um contínuo em interação permanente.

Para que avaliar? É uma pergunta que se deve fazer na escola. Tudo o que fazemos na vida

está em constante avaliação e ela deve verificar se os objetivos propostos estão ou não sendo

atingidos. O erro mais comum que a escola incorre é fazer uso da avaliação como forma de punição.

Logicamente sabe-se que o resultado de uma avaliação é conseqüência do aproveitamento das

responsabilidades que os alunos e os professores devem ter no dia-a-dia da sala de aula e não com

a finalidade de verificar o nível de aprendizagem escolar e do desempenho do aluno em

determinado conteúdo e classificá-lo em termos de aprovação e reprovação.

Assim, a avaliação na perspectiva da construção do conhecimento, deverá partir de duas

premissas básicas: confiança na possibilidade de os educandos construírem suas próprias verdades

e a valorização de suas manifestações e interesses.

O que avaliar? É outra questão que dever ser refletida no âmbito escolar, visto que o trabalho

do professor deve ser de maneira a criar situações que busquem garantir aos alunos o

desenvolvimento das capacidades necessárias à construção progressiva do conhecimento para uma

atuação pautada por princípios da ética democrática; verificando seus avanços e suas dificuldades,

orientando os mesmos sobre o que deverão fazer no seu processo de construção de aprendizagens.

Como avaliar? Talvez esta seja a mais importante pergunta a ser feita, uma vez que os

alunos podem e devem ser avaliados:

- Através do acompanhamento do processo de desenvolvimento do aluno;

- Por meio de uma observação fundamentada no conhecimento de suas etapas de desenvolvimento;

- Registrando as manifestações dos alunos e dos aspectos significativos de seu desenvolvimento;

- De modo coletivo e consensual, com consciência crítica e responsável de todos, sobre o cotidiano;

- Através de portifólios;

- Auto-avaliação.

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O quando avaliar? É uma questão que pode ser assim respondida:

A avaliação deveria (mas não é) ser feita a cada nova aula, a cada contato com os alunos,

observando-se seu procedimento frente à problemas, suas tentativas de acerto e as saídas

alternativas por ele encontradas. No entanto, para alcançar o êxito esperado, o professor deverá

trabalhar com o número reduzido de alunos, porque precisa conhecê-los individualmente, para saber

onde ele quer chegar e avaliar se está apto, se suas opções são sólidas e refletidas. Esta deve ser

de forma diária e de todos as atividades trabalhadas para realimentação da aprendizagem e

aproveitamento do tempo disponível, bem como servindo auto-avaliação para o próprio professor.

A avaliação sendo um espaço caracterizado pela multiplicidade, tem a polissemia como um

traço marcante das interações estabelecidas. Freqüentemente a avaliação se fundamenta, segundo

Esteban (1999, p.6), “na fragmentação do processo de ensino e aprendizagem e na classificação

das respostas dos alunos a partir de um padrão predeterminado, relacionando a diferença ao erro e

a semelhança ao acerto”.

A avaliação escolar, nesta perspectiva excludente, silencia as pessoas, suas culturas e seus

processos de construção de conhecimentos e, desvalorizando saberes, fortalece a hierarquia que

está posta.

Diante disso, o que se pretende no Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental

e Médio - é a realização de uma prática avaliativa que coloque o diálogo no centro do processo de

ensino e aprendizagem que jogue luz sobre as pontes que conectam os territórios artificialmente

isolados, substituindo a interpretação unívoca, de natureza excludente que propõe a avaliação como

um processo articulado pela distinção entre o erro e o acerto, por uma orientação dialógica, que

pressupõe inclusão da multiplicidade de saberes, eliminando a classificação.

Lei 9394/96 - Inciso V traz que a verificação do rendimento escolar deverá observar os

seguintes critérios:

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- Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais.

A Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná também

destaca que a avaliação deve representar:

- Instrumento de diagnóstico que permite ao professor interpretar dados do seu próprio trabalho,

aperfeiçoar o processo, diagnosticar resultados e atribuir valor.

- Acompanhamento do aluno em diversas situações de aprendizagem.

- Um trabalho com técnicas e instrumentos diversificados.

- Uma maneira de dar relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal

sobre a memorização.

- Uma forma contínua, permanente e cumulativa e perceber os avanços, retrocessos ou estagnação

na aprendizagem dos alunos.

Assim, o resultado final deve expressar a totalidade do aproveitamento escolar "tomado na

sua melhor forma".

7.7.2 - CLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento adotado pelo Estabelecimento para posicionar o aluno

em série compatível com a idade, experiência ou desempenho, adquiridos por meios formais ou

informais. Poderá ser realizada por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a

série anterior no próprio Colégio, por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas

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do país ou exterior, considerando a classificação na escola de origem; também independente de

escolarização anterior, mediante avaliação feita pelo Colégio, que definirá o grau de

desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série adequada.

De acordo com a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, a Classificação tem caráter pedagógico

e exige as medidas administrativas que resguardem o direito dos alunos, das escolas e dos

profissionais.

Deve- se proceder avaliação diagnostica documentada pelo professor e equipe

pedagógica; comunicar ao aluno e responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter o

respectivo consentimento; organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção para

efetivar o processo; provas, trabalhos e outros instrumentos utilizados devem ser arquivados e os

resultados registrados no histórico escolar do aluno.

7.7.3 Reclassificação

Conforme a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, para a Reclassificação o aluno deverá estar

matriculado no estabelecimento de ensino, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de

encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho,

independentemente do que registre o seu histórico escolar.

O resultado da reclassificação será registrado em ata, devendo integrar a Pasta Individual do

aluno e ser registrado no Relatório Final e no seu Histórico Escolar.

7.7.4 - PROMOÇÃO

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno mais a

apuração da freqüência. Será considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total das 800 horas anuais e média igual ou superior a

6,0 (seis vírgula zero).

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Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75%

do total das 800 horas anuais e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) ou que apresentar freqüência

inferior a 75% das 800 horas anuais e qualquer média.

Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará no histórico escolar

do aluno sua condição de aprovado ou reprovado.

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A avaliação institucional é um instrumento contemporâneo de avaliação da

escola, lançando um olhar sobre o todo, oferecendo oportunidade para que os diferentes segmentos

da escola tenham voz. Avaliar o que é realizado, apontar as demandas, contribuindo para que ela

avance. O primeiro passo deve ser a avaliação interna e a auto - avaliação.

A avaliação institucional, como instrumento de gestão democrática, em todos os

níveis e modalidades, deve contribuir para subsidiar, permanentemente, o processo de tomada de

decisões necessárias ao planejamento das políticas com as escolas, com os núcleos regionais de

educação e com a própria secretaria de educação.

Este Projeto Político - Pedagógico que ora apresenta-se, será um instrumento

aberto e flexível a serviço da transformação, a partir de superações de limitações pedagógicas e

operacionais, emprendendo um esforço conjunto entre todos os indivíduos da Escola, portanto,

acompanhar e avaliar este projeto é avaliar os resultados da própria organização do trabalho

pedagógico.

Dessa forma, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios ao

Projeto Político- Pedagógico implicando uma direção ás ações dos educadores e educandos.

As Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil, Conselho de Classe, Conselho Escolar,

Comunidade Escolar e APMF participam dos processos decisórios da escola e da avaliação do

Projeto Político-Pedagógico.

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Como espaços de representação dos segmentos da escola: discentes, docentes, pais e

comunidade, as Instâncias Colegiadas são importantes ferramentas para o aprimoramento do

processo educativo, a efetivação do PPP e para o exercício da democracia no interior das escolas.

Por isso é fundamental que se estabeleça uma relação de respeito pela opinião de uns e

outros, cumplicidade nas tomadas de decisão e, principalmente, que todos tenham objetivos comuns

e procurem agir de forma autônoma, espontânea e consciente.

9- ENSINO FUNDAMENTAL

Os Preceitos Legais para o Ensino Fundamental têm como referências as orientações legais

decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96.Esta lei estabelece que

a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por

finalidades “desenvolver o educando, assegurar- lhe a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer- lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”

Como uma das etapas da educação básica, o Ensino Fundamental, conforme o Art.32 da

LDBEN/1996, terá duração mínima de nove anos, será obrigatório e gratuito na escola pública,

inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria. Esta etapa da escolarização básica deve

garantir a formação básica do cidadão e desenvolvimento integral do educando, mediante:

I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da

leitura, da escrita e do cálculo;

II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos

valores em que se fundamenta a sociedade;

III – O desenvolvimento da capacidade e da aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – O fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância

recíproca em que se assenta a vida social.

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Ao expressar a importância e o significado da Educação Fundamental no processo de

escolarização da população brasileira, a LDBEN/1996 incube os Estados e Municípios, em regime

de colaboração, de implementarem políticas educacionais que assegurem a oferta do Ensino

fundamental.

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o Ensino Fundamental

é prioridade no atendimento escolar, justificando o seu caráter obrigatório e gratuito, inclusive para

as pessoas que não tiveram acesso á escolarização em idade própria e constitui- se, portanto, em

um direito público subjetivo. Público na medida em que a sua oferta não se restringe ao interesse

individual, mas de toda a sociedade, e subjetivo porque todo cidadão individual ou coletivamente tem

direito de exigir do Estado a sua oferta.

Desde 2007,o Ensino Fundamental regular tem nove anos de duração, organizados em dois

segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais, atendendo a crianças e jovens na faixa etária

em torno de 6 a 14 anos.

Nesse propósito, a preparação técnica e pedagógica individual dos professores precisa estar

cotidianamente a serviço do coletivo da escola cujo desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os

seus alunos, independente das condições sociais, econômicas e culturais. Isso implica questionar

práticas excludentes que ainda persistem no meio escolar e que se não forem superadas por

encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no processo de ensino e de

aprendizagem estarão contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais que marcam a

história de vida de muitos dos alunos de nossas escolas.

Assim, o ensino fundamental deve:

*** Pautar todas as suas ações visando a garantia de acesso, de permanência e de aprendizagem

para todos os alunos em idade escolar e para aqueles que não tiveram acesso ao Ensino

Fundamental em idade própria;

*** Contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais, visando uma sociedade mais justa;

*** Objetivar o zelo pela aprendizagem dos alunos, conforme as referências das Diretrizes

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Curriculares para o Ensino Fundamental

*** Valorizar os conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares em suas propostas

curriculares;

Nesse sentido, o Ensino Fundamental tem a finalidade de resgatar a dimensão política, ética

e humanizadora que envolve o ato educativo, visando á conquista de uma sociedade e uma cultura

mais amplamente democratizadas, garantindo a todos não só o direito á escolarização, mas á

aprendizagem efetiva e o acesso aos bens culturais da sociedade da qual faz parte.

O Ensino Fundamental possui um caráter obrigatório e gratuito no atendimento escolar,

constituindo assim, um direito público subjetivo. Nesse sentido, a função da escola fundamental é

proporcionar aos alunos oportunidades de aprendizagem que viabilize a tomada de consciência das

operações que mobilizam durante a aprendizagem e que contribua para a compreensão de

conceitos-chaves que explicitem seu mundo e seu tempo.

Diante disso, a escola procurará zelar pela aprendizagem de todos os seus alunos,

independente das condições sociais, econômicas e culturais, com encaminhamentos pedagógicos

que contemplem todos os alunos no processo de ensino e de aprendizagem. Assim como garantir o

acesso e a permanência na escola de todos esses alunos, para isso, deve estabelecer uma proposta

de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos, sem perder de vista o

conhecimento historicamente produzido que constitui em patrimônio de todos.

Por isso, deve contemplar em sua proposta curricular os eixos norteadores como a

valorização da cultura dos povos do campo, a formação humana e o acesso à cultura geral para

uma participação política e ética de seu tempo; repensar a organização dos saberes escolares, bem

como os tempos e os espaços pedagógicos e a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

conforme estabelece a Lei nº 11.645/08. E, ainda, proporcionar a articulação da

diversidade sócio-cultural com necessidades educativas especiais, prevendo formas de atender às

necessidades de sua comunidade, partindo da realidade dos educandos.

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Diante disso, o coletivo dos professores tem o compromisso com a universalização dos bens

materiais e simbólicos, o que exige a ampliação do seu campo de atuação para além dos conteúdos

escolares.

9.1 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: Composição do Núcleo Comum e da Parte Diversificada

A organização curricular utilizada em nosso Estabelecimento de Ensino é por disciplina,

sendo:

Base Nacional Comum: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso (matrícula

facultativa), Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática

Parte Diversificada.: LEM- Inglês

Além destas, são ainda inseridos os Desafios Educacionais Contemporâneos como:

Educação Ambiental, Educação Sexual, Violência na escola, Drogadição, Educação das Relações

Étnico-Raciais, com o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, que também

são trabalhados no Programa Viva Escola com o tema "Fórum de Estudos e Discussões".

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9.1.1 MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

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9.1.2 - ARTE

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Atualmente, tendo a arte o espaço na grade curricular como disciplina, pensa- se arte na escola

como forma de conhecimento da produção cultural, compreendido os diferentes grupos sociais

durante a história, procurando desvendar o que foi produzido dando significações às suas ações e o

mundo que os rodeia de posse dos diferentes códigos apreendidos das diferentes culturas. Pensa-

se também arte como linguagem visual, possuidora de um conjunto de símbolos, elementos e

códigos, onde se vê o valor educativo da Arte como componente curricular imprescindível na

formação do indivíduo e para o exercício da vida cidadã. Assim, a arte é hoje entendida como área

do conhecimento, e como tal, deve ser trabalhada de forma que proporcione ao educando o contato

com a produção artística da humanidade.

De posse dos esclarecimentos dos pressupostos da Arte como produção cultural e a Arte como

linguagem, esclarece- se o que deve- se considerar no tratamento dos conteúdos:

** Manifestações artísticas presentes na comunidade e na região bem como a produção

historicamente construída.

** Arte como comunicação, responsável pelo conhecimento cultural importante para a formação

da bagagem cultural do indivíduo.

** Arte como parte da produção coletiva, com conhecimento cultural historicamente construído.

** Arte como conjunto de linguagens artísticas, possuidora de signos que devem ser apreendidos

para construção, compreensão de significados, buscando novos conceitos sobre à realidade, no

intuito de contribuir para o educando analisar, criticar, transformar a sociedade de uma maneira

positiva e consciente.

*** A arte como componente curricular é fundamental para à formação do indivíduo e para o

exercício da vida cidadã.

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OBJETIVO GERAL

• Pretende- se ampliar os conhecimentos e experiências do aluno e aproximá -lo das

diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela

humanidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Experimentar, explorar, compreender as mais variadas possibilidades de cada linguagem

artística, reconhecendo os estilos artísticos da história da Arte, entendendo a Arte como fato

histórico, contextualizado.

Conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em Artes, bem como

pesquisar identificar, investigar informações sobre a Arte, compreendendo diferentes funções da

Arte, do trabalho e da produção dos artistas.

Permitir que o aluno tenha acesso à fruição da obra.

Perceber e apropriar a obra em contexto.

Formar conceitos artísticos.

Desenvolver trabalhos artísticos.

Permitir a prática criativa.

Exercitar os elementos compositivos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental pautara seus conteúdos específicos por série

utilizando- se dos seguintes conteúdos estruturantes: Artes Plásticas / Visuais, Música, Dança.

Teatro.

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Artes Plásticas / Visuais:

As visuais como expressão e comunicação – no fazer dos alunos :desenho, pintura, colagem,

escultura, gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos e produções

informatizadas pela criação e construção de formas plásticas e visuais em aspectos diversos

( bidimensional e tridimensional);

As artes visuais como objeto de apreciação significativa: ( os elementos básicos e os recursos

expressivos da linguagem visual: apreciação, fruição, interpretação, experiências estéticas com

obras e suas reproduções);

As artes visuais como produto cultural e histórico (produtores de arte – vida, épocas e produtos em

conexões);

a diversidade das concepções e estética na produção visual regional e mundial;

A arte na sociedade, ressaltando os artistas, pensadores, profissionais e diferentes meios de

divulgação das artes plásticas.

Música:

A música como expressão e comunicação dos indivíduos: interpretação, improvisação e

composição. apreciação significa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem

musical (os elementos fundamentais da linguagem musical , estilos, formas, de interpretação);

A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo ( os produtores,

épocas e produtos em conexões, a diversidade da produção musical regional, nacional e mundial em

diferentes culturas e momentos históricos, a música da sociedade, compositores, intérpretes, outros

profissionais e suas formas de preservação e divulgação.

♦Dança:

A dança na expressão e na comunicação humana;

A dança como manifestação coletiva;

A dança como produto cultural e apreciação estética102

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♦Teatro:

*** O teatro como expressão e comunicação (participação e desenvolvimento nos jogos de

atenção, observação, improvisação, etc; reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem

dramática: espaço cênico, personagem e ação dramática, experimentação e articulação entre as

expressões corporal, plástica e sonora, experimentação na improvisação com base em estímulos

diversos ( temas, textos dramáticos, poéticos, jornalísticos, etc, objetos, máscaras, situações físicas,

imagens e sons); pesquisa, elaboração e utilização de cenários, figurino, maquiagem, adereços,

objetos de cena, iluminação e som, elaboração e utilização de máscaras, bonecos e outros modos

de apresentação teatral;

*** O teatro como produção coletiva ( observação, apreciação e análise dos trabalhos em

teatro realizados pelos grupos), compreensão dos significados expressivos corporais, textuais,

visuais e sonoros da criação teatral, criação de textos e encenação com o grupo, etc;

*** O teatro como produto cultural e apreciação estética ; observação, apreciação e análise

das diversas manifestações de teatro; compreensão, apreciação e análise das diferentes

manifestações dramatizadas (teatro em palco e em outros espaços, circo, teatro de bonecos,

manifestações populares dramatizadas, etc); identificação das manifestações e produtores de teatro

nas diferentes culturas e épocas, pesquisa e leitura de textos dramáticos e de fatos da história do

teatro, elaboração de registros pessoais para sistematização das experiências observadas e da

documentação consultada.

Conteúdos Específicos

5a Série

• Arte Pré-histórica, Primitiva, Greco - Romana

• Dança Circular

• Arte Oriental

• Gravura

• Arte Brasileira (Desafios Contemporâneos – Meio Ambiente, Trabalho Infantil)

• Composição Tridimensional

• Espaço103

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• Arquitetura

• Arte Paranaense - (D.C.- Identidade, Meio Ambiente)

• Composição bidimensional

• Figurativo e abstrato

• Figura e fundo

• Ponto

• Linha

• Cor

• Textura

• Relevo

• Luminosidade

• Ritmo visual

• Volume

• Folclore - Música e Cultura Brasileira

• Melodia

• Ritmo

• Timbre

• Densidade

• Dinâmicas e improvisação

• Jogos Teatrais

6a Série

• Arte Indígena

• C. Bidimensional

• Pintura

• Desenho

• C. Tridimensional

• Modelagem – escultura

• Ritual

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• Formas animadas

• Instrumentos musicais

• Arte Popular Brasileira e Paranaense (Desafios Contemporâneos – meio

ambiente)

• Expressionismo

• Abstracionismo

• Impressionismo

• Composição Bidimensional

• Figurativo e abstrato

• Geométrica

• Ponto

• Linha

• Cor

• Textura

• Relevo

• Luminosidade

• Ritmo visual

• Composição Tridimensional

• Espaço

• Música- Renascimento/Neoclássica / Sertaneja / Raiz/Vocal

Étnica/Contemporânea Brasileira – Paisagem Sonora

• Improvisação

• Duração

• Timbre

• Instrumentos musicais

• Melodia

• Estrutura

• Altura

• Ritmo

• Densidade

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• Movimento Corporal

• Ação

• Dinâmicas e níveis

• Jogos Teatrais

• Comédia dell’arte

• Formas animadas

7a Série

• Vanguardas - Op art

• Arte Brasileira

1. Arte Contemporânea

2. Cinema Novo –Cenografia – Texto Dramático – Jogos Teatrais -Representação

3. Personagem

4. Realismo

5. Classicismo

• Pop Art e Indústria Cultural

1. Composição Bidimensional

2. Figurativo e abstrato

3. Ponto

4. Linha

5. Forma

6. Cor

7. Textura

8. Contraste

9. Relevo

10. Luz

11. Gravura

12. Ritmo visual

13. Simetria

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• Composição Tridimensional 1. Escultura

2. Espaço

• Música: Sertanejo pop, Afro-brasileira; Erudita; Rap, Rock, minimalista; Eletrônica; Contemporânea;

Tecno (Tonal/ Modal)

1. Sonoplastia

2. Melodia

3. Harmonia

4. Duração

5. Altura

6. Timbre

7. Ritmo

8. Densidade

• Dança

1. Musicais

2. Moderna; Clássica; Hip Hop

3. Dinâmicas e níveis

4. Indústria Cultural

5. Espetáculo

8a Série

• Muralismo

• Arte Engajada

• Romantismo

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• Pré Colombiana

• Dadaísmo

• Arte Brasileira

1. Música Popular Brasileira

2. Grafite

• Arte Paranaense

1. Música Contemporânea; Rock; Punk; Romantismo

• Vanguardas Artísticas

• Composição Bidimensional

1. Figura e fundo

2. Figurativo

3. Perspectiva

4. Semelhanças

5. Ponto

6. Linha

7. Cor

8. Textura

9. Volume

10. Relevo

11 Luminosidade

12. Ritmo visual

• Composição Tridimensional

1. Espaço

• Hip-Hop

1. Som

2. Timbre

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3. Ritmo

4. Densidade

• Performance

- Dinâmicas e níveis

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O método de ensino de Arte, pode ocorrer com uso de obras de arte, textos, músicas, teatro,

dança, dinâmicas, uso de diversos meios de comunicação da imagem e outros, promovendo

apreciação, análise dos elementos estéticos, reflexão e produção, associando sempre ao momento

histórico (contexto) em que a obra foi produzida com o contexto dos alunos.

Deve- se pensar nos conteúdos com o intuito de oferecer possibilidades dos alunos pensarem

criticamente, desenvolvendo práticas que contribuam para a formação de cidadãos ativos, que lidem

com a diversidade de modo positivo na arte e na vida.

O método deve promover o conhecimento que permita aos alunos situar à produção da arte.

Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte,

três momentos:

- Teorizar: fundamentar e possibilitar ao aluno perceber e apropriar a obra artística, bem

como, desenvolver um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.

- Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso obra de arte.

- Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra

de arte.

A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou separados do

contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área de conhecimento que interage

nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são

construções históricas que influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.

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AVALIAÇÃO

Processual: discutindo as dificuldades e progressos do educando a partir da sua criação /

produção tanto individual e coletiva. Diagnóstica: a partir dos conhecimentos artísticos e estéticos,

levando em conta a sistematização e significação da realidade e do lúdico para o educando. Auto -

avaliação: quanto ao professor , deverá verificar a eficiência da metodologia utilizada, quanto ao

educando, a partir da seleção de amostra da produção individual, o aluno identificará seu processo

de compreensão , interpretação, reflexão, crítica, análise, recriação e reinterpretação do seu

trabalho.

A sistematização para os alunos preocupa- se com o desenvolvimento do olhar e do sentir, na

perspectiva do processo de fazer, contendo a intenção de construção de significados. Os alunos se

envolverão em práticas sensíveis de produção, apreciação e reflexão artística. Nelas, desenvolvem

os saberes culturais que permitem conhecer e comunicar a arte e seus códigos na experiência

cotidiana, na formação da identidade e na consciência de uma sociedade multicultural.

A avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os

conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção

individual e coletiva desenvolvida a partir desses saberes. É necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto

conceituais (teóricos), pois a avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em

relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e aponte caminhos para

o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e

compartilha a produção do aluno.

A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição de

apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.

Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo

dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o

desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos

para a leitura da realidade.

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Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam nos

critérios para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção

dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Arte para o Ensino Fundamental.

Curitiba:SEED, 2009.

______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações étnico-raciais.

Curitiba: SEED/-PR, 2009. (Cadernos Temáticos).

Novos Caminhos – Música, Movimento e Artes Visuais

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9.1.3 CIÊNCIAS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde o surgimento da humanidade, o homem tenta resolver seus problemas e ensaia

explicações sobrenaturais. Produzir ciência faz parte da atividade humana. Ensinar como o

conhecimento é produzido exige pensá-lo numa dimensão de historicidade, considerando que o

processo de produção é determinado pelas condições sociais da época. A ciência nasceu da

contemplação da natureza. Explicações sobrenaturais para os fenômenos satisfaziam às civilizações

primitivas. Essas explicações eram passadas de pai para filho dentro das pequenas comunidades, e

isso perdurou até a instituição da escola. Surge a ciência experimental onde o mundo é observado a

partir do real, do observável. Essa nova concepção da ciência tem exercido influência nas propostas

de ensino surgidas recentemente. ( C Baptista, 2002).

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da

investigação da Natureza. Ao ser humano cabe conhecer para respeitar os seres vivos e os

fenômenos que permitam a sobrevivência dos mesmos buscando a integração do homem com o

meio ambiente, através dos preceitos de sustentabilidade.

Conscientizar o educando sobre a importância do estudo da Ciências, tendo em vista que

estuda os seres vivos, suas atividades, bem como as interações entre estes e o ambiente. Ressaltar

a importância do conhecimento e respeito aos seres vivos e suas condições de sobrevivência .

Buscar a integração do homem com o meio ambiente, através do conhecimento de Desenvolvimento

Sustentável.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da

investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por natureza o conjunto de

elementos integradores que constitui o universo em toda sua complexidade. Ao homem cabe

interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultantes das relações entre

elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e

vida; permitindo aos alunos estabelecer relações entre o mundo natural, o mundo construído pelo

homem e seu cotidiano, objetivando o conhecimento e a prática social, potencializando a função

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social da disciplina pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,

conseqüentemente, influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes transformadores.

Desse modo, justifica-se a necessidade do ensino de ciência no Ensino Fundamental porque

este explica as necessidades históricas que levavam o homem a compreender e apropriar-se das

leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais, construindo-se em um processo

humano, inerente a fenômenos naturais, que torna- se fenômeno social, econômico, vinculando-se

às relações de poder existente na sociedade.

Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que não é único,

nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o conhecimento foi produzido,

as necessidades materiais da humanidade, a movimentação social para atendê-las, o grau de

desenvolvimento da tecnologia, as idéias e os saberes previamente elaborados, prezando pelo

saber sistematizado e elaborado, cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma

abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos.

Assim sendo, torna-se imprescindível a disciplina abordar também dados sobre a História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena, em cumprimento da Lei 11.645/08, que influenciaram e

influenciam ainda a cultura do país, principalmente no que tange aos hábitos alimentares e aos

costumes.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também

às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e

as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e

daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza nos

diversos momentos históricos.

OBJETIVOS

♦♦♦ Pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e fenômenos ocorridos no ambiente.

♦♦♦ Classificar biologicamente os seres vivos de acordo com suas características;

♦♦♦Entender o processo de origem da vida, do universo e do Sistema Solar, bem como as suas

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influencias nos seres vivos;

♦♦♦ Identificar as camadas da Terra e suas influencias nos seres vivos;

♦♦♦ Conhecer a diversidade, o equilíbrio e a energia nos ecossistemas;

♦♦♦ Conhecer as características vitais de um indivíduo ou organismo;

♦♦♦ Classificar e identificar as diferenças entre os grupos vegetais;

♦♦♦Conhecer a estrutura celular e os tecidos, bem como diferencia-los reconhecendo a importância

dos mesmos para os organismos;

♦♦♦ Compreender as divisões e o funcionamento do corpo humano, bem como as doenças que

podem nos atingir;

♦♦♦Conhecer a importância da química no nosso dia a dia;

♦♦♦Conhecer a estrutura atômica e os elementos químicos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências serão elencados levando em

consideração os conteúdos estruturantes:

1. Astronomia:

2. Sistemas biológicos;

3. Biodiversidade;

4. Energia;

5. Matéria;

5ª série

Conteúdos Básicos:

- Astronomia

Universo – Galáxias, Movimento do Universo.

Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases

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da Lua, constelações, dias e noites.

Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.

Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros, meteoritos, cometas.

- Matéria

Constituição da Matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas,

solos, rochas, minerais, água.

- Sistemas Biológicos

Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular, pluricelular,

procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

- Energia

Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.

Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.

Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.

- Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, Diversidade das espécies, extinção de espécies,

comunidade, população.

Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)

6ª série

Conteúdos Básicos:

- Astronomia

Astros – Constituição físico-química dos astros.

Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.

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- Matéria

Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a

Terra antes do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,

núcleo terrestre, estrutura química da célula.

- Sistemas Biológicos

Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular, fotossíntese, reserva

energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas

animais e vegetais,

- Energia

Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica.

Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos,

sistemas endotérmicos,

- Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos – , diversidade das espécies, extinção de espécies.

Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações.

Ecossistemas – Eras geológicas.

Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres

autótrofos e heterótrofos.

Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da vida,

geração espontânea.

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas.

Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,populações.

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7ª série

Conteúdos Básicos:

- Astronomia

Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera

celeste e suas coordenadas.

Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo

( Teorias Cosmogônicas), modelos de Universo finito, modelos de Universo infinito, modelos de

Universo inflacionário, modelos de Universo em expansão, a teoria da relatividade e a cosmologia

moderna.

- Matéria

Constituição quimíca da matéria – alimentos, sangue, tecidos.

- Sistemas Biológicos

Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais, estrutura e

funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de diferentes seres vivos,

sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos de algumas espécies, diversidade

de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades,

como por exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.

Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial, sistema reprodutor ,

sistema de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene, DNA, RNA,

mitose, meiose.

- Energia

Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia, nuclear, energia

elétrica, energia química, energia eólica.

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- Biodiversidade

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas.

8º série

Conteúdos Básicos

- Astronomia

Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.

- Matéria

Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos, elementos químicos,

íons, ligações químicas substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, sais,

bases, óxidos,lei da conservação da massa,compostos orgânicos.

Propriedades da matéria – Massa, volume densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,

indestrutibilidade, impenetrabilidade ,maleabilidade,ductibilidade, flexibilidade, elasticidade,

permeabilidade, condutibilidade, dureza,tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.

- Sistemas Biológicos

Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Noções de hereditariedade, cromossomos,

gene, DNA, RNA, mitose, meiose.

- Energia

Conversão de Energia - Sistemas semi- conservativos, ciclos de matéria, eletromagnetismo,

movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência,eletromagnetismo, conversão de

energia potencial em cinética.

Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia,

leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.

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- Biodiversidade

Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecífica

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia de ensino das Ciências Naturais, busca o envolvimento de processos

organizados e integrados, relacionando o ser humano com a natureza, considerando o

conhecimento prévio do educando, integrando a ele os conhecimentos científicos por meio deste

encaminhamento metodológico:

• Uso de aulas expositivas e dialogadas;

• Leituras e discussões de textos,

• Produção de cartazes, folders ou jornais;

• Desenhos e montagens de materiais didáticos;

• Uso da TV multi meios;

• Debates e seminários;

• Aulas experimentais e práticas.

Diante de todas as considerações propõe- se alguns encaminhamentos metodológicos que são

valorizados no ensino de ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a

interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a

atividades em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico,

utilizando na prática para garantir o processo ensino-aprendizagem recursos pedagógicos e

tecnológicos que enriqueçam a prática docente como: livro didático, texto de jornal, figuras, quadro-

de-giz, televisor, computador, pen drive, etc; recursos instrucionais como gráficos, tabelas e outros e

de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, exposições de ciências,

seminários e debates.

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AVALIAÇÃO

O instrumento de investigação da prática pedagógica atua como uma dimensão formadora

por meio de um processo avaliativo que tem como princípio obter um diagnóstico do processo

ensino-aprendizagem, permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica,

acompanhar o desempenho no presente e buscando práticas alternativas e modificando as

insuficientes, tendo como embasamento as diretrizes curriculares.

A partir disso, o educador pretende valorizar a condições histórico-culturais do educando a fim

de formar pessoas críticas e reflexivas, capazes de adquirirem um desenvolvimento intelectual

gerando cidadãos com autonomia em suas próprias ações.

Nesse contexto, faz- se necessário repensar os instrumentos de avaliação, para que os

objetivos possam ser atingidos de forma reflexiva e não apenas por memorização, sendo que estes

podem ser por meio de uma aula teórico- prática, experimental, expositiva dialogada, entre outros.

REFERÊNCIAS

BERTONI, D.; SANTOS, E.; ROCHA, M.; TONON, R. J.; CABRAL, T. M.. Diretrizes curriculares da

Educação Básica de Ciências do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.

DEPARTAMENTO DE EDUCACAO BÁSICA. Grupos de Estudos. 2. Encontro.

Avaliação: Um processo intencional e planejado.

GOWCLAK, D; MARTINS, E. Ciências: Novo Pensar. Ed. Renovada. São Paulo:FTD, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental.Curitiba: SEED, 2008.

______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações

étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).

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9.1.4 EDUCAÇÃO FÍSICA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma a

contemplar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a inovar, criar

movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a este novo mundo, que

exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos vividos.

Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos

conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de construção do

conhecimento a partir da re-elaboração de idéias e práticas que intensificam a compreensão do

aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a vida e influência na

comunidade.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Ed. Física (2008, p.50-51), propõe- se que a

Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante

os alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental

importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores,

alunos e da comunidade.

Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a

Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida

humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar

articulada ao projeto político- pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e

ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. O compromisso do professor

de Ed. Física, tal como o de todos os professores, é com o projeto de escolarização instituído na

escola, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os

conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura Corporal,

exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.

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Busca- se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto

que a superação é entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada

objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido,

procura- se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,

relacionando- o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.

OBJETIVO GERAL

*** Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania, no

entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando atitudes de

respeito, solidariedade e cooperação estimulando todas as formas de manifestações e linguagens

corporais, valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do

ambiente de convívio.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Entender os princípios fundamentais do jogo, suas diferenças em relação ao esporte, sendo

capaz de propor novas regras e situações, criando assim novas formas de jogos e de jogar;

• Conhecer e vivenciar os esportes mais praticados pela população, bem como seu histórico,

regras e fundamentos;

• Perceber e praticar as diversas formas de ginástica, sua importância para a qualidade de

vida das pessoas;

• Entender a importância da dança enquanto elemento formador da cultura de cada

sociedade, participando e respeitando as diferenças de ritmos.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE :

“A expressividade corporal” e sua interação com:

• Esporte: Futebol, Handebol, Voleibol, Basquetebol, Atletismo, Tênis de mesa, Futsal, Xadrez;

• Jogos e brincadeiras;

• Dança;

• Ginástica;

• Lutas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª série:

• Origem/histórico dos esportes;

• Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.

• Fundamentos básicos;

• Brincadeiras de rua / populares;

• Brincadeiras de roda;

• Jogos de tabuleiro;

• Jogos de estafetas;

• Jogos dramáticos e de interpretação;

• Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

• Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos; • Construção dos

Brinquedos;

• Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro;

• Danças folclóricas;

• Atividades de expressão corporal;

• Cantigas de roda;

• Origem e histórico das danças;

• Contextualização da dança;

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• Atividades de criação e adaptadas;

•Movimentos de experimentação corporal (seqüência de movimentos)

• Ginástica artística;

• Atividades circenses;

• Ginástica natural;

• Origem e histórico da ginástica artística;

• Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda);

• Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas;

• Cultura do Circo;

• Consciência Corporal;

• Lutas: Judô e Capoeira;

• Origem e histórico das lutas;

• Atividades que utilizem materiais alternativos;

• Jogos de oposição;

• Musicalização;

• Ginga, esquiva e golpes;

6ª série:

• Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;

• Noções das regras e elementos básicos;

• Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

• Sentido da competição esportiva;

• Jogos e brincadeiras de rua Jogos dramáticos e de interpretação;

• Jogos de raquete e peteca;

• Jogos cooperativos;

• Jogos de estafetas;

• Jogos de tabuleiro;

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras.

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• Diferença entre brincadeira, jogo e esporte.

• A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.

• Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

• Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro.

• Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.

• Hip Hop: Break;

• Dança folclórica;

• Dança criativa;

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

. Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas ;

Criação e adaptação de coreografias.

• Construção de instrumentos musicais.

• Ginástica;

• Atividades circenses;

• Ginástica rítmica;

• Ginástica artística;

• Ginástica natural;

• Aspectos históricos e culturais da ginástica;

• Noções de posturas e elementos ginásticos;

• Cultura do Circo;

• Lutas: Capoeira e Judô;

• Origem das lutas, mudanças no decorrer da história jogos de oposição;

• Ginga, esquiva e golpes;

• Rolamentos e quedas;

7ª série:

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.

• Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento,

condicionamento físico.

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• Esporte e mídia.

•Esporte: benefícios e malefícios à saúde Prática dos fundamentos das diversas modalidades

esportivas;

• Jogos e brincadeiras;

• Jogos cooperativos;

• Jogos intelectivos;

• Jogos de raquete e peteca

• Jogos de tabuleiro

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos.

• Festivais;

• Estratégias de jogo;

• Hip Hop;

• Danças folclóricas;

• Dança de rua;

• Dança de salão;

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;

• Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, MC, GRAFITE E BREAK).

• Elementos e técnicas de dança Esquetes (são pequenas seqüências cômicas).

• Montar pequenas composições coreográficas;

• Ginástica artística;

• Ginástica rítmica;

• Ginástica geral;

• Atividades circenses;

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.

• Noções de postura e elementos ginásticos.

• Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades,pensando suas

mudanças ao longo dos anos.

• Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.

• Movimentos acrobáticos;

• Lutas: Capoeira e Judô;

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• Roda de capoeira;

• Projeção e imobilização;

• Jogos de oposição.

8ª série:

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

• Esporte de rendimento X qualidade de vida.

•Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

• Regras oficiais e sistemas táticos.

• Súmulas, noções e preenchimento.

• Scalt.

• Conhecimento popular X conhecimento científico.

• Relação Esporte e Lazer.

• Função social.

• Esporte e mídia.

• Esporte e ciência.

• Doping e recursos ergogênicos.

• Nutrição, saúde e prática esportiva.

• Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.

• Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

• Jogos e brincadeiras

• Jogos populares, jogos competitivos, jogos cooperativos, jogos de tabuleiro e Jogos

intelectivos;

• Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.

• Organização de eventos.

• Dinâmica de grupo.

• Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer.

• Recorte histórico delimitando tempo e espaço

• Dança folclórica e dança de salão

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• Dança e expressão corporal e diversidade de culturas.

• Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.

• Interpretação e criação coreográfica.

• Alongamento, relaxamento e consciência corporal

• Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.

• Diferentes tipos de dança.

• Organização de Festival de Dança.

• Aulas teóricas, práticas e expositivas;

•Observação individual para verificação de possíveis necessidades e progressos;

• Apresentação de vídeos e transparências;

• Pesquisa e diálogo com as outras áreas do conhecimento;

• Aulas práticas com exercícios específicos, de acordo com a modalidade esportiva;

• Seminário.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

• Problematização do conteúdo → Reflexão / Intervenção → Avaliação.

• Aulas teóricas, práticas e expositivas;

• Observação individual para verificação de possíveis necessidades e progressos;

• Apresentação de vídeos e transparências;

• Pesquisa e diálogo com as outras áreas do conhecimento;

• Aulas práticas com exercícios específicos, de acordo com a modalidade esportiva;

• Seminário.

RECURSOS DIDÁTICOS

• Quadra. Bolas, Quadro e giz, Som, Filmes, TV Pendrive;

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Historicamente o termo avaliação, vem sendo discutido por professores, mestres, e

comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê mais segurança na aplicação e na

medição do desempenho e das capacidades físicas. Os elementos utilizados para esta avaliação

nem sempre são corretos ou formalizam a conquista de seus objetivos. No geral se caracteriza

como seletiva, classificatória e punitiva e é de consciência coletiva que não qualifica e nem mensura

o conhecimento ou aprendizagem do educando. Busca- se chegar a uma forma de avaliar onde

professor e aluno sintam-se à vontade para discutir o termo ensino-aprendizagem com

responsabilidade e de forma a priorizar a qualidade, o diagnóstico e a continuidade do processo no

ambiente escolar.

Na avaliação diagnóstica, progressiva e contínua serão utilizados os seguintes instrumentos

e critérios:

• Pesquisas individuais e em grupo;

• Trabalhos práticos individuais e coletivos;

• Teste de conhecimentos podendo ser oral ou escrito;

• Participação em aula

• Criatividade na apresentação de trabalhos práticos;

• Organização;

• Cooperação;

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Ed. Física para o Ensino Fundamenta e Ensino Médio l.

Curitiba: 2008.

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9.1.5 - ENSINO RELIGIOSO

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A escola possui como objeto de trabalho construído historicamente: o conhecimento científico.

O desafio da escola persiste em como relacionar tal conhecimento com o conhecimento empírico do

aluno, mediando saberes também historicamente construídos e os desafios sociais/culturais

exigidos na contemporaneidade. Ingênuo seria se afirmássemos a ver receitas, fórmulas ou métodos

prontos e definitivos - estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico

entre sociedade/escola/sociedade se constituem.

O Ensino Religioso constitui- se como disciplina, com um novo olhar, com uma nova

perspectiva configurada na LDBEN 9394/96, artigo 33 e nova redação na LEI 9475/97, superando o

proselitismo no espaço escolar. O entendimento sobre esta importante e fundamental área do

conhecimento humano implica em uma concepção que tem por base o multiculturalismo religioso.

Neste enfoque o sagrado e suas diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a

realidade, numa perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do

conhecimento religioso.

A trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil passou por diferentes momentos e, diante da

sociedade globalizada e multicultural da atualidade, requer uma nova forma de ser pensado e

entendido na sua implementação no âmbito do espaço escolar.

Nesta perspectiva, o conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, legalmente

institui- se na escola, e pressupõe promover aos educandos oportunidade de se tornarem capazes

de entender os movimentos específicos das diversas culturas. Requer ainda,o entendimento e a

reflexão do espaço escolar diante do reconhecimento da justiça e dos direitos de igualdade civil,

social, cultural e econômico, bem como a valorização da diversidade daquilo que distingue os

diferentes componentes culturais de elaboração histórico-cultural da nação brasileira. Como a

convivência entre grupos diferenciados é marcada pelo preconceito, um dos grandes desafios da

escola é conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade brasileira.

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Portanto, é proposto ao aluno, nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de

identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes

manifestações religiosas presentes na sociedade. Essa compreensão deve favorecer o respeito à

diversidade cultural religiosa em relações éticas diante da sociedade.

O Ensino Religioso, disciplina obrigatória nas escolas públicas do Estado do Paraná, está

regulamentada pela Lei 9475, que dá nova redação ao artigo 33 da Lei 9394/96, pela Instrução

05/04 – SEED / SUED / DEF e pela deliberação 01/2006.

Hoje a sociedade civil, reconhece como direito os pressupostos desse conhecimento no

espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas as suas formas, respeitando a

formação dos diferentes grupos da sociedade brasileira.

Nessa perspectiva, o Ensino Religioso, contribui também para a superação da desigualdade

étnico-religiosa e vem garantir o direito constitucional de liberdade, de crença e expressão, conforme

Art 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira.

O que busca hoje o Ensino Religioso é a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de

manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as

relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.Para isso lançará mão

também do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e de História do Paraná

segundo a especificidade da disciplina sempre que houver oportunidade.

Assim, o currículo deve subsidiar os alunos na compreensão de conceitos básicos no campo

religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da

afirmação ou negação do sagrado.

A abordagem dos conteúdos em Ensino Religioso terá como objeto de estudo o Sagrado, por

contemplar algo que está presente em todas as manifestações religiosas.

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OBJETIVOS

*** Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

*** Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade Religiosa e cultural;

*** Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de e identidade de cada grupo

social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES;

Textos Sagrados –

Paisagem Religiosa –

Universo Simbólico Religioso.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª. série

– Respeito à diversidade religiosa

– Lugares sagrados

– Textos sagrados orais e escritos

Organizações religiosas

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6ª Série

Universo simbólico religioso

Ritos

Festas religiosas

Vida e morte

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos podem ser trabalhados

conforme os seguintes aspectos:

dos ritos;

dos mitos;

do cotidiano;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Pensar o encaminhamento metodológico de uma disciplina, não se reduz a determinar

formas, métodos, ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas pressupõe um (re) pensar e

refletir sobre que concepção se possui do processo de ensino e de aprendizagem, que vínculos se

estabelece com os alunos e ainda o entendimento de como esse aluno aprende.

O encaminhamento da disciplina do Ensino Religioso considera os pressupostos da proposta

curricular do Estado do Paraná que define a ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes

escolares das disciplinas com base nas reflexões que contemplem a visão de homem, de mundo e

de escola.

Assim sendo, ao delinear o encaminhamento das aulas de Ensino Religioso considerará os

seguintes pressupostos:

*** A superação, pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou a presença de qualquer

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cultural e as relações que estabelecem;

*** A necessidade da construção, reflexão e socialização do conhecimento religioso que crença

religiosa, toda forma de proselitismo, bem como a discriminação de toda e qualquer expressão do

sagrado;

*** Considerar as diversas manifestações do sagrado como sendo componentes do patrimônio

proporcione ao indivíduo sua base de formação integral, de respeito e de convívio com o diferente.

O Ensino Religioso como componente curricular busca a compreensão cultural por meio da

elaboração de suas temáticas, a relação na manifestação do sagrado em sua profunda diversidade.

AVALIAÇÃO

O Ensino específico o Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não

terá registros de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo da matrícula na disciplina.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observado pelo professor em diferentes

situações de ensino e aprendizagem, ou seja, através do comportamento, das atitudes dos alunos

frente aos colegas, profissionais da educação e comunidade em geral. De fato, a apropriação do

conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes situações de ensino e

aprendizagem. Eis algumas sugestões de observação por parte do professor:

- em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua?

- o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo

social?

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- o aluno emprega conceitos adequados para referir- se às diferentes manifestações do sagrado?

Diante da sistematização das informações obtidas da avaliação, o professor terá elementos

para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, para retomar as lacunas

identificadas na aprendizagem do aluno, e terá elementos para dimensionar os níveis de

aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.

Depois da avaliação, o professor de Ensino Religioso terá, também, indicativos para a própria

avaliação pedagógica ou a imediata reorganização do que já tenha trabalhado. Apesar de não haver

aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, recomenda- se

que o professor registre o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao

aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina. Por meio

dessa prática, o aluno terá oportunidade de retomar conteúdos e conhecimentos que o auxiliam a

compreender melhor a diversidade cultural, da qual a religiosidade é parte integrante. Finalmente, o

aluno poderá articular o Ensino Religioso aos demais componentes curriculares que abordam

aspectos relativos à cultura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba: SEED – EF,

2008.

______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações

étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos

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9.1.6 GEOGRAFIA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O trabalho geográfico desempenha a função de compreender e intervir na realidade social,

mostrando ao aluno que as sociedades e a natureza formam um integrado. Dentro deste contexto criar

e planejar situações de aprendizagem através da observação, descrição e analogia são necessários

para o aprendizado, a compreensão e a representação do conteúdo geográfico.

A organização espacial e as relações sociais que se desenvolvem desempenham o papel da

compreensão e passamos a perceber a existência de uma totalidade de que é a sociedade produzindo

e reproduzindo o espaço para nele estabelecer, relacionando- se com a natureza e este espaço

geográfico como parte de estratégia de sobrevivência de todos os seres.

O ensino e a aprendizagem de Geografia é, portanto, um processo de continuidade, é mais do

que o estudo destas relações entre o físico e o humano, a possibilidade de estabelecer relações éticas

de convergência entre o homem e a natureza. O aluno observa, descreve, representa

cartograficamente ou por imagens os espaços, seleciona informações, explicações e expressa seus

pensamentos e opiniões.

Os conhecimentos se relacionam entre sociedade e cultura, e a compreensão do mundo pode se

ampliar. Dentro desta área, o jovem passa a discutir fases da história das técnicas, do trabalho e das

concepções da natureza, integrando o global, regional e o local.

Assim, a Geografia tem um papel importante na formação de cidadãos conscientes e

responsáveis, sendo instrumento para relacionar os acontecimentos que ocorrem nas mais distantes

partes do nosso planeta e o ritmo das transformações.

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Rua Matogrosso, 9255Email:[email protected]

O estudo da Geografia permite compreender o mundo em que vivemos. Seu objeto de

investigação é o espaço geográfico, ou seja, o espaço da sociedade humana, em que homens e

mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações possibilitando sua construção e

reconstrução. O espaço geográfico é compreendido a partir dos conceitos básicos como: sociedade,

natureza, território, região, paisagem e lugar, visto sob uma perspectiva mais ampla, isso quer dizer,

estruturada a partir da dimensão econômica, sócio-ambiental, cultural, demográfica e geopolítica.

Tal proposta está embasada na Geografia Crítica, uma vez que esta compreende o espaço

geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana, enfatizando a dimensão

econômica da produção deste espaço, com destaque para as atividades industriais, rompendo por suas

vez com o ensino tradicional da geografia. Desta forma, no espaço geográfico ocorrem as

manifestações da natureza e as atividades humanas. Conhecê-lo bem é a garantia para um

posicionamento inteligente e responsável. Durante muito tempo o homem vem transformando o espaço

natural em seu benefício, o que implica em problemas que não dizem respeito apenas aos geógrafos,

mas longe disso, referem-se a todos os cidadãos. Estes por sua vez devem ser levados a pensarem o

mundo em que vivem a partir de suas condições reais de existência, ou seja, integrados criticamente na

sociedade e, participando ativamente de suas transformações.

Em conformidade com a lei 11.645/08, que trata da inserção dos conteúdos de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena nos currículos escolares, a geografia que tem como objeto de

estudo o espaço geográfico e suas inter-relações, propõe ações que possibilitem o contato com esta

cultura, objetivando a valorização a valorização da diversidade étnica brasileira. Tais abordagens serão

tratadas através dos conteúdos específicos derivados dos conteúdos estruturantes no decorrer da

relação ensino-aprendizagem no cotidiano escolar.

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Desta maneira a Geografia enquanto disciplina e área do conhecimento científico aparece como

possibilidade de pensar o mundo real e a sociedade num mundo fragmentado apesar de global. Diante

disso, também será tratado nesta disciplina conteúdos referentes à História do Paraná, a fim de se

vislumbrar a organização sócio-espacial, fatos históricos, entre outros.

O estudo da disciplina justifica-se porque entendemos que a formação do cidadão é

imprescindível num mundo em que a informação é rápida e em pouco tempo tudo passa a ser obsoleto.

O processo de formação envolve o tempo da reflexão, da análise e da critica profunda acerca do

“mundo globalizado”. A geografia enquanto disciplina científica apresenta grande relevância na

formação do cidadão e contribui como instrumento analítico da sociedade e do espaço geográfico.

Acreditamos também que “o ato de conhecer transforma o indivíduo e sua condição de mundo, o

que o transporta para novos modos de ver o mundo”. Desta maneira “a geografia aparece como

possibilidade de pensar o mundo real e a sociedade num mundo fragmentado, apesar de global”.

Devemos entender que ciência é também política, portanto o cientista da geografia deve saber porque é

utilizada, como é utilizada e em favor dos interesses de quem é ela é utilizada. Desta forma

possibilitará uma formação de qualidade ao educando, contribuindo para sua compreensão de mundo

partindo das três dimensões recorrentes e articuladas dos estudos geográficos que é “a singularidade

do local, a particularidade do regional e a universalidade do global”.

Concluímos com isso que para levar o aluno a ter uma compreensão desses aspectos, é

relevante considerar “os conteúdos básicos propostos para cada série do Ensino Fundamental, que

além de ser um direito deste na etapa de sua escolarização é extremamente importante para sua

formação cidadã.

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OBJETIVO

• Oportunizar conhecimentos aos educandos que possibilitem sua atuação como agente co-

responsável do espaço geográfico, dentro da dinâmica econômica, política, sócio- ambiental.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

*** Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de como as paisagens,

os lugares e os territórios se constroem;

*** Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedades e suas consequências em diferentes

espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem uma participação propositiva e

reativa nas questões socioambientais locais;

*** Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda o

papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar;

*** Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas

dinâmicas e interações

*** Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços

tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por todos os

seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar- se em democratizá- las;

*** Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender a paisagem, o

território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e

contradições

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*** Compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem , desde as imagens,

música e literatura de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que

interprete, analise e relacione informações sobre o espaço;

*** Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos

fenômenos geográficos;

*** Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo- os como direitos

dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia .

*** Compreender os temas relativos aos Desafios Educacionais Contemporâneos – DECs

(Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso indevido de Drogas e, Sexualidade), estabelecendo

relações destes temas com os conteúdos curriculares do ensino de Geografia.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia da Geografia possibilita ao aluno a construção de uma consciência crítica, coletiva

articulada, conhecendo o espaço geográfico, aproveitando o conhecimento vivido pelo aluno,

desenvolvendo relações entre espaços distantes e sua realidade, analisando e diferenciando conceitos

importantes, básicos para entendimento de geografia.

Empregado, para a abordagem dos conteúdos, a exposição oral com abertura de um espaço

para questionamento e contribuições dos alunos é fundamental, pois consecutivamente, os alunos

elaboram um texto dissertativo sobre o tema da forma de exercícios interpretativos.

Durante o desenvolvimento das atividades faz- se o uso de mapas,globo maquetes, fotografias,

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cartazes, reportagens, história em quadrinho, músicas, poemas, além de recurso audio - visual ,

imagens com o pendrive,mapas, fotografias e seminários, são recursos e métodos, são constantemente

usados para a área disciplinar, principalmente para apresentar uma associação dos fenômenos físicos

da natureza com processos de mudança humana.

Dentro desses aspectos, observamos que o Ensino Fundamental no terceiro e quarto ciclo

consideram a leitura das paisagens, a observação, a descrição, a explicação, a interação, a análise, o

trabalho de tempos diferentes, destacando benefícios e problemas.

Para a descrição dos lugares, é necessário explicar como fatores os constituem e se organizam,

podendo- se utilizar trabalho de campo, sempre que necessário e possível.

Nenhum estudo geográfico tende a pesquisa a representação cartográfica.

Na leitura da paisagem, reconhece- se seus elementos sociais, culturais ou naturais e a

interação existente entre eles. Observando o processo de transformação, compara- se a mesma

paisagem em tempos diferentes, destacando benefícios e problemas.

Para a descrição dos lugares, é necessário explicar como fatores os constituem e se organizam,

podendo- se utilizar trabalho de campo, sempre que necessário e possível.

Nenhum estudo geográfico tende a deixar de lado a representação cartográfica, porque sempre

definem uma extensão, pois compreender a utilização desta linguagem amplia as possibilidades dos

alunos de extrair, comunicar e analisar informações em vários campos do conhecimento.

Não se pode desarticular que a construção do conhecimento depende mesmo do aluno.

Informações obtidas por meio da televisão, vídeo cassete, rádio, gravador e computador trazem

informações sobre o campo e a cidade, questões ambientais, povos, nações, construção de territórios,

entrevistas e noticiários, observações, comparação, análise de diferentes cenários, enciclopédias,

livros, revistas, jornais, bibliotecas eletrônicas, por meio de softwares e sites na Internet (quando

existir).

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Concluímos que o educador nas interações educativas, cria desafios, revelando a realidade do

mundo para ter clareza dos limites de sua intervenção, não eliminando a criatividade e a iniciativa dos

alunos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos específicos de cada série serão elencados levando-se em consideração os

seguintes conteúdos estruturantes:

A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço

A Dimensão Socioambiental

A Dinâmica Cultural demográfica

A Questão Geopolítica

5º SÉRIE:

A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço:

- O homem, as paisagens e o espaço geográfico;

- O lugar e a localização no espaço geográfico;

- A representação do espaço geográfico.

- A atividade industrial e as fontes de energia;

- A agropecuária;

- O comércio, os transportes e as comunicações;

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- O Turismo.

Questão Geopolítica

- A sociedade e a cidadania;

- A sociedade e o trabalho;

Dinâmica Cultural Demográfica

População – crescimento e condições socioeconômicas;

A concentração da população no meio urbano e a ocupação do espaço urbano no Brasil

Dimensão Socioambiental

Atmosfera – condições naturais e ação humana

Climas e as formações vegetais da terra

Hidrosfera e a importância da água para a sociedade

A Litosfera e o relevo terrestre – condições naturais e a ação humana

6º SÉRIE:

QUESTÃO GEOPOLÍTICA

Poder político, estado e organização do espaço;

As desigualdades sociais no Brasil;

Crescimento econômico e concentração de riquezas

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Indicadores sociais: saneamento básico, renda, saúde, educação

Dimensão Socioambiental

- A formação do território brasileiro;

- A paisagem natural brasileira e a ação humana;

- A sociedade e a economia no Brasil;

Dimensão Econômica De Produção Do / No Espaço

A indústria brasileira;

O espaço geográfico e o nível de desenvolvimento econômico - social

Dinâmica Cultural Demográfica

- A urbanização brasileira;

- A população brasileira;

- A regionalização no Brasil;

- O nordeste;

- O centro-sul;

- A Amazônia

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7ª SÉRIE:

GEOPOLÍTICA

- O capitalismo e a formação do espaço mundial;

- A revolução técnico-científico e a globalização;

- A urbanização e as cidades globais;

- Desenvolvimento / subdesenvolvimento e regionalização do espaço mundial;

- A América Latina – países subdesenvolvidos industrializados e paises exportadores de

produtos primários;

Cuba – O Socialismo na América;

Dinâmica Cultural Demográfica

- América;

- O Relevo e a hidrografia do continente Americano;

- O clima e as paisagens vegetais na América;

- A população Americana;

- A integração na América e a formação dos Blocos Econômicos;

- Os EUA a superpotência mundial;

- O Canadá;

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8ª SÉRIE:

GEOPOLÍTICA

- Geopolítica e a economia mundial no século XX;

- A globalização e a formação dos blocos econômicos;

Dinâmica Cultural Demográfica

- Europa – o espaço natural;

- Europa – a sociedade;

- Europa – espaço econômico;

- Rússia;

- Ásia;

- Oriente Médio;

- Japão e Tigres Asiáticos;

- A China;

- A África – a influência externa e o espaço natural;

- A África – espaço socioeconômico;

- A Oceania;

Dimensão socioambiental

- A questão ambiental no Mercosul;

- Problemas ambientais urbanos

- A degradação ambiental

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- As alterações da natureza provocadas por fenômenos naturais

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser considerada como parte integrante do trabalho realizado em sala de aula e

tem como objetivo principal ajudar os alunos a aprenderem. É por meio que podemos repensar o

trabalho e os procedimentos adotados em sala de aula e identificar os avanços e as dificuldades do

grupo; individualmente, serve para propor as intervenções necessárias. Embora todos os componentes

curriculares sirvam como indicadores do avanço de cada aluno e do grupo, é preciso ter clareza sobre:

• A importância geográfica do que se vai solicitar aos alunos;

• O melhor caminho para avaliar;

• A escolha do instrumento

• A utilização de vários instrumentos. Devem ser realizadas diferentes avaliações para que sejam

atendidas as diferenças individuais existentes no grupo;

• O tempo disponível para este tipo de avaliação;

• Os elementos que dificultarão ou auxiliarão os alunos

• Apresentação de esquemas, gráficos, tabelas e mapas dos conteúdos trabalhados;

• Leitura e interpretação de textos: internet, jornal, revistas, livros, etc.; Produção de textos

• em grupo e individual; Pesquisas bibliográficas; Elaboração de relatórios de atividades de

campo/extra- classe;Apresentação de teatro, seminários, fotografias, etc.; Construção de maquetes.

A avaliação desenvolvida deverá ser diagnostica e continuada, contemplando a metodologia e

recursos propostos para os conteúdos desenvolvidos, proporcionando, acima de tudo, como resultado,

a pesquisa, a interpretação, a analise critica e, principalmente, a compreensão de que precisamos,

através da relação dialógica professor-aluno, construir na interação entre na teoria referencial de

sociedade/espaço e natureza com uma práxis ética, saudável e justa que garante um futuro melhor e 147

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mais digno para todos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

CALLAI, H.C.A. A Geografia e a escola: Muda a Geografia? Muda o Ensino? Terra livre, São Paulo,

m.16, p. 130-152,2001;

CARVALHO, M.I. Fim de século: A Escola e a Geografia. Ijuí, ed. UNIJUÍ, 1998;

ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2001.

ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CARLOS, Ana F. Alessandri (org). A geografia na sala de aula. São Paulo:Contexto, 2003.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.Campinas: Papirus, 1999.

MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Fundamental da rede de Educação Básica do

Estado do Paraná: Ensino Fundamental, Geografia. Curitiba: SEED, 2008.

______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações

étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).

Projeto Araribá. História / obra coletiva. São Paulo: Moderna, 2006

Projeto Araribá. Geografia / obra coletiva. São Paulo: Moderna. 2006

RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

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9.1.7 HISTÓRIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A história é uma ciência em constante construção, para tanto, a mesma não é resultado de

um método pronto e acabado, mas sim de sucessivas transformações e perguntas que as diferentes

gerações fizeram e fazem no seu referido tempo, baseada em métodos de pesquisa e de novas

concepções teóricas tornando o saber possível de novas interpretações.

A experiência humana no tempo contém fontes inesgotáveis de informações, portanto, a história é

um conjunto de recortes, que atendem diferentes finalidades educativas refletindo a representação do

passado e a construção de identidades estabelecidas ao longo do tempo, levando o aluno a

compreender a construção histórica, percebendo a si próprios como sujeitos ativos nessa construção.

O ensino de história pretende ser legitimador da sociedade democrática representativa, laica e

valorizadora da vida como valor supremo, propiciando ações voltadas à participação política e processos

redistributivos de poder e riqueza da nossa sociedade.

O conhecimento histórico é fundamental na definição das identidades pessoais e coletivas, na

medida em que se oferece os primeiros conjuntos organizados de informação sobre o grupo e o

indivíduo.

O ensino de história, em articulação com as demais disciplinas, tem como um de seus objetivos a

formação de atitudes e concepções úteis para a vida pessoal e cidadã: respeito á diversidade, espírito

de justiça, criatividade e solidariedade.

A História tem como objeto de estudo as ações e as relações humanas no tempo, sendo que a

produção do conhecimento histórico possui um método específico que é a explicação e interpretação

dos fatos construída a partir da problematização e análise de documentos, sendo a sua finalidade formar

a consciência histórica do sujeito.

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No entanto, a disciplina de História passou por uma longa trajetória na Educação brasileira, desde

quando as aulas eram ministradas pela Companhia de Jesus, depois as aulas régias, passando pela sua

afirmação como disciplina escolar obrigatória a partir da criação do Colégio Pedro II, em 1837,

adentrando o período republicano até chegar aos nossos dias.

Durante décadas, o seu ensino foi predominantemente tradicional, valorizando determinados

personagens, fatos políticos, marcado pelas aulas meramente expositivas, memorização e repetição de

conteúdo, privilegiando a forma linear e factual, servindo também como legitimadora do nosso projeto de

nacionalidade embasada no caráter cívico e moral dado à mesma. Sob essa ótica,

seu ensino não dava espaço para análise e interpretações críticas, pautando-se na historiografia oficial,

na manutenção de heróis, nos grandes feitos, exaltação da pátria e no ponto de vista da civilização

branca, cristã, ocidental.

Romper com essa visão fortemente eurocêntrica e meramente factual e a concepção da História

como verdade pronta e acabada a ser depositada nos alunos é o que se pretende, de forma a

proporcionar uma reflexão sobre os princípios que determinam sua construção como Ciência, bem como

sobre temas, objetos e métodos essenciais ao seu ensino.

A consciência histórica é a construção do sentido da experiência no tempo através da narrativa

histórica, significando que o passado é compreendido em relação ao processo de constituição das

experiências sociais, culturais, políticas e temporais. Assim, analisar as implicações das opções teórico-

metodológicas para o ensino da História na formação e compreensão dos fatos históricos no cotidiano

das atuais civilizações é repensar práticas e conceitos, de tal forma que abranja fatores econômicos,

sociais e políticos presentes no dia-a-dia, na visão dos vencidos e

excluídos, na situação da mulher, na mentalidade dos grupos sociais, servindo de partida para que os

alunos exercitem seu senso crítico e desenvolvam uma perspectiva transformadora e conscientizadora.

Neste sentido o ensino de história contribui significativamente para a construção da subjetividade,

acreditando- se que ela promova a consciência crítica dos alunos, bem como de seu papel ativo na

sociedade em que vivem.

O indivíduo, ao agir, atribui sentido ao tempo e à sua ação dentro dele, para tanto, o ensino de

história tem a função de contribuir com o indivíduo na tomada de decisões em situações práticas.

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OBJETIVOS

• Entender que o conhecimento é construído podendo ser questionado, duvidado, contestado e

reconstruído;

• Estabelecer recortes de representação do passado;

• Trabalhar com diferentes documentos históricos.

• Propor formas de problematizar o passado

• Favorecer o respeito à diversidade, ao caráter multi cultural da sociedade brasileira e de outras

sociedades.

• Elaborar conceitos que permitam pensar historicamente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

*** Compreender o significado da história, sua importância, identificando com fatores primordiais para

entender a história, o tempo e as ciências auxiliadoras para a construção do conhecimento histórico.

*** Construir a identidade nacional e individual, localizando os momentos históricos, seu processo de

sucessão e duração, ressaltando o papel do ser humano como agente ativo do processo.

*** Propiciar ao aluno que entenda a sua realidade a partir do passado da humanidade, com uma visão

crítica a respeito dos fatos atuais e da própria história visando o intuito da mudança.

*** Destacar a importância de que adquirem na compreensão do processo histórico de construção da

realidade social brasileira e do mundo, enfatizando práticas de cidadania e de lutas por mudanças na

vida cotidiana.

*** Desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, socializando a

produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas de

como este se produz, formando um ser humano político, capaz de compreender onde ele se insere e

nele interfere, considerando o aluno e professor como sujeito de seu próprio conhecimento, numa

constante elaboração e reelaboração que se dá a partir de necessidades e problemas cotidianos.

*** Desenvolver a capacidade de observar e extrair informações e interpretar características da realidade

que o cerca.

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*** Identificar as intenções do homem branco com relação ás terras do Paraná.

*** Reconhecer os grupos humanos que habitaram o território de Curitiba há dez mil anos atrás.

*** Identificar os grupos que habitaram o Paraná por ocasião de desbravamento e os Negros Africanos.

*** Reconhecer o Paraná como parte integrante do Brasil da América do Sul e do mundo.

*** Identificar os motivos que levaram a adotar o Sistema Escravista no Paraná.

*** Reconhecer que foi a perspectiva do ouro no Paraná que deu início á colonização do Território

Paranaense.

*** Conhecer os motivos que levaram á Revolução Federalista suas causas e resultados.

*** Compreender o que é o Contestado, qual o motivo que levou á guerra e seus resultados.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

1. Dimensão Política

2. Dimensão Econômica – Social

3. Dimensão Cultural.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª série

Pré- história

A história e suas divisões

O Egito Antigo

Os povos da Mesopotâmia

Os Hebreus e os Fenícios

Os Persas

Os Gregos

Os Romanos

Os primeiros habitantes de Curitiba

Os donos da terra – Indígenas Paranaenses

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Os povos pré-colombianos: Incas, Maias e Astecas

CONTEÚDOS BÁSICOS

6ª série

Reinos Germânicos

A Sociedade Medieval

A cultura medieval e a influencia do cristianismo

Império Bizantino

Mundo islâmico

Expansão Européia e Conquista da América

O Impacto da Conquista

Renascimento

Reformas Religiosas

Mercantilismo e Sistema Colonial

A Colonização do Brasil

Administração Colonial: Estado e Igreja

Açúcar, escravos e mercado interno

Escravidão Africana

Domínio Espanhol, e Brasil Holandês

Expansão territorial e seus conflitos

A Mineração

Paraná – integrante do Brasil, da América do sul e do Mundo

A participação do Negro na História do Paraná

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CONTEUDOS BÁSICOS

7ª série

A Europa no século XVII

A expansão colonial portuguesa na América

Enfim o ouro

A consolidação do solo colonial

Os jesuítas na América portuguesa

O Iluminismo

A Revolução Francesa

A Independência do E.U.A

A Revolução Francesa

O Governo de Napoleão Bonaparte

Revoltas e conflitos na Colônia

A Independência das Colônias

O Brasil conquista sua soberania

O primeiro reinado

O Período Regencial

D. Pedro II no poder

Movimento social dos trabalhadores

Mudanças no Segundo Reinado brasileiro

A República brasileira

A guerra de Canudos e o Cangaço

A Escravidão no Paraná

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CONTEÚDOS BÁSICOS

8ª série

Verificação da Itália e Alemanha

O neocolonialismo

A Primeira Guerra Mundial

A Revolução Russa

No Brasil a 1ª República

Entre duas guerras a crise do capitalismo

A ascensão dos Regimes totalitários

A era de Vargas

A Segunda Guerra Mundial

Brasil 1945- 1964

A guerra fria

A Independência da Colônias da África

Movimentos e Revoluções socialistas

Brasil de 1964-1985

A democratização política do Brasil

Os E.U.A no mundo atual

A União Soviética e o fim do socialismo no Leste Europeu

O Oriente Médio

Japão , China, Vietnã e os Tigres Asiáticos

Brasil, trabalho e riqueza

O Brasil e suas relações comerciais no exterior

Pluralidade cultural no Brasil

Desafios do mundo atual

A Guerra do Contestado

A Revolução Federalista

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Desenvolver os conteúdos de forma crítica e reflexiva, levando o aluno a perceber- se como peça

importante no processo histórico e reconhecendo- se como agente transformador da história.

Para isto, as atividades devem ser variadas ( individuais, duplas, grupos) os alunos realizarão

análises de textos, filmes, artigos de jornais, revistas, documentários.

Levando em conta o incentivo à pesquisa como forma de despertar no aluno o gosto pela leitura e

por novas descobertas, o interesse em adquirir novos conhecimentos, acrescentando- os dos

conhecimentos adquiridos em sala.

Utilizar fontes documentais (relatos, músicas, filmes de época, jornais etc.)

Através do uso contínuo de diversas fontes históricas o educando poderá compreender melhor a

sociedade contemporânea e nela situar- se, de modo a perceber- se como agente transformador e

atuante, participativo e consciente.

AVALIAÇÃO

A avaliação, parte integrante e necessária na prática pedagógica, se dará pelo acompanhamento

dos alunos no processo ensino-aprendizagem. Tal avaliação dita diagnóstica, pretende que professores

e alunos revejam as práticas identificando lacunas no cotidiano escolar, planejando e propondo

diferentes encaminhamentos que venham superar possíveis dificuldades. Aprendizado e avaliação

devem ser fenômenos compartilhados, permitindo uma analise critica das

ações que podem ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

A avaliação dar-se-á através de: observação, discussão em sala, produção de textos, relatórios,

provas escritas e pesquisas, em que os alunos desenvolverão a capacidade analítica e a argumentação

crítica, visando o entendimento de diferentes conceitos e contextos, conjunturas históricas, respeito à

diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica que possam contribuir para a diminuição das

desigualdades sociais e a luta por uma sociedade mais justa e

igualitária.

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A avaliação dar- se- á em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem. Será

valorizada a participação do educando nas atividades grupais, individuais, elaboração e apresentação de

trabalhos (orais, escritos, individuais e coletivos), além de avaliações contendo questões de análises

( subjetivas e objetivas), fazer uso de mapas, documentos, filmes e outros materiais necessários para o

desenvolvimento das atividades propostas no decorrer do ano letivo.

Serão produzidos textos, ou será cobrada a sua interpretação. Bem como estabelecer relações

entre continuidade/ permanência e ruptura/transformação nos processos históricos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

CHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. O saber histórico na sala de aula. Cierce

Bitttencourt (org).10 ed – São Paulo: Contexto, 2005.

MOTA, Myriam Becho; BRAIK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro

milênio.. - 1.ed. - São Paulo: Moderna, 2005.

MOTA, Lúcio Tadeu, 1953- A Guerra dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924).

As cidades e os povos indígenas: mitologias e visões. Maringá: EDUEM, 2000.

MUNDURUKU, Daniel. Contos indígenas brasileiros; ilustrações Rogério Borges. - 2 ed., - São

Paulo: Global, 2005

PARANA. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede deeducação básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental, História: Curitiba,SEED, 2008.

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9.1.8 LÍNGUA PORTUGUESA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino da Língua Portuguesa sempre preocupou os professores e os estudiosos da educação.

Essas preocupações geraram reflexões em torno do assunto e foram ampliadas, especialmente a partir

da década de 80, por uma série de pesquisas nas áreas da Psicologia e da Lingüística e contribuíram

para o surgimento de propostas pedagógicas que buscam instalar, na sala de aula, a reflexão e a

contribuição do conhecimento em lugar da repetição e memorização dos conteúdos.

O espaço específico para o ensino da língua materna (Língua Materna) nos impele a observar

detalhes, interessar- nos pelas diferenças e peculiaridades, procurando um fio de meada que possa

explicar o próprio desafio de refletir e compreender os contextos em que se desenrola a vida social.

Nesses aspectos, para ensiná- la, não podemos priorizar temas que enfocam a discussão atual do

processo de mobilização da sociedade, separadamente do trabalho com a articulação de conceitos no

interior do ensino da Língua Portuguesa.

Assim, o Ensino de Língua Portuguesa é entendido como uma interação viva com as forças

sociais, que nos permite aprender não só o sujeito contemporâneo, mas também as questões materiais

e simbólicas a partir das quais esse sujeito se exprime. São por esses aspectos que deveremos

desenvolver um trabalho pedagógico capaz de colaborar na ampliação e domínio da língua e da

linguagem de nossos alunos, organizando situações de ensino para que eles desenvolvam

conhecimentos discursivos e linguísticos. Para isso, deve- se considerar a diversidade de textos, que

circulam socialmente, para construir a reflexão sobre a linguagem e seu uso em situações significativas

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de interlocução, priorizando as práticas sociais da: leitura, escrita e oralidade, para garantir a

apropriação de padrões da língua escrita e refletir sobre os fenômenos da linguagem, fazendo uso do

ensino contextualizado da metalinguagem, permitindo um trabalho com a multiplicidade de linguagens

que serão utilizadas na produção textual dos alunos.

Os textos selecionados e dinamizados devem possibilitar por meio da observação e da análise, a

sistematização de determinados recursos da Língua, como a riqueza de adjetivos, a

semântica, a coesão e coerência como lógica textual, entre outros. Portanto, nesta proposta, as leituras

são dinamizadas, também, para possibilitar a análise dos recursos de cada texto com a sua estrutura,

suas marcas linguísticas e suas expressões em contexto. É preciso ir além da realização de exercícios,

constituindo- se em produção de significado que trabalha com a intuição linguística desses sujeitos e a

reflexão sobre os focos específicos. O trabalho pedagógico em Língua Portuguesa deve promover

situações que permitam refletir sobre a linguagem nos mais diferentes contextos de uso, procurando

revelar práticas concretas de leitura e escrita tecidas ao longo das historias de vidas tanto do educador

quanto do educando, problematizando a realidade concreta das experiências humanas, emaranhando

os aspectos políticos, psicológicos, culturais e históricos que atravessam a compreensão das questões

cotidianas. Por isso, é consensual que a eficiência desse processo depende de um trabalho sistemático

com diferentes textos que circulam na sociedade, bem como de uma nova concepção de língua e de

linguagem.

Assim, a concepção que adotamos, considera o ensino/ aprendizagem da língua, na escola,

como resultante da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino. Com relação a este

último, a idéia é de que deve ser contínuo, pois espera- se que os alunos adquiram progressivamente

uma competência em relação à linguagem até alcançarem o grau de letramento necessário para

realmente exercerem cidadania, fazendo com que ao longo de quatro anos, ele leia, escreva e fale com

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eficácia, sabendo assumir a palavra, produzir textos coerentes, adequados às diversas situações

sociais e aos assuntos tratados.

Nessa perspectiva, as relações entre oralidade e escrita não são vistas em separado, como

estruturas estanques em que as duas modalidades de uso da língua são colocadas em posições

opostas. Ao contrário, essas relações refletem um constante dinamismo fundado numa continuação

entre as práticas sociais e a produção de discursos. Por isso, no trabalho com oralidade e escrita, deve-

se procurar sempre mostrar ao aluno quais as condições de produção e que tipo de texto se pode

esperar para tais condições. Além disso, deve haver um cuidado na exploração textual objetivando

analisar contrastes e semelhanças entre os processos de produção discursiva e as características da

organização dos diferentes discursos orais e escritos.

Nesse sentido, entende- se que produzir linguagem significa produzir discursos pluriculturais se

valendo da existência do plurilingüismo, ou seja, a experiência lingüística do aluno, se expande da

linguagem usual no seu meio para as diferentes variedades sociais – com maior ênfase à variedade

padrão atual - , uma vez que refletir sobre as variedades é condição essencial para a superação do

preconceito lingüístico. Essa visão compreende que produzir discurso significa dizer alguma coisa para

alguém, com uma intenção. Assim, escolhas feitas ao dizer, ao produzir, não são aleatórias – ainda que

possam ser inconscientes – mas decorrentes das condições sociais e ideológicas em que esse discurso

é realizado.

Por isso, em diferentes momentos, a reflexão sobre a Língua Portuguesa, enfatizará a

possibilidade de o falante se valer do uso de discursos formais e informais dependendo de sua intenção

e situação. Desta forma, mais do que ensinar aos alunos imposições de regras clássicas da gramática

normativa, procurar-se-á mostrar aspectos que precisam ser organizados em função das necessidades

apresentadas no momento de produção de língua oral e escrita. A intenção, então, é que desenvolvam

sua competência lingüística para estabelecer a comunicação, quer em discursos formais ou informais,

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importando, na verdade, que consigam interagir de maneira adequada aos seus próprios objetivos, aos

objetivos dos diferentes interlocutores, às características sociais dos envolvidos na interlocução, bem

como à situação.

OBJETIVOS

*** Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e

interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de

um posicionamento diante deles;

*** Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que

considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;

*** Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus

conhecimentos linguísticos-discursivos;

*** Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade da leitura e da escrita;

*** Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso à ferramentas de expressão

e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a

linguagem aos diferentes contextos sociais.

*** Ler de forma autônoma os diferentes tipos de textos que circulam socialmente;

*** Compreender o sentido das mensagens orais e escritas de que é destinatário direto, reconhecendo

as intencionalidades implícitas;

*** Produzir textos escritos, coesos e coerentes, adequados á situações de interlocução;

*** Revisar seu próprio texto;

*** Usar a Língua Portuguesa como geradora de significação e integradora do mundo e da própria

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identidade;

*** Desenvolver as habilidades de produzir e ouvir textos orais e escritos de diferentes gêneros e com

diferentes funções, conforme os interlocutores, os seus objetivos, a natureza do assunto sobre o qual

falam ou escrevem, o contexto, enfim, as condições de produção do texto oral ou escrito.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Toda produção humana de linguagem nasce preocupada em dirigir- se a alguém. Segundo

Bakthin a linguagem enquanto produto de uma consciência humana não pode ser reduzida a estrutura

desvinculadas a fatores externos ou seja, construção de caráter humano se deve menos a fatores

biológicos do que sociais.

No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a

linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus

sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica referente à linguagem, portanto,

precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a

produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse

modo, buscar-se-á um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.

A pratica da língua portuguesa precisa relacionar- se a situações reais de comunicação diferente

da tradicional, torna- se um espaço de interação e de encontro entre sujeitos.

Os falantes constituem- se sujeitos de sua história, e a sala de aula torna- se um lugar

privilegiado de interação e aprendizado.

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O professor deve buscar novas formas de trabalhos, metodologias variadas, determinando

conteúdos, atividades, que possam ver o aluno como um ser construído e em construção por meio de

suas vivências.

PRÁTICA DA ORALIDADE: Apresentar temas variados: história da família, da comunidade, um filme,

um livro etc...

Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu

convívio.

Uso do discurso oral para emitir opiniões justificar ou defender opções tomadas, colher e dar

informações,fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer

convites etc...

Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar a similaridades e diferenças

entre as modalidades oral e escrita.

Relato de acontecimentos mantendo- se a unidade temática.

Debates, seminários, júris- simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da

argumentação.

Análise de entrevistas televisivas ou rádio fônicas a partir de gravações para serem ouvidas,

transcritas e analisadas, observando- se as pausas, hesitações,truncamentos, mudanças de

construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos,

etc...

PRÁTICA DA LEITURA: A leitura deve ser vista em função de uma concepção interacionista da

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linguagem, onde busca- se formar leitores e o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção

do mundo articulado ao modo de produção social.

O professor deve proporcionar ao aluno, dentro da escola, ambientes atrativos para a realização

de leituras através de livros ilustrados e selecionados que possam ser folheados na escola e levados

para casa.

Escolher o autor do mês / semestre, trabalhar a leitura de suas obras.

Proporcionar ao aluno a leitura de poesias ( prosa e verso) possibilitando a percepção e

reconhecimento dos elementos da linguagem poética.

PRÁTICA DA ESCRITA: A escrita deve ser pensada e trabalhada numa perspectiva discursiva que

aborda o texto através da prática textual.

A escrita deve ter modo significativo e não apenas preencher linhas com temas aleatórios. O aluno

deve criar e desenvolver o hábito de planejar, escrever, revisar,e re-escrever seus textos, para garantir

a socialização da sua produção textual.

O aluno deve estar em contato com diferentes tipos e gêneros textuais, onde ser é mais fácil

assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão.(gramática).

Explorar o nível fonético, sintático e semântico da língua, possibilitando entendimento entre os

falantes.

Proporcionar atividades de revisão e re-estruturação dos textos em análise.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS

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Levando- se em conta os conteúdos estruturantes da oralidade, leitura e escrita, deve- se

observar que estes devem respeitar a maturidade e o conhecimento, adequando- se a cada série.

Entende- se o conjunto de saberes e conhecimentos maiores, que irão identificar e organizar

uma disciplina escolar. A partir deles virão os conteúdos específicos que serão trabalhados no cotidiano

da escola.

Nas práticas discursivas estarão presentes os conceitos oriundos da lingüstica, sociolingüística,

semiótica, pragmática, estudos literários, semântica, morfologia, sintaxe, fonologia, análise do discurso,

gramáticas normativa/descritiva e de uso, que irão aprimorar a competência

lingüística dos estudantes.

DOMINIO DA LÍNGUA ORAL: Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,

acontecimentos ,eventos, textos lidos - literários ou informativos, programa de TV, filmes, entrevistas,

etc.); Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,

programas, etc.); Criação ( histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.);

a) No que se refere às atividades da fala: clareza na exposição de idéias; seqüência na exposição de

idéias; objetividades na exposição de idéias; consistência argumentativa na exposição de idéias,

adequação vocabular.

b) No que se refere à fala do outro: reconhecer as interações e objetivos; julgar a fala do outro na

perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa.

c) No que se refere ao domínio da norma padrão: concordância verbal e nominal; regência verbal e

nominal; conjugação verbal; emprego de pronomes, advérbios, conjunções.

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DOMINIO DA LEITURA: prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos; textos da

cultura afro.

a) No que se refere à interpretação: identificar as idéias básicas apresentadas no texto, reconhecer

no texto as suas especificidades (texto narrativo ou informativo),identificar o processo e o contexto de

produção, confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas,atribuir significado (s) que

extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo

tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em época diferentes, ou sob perspectivas

diferentes.

b) No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na

perspectiva da unidade temática,avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e

recursos coesivos).

c) No que se refere à mecânica da leitura: ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor

expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

DOMÍNIO DA ESCRITA:

a) No que se refere à produção de textos: produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e

dissertativos.

b) No que se refere ao conteúdo: clareza; coerência.

c) No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;

uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes,etc.); organização de parágrafos;

pontuação;

d) No que se refere à expressão: adequação a norma padrão ( concordância verbal e nominal);

e) No que se refere à organização gráfica dos textos: ortografia; acentuação,recursos gráficos- visuais

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(margem, titulo, etc.).

f) No que se refere aos aspectos da gramática tradicional: reconhecer e refletir sobre a estruturação

do texto: os recursos coesivos e conectividade seqüencial e a estruturação temática; refletir e

reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,objeto indireto e predicativo;reconhecer

as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores; a posição na

sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão; a estrutura da oração com

verbos, ser, ter e haver; o sintagma verbal nominal e sua flexão; a complementação verbal - verbos

transitivos e intransitivos; as sentenças simples e complexas; a adjunção; a coordenação e a

subordinação;

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Possenti (1999) simplifica definição de gramática como a noção de conjunto de regras: as que

devem ser seguidas; as que são seguidas e as regras que o falante domina. Os três tipos básicos de

gramática mais ligados às questões pedagógicas:

1. Gramática normativa: regras que devem ser seguidas e obedecidas. O domínio das regras dá a

ilusão que o falante emprega a variedade padrão. Prioriza a forma escrita, apresentando uma forma

considerada culta da língua. Aparece nas gramáticas e nos livros didáticos.

2. Gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas, não se atém a modalidade escrita ou

padrão, mas à descrição das variantes lingüísticas a partir do seu uso. Prefere a manifestação oral da

língua, possui maior mobilidade.

3. Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominado pelo falante, tanto a nível fonético

como sintático e semântico. Possibilita o entendimento entre os falantes de uma mesma língua.

Considerando a interlocução como ponto de partida do estudo do próprio texto, os conteúdos

gramáticas devem ser estudados a partir dos seus aspectos funcionais na constituição da unidade de

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sentido dos enunciados. Devemos considerar não só a gramática normativa, mas também as outras: a

descritiva e a internalizada, no processo de ensino da Língua Portuguesa.

LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: Tem a finalidade em si mesma, sem prestar- se ao

ensino gramatical. Cabendo ao professor interagir entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua

“passividade”, valorizar obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito de ler, socializar a

leitura em sala, privilegiar a leitura/fruição.

AVALIAÇÃO

Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a avaliação precisa

ser analisada sob novos parâmetros; precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno

está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e

escrita, considerando- se a avaliação formativa e somativa.

Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens

diferentes nos estudantes, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades e

possibilita que a intervenção pedagógica aconteça,informando os sujeitos do processo (professor e

alunos), ajudando- os a refletirem e tomarem decisões.

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É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de aprendizagem

contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista,

num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado

numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, a

argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posisionar

como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas

televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.

A leitura será avaliada pelas estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do

texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência

entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos

efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto

explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. Tendo em vista o multiletramento,

também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos,

infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leitura

de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de

expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que

lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Com relação à escrita, é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,

nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua

produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos

discursivo-textuais, verificando: a coesão e coerência textual, a adequação à proposta e ao gênero

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solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos

consistentes, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como

avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de

seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do

texto foi alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às

repetições, se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.

A prática pedagógica de análise lingüística usada nos diferentes gêneros precisam ser avaliadas

sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no

interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e

informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos

linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores

argumentativos e modalizadores, bem como das relações semâticas entre as partes do texto (causa,

tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em

outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente

em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes

possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento lingüístico constante, o

letramento.

Já a avaliação somativa será usada para definir uma nota. Os alunos que não dominam

determinado conteúdo têm direito a uma recuperação paralela, onde o conteúdo é revisado e é dada

outra avaliação para definir e recuperar o conteúdo que não foi dominado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação Sâo Paulo: Parábola, 2003.

BAGNO, M.. A norma oculta: língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola,2003.

BAKHTIN,M Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara Frateschi. São Paulo: Hucitec, 1986.

CASTRO, Gilberto de: FARACO, Carlos Alberto: TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.

9.1.9 MATEMÁTICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A matemática surgiu da relação dos homens com o mundo e a sociedade em que vivem. Ela

existe desde os primórdios da humanidade a partir das próprias necessidades de sobrevivência do

homem, que o levaram a contar, quantificar, realizar trocas, efetuar medições, construir e criar.

Ao longo da história o ser humano produziu e desenvolveu leis , conceitos e teorias a partir de

aplicações matemáticas, levando á construção de uma ciência universal, que podemos hoje aceitar

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como um patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Esta ciência possibilita ao homem conhecer a realidade que a cerca e resolver problemas

cotidianos, em busca de sanar suas necessidades fisiológicas e sociais. Fornecendo instrumentos

necessários para a intervenção e transformações nas relações de trabalho,com a própria natureza,

políticas, econômicas e sociais.

A matemática está presente na vida das pessoas onde é necessário quantificar, contar, calcular,

localizar um objeto no espaço, ler e interpretar dados,relatórios, gráficos, tabelas e mapas ou fazer

previsões. Enfim, da música à informática, do comércio à metereologia, da medicina à cartografia, das

engenharias às comunicações, faz- se necessária e presente a matemática, codificando, ordenando,

quantificando, interpretando dados , taxas, dosagens, coordenadas, tensões, escalas, freqüências e

outras variáveis que possam aparecer.

As formas de pensar desta ciência possibilitam ir além da descrição da realidade e da elaboração

de modelos. Ela não trata de verdades imutáveis, mas é dinâmica,sempre aberta a incorporação de

novos conhecimentos e às mudanças que ocorrem no mundo.

O conhecimento matemático é essencial para novas conquistas e descobertas no campo da

ciência e tecnologia. Cumpre ainda o papel primordial no desenvolvimento do potencial da capacidade

de abstração e raciocínio lógico do ser humano. Tornando- se mais hábil na resolução de problemas

cotidianos pessoais e sociais e mais seguro na formulação de críticas e proposição de mudanças.

O conhecimento matemático auxilia na formação do senso crítico, pois fornece subsídios para

efetuar uma análise mais apurada dos acontecimentos e da realidade. Demonstrando através de dados

e cálculos (exatos) se determinadas idéias ou hipóteses são corretas, verdadeiras e confiáveis, e

favorecendo assim, uma atuação mais consciente na sociedade.

O estudo da matemática, bem como o seu ensino na escola está fundamentado na sua

importância historicamente comprovada em proporcionar ao indivíduo conhecimentos que o tornem

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capaz de compreender, adaptar- se e integrar- se ao meio em que vive, bem como de questionar,

criticar e realizar mudanças nesse meio, a fim de atender suas necessidades e de outros. Tendo em

vista a formação de cidadãos capazes de atuar no mundo que o cerca de maneira consciente, criativa e

participativa, aproximando as diferentes realidades sociais e promovendo melhoras nesse mundo.

OBJETIVOS GERAIS:

O ensino da Matemática do Ensino Fundamental deve levar o aluno: a

*** Comunicar- se em várias linguagens; investigar, resolver e elaborar problemas; tomar decisões,

fazer conjecturas, hipóteses e inferências; criar estratégias e procedimentos; adquirir e aperfeiçoar

conhecimentos e valores; trabalhar solidária e cooperativamente; e estar sempre aprendendo. Ampliar

e aprofundar conhecimentos, estudar outros temas, desenvolver ainda mais a capacidade de

raciocinar, de resolver problemas, generalizar, abstrair e de analisar e interpretar a realidade que nos

cerca, usando para isso o instrumento matemático.

Auxiliar a estruturação do pensamento e do raciocínio lógico, quanto instrumental, utilitário, de

aplicação no dia-a-dia, em outras áreas do conhecimento e nas atividades profissionais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Ampliar e construir novos significados para os números e operações;

• Resolver situações- problemas que envolvam vários tipos de números e operações;

• Traduzir situações- problemas na linguagem matemática;

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• Ler e interpretar tabelas e gráficos, que abordem temas relevantes;

• Identificar as figuras bidimensionais e tridimensionais e em seguida os seus contornos e seus

elementos;

• Compor e decompor figuras espaciais;

• Observar a variação entre grandezas e estabelecendo relações entre elas;

• Resolver situações- problemas que envolvam proporcionalidade, Identificando se elas são direta ou

inversamente proporcionais ou se não são proporcionais;

• Utilizar unidades de medidas adequadas em cada situação;

• Resolver situações- problemas que envolvam grandezas e unidades;

• Identificar e resolver equações e problemas do 1o e 2o graus;

• Verificar as relações métricas nos triângulos retângulos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas;

• Geometrias;

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• Funções;

• Tratamento da Informação.

5ª SÉRIE

:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Números e Àlgebras:

- Sistema de numeração;

- Números naturais;

- Múltiplos e divisores;

- Potenciação e radiciação;

- Números fracionários;

- Números decimais.

- Grandezas e Medidas:

- Medidas de Massa, Àrea, Volume, Tempo e de Ângulos;

- Sistema Monetário.

- Geometria:

- Plana;

- Espacial.

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- Tratamento da Informação:

- Dados, Tabelas e Gráficos;

- Porcentagem ( sua relação com os números na forma decimal e fracionária).

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Números e Àlgebras:

- Números Inteiros;

- Números Racionais;

- Equação de 1º grau;

- Razão e Proporção;

- Regra de Três.

- Grandezas e Medidas:

- Medidas de Temperatura;

- Ângulos.

- Geometria:

- Geometria Plana:

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- Geometria não – euclidiana;

- Geometria Espacial.

- Tratamento da Informação:

- Pesquisa estatistica;

- Média Aritmética;

- Moda e Mediana;

- Juros Simples.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Númeoros e álgebras:

- Números Irracionais;

- Sistemas de Equaçãodo 1º grau;

- Potencias;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis.

- Grandezas e Medidas:

- Medida de Comprimento;

- Medida de Área;

- Medidas de Ângulos.

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- Geometria:

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não – euclidiana.

- Tratamento da Informação:

- Gráfico e Informação;

- População e Amostra.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /CONTEÚDOS BÁSICOS:

Números e álgebra:

- Números reais;

- Propiedades dos radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teoremas de Pitágoras;

- Equações Irracionais;

- Equações Biquadradas;

- Regra de três Composta.

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- Grandezas e Medidas:

- Relações Métricas no Triângulo retângulo;

- Trigonometria no Triângulo retângulo.

- Funções:

- Noção Intuitiva de função afim;

- Noção Intuitiva de função quadrática.

- Geometria:

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não – eucliana.

- Tratamento da Informação:

- Noções de análise combinatória;

- Noções de probabilidade;

- Estatística;

- Juros compostos.

Números, Operações e Álgebra:

- Sistemas de Numeração decimal e não decimal.

- Números naturais e suas representações.

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- Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais);

- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e

radiciação).

- Transformação de números fracionários em números decimais.

- Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.

- Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de calculo (razão, proporção, fração e decimais).

- As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por

valores numéricos.

- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença.

- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais.

- Equações, inequações, e sistema de equações do 1º e 2º graus.

- Polinômios e os casos notáveis.

- Ângulos.

- Fatoração.

- Cálculo do número de diagonais de um polígono.

- Expressões numéricas

- Funções.

- Trigonometria no triângulo retângulo.

- Medidas

- Organização de sistema métrico decimal e do sistema monetário.

- Transformações de unidades de massa, capacidade, comprimento e tempo.

- Perímetro, área, volume, unidade correspondentes a aplicação na resolução de problemas algébricos.

- Capacidade e volume e suas relações.

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- Ângulos e arcos unidade, fracionamento e cálculo.

- Congruência e semelhança de figuras planas – teorema de Talles.

- Triângulos retângulos-relações métricas e Teorema de Pitágoras.

- Triângulos quaisquer.

- Poliedros regulares e suas relações métricas.

- Geometria:

- elementos da geometria euclidiana e noções de geometria não euclidianas.

- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.

- Construções e representações no espaço e no plano.

- Planificação de sólidos geométricos.

- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas.

- Condições de paralelismo e perpendiculares.

- Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.

- Desenho geométrico com uso de régua e compasso.

- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos.

- Ângulos, polígonos, e circunferência.

- Classificação de triangulo.

- Representação cartesiana e confecção de gráficos.

- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides.

- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.

- Representação geométrica dos produtos notáveis.

- Estudo dos poliedros de Platão.

- Construção de polígonos inscritos em circunferências.

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- Circulo e cilindro.

- Noções de geometria espacial.

- Tratamento da Informação:

- Coleta, organização e descrição de dados.

- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e

gráficos.

- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas,

- Médias, moda e mediana.

- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por raça, renda e

escolaridade no país e no município.

- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país.

- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população negra.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A aprendizagem da matemática busca a construção de conhecimentos úteis ao homem e à

sociedade, desencadeando a ação reflexiva, raciocínio – lógico, a capacidade comunicativa de criar e

expressar idéias próprias sabendo respeitar e criticar as idéias alheias e a capacidade de viver e

participar ativamente na sociedade.

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O ensino da matemática não pode ser uma transmissão de conhecimentos estanques, já

construídos, como um produto acabado. Mas deve ser a construção de conhecimentos que visam

solucionar problemas do nosso cotidiano e da sociedade que nos cerca. Implica na proposição de

metodologias que tornem possível a compreensão do significado dos conceitos e o estabelecimento de

relações entre estes com experiências já vivenciadas pelo aluno, bem como a construção de novos

conhecimentos que o possibilitem ampliar e modificar suas experiências de vida.

O aluno é um indivíduo em desenvolvimento, com características próprias, dons, habilidades,

anseios sentimentos e necessidades diferentes, com alguns conhecimentos já construídos, face às

suas experiências, cultura e costumes do meio onde vive. Essas características devem ser respeitadas

e aproveitadas para estabelecer relações e servirem de ponto de partida para a construção de novos

conhecimentos, mais elaborados e construídos cientificamente.

Segundo a tendência histórico- crítica, o aluno aprende significativamente matemática quando

atribui sentido e significado à mesma, podendo discutir, justificar e estabelecer relações sobre as idéias

matemáticas.

O ensino da matemática, não deve porém reter- se ao cotidiano, mas partir e caminhar na busca

do caráter científico da disciplina. Faz- se necessário favorecer a apropriação de conhecimentos que

vão além dos adquiridos pela vivência ou observação da realidade. Ou seja, sair do senso comum e

buscar o conhecimento cientificamente construído.

A Educação Matemática deve possibilitar ao estudante, realizar análises, discussões,

conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. A partir do conhecimento matemático, o

estudante deve adquirir condições de criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

O professor deve conhecer o aluno, para que possa adequar os métodos e procedimentos de

ensino à sua realidade e facilitar o processo de aprendizagem e construção do conhecimento. Levando

o aluno à compreensão da realidade que o cerca e à aquisição de condições de interferir nessa

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realidade.

O professor desempenha papel mediador entre o aluno e o conhecimento e favorece o alcance

do conhecimento já construído. Tomando como ponto de partida as experiências vivenciadas e os

conhecimentos já adquiridos pelo aluno, incentiva a apropriação de novos conhecimentos. Utilizando-

se de métodos adequados relaciona a teoria à prática, criando uma ponte entre o conhecimento

acadêmico e o cotidiano do aluno, onde a teoria torna- se “real” para o aluno, assumindo significado e

tomando ligar na sua prática diária. A partir dessa relação leva o aluno a pensar além da sua realidade

e oferece condições para a apropriação de novos conhecimentos. Conhecimentos estes que

possibilitarão ao estudante ampliar sua capacidade de observar, analisar, criticar e pensar em

transformações e ações de cunho econômico, político e social, capazes de interferir nos problemas da

sociedade.

A maneira como o professor ensina matemática sofre influência da concepção que possui da

matemática em si, do processo ensino-aprendizagem, da sua visão de mundo, sua escala de valores e

de como ele vê a relação professor- aluno. Pode- se afirmar que a maneira como o professor ensina

matemática, depende da sociedade vigente e valores que a regem numa determinada época. Portanto,

sofreu influência dos vários modelos e tendências metodológicas ao longo da história: desde a

chamada Matemática Clássica, caracterizada pelo modelo euclidiano, com o ensino expositivo centrado

no professor; passando pela Matemática Moderna, com seus desdobramentos lógico – estruturais; pela

tendência tecnicista, com ênfase nas tecnologias de ensino fundamentados no Behaviorismo; passando

ainda pelo Construtivismo, a partir das idéias genéticas de Piaget; pela tendência sócio- cultural

apoiada em Paulo Freire, onde o conhecimento matemático tem suas bases nas práticas sociais; até o

aparecimento da tendência histórico- crítica que considera a matemática como um saber vivo,

dinâmico , construído historicamente, segundo o qual o aluno aprende matemática quando atribui

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sentido a ela; e ainda a tendência sócio – interacionista de Vygotsky ,fundamentada na maneira como o

conhecimento matemático é produzido e aceito por uma comunidade científica ou cultural.

Diante das diversas tendências e métodos surgidos ou adotados ao longo da história é

impossível eleger uma única tendência, ou um método, considerando o perfeito e infalível, que atenda a

todas as situações que possam surgir no processo de ensino- aprendizagem.

Por mais que o professor adote determinados métodos e práticas de ensino, deve estar atento às

diferenças individuais dos alunos ou da classe e exercer uma já esperada flexibilidade, podendo variar

seus procedimentos visando melhores resultados.

A diversidade de métodos e estratégias de ensino permite atender aos diferentes aspectos e

natureza dos conteúdos trabalhados e às diferentes expectativas dos alunos. Portanto, o professor

deve compreender a natureza dos métodos e ser flexível ao utilizá- los.

O exercício da prática docente encontra apoio em diferentes tendências metodológicas, dentre

as quais podemos eleger algumas que , segundo Beatriz D’Ambrósio (1989), procuram alterar as

maneiras pelas quais se ensina matemática; Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o

uso de Mídias e Tecnologias, a Etnomatemática e a História da Matemática.

A construção do conhecimento matemático deve advir de uma visão histórica, em que os

conceitos foram construídos ao longo do processo de formação do pensamento humano, sofrendo

influências das idéias, das tecnologias e das diferentes visões de mundo ao longo do tempo.

A ação docente do professor de matemática deve estar fundada numa ação reflexiva,

concebendo a Ciência Matemática como uma atividade humana e em construção.

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AVALIAÇÃO

A avaliação é o instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se

efetivando o processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, deve contemplar diferentes fases desse

processo e estar adequada à metodologia utilizada.

Sua utilização possibilita verificar a apropriação dos conteúdos pelo aluno, bem como rever a sua

maneira de estudar e os métodos e estratégias utilizadas pelo professor. Constitui- se instrumento

capaz de demonstrar se houve e em que momento ocorreram falhas no processo de ensino–

aprendizagem, dando subsídios necessários para intervenções.

O processo de construção do conhecimento deve ser observado ao longo da ”vida“ escolar.

Assim, a avaliação deve ser diagnóstica, mas também contínua. Os erros ou falhas observados devem

ser tratados e servem como indicativos de novas possibilidades e novos caminhos para estudar e

ensinar. Ou seja, a avaliação será a prática e o instrumento utilizado a fim de promover melhorias no

processo educacional. Podemos então chamá- la de avaliação formativa.

A avaliação não é um instrumento de aprovação e reprovação, mas sim um processo necessário

para medir o potencial matemático do aluno e fornecer dados para o professor intervir, a fim de

melhorar ou ampliar esse potencial. Em busca desses dados é necessário observar, no aluno, a sua

capacidade de raciocinar logicamente, de resolver problemas relacionados com o cotidiano, de

expressar-se matematicamente, de formular e defender suas idéias próprias e entender as idéias

alheias, de produzir críticas conscientes, de ser participativo e criativo.

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Para se avaliar tais aspectos, faz- se necessária à utilização de uma diversidade de instrumentos

avaliativos: trabalhos individuais e em grupo; provas, pesquisas, atividades orais (exposições e

seminários), manipulação de materiais (jornais, revistas, gráficos e outros), de calculadoras, à utilização

dos símbolos e da linguagem adequada para se expressar matematicamente e a desenvoltura e

facilidade de raciocínio lógico e crítico.

Os instrumentos utilizados devem facilitar a medição do processo ensino- aprendizagem,

possibilitando verificar em que medida o aluno atribui significado ao conhecimento que adquiriu e

consegue materializá- lo em situações que exigem raciocínio matemático.

A avaliação formativa seguindo as avaliações diagnósticas e contínua proporciona ao aluno,

diversas oportunidades de expressar-se e de aprofundar o seu conhecimento, revendo sua maneira de

estudar e, ao professor, rever e aperfeiçoar seus métodos e estratégias de ensino. Fornecendo

informações possibilidades para sanar ou minimizar as causas de insucesso e promover melhoras no

processo ensino – aprendizagem.

Se a aprendizagem não acontece, tem- se indícios de que o ensino não cumpriu sua finalidade.

Faz- se então necessária, além da revisão dos métodos e estratégias de ensino, criar a oportunidade

de se retomar a aprendizagem e, após sanadas as falhas, proceder- se a uma reavaliação, a fim de

observar se as intervenções e mudanças foram satisfatórias, surtindo os resultados esperados. A esse

processo pode- se atribuir o nome de recuperação.

A recuperação dos conteúdos não apropriados pelo aluno e dos objetivos não alcançados, deve

acontecer ao longo do processo ensino-aprendizagem, imediatamente à observação de sua

necessidade. Dando- se oportunidade para, além de corrigir as falhas no processo, promover a

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continuidade na construção do conhecimento.

A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada e pode

ser considerada o elemento integrador entre o ensino e a aprendizagem. Promove informações sobre o

que foi aprendido possibilitando a intervenção e orientação pedagógica para melhorar a aprendizagem

e facilitar a reflexão do professor, sobre a sua prática educativa, e a tomada de consciência de

progressos, dificuldades e possibilidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regina Azenha; e OLIVARES Ayrton,Matemática – Fazendo

a diferença, editora FTD, 2006;

CASTRUCCI Giovanni; Giovanni Jr, A conquista da matemática, editora FDT, 2002;

DANTE, Luiz Roberto, Tudo é Matemática, editora ática, 2008;

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação

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Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

9.1.10 LÍNGUA INGLESA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois da chegada da

família real ao Brasil em 1808 e contemplava o ensino de Francês, Inglês e Alemão. A partir de 1906,

com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter científico. Em 1942 as línguas

privilegiadas passaram a ser a francêsa, a inglesa e a espanhola. Em 1996, a Lei das Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, n. 9394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua

estrangeira moderna, escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Já para o Ensino

Médio, poderia haver uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da

instituição, permanecendo apenas o inglês, até 2005, pelo fato de este ter sido escolhido como língua

universal.

A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas públicas, faz-se necessária

tendo em vista a falta de oportunidade que os alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas

têm na escola, muitas vezes, o único espaço de aprender e conhecer uma Língua Estrangeira. Por

outro lado, aprender uma Língua Estrangeira é oportunizar aos nossos educandos conhecer uma outra

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cultura, possibilitar a construção de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna, como

também alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim, para a formação de

um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para transformar a realidade.

OBJETIVOS GERAIS

O ensino de LEM deve oportunizar o desenvolvimento da consciência crítica sobre o papel

exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no cenário internacional, para que os

alunos possam analisar as questões da nova ordem global e suas implicações, bem como, construir

identidades, aprender percepções de mundo e maneiras de artibuir sentidos, formar subjetividades.

No Ensino Fundamental, a LEM deve também, contribuir para formar alunos críticos e

transformadores da realidade. Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja

capaz de :

*** usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

*** Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas;

*** Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e , portanto, passíveis

de transformação na prática social;

*** Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

*** Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para

o desenvolvimento do país.

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Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais devam ser

contempladas.

A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais ampla, para que

ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do

e no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a

inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o

reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades

transformadoras.

Um outro objetivo da disciplina de LEM-Inglês no Ensino Fundamental é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em situações

significativas e relevantes. Além disso, o ensino de LEM deve contemplar os discursos sociais que o

compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos, de relação

com os textos, comunicar-se com eles, interagindo ativamente, sendo capaz de comunicar-se de

diferentes formas, com os diferentes tipos de textos, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir

o próprio sentido aos textos.

O Ensino de LEM favorecerá o contato com os discursos diversos da língua

manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando alargar a compreensão dos

diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de

significados, ampliando suas possibilidades de entendimento de mundo para contribuir na sua

transformação.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

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O conteúdo Estruturante de Língua Estrangeira é o “Discurso” enquanto prática

social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, oralidade e escrita.

Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas diferentes relações

sociais, é preciso que os níveis de organização lingüística sirvam ao uso da linguagem na compreensão

e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.

De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho pedagógico recai sobre a

necessidade de os sujeitos interagirem ativamente com o discurso, sendo capazes de comunicar-se

com e em diferentes textos, os quais definirão os conteúdos lingüísticos discursivos, bem como as

práticas discursivas a serem trabalhadas.

A escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados no Ensino Fundamental, devem

articular-se com o Discurso como prática social, contemplando as quatro habilidades lingüísticas:

Leitura, Oralidade, Escrita e Compreensão Auditiva, dependendo do nível dos alunos e da realidade

local.

É importante ressaltar que, para os alunos perceberem as condições de produção dos

diferentes discursos e das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso trabalhar em

sala de aula os níveis de organização lingüística-fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe e

que isso sirva ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal.

Lembramos, também, que em respeito à Lei Nº 10.639/03, referente a História da Cultura Afro-

Brasileira e Africana, será contemplada, nas aulas de LEM- Inglês, através de textos que abordam o

tema, como música, textos publicitários, literários, além de discutir sobre atitudes discriminatórias na

sociedade e pela mídia em geral.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A partir do entendimento do papel das línguas na sociedade, mais do que um meio de

acesso à informação, é importante compreender que o trabalho docente com a LEM-Inglês é uma

possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados. Baseado nesses pressupostos, o texto deve ser apresentado como princípio gerador de

toda unidade temática e de desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas. É um espaço para a

discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intelectual manifestado por um pensar e

agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores.

Portanto, é importante trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros discursivos, abordando

assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, tarefa esta

pertinente entre as atribuições da disciplina de LEM-Inglês.

Assim, a Língua deve ser abordada como espaço de construção de significados, porque o

falante/escritor tem papel ativo na construção de significados na interação, assim como seu interlocutor.

Desse modo, a Língua deve ser entendida como prática sociocultural.

A aula de LEM deve ser um momento de discusssão da linguagem oral, escrita e ou visual a

partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.

Ressaltamos aqui, a importância dos recursos visuais no trabalho pedagógico, para que os alunos com

deficiência auditiva possam participar da aula de Língua Estrangeira Moderna.

Os alunos serão encorajados a levantar questionamentos durante as aulas e a ter uma posição

crítica frente aos textos acerca das visões de mundo, tais como:

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Que pressupostos estão por trás de tal discurso?

Qual é o seu propósito?

Aos interesses de quem serve?

Como o autor compreende a realidade?

Quais as implicações de sua posição e afirmação?

Isso posto, o trabalho em sala, será pautado no texto em seu contexto social de produção e

nos itens gramaticais que indiquem a estrutura da língua. Portanto, serão apresentados em sala de

aula os diversos tipos de textos, em atividades diversificadas, tais como:

• Comparação das unidades temáticas, lingüísticas e com posicionais de um texto com outros

textos;

• Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;

• Leitura e análise de textos de outros países que falam o mesmo idioma estudado na escola e

dos aspectos culturais que ambos veiculam;

• Leitura e análise de textos publicados (nacionais e internacionais) sobre o mesmo tema e as

abordagens de tais publicações;

• Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da

língua estrangeira estudada como língua materna.

Dessa forma, será valorizado no espaço da sala de aula, o conhecimento de mundo e as

experiências dos alunos, por meio de discussões dos temas abordados, como também, subsidiar os

educandos para que eles se posicionem em relação ao texto, contemplando as quatro habilidades

lingüísticas, de modo a desenvolver o próprio sentido acerca do contexto que o perpassa.

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AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem da LI deve ser entendida como parte integrante do processo de

aprendizagem e contribuir para a construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação seja contínua e que

os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

A avaliação, além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, servirá, também,

para que seja repensada a sua metodologia e o planejamento das aulas de acordo com as

necessidades

dos alunos. A partir do ato avaliativo, é possível perceber quais os conhecimentos (lingüísticos,

discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade) que merecem

mais atenção, ou seja, que ainda não foram suficientemente trabalhados e que necessitam ser

abordados para garantir a efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.

Avaliação é uma das questões cruciais em educação, não pode ser vista como algo que se

realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do processo educacional”. Portanto, deve ser

diagnosticada, para que o professor identifique como seus alunos estão aprendendo. Assim, o trabalho

docente pode ser redirecionado para planejar e propor outros encaminhamentos para superar as

dificuldades encontradas no processo ensino aprendizagem.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

MULLER, Vera; SARMENTO, Simona Org. O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira: Estudos

e reflexões. APIRS5, Porto Alegre. 2004.

PAIVA, Vera Lúcia M.O. O ensino da Língua Inglesa: Reflexões e Experiências. 3 ed. Pontes

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Moderna para a

Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2008.

10. ENSINO MÉDIO

Os atuais marcos legais para oferta do ensino médio, consubstanciados na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (no. 9394/96), representam um divisor na construção da identidade da

terceira etapa da educação básica brasileira. Dois aspectos merecem destaque.

O primeiro diz respeito às finalidades atribuídas ao ensino médio: o aprimoramento do educando

como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu

pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências

para continuar seu aprendizado. (Art. 35)196

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O segundo propõe a organização curricular com os seguintes componentes:

• base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento

escolar, por uma parte diversificada que atenda a especificidades regionais e locais da sociedade, da

cultura, da economia e do próprio aluno (Art. 26);

• planejamento e desenvolvimento orgânico do currículo, superando a organização por

disciplinas estanques;

• integração e articulação dos conhecimentos em processo permanente de interdisciplinaridade e

contextualização;

• proposta pedagógica elaborada e executada pelos estabelecimentos de ensino, respeitadas as

normas comuns e as de seu sistema de ensino;

• participação dos docentes na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino.

A estrutura do Curso do Ensino Médio, período diurno e noturno, será feita de forma anual, sendo

que o ano letivo corresponderá ao ano civil. Constará de três séries (1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino

Médio).

A carga horária anual será de 800 (oitocentas horas), sendo 25 (vinte e cinco ) aulas semanais

de 50 (cinqüenta minutos), de efetivo trabalho escolar, sendo 23 (vinte e três) aulas dentro da Base

Nacional Comum e 2 (duas) aulas na Parte Diversificada.

O total da carga horária do curso, com três anos de duração, será de 2.400 (duas mil e

quatrocentos) horas de efetivo trabalho escolar previstos no Artigo 24 da Lei 9394/96.

A identidade do Ensino Médio esteve, ao longo de sua história retratada por dois focos: um que

privilegia a formação do aluno para o mercado de trabalho e outro voltado para a continuidade dos

estudos. Essas duas possibilidades determinavam, para os diferentes indivíduos, a posição a eles

reservada, na divisão social e técnica do trabalho. Esta dicotomia, portanto, vem identificando

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historicamente o Ensino Médio e mantendo- o atrelado com a organização e a permanência da

sociedade de classes.

Dessa perspectiva, estas escolas faziam parte do projeto social para inserir o Brasil nas relações

de produção capitalistas, pois surgiram com o processo de urbanização brasileiro e a conseqüente

necessidade de controle social.

Para a construção de uma sociedade do trabalho era preciso a disciplinarização dos filhos das

classes operárias, com o hierarquizante da educação. O contexto político do país, naquele período, era

dominado por um nacionalismo liberal, em que diversos setores sociais queriam o industrialização do

Brasil e a disputa era pelo comando deste processo.

No entanto, esta política de expansão nacional desenvolvimentista vivia uma tensão entre dois

tipos de orientação defendidos pelos diferentes partidos políticos: a industrialização pela substituição de

importações e a industrialização pela desnacionalização da economia. Isto fortalecia a bandeira de uma

educação básica para todos com uma crítica à precocidade da profissionalização, o que vinha ao

encontro dos interesses do setor produtivo por uma mão de obra melhor preparada para o desafio da

industrialização nacional.

Do ponto de vista cultural havia por um lado, a resistência da classe média que não tinha

interesse em ver seus filhos preparados para o trabalho manual, mas sim na universidade. Por outro

lado, havia a resistência da classe operária que via a escola como meio de ascensão social e não como

espaço para que as futuras gerações continuassem no trabalho manual. O segundo grau passou a

preparar e não mais qualificar para o trabalho.

Apesar das mudanças legais o que se manteve o tempo todo foi a separação entre educação

para a elite e educação profissional, que reflete a separação entre trabalho manual e trabalho

intelectual, necessária e coerente com os princípios do modo capitalista de produção. Se a ênfase, em

determinadas momentos foi valorizar a formação de trabalhador, e em outros foi predominante a

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formação propedêutica em currículos vocacionais, estas tendências estão sempre atreladas com a

orientação política dos grupos no poder e de seus projetos político-econômicos para o país.

Percebe- se que, em todas as perspectivas apresentadas neste apanhado histórico, o para o

Ensino Médio esteve fundamentalmente centrado no mercado de trabalho e não na pessoa humana.

O histórico sobre a dicotomia estrutural do Ensino Médio procurou deixar claro que é este desafio

a ser enfrentado: a busca de um currículo para este nível de ensino que, por um lado ofereça uma

formação humanista consistente – por meio da qual o estudante possa- se apropriar dos conhecimentos

historicamente constituídos, desenvolvendo um olhar crítico e reflexivo sobre essa constituição – e, por

outro lado possibilite uma compreensão da lógica e dos princípios técnicos- científicos que marcam o

atual período histórico e afetam as relações sociais e de trabalho.

Trata- se da proposta de uma educação humanista e tecnológica, que ofereça uma formação

pluridimensional, para além do humanismo clássico e da profissionalização específica. Uma proposta

de educação que possibilite ao estudante condições tanto de se inserir no mundo do trabalho quanto de

continuar seus estudos, ingressando no ensino superior.

Assim, a especificidade do Ensino Médio, enquanto Educação Básica, não o afasta nem o

dissocia da vida e do mundo do trabalho, mas não deve submetê- lo aos interesses do mercado.

É preciso destacar, ainda, que o conhecimento a ser trabalhado no Ensino Médio não pode ser a

reprodução das formas de organização e do método da academia. Ela deve ter a especificidade de

tratar as dimensões do conhecimento em sua totalidade.

O Ensino Médio, portanto, é a etapa final de uma educação de caráter geral, afinada com a

contemporaneidade, situando o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do

mundo do trabalho, e com o desenvolvimento da pessoa, como “sujeito em situação”, - cidadão.

Nessa perspectiva, o Ensino Médio, como parte da educação escolar, “deverá vincular- se ao

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mundo do trabalho e à prática social”.

*** a formação da pessoa, de maneira a desenvolver- se com condições necessárias à

integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;

*** o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

***a orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho permitindo que acompanhe

as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo;

***o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma autônoma e

crítica, em níveis mais complexos de estudos.

10.1 - MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO

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10.1.1 ARTE

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Atualmente, tendo a arte o espaço na grade curricular como disciplina, pensa- se arte na escola

como forma de conhecimento da produção cultural, compreendido os diferentes grupos sociais durante

a história, procurando desvendar o que foi produzido dando significações às suas ações e o mundo que

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os rodeia de posse dos diferentes códigos apreendidos das diferentes culturas. Pensa- se também arte

como linguagem visual, possuidora de um conjunto de símbolos, elementos e códigos, onde se vê o

valor educativo da Arte como componente curricular imprescindível na formação do indivíduo e para o

exercício da vida cidadã. Assim, a arte é hoje entendida como área do conhecimento, e como tal, deve

ser trabalhada de forma que proporcione ao educando o contato com a produção artística da

humanidade.

A arte é hoje entendida como área do conhecimento, e como tal, deve ser trabalhada de forma

que proporcione ao educando o contato com a produção artística da humanidade. A arte proporciona o

desenvolvimento de habilidades, a construção de saberes e vivências emocionais além de possibilitar

novas formas de expressão e valores estéticos. Pensando nisso buscou- se nas Diretrizes Curriculares

as considerações sobre o ensino de arte na escola. Nessas Diretrizes, considera- se que a disciplina de

Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Para isso propõe- se uma

organização curricular a partir dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a

disciplina e possibilitam uma prática pedagógica, a qual articula as quatro linguagens de Arte: música,

artes cênicas, teatro e artes visuais. Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte são os elementos

formais, compositivos, movimentos e períodos de cada linguagem que podem e devem ser trabalhados

simultaneamente, de forma a educar integralmente o ser humano.

De posse dos esclarecimentos dos pressupostos da Arte como produção cultural e a Arte como

linguagem, esclarece- se o que deve- se considerar no tratamento dos conteúdos:

Manifestações artísticas presentes na comunidade e na região bem como a produção historicamente

construída.

5 Arte como comunicação, responsável pelo conhecimento cultural importante para a formação da

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bagagem cultural do indivíduo. Arte como parte da produção coletiva, com conhecimento cultural

historicamente construído.

6 Arte como conjunto de linguagens artísticas, possuidora de signos que devem ser apreendidos para

construção, compreensão de significados, buscando novos conceitos sobre à realidade, no intuito de

contribuir para o educando analisar, criticar, transformar a sociedade de uma maneira positiva e

consciente.

A arte como componente curricular é fundamental para à formação do indivíduo e para o exercício

da vida cidadã.

OBJETIVO GERAL

• Pretende- se ampliar os conhecimentos e experiências do aluno e aproximá- lo das diversas

representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Experimentar, explorar, compreender as mais variadas possibilidades de cada linguagem artística,

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reconhecendo os estilos artísticos da história da Arte, entendendo a Arte como fato histórico,

contextualizado.

Conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em Artes, bem como

pesquisar identificar, investigar informações sobre a Arte, compreendendo diferentes funções da

Arte, do trabalho e da produção dos artistas.

Permitir que o aluno tenha acesso à fruição da obra.

Perceber e apropriar a obra em contexto.

Formar conceitos artísticos.

Desenvolver trabalhos artísticos.

Permitir a prática criativa.

Exercitar os elementos compositivos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A disciplina de Arte no Ensino Médio pautara seus conteúdos específicos por série utilizando- se

dos seguintes conteúdos estruturantes: Artes Plásticas / Visuai,Música, Dança, Teatro.

Artes Plásticas / Visuais:

*** As visuais como expressão e comunicação – no fazer dos alunos :desenho, pintura, colagem,

escultura, gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos e produções

informatizadas pela criação e construção de formas plásticas e visuais em aspectos diversos

( bidimensional e tridimensional);

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*** As artes visuais como objeto de apreciação significativa: ( os elementos básicos e os recursos

expressivos da linguagem visual: apreciação, fruição, interpretação, experiências estéticas com obras e

suas reproduções);

*** As artes visuais como produto cultural e histórico (produtores de arte – vida, épocas e produtos em

conexões);

*** a diversidade das concepções e estética na produção visual regional e mundial;

*** a arte na sociedade, ressaltando os artistas, pensadores, profissionais e diferentes meios de

divulgação das artes plásticas.

Música:

A música como expressão e comunicação dos indivíduos: interpretação, improvisação e

composição. apreciação significa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem

musical (os elementos fundamentais da linguagem musical , estilos, formas, de interpretação);

A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo ( os produtores, épocas e

produtos em conexões, a diversidade da produção musical regional, nacional e mundial em

diferentes culturas e momentos históricos, a música da sociedade, compositores, intérpretes,

outros profissionais e suas formas de preservação e divulgação.

*** Dança:

*** A dança na expressão e na comunicação humana;

*** A dança como manifestação coletiva;

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*** A dança como produto cultural e apreciação estética

*** Teatro:

*** O teatro como expressão e comunicação (participação e desenvolvimento nos jogos de atenção,

observação, improvisação, etc; reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem dramática:

espaço cênico, personagem e ação dramática, experimentação e articulação entre as expressões

corporal, plástica e sonora, experimentação na improvisação com base em estímulos diversos ( temas,

textos dramáticos, poéticos, jornalísticos, etc, objetos, máscaras, situações físicas, imagens e sons);

pesquisa, elaboração e utilização de cenários, figurino, maquiagem, adereços, objetos de cena,

iluminação e som, elaboração e utilização de máscaras, bonecos e outros modos de apresentação

teatral;

*** O teatro como produção coletiva ( observação, apreciação e análise dos trabalhos em teatro

realizados pelos grupos), compreensão dos significados expressivos corporais, textuais, visuais e

sonoros da criação teatral, criação de textos e encenação com o grupo, etc;

*** O teatro como produto cultural e apreciação estética ; observação, apreciação e análise das

diversas manifestações de teatro; compreensão, apreciação e análise das diferentes manifestações

dramatizadas (teatro em palco e em outros espaços, circo, teatro de bonecos, manifestações populares

dramatizadas, etc); identificação das manifestações e produtores de teatro nas diferentes culturas e

épocas, pesquisa e leitura de textos dramáticos e de fatos da história do teatro, elaboração de registros

pessoais para sistematização das experiências observadas e da documentação consultada.

CONTEÚDOS ESPECIFICOS:

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Artes Visuais

1. Funções das imagens e da Arte na sociedade

2. Arte Mesopotâmica e Egipcia

3. Arte Grega e Romana

4. Idade Média – Românica, Bizantina e Gótica

5. Renascimento

6. Barroco/Rococó

7. Realismo/Neoclassicismo/Romantismo

8. Impressionismo

9. Vanguardas Artísticas ( Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Abstracionismo,

Dadaísmo e Surrealismo ).

10.POP ART E OP ART

Musica

1. A musica na pré-história

2. A musica nos povos na antigüidade

3. Música medieval

4. Musica renascentista

5. O período clássico da musica: barroca,clássica, romântica

6. Musica moderna: serialismo, neoclassicismo

7. Musica eletroacustica: aleatória, minimalismo, serialismo.

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1. Arte na Pré-História (brasileira)

2. Arte Índigena

3. Arte Afro-Brasileira

4. Arte no séc. XVI e XVII

5. Barroco

6. Arte no Séc. XIX

7. Arte no Séc. XX

modernismo nos anos 20

modernismo nos anos 30/40

anos 50/60 – Formação da Bienal e as Tendências Contemporâneas

Arte Paranaense/ Artistas

Música

1. A musica Índigena, Africana e ibero-americana.

Musica Erudita no Brasil Colonia

A musica no periodo republicano e o romantismo.

Vila Lobos

2. Modernismo musical no Brasil

3. Gêneros populares urbanos: Modinha, lundu, marcha, choro, samba, baião, bossa nova, canção de

protesto, tropicalismo e outros.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O método de ensino de Arte, pode ocorrer com uso de obras de arte, textos, músicas, teatro,

dança, dinâmicas, uso de diversos meios de comunicação da imagem e outros, promovendo

apreciação, análise dos elementos estéticos, reflexão e produção, associando sempre ao momento

histórico (contexto) em que a obra foi produzida com o contexto dos alunos.

Deve- se pensar nos conteúdos com o intuito de oferecer possibilidades dos alunos pensarem

criticamente, desenvolvendo práticas que contribuam para a formação de cidadãos ativos, que lidem

com a diversidade de modo positivo na arte e na vida.

O método deve promover o conhecimento que permita aos alunos situar à produção da arte.

Apresentar de forma expositiva a teoria sucinta sobre a técnica a ser desenvolvida;

Incluir atividades dirigida, para verificar o grau de avaliação do aluno e exercitar suas

habilidades;

Propor atividades, na qual o aluno irá aplicar o que aprendeu de acordo com sua criatividade;

Uso do vídeo;

Uso de textos informativos;

Rádio – CD;

Revistas;

Jornal;

Material Reciclável;

Exposição de desenhos, poesia, cartaz;

Trabalhos em grupos;

Aulas expositivas;

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AVALIAÇÃO

Processual: discutindo as dificuldades e progressos do educando a partir da sua criação /

produção tanto individual e coletiva. Diagnóstica: a partir dos conhecimentos artísticos e estéticos,

levando em conta a sistematização e significação da realidade e do lúdico para o educando. Auto -

avaliação: quanto ao professor , deverá verificar a eficiência da metodologia utilizada, quanto ao

educando, a partir da seleção de amostra da produção individual, o aluno identificará seu processo de

compreensão , interpretação, reflexão, crítica, análise, recriação e reinterpretação do seu trabalho.

A sistematização para os alunos preocupa- se com o desenvolvimento do olhar e do sentir, na

perspectiva do processo de fazer, contendo a intenção de construção de significados. Os alunos se

envolverão em práticas sensíveis de produção, apreciação e reflexão artística. Nelas, desenvolvem os

saberes culturais que permitem conhecer e comunicar a arte e seus códigos na experiência cotidiana,

na formação da identidade e na consciência de uma sociedade multicultural.

A avaliação em arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os

conhecimentos em artes e a sua realidade. Busca propiciar aprendizagens socialmente significativas

para o aluno. A observação e registros percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,

acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático

Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares. Curitiba, 2008.

PEDROSA, Israel. O Universo da Cor. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2004

PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte. São Paulo: Ática, 2005

RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino de artes visuais.

Campinas: Mercado das Letras, 2003

SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante; tradução Marisa T. Fonterrada – São Paulo: Unesp, 1991

WONG, Wucius. Princípio de Forma e Desenho; [tradução Alvanar Helena Lomparelli]. SãoPaulo:

Martins Fontes, 1998

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10.1.2 BIOLOGIA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

De acordo com a LDB/96, no nível médio, o ensino da Biologia deverá considerar o momento

de desenvolvimento intelectual dos alunos, de sorte a possibilitar que eles compreendem os conceitos

envolvidos, com eles operem e avancem no seu desenvolvimento, de tal forma que ao ocorrer uma

articulação dos conteúdos permita- lhes a compreensão das inter-relações dos temas abordados,

propiciando a compreensão do fenômeno da vida, desde o ser vivo mais simples até o mais complexo

(Citologia, Histologia e Genética), as interações entre estes e os elementos físicos- químicos que

configuram um ecossistema (Ecologia/ Educação Ambiental), conhecer a diversidade das espécies

(Zoologia e a Botânica).

Se é este o entendimento, isto é que o ensino médio é a etapa final da educação fundamental,

e que o mundo contemporâneo no qual nosso jovem vive se acha inserido, passa por um processo de

re-estruturação do sistema produtivo e de uma ampliação da internacionalização da produção, se torna

indispensável que se desenvolva neles instrumentos mínimos essenciais ao exercício da cidadania, de

desenvolvimento cognitivo e afetivo, da capacidade de comunicação e expressão individuais, da

sociabilidade.

Ainda que o ensino médio deva também preparar para o prosseguimento dos estudos, não

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deve segregar quem não continue sua escolarização formal, pois, os conhecimentos úteis para outras

etapas escolares devem também servir a quem não o almeje.

Por isso a nossa preocupação deve ser desenvolver atividades práticas de modo a permitir que

o aluno ao vivenciar o método científico seja capaz de levantar hipóteses, testá- las, refutá- las e

abandoná- las quando for o caso, trabalhando de forma a redescobrir os conhecimentos.

Dessa forma torna- se desde logo necessário desenvolver capacidades (habilidades, aptidões)

diretamente relacionadas ao fazer Ciência e a possibilidade de chegar ao conhecimento científico que

são o APRENDER, o COMPREENDER e o CONHECER.

O aprender implica desenvolver destrezas e atitudes naturais do aluno, capacitando –o a

aplicar conhecimentos e compreensões, pensar disciplinadamente, de conformidade com as normas da

lógica e da evidência, envolvendo amplitude mental e independência de critério, desenvolver uma forma

de pensamento imaginativo e criador.

O compreender implica uma atividade marcada pela curiosidade, pelo entender da natureza

da ciência como conhecimento organizado e de confiança, revelando compreensão intuitiva e o

manejar, com desenvoltura, habilidades. Conhecer implica posse de informações e assimilação de

novos conhecimentos a estrutura cognitiva, bem como recordação e aplicação do que foi incorporado.

Este direcionamento para Aprender, Compreender e Conhecer é bastante relevante,

fazendo- se necessário um estudo mais detalhado destes aspectos.

A utilização desse método deve permitir dar ao aluno um conhecimento maior sobre a vida e

sobre sua posição singular na natureza, assim como posiciona- lo acerca de questões polêmicas como

os desmatamentos, o acúmulo de poluentes e a manipulação gênica. Deve poder levá- lo ainda a

perceber a vida humana, seu próprio corpo a um todo dinâmico, que interage com o meio em sentido

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amplo pois, tanto a herança biológica, quanto as condições sociais e afetivas refletem- se no corpo.

Assim o conhecimento não será algo situado fora do indivíduo constrói independentemente

da realidade exterior, dos demais indivíduos e suas próprias capacidades pessoais. Mas será uma

construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica, cultural e psicológica

entre outros.

Pois a realidade só pode tornar- se conhecida quando se interage com ela, modificando- se a

física ou mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir significados,

permite também construir novas possibilidades de ação e de conhecimento.

Nesse processo de interação do sujeito com o objetivo a ser conhecido, o primeiro constrói

representações, que funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por uma lógica interna

que faz sentido para o sujeito. Essas idéias construídas e transformadas ao longo do desenvolvimento,

fruto das aproximações sucessivas, são expressões de uma construção inteligente por parte do sujeito.

Portanto o conhecimento será o resultado de um complexo e intrincado processo de construção,

modificação e reorganização utilizando para assimilar e interpretar os conteúdos escolares. O que o

aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade vai depender das possibilidades

delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos

conhecimentos que construiu anteriormente e do ensino que recebe.

E, é a isto, que podemos chamar de ação pedagógica, pois nesse processo o aluno irá aprender

a lidar com motivações, auto-estima, adequar atitudes no convívio social, a valorizar o trabalho escolar.

Essas aprendizagens o levarão a compreender a si mesmo e aos outros, possibilitando o

desenvolvimento da capacidade de relação interpessoal, que envolve compreender, conviver e produzir

com os outros, com suas distinções, contrastes de temperamento, de intenções e de estados de ânimo.

O desenvolvimento dessa capacidade implica levar o aluno a colocar- se do ponto de vista do outro e a

refletir sobre seus próprios pensamentos.

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A ética será outra capacidade a ser desenvolvida. Por meio da ética, é possível reger as próprias

ações e tomadas de decisão, levando em conta um sistema de princípios, segundo os quais os valores

e as opções que envolvem são analisados, nas diferentes situações de vida. O desenvolvimento dessa

capacidade permite considerar e buscar compreender razões, nuanças, condicionantes, conseqüências

e intenções, isto é, permite a superação da rigidez moral, no julgamento e na atuação pessoal, na

relação interpessoal e na compreensão das relações sociais.

OBJETIVO GERAL

• Levar os alunos a adquirirem uma visão critica do que é proposto, apresentando

conhecimentos sistematizados, como resultado do fazer humano, não fragmentados nem atemporais,

aplicando as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e ou no contexto

relevante para sua vida. Adquirindo informações, aplicando e trazendo situações do cotidiano,

alertando para problemas existentes e incitando a responsabilidade como cidadão do mundo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para

problemas existentes e incitando à responsabilidade.

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• Estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações de seu cotidiano.

• Levar os alunos a adquirirem uma visão critica e sensível do que é proposto e apresente o

conhecimento como resultado do fazer humano não fragmentado.

• Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros

contextos relevantes para sua vida.

• Compreender conceitos, procedimentos e estratégias e aplicá- las em situações diversas no

contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.

CONTEÚDOS : ESRUTURANTES / ESPECÍFICOS

1 ª SÉRIE

MECANISMOS BIOLÓGICOS

- A unidade os organismos e seu desenvolvimento.

- Conceito e sistematização de célula.

- Origem e evolução de uma célula, procarionte, eucarionte, autotrófica e heterotrófica.

- Especialização, diferenciação celular.

- Interações, entre células: organismos pluricelulares.

- Embriologia humana.

- Medicina ortomolecular.

- Radicais livres.

- Envelhecimento celular.

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2 ª SÉRIE

BIODIVERSIDADE

Ecossistemas

- Relações alimentares básicas.

- Formas de obtenção de alimento.

- Interações entre a porção biótica e abiótica do sistema.

IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS

- Ciclo da matéria.

- Fluxo de energia.

- Movimentos populacionais.

BIODIVERSIDADE

- Ecossistemas brasileiros.

- Sucessão ecológica.

- Ocupação humana.

- Desenvolvimento sustentado.

- Morfo-fisiologia comparada dos animais.

- Morfo-fisiologia comparada dos vegetais.

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3ª SÉRIE

IMPLICAÇÃO DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA

- Manipulação do DNA.

- Idéias sobre o surgimento da vida na Terra: fixismo, abiogênese, biogênese, pasperdia, outros.

- A teoria de Oparin e Haldane.

- Os primeiros sistemas de organização.

- Níveis de organização.

- Algumas explicações sobre a diversidade da vida: fixismo, catastrofismos, lamarkismo, darwinismo.

Especiação.

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

- A diversidade dos seres vivos no tempo geológico.

- Funções vitais básicas e as diferentes estruturas que permitem sua realização nos diferentes

meios (nutrição, transporte, trocas gasosas, respiração, excreção, reprodução).

MECANISMOS BIOLÓGICOS

Hereditariedade e biotecnologia.

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- Material genético

- Síntese protéica.

- Divisão Celular.

Herança Mendeliana.

IMPLICAÇÃO DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA

- Recombinação gênica

- Ligação fatorial e mapa gênico

- Clonagem

- Destaque ao corpo humano

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O Ensino de Biologia está passando por grandes transformações. Estas transformações. Estas

transformações começam pela revisão e re-estudo dos objetivos básicos desta disciplina, pondo em

discussão aspectos relacionados a conteúdos, ampliando a ênfase da aprendizagem exclusiva de

conhecimentos para incluir habilidades e atitudes científicas; estão sendo propostas revisões nos

métodos e técnicas para o ensino de Biologia. É proposto o uso de recursos e meios mais

apropriados e, finalmente, é proposta uma reformulação na maneira de avaliar os resultados

implicando a fuga do simplesmente receber de volta os fatos, princípios e leis que o aluno deveria

ter aprendido, para incluir medidas de mudanças de comportamento e habilidades.

No Brasil, esta transformação está consubstanciada em leis quando estas definem, como um

dos objetivos do ensino de Biologia do Ensino Médio é a vivência do Método Científico.

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Um dos aspectos que mais têm sido enfatizados na reformulação do ensino de Biologia é o que

se refere aos métodos de ensino. O que tem sido feito em relação a este aspecto pode ser resumido

como uma batalha para motivar o professor de Biologia a fugir do método expositivo, em maior

intensidade, o método da descoberta.

Hoje, aprender Biologia no Ensino Médio significa muito mais do que aprender os

processos da Ciência, do que apreender o produto. A prender Educação Ambiental, desta forma

significa muito mais aprender como fazer Ciências do que aprender e armazenar fatos, princípios e

leis.

Aceitando- se este posicionamento, não é possível deixar de aceitar o Método da descoberta

como Método Básico de Aprendizagem de Educação Ambiental.

O método da descoberta, na maioria de suas técnicas , envolve a ação ativa do aluno sobre

materiais e o meio ambiente, isto é, permite- nos treinar habilidades e atitudes científicas.

Portanto, é nosso pensamento que ao desenvolvermos em nosso alunos o método da

descoberta estaremos implementando as habilidades e atitudes juntamente com os conhecimentos

científicos, que é o que caracteriza o cientista , pois todo ser humano, adequadamente preparado

pela escola, necessita ter alguns atributos de cientista para poder enfrentar o meio em constante

renovação. Uma forma da escola cumprir com seu papel de formação de cidadãos, é pelo uso do

método da Descoberta no Ensino das Ciências.

Ensinar através do Método da Descoberta é treinar habilidades e atitudes científicas.

Técnicas do Método da Descoberta

Já caracterizamos o Método da descoberta como aquele em que o aluno descobre informações

novas com o auxilio de sua própria mente. A função básica do professor é ajudar para que esta

descoberta possa ocorrer e criar as condições que facilitem esta descoberta.

Nesta sua função de auxiliar as descobertas, o professor pode assumir graus de reatividade. De

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um lado, ele pode preparar todo cenário da descoberta orientando o aluno a executar atividades

determinadas previamente com o máximo de precisão. São as descobertas dirigidas. Do outro lado,

o professor pode deixar o aluno determinar inteiramente as condições. O professor é um co-

investigador junto ao aluno a executar atividades determinadas previamente com o máximo de

precisão. São as descobertas dirigidas. Do outro lado, o professor pode deixar o aluno determinar

inteiramente as condições.

Utilizando- se a variável das atividades de parte do professor, podemos apresentar três

técnicas básicas para o ensino.

1ª Técnica da Redescoberta

Um conjunto de atividades cuidadosamente preparadas pelo professor que culminam com o

aluno tendo o seu “ estalo” – de descoberta.

A técnica da Redescoberta se caracteriza pela diretividade do professor. O professor orienta e

dirige o trabalho do aluno, sem, entretanto tirar-lhe a satisfação da descoberta.

2ª Técnica de problemas

Um problema e focalizado, seja pelo professor ou diretamente pelo aluno e, então, o aluno

procura solucioná- lo através do uso do Método Científico. O aluno com a ajuda do professor

quando necessário, formula hipóteses, com dados e formula conclusões.

A técnica de problemas se caracteriza por uma diretividade intermediária de parte do professor.

O professor assume a função de orientador. Pode até prever os materiais que o aluno necessitar.

Não os fornece, entretanto, a não ser que o aluno os solicite. O professor pode preparar hipótese

em relação ao problema proposto. Só se utilizará dessas suas pré- elaborações se as condições

assim o exigirem. Relembrando, o importante é que o aluno descubra por ele mesmo.

3ª Técnica de Projetos

Também esta técnica giram em torno da solução de um problema. Neste caso, entretanto, o

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problema tem sua origem no aluno. Geralmente nem o professor conhece a solução. O aluno então

investiga, de uma forma semelhante aos cientistas, até encontrar uma solução para o problema.

A técnica de projetos se caracteriza no fato de o professor ser um co-investigador junto ao aluno.

Isto significa que esta técnica se localiza no extremo da não diretividade. O aluno é livre para

investigar da forma que achar melhor. O professor apenas investiga com ele.

Concluído uma forma de resumir os principais objetivos do ensino de ciências poderia ser:

preparar indivíduos com embasamento científico, preocupado com o homem e o seu meio, com

elevada competência para pensar e agir racionalmente.

Uma análise cuidadosa dos métodos de ensino nos levaria, invarialvelmente, a selecionar o

Método da descoberta como um dos mais adequados para a consecusão desses objetivos.

Isto se deve , especialmente, a que um objetivo como este não envolve apenas armazenar

informações científicas. O método da descoberta, sem suas diversas técnicas, baseado nos

processos da Ciência, permite de um modo muito complexo atingir, integralmente, a este e outros

objetivos básico do ensino de Biologia.

AVALIAÇÃO

As tendências internacionais, tanto em realidades próximas das nossas como nas mais

distantes, acentuam a importância da formação geral na educação básica, não só para a

continuidade da vida acadêmica como, também, para uma atuação autônoma do indivíduo na vida

social, com destaque da sua inserção no mercado de trabalho, que se torna cada vez mais

competitivo. Esta formação deve ser compreendida como sólida aquisição de conteúdos tradicionais

das ciências e das artes associada ao desenvolvimento de estruturas capazes de operacioná-los no

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enfrentamento de problemas apresentados pela realidade social, cada vez mais complexa, e numa

dinâmica de tempo progressivamente acelerada.

Estas premissas na nova LDB, que incentivam outras profundas transformações no ensino

médio, desvinculando- o do vestibular, flexibilizando os mecanismos de acesso ao ensino superior e,

principalmente, delineiam o perfil de saída, estipulando que, ao final do Ensino Médio, o educando

demonstre competências e habilidades.

Essas competências e habilidades para poderem ser avaliadas, devem ser agrupadas

tendo em vista as interfaces com as outras áreas do conhecimento no sentido de a partir delas

verificar como o conhecimento foi construído pelo aluno.

Quanto ao aprendizado de Biologia, além de promover competências como domínio de

conceitos e a capacidade de aplicar fórmulas, pretende desenvolver atitudes e valores, através de

atividades dos educandos como discussão, leituras, observações, experimentações e projetos.

Este deverá ser demonstrado através de sua autonomia de julgamento e ação, de

atitudes, valores e procedimentos diante de situações problemas que se aproximem o máximo

possível das condições reais de seu convívio social e de trabalho individual e coletivo.

As situações de avaliação deverão se reestruturadas de modo a verificar se o aluno é capaz de:

Identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização

e/ou a interação dos resultados do mesmo.

Traduzir as informações disponíveis na linguagem ordinária.

Identificar a representação de informações gráficas de diferentes formas.

Reorganizar as informações, possibilitando interpolações e extrapolações tendo em vista

finalidades específicas.

Identificar e dimensionar configurações naturais.

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Analisar perturbações ambientais decorrentes.

Analisar as implicações sociais e econômicas dos processos.

Utilizar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações planetárias,

origem e evolução da vida, crescimento de diferentes populações.

Identificar uma unidade fundamental no fenômeno vital: padrões comuns aos processos

metabólicos, nas estruturas intracelulares e nos códigos químicos de informação para a

reprodução, que garantem a continuidade da vida, diante da diversidade de manifestações de

vida e dos distintos níveis de complexidade, apresentadas na forma de texto, diagramas ou

outras ilustrações.

Relacionar a diversidade de formas de vida, a variedade condições do meio,

demonstrando compreensão do caráter sistêmico da vida no planeta por meio de análise de

textos, diagramas ou outras formas de organização de dados.

Utilizar instrumentos adequados para descrição de fenômenos naturais, demonstrando

compreensão dos aspectos aleatórios dos mesmos em medidas e representação de freqüência

relativas.

Identificar fonte, transporte e sorvedouro dos poluentes e contaminantes.

Reconhecer algumas transformações químicas e biológicas que possam ocorrer durante o

transporte do poluente.

Propor formas de intervenção para reduzir os efeitos agudos e crônicos da poluição

ambiental.

Ao adotamos esta concepção nossa avaliação deverá levar em conta as competências

cognitivas e as modalidades estruturais de inteligência.

Para executarmos uma boa avaliação devemos procurar articular as competências e

habilidades permitindo ao aluno demonstrar que possui instrumental de comunicação e expressão

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adequado para a compreensão de um problema matemático quanto para a descrição de um processo

físico, químico ou biológico, mesmo para percepção das transformações de espaço/tempo.

Este tipo de raciocínio se mantém fiel a definição de Bloom, (1971). Avaliação é a sistemática de

dados por meio da qual se determinam mudanças de comportamento do aluno e em que medidas estas

ocorrem.

Essas mudanças requerem procedimentos adequados que vão além da típica prova escrita

e que serão descritos mais abaixo.

Os registros de avaliação refletem a imagem da ação desenvolvida pelo professor. Tal

reflexo tende a ficar mais nebuloso, falso, quando os códigos a serem utilizados não permitem uma

representação clara nítida, significativa, do que observou e do trabalho realizado junto aos alunos.

Assim, se o professor fizer apenas o registro de notas dos alunos nos trabalhos, ele não

saberá, após um tempo, quais foram as dificuldades que cada aluno apresentou, o que ele fez para

auxiliá- lo a compreender aquele aspecto. Da mesma forma, o professor que só faz anotações de

conduta, não poderá descrever outros aspectos do seu desenvolvimento. Registros significativos são

construídos pelo professor ao longo do processo. Sua forma final é apenas uma síntese do que vem

ocorrendo, uma representação do vivido.

Não se trata, portanto, de simplesmente classificar mais ou melhor as competências almejadas,

pois todos os objetivos educacionais em princípio podem ser medidos; entretanto, alguns deles-

sobretudo os não cognitivos ou afetivos- não são de fácil mensuração pelos meios ora existentes. A

dificuldade em medi-los decorre, sobretudo, da ausência de uma conceituação de atitude e interesse;

por outro lado, com os atuais instrumentos, a medida de comportamentos cognitivos acaba tornando –

se uma mensuração de variáveis cognitiva , como a capacidade de recordar, de selecionar e avaliar.

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É necessário ressaltar que, numa avaliação escolar, nem sempre todos os objetivos são

obrigatoriamente considerados.

Assim sendo, nas ciências é aconselhável que os objetivos sejam classificados segundo

categorias como: conhecimentos, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Incluindo- se

outras mais, como habilidades de calcular, quando for o caso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. BIOLOGIA, vol. Único; ed. Moderna – São

Paulo / SP; 1ª ed, 1999.

- PAULINO, Wilson Roberto. BIOLOGIA; vol. Único; ed. Ática – São Paulo/ SP 9ª ed., 2004.

- LOPES; Sônia. BIO; vol. Único, ed. Saraiva – São Paulo/ SP ; 11ª ed. , 2001

- LAURENCE; J. BIOLOGIA; vol. Único, ed. Nova Geração; São Paulo/ SP; 1ª ed., 2005.

- SEED, DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO; Curitiba/PR, julho

2009

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10.1.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica,

sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição

interdisciplinar, ela é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve estar articulada ao

Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana. Deve- se considerar que a Educação

Física abrange todas as áreas propiciando uma educação voltada para a consciência critica,

oportunizando ao aluno dar novo significado aos seus valores como cidadão. Dessa forma, espera -se

que por meio da Educação Física os alunos aprendam a reconhecer na convivência e nas práticas,

maneiras de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas,

econômicas e culturais dos povos.

A educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais, destacando: - a ampliação

para além das abordagens centrada na motricidade;- conteúdos que sejam relevantes e estejam de

acordo com a capacidade do aluno;- as práticas pedagógicas corporais devem primar o

desenvolvimento do sujeito unilateral;- propiciar ao aluno uma visão critica do mundo;- integrar no

processo pedagógico a formação humana do aluno.

A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do corpo,

considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo critérios para

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aqueles que apresentem dificuldades em realizar as atividades propostas pelo grupo.

Pretende- se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e sejam

capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos contextos sociais em que estão

inseridos.

OBJETIVO GERAL:

Oportunizar através de conhecimentos práticos e teóricos o conhecimento de seu corpo, suas

limitações e potencializações, o respeito as várias formas e manifestações culturais, bem como o saber

que instiga a busca da melhoria da qualidade de vida do educando no contexto social e na comunidade

em que está inserido. Estimula- los para uma convivência coletiva e digna na produção de movimentos

corporais que são criados a partir de sua necessidade e criatividade no contexto histórico e social.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Oportunizar a todos os alunos que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática,

visando o aprimoramento como seres humanos;

• Oportunizar aos alunos experiências e vivências ante aos conteúdos,levando em consideração

suas histórias, evolução e contemporaneidade; desta forma permitir no decorrer do processo de

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ensino-aprendizagem uma visão histórico- crítica;

• Aceitação da disputa como um elemento da competição e não como uma atitude de rivalidade

frente aos demais;

• Conhecer técnicas, táticas e regras dos Variados tipos de Jogos;

• Valorização do próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas do

resultado;

• Valorização da cultura corporal de movimento como possibilidade de obter satisfação e prazer;

• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e

esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;

• Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando suas potencialidades, adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos de qualidade de vida;

• Percepção de ritmo pessoal;

• Busca de uma melhor qualidade de vida;

• Desenvolver habilidades da técnica do esporte individual e coletivo, executando os principais

fundamentos;

• Desenvolver habilidades corporais e participar de atividades corporais como as ginásticas e

danças.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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1ª Série

• Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré- adquiridos de atividade física e seus

benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar; (professores e funcionários)

através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou acompanhamento.

• aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral.

• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para a atividade proposta

dentro dos princípios básicos de fisiologia.

• Saber posicionar- se e movimentar- se com domínio e aplicação técnico-tática.

• Esportes radicais (ter o conhecimento através de vídeos, palestras ou demonstrações).

• Função social do esporte;

• Competição X Cooperação;

• Prática pedagógica do esporte no contexto escolar;

• O esporte e a mídia;

• Revisão e aprimoramento dos fundamentos;

• Regras e Jogos.

• Tendências da ginástica no Brasil e a realidade de Guarapuava.

• Aspectos fisiológicos da ginástica.

• As diferenças da ginástica de academia e ginástica escolar.

• Sedentarismo;Qualidade de vida;

• Ginástica no mundo do trabalho;

• Contextualização da Ginástica preventiva, corretiva e de recuperação.

• Construção de coreografias básicas.

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• A prática pedagógica da dança no contexto escolar;

• A dança como expressão coletiva dos povos;

• A dança como expressão da vida e poesia do movimento;

• Cantigas de roda e atividades de expressão corporal;

• Dança folclórica e regional;

• Jogos Cooperativos:

• Valores éticos, políticos e sociais da cooperação;

• Jogos Criativos;

• Fugindo do estereótipo e do padrão;

• Jogos de salão

• Socialização e interação dos grupos;

• Jogos Populares

• Contexto cultural.

• Jogos Dramáticos

• Representação de papéis sociais.

2a Série

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• Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré- adquiridos de atividade física e seus

benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar; (professores e funcionários)

através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou acompanhamento.

• Aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral.

• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para a atividade proposta

dentro dos princípios básicos de fisiologia.

• Esportes radicais (ter o conhecimento através de vídeos, palestras ou demonstrações).

• O saber-fazer do treinamento esportivo.

• Organização de atividades recreativas e de lazer.

• Função social do esporte;

• Competição X Cooperação;

• Prática pedagógica do esporte no contexto escolar;

• O esporte e a mídia;

• A lógica do mercado e o esporte;

• Revisão e aprimoramento dos fundamentos;

• Regras; Sistemas de jogo;

• Organização de campeonatos.

• A diversidade de denominações e métodos de ginástica no contexto sócio- histórico;

• A ginástica no mundo do trabalho;

• A sociedade de consumo e a ginástica;

• Integrar os vários tipos de ginástica;

• Reprodução ou produção criativa;

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• Dança de rua (expressão cultural da juventude);

• Danças folclóricas da região;

• Principais grupos étnicos presentes na região e suas danças;

• Jogos Cooperativos;

• Valores éticos, políticos e sociais da cooperação;

• Criação de novos jogos;

• Jogos adaptados;

• Jogos populares e contexto cultural;

• Análise de regras e analogia com o cotidiano.

3a Série

• Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré- adquiridos de atividade física e seus

benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar; (professores e funcionários)

através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou acompanhamento.

• Aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral.

• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para a atividade proposta

dentro dos princípios básicos de fisiologia.

• Esportes radicais (ter o conhecimento através de vídeos, palestras ou demonstrações).

• O saber-fazer do treinamento esportivo.

• Organização de atividades recreativas e de lazer.

• Função social do esporte;

• Competição X Cooperação;

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• Prática pedagógica do esporte no contexto escolar;

• O esporte e a mídia;

• A lógica do mercado e o esporte;

• Revisão e aprimoramento dos fundamentos;

• Regras; Sistemas de jogo;

• Organização de campeonatos.

• A diversidade de denominações e métodos de ginástica no contexto sócio- histórico;

• A ginástica no mundo do trabalho;

• A sociedade de consumo e a ginástica.

• Integrar os vários tipos de ginástica.

• Ginástica Rítmica e artística;

• Ginástica para condicionamento e preparação física;

• Ginástica com fins de tratamento de lesões.

• Reprodução ou produção criativa;

• Dança de rua (expressão cultural da juventude);

• Danças folclóricas da região;

• Principais grupos étnicos presentes na região e suas danças;

• Jogos Cooperativos

• Valores éticos, políticos e sociais da cooperação;

• Criação de novos jogos;

• Jogos adaptados;

• Jogos populares e contexto cultural;

• Análise de regras e analogia com o cotidiano

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• Jogos dramáticos e de interpretação;

• Organização de Festival de jogos Cooperativos.

• Princípios básicos do judô;

• História e elementos formadores da Capoeira.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na Educação Física o processo de ensino aprendizagem se enraíza no esclarecimento sobre as

diferenças e na compreensão e respeito desta pela comunidade escolar. As estratégias escolhidas

devem não apenas favorecer a inclusão, como também discuti- la e torna- la clara para os educandos,

professores e comunidade em geral. Inclusão e trabalho coletivo implicam em responsabilidade e

comprometimento profissional para com os educandos, na busca da compreensão e respeito as

diferentes manifestações da cultura corporal. Nesse contexto, podemos ressaltar o papel do professor

no encaminhamento de uma aprendizagem dinâmica,consciente, enaltecendo valores que são

essenciais para a formação do cidadão. O debate, o diálogo e a pesquisa são formas de auxiliar o

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educando na construção de um saber amplo e articulado, que determinam práticas corporais coletivas

e individuais, encaminhando o processo para a formação integral nos meios escolares e social, bem

como na análise, interpretação e resolução de problemas perante as adversidades do dia-a-dia.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve mostrar- se útil para professores, alunos e escola, contribuindo para o auto-

conhecimento e para a verificação das etapas vencidas, considerando os conteúdos selecionados para

o período, oportunizando um novo olhar e um novo planejamento dos objetivos traçados previamente.

A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para uma reflexão contínua do

ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão dos aspectos que devem ser requisitados, na

tomada de consciência das conquistas, dificuldades e possibilidades desenvolvidas pelos alunos. A

participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as decisões a serem tomadas

professor – aluno, cada um assumindo sua responsabilidade no processo ensino-aprendizagem. Cabe

ao professor informar aos alunos seus avanços e suas

dificuldades, pois a avaliação é um processo continuo, permanente e cumulativo, onde ambos poderão

organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a aprendizagem. A avaliação

poderá ocorrer por meio da observação das situações de vivência, através de pesquisas, relatórios,

apresentações, avaliações escritas e auto- avaliação, levando em consideração a diversidade das

mesmas, oportunizando atender a todos os alunos inclusive com a retomada dos instrumentos de

avaliações propostos no decorrer do trimestre.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In:

Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista

Motrivivência, no 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de Educação

Física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Diretrizes

Curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba: SEED/DEM, 2009.

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10.1.4 FILOSOFIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A presença da Filosofia no Currículo do Ensino Médio justifica-se pelo seu valor, historicamente

consagrado, de formação, acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e

epistemológicos, que permanecem válidos e insubstituíveis.

A Filosofia tem um espaço a ocupar e uma imensa riqueza de conteúdos a oferecer. Entretanto

não pode ser tratada simplesmente como um corpo de saber já a disposição para ser transmitido, pois

em nosso entendimento, no Ensino Médio ela tem a finalidade de contribuir para a formação

pluridimensional e democrática, possibilitando um maior/melhor entendimento e envolvimento com as

complexidades do mundo contemporâneo nas suas particularidades especializações. Promove assim o

exercício das capacidades intelectuais, requerendo algumas habilidades, mas é antes de tudo, uma

disciplina cultural, pois a formação que propicia diz respeito a significação dos processos culturais e

históricos.

Segundo Chauí, “os principais campos filosóficos relativos às manifestações culturais são: a

filosofia das ciências, da religião, das artes, da existência ética e da vida política. Além disso, a filosofia

ocupa- se também com a crítica das ideologias que se originam na vida política, mas se estendem para

todas as manifestações da cultura”. (Chauí, pg 132)

Não se pode perder de vista a necessidade da garantia da provocação e do convite aos

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educandos quanto à reflexão filosófica, portanto ao pensamento. Tal capacidade humana nos permite

estar no mundo com algum saber, “com consciência”. Segundo Cotrim “... a biologia classifica o homem

atual como sapiens: o ser que sabe. É que o homem é capaz de fazer sua inteligência debruçar sobre

si mesmo para tomar posse de seu próprio saber, avaliando sua consciência, sua consistência, seu

limite e seu valor”. (Cotrim pg42).

Nesse contexto em busca do conhecimento que transcende a realidade imediata a Filosofia constitui a

essência do pensamento filosófico, que a longo da história percorreu os mais variados caminhos,

seguiu interesses diversos, elaborou muitos métodos de reflexão e chegou a várias conclusões, em

diferentes sistemas filosóficos. Conhecimento do conhecimento e da ação humana, conhecimento da

transformação temporal dos princípios do saber e do agir, conhecimento da mudança das formas do

real ou dos seres, a Filosofia sabe que esta na história e que possui uma história.

A Filosofia no Ensino Médio tem como disposição promover a perplexidade, o deslumbre, o

espanto e a admiração que leve o educando a um posicionamento ativo em busca do conhecimento.

Não sendo, portanto, a tarefa da Filosofia a solução de todos os problemas da existência humana.

Apresenta-se como uma ferramenta, um instrumento de reflexão, análise crítica e criativa, que leve o

estudante a desenvolver um estilo próprio de pensamento.

OBJETIVOS

*** Compreender as configurações de pensamento e sua constituição histórica, seu funcionamento

interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referências.

*** Apropriar- se de conhecimentos e modos discursivos específicos da Filosofia.

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*** Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do pensamento.

*** Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem como métodos e técnicas de

leitura e análise de textos.

*** Produzir textos analíticos e reflexivos.

*** Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos procedimentos.

*** Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científico - tecnológicos, éticos –

políticos, sócio – culturais e vivenciais.

*** Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do pensamento.

*** Desenvolver discussão oral de modo sistemático.

*** Problematizar sistuações discursivas

*** Argumentar filosoficamente

*** Formular raciocínio lógico, coerente e crítico

*** Desmistificar a realidade.

*** Perceber o que está por trás das ideologias posicionar- se.

*** Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico.

*** Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para emprega- la coletivamente de

forma consciente e criativa.

*** Reconhecer- se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da

existência enquanto ser humano – subjetividade.

*** Compreender as diversas culturas a sua linguagem, valorizando- as, sem apontar uma hierarquia

de valores, considerando- as dentro do seu próprio contexto.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Mito e Filosofia;

• Teoria do Conhecimento;

• Ética;

• Filosofia Política;

• Filosofia da Ciência;

• Estética.

Mito – passagem do mito para a razão “logos”

O homem como ser racional, animal, político, práxis, livre, finito.

Senso comum e conhecimento científico

método científico

finalidades e mitos que envolvem a ciência

reflexão crítica

o teórico, o prático e o poético

tecnologia

Teoria do conhecimento

*** o que é conhecer

*** questão do ser

*** idealismo

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*** empirismo

*** fenomenologia

O mundo do trabalho

*** visão histórica do trabalho

*** visão filosófica do trabalho

*** alienação

*** Filosofia Moral

*** ética

*** virtudes e vícios

*** liberdade

*** Filosofia Pré-Socrática

*** Filosofia Grega

*** Pensamento Cristão (Patrística e Escolástica)

*** Platão, Aristóteles e Sócrates

*** Tensão entre fé e razão

*** Idealismo, Empirismo, Fenomenologia

*** Filosofia Política

*** Estado e forma de governo

*** Democracia

*** Cidadania

*** Ideologia

*** Jusnaturalismo

*** Contratualismo

*** Materialismo

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*** Neoliberalismo

♦ Estética

• Criatividade

• Arte como forma de pensamento

• O belo – mimises

• Arte e sociedade

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Situar a Filosofia enquanto disciplina escolar n horizonte dos problemas contemporâneos

científicos, tecnológicos, éticos – políticos, artísticos ou decorrentes das transformações das linguagens

e das modalidades e sistemas de comunicação, implica uma tomada de posição para sua contribuição

seja significativa, enquanto aos conteúdos e processos cognitivos.

Especificamente o trabalho de Filosofia no ensino resulta da conjugação de um repertório de

conhecimentos que funcionam como um sistema de referências para discussões, julgamentos,

justificações e valorizações, e de procedimentos básicos de análises, leitura e produção de textos.

Tomando posse desse repertório de conhecimentos e constituindo uma retórica, isto é, desenvolvendo

um sistema discursivo, o aluno pode passar da variedade dos fatos, acontecimentos, opiniões e idéias

para o estado reflexivo do pensamento, para a atitudes de discernimento que produz configurações de

pensamento. Qualquer que seja o assunto tratado, não se pode esquecer que a leitura filosófica retém

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o essencial da atividade filosófica. Uma leitura não é filosófica apenas porque os textos são filosóficos,

pode- se ler textos filosóficos sem filosofar e ler filosoficamente textos jornalísticos, artísticos, políticos,

etc. Esta leitura não se caracteriza pela simples aplicação de metodologias de leitura e análise de texto,

mas pela atenção aos pressupostos subentendidos do texto, pela reconstrução de um imaginário oculto

que ultrapasse a literalidade. É através das competências e habilidades que os alunos capacitam- se

para tratar os conteúdos programáticos justificando tomadas de decisões e posições, produzindo

interpretações, transferindo conhecimentos de uma dimensão a outra da realidade, estabelecendo

articulações entre as questões tratadas nas diferentes áreas do saber e a experiência. Munidos de

sistemas de referências e exercitando os requisitos discursivos, podem aceder ao domínio das

representações, isto é, à elaboração teórica.

Podem, assim, deslocar- se da apreensão imediata da realidade para uma disposição

esclarecida, efeito da criticidade.

Podem ser utilizados como encaminhamento metodológico as seguintes atividades:

• leituras

• elaboração de textos

• cartazes

• transparências

• debates

• histórias em quadrinhos

• recortes de propaganda

• charges

• vídeos/ outros recursos fornecidos pela mídia

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• seminários

• músicas/ paródias.

AVALIAÇÃO

A avaliação para o ensino de Filosofia não deve se restringir ao mero cumprimento de exigências

legais, para mensuração de notas. A avaliação deve estar inserida no contexto da própria aula de

Filosofia e sua especificidade.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnostica, isto é, ela não possui uma finalidade

em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redimensionar o curso da ação do processo

ensino – aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional, que professores,

estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. No ensino de Filosofia, a

avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno assimilou o conteúdo presente na

história da filosofia, o problema dos filósofos, nem tão pouco sua capacidade de tratar deste ou daquele

tema. Portanto, o pensamento crítico não surge apenas das discussões sobre questões atinentes aos

problemas culturais, históricos e vivenciais, pela simples confrontação de posições divergentes, nem da

reprodução das soluções apresentadas pelo professor.

O professor pode considerar também para a avaliação os trabalhos em grupos realizados em

sala de aula e como atividade extra- classe, nas quais os alunos deverão demostrar intensa atividade

de pesquisa e capacidade de expor, por escrito, de forma clara, as sua idéias.

Os debates orais sobre temas pertinentes aos conteúdos programáticos, desenvolvido de forma

sistemática, nos quais se procura levar em conta a participação do aluno, poderá ser um outro ponto

para avaliação. Enfim, o professor organizará os instrumentos de avaliação dos conteúdos de Filosofia,

procurando constatar se o aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, avaliando a capacidade do

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aluno em reformular questões de maneira organizada e estruturada, procedendo de forma sistemática,

com conteúdos determinados, procurando as raizes e examinando as diversas dimensões do problema

num todo articulado. Através de exercícios do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisas,

nas discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor poderá ir avaliando o grau de

inteligibilidade alcançada pelos educandos, no sentido de diagnosticar as dificuldades e intervir no

processo para que possa atingir uma maior qualidade de reflexão. Neste sentido é possível entender a

avaliação como um processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um momento em

separado destinado a avaliar.

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10.1.5 FISICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cidadania, o ser humano faz parte de uma sociedade mais globalizada, com o acesso a

qualquer tipo de informação. Novos desafios são impostos à vida cotidiana e torna- se necessário

desenvolver capacidades que possibilitem, a qualquer indivíduo, a buscar soluções criativas para

resolver seus problemas.

Dessa forma, a escola deve estar organizada de modo a estar centrada em conteúdo e

metodologia capacitada de levar aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a ótica

de que esta não é somente fruto da racionalidade científica.

Um fato importante a ser considerado é de que a Ciência e a Técnica não são neutras e nem

tão pouco desprovidas de historicidade. Desse modo, a ciência está atrelada aos processos

econômicos, políticos e sociais da produção e reprodução humana.

Sabe- se que não há como o indivíduo participar de uma sociedade, atuando em sua

transformação, sem ciência básica.

Sendo assim, da cultura científica constitui instrumento indispensável a participar políticas,

esta é uma condição extremamente importante, uma vez que o que se quer é a formação de sujeitos

criativos e participativos capazes de atuar na sociedade atual.

Diante do que foi exposto, faz- se necessário contemplar na disciplina de Física, saberes que

oportunizem os alunos o acesso ao conteúdo historicamente acumulado e o mais próximo possível da

produção científica, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadão.

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OBJETIVOS GERAIS

Educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de

admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta

dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.

Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as

estruturas que representam esses aspectos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Contribuir para a formação dos sujeitos, através de conteúdos que dêem conta do

entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do universo, sua evolução, suas

transformações e as interações que nele se apresentam.

- Estimular os educandos a acompanhar as notícias científicas, orientando- os para a

identificação sobre o assunto que está sendo tratado e promovendo meios para a interpretação de seus

significados.

- Construir uma visão critica da realidade, da ciência e das relações entre a ciência e a

sociedade, buscando em diversas fontes de informações relevantes para o conhecimento da Física.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º Ano

Conteúdo Estruturante

MECÂNICA

Conteúdos pontuais:

Introdução da Física;

Cinemática;

Cinemática Vetorial;

Movimento circular;

Energia.

Possíveis Desdobramentos:

Evolução da Física;

Ramos da Física;

Divisões da Mecânica;

Teorias;

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Criadores;

Repouso, movimento e referencial;

Trajetória;

Posição escalar;

Deslocamento;

Velocidade escalar;

Movimento Uniforme Variado;

Equação de Torricelle;

Queda dos corpos;

Vetor;

Operações com Vetor;

Vetor posição e deslocamento;

Lançamento Horizontal;

Velocidade Angular;

Aceleração Centrípeta;

Força e força resultante;

Equilíbrio;

Primeira Lei de Newton;

Segunda Lei de Newton;

Plano inclinado;

Força de Atrito;

Trabalho de uma força;

Potência;

Rendimento;

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Energia;

Teorema da Energia;

Princípio da conservação da energia;

Energia mecânica total.

2º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

TERMOLOGIA

1. Conteúdos pontuais:

Termômetro;

Dilatação térmica;

Calorímetro;

Estudo dos gases.

Possíveis desdobramentos:

- Teoria;

- Seus criadores;

- Temperatura;

- Calor;

- Escalas;

- Equações Termométricas;

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- Dilatação linear;

- Dilatação superficial;

- Dilatação volumétrica;

- Dilatação dos líquidos;

- Quantidade de calor;

- Calor sensível;

- Calor latente;

- Princípio da troca de calor;

- Gás e vapor;

- Equação dos gases.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

ÓPTICA

Conteúdos pontuais:

Princípios fundamentais;

Reflexão da luz;

Refração da luz;

Princípio da óptica.

Desdobramentos:

- Conceitos;

- Velocidade da luz;

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- Câmara escura;

- Difusão da luz;

- Reflexão regular;

- Espelhos Planos;

- Formação de imagens;

- Associação de espelhos;

- A cor de um corpo;

- Índice de refração;

- Leis de refração;

- Dioptro plano,

- Prismas;

- Lentes esféricas;

- Fenômenos de refração e reflexão.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

OSCILAÇÕES

Conteúdos pontuais:

Ondulatório;

Acústico;

Possíveis desdobramentos:

- Teorias;

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- Seus criadores;

- Classificação de ondas;

- Velocidade de propagação da onda;

- Reflexão e refração de ondas estacionárias;

- Ondas sonoras;

- Fenômenos sonoros;

- Efeitos ondulatórios.

3º Ano

1) CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

ELETRICIDADE

Conteúdos Pontuais

Eletrostática;

Força elétrica;

Campo elétrico;

Trabalho e potencial;

Capacidade do condutor capacitor;

Eletrodinâmica;

Estudos dos resistores;

Associações em séries paralelo;

Associação mista;

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Gerador e receptores;

Circuitos elétricos;

Corrente elétrica;

Possíveis desdobramentos:

Campo elétrico;

Eletrizações;

Princípio condutores e isolantes;

Leis de Coulomb;

Gráficos do vetor campo elétrico;

Varias cargas;

Condutor esférico;

Trabalho da força elétrica;

Contato entre condutores;

Energia potencial;

Associação de condutores;

Sentido, tipos e efeitos da corrente elétrica;

Resistores elétricos;

Leis de OHM;

Amperimetro;

Voltímetro;

Geradores e receptores;

Equação do circuito elétrico;

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

ELETRICIDADE

Conteúdos Pontuais

Eletromagnetismo

Possíveis desdobramentos:

Fenômenos magnéticos;

♦ Campos magnéticos;

♦ Propriedades do Imã;

♦ Campo magnético por condutor solenóide;

♦ Forças magnéticas.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Uma grande dificuldade na transferência do conhecimento é o “como ensinar”, ou seja, qual a

adequada metodologia que devemos utilizar com o nosso aluno para efetivar o ensino- aprendizagem.

Temos um conjunto de procedimentos que ajudarão a nossa ação. Portanto, não se trata de

elaborar novas listas de tópicos de conteúdo, mas dar ao ensino de física novas dimensões em nosso 256

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cotidiano, levando o aluno a se planejar, a pensar, que há um mundo físico de as coisas diferentes

englobado no se próprio mundo. O nosso aluno será capaz de investigar, classificar, organizar e

sistematizar pontos e fenômenos físicos que lhe é colocado no seu dia-a-dia, por isso esses conteúdos

nortearão a base para o profundo conhecimento físico.

A proposta de Física se contrapõe aos velhos métodos que priorizam os conhecimentos como

fragmentos desligados da realidade dos alunos, cuja ênfase recaia nos aspectos quantitativos e

conceituais, onde a resolução de problemas de Física, traduzidas em aplicações de fórmulas

matemáticas prevalecia.

Dessa forma, faz- se necessário uma metodologia de ensino que possa contribuir com a

relação teoria- prática e que parta do conhecimento prévio dos estudantes, rumo uma aprendizagem

significativa onde se faz presente o valor social construído e sistematizado.

Isso de efetivará por meio de aulas expositivas e dialogados, pesquisas, resolução de

atividades em grupo, práticas em laboratório, seminário.

AVALIAÇÃO

Ensinar física significa possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma formação para a

cidadania mais adequada.

O conhecimento da Física “em si mesma” não basta, é imprescindível considerar o mundo dos

alunos, suas realizadas próximas ou distantes, os objetivos com que efetivamente lidam, problemas e

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indagações que movem sua curiosidade.

Avaliação é parte integrante do processo ensino aprendizagem e tem como objetivo principal

aprimorar a qualidade desse processo. Requer observações realizadas de maneira sistemática que

possibilitem detectar se houve ou não uma efetiva aprendizagem.

A avaliação é o resultado de um processo de observação e verificação, tanto do conhecimento

construído e adquirido pelo aluno, quanto da forma como ocorreu essa construção, transformação num

registro contínuo, integral e dinâmico que permita acompanhar e comprovar o grau de aquisição de

aprendizagem tornando-se também uma referência para a reflexão e conscientização do aluno e do

professor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Paraná – Física (Série Novo Ensino Médio – Volume Único) Ed. Átic.

Bonjorno – Física Fundamental (2o Grau – volume único) Ed. F.T.D.

Ivan Ramalho Nicolau Toledo – Os fundamentos da física (volume um). Ed. Moderna.

Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga – Física (volume 1) Ed. Bernardo Álvares.

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Michael Valero – Física Editorial Valero.

10.1.6 GEOGRAFIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo o geógrafo Antônio Carlos Robert Moraes “ o pensamento geográfico deve vivenciar na

atualidade um amplo processo de renovação, rompendo com as descrições áridas, com as exaustivas

enumerações, enfim com aquele sentimento de inutilidade que se tem ao decorar todos os afluentes da

margem esquerda do rio Amazonas”. Portanto, a geografia tem mais do que nunca um papel de maior

relevância na formação dos cidadãos conscientes e responsáveis, sendo uma ciência viva, um

instrumento de compreensão do mundo em que vivemos e dos acontecimentos que ocorrem nas mais

distantes partes, é portanto, uma ciência que compartilha da área tanto das ciências físico- naturais

como das ciências humanas ou sociais. Como descreve Milton Santos “as ciências evoluem porque os

fatos evoluem, fazem- se outros. Quando os fatos se fazem outros e a ciência continua trabalhando

como se os fatos já fossem diferentes, ela não mais traduz os fatos e se torna tradicional, pela perda de

seu objeto”.

Uma incursão nos desafios do presente nos faz pensar sobre possibilidades do entendimento da

Geografia no Ensino Médio. Com isso, questões relacionadas ao como ela esta sendo abordada e

ensinada, o que e como nossos alunos estão aprendendo e para quê, permeiam o cotidiano docente,

oportunizando o refletir sobre esta área do conhecimento e sua mediação pedagógica.

Nesse sentido, a Geografia, deve incorporar a dimensão do espaço em sua intrínseca relação

com o tempo. Ou seja, falar da Geografia contemporânea significa apropriar- se, e ir além das

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informações do relevo, clima e população presentes nas relações do homem com a terra.

Hoje, ela focaliza o que lhe é específico na singularidade do local, na particularidade do regional

e na universalidade do global. É expressão ao mesmo tempo que expressa a revolução técnico -

científica, a globalização da economia e os problemas ambientais que surgem de uma totalidade em

que as relações sociais se estabelecem.

Com o entendimento de que a sociedade exerce permanentemente um diálogo com o território

usado e que este inclui as coisas naturais, artificiais, a herança social e a sociedade em seu momento

atual, é que necessitamos buscar critérios de relevância para a seleção de conteúdos, sempre

focalizando os fenômenos ligados ao espaço geográfico – produto das relações, dos olhares e

experiências do cotidiano que se interligam a outros conjuntos espaciais.

O espaço geográfico precisa ser lido e compreendido pelos alunos como uma construção

humana que se desenvolve um substrato da superfície terrestre que é também um meio biofísico, o

qual constitui o habitat das comunidades animais e vegetais que povoam a Terra sendo necessário

precisar bem o objeto de que se fala. Só sua efetiva delimitação permite ao educando e localizá- lo e

localizar- se num universo maior pois cada vez mais o espaço geográfico se produz em uma articulação

entre o local e o mundial, pois o mundo contemporâneo e reprodução das relações sociais não se

explica por transformações endógenas nos limites da localidade ou do país, as influências externas

necessitam ser compreendida para explicar o que acontece no local. Desta compreensão é que

passamos a perceber a existência de uma totalidade de, que é a sociedade produzindo e reproduzindo

o espaço para nele se estabelecer e se perpetuar, como cita Edgar de Decca “um universo onde são

produzidas as relações sociais e onde se dá uma particular e decisiva apropriação do saber”. É

necessário, portanto, realizar uma geografia que busque um modo de fazer Ciência sobre os objetos

sociais e as estratégias dos geógrafos de aprofundarem seus conhecimentos a respeito dos

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paradigmas concernentes à realização dessa meta.

Aos educadores da área da geografia cabe esse avanço, forjando coletivamente a construção do

novo e de respostas por outra ordem social, na qual cesse a contradição entre quem produz e quem

administra o espaço.

OBJETIVO GERAL

• Oportunizar conhecimentos aos educandos que possibilitem sua atuação como agente

co- responsável do espaço geográfico, dentro da dinâmica econômica, política, sócio- ambiental.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

**** Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas, etc.),

considerando- os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou

especializados.

**** Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica, como formas de organizar e

conhecer a localização, distribuição e freqüência dos fenômenos naturais e humanos.

*** Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando

as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

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*** Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos processos de

formação e transformação dos territórios, tendo em vista as reações de trabalho, a incorporação de

técnicas e tecnologia e o estabelecimento de redes sociais.

*** Analisar e comparar, interdisciplinarmente as relações entre preservação e degradação da vida no

planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais,

econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local,

regional, nacional e global.

*** Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua

essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos

contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças

na organização e no conteúdo do espaço.

*** Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia

*** Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e

políticas no seu “lugar- mundo”, comparando, analisando e sintetizando a densidade das relações e

transformações que tornam concreta e vivida a realidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos específicos na disciplina de Geografia de cada série do ensino médio, serão

elencados segundo os seguintes conteúdos estruturantes:

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A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço

Geopolítica

Dimensão Socioambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

1ª Série

Dimensão Socioambiental:

Os conceitos básicos para compreensão da relação Sociedade- Espaço

A importância do espaço geográfico

Conceituar Geografia

Evolução do pensamento geográfico

Reconhecer paisagem vivida

Reconhecer a paisagem transformada

Reconhecer a paisagem percebida

Tempo geológico e as placas tectônicas

As águas continentais

Os diversos tipos de clima nas diversas regiões do Mundo e do Brasil

Os diversos tipos de vegetação nas diversas regiões do Mundo e do Brasil

As regiões e relevo do Brasil

As regiões e relevo do Paraná

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A Dinâmica Cultural Demográfica

A Distribuição e crescimento populacional

Os problemas étnicos

População mundial

Crescimento demográfico

Taxa de natalidade

Crescimento vegetativo

Taxa de mortalidade

Controle de natalidade

Pirâmide etária

A população brasileira: crescimento e formação étnica

A população brasileira: distribuição e estrutura

Movimentos da população no brasil

Minorias étnicas

Movimento sem - terra

A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço

Organização do espaço em benefício humano

Evolução e transformação geográfica (naturais e humanas)

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2ª série

Dimensão Socioambiental

Os conceitos para compreensão da importância da composição geológica para o desenvolvimento

da sociedade

Os conceitos sobre agricultura e sua importância no desenvolvimento da sociedade, bem como a

influência no aumento desordenado nas áreas urbanas

O sistema hidrográfico brasileiro e sua composição

A importância dos vários tipos de energia

Degradação dos solos

Condicionamento ambiental propício á agricultura: solo, relevo, clima, recursos florestais e hídricos

Energia hidráulica

Energia termoelétrica

Combustível fóssil

Combustível e sua utilização

Energia

Energia não – renovável

A Dimensão Econômica Da Produção Do/No Espaço

Influência do capital na formação dos centros urbanos, bem como o processo de industrialização e sua

importância na migração operária

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Apresentar os conceitos para compreensão da importância da composição geológica para o

desenvolvimento da sociedade

Conceituar tempo geológico

Geologia e minerologia

Geologia brasileira

Geologia paranaense

Importância da geologia no processo industrial

A agricultura e sua importância no desenvolvimento da sociedade

Aumento desordenado nas áreas urbanas

Extrativismo vegetal e mineral

Grandes e pequenas propriedades

Trabalho assalariado e não - assalariado

Organização capitalista na produção agrícola

A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil

Influência do capital na formação na formação dos centros urbanos

Processo de industrialização

A Dinâmica Cultural Demográfica

Exôdo rural

Crédito rural

Reforma agrária

Capital urbano-industrial

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Movimentos operários

Especialização da mão-de-obra

Modernização e desenvolvimento do sistema financeiro

Revolução industrial

Processo de industrialização brasileira

Processo de industrialização do Paraná

Geopolítica

Energia e geopolítica

Industrialização e processo de urbanização no Brasil

Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras

Industrialização e processo de urbanização no Paraná

Os transportes no Brasil

3ª série

A Dimensão econômica da Produção Do/No Espaço

O capitalismo e a construção do espaço geográfico

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Geopolítica

O Socialismo

Capitalismo / Socialismo: Guerra Fria

O mundo pós guerra fria

A internacionalização do capital

O subdesenvolvimento

O comércio mundial

União européia

Mercosul

Outros blocos econômicos

América Latina

Oriente Médio

O Islã – entre a paz e o terrorismo

África

Leste europeu

China

Coréia Do Norte, Cuba, Vietnã

Estados Unidos, a superpotência mundial

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A geografia, como disciplina escolar, contribui para a formação do cidadão que participa dos

movimentos promovidos pela sociedade, que conhece o seu papel no interior das várias instituições das

quais participa. O professor precisa deter um conhecimento aprofundado no campo do qual é

especialista e estabelece a interface com as demais disciplinas, no sentido de completar o

conhecimento de determinados temas e objetos de pesquisa. O avanço do trabalho pedagógico faz-se

na mediação que o mestre realiza entre o conhecimento da realidade, do mundo e do desenvolvimento

cognitivo, emocional e efetivo dos estudantes.

Uma forma de integrar os professores e alunos é realizar pesquisas e leituras em sala de aula,

da realidade da escola em um trabalho de reflexão conjunto. Muitas questões surgem: que tipo de

trabalho os alunos desempenham? Quais os enfrentamentos do cotidiano de seu trabalho? Como

conciliam o estudo e o trabalho? Seus sonhos? Seus devaneios? Suas crenças? A interferência da

mídia sobre a maneira de ver e se relacionar com o mundo e a atual modernidade através de pesquisas

bibliográficas trabalhos com mapas, gravuras, vídeos, textos, desenhos, revistas, jornais, aulas

expositivas e seminários, este estudo abre horizontes e auxilia o professor de Geografia e os demais a

pensar na elaboração de um projeto para a escola e como se dará a produção geográfica selecionada

que mereça transformar-se em uma Geografia a ser ensinada.

A integração dos demais campos do conhecimento é importante para que os estudante conheça

o seu papel no interior da sociedade e do mundo em que vive. A geografia contribui para a formação de

um jovem que certamente já possui uma capacidade de abstração maior e portanto pode realizar

generalizações mais elaboradas.

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Na escola o jovem precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender como

os diferentes elementos desse espaço se relacionam. Nesse diálogo, formula questões e tenta dar

respostas, discutindo com o professor e os colegas suas idéias, suas experiências e sua reflexões,

compartilhadas e filtradas, nos debates que se estabelecem numa aula de Geografia.

A tecnologia e as pesquisas podem contribuir para o conhecimento aprofundado das porções da

superfície terrestre e o conhecimento dos raros testemunhos de ecossistemas persistindo no meio da

paisagem destruída pelo sistemas econômicos, visando obter lucros imediatos.

Os professores devem considerar os conteúdos programáticos como instrumentos de apoio para

a elaboração de seus projetos pedagógicos, tendo como meta o entrelaçamento desses conteúdos de

modo a permitir a compreensão do espaço geográfico integrados aos métodos de apreensão desse

espaço e ao uso da tecnologia disponível no mundo atual. O professor poderá para isso lançar mão de

atividades como:

Pesquisas em sala de aulas (livros), Trabalho com mapas e gravuras

Trabalho individual ,Aula expositiva

Trabalho em grupo

Textos/ xerox

Pesquisa bibliográfica

Recortes de jornais e revistas

Apresentação/ seminários

Mapas ,Vídeo

Textos mimiografados

Debate

Gráficos/ tabelas (dados IBGE)

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AVALIAÇÃO

A proposta de avaliação coloca- se a serviço da proposta pedagógica que norteia a elaboração

do currículo de geografia. Neste sentido convém lembrar que nosso entendimento é o de educação

como instrumento da transformação da prática social. Assim temos que ter de forma bem clara que a

proposta pedagógica deve levar em consideração a relação conteúdo - método, de modo que o aluno

tenha a sua disposição saberes que lhes possibilitem a ampliação de uma concepção de mundo, e que

sobretudo lhe assegurem o questionamento da realidade em que ele está inserido.

Na prática pedagógica a avaliação deve estar preocupada com a transformação social, não deve

estar vinculada à autoritarismo que reforça a heteronomia do jovem, e com princípios que desenvolvem

sua autonomia. A avaliação deverá ser democrática e manifestar- se com um mecanismo diagnóstico

da situação que não meramente classificatório.

A avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir daquilo que é básico, fundamental para que

o aluno avance no caminho da aquisição dos conteúdos básicos, a relação professor – aluno no

processo de construção do conhecimento e a concepção científica e geográfica.

O processo de avaliação se fará de forma gradativa e levará o aluno a se instrumentalizar por

meio dos conteúdos fundamentais, implícitos nos conteúdos estruturantes/conteúdos específicos. E que

possibilitarão a apreensão das relações que os homens mantém entre si e com o meio no processo de

produção, organização dos diferentes tipos de espaço realizados e por diferentes grupos humanos,

assegurados pelo desenvolvimento do aluno.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M.C. de. Geografia da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987;

CALLAI, H.C.A. A Geografia e a escola: Muda a Geografia? Muda o Ensino? Terra livre,

São Paulo, m.16, p. 130-152,2001;

CARVALHO, M.I. Fim de século: A Escola e a Geografia. Ijuí, ed. UNIJUÍ, 1998;

CHRISTOFOLETTI, A. (org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982;

CORREA, R.L. Região e Organização espacial. São Paulo. Ática, 1986;

GOMES, P.C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro. Bertrano Brasil, 1997;

GONÇALVES, C.W.P. Os (Des)Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo. Contexto,1999;

LACOSTE, Y. A Geografia – Isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.Campinas. Papirus,

1988;

OLIVEIRA, A.U. Para onde vai o ensino de Geografia? São Paulo. Contexto, 1989;

PARANÁ, DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado

do Paraná. Geografia, Curitiba, 2009

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10.1.7 HISTÓRIA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Estudamos história para compreender o passado. Compreendendo o passado, entendemos

melhor o presente.

Ao estudarmos a escravidão negra no Brasil, entendemos o porquê do preconceito racial, da

existência de favelas e da pobreza em geral, das populações negras.

Quando estudamos a colonização do Brasil, obtemos elementos para compreender a existência

da péssima distribuição de renda em nosso país, ou seja, porque poucos têm muito e muitos têm

pouco.

Ao assistirmos a um filme, ao vermos o noticiário na TV, ou viajarmos, tudo se tornará mais

proveitoso se nós compreendemos a história.

Como todas as ciências, a história tem suas especificidades, trabalha com formas de raciocínio

próprias a ela, tem seus limites e também suas exigências. Uma grande dificuldade que nós

encontramos quando queremos falar de nossos estudos é estabelecer a diferença entre o que é o

trabalho historiográfico sobre um determinado tema e o que é simples juízo de valores.

Quando falamos sobre preconceito racial, todos nós temos uma opinião a respeito. Alguns são

contra, outros a favor; uns dizem que a culpa é do próprio descriminado, outras afirmam que o

preconceito é pura injustiça.

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Trata- se apenas de opiniões sobre o assunto. Outra coisa, e bem diferente, é analisar

historicamente o racismo, pesquisar suas origens, quem ele serviu ou ainda serve, quais interesses

estão por trás de uma teoria racista e em que contexto ela foi elaborada.

Vamos pensar no Brasil Colonial. A que conjunto de acontecimentos pertencia a idéia corrente de

que os negros não tinham alma? Certamente a questão da escravidão. A quem interessava a difusão

desta idéia? Não aos escravos.

Eis a diferença. Não se trata apenas de opinar ou julgar quem está certo ou errado. Trata- se de

localizar e compreender historicamente o acontecimento, de tentar entender porque os homens daquela

época agiam daquela forma e, finalmente, contribuir para a formação de valores e de uma visão de um

mundo mais justo.

Contemplaremos uma história dinâmica, construída por todos e não por grandes heróis que a

história tradicional e factual sempre privilegiou. A proposta é superar a “velha” concepção de ensino da

história, que apresenta o fato histórico, as datas e os grandes personagens, como objetos essenciais de

análise.

A palavra “História” vem do grego e significa “Conhecimento Narrado” ou “Aprendizado pela

narrativa”. Heródoto, o Pai da História, afirmava que os homens podem conhecer a si mesmos e

também sobre a humanidade.

Quanto ao conhecimento histórico e dinâmico, essa abordagem da história não significa que

temos a capacidade de recuperar a verdade do passado. O conhecimento histórico é uma reconstrução

dos fatos passados, a partir de fontes históricas, ou seja, é o nosso pensamento de hoje tentando

alcançar o modo de pensar e de viver de outros tempos e povos. O conhecimento histórico é dinâmico:

modifica- se, reestrutura- se, a partir de novas descobertas, do aparecimento de novos documentos e

até mesmo de novas formas de ler documentos já conhecidos.

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Por isso, qualquer profissão que nós viermos a escolher é fundamental que se conheça a

realidade econômica, social e política do país. Assim seremos cidadãos conscientes e capazes de

mudar a nossa Pátria para melhor.

Não pretendemos formar um cidadão apenas com boa oratória e com maior bagagem intelectual,

aumentado sua cultura geral, mas sim, formar um aluno com capacidade dirigente e técnica com

formação científica e histórico- crítica, que lhe possibilite cada vez mais neste mundo dinâmico,

competitivo e processo de constante transformação.

Dessa forma, estaremos contribuindo plenamente para o desenvolvimento integral do educando,

por uma prática educativa, contextualizada e conscientizadora, problematizadora e crítica, dialógica e

participativa.

Para que o estudo da história se torne significativa para o aluno, faz- se necessária a

contextualização dos conteúdos, ou seja, é imprescindível motivar o aluno a estabelecer relações da

história do passado com a do presente, para que ele possa construir sua visão de mundo à luz de

experiências concretas, fruto de suas relações em sociedade, sentindo- se, desta forma, com o sujeito

atuante e transformador do processo histórico.

OBJETIVO GERAL

Possibilitar ao aluno conhecimento para compreender o conjunto das transformações realizadas

pelas ações humanas, seja o modo como homens e mulheres em suas relações sociais produziram e

transformaram sua existência, mediadora da prática social, ou seja, das relações sociais diversas

construídas no cotidiano do viver em sociedade. Vai dar base de sustentação teórica para o indivíduo

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compreender sua realidade social , proporcionando consciência de sua real importância no contexto

histórico percebendo- se como cidadão transformador da história,que não é único , valorizando e

respeitando valores e práticas das várias etnias.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das

diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua

produção;

- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, à partir das categorias e

procedimentos próprios do discurso historiográfico;

- Relativizar as diversas concepções de tempo digo, e as diversas formas de periodização do tempo

cronológico, reconhecendo- as como construções culturais e históricas;

- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, à partir de reconhecimento do papel do

indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos;

- Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos diversos “lugares

de memória” socialmente instituídos;

- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos a duração e nas relações de sucessão e/ou de

simultaneidade;

- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as

tecnologia e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação;

- Posicionar- se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado,

estabelecendo relações entre permanências e transformações no processo histórico.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A integração da história com as demais disciplinas permite sedimentar e aprofundar temas

estudados no ensino fundamental, redimensionando aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do

indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a compreensão das relações do

indivíduo – sujeito da história.

Se o objetivo do ensino da história no ensino médio é conduzir o aluno a compreender fatos

passados e relacioná- los ao presente, a adequação metodológica deverá acontecer tomando a

realidade do aluno nesse sentido de conquistar a compreensão permitindo assim ao aluno apoderar- se

da pluralidade das memórias, proporcionando- lhe a sua compreensão e do conflito que se produz.

A história nessa perspectiva dá para os jovens do Ensino Médio condições de ampliar conceitos

introduzidos nas séries anteriores do ensino fundamental, contribuindo para a construção dos laços de

identidade e consolidar a formação da cidadania.

O ensino da história pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade ao

incorporar a reflexão sobre o indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas

afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de, compromisso com classes, grupos sociais,

cultura, valores e gerações do passado e do futuro.

A contribuição mais substantiva da história para melhor compreensão da sociedade

contemporânea e de nela o jovem se situar reside, assim, e mais efetivamente, na possibilidade de

desenvolver capacidades e apreensão do tempo em sua totalidade.

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Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para as novas gerações, considerando-

se que a sociedade atual vive um presente contínuo que tende a esquecer e anular a importância das

relações que o presente mantêm com o passado. Nos dias atuais a cultura capitalista impregnada de

dogmas consumistas fornece uma valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma

ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e com explicações simplificadas que

as reduzem aos acontecimentos imediatos.

Os objetivos que deverão ser atingidos no ensino médio devem ajudar a construir a identidade

social e individual identificando o jovem com as gerações passadas e reconhecendo- se como sujeito e

produto histórico, sendo capaz de redimensionar o presente em processo contínuo, e nas relações que

mantêm com o passado e ainda ser capaz de identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no

processo histórico.

Utilizar- se da metodologia no sentido de desenvolver o senso crítico rompendo com o valor do

saber enciclopédico socializando a produção da ciência histórica, passando de reprodução do

conhecimento à compreensão das formas de como este se produz, formando um homem político capaz

de compreender a estrutura do mundo da produção.

Deve- se buscar a recuperação da dinâmica própria das sociedades no tempo evitando trabalhar

com base em etapas ou apenas no presente. Tendo como fundamento que, ensinar história é

selecionar conteúdos, dividi- los e programá- los de maneira que acrescente algo nos educandos

contemplando a formação necessária à ser ensinada no Ensino Médio.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

No Ensino médio os conteúdos estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações

culturais devem organizar a investigação do conhecimento histórico, priorizando os recortes

específicos e mais aprofundados que no Ensino Fundamental, com o objetivo de uma melhor

compreensão das ações humanas, discorrendo acerca de problemas contemporâneos, e das temáticas

História e Cultura Afro- Brasileira e História do Paraná.

Os conteúdos específicos da disciplina de História serão elencados levando- se em consideração

os conteúdos estruturantes:

Relações De Trabalho

Relações De Poder

Relações De Cultura

1ºano

Introdução ao estudo da história

A História como ciência

As ciências auxiliares da História

Divisão da História

Tempo Histórico

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O profissional da História

Pré – História

Origem e evolução do homem

A Pré-História e suas divisões

Arte, ciência e religião na Pré-História

A Pré-História brasileira

Civilizações da Antigüidade

Civilizações antigas: ontem e hoje

História da África

Os povos da Mesopotâmia

Civilização Egípcia

O povo hebreu

Os fenícios

Civilização Grega

Antes dos gregos: civilização egéia

Primórdios da civilização grega

Esparta e Atenas

Guerras Médicas

Imperalismo grego

A cultura grega: legado grego

Civilização Romana

Primórdios da civilização romana

Imperalismo romano

Cultura romana

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Os irmãos Graco

Os triunviratos

O império romano

Decadência de Roma

A Idade Média

Conceitos e divisões

Invasões bárbaras

Estrutura da sociedade feudal

2ºano

A Alta Idade Média

O Islamismo

Expansão muçulmana

Cultura Árabe

Império Bizantino

A Baixa Idade Média

As cruzadas

Renascimento comercial e urbano

Cultura Medieval

A igreja Medieval

A educação, ciência, filosofia, na Idade Média

Renascimento Cultural

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Novos valores: Humanismo

Renascimento Científico

Mercantilismo e expansão marítima

Busca de novas terras

Primeiras expedições

Sistema de colonização: primeiros contatos

Colonização portuguesa e espanhola

Reforma Religiosa

Revisão dos valores

Reforma Protestante: Calvismo, Luteranismo, Anglicanismo

Contra – reforma

Brasil Colonial

Povos indígenas brasileiros

Primeiros 30 anos do Brasil

Administração portuguesa no Brasil

Economia açucareira – escravidão

Invasões estrangeiras

Expansão territorial

A época do ouro

As primeiras rebeliões da colônia

♦ O Iluminismo

Origens das idéias iluministas

O iluminismo e a economia

• Revolução Industrial

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Início da mecanização

O sistema de trabalho

O mundo urbano industrial

• Independências dos Estados Unidos

Colônias do norte e do sul

Relações entre colônias e metrópole

O processo de independência

• Revolução Francesa

França antes da Revolução

Início da revolução

Queda da Bastilha

Os direitos humanos

Fases da revolução

Período Napoleônico

• Independência da América Ibérica

Crise do sistema colonial

Independência do México, Antilhas, América do Sul

Independência do Brasil: - família real no Brasil; - fim do monopólio colonial; - a caminho da autonomia

política; - revolução do Porto; - conflitos internos

• Primeiro Reinado

Definição do Estado – reconhecimento externo

Confederação do equador

Dificuldades econômicas283

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Abolicação de D. Pedro I

• Regências e Revoltas

Disputas políticas e reformas

Relação entre estado e sociedade

A Cabanagem

A Balaiada

A Sabinada

Os Farrapos

O Golpe da Maioridade

• Segundo Reinado

Liberais e Conservadores

Revolução Praieira

Economia

Produção Cafeeira

Expansão para Oeste paulista

Transição para o trabalho livre: imigração

Guerra do Paraguai

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3ºano

• Transição do Império para a República

Questão abolicionista

Questão religiosa

Questão militar

Movimento Republicano e a Proclamação da República

• Expansão e Mudança do Capitalismo

Ideologia do “progresso”

Industrialização do planeta

Consciência de classe – Marxismo

Comuna de Paris

• Pensamentos do século XIX

Socialismo

Anarquismo

Imperialismo – Partilha da Ásia – Partilha da África

Nacionalismo

Unificação alemã

Unificação italiana

Democracia

• República Velha no Brasil

Militares no poder

República Oligárquica

Política dos governadores285

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O café – com – leite

Coronelismo

Canudos e Contestado

Revolta da Vacina

Convênio de Taubaté

Café a industrialização

Diversificação econômica

• Primeira Guerra Mundial

Antecedentes

Política das alianças

Fases da guerra

Tratado de Versalhes

• Revolução Russa

Acontecimentos de 1905

Revolução de 1917

Governo de Lenin

Stalin

• Período entre guerras

Crise de 1929

New deal

• Regimes totalitários

Fundamentos nazifascitas

Alemanha e Itália286

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Espanha e Portugal

• Segunda Guerra Mundial

Contexto europeu na década de 1930

Desenrolar da guerra

Desfecho da guerra

Holocausto e Hiroshima e Nagasaki

Formação do Estado de Isarel

• Período Vargas

Contexto político, social e econômico do final da década de 1920

Revolução de 1930

Primeira fase do governo de Vargas

Estado Novo – experiência totalitária

Política trabalhista de Vargas

• Guerra Fria

Dois blocos econômicos e as estratégias de dominação

Plano Marshall e macarthismo

Guerras e revoluções no contexto da Guerra Fria

• Período democrático no Brasil

O fim do estado novo

Governo Dutra e Vargas

De JK a Jango

• Governo Militar no Brasil

No tempo dos AI’s

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A sociedade civil contra o militarismo

Movimentos sindicais

Cultura nesse período

• Fim da Guerra Fria e Nova Ordem

Fim do bloco soviético

Reunificação da Alemanha

Globalização – o impacto da tecnologia

• Brasil atual

Governo Sarney

Assembléia Nacional Constituinte

Collor

Política Neoliberal

Itamar Franco

Fernando Henrique Cardoso

Lula

Movimentos sociais brasileiros

• A tecnologia e suas influências

O poder da mídia

A arte com a tecnologia

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AVALIAÇÃO

Será diagnóstica formativa e somativa. Esta será verificada, por atividades

realizadas em folhas, que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de

uma narrativa histórica; atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de idéias e

conceitos históricos; Atividades que revelem se o educando apropriou a capacidade de leituras de

documentos com linguagem contemporâneas, como cinema, fotografias, quadrinhos, musicas e

televisão, relativos ao conhecimento histórico atividades serão atribuídos conceitos e no final do

bimestre se converterão em nota,também serão feitas provas com questões de vestibulares e do

ENEM, bem como seminários..

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTTENCOURT, Cierce O saber Histórico na sala de aula. (org).10 ed – São Paulo: Contexto,

2005.

CHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História São Paulo:

Scipione,2004.

MOTA, Lúcio Tadeu, 1953- A Guerra dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924). As

cidades e os povos indígenas: mitologias e visões/ Lúcio Tadeu Mota, organizador –

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino de História na Educação Básica.________,

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História – Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação.2009

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10.1.8 LÍNGUA PORTUGUESA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O ensino de Língua Portuguesa sempre preocupou os professores e os estudiosos da

educação. Essas reflexões foram ampliadas, especialmente a partir da década de 80, por uma série

de pesquisas nas áreas da Psicologia e da Lingüística e contribuíram para o surgimento de

propostas pedagógicas que buscam instalar, na sala de aula, a reflexão e a construção do

conhecimento em substituição a repetição e memorização de conteúdos. Nesse aspecto, a

aprendizagem é fruto da interação entre aluno e professor, assim como aluno- aluno.

Ensinar a Língua Portuguesa é muito mais do que ensinar um código e suas regras, pois é preciso

entender a linguagem como um conhecimento resultante da interação social e, como tal, composta

de diversos discursos. Para tanto, deve-se centralizar o Ensino de Língua Portuguesa em três eixos

fundamentais: o domínio da expressão oral, escrita e da leitura eficaz, entendendo a linguagem

como modo de inserção social e histórico do indivíduo e não exclusão, necessitando, portanto, de

reflexão, interação e trabalho coletivo.

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, no Ensino Médio, deve pressupor

antes uma visão sobre o que é a linguagem verbal. Ela se caracteriza como construção humana e

histórica de um sistema lingüístico e comunicativo em determinados contextos. Assim, homem, seus

sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.

As expressões humanas incorporando todas as linguagens, mas, para efeito didático, a

linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua materna, ela é

prioritária como instrumento de trabalho. Para trabalhar a Língua Portuguesa é necessário, então,

criar situações significativas para a prática da linguagem, concretizadas no exercício de oralidade,

leitura e escrita.

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Aprender a ler e escrever significa, necessariamente, estar praticando a oralidade, porque

aquilo que os alunos dizem são textos, construídos com coerência e coesão, obviamente distintos da

escrita. Ao contar suas histórias, justificar suas escolhas e argumentar, os alunos estarão refletindo

sobre o que e como dizer, realizando um processo de elaboração do pensamento e da linguagem.

Pensar a linguagem como fruto da interação, significa, também, considerar que não

produzimos palavras e frases soltas, sem sentido. O que produzimos, efetivamente, em situações de

interação, são textos com alguma finalidade e dirigimos a um interlocutor determinado. Para ser

compreendido pelo outro, o texto precisa ser claro, ou seja, precisa ter coerência e coesão. Além

disso, é necessário que esteja adequado à sua situação de produção e que veicule alguma nova

informação. Todas essas características textuais devem ser estudadas, constituindo conteúdos

essenciais da disciplina de Língua Portuguesa.

Quanto à leitura, é importante considerar que o leitor atribui sentidos ao texto, utilizando o que

já conhece e lançando hipóteses a respeito do que vai ler, num processo ativo e reflexivo. Nesse

processo, ao interpretar os textos que lê, o leitor leva em conta, além do texto em si, fatores extra-

lingüísticos. Em outras palavras, a escola precisa aprender a considerar as diferentes interpretações,

pois mesmo, que haja marcas no próprio texto e que elas apontem para determinadas

possibilidades, não são absolutas na constituição do significado. Assim, o professor munido de seu

bom senso de observador e leitor poderá definir se a interpretação realizada pelo aluno é ou não

procedente.

Em relação à prática de produção de textos, é preciso desfazer a idéia, muitas vezes

presente, de que se ensinarmos a ler estaremos automaticamente ensinando a escrever. Assim

como se aprende a ler lendo textos significativos, só será possível aprender a escrevê- los,

escrevendo- os. E não se trata de escrever apenas para o professor corrigir. É preciso criar espaços

em que alunos, leitores reais interajam com textos escritos, produzido por alunos, autores com

diferentes objetivos: informar, emocionar, divertir, registrar sensações eternizar histórias vividas ou

inventadas. E mais que isso garantir a produção escrita como forma de interação social.

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OBJETIVO GERAL:

• Desenvolver a capacidade de leitura e interpretação de textos diversos, percebendo a

presença de interlocutores e suas intenções, relacionando os tempos presente, passando e futuro e

observando como esse fazer reflete, diretor ou indiretamente no fazer e no pensamento atual.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Capacitar o aluno para interagir no mundo, a partir dos conhecimentos linguísticos,

fazendo a leitura de mundo necessária aos múltiplos momentos que se apresentarem

proporcionando a este aluno a capacidade de leitura, compreensão e produção/interpretação de

textos nas diversas áreas de conhecimento.

• Desenvolver a capacidade de perceber a flexibilidade da língua, ou seja, reconhecer as

diversas possibilidades que a língua oferece, isto é, observar do uso adequado dos elementos

linguísticos.

• Desenvolver a capacidade de emitir opinião, desenvolvendo o senso crítico e reflexivo.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

DOMINIO DA LÍNGUA ORAL : Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,

acontecimentos ,eventos,textos lidos - literários ou informativos, programa de TV, filmes, entrevistas,

etc.);

Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas,

etc.);

Criação ( histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.);

a) No que se refere às atividades da fala:

clareza na exposição de idéias;

seqüência na exposição de idéias;

objetividades na exposição de idéias;

consistência argumentativa na exposição de idéias,

adequação vocabular.

b) No que se refere à fala do outro:

reconhecer as interações e objetivos;

julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da

clareza e consistência argumentativa.

c) No que se refere ao domínio da norma padrão:

concordância verbal e nominal;

regência verbal e nominal;

conjugação verbal;

emprego de pronomes, advérbios, conjunções.

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DOMINIO DA LEITURA: prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos; textos

da cultura afro.

a) No que se refere à interpretação:

identificar as idéias básicas apresentadas no texto,

reconhecer no texto as suas especificidades (texto narrativo ou informativo),

identificar o processo e o contexto de produção,

confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas,

atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;

proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo tema em linguagens

diferentes; o mesmo tema tratado em época diferentes, ou sob perspectivas diferentes.

a) No que se refere à análise de textos lidos:

avaliar o nível argumentativo;

avaliar o texto na perspectiva da unidade temática.

avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).

c) No que se refere à mecânica da leitura:

ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os

sinais de pontuação.

DOMÍNIO DA ESCRITA

a) No que se refere à produção de textos:

produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e dissertativos.

b) No que se refere ao conteúdo:

clareza;

coerência.

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c) No que se refere à estrutura:

processo de coordenação e subordinação na construção das orações;

uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes,etc.);

organização de parágrafos;

pontuação;

d) No que se refere à expressão:

adequação a norma padrão ( concordância verbal e nominal);

e) No que se refere à organização gráfica dos textos:

ortografia;

acentuação.

recursos gráficos- visuais (margem, titulo, etc.).

f) No que se refere aos aspectos da gramática tradicional:

reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos e conectividade seqüencial

e a estruturação temática;

refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,

objeto indireto e predicativo;

reconhecer as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e

especificadores;

a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;

a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;

o sintagma verbal nominal e sua flexão;

a complementação verbal - verbos transitivos e intransitivos;

as sentenças simples e complexas;

a adjunção;

a coordenação e a subordinação;

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LITERATURA : O professor deve ser contínuo leitor, ser capaz de selecionar os textos a serem

trabalhados, estimular associações entre um ponto e outro da leitura, estabelecendo conexões. Ler

um texto, neste sentido, é como escrevê- lo no momento da leitura.

É preciso enfatizar o contexto histórico da obra, estudando o autor e outras obras, além de formar

uma ligação com outros assuntos, textos, livros, filmes e produções correlatos, encadeando idéias.

A literatura deve ter relação com arte, biologia, religião, antropologia, história, psicanálise e outros.

Sugere- -se um tempo para a leitura em sala de aula, e o planejamento dos conteúdos a serem

trabalhados deverá ser feito em conjunto entre professor e alunos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como Prática Social – Leitura e Produção de Texto

Conteúdos Específicos

• Leitura e Produção de Textos: Identificação do tema; Identificação dos

Argumentos; Interpretação de Texto.

• Variedades Lingüísticas – Revisão

• Intencionalidade do Texto

• Elementos extralingüísticos: Entonação, Pausas, Gestos, Etc.

• Adequação de Gênero

• Argumentação

• Particularidades do Texto em Registro Formal e Informal

• Diálogo da Leitura com outras áreas

• Discurso Direto, Indireto e Indireto – Livre

• Termos Essenciais da Oração – Sujeito e Predicado

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• Termos Integrantes da Oração – Objetos e Complementos

• Termos Acessórios das Orações – Adjuntos, Aposto, Vocativo

• Regência Verbal e Nominal

• Concordância Verbal e Nominal

Literatura – Discurso como Prática Social

Conteúdos Específicos:

• Romantismo

• Realismo/Naturalismo

• Simbolismo

• Parnasianismo

• Literatura e Produção de Textos

• Classes de Palavras – Retomada

• Verbos – Retomada

• Regência Verbal e Nominal

• Concordância Verbal e Nominal

• Sintaxe: Orações Coordenadas; Orações Subordinadas,

• Particularidades de Grafia de Algumas Palavras

Literatura:

• Pré-Modernismo

• Modernismo

• Pós-Modernismo

• Contemporâneo

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AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, diagnóstica, cumulativa em função dos objetivos. Será observado o

desempenho na realização dos exercícios, criatividade, imaginação, forma de expressão oral e

escrita, exposição de idéias com clareza e participação e principalmente com repertório lexal

argumentativa de uma fala.

A avaliação deverá levar o aluno a pensar, refletir, entender e analisar a realidade que o

cerca, portanto deverão ser aplicadas diversas formas avaliativas que proporcionem ao educando

decodificar seu próprio desenvolvimento.

Valorizar as participações em apresentações orais como seminários, dramatizações, teatros,

debates e outros.

Avaliar a compreensão de livros literários, fragmentos, vídeos, poesias, através de sínteses,

resumos, exercícios de interpretação, resenhas críticas etc.

Também acontecerá através de trabalhos em sala de aula, em grupo ou individualmente.

Pesquisar sobre obras de autores, avaliar através de testes e provas escritas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do ensino fundamental para as

escolas brasileiras. 2. Ed. Campinas, SP: Autores Associados. Fundação Carlos

Chagas, 2000. (coleção formação de professores)

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.

Orientações Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba SEED/DEF, 2008.

SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

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10.1.9 MATEMÁTICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A matemática surgiu da relação dos homens com o mundo e a sociedade em que vivem. Ela

existe desde os primórdios da humanidade a partir das próprias necessidades de sobrevivência do

homem, que o levaram a contar, quantificar, realizar trocas, efetuar medições, construir e criar.

Ao longo da história o ser humano produziu e desenvolveu leis , conceitos e teorias a partir de

aplicações matemáticas, levando á construção de uma ciência universal, que podemos hoje aceitar

como um patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Esta ciência possibilita ao homem conhecer a realidade que a cerca e resolver problemas

cotidianos, em busca de sanar suas necessidades fisiológicas e sociais. Fornecendo instrumentos

necessários para a intervenção e transformações nas relações de trabalho,com a própria natureza,

políticas, econômicas e sociais.

A matemática está presente na vida das pessoas onde é necessário quantificar, contar,

calcular, localizar um objeto no espaço, ler e interpretar dados,relatórios, gráficos, tabelas e mapas

ou fazer previsões. Enfim, da música à informática, do comércio à metereologia, da medicina à

cartografia, das engenharias às comunicações, faz- se necessária e presente a matemática,

codificando, ordenando, quantificando, interpretando dados , taxas, dosagens, coordenadas,

tensões, escalas, freqüências e outras variáveis que possam aparecer.

As formas de pensar desta ciência possibilitam ir além da descrição da realidade e da

elaboração de modelos. Ela não trata de verdades imutáveis, mas é dinâmica,sempre aberta a

incorporação de novos conhecimentos e às mudanças que ocorrem no mundo.

O conhecimento matemático é essencial para novas conquistas e descobertas no campo da

ciência e tecnologia. Cumpre ainda o papel primordial no desenvolvimento do potencial da

capacidade de abstração e raciocínio lógico do ser humano. Tornando- se mais hábil na resolução

de problemas cotidianos pessoais e sociais e mais seguro na formulação de críticas e proposição de

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mudanças.

O conhecimento matemático auxilia na formação do senso crítico, pois fornece subsídios para

efetuar uma análise mais apurada dos acontecimentos e da realidade. Demonstrando através de

dados e cálculos (exatos) se determinadas idéias ou hipóteses são corretas, verdadeiras e

confiáveis, e favorecendo assim, uma atuação mais consciente na sociedade.

O estudo da matemática ,bem como o seu ensino na escola está fundamentado na sua

importância historicamente comprovada em proporcionar ao indivíduo conhecimentos que o tornem

capaz de compreender, adaptar- se e integrar- se ao meio em que vive, bem como de questionar,

criticar e realizar mudanças nesse meio, a fim de atender suas necessidades e de outros. Tendo em

vista a formação de cidadãos capazes de atuar no mundo que o cerca de maneira consciente,

criativa e participativa, aproximando as diferentes realidades sociais e promovendo melhoras nesse

mundo.

OBJETIVOS GERAIS

**** Fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e

atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do

cidadão, isto é, do homem público.

**** Fazer com que o educando compreende e se apropria da própria Matemática concebida como

um conjunto de resultados, métodos e procedimentos algoritmos.

**** Transpor para prática docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao

educando ser um conhecedor desse objeto.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Resolver problemas práticos de aplicação dos conceitos e gráficos de funções;

• Reconhecer, determinar e operar com a expressão do termo geral das progressões

aritméticas e geométricas, bem como a resolução de problemas;

• Determinar as razões trigonométricas em triângulos retângulos, aplicando- as na resolução

de problemas;

• Definir e graduar a circunferência trigonométrica em graus e radianos, compreendendo que

as razões trigonométricas podem ser estendidas como funções;

• Obter conceito de matriz, sua notação e tipos e operar com matrizes;

• Definir e calcular determinantes aplicando o Teorema de Laplace e a regra de Sarrus para

resolvê-los;

• Reconhecer, classificar e resolver sistemas lineares;

• Resolver problemas de contagem, usando o Princípio fundamental de contagem;

• Operar com fatoriais, resolvendo equações que os envolvam;

• Definir permutações simples, arranjos e combinações simples, aplicando na resolução de

problemas;

• Resolver expressões envolvendo números binomiais;

• Desenvolver binômio de Newton e determinando o seu termo geral;

• Calcular a probabilidade de ocorrência de eventos;

• Estabelecer posições relativas entre entes geométricos, identificando elementos

importantes;

• Calcular ares e volumes dos sólidos geométricos, aplicando-os na resolução de problemas;

• Resolver em geometria Analítica problemas geométricos com recursos algébricos;

• Ampliar os conjuntos numéricos, operando com números complexos;

• Reconhecer e classificar polinômios;

• Efetuar operações com polinômios;

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• Estabelecer relações entre coeficientes e restos em divisões de polinômios;

• Estabelecer condições de identidades polinomiais;

• Identificar as raízes de um polinômio, empregando as relações de Girard.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / ESPECIFÍCOS

1a Série

Conteúdos Estruturantes

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas;

• Geometrias;

• Funções;

• Tratamento da informação.

Conteúdos Específicos

• Noção de Função;

• Funções Elementares: Função Afim, Quadrática;

• Exponencial e logaritmo;

• Trigonometria no triângulo retângulo;

• Trigonometria na circunferência;

• Seqüências numéricas: P.A. e P.G.

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2a Série

Conteúdos Estruturantes

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas;

• Geometrias;

• Funções;

• Tratamento da informação.

Conteúdos Específicos

• Trigonometria do triângulo qualquer e da Primeira volta;

• Funções Trigonométricas;

• Matrizes;

• Determinantes;

• Sistemas Lineares;

• Contagem;

• Binômio de Newton;

• Probabilidade.

3a Série

Conteúdos Estruturantes

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas;

• Geometrias;

• Funções; e

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• Tratamento da informação.

Conteúdos Específicos

• Geometria Plana: Reações métricas fundamentais (triângulo retângulo e polígonos

regulares inscritos na circunferência). Área das principais figuras planas;

• Geometria Espacial de Posição: Principais axiomas e propriedades.

Geométrica Espacial Métrica: Poliedros, Prismas, Pirâmides e Corpos Redondos (área e volume);

• Geometria Analítica: Distância entre dois pontos; estudo da reta e da

circunferência (representações no plano cartesiano, equações e posições relativas);

• Números Complexos: Forma Algébrica e Trigonométrica;

• Polinômios: Operações Polinomiais.

. Identidade de Polinômios. Equações Algébricas;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A aprendizagem da matemática busca a construção de conhecimentos úteis ao homem e à

sociedade, desencadeando a ação reflexiva, raciocínio – lógico, a capacidade comunicativa de criar

e expressar idéias próprias sabendo respeitar e criticar as idéias alheias e a capacidade de viver e

participar ativamente na sociedade.

O ensino da matemática não pode ser uma transmissão de conhecimentos estanques, já

construídos, como um produto acabado. Mas deve ser a construção de conhecimentos que visam

solucionar problemas do nosso cotidiano e da sociedade que nos cerca. Implica na proposição de

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metodologias que tornem possível a compreensão do significado dos conceitos e o estabelecimento

de relações entre estes com experiências já vivenciadas pelo aluno, bem como a construção de

novos conhecimentos que o possibilitem ampliar e modificar suas experiências de vida.

O aluno é um indivíduo em desenvolvimento, com características próprias, dons, habilidades,

anseios sentimentos e necessidades diferentes, com alguns conhecimentos já construídos, face às

suas experiências, cultura e costumes do meio onde vive. Essas características devem ser

respeitadas e aproveitadas para estabelecer relações e servirem de ponto de partida para a

construção de novos conhecimentos, mais elaborados e construídos cientificamente.

Segundo a tendência histórico- crítica, o aluno aprende significativamente matemática quando

atribui sentido e significado à mesma, podendo discutir, justificar e estabelecer relações sobre as

idéias matemáticas.

O ensino da matemática, não deve porém reter- se ao cotidiano, mas partir e caminhar na

busca do caráter científico da disciplina. Faz- se necessário favorecer a apropriação de

conhecimentos que vão além dos adquiridos pela vivência ou observação da realidade. Ou seja, sair

do senso comum e buscar o conhecimento cientificamente construído.

A Educação Matemática deve possibilitar ao estudante, realizar análises, discussões,

conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. A partir do conhecimento matemático,

o estudante deve adquirir condições de criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

O professor deve conhecer o aluno, para que possa adequar os métodos e procedimentos de

ensino à sua realidade e facilitar o processo de aprendizagem e construção do conhecimento.

Levando o aluno à compreensão da realidade que o cerca e à aquisição de condições de interferir

nessa realidade.

O professor desempenha papel mediador entre o aluno e o conhecimento e favorece o

alcance do conhecimento já construído. Tomando como ponto de partida as experiências

vivenciadas e os conhecimentos já adquiridos pelo aluno, incentiva a apropriação de novos

conhecimentos. Utilizando- se de métodos adequados relaciona a teoria à prática, criando uma

ponte entre o conhecimento acadêmico e o cotidiano do aluno, onde a teoria torna- se “real” para o

aluno, assumindo significado e tomando ligar na sua prática diária. A partir dessa relação leva o

aluno a pensar além da sua realidade e oferece condições para a apropriação de novos

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conhecimentos. Conhecimentos estes que possibilitarão ao estudante ampliar sua capacidade de

observar, analisar, criticar e pensar em transformações e ações de cunho econômico, político e

social, capazes de interferir nos problemas da sociedade.

A maneira como o professor ensina matemática sofre influência da concepção que possui da

matemática em si, do processo ensino-aprendizagem, da sua visão de mundo, sua escala de valores

e de como ele vê a relação professor- aluno. Pode- se afirmar que a maneira como o professor

ensina matemática, depende da sociedade vigente e valores que a regem numa determinada

época. Portanto, sofreu influência dos vários modelos e tendências metodológicas ao longo da

história: desde a chamada Matemática Clássica, caracterizada pelo modelo euclidiano, com o ensino

expositivo centrado no professor; passando pela Matemática Moderna, com seus desdobramentos

lógico – estruturais; pela tendência tecnicista, com ênfase nas tecnologias de ensino fundamentados

no Behaviorismo; passando ainda pelo Construtivismo, a partir das idéias genéticas de Piaget; pela

tendência sócio- cultural apoiada em Paulo Freire, onde o conhecimento matemático tem suas bases

nas práticas sociais; até o aparecimento da tendência histórico- crítica que considera a matemática

como um saber vivo, dinâmico , construído historicamente, segundo o qual o aluno aprende

matemática quando atribui sentido a ela; e ainda a tendência sócio – interacionista de Vygotsky

,fundamentada na maneira como o conhecimento matemático é produzido e aceito por uma

comunidade científica ou cultural.

Diante das diversas tendências e métodos surgidos ou adotados ao longo da história é

impossível eleger uma única tendência, ou um método, considerando o perfeito e infalível, que

atenda a todas as situações que possam surgir no processo de ensino- aprendizagem.

Por mais que o professor adote determinados métodos e práticas de ensino, deve estar atento

às diferenças individuais dos alunos ou da classe e exercer uma já esperada flexibilidade, podendo

variar seus procedimentos visando melhores resultados.

A diversidade de métodos e estratégias de ensino permite atender aos diferentes aspectos e

natureza dos conteúdos trabalhados e às diferentes expectativas dos alunos. Portanto, o professor

deve compreender a natureza dos métodos e ser flexível ao utilizá- los.

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O exercício da prática docente encontra apoio em diferentes tendências metodológicas,

dentre as quais podemos eleger algumas que , segundo Beatriz D’Ambrósio (1989), procuram alterar

as maneiras pelas quais se ensina matemática; Resolução de Problemas, a Modelagem

Matemática, o uso de Mídias e Tecnologias, a Etnomatemática e a História da Matemática.

A construção do conhecimento matemático deve advir de uma visão histórica, em que os

conceitos foram construídos ao longo do processo de formação do pensamento humano, sofrendo

influências das idéias, das tecnologias e das diferentes visões de mundo ao longo do tempo.

A ação docente do professor de matemática deve estar fundada numa ação reflexiva,

concebendo a Ciência Matemática como uma atividade humana e em construção.

AVALIAÇÃO

A avaliação é o instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se

efetivando o processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, deve contemplar diferentes fases desse

processo e estar adequada à metodologia utilizada.

Sua utilização possibilita verificar a apropriação dos conteúdos pelo aluno, bem como rever a

sua maneira de estudar e os métodos e estratégias utilizadas pelo professor. Constitui- se

instrumento capaz de demonstrar se houve e em que momento ocorreram falhas no processo de

ensino– aprendizagem, dando subsídios necessários para intervenções.

O processo de construção do conhecimento deve ser observado ao longo da ”vida“ escolar.

Assim, a avaliação deve ser diagnóstica, mas também contínua. Os erros ou falhas observados

devem ser tratados e servem como indicativos de novas possibilidades e novos caminhos para

estudar e ensinar. Ou seja,a avaliação será a prática e o instrumento utilizado a fim de promover

melhorias no processo educacional. Podemos então chamá- la de avaliação formativa.

A avaliação não é um instrumento de aprovação e reprovação, mas sim um processo

necessário para medir o potencial matemático do aluno e fornecer dados para o professor intervir, a

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fim de melhorar ou ampliar esse potencial. Em busca desses dados é necessário observar, no aluno,

a sua capacidade de raciocinar logicamente, de resolver problemas relacionados com o cotidiano, de

expressar-se matematicamente, de formular e defender suas idéias próprias e entender as idéias

alheias, de produzir críticas conscientes, de ser participativo e criativo.

Para se avaliar tais aspectos, faz- se necessária à utilização de uma diversidade de

instrumentos avaliativos: trabalhos individuais e em grupo; provas, pesquisas, atividades orais

(exposições e seminários), manipulação de materiais (jornais, revistas, gráficos e outros), de

calculadoras, à utilização dos símbolos e da linguagem adequada para se expressar

matematicamente e a desenvoltura e facilidade de raciocínio lógico e crítico.

Os instrumentos utilizados devem facilitar a medição do processo ensino- aprendizagem,

possibilitando verificar em que medida o aluno atribui significado ao conhecimento que adquiriu e

consegue materializá- lo em situações que exigem raciocínio matemático.

A avaliação formativa seguindo as avaliações diagnóstica e contínua proporciona ao aluno,

diversas oportunidades de expressar-se e de aprofundar o seu conhecimento, revendo sua maneira

de estudar e, ao professor, rever e aperfeiçoar seus métodos e estratégias de ensino. Fornecendo

informações possibilidades para sanar ou minimizar as causas de insucesso e promover melhoras

no processo ensino – aprendizagem.

Se a aprendizagem não acontece, tem- se indícios de que o ensino não cumpriu sua

finalidade. Faz- se então necessária, além da revisão dos métodos e estratégias de ensino, criar a

oportunidade de se retomar a aprendizagem e, após sanadas as falhas, proceder- se a uma

reavaliação, a fim de observar se as intervenções e mudanças foram satisfatórias, surtindo os

resultados esperados. A esse processo pode- se atribuir o nome de recuperação.

A recuperação dos conteúdos não apropriados pelo aluno e dos objetivos não alcançados,

deve acontecer ao longo do processo ensino-aprendizagem, imediatamente à observação de sua

necessidade. Dando- se oportunidade para, além de corrigir as falhas no processo, promover a

continuidade na construção do conhecimento.

A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada e

pode ser considerada o elemento integrador entre o ensino e a aprendizagem. Promove informações

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sobre o que foi aprendido possibilitando a intervenção e orientação pedagógica para melhorar a

aprendizagem e facilitar a reflexão do professor, sobre a sua prática educativa, e a tomada de

consciência de progressos, dificuldades e possibilidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DCE Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

Curitiba2009

MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.

CASTRUCI, Benedito. Conquista da Matemática. São Paulo, FTD, 1992

BIGODE, Lopes J.A. Matemática Atual, São Paulo, Editora Atual, 1998

GIOVANNI, J.R. Matemática Pensar e Descobrir. São Paulo, FTD, 1996

BONGIOVANNI, Vicenzo. et alii. Matemática e Vida, São Paulo, Ática, 1995

DANTE, L.R. Tudo é Matemática, São Paulo, Ática, 2004

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10.1.10 QUIMICA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A concepção de química no ensino médio considera que o aluno deva exercer a sua

cidadania, à qual se refere à participação do indivíduo na participação comunitária, empregando

seus conhecimentos para o encaminhamento das soluções de problemas sociais que afetam o

cidadão.

Hoje em dia, muitos produtos e processos envolvem a química, com isso cria- se uma

dependência que vai desde a utilização diária de produtos químicos até as inúmeras influências no

desenvolvimento dos países, nos problemas relacionados à qualidade de vida das pessoas e

principalmente nos efeitos ambientais.

A química é o ramo da ciência que estuda as transformações da matéria, contudo, o

conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante mutação.

Como ciência da natureza, tem por objetivo o estudo das substâncias, da sua composição, suas

estruturas e propriedades. Apesar de ter nascido há cerca de 340 anos, a química estuda processos

que sempre existiram.

O homem talvez tenha observado estas transformações pela primeira vez, ao notar que o

fogo, resultado de algum acontecimento casual, transformava madeiras sólidas em cinzas

quebradiças. Muitas técnicas químicas foram descobertas ainda pelo homem primitivo como a salga

de alimentos, a fermentação, a fabricação de azulejos através da vitrificação de superfícies

cerâmicas e a produção de pigmentos e tintas. Ainda antes da era cristã, os egípcios já

manipulavam cosméticos e Cleópatra utilizava produtos químicos para pintar os olhos.

Aproximadamente em 400 a.C., Demócrito raciocinando sobre a natureza dos corpos, propôs

que toda matéria seria formada por partículas minúsculas chamadas de átomos. Já Aristóteles

defendia que a constituição do mundo baseava- se em cinco elementos: terra, água, ar, fogo e éter.

Por volta de 330 a.C., surgiram os alquimistas que buscavam a transmutação de metais em

ouro e o elixir da longa vida. Mesmo não atingindo seus objetivos, os alquimistas foram muito

importantes para o avanço da química, pois desenvolveram técnicas e equipamentos que foram

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aperfeiçoadas e até hoje são usadas.

Pode- se observar que a humanidade há milhares de anos interage com o conhecimento

químico por diferentes meios. Muitos mitos e lendas da antiguidade, hoje são facilmente explicados

através dos conhecimentos químicos. Estas histórias que permeiam a vida dos alunos são

importantes para o processo de ensino aprendizagem, pois através destas concepções do senso

comum, o professor pode inserir o conhecimento científico.

Sabe- se que os alunos têm certa dificuldade de abstrair este conhecimento; por isso as

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica, objetiva que o aprendizado de química

faça com que os alunos compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de

forma abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos as informações advindas da

tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões automaticamente, enquanto

indivíduos e cidadãos.

A função do ensino de química deve ser a de desenvolver a capacidade de pensar, investigar

e resolver problemas, contribuindo assim para o desenvolvimento do aluno como pessoa humana e

cidadão. Através da experimentação, ocorre a apropriação efetiva dos conceitos químicos devido ao

seu caráter investigativo, auxiliando o aluno na explicitação, problematização e construção de

significados claros e concretos para estes conceitos.

O conhecimento deve ser construído pelo aluno, lembrando que a química não é um conjunto

de conhecimentos isolados, prontos e acabados, o educando deve estar apto para fazer

associações com outros saberes, fazendo com que a construção de sua mente seja um processo

contínuo em constante mudança.

Diante da constante interação do homem com o seu meio, torna- se evidente que o indivíduo

que utilizar apenas do conhecimento técnico passa a interagir cada vez menos com a natureza dos

fatos, tornando- se individualista e alheio as questões sociais, políticas e econômicas.

É necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o

acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã.

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OBJETIVOS GERAIS

• Identificar, compreender e utilizar os conhecimentos adquiridos, relacionando- os às suas

aplicações e implicações no ambiente, na economia, na política e principalmente na vida dos

indivíduos.

• Com a experimentação o aluno possa absorver e dar significado os conceitos químicos,

completando as definições, possibilitando reflexão de situações no trabalho prático.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Aplicar conceitos químicos básicos para a construção e reconstrução do conhecimento

científico;

• Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas transformações em

linguagens discursivas e traduzi- las para outras formas de linguagem como: gráficos, tabelas, etc;

• Possibilitar que o estudo da Química obtenha interação com o estudo de energia e resulte

em trabalho interdisciplinar com as demais ciências.

• Identificar produtos naturais muito utilizados no cotidiano;

• Resgatar conceitos base de aplicações e benefícios da Química;

• Compreender os conceitos, códigos e símbolos próprios da química atual e as

transformações observadas no trabalho experimental;

• Desenvolver a capacidade de interpretar, argumentar, analisar dados, tirar conclusões,

avaliar e tomar decisões;

• Analisar a abundância e desperdícios de materiais primordiais da natureza;

• Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o

indivíduo se veja como agente de transformação;

• Aprimorar os conceitos e respeitos à periculosidade de manuseio de materiais.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar articulados à especificidade

regional de cada escola. Para a disciplina de química, são propostos os seguintes conteúdos

estruturantes:

• Matéria e sua natureza;

• Biogeoquímica

• Química sintética

Matéria e sua energia :É o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de química, por se tratar

da essência da matéria. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais

conteúdos estruturantes.

Biogeoquímica:Esse conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações existentes entre a

hidrosfera, litosfera e atmosfera. Promove a interação entre as disciplinas de Biologia,Geografia e

Química.

Química sintética:Este conteúdo estruturante foi consolidado a partir da apropriação da Química

na síntese de novos produtos e novos materiais, e permite o estudo que envolve os produtos

farmacêuticos e indústria alimentícia. Ressalta os avanços tecnológicos.

Os conteúdos específicos relacionados abaixo estão inseridos nos conteúdos estruturantes

citados:

1a Série:

• Reações químicas;

• Fenômenos físicos e químicos;

• Estrutura da matéria e substância;

• Estrutura atômica;

• Distribuição eletrônica;

• Tabela periódica;

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• Ligações químicas;

• Funções químicas inorgânicas e orgânicas;

• Estequiometria;

• Estudo dos gases.

2a Série:

• Misturas e métodos de separação;

• Soluções;

• Estado coloidal;

• Reações químicas;

• Termoquímica;

• Cinética química;

• Equilíbrio químico;

• Ligação metálica;

• Eletroquímica;

• Radioatividade

3a Série:

• Química do carbono;

• Funções oxigenadas;

• Polímeros;

• Funções nitrogenadas;

• Isomeria;

• Química na agricultura, medicamentos e indústria.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia visa propiciar condições para que o educando perceba o significado do

estudo da disciplina de Química, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura

científica e tecnológica oriundas desse processo. Métodos utilizados com o objetivo de sensibilizar o

aluno para um comprometimento com a vida no planeta, abordando assuntos relevantes ao

cotidiano, relacionando- os aos conteúdos teóricos propostos na disciplina. Utilizar- se de

equipamentos com vídeo, TV, computador, natureza, laboratório, etc, visando possibilitar a

interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre os alunos. A atividade prática

resultante em análise criteriosa e articulação entre a teoria e a prática, estabelecendo relações do

experimento e aspectos pertinentes em seu cotidiano, rompendo a distância os meios de

conhecimento.

Propor aos alunos leituras que os auxiliem na construção de pensamento científico crítico,

enriquecendo- os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas atuais, para em um

próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de grande importância.

AVALIAÇÃO

Com base, a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre e interações recíprocas, no

dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual; portanto, está sujeita a

alterações no seu desenvolvimento. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a

avaliação formativa e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do

professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola. Em

química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata- se de um

processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (MALDANER,

2003, p. 144).

Valoriza- se, assim, uma ação pedagógica includente dos conhecimentos anteriores dos

alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Por isso,

ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação

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que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos,

produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios

de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem ser

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Finalmente, é necessário que os

critérios e formas de avaliação fiquem bem claros também para os alunos, como direito de

apropriação efetiva de conhecimentos que contribuam para transformar a própria realidade, o

mundo em que vivem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

ALLINGER, Norman L. Química Orgânica: volume único; 2a edição; Editora LTD; Rio de Janeiro;

1976.

COVRE, Geraldo José. Química Total. Volume único; Editora FTD; São Paulo; 2001.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná

2009

PERUZZO, Tito Miragaia. Química; 2a Edição; Volume único; Editora Moderna; São Paulo, 2003.

RUSSEL, Jhon B. Química Geral; 2a Edição; Volume 2; Editora Makron Books; São Paulo; 1994.

SARDELLA , A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil; Editora Ática; 2004.

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10.1.11 SOCIOLOGIA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O objeto de estudo da sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações

que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das

conseqüências dessas relações para indivíduos e coletividade. O tratamento dos conteúdos

pertinentes à Sociologia fundamenta- se e sustenta- se em teorias originárias de diferentes tradições

sociológicas, cada uma delas com seu potencial explicativo - a ciência, dessa forma, pode ser

mobilizada para a conservação ou para a melhoria ou para degradação humana. A da Sociologia

como disciplina acadêmica e escolar não está desvinculada dos fundamentos teóricos e

metodológicos que a constituem como um campo científico mais abrangente. O conhecimento das

concepções de sociedade e educação dos teóricos clássicos como Émile Durkheim; Karl Marx; Max

Weber; Antonio Gramsci; Pierre Bourdieu; Florestan Fernandes é de importância central na

construção do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar, porque não só possibilita

ao professor refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como também possibilita ao aluno

de Ensino Médio ter acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica,

acerca da realidade social na qual está inserido.

A sociedade brasileira, com suas acentuadas desigualdades sociais, econômicas, políticas e

culturais permite questionar muito da Sociologia clássica e moderna a partir do resgate dos seus

conteúdos críticos. Categorias como coersão, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe

social, reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentam-se como

possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e estruturas de dominação

política e apropriação econômica que articulam as desigualdades e antagonismos que caracterizam

a realidade brasileira e sua inserção no mundo contemporâneo.

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OBJETIVO GERAL

• Contribuir para a ampliação do conhecimento dos educandos sobre sua própria condição de

vida e fundamentalmente para análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber

especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos problemas da vida social.

OBJETIVO ESPECÍFICO

*** Aprofundar a abordagem de assuntos pertinentes ao educando, promovendo uma visão crítica

e contextualizada da sociedade no momento contemporâneo.

*** Identificar conceitos básicos da Sociologia, assim como seu método de investigação, que lhes

servirão de instrumentos para mediar a análise de sua realidade social, para que possam melhor

entendê- la, explicá-la e consequentemente intervir na mesma.

*** Diferenciar o conhecimento sociológico do senso comum, buscando desvendar nas idéias pré-

concebidas os preconceitos que norteiam nossas relações sociais, tais como: preconceito racial,

de classe, de gênero.

*** Discutir a vida do ser humano em grupo e as regras e fundamento que norteiam essa

convivência.

*** Buscar a compreensão das estruturas sociais, do papel do indivíduo na sociedade e da dinâmica

social, visando a consciência das possibilidades de mudança.

*** Identificar as desigualdades sociais e discutir a participação política do indivíduo como forma de

superação das mesmas.

*** Discutir os sistemas de poder e os regimes políticos, as formas de estado e o conceito de

democracia e o papel dos movimentos sociais (passado e presente) dentro da dinâmica de uma

sociedade de classes.

*** Discutir o conceito de trabalho em nossa sociedade, apresentando os diferentes modos de

produção,; discutindo sua relação com o consumo e conceitos clássicos como: mercadoria,

capital, exploração e lucro.

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*** A partir da categoria trabalho, discutir os conceitos de desigualdades sociais; estratificação social;

classes sociais; desenvolvimento e pobreza. O papel da tecnologia e o emprego e desemprego em

nossa sociedade. O conceito de globalização vem para frisar a discussão sobre produção, consumo,

emprego e desigualdades mundiais, divisão entre países ricos e países pobres.

*** Compreender o conceito de cultura, discutindo a diversidade cultural, levando à valorização de

diversas manifestações culturais e ao reconhecimento da diversidade de etnias que formam nosso

país e à contribuição que deram para a formação de nosso arcabouço cultural.

*** Associar e identificar os diversos conceitos discutidos ao cotidiano do aluno, contribuindo para o

desenvolvimento da crítica à realidade e da capacidade de intervenção da mesma, através de

diversas formas de participação e do respeito à diversidade cultural, étnica

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos específicos para a disciplina de Sociologia serão elencados levando- se em

consideração os seguintes conteúdos estruturantes:

1ª Série: O surgimento da Sociologia , as Teorias sociológicas, O Processo De Socialização e as

Instituições Sociais.

2ª Série: Cultura e Indústria Cultural, Trabalho, Produção e Classes Sociais.

3ª Série: Poder, Politica e Ideologia, Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.

–O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

O que Sociologia;

Construção histórica das Ciências Sociais: Antigüidade Clássica; Idade Média; Renascença;

Iluminismo

Consolidação do Capitalismo;

Desenvolvimento do Pensamento socialização;

Teorias sociológicas Clássicas;

Augusto Comte e o Positivismo;

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Karl Marx e o Materialismo Histórico;

Émile Durkheim; Max Weber e a Sociologia Compreensiva;

Desenvolvimento da sociologia no Brasil;

-O Processo De Socialização e as Instituições Sociais

Senso Comum e Ciência;

Sociabilidade;

Socialização: conceito e tipos;

Contato Social: o que é; quais são;

Isolamento Social;

Processos sociais associativos;

Processos sociais dissociativos;

Instituições sociais: Familiares, Escolares, Religiosas;

– Cultura e Indústria Cultural:

Conceito de cultura;

Tipos de Cultura, nas diferentes sociedades

Diversidade cultural;

Identidade

Cultura e ideologia;

Conceito de Indústria Cultural (mundo e Brasil);

Meios de comunicação de massa,

Questões de gênero;

Sociedade de consumo;

Cultura Afro-brasileira e indígena

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– Trabalho, Produção e Classes Sociais

O que é trabalho;

Os modos de produção ao longo da história nas diferentes sociedades;

A divisão do trabalho e a dependência econômica

Desigualdades sociais: Estamentos, castas e classe social;

As mulheres e o trabalho

Desemprego

Trabalho e lazer – o elogio ao ócio;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil;

5– Poder, Política e Ideologia

O conceito de Estado

Desenvolvimento do Estado Moderno

Tipos de regime político;

O avanço da democracia liberal

Mudança política e social;

Estado no Brasil;

Conceito de Poder, Ideologia, Dominação e Legitimidade;

– Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

Direitos Civis, Políticos e Sociais

A globalização e os movimentos sociais

Movimentos nacionalistas

Como definir a religião

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A diversidade de religiões

Religião, secularização e transformação social;

Os novos movimentos religiosos;

Conceito de Cidadania;

Histórico: da cidadania da Antigüidade Clássica à Revolução Francesa;

Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão e Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Movimentos pró- cidadania no Brasil;

Cidadania e Inclusão Social e racial no Brasil: as cotas nas universidades públicas brasileiras;

Movimento estudantil;

MST e a questão agrária no Brasil;

Movimento Negro;

Movimento feminista no Brasil;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos de Sociologia serão propostos de forma a atentar especialmente para a proposição

de problematizações, contextualizações, investigações e analises,encaminhamentos que podem ser

realizados a partir de diversos recursos como:

Leitura de autores clássicos

Textos informativos (jornais, revistas e livros)

Exposições orais

Cartazes

Charges

Gravuras

Vídeos

Seminários

TV Pen-Drive

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No ensino de Sociologia pressupõe conceituar as principais teorias sociológicas em

conteúdos estruturantes, acima alienados através de aulas expositivas. Os conteúdos estruturantes

ramificam- se em conteúdos específicos, dentre os quais o professor pode atribuir alguns

momentos de estudo, como sensibilização, problematização e criação de conceitos através de

trabalhos em grupo. O ensino de qualquer tema pode começar pela exibição de filme ou imagem

leitura de um texto de audição de uma musica, além de pesquisa e de estudo de casso. Neste

sentido, é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem

adequar- se aos objetivos pretendidos.

Os conteúdos de Sociologia serão propostos de forma a atentar especialmente para a

proposição de problematizações, contextualizações, investigações e analises,encaminhamentos que

podem ser realizados a partir de diversos recursos como:

Leitura de autores clássicos

Textos informativos (jornais, revistas e livros)

Exposições orais

Cartazes

Charges

Gravuras

Vídeos

Seminários

TV Pen-Drive

AVALIAÇÃO

No processo de avaliação, serão observados no decorrer da disciplina a apreensão de

alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de

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argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição de idéias, seja no

texto oral ou escrito como também a forma de olhar para os problemas sociais, a iniciativa e a

autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam com a acomodação e o senso

comum.

Na avaliação serão observados a reflexão crítica nos debates dos textos ou filmes, a

participação nas pesquisas de campo, a produção de textos que demonstrem capacidade de

articulação entre teoria e prática, enfim várias formas com objetivos claros,

pretendendo atingir a apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos.

Avaliação contínua, diagnóstica, dinâmica, contextualizada e voltada para o cotidiano do aluno;

Produção de textos;

Trabalhos de pesquisa e entrevistas;

Desenhos;

Análise de charges e textos;

Construção de murais, painéis, revistas, referentes ao conteúdo estudado;

Uso de CDs.

Observação da participação do aluno (grupos);

Provas escritas individuais ou em grupo;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares de Sociologia para o ensino médio - SEED - PR/ 2010

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Volume Único, 25 edição, Editora Ática,

2004.

GIDDENS, A. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em Ciências Sociais. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1989.

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10.1.12 LÍNGUA INGLESA

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Em sua proposta a disciplina de língua inglesa para o ensino médio ressalta a importância

da aprendizagem deste idioma na escola, recuperando a relevância desta apropriação para a

condição cidadã dos educandos do tempo presente. Para tanto é necessário levar em conta todas

as outras áreas que, mediadas pelo inglês, permitam o acesso a diferentes formas de pensar, sentir,

criar e agir.

A proposta para o ensino da língua inglesa no ensino médio, é a de ações de trabalho

efetivo para o aluno, priorizando as que desenvolvem as capacidades de ouvir, falar, escrever,

discutir, interpretar situações, pensar criativamente, fazer suposições, relacionar propriedades da

língua materna, ampliar a consciência dos sons e produzir discursos escritos ou orais com

autonomia e segurança. A capacidade comunicativa deve ser adotada como pressuposto para a

condição de aprendizagem, por apropriar- se das ferramentas necessárias para utilizá- la com os

seus significados, isso favorece a aquisição de habilidades linguisticas, percebendo a natureza das

linguagens e compreendendo o seu funcionamento, oferecendo possibilidades para o

desenvolvimento de ações nas quais os alunos tenham capacidade de aprender e, ao mesmo

tempo, tragam elementos para diagnosticar os conhecimentos prévios, possibilitando a troca de

experiências e a construção de novos conhecimentos.

O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de

interagir criticamente com o mundo e o ensino da língua inglesa deve contribuir para esse fim. O

ensino da língua inglesa deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar- se na

educação para que o aluno reflita e transforme a realidade que se lhe apresenta, entendendo essa

realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que

essa realidade é inacabada e está em constante transformação. É preciso trabalhar a língua como

prática social significativa: oral e/ou escrita.

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O trabalho com essa disciplina deve possibilitar ao aluno acesso a novas informações, a

ver e entender o mundo construindo significados, permitindo que alunos e professores construam

significados além daqueles que são possíveis na língua materna.

Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da

consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se também como sujeito dessa identidade,

como um cidadão histórico e social. Língua e cultura constituem os pilares da identidade do sujeito e

da comunidade como formação social.

OBJETIVOS GERAIS

• Proporcionar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está aprendendo em

situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas linguísticas

descontextualizadas;

• Ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos,

formando subjetividades independente do grau de proficiência atingido, bem como objetiva-se que

os alunos possam analisar as questões da nova ordem global, suas implicações que desenvolvam a

consciência crítica à respeito do papel das línguas na sociedade;

• Possibilitar aos alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de

comunicação e também inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas

comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros

conhecimentos;

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

Desenvolver a capacidade de pensar, analisar e relacionar com o mundo na língua inglesa;

Ler, escrever, ouvir e falar estabelecendo relações com o conhecimento e o engajamento de

novas tradições e culturas de diferentes povos;

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando ativamente,

integrando- o nas situações do dia-a-dia e as informações globais. Assim sendo, a leitura é vista

como uma atividade construtiva e criativa. O texto apresenta- se como um espaço de temática

fundamental para o desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a

prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores. Possibilita- se, desse

modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os fenômenos lingüísticos e culturais como

realizações discursivas, as quais se revelam pela história dos sujeitos que fazem parte desse

processo, apresentando assim como um princípio gerador de unidades temáticas e de

desenvolvimento das práticas lingüístico- discursivas. Portanto, é fundamental que se apresente ao

aluno textos de diferentes gêneros textuais, mas sem categoriza- los, proporcionando ao aluno a

possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva. Para tanto, é importante trabalhar a

partir de temas referentes a questões sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da

língua estrangeira, disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos relevantes

presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial: publicitários, jornalísticos,

literários, informativos, de opinião, etc., interagindo com uma complexa mistura da língua escrita,

visual e oral. Sendo assim, será possível fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como

produzir textos orais, escritos e ou visuais, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.

Ao apresentar textos literários deve- se propor atividades que colaborem para que o aluno reflita

sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado

contexto sócio- cultural particular. O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando

necessário, dos procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira: o

trabalho com a gramática, portanto, estabelece- se como importante na medida em que permite o

entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Assim o conhecimento formal

da gramática deve estar subordinado ao conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais

devem ser decorrentes de necessidades específicas dos alunos a fim de que possam expressar-se

ou construir sentidos com os textos. A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma

frase, a um parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma atividade

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menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja, elaborar

pequenos textos direcionados a um público determinado. Serão utilizados os materiais didáticos

disponíveis na prática-pedagógica: livro didáticos, paradidáticos, dicionários, vídeos, dvds, cd-rooms,

internet, sob a ótica da realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes Curriculares.

Os encaminhamentos devem gerar significações com formas ampliadas de horizontes

culturais. È nessa rede de significados que o aluno é levado a ler textos com coesão e coerência,

explorando suas idéias principais. Ao mesmo tempo, as práticas sociais expressas nos materiais

com os quais o professor trabalha: textos diversos, músicas, vídeos, traduções, ou mesmo aulas

expositivas, constituem- se em referencial que amplia o vocabulário, sedimenta as estruturas da

língua e ativa o conhecimento de mundo do aluno.

O próprio movimento de aprendizagem de uma língua estrangeira impõe levar- se em

conta todas as outras áreas, permitindo o acesso a diferentes formas de pensar, sentir, criar e agir. É

preciso chegar no aluno estabelecendo vínculos entre o ensino e a vida do mesmo, portanto, é

preciso fazer uso de todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela

multimídia, pela interação aluno - aluno, professor – aluno, procurando ultrapassar o conteúdo para,

por meio dele, ajudar a construir um referencial de língua inglesa, rico de conhecimento, de emoções

e de práticas sociais. Lançar um olhar para a importância da aprendizagem da língua inglesa na

escola significa recuperar a relevância que por muito tempo foi negada a este idioma. Ao mesmo

tempo, é disponibilizar- se a entender que ler só pode ser aprendida nos caminhos que levam a uma

sociedade interconectada.

Com este olhar, o professor, propõe- se valorizar a influência desta língua na formação de

um a sociedade humana e cidadã, reafirmando a importância e a complexidade do trabalho docente

na contribuição educacional, integrada em um mundo globalizado.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da disciplina e podem

ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de conhecimento

constituído e acumulados historicamente. O discurso constituirá o conteúdo estruturante entendido

como pratica social sob seus vários gêneros.

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Faz- se necessário que o professor leve em consideração a experiência no trabalho com a

linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir com uma nova discursividade,

integrando assim elementos indispensáveis da prática como: conhecimentos lingüísticos, discursivos

culturais, e sócio- pragmáticos. Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à

fonética e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que

se lhe apresenta. Os discursivos, são diferentes gêneros que constituem a variada gama de práticas

sociais que são apresentadas aos alunos. Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz,

faz e tem uma sociedade ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida. Os sócios-

pragmáticos, aos valores ideológicos sociais e verbais que envolvem o discurso em contexto sócio-

histórico particular. Alem disso uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e

garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeiras nas quais as práticas de

leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam numa prática sócio cultural.

Conteúdo estruturante é aquele que traz a língua de forma dinâmica a ser trabalhada na sua

prática social, efetivada por meio da prática discursiva, a qual envolve a leitura, oralidade e a escrita,

desta forma os conteúdos específicos a serem trabalhados serão:

1ª SÉRIE

Prática de leitura de texto informativo de revista

Identificação e estabelecimento de relações entre informações do texto e do contexto

Relacionamento de informações do texto com conhecimentos prévios

Personal pronouns (subjective and objective)

Possessives ( adjectives and pronouns)

Simple present tense

Regular and irregular plural

Leitura de texto em formato de história em quadrinhos

Interrogative pronons (who? Whom? Which? Whose? What? How? Why? When? Where?)

Present continuous

Leitura de textos cientifíco

Definite and indefinite articles

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Simple past tense

Regular past

Pronunciation of regular past

Irregular verbs

Past continuous

Present perfect

Conditional sentences – if clauses (future – possible)

Conditional sentences – if clauses ( present – unreal conditions)

Conditional sentences – if clauses (past – unreal conditions)

2ª Série

Adjectives ( with ending “ed” and “ing”)

Adjectives (order)

Adverbs ( manner, place, time, frequency)

Position of adverbs

Comparative ( equality, superiority, inferiority)

Superlative ( superiority, inferiority)

Affixes (prefix, suffix)

Modal verbs ( can – could, may – might, must – should)

Past modals ( could have, should have, would have, must have)

Deceptive cognates

Direct speech

Indirect speech

Relative pronouns

Reflexive pronouns

Passive voice

Possessive case

Conjunctions

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3ª Série

Simple past regular and irregular verbs

Present perfect

Used to be / be used to / get used to

Have / have got

Past perfect

Past perfect continuous

Infinitive – ing

Enjoy / finish...+ ing form

Prepositions + ing form

Prefer / would rather / had better

Countable and uncountable nouns

Such / such a / suchan and so

Word order ( adjectives – verbs – adverbs)

Enough / very and too

Preposition in, on, at

Still / yet, like / as

Phrasal verbs and idioms

AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar,

sustentar e orientar a intervenção pedagógica.

O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano e o professor deve verificar se

a compreensão e a leitura vão se tornando práticas comuns na vida do estudante. Para isso, o

professor deve ser estudar os textos profundamente com os alunos, desde uma leitura global até o

estudo de detalhes da estrutura da língua.

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A aprendizagem da língua inglesa deve ser vista como fonte de ampliação de horizontes

culturais. Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s) de encarar a realidade os alunos passam

a refletir , também, muito mais sobre a sua própria cultura, ampliam a sua capacidade de analisar o

seu entorno social com maior profundidade tendo melhores condições de estabelecer vínculos,

semelhanças e contrastes , entrega a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos,

enriquecendo a sua formação.

A avaliação deve ser entendida como parte do processo de Ensino – Aprendizagem . Ela é

participativa, pois indica tanto ao professor quanto aos alunos os avanços e as dificuldades. Sendo

assim, a avaliação deve ser entendida como resultado de um acompanhamento contínuo e

sistemático. Dessa forma é fundamental utilizar diversos instrumentos e situações para avaliar, a

contextualização é necessária para que os alunos interpretem a aprendizagem não como algo

isolado, sem significado, mas, sim, que façam e identifiquem seu uso constantemente nas vivências

diárias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas: Pontes,

2002.

BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de des(re)construção

de conceitos. In: LEFFA, V. O Professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão.

Pelotas: EDUCAT, 2001.

BORTONI, RICARDO, S. M. Educação em Língua Materna: a sociolingüística na sala de aula.

São Paulo: Parábola, 2004.

BOURDIEU, P. A Economia das Trocas Lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996.

333

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10.1.13 LÍNGUA A ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do ensino de LE

no Brasil, percebe- se que, a escola pública foi marcada pela seletividade, tendências e interesses.

Então, diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua estrangeira consolidou- se

historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da escola pública vem

demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de LE possa ter um papel democratizante

das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie ao aluno como sujeito e construa seu

processo de aprendizagem. Ao contrário de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar

suporte ao educando sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira Moderna

norteia- se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura,

oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do

conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e

compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de

construir sentidos no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso

como prática social e, portanto, instrumento de comunicação.

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno passa a refletir

mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social com

maior profundidade e melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre

sua forma de ser, agir, pensar e sentir outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua

formação. O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o acesso a ela, o

fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e diferentes. Possibilita

análise de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir

significados para entender e estabelecer uma nova realidade e compreender as diversidades

linguísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no aprendizado da língua como discurso

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para que o aluno se constitua e faça uso deste aprendizado.

Propõe- se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça

e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidade de construção de significados em relação ao mundo que vive. Toda língua é

uma construção histórica e cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a

língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código lingüístico: é heterogênea,

ideológica e opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a língua

organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos

possíveis.

A aprendizagem de língua estrangeira contribui para o processo educacional como um todo,

indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades lingüísticas. Ao promover uma

apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui para desenvolver a percepção da

própria cultura por meio da compreensão de culturas estrangeiras

Devido a Lei nº 11.161 (05/08/2005), que torna a obrigatoriedade da Língua Espanhola no

Ensino Médio esta tem por objetivos sinalizar rumos para este ensino, pois agora o espanhol está

presente como disciplina obrigatória nas Escolas, é fato, portanto, que sobre tal decisão pesa certo

desejo brasileiro de estabelecer uma nova relação com os países de Língua Espanhola, em especial

com aqueles que firmaram o Tratado do Mercosul.

Esse não é, no entanto, o único motivo para que se ofereça um ensino de espanhol de

qualidade, nem o mercado deve ser o objetivo fundamental para o ensino dessa língua.

Como apontam Celada & Rodrigues

“El reordenamiento geográfico y político que implica la formación de mercados comunes – en

nuestro caso del Tratado del Mercosur, que continúa lentamente en curso – ha tenido un

fuerte impacto sobre la identidad y funcionamiento de los estados nacionales. Y, como es de

amplio conocimiento entre los ciudadanos de la Unión Europea (testigos del diseño de

políticas lingüísticas sin procedentes en los nuevos marcos de integración), tal proceso de

globalización también tiene un impacto sobre las cuestiones relacionadas con las lenguas.”

(CELADA & RODRIGUES, 2005).

Essa relação foi marcada também ao longo de algumas décadas, por uma hegemonia do

espanhol peninsular, que se impôs, por várias razões, tanto os professores hispanofalantes e latino-

americanos quantos os professores e estudantes brasileiros, lavando a consolidação de

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preconceitos, à camuflagem das diferenças locais e ao apagamento faz diferenças culturais e

manifestações lingüísticas que configuram a diversidade identitária do universo hispanofalante.

(CAMARGO, 2004: 143-144).

“A “língua fácil”, “língua que não se precisa estudar” (falas que circulam no senso comum),

ganha um novo lugar e um novo estatuto a partir da assinatura do Tratado do Mercosul, passa a

ocupar novos e mais amplos espaços, torna-se objeto de atenções preocupações e projeções

quanto ao seu alcance, seu êxito e às suas conseqüências, por parte de vários segmentos da

sociedade, seja no âmbito dos negócios, no âmbito educativo, acadêmico, político, e no discurso da

imprensa, que ora se mostra favorável, ora contrária, ora reticente,mas raramente indiferente a essa

nova situação.

OBJETIVO GERAL

Fazer uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que

não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.

Encaminhamento Metodológico

Nortear o ensino de línguas estrangeiras, nesse caso o Espanhol, no ensino médio, dar- lhe

um sentido que supere o seu caráter puramente veicular, dar-lhe um peso no processo educativo

global desses estudantes, expondo- os à alteridade, à diversidade, à heterogeneidade, caminho fértil

para a construção de sua identidade.

O ensino de língua estrangeira no espaço da escola regular reiterou que não pode nem ser

nem ter um fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras disciplinas, encontrar

independências, convergências de modo que a se restabeleçam as ligações de nossa realidade

complexa que os olhares simplificadores tentaram desfazer; precisa enfim, ocupa um papel

diferenciado na construção coletiva do conhecimento e na formação do cidadão.

Cabe reiterar um dos princípios registrados na carta de Pelotas (2000), documento síntese do

II Encontro Nacional sobre as Políticas do Ensino de Línguas Estrangeiras, segundo o qual diz: “a

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aprendizagem de línguas não visa apenas os objetivos instrumentais, mas faz parte da formação

integral do aluno”, deve- se reiterar ao que já está presente na proposta curricular para o ensino

médio, ou seja, que é fundamental trabalhar as linguagens não apenas como conhecimento de

valores. Estão aí incorporadas as quatro premissas apontadas pela UNESCO como eixos

estruturais da educação na sociedade contemporânea: aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a viver e aprender a ser.

Afirma Burgel (2000) “Seguir adelante con una visión de la enseñanza del español como una

empresa libre de influencias culturales y políticas puede tener graves consecuencias”. E Conclui:

“Para asegurar el éxito de las clases de ELE en el caso de Brasil, estas cuestiones deberían

repensarse”.

Como proceder, então, para enfrentar a questão crucial das variedades do Espanhol de modo

a contemplá- las de formas adequadas ao ensino dessa língua para estrangeiros e, mas

precisamente, no Brasil? A própria autora nos dar a resposta:

Evidentemente, esta propuesta de pensar el español y su enseñanza a partir de un modelo

pluricéntrico obliga a repensar también la cuestión de los materiales didácticos y la dinámica

actual de la disciplina, que hoy parece moverse en una sola dirección – desde el “centro”

peninsular hacia la “periferia” mundial. Probablemente, optar por un ejercicio más realista. En

términos sociolingüísticos, sea menos difícil de lo que parece y sin duda será mucho más

enriquecedor porque nos permitirá poner en práctica, cabalmente, todas las posibilidades de

nuestra lengua. (BUGEL 2000).

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento do papel das

línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso à informação. O aprendizado de

línguas estrangeiras são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de

entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se

constitua por meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva

discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu

conhecimento prévio. A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as

diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias

metodológicas

para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim

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diferentes. A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em

grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de melhores resultados na

aprendizagem. Para isso, materiais como livro didático, dicionário, livro paradidático, vídeo, CD,

DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a

língua e a cultura. Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e

Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade brasileira e

latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o espanhol como língua oficial.

Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão abordados para que os alunos conheçam e analisem de

forma crítica como outras sociedades tratam tais assuntos.

CONTEÚDOS

Os conteúdos serão ministrados de acordo com a realidade de cada comunidade escolar, como a

maioria dos alunos não possui um conhecimento prévio da Língua espanhola, as aulas terão início

do básico, até partir para um nível mais avançado.

Os conteúdos propostos para o 3° ano do Ensino Médio terá uma abordagem direcionada para

Exame Nacional do Ensino Médio ENEM e também para o Vestibular.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas

sociais de circulação.

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO:

Permeando o gênero esferas temáticas gramaticais e recursos lingüísticos.

Saludos y despedidas Diálogos los nuevos

amigos

presentaciones

Gramática: Pronombres

personales, verbos no

presente do indicativo

Fonética: alfabeto y

vocalesVocabulario Objetos

de clase

Los días de la semana Gramática: Los artículos,

contracciones.

Ortografía: el uso de la B

El cuerpo humano Expresiones

populares

Gramática: Los adjetivos

calificativos, verbos

irregulares.

Ortografía: el uso de d al

final de palabras

Texto poéticoFamilia

Vocabulario: grados

de parentesco

Los meses del año

Estaciones de año

Nociones de tiempo

Zodiaco

Animales

Objetos del

supermercado

Frutas y verduras

Gramática: Los adjetivos

posesivos, verbos

regulares.

Ortografía:

El uso de la C

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Vocabulario: el

vestuario

Tipos de ropas

Los colores

Aspectos Culturales

de los países que

hablan Español

Gramática: Los

numerales cardinales.

Conociendo las horas

El uso de muy y mucho

Expresiones adverbiales

de tiempo.

Ortografía: El uso de H

El uso de E-Y

Origen del idioma

¿Español o

Castellano?

Tipos de comidas de

España

Otras lenguas que se

hablan en España y

dialectos.

Datos especiáis

Artículos Determinantes y

Indeterminados

El uso de diccionario

Pesquisa en el ordenador

Lecturas y

interpretaciones de

texto, sobre

vestibulares

Textos culturales

sobre México y otros

países hispanos

Verificar elementos

gramaticales en el texto

Profesionales Describir

profesionales ESFERAS

TEMÁTICAS

GENERO RESURSOS

LINGUÍSTICOS E

GRAMATICAISCOTIDIANA Família, causos, piadas,

músicas, receitas entre

outros....

IDENTIFICAR: verbos

pronombres y artículos

LITERARIA Contos, fábulas, letras

de músicas, histórias

Completar música com

elementos gramaticais,

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em quadrinhos identificar personagensESCOLAR Pesquisas, mapas,

resenhas, resumos e

textos de opinião

Identificar cidades, construir

resumos empregando

recursos gramaticaisIMPRENSA Charge, fotos,

reportagens, sinopses

de filmes, editorial.

Observar a intenção do

texto e observar estruturas

gramaticaisPUBLICITÁRIA Anúncios, fotos,

músicas, placas e

paródia.

Identificar elementos

gramaticais nos textos

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas, textos

argumentativos, textos

de opinião, relatos de

experiências

Identificar elementos

gramaticais nos textos

LEITURA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Aceitabilidade do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA:

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Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbo/nominal.

ORALIDADE:

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

LEITURA

Conteúdo temático;

Tema do texto;

Interlocutor;

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Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Polissemia;

Léxico;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,Recursos gráficos

como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Semântica:

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

Expressões que denotam ironia e humor no texto;

AVALIAÇÃO

Conforme analisa Luckesi (1995, p. 166)

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a

função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária

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para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de

autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o

crescimento.

A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função

de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Depreende- se, portanto que avaliação

da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de

mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal,

objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas

produções, no processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos

alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das

avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,

somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo medida de

observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e consideradas como

subsídios.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a

participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela

interação verba, a partir da escolha de textos consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e

o professor; entre os alunos da turma; na interação do material didático; nas conversas em Língua

Materna e Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao

promover o desenvolvimento de idéias (Vygotsky, 1989).

De acordo com Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de entendimento

reflexivo, conectado, compartilhado e autônomo no processo ensino/aprendizagem, que nos permita

formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos.

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar- se- á em consideração os objetivos

propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político- Pedagógico da escola e serão

utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais e em grupos), produção de textos

orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A recuperação

para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A

expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste

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estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS :

CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Editora Ática – 6ª

edição. São Paulo – SP, 2004.

E. F. M; Projeto Político Pedagógico. Campo Largo, Paraná – 2008.

LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006

MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília – DF, 2004.

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino de Línguas Estrangeiras da Rede

Pública do Estado do Paraná. Curitiba – PR, 2009.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Linguagens códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação

Básica. (p. 82-155) Brasília – DF, 2006.

SEED PARANÀ, Língua Estrangeira Moderna Espanhol – Inglês / Vários Autores – Curitiba:

SEED-PR, 2006.

DE LOS ÁNGELES J. GARCIA, MARIA; Español Sin Fronteras Curso de lengua española Vol. I

y II – Ed. Reformulada. São Paulo – SP; Ed. Scipione, 2008.

ROMANOS HENRIQUE; Español Expansión Cuaderno de Actividades. Ensino Médio – São

Paulo – SP; FTD Delta, 2004.

ALONSO, ENCINA; Como ser profesor/a y querer seguir siéndolo. Grupo Edelsa. Madrid 1994

SEED – PARANÀ; Eureka Espanhol ( p. 2-13) 2010.