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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE FARIA – ENS. FUND. E MÉDIO Rua: Guatemala, 346 – Morangueira – Fone/Fax: 32686804 [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2013 1

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · toda a comunidade escolar contemplando a qualidade de ensino, tendo como alvo a ser atingido a produção e a socialização do conhecimento

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE FARIA – ENS. FUND. E MÉDIO Rua: Guatemala, 346 – Morangueira – Fone/Fax: 32686804

[email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2013

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

REFORMULADO EM 29/11/2012

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

Identificação do Colégio

Histórico do Colégio

Caracterização socioeconômica

Proposta de Formação continuada

Princípios Norteadores da Educação

Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica

Diversidade Cultural e Inclusão

Avaliação

Proposta Pedagógica Curricular

ENSINO FUNDAMENTAL

Arte

Ciências

Educação Física

Ensino Religioso

Geografia

História

Língua Estrangeira – Inglês

Língua Portuguesa

Matemática

ENSINO MÉDIO

Arte

Biologia

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Educação Física

Filosofia

Geografia

História

Física

Língua Estrangeira – Inglês

Língua Estrangeira – Celem

Língua Portuguesa e Literatura

Matemática

Química

Sociologia

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APRESENTAÇÃO

A escola é lugar de aquisição do conhecimento científico, realização e avaliação de seu projeto educativo, e uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base na realidade em que escola está inserida e em um contexto mais amplo que influencia e pode ser influenciado por ela, é fundamental que ela assuma suas responsabilidades. Para tanto é importante que se fortaleçam as relações entre escola e sistema de ensino.

Construindo o Projeto Político-Pedagógico de nossa escola, planejamos o que temos intenção de fazer, de realizar, lançando – nos adiante com base no que temos e buscando o possível.

Todo projeto pressupõe rupturas com o presente e promessas para o futuro, portanto o Projeto Político Pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.

Para Veiga (2001), o Projeto Político-Pedagógico ao constituir-se em um processo democrático, proporciona a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo, procurando superar os conflitos e contradições, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo a rotina do mando impessoal, racionalizado da burocracia, que permeia as relações no interior da escola.

A concepção de Projeto Político-Pedagógico de cada escola é única e singular, pois representa a identidade de cada estabelecimento de ensino. Ele é a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades, mostra a visão do que a escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias permanentes, tanto em suas atividades pedagógicas como em suas funções administrativas, possibilitando ao coletivo escolar a tomada de consciência dos principais problemas, definindo responsabilidades coletivas e pessoais

O Projeto Político Pedagógico do nosso colégio é elaborado a partir das necessidades reais apresentadas pelos pais, professores, alunos, funcionários, enfim por toda a comunidade escolar contemplando a qualidade de ensino, tendo como alvo a ser atingido a produção e a socialização do conhecimento em todas as áreas, tornando o aluno participante no processo de construção da sociedade.

Não existe processo educativo que se efetive sem um projeto social para direcioná-lo, propondo um futuro humano explícito que oriente todo trabalho educativo frente ao tipo de sociedade, educação escolar e de homem que se pretende formar para a realidade que vivemos, visando à formação do cidadão crítico, participativo, criativo que aprenda e continue aprendendo a partir dos conhecimentos que possui, ampliando e construindo novos conhecimentos.

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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE FARIA PIOLI - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua: Guatemala , n.º 346, Bairro Morangueira - CEP 87040-210CÓDIGO : 00085Município : MaringáCÓDIGO : 1530DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA : EstadualCÓDIGO : 41024125NRE: Núcleo Regional de Educação de MaringáCÓDIGO: 19ENTIDADE MANTEDORA: Governo do Estado do ParanáATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIOResolução N.º 1399/75 data: 23/12/75ATO DE RECONHECIMENTO DO COLÉGIOResolução n.º 2850/81 E 1727/98ATO DA RENOVAÇÃO E RECONHECIMENTO DAS MODALIDADES DE ENSINOResolução n.º 5181/02 data: 28/01/03 – Ensino FundamentalResolução nº 3366/04 data: 29/10/04 - Ensino MédioPARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR N.º 056/2009.DISTÂNCIA DO COLÉGIO DO NRE 6.000 M. (Seis mil metros)LOCAL : Colégio UrbanoE-MAIL : [email protected]

1.2. HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO DE FARIA PIOLI”

O governador Paulo Pimentel, segundo Decreto 4385/67, Artigo 1º, cria o Grupo Escolar da Vila Morangueira de Maringá, localizado na Rua Guatemala esquina com a Avenida São Domingos, s/n.O prédio foi construído em alvenaria, composta de 04 salas de aula (8,00m X 6,50m), uma diretoria (3,50 X 3,00m), 01 cozinha (5,50m X 3,00m), 01 banheiro feminino (3,00m), 01 banheiro masculino (3,00m X 4,00m) 01 banheiro para professor (2,00mx 3,00M) e 01 almoxarifado.

Segundo portaria n.º 6978/67 de 31 de maio de 1967, coube a direção desta escola à Professora Hena Mascarenhas Soares e na Mesma época a portaria 6977/67 entregou à Professora Heleny Terezinha Cordeiro.

A Escola começou seu funcionamento com três períodos (diurnos), atendendo a 250 alunos de 1º a 4ª séries e com 14 profissionais entre funcionários e professores. Uma das salas de aula foi adaptada para secretaria e sala dos professores.Na gestão da 1ª diretora, houve a modificação do nome Grupo Escolar da Vila Morangueira para Grupo Escolar “João de Faria Pioli”, de acordo com o Decreto nº5494/67 do Diário Oficial de 06/06/67.

A Portaria n.º 262/68 de 23 de janeiro de 1968, designa 02 diretores a Professora Maria Etelvina Roque e como secretária Maria Aparecida Ribeiro Curione pela portaria

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n º4429/68 de 23/04/678.Nesta gestão que perdurou de 1968 a 1974, ocorreram fatos como: no ano de

1968 foi construída uma cantina com verba da Prefeitura Municipal de Maringá e casa do zelador do prédio, construção de madeira (5,00m 6,50m) com recursos do próprio zelador.

Em 1968, o Estado construiu 3 salas de aula de madeira (8,00 X 6,00) e montou 4 salas pré-fabricadas (8,00m X 5,00m). Dessa maneira, a escola passou a atender 1000 alunos nos três turnos, passando 40 0 número de professores e funcionários.

Em 1972, a escola implantou a reforma do ensino segundo a lei 5692/71, de acordo com o Parecer n.º 150/74 de seu Plano de Implantação. Conforme cronograma de implantação, a reforma começou nas 1ªs, 2ªs e 5ªs séries. Nos anos seguintes: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª séries; 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, séries respectivamente. Foi construído o piso da cancha de esportes com verba da Prefeitura Municipal de Maringá.

Nesta gestão, a escola já começou a enfrentar uma série de obstáculos, pois o número de alunos e funcionários foram quadruplicado, enquanto que os recursos físicos continuaram os mesmos. Como exemplo, pode-se citar: um banheiro construído para atender 300 alunos por dia passou a atender 1600, um banheiro para professores tendo que atender os professores e funcionários.

A partir de 1973, esta escola começou a implantar no noturno: 5ªs, 6ªs, 7ªs e 8ªs séries sucessivamente, para atender os alunos maiores de 14 anos que se interessavam em terminar o curso de 1º grau.

A Resolução 5818/74 de 30/12/74 designou como 3º Diretor, o professor José Domingues Valadares e como secretária a Professora Kimiko Tabata pela resolução n.º 261/75 de 13/02/75.

Nessa gestão, podemos enumerar certos fatos como: construção do alambrado da Cancha de Esportes colocando-a em funcionamento; aquisição de um aparelho telefônico; construção de uma sala de alvenaria (8,00m X 8,00m) para funcionamento de uma pequena biblioteca que entrou em funcionamento no início de 1977; nivelamento do pátio, que apresentava erosões, dificultando fila dos alunos; comprou geladeira para professores e bebedouro para os alunos; troca da rede elétrica, visto que a instalação feita na construção do prédio não resistiu ao acréscimo de salas, cantina e casa do zelador. Além desses fatos, deixamos de citar outros, porém destacamos que os recursos financeiros foram providos dessa comunidade através de promoções diversas planejadas por esta escola.

Em relação à lei 5692/71, que foi implantada em 1972, esta escola fazia parte do Complexo Escolar Novo Jardim Alvorada que era formado pelas unidades: Duque de Caxias, Olavo Guimarães, Branca Mota Fernandes e João de Faria Pioli, segundo aprovação pela SEED, pelo Parecer 150/74. Em 1974, atendendo à SEED, a 32ª I.R.E De Maringá reuniu os diretores para debates sobre a restruturação dos complexos escolares.

Por meio do decreto n.º 1399 de 23/12/75 publicado no Diário Oficial n.º 208 de 30/12/75 ficou organizado esse Complexo com o nome: Complexo escolar “Tuiuti”- Ensino de 1º Grau – Escola “João de Faria Pioli” e Escola “Branca Mota Fernandes”, ficando como coordenador geral do complexo, José Domingues Valadares.Com a Resolução 2850/81, ficou reconhecido e autorizado o funcionamento do curso de 1º grau regular na Escola João de Faria Pioli.

No ano seguinte, por meio da Deliberação 051/82 de 17 de dezembro de 1982, a Escola João de Faria Pioli passou a ser denominada Escola Estadual João de Faria Pioli

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Ensino de 1º Grau.A Resolução número 1727/98 reconhece e autoriza o funcionamento do ensino

do segundo grau regular.Atualmente o Colégio está com a Diretora Geral Joana Benta Pelandré Peres e

Direção Auxiliar Odilon José de Paula.A Resolução 3120/98 mudou a denominação de 1º e 2º graus por Ensino

Fundamental e Médio, denominando Colégio Estadual João de Faria Pioli Ensino Fundamental e Médio.

A aprovação da Proposta Curricular para o Ensino Médio se deu através do Parecer número 147/99.

1.3. CARACTERIZAÇÃO SÓCIOCULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR

O colégio Estadual João de Faria Pioli. Ensino Fundamental e Médio situado a Rua Guatemala, 346, bairro Morangueira, Maringá- Pr.

No ano de 2010, após análise de pesquisa e entrevista com pais e alunos, constatou-se que são famílias de classe média e classe média baixa, vindos do próprio bairro e de bairro próximo ao colégio.

Referente à atividade profissional dos pais ou responsável, 25% dos entrevistados não tem emprego para o momento , 8% não informaram e 62% estão empregados.

Em relação à residencia dos alunos 59,3% residem no próprio bairro, 40,7% residem em bairros próximos.

Dos pais entrevistados, 54,7% residem em casa própria, 38,2% moram em casas alugadas pagando em torno de 350,00 e 7% moram em casa cedida.

Quanto à rotatividade dos alunos, ocorre de forma esporádica, mesmo eles mudem de bairro a maioria permanece na escola.

Em relação à constituição familiar, 63,2% dos educandos moram com o pai e mãe, 14,7% moram com a mãe, 15,8 % somente com o pai, 2,1% com os avós, e 3,5% com outros.

Quanto ao grau de escolaridade, 2,1% de não alfabetizados, 28,8% dos pais possuem o Ensino Fundamental completo, 56,1% com Ensino Médio completo e 13% com ensino Superior.

No que diz respeito às atividades socioculturais, 30% preferem a televisão como forma de lazer e informação, 28,7% frequentam a Igreja, 25,4% realizam passeios familiares, 7,9% praticam esportes, 3,0% frequentam clube e 4,9% não informaram.

Quanto ao meio de transporte que utilizam para vir à escola, 24,1% dos alunos utilizam o transporte coletivo, 18,9% os pais trazem de carro, 41,3% vêm a pé, por morarem próximo da escola; 9,2% vêm de moto conduzidos por um familiar, 6,6% vêm de bicicleta.

Dentre os meios de comunicação utilizados para se manterem informados, o mais apontado foi a televisão com 41,4%, a Internet com 25,7%, o jornal 7,2%, 20,9% utilizam o rádio, 4,8 não informaram.

O colégio se comunica com os pais ou responsáveis através de bilhetes e telefonemas na convocação dos mesmos para conversar sobre o desempenho escolar do filho, com bilhetes para reuniões e entrega de boletins. O Colégio também utiliza a Internet, através de site próprio, para a publicação desses documentos e eventos realizados por esta Instituição Escolar.

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Quanto aos professores, estes são comunicados sobre os assuntos pertinentes a eles nas reuniões pedagógicas, no dia a dia através de informativos diários pela direção e equipe pedagógica, sendo esses fixados no mural.

Para melhor conhecermos a comunidade onde está inserido o colégio, numa reunião de pais, perguntamos aos mesmos sobre a inclusão na escola de alunos com necessidades especiais: 70% acham que essa inclusão é por lei sendo direito de todos, desde que a escola ofereça condições no caso de acesso a todos os locais da escola bem como menor número de alunos em sala e um professor especializado para acompanhar o aluno em sala e também em casos não muitos severos, porque os próprios alunos seriam prejudicados, 30% não concordam por acharem que se a escola receber alunos com distúrbios variados de aprendizagem e não estiver preparada em todos os sentidos, poderia deixar de lado esses alunos, ou ainda serem menosprezados pelos outros alunos tidos como normais, mas são unânimes em afirmar que a escola deve oportunizar este atendimento à inclusão dos alunos hiperativos, com problemas de adaptação no grupo, reprovados, os evadidos, os de qualquer raça, cor, credo religioso, o obeso, opção sexual etc., pois, estes têm direito a educação inclusiva e qualquer tipo de preconceito é crime e desumano.

Quanto à exclusão de alunos que colocam a segurança dos outros alunos em perigo, a maioria dos pais afirmam que a eles deve ser dada uma nova chance com o acompanhamento pedagógico, de especialistas, do Conselho Escolar, Direção, Professores e até do Conselho Tutelar, pois o lugar do aluno é na escola.( Sera retomada na apresentação.

Quanto à participação dos pais nas atividades promovidas pelo colégio, temos 98,2% de pais que frequentam o colégio bimestralmente, nas reuniões da APMF, quando precisam acompanhar aprendizagem dos filhos mais de perto e quando são solicitados. Nas reuniões da APMF participam para tomadas de decisões como a seleção de trabalhos a serem desenvolvidos tanto no que se refere a parte educativa, tanto como na recreativa e promoções.

Ao avaliarem a organização escolar, 31,9% dos pais consideram que é ótima, 53,0% responderam que é boa, 6,0% como regular e 9,1% como ruim. Estes são dados que devemos levar em consideração para a retomada na elaboração do Projeto Político Pedagógica no sentido de melhorias em todos os aspectos, pois a organização escolar envolve o todo do colégio. É preciso conquistar os regulares e os ruins

Avaliando o trabalho realizado pela escola, com a comunidade escolar, as questões levantadas oportunizam uma reflexão e tomada de decisões na elaboração do Projeto Político Pedagógico, nos dando uma direção para construir uma escola democrática com acesso e permanência proporcionado por um ensino de qualidade o qual tem como objetivo proporcionar ao aluno condições para que o conhecimento cientifico lhe dê qualidade de vida e transformação do meio em que vive.

1.4. RECURSOS DO COLÉGIO:

1.4.1. Recursos humanos:

O corpo discente do colégio conta com um total de 1661 ( mil seiscentos e sessenta e um) alunos com idade entre 09 a 23 nas duas modalidades de Ensino oferecidas: Ensino Fundamental e Médio, distribuídos nos três períodos.

O corpo docente é composto por professores do padrão fixo num total de 32;

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41 do PSS, totalizando 73 professores, todos com graduação. Desse total de professores, 61 têm pós graduação; 7 têm mestrado. Dentre os professores, temos 1 professore com Doutorado, 2 adaptados e 5 afastados de sala de aula, por motivo de doença.

O quadro de Serviços de Apoio 1 e 2 somam 26 funcionários que atendem os serviços administrativos e os que zelam pela limpeza e organização do espaço escolar. Dos agentes 2, quatro são Pós Graduados, 3 têm Curso Superior, 4 cursando Curso Superior e 5 com Ensino Médio completo. Dos agentes 1, 6 possuem Ensino Médio completo, 7 com Ensino Fundamental e 1 com Ensino Superior

A Equipe Pedagógica é formada por 9 Pedagogos, 1 Diretora e 1 Diretor auxiliar.

1.4.2. Recursos físicos e materiais:

O colégio em suas dependências físicas possui 20 salas de aula, 01 biblioteca, sala de vídeo, 02 salas de contraturno, 01 sala de recurso (com 02 ambientes), 01 sala para o projeto de monitoria e o Celem (Espanhol), 01 laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, 01 sala de informática, 01 sala para a biblioteca, 01 sala para os professores, 01 sala para as pedagogas, 01 sala da direção e secretaria. O Colégio também possui uma cozinha para o preparo da merenda escolar, depósito para armazenamento dos alimentos, 01 dispensa, 01 cantina que é de responsabilidade da APMF, jardim, pátio e quadra poliesportiva coberta.

No que se refere aos materiais didático-pedagógicos, o Colégio tem televisores, vídeos, rádios, aparelhos para CDs e DVD, ampliador de som, projetor de imagem digital, máquina copiadora, mimeógrafos , retroprojetores, mapas, acervo bibliográfico que é atualizado de forma permanente, e demais materiais de expediente e para uso pedagógico.

2. ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

O Colégio oferta o Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, nos períodos da manhã e tarde, num total de 755 alunos e um 8º ano no noturno, com 20 alunos. O Ensino Médio é instituído pelo sistema de Blocos, contendo no período da manhã 350 alunos e no noturno 121 alunos. O Colégio em seus três períodos, matutino, vespertino e noturno, tem 19 turmas de manhã, 18 turmas a tarde e 07 turmas no noturno.

O Colégio oferta também o CELEM com 04 turmas de espanhol básico e mais uma turma de aprimoramento(conversação) do idioma espanhol.

2.1. Regime Escolar

A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.

O regime de oferta da Educação Básica é de forma presencial, anual, dividida em bimestre e em blocos no Ensino Médio:

O Ensino Fundamental, corresponde do 6º ano ao 9º ano. O Ensino Médio passa a se organizar pelo sistema de Blocos, sendo do 1º ano ao 3º ano.

No ano de 2012, o Colégio continuará a ofertar os anos finais do Ensino Fundamental, e o Ensino Médio em Regime de Blocos.

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O estabelecimento de ensino oferta em contraturno, para as turmas do 6º ano e 9º

ano, apoio pedagógico para aqueles alunos que necessitam de recuperação de conteúdos e sala de recursos, para alunos com dificuldades de aprendizagem do 6º ano ao 9º ano com necessidades especiais (intelectual ou física), conforme o que determina a SEED.

Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político-Pedagógico da escola conforme o que determina a Lei de Diretrizes Nacional e Estadual.

Para os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), a organização curricular é formada por uma Base Nacional Comum com as disciplinas de: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, (respeitando a diversidade cultural, religiosa), Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e na parte diversificada, tendo como Língua Estrangeira Moderna, o Inglês.

Temos ainda os temas História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à violência contra a criança e o Adolescente como temáticas a serem trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

O Colégio oferece projeto de melhoria para a aprendizagem das disciplinas de História, Geografia, Matemática e Português para as turmas do 6º ano ao 9º ano, em parceria com a UEM.

A grade curricular do Ensino Médio também tem uma Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, Historia, Língua Portuguesa e Literatura, Matemática, Sociologia e Química e uma Parte Diversificada, tendo como Língua Estrangeira Moderna, o Inglês.

O estabelecimento não adota a progressão parcial, mas efetiva a matricula de alunos oriundos de estabelecimento que tem progressão parcial e para que o aluno tenha sucesso imediatamente, a equipe pedagógica e direção analisam o histórico do aluno para encaminhá–lo nas disciplinas que necessita frequentar, tendo assim oportunidade de prosseguir seus estudos.

A escola está inserida em um meio social que se constitui historicamente, com formas de organização, valores, normas e regras, e por se tratar de uma instituição que tem como função social a apropriação do conhecimento, de forma a tornar possível a compreensão da realidade e a atuação consciente sobre ela dos cidadãos que a compõem e, sempre que necessário, faz a atualização do Regimento Escolar, respeitando o que a sua estrutura define, regulamenta e normatiza acerca das ações do coletivo escolar.

O Regimento Escolar do estabelecimento atenderá à legislação educacional vigente, apresentando flexibilidade suficiente para permitir reformulações e adaptações, se necessário, garantindo a legalidade dos trabalhos escolares, conforme as normas da LDBEN nº 9.394/96 e do Sistema Estadual de Ensino, distribuindo os Títulos, Capítulos, Seções, Artigos e Parágrafos, conforme disposição técnico-legislativa. A classificação, reclassificação, promoção, progressão parcial e outras questões poderão ser averiguadas no Projeto Político-Pedagógico do Colégio.

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3. DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO

Ainda analisando a realidade escolar, levantamos dados da aprovação, reprovação, transferência e desistência nos últimos três anos (2008, 2009 e 2010), analisamos a situação e com base neste e em outros dados, propomos atitudes a serem tomadas para reverter o quadro.

2008 Diurno

SÉRIE/ANO TOTAL APROV REPROV TRANSF. DESIST.2º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 94 83 1 9 13º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 104 92 1 11 04º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 116 95 13 7 15ª SÉRIE/ENS. FUN. 226 163 43 14 66ª SÉRIE/ENS. FUN 242 183 32 18 97ª SÉRIE/ENS. FUN. 187 141 38 7 18ª SÉRIE/ENS .FUN. 188 163 15 7 31º ANO ENS. MED 177 132 24 15 62º ANO ENS. MED 90 79 4 3 43º ANO ENS. MED 81 64 8 8 1TOTAL GERAL 1455 1195 179 99 32

2008 Noturno

SÉRIE / ANO TOTAL APROV REPROV TRANSF DESIT8ª SÉRIE /ENS. FUND 22 10 2 4 71º ANO ENS. MED 30 16 4 3 72º ANO ENS. MED 42 22 1 11 83º ANO ENS. MED 48 41 1 4 2TOTAL GERAL 142 89 8 22 24

2009 Diurno

SÉRIE/ ANO TOTAL APROV REPROV TRANSF DESIST2º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 64 64 0 0 03º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 97 92 1 4 04º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 103 92 11 2 05ª SÉRIE/ENS. FUN 177 146 26 12 56ª SÉRIE/ENS. FUN 234 185 29 14 67ª SÉRIE/ENS. FUN 216 181 22 10 38ª SÉRIE/ENS. FUN 168 152 7 6 51º ANO ENS. MED 164 140 19 2 32º ANO ENS. MED 148 130 13 1 43º ANO ENS. MED 97 87 6 1 3TOTAL GERAL 1468 1269 134 52 28

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2009 Noturno

SÉRIE / ANO TOTAL APROV REPROV TRANSF DESIST.8ª SÉRIE /ENS. FUND 20 12 4 - 41º ANO ENS. MED 48 34 9 1 42º ANO ENS. MED 35 26 3 2 43º ANO ENS. MED 34 23 5 3 3TOTAL GERAL 137 95 21 6 15

2010 Diurno

SÉRIE/ ANO TOTAL APROV REPROV TRANSF DESIST4º ANO/1ª A 4ª SÉRIE 113 97 16 0 05ª SÉRIE/ENS. FUN 237 202 35 0 06ª SÉRIE/ENS. FUN 196 167 29 0 07ª SÉRIE/ENS. FUN 218 182 36 0 08ª SÉRIE/ENS. FUN 175 158 17 0 01º ANO ENS. MED 159 140 19 0 02º ANO ENS. MED 105 96 9 0 03º ANO ENS. MED 93 87 6 0 0TOTAL GERAL 1286 1129 167 0 0

2010 Noturno

SÉRIE / ANO TOTAL APROV REPROV TRANSF DESIST.9º ano /ENS. FUND 19 11 1 0 81º ANO ENS. MED 43 34 9 0 02º ANO ENS. MED 29 26 3 0 03º ANO ENS. MED 28 23 5 0 0TOTAL GERAL 119 94 18 0 8

DESCRIÇÃO:

No ano de 2008, houve 13 reprovas no 4º ano do ensino fundamental de 1ª a 4ª ; 43 reprovas nas quintas séries do diurno, 32 nas sextas séries, 38 nas sétimas e 15 na oitava série. Como aconteceu no ano anterior houve muitas reprovas na quinta, pois continuou sendo a série com mais reprovas, levando a analisar com mais cuidados o impacto que ocorre na passagem do quarto ano do ensino fundamental de primeira a quarta série para a quinta série. Quanto ao Ensino Médio mais uma vez o n.º maior de reprovas está nos 1º anos, tanto do diurno quanto do noturno num total de 28 alunos o que representa praticamente uma outra turma. Os desistentes do noturno somam o total de 21 alunos do Ensino Médio e 7 da oitava série. O n.º de alunos transferidos somam 24 alunos .Os reprovados do ano de 2008, num total de 188 alunos do diurno e noturno, formariam no mínimo cinco turmas com a média de 37 alunos cada e ainda temos os desistentes em numero de 57 alunos. É um fato assustador, pois representa fracasso e para o governo perda de investimento.

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Em 2009, nosso colégio já não tinha os primeiros anos do ensino de primeira a quarta série e tivemos 11 reprovas no quarto ano. De quinta a oitava série neste ano o maior numero de reprovas aconteceu na sexta série 29 alunos. Mais uma vez no primeiro ano do Ensino Médio tanto do diurno como no noturno aconteceram mais reprovas. Tivemos neste ano entre o diurno e noturno do Ensino Fundamental e Médio um total de 155 alunos, 43 desistentes . Em relação ao ano anterior houve a diminuição significativa de reprovas e de desistentes.

Com base nos dados das reprovas e desistências que ocorreram dentro destes três últimos anos, percebemos que nossa meta maior ainda continua sendo a de reverter este quadro com propostas de trabalho pedagógico que venha contribuir com uma educação de qualidade para que o aluno permaneça na escola com qualidade e sucesso. Observamos que o numero de desistentes tem diminuído em relação a 2007 onde tínhamos 82 alunos desistentes e em 2009, 43 alunos.

Quanto ao ano de 2010, verifica que o Ciclo Básico de Alfabetização do total de 167 aprovados e 18 reprovados. Nos sextos anos, temos um total de 202 aprovados e 35 reprovados; no 7º ano obtivemos 167 aprovados e 29 reprovados; já no oitavo ano contamos com 182 aprovados e 36 reprovados, enquanto no 9º ano tivemos 158 aprovados e 17 reprovados. O 9º ano do período noturno teve 11 aprovações e 1 reprova, além de 8 desistências. As demais turmas do Ensino Fundamental não tiveram abandono. Para o Ensino Médio da manhã temos, nos 1º anos 140 aprovados e 19 reprovados; nos 2º anos temos 96 aprovados e 6 reprovados, e por sua vez o 3º ano teve 87 aprovados e 9 reprovados. Por fim, o Ensino Médio do período noturno obteve, nos p1º anos, 34 aprovados e 9 reprovados; o 2º ano conta com 26 aprovados e 3 reprovados, enquanto o 3º ano conta com 23 aprovações e 5 reprovações.

DEFASAGEM IDADE E SÉRIE

Outro dado levantado no conhecimento da realidade de nossa escola diz respeito à defasagem idade e série e para isso, fizemos um levantamento desse fato nas séries do ano de 2010

SÉRIE/ANO TOTAL: SÉRIE/ANO

5º ANO 306º ANO 487º ANO 578º ANO 319º ANO 381º ANO/ ENS.MED. 272º ANO/ ENS.MED. 173º ANO/ ENS.MED. 17TOTAL GERAL 259

Nosso Colégio apresenta um número significativo de alunos que estão em uma série e deveriam estar em outra. Em média, no diurno, a defasagem ficam entre um a dois anos, com alguns casos de três anos.

A defasagem no noturno pode estar relacionada ao trabalho, levando o educando

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a evasão escolar, mais de uma reprova na mesma também é um fator que leva o educando ao abandono escolar retornando aos estudos mais tarde, devido às necessidades e exigências profissionais. Nos terceiros e quartos anos do Ensino Fundamental de primeira à quarta série, a defasagem idade e série é mais expressiva no quarto ano, quando há a retenção do aluno que não atingiu o mínimo exigidos dos conteúdos para seu avanço para a série posterior. Nos demais anos anteriores não há reprovas, pois o avanço é automático.

Observamos que em nosso colégio, o maior índice de defasagem está nas quintas e sextas séries e nas oitavas. Podemos explicar que a defasagem da quinta seja resultado da retenção no quarto ano do ensino fundamental de primeira à quarta série e as da sexta pode ser consequência das reprovas nas quintas, muitas vezes ocasionadas pelo impacto que o aluno sente ao se deparar com tempo menor para as atividades de cada disciplina, pois nessa série, ele tem vários professores que precisam dar conta de seu conteúdo em tempo determinado

No Ensino Médio, a defasagem é mais acentuada nos primeiros anos, resultando em reprovas na série e no 1º ano do noturno devido às causas já mencionadas anteriormente. Nos segundos e terceiros anos do diurno, o número de defasagem é menor acontecendo novamente defasagem série no segundo e terceiros anos do noturno.

O que percebemos também é que esta diminuição de defasagem, idade e série no Ensino Médio pode ser devido ao “afunilamento” que vai ocorrendo a partir das 8ª séries, pois alguns alunos deixam de estudar. Começamos as quintas séries com um número expressivo de alunos e concluímos a oitava com bem menos alunos.

O posicionamento dos professores, equipe pedagógica e direção acerca do fracasso escolar apresentado por meio das reprovas e desistências, e que pode estar relacionado ao interesse de cada aluno, participação dos responsáveis na vida escolar do educando, na própria prática pedagógica, como também os alunos do noturno necessitam trabalhar para complementar renda familiar ou ainda para suas próprias necessidades, dentre outros exemplos.

Reprovas e evasão escolar são fatores historicamente construídos, numa sociedade de sujeitos oriundos de famílias com diferentes estruturas politicas de governo, a serem repensadas. Quanto ao coletivo escolar, este deve estar atento para comunicar órgãos competentes, familiares e, por meio do plano de ação, buscar possíveis soluções para o problema. É um quadro que precisa ser revertido numa ação coletiva.

3.2 ANSEIO DA COMUNIDADE ESCOLAR

O primeiro anseio da comunidade e da escola é reverter o quadro de reprovas e desistências, pois as transferências muitas vezes acontecem por mudança do bairro, não podendo ser classificadas como um fracasso da escola. O aluno tem direito de estudar perto do lugar onde mora.

O colégio vem realizando um trabalho de conscientização junto aos pais sobre a importância do ensino e aprendizagem, da frequência às aulas.

A equipe pedagógica deve informar os pais do rendimento escolar do educando, isso é feito por meio de convocação, telefone e cartas. A entrega de boletins é feita através de convocação aos pais, para que os mesmos possam interagir na educação

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acadêmica de seus filhos. Quando o aluno se ausenta por dias consecutivos, os pais são comunicados,

devendo prestar justificativa à escola. Esgotada todas as alternativas da escola para o retorno do aluno, são comunicados os órgãos competentes para as devidas providencias. De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente, Lei 8.069, artigo 56, inciso II, de 13 de julho de 1990. Após ser confirmada evasão escolar, os pais também responderão perante a Lei.

Dentre os fatores que levam à evasão escolar estão: a falta de compromisso dos pais, o trabalho do aluno devido a uma necessidade social e econômica, o que leva o educando ao desânimo escolar, ao cansaço físico e mental, e abandono. Portanto, os professores buscam sempre que necessário propostas de trabalho pedagógico visando a recuperação destes alunos.

No que diz respeito aos pais, serão propostas reuniões, palestras que os orientem sobre como poderão acompanhar o rendimento e aprendizagem de seus filhos, para eles obterem melhores resultados nos estudos. Esse trabalho deve ser realizado em parceria com outros profissionais, por exemplo, de psicologia vinculados à universidades e faculdades.

A comunidade, na sua maioria, concorda que para a melhoria da qualidade do ensino o ano letivo deva iniciar com todos os professores já contratados, assim evitando falta desses profissionais.

Os professores devem ter compromissos e cobranças para com seus alunos quanto ao rigor do ensino, claro que também cobrando a responsabilidade do acompanhamento dos pais e ou responsáveis no processo de ensino-aprendizagem de seus filhos.

Mediante Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil, instâncias colegiadas que representam a comunidade escolar, espera-se que por meio de capacitações, possam ser oferecidas aos professores momentos para reflexão sobre suas práticas pedagógicas, que tenham por objetivo atender às necessidades dos professores na sua atuação.

O Conselho Escolar deve deliberar e garantir o cumprimento dos direitos, deveres, proibições e das ações pedagógicas educativas e disciplinares, pautando-se no Regimento Escolar e seu Estatuto. Cabe ressaltar ainda que compete ao Conselho Escolar quando constatado violação dos direitos da criança e do adolescente, assim como os diferentes fatores que interferem no desempenho escolar do aluno, fazer o encaminhamento para a Rede de Proteção à Criança e Adolescente, solicitando providências cabíveis.

Cabe ao diretor assegurar junto à comunidade escolar o cumprimento dos direitos, deveres, proibições e das ações pedagógicas educativas e disciplinares. Constando a violação dos direitos da criança e do adolescente, assim como os diferentes fatores que interferem no desempenho escolar do aluno, fazer o encaminhamento para a Rede de Proteção à Criança e Adolescente, solicitando providências cabíveis.

Para os alunos, as atividades extracurriculares são organizadas juntamente com o coletivo escolar, fazendo parte desse coletivo o grêmio estudantil. A tecnologia na escola é um recurso importante realizado . O Programa Paraná Digital e a TV Multimídia muito tem contribuído nos estudos e pesquisas realizadas propostas pelos professores. Os computadores do PROINFO atendem aos professores, funcionários e alunos em suas pesquisas que dependem da rede, com isso facilitando o processo ensino-aprendizagem.

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As participações em reuniões do Conselho Escolar e APMF também foram citadas como algo importante para os alunos, pois podem participar das tomadas de decisões e opinar por melhorias.

Os pedagogos procuram desempenhar o seu papel em orientar o professor pedagogicamente e organizar grupos de estudos. Viabilizar ambiente adequado para orientação aos pais, professores e alunos, mediando problemas de indisciplina que refletem no processo ensino-aprendizagem.

Compete ainda, à Equipe Pedagógica, viabilizar o cumprimento dos direitos, deveres, proibições e das ações pedagógicas educativas e disciplinares. Ressaltamos que essa

Esta atribuição de viabilizar o cumprimento dos direitos, deveres, proibições e das ações pedagógicas educativas e disciplinares compete também aos demais funcionários do estabelecimento de ensino: Secretário Escolar, funcionários que atuam na biblioteca escolar indicado pela direção do estabelecimento, nos laboratórios de informática, de Química, Física e Biologia; aos funcionários que zelam pela segurança e atuam nos serviços de conservação, manutenção e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações, e aos que atuam na cozinha do estabelecimento. Acrescenta-se ainda, conforme previsto no Regimento Escola, que ao Funcionários da Instituição, compete mediar conflitos nos espaços escolares, sempre que necessário encaminhando-os à Direção e Equipe Pedagógica.

Quanto aos, agentes de apoio 1 e 2, estes esperam em seu espaço de trabalho melhor qualidade para poder realizar suas funções de atendimento ao público.

No que diz respeito às melhorias do espaço físico, material e humano do Colégio, as solicitações feitas tanto pelos pais, alunos, professores e demais pessoas envolvidas é que continue a reposição permanente de materiais didático-pedagógicos, de limpeza, de administração, e que o espaço físico continue bem organizado e adaptado, visando ao bom acolhimento de todos. Continuar com a segurança, solicitando sempre que a patrulha escolar permaneça nas imediações do colégio por mais tempo, principalmente nas entradas e saídas. Continuar com o uso do uniforme, discutindo permanentemente com o aluno sobre sua importância como forma de identificação e de economia; ter sempre número suficiente de funcionários (professores, pedagogos, agentes de apoio 1 e 2 ).

3.3 CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS EM NOSSO COLÉGIO

A faixa etária dos nossos alunos está entre 9 a 23 anos de idade conforme a oferta de ensino do Colégio: Ensino Fundamental e Médio. São alunos, na maioria, filhos da classe trabalhadora assalariada, com um número mínimo de filhos de alguns proprietários do comércio local. Temos alunos de todas as classes sociais, embora podemos considerar a maioria deles como da classe media baixa e também alunos carentes.

Os pais e responsáveis são bastantes presentes quando convocados à escola, em sua maioria, aprovam as decisões tomadas para o melhor rendimento escolar do aluno e comparecem nas entregas de boletim. A equipe pedagógica está disponível para o atendimento dos pais sempre que precisarem comparecer à escola, independentemente de serem convocados.

Atendemos alunos com necessidades educativas especiais relacionadas à deficiência intelectual e alunos com transtornos funcionais específicos (hiperatividade,

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dislexia, disgrafia, discalculia, deficit de atenção) são atendidos na sala de recursos e inseridos na sala regular. Temos alunos com defasagem de aprendizagem que são encaminhados para sala de apoio. Temos em nosso colégio alunos com deficiências físicas que não encontram dificuldades ao movimentar pelo colégio, pois quando constatadas essas necessidades, os espaços físicos são adaptados oferecendo salas mais acessíveis.

Concluindo esta análise podemos dizer que não é uma tarefa fácil transformar, democratizar, humanizar nossa sociedade diante de tantas impunidades e poucas oportunidades, com jovens/adolescentes tendo comportamentos inadequados, sem regras, limites, ou ainda sem afetividade, entre outros. A educação não realizará o papel de transformação sozinha, é necessário que todos assumam suas responsabilidades participando de um saber coletivo que deve ir além das experiências vividas, considerando o sujeito como ser histórico capaz de transformar o meio em que vive, tornando-se ativo e formador de opinião por meio do conhecimento científico, saindo do senso comum, sem naturalizar os conceitos e sim, transformando-se para agir e pensar.

3.4. DIREITOS, ATRIBUIÇÕES E ENCAMINHAMENTOS DOS ALUNOS NO ESPAÇO ESCOLAR

Pautando-se nos dispositivos constitucionais da Lei Federal n.º 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – LBN, Decreto n.º 6.202/7, atribui-se o direito aos alunos, quando criança ou adolescente, solicitar por meio de seus pais ou responsáveis a revisão do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo, apresentando documentos que comprovem (provas, trabalhos, cadernos, etc.)

Enquanto deveres do aluno, cabem as seguintes responsabilidades: comparecer às aulas devidamente uniformizado, conforme definido com a comunidade ou Conselho Escolar. No caso do descumprimento, será realizado registro com orientação ao aluno e comunicação e ciências aos pais ou responsáveis. Havendo reincidência, o aluno fará atividades fora da sala de aula, em um espaço pedagógico, sendo comunicados os pais ou responsáveis.

A pontualidade com os horários de chegada ao colégio é fundamental, já que o atraso interfere no bom andamento da aula, bem como no acompanhamento pelo aluno, pois o aluno que chega muita atrasado, sem justificativa, não assistirá à primeira aula, ficando com falta e perdendo conteúdos e explicações do professor, o que prejudica seu aproveitamento. Somente será autorizada a entrada em sala de aula mediante atestado médico, declarações de comparecimento a exames médicos, prestação de serviço militar ou com justificativa dos pais registrado em documento próprio. Reincidindo os atrasos, os pais ou responsáveis serão convocados para orientações com registro e ciência em documento próprio. Persistindo os atrasos, será feita adequação de turno, mediante existência de vaga, ciência prévia aos pais ou responsáveis, por meio de assinatura em documento próprio.

O estabelecimento de ensino promoverá ações que inibam a prática de assédio moral, sexual ou bullying nas dependências da escola, por meio de orientações individuais e coletivas aos alunos envolvidos, assegurando a integridade dos mesmos, com comunicado aos pais ou responsáveis.

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O uso ou manuseio de quaisquer tipos de drogas nas dependências do Estabelecimento de Ensino é expressamente proibido, tomando a direção providências imediatas: comunicação ao Conselho Tutelar quando criança até 12 anos ou Patrulha Escolar, polícia militar quando adolescente acima de 12 anos e convocação com urgência dos pais ou responsáveis para ciência do fato ocorrido, com registro em ata.

Portanto, fumar nas dependências do Estabelecimento de Ensino, bem como comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de uso de substâncias entorpecentes caberá os seguintes encaminhamentos sócio educacionais: orientação pelos profissionais da escola, com registro em documentação própria, caso haja o descumprimento; convocação dos pais ou responsáveis para ciências e registro do ocorrido, como descumprimento à Lei Estatual n.º 14742/05 e Resolução 2555/08-SEED; realização de trabalho pedagógico em sala de aula, nas diferentes disciplinas, com o objetivo de conscientização acerca dos cuidados com a saúde e cumprimento da legislação; por fim, poder-se-á acionar a Rede de Proteção para encaminhamentos necessários.

Primando pelo zelo para com os bens patrimoniais do Estabelecimento de Ensino, a escola poderá realizar trabalhos voltados à conscientização da conservação dos mesmos. No entanto, a danificação desses ou de outros pertences de seus colegas, funcionários e professores, caberá orientação verbal e registro de ocorrência pelo Estabelecimento de Ensino, comunicando a Patrulha Escolar e convocando os pais ou responsáveis, que deverão reparar os danos ao patrimônio do estabelecimento e/ou devolver pertences de outros. Em caso de dos pais ou responsáveis não realizarem o ressarcimento do bem danificado, o fato será analisado pelo Conselho Tutelar, cabendo à parte ofendida acionar a autoridade policial e judiciária face à prática de ato infracional.

Quanto a ações de segurança contra o porte de armas brancas, de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco a segurança das pessoas, a direção comunicará imediatamente a Patrulha Escolar e/ou Polícia Militar, Conselho Tutelar e os pais ou responsáveis, com registro em ata e acionará a Rede de Proteção para encaminhamentos necessários.

É vedado ao aluno(a) namorar no interior do colégio. O aluno deverá cumprir as disposições contidas no Regimento Escolar, caso

descumpri-las ou transgredi-las ficará sujeito às ações pedagógicas educativas e disciplinares, na qual se considerará a natureza e a gravidade do fato ou do ato de indisciplina, os danos que dele provierem à comunidade escolar, bem como as reincidências do aluno. Nesse sentido, várias são as ações que irão contribuir para o convívio escolar:

• orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe pedagógica e direção;

• advertência, em caso de negligência, com anotação em livro próprio;• repreensão por escrito com registro em documento próprio, no caso de

descumprimento dos deveres e/ou reincidência dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura dos pais ou responsáveis;

• comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente;

• realizar estudos e pesquisas sobre temas relacionados à valores relacionados ao ato praticado, enfrentamento à violência e drogadição ou atividades determinadas por professores realizadas na escola no contra turno, ou em casa, devendo as mesma serem entregues ao Professores;

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• convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com registro e assinatura, e/ou termo de compromisso;

• encaminhamento à projetos/atividades palestras e eventos promovidos pela escola/colégio;

• retirada da sala, em caso de ato indisciplinar grave, a pedido do professor, com atividades pedagógicas dentro do Estabelecimento;

• suspensão da sala de aula, dentro do Estabelecimento de Ensino, de um a três dias, com atividade pedagógica em caso de falta grave, infração às proibições, reincidência, que tenha resultado em ação de repreensão, apreciada pela Direção, Equipe Pedagógica e comunicação aos pais;

• remanejamento de turma e/ou turno, no mesmo estabelecimento mediante a existência de vaga e oferta do turno, com aprovação do Conselho Escolar e ciência dos pais ou responsáveis; Contudo, esgotadas as possibilidades no âmbito do Estabelecimento de Ensino,

inclusive do Conselho Escolar, quando o aluno praticar ato infracional ou encontrar-se em situação de risco, o Conselho Tutelar ou a Promotoria de Justiça e da Infância e da Juventude serão informados, a fim de que sejam tomadas as providências cabíveis.

Em vista disso, todas as ações pedagógicas disciplinares previstas no Regimento Escolar serão devidamente registradas em ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas. E, contra a aplicação das ações pedagógicas educativas e disciplinares, poderá o aluno ou seu responsável interpor recurso por escrito para o Conselho Escolar, que analisará o caso ouvindo as partes.

O ato infracional, entendido como ação ou omissão, definida como crime ou contravenção penal praticado pelo aluno será comunicado imediatamente ao Conselho Tutelar e à Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, sendo que, quando praticado por aluno menor de 12 anos, será comunicado o Conselho Tutelar. Em casos de alunos maiores de 12 anos, será acionada a Patrulha Escolar ou Polícia Militar. Em ambos os casos os pais serão comunicados. Vale notar que a comunicação a qualquer um dos órgãos competentes acima citados não implicará em prejuízo à frequência do aluno envolvido, salvo decreto de internação provisória.

Após a verificação da falta disciplinar, o aluno poderá: sofrer uma das ações pedagógicas educativas e disciplinares; ter sua falta disciplinar plenamente justificada; ser atenuada a ação pedagógica educativa e disciplinar aplicada quando da análise do direito à defesa e ao contraditório; ter a ação pedagógica educativa e disciplinar aplicada anulada, quando se constatar que houve ilegalidade na sua aplicação. Quanto ao direito à defesa e ao contraditório, será garantido ao aluno e aos seus responsáveis legais, de forma que poderá formular pedido de consideração dirigido à autoridade que aplicou a ação pedagógica educativa e disciplinar, nos casos em que o aluno e se julgar prejudicado, no prazo de 02 (dois) dias úteis, a contar da ciência da resposta do pedido de reconsideração, formulado nos termos do artigo anterior.

Nessa perspectiva, compete aos pais, dentre outras atribuições legais, garantir o cumprimento dos direitos, deveres e das ações pedagógicas educativas e disciplinares. Daí a importância da escolar estabelecer ações de desenvolvimento junto à família, para com o acompanhamento escolar de seus filhos, atuando com medidas preventivas voltadas à disciplina, bem como ao rendimento escolar, tendo claros os papéis que cabem a cada um desempenhar.

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3.5. Corpo Docente

Para atender alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, contamos com um quadro de 32 professores efetivos, 41 PSS, todos com nível superior, 61 são Pós Graduados, 07 têm Mestrado, 01 Doutorado, 03 não possuem especialização. Temos 02 professores que são adaptados. Todos demonstram compromisso com o que fazem, buscando ampliar seus conhecimentos e utilizando práticas pedagógicas mais atrativas que despertem o interesse do aluno.

Os professores procuram cursos de formação continuada, pois sabem da necessidade de atualização permanente frente aos avanços tecnológicos e às mudanças que a sociedade sofre, uma vez que estas interferem nas práticas escolares. Portanto, o professor necessita buscar práticas que levem o educando a participar, a agir e ter possibilidades de mudanças em suas atitudes.

O aluno que atendemos em nossa comunidade traz do seu convívio social muitas informações e, a partir da realidade desse sujeito, o professor deve buscar práticas pedagógicas que despertem o interesse da criança.

Conforme Gasparim (2007), para que o conhecimento ocorra, o educando deve ser desafiado, mobilizado, sensibilizado para perceber a inter-relação entre o conteúdo proposto e sua vida cotidiana. Para que essa motivação aconteça, o professor deve conhecer a prática social do educando que não esta ligada diretamente ao indivíduo, mas às relações sociais do meio em que vive.

O professor é o mediador do conhecimento. Porém, deve ser um pesquisador no estudo da teoria e prática, com o propósito de desempenhar o seu trabalho pedagógico, visando à organização, à disciplina e à aprendizagem.

Compete ainda ao professor promover o cumprimento dos direitos, deveres e das ações pedagógicas educativas e disciplinares, bem como mediar conflitos em sala de aula e nos demais espaços escolares com registro em documentos próprios, oportunizando ao aluno momento de retratação e/ou reparação, garantindo encaminhamento à Rede de Proteção sempre que necessário.

PROPOSTA DE FORMAÇÃO E AÇÃO

Em nosso Colégio, o Projeto Político-Pedagógico contempla a formação continuada oferecendo aos agentes de apoio 01 e 02, Equipe Pedagógica, professores, a oportunidade de participar dos grupos de atividades de formação permanente no próprio colégio e nos cursos oferecidos pela SEED, Núcleo Regional de Educação, UEM, para que possam aprimorar seus conhecimentos frente às mudanças que ocorrem a cada momento na sociedade em que vivemos. Essa formação acontecerá por meio do trabalho com a prática de leituras de textos variados com temas da atualidade e também os referentes ao próprio cargo que desempenham, em reuniões pedagógicas e semana pedagógica. Serão disponibilizados vídeos, fitas e a biblioteca para que os envolvidos no trabalho do colégio possam também ter formação continuada através da TV Escola, TV Paulo Freire e outros. A Web conferência também é um importante recurso tecnológico para formação dos professores e demais funcionários. Serão promovidas palestras com outros profissionais que falem sobre a autoestima, valorização profissional e outros assuntos conforme necessidade da escola.

Os estudos e cursos, durante o ano letivo serão realizados nas jornadas pedagógicas e aos sábados. As horas-atividade são destinadas para elaboração e revisão

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de planejamentos, escolha do livro didático, correções diversas sobre o registro do livro de classe, acompanhamento do planejamento e outros que se fizerem necessários.

4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A educação brasileira nas últimas décadas, teve significativas mudanças, houve queda na taxa de analfabetismo, aumento expressivo do número de matrículas em todos os níveis de ensino e também crescimento da taxa de escolaridade da população brasileira. Isto se deve ao aumento do atendimento escolar na faixa etária obrigatória, com promoção de políticas educacionais que auxiliem a permanência do aluno na escola.

Dessa forma, verifica-se um número maior de alunos matriculados e consequentemente, há necessidade de maiores investimentos na educação e na qualidade de ensino.

A qualidade de ensino está relacionada a todos os envolvidos na escola, Professor e aluno são sujeitos nas interações ocorridas na sociedade. Eles auferem influências de outros, por exemplo, da família, escola propriamente dita, meios de comunicação e da sociedade de maneira geral. Assim, são sujeitos concretos, cada qual tem seu histórico de vida, são indivíduos reais.

A reflexão acima nos leva a um entendimento de que a sala de aula é um espaço de construção de conhecimentos em que os sujeitos interagem mediados pelo conhecimento, ambos trazem em seus históricos experiências de cada um das relações sociais que se estabelecem.

Nessas relações, para que a aprendizagem ocorra é necessário ter disposição para ensinar e aprender. Professor e aluno têm responsabilidades nesse processo. O conteúdo sistematizado terá sentido, quanto mais é feita a relação com o contexto de vida dos indivíduos envolvidos nesse processo. Aprendizagem passa pelos conhecimentos prévios e das afetividades entre professor e aluno. Portanto, quanto maior a relação dos conhecimentos prévios com os científicos, maior significado terá aprendizagem para o educando.

Desse ponto de vista, é de grande importância que a qualidade de ensino seja responsabilidade de todos os envolvidos, Estados, Sociedade, Pais, Alunos e Professores.

O objetivo da escola é garantir acesso e permanência com qualidade a todos os alunos e com isso, diminuir a repetência e evasão. Para que isto ocorra de forma real, deve-se melhorar a condição física, os recursos didáticos, acompanhados do uso de tecnologias da comunicação e informação, trabalhando os conteúdos determinados pelo núcleo comum a partir de situações reais da atualidade.

4.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

A sociedade está em constantes mudanças políticas sociais e culturais. Para tratar de Educação/Escola, temos que considerar a relação que se estabelece entre sociedade e educação, bem como, a função social da educação na produção e reprodução das relações sociais, pois a educação só tem sentido numa relação integrada e transformadora, considerando o sujeito concreto e histórico.

Marx escreve que a história das sociedades desde o surgimento da propriedade

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privada, se fundamenta numa história de luta de classes. Gramsci (2004), em seus estudos reafirma tal colocação ao escrever que no decorrer desse processo de organização de classes sociais, elas buscam a hegemonia na constituição das relações sociais. A educação não está desvinculada desse processo.

Pensadores, como Marx e Engels (1992) escreveram que a educação, ciência e o conhecimento podem levar o indivíduo a emancipação e à libertação de classes opressoras.

Assim, a educação deve ser entendida como instrumento de transformação social no meio do qual o sujeito esta inserido, como emancipação e libertação do pensamento, devendo as transformações estar relacionadas às questões políticas, sociais e econômicas.

Mediante os fatores históricos, o homem é agente de transformação devido às necessidades de sua própria condição e ao mesmo tempo é consciente de que sozinho teria dificuldades de modificar o meio, frente à necessidade de viver em comunidade, onde o conhecimento acumulado lhes proporciona melhores condições de vida, modificando modos de ser, de viver, de pensar, onde a educação, a política e a ideologia se inter-relacionam num movimento histórico.

Nossa comunidade, como parte desta sociedade, espera que a escola ofereça condições a seus alunos para que possam refletir a realidade em que vivem, não se transformando em pessoas adaptativas a sociedade, mas autônomas que percebam seu papel numa sociedade em mudanças permanentes.

O homem é um ser dinâmico, social, agente que promove e sofre transformações ao longo da história que sabe das rupturas necessárias que devem acontecer em um contexto real no momento histórico, político e econômico em que vivemos, impondo desafios e mudanças que serão superados através de uma preparação adequada, que inclui educação de qualidade, participativa e democrática.

Para atender os desafios, buscamos a valorização do homem como ser humano, visando à formação de um cidadão criativo, consciente, participativo e autônomo. Para atingir este fim, propomos uma ação pedagógica onde os conteúdos sejam trabalhados, possibilitando que todos os alunos tenham igualdade de condições e oportunidades dentro de uma sociedade competitiva.

É compromisso de todos os envolvidos com o processo educativo buscar alternativas para melhorar o ensino/aprendizagem, visando organizar o saber disponível na cultura social, ajudando o aluno na passagem do senso comum ao conhecimento cientifico, propondo conteúdo que leve-a a ter uma consciência crítica e transformadora. A LDB 9394/96, em seu artigo 22, define como objetivo maior “desenvolver o educando assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, oferecendo-lhe também meios de prosseguir seus estudos”. Para que isto se efetive de forma completa, o aluno deve ser considerado como membro da sociedade em mudança, logo o que é desenvolvido na escola deve visar à realidade onde ele está inserido, tendo em mente a sociedade, o tipo de homem que queremos formar.

A LDB 9394/96 define os princípios básicos que devem nortear as práticas pedagógicas propostas pela escola garantidos no art. 3º, inciso I a XI.

O Projeto Político-Pedagógico é o norteador das ações da escola na formação do educando consciente. Construído, assumido e cumprido de forma coletiva, garantindo o o processo de ensino-aprendizagem do nosso aluno possibilitando a sua atuação com consciência, dignidade e responsabilidade na sociedade, na qual ele espera ver atendidas suas necessidades sociais, políticas e econômicas.

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De acordo com a Constituição Nacional, artigo 205, a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família. Ele é seguido do artigo 206, que traz condições de acesso, permanência e qualidade de ensino para o desenvolvimento do sujeito para o exercício de sua cidadania. Porém, o baixo rendimento e evasão escolar podem estar relacionados a fatores como baixa autoestima, aspectos sociais, desestruturação familiar, reprovação, bullying, descriminação e outros. A evasão escolar é um dos temas a serem pensados e discutidos no âmbito escolar para as possíveis soluções.

A nossa escola devera buscar ações que efetivem a construção e sociabilização do conhecimento, valores, a atitude, oportunizando ao nosso aluno participar como pessoa ativa e crítica das novas possibilidades de leituras de si e do mundo, tendo, conforme já citado, novas atitudes para a construção de sua identidade e das modificações do meio social

Para a formação do nosso aluno com novas ideias, atitudes, valores e outros, o espaço escolar deverá contar com atividades extraescolares (esporte, música, dança, produções de conhecimentos escritos, oral e artísticos e outros) podendo o aluno socializar e valorizar a produção dos vários conhecimentos adquiridos.

Nesse sentido, é importante a participação da comunidade escolar nas várias instâncias colegiadas como, Conselho Escolar, do Grêmio Estudantil, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF). Informar o funcionamento dessas instancias é dever da escola para que aqueles interessados possam vir a participar das tomadas de decisões da escola. Cabe ressaltar que é importante a parceria que temos com Universidade Estadual de Maringá, Cesumar, Uningá e outros segmentos que trabalham em conjunto com a escola atendendo às necessidades e anseios da comunidade.

A interação entre escola e comunidade, universidade, faculdades e demais segmentos é de grande importância no nosso Projeto Político-Pedagógico, pois o relacionamento contínuo e flexível com a comunidade favorece a possibilidade da compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se expressam no ambiente escolar. As relações sociais entre escola e comunidade se dão por meio da interação dos espaços educacionais existentes criando ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento, aprendizagem e convívio social. É a interação que nos permite interpretar a realidade, construir significados criando novas possibilidades de ação e de conhecimentos.

Na abordagem de Vygotsky, coerente com os princípios do materialismo dialético, onde organismo e meio determinam-se mutuamente, o biológico e o social estão associados, exercem influência mútua. Nessa premissa é que o homem constitui-se como tal, através de suas interações sociais age, interage e transforma a natureza e a si próprio. Compreender essas transformações não é tarefa fácil, mas é fundamental para que o sujeito construa sua identidade, exerça a cidadania, torne-se um ser autônomo, criativo, crítico independente e com auto estima positiva e é isto que queremos para nossos alunos com o ensino/aprendizagem.

Este referencial de Vygotsky nos mostra que o conhecimento se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade, pois para ele o homem não é apenas ativo, é também interativo, porque constrói conhecimentos a partir das relações intra e inter pessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que vão se internalizando conhecimento, papéis e consciência.

Sendo o homem um ser histórico e consciente, para sobreviver, organiza-se por meio do trabalho, estabelece relação entre si e com a natureza, distingue-se de outros seres pela capacidade de transformar a natureza e a si próprio, conforme suas

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necessidades; criando novas condições de existência. Através do trabalho e transformação, o homem estabelece relação com seus semelhantes, produz conhecimento, constrói a sociedade e faz a história, sendo, portanto, um ser em permanente construção.

Diante desta reflexão sobre como o homem age, interage e aprende, é que confirmamos a importância das propostas escolares que devem considerar a organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa entre professores e aluno, os questionamentos e as controvérsias, pois estes influenciam no processo de construção de significado e sentido que os alunos esperam e atribuem aos conteúdos escolares.

Portanto, a escolarização é fundamental na constituição do indivíduo e a escola só desempenhará bem seu papel se partir do conhecimento do cotidiano dos seus alunos, do conhecimento prévio e das ideias que têm sobre o objeto, fatos, fenômenos da teoria sobre o que observam, e criar possibilidades de ampliar e desafiar a construção de novos conhecimentos.

A escola é uma instituição que oferta os conceitos científicos relacionados de forma hierárquica, os quais devem favorecer a interação dos indivíduos promovendo o desenvolvimento, a aprendizagem e os pensamentos conceituais.

O conhecimento científico não surgiu do nada, nem está pronto e acabado, pois é produto de um longo processo, lento, graduado, onde todas as contribuições são importantes para a evolução. O conhecimento é produzido por muitas pessoas que ao longo da história foram proporcionando questões teóricas sobre os mais diversos fenômenos. Cabe à escola valorizar esses pressupostos propondo práticas pedagógicas que considerem a visão de conhecimento científico, possibilitando a transformação do saber cotidiano do aluno permitindo estabelecer relações entre um e outro.

Nossa forma de pensamento é necessária para a construção dos conhecimentos, só o acesso à escola não será suficiente para que o indivíduo se aproprie do conhecimento elaborado. É preciso oferecer um ensino de qualidade.

A avaliação deve ser compreendida como parte integradora do processo ensino aprendizagem. O professor tem como objetivo fazer uma reflexão contínua sobre a prática. Buscar instrumentos diferenciados no seu trabalho pedagógico, retomando-o sempre que necessário, oferecendo ao educando o avanço no processo de ensino-aprendizagem.

Para Veiga (2001), esta avaliação acontecerá em três momentos: a discussão e a problematização da realidade escolar, a compreensão crítica problematizada e apropriação de alternativas de ação.

A avaliação será compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem e nos momentos específicos como fechamento de grandes etapas de trabalho que envolve não somente o professor, mas também o aluno, pois é comunidade escolar. O professor precisa subsidiar uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre necessidade de criar novos instrumentos de trabalho e retomar aspectos que precisam ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de grupo.

Para o aluno, a avaliação é instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganizar seu investimento na tarefa de aprender. Já para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais os aspectos das ações educacionais que precisam de mais apoio.

No que se refere à avaliação, o processo de auto avaliação é uma situação de

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aprendizagem onde o aluno desenvolve estratégias de análise e de interpretação de suas produções e dos diferentes procedimentos para se avaliar. É tão importante quanto o quê e como avaliar, que são decisões pedagógicas decorrentes dos resultados de avaliação.

As questões aqui colocadas foram realizadas a partir de discussões coletivas e leituras. Os trabalhos pedagógicos deverão ser realizados com fundamento no propósito deste documento. As concepções deste Projeto Político-Pedagógico terão como princípio orientar os conceitos de ensino-aprendizagem e desenvolvimento do educando, bem como, conteúdos, plano de trabalho docente, metodologias, entre outros que envolvem todo processo educativo.

4.2. OBJETIVOS DA ESCOLA

Frente ao que estabelece a lei e de acordo com as necessidades da comunidade visando à formação do aluno crítico, participativo e autônomo, nossa escola tem por objetivos:

• Atender todos os alunos garantindo acesso e permanência na escola; • Ser espaço aberto para os alunos respeitando as diversidades culturais;• Contextualizar a escola como espaço para a construção dos conhecimentos

científicos;• Fazer do pedagógico e do administrativo uma democracia participativa;• Compreender os avanços históricos e tecnológicos e das ciências;• Propiciar a aquisição do conhecimento que possibilite ao educando tornar-se

crítico, capaz de refletir e dirigir suas ações segundo as necessidades que são postas historicamente ao homem;

• Oferecer um ensino de qualidade possibilitando ao educando a conquista da cidadania plena (direitos e deveres) para atuar em sociedade;

• Oferecer a todas as pessoas envolvidas na ação educativa oportunidade de colocar suas opiniões, de forma consciente e compromissado;

• Visualizar o cumprimento dos direitos, deveres, proibições e das ações pedagógicas educativas e disciplinares que competem a todos os funcionários que atuam no estabelecimento em suas diferentes funções, sendo eles: secretária escolar, os funcionários que atuam na secretaria sob a coordenação do secretário, bem como os que atuam na biblioteca escolar , no laboratório de informática, Laboratório de Química, Física e Biologia, os funcionários que zelam pela segurança atuando no serviço de conservação, manutenção e preservação do ambiente escolar, de seus utensílios e instalações, os que exercem a função de cozinheiras do Estabelecimento.

• Mediar conflitos nos espaços escolares sempre que necessário, encaminhando-os à Direção e Equipe Pedagógica, é também outra das atribuições dos funcionários da instituição.

• Ser espaço que favoreça diferentes manifestações culturais;• Conscientizar todos os envolvidos no processo educacional, pais, alunos e

professores da necessidade de reverter o quadro de desistência e reprovação, por meio de trabalhos pedagógicos;

• Promover a integração da comunidade escolar: professores, funcionários, alunos, grêmio estudantil, APMF (Associação de Pais e Mestres e Funcionários),

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Conselho Escolar, alunos representantes de turmas e a comunidade em que o Colégio está inserido visando a um trabalho em sintonia, na mesma direção;

• Contribuir de forma sistemática e constante para o avanço do pedagógico e manter uma avaliação envolvendo alunos, professores e equipe pedagógica como condição fundamental para a melhoria da qualidade de ensino.

4.3. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Temos em nosso colégio o Ensino Fundamental e Médio. O ensino Fundamental compreende do 6º ao 9º ano.

O Ensino Médio é dividido por blocos. As disciplinas da Matriz Curricular estão organizadas anualmente em dois blocos. A carga horária anual de cada disciplina ficará concentrada em um semestre, garantindo o número de aulas da Matriz Curricular, pois os Blocos de Disciplinas Semestrais são ofertados de forma concomitante nos dois semestres De acordo com a Deliberação nº 09/01 cada Bloco de Disciplinas Semestrais, deverá ser cumprido em, no mínimo, 100 dias letivos, previstos no Calendário Escolar. Quanto à organização, deve considerar o número total de turmas do Ensino Médio. Se o total de turmas previstas para o Ensino Médio for ímpar, será necessário reorganizar a série que tiver o maior número de alunos matriculados de modo que o número de turmas daquela série seja par. É preciso distribuir os Blocos de Disciplinas Semestrais de forma alternada pelo Ensino Médio em todas as turmas de todas as séries Nas Turmas pares: se o número total de turmas já for par, distribuir os Blocos de Disciplinas Semestrais de forma alternada pelo total de turmas de todos os anos. A matrícula será semestral e obedecerá ao disposto na deliberação mencionada. O aluno terá a garantia de continuidade de seus estudos quando concluir cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais.

A organização curricular utilizada pelo nosso colégio é por Blocos de Disciplinas no Ensino Médio. Sendo uma organização semestral, é distribuída da seguinte forma: BLOCO 1: Biologia, Educação Física, Filosofia, História, Língua Estrangeira Moderna e Língua Portuguesa; BLOCO 2: Arte, Física, Geografia, Matemática, Sociologia e Química. O aluno fará matrícula ao término de cada bloco, ou seja, no início de cada semestre. O período letivo de cada semestre deve fechar com 100 dias letivos, ou 400 horas. Em relação à matrícula, o aluno que vier com transferência de outro Colégio terá sua documentação, no que se refere à disciplina e conteúdos trabalhados, analisada pela Equipe Pedagógica, acompanhada pela Direção e Secretaria, para ver em que blocos, o aluno será matriculado para garantir o prosseguimento dos estudos sem prejuízo para sua aprendizagem (maior especificação no Regimento Escolar).

A organização curricular utilizada no Ensino Fundamental é por disciplina do 6º ao 9º ano . Quanto à Base Nacional Comum do 6º ao 9º ano é composta por: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História Língua Portuguesa e Matemática. Na parte diversificada, oferecemos Língua Estrangeira Moderna ( Inglês), e através do CELEM outra opção de língua estrangeira: Espanhol, que nossos alunos podem optar por fazer em período contrário ao que estuda.

Os conteúdos de, Geografia do Paraná serão trabalhados no 8º ano e a História do Paraná no 9º ano. No Ensino Médio, intercalados nos três anos.

A cultura africana, afro-brasileira e as culturas indígenas serão abordadas em todas as disciplinas, através de proposta interdisciplinar, na qual os conteúdos serão

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discutidos e planejados no início de cada ano letivo e que será anexada à Proposta Pedagógica. Com base na Lei 10.639/03, Instrução 017/2006 e Deliberação 04/2006 que tratam das Normas para a Educação das Relações Étnico Raciais e ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, nosso Estabelecimento de Ensino possui a Equipe Multidisciplinar responsável pelo desenvolvimento das atividades referente ao tema durante o ano letivo, composta pelos seguintes professores: Ezilda Alves Greco (Língua Portuguesa), Elizabete Pontes Fernandes (Ciências), Lourdes de Fátima Rocco (Matemática), Nivaldete Gabriel de Matos (História e Ensino Religioso), Márcia Regina Schelbauer (Geografia), Lucicléia Bárbara Proença (Educação Física), Elismara (Artes)

Já quanto ao tema do meio ambiente, temos trabalhos pedagógicos voltado principalmente para a preservação do Ribeirão Morangueiro, principal fundo de vale da Vila Morangueira, onde o Colégio está situado. Os trabalhos são propostos no planejamento anual do professor de Geografia. Os projetos elaborados não são pontuais, conforme colocado, são abordados e trabalhados relacionando o tema às experiências e práticas do cotidiano do aluno possibilitando a eles maior consciência, mudanças de atitudes e comportamentos frente às questões ambientais.

É dever da Escola cuidar e educar para os avanços da melhoria de qualidade de ensino, tornando cidadãos conscientes, participativos em uma sociedade mais humana e igualitária.

O nosso estabelecimento oferece atividades complementares em contra turno, Cultura e Arte, desenvolvidas pela Escola como: Canto Coral, Banda Fanfarra com instrumentos musicais, que atende alunos e comunidade. Dança, Esporte e Lazer, como:(Futsal, Handebol, Capoeira); Meio ambiente, como: (Agenda 21 Escolar), Desenvolvido pela Escola; Mundo do Trabalho e Geração de Rendas, como: Fotografia Científica e Aprofundamento da Aprendizagem na Disciplina de Matemática, Língua Estrangeira Moderna, como:(Laboratório de Matemática, Oralidade, Escrita e Comunicação) com parceira do SESC/SENAC. Também oferecemos sala de apoio, alunos do 6° ao 9° ano e sala de Recurso para alunos do 6° ao 9° ano nos turnos da manhã e tarde.

4.4 REGULAMENTAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

De acordo com a Lei Federal 11.788/2008 – Instrução nº. 006/2009 – SUED/SEED:

Art. 1º – Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em Instituições de educação superior, de educação profissional de ensino médio, de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

Art. 2º - O Estabelecimento de Ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três anos, perfazendo um mínimo de 2 400 horas.

Art. 3º - Na organização Curricular do Ensino Médio consta:I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia,

Química, Física, História, Geografia, Educação física, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa e Matemática e de uma parte diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

II – História, Cultura Afro Brasileira Indígena, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à

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Violência contra a Criança e o Adolescente, como desafios trabalhados ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas,

III – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.Art. 4º - As atividades de estágio não obrigatórias previstas e desenvolvidas no

curso do Ensino Médio são consideradas curriculares, configurando-se Ato Educativo.Art. 5º-Serão considerados estagiários ou alunos matriculados e frequentes no

Ensino Médio que tenham idade prevista em lei.Art. 6º - O Estágio não obrigatório, incluído na Proposta Curricular do Curso,

opcional para os alunos, terá registrada no Histórico Escolar a carga horária efetivamente realizada.

Art. 7º - O Estágio do Ensino Médio e nas suas modalidades, assumido pela escola a partir da demanda dos alunos ou de organizações da comunidade, objetivando a participação do Serviço Social, voluntário ou obrigatório, sem fins lucrativos, terá registrado no Histórico Escolar a carga horária efetivamente realizada.

4.5 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

O Colégio Estadual João de Faria Pioli – Ensino Fundamental e Médio possibilita a implementação do “Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola” com a criação das Brigadas Escolares, bem como a elaboração do organograma da Instituição. Para tanto, serão indicados funcionários da instituição de ensino para compor o grupo da Brigadas Escolares conforme critérios descritos no Programa, proporcionando aos elementos do grupo que compõe a Brigada Escolar à participação nas capacitações, e o acompanhamento do desenvolvimento das ações do grupo da Brigadas Escolares.

Aos funcionários indicados para o Programa: Pedagogos, Docentes, Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares, Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção e Infra- estrutura Escolar e Prevenção do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando - competem as mesmas atribuições, conforme descritas no Regimento Escolar, e apresentadas abaixo:acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

• Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar;

• Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos componentes da Brigada Escolar;

• Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

• Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em ata específico ao Programa;

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• Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessárias;

• Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o organograma elaborado pela Instituição de Ensino;

• Participar das formações para a Brigada Escolar, em EaD e também PRESENCIAL.

4.6 DIVERSIDADE E INCLUSÃO EDUCACIONAL

A diversidade e inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular, conforme levantamento histórico, vem ocorrendo desde a década de 80, mas ainda não era componente de estudos curriculares na área da educação.

Na Declaração dos Direitos da Pessoa com Deficiência está registrado que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos civis, políticos e educacionais, como qualquer outra pessoa. Elas têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional. Direitos estes tem sido praticados por meio de medidas isoladas, ou ainda, por pequenos grupos, visto que, hoje, há reconhecimentos de tais direitos sendo aplicados e identificados por meio da lei e de políticas públicas governamentais, bem como ações de organismos não governamentais.

Ao longo dos tempos, a visão sobre as pessoas com necessidades especiais – visuais, auditivas, físicas, déficit intelectual e outras – vem passando por processos de modificação do ponto de vista social, político e educacional. Até o século XVIII, as noções a respeito da deficiência eram ligadas ao misticismo e ocultismo, não havia uma base científica de análise sobre o desenvolvimento da realidade daquela sociedade (MAZZOTA, 2005). Nesse período, a falta de conhecimento sobre as deficiências muito contribuiu para que essas pessoas, por serem diferentes, fossem marginalizadas e excluídas do convívio social, não muito diferente dos dias de hoje, em que ainda convivemos com preconceitos e desrespeito para com as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. Porém, já existem políticas sociais e educacionais que amparam e garantem o direito dessas pessoas, não só no âmbito educacional, mas o de ir e vir na sociedade. Segundo o mesmo autor, foi na Europa que surgiram os primeiros movimentos a favor do atendimento às pessoas com necessidades especiais. Medidas e políticas educacionais voltadas para tal clientela, mais tarde, foram se expandindo para países como Estados Unidos e Canadá e, posteriormente, para outros países, incluindo o Brasil.

Segundo Mantoan (1997), o problema da integração e participação das pessoas com deficiência não está no ser diferente ou nas diferentes concepções e ideologias existentes sobre o processo ou ainda nas iniciativas tomadas para a viabilização dos direitos dessas pessoas, e sim no fato de como as pessoas com deficiência estão sendo aceitas na sociedade atual, uma vez que elas devem ser entendidas como históricas e contextualizadas. Isto que implica aceitar a concepção de homem e mundo e pensar na sua própria integração.

A Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 (BRASIL, 1996) garante aos alunos com deficiência o direito à educação, conforme Capítulo V, do artigo 59: “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades educacionais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às suas

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necessidades.” Não se trata aqui apenas de legitimar os direitos destas pessoas, mas acima de tudo assegurar a permanência e a acessibilidade que é um dever do Estado. E, conseqüentemente, investir na formação do professor, uma vez que este é responsável pela transmissão do conhecimento no processo ensino-aprendizagem.

Conforme a Declaração de Salamanca de 1994, citada por Sassaki (1997, p. 119), para proceder às mudanças fundamentais na política, exigidas pela abordagem da educação inclusiva, é necessário capacitar as escolas comuns para atender a todos os alunos, em particular aqueles que são portadores de necessidades especiais.

Avaliação é importante no ensino especializado, o professor deve ter um olhar diferenciado para o aluno com DI na verificação da sua aprendizagem. Ele deve observar as condições de aprendizagem, seu rendimento, valorizando os resultados esperados. Outro aspecto importante para a aprendizagem é a verificação das atividades propostas sem sala de aula: trabalhos, seminários, desenhos, oralidade, participação, entre outras. A equipe pedagógica e professores devem ainda avaliar o aluno por meio de relatórios, registros de classes, fichas com indicadores que apontam suas perspectivas sociais e cognitivas.

Nas situações de avaliação, é importante que se tenha clareza do que se quer avaliar. Ela deve se constituir em um processo contínuo, cumulativo e diagnóstico, devendo estar de acordo com os objetivos e temas propostos em sala de aula, conforme conteúdo trabalhado. Ao elaborar uma avaliação, o professor poderá fazer uma mediação educativa, possibilitando alternativas para que o aluno com deficiência intelectual possa demonstrar o conhecimento apropriado.

Nessas perspectivas históricas, a escola tem papel importante em oferecer condições a todos os alunos com necessidades educativas especiais condições e acessibilidade ao espaço físico e aprendizagem.

CULTURA AFRICANA, AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

A Lei nº. 10.639, de 09/01/2003, regulamenta a alteração trazida à Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabelece a obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.

É importante destacar que não se trata de mudar o foco etnocêntrico de raiz européia por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir nos estudos e atividades, as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além da raiz africana e européia. É preciso ter clareza que a inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem as relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para a aprendizagem, objetivos da educação oferecida pelas escolas.

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Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para a construção de uma sociedade justa, igual, equânime.Este colégio ofertará os estudos sobre História e Cultura Afro-brasileira e Africana de forma interdisciplinar e os conteúdos serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar; nas áreas de Artes, Língua Portuguesa/Literatura, História, Ciências, Ensino Religioso, Matemática, Geografia e Educação Física e se fará por diferentes meios, inclusive, a realização de projetos, seminários, inclusão no calendário escolar do dia 20 de novembro como “Dia Nacional de Consciência Negra”.

A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

A Educação Escolar Indígena é ofertada pelo Estado, em colaboração com os municípios paranaenses. As diretrizes da SEED foram elaboradas para as 34 escolas indígenas no Estado e garantem uma educação laica, intercultural e bilíngue a 2.792 estudantes indígenas.Numa perspectiva intercultural, bilingue e de qualidade nos grupos étnicos do Paraná: Guarani, Kaingangs, Xetá e Xokleng.

Todas as escolas indígenas foram estadualizadas em 2008, com a oferta de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os trabalhos de expansão da rede física, para acomodar adequadamente novas turmas, estarão concluídos até 2010.

4.6 AVALIAÇÃO

Luckesi (1995) define avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, pois acolhe a situação na sua realidade. Este ato amoroso é aquele que acolhe atos, ações, alegrias e não característica de julgar e quando surge esta necessidade é para melhor a vida do aluno e não para excluir.

A avaliação deve ser um ato acolhedor, integrativo e inclusivo e para que ela seja este ato amoroso para com a aprendizagem, não pode ter caráter de julgamento. A avaliação precisa acolher a apresentação para verificar sua qualidade, dando–lhe suporte à mudança, quando necessário. Deve ser empregadas como ato diagnóstico que tem por objetivo aqualitar coisas, atos situações e pessoas para tomada de decisões, criando condições para obter maior satisfação do que construir incluindo – o pelos mais variados meios, levando em conta uma aprendizagem satisfatória que integra a experiência de vida, oferecendo condições de encontrar caminhos para melhorar seus resultados da aprendizagem.

Avaliar um aluno, é criar base de como incluí-lo no círculo da aprendizagem. O diagnóstico permite a decisão de direcionar ou redirecionar aquilo que precisa ser ajustado.

A avaliação da aprendizagem escolar deve auxiliar o professor e o aluno na construção do conhecimento e a escola na sua responsabilidade social.

A avaliação permite julgamento e classificação, mas essa não é uma função constitutiva. É preciso valorizar a função ontológica (constitutiva) que é o diagnóstico, que cria base para tomada de decisão, meio de encaminhar os atos subsequentes , buscando resultados satisfatórios, tendo como função básica: propiciar a autocompreensão tanto do educando como do professor, pois podem se auto

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compreender a partir da avaliação da aprendizagem, onde os dois crescem; função de motivar o crescimento, reconhecendo o limite e a amplitude, surge a motivação para o prosseguimento o percurso da vida ou do estudo. A avaliação deve ser motivadora para o aluno pelo reconhecimento de onde está e por poder visualizar suas possibilidades; função de aprofundamento de aprendizagem: o exercício da avaliação apresenta-se como múltiplas oportunidades de aprender. As atividade na prática da avaliação da aprendizagem pode, possibilitar a manifestação pelo professor e aluno da qualidade de sua possível aprendizagem e também seu aprofundamento; função de auxiliar a aprendizagem , pois devemos estar atentos às necessidades dos alunos e às perspectivas do seu crescimento, criando condições para que isto aconteça. Para que estas funções realmente sejam cumpridas, precisamos ter alguns cuidados com os instrumentos a serem utilizados para operacionalizar o processo avaliativo.

Ter ciência de que, por meio dos instrumentos de avaliação da aprendizagem, estamos solicitando ao educando que manifeste seu modo de aprender, sua , capacidade de raciocinar, de criar, de entender, etc.

A avaliação diagnóstica só terá resultados se a compreendermos e a realizarmos de forma comprometida com uma concepção pedagógica proposta: pedagogia histórico-crítica, que tenha como preocupação que o aluno deva se apropriar criticamente dos conhecimentos e necessários à sua realização como sujeito crítico. Essa modalidade de avaliação não existe solta, isolada. É condição de sua existência a articulação com uma concepção pedagógica progressista.

Os instrumentos de avaliação deverão ser elaborados, executados e aplicados levando –se em conta os seguintes princípios: devem verificar resultados de aprendizagem claramente definidos de acordo com os objetivos; adequar os resultados de aprendizagem com o conteúdo da matéria incluída na instrução; conter tipos e itens que são mais adequados para medir os resultados de aprendizagem desejados; serem planejadas para se ajustarem aos usos particulares a serem feitos; serem construídas com fidelidade quanto possível para serem interpretados corretamente; devem ser utilizadas para melhorar a aprendizagem do aluno e o sistema de ensino.

Um dos componentes do planejamento da avaliação formativa é a seleção dos procedimentos a serem utilizados de acordo com o nível de desenvolvimento do aluno, da disciplina, do ano, do tipo de trabalho realizado, etc. Para isso, o professor usará sua criatividade e sua criticidade, levando em conta que os alunos têm diferentes tipos de aprendizagem. Produção de textos; questionários; provas dissertativas; provas de questões objetivas; os trabalhos escritos, relatório; pesquisas, a observação. São recursos que o professor usa para avaliar o aluno.

A observação precisa ser planejada definindo: o que observar; quando observar; porque observar; sendo que todas as observações devem ser registradas. Colecionar produções dos alunos realizadas em diversas épocas, também é uma forma muito rica de avaliação, pois o professor acompanha a evolução do aluno.

A adoção da avaliação diagnóstica, contínua, participativa, cumulativa e processual implica no comprometimento com a aprendizagem com cada aluno e de todos os que com ele interagem, pois o desenvolvimento do aluno depende do envolvimento do professor e da escola.

O professor é o mediador do processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo em seus alunos a capacidade de refletir, pensar e analisar criticamente a sociedade na qual estão inseridos. Nesse sentido, a avaliação é um dos fatores importantes no trabalho do professor para verificação do conhecimento científico. “A avaliação é o ato

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de diagnosticar o melhor resultado possível daquilo ensinado ao aluno numa verificação de aprendizagem” (Luckesi, 2000, pg. 35).

Para avaliar, é preciso ter clareza dos objetivos que se quer atingir, pois o aluno deverá ser avaliado na sua totalidade, observando a sua individualidade. O processo de avaliação deve ser contínuo, permanente, cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

O professor tem autonomia para estabelecer seus critérios avaliativos bimestrais, devendo respeitar o mínimo obrigatório de 02 (duas) avaliações. É responsabilidade do professor informar seus alunos a respeito de seus critérios avaliativos e metodologia de ensino, sanando eventuais dúvidas que possam ter, além disso, deve fazer o registro dessas informações no Livro de Chamada e no Planejamento de cada bimestre. O aluno deve compreender bem os critérios de avaliação de cada professor

A lei que regulamenta a avaliação determina que seja feito registro da avaliação , onde a menção é nota em cada disciplina, no ensino fundamental do 6º ao 9º ano, anualmente e no ensino médio por blocos semestralmente ( conforme o regimento escolar) .

Toda avaliação da aprendizagem nos anos finais do Ensino fundamental e no Ensino Médio terão os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

A avaliação nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, será bimestral, prevalecendo a qualidade dos conteúdos trabalhados e, para cálculo da média anual (especificação no Regimento Escolar)

A LDB em seu art. 12 inciso V afirma que a escola deve promover meios de recuperação dos estudos, o artigo 24 inciso V define “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao ano letivo para os casos de baixo rendimento, devem ser disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”.

No nosso regimento, a proposta de recuperação é a paralela que deve decorrer no ano letivo, acontecendo no ato de ensinar, a partir dos diagnósticos, fazendo destes um ponto de referencia para a retomada dos conteúdos não assimilados, com a revisão da metodologia utilizada, retomada integral dos conteúdos, e não apenas recuperação da nota. É importante que o professor, na recuperação, adote métodos diferenciados de abordagem, metodologia ou instrumentos de avaliação diversificados, visando superar as dificuldades apresentadas pelos alunos, estando sempre atento aos conteúdos que não estão sendo assimilados.

Na recuperação dos conteúdos, a avaliação será retomada na sua totalidade, independente destes terem sido trabalhados separadamente (provas, trabalhos, seminários e outros), tendo esta avaliação valor de 0 a 10,0. Os resultados da recuperação paralela serão substitutos às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo em mais um componente do aproveitamento escolar.

Além de todos os recursos que o aluno recebe durante o trabalho pedagógico, explicações, pesquisas, atendimentos individuais, etc, e se for observada a defasagem em determinados conteúdos, a esses alunos do 6º ano do ensino fundamental serão ofertados atendimentos na sala de recurso em horário contrario, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, onde geralmente a defasagem é maior. No Ensino Médio, será oferecido trabalho de monitoria de acordo com as necessidades, onde os alunos com conhecimento adquirido presta auxílios aos alunos com conteúdos defasados sob a orientação dos professores.

Em nosso regimento a progressão parcial não é contemplada, porém recebemos

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alunos de outras escolas que tem dependências em algumas disciplinas. Este aluno, ao realizar a matrícula, já é orientado e acompanhado pela equipe pedagógica para os devidos encaminhamentos pedagógicos para fazer a adaptação das disciplinas. O aluno é atendido em horário contrário da série em que se encontra.

5. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR

Em consideração, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394/96, de 20/12/96 e Artigo 56 da Lei Complementar Estadual nº. 103, de 15/03/04, que instituiu o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica e a Deliberação nº. 02/02-CEE, que incluiu, no período letivo, dias destinados a atividades pedagógicas.

De acordo com a Deliberação nº. 02/02 - CEE:“Art. 2º - São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões

pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual”.

Art. 3º - Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também, em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) no decorrer do ano letivo.Parágrafo único – “O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantido as oitocentos (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei”.

No Calendário Escolar estabelecido pela resolução já referenciada, são considerados dias letivos os relativos à formação continuada e ao planejamento. O estabelecimento poderá organizar mais quatro (4) reuniões pedagógicas considerando-as como dias letivos, porém deverá haver a complementação da carga horária correspondentes a esses dias, para garantir aos alunos o mínimo de 800 horas exigidas por lei.

O trabalho escolar dos docentes relativo às atividades de reflexão acerca de sua prática pedagógica não podem ser contados como “horas letivas”, pois estas exigem a presença física dos alunos, conforme Parecer nº. 631/97 – CEE.Para fins de garantia das oitocentas (800) horas, são consideradas atividades de cunho pedagógico, desde que incluídas no Projeto Político Pedagógico da escola, e que exijam frequência dos alunos sob efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de aula ou em outros locais adequados à efetivação do processo ensino-aprendizagem.

Poderão ser desenvolvidas para a complementação da carga horária, quando necessária, palestras abordando temas emergentes, atividades culturais e/ou esportivas com a comunidade escolar, com o apoio da APMF, estagiários das Instituições de Ensino Superior, teatro e exibição de filmes abordando temas sociais contemporâneos e outros.

Cabe ao estabelecimento de ensino prever no Calendário Escolar, os dias destinados às reuniões pedagógicas, semana cultural de forma que ocorra, preferencialmente à semana de jogos escolares, feriado municipal e os recessos definidos pelo município.

O estabelecimento de ensino somente poderá considerar encerrado o ano letivo, após o cumprimento integral do calendário homologado.

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A observância do calendário proposta por esta escola é homologada pelo Núcleo Regional de Ensino é de competência do Diretor, que responde legal e administrativamente pela sua atuação no cumprimento do mínimo de 800 horas de efetivo trabalho escolar por ano letivo.

O calendário deve ser o resultado de ampla discussão realizada pelo diretor, equipe pedagógica e professores, precisa ser aprovado pelo conselho escolar, que deve levar em consideração as peculiaridades locais da comunidade escolar, inclusive característica climática, econômica e histórica, em total consonância com o art. 23, parágrafo 2º da LDB /96, beneficiando assim alunos, professores, pais e comunidade em geral.

6. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

JUSTIFICATIVA

É papel fundamental da Direção estabelecer a unidade entre os segmentos que fazem parte do processo social, pedagógico e escolar, orientando seu trabalho para excelência, mediante o uso de todos os recursos disponíveis, uma vez que todos os segmentos estão intimamente relacionados, tendo em vista que, muitas vezes a ineficácia de um segmento perturba a eficácia de um todo.

A partir do principio de que os alunos não vão para a escola apenas para assistirem aulas, mas para conviver em um ambiente educacional, cada segmento escolar é importante na realização do objetivo de formação de cidadania crítica. Esta direção, portanto, tem o objetivo de dar atenção à organização da escola como um todo, no sentido de que haja continuidade, de forma articulada, em torno dos objetivos comuns formativos, com base na filosofia da escola que busca a valorização do homem, como ser humano, visando a formação de um cidadão criativo, consciente, participativo e autônomo propondo uma ação pedagógica onde os conteúdos sejam trabalhados dando condições para que todos os alunos, em especial os da classe trabalhadora que em nossa realidade é a maioria, tenham igualdade de condições e oportunidades.

A nossa proposta é fundamentada na perspectiva histórico-cultural, na qual o homem se constitui como tal pelas interações sociais, age, interage e transforma a natureza e a si próprio, é participativo e que constrói conhecimento a partir das relações sociais.

A escolarização é fundamental na constituição do indivíduo e a escola pública é a única possibilidade para os alunos se apropriarem do saber científico, partindo do seu conhecimento cotidiano.

É por meio dessa filosofia e da linha que norteia as praticas pedagógicas que o diretor deve conduzir seus trabalhos de forma que a escola possa desenvolver um trabalho coletivo visando à aprendizagem dos alunos.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCO - VERDE, professora, Drª. Yvelise Freitas de Souza - Subsídios para a reflexão sobre hora atividades - Curitiba - 16/01/2004 - SEED.

GOES, Maria Cecília Rafael de. Relações entre Desenvolvimento Humano, Deficiência e Educação: Contribuições da Abordagem Histórico-Cultural. In: OLIVEIRA, M. K. de

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REGO, T.C. ;SOUZA, D. T. R. (Orgs.) Psicologia, Educação e as Temáticas da Vida Contemporânea. SãoPaulo: Moderna, 2002. p.95 – 114.

GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1978 a_____. Os Intelectuais e a organização da cultura. Tradução Carlos Nélson Coutinho. Rio de Janeiro, 2ºed. 1978b.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. As setas do caminho. 10. ed. Porto Alegre:Mediação, 2008.

KRÄMER, Sônia, O que básico na escola básica? - Contribuições para o papel social na escola na vida social e na cultura - Papirus, p. 11-24 – 1988

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: Estudos e proposições. 10. ed.São Paulo: Cortez, 2000.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon: Senac. São Paulo, 1997.

MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Textos sobre a Educação e Ensino. SãoPaulo.1992.MELO, Maria Tereza L. Gestão Educacional os desafios do cotidiano escolar -In-Petrópolis, RJ. Vozes- 2000 - p. 243-254

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a pratica educativa, 31. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática.3ªed. Porto Alegre. Artmed.2000.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad,1995.

VEIGA I.P. A perspectiva para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico - Campinas, São Paulo, Papirus, 1988 p. 9- 32ALVES, Nilda e Garcia Regina Leite - O fazer e pensar dos supervisores e orientadores educacionais - Edição Loyola p.13 - 23

VEIGA, Ilma P. ;FONSECA, Marília ( orgs ) - As dimensões do Projeto Político Pedagógico - Novos desafios para a escola. Campinas - S.P. Papirus, 2001 p.175 - 211 (coleção,magistério: formação e trabalho pedagógico) -

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

O currículo é a expressão socializadora da escola para o processo de ensino aprendizagem. É um instrumento que cria toda uma gama de usos, de modo que é elemento imprescindível para compreender o que costumamos chamar de prática pedagógica.

O currículo é uma construção cultural, um modo de organizar as práticas, é também experiência que o aluno obtém na escola. É como um conjunto de responsabilidades da escola para promover uma série de experiências de aprendizagem, planejadas e que podem ser flexíveis.

A L.D.B. 9394/96 deu abertura as escolas para a elaboração de seu Projeto Político Pedagógico e de sua Proposta Curricular. Isto é extremamente importante, pois através de um projeto educativo, construído numa situação real, a escola viabiliza e concretiza sua proposta educativa que deverá nortear todo trabalho desenvolvido por ela.

Para atender os princípios pedagógicos da diversidade, autonomia, identidade, a elaboração do plano curricular do Colégio é importante, pois é por meio de um currículo que a escola tem também a oportunidade de oferecer uma educação de qualidade realmente voltada para a realidade do aluno. Esse currículo é um elemento construtivo da organização escolar de extrema importância, nele implica a interação entre sujeitos que tem objetivos em comum assim como um referencial teórico que o sustenta.

Diante do exposto, o currículo proposto terá por objetivo atender às necessidades da atualidade em termos de ação educativa, buscando o desvelamento do real, do conhecimento, levando em consideração a produção e as relações sociais , sem deixar de considerar as especificidades do País, sua história econômica, política e social, desenvolvendo no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade tendo em vista a sua transformação.

Nossa proposta curricular além de favorecer o pensar criticamente a realidade, terá como preocupação possibilitar a todos os alunos , por meio de atividades que favoreçam o entendimento dos saberes fundamentais, filosóficos, tecnológicos, econômicos, culturais e políticos produzidos historicamente pela humanidade.

A mediação escolar deve acontecer tanto na relação professor- aluno quanto na vida em grupo. O professor deve fazer parte desse grupo, sem contudo renunciar seu papel específico que é o daquele que deve ter maior experiência, conhecimentos técnicos de ensino, opção política e de mediador entre a atividade dos alunos e a realidade social. Sua didática deve responder as necessidades dos alunos, não só na aprendizagem, mas na participação, compromisso social, brincadeira, alegria, etc. O papel do professor organizador do conhecimento humano é extremamente importante.

O professor comprometido com a aprendizagem do aluno da escola pública deve planejar seu trabalho, em função dos fins pretendidos e da realidade, levando o educando à reflexão do saber sistematizado.

Nosso Projeto Político-Pedagógico e Proposta Curricular serão norteados pelos princípios pedagógicos da interdisciplinaridade e contextualização: Interdisciplinaridade por considerarmos que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, portanto pode ser questionado, confirmado, complementado, negado,

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ampliado. A interdisciplinaridade possibilita a aproximação de algumas disciplinas que se identificam. A interdisciplinaridade deve ser realizada por meio do conhecimento, a partir do trabalho pedagógico de investigação num plano de intervenção. Nesse sentido, ela deve partir da necessidade sentida pela escola, professor e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever algo que desafia uma disciplina isolada e atrai atenção de mais de um olhar talvez vários.

O trabalho com o projeto é um experimento, um plano de ação para intervir na realidade ou uma atividade nos quais são identificados os conceitos de cada disciplina que pode contribuir para descrever, explicar e prever soluções.

O nosso colégio tem por objetivo, oportunizar o trabalho interdisciplinar sempre que possível por perceber que a interdisciplinaridade não dilui as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas e fatores que intervém sobre a realidade, pois através dela se trabalha todas as linguagens: verbal, visual, sonora, matemática entre outras necessárias para a constituição do conhecimento, comunicação e negociação de significados e registros sistemáticos de resultados.

A contextualização deve ser um processo quanto às possibilidades de interação entre as disciplinas. Contextualizar a aprendizagem significa assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação consolida e estrutura a responsabilidade do poder público em garantir a Educação Básica de qualidade a todos os alunos, propiciando a formação para o pleno exercício de cidadania para progredir no trabalho e nos estudos.

Sacristán(2000) escreve que o currículo deve estar estabelecido numa análise da realidade da escola, viabilizando o processo educacional e a relação entre a responsabilidade social e o papel da escola.

O trabalho pedagógico do professor deve ser encarado como numa relação dialética do ponto de vista social e educacional. Esse processo de educação se dá na pratica educativa da relação professor-aluno no interior da escola e na sala de aula. A precisa estar atenta à diversidade cultural e à inclusão dos alunos e assim favorecer a aprendizagem significativa.

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ENSINO FUNDAMENTAL

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MATRIZ CURRICULAR

MANHÃ E TARDE

CURSO: 4039 – Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano

Módulo: 40 semanas

Disciplinas Ano / Quantidade de aulas

6 7 8 9

BNC ArteCiênciasEducação FísicaEnsino ReligiosoGeografiaHistóriaLíngua PortuguesaMatemática

23313344

23313344

233

4344

242

3444

PD LEM – Inglês 2 2 2 2

Total geral: 25 25 25 25

NOITE

CURSO: 4039 – Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano

Módulo: 40 semanas

Disciplinas Ano / Quantidade de aulas

6 7 8 9

BNC ArteCiênciasEducação FísicaEnsino ReligiosoGeografiaHistóriaLíngua PortuguesaMatemática

24313344

23313444

233

4344

242

3444

PD LEM – Inglês 2 2 2 2

Total geral: 26 26 25 25

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ARTE

DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte sempre esteve presente na história da humanidade em todas as formações culturais, resultando daí a importância da arte como disciplina de ensino.

As diferentes formas de pensar a Arte, é consequência do momento histórico em que se desenvolve com as relações socioculturais, econômicas e políticas, onde o conceito de arte é influenciado por estas relações.

Ao considerarmos a Arte como fruto da percepção da necessidade de expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela convertesse na síntese do trabalho dos sujeitos na medida que a Arte é um dos modos em que o homem se supera no fazer, os limites da utilidade material imediata, ultrapassando os condicionamentos da sobrevivência física tornando parte fundamental do processo de humanização.

As manifestações artísticas tem em comum como conhecimento artístico científico, técnico ou filosófico seu caráter de criação, onde o ato criador estrutura e organiza o mundo respondendo aos desafios num processo constante de transformação do homem e da realidade.

A educação em arte propicia o desenvolvimento artístico e da percepção estética presentes num modo de ordenar e dar sentido a experiências humanas, desenvolvendo no aluno a sensibilidade e percepção e imaginação para produzir, apreciar e contextualizar o saber artístico disponível na cultura.

O ensino em arte favorece o relacionamento com outras disciplinas do currículo. Através do conhecimento de artes e outras culturas, o aluno percebe os valores que estão enraizados nos modos de pensar, agir, cuidar dando campo para a valorização da diversidade de imaginação humana, mais vivamente reconhecendo objetivos e formas a sua volta.

Um dos objetivos em arte é desenvolver a criação pessoal, alimentada pelas interações significativas que o aluno realiza com aqueles que trazem informações pertinentes para o processo de aprendizagem com fato de informação e com o seu próprio percurso de criador.

A Arte responde à necessidade de buscar a significação na construção de objeto de conhecimento que junto com as relações, sociais, políticas e econômicas, filosóficas , estéticas e éticas formam conjunto de manifestações das culturas. Portanto é papel da escola estabelecer os vínculos entre o conhecimento sobre a arte e os modos de produção e aplicação desses conhecimentos na sociedade.

A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito criador e simultaneamente, transcende pois, o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto é uma nova realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39).

A característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos conhecimentos. A disciplina de Arte completa um conjunto de diferentes tipos de conhecimentos que geram diferentes significações possibilitando ao aluno se perceber como agente de

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transformação, vendo a arte como produção de significações que se transformam no tempo e no espaço. Atualmente a disciplina de Arte contempla as linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro.

OBJETIVOS GERAIS

Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações;

Propiciar ao aluno a leitura e interpretação das manifestações , das produções e da elaboração de trabalhos artísticos estabelecendo relações entre estes conhecimentos e o seu dia-a-dia;

Analisar , refletir e respeitar as diversas produções da arte em sua múltiplas funções;

Considerar a arte como fruto da percepção da necessidade de manifestação da capacidade criadora humana.

Compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;

CONTEÚDOS

Para o ensino e aprendizagem da arte no Ensino Fundamental, são contempladas as linguagens de artes visuais, da dança, da música e do teatro. As produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores, todos são articulados entre si. Elementos Formais, Composição e Movimentos e Períodos.

No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais,a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.

No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.

A Composição do processo de organização e desdobramento dos elementos formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor “não têm significados pré estabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem contextualizados formalmente” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e caracterizando.

Na área de música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição. Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de

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cada área de Arte, formulam todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.

CONTEÚDOS DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

ÁREA ARTES VISUAIS

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais. Ponto, linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz. Bidimensional, figurativa, geométrica, simetria, Técnicas: pintura, escultura, arquitetura..., Gêneros: cenas da mitologia...

ÁREA DANÇA

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Movimento corporal, tempo e espaço. Kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo (livre e interrompido), rápido e lento, formação, níveis (alto, médio e baixo), deslocamento (direto e indireto), dimensões (pequeno e grande), técnica: improvisação e gênero: circular.

ÁREA MÚSICA

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Altura, duração, timbre, intensidade e densidade. Ritmo, melodia, Escalas: diatônica, penta-tônica, cromática e improvisação.

ÁREA TEATRO

Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição e movimentos e períodos onde se originaram. Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço. Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços. Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara..., Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

7º ANO

ÁREA ARTES VISUAIS

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura popular. Ponto, linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz. Proporção, tridimensional,

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figura e fundo, abstrata, perspectiva, Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...ÁREA DANÇA

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Movimento corporal, tempo e espaço. Ponto de Apoio , Rotação , Coreografia , Salto e queda , Peso (leve e pesado) , Fluxo (livre, interrompido e conduzido). Lento,Rápido e Moderado. Níveis (alto, médio e baixo) , Formação , Direção , Gênero: Folclórica, popular e étnica .

ÁREA MÚSICA

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Altura, duração, timbre, intensidade e densidade. Ritmo, Melodia, Escalas, Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico. Técnicas: Vocal, instrumental, e mista. Improvisação.

ÁREA TEATRO

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço. Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: Jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

8º ANO

ÁREA ARTES VISUAIS

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz. Semelhanças, contrastes, Ritmo visual, Estilização, Deformação. Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.

ÁREA DANÇA

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Movimento corporal, tempo e espaço. Giro, Rolamentos, Saltos, Aceleração e desaceleração, Direções (frente, atrás, direita e esquerda), Improvisação, Coreografia, Sonoplastia, Gênero: Indústria Cultural e espetáculo.

ÁREA MÚSICA

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV Multimídia e Computador). Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade. Ritmo, Melodia, Harmonia, Total, Modal e a fusão de ambos. Técnica: Vocal, instrumental e mista.

ÁREA TEATRO

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Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço. Representação no Cinema e Mídias, Texto Dramático, Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro. Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

9º ANO

ÁREA ARTES VISUAIS

Percepção dos modos se fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz. Bidimensional, Tridimensional, Figura fundo, Ritmo visual. Técnica: Pintura, grafite, performance... Gêneros: Paisagem Urbana, Cenas do Cotidiano...

ÁREA DANÇA

Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Movimento corporal, tempo e espaço. Kinesfera, Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão (perto e longe), Coreografia, Deslocamento. Gênero: Performance e Moderna.

ÁREA MÚSICA

Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade. Ritmo, Melodia, Harmonia. Técnicas: Vocal, instrumental e mista. Gêneros: Popular, folclórico e étnico.

ÁREA TEATRO

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço. Técnicas: Monólogo, Jogos Teatrais, Direção, Ensaio, Teatro Fórum..., Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

Pesquisa das correntes artísticas, identificando os grupos de artistas que têm o mesmo conjunto de ideias, constituindo uma tendência e caracterização de um determinado período ou movimento artístico – relações identitárias regionais e globais.Produções e manifestações artísticas nas artes visuais:

Imagens virtuais: cinema, televisão, computação gráfica, vídeo arte.Produções e manifestações artísticas da dança:

Improvisações coreográficas: exploração espontânea das possibilidades de movimento corporal em ritmos diferentes. Danças de natureza religiosa, lúdica dramática, guerreira.Produções e manifestações artísticas da música:

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Interpretações musicais; execução de composições musicais de acordo com a concepção do intérprete por meio de voz e/ou instrumentos musicais.

Produções e manifestações artísticas do teatro: Dramatizações de temas ou situações definidas para representação teatral.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia a ser utilizada no ensino de arte será a que viabilize o aperfeiçoamento dos saberes que o aluno tem em Artes a partir de métodos e procedimentos que possam levar em consideração o valor educativo de ação cultural da Arte na ação pedagógica. As práticas pedagógicas estarão estritamente ligadas aos conteúdos e objetivos propostos para cada etapa do Ensino Fundamental, direcionado o aluno para produzir , compreender e analisar os próprios trabalhos adquirindo noções e habilidades para apreciar e analisar de forma crítica o patrimônio cultural, garantindo e ajudando desenvolver modos interessantes , imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação.

O processo de construção do conhecimento na área de Arte se dá também por meio da resolução de problemas, assim como em outras disciplinas. Cabe ao professor propor momentos de reflexão sobre as questões levantadas na problematização, levantando pontos que visam a orientação na compreensão das tarefas e papéis que podem desempenhar para instrumentalizar o processo de aprendizagem do aluno.

Levar em consideração o conhecimento prévio do aluno sobre a área artística, relacionando com as questões que um determinado trabalho desperta entre os que querem fazer e os recursos internos e externos de que dispõe, é um recurso pedagógico extremamente importante e faz parte das atividades propostas.

As questões apresentadas no ato da execução de atividades propostas individuais ou em grupos mobilizam o conhecimento que o aluno tem dos conteúdos de Arte.

Os conteúdos de Arte devem ser ensinados por meio de situações ou propostas que alcancem os modos de aprender do aluno e garantam a participação de cada um dentro da sala de aula favorecendo o emergir de formulações pessoais de idéias, hipóteses, teorias e formas artísticas.

Em muitas atividades da disciplina de Arte estão presentes as questões humanas como: problemas sociais e políticos, de relações humanas, medos, manifestações culturais, etc. que poderá contribuir para o trabalho, propiciando uma aprendizagem alicerçada no testemunho vivo de seres humanos que transformam tais questões em produtos de arte. O trabalho de resgate das cantigas, folguedos, contos tradicionais, danças, textos escritos, cerâmicas utilitárias são fontes de aprendizagens significativas. As obras de arte contribuem para ampliar a compreensão do aluno sobre a sexualidade humana, pois documentam ações de homens e mulheres em diferentes momentos históricos e culturas diferentes.

As questões sociais ambientais da atualidade serão abordadas através da reflexão de obras artísticas nos quais ambientes culturais e naturais urbanas e rurais, físicos e sociais, permitindo uma discussão sobre a harmonia e o equilíbrio necessário para a preservação da vida, seja possível reconhecer modos como as manifestações artísticas intervém no ambiente natural.

As atividades artísticas a serem propostas serão individuais e em grupos que

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agora têm condições de serem mais organizados, e sólidos, envolvendo experiências relativas as questões políticas culturais e sociais da própria comunidade e de outras.As questões propostas no ensino de Arte devem e cotidiano através da observação da forma dos objetos no arranjo de vitrines, na música, nos hinos de igreja, na tapeçaria, na dança de rua, nas férias, nos jardins, na vestimenta, etc.

As atividades de pesquisa, experimentação, produção visual, discussão, reflexão, comunicação, análise de formas visuais, de técnicas visuais, experimentação e diferenciação de som e coreografias, interpretação de textos informativos sobre artes, construção de instrumentos musicais, audição de músicas variadas, contatos com diversas formas de registros, comparar trabalhos artísticos, posicionamento crítico, frente obras de artes e trabalhos da sala - contatos com obras de artes diferentes registros musicais; trabalhar a leitura de obras de artes visuais; de textos informativos, textos literários montagens de peças teatrais simples, apresentação de peças – montagem de painéis com as atividades artísticas produzidas, são práticas que serão desenvolvidas constantemente.

AVALIAÇÃO

Avaliar é uma ação pedagógica onde o professor deve considerar a história do processo pessoal de cada aluno e a sua relação com as atividades desenvolvidas, o modo de ensinar os conteúdos, etc.

Através da avaliação diagnóstica constante, o professor pode verificar o progresso do aluno, suas dificuldades, sua articulação dos saberes, modos de representação dos conteúdos, a formulação autêntica e as relações construídas a partir do contato com a própria experiência de criação e com as fontes de informação.

A avaliação em Arte constitui uma situação de aprendizagem em que o aluno pode verificar o que aprendeu, assim como o professor pode avaliar o que ensinou, como ensinou e como o aluno aprendeu para posterior replanejamento da tarefa obtendo assim a aprendizagem adequada.

A avaliação deve estar fundamentada em critérios definidos e conceitos emitidos pelo professor obedecendo mais os aspectos qualitativos e não os quantitativos.

Para que a avaliação realize realmente sua função na construção do conhecimento de forma significativa deve ser realizada com base nos conteúdos, objetivos propostos e nas orientações pedagógicas das atividades trabalhadas e acontecer em três momentos distintos: diagnosticar o nível de conhecimento do aluno, devendo acontecer antes de uma atividade; avaliação realizada durante o desenvolvimento de uma atividade através da observação, onde o professor pode identificar como o aluno interage com os conteúdos e a avaliação pode acontecer ao termino do conjunto de atividades que compõem uma unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu. OBS: Para efeitos registro de notas, uma exigência legal, professor deverá quantificar a avaliação realizada por meios de diferentes instrumentos e critérios conforme o que consta no Regimento Escolar e no Regimento interno do estabelecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira, 5ª Ed. São Paulo. Melhoramentos, USP – 1971

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BARBOSA, A. M. (org.), Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo. Cortez, 2002.BARBOSA, A. M. B. A imagem no ensino da Arte – anos oitenta e novos tempos. São Paulo. Perspectiva, 1996.Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Paraná. SEED. 1996.FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2ª Ed. São Paulo. Cortez, 1993.PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Arte Educação Básica, 2008.

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CIÊNCIAS

DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As mudanças que ocorrem em todos os âmbitos da sociedade , trazem inovações em vários campos do saber e para acompanhar estas mudanças, a escola enquanto espaço social , precisa de uma nova postura, uma vez que as práticas pedagógicas existentes, já não condizem com as novas exigências, buscando restruturar suas práticas para formar indivíduos capazes de refletir criticamente diante das novas situações.

A ciência tem colaborado para a compreensão do mundo e das constantes transformações que sofre, contribuindo para a participação do indivíduo nessas transformações, logo o currículo de Ciências deve ser aquele que permite a organização do conteúdo inter-relacionado com a ciência com a tecnologia e a sociedade ,visando a preparação de cidadãos para tomarem decisões significativas , contribuindo para uma sociedade melhor, buscando soluções de problemas que envolvam aspectos sociais, tecnológicos, econômicos, políticos e culturais.

Os conceitos e procedimentos no ensino de Ciências contribuem para o questionamento do que se vê e ouve, aplicando suas explicações acerca dos fenômenos da natureza, compreendendo o valor dos modos de intervenção na natureza, utilizando seus recursos para compreender os recursos tecnológicos, refletindo sobre questões éticas existentes nas relações entre Ciências Sociedade e Tecnologia.

Os traços gerais das Ciências são buscar compreender a natureza, gerar representações do mundo, como entender o universo, o espaço, o tempo, a matéria, o ser humano, a vida, descobrir e explicar novos fenômenos naturais, organizar e sintetizar os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

A Diretriz Curricular para a disciplina de Ciências está organizada a partir da concepção de ciência como processo de construção humana, provisória, falível e intencional, abordando conteúdos estruturantes e específicos de forma consciente, crítica, histórica que considera as relações entre ciência, a tecnologia e a sociedade, propiciando condições para que o aluno, sujeito do processo educativo, discuta, analise, argumente e avance na compreensão de seu papel diante do tipo de sociedade que temos.

O ensino e aprendizagem em Ciências devem valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade, a divergência, o questionamento das certezas e das incertezas, priorizando a função social.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências são Astronomia, Matéria, Energia, Biodiversidade e Sistemas biológicos

OBJETIVOS GERAIS

Compreender e exemplificar como as necessidades humanas de caráter social, prático ou cultural, contribuem para o desenvolvimento do conhecimento científico ou, no sentido inverso, beneficia desse conhecimento;

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Compreender a Ciência como um processo de produção do conhecimento, através da atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômico, político e cultural;

Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano como agente de transformação do mundo onde vive;

Refletir sobre o papel da Ciência e da educação na construção da cidadania;Prepara o aluno para participar de uma sociedade democrática, envolvendo na

conquista de seus direitos e o compromisso com seus deveres para com ela;Propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo, discutam,

analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais dos conhecimentos científicos;

Valorizar a disseminação de informações socialmente relevantes à sua comunidade;

Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem;

Compreender o corpo humano como um todo integrado e a saúde como bem-estar físico, social e psíquico do indivíduo;

Reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o conhecimento da natureza, e que a Ciência é uma forma de desenvolver este conhecimento, relacionar com outras atividades humanas;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos tipos de ambientes, identificando a presença de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo e características específicas dos ambientes diferentes;

Estabelecer relações entre o mundo natural e o mundo construído pelo homem, potencializando a função social da ciência na tomada de decisões nas transformações no meio ambiente.

Utilizar conceitos científicos físicos, químicos e biológicos, associados a energia e matéria, corpo humano e saúde, ambiente e tecnologia;

Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos ambientes, identificando a presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo e características específicas dos ambientes diferentes;

Estabelecer relações entre características e comportamentos dos seres vivos e condições do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida;

Observar e identificar algumas características do corpo humano e alguns comportamentos nas diferentes fases da vida, no homem e na mulher, aproximando à noção de ciclo vital do ser humano e respeitando as diferenças individuais;

Reconhecer processos e etapas de transformação de materiais em objetos;realizar experimentos simples sobre os materiais e objetos do ambiente para investigar características e propriedades dos materiais e de algumas formas de energia;

Utilizar características e propriedades de materiais,, objetos, seres vivos para elaborar classificações;

Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob orientação do professor ou de forma independente;

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Justificar suas ideias; valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal, desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e com os espaços que habita.

Identificar causas e consequências da poluição da água, do ar e do solo;caracterizar espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida;

Conhecer os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu papel na orientação espaçotemporal hoje e no passado da humanidade;

Reconhecer as condições e a diversidade de vida no planeta Terra em diferentes espaços, particularmente nos ecossistemas brasileiros;

Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares;

Compreender a história evolutiva dos seres vivos, relacionando ao processo de transformação do planeta;

Caracterizar as transformações tanto naturais como induzidas pelas atividades humanas, na atmosfera, na litosfera, na hidrosfera e na biosfera, associadas aos ciclos dos materiais e investimento para preservar o ambiente em geral e, particularmente, em sua região.

CONTEÚDOS

De acordo com as Diretrizes Curriculares, a Astronomia, um dos conteúdos estruturantes de ciências tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes, trazendo as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes, porque por meio deles buscam se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros. Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do Universo. Os conteúdos básicos são: universo; sistema solar; movimentos celestes e terrestres; astros; origem e evolução do universo; gravitação universal.

O conteúdo estruturante Matéria, propõe a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, permitindo o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos .Dentre os conteúdos básicos desse conteúdo estruturante temos: constituição da matéria e propriedades da matéria.

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. O organismo como um sistema integrado amplia se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de

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funcionamento dos seres vivos são: níveis de organização; célula; morfologia e fisiologia dos seres vivos; mecanismos de herança genética.

O conteúdo estruturante energia propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Nas diretrizes destacar que a ciência não define energia. Assim, tem – se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra. Nos conteúdos estruturantes, apresentar os conteúdos básicos : formas de energia; conversão de energia e transmissão de energia que podem ser desmembrados em conteúdos específicos

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade de seres vivos. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997). Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos deCiências, a compreensão do conceito de biodiversidade e conceitos Inter-relacionados. Para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências são propostos: organização dos seres vivos; sistemática; ecossistemas; interações ecológicas; origem da vida; evolução dos seres vivos.

Os conteúdos da disciplina de Ciências estão divididos em conteúdos estruturantes , já mencionados e os específicos a partir destes estruturantes divididos em conhecimentos físicos, químicos e biológicos do 6º a 9º ano do Ensino Fundamental.

CONTEÚDOS 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

6° ANOI – Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos2. População, fatores

que influenciam a distribuição.

1. Ciclos biogeoquímicos

2. Ciclagem da energia3. Fotossíntese

• Biosfera, ecossistema, comunidade, população. Habitat e nicho.

• Teias e cadeias alimentares.

II – Água no ecossistema

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Estados físicos e

mudanças de estado da água

• Composição da água• Água como solvente

universal

• Ciclo da água• Disponibilidade na natureza• Água e os seres vivos

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• Pressão e temperatura• Densidade e empuxo• Água como fonte de

energia

• Pureza • Preservação e contaminação da água

III – Ar no ecossistema

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Existência do ar• Camadas da atmosfera• Pressão atmosférica• Formação dos ventos• Meteorologia• Energia eólica

• Composição do ar• Átomos e moléculas• Poluição do ar• Gases nobres e suas

aplicações

• O ar e os seres vivos• Pressão atmosférica e audição • Contaminação do ar e suas

doenças• Combate à poluição

IV – Solo no ecossistema

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Tecnologia e preparo

para o cultivo• Composição do solo • Tipos de solo• Adubação orgânica e

inorgânica• Queimadas• Poluição

• Combate à erosão• Rotação de culturas• Curvas de nível• Culturas associadas

V – Poluição e contaminação da água, ar e solo

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Poluição térmica• Fontes alternativas de

energia

• Chuva ácida• Efeito estufa• Buraco na camada de

ozônio• Aquecimento do planeta

• Doenças pela falta de saneamento básico

• Prevenção e tratamento de doenças

• Saneamento básico (ETA e ETE)

ASTRONOMIA

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Instrumentos construídos

para estudas os astros (astrolábio, luneta, telescópio, satélites, estação espacial, foguetes e radiotelescópio)

• Movimento de rotação e translação

• Sol: composição química• Efeitos de sua radiação

na Terra

• Movimento da Terra e suas consequências (ritmos biológicos, influências sobre a biosfera e marés)

• A Lua como satélite natural da Terra

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7° ANO

I – Biodiversidade – características básicas dos seres vivos

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Equilíbrio térmico • Transmissão de calor • Isolamento térmico

• Metabolismo – transformação de matéria e energia

• Diferenças entre seres vivos e não vivos

• Relações de interdependência• Adaptações à temperatura

II – Biodiversidade – classificação e adaptações morfofisiológicas

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Capilaridade• Fototropismo • Geotropismo• Locomoção

• Osmose• Fotossíntese• Respiração• Transpiração• Gutação • Fermentação

• Classificação dos cinco reinos• Vírus• Adaptações dos seres vivos• Biotecnologia• Organismos geneticamente

modificados• Partes dos vegetais• Animais (relações com o

ambiente, evolução dos grupos e estudo comparativo dos principais sistemas em ordem evolutiva)

• Grupos de interesse médico-veterinário.

III – Níveis de organização dos seres vivos

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Microscopia• Descrição da célula

animal e vegetal

• Substâncias orgânicas e inorgânicas

• Diferenças entre células animais e vegetais

• Aspectos morfofisiológicos dos tecidos animais e vegetais

• Níveis de organização – de átomo até biosfera

8° ANO

I – Corpo Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos

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• Ação mecânica da digestão (mastigação, deglutição e movimento peristáltico)

• Transporte de nutrientes• Pressão arterial• Inspiração e expiração • Tecnologia de

reprodução in vitro e inseminação artificial

• Tecnologia associadas a diagnóstico e tratamentos de doenças relacionadas aos diversos sistemas do corpo humano e próteses e aparelhos construídos para corrigir deficiências físicas e de órgãos dos sentidos.

• Tecnologias que causam problemas no sistema nervoso (radiação, metais pesados, armas de fogo, auto medicação e acidentes de trânsito)

• A luz e a visão (o olho humano como instrumento óptico e o modelo físico do processo da visão)

• O som e a audição

• Nutrição (necessidades nutricionais, hábitos alimentares, alimentos diet e light)

• Ação química da digestão (transformação dos alimentos, aproveitamento dos nutrientes)

• Eliminação de resíduos e hemodiálise

• Sabores, odores e texturas.

• Reações que ocorrem no organismo com liberação de neuro-hormônio como a adrenalina

• Composição química do álcool e teor alcoólico

• Morfofisiologia dos sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, escritura, ósseo, nervoso, endócrino, muscular, reprodutor e sensorial.

• Disfunção e prevenção de doenças dos sistemas

• Gravidez na adolescência e métodos anticoncepcionais (ação, causa e consequência)

• Doação de sangue e órgãos • Tecnologia associada ao

diagnóstico e tratamento de DST, inclusive a AIDS.

• Manipulação genética (célula tronco, clonagem)

• Aspectos éticos sobre a biotecnologia

II – Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo.

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Diagnóstico e tratamento

(radioterapia, intoxicação por agentes físicos, elementos radioativos, pilhas e baterias)

• Imunização artificial (soro e vacina)

• Tratamento quimioterápico

• Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais pesados.

• Diagnósticos• Tratamentos (alopatia e

homeopatia), fitoterapia• Sistema imunológico (glóbulos

brancos, anticorpos e imunidade)

9° ANO

I – Astronomia e Astronáutica

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Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Sol: fonte de luz e calor• Medidas de tempo

(instrumentos construídos pelo homem, como relógio de sol, relógio digital e analógico e calendários)

• Telecomunicações, satélites, internet, ondas e fibra óptica.

• Sol: composição química do sistema solar

• Matéria e energia• Átomos• Elementos químicos• Reações químicas,

transformação de energia• Ácidos e bases:

identificação e aplicação• PH de diversos produtos• Óxidos e sais:

substâncias tóxicas de uso diário, agrícola e doméstico

• Produção de vitamina D pelo Sol• Efeitos da radiação solar sobre o

corpo humano• Adaptações às viagens espaciais• Fotossíntese (processo de

armazenamento de energia)

II -

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Movimento,

deslocamento, trajetória e referencial

• Velocidade média e aceleração

• Distância, tempo, inércia e resistência do ar, força de atrito, aerodinâmica, equipamento de segurança nos meios de transporte

• Relação entre massa e aceleração

• Máquinas simples

• Teor alcoólico da bebida e suas consequências no trânsito

• Acidentes de trânsito• Uso de drogas e álcool • Tempo de reação e reflexo

(efeitos do álcool) comparado entre um organismo que ingeriu drogas e álcool.

• Prevenção de acidentes

III – Transformação da matéria e da energia

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos• Energia (condutores,

fontes, aplicações e transformações)

• Segurança e prevenção • Eletricidade (condutores,

fontes, aplicações e transformação)

• Magnetismo (ímãs e

• Fotossíntese• Fermentação• Respiração• Combustão

• Energia na célula (produção, transferência, utilização e armazenamento)

• Nutrientes (tipos e funções)

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bússola)

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para o ensino de Ciências é necessária a construção de uma estrutura geral que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e a formação de uma concepção de ciência e suas relações com outras disciplinas.

Quando o aluno chega à escola , traz os conhecimentos adquiridos pela vivência, pela cultura e pelo senso comum acerca dos conceitos que a escola visa transmitir. Estes conhecimentos prévios devem ser considerados nas práticas pedagógicas propostas,

Pretendemos que o aluno se aproprie do conhecimento científico desenvolvendo uma autonomia no pensar e no agir, tornando sujeito de sua aprendizagem no mundo, construindo explicações para conhecimento científico, mas para que realmente o aluno construa seu conhecimento, o papel de professor é importante, pois ele tem condições de orientar o caminhar do aluno, criando situações interessantes da atualidade que venham fortalecer as informações que permitam a re-elaboração e ampliação de conhecimentos prévios, articulando conceitos construídos direcionando em conhecimentos sistematizados.

Como procedimentos metodológicos nesta disciplina, são fundamentais os que permitem a investigação, a comunicação e o debate de fatos e ideias. A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e ideias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas , o confronto entre suposições, a solução de problemas.

A observação é procedimento básico de todos, e deve estar presente em diferentes momentos : trabalho de campo, experimentações, etc. O professor deve propor desafios que motivem a buscar os detalhes que deseja esclarecer ou comprovar. Em nossas práticas de sala de aula utilizaremos dos dois modos de realizar observações: contato direto com os objetos disponíveis no meio e por meio de recursos técnicos ou seus produtos ( microscópio) , fotos, filmes, gravuras, gravações sonoras, etc.

A experimentação é outro procedimento que é utilizado em nossas práticas diárias de sala de aula, pois, através delas que as atividades práticas adquirem o espaço de reflexão do desenvolvimento e construção de ideias ao lado de conhecimentos, procedimentos e atitudes. Para que esta prática seja consolidada, é necessário que o professor tenha referencial teórico previamente conhecido e que o aluno esteja em processo de construção do conhecimento a ser verificado. Após a experimentação, professor deve voltar a problematização para que o aluno seja guiado em sua observação , pois toda atividade prática deve ser acompanhada de profunda reflexão sobre conhecimento que comprove .

O trabalho de campo é outro procedimento metodológico do qual o professor em suas práticas diárias de sala de aula e como qualquer outro procedimento precisa de preparação prévia. Para que o trabalho de campo tenha significado para a aprendizagem ,é importante que o professor tenha clareza dos diferentes conteúdos e

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objetivos que pretende explorar, portanto é necessário a inclusão no plano do professor o desenvolvimento de atividades de preparação e voltar a discussão das observações e dados coletados para a sistematização de conhecimentos e exposição dos mesmos para a comunidade escolar.

Os conceitos e procedimentos devem ser construídos pelos alunos por meio de comparações e discussões estimuladas pelo professor, cabendo ao professor incentivar as atitudes de curiosidade, de respeito à diversidade de opiniões, a persistência na busca e compreensão das informações, de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do meio ambiente, de apreço e respeito à individualidade e a coletividade.

A problematização como procedimento busca promover mudança conceitual e deve fazer pare das atividades propostas pelo professor , pois através dela, o aluno é despertado para tentar resolver os problemas propostos que ao ser selecionados conduzem o aluno a perceber quais são as ideias científicas necessárias para sua solução e praticando vários procedimentos para chegar à solução final.

Os textos informativos são importantes por trazerem informações diferentes dos livros didáticos, além de requerer diferentes habilidades e conceitos para sua leitura. Para que esta prática surta efeito, é preciso que o professor conheça previamente os textos com os quais vai trabalhar para poder tirar mais proveito dos mesmos junto ao aluno.

Outras questões a serem priorizadas no ensino e aprendizagem de Ciências dizem respeito aos temas atuais de relevância social que são fontes riquíssimas de conteúdos. Procurar Os textos informativos, literários, as informações da mídia sobre os temas , serão recursos importantes que usaremos nas nossas práticas pedagógicas.

Todo enfoque metodológico para a disciplina de Ciências será centralizado nos conhecimentos físicos, químicos e biológicos de acordo com a organização dos conteúdos propostos. Partindo das vivências do aluno a respeito dos fenômenos naturais ou tecnológicos o professor pode selecionar os conhecimentos científicos que irá problematizar, tendo em vista os conceitos científicos que deseja desenvolver junto ao aluno.

AVALIAÇÃO

A avaliação proposta para a disciplina de Ciências corresponde com a proposta no Projeto Político Pedagógico, sendo coerente com a concepção de conteúdos e com os objetivos propostos, considerando o desenvolvimento da capacidade dos alunos em relação à aprendizagem de conceitos, procedimentos e de atitudes.

A avaliação da aquisição dos conteúdos poderá ser efetuada através de diversos procedimentos como interpretar situações que exigem os conceitos que estão sendo aprendidos, situações que induzem a de comparação, estabelecer relações, proceder registros com intuito de verificar se os alunos elaboram os conceitos e procedimentos de estudos.

A avaliação na disciplina de Ciências será uma ação que ocorrerá durante todo momento e não apenas em momentos específicos, pois ela subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados.

Toda a avaliação deve estar vinculada ao processo de ensino e aprendizagem, onde o erro faz parte também desse processo e pode estar expresso em registros,

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argumentações e formulações incompletas e deve ser tratado como elemento que sinaliza ao professor a compreensão do aluno servindo para reorientar a prática pedagógica fazendo com que avance na construção do seu conhecimento. Através do erro que o aluno entra em contato com seu próprio processo de aprendizagem identificando que há diferenças entre o senso comum e os conceitos científicos necessários a diferentes situações.

A autoavaliação por parte do aluno, também será uma prática constante, pois através dela o aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções construindo assim autonomia contribuindo com a objetividade da avaliação que só pode ser construída com a coordenação dos diferentes pontos de vista tanto do professor como do aluno.

A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e formativa, pois através dela o professor tenha realmente condições de avaliar o aluno no sentido de auxiliar na construção do seu conhecimento.

É nossa meta seguirmos as perspectivas de avaliação aqui mencionadas, mas juntamente com esta avaliação faremos o registro de nota bimestral por ser uma exigência da lei, onde o importante será o caminho percorrido pelo aluno e pelo professor até chegarmos a um registro.

Para os alunos que não assimilaram os conteúdos propostos será ofertada a recuperação paralela, resgatando em primeiro lugar os conteúdos não dominados e a seguir a nota que substituirá a anterior.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Ciencias Educação Básica, 2008.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Física passou por muitas fases até os dias atuais de acordo com o momento histórico, político e econômico. Atualmente a Educação Física concebe algumas abordagens que são resultado da articulação entre diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas ampliando os campos de ação e reflexão para a área aproximando das ciências humanas.

A área da Educação Física contempla múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito da expressividade corporal como fundamentais as atividades culturais de movimento com o objetivo de lazer expressar sentimentos, emoções, etc. com o intuito de recuperar ou manter a saúde.

É objetivo da Educação Física criar situações de ensino e aprendizagem que garantam ao aluno acesso a conhecimentos práticos e conceituais, sem dar ênfase na aptidão física e no rendimento padronizado e sim contemplando todas as dimensões envolvidas em cada prática corporal, dando oportunidade a todos os alunos para desenvolverem suas potencialidades de maneira democrática . O ensino e aprendizagem em Educação Física deve garantir acesso de todos os alunos às práticas da cultura corporal que garanta a construção de um estilo pessoal.

A concepção de Educação Física como expressividade corporal, reforça a contribuição dessa disciplina para o exercício da cidadania quanto propõe conteúdos e objetivos desenvolvidos como produtos socioculturais, pois permite que se vivenciem diferentes práticas corporais, existentes nas mais diversas manifestações culturais presentes na vida cotidiana, conhecimento este que contribui para a adoção de uma postura não preconceituosa e discriminatória diante destas manifestações.

A prática da Educação Física favorece a autonomia do aluno para monitorar suas atividades de acordo com seu esforço e metas. Possibilita a vivência de situação de socialização e de atividades lúdicas que são essenciais para a saúde e bem estar coletivo. Os conhecimentos que propicia possibilitam análise crítica dos valores sociais tais como padrão de beleza e saúde, discussão sobre ética do esporte profissional, discriminação sexual e racial e física, respeito mútuo, solidariedade, dignidade, etc A Educação Física pretende refletir sobre as necessidades atuais de ensino, superando a visão fragmentada de homem, proposta esta que, tem seu fundamento no materialismo histórico, cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao funcionamento da sociedade, permitindo uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais por sua contribuição interdisciplinar. A Educação Física , em contexto mais amplo, significa um entendimento de que

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a área do conhecimento é parte integrante de uma totalidade compostas por interações que se estabelecem na materialidade das relações sociais, política, econômicas e culturais dos povos.

O foco central da Educação Física é a Expressividade Corporal que permite aflorar manifestações corporais que são essenciais a educação do corpo, constituindo no alicerce do projeto educativo.

OBJETIVOS GERAIS

- Trabalhar a expressividade corporal manifestada em práticas esportivas, dança, ginástica, jogos e brincadeiras;

- Entender, apreender, refletir, praticar e reconstruir o jogo enquanto conhecimento que constitui o acervo cultural da humanidade;

- Compreender os valores culturais, sociais e pessoais situados historicamente na dança;

- Entender a ginástica como prática que permite diversas possibilidade de movimentos corporais, descobrindo e reconhecendo os limites do próprio corpo.

- Propiciar ao aluno uma leitura do fenômeno esportivo, compreendendo sua complexidade social, histórica e política, identificando a importância de sua prática;

- Reconhecer que o brincar pode representar uma atitude espontânea de fruição que interfere sobre as possibilidades de construção da autonomia

CONTEÚDOS

O conteúdo da disciplina da Educação Física central é Expressividade Corporal. A partir daí os conteúdos específicos são organizados indicando quais os campos de estudos da disciplina escolar são considerados fundamentais e base para a compreensão de seu objeto de estudo, aquele constituídos historicamente e legitimado socialmente, considerando as características do aluno e diferentes experiências com o conhecimento sistematizado.

Os conteúdos específicos em Educação Física são: Manifestações lúdicas: O corpo que brinca e aprende; O desenvolvimento Corporal e Construção da Saúde; Manifestações Esportiva, da Ginástica, da Dança,; Manifestações estético Corporais na dança, na ginástica e no teatro.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 6º e 7º anos 8º e 9º anosManifestação da Ginástica X XRolamento X XRoda XVela X XAvião X XParada de mão c/ ajuda e sem ajuda X XAlongamento X XGinástica aeróbica XVariações da ginástica X XO corpo que brinca e aprende X XFormas básicas de movimento X XCondutas neuro motoras X X

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Organização, orientação espacial e tempo X Xlateralidade X XLateralização X XJogos rítmicos X XHabilidades perceptivas motoras X XAprendizagem objeto motora XManifestações Estético CorporaisDanças em geral X XDanças de salão XConsciência corporal X XRelação histórica dos movimentos folclórico X XAnálise crítica dos costumes X XBrincadeiras, brinquedos e jogosJogos de imitação XJogos simbólicos X XJogos recreativos X XJogos pré desportivos X XJogos cooperativos X X

Jogos intelectivos X XCriação de novas regras X XManifestações Esportivas X XFundamentos técnicos X XNoções de regras X XTáticas de jogos X XAnálise críticas das regras dos jogos X XOrigem Históricas dos jogos X XModelo de sociedade que produziram X XInfluências dos esportes X XAtletismoCorrida de resistência, corrida aeróbica X XCorrida de resistência anaeróbica X XSalto em distância (Iniciação) X XArremesso de pelota X XArremesso de peso X XCompetições( festivais e jogos) X XHandebolDesenvol. e posição básica X XDeslocamentos X XInic. Posição básica de defesa X XInicio de Passe e recepção de bola X XIniniação ao drible X XIniciação ao arremesso X XContra ataque simples X XIniciação a progressão 3 passos X XDesenvol. Da progressão do passe e recepção X XDesenvol. E movimento básico do goleiro X X

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Trabalho do armador e pivô X XDesenvol. Contra ataque simples X XIniciação ao arremesso 7 metros X XIniciação de defensiva e ofensiva X XIniciação de arremesso com salto X XAperfeiçoamento da progressão X XDrible, passe , arremesso e recepção X XAperfeiçoamento de 3, 5 e 7 passos X XFintas e giros X XAperfeiçoamento do contra ataque X XJogos com aplicação dos conteúdos X XDesenvolvimento de marcação indicada e por zona X XBasquetebol X XEquilíbrio X XPosição de deslocamento X XEmpunhadora habilidade com bola X XIniciação ao drible, passe , arremesso e bandeja X XNoções de regras X XJogos pré- desportivos X XJogos propriamente dito X XAperfeiçoamento do drible, passe, arremesso e bandeja X XIniciação ao rebote e contra ataque X XMarcação por zona 212 X XIniciação ao jump.arremesso e gancho e cortaluz X XMarcação 221-131 X XVoleibol X XIniciação ao ataque manchete, defesa, recepção saque por baixo

X X

Desenvolvimento do jogo X XRodízio e posicionamento dos jogadores em quadra X XAperfeiçoamento dos fund., toque, defesa, manchete, recepção e saque por baixo

X X

Saque por cima X XIniciação a cortada e bloqueio X XSistema 6-0 e 4-2 X XSistema 5-1 X XArbitragem XFutsalIniciação dos fundamentos, drible, passe e domínio de bola e chute

X X

Sistema de defesa e ataque X XAprofundamento dos fundamentos XRegras XArbitragem XJogos recreativos propriamente dito X XXadrezRegras básicas X X

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Aperfeiçoamento das regras XDesenvolvimento Corporal e a saúdePostura X XDesvio da coluna XMedidas antropométrica: peso e altura X XÍndice de Massa Corporal X XAlimentação : nutrientes bons para a saúde X XAlimentação industrializada X XFrequência cardíaca e procedimentos X XObesidade X XO esporte e a mídiaO esporte e a violência dentro e fora do campo X XHistória da Ed. Física no Brasil e no mundo X XA importância da atividade física X XJogos Olímpicos e sua importância para o mundo X XCriação de materiais com sucata X

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Em Educação Física a aprendizagem esta vinculada à experiência prática, o aluno deve ser considerado com um todo no qual envolve aspectos cognitivos, afetivo e corporais inter-relacionados em todas as situações.

Com as práticas propostas para esta disciplina , é necessário criar situação de aprendizagem para que o aluno se aproprie do processo de construção de conhecimentos relativos ã expressividade corporal. Não se restringindo a puros exercícios que visão certas habilidades de destrezas, mas sim capacitar o aluno a refletir sobre suas possibilidades corporais com autonomia exercendo de maneira social e cultural .

É importante, que o aluno conheça a natureza e as características de cada situação da ação corporal, como são construídas socialmente e valorizadas, para que posso organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de forma adequada e significativa. O aluno precisa participar de atividades de caráter recreativo, cooperativo, competitivo para aprender valorizar bem como diferenciar.

Para a aprendizagem da Expressividade Corporal, é preciso planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo em relação aos objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas. Cabe ao professor propor situações pedagógicas que propiciam tais momentos incluindo instrumentos de registro reflexão e discussão sobre experiências corporais, estratégicas e grupais.

A automatização e a atenção são tendências que serão trabalhadas nas atividades de Educação Física, pois essas tendências favorecem os processos de aprendizagem das práticas da cultura corporal quando compreendida como função dinâmica, mutável, como parte integrante do processo de aprendizagem.

As situações lúdicas, competitivas são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimento que necessitam de atenção do aluno para executar de forma adequada. Nessas situações incluem a possibilidade de repetição para manutenção e por prazer funcional, a oportunidade e diferentes problemas a resolver, e a interação social que estas atividades possibilitam.

As características individuais e as vivências anteriores do aluno deve ser o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem das práticas da Expressividade

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Corporal Deparar com suas potencialidades e limitações para buscar desenvolver é parte integrante desse processo.

Um dos objetivos da educação é ajudar o aluno a conviver em grupo de maneira produtiva agindo de modo cooperativo, cabe ao professor propor situações para aprender, dialogar, ouvir o outro ajudar e pedir ajuda, trocar ideias e experiências, criticar, sugerir, etc. Pela diversidade que as crianças apresentam em relação às competências corporais e necessário organizar atividades que contemplem e valorizem as diferenças, distribuindo no planejamento atividades que enfatize equilíbrio, força, velocidade, coordenação, agilidade, ritmo de forma que exija diferentes habilidades. para serem praticadas, incluindo facilidades e dificuldades para lidar com situações de simulação, de cooperação, de competição e outras.

Na aprendizagem e no ensino da cultura da Expressividade Corporal tratar basicamente de acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro de contextos significativos. Durante esse acompanhamento, diversificando estratégias de abordagem dos conteúdos, professor e aluno podem participar de uma integração cooperativa de construção e descoberta, em que o professor promove uma visão organizada do processo, como possibilidades reais, e o aluno contribui com o elemento novo, de que se apropria, trazendo a síntese da atualidade para o momento da aprendizagem. Os conteúdos específicos da educação: danças, esportes, lutas, jogos e ginásticas e brincadeiras são manifestações culturais que devem ser vivenciadas pelos alunos através da valorização das expressões dos diferentes grupos étnicos e sociais.

Aulas expositivas sobre a história e as tendências desses conteúdos devem ser abordadas pelo professor onde a cultura popular do aluno deve ser considerada e exemplificada sempre. Comparações nas execuções de determinados conteúdos em diferentes localidades podem ser apresentados não só teoricamente, mas praticamente também.

Com relação aos esportes, o aluno deve vivenciar inicialmente atividades lúdicas através de jogo pré desportivos, com objetivo da conscientização corporal e do domínio de bola de outros materiais esportivos para depois ser desenvolvida aprendizagem das técnicas especificas das modalidades esportivas.

O tema saúde está intimamente ligado com educação física ,pois deve haver um direcionamento por parte do educador sobre a qualidade de vida através do cuidado com o corpo, nutrição, lazer, auto estima do educando. A valorização não só com o aspecto físico do indivíduo, mas o mental emocional e social são fatores que devem ser abordados pelos professores em várias situações nas aulas ,seja através de atividades lúdicas ou não. Aulas, palestras podem ser trabalhadas com os temas drogas, álcool e fumo, onde seria ressaltado a questão do cuidado com o corpo e qualidade de vida.

A questão da exploração do corpo é um assunto também possível de discussão nas aulas debates, onde a própria mídia é um veículo que estimula muito a adoração a corpos ideais, formas físicas com objetivo único de alienação e consumismo.

Nas aulas práticas de Educação Física a visão das diferenças entre mulher e homem podem ser constantemente enfatizadas, citando como exemplo os próprios alunos. A questão da valorização não do modelo do corpo ideal e perfeito são fatores que podem ser discutidos e debatidos entre meninos e meninas utilizando para isso o que é explorado diariamente pela mídia através dos artistas famosos.

AVALIAÇÃO

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A avaliação é uma prática social ampla pela própria capacidade que o ser humano tem de observar, refletir e julgar.

Ao iniciar um processo avaliativo o professor deve ter em mente, o quê, como, quando, porquê e para quê, avaliar.

Aluno e professor discutirá critérios utilizados na avaliação, contribuindo assim no entendimento do programa a ser desenvolvido, ampliando a compreensão do aluno sobre o que o professor busca alcançar, responsabilizando a todos pelo caminho a ser percorrido, combinando com o grupo o critério de avaliação, permitindo sugestões retira a responsabilidade de uma avaliação voltada exclusivamente para as notas.

A avaliação proposta seguirá a mesma estabelecida no Projeto Político Pedagógico da escola , logo terá caráter diagnóstico sendo permanente, somativa e cumulativa no sentido de valorizar toda a apropriação do conhecimento científico por parte do aluno, tendo a preocupação no sentido de diminuir as desigualdades sociais, buscando alcançar uma sociedade mais justa e humana.

O caráter diagnóstico e permanente permite a avaliação tanto do aluno no seu desenvolvimento quanto a avaliação das práticas pedagógicas que precisam ser revistas e retomadas.

A auto avaliação, como um momento para a reflexão do aluno sobre suas contribuições no seu crescimento individual e coletivo, deverá ser uma prática, pois refletindo sobre seu desempenho, é a melhor forma de se alterar a conduta e posicionamento sobre o processo de construção do conhecimento.OBS. Os alunos após todos os processo avaliativos, terão um registro de notas bimestrais para registro na secretaria, por ser uma exigência da lei, obedecendo o que determina o Regimento escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1993.

PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino de Educação Física, Educação Básica, 2008.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995.

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ENSINO RELIGIOSO

6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

De acordo com as Diretrizes Curriculares, Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois, constituinte historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos e por isso , a disciplina de Ensino Religioso na escola fundamental deve orientar para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do conhecimento.

O Ensino Religioso permite que alunos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado, compreendendo suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferentes , para que entendendo estes elementos, possam elabora o seu saber, passando a entenderem a diversidade de sua cultura marcada pela religiosidade.

O Ensino Religioso contribui para superar desigualdades étnico religiosas e garantir o direito de liberdade de crença e expressão.

O trabalho pedagógico da disciplina de Ensino Religioso deve ser organizado a partir dos conteúdos estruturantes e para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.

O ensino e aprendizagem de Ensino Religioso deve propor conteúdos que conduzam o aluno à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado tendo em vista a interpretação dos seus significados , subsidiando para compreender conceitos básicos no campo religioso ou mesmo afirmando ou negando o sagrado. O conhecimento relativo ao Sagrado e suas manifestações são significativos para o aluno no processo de escolarização.

O objetivo de estudo do Ensino Religioso é o Sagrado no coletivo como foco , pois contempla todas as manifestações religiosas. Compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

A introdução do Ensino Religioso como disciplina obrigatória para escola é facultativo para o aluno ,no Paraná só ocorreu efetivamente a partir de 2002 com a aprovação de uma deliberação que regulamentava a disciplina nas escolas Públicas do Paraná.

Por meio do Ensino religioso é possibilitado ao aluno superar a desigualdade étnico religiosa, garantindo o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão.

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A escola é espaço de discussão do Sagrado, fornecendo instrumento de leitura da realidade, criando condições para melhorar a convivência entre as pessoas, oportunizando o diálogo, oportunizando ao aluno a identificação, o entendimento, o conhecimento da aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade tendo uma visão mais ampla da própria cultura em que está inserido, favorecendo o respeito à diversidade cultural religiosa e suas relações éticas e sociais

Conforme Diretrizes Curriculares(2008), repudiando a discriminação o preconceito, reconhecendo que somos portadores de singularidades que devem ser respeitadas.

É preciso entender que o fato religioso como fatos humanos, pertencem à cultura e como tal tem sua relevância.

Para Castella(2004), o Ensino Religioso deve ser entendido nos três fatores: a pluralidade, social, liberdade religiosa: a maneira de aprender o conhecimento devido as transformações ocorridas no campo da epitimologia da educação e da comunicação; traço característico da cultura ocidental que mostra a profunda reviravolta nas concepções religiosas.

O trabalho com o Ensino Religioso precisa superar as tradicionais aulas de religião, dando ênfase na inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, suas passagens e símbolos sem perder de vista as relações culturais, sociais e políticas.

OBJETIVO GERAL- Compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar,

estabelecendo relações entre culturas , espaços e diferenças, permitindo ao aluno elaborar seu saber, entendendo a diversidade cultural marcada pela religiosidade;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Possibilitar a reflexão e o entendimento de como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado;

- Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa no cotidiano que contextualiza o universo Cultural.

- Conhecer e respeitar as celebrações religiosas afros e indígenas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos estruturantes de Ensino Religioso:1. Paisagem Religiosa: lugar ou espaços geográficos que remetem às experiências do

Sagrado, Religiões e os espaços, O imaginário dos espaços, Os seres humanos e os espaços físicos com sentido sagrado para manifestar a fé, Os espaços e os diversos significados que resulta das crenças

2. Universo Simbólico Religioso: Universo simbólico como chave de leitura das diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, Símbolos Religiosos. Os símbolos como linguagem que expressam sentidos: função de comunicar constituições das diferentes religiões no mundo.

3. Texto Sagrado: textos sagrados e a expressão de ideias, formas de viabilizar a disseminação e preservação dos ensinamentos de diferentes

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tradições/manifestações religiosas. Os textos sagrados e os ritos, as festas religiosas, situações de nascimento e morte, diferentes tradições/manifestações religiosas. Os textos religiosos e as mensagens do Sagrado. Compreensão,

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOSO trabalho pedagógico com o Ensino religioso deve começar por um constante

repensar das ações que subsidiarão as práticas de sala de aula.As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor versar sobre as diversas

manifestações religiosas, valorizando o universo cultural dos alunos.Os conteúdos da disciplina podem e devem ser abordados juntamente com

outras disciplinas das demais áreas do conhecimento. Muitos conteúdos de Ensino Religioso poderão ser relacionados com Geografia e História, localizando assim o fato religioso no tempo e num determinado espaço geográfico

Ao trabalhar com os conteúdos , o professor deve Ter o cuidado para não legitimar uma determinada manifestação do Sagrado e sim contemplar as diversas manifestações do Sagrado existentes como parte do patrimônio cultural, contribuindo para a construção, a reflexão e a socialização do conhecimento religioso, proporcionando conhecimentos que favoreçam a formação integral dos alunos, o respeito e o convívio com o diferente.

A cultura é adquirida por maneiras diferencias por meio dos trabalhos pedagógicos realizados em sala de aula. Sendo a disciplina em questão ser importante para o aluno em seu cotidiano conhecer, apreciar e respeitar as diversidades religiosas e culturais. Essa diversidade se manisfesta na sua originalidade, pluralidade e identidade cultural dos grupos que a caracterizam e da sociedade em geral.

Nesse sentido, trabalhar os conceitos do ensino – aprendizagem da disciplina se trata de uma linguagem pedagógica, e não religiosa propriamente, pois conforme acima colocado, cada educando traz em sua vivencias suas características e identidades culturais.

AVALIAÇÃO

A avaliação será a diagnóstica , contínua e formativa por possibilitar observar o avanço do aluno e quanto as práticas pedagógicas utilizadas numa reciprocidade devendo ser retomada quando necessárias, verificando e identificando em que medidas os conteúdos foram assimilados numa compreensão das manifestações religiosa -cultural do educando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASPARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religiosidade Educação Básica, 2008. BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. CLASTRES, P. A fala sagrada: mitos e cantos Sagrados dos índio guarani.Tradução Nícia Adan Bonatti. Campinas, SP: Papirus, 1990.COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUNQUEIRA,S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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GEOGRAFIA

6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Geografia conduz o aluno a compreender de forma mais ampla a realidade possibilitando que nela interfira de maneira mais consciente e produtiva.

A Geografia trabalha com diferentes noções de espaço e tempo, bem como os fenômenos sociais, culturais e naturais, características de cada paisagem para permitir uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição, identificando e relacionando aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza.

O estudo de Geografia possibilita ao aluno a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza, percebendo como suas ações individuais e coletivas em relação aos valores humanos ou à natureza, tem consequência tanto para si como para a sociedade, permitindo também a compreensão das diferentes relações que são estabelecidas na construção do espaço geográfico.

O ensino e aprendizagem em Geografia tem por objetivo o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica de lugar, região, território, natureza, sociedade , etc. Demonstrando ao aluno que sociedade e natureza formam um todo integrado em constante transformação, da qual ele faz parte, e portanto, precisa conhecer e sentir como membro participativo, responsável e comprometido.

O estudo em Geografia busca superar a dicotomia: Geografia Humana e Geografia Física, com conteúdos políticos que são significativos na formação do cidadão. Uma Geografia que trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem como os elementos físicos e biológicos que fazem parte dela , investigando as múltiplas interações entre eles estabelecidos na constituição de um espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais, técnicos e ações, relações sociais, culturais, políticas e econômicas inter-relacionadas, na Geografia crítica que desvele a variedade, que conceba o espaço geográfico como sendo um espaço social, produzido e reproduzido pela sociedade humana.

O estudo de Geografia no Ensino Fundamental, visa propiciar ao aluno possibilidade e compreender sua própria posição no conjunto das interações entre sociedade e natureza. Uma Geografia que se ocupa da análise histórica da formação das diversas configurações espaciais, distinguindo dos demais ramos do conhecimento na medida em que se preocupa com localizações, estruturas espaciais e dos processos espaciais , ou seja, produção e organização do espaço geográfico a partir das relações sociais , econômicas, políticas e culturais da população historicamente determinada. Uma Geografia crítica que desvele a realidade concebendo o espaço geográfico como espaço social produzido e reproduzido.

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OBJETIVOS GERAIS

- Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em suas construções e na produção do território, da paisagem e do lugar;

- Compreender e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais, regionais e mundiais;

- Entender o espaço geográfico como produto e produtor das relações sociais, políticas, econômicas, culturais e diversidades ambientais;

- Criar condições para que o aluno construa sua ideia de mundo a partir de sua realidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Localizar- se no espaço onde vive, entendendo os problemas sociais, políticos e econômicos, a partir de uma visão geral do local para o global, pois, oportunizando com esse conhecimento o agir e interagir com autonomia na sociedade e no espaço em que está inserido ;

- Contribuir para o reconhecimento do espaço vivenciado pelo aluno, como indivíduo social e atuante, possibilitando a compreensão do mundo, da totalidade e da capacidade de agente transformador social;

- Contribuir para o entendimento das relações entre homem/natureza e homem/sociedade percebendo a sua importância;

- Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações e problemas;

- Ler imagens cartográficas, dados, documentos de diferentes fontes , de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens;

- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo como um direito dos povos e indivíduos, sendo um elemento primordial a democracia;

- Reconhecer na paisagem local e no lugar em que se encontra inserido, as diferentes manifestações da natureza e sua transformação pela ação da coletividade e de seu grupo social;

- Perceber semelhanças e diferenças nos diferentes modos pelos quais os grupos sociais se apropriam da natureza e a transforma, identificando suas determinações nas relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas formas de se expressar e no lazer;

- Utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo por meio de ilustrações e da linguagem oral;

- Identificar, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação e distância de modo a deslocar com autonomia e representar os lugares onde vivem e se relacionam;

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- Perceber a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em que vive, evitando o desperdício e percebendo o cuidado que deve ter na preservação e na manutenção dos recursos naturais;

- Entender o papel da sociedade na construção de diferentes paisagens (urbanas e rurais)

- Conhecer e compreender as consequências das transformações da natureza causadas pelas ações humanas, presentes nas paisagens;

- Reconhecer o papel das tecnologias, das informações, da comunicação e dos transportes na configuração do espaço geográfico;

CONTEÚDOS

6º ANO

A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

O homem, as paisagens e o espaço geográfico natural e humanizado; Leitura e representação da paisagem; A orientação e a localização do/no espaço

geográfico ( movimentos de rotação e translação) ; Sociedade e cidadania; sociedade e trabalho; atividades industriais e fontes de energia; Sistema de circulação de mercadoria, pessoas e capitais; Agropecuária; Turismo.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Recursos energéticos ( uso da água); Políticas ambientais; Meio ambiente e desenvolvimento; Desigualdades sociais; Movimentos sociais ( sem teto, sem terra, etc.) DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Atmosfera: condições naturais e ação humana; Circulação e poluição atmosférica; mudanças climáticas; Os climas e as formações vegetais da Terra; A Hidrosfera e a importância da água para a sociedade; Rios e bacias hidrográficas; Poluição dos rios; Políticas públicas e saneamento básico; a Litosfera e o Relevo Terrestre ( rochas, minerais, etc.); Desmatamento; Ambiente Rural e Urbano; Chuva ácida; Efeito estufa; Buraco na camada de Ozônio; Meio Ambiente: relação homem/ambiente/natureza; Desigualdades sociais e os problemas ambientais; Meios de Comunicação e Transporte.

A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

População: crescimento, condições sócio econômicas e deslocamentos ( também a população indígena e afro descendente); Horizontalização e Verticalização das cidades; Consumo, consumismo e consumidor.

7º ANO

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

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O homem, as paisagens e o espaço geográfico natural e humanizadoLeitura e representação da paisagem; A orientação e a localização do/no espaço geográfico ; Sociedade e Cidadania; Sociedade e Trabalho (Mercado de trabalho do negro e indígenas); Regiões Geoeconômicas.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Recursos energéticos ( uso da água); Políticas ambientais;Meio ambiente e desenvolvimento; Desigualdades sociais;Movimentos sociais ( sem teto, sem terra, etc.).

DIMENSÃO SÓCIO- AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Atmosfera: condições naturais e ação humana; Circulação e poluição atmosférica; mudanças climáticas; Políticas públicas e saneamento básico; Desmatamento; Ambiente Rural e Urbano; Chuva ácida; Efeito estufa; Buraco na camada de Ozônio; Meio Ambiente: relação homem/ambiente/natureza; Exclusão Social: um fator cultural; Conflitos étnicos religiosos e raciais.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Urbanização e Favelização brasileira no século XX; População brasileira, Espaço geográfico brasileiro; Consumo, Consumismo e Consumidor, Desigualdades sociais e econômicas; A diversidade cultural da população brasileira; Migrações internas.

8º ANO

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

O homem, as paisagens e o espaço geográfico natural e humanizadoLeitura e representação da paisagem; A orientação e a localização do/no espaço

geográfico; Sociedade e cidadania; sociedade e trabalho; Turismo; O Capitalismo e a Formação do Espaço Mundial ; Revolução Técnico Científica e a Globalização, Economia e Desigualdade Social; dependência Tecnológica, Acordos e Blocos econômicos

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

Recursos Energéticos, Políticas Ambientais; Estado; Nação; e Território; Globalização; Blocos Econômicos, Desigualdades Sociais e Movimentos Sociais; exclusão social: um fator cultural; Órgãos internacionais; Imigração.

DIMENSÃO SÓCIO- AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Atmosfera: condições naturais e ação humana; Circulação e poluição atmosférica; mudanças climáticas; Políticas públicas e saneamento básico;

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Desmatamento; Relação entre o Meio Rural e Urbano; Chuva ácida; Efeito estufa; Buraco na camada de Ozônio; Meio Ambiente: relação homem/ambiente/natureza; Os problemas Sociais: (faveolamento e desemprego); Êxodo Rural nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos Conflitos étnicos religiosos e raciais;Relevo e Hidrografia no Continente Americano; O Clima e as Paisagens do Continente Americano; A Urbanização e as cidades globais; Meios de Comunicação; Qualidade de vida e o que fazer para melhorar;Tradições e costumes dos povos; os primeiros habitantes do Brasil ( povos indígenas e afrodescendentes), Conflitos étnicos religiosos e raciais; Desigualdades dos países Norte X Sul; A Integração da América; A Geopolítica dos Estados Unidos , Canadá, América Latina e de Cuba.Características gerais da população Americana; Fluxos Migratórios; Exclusão Social: um fator cultural; Conflitos étnicos religiosos e raciais.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Urbanização e favelização; Sociedade: globalização e regionalização;Estrutura Etária; Estudo do Gênero ( masculino , feminino e outros); Consumo, consumismo e consumidor. A contribuição da imigração para ocupação definitiva do Paraná.

GEOGRAFIA DO PARANÁ

1.DIMENSÃO ECONÔMICA DO/NO ESPAÇO

A formação do território paranaense; Orientação e localização espacial; O trabalho de construção do espaço paranaense; O desenvolvimento econômico paranaense e as modificações ocorridas no espaço; Os recursos econômicos locais.

2. DIMENSÃO GEOPOLÍTICA

Divisão Regional paranaense; Os municípios paranaense; O processo de ocupação das terras do Paraná e O processo de urbanização paranaense.

3.DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL

A paisagem natural do Paraná; O meio Ambiente do Paraná: relação homem/ natureza; Os problemas sócios ambientais paranaense (favelamento, desemprego, êxodo rural)

4.DIMENSÃO CULTURAL GEOGRÁFICA

A população paranaense em números; Os primeiros habitantes ( indígenas e afrodescendentes) ; Qualidade de vida dos paranaenses: O que fazer para melhoria ?; Como Vivemos: Tradições, usos e costumes; Exclusão social: Um fator Cultural.

9º ANO

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

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O homem, as paisagens e o espaço geográfico natural e humanizado;Leitura e representação da paisagem; A orientação e a localização do/no espaço

geográfico ; Sociedade e cidadania; Sociedade e Trabalho ( o mercado de trabalho dos afrodescendentes e dos indígenas); Turismo; Dependência Tecnológica.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Recursos Energéticos; Políticas Ambientais; Globalização; Blocos Econômicos ; Desigualdades Sociais; Movimentos Sociais; Órgãos Internacionais.

DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Atmosfera, condições naturais e ação do homem; Circulação e poluição atmosférica e mudanças climáticas; Rios e Bacias Hidrográficas, Desmatamento; Chuva Ácida; Efeito Estufa; Buraco da Camada de Ozônio; Ambiente Urbano e Rural; Meio Ambiente: homem/Ambiente/Natureza; O espaço Natural da Europa, Ásia,Rússia,Oriente Médio, Japão e Tigres Asiáticos, China, África, Oceania; Meios de Comunicação; Conflitos étnicos religiosos e raciais na América e em geral; Exclusão Social: um fator cultural; Fatores e Tipos de imigração e emigração, suas influências no espaço geográfico; migrações mundiais;Neoliberalismo; O século XX: Geopolítica e Economia Mundial; Guerra Fria; Conflitos Mundiais:Terrorismo.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Urbanização e favelização; O espaço geográfico e os fluxos da globalização; A era do consumo e a globalização dos costumes: Consumo, consumismo e consumidor; Cidades globais; Modernização, meio ambiente ;Cidadania: Desigualdades Sociais e Econômicas, diversidade cultural.

Obs: Alguns conteúdos específicos se repetem ao longo das dimensões e também das séries, onde os mesmos devem ser trabalhados com grau de aprofundamento adequado à cada série.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos de Geografia, assim como as demais disciplinas, devem ser trabalhadas de forma dinâmica e instigante para o aluno, partindo de relações, que problematizem diferentes espaços geográficos.

O professor deve utilizar de práticas pedagógicas que permitem apresentar ao aluno os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno, utilizando os conhecimentos de outras disciplinas, de modo que o aluno possa construir uma compreensão nova e mais completa a seu respeito, desenvolvendo no aluno a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade e assim, compreender a relação sociedade e natureza. Práticas estas que envolvem toda uma problematização, observação, registro, descrição, apresentação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais e naturais que

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compõem a paisagem e o espaço geográfico na busca de reformulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações.

A metodologia a ser usada deve ser a que propicie realmente ao aluno sua formação de cidadão autônomo e participativo, fortalecendo assim, sua autoestima e atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho individual que irá possibilitar a construção do conhecimento do sujeito do seu processo de aprendizagem,construindo assim, significados para o que está aprendendo através das múltiplas interações que lhes serão propiciadas.

A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativo, buscando a mudança qualitativa na aquisição do conceito do Espaço Geográfico e demais conteúdos específicos propostos.

Os conteúdos a serem ensinados não representam uma garantia por si mesmo para a formação plena do aluno. Cada pessoa representa um mundo de experiências vividas diferentes. A diversidade é inerente à natureza humana. O professor deverá ter consciência que muitos deverão ter os recursos didáticos utilizados adaptados ao processo da aprendizagem do aluno para contemplar essa diversidade que caracteriza o universo da sala de aula.

Oferecer oportunidade, por meio das tarefas organizadas para a aula, em que os alunos exponham seus pontos de vista, permitindo assim um posicionamento autônomo, fortalecendo e atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho intelectual.

O caminho para o ensino e aprendizagem é por meio de situações que problematizem os diferentes espaços geográficos materializados em paisagens, lugares, regiões e territórios, que conduz as relações entre o presente e o passado, o específico e o geral, as ações individuais e as coletivas, e que promovam o domínio de procedimentos que permitam aos alunos “Ler” e explicar as paisagens e os lugares. O professor pode planejar essas situações considerando a própria leitura da paisagem, a observação e a descrição, a explicação e a interação que o aluno traz de sua realidade.

O principio de territorial dos fenômenos geográficos, definidos pelo processo de apropriação da natureza pela sociedade, garante a possibilidade de se estabelecer os limites e as fronteiras desses fenômenos, sua extensão e tendências espaciais

Pelo ensino de geografia é possível que os alunos compreendam os processos de produção cultural e conheçam a utilização das tecnologias da comunicação e informática.

Por meio de recursos tecnológicos variados, é possível obter informações sobre o campo, a cidade, questões ambientais , povos, nações, construção de território. Que são fundamentais para compreender as relações entre o processo histórico de construção de espaço geográfico e o funcionamento da natureza.

Os alunos podem realizar pesquisas sobre o assunto que está sendo estudado, em todo tipo de material impresso. Trabalhando com a TV multimídia é possível propor: estudos comparativos sobre diferentes paisagens, relações do homem com a natureza, entre outros. Identificação sobre diferentes formas de representar e codificar o espaço, e análise das convenções.

AVALIAÇÃO

A avaliação dentro de uma perspectiva transformadora só adquire sentido na medida em que é articulada com as práticas do professor, pois subsidia decisões que

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visam construir um resultado previamente definido garantindo também – qualidade dos resultados de que estamos construindo.

A avaliação será assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista uma tomada de decisões suficiente e satisfatória para que o aluno possa avançar no seu processo de aprendizagem, possibilitando também ao professor condições de compreensão deste estágio tendo em vista, poder trabalhar com aluno para que possa superar suas dificuldades.

Optaremos por uma avaliação diagnostica, contínua e formativa por estar mais diretamente ligado com a proposta histórico crítica, que tem a preocupação com a perspectiva de que o aluno deva apropriar de forma crítica dos conhecimentos e habilidades, necessárias a sua realização como sujeito crítico dentro da sociedade.

Trabalhos em sala de aula valorizam e oportunizam a interação entre o professor e o aluno e entre os próprios alunos que procurarão superar suas dificuldades.

Os critérios de avaliação devem explicitar as expectativas, considerando objetivos e conteúdos propostos, a organização lógica e interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento da escolaridade e a possibilidade de aprendizagem de acordo com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.

OBS. Observaremos o que foi descrito mas a lei determina que se apresente menções ou notas , então procuraremos contemplar os dois lados da avaliação. O Regimento Escolar do colégio bem como o regimento interno contém a especificação da avaliação que a lei determina como forma de registro : menções e sobre a recuperação paralela

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In: CARLOS, A. F. A. (Org.) A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religiosidade Educação Básica, 2008. VESENTINI,J.W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.GASPARIN,João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. 3. ed. Campinas: Autores Associados,2002.LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Ed. Cortez. 2005.HOFFMANN, J. Avaliar para Promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Editora Meditação, 2002.

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HISTÓRIA

DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O histórico da disciplina de História demonstra o processo pelo qual esta disciplina tornou componente curricular obrigatório assim como as referências teóricas que a embasa.

A História não pode ser vista como verdade definitiva apoiada em uma única vertente. Ela tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e também como os sentidos das mesmas. Estas relações produzidas pela ação humana são definidas como estruturas sócio- históricas: forma de agir, pensar, representar, imaginar e de se relacionar social, cultural e politicamente

Precisamos abordar a História como um processo, significando seu movimento contínuo, dinâmico total e plural concebendo com em constante transformação, estudando a vida das sociedades em seus múltiplos aspectos, recuperando a dinâmica própria de cada sociedade, numa visão crítica problematizando o passado a partir do cotidiano composto por sujeitos concretos que vivem e constroem a História da atualidade, compreendendo seu objeto: os processos históricos relativos às ações e relações humanas .O ensino de História possui objetivos específicos onde o mais relevante é o que se relaciona a constituição da noção de identidade, sendo portanto, primordial estabelecer relação entre identidades individuais, sociais e coletivas entre as quais se constituem como nacionais.

A História tem papel relevante na formação da cidadania a partir do momento que se possibilite reflexão sobre a atuação do indivíduo em suas ações e relações pessoais e com o grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo.

O ensino e aprendizagem de História apresenta uma distinção básica entre o saber histórico como campo de pesquisa e a produção do conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando diferentes sujeitos históricos.

Os fatos históricos poderão ser entendidos e estudados como ações humanas significativas escolhidas para análise de determinados momentos históricos, recorte temporais, do conceito de documento, de sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado.

O ensino e aprendizagem em História será norteado pelos princípios: a) História como conhecimento construído e em constante construção; b) História e os seus recortes que valoriza as experiências humanas no tempo e espaço que contém uma

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inesgotável fonte de informações e ideias, traduzindo as concepções e finalidades do sujeito que o fez; c)História e a totalidade que valoriza e ressalta a necessidade do aluno compreender fenômenos de amplo efeito sobre os diferentes recortes sincrônicos e diacrônicos , permanências e continuidades ; d) História e a legitimação que visa trabalhar ideias e informações consideradas de consenso da geração anterior; e) História e o cotidiano; f) História e Identidades; g) História e a politização do sujeito; h) concepção do sujeito histórico e i) História e os saberes escolares, princípios estes que se centralizam nas dimensões .

Os conteúdos estruturantes de História do 6º a 9º ano são: Relações de trabalho, Poder e Cultura e são entendidos como fundamentais na organização curricular e são a materialização do pensamento histórico.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de História, entendemos que nos Conteúdos Estruturantes relações de trabalho, de poder e cultura permite construir uma fundamentação histórica das abordagens relativas aos temas ou conteúdos básicos e aos conteúdos históricos específicos, porque materializam as orientações do agir humano estruturadas na formação do pensamento histórico. Esta formação histórica, baseada nos Conteúdos Estruturantes, é constituída por metodologias de ensino e de aprendizagem articuladas às especificidades do Ensino fundamental explicitadas nos encaminhamentos metodológicos.

A História como instrumento para analisar as mudanças sociais e esclarecer o comportamento do homem em cada espaço desde o local até o mais amplo e tempo físico de evolução. A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico dos alunos por meio da consciência histórica..OBJETIVOS GERAIS

- Construir uma consciência histórica que possibilite a compreensão da realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituiçãoContribuir para o indivíduo tomar decisões práticas a partir da análise , reflexão e avaliação de uma ação, eventos passados;Propiciar, informações, ideias e conceitos históricos ao aluno permitindo atribuir sentido ao tempo e a História de forma eficiente;Possibilitar a compreensão de que os fenômenos históricos são naturais e irreversíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos em relação dialética com seus contextos históricos.

- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias coletivas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Reconhecer as origens e o desenvolvimento das civilizações;Perceber que a História é a expressão de um conhecimento vital, cotidiano e

inerente a todos ;Favorecer o reconhecimento e o respeito à diversidade e ao caráter multicultural

do nosso país e do mundo;Utilizar métodos de pesquisa, de produção de textos de conteúdos históricos e a

ler, refletir e interpretar deferentes registros escritos;

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Caracterizar e respeitar o modo de vida da coletividade indígena e afro descendente, e outros diferentes grupos sociais identificando suas contribuições econômicas, culturais, sociais e políticas , semelhanças e diferenças entre eles;

Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes, na sua realidade, em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço;

Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação , política institucional e organizações coletivas da sociedade e civil;

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia.

Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;

Valorizar o direito da cidadania dos indivíduos dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo o respeito às diferenças e à luta contra as desigualdades.

Caracterizar e distinguir relações sociais da cultura com a natureza em diferentes realidades históricas;

Refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações que elas geram no modo de vida das populações e nas relações de trabalho;

Situar acontecimentos históricos no tempo , localizar em sua multiplicidade de tempo e espaço , percebendo em constante mudanças e que somos sujeitos desse processo de construção histórica Usar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania; Reconhecer as diferentes formas de relações de poder interna e externa aos grupos sociais; Identificar e analisar lutas sociais, guerras e revoluções na História do Brasil e do mundo;

Conhecer as principais características de cada processo de formação e das dinâmicas dos Estados Nacionais. CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESRelações de trabalho, poder e cultura

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:O tempo históricoO surgimento dos seres humanosOs primeiros povos da AméricaAs culturas locais e a cultura comumAs civilizações antigas

7º ANO

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTESRelações de trabalho, poder e cultura

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSA conquista da AméricaConfronto de culturas na AméricaBrasil colônia (escravidão indígena e africana)Renascimento culturalReformas religiosas

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESRelações de trabalho, poder e cultura

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSIndustrialização e novas relações de trabalhoBrasil: 1 e 2 reinados, o governo dos regentes e revoltas contra o impérioRevolução FrancesaAs migrações para o BrasilA abolição da escravidãoA proclamação da República

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESRelações de trabalho, poder e cultura

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSA construção da República brasileiraAs revoltas na primeira RepúblicaA era VargasA crise de 1929A Revolução RussaA primeira guerra mundialRegimes TotalitáriosSegunda guerra mundial

HISTÓRIA DO PARANÁ

Relações de poder, trabalho e cultura dentro da História do Paraná. O conteúdo de História do Paraná será aplicado no 9º ano.

- Os indígenas do Paraná e suas contribuições para a formação do povo paranaense; - O processo de colonização do Paraná;- Os afrodescendentes no processo histórico de constituição do Paraná;- Emancipação Política do Paraná; - Relações econômicas, conflitos sociais, relações de trabalho e manifestações culturais;

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- Patrimônio histórico paranaense (identificação, construção do Paraná moderno).

O Regime Militar no Paraná e no Brasil:Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação, no futebol, Cinema Novo, Teatro, Itaipu, Sete quedas e a questão da Terra,

Paraná no contexto atual:

Redemocratização, Constituição de 1988, Movimentos populares rurais e urbanos: MST, Movimento dos sem terra, Movimento nacional pela luta por moradia, CUT: Central Única dos Trabalhadores, Marcha Zumbi dos Palmares. MERCOSUL, ALCA.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O ensino e aprendizagem em História busca, junto as demais disciplinas a formação do jovem para que possa assumir uma postura crítica que resultará na mudança ou permanência de sua realidade.

Entende que para agir é preciso conhecer, analisar, comparar, compreender outros povos, tempos e fatos comparados a nossa realidade. As ações que pretende provocar nos alunos em sua formação é a criticidade, solidariedade, responsabilidade no comprimento de seus deveres conquistando seus direitos e respeitando o direito dos outros, compromisso com a justiça social e o bem estar de todos terminando com a desigualdade social e de todo tipo de discriminação ou exclusão.

Com o intuito de alcançar os objetivos propostos, o trabalho com o ensino e aprendizagem de História estará voltado em viabilizar a aprendizagem onde o aluno será agente na busca do conhecimento, na sua construção e tomada de postura frente ao que analisou e frente a sua realidade. O professor como mediador nesse processo deverá propor situações que oportunizem a reflexão crítica estimulando a busca do conhecimento

Os conhecimentos históricos são significativos para o aluno assim como saber escolar e social, quando contribuem para uma reflexão sobre as vivências e as produções humanas concretizadas no seu espaço de convívio direto e nas sociedades de tempos e espaços diferentes. Logo, a proposta tanto de conteúdo como do tratamento metodológico é que os procedimentos conduzam o aluno a uma constante reflexão crítica sobre as vivências e as obras humanas, contribuindo para que o aluno construa sua consciência histórica

A pesquisa e a coleta de informações devem fundamentar e problematizar o

passado e buscar por meios de documentos e dos questionamentos respostas às suas indagações , construindo respostas para as mesmas

A aquisição do conceito sobre a produção do conhecimento histórico é processual, portanto deve ser problematizada pelo professor e constantemente retomada através de questionamentos.

A utilização da leitura crítica e interpretação deve ser práticas pedagógicas que possibilitem ao aluno obter e organizar informações através de textos, documentários

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históricos. A valorização dos trabalhos de leitura crítica significa optar por aprendizagens mais qualitativas.

O estudo do meio envolve uma metodologia de pesquisa e de organização de novos saberes que requer atividades de levantamento de questões a serem investigada, seleção de informações, observações em campo e comparações que favorece uma participação ativa do aluno na construção de conhecimentos, como uma atividade construtiva que depende de interpretação, da relação e das formas de estabelecer relações entre as informações colhidas. Para a efetivação deste conteúdo, o professor dispõe de uma infinidade de procedimentos didáticos que no dia-a-dia poderá desenvolver conforme a necessidade da turma, que vão se tornando ricos na medida em que não sejam usados simplesmente como forma de aproximar a teoria escolar da observação e sim como acesso a diferentes dados e o conhecimento de várias teorias para interpretar os fenômenos do meio..

O professor deve criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações entre passado e o presente, o particular e o geral, o individual e o coletivo e os interesses específicos e cada grupo e suas articulações sociais. É interessante reconhecer costumes, valores, crenças, atitudes e hábitos cotidianos na organização da sociedade, identificar os comportamentos, as visões do mundo, as formas de trabalho, comunicação e tecnologias em épocas distintas.

Trabalhar com documentos variados como: plantas urbanas, adornos, mapas, objetos cerimoniais e rituais, textos, vestimentas, imagens, gravuras, fotos, será também nossa prática constante, propor a criação de brochuras, murais, exposições e estimular a criatividade.

AVALIAÇÃO

Se temos como pressuposto teórico a construção do conhecimento por parte do aluno, conhecimento este que é construído a partir das interações com o objeto a ser conhecido, só podemos propor uma avaliação que valorize esta construção, optamos por uma avaliação diagnóstica, formativa, constante, onde o professor deve utilizar como um instrumento, para suas futuras ações pedagógicas para replanejar, visando dar condições para que o aluno tome consciência de seu crescimento, de suas necessidades e de suas carências.

Através da avaliação, o professor como agente do processo de aprender deve continuamente conhecer seu aluno provocando a expressar o que aprendeu, captando seus avanços e suas resistências e as suas dificuldades, pois esta atitude possibilita uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos, aproximando- dos avanços.

Para a disciplina de História propomos que o conteúdo seja avaliado no sentido de priorizar que o aluno esteja compreendendo a unidade e a diversidade do social quanto as transformações e as relações nas dimensões espaciais e temporais, levando em consideração as experiências culturais, explicitadas, sistematizadas que o aluno traz da sua vivência, procurando conduzir à construção da temporalidade que é construção histórica e para que isto ocorra de forma efetiva , o professor deve guiar pelos apontados essenciais:

Os conteúdos e conceitos históricos abordados estão sendo apropriados para o aluno;

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Como foi construído o conceito de tempo; permitiu a abordagem das várias dimensões e contextos;

O aluno compreende a história como prática social da qual faz parte como sujeito histórico do seu tempo;

Percebe que o conhecimento histórico é produzido na problematização de diferentes fontes de informações;

Percebe, respeita e compreende a diversidade racial, religiosa e econômica a partir do conhecimento dos processos históricos que as constituíram

Compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar questionar ou complementar a produção historiográfica já existente;

Identifica fatos importantes das histórias das localidades próximas e distanteReconhece diferenças e semelhanças em relações de trabalho construídas no

presente e no passado;Reconhece a diversidade de documentos históricos;Percebe as diferenças e semelhanças nas relações sociais, culturais e na natureza

no presente e no passado.OBS. Os alunos do 6º ao 9º ano terão um registro representado por uma nota

depois de ter sido submetido a avaliação conforme descrita acima. A nota é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção.

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, MIKHAIL- Cultura Popular na Idade MédiaPARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Educação Básica, Ensino de História, 2008. .Luckesi. Cipriano Carlos.. Avaliação da Aprendizagem Escolar .São Paulo. Cortez.2005.BRASIL, Lei nº 9.394, 20 de Dezembro de 1996.Estabelece as Diretrizes Curriculares e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial de 23 de Dezembro, 1996.RIBEIRO, Luiz Carlos – Currículo Básico : História e Ideologia. História e Cultura

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Língua Estrangeira Moderna e sua ascensão e declínio de prestígio dessa língua nas escolas está ligada a razões sociais, econômicas e políticas ao longo da história tanto a nível nacional, como no nosso Estado.

O prestígio da Língua Estrangeira é de 1976, quando esta disciplina para de ser obrigatória no 2º grau. Nos anos seguintes ocorreram debates intensos pedindo que a Língua Estrangeira voltasse a ocupar lugar nas escolas. Em meados de 1980 a redemocratização do país tornou cenário propício para o retorno da oferta da Língua Estrangeira.

No Paraná, em 1992, chegou uma nova perspectiva para a Língua Estrangeira, que propunha a concepção de Língua entendida como prática historicamente construída, que apenas direcionava a prática da leitura no ensino da Língua Estranheira.

Atualmente, as diretrizes que fundamentam o trabalho com a Língua Estrangeira considera o processo dinâmico e histórico das diferentes abordagens e suas contribuições e contradições.

Nos anos 70 e 80 surge os estudos de Vygotsky que afirmava que o desenvolvimento da linguagem ocorre nas trocas sociais, onde se considera fatores sociais, comunicativos e culturais. É na interação com o outro, mediada pela linguagem, que o homem se transforma do ser biológico em ser sócio histórico.Hymes (1972) dá ênfase num ponto importante ressaltando que para a aquisição da língua é necessário abordar em situações de pratica que ocorrem numa comunidade heterogênea, onde aspectos socioculturais são fundamentais. Competência comunicativa significa aqui domínio dos valores socioculturais da comunidade onde se realiza a comunicação e a adequação do discurso aos usuários e a intenção do falante.

Uma das contribuições da abordagem comunicativa foi a interação das habilidades: ler, falar, compreender.

Para Meireles (2002) a abordagem comunicativa é voltada para o sistema linguístico que é visto como um instrumento de interação humana, onde as formas e estruturas linguísticas devem Ter significados funcionais. A aprendizagem agora está centrada nos modos de expressão adequados à situação e contexto.

O objetivo maior é a produção de significados onde são considerados além da gramática, o contexto sociolinguístico, os papéis dos falantes na situação, os meios não-linguísticos e paralinguísticos.

O estudo de Inglês como Língua Estrangeira tem como foco o desenvolvimento de competências cognitivas, discursivas e comunicativas que habilite o aluno a compreender e a se expressar satisfatoriamente, de forma compatível com os diferentes

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usos linguísticos, discursivos e culturais vigentes.A aprendizagem de uma língua estrangeira possibilita aumentar a percepção do

aluno como ser humano e como cidadão integrante de uma sociedade participante, ativo no mundo, dando acesso à ciência, às tecnologias modernas, à comunicação intercultural, ao mundo dos negócios e a outros modos de se conceber a vida humana.

OBJETIVOS GERAIS

- Compreender a importância da aquisição de uma língua estrangeira viabilizando a participação consciente do aluno nos processos de interação necessários à aquisição e aprendizagem da mesma;

- Propiciar os meios e os instrumentos pelos quais o aprendiz de Língua Estrangeira possa construir automaticamente seu percurso como indivíduo competente e plenamente inserido na comunidade dos usuários da língua estrangeira estudada.

- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portento, passíveis de transformação na prática social;

- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;- Vivenciar na aula de língua estrangeira forma de participação que lhe

possibilitando estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;- Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país. façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes,

- Conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite aos sujeitos perceberem como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.

CONTEÚDOS

6º ANO

Usar de saudações.Números e quantidades.Usar e reconhecer vocabulário sobre família.Tipos de animais.Comidas saudáveis ou não saudáveis.Comunicar informações pessoais.Perguntar e responder por informações.Usar e reconhecer vocabulário sobre objetos de escola e pessoais.Países e nacionalidades.Escrever textos curtos: bilhetes, anotações, etc.

7º ANO

Esportes, habilidades, competências, capacidades.

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Gostos pessoais e de outros.Rotina pessoal e de outros da família.O corpo humano em geral.Descrição de vestuário e moda em geral.Descrever ações no presente contínuo.Perguntar por informações específicas, tais como quando, onde, como e porque.Conseguir descrever espaços de uma casa, mobília, objetos, etc.Perguntar e responder por horários, falar sobre clima, temperatura, conseguir

agendar atividades durante a semana, o mês, datas em geral.Escrever bilhetes, cartões postais, anotações, agendamentos, etc.

8º ANO

Ser capaz de descrever a rotina pessoal e de outros.Usar o vocabulário sobre trabalho e atividades de lazer.Descrever localidades, localizações, dar direções.Descrever atividades de viagem.Descrever ações ocorridas no passadoDescrever física e psicologicamente pessoas.Perguntar e responder por informações específicas, tais como onde, como,

quando, porque.Descrições de ações no futuro, previsões, etc.Conseguir usar cartas, emails, cartões postais e outros textos como instrumento

de comunicação.Entretenimento e lazer.

9º ANO

Ser capaz de comunicar ações do passado que influenciem no presente.Conseguir comunicar experiências vividas.Usar quantidades e quantificadores, contáveis e incontáveis.Usar formas de comparação e formas superlativas.Comida, lugares onde se come, menus, receitas, pedir e pagar.Moda, consumo, comprar e vender, descrever estilos.Sintomas e doenças, conselhos de saúde, estilo de vida e saúde.Regras de conduta, deveres e obrigações.Descrição de ações no futuro, previsões, possibilidades, certezas.Usar textos de jornais, revistas, folhetos, catálogos, e outros para leitura e

produção escrita.

Há conhecimentos indispensáveis e integradores que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira., seja em que prática for:

Conhecimentos linguísticos: dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe apresenta.

Conhecimentos culturais: tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida;

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Conhecimentos sóciopragmáticos: são os valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio histórico particular.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia da Língua Estrangeira deve estar mais centrada em termos de como se aprender do que o que se aprende. É fundamental definir como os padrões de interação comutativa devem ser ensinados. Relacionando -os com as outras disciplinas, estabelecendo sua função num mundo globalizado.

A interdisciplinaridade pode acontecer nas aulas de Língua Estrangeira a partir das escolhas dos assuntos, textos adequados ao desenvolvimento integral do aluno, colocando em contato com os diversos tipos de discursos, para poder desenvolver uma consciência crítica, e entender o mundo em que se está inserido, pensando criticamente sobre ele.

Na aprendizagem de Língua Estrangeira espera que o aluno não apenas manipule estruturas e tenha domínio formal da língua, isto é, competências linguísticas, mas que faça uso apropriado e significativo de linguagens em seus vários contextos interagidos com outros alunos (competências comunicativas). A abordagem comunicativa prioriza as funções da linguagem extraídas de contextos culturalmente significativos e reais.

As aulas devem ser dinâmicas dentro da realidade do aluno, a sala um espaço social dinâmico onde se processa a interação entre aluno e aluno, aluno e professor, cada um contribuindo com seu conhecimento para o crescimento intelectual.

O ponto de partida das atividades para a Língua Estrangeira Moderna é o texto e também o de chegada.

AVALIAÇÃO

“A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento”.

Com o propósito de encarar este desafio, busca em Língua EstrangeiraModerna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos. Espera que subsidie discussão acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções no processo de ensino/aprendizagem

A avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das diretrizes. Logo, a avaliação do processo ensino e aprendizagem servirá, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos ou culturais, e as práticas (leitura, escrita ou oralidade) que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

A avaliação deverá ser feita através de acompanhamento do aluno em sala de aula, testes orais e escritos, trabalhos, pesquisas e participação do aluno nas atividades de interação.

Optaremos pela avaliação diagnóstica, continua formativa e cumulativa por ser

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a mais indicada frente aos objetivos, conteúdos, metodologia e fundamentos teóricos propostos nesta diretriz curriculares.

Teremos um registro bimestral, sob forma de nota de avaliação devido à exigência da lei, mas para chegarmos a ela, percorrer todos os caminhos mencionados.

Para o aluno que não atingir os objetivos propostos dos conteúdos selecionados será ofertada a recuperação paralela tendo por meta a recuperação do conteúdo em primeiro lugar, para posterior recuperação de nota. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, H.N. Introdução à análise do discurso 6ª Edição Campinas, 1997-01-01PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Educação Básica, Língua Portuguesa ,2008. .CELANI, M.A A As Línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos CurrículosCORACINI, M,J O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e Língua estrangeira- Campinas : Pontes 1995 GIMENEZ, t. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: O caso do Paraná, Revista Signum, v.2, p.169- 183, 199 PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná 2008

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LÍNGUA PORTUGUESADO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo estudiosos, pensar no ensino da Língua Portuguesa significa pensar na realidade que permeia os atos cotidianos, a realidade da linguagem que nos acompanha, onde quer que estejamos, serve para articular as relações que estabelecemos com o mundo e também a visão que construímos sobre o mundo.

As Diretrizes propostas assumem uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema de formas (...), mas abre para a sua condição de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos” (RODRIGUES, 2005, p. 156). Nesse sentido, a linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. Tendo como base teórica as reflexões do Círculo de Bakhtin a respeito da linguagem, defende-se que:

“A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 123)

:Diante do exposto, percebe-se a importância do domínio da Língua Portuguesa,

pois a língua oral e escrita bem como a reflexão sobre ela, é fundamental para a participação efetiva, por meio dela o homem se comunica, tem acesso à informação expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Portanto o papel da escola na aquisição da língua oral e escrita é extremamente importante, garantindo a todos os alunos o acesso a saberes linguísticos necessários ao exercício da cidadania.

A língua, enquanto discurso, como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais é o objeto de estudo desta disciplina e o conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa e Literatura é o discurso enquanto prática social, pois só adquirimos consciência por meio da linguagem e é através dela que os sujeitos começam a intervir no real. E dentro deste conteúdo estruturante, devem ser propostos os conteúdos básicos como: gêneros discursivos, a prática da oralidade, da leitura, da escrita e da reflexão sobre a língua.

Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas em manuais, mas sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005, p. 157).O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos. Para

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que isto se concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta

A oralidade deve ser explorada nos trabalhos com a Língua Portuguesa tendo em mente que a criança, quando chega à escola, já domina a oralidade,pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias. O que a escola precisa considerar nessa prática é a imensa diversidade linguística de localização geográfica, faixa etária e situação socioeconômica, escolaridade, etc. (Possentil 1996). O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas.

Quanto ao trabalho com a escrita, Antunes (2003) salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo visto que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p. 47).Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas.

Falando sobre a leitura, as DCEs apontam a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem para Silva (2005, p. 24), “[...] a prática de leitura é uma princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz.”

O trabalho com a literatura na Língua Portuguesa segundo Cândido (1972), é vista como arte que transforma/humaniza o homem e a sociedade. O mesmo autor aponta três funções para a literatura: a psicológica (permite ao homem a fuga da realidade, mergulhando num mundo de fantasias, o que possibilita momentos de reflexão, identificação e catarse), formadora (atua como instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela ideologia dominante) e a social (a forma como a literatura retrata os diversos segmentos da sociedade, é a representação social e humana).

Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo como foco essa concepção de linguagem, implica na necessidade da escola promover, por meio de textos com diferentes funções e esferas sociais, o letramento do aluno para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita e o professor de Língua Portuguesa , segundo Neves precisa: “ [...] saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e

de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão” (NEVES, 2003, p. 89)

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É nas práticas sociais e linguísticas significativas que se dá o uso da linguagem e a construção ativa de novas capacidades que possibilitam o domínio cada vez maior das práticas de leitura, oralidade e escrita.

OBJETIVOS GERAIS

Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e na escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva, garantindo o exercício da cidadania, direito inalienável de todos;

Desenvolver a capacidade de reconhecer os usos da língua como forma de veicular, questionar e construir valores, respeitando as diferenças e melhorando a qualidade de suas relações pessoais e rejeitando atitudes preconceituosas e discriminatórias de todo tipo.

Valorizar a literatura africana, afro-brasileira e indígena, reconhecendo a importância das mesmas na nossa linguagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando diante dos mesmos;

- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

- Analisar e refletir sobre os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguísticos discursivos;

- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço , dialógico que permita expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

- Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão;

- Trabalhar com obras literárias brasileiras e outras que abordem a cultura afro descendente e a indígena.

CONTEÚDOS

O Conteúdo estruturante da Língua Portuguesa é o discurso enquanto prática social e dentro deste temos os conteúdos básicos que são: gêneros discursivos, práticas de leitura, da oralidade, da escrita e da análise linguística.

Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam na tabela proposta assim como a escolha dos gêneros não deve priorizar exclusivamente uma esfera.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL

ORALIDADE 6º 7º 8º 9º

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Oralidade: Tema do texto, Finalidade. Argumentatividade, Papel do locutor e inter locutor, elementos extras linguísticos : entonação, pausa, gestos, adequação do discurso ao gênero, turnos da fala, variações linguísticas, marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

x x

Conteúdo temático, finalidade, aceitabilidade, informatividade, Papel do locutor e inter locutor, elementos extras linguísticos : entonação, pausa, gestos, expressão facial, corporal e gestual, adequação do discurso ao gênero,termos da fala, variações linguísticas lexicais e semânticas , elementos semânticos , adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, diferenças entre o discurso oral e o escrito. Marcas linguísticas: coesão, coerência, variações linguísticas

X X

ESPECIFICAÇÃO DO TRABALHO COM A ORALIDADERelato de experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, entrevistas Relatos de causos

x x x x

Apresentação de textos produzidos pelo aluno x xReflexões sobre a utilização de argumentos nas exposições orais. x x x xContexto social de uso do gênero oral x x x xRelatos de fatos do dia – a –dia ouvidos ou presenciados x x x xDebates de assuntos lidos, situações presenciadas, situações polêmicas, filmes, propagandas, seminários, notícias.

x x x x

Criação de quadrinhas, charadas, piadas, adivinhações, declamação de poesias, dramatizações, recados , avisos

x x x x

Conotação de histórias de diferentes gêneros x x x xUso dos recursos linguísticos como entonação, gestos, pausas, expressão facial e outros na conotação de história

x x x x

Análise oral de discursos dos outros, observando recursos da oralidade: cenas de desenhos, programas infanto- juvenil, entrevistas, reportagens e outros

x x x x

Clareza de concordância verbal e nominal e coerência na expressão oral x x x xDiferente possibilidade do uso da língua x x x xGrau de formalidade em relação a fala e a escrita x x x xApresentação dos textos produzidos considerando a aceitabilidade,, informatividade, situacionalidade, finalidade do texto

x x

Reflexões da apresentação oral quanto aos argumentos usados como causa, consequência entre as partes e elementos do texto

x x

Exploração das marcas linguísticas típicas da oralidade no formal e informal

x x

PRÁTICA DA LEITURAAs atividades relativas à prática da leitura terão seu foco nos conteúdos básicos:Tema do texto, interlocutor, finalidade, aceitabilidade do texto, informatividade, discursos direto e indireto, elementos composicionais do gênero, léxico, marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem, processo de formação de palavras, acentuação gráfica, ortografia, concordância nominal e verbal

x x

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As práticas pedagógicas com a leitura terão seu foco nos conteúdos básicos:Conteúdo temático: interlocutor, intencionalidade, aceitabilidade do texto, informatividade, situacionalidade, intertextualidade, vozes sociais presentes no texto, elementos composicionais do gênero, léxico, marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, semântica, operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões de ironia e humor no textoRelação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

x x

Temporalidade, discurso ideológico, progressão referencial do texto, polissemia

x

ESPECIFICAÇÃO DO TRABALHO COM A PRATICA DA LEITURA Leitura de diferentes gêneros, de diferentes esferas sociais de circulação: cotidiana, literária/artística, escolar, imprensa , publicitária, jurídica, política, produção e consumo, midiática.

x x x x

Esfera Cotidiana: advinhas, álbum de família, anedotas, cantigas de roda, bilhetes, cartão, cartão postal, causos, comunicado, convites

x x

Esfera Literária/artística: Autobiografias, biografias x x x xContos de fada xContos de fada contemporâneos x x xContos variados x x x xCrônicas de ficção x x xRomances de gêneros variados x x xPoesias x x x xNovelas x xFábulas xFábulas contemporâneas x x x xHistórias em quadrinhos x xLendas xContos de tradição popular xNarração de aventuras x xTeatro x x x xLiteratura de cordel x x x xMemórias x x x xLiteratura afro brasileira x x x xLiteratura indígena x x x xEsfera social escolar:Cartazes x xAta x x xMapas x x x xPesquisas x x x xEsfera social imprensa:Anuncio de emprego x x x xArtigo de opinião x x xCaricatura x x xCarta ao leitor e do leitor x x x

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Cartum x xCharge x xClassificados x xCrônicas jornalistas x xEditorial x xEsfera Publicitária:Anúncio x xComercial da TV x x x xEmail x x x xFolder x x xSlogan x x x xEsfera Política:Abaixo assinado x x xCarta de solicitação x xCarta de emprego x xEsfera Jurídica:Boletim de ocorrência x xContrato x xConstituição brasileira x xDeclaração dos direitos humanos x x x xEsfera da Produção e consumoBulas, manuais técnicos, placas x x x xEsfera Midiática :Blog x x x xChat x xFilmes x x x xCOMPREENSÃO DO TEXTOInterpretação oral e escrita das leituras realizadas x x x xExploração das relações semânticas x x x xIdentificação de ideias centrais e secundárias dos textos lidos x x x xIdentificação das mensagens dos textos lidos x x x xIdentificação de tipos de textos x x x xProcesso e contexto de produção x x x xConfronto de ideias dos textos com a realidade e outros textos lidos x x x xLeitura contrastiva, inferências x x x xAvaliação da argumentação x x x xUnidade estrutural: pontuação, parágrafos, elementos coesivos, concordância verbal, nominal

x x x x

PRATICA DA ESCRITATema do texto, interlocutor, finalidade do texto,informatividade, argumentatividade, discurso direto e indireto, elementos composicionais do gênero, divisão do texto em parágrafos , marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem, processo de formação de palavras, acentuação gráfica, ortografia, concordância verbal e nominal

x x

Conteúdo temático, finalidade do texto, informatividade, argumentatividade, intertextualidade, situacionalidade, vozes sociais

x

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presentes no texto, discurso direto, elementos composicionais do gênero, relação causa e consequência entre as partes e os elementos do texto, marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem, processo de formação de palavras, acentuação gráfica, concordância verbal e nominal, papel estético e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto, semântica , operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam humor e ironia no textoA prática da escrita terá como foco os conteúdos básicos:Conteúdo temático, finalidade do texto, informatividade, argumentatividade, intertextualidade, situacionalidade, vozes sociais presentes no texto, discurso direto, elementos, composicionais do gênero, relação causa e consequência entre as partes e os elementos do texto, partículas conectivas e denotativas do texto, progressão referencial do texto, marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos,( travessão, aspas e outros), sintaxe de regência, processo de formação das palavras, vícios de linguagem, semântica , operadores argumentativos, modalizadores, polissemia

x

ESPECIFICAÇÃO DO TRABALHO COM A PRÁTICA DA ESCRITAPlanejamento e produção de texto considerando o tema, finalidade, interlocutor, gênero.

x x x x

Produção de textos narrativos: contos x x xProdução de crônicas x xProdução de textos argumentativos sobre temas variados da atualidade e outros

x x

Produção de textos ficcionais x xProduções de textos dissertativos x x xProduções de textos informativos: notícias, entrevistas, manchetes, reportagens de divulgação

x x x x

Produções de textos das esferas sociais citadas acima, na prática da leitura, de acordo com cada série

x x x x

Produções de textos em quadrinhos x xProduções de textos científicos sobre temas das demais disciplinas. x x x xTrabalho sistemático com a clareza e organização das ideias, coerência e argumentação

x x x x

Coordenação e subordinação na construção das oraçõesUsos de parágrafos pontuação adequada x x x xUso de recursos coesivos, dos pronomes, dos sinônimos, antônimos , concordância verbal e nominal

x

Regência verbal e nominal, conjunção x x xOrganização do texto quanto a: ortografia, acentuação, recursos gráficos ( travessão, aspas...)

x x x x

Restruturação dos textos x x x xRescritas dos textos produzidos x x x xANALISE E REFLEXÃO LINGUÍSTICA

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Trabalhar dentro dos textos produzidos e lidos com os recursos coesivos e seus efeitos no texto

x x x x

Progressão da estrutura temática dos textos lidos e produzidos x xExploração e estudo das palavras dentro do vocabulário do texto x x x xReconhecer e utilizar os recursos sintáticos dentro do texto, progressivamente: sujeito,predicado, etc

x x x x

Categorias sintáticas relacionadas às orações e textos x x xPosição do sujeito, verbo e objeto e possibilidades de inversão dentro das orações e seus significados

x x x x

Sintagma verbal nominal e sua flexão nas orações x x xEstrutura da oração com verbos auxiliares x x xValor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do texto

x x x

Reconhecimento das estruturas dos períodos simples e complexos para organizar os parágrafos

x x x x

Sentenças simples e complexas dentro dos textos lidos ou produzidos x x x xIdentificação da Coordenação e subordinação para a estruturação adequada do texto

x x

Valor sintático e estilísticos dos tempos verbais em função dos propósitos do texto

x x

Adjunção dentro das orações e textos x x x xExpressividade dos nomes e função referencial x x xUso do artigo como recurso referencial e expressivo em função do entendimento do conteúdo textual

x x x x

Relações semânticas que as classes de palavras estabelecem num texto x xLITERATURA:Na literatura proposta serão abordados textos de todas as esferas sociais citadas acima, na prática da leitura , conforme o que foi determinado para cada série

No Ensino Fundamental dos anos finais serão trabalhados os gêneros de: 1. NARRAR que visa o domínio social de comunicação, capacidade de linguagem dominante, narrativa de ação contendo elementos da narrativa como criação de conflito; 2. RELATAR: memorização das ações humanas, discursos de experiências vividas, situadas no tempo; 3. ARGUMENTAR: discussão de problemas controversos envolvendo a sustentação, refutação e negociação e de tomada de posição e também os de DESCREVER, e EXPOR.

A ANÁLISE E REFLEXÃO LINGUÍSTICA: será trabalhada ao longo dos anos e das séries atendendo adequada e progressivamente os níveis de complexidade e sistematização dos gêneros. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Como aponta as DCEs, o professor de Língua Portuguesa e Literatura tem o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que o aluno compreenda e possa interferir nas relações de poder com seu próprio ponto de vista e que permita a emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagens imprescindíveis ao convívio social,

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possibilitando ao mesmo modificar, aprimorar, re-elaborar sua visão, tendo voz e vez na sociedade.

Gasparin pontua que o aluno , como sujeito aprendente, ativo e participante, realiza sua aprendizagem - autoaprendizagem - a partir do que já sabe e na interação com seu professor e com seus colegas, isto é, na inter aprendizagem. A interação constitui desta forma, uma corresponsabilidade de professor e alunos no processo de aprendizagem (GASPARIN, 2007, p.109). Em Língua Portuguesa isso não é diferente. É preciso haver interação entre professor, aluno e do aluno com os demais colegas e a interação com os textos que circulam nas diferentes esferas sociais. Na sala de aula, a ação do professor tem como objetivo criar condições para a atividade de análise e demais operações mentais do aluno, necessárias para a realização do processo de aprendizagem. Depois, ambos seguem juntos numa ação interativa na qual o professor, como mediador, apresenta o conteúdo científico ao educando, enquanto este vai, aos poucos, tornando seu o novo objeto de conhecimento (GASPARIN, 2007, p. 107). A tarefa do professor no processo ensino aprendizagem é confrontar os sujeitos desta aprendizagem (os alunos) com o conteúdo sistematizado (conhecimento científico). Esta mediação, como bem a resume Gasparin, é, “uma relação triádica, marcada pelas determinações sociais e individuais que caracterizam os alunos, o professor e o conteúdo”. Na oralidade, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir Ao planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade, o professor precisa graduar as atividades de modo a permitir ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Os gêneros orais são diversos e apontam diferentes caminhos no trabalho com a oralidade como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme,um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; conotação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júri simulado e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente, com atividades propostas que vão além de apenas ensinar a falar emitindo opiniões em conversas em sala , é necessário avaliar por meio da reflexão os usos da linguagem. É preciso esclarecer os objetivos, a finalidade da atividade de oralidade [...]” (CAVALCANTE & MELO, 2006, p. 184).

A leitura deve realizar-se num contexto em que o objetivo seja a busca e a construção do significado. A aprendizagem da leitura se dá inicialmente pela participação do aluno em situações onde se lerá para atingir alguma finalidade específica.

O aluno deve ler diferentes textos que circulam socialmente, variando os gêneros, a possibilidade de conteúdos: textos informativos, literários, etc.

No encaminhamento da prática da leitura, é necessário considerar o texto a trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem

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os gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme varie a finalidade pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme varie o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...), variam também as estratégias a serem usadas, pois não se não se lê da mesma forma uma crônica que está publicada no suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a finalidade de cada uma delas um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal. A leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.Na atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas figuras de linguagem, as intenções, diferente de um artigo de opinião, que tem outro objetivo. Deve dar atenção também aos textos não verbais, a charge, a caricatura, as imagens, as telas de pintura, os símbolos entre outros.

“A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das séries escolares colocam como uma garantia de acesso ao saber sistematizado, aos conteúdos do conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes” (SILVA, 2002, p. 07).

Quanto à interpretação dos textos lidos, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos (intertextualidade). Para Koch (2003, p. 24), o trabalho com esses conhecimentos realiza-se por meio das estratégias: cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância; sócio interacionais: como preservação das faces, polidez, atenuação, atribuição de causas a (possíveis) mal-entendido, etc.; textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas, sinalizações). O exercício da escrita, propostos nas Diretrizes que dão suporte a nossa proposta, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve e fala para convencer, vender, negar, instruir, etc. O aluno precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor, dentre outros. Além disso, “[…] a escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).

Segundo estudiosos da língua, ensinar a produzir textos escritos significa, sobretudo, organizar situações que possibilitem o desenvolvimento de procedimentos de preparação prévia e monitoramento simultâneo da fala. Essa preparação prévia significa ensinar procedimentos que possam ancorar a fala do locutor, orientando em função da situação de comunicação e das especificidades do gênero. Nos anos iniciais da escolaridade, é preciso dedicar atenção especial ao trabalho da produção texto em função de desmistificar a crença que só se deve escrever o que se sabe escrever.

Ao produzir um texto, o autor precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer a quem dizer e como dizer. Pensar em atividades para os múltiplos aspectos

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envolvidos na produção de textos, para propor atividades que facilitem a complexidade da tarefa do processo de redação.

Atividades de transcrição como reproduções, parágrafos, resumos, redação oficial e paródias exigem do aluno que as realiza atenção para garantir a fidelidade do registro e o domínio das convenções gráficas da escrita. O que dizer e como dizer, já estão determinadas pelo texto original. Mas, é nas atividades de produção que envolvam autoria ou criação, que a tarefa do sujeito torna-se mais complexa, porque precisa articular ambos os planos do conteúdo – o que dizer- e o da expressão – como dizer. A análise linguística será outra prática didática que complementará às práticas de leitura, oralidade e escrita, fazendo parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).

Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).

A investigação do conhecimento prévio do aluno sobre a linguagem verbal serve de parâmetro para o professor organizar a intervenção de maneira adequada e significativa. Esta prática será repetida no decorrer de todo processo de ensino e aprendizagem.

Em todos os anos , a interação grupal, é importante recurso pedagógico, pois trabalhar em verdadeira colaboração possibilita maior produtividade na aprendizagem.

Espera que, o aluno conquiste sua autonomia progressiva, e isto depende tanto de suas possibilidades cognitivas, como da complexidade dos conteúdos ensinados bem como o trabalho pedagógico desenvolvido. Espera que o aluno seja mais independente nas atividades de leitura e de escrita, sendo mais autônomo ao utilizar estratégias de leitura, decifrar, antecipar, inferir, verificar e coordenar mesmo com ajuda do professor.

Ao propor atividades de produção de texto, o professor deve ter o cuidado em articular esta prática da escrita com atividade decorrente de uma discussão ou de leitura de outros textos, uma leitura contrastiva que é a que apresenta pontos de vista diferente sobre o mesmo tema. Só a partir do debate, do levantamento de ideias e objetivos bem definidos é possível dar sentido à escrita. As questões de clareza, a coerência e o nível argumentativo devem ser trabalhados a partir de textos publicados ou dos próprios alunos como já mencionados anteriormente. Propomos também em nossas práticas pedagógicas dar ênfase constantemente aos temas da atualidade pois eles são fonte de contextualização riquíssima da língua por abordarem os grandes assuntos pertencentes à dimensão do espaço público. EsSes temas podem ser trabalhados em situações de reflexão da língua. Outro enfoque a ser dado com o trabalho com a Língua Portuguesa é o uso de textos que oportunizem a valorização da literatura africana, afro-brasileira e indígena. Na sala de aula, o professor deve trabalhar prioritariamente com atividades de linguagem em que o aluno possa fazer ações com a linguagem, jogando com interlocutores, levando o outro em consideração no momento de tecer o seu discurso, para adequar ao outro e à situação no processo de interlocução. É o domínio da linguagem que deve ser priorizado. AVALIAÇÃO

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Como já mencionado, a linguagem é uma construção histórica, produto da interação entre os homens, logo faz-se necessário uma alteração nos critérios e instrumentos de avaliação. Precisamos de uma avaliação para mostrar o caminho que o aluno faz o que fez para construir seus conhecimentos das atividades verbais.

Em Língua Portuguesa propomos uma avaliação que contemple por um lado a produção do aluno como parâmetro e por outro tendo o aluno como ponto de partida, estabelecendo metas preciosas para garantir a apropriação do conteúdo.

O professor deve avaliar o aluno e todos os conteúdos propostos observando o aspecto gradativo, onde o aluno domine o conteúdo da língua ,deve ser considerado na leitura, escrita, e também na oralidade que pode ser avaliada progressivamente considerando a participação individual do aluno, sua exposição de ideias de modo claro, a fluência de sua fala , a participação organizada, seu desembaraço e principalmente a consistência argumentativa de sua fala.

A avaliação proposta será diagnóstica direta e constante, sem classificar os alunos que sabem e os que não sabem, mas sim com intuito de acompanhar a aprendizagem do aluno, retomando as possíveis falhas nesse processo, para que o aluno caminhe para a autonomia como leitor e escritor, sempre seguindo os critérios contidos no regimento escolar. OBS. Os alunos do 6º a 9º ano terão um registro representado por uma nota depois de terem sido submetido a avaliação. A nota é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção.

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, com retomada de todos os conteúdos e, consequentemente, da nota.A avaliação será compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. Deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem e nos momentos específicos como fechamento de grandes etapas de trabalho que envolve não somente o professor, mas também o aluno. É necessário que o professor faça uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre necessidade de criar novos instrumentos de trabalho e retomada de aspectos que precisam ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou em grupo.

Para o aluno, a avaliação é instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganizar seu investimento na tarefa de aprender. Já para a escola possibilita definir prioridades e localizar quais os aspectos das ações educacionais precisam de mais apoio. Ainda falando de avaliação, a auto avaliação é uma situação de aprendizagem onde o aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções e dos diferentes procedimentos para se avaliar, pois é tão importante quanto o que avaliar é o como avaliar, que são decisões pedagógicas decorrentes dos resultados de avaliação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Diana Luz Pessoa: Contradições de Bakhtin às teorias do texto e do discurso. In. FARACO, Carlos Alberto. 2001, CASTRO, Gilberto de, TEZZA, Cristóvão (orgs): Diálogos com Bakhtin, Curitiba, Ed. UFPR. 2000.PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Educação Básica, Língua Portuguesa ,2008. .

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FARACO, Carlos Alberto: Área de linguagem: algumas contribuições para sua organização........São Paulo, Ed. Cortez, 2002------------------------ Português: Língua e Cultura; Curitiba, Ed. Base, 2003. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico crítica.Campinas, SP: Autores Associados, 2007.HOCH, Ingedore: A coesão Textual. 3ª edição. São Paulo: Contexto, 1991.ROJO, Roxane Helena; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In. MEC/SEB/ departamento de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio, 2004

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MATEMÁTICA

DO 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática é uma construção humana por mostrar necessidades e preocupações de diferentes culturas em diferentes momentos históricos e como tal desenvolve atitudes e valores, favorecendo o conhecimento. Caracteriza como uma forma de compreender e atuar no mundo, propiciando uma interação constante com o contexto natural, social, cultural e econômico.

Como ciência viva, a Matemática está presente no dia a dia dos indivíduos. A matemática é componente importante na construção da cidadania na medida em que os conhecimentos científicos e os recursos tecnológicos vão sendo utilizados pela sociedade e o que os cidadãos se apropriem desses conhecimentos. Portanto precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu ensino deve ser meta principal do trabalho docente.

A matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua capacidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação. A formação do indivíduo ético pode ser estimulada nas aulas de matemática se o trabalho for direcionado para o desenvolvimento de atitudes como confiança, participação, respeito, solidariedade que podem ser adquiridos através da prática de troca de experiências que valorizem a interação levando o aluno a perceber que as pessoas dependem uma das outras.

Os conhecimentos matemáticos são instrumentos de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade, na relação de trabalho, na política, economia e nas relações sociais e culturais.

Através do conhecimento matemático, o homem quantifica, geometriza, mede e organiza informações, logo o valor educativo dessa ciência deve ser reconhecido como indispensável para a compreensão e evolução de diversas situações do cotidiano desde os cálculos mais rotineiros até os mais complexos. As necessidades cotidianas fazem com que o aluno desenvolva sua inteligência permitindo buscar e selecionar informações, tomar decisões desenvolvendo uma ampla capacidade para lidar com a atividade matemática.

A proposta curricular para Matemática visa abranger as tendências metodológicas apontadas e os conteúdos estruturantes Os conteúdos estruturantes a serem contemplados são Números, Operações e Álgebra: Medidas; Geometria e Tratamento da Informação e as tendências metodológicas: Resolução de problemas, Etnomatemática , Modelagem Matemática, Mídias Tecnológicas, e História da Matemática.

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OBJETIVO GERAL

Desenvolver e construir por meio matemático, A Educação Matemática, visando promover formação integral do aluno critico e capaz de agir com autonomia nas relações sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes apresentados para a disciplina de Matemática são: - Números - Operações e Álgebra - Medidas e geometria - Tratamento da Informação

CONTEÚDOS: : ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS 6º 7º 8º 9ºÁrea X X X XCapacidade e volume e suas relações XCongruência e semelhanças e diferenças de figuras planas X XTeorema de Tales XTriângulos, retângulos e relações métricas XTeorema de Pitágoras XTriângulos quaisquer XPoliedros regulares e suas relações métricas XGEOMETRIA Classificação, nomenclatura, semelhanças e diferenças dos sólidos geométricos e figuras planas

X X X X

Construção e representação no espaço plano de figuras geométricas

X X X X

Reconhecimentos de sólidos geométricos e figuras planas nos objetos do meio

X X X X

Planificação dos sólidos geométricos XElementos da geometria euclidiana e não euclidiana XPadrão entre bases, faces, arestas de pirâmede e prisma XPerpendicularismo XParalelismo XDefinição de construção de baricentro, ortocentro, incentro e cincuncentro

X

Classificação dos poliedros e corpos redondos XPolígonos e círculos XÂngulos, polígonos e circunferência X XClassificação dos triângulos X X X XRepresentação cartesiana e confecção de gráficos X X XPolígonos a partir das pirâmides e prisma XGeometria de equações, inequações e sistemas de equações X XRepresentação geométrica dos produtos notáveis X XPoliedro de Platão X XPolígonos inscritos em circunferência X XCírculo e cilindro X X

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Noções de geometria espacial X XLinhas X X X XPolígonos e circulares nas superfícies planas das figuras tridimensionais

X X

Simetria X X X XSimetria nas figuras tridimensionais XEixo da simetria XPlanificação das figuras tridimensionais XTRATAMENTO DA INFORMAÇÃOColeta, organização e descrição de dados X X X XLeitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadro e gráficos

X X X X

Gráficos de barra X X X XGráficos de colunas poligonais X X XGráficos de setor X X X XCurvas e histogramas X XNoções de probabilidade X XMédia, moda e mediana X XAnalise do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,renda, escolaridade: município, estado e pais

X X X X

Negros no mercado de trabalho X X X XPopulação negra e indígena X

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Partir do conhecimento da criança, não quer dizer que o professor deva restringir a ele, pois é papel da escola, ampliar o conhecimento dando, condições para que estabeleça vínculos entre o conhecimento difuso e os novos conteúdos que irá construir.

A evolução das representações que o aluno usa para interpretar problemas comunicando estratégias de resolução, depende do trabalho do professor, chamando a atenção para as representações, mostrando diferenças, vantagens, semelhanças, etc. Para superar esta fase da resolução do problema ,o professor deve utilizar de materiais de apoio como palitos, fichas, reprodução de cédulas, embalagens, figuras, etc. e nas séries mais avançadas os cálculos abstratos devem ser utilizados

No trabalho com os conteúdos de matemática, o professor não deve seguir um padrão rígido na sequência dos conteúdos, pois os conhecimentos do aluno estão interligados e não classificados em campos. Mas, o planejamento dos conteúdos é importante , pois existem objetivos a serem atingidos e neste planejamento, o professor deve prever a interligação dos conhecimentos para uma aprendizagem mais significativa

Em matemática, muitos aspectos trabalhados nos anos anteriores podem e devem ser considerados, em especial o conhecimento prévio do aluno como ponto de partida para a aprendizagem, o trabalho com diferentes hipóteses e representações que o aluno produz, relação a ser estabelecida entre a linguagem matemática e a língua materna e o uso de recursos didáticos que conduzem o aluno a ação reflexiva.

A cada fase desenvolvida o aluno vai tendo maior flexibilidade , no que possibilita perceber transformações podendo descobrir regularidades e propriedades

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numéricas, geométricas e métricas, aumentando a possibilidade de compreensão de alguns significados das operações e as relações entre elas.

A ética em matemática será estimulada no trabalho de desenvolver atitudes no aluno como confiança na própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos, o exemplo participativo nas atividades em sala, o respeito `a forma de pensar dos colegas, para tanto, o professor valorizará a troca de experiências entre alunos como forma de aprendizagem no intercâmbio de ideias.

Os aspectos que envolvem crescimento físico: altura, peso, musculatura, dieta alimentar são campos que possibilitam a contextualização para a aprendizagem de conteúdos matemáticos e os mesmos serão abordados de forma interdisciplinar juntamente com as disciplinas afins. A valorização desse saber matemático, intuitivo e cultural, é de fundamental importância para o processo de ensino e aprendizagem.

O trabalho da disciplina de matemática, também do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, deve partir sempre do conhecimento prévio que o aluno traz das séries anteriores para depois dar continuidade ao processo de consolidação dos conhecimentos.

Nestes anos, é fundamental que o aluno amplie os significados que possuem acerca dos números e de operações buscando relações existentes entre eles aprimorando a capacidade de decisões, cabendo ao professor explorar o potencial crescente de abstração conduzindo o aluno a descobertas de regularidade e propriedades numéricas, geométricas e métricas e a percepção de que a atividade matemática estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.

Todas as situações de aprendizagem matemática devem estar centradas na construção de significados, na elaboração de estratégias e na resolução de problemas onde o aluno desenvolve processos importantes como intuição, analogia, indução e dedução. O professor deve estimular a capacidade de ouvir, discutir, escrever, ler ideias matemáticas, interpretar significados, pensar de forma criativa, possibilitando a capacidade para abstrair elementos comuns a várias situações.

O trabalho pedagógico será organizado de maneira que o aluno desenvolva a própria capacidade para construir conhecimentos matemáticos interagindo de forma cooperativa.

É preciso fazer uso de todas as situações para mostrar aos alunos que a matemática é parte do saber científico e que tem papel central na cultura moderna mostrando que algum conhecimento básico dessa área e familiaridade com ideias – chaves , são requisitos para ter acesso a outros conhecimentos: literatura científica e tecnologia. O professor como mediador entre o conhecimento matemático e o aluno, precisa ter sólido conhecimento dos conceitos e procedimentos desta área e uma concepção de matemática como ciência dinâmica sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos.

Será nossa proposta metodológica fazer uso de todos os recursos possíveis que facilitem ao aluno a construção de um conhecimento de forma significativa.

É importante por em prática, diz respeito aos jogos que constituem forma rica de propor problemas e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resoluções e busca de soluções dos mesmos Através, dessas atividades, o aluno constrói e atitude positiva perante os erros, uma vez que as situações sucedem rapidamente e pode ser corrigidas de forma natural, pois os erros e acertos são discutidos através do

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debate permitindo o exercício da argumentação e organização do pensamento.A participação em jogos de grupo representa uma conquista cognitiva

emocional, moral e social para o aluno estimulando o desenvolvimento de sua competência matemática

O professor organizará as práticas pedagógicas coerentes com os objetivos e conteúdos propostos e dentro do Projeto Político Pedagógico da escola, para que o aluno construa com eficiência seu conhecimento

AVALIAÇÃO

A avaliação desempenha papel importante no processo de construção do conhecimento. se acreditamos que realmente o aluno constrói seu conhecimento a partir da interação com os outros e com o professor, a avaliação a ser proposta só pode estar voltada para os objetivos que almejamos na disciplina, conteúdos propostos.

Na atual perspectiva de um currículo de Matemática no Ensino Fundamental, a avaliação tem novas funções destacando a dimensão social, a dimensão pedagógica, onde a avaliação na dimensão social tem a função de fornecer ao aluno informações sobre o desenvolvimento de suas capacidades e competências exigidas socialmente, auxiliando ao professor a identificar quais objetivos foram atingidos visando reconhecer a capacidade matemática do aluno que possibilita sua participação na vida sociocultural. A avaliação como dimensão pedagógica fornece ao professor informações sobre tudo que ocorre no processo de ensino e aprendizagem para que possa propor revisões, elaborações de conceitos e procedimentos.

Seja qual for os critérios ou formas de avaliação devem fornecer ao professor informações sobre as competências de cada aluno para resolver problemas, utilizar linguagem matemática adequada para comunicar suas ideias, desenvolver raciocínio e análise integrando todos os aspectos do conhecimento matemático.

A avaliação de atitudes acontecerá através da observação do professor e auto avaliação do aluno.

Os critérios selecionados para a avaliação de matemática contemplará uma visão de matemática como construção significativa, reconhecendo em cada conteúdo possibilidades de conexões fomentando um conhecimento flexível com várias possibilidades de aplicações, valorizando o progresso do aluno. Os critérios a serem utilizados serão flexíveis levando em conta a progressão de desempenho de cada aluno, características particulares de cada classe.

A avaliação na concepção de Educação Matemática terá o papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem.

Caberá ao professor considerar o contexto das práticas de avaliação, encaminhamentos diversos como : observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, buscando métodos avaliativos variados( formas escritas, orais, demonstração e outras).

Com base nas avaliações e observações, o professor deverá propor atividades de recuperação paralela conforme o que determina a lei e esta recuperação não será apenas recuperar a nota mas sim o conteúdo como um todo OBS. Os alunos do 6º a 9º ano terão um registro representado por uma nota depois de ter sido submetido a avaliação. A nota é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção.

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ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS6º ano Números E Álgebras Sistema de Numeração

Números NaturaisMúltiplos e DivisoresPotenciação e RadiciaçãoNúmeros FracionáriosNúmeros Decimais

Grandezas e Medidas Medidas de ComprimentoMedidas de MassaMedidas de ÁreaMedidas de VolumeMedidas de TempoMedidas de ÂngulosSistema Monetário

Geometrias Geometria Plana e EspacialTransformação da Informação Dados, Tabelas, Gráficos

Porcentagem

ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS7º ano Números e Álgebras Números Inteiros

Números Racionais Equação e Inequação do 1 grauRazão e ProporçãoRegra de Três Simples

Grandezas e Medidas Medidas de Temperatura Medidas de Ângulos

Geometrias Geometria Plana e EspacialGeometrias não-euclidianas

Transformação da Informação Pesquisa EstatísticaMedia AritméticaModa e MedianaJuros Simples

ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS8 ºano Geometrias Geometria Plana, Espacial,

Analítica e Geometria não-euclidianas

Números e Álgebras Números Racionais e IrracionaisSistema de Equação de 1 grau;PotênciasMonômios e PolinômiosProdutos Notáveis

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Grandezas e Medidas Medidas de ComprimentoMedidas de ÁreaMedidas de VolumeMedidas de Ângulos

Transformação da Informação Gráfico e InformaçãoPopulação e amostra

ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

9º ano Números e Álgebra Números ReaisPropriedades dos RadicaisEquação dos 2 grausTeorema de Pitágoras Equações IrracionaisEquações BiquadradasRegra de três Compostas

Grandezas e Medidas Relações Métricas no Triângulo Retângulo / Trigonometria no Triângulo Retângulo

Funções Noção Intuitiva de Função AfimNoção Intuitiva de Função Quadrática

. Geometrias Geometria PlanaGeometria EspacialGeometria AnalíticaGeometrias não-euclidianas

Transformação da Informação Noções de Analise CombinatóriasNoções de ProbabilidadesEstatísticaJuros Compostos

.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORI, Iracema; ONAGA, Dulce S. Matemática: Ideias e Desafios. São Paulo: São Paulo: Saraiva, 2006. POLYA, George. A Arte de Resolver. Tradução e Adaptação de Heitor Lisboa de Araujo. Rio de Janeiro, Interciêncais, 2006.PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática da Educação Básica, 2008.

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ENSINO MÉDIO

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MATRIZES CURRICULARES

BLOCO 1 – MANHÃ E NOITE

CURSO: 0010 Ensino Médio

Módulo: 20 semanas

Disciplinas Ano / Quantidade de aulas

1 2 3

BNC Biologia Educação FísicaFilosofia HistóriaLíngua Portuguesa

44346

44346

44346

PD LEM – Espanhol* LEM – Inglês

44

44

44

Total geral: 29 29 29*Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM.

BLOCO 2 – MANHÃ E NOITE

CURSO: 0010 Ensino Médio

Módulo: 20 semanas

Disciplinas Ano / Quantidade de aulas

1 2 3

BNC ArteFísica Geografia MatemáticaSociologiaQuímica

444634

444634

444634

PD LEM – Espanhol* 4 4 4

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LEM – Inglês

Total geral: 25 25 25*Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM.

ARTE

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Durante o período colonial, foi desenvolvida pela Companhia de Jesus uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Esse trabalho envolvia os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais.

Ensinava a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam, também, as manifestações artísticas locais. Esse trabalho influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.

Em 2003 iniciou, no Paraná, um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artísticas, filosófica e científica, e articula com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.

Reconhece, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no ensino de arte. Assim, o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. Tendo em vista esse avanço o Parecer 22/2005 alterou a nomenclatura da disciplina de Educação Artística para Arte e o parecer CEE/CEB No 219 unificou o termo Arte para o ensino Ensino Fundamental, visando não fragmentar a unidade da Educação Básica, pois a área do conhecimento é a mesma e a diferença de nomenclatura tem gerado discussões e debates que desviam da finalidade e das necessidades concretas do ensino de Arte.

Nesse sentido, educar os alunos em arte é possibilitar um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição. A construção do conhecimento em Arte se efetiva na relação entre o estético e o artístico (objeto de estudo), materializada nas representações artísticas. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento em Arte.

Os Desafios Educacionais contemporâneos: Educação ambiental, Educação fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade, passará pelo currículo somente na condição de compreensão do currículo na totalidade, fazendo parte da

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intencionalidade do recorte do conhecimento da disciplina encaminhamento metodológico. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia do ensino de Arte deve contemplar três momentos da organização pedagógica: 1. Teorização 2. Percepção e apropriação 3. Trabalho artístico

Teorização: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. Nessa proposta, o conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com elementos formais, a composição, os movimentos e períodos, tempo e espaço, e como eles se constituem nas Artes Visuais, dança, música e teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados.

Percepção e apropriação: são as formas de apropriação, fruição e leitura da obra de arte. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais e mediar a percepção e apropriação dos conhecimentos sobre a arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social.

Trabalho artístico: é a prática criativa de uma obra, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. .

É essencial no ensino de Arte que o educando desenvolva atividades de cunho artístico no âmbito da escola. A concepção de arte como fonte de humanização incorpora as três vertentes das teorias críticas em arte: arte como trabalho criador, arte como ideologia e arte como forma de conhecimento , o conhecimento, as práticas e a fruição artística devem estar presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Nos anos finais do Ensino Fundamental (6° ao 9° ano), gradativamente abranda a prática artística e aumenta o foco nos elementos formais, tratando de forma superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.

No Ensino Médio há uma maior ênfase para a História da Arte, no estudo de movimentos e períodos e na leitura de obras de arte. Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do conhecimento de Arte, percorrendo um arco que se inicia em elementos formais, com atividades artísticas (anos) e finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios cognitivos abstratos ( Ensino Médio). AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte, nesta proposta é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino bem como a autoavaliação dos alunos.

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O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui como referência para o professor propor abordagens diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como:

- Trabalhos artísticos individuais e em grupo; - Pesquisas bibliográficas e de campo; - Debates em forma de seminários e simpósios; - Provas teóricas práticas - Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros. - Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico

necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;

- A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias à produção, divulgação e consumo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1º ANO

Movimentos e PeríodosAspectos filosóficos e psicológicos que permeiam o desenvolvimento da arte

enquanto conhecimento histórico.Cronologia ideia temporal da história da arte linha do tempo. Pré história, pinturas rupestres, Vênus, Menires e Dolmenes. Utilização dos

sons. Egito e Mesopotâmia Arquitetura, adobe, pinturas, pirâmides, lei da

frontalidade. Antiguidade Clássica, arte greco-romana-arco, abobada, escultura, pintura,

cerâmica e música.Idade Média Românico e Gótico, Abobadas de berço e de aresta, escultura,

pintura, deformação, cultura gótica, características do Gótico, Pintura, profundidade e realismo.

2º ANO

Aspectos filosóficos que envolvem o estudo da arte. Formação cultural do povo brasileiro/miscigenação das raças, influências na

construção da música brasileira: indígena, africana, europeia (jesuítica) . Gênese da Música Popular Brasileira: Lundu, Choro, Modinha, Samba,

principais compositores. Estudos dos componentes da linguagem musical, figuras de ritmo, melodia,

harmonia, Instrumentos musicais.

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Vanguardas, europeia Brasil, Expressionismo, Abstracionismo, Surrealismo, Op Art, Pop Art.

3º ANO

Movimentos e Períodos Aspectos filosóficos e psicológicos que permeiam o desenvolvimento da arte

enquanto conhecimento histórico. Retomada dos movimentos e períodos em cronologia ( de Pré história) a

vanguardas. Arte Brasileira: Semana de 22 Desenvolvimento da arquitetura – séc. XX – principais contribuições e

edificações. Arte paranaense. Representantes/elementos das obras plásticas e música.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE - Secretaria de Estado da Educação do Paraná.,2008 Ensino de Arte.BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases da educação nacional, LDB. Brasília, 1996. GROMBUCH, E. H. A história da Arte 16ª ed. LTC Editora.

BARBOSA, A.M. , Inquietações e mudanças no ensino das Artes, São Paulo, Cortez 2006, Brasil.

CNE, parecer 04/98, DCNS,

DECS, - Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008

PROENÇA, Graça – Descobrindo a História da Arte – 1ª ed. - São Paulo. Atica, 2008. “ O diário “- arquivos, José Ramos, Pequena história da MPB: Modinha do Tropicalismo – Art Editora, 1986.

Projeto Tom da Mata – Livro e Vídeo.

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BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os conhecimentos apresentados para a disciplina de Biologia no Ensino Médio, não é resultado da contemplação da natureza, mas sim modelos teóricos elaborados pelo homem representando o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular recursos naturais. É através da História da Ciência e dos contextos históricos que encontramos diferentes concepções para o fenômeno Vida. Essas concepções vem sofrendo mudanças conceituais ao longo da história de acordo com a maneira com que o homem passou a compreender.

“A Ciência presente em cada contexto, sempre esteve sujeita a interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, às necessidades materiais do homem em cada momento histórico que ao mesmo tempo que sofre interferências nelas interfere.”(ARAUJO 2002)

Como as diferentes formas de vida estão sujeitos às transformações que ocorrem no tempo e no espaço, são ao mesmo tempo, propiciadoras de transformações no ambiente.

O conhecimento é construção inacabada e a Biologia como parte do processo dessa construção científica, deve ser entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano, sendo uma das formas de conhecimento produzido pelo homem determinado por suas necessidades materiais e da necessidade de se conhecer melhor, que em cada momento histórico, vem sofrendo influencia do meio social e da economia por ele gerado.

O ensino da Biologia tenta, de maneira geral, compreender a natureza como uma intrincada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é a parte integrante, com ela interage, dela depende e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo independente. Identificar a condição do ser humano de agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas é também objetivo desta disciplina.

A Biologia contribui para compreender a Ciência com um processo de produção de conhecimentos, um sistema explicativo que opera como modelos, tendo como critério de legitimação a realidade, formando sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos que proporcione o “entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA, em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos,

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no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da diversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditária e relações ecológicas e das implicações dos avanços biológicos do fenômeno VIDA” (DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA)

Os conteúdos estruturastes são saberes, conhecimentos de grande amplitude, que determinam e organização dos campos de estudo, sendo considerados fundamentais para a compreensão do objeto de ensino e aprendizagem de uma disciplina. Para a disciplina de Biologia, os conteúdos estruturastes são apresentados de acordo com os quatro modelos interpretativos do fenômeno VIDA sendo assim definidos: ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS “ que apresenta uma proposta que torna possível conhecer a organização dos seres vivos relacionando-os à existência de características comuns entre estes e sua origem única” ; MECANISMOS BIOLÓGICOS que privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam; BIODIVERSIDADE: conteúdo que apresenta possível a reflexão e indução à busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito de biodiversidade, um sistema complexo de conhecimentos biológicos interagindo num processo integrado e dinâmico e MANIPULAÇÕES GENÉTICAS , conteúdo que apresenta os conceitos da hereditariedade e as implicações da engenharia genética sobre a VIDA, percebendo que os avanços da biologia molecular possibilita manipular o material genético dos seres vivos.

OBJETIVOS GERAIS

- Compreender a Ciência como uma atividade humana histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural, identificando as relações entre o conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje em sua evolução histórica entendo a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas;

- Compreender a natureza como uma intrincada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é parte integrante, com ela interage, dela depende e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, jamais sendo independente; compreender a vida do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de formas diversas mas sempre como sistema organizado e integrado que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia;

- Compreender a diversificação das espécies como resultado de um processo evolutivo, que compreende dimensões temporais e espaciais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Classificar os seres vivos para a análise da diversidade biológica existente e das características e fatores que determinam o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história;

- Ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, baseada na visão macroscópica e descritiva desta natureza para uma visão evolutiva, visando a compreensão e a compreensão de conceitos científicos da Biologia;

- Discutir e entender os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos mesmos;

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- Construir o pensamento biológico evolutivo, considerando os pensamentos descritivos e mecanicista;

- Ter conhecimento, acesso e esclarecimentos sobre as novas tecnologias, percebendo como elas vão afetar a nossa vida;

- Perceber e utilizar códigos da Biologia;- Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando

conceitos;

- Identificando irregularidades, diferenças, construindo generalizações;

- Utilizar critérios científicos para realizar classificações animais, vegetais, etc.;

- Estabelecer relações entre parte e o todo de um fenômeno ou processos biológicos;

- Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para resoluções de problemas;

- Formular questões, diagnósticos para propor situações para problemas apresentados;

- Utilizar noções e conceitos de Biologia em novos aprendizados;− Perceber a importância dos povos africanos para o avanço das ciências e

tecnologia.

CONTEÚDOS

1º ANO

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS- Composição química da célula - estrutura celular- divisão celular- organização dos tecidos

- os genes e a síntese de proteínas (–estruturas celulares: membrana celular, citoplasma e núcleo).- mutações- câncer- funções celulares- seres autótrofos e heterótrofos - fotossíntese

MANIPULAÇÃO GENÉTICA BIODIVERSIDADE-envelhecimento- radicais livres e vitaminas-Valorização da vida(sexualidade tabagismo, alcoolismo, drogas)- colesterol- água potável desafio para a humanidade-vacinas -produção de celulose e ecologia

- biosfera- níveis de organização dos seres vivos- equilíbrio biológico -seres produtores, consumidores e decompositores

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2º ANO

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS-classificação dos seres vivos-os cinco reinos:monera, protista, fungi, animal e vegetal. -características gerais;- biomas aquáticos e terrestres- Taxonomia

-processos de produção de energia:respiração aeróbia e anaeróbia-fisiologia animal comparada;-fisiologia vegetal;- Efeitos negativos das drogas no organismo.

BIODIVERSIDADE MANIPULAÇÃO GENÉTICA-cadeia e teia alimentar, relações ecológicas;-origem da vida;-equilíbrio e desequilíbrio ecológico (extinção de espécies).

-produção de remédios-homeopatia e fitoterapia;-armamento biológico;-saúde e doenças;-controle biológico de pragas;-hidroponia.

3º ANO

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS-evolução da vida;-origem das espécies;-núcleo e o material genético(estrutura e função), cariótipo.

-tipos de reprodução;-reprodução humana;-embriologia;-genética.

BIODIVERSIDADE MANIPULAÇÃO GENÉTICA-ecologia-pirâmides;-desequilíbrios ambientais;

-clonagem;-manipulação genética e bioética;-célula-tronco;-projeto genoma;-terapia gênica;-transgênicos.

OBSERVAÇÃO: Em todas as séries do Ensino Médio serão abordados conteúdos referentes ao estudo das características biológicas ( biotipo) dos diversos povos; contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para o avanço das ciências e da tecnologia; análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos considerando os aspectos políticos, econômicos, ambientais , culturais e sociais.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A construção do conhecimento tem como princípio básico o aprendizado através de uma elaboração pessoal de interpretação do objeto de estudo. Nesse sentido o aluno não é considerado um ser desprovido de conhecimentos e nem o professor considerado o único que conhece os conteúdos, alunos e professor são respectivamente atores e expectadores no processo ensino e aprendizagem.

Os conteúdos estruturantes de Biologia devem ser propostos de forma integrada relacionando ao momento histórico e aos diferentes campos de conhecimentos, tornando

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possível ao aluno perceber que há uma rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômico, político e cultural.

O ensino dos conteúdos de Biologia será mais significativo se tratado com estratégias que partam da prática social , passando para a problematização, instrumentalização, catarse e retornando à prática social. A prática social é o ponto de partida, onde o professor deverá perceber e denotar, dar significado às concepções alternativas do aluno, uma visão desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado. No conteúdo proposto há necessidade de uma metodologia diferenciada como descritiva na organização dos seres. A partir da observação e da descrição é possível ampliar a discussão para a comparação das características estruturais e anatômicas e comportamentais dos seres, analisando e comparando a genômica, propiciando a compreensão de como o pensamento humano chegou ao modelo de mundo em permanente mudança ,partindo do mundo imutável.

Ao trabalharmos com a Biodiversidade, a proposta é partir das contribuições de Lamarck e Darwin, superando as ideias fixistas , superadas pela ciência e pela sociedade. Considerar a concepção alternativa do aluno facilitará a aproximação das concepções científicas, facilitando a compreensão dos conceitos da genética, da evolução e da ecologia, explicando a diversidade dos seres vivos.

A aula dialogada, a leitura , a escrita, a experimentação, as analogias, devem possibilitar a participação do aluno, favorecendo a expressão de seus pensamentos , suas percepções, significações, interpretações, pois a aprendizagem envolve produção/criação de outros significados que acarreta no encontro e confronto de diferentes ideias presentes na sala de aula.

O uso de recurso como diferentes imagens como o vídeo, transparências, fotos e as atividades experimentais, devem ser utilizados com frequência na disciplina de Biologia, requerendo uma problematização sobre a questão a ser demonstrada e interpretada para que possa contribuir para a compreensão do papel do aluno nas atividades propostas.

A aula experimental é um recurso que deve ser utilizado no ensino e aprendizagem de Biologia. Estas aulas não precisam estar associadas a sofisticados aparelhos, mas sim possibilitar a organização de discussões e reflexões e a interação com fenômenos biológicos, a troca de informações entre grupos, promovendo novas interpretações. Os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com as ideias discutidas, conduzindo o aluno à reflexão sobre a teoria e a prática.

As aulas demonstrativas serão usadas como recurso, onde será permitido a participação do aluno, tendo o cuidado de não passar ao aluno a Ciência como verdade definitiva e formulada por leis. Portanto é necessário que as atividades demonstrativas devam ser acompanhadas de atividade prática, como a resolução de problemas ou de hipótese que permitem trazer uma concepção de Ciência diferente com explicações provisórias.

O estudo do meio é outra importante prática pedagógica a ser utilizada, pois possibilita a integração de conhecimentos, veiculando uma concepção sobre a relação do homem com o ambiente. As visitas a parques , praças, hortas, mercados, lixões, etc. são meios riquíssimos para o ensino e aprendizagem em Biologia.- Aula prática de laboratório. O experimento pode ser uma técnica de investigação

acompanhada de questões que permitam a reflexão e análise dos dados obtidos;

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- Debates: Estimula o aluno o desenvolvimento da capacidade de síntese, argumentação, etc., podendo ser trabalhados as questões relativas à atitude e valores;

- Pesquisas Bibliográficas e outras fontes de informações)jornais, revistas, etc.) Diversos temas podem ser propostos com o intuito de manifestar o desejo de aprender, gosto pela pesquisa e apreço pelo conhecimento

- Textos. Podem ser utilizados uma vez verificada sua adequação, como introdução ao estudo de um dado conteúdo, síntese do conteúdo desenvolvido, leitura complementar.

- A produção de textos e apresentação de seminários com base em observações, experimentos, leituras, etc. também serão práticas adotadas. AVALIAÇÃO

A avaliação deve verificar a aprendizagem a partir do que é básico estabelecido nos objetivos e conteúdos trabalhados , compreendendo-a como prática emancipadora , sendo entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e reformular os processos de aprendizagem.

Na avaliação emancipadora há uma tomada de decisão , onde o aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem, organizando-se para as mudanças necessárias e para o professor é o momento em que poderá avaliar sua prática retomando quando for preciso .

Ao propormos uma avaliação, devemos considerar que o aluno é uma pessoa capaz de se desenvolver em sociedade com condições de se apropriar de conhecimentos importantes para a vida em sociedade que essa apropriação não acontece por acaso, mas depende de esforços do professor, aluno, escola e família. Logo, o caminhar do aluno é feito também pelo professor que deve considerar a avaliação como um momento de rever e reformular sua prática

Em Biologia, devemos conceber e utilizar a avaliação como instrumento de aprendizagem que permite fornecer um feedbck adequado para promover o avanço do aluno, sendo o professor co - responsável pelos resultados do aluno.

A avaliação deverá priorizar o conjunto de saberes, destrezas e atitudes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos, superando a pura memorização de conteúdos conceituais.

OBS. Os alunos terão um registro representado por uma nota depois de ter sido submetido a avaliação conforme descrita acima. A nota é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção..

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIZZO, n.. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, MEC 2004DIRETRIZES Curriculares do Paraná, Biologia - 2008FERNANDES, J A..B . Ensino de Ciências: A Biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Biologia, ano 1 nº 0, agosto de 2005FRIGOTTO, G . et, al, Ensino Médio: Ciência, Cultura e Trabalho, Secretaria de Educação Média e Tecnologia. Brasília. MEC, SEMTEC, 2004

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GASPARIN, J . L. Uma didática para a pedagogia histórico crítica. Campinas, Autores Associados, 2002

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A cultura corporal e suas manifestações se estabelecem enquanto linguagem no decorrer do processo histórico da humanidade. Antes da fala, os homens se comunicavam utilizando sua Cultura Corporal. A atribuição de sentidos a cada gesto, a cada movimento, permite compreender e usar a expressão corporal como fonte geradora de significação e integradora da organização do grupo social, formadora de visão e divisão de mundo e da própria identidade humana.

A Educação Física Escolar enquanto componente curricular deve assumir a tarefa de introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzir, reproduzir e transformar, instrumentalizando para usufruir dos conteúdos estruturantes e articuladores em benefício da qualidade da vida. “A integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. É a integração de sua personalidade” (Betti, 1992, 1994a). Nesse sentido, a Educação Física, busca a superação das concepções positivistas, avançando na busca do entendimento do corpo em sua complexidade, apoiada nas abordagens biológicas, antropológicas, sociológicas, filosóficas, psicológicas e políticas das práticas corporais , onde os movimentos cadenciados, traduzem emoções, fantasias, ideias e sentimentos, manifestando a alma do povo, seus hábitos, tradições e costumes, pois é através do movimento que o homem exterioriza suas necessidades, seus instintos e suas motivações. É uma linguagem que possibilita que o corpo ganhe cada vez mais importância na configuração harmoniosa do sujeito. São imagens externas do próprio sujeito, uma vez que expressa determinados momentos históricos da sociedade.

Aprender habilidades motoras e desenvolver capacidades físicas são aprendizagens necessárias, mas não o suficiente. É necessário aprender os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, mas também aprender a organizar-se socialmente para praticar, compreender as regras como um elemento que torna o jogo possível, aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo, pois sem a participação do mesmo, a competição esportiva não acontece.

A ênfase da disciplina de Educação Física está na Cultura Corporal do movimento, presente na ginástica, esporte, jogos, dança e lutas, pois como cita nas DCEs (COLETIVO DE AUTORES, 1992), sua ação pedagógica deve […] “estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem

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produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes.”

OBJETIVO GERAL

- Desenvolver práticas corporais capazes de modificar as relações sociais, ampliando o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens centradas na motricidade, superando assim uma visão fragmentada de homem, que busque através da reflexão, uma visão crítica de mundo e de sociedade, onde o aluno está inserido, possibilitando práticas que respeitem e valorizem a diversidade humana em todos os aspectos.OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Trabalhar a Cultura Corporal manifestada em práticas esportivas, dança, ginástica, jogos e brincadeiras e lutas, compreendendo os valores culturais, sociais e pessoais neles inseridos historicamente;

- Entender, apreender, refletir, praticar e reconstruir os jogos e brincadeiras, enquanto conhecimento que constitui o acervo cultural da humanidade;

- Propiciar uma leitura do fenômeno esportivo, compreendendo sua complexidade social, histórica e política, combatendo signos sociais que expressam preconceitos raciais e/ou étnico, discriminação de gênero e violência moral;

- Reconhecer que o brincar pode representar uma atitude espontânea de fruição que interfere sobre as possibilidades de construção da autonomia.

- Abordar os conteúdos, conforme a realidade regional/cultural, tomando-os como ponto de partida para a valorização das manifestações peculiares de cada grupo;

- Levar o aluno a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais, favorecendo o desenvolvimento de atitudes positivas para com elas, que o leve à aprendizagem de comportamentos adequados à sua prática.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOSBÁSICOS

Esporte - Coletivos;- Individuais;- Radicais.

Jogos e brincadeiras - Jogos tabuleiros; - Jogos dramáticos;- Jogos cooperativos.

Dança- Danças folclóricas;- Danças de salão;- Dança de rua.

Ginástica - Ginástica artística/olímpica;

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- Ginástica de condicionamento físico;- Ginástica geral.

Lutas - Lutas com aproximação;- Lutas que mantêm a distancia;- Lutas com instrumento mediador;- Capoeira.

Os conteúdos acima serão trabalhados de forma reflexiva e contextualizada, o que será possível, através dos elementos articuladores.ELEMENTOS ARTICULADORES: Cultura Corporal e Corpo;Cultura Corporal e Ludicidade;Cultura Corporal e Saúde;Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;Cultura Corporal e Desportivização;Cultura Corporal – Técnica e Tática;Cultura Corporal e Lazer;Cultura Corporal e Diversidade;Cultura Corporal e Midia.

METODOLOGIA

A Cultura Corporal, objeto de ensino da Educação Física, está relacionada ao movimento humano, constituído historicamente no cotidiano escolar em todas as formas de manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais e como tal necessita uma metodologia crítico superadora, onde o “conhecimento deve ser tratado de forma a favorecer a compreensão dos princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento, mudança qualitativa e contradição”, metodologia que permita ao aluno ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corporal, superando a ideia tecnicista e da esportivismo das práticas corporais.

Nas práticas pedagógicas de Educação Física, o conhecimento deverá ser transmitido levando em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido.

Os conteúdos propostos podem ser abordados em todos os anos, com um grau de complexidade crescente, onde os mesmos podem ser apresentados, com referências que ampliam continuamente a capacidade de pensar do aluno. Os conteúdos devem adquirir complexidade crescente com o decorrer das séries, tanto do ponto de vista estritamente motor (habilidades básicas à combinação de habilidades, habilidades especializadas, etc.) como cognitivo (da simples informação à capacidade de análise, de crítica).

No Ensino Médio, a Educação Física deve apresentar características próprias e inovadoras, que considerem a nova fase cognitiva e afetivo-social atingida pelos adolescentes. Tal dever não implica em perder de vista a finalidade de integrar o aluno na cultura corporal de movimento.

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Apresentação do conteúdo, problematizando, buscando as melhores formas de organização para a execução das atividades; conversação sobre práticas corporais para identificar as possibilidades e os limites de cada aluno. É neste momento que a prática social será posta em questão, sendo analisada, interrogada, levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicação do conhecimento.

Instrumentalizar: o caminho pelo qual, o conteúdo será sistematizado, colocado a disposição do aluno para que o assimile e o recrie e o incorpore, o transformando em instrumento de construção pessoal. São os instrumentos teóricos e práticos necessários a resolução de problemas levantados na prática social, fundamentais na problematização. Neste momento, o aluno é chamado a mostrar quanto se aproximou da solução dos problemas identificados.

A disciplina de Educação Física deverá trabalhar em interdisciplinariedade para que o aluno entenda a Cultura Corporal em sua complexidade, na relação com múltiplas dimensões da vida humana. As metodologias são as mais variadas, conforme o objetivo de sua aula. Algumas delas são; conteste, jogos de competição e cooperação, sequências pedagógicas, demonstração, descobrimento guiado, resolução de problemas, jogos de mímica e expressão corporal, grandes jogos, jogos simbólicos,jogos rítmicos, exercícios em duplas, trios, grupos, com e sem material, circuito, aulas com música, aulas historiadas, jogos pré desportivos, gincanas, campeonatos, festivais. A esse conjunto devem somar outras tendo em vista o plano cognitivo: discussões sobre temas da atualidade ligados à cultura corporal de movimento, leitura de textos, dinâmicas de discussão em grupo, matérias de jornais e revistas, uso de vídeo/TV (produções específicas ou gravações de programas da TV), mural de notícias e informações sobre esporte e outras práticas corporais, organização de campeonatos pelos próprios alunos, trabalhos escritos, pesquisas de campo, etc

As estratégias escolhidos devem sempre propiciar a inclusão de todos os alunos, não se esquecendo jamais a diversidade dos alunos.

Afirma Oliveira (1997), “se quisermos que a Educação Física realmente tenha um novo entendimento e aceitação junto a toda comunidade, faz imprescindível uma retomada de ações metodológicas e de conteúdos significativos” (p. 26). Isso tange a todos os aspectos da prática pedagógica, inclusive a avaliação. AVALIAÇÃO

O ideal seria que a avaliação fosse uma mediadora na aprendizagem, servindo de diagnóstico e encaminhando as ações do professor e da escola, Esse tema também se faz presente na Educação Física Escolar incorporada de dúvidas sobre o que avaliar. Durante a aprendizagem, levando em conta a etapa inicial e o desenvolvimento da aprendizagem do aluno e considerando o erro como parte do processo.

A avaliação se faz presente no processo educativo desde o planejamento até a execução: na identificação do projeto histórico, na seleção de conteúdos e meios e na ação para construir/reconstruir o próprio projeto. Preocupam-se com uma análise criteriosa das condições gerais dos alunos de forma a permitir uma ordenação de dados reais e concretos sobre os mesmos para nortear a ação didática com relação aos ciclos de aprendizagem.

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A avaliação deve ser constante e estar atenta à todas as oportunidades criadas ou não, pelo professor durante as aulas.

Os processos avaliativos incluirão aspectos informais e formais, concretizados em observação sistemática/assistemática e anotações sobre o interesse, participação e capacidade de cooperação do aluno, autoavaliação, trabalhos e provas escritas, resolução de situações problemas propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de dança, exercícios ginásticos ou táticas de esportes coletivos, etc. Evidentemente, os instrumentos e exigências da avaliação deverão estar em sintonia com o nível de desenvolvimento dos alunos e o conteúdo efetivamente ministrado. É necessário que a avaliação inclua, ao longo do ano, várias estratégias. É importante informar ao aluno quais são os momentos de avaliação formal, e quais aspectos serão avaliados e transformados em conceito.

Aluno e professor deverá discutir critérios utilizados na avaliação, contribuindo assim no entendimento do programa a ser desenvolvido, ampliando a compreensão do aluno sobre o que o professor busca alcançar, responsabilizando a todos pelo caminho a ser percorrido, combinando com o grupo os critérios de avaliação, permitindo sugestões e retira a responsabilidade de uma avaliação voltada exclusivamente para as notas.

A auto avaliação deve estar presente, como um momento que proporcione uma reflexão do aluno sobre suas contribuições no seu crescimento individual e coletivo e deverá ser uma prática, Quando o aluno é levado a refletir sobre seu desempenho, proporciona a ele a chance de alterar a sua conduta e posicionamento sobre o processo de construção do conhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETTI, M. Atitudes e opiniões de escolares de 1º grau em relação à Educação Física. In: XIV SIMPÓSIO DE CIÊNCIA DO ESPORTE. 1986. São Caetano do Sul. Anais. São Caetano do Sul. Celafiscs. Fec. do ABC, 1986. p. 66._____,Ensino de 1º. e 2º. graus: Educação Física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2,p. 282-7, 1992.BRASIL, Conselho Nacional de Educação: Câmara de Educação Básica. Parecer 04/98 de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacional do Ensino Fundamental. Diário Oficial d União, seção 1, Brasília, p.31,15. abril. 1998.BRUHNS, Heloisa Turini: O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. Revista Motrivivência, v.7. Nº 9, dez, 2006.COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.DARIDO, S. C. A avaliação em educação física escolar: das abordagens à prática pedagógica. In: DIRETRIZES, Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.GASPARIN, J. L: Uma didática para a pedagogia histórico crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.LUCKESI, C. C. Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo. Revista de Educação AEC, v. 15, n. 60, p. 23-37, 1986.

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OLIVEIRA, Amauri A. Bássoli de. Metodologias emergentes no ensino da Educação Física. Revista da Educação Física/UEM, v. 8, n. 1, p. 21-27, jan./dez. 1997.PALAFOX, Gabriel Humberto Muñoz; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução à avaliação na Educação Física Escolar. Pensar a Prática, Goiânia, v. 1, n. 1, p. 23-37, jan./dez. 1998.SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, 5., 1999, São Paulo. Anais... São Paulo: Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo, 1999. p. 50-66.ZONTA, A. F. Z.; BETTI, M.; LIZ, L.C. Dispensa das aulas de Educação Física: os motivos de alunas do ensino médio. In: VIII CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO DESPORTO DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Anais. Lisboa, 2000. Universidade Técnica de Lisboa.

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos que devidamente utilizados que contribuem na transformação da sociedade e suas ações inovadoras. Essa característica prepara e integra o cidadão no meio em que vive e introduz tal possibilidade às culturas paralelas. Daí a importância de dinâmicas que explorem as diversidades políticas culturais ou levante problemas existentes que precisam ser compreendidos em suas origens.

Filosofia ou filosofar? Kant. e Hegel, desenvolvem esse tema destacando a necessária compreensão em que um, não pode ser sem o outro. O ensino não pode separar o espaço de estudo da Filosofia e o Filosofar. O estudante de filosofia deve tomar conhecimento de conceitos sobre uma ideia, porém, em sua tarefa de pensar, devera também expor o seu próprio conceito, seu estilo próprio de pensamento. O conceito, quando interpretado filosoficamente, necessariamente contrasta com as concepções enciclopédicas, e da formação comerciais.

O primeiro busca uma perfeição legível e distante do plano de imanência da historia humanas. É uma noção fixa das ideias, como se fossem estáticas e sempre as mesmas. A função da Filosofia é a auto posição e as novas criações, partindo do coletivo, em busca das mais adequada concepção num determinado universo especifico, sempre aberto à revisão. A segunda e a da formação comercial que responde aos interesses comerciais do capitalismo, desprovido de crítica, de criação e das potencialidades transformadoras. As formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos levando em conta a perspectiva do aluno; onde o domínio é necessário, sem formalismo e tecnicismo estrutural desconsiderando a necessidade do contexto histórico, social e político da sua produção como também da sua própria leitura.

O professor tem a função de ensinar a pensar filosoficamente, a organizar perguntas e problema filosófico, a ler e escrever filosoficamente, a investigar e dialogar filosoficamente, a avaliar filosoficamente, a criar saídas filosóficas para os problemas investigados; transferindo tudo isso à pratica, sem fórmulas a serem reproduzidas. OBJETIVOS GERAIS

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Formação pluridimensional e democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especificações.

Saber que opera pôr questionamentos, conceitos e categorias de pensamento que buscam articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

Viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte, como defende o escritor Ribeiro que ressalta que as discussões sobre política, cultura, comportamento – problemas – não podem dispensar conteúdos filosóficos nem se pulverizar e sugere a idéia de ciclo de filmes, dialogo entre si, fala, com temas sociais, sentimentais, imigração, luta de classe, enfim, filosofar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ano 1. Mito e Filosofia

Saber Mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia?

2. Teoria do Conhecimento

Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento;O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica;

2º ano 1. Ética

Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

2. Filosofia Política

Relação entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.

3º ano 1. Filosofia da Ciência Concepções de Ciências; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ética;

2. Estética

Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo,

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sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto; Estética e sociedade;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho com os conteúdos estruturantes da filosofia e e seus conteúdos básicos apresentam em quatro momentos: A MOBILIZAÇÃO, A PROBLEMATIZAÇÃO, A INVESTIGAÇÃO E A CRIAÇÃO DE CONCEITOS.

A Mobilização deve desenvolver dinâmicas que demonstre relação entre o conteúdo e o cotidiano do aluno, debates, seminarios.

A Problematização deve levar os alunos à questionar e criação de conceitos a partir de novas ideias. Tais problemas são de diversas possibilidades tanto de textos como do dia-a-dia.

O terceiro momento é aquele que o aluno procura entender como os filósofos resolvem os problemas, o que faz com que a investigação ocorra, onde se aprende com o já realizado e a partir destes, resolver o problema atual identificado.

Entendimento do conteúdo problematizar e levar o aluno a questionamentos pertinentes do tema estudados, trazer os temas para a realidade do aluno, atividades relacionadas ao conteúdo trabalhado além de pesquisa que auxilie a curiosidade do aluno a colaborar com o aprendizado.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB 9394/96 em seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, pois tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso de ação no processo ensino aprendizagem tendo em vista garantir a qualidade que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história de filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema, mas diagnosticar, ou seja, sugerir e argumentar sobre o andamento mais ou menos adequado a respeito das percepções que cada momento nos propõe para o bem viver.

O centro do critério avaliativo em filosofia é a experiência de pensamento filosófico. Tal experiência não pode haver medida, porque seria uma negação de seu objeto primeiro, daí a necessidade do professor propiciar meios para que sensibilizem, problematizem, investiguem e elaborem seus conceitos.

A avaliação de Filosofia tem inicio já com a mobilização, coletando o que o estudante pensava antes e o que passa a pensar após o estudo. Com isso é possível entender avaliação como um processo que se dá no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo. Logo, torna relevante avaliar a capacidade dos estudantes do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos.

Os alunos terão a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE FILOSOFIA- Secretaria de Estado da Educação do Paraná.,2008 Ensino de Filosofia.

GEOGRAFIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da disciplina de Geografia é o Espaço Geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade e composto por objetos naturais, culturais e técnicos e ações surgidas nas relações sociais, culturais, políticas e econômicas, resultando no que diz SANTOS (1996)”objetos tanto do domínio da Geografia Física como do domínio da Geografia Humana” que mudam de acordo como estes objetos se formam e foram produzidos.

O ensino e aprendizagem em Geografia, é relevante pelo fato de que todos os acontecimentos mundiais estão ligados a um determinado espaço que é a materialização dos “tempos sociais”. Deve contemplar a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual, possibilitando a análise e a crítica das relações sócio espaciais nas escalas geográficas do local ao global retornando ao local. A Geografia enquanto campo de conhecimento tem sua abordagem teórica elaborada em função das transformações históricas que modificam as relações espaciais.

Os conteúdos de Geografia devem ultrapassar o campo da pesquisa geográfica, inter-relacionar com outras áreas do conhecimento, sem deixar de considerar o papel dos conteúdos estruturantes da disciplina que são: A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico, todas em relação umas com as outras. A partir desses , são organizados os conteúdos específicos.

A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, é o principal para o entendimento de como o mesmo é constituído.

A Dimensão Política do Espaço Geográfico, envolve os territórios e as relações de poder tanto econômico como social. Por meio do seu estudo, o aluno pode entender a relação de poder que determinam ou determinaram fronteiras, possibilitando a compreensão do espaço onde vive, da constituição e das relações entre territórios institucionais e outros territórios.

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A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico é importante para os estudos geográficos na atualidade, possibilitando a abordagem do temário geográfico, pois seu estudo reforça a compreensão da interdependência das relações entre sociedade, componentes físicos, químicos e bióticos, aspectos econômicos, sociais e culturais.

A Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico, permite a análise do mesmo e suas relações sociais e culturais, bem como a constituição, distribuição e modalidade demográfica das diferentes sociedades.

Em relação ao processo ensino-aprendizagem de Geografia é importante problematizar os conhecimentos que servem de referência para o saber a ser ensinado, onde o saber deve ser compreendido como um construto em contínua elaboração e redefinição entendido como produto histórico .

O documento básico da Geografia é constituído pelas construções humanas, onde as sociedades imprimem suas necessidades, suas representações, seus sonhos, seus valores, pois entender o espaço geográfico com projeção e expressão da sociedade como instrumento com o qual se constrói e reconstrói, auxilia o aluno do Ensino Médio a compreender seu papel na sociedade em consonância com seu espaço e sua história, e, a desenvolver sua própria crítica.

O aluno precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender como os diferentes elementos desse espaço se relacionam, e nesse diálogo, formula questões e tenta dar respostas discutindo suas ideias, suas experiências e suas reflexões compartilhadas, filtradas, nos debates que acontecem em uma aula de Geografia.

OBJETIVOS GERAIS

Propiciar ao aluno acesso a conhecimentos específicos com os quais possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando a diversidade das temáticas geográficas e diferentes formas de abordagens; Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço em que está inserido, percebendo as relações do mesmo com outros espaços mais amplos e complexos;

Realizar a leitura das construções humanas como um documento importante que as sociedades em diferentes momentos imprimiram sobre uma base natural;

Compreender a geografia como ciência, reconhecendo a evolução do pensamento geográfico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender a formação dos novos blocos e das relações de poder e o enfraquecimento do estado- nação;

Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio da história e geografia;

Compreender a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da geografia para além da economia;

Compreender o significado do conceito de paisagem como síntese de múltiplas determinações; da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;

Conhecer o espaço geográfico por meio de várias escalas;Compreender as transformações que ocorrem nas relações de trabalho em função

da incorporação das novas tecnologias, como também a preservação ou degradação da

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natureza em função do desconhecimento de sua dinâmica e a integração de seus elementos biofísicos.

CONTEÚDOS

A seleção dos conteúdos da Geografia faz segundo alguns pressupostos teóricos e práticos que atendem às condições objetivas materiais e humanas da escola, onde os conteúdos selecionados devem ser vistos como instrumentos para a formação do homem por inteiro, em sua dimensão social e humana, aberto aos imprevistos, ao novo, com força e poder para resistir e interferir na realidade da qual é participante.

A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico, são importantes na compreensão da realidade social, cultural, econômica e política das sociedades contemporâneas, por isso fazem parte dos conteúdos estruturantes a serem objetivados na disciplina de Geografia.

1º ANO

1. DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Relações: Sociedade e Natureza; Relações Trabalho e Produção; O espaço Geográfico Amplo; Conceito de: Paisagem,Lugar, Região, Natureza e Sociedade; Leitura e representação do espaço geográfico amplo, Estudo da Paisagem Ampla e as interferências sócio econômicas; Questões ambientais, sociais, culturais e econômicas; Atividades agropecuárias; Atividades industriais e seus benefícios.

2. DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Conceito de Território e espaço, demarcação de Territórios indígenas; Determinação de Fronteiras; Redefinição de Fronteiras, Movimentos Sociais; Conflitos Culturais; Desenvolvimento Sustentável ; Relação entre países para conter a degradação da natureza e resolver questões ambientais; Origem do Universo, da Terra e dos continentes.

3. DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Produção espacial e a poluição da água, solo, rios, ar, visual, sonora e social; Organização Socioambiental do espaço brasileiro; Biotecnologia e mudanças ambientais; Poluição atmosférica, poluição dos rios.

4. DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Os diferentes grupos sociais e culturais e suas marcas nas paisagens e no espaço; A Cultura e a produção Espacial; As relações étnicas raciais no ambiente urbano( ênfase na cultura afro e indígena).

2º ANO

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1. DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Relações: Sociedade e Natureza; Relações Trabalho e Produção; O espaço Geográfico Amplo; Conceito de: Paisagem, Lugar, Região, Natureza e Sociedade; Espaço Geográfico Urbano e Rural; Modificações do espaço geográfico; Questões ambientais, sociais, culturais e econômicas; Urbanização e valorização do solo urbano e periferia; O espaço Rural e as tecnologias; Novos países industrializados; Organização e Produção Industrial e Energética; Industrialização e usos das fontes energéticas; Recursos minerais e energéticos do Brasil e do Paraná; Países Produtores de Energia.

2. DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano; Conflitos rurais e estrutura fundiária; Territórios urbanos (Narcotráfico, prostituição. Sem teto, disputa por espaços econômicos comerciais); Conflitos étnicos culturais; ( Cultura africano e indígena) Os Micros Territórios Urbanos; Relação: urbano e rural ( cidade e campo); Conflitos Territoriais urbanos; A hierarquia das cidades; As Cidades Globais;Formação e expansão do território brasileiro.

3. DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Crescimento Urbano desordenado; Produção Espacial e poluição da água, rios, solo, ar, visual, sonora e social; Organização Socioambiental do espaço brasileiro; Biotecnologia e mudanças ambientais ( impactos) ; Políticas Públicas e saneamento básico nas cidades; Problemas ambientais das grandes centros urbanos; Poluição atmosférica; Uso da água no meio urbano Poluição dos rios; Ocupação de áreas de risco: encostas e mananciais.

4. DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Os diferentes grupos sociais e culturais ( afro , indígenas e outras culturas) e suas marcas nas paisagens e no espaço; Composição Demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia; Migrações e suas consequências e implicações econômicas, culturais e sócios espaciais; Aspectos Culturais de Identidades Regionais; Diferentes grupos sócios culturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano e rural.

3º ANO

1. DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Relações: Sociedade e Natureza; Relações Trabalho e Produção; Compreensão sócio- histórica das relações de Produção Capitalista; Questões ambientais, sociais, econômicas e culturais; Evolução dos meios de Comunicação e Transportes no Brasil e Paraná; Revolução Técnica científica e suas consequências no espaço geográfico paranaense, brasileiro e no mundo do trabalho; Modos de produção; Sistemas Financeiros; Relações Econômicas, Relações políticas.

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2. DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Capitalismo e Socialismo; Blocos Econômicos; Movimentos Sociais, Conflitos rurais e Urbanos; Comércio Exterior brasileiro , Exportação paranaense;Transportes brasileiro e paranaense; Paraná: saúde, moradia, educação.

3. DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Biotecnologia e mudanças ambientais no espaço brasileiro e paranaense, impactos ambientais nos ecossistemas brasileiro; A hidrografia brasileira e paranaense; Uso da água no meio Urbano e Rural, poluição dos rios; Organização socioambiental do espaço brasileiro e paranaense ; Relevo, vegetação, clima e hidrografia do Paraná; Ocupação paranaense.

4. DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Diferentes grupos sociais e culturais e suas marcas nas paisagens e no espaço brasileiro e paranaense; A Cultura e a Produção Espacial brasileira e paranaense ( povos afros , indígenas e outros povos) Movimento da população brasileira e paranaense; Crescimento populacional do Paraná; O processo de migração no Estado do Paraná; Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras; A estrutura Fundiária e os conflitos de terra no Brasil e Paraná.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos específicos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligando a teoria, a prática e a realidade, sendo coerente com os fundamentos teóricos.

Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados de forma inter relacionada garantindo a totalidade dos conhecimentos específicos de Geografia.

Os temas propostos como critérios para a seleção de conteúdos da disciplina de Geografia sugerem uma metodologia interdisciplinar de tal forma que cada disciplina, independente do seu conteúdo específico, oriente-se por objetivos de ensino da área que estão voltados para a “construção da identidade pessoal do aluno”, formando sua “personalidade democrática” e para a “construção da identidade social”.

A utilização do diálogo e da interlocução entre os sujeitos da educação (aluno e professor), com o conhecimento e seu objeto, como uma forma metodológica, possibilitará ao aluno a construção da consciência crítica, libertando-o de suas limitações.

Em Geografia é importante trabalhar todas as questões da atualidade que influenciam no modo de vida das pessoas. Os acontecimentos da atualidade apresentados através dos jornais, revistas, televisão, devem ser aproveitados para sugerir debates, discussões sobre a internacionalização da economia e da informação. É preciso analisar os efeitos dessa internacionalização, não como discurso, mas como fatos

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concretos utilizando as pesquisas sobre diferentes temáticas associadas ao que o aluno e professor vivenciam no cotidiano.

Propiciar ao aluno contato com diferentes informações que mostram a realidade sobre tudo que ocorre na superfície terrestre também deve ser meta das práticas pedagógicas, pois somente a análise desses diferentes posicionamentos pode ampliar o conhecimento do aluno para que faça sua própria crítica embasado pelos conhecimentos geográficos e outros.

Relacionar os aspectos da vida cotidiana das populações urbanas ou rurais com as transformações globais do mundo também deve ser atividade desenvolvida junto aos alunos nas aulas de geografia como fato e consequência de determinantes sociais: “crianças nos semáforos pedindo ou vendendo alguma coisa”. Discutir com o aluno que esse movimento de trabalhadores informais fará com que o senso comum seja superado avaliando melhor esse movimento integrante do espaço geográfico.

Quanto à paisagem, um conteúdo da disciplina de Geografia, deve ser estudada sob diferentes perspectivas e sob diferentes óticas da geografia que precisam ser problematizados e analisados. O homem com suas diferentes culturas, economias e tempos, identifica a paisagem segundo aspectos técnicos, econômicos, sociais, culturais e ideológicos dos grupos humanos em diferentes épocas, isto deve ser considerado. O estudo do meio possibilita o trabalho interdisciplinar que constituirá um elo entre a disciplina com outras disciplinas quando utilizada a diversidade de linguagens, documentos e produção de novos documentos.

A concepção de trabalho interdisciplinar pressupõe um procedimento metodológico que parta da ideia de que as ciências parcelares devem contribuir para a compreensão de determinados temas que orientam o trabalho escolar. A interdisciplinaridade proposta aqui, no que diz respeito à Geografia, acontecerá com as disciplinas afins onde cada uma será representada na sua especificidade. Os recortes feitos são necessários ao diálogo com o mundo, cujo início encontra na história de cada ciência e de cada disciplina escolar.

Colocar o aluno em contato com diferentes materiais escritos visuais e pessoas conduzindo ao entendimento da visão de conjunto de um determinado lugar a paisagem faz parte de nossa proposta pedagógica.

O entrelaçamento entre conteúdos programáticos permitirá a compreensão do espaço geográfico integrados aos métodos de apreensão desse espaço e ao uso da tecnologia disponível no mundo atual, considerará a geografia historicamente produzida e a geografia que se pode produzir em pesquisa, no ensino médio. Nossa proposta é de que realmente o ensino e pesquisa caminhem juntos em benefício do aluno.

AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Geografia terá o caráter diagnóstico contínuo e cumulativo, no sentido de observar se os objetivos propostos foram atingidos e quais dificuldades o aluno tem encontrado para que esta meta seja alcançada. Toda e qualquer atividade trabalhada será avaliada constantemente.

Será nosso objetivo propor a utilização da autoavaliação como um momento para reflexão do aluno sobre as contribuições das suas ações, do seu crescimento individual e coletivo, pois ao refletir seu próprio desempenho será a melhor forma de se obter alterações na conduta e posicionamento sobre o processo de construção do conhecimento.

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O processo de avaliação será articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço- tempo, a relação sociedade natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global, utilizando diferentes práticas pedagógicas como: leitura e interpretação de fotos, imagens, textos diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo, entre outros.

OBS. Os alunos terão um registro representado por uma nota depois de ter sido submetido a avaliação conforme descrita acima. A nota é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção.

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRICAS

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HISTÓRIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História enquanto disciplina escolar ao se integrar na área para o Ensino Médio, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando nas diversas temporalidades servindo para reflexão sobre possibilidades de mudanças e necessidades da continuidade.

A disciplina de História possibilitará o aprofundamento de temas estudados no Ensino Fundamental, redimensionando aspectos da vida em sociedade e o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico.

O papel educativo dessa área deve possibilitar um ensino de caráter humanista que impede a constituição de uma visão apenas utilitária e profissional das disciplinas escolares.

A história social e cultural rearticula a história econômica e a política possibilitando o surgimento de grupos e classes sociais que redimensionam a compreensão do cotidiano nas esferas privadas e políticas, a ação e o papel dos indivíduos rearticulando a subjetividade ao fato de serem produto de determinado tempo histórico no qual as conjunturas e estruturas estão presentes.

A produção historiográfica busca estabelecer com seu tempo, reafirmando o adágio que “toda história é filha de seu tempo” sem ignorar ser frutos de muitas tradições do pensamento.

O ensino da História procura situar as articulações entre a micro e a macro história buscando nas singularidades dos acontecimentos as generalizações necessárias para a compreensão do processo histórico, onde são recuperadas as formas diversas de registros e ações humanas, tanto nos espaços do poder como o estado e como nas instituições oficiais.

O trabalho com a disciplina de História desempenha um papel importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades sua participação no

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coletivo e suas atitudes e compromissos com classes, grupos sociais, culturais, valores e gerações do passado e do futuro.

A disciplina de História do Ensino Médio amplia e consolida as noções do tempo histórico compreendido em toda a sua reflexibilidade que ultrapassa a compreensão do tempo aprendida a partir de vivências pessoais, psicológicas, biológicas. O tempo histórico deve ser aprendido como objeto da cultura, criações dos povos em diversos momentos e espaços.

A História contribui para melhor compreensão da sociedade contemporânea se forem desenvolvidas capacidades de apreensão do tempo e seu sentido completo das vivências humanas, favorecendo ao estudante a formação como cidadão que aprende a discernir os limites e possibilidades da sua atuação da permanencia ou da transformação histórica em que vive..

A História contribui ainda para a formação das novas gerações considerando que a sociedade atual vive um presente contínuo que tende a esquecer e anular a importância das relações que o presente mantém com o passado.

Outro objetivo dos conteúdos filosóficos é educar para a inteligibilidade que significa reafirmar que a crítica não vem antes das condições que a tornam possível, pois o pensamento reflexivo é feito de uma aprendizagem significativa que supõe o domínio e a posse dos procedimentos reflexivos e não apenas dos conteúdos programáticos.

No contexto atual, com a globalização que derruba fronteiras, provocando a sensação de que pertencemos a uma sociedade com características únicas que não apagam as diferenças sociais, econômicas e culturais entre regiões e povos que persistem e tendem a se agravar. Para compreender, analisar, criticar, e atuar na sociedade contemporânea posta como esta , é fundamental os conteúdos de sociologia que possibilitará que as graves questões dos dias atuais que marcam a dinâmica social, econômica, política e culturais sejam questionadas de perspectivas diferentes entre si.

OBJETIVOS GERAIS

Construir a identidade social e individual.Construir a identidade com as gerações passadas.Apreender o tempo histórico como construção cultural.Apreender o tempo histórico como duração.Discernir os limites e possibilidades de atuação na permanência ou

transformação.Apreender o papel do indivíduo como sujeito e produto histórico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Reconhecer fontes documentais de natureza diversa.Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão e em sua

simultaneidade e como duração.Identificar os diferentes ritmos de duração temporais, ou as várias

temporalidades (acontecimentos breves, conjunturais e estruturais).Estabelecer as relações entre permanências e transformações no processo

histórico.Extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las.

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Comparar problemáticas atuais e de outros tempos.Redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que mantêm

com o passado. Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico.

Valorizar as contribuições históricas dos povos afro descendentes e dos indígenas, CONTEÚDOS

Os conhecimentos sistematizados , fundamentados na ideia de conteúdo estruturantes.

São as relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais, os quais dão sequência ao que foi trabalhado no Ensino Fundamental, no Ensino Médio estes conteúdos assumem um recorte mais específico apontando para o estudo das relações humanas.

Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio são: RELAÇÕES DE TRABALHO; RELAÇÕES DE PODER E RELAÇÕES CULTURAIS , sendo recorte das dimensões políticas, econômica social e cultural, já trabalhadas no Ensino Fundamental.

Os conteúdos estruturantes devem ser sempre interligados entre si , permitindo o entendimento da totalidade das ações humanas. A articulação destes conteúdos são possíveis ao ser trabalhadas as categorias de análise do tempo e espaço.

1º ANO

Os conteúdos estão articulados com os temas transversais e baseados em dois eixos didáticos considerados como:

Grandes temas ou questões emergentes da sociedade tecnológica;Conceitos básicos das Ciências humanas e sociais;.A partir desses pressupostos os alunos deverão capazes de:Refletir sobre a História e seu objetivo, a visão de historiadores, as grandes das

historiografias, a memória e a sociedade e a periodização.Identificar as relações sociais no seu próprio grupo de convívio na região, e no

país;Reconhecer que a sociedade é movida por grandes tendências historiográficas;Valorizar o patrimônio e a memória sócio- cultural do homem e preservar;Levar o aluno a respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diferentes

tempos e espaço e em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais;Desenvolver a busca pela preservação da paz, a justiça social, o exercício da

cidadania nas sociedades tecnológicas;Propiciar a compreensão do Modo de Produção Feudal para o Capitalismo, a sua

importância na construção de relações de transformação, o crescimento das cidades e do comércio, a permanência , semelhança e diferença entre o presente , o passado, e os espaços locais, regionais, nacionais e internacionais.

O fortalecimento das monarquias feudais e os fatores que contribuíram para a crise feudal, como nos aspectos políticos, econômicos e os sociais ( peste negra);

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Compreender as relações de trabalho existentes entre os indivíduos e as classes, envolvendo a produção de bens, o consumo, as desigualdades sociais dentro do contexto da “Expansão Mercantil Europeia”, a formação do estado nacional e o Absolutismo.Compreender que as transformações técnicas, as grandes invenções, levaram o homem ao “Expansionismo Marítimo”;

O processo e a expropriação e acumulação primitiva dos meios de produção capitalista;

O processo de constituição nos Estados nacionais, na América, confrontos, lutas, guerras e revoluções: administração das colônias espanholas, subjugação das etnias e das culturas nativas, o esfacelamento do Império Espanhol na América, constituição dos Estados Nacionais Independentes, ditaduras na América Latina, Organizações Internacionais Latino-americanas (Mercosul);

Colônias inglesas na América, a expansão do território dos Estados Unidos, elaboração dos Estados Liberais e Republicanos;

Compreender a aculturação sofrida no continente Americano, pela influência inglesa e espanhola, nos aspectos culturais, religiosas e sociais

O Renascimento, as novas concepções do tempo e do espaço; ciência e razão; arte e sociedade; a educação.

Compreender que o Renascimento foi um movimento intelectual, cultural que levou o homem a descobrir a relação entre o homem e a natureza, a ciência e a razão, como base fundamental para o crescimento e uma nova perspectiva científica.

Reflexão sobre a política religiosa da reforma e contra reforma;A inquisição na Europa e a sua influência na América;Processo de formação, expansão e dominação do Capitalismo no mundo;A expansão do comércio e acúmulo de riquezas pelos Estados nacionais

europeus, a expropriação e acumulação primitiva, a expropriação dos camponeses, a expropriação da indústria e as leis sanguinárias

Analisar o processo de marginalização social, os excluídos de ontem e hoje, o trabalho e conhecimento na organização da sociedade colonial e a transformação nas sociedades tecnológicas de hoje;

O processo econômico do Brasil Colônia, o modo de produção escravagista , a produção de cana de açúcar que era o sustentáculo da economia, a Mineração e a Pecuária.

Conhecimento e utilidade da filosofia;--Filosofia na História;Problemas filosóficos;História dos afros brasileiros e africanos e sua importância para a história do

Brasil 2º ANO

Os conteúdos específicos estão interligados com os conteúdos estruturantes e a análise do tempo e espaço como:

Compreender o processo de teorias Liberais do Iluminismo, a filosofia das luzes, o contrato social de Rousseau, o Estado da Natureza Locke, Propriedades de Quesnay, a

Divisão de Trabalho de Adan Smith e a sua importância para a transformação do mundo econômico e político;

Compreender que a revolução inglesa foi o marco para a mudança da sociedade inglesa e da postura política do absolutismo para a monarquia constitucional inglesa e a

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participação da burguesia nas divisões políticas do país; a Revolução Francesa o movimento burguês que concretiza o poderio na França, e a sua ideologia espalha-se até a América influenciando na independência das colônias americanas Espanholas, Inglesa e Portuguesa.

Compreender a origem da revolução industrial ou sistema fabril, a urbanização, condição de trabalho de operários: crianças e mulheres, a formação da classe operária, a transição do trabalho escravo para o trabalho livre na América, no Brasil, a divisão internacional do trabalho, a consolidação do Estado Nacional Brasileiro, economia agrária exportadora, Paraná na economia nacional;

Identificar a diversidade nas relações de trabalhos existentes, suas transformações no decorrer do tempo histórico e seu vinculo com a realidade local, regional, nacional e mundial;

Identificar e comparar diferentes instrumentos e processos tecnológicos analisando seu impacto no trabalho e no consumo e sua relação com a qualidade de vida, ao meio ambiente e à saúde;

Reconhecer a existência e a ocorrência de discriminações e injustiças em situações de trabalho e consumo, adotando uma postura de repúdio contra todo tipo de discriminação de classe, origem, gênero e etnia;( povos afros e indígenas)

A formação do capital monopolista, a partilha da África e da Ásia, a superioridade europeia, a intervenção norte-americana na América, o Capitalismo brasileiro, a imigração no Paraná;

Analisar o continente Africano e Asiático sob a dominação europeia, a sua exploração, a modificação no modo de vida das populações nas relações políticas econômicas e sociais;

As contradições da ordem burguesa, o Socialismo, o sindicato, a organização operária institucional, Anarquismo e Sindicalismo na América, a classe operária no Paraná, a Comuna de Paris, a Revolução Alemã e Russa, a 1ª Guerra Mundial;

Favorecer o conhecimento de diversas sociedades historicamente constituídas, os seus conflitos, as suas lutas, por meio de estudos.

Conhecimento Filosófico;Conhecimento Científico;

3º ANO

Os conteúdos específicos estão articulados com os conteúdos estruturantes e com a análise do espaço e tempo como:

A crise do Liberalismo e a Polarização mundial, estados totalitários e as democracias ocidentais, a crise de 1929, Nazismo, Facismo, e Stalinismo, e Estado Novo no Brasil;

Questionar a crise do Liberalismo e a crise de 1929, o governo Getúlio Vargas no Brasil e seu Estado Novo;2ª Guerra Mundial, os dois blocos Capitalista dos Estados Unidos e Socialista da Rússia, e a formação dos blocos OTAN, ONU, Pacto de Varsóvia, a descolonização e a Guerra Fria;

Análise das lutas e as conquistas políticas travadas por indivíduos, classes, e movimentos sócio- econômicos;

Desenvolvimento e subdesenvolvimento - novas estratégias de dominação, a nova divisão do trabalho, as intervenções militares e guerras localizadas;

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O Capitalismo monopolista e a nova face da sociedade burguesa, a industrialização brasileira, o desenvolvimento na América Latina e no Brasil, as ditaduras militares;

Analisar os motivos que provocam as desigualdades sócio- econômicas dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos na nova ordem mundial;

A busca de outros caminhos, movimentos sociais no campo e nas cidades, as lutas sociais nos países desenvolvidos, a organização dos trabalhadores no terceiro mundo, Revoluções Chinesa , Cubana e Nicaraguense, o Socialismo contemporâneo, a dívida externa e dependência, e Brasil contemporâneo, na ordem Internacional;

Cultura e tecnologia: A Revolução entre o homem e a natureza, mas dimensões culturais materiais, individuais, coletivas, contemporâneas e históricas, envolvendo a construção de paisagens e o discernimento das formas de manipulação, o uso e preservação da flora, da fauna e recursos naturais, a produção do conhecimento técnico e a reprodução das desigualdades sociais.

Homem e cultura;Cultura brasileira;Ciência e ética;A História dos afros descendentes brasileiros e africanos e sua importância para

nossa cultura e povoamento brasileiro

METODOLOGIA

O trabalho de História deve ser permanente com reflexão, debate, análise, pesquisa, orientando em sala de aula, mostrando que a sociedade atual vive um presente contínuo e está relacionado com o passado e que neste mundo globalizado e informatizado, o educando necessita maiores conhecimentos.

Hoje a nossa sociedade exige do educando um ser integrado, isto é, “uma preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento”(LDB)

Para alcançar os objetivos faz-se necessário que a História e as demais disciplinas que compõem as denominadas Ciências Sociais, evitando a fragmentação do conhecimento.

Trabalhar com temas variados é fundamental e leva o aluno a compreender diferentes fontes e linguagem. Contribui também desenvolver as competências e habilidades, identificando as semelhanças, diferenças, mudanças e permanências existentes no processo histórico.

“As pesquisas históricas desenvolvidas a partir de diversidade de documentos e da multiplicidade de linguagem favorecem a aprendizagem de procedimentos de pesquisa, análise, confrontação, interpretação e organização de conhecimentos históricos escolares. Essas são experiências e vivências importantes para os estudantes distinguirem o que é realidade e o que é representação; refletem sobre a especialidade das formas de representação e comunicação utilizados hoje e em outros tempos e aprendem a extrair informações de documentos (das suas formas e conteúdos) para o estudo, a reflexão e a compreensão de realidades sociais e culturais - ( Parâmetros Curriculares Nacionais).

Os diálogos entre o ensino de História e o conhecimento científico redimencionam a importância social da área na formação dos estudantes. Valorizam as

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atitudes intelectuais dos alunos, o seu envolvimento nos trabalhos e o desenvolvimento de sua autonomia para aprender. Instigam também a reflexão crítica na escola e na sala de aula sobre suas práticas, seus valores e seus conhecimentos, aprofundando as relações do seu cotidiano com contextos sociais específicos e com processos históricos contínuos e/ ou descontínuos.

A construção de noções interfere nas estruturas cognitivas do aluno, modificando a maneira como ele compreende os elementos do mundo e as relações que esses elementos estabelecem entre si, isto quer dizer que possibilita ao estudante construir noções, mudanças no seu modo de entender a si mesmo, os outros, as relações sociais e a História.

Os novos domínios cognitivos interfere nas relações pessoais e sociais, compromissos, afetividades com os colegas, os valores e as gerações do passado e do futuro.

Assim, o ensino da História pode favorecer a formação do estudante como cidadão para que assuma formas de participação social, política e atitudes críticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os limites e as possibilidades de sua atuação na sociedade em que se insere.

Essa mudança comportamental sensibiliza o estudante a reconhecer e valorizar a diversidade cultural. Ela estimula a criatividade, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade. Evitar o conhecimento concentrado no “chip” do computador que vai se impondo na atualidade.

A estética da sensibilidade quer também educar pessoas que saibam transformar o uso do tempo ocioso num exercício produtivo. Aprendam a fazer do prazer um exercício de liberdade responsável e que deva ter significado universal aos conteúdos da aprendizagem.O contexto do trabalho é imprescindível para a compreensão dos fundamentos científico tecnológicos dos processos produtivos a que se refere o artigo 35 da LDB. O trabalho já não é mais limitado ao ensino profissionalizante, independe de sua origem ou destino sócio profissional, devem ser educados na perspectiva do trabalho enquanto nas atividades humanas, no campo de preparação profissional, no espaço da cidadania, no processo de produção de bens e conhecimentos. Para tanto deve contextualizar no mundo do trabalho, visando a interação do ser humano com a natureza, assim como exemplo a “Globalização, o neoliberalismo”, na economia atual e a sua influência no meio em que vive, a “questão da terra” e a “Reforma Agrária no Brasil”.

E, portanto, ancorando na ética, incorporando a estética e a política, que está a possibilidade de construir uma pedagogia de qualidade e integradora.

É tarefa do professor criar situações de ensino para que os alunos estabeleçam relações entre o presente e o passado, entre o particular e o geral, entre as ações individuais e coletivas e as articulações sociais; Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas ideias e opiniões, dúvidas e ou hipóteses sobre o tema em debate, valorizando seus conhecimentos.

AVALIAÇÃO

Os alunos terão um registro representado por uma nota depois de ter sido submetido a avaliação conforme descrita acima. A nota é uma exigência da lei, o que

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vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção.

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.

BIBLIOGRAFIA

DIRETRIZES CURRICULARES DOS ESTADO DO PARANÁPARANÁ, Secretaria de Educação- Currículo Básico para a escola pública 2008RIBEIRO, Luiz Carlos – Currículo Básico : História e Ideologia. História e CulturaBAKHTIN, MIKHAIL- Cultura Popular na Idade Média.

FÍSICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física é uma ciência natural, fruto da construção da coletividade humana em processo de desenvolvimento, tendo como base o senso comum que leva o aluno a desenvolver o saber escolar.

O conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou viveram em determinado contexto histórico, faz parte da cultura social humana e é direito do aluno conhecer.

A Física, incorporada à cultura e integrada como instrumento, tecnológico, torna-se indispensável à formação da cidadania , contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico “capaz de compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia, compreendendo a cultura científica e tecnológica de seu tempo.

O ensino da Física deve assegurar a competência investigativa, resgatando o espírito questionador e o desejo de conhecer o mundo em que habita, contribuindo para a formação de uma cultura científica efetiva que permita ao aluno interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação.

A Física deve ser valorizada nas dimensões : histórica que possibilita a visão da ciência como construção humana, compreendendo a construção do conhecimento físico como processo histórico em estreita relações com as condições sociais, políticas e econômicas de determinada época. A dimensão filosófica da ciência não pode ser ignorada no processo educativo, mas sim explorada, revelando a beleza e sua importância, pois permite o dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza, contribuindo para repensar a própria disciplina. Ela tem valor tanto para o professor na construção de sua concepção de ciência como para reflexões na hora da abordagem em sala de aula.

Com a finalidade de atender plenamente o objeto da Física, os conteúdos estruturantes da disciplina estão divididos em :MOVIMENTO que está ligada às

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questões externas ao meio científico, permitindo a compreensão dos fenômenos relacionados ao cotidiano do aluno e também às questões antigas que são importantes serem vistas; TERMODIMÂNICA: seus estudos baseiam nos conceitos de temperatura, calor, entropia e das relações entre calor e o trabalho mecânico. Pelo seu estudo é possível o entendimento do mundo microscópico da matéria, abrindo novos e vastos campos de estudos; ELETROMAGNETISMO : seu conhecimento e aplicação estão ligados à compreensão da natureza e também das inovações tecnológicas surgidas na atualidade. Esses conteúdos “desenvolvidos permitem o aprofundamento, a contextualização e as relações interdisciplinares, os avanços da física dos últimos anos e as perspectivas de futuro”.

O conhecimento da Física deve ser explicitado como um processo histórico, objeto de contínua transformação e associado com outras formas de expressão e produção humana, incluindo a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos técnicos ou tecnológicos do cotidiano doméstico, social e profissional.

O que se deve fazer em Física, é dar novas dimensões promovendo em conhecimento contextualizado e integrado à vida de cada educando, explicando uma Física que está presente na queda de corpos, movimento da lua, imagens de televisão, na conta de luz, no consumo diário, etc., considerando o mundo vivencial dos educandos, na realidade próxima ou distante, os objetos e fenômenos com que efetivamente lidam ou os problemas e indagações que movem sua curiosidade, este deve ser o ponto e partida e também o de chegada.

O Ensino Médio é um momento particular no desenvolvimento cognitivo os jovens para tanto o aprendizado da Física pode favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações tanto no sentido prático como no conceitual.

A percepção do saber físico como construção humana, constitui-se necessárias para que se promova a consciência de uma responsabilidade social, portanto há a necessidade de se desenvolver habilidades que desenvolvam a capacidade de preocupar-se com o todo social e com a cidadania, onde o aluno reconhece-se como cidadão participante, bem como desenvolver atitudes necessárias para avaliar a veracidade de informações ou para emissão de opiniões e juízo de valor em relação à situações sociais cujos aspectos são relevantes.

OBJETIVO GERAL

Reconhecer que o conhecimento científico e o tecnológico, como resultado da construção, inserida em um processo histórico e social, utilizando modelo explicativos para fenômeno ou sistemas naturais ou tecnológicos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Reconhecer e utilizar adequadamente na forma oral e escrita símbolos, códigos, e nomenclaturas da linguagem científica;

- Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações de sentenças, equações, esquemas diagonais, tabelas, gráficos ;

- Consultar, avaliar e interpretar textos de ciência e tecnologia veiculadas por diferentes meios;

- Elaborar comunicações orais e escritas para relatar, analisar e sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, questões ,entrevistas, visitas e

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correspondência;- Analisar, argumentar e posicionar criticamente em relação a temas da ciência e

tecnologia;- Identificar em dada situação problema, as informações ou variáveis relevantes e

possíveis estratégias para resolver;- Reconhecer e utilizar modelos explicativos para fenômenos ou sistemas naturais

ou tecnológicos. CONTEÚDOS

Os conteúdos específicos da disciplina de Física estão elencados a partir dos conteúdos estruturantes : MOVIMENTOS, TERMODINÂMICA E ELECTROMAGNETISMO, que serão abordados de forma integrada quando possível.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MOVIMENTO, TERMODINÂMICA E ELECTROMAGNETISMO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MOVIMENTO1º ANO

TERMODINÂMICA2º ANO

ELETROMAGNETISMO3º ANO

ENTIDADES FUNDAMENTAIS

TEMPO, ESPAÇO E MASSA

CALOR CARGA, POLOS MAGNÉTICOS E CAMPOS

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Inércia,Momentum de um corpo, a variação do momentum e suas conseqüências

Temperatura e calor, conservação da energia

As quatro Leis de Maxwel, a luz como uma onda eletromagnética

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Movimentos Retilíneos;Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa; Conservação do momentum, variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton- idéia de força; Conceito de Equilíbrio e a 3ª Lei de Newton, potencia; A energia e o

Temperatura e sua medida;Leis da Termodinâmica; Lei zero da Termodinâmica;Equilíbrio térmico; Medidas de temperatura; 1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia; 2ª Lei da Termo: máquinas térmicas.As ondas eletromagnéticas: a luz como uma onda eletromagnética; Propriedades da luz como onda e como partícula:

Conceitos de carga elétrica e pólos magnéticos; As Leis de Maxwel; Lei de Coulomb, Lei de Ampere e Lei de Lenz; Campos elétricos e magnéticos; as linhas de campo; Força elétrica e magnética; Força de Lorentz; Circuitos elétricos e magnéticos; Fontes de Energia num circuito

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princípio da conservação da energia GRAVITAÇÃO

dualidade onda/partícula; Óptica Física e Geométrica; A dualidade da Matéria; As interações eletromagnéticas; A estrutura da Matéria

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

No ensino da física o problema não é elencar novas lentes de tópicos de conteúdo, e sim dar ao ensino desta, novas dimensões significando promover um conhecimento contextualizado e ligado à vida de cada aluno, onde se leva em conta os conhecimentos já adquiridos pelo mesmo, nas concepções prévias de conceitos físicos constituídos fora da escola assim como suas concepções acerca do mundo em que vive.O conhecimento da física em si mesmo não basta como objetivo, deve ser entendido sobretudo como um meio, um instrumento para compreensão do mundo, podendo ser prático permitindo ultrapassar um interesse imediato.

O ponto de partida para o estado da física é identificar questões e problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação e organização dos fatos e fenômenos a nossa volta, segundo os aspectos físicos e funcionais relevantes.

No ensino da física podemos considerar algumas estratégias que de adequam mais diretamente às diretrizes apontadas e, ao mesmo tempo, reforçam seu significado: como partir aos elementos vivenciais, do mundo conhecido do aluno através de levantamento temáticos ou outra forma de diálogo que possibilitem explicar às gerações do mundo com a física, utilizar meios de formação contemporânea dispensáveis na realidade do aluno; utilizar o saber vivencial de profissionais especialistas tecnólogos através de entrevistas com outras formas de contato com fontes de aquisição do conhecimento incorporado as suas respectivas práticas; propor e envolver os alunos em projetos coletivos de continuação do conhecimento em torno de temas amplos, habitação transporte em torno de temas interdisciplinares mais próximos da física como produção, distribuição e uso social da energia.

A experimentação é outra forma metodológica que deve ser utilizada, pois privilegia o fazer, manusear, operar, agir em diferentes formas e níveis. Isso inclui retomar o papel da experimentação atribuindo uma maior abrangência para além das situações convencionais de experimentação em laboratório. Experimentos podem significar, observar, situações e fenômenos a seu alcance, desmontar objetos tecnológicos, construir aparelhos e outros objetos simples, etc.

A utilização de diferentes formas de expressão desde a elaboração de textos ou jornais, o uso de vídeo, e até o linguagem corporal são também práticas pedagógicas que devem ser realizadas no ensino médio, e assim como estimular o uso adequado dos meios tecnológicos como formas de representar, sistematizar e produzir conhecimentos que podem ser relacionados com outras formas de saber, discutindo e explicitando a natureza de saberes diferentes e suas abrangências.

Outra proposta que deve ser considerada e desenvolvida é a responsabilidade social através da qual poderemos estimular a efetiva participação e responsabilidade, ao discutir possíveis ações na realidade em que vivem desde a difusão de conhecimentos e

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ações de controle ambiental ou intervenções significativas no bairro ou localidade. De forma que os alunos sintam de fato detentores de um saber significativo.

O conhecimento físico tem caráter altamente estruturado requerendo uma competência específica para lidar com o todo sendo necessário desenvolver a capacidade de elaborar síntese através de esquemas articuladores dos diferentes conceitos, propriedades ou processo, através da própria linguagem física.

AVALIAÇÃO

A avaliação aqui terá um caráter formativo que deverá fornecer ao professor o progresso pessoal do aluno e sua autonomia para aprender integrado ao processo ensino-aprendizagem, propiciando ao aluno consciência de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento e ao professor possibilidade de controlar e melhorar sua prática pedagógica.

Os conteúdos da aprendizagem abrangem os domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, o objeto da avaliação será avaliar o progresso do aluno quanto a estes domínios.

A avaliação em Física deve ter como parâmetro o conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos, a capacidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em interações do cotidiano, as habilidades de pensamento para analisar, comparar, generalizar, inferir, refletir, sintetizar e concluir, emitir juízo de valor em relação às situações sociais que envolvam aspectos físicos e/ ou tecnológicos relevantes.

A avaliação será um processo contínuo e diagnóstico que sirva à permanente orientação da prática docente. Devem incluir registros, comentários da produção coletiva e individual do conhecimento, sendo um processo que conte com a participação do aluno. A nota como resultado da avaliação é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem até chegarem a essa menção.

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.Resultando de todo esse processo o registro bimestral de uma nota .BIBLIOGRAFIA

*BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96, Brasília, 1996. *BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio, Brasília: MEC/Sentec, 2002.*DIRETRIZES, Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008( química) BAIRD,C. Química Ambiental, 2ª edição, Porto Alegre, Bookman, 2002.CHASSOT. A. A Ciência através dos tempos, 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2004.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A língua estrangeira moderna vem sendo crescentemente demandada como pré-requisito para situações de contato e de relacionamento humano, quer comerciais ou não, isto é, não se cogita mais o aprendizado do inglês somente, porém, além dele, espera que o indivíduo domine também um segundo idioma moderno, no que o espanhol vem despontando como Segunda opção.

Os benefícios adquiridos pelo indivíduo que tem formação em língua estrangeira são imensos. Culturalmente, este indivíduo possui uma visão mais diversificada da realidade mundial, o que intensifica sua capacidade de análise das situações vigentes ao redor do globo. Tal indivíduo pode desenvolver sua capacidade de tolerância à diversidade mundial, a partir da interação com os modos e costumes da cultura do outro. Psicologicamente, qualidades como a autoconfiança, capacidade de expressão e relacionamento, além de um maior desenvolvimento cognitivo, que podem ser trabalhados a partir da aprendizagem de uma língua estrangeira.

A partir da década de 70, com o desenvolvimento das abordagens nocionais/funcionais e comunicativas, e com o evidente interesse em pesquisas na área de aquisição da linguagem, configura a atual tendência do ensino/aprendizagem de língua estrangeira, centradas no sujeito, o que redimensiona nossa compreensão da língua como objeto, trazendo para o cerne da ação pedagógica questões como: prevalência da semântica sobre a forma linguística (Hymes, 1972); a preocupação com o inatismo (ou não) das competências a serem desenvolvidas pelo sujeito (Chomsky, 1965); clara distinção entre regras gramaticais e uso da língua alvo (Widdowson, 1978); a língua do falante aprendiz como objeto de estudo (Selinker, 1972); a sua competência comunicativa e performance, em que se articulem conhecimento da língua e o uso dela (Bachman, 1990); a negociação dos sentidos no limite dos vários tipos de ideologias do discurso (Mascia, 2003) ou a comunicação intercultural subjacente entre falantes nativos e não nativos (Gimenez, 2001).

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O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de língua estrangeira em relação às demais obrigatórias do currículo;

O resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no currículo da Educação Básica;

O respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural(SEED, 2006)

Portanto, a partir destes pressupostos, podemos concordar mais uma vez com as diretrizes propostas, quando estas definem a prática pedagógica como promotora de uma escolarização que tenha “o compromisso de prover os aos alunos os meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação”.

A aprendizagem de uma língua estrangeira possibilita aumentar a percepção do aluno como ser humano e como cidadão integrante de uma sociedade participante, ativo no mundo dando acesso à ciência, as tecnologias modernas, a comunicação intercultural, ao mundo dos negócios e a outros modos de se conceber a vida humana.OBJETIVOS GERAIS

A ação didático pedagógica da disciplina, centrada no aprendiz, visa a:Viabilizar a participação consciente do aluno nos processos de interação

necessários à aquisição/aprendizagem de Língua Estrangeira;Inserir criticamente o aluno no contexto cultural que permeia o uso da língua

alvo como instrumento de interação;Mediar o contato do aluno com a língua-alvo, através da diversificação e

negociação dos conteúdos e das formas de avaliação;Fornecer os meios e os instrumentos pelos quais o aprendiz de Língua

Estrangeira possa construir automaticamente seu percurso como indivíduo competente e plenamente inserido na comunidade dos usuários da língua estrangeira estudada.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos marcado por relações sociais, o conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o Discurso como prática social, que a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas de leitura, de oralidade e de escrita. Para que os alunos percebam a inter discursividade, as condições de produção dosdiferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de organização linguística – fonético fonológico, léxico semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não verbal. Sob tal pressuposto, o trabalho em sala de aula deve partir de um texto num contexto de uso, sob a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas. Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso.

Os textos para os anos do Ensino Médio devem contemplar o nível de complexidade e de amadurecimento dos alunos.

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Precisamos observar que os conteúdos específicos das séries do Ensino Médio dependem de uma ação pedagógica que seja problematizadora, por tanto, ao escolher seus textos, o professor pode pautar pelas temáticas a seguir:

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO POR BLOCOS 1ª , 2ª e 3ª ANOS

1º ano

• tecnologia, informática, ciências em geral;• vida profissional, carreira, conduta profissional;• saúde, esporte, meio ambiente;• o mundo globalizado, semelhanças e diferenças

culturais, questões de gênero e de raça;

2º ano

• arte e entretenimento;• comportamento, moda, mídia;• sociedade, política, organizações internacionais;• relacionamento familiar, social, institucional;• aspectos linguístico discursivos pertinentes a cada

um dos temas acima relacionados ou de outros não contemplados.

Além de temática variada, é preciso que o professor esteja atento à seguintes perspectivas quanto a:

3º ano

1. gêneros textuais.2. percepção do conteúdo vinculado,

interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados, intencionalidade, valor estilístico e condição de produção.

3. elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual, encadeamento de idéias e coerência do texto.

4. variedades linguísticas, diferentes registros e graus de formalidade.

5. diversidade cultural interna e externa, ou seja, entre as comunidades de língua estrangeira e/ou as de língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade.

6. conhecimentos linguísticos, ortografia, fonética e fonologia, elementos gramaticais.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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O emprego do texto como ferramenta primordial para o ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira nos impõe a necessidade de obedecer alguns encaminhamentos metodológicos importantes:

Como o texto é um espaço para discussão de temáticas, é preciso respeitas as diferenças de culturas, crenças e valores, os quais são fomentadores do desenvolvimento da prática social, cidadã e ética; É importante trabalhar temas referentes a questões sociais emergentes, no entanto, há de se superar a crença de que só são assuntos pertinentes de sala de aula as questões em torno de saúde, meio ambiente, meio familiar e social; É preciso considerar que o trabalho com textos em contexto de uso, ou seja, textos autênticos, por si só não constrói significados ou suscita a consciência crítica, mas é a atitude problematizadora daquele que lê e se enreda no texto; O privilegiamento do uso do texto em LE não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento da oralidade e da escrita; Paralelamente ao uso do texto, deve também utilizar outros recursos que permitem interações visuais, sinestésicas ou auditivas em relação à LE; A inferência é o processo cognitivo pelo qual se dá a leitura discursiva e a produção de novos conhecimentos, ou seja, todo conhecimento do professor deve Ter como base cognitiva o objetivo de levar o aluno a inferir; O papel da gramática relacionar ao entendimento dos procedimentos de construção de significados; Para as série do Ensino Fundamental (as iniciantes principalmente) pode ser interessante trabalhar com textos que tragam um maior número de palavras transparentes; É imprescindível que o aluno de LE esteja bem familiarizado com o uso de dicionários e que esteja acostumado a usar; Como exemplo do estudo da gramática implícita, pode sugerir que após a leitura de um texto com frases complexas, a comparação entre essas frases e sua tradução pode ser promotora da consciência linguística do aprendiz; No Ensino Fundamental o foco do desenvolvimento da consciência lingüística na língua-alvo exigirá o uso da língua materna como suporte, o que será absolutamente invertido no caso do Ensino Médio; A produção de textos pelos alunos deve surgir dos conteúdos dos textos trabalhados em sala, sendo um processo dialógico ininterrupto, em que alguém constrói uma representação semântica para outrem. Deve estudar comparativamente as unidades temáticas, linguísticas e composicionais dos diversos tipos de texto; O estudo do texto precisa valorizar o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos; Deve adotar uma abordagem intercultural ao se comparar a cultura da língua-alvo e da língua materna, naquilo em que se assemelhem ou não; O uso do livro didático não está descartado, porém dá de se destacar a necessidade do uso crítico do mesmo, assim como de qualquer outro recurso (internet, vídeos, músicas, jogos.)

AVALIAÇÃO

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No processo avaliativo, a avaliação diagnóstica assume uma função estratégica fundamental na fase de coleta e seleção de textos, pois a partir dela será traçado o percurso para a construção de significados em LE. Na fase de avaliação diagnóstica o professor deve realizar um levantamento dos interesses temáticos de cada turma/ano bem como também avaliar os aspectos positivos e/ou negativos relativos às habilidades de leitura, oralidade e escrita.

Os instrumentos avaliativos devem estar consoantes com os objetivos do processo de ensino, oportunizando ao aprendiz os meios para que este demonstre individualmente seu crescimento/amadurecimento, descartada qualquer possibilidade de se usar a avaliação como mero medidor, quantificador do saber do aluno. Ao contrário, a avaliação deve facilitar os meios para que o aluno mostre os erros que comete, para que a correção sirva como instrumento de análise, discussão, mudança e amadurecimento.

Logicamente, tendo em vista toda a proposta aqui apresentada, não poderíamos deixar de mencionar que a produção textual do aluno deve ser o grande carro-chefe do processo de avaliação do professor. Assim sendo, as frases de escritura, correção e re-escrita do texto do aluno são essenciais ao desenvolvimento do mesmo enquanto produtor de texto. Sem deixar de lado, porém, o emprego de outros instrumentos mais tradicionais (provas, pesquisas, seminários.).

Além disso, é preciso mencionar que toda modalidade de avaliação em equipes é válida, não apenas como promotora de interação, mas como facilitadora do bom desempenho do aprendiz.

Teremos um registro bimestral, sob forma de nota de avaliação devido à exigência da lei, mas para chegarmos a ela percorreremos todos os caminhos mencionados.

Para o aluno que não atingir os objetivos propostos dos conteúdos selecionados será ofertada a recuperação paralela tendo por meta a recuperação do conteúdo em primeiro lugar, para posterior recuperação de nota.

BIBLIOGRAFIA

DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, 2008BRANDÃO, H.N. Introdução à análise do discurso 6ª Edição Campinas, 1997-01-01CELANI, M.A A As Línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos CurrículosCORACINI, M,J O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e Língua estrangeira- Campinas : Pontes 1995.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL

CURSO DO CELEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O momento histórico que vivemos exige do cidadão conhecimentos abrangentes, entre eles, está o de Língua Espanhola. Sendo assim o ensino de Língua Estrangeira no ensino Médio tornou um direito, pois vem contribuir para a formação do aluno através de conhecimentos históricos, sociais e culturais.

Segundo a proposta assumida por este estabelecimento de ensino, que é o de assegurar ao aluno o direito ao conhecimento como construção histórica, política e social para a formação do cidadão crítico e consciente é que percebemos a necessidade de ofertar o ensino de Língua Espanhola .

Ao longo dos anos e segundo as leis que nortearam e norteiam a Educação Brasileira, o ensino da Língua Estrangeira esteve na maioria das vezes relegado a um segundo plano, sem opção para o aluno.

Diante das exigências da atualidade , este pensamento já não é mais possível. Vivemos uma nova realidade, o desenvolvimento econômico e político exige que falar espanhol também é uma necessidade, que em agosto de 2005 o atual presidente da Republica sancionou a Lei 11.161 com o objetivo de implantar nas escolas públicas, num prazo de cinco anos o Espanhol.

O momento exige novas metodologias de ensino, que devem ser seguidas de acordo com as Diretrizes Curriculares do Ensino da Língua Estrangeira Moderna para as escolas públicas paranaense, um processo de construção de significados reais e não mais uma prática de decifrar códigos lingüísticos.

O ensino de Língua Estrangeira deve proporcionar ao aluno todo o universo de significados que uma língua possa transmitir, isto é , a história , as, as práticas sociais do cotidiano, todo processo cultural amparado pela forma de comunicação de um grupo social, sua língua que é o bem maior de um povo que transmite conceitos, ideologias,

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sentimentos, formas de viver que não podem estar dissociadas do ensino de línguas, pois cada conceito tem seu registro próprio.

Portanto , o ensino e aprendizagem de Língua Espanhola, parte da premissa que o ensino de uma ou mais língua estrangeira oferece ao cidadão um universo de conhecimentos e não apenas regras gramaticais. Sendo assim , estará de acordo com a filosofia da escola e o que contempla as Diretrizes estabelecidas pelo Estado do Paraná, que é a formação do cidadão crítico e consciente, capaz de fazer conjecturas entre seu meio e o do outro, pois o respeito a cultura de qualquer povo, somente surge com o seu conhecimento.

O Ensino de Língua Espanhola vem contribuir para o enriquecimento de saberes do aluno, pois além de estudar em outras disciplinas sobre o MERCOSUL, terá a oportunidade de conhecer a diversidade cultural de cada país que o compõe e de outros que formam a América de língua hispânica.

OBJETIVOS GERAIS- Oferecer condições para que o aluno seja capaz de aprender a língua ,com todo o

universo de significados que esta língua possa oferecer;- Possibilitar ao aluno a utilização da língua em situações reais de comunicação ,

produção e compreensão dos textos verbais e não verbais, registrando adequadamente cada situação de comunicação;

- Propiciar a construção de identidade , com responsabilidade e consciência de que não há sociedade melhor ou pior, mas sim povos com diferentes formas de vivência;

- Interagir com as habilidades propostas para o ensino de línguas: ouvir, entender, comunicar, fazer, ler as entrelinhas e registrar ideias e opiniões.

CONTEÚDOS

Estudo da formação da língua Espanhola, sua consolidação, como língua nacional em seu contexto histórico e cultural

Semelhanças e diferenças entre a Língua Espanhola falada na Espanha e na América espanhola em seu contexto histórico cultural Influência de outras línguas na formação da Língua Espanhola nas Américas Estruturas comunicativas : formal e informal

Componente Cultural:

Histórico e sua diversidade nos diferentes países de fala hispânica com suas semelhanças e diferenças, vestuários, saúde, alimentação, meio ambiente, moradias, festejos populares e a diversidade religiosa

1º SEMESTRE

Saludos e despedidasEl abecedário

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Artículo y contraccionesDías, meses y estaciones Del añoLéxico: sala de clase, casa, escuela, prendas de vestir y el cuerpo humanoVerbos: presente de indicativo, verbos regulares y irregularesAdjetivos y pronombresLãs horasComponente cultural: países hispanohablantes

2º SEMESTRE

Léxico: barrio, tiendas, puntos turísticos, los alimientos y saludVerbos en pretérito, regulares e irregularesPresente de indicativoReglas de acentuaciónAdverbios de lugarVerbos reflexivos y pronominalesComponente cultural: fiestas y vestimentas

3º SEMESTRE

Futuro del presente de indicativo, verbos regulares e irregularesRedacción de notas, cartas y otras formas comunicativasComplemento directo y indirectoPreposicionesLéxico de medios de transporte y sus utilizacionesExpresiones idiomáticasConjuncionesGéneros textualesComponente cultural: gastronomia

4º SEMESTRE

El imperativo y sus usosUsos específicos de tiempos de subjuntivoApócopesSinônimos y antónimosGéneros textuales: publicidad, anunciosSufijosComponente cultura: puntos turísticos

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo da Língua espanhola possibilita ao aluno a inserção no universo histórico cultural do mundo hispânico, tão distanciado até o presente momento. Para isso se faz necessário o contato com a língua e seu contexto sócio cultural através das informações contidas em textos com temas diversificados.

Assim sendo a leitura é um processo pelo qual o aluno toma conhecimento de determinado assunto e, a partir disso, discute e questiona sobre o tema. Portanto os textos utilizados devem ser atuais e que apresentem informações relevantes, sendo estas

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representação da realidade em toda sua diversidade possível dentro de um grupo social e de seu povo. Com isso, fazer conjecturas com seu próprio meio.

A partir da leitura, o discurso , o registro de ideias e a interação será uma consequência lógica somada à audição ( exposição do assunto pelo professor). Estas habilidades, contemplam as propostas de ensino de Língua Estrangeira Moderna, apresentadas nos documentos oficiais da escola pública paranaense.

A conscientização do uso da linguagem, será realizada através de textos variados, porém com termos transparentes, considerados de compreensão moderada no primeiro ano, para o segundo ano textos variados como contos, propagandas e de revistas que contenham um maior grau de dificuldade na sua apresentação lexical. Com isto, exige do aluno também mais reflexão sobre o tema e o uso linguístico.

Os textos literários, científicos e de jornais que exige do aluno um conhecimento maior, mais tempo de leitura r reflexão, serão para o terceiro ano , pois exigirá a interação com o meio de forma mais profunda, que as etapas anteriores.

Os estudos de gramática serão contextualizados a partir da necessidade de cada tema e de cada grupo. Privilegia a interação com o texto e o entendimento do universo de significados que este possa oferecer, portanto, o estudo de regras gramaticais não serão preconizados, mas sim a criticidade que pode extrair de um texto

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada a partir da perspectiva do envolvimento do aluno no processo de aprendizagem de Língua Estrangeira e na construção de significados, da prática discursiva e seu registro. Para tanto , a prática da audição e da leitura torna imprescindível, e com isso a interação deste conjunto de saberes.

A avaliação será processual a partir de: leitura e prática discursiva ,registros escritos de opiniões e críticas, conversação em grupo, pesquisas de assuntos propostos temas e sua apresentação, resolução de exercícios e atividades propostos em cada tema, avaliação diagnóstica ao longo do processo ensino e aprendizagem.

O objetivo da avaliação, portanto, será o de verificar o conhecimento adquirido , sendo assim progressiva a partir da cognição, construção e produção significativa na comunicação

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SECRETÁRIA de Educação do Estado do Paraná. Ensino de Língua Moderna Estrangeira Diretrizes Curriculares, 2008.CELANI, M.A.A . As Línguas estrangeiras e a ideologia sujacente `Organização dos Currículos da Escola Pública.FARACO, C.A (ORG) Diálogos com Bakhtin - Curitiba

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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo estudiosos, pensar o ensino de Língua Portuguesa significa observar a realidade que permeia todos os atos cotidianos realizados pela linguagem. Afinal, ela nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular as relações que estabelecemos com o mundo e também a visão que construímos sobre o mundo.

As diretrizes propostas assumem uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema de formas(...), mas abre para a sua condição de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos”(RODRIGUES,2005, p.156). Nesse sentido, a linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. Tendo como base teórica as reflexões do Círculo de Bakhtin a respeito da linguagem, defende que:

Segundo Bakhtin, é preciso entender o ensino de Língua Portuguesa como interação entre falantes, considerando as modalidades da língua: oral e escrita. O domínio de duas modalidades é fundamental para a participação efetiva do cidadão em sociedade. Por meio delas, o homem se comunica, tem acesso à informação expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Portanto, o papel da escola no aperfeiçoamento da língua oral e no domínio da escrita é extremamente importante, garantindo a todos os alunos o acesso a saberes linguísticos necessários ao exercício da cidadania.

Sendo a linguagem forma de ação inter individual com finalidades específicas, sendo um processo de interlocução efetivada nas práticas sociais dos mais diferentes grupos, então, toda educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem, que satisfaça necessidades pessoais, que podem estar relacionadas às ações do cotidiano, à transmissão e busca de informações, ao exercício da reflexão. Viabilizar o acesso do

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aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzir e a interpretar, utilizar a linguagem oral nas diversas situações comunicativas.

Considerando a língua enquanto discurso como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo desta disciplina é a Língua Portuguesa e o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social, pois só adquirimos consciência por meio da linguagem e é através dela que os sujeitos começam a intervir no real. E dentro desse conteúdo estruturante, devem ser propostos os conteúdos básicos como: gêneros discursivos, a prática da oralidade, da leitura, da escrita e a reflexão sobre a língua.

Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas em manuais, mas sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005, p.157). O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.

A oralidade deve ser explorada nos trabalhos com a Língua Portuguesa considerando que a criança, quando chega à escola, já domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias. O que a escola precisa considerar nessa prática é a imensa diversidade linguística de localização geográfica, faixa etária e situação socioeconômica, escolaridade, etc. (POSSENTI, 1996). O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas.

Quanto ao trabalho com a escrita, Antunes (2003) salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, considerando que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes” (Antunes, 2003, p.47). Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição. O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas.

O trabalho com a Literatura, segundo Candido (1972), é vista como arte que transforma/humaniza o homem e a sociedade. O mesmo autor apresenta três funções para a literatura: a psicológica, que permite ao homem a fuga da realidade, mergulhando num mundo de fantasias, o que possibilita momentos de reflexão, identificação e catarse; a formadora, que atua como instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela ideologia dominante; e a social, que faz conhecer a forma como a sociedade se organiza em diferentes segmentos sociais e humanos.

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado na escola deve voltar para a observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico, extrapolando o tradicional da palavra e da frase, buscando na análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua), e os elementos extra verbais (as condições e situação de produção) atuam na construção de sentido do texto.

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Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo como foco essa concepção de linguagem, implica na necessidade da escola promover, por meio de textos com diferentes funções e esferas sociais, o letramento do aluno para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita e o professor de Língua Portuguesa, segundo Neves precisa[...] saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão (NEVES, 2003, p.89)É nas práticas sociais e linguísticas significativas que se dá o uso da linguagem e a construção ativa de novas capacidades que possibilitando domínio cada vez maior de diferentes padrões de fala, escuta, escrito, etc.

OBJETIVOS GERAIS

Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e na escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva, garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inalienável de todos;

Desenvolver a capacidade de reconhecer os usos da língua como forma de veicular, questionar e construir valores, respeitando as diferenças e melhorando a qualidade de suas relações pessoais e rejeitando atitudes preconceituosas e discriminatórias de todo tipo.

Valorizar a literatura africana, afro-brasileira e indígena, reconhecendo a importância das mesmas na nossa linguagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

- Analisar e refletir sobre os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico discursivos;

- Conhecer e usar diversas linguagens presentes no dia a dia ;- Criar condições para que os alunos desenvolvam a capacidade de

compreender, interpretar e produzir textos orais e escritos;- Compreender a natureza como código/sistema de escrita ( alfabético e

aspectos notacionais) e o funcionamento da linguagem (aspectos discursivos);- Aprimorar a capacidade de compreender e praticar reflexões sobre o uso das

convenções da língua formal(gramática, léxico, morfologia, sintaxe) e sua organização para ampliar as capacidades de uso;

- Trabalhar com obras literárias brasileiras e outras que abordem a cultura afro-descendente e a indígena.

CONTEÚDOS

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Um dos objetivos da Língua Portuguesa é a expansão das possibilidades do uso da linguagem. As capacidades a serem desenvolvidas estão relacionadas às habilidades lingüísticas básicas: falar, escutar, ler, e escrever. Dessas habilidades resultam os conteúdos básicos, os conhecimentos fundamentais para cada série do Ensino Médio considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno durante sua escolarização, na qual encontra o trabalho pedagógico do professor, organizado em torno dos conteúdos de língua oral, prática da escrita, prática da leitura, reflexão linguística e literatura.

O Conteúdo estruturante da Língua Portuguesa é o discurso enquanto prática social e, dentro deste, temos os conteúdos básicos que são: gêneros discursivos, práticas de leitura, da oralidade, da escrita e da análise linguística.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL1ª ano 2ª ano 3ª anoConteúdos Básicos Conteúdos Básicos Conteúdos Básicos• Gêneros discursivos

-crônica;-conto;-estrutura do conto;-romance;-estrutura do romance;-poema;-estrutura do poema;-fábula;-carta pessoal;-relato pessoal;-relatório científico;-seminário.

Leitura• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Intencionalidade;

• Gêneros discursivos-Poema;-Contos de terror;-Romance;-Notícia;-Boletim de ocorrência;-Seminário;-Carta pessoal;-Texto de opinião;-Paráfrase;-Resumo;-Filme.

Leitura• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;

• Gêneros discursivos-Literatura de cordel;-Debate regrado;-Resenha;-resumo;-Seminário;-Artigo de opinião;-Carta do leitor;-Charge;-Carta de reclamação;-Carta de solicitação;-Reportagens;-Infográfico;-Notícias;-Resposta interpretativa;-Resposta argumentativa;-Boletim de ocorrência.-Conto;-Romance;-Filme;-Poema.

Leitura• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Intencionalidade;• Argumentos do texto;

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• Argumentos do texto;• Contexto de produção;• Intertextualidade;• Vozes sociais presentes

no texto;• Discurso ideológico pre-

sente no texto;• Elementos composicio-

nais do gênero;• Contexto de produção

da obra literária;• Marcas linguísticas: co-

esão, coerência, funçãodas classes gramaticaisno texto, pontuação, re-cursos gráficos como aspas, travessão, negri-to;

• Progressão referencial;• Partículas conectivas do

texto;3. Relação de causa e

consequência entre partes e elementos do

texto;4. Semântica:- operadores argumen-tativos;- modalizadores;- figuras de linguagem.

ESCRITA4. Conteúdo temático;5. Interlocutor;6. Finalidade do texto;7. Intencionalidade;8. Informatividade;9. Contexto de

produção;10. Intertextualidade;11. Referência textual;12. Vozes sociais

presentes13. No texto;14. Ideologia presente

no

• Intencionalidade;• Argumentos do texto;• Contexto de produção;• Intertextualidade;• Vozes sociais presentes

no texto;• Discurso ideológico

pre- sente no texto;• Elementos composi-

cionais do gênero;• Contexto de produção

da obra literária;• Marcas linguísticas:• coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;• Partículas conectivas do

texto;16. Relação de causa e

consequência entre partes e elementos do

texto;17. Semântica:- operadores argumen-tativos;- modalizadores;- figuras de linguagem.

ESCRITA• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Intencionalidade;• Informatividade;• Contexto de produção;• Intertextualidade;• Referência textual;• Vozes sociais presentes

No texto;• Ideologia presente no

• Contexto de produção;• Intertextualidade;• Vozes sociais presentes no

texto;• Discurso ideológico pre-

sente no texto;• Elementos composi-

cionais do gênero;• Contexto de produção

da obra literária;• Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;• Partículas conectivas do

texto;29. Relação de causa e

consequência entre partes e elementos do

texto;30. Semântica:- operadores argumen-tativos;- modalizadores;- figuras de linguagem.

ESCRITA• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Intencionalidade;• Informatividade;• Contexto de produção;• Intertextualidade;• Referência textual;• Vozes sociais presentes

No texto;• Ideologia presente no

Texto;• Elementos composicionais

do gênero;

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15. Texto;16. Elementos

composicionais do gênero;

• Progressão referencial;• Relação de causa e

consequência entre as• Partes e elementos do

texto;• Semântica:

-operadores argumenta-tivos;-modalizadores;-figuras de linguagem.

• Marcas linguísticas: co-esão, coerência, funçãodas classes gramaticaisno texto, pontuação, re-cursos gráficos como aspas, travessão, negri-to;

• Vícios de linguagem;• Sintaxe de

concordância;• Sintaxe de regência.

ORALIDADE5. Conteúdo temático;6. Finalidade;7. Intencionalidade;8. Argumentos;9. Papel do locutor e do Interlocutor;10. Elementos

extralinguís-ticos; entonação, ex-pressões faciais, corpo-ral e gestual, pausas;11. Adequação do

discursoao gênero;12. Turnos de fala;

Texto;• Elementos

composicionais do gênero;

• Progressão referencial;• Relação de causa e

consequência entre as• Partes e elementos do

texto;• Semântica:

-operadores argumenta-tivas;-modalizadores;-figuras de linguagem.

• Marcas linguísticas: co-esão, coerência, funçãodas classes gramaticaisno texto, pontuação, re-cursos gráficos como aspas, travessão, negri-to;

• Vícios de linguagem;• Sintaxe de

concordância;• Sintaxe de regência.

ORALIDADE18. Conteúdo temático;19. Finalidade;20. Intencionalidade;21. Argumentos;22. Papel do locutor e

do Interlocutor;23. Elementos

extralinguís-ticos; entonação, ex-pressões faciais, corpo-ral e gestual, pausas;24. Adequação do

discursoao gênero;25. Turnos de fala;26. Variações

• Progressão referencial;• Relação de causa e

consequência entre as• Partes e elementos do texto;• Semântica:

-operadores argumenta-tivos;-modalizadores;-figuras de linguagem.

• Marcas linguísticas: co-esão, coerência, funçãodas classes gramaticaisno texto, pontuação, re-cursos gráficos como aspas, travessão, negri-to;

• Vícios de linguagem;• Sintaxe de concordância;• Sintaxe de regência.

ORALIDADE31. Conteúdo temático;32. Finalidade;33. Intencionalidade;34. Argumentos;35. Papel do locutor e do Interlocutor;36. Elementos extralinguís-ticos; entonação, ex-pressões faciais, corpo-ral e gestual, pausas;37. Adequação do discursoao gênero;38. Turnos de fala;39. Variações linguísticas40. Marcas linguísticas;41. Elementos semânticos.

LITERATURA• Pré-Modernismo

-Euclides da Cunha-Lima Barreto

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13. Variações linguísticas

14. Marcas linguísticas;15. Elementos

semânticos.

LITERATURA• Conceito de literatura;• Gêneros literários;• Figuras de linguagem;• Trovadorismo;• Humanismo;• Classicismo:

-Luís de Camões;• Quinhentismo no Brasil:

-Pero Vaz de Caminha;-José de Anchieta;

• Barroco:-Gregório de Matos;

• Arcadismo:-Cláudio Manuel da Costa;-Tomás Antônio Gonzaga;-Basílio da Gama;-Santa Rita Durão.

linguísticas27. Marcas linguísticas;28. Elementos

semânticos.

LITERATURA- Romantismo (poema):

-Gonçalves Dias;-Álvares de Azevedo;-Castro Alves;Romantismo (prosa):-Joaquim Manuel de Macedo;- José de Alencar.

- Realismo:-Machado de Assis;

- Naturalismo-Aluísio de Azevedo

- Parnasianismo:-Olavo Bilac;-Raimundo Correia;

- Simbolismo:- Cruz e Souza.

-Monteiro Lobato-Augustos dos anjos

• Modernismo (1ª fase)-Oswald de Andrade-Manuel Bandeira-Mario de Andrade-Alcântara Machado

• Modernismo (2ª fase)-Rachel de Queiróz-Graciliano Ramos-José Lins do Rego-Jorge Amado-Érico Veríssimo-Dionélio Machado

• Poesia de 1930-Carlos Drummond de Andrade-Murilo Mendes-Jorge de Lima-Cecília Meireles-Vinícius de Moraes

• A geração de 1945-Clarice Lispector-Guimarães Rosa-João Cabral de Melo Neto

• Tendências contemporâneas-Lygia Fagundes Telles-Inácio de Loyola Brandão-Dalton Trevisan-Décio Pignatari-Rubem Fonseca

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando para assumir como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva.

Na sala de aula, a ação do professor tem como objetivo criar condições para a atividade de análise e das demais operações mentais do aluno, necessárias para a realização do processo de aprendizagem. Depois, ambos seguem juntos numa ação interativa na qual o professor, como mediador, apresenta o conteúdo científico ao

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educando, enquanto este vai, aos poucos, tornando seu o novo objeto de conhecimento (GASPARIN, 2007, p. 107). A tarefa do professor no processo ensino-aprendizagem é confrontar os sujeitos desta aprendizagem (os alunos) com o conteúdo sistematizado (conhecimento científico). Esta mediação, como bem a resume Gasparin, é “uma relação triádica, marcada pelas determinações sociais e individuais que caracterizam os alunos, o professor e o conteúdo”.

O professor deve possibilitar ao aluno perguntar sobre a linguagem e deve dar respostas que satisfaça a indagação do aluno conduzindo-o melhor na construção de seus conhecimentos a respeito da língua oral e escrita.

Nas práticas pedagógicas é preciso investigar as ideias que o aluno possui sobre a língua para poder organizar o trabalho pedagógico, observando também de forma criteriosa o comportamento dos alunos durante o desenvolvimento das atividades para obter informações para a organização dos agrupamentos na classe, verificar quais alunos têm condições de trocar informações, com quem precisam trabalhar mais. Na oralidade, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Os gêneros orais são diversos e apontam diferentes caminhos no trabalho com a oralidade como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; conotação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

O aluno deve ler diferentes textos que circulam socialmente, variando os gêneros, a possibilidade de conteúdos: textos informativos, literários, etc.

No encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme varie a finalidade pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme varie o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...), variam também as estratégias a serem usadas, pois não se não se lê da mesma forma uma crônica que está publicada no suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a finalidade de cada uma delas um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal. A leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.Na atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas figuras de linguagem, as intenções, diferente de um artigo de opinião, que tem outro objetivo. Deve dar atenção também aos textos não verbais, a charge, a caricatura, as imagens, as telas de pintura, os símbolos entre outros.

Assumir a tarefa de formar leitores impõe à escola a responsabilidade de organizar em torno de um projeto educativo comprometido com a passagem do leitor de textos de baixa complexidade, para o leitor de textos de complexidade real. O professor necessita proporcionar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um circuito de leitura em que se fala o que se leu, troca-se sugestões,

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organizando-se em torno de uma política de formação de leitores, envolvendo a comunidade escolar. Na prática docente serão usados vários tipos de leitura que auxiliam na formação de um bom leitor: leitura autônoma, leitura colaborativa, leitura em voz alta pelo professor, leitura programada, leitura de escolha pessoal.

Quanto à interpretação dos textos lidos, é necessário analisar nas atividades de interpretação e compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos (intertextualidade).

É nossa proposta direcionar o trabalho com a literatura seguindo essas etapas apresentadas pelas autoras mencionadas. O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa, o Discurso como prática social, e constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber, fidelidade do registro e o domínio das convenções gráficas da escrita. O que dizer e como dizer, já estão determinados pelo texto original. Mas, é nas atividades de produção que envolva autoria ou criação, que a tarefa do sujeito torna-se mais complexa, porque precisa articular ambos os planos: o do conteúdo – o que dizer- e o da expressão – como dizer.

As categorias propostas para ensinar a produzir textos permitem que, de diferentes maneiras os alunos possam construir os padrões da escrita, apropriando-se das estruturas composicionais, do universo temático e estilístico de diferentes autores. É por meio delas que cada aluno vai desenvolver seu estilo, suas preferências.

A utilização da língua para aprender requer ajuda constante do professor para fazer anotações sobre assuntos da aula, organizá-la no caderno, pesquisar, consultar dicionários, preparar a fala, organizar argumentos, buscar elementos no texto que validem determinadas interpretações. A análise linguística será outra prática didática que complementará as práticas de leitura, oralidade e escrita, fazendo parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204). Esta prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos lingüísticos e seus efeitos de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta que o texto é a única forma de se usar a língua: “A gramática é constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. [...] Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e discursivas”.

Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).

O estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de oralidade, leitura e escrita. É necessário destacar a necessidade do professor selecionar o gênero que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação, preparar atividades para a análise das marcas lingüísticas. Planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar, que são práticas que devem permear as

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atividades com a análise lingüística, pois o estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se está fazendo a análise linguística de categorias gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).

Para todas as séries, o trabalho com a linguagem oral e escrita será planejado de maneira a garantir a continuidade do que foi aprendido anteriormente superando possíveis dificuldades que se tenha acumulado neste período.

A investigação do conhecimento prévio do aluno sobre a linguagem verbal serve de parâmetro para o professor organizar a intervenção de maneira adequada e significativa. Esta prática será repetida no decorrer de todo processo de ensino e aprendizagem.

A contextualização das situações de aprendizagem da língua escrita é de extrema importância para esta conquista e os textos que favorecem a construção crítica e imaginativa, o exercício de forma de pensamento mais elaborado e abstrato, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada, devem ser ponto de partida para produções textuais

O texto será o ponto de partida e também de chegada de todas as atividades desenvolvidas tanto na oralidade, quanto na leitura e escrita.

O objetivo do ensino de Língua Portuguesa é levar os alunos a conhecer e dominar diversas linguagens presentes do dia-a-dia. Portanto, o professor não vai ensinar as diferentes variedades existentes na língua, mas sim partir da variedade utilizada pelo grupo com que trabalha e, através da diversidade de atividades, vai conduzir ao domínio da norma culta. É importante mostrar para o aluno que a língua varia nas mais diferentes situações e assim colocar em questão a língua padrão, a questão do prestígio social e a importância e a utilidade deste padrão na vida de cada um. A escola, por ser uma das agências de socialização em potencial, exerce papel preponderante no sentido de oferecer às classes desfavorecidas um instrumento linguístico adequado para as inúmeras situações que se lhe oferecem. O domínio efetivo da língua implica o domínio das diferentes possibilidades de expressão, reconhecendo a pertinência e adequação de cada uma delas.

AVALIAÇÃO

Como já mencionado a linguagem é uma construção histórica produto de interação entre os homens, logo faz - se necessário uma alteração nos critérios e instrumentos de avaliação. Precisamos de uma avaliação que nos dê pistas concretas do caminho que o aluno faz para construir seus conhecimentos linguísticos.

O professor deve avaliar o aluno e todos os conteúdos propostos observando o aspecto gradativo pelo qual o aluno domina o conteúdo da língua ,deve ser considerado na leitura, escrita, e também na oralidade que pode ser avaliada progressivamente considerando a participação individual do aluno, sua exposição de ideias de modo claro, a fluência de sua fala , a participação organizada, seu desembaraço e principalmente a consistência argumentativa de sua fala.

A avaliação proposta será diagnóstica direta e constante sem classificar os alunos que sabem e os que não sabem, mas sim com intuito de acompanhar a

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aprendizagem do aluno retomando as possíveis falhas nesse processo, para que o aluno caminhe da autonomia como leitor e escritor, sempre seguindo os critérios contidos no regimento escolar.

As produções textuais dos alunos receberão uma nota depois de terem sido submetidas à avaliação conforme descrita acima. A nota é uma exigência da lei. O que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção. Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, com retomada de todos os conteúdos e, consequentemente, das notas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Irandé. Lutar Com Palavras – Coesão e Coerência. São Paulo. Parábula Editorial, 2003.

BARROS, Diana Luz Pessoa: Contradições de Bakhtin às teorias do texto e do discurso. In. FARACO, Carlos Alberto. 2001, CASTRO, Gilberto de, TEZZA, Cristóvão (orgs): Diálogos com Bakhtin, Curitiba, Ed. UFPR. 2000.

DIRETRIZES Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.

FARACO, Carlos Alberto: Área de linguagem: algumas contribuições para sua organizaçã.São Paulo, Ed. Cortez, 2002.

------------------------ Português: Língua e Cultura; Curitiba, Ed. Base, 2003. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.Campinas, SP: Autores Associados, 2007.

KOCH, Ingedore: A coesão Textual. 3ª edição. São Paulo: Contexto, 1991.

ROJO, Roxane Helena; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In. MEC/SEB/ departamento de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio, 2004.

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MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática caracteriza como uma forma de compreender e atuar no mundo e no conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.

A Matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica hoje, uma impressionante produção de novos conhecimentos que, a par de seu valor, intrínseco, de natureza lógica, têm sido instrumentos úteis na solução de problemas científicos e tecnológicos da maior importância.

A Matemática dá sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver, metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativas de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios.

Ao propor novas diretrizes curriculares para organizar o ensino da Matemática no Ensino Médio , pretendemos contemplar tanto a necessidade de uma adaptação ao nível do desenvolvimento e progresso do aluno com diferentes motivações, interesses, e capacidades, dando condições para sua inserção no mundo que está em constantes mudanças, quanto contribuir para desenvolver a capacidade que serão exigidas tanto na vida social como na profissional.

O mundo em constantes mudanças produz novas necessidades sociais, culturais e profissionais que precisam de novos rumos , onde todos as áreas requerem competências em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos matemáticos para tirar conclusões e fazer argumentações.

A Matemática no Ensino Médio tem valor formativo que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, e também é ferramenta para a vida cotidiana. Deve fornecer ao aluno o conhecimento de novas informações e instrumentos necessários que sejam possíveis aprender para toda vida, pois saber aprender é condição básica para prosseguir se aperfeiçoando.

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O aprendizado de Matemática exige muito mais do que simples memorização, requer aquisição do conhecimento matemático vinculado ao domínio de um saber fazer matemático.

A Matemática tem caráter instrumental mais amplo, além de uma dimensão própria de investigação e invenção, como engrenagem, enquanto instrumento de expressão e de raciocínio, se estabelece como espaço de elaboração e compreensão e se desenvolve em estreita relação com o todo social e cultural, sendo portanto histórica.

O ensino da Matemática deve visar a construção do conhecimento matemático através da visão histórica, onde os conceitos devem ser apresentados, discutidos e reconstruídos influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e tecnologias , abrindo espaço para o discurso matemático voltado tanto para o conhecimento como para sua relevância social, implicando em olhar a Matemática do ponto de vista do seu fazer e do seu pensar, olhar o ensinar e aprender Matemática.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver e construir por meio matemático, A Educação Matemática, visando promover formação integral do aluno critico e capaz de agir com autonomia nas relações sociais.

CONTEÚDOS

A escolha dos conteúdos estruturantes básicos e específicos para o Ensino Médio deverá propiciar ao aluno um “fazer matemático ”por meio de um processo investigativo que o auxilie na apropriação do conhecimento da Matemática

Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Matemática são: Números e Álgebra, Grandezas e Medidas,Geometrias, Funções e Tratamento da Informação que se desdobram em conteúdos básicos, descritos nos três anos do Ensino Médio. Os conteúdos propostos não devem ser trabalhados de forma isolada, mas sim de forma articulada, tanto entre si como a constante retomada dos conteúdos trabalhados em séries anteriores para consolidar conceitos e ideias da Matemática.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSNúmero e Álgebra Números Reais

Números ComplexosSistemas LinearesMatrizes e DeterminantesPolinômiosEquações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

Grandezas e Medidas Medidas de ÁreaMedidas de VolumeMedidas de Grandezas VetoriaisMedidas de InformáticaMedidas de EnergiaTrigonometria

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Funções Função AfimFunção QuadráticaFunção Polinomial Função ExponencialFunção TrigonométricaFunção Modular Progressão AritméticaProgressão Geométrica

Geometrias Geometria PlanaGeometria EspacialGeometria AnalíticaGeometrias não-euclidianas

Tratamento da Informação Analise CombinatóriaBinômio de NewtonEstudos das ProbabilidadesEstatísticasMatemática Financeira

1º ANO

NÚMEROS: Conjunto dos números reais: conceito, conjunto dos números naturais, conjunto dos números inteiros, conjunto dos números racionais, conjunto dos números irracionais, conjunto dos números reais e operações com conjuntos

FUNÇÕES: 1.Função Afim: conceito, domínio e imagem, coeficiente da função afim, zero e equação de 1º grau, crescimento e decrescimento, estudo do sinal e inequações; 2.Função Quadrática: conceito, zeros e equação do 2º grau, coordenadas do vértice da parábola, imagem, construção da parábola, estudo do sinal e inequações; 3.Função Exponencial: potências de expoente natural, potência de expoente inteiro negativo, raiz, n-ésima ( enésima) aritmética, potência de expoente racioanal, conceito de função exponencial e inequações exponenciais; 4.Função Logarítmica: logaritmos , conceitos , propriedades operatórias dos logaritmos e mudança de base, equações exponenciais, equações logarítmicas inequações logaritmicas; 5.Função Trigonométrica: trigonometria no triângulo retângulo, conceito, razões trigonométricas, senos de dois ângulos suplementares, cossenos de dois ângulos suplementares, lei dos senos ou teorema do senos , lei dos cossenos ou teorema dos cossenos e expressões da área de um triângulo, Funções trigonométricas( circulares e Periódicas, relações fundamentais , Construção gráfica e conceito de domínio e imagem, funções trigonométricas inversas, transformações trigonométricas, equações e inequações trigonométrica ; 6:Função Modular: conceito de função modular e função definida por mais de uma sentença, módulo de um número, construção e abordagem gráfica, domínio e imagem, função composta, funções compostas com a modular, equações modulares e inequações ; 7.Progressão Aritmética : conceitos de seqüências numéricas, conceito de progressão aritmética, termo geral da P. ª e soma dos n primeiros termos de uma P.A. 8.Progressão Geométrica: conceito de uma progressão geométrica, termo geral de uma P.G. e soma dos “n” primeiros termos de uma P.G.

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2º ANO

NÚMEROS 1. Matrizes : conceito, representação de matrizes, tipos de matrizes, igualdade de matrizes, operações com matrizes, matriz identidade e matriz Inversa: 2.Determinantes: conceito, determinantes de matrizes de 1ª, 2ª e 3ª ordens, menor complementar e cofator, determinantes de matrizes de ordens maiores que 3, Teorema da Laplace, propriedades dos determinantes 3. Sistemas Lineares: conceito, equação linear, sistemas de equações lineares, classificação de sistemas lineares, sistemas equivalentes, resolução de sistemas lineares por escalonamento, regra de Cramer e discussão de sistema linear.

GEOMETRIAS :1.Geometria Plana : semelhança de figuras geométricas planas, Teorema de Tales nas paralelas, teorema da bissetriz interna , triângulos semelhantes, relações métricas no triângulo retângulo, teorema de Pitágoras na resolução de problemas, polígonos regulares inscritos na circunferência, relações métricas, áreas de figuras geométricas planas 2. Geometria Espacial: noções sobre políedro, estudo do prisma, estudo da pir^mide, estudo do cilindro, estudo do cone, estudo da esfera

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: 1.Análise Combinatória: conceito, princípio fundamental da contagem, fatorial de um número natural, arranjos, permutações simples, circular e com elementos repetidos e combinações ;2.Estatística, 3.Probabilidades, 4.Binômio de Newton e 5.Matemática Financeira: retomar conceitos de razão e proporção, porcentagem e juros simples, juros compostos e descontos simples

3º ANO

NÚMEROS : 1. Polinômios : conceito de polinômios, valor numérico e raiz função polinomial, igualdade de polinômios, adição e multiplicação de polinômios, divisão de polinômios, equações poli nominais, teorema fundamental da Álgebra, teorema da composição 2.Números Complexos:Conceito, igualdade de números complexos, adição e multiplicação de números complexos, divisão de números complexos, complexos conjugados, plano de Argand- Gauss, forma trigonométrica dos números complexos, potências de números complexos,radiciação de números complexos

GEOMETRIAS: 1.Geometria Analítica: ponto e reta conceitos, sistema cartesiano ortogonal, distância entre dois pontos , ponto médio de um segmento, condições de alinhamento de três pontos, inclinação de uma reta: forma reduzida, segmentaria, geral e paramétrica, posições relativas de duas retas no plano, distância entre ponto e reta, ângulos de duas retas concorrentes, área do triângulo; circunferência : conceito, equação, posições relativas entre um ponto e uma circunferência, posições relativas de uma reta e uma circunferência, posições relativas de duas circunferências, secções Cônicas conceito, parábola, elipse, hipérbole ; 2.Geometria não euclidiana: introdução e conceitos básicos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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A proposta de pedagógica de Matemática para o Ensino Médio diante dos objetivos da disciplina levará em conta a seleção de conteúdos mínimos da base nacional comum e as propriedades para compor a parte do currículo flexível com a intenção de aprofundar e direcionar para a necessidade da escola e da comunidade, onde está inserida. Conteúdos estes que comporão uma série de temas ou tópicos escolhidos a partir de critérios que visem o desenvolvimento das habilidades, atitudes e valores necessários à vida. * Ao organizar o trabalho da disciplina de matemática, o professor deve ter em mente que o conhecimento matemático deve estar ao alcance de todos, garantindo que todos aprendam , esta deve ser a meta prioritária.

Ao considerarmos que a aprendizagem da matemática está ligada à compreensão e atribuição de significados e que aprender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe identificar suas relações com outros objetos e acontecimento sabendo que essas relações só se estabelecem se o aluno puder estabelecer conexões entre as ideias matemáticas e entre a matemática e as demais áreas do conhecimento.

Cabe ao professor criar oportunidades para que o aluno construa conceitos e aprenda procedimentos trabalhando amplamente sobre os problemas que lhe permitam dar significados à linguagem e às ideias matemáticas devem ser metas do professor de matemática.

Um contexto bem significativo que não pode ser esquecido nas práticas pedagógicas é o da resolução de problemas com o qual o aluno constrói conceitos e descobre relações permitindo a este perceber o potencial e a utilidade da matemática, estimulando o espírito de pesquisa que oportuniza observar, experimentar, selecionar, e organizar dados, relacionar e fazer conjunturas, argumentar, concluir e avaliar.

Tão importante resolver problemas e validar procedimentos de resolução é a capacidade de formular problemas nas mais diversas situações nas quais o professor deve criar momentos para que esta habilidade seja desenvolvida, pois ela está inteiramente ligada a processos de avaliação dos conhecimentos adquiridos pelo aluno e do próprio aluno sobre o que ele sabe ou precisa saber.

A estreita dependência entre os processos de estruturação do pensamento e da linguagem deve ser considerada e trabalhada. É preciso propor atividades que estimulem e impliquem a comunicação oral e escrita, levando o aluno a verbalizar o seu raciocínio, analisando, explicando, discutindo, confrontando processos e resultados. A linguagem matemática na sua concisão e precisão pode clarear e simplificar uma mensagem. Comunicar em matemática significa, ser capaz de utilizar seu vocabulário e formas de representar ações, expressar e compreender ideias e relações.

Ao se dar oportunidade para que o aluno se comunique em matemática podem ser momentos preciosos de avaliação de que o aluno avançou ou deve avançar em relação a determinados objetivos de ensino.

Os recursos tecnológicos (calculadoras, computadores) devem ser explorados servindo como instrumentos fundamentais para desenvolver aptidões ligadas aos cálculos assim como meios facilitadores e incentivadores ao espírito de pesquisa. Sua utilização, deve ser considerada parte integrante do ensino e aprendizado de matemática.

Ao ensinar a Matemática abordando os conteúdos matemáticos a partir da Resolução de Problemas, o aluno terá a oportunidade de aplicar conhecimentos adquiridos em novas situações, tendo condições de buscar várias alternativas para a solução das mesmas. A Etno matemática permite ao aluno o exercício da crítica e

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análise da realidade, sendo um importante campo de investigação , prioriza um ensino que valoriza a história do aluno, enfocando o ambiente do indivíduo , as relações de produção e de trabalho e também as manifestações da cultura. A Modelagem Matemática tem como pressuposto de que o ensino e aprendizagem da Matemática deverá partir de situações problemas do cotidiano, valorizando o aluno no contexto social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos de situações de vida. Esta tendência “consiste na arte de transformar problemas reais em problemas matemáticos.”. As Mídias Tecnológicas dinamizam os conteúdos curriculares potencializando o processo de ensino e aprendizagem, levando a experimentação Matemática, criando possibilidades ao surgimento de novos conceitos e novas teorias. A História da Matemática é outra tendência pedagógica que será abordada nas práticas de sala de aula, pois o aluno precisa compreender a natureza da Matemática, percebendo sua relevância na vida da humanidade, vinculando descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas. Cada professor terá autonomia para trabalhar da melhor forma estas tendências pedagógicas mencionadas, valorizando como práticas realmente significativas. AVALIAÇÃO

A avaliação em Matemática deve informar o professor sobre o conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos, capacidades de aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano de matemática e de outras disciplinas ou áreas, capacidade de utilizar a linguagem matemática comunicando ideias, a habilidade de generalizar, analisar, inferir, raciocinar indutiva ou dedutivamente, a perseverança e o cuidado na realização das tarefas e cooperação no trabalho de grupo.

Estes indicadores de avaliação serão objetos de maior detalhamento de acordo com as prioridades que o professor determinar com base nas experiências de aprendizagem desenvolvidas em classes.

Uma nova concepção de Matemática, práticas metodológicas renovadas exigem uma forma de avaliação condizente com os fundamentos da nova proposta.

Para este modelo de prática a avaliação condizente é a diagnóstica, contínua , formativa e cumulativa uma vez que o domínio das habilidades não podem ser visto como algo fragmentado, mas sim como ação que envolve tempo e diversidade de práticas Mas por necessidade legal os alunos terão um registro bimestral de notas A nota é uma exigência da lei, o que vai dar importância a avaliação serão os caminhos percorridos pelo professor e aluno até chegarem a essa menção

Os alunos serão contemplados com a recuperação paralela, contemplando a retomada de todos os conteúdos para posterior retomada das notas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORI, Iracema; ONAGA, Dulce S. Matemática: Ideias e Desafios. São Paulo: São Paulo: Saraiva, 2006. POLYA, George. A Arte de Resolver. Tradução e Adaptação de Heitor Lisboa de Araujo. Rio de Janeiro, Interciêncais, 2006.

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PARANÁ. Secretária do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática da Educação Básica, 2008.

QUÍMICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química está presente em todo processo de desenvolvimento das civilizações desde as primeiras necessidades humanas. O conhecimento químico como todo conhecimento, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas sim está em constante elaboração e transformação que ocorrem a partir das necessidades humanas e é inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos.

A concepção mais considerada na Química é que seu ensino esteja voltado para a abordagem da “construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos”, compreendendo o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio restrito dos conceitos de Química.

A Química deverá ser tratada de modo a possibilitar o entendimento do mundo e sua interação com ele, onde a compreensão e apropriação do conhecimento químico, deve acontecer por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da disciplina que é o estudo da matéria e suas transformações

A Química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno, tanto a compreensão dos processos químicos em si, quando ao conhecimento científico em relação com as suas aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

Os conhecimentos difundidos no ensino da Química permitem a construção de uma visão de mundo mais articulada, menos fragmentada, contribuindo para que o indivíduo enxergue como participante de um mundo em constante transformações.

A Química enquanto disciplina, utiliza uma linguagem própria para a representação do real, sendo necessário que o aluno desenvolva competências adequadas para reconhecer e utilizar esta linguagem. No ensino e aprendizagem da Química, o aluno também utiliza a linguagem matemática que se dominada servirá para desenvolver competências referentes ao estabelecimento de relações lógico empíricas, hipotética e o raciocínio.

Os conteúdos de Química devem ser abordados a partir de temas que permitam a contextualização do conhecimento. Temas estes que além de fontes desencadeadoras de conhecimentos específicos serão vistos como instrumentos para a leitura integrada ao mundo na visão da Química.

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OBJETIVO GERAL

- Compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura contemporânea, fruto da construção humana inserida no processo histórico social, reconhecendo e avaliando o desenvolvimento das mesmas, percebendo as relações com as ciências, seu papel na vida do homem, sua presença no cotidiano e seu impacto na vida social e econômica;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento científico, estabelecendo relações, identificando regularidades, invariantes e transformações;

- Analisar argumentos e posicionar criticamente em relação a temas de ciência e tecnologia;

- Reconhecer e compreender símbolos, códigos e nomenclaturas próprias da Química ;

- Ler e interpretar informações e dados referentes ao conhecimento químico;- Analisar e interpretar diferentes tipos de textos e comunicações referentes ao

conhecimento científico e tecnológico;- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano

individual e coletivo com o ambiente;- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da química e da tecnologia. CONTEÚDOS

Os conteúdos de Química devem ser abordados a partir de temas que permitam a contextualização do conhecimento. Temas estes que mais do que fontes desencadeadoras de conhecimentos específicos, servirão como instrumentos para uma primeira leitura integrada do mundo sob as lentes da Química, onde os conteúdos ganharão flexibilidade e interatividade deslocando do tratamento usual que procura esgotar um a um os diversos tópicos da Química para o tratamento de uma situação problemática em que os aspectos pertinentes do conhecimento químico necessários para a compreensão e tentativa de solução são evidenciados e para isso é preciso que se desenvolvam habilidades de identificar fontes de informação e de formas de obter informações relevantes em Química, interpretando tanto nos aspectos químicos como suas implicações sócio - políticas, culturais e econômicas.

Conteúdos Estruturantes:Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética;

: 1º Ano

Conteúdos Básicos:

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Estudo da Matéria (Propriedades da matéria, Estrutura atômica, Radioatividade, Tabela periódica);

Soluções ( substâncias e misturas, métodos de separação de misturas, densidade, Tabela periódica);

Ligações Químicas ( tipos de ligações químicas, solubilidade, interações intermoleculares).

2º Ano

Conteúdos Básicos:I. Soluções (concentração, solubilidade, densidade, dispersão e suspensão,

tabela periódica);II. Reações Químicas ( representação das reações químicas, equações

químicas, termoquímica, cinética das reações químicas, equilíbrio químico)

3º Ano

Conteúdos Básicos:- Radioatividade ( modelos atômicos, tabela periódica, leis da

radioatividade, emissões radioativas, fenômenos radioativos, cinética das reações);- Funções Químicas (funções orgânicas, funções inorgânicas, polímeros,

tabela periódica);- Gases ( propriedades da matéria, propriedades dos gases, leis dos gases).

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas como uma construção da mente humana em contínua mudança e como tal não deve ser trabalhada simplesmente como apresentação sequencial de fatos isolados da realidade. Deve portanto, ser trabalho dentro de um contexto real que facilitará a compreensão dos conceitos químicos e de como a química está presente em nosso dia-a-dia.

O papel do professor e o ambiente educacional, neste contexto é de atuarem como elementos provocadores da construção e reconstrução, onde as concepções interativas devem ser confrontadas e aproximadas das científicas dentro de um processo ativo, priorizando a atividade intelectual com base e experiências reais.

De acordo com essas premissas, aprender é mais do que uso de métodos estabelecidos para comprovar ideias científicas. Consiste em fazer com que o educando leia o mundo em que vive com próprios olhos da ciência.

Entende que o processo de ensino aprendizagem deve se iniciar por fatos concretos, observáveis e mensuráveis, pois os conceitos que o aluno traz para a sala, vem de sua leitura de mundo macroscópio. Fato que deve ser continuado através da busca de explicações que ajudarão interpretar os fatos gerais através da visão microscópica, criando modelos explicativos. Dessa forma, a complexidade de conceitos

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será alcançada através de uma abordagem dinâmica das interações entre essas duas visões, e o papel do professor será de mediador dessa ação coletiva.

Outro aspecto metodológico a ser considerado diz respeito às abordagens quantitativas. O estudo de química deve ser iniciado pelos aspectos qualitativos, para depois introduzir o tratamento quantitativo, sendo feito de tal maneira que o aluno possa perceber as relações quantitativas sem a necessidade da utilização de algorítimos, pois o aluno partindo do entendimento do assunto pode construir seus próprios algorítimos.

Visando uma aprendizagem ativa, as abordagens quantitativas devem ser feitas através de atividades podem através de coletas de dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatórios de experimentos ou no laboratório, enfatizando a análise dos dados para que em trabalho de grupos, discussões coletivas facilitem a aquisição de conceitos.

A experimentação na escola média tem caráter pedagógico que por si só não soluciona o problema de ensino aprendizagem em química. As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula por demonstração, visitas, etc. Sempre desenvolvida em dois períodos: pré e pós atividades, visando facilitar a formação de conceitos.

As interações aluno x aluno, professor x aluno x objeto do conhecimento fundamentam a premissa de que o processo ensino-aprendizagem é ativo e coletivo e para que isto ocorra de forma efetiva, estas interações serão auxiliadas por recursos variados como: leitura de texto que possibilita a discussão pré e pós laboratório, visando a construção de conceitos, demonstrações experimentais para coleta de dados e posterior discussão, estudo do meio que proporciona a ideia interdisciplinar dos campos do conhecimento, momentos dialógicos que proporcionam o diálogo sobre o objeto de estudo, os recursos áudio visuais.

Outra tendência pedagógica a ser considerado e utilizado diz respeito à contextualização do conhecimento que ressalta a relação entre a teoria e a prática para que o conhecimento possa adquirir significado para o aluno, permitindo que o mesmo seja aplicado às experiências do seu cotidiano quer seja do trabalho ou do exercício da cidadania.

AVALIAÇÃO

A avaliação proposta deverá fornecer ao professor dados que lhe permitam controlar e melhorar sua prática pedagógica, levando em consideração o conhecimento prévio do aluno bem como o pensamento crítico, valorizando o desempenho do mesmo e suas tentativas de construção do conhecimento nas diferentes formas avaliativas. Uma vez que os conteúdos de aprendizagem abrangem os domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, a avaliação deverá caminhar no sentido de observar o progresso do aluno quanto a estes domínios.

A avaliação deverá dar informações ao professor quanto ao conhecimento de compreensão de conceitos e procedimentos, capacidade de ampliar e aplicar os conhecimentos adquiridos na resolução de problemas do cotidiano, a capacidade de utilizar as linguagens das Ciências para comunicas ideias e a capacidade para analisar, generalizar, inferir, refletir, sintetizar, esquematizar e de emitir opiniões.

Diante do exposto à avaliação para esta disciplina, terá caráter diagnóstico, contínuo e cumulativo tendo em mente o aluno como construtor do conhecimento.

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Mesmo sendo avaliado nas perspectivas citas os alunos terão um registro de nota uma exigência da lei,.O que vai diferenciar essa menção será o caminho percorrido pelo aluno e professor no processo ensino aprendizagem.Aos alunos será ofertada a recuperação paralela que constituirá na recuperação dos conteúdos não assimilado e não apenas a preocupação exclusiva com a nota que no caso da paralela deve ser substitutiva da anterior .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

*BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96, Brasília, 1996. *BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio, Brasília: MEC/Sentec, 2002.DIRETRIZES, Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.( química) BAIRD,C. Química Ambiental, 2ª edição, Porto Alegre, Bookman, 2002.CHASSOT. A. A Ciência através dos tempos, 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2004.

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SOCIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“Se existe uma ciência das sociedades, é de se desejar que ela não consista simplesmente numa paráfrase dos preconceitos tradicionais, mas nos faça ver as coisas de maneira diferente da sua aparência vulgar; de fato, o objeto de qualquer ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões herdadas.” (Émilie Durkheim – As regras do método Sociológico 1895)

“Não é a consciência dos homens que determina o seu ser social, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência.” (Karl Marx – A Ideologia Alemã 1846)

“A ciência (seja ela qual for) não pode propor fins à ação prática. (...) Uma ciência empírica não está apta a ensinar a ninguém aquilo que ‘deve’, mas sim, apenas aquilo que ‘pode’ e – em certas circunstâncias – aquilo que ‘quer’ fazer.” (Maximillian Weber – Ciência e Política: duas vocações 1968)

Como disciplina curricular o objetivo geral da Sociologia é levar o aluno a pensar a realidade social da qual faz parte, desenvolvendo uma consciência de que toda sociedade é uma construção histórica e não uma fatalidade regida por “leis naturais”, podendo ser (des) construída e reconstruída segundo as necessidades do grupo, e que é preciso ter compromisso social com a realidade em que se vive. O estudante de Sociologia no Ensino Médio deve além de interpretar o mundo, sentir capaz de transformar ou de no mínimo, perceber como passível de transformação.

Sendo assim, fundamentar o estudo da sociedade em parâmetros dimensionados para o aluno do Ensino Médio é elevar o universo das Ciências sociais como contexto de análise sociológica, econômica, política, antropológica , cultural e filosófico na essência dos antigos sábios, egípcios , gregos e romanos- na acepção da história como ciência em geral.

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No Ensino Médio, o adolescente começa a conhecer o mundo que o envolve em amplitude, gênero, número e grau: em um universo global de um novo milênio a lhe proporcionar diversos ângulos de visão diante da informação.

A Sociologia tem o papel de focalizar os problemas que moldam a realidade, questionando-os e buscando em diferentes sentidos e de diversas formas respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva e a construção da justiça social e econômica.

No contexto atual, com a globalização que derruba fronteiras, provocando a sensação de que pertencemos a uma sociedade com características únicas que não apagam as diferenças sociais, econômicas e culturais entre regiões e povos que persistem e tendem a se agravar. Para compreender, analisar, criticar e atuar na sociedade contemporânea posta como está é fundamental o ensino da Sociologia que possibilitará que as graves questões dos dias atuais que marcam a dinâmica social, econômica, política e culturais sejam questionadas de perspectivas diferentes entre si.

OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver o pensamento sociológico;- Perceber os direitos e os respectivos deveres do cidadão, como parte de uma construção social a uma ampla visão do contexto sociológica, econômica, política, antropológica. Cultural e filosófica na concepção histórica e das ciências;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes de Sociologia são conteúdos representativos dos grandes campos do saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser compreendidos a partir da prática pedagógica como construção histórica. São conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que organizam e identificam os campos de estudo da Sociologia, considerados centrais e básicos para a compreensão dos processos de construção social.

Os conteúdos estruturantes são desdobrados em específicos e ambos não respondem pela totalidade da Sociologia, pois precisamos apontar questões da própria dinâmica da sociedade e do conhecimento científico que a acompanha.

Neste sentido, apesar da disciplina receber o nome de Sociologia, esta deve abarcar as três grandes áreas das Ciências Sociais: Sociologia, Ciência Política e Antropologia. Sendo estas direcionadas para o primeiro ano, segundo ano, terceiro ano, respectivamente. No entanto, entendemos que essas não podem ser de maneira alguma abarcadas separadamente, considerando que há necessidade de conhecer as três ciências para uma maior compreensão da sociedade.

1° ano

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

- Teoria do conhecimento: as diversas formas e tipos de conhecimento; - Diferenciação entre ciência e senso comum;- Homem como ser sociocultural;- Homem como ser histórico;

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- Introdução à Sociologia; - Objeto da Sociologia: a relação indivíduo e sociedade - Precursores da Sociologia;- Apresentação, delimitação e diferenciação de métodos e objetos de sociólogos clássicos;

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais:

-A Sociologia no dia-a-dia: relações sociais;- Processos de Socialização;- Instituição familiar;- Instituição escolar;- Instituição religiosa; - Instituição de reinserção;

Trabalho, Produção e Classes Sociais:

- Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;- Estratificação social;- Sistema de status e papéis sociais;- Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais;- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;- Globalização e Neoliberalismo;- Trabalho no Brasil;- Relações de trabalho;

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

Pressupõe que o aluno desta série não possui entendimento da Sociologia como conhecimento científico, porém o entendemos como possuidor de conhecimento não sistematizado, em relação às teorias sociológicas. Não devemos tratar o aluno como “uma folha em branco”, é preciso fazer com que o seu conhecimento pautado no senso comum seja mais elaborado, e a Sociologia tem como papel fundamental oportunizar o questionamento, o entendimento, o diálogo e a crítica sobre suas práticas sociais.

Neste sentido, a apresentação da Sociologia deve estar centrada nas dimensões que definem a perspectiva da análise sociológica frente aos fenômenos sociais e históricos, tendo como suporte a apresentação das doutrinas ou teorias gerais que marcam o campo disciplinar da Sociologia. Além disso, é preciso conhecer o processo histórico da criação e sistematização da Sociologia enquanto ciência. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais:

Neste momento, o aluno inicia um processo de “desnaturalização” dos processos sociais aos quais estão inseridos. Buscamos trabalhar a diferenciação do “natural” e do “construído socialmente” e através disto iniciar o estudo dos primeiros processos de socialização inscritos neste programa, para isto, o embasamento teórico estará centrado na teoria do sociólogo Émile Durkheim (1972) especificamente no que diz respeito ao conceito de “coerção social”.

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Sabemos que, o indivíduo possui os primeiros contatos de socialização dentro de casa, no ceio familiar e o seu contato externo ao da família começa com os seus primeiros anos escolares, além disso, a religião tem grande papel como “regulador” das relações estabelecidas entre os indivíduos, por isto, trabalharemos as instituições – família, escola e igreja – para entender os processos de socialização e a coerção que exercem sobre nossas relações regulando também nossas práticas, para melhor entendimento do funcionamento desta relação, estudar o funcionamento das instituições de reinserção reiteram ainda mais a idéia de instituição como reguladora social.

Trabalho, Produção e Classes Sociais:

Para compreender as relações sociais do mundo contemporâneo é necessário entender principalmente as relações de trabalho. Principalmente também, porque o principal argumento do aluno quanto à necessidade da escolarização é a inserção no mercado de trabalho. Neste momento, utilizar a teoria de Karl Marx (2003) e traçar uma conexão entre ela e o cotidiano do aluno fará com que este entenda os processos de produção e a divisão da sociedade em classes sociais. Marx (2003) compreende o trabalho como atividade fundamental da humanidade,através e por causa do trabalho é que se fundamentou a sociedade, pois é a centralidade da atividade humana, desenvolve-se socialmente, transformando o homem num ser social. Portanto, sendo os homens seres sociais, as suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade.

Nesta concepção, identificamos a alienação do trabalho como a alienação fundante das demais alienações, com esse entendimento intencionamos oportunizar ao aluno o questionamento, a crítica, a reflexão sobre as práticas desenvolvidas pelo sistema capitalista.

2ª ANO

O Surgimento da Sociologia e das Teorias Sociológicas:

- Contextualização histórica sobre a formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;

Poder, Política e Ideologia:

- Formação e desenvolvimento do Estado moderno;- As teorias sociológicas clássicas e os diversos conceitos de: Poder, Ideologia, Dominação e Legitimidade;- Estado no Brasil;- Desenvolvimento da Sociologia no Brasil;- Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo;- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais:

- Conceitos de cidadania;- Direitos civis, políticos e sociais;

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- Direitos Humanos; - Movimentos Sociais;- Movimentos Sociais no Brasil Contemporâneo;- Questões ambientais e Movimentos Ambientalistas;- Ong’s;

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

Nesta série, a contextualização histórica do surgimento da Sociologia terá como principal enfoque as transformações políticas e econômicas da época. É necessário que o aluno entenda que a Sociologia não foi criada ao acaso, intencionou-se com isto, a busca por soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de viver capitalista – miséria, desemprego, greves e rebeliões operárias – . Estes problemas foram analisados pelos pensadores da época como desvios e anomalias da sociedade e que poderiam ser solucionados pelo resgate de valores morais, como a solidariedade apresentada por Émile Durkheim (2003) – solidariedade orgânica e mecânica - .

Poder, Política e Ideologia:

Ainda sob o contexto histórico, a formação do Estado moderno, pautado nas transformações da época, momento em que revoluções econômicas e políticas acontecem – Revolução Francesa, Ilumismo, Revolução Industrial – discussões sobre os conceitos de poder, política e ideologia ajudam a entender essas transformações.

Além disso, é preciso entender que todas as relações sociais estão pautadas nesses três elementos, viver em sociedade é também viver constantemente num jogo de disputas políticas e ideológicas que desenham as relações de poder.

Neste sentido, saímos do contexto mundial e nos atentaremos à influência dos processos históricos da formação do Estado Nacional no desenvolvimento do pensamento sociológico brasileiro. Trabalharemos o contexto político nacional para entender como se dá esta construção. Neste, momento entram em cena conceitos de Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo como formas de poder idealizadas por nossos governantes.

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais:

A discussão em torno da questão cidadania sempre esteve vinculada à discussão dos movimentos sociais. Além disso, foi a implantação do sistema democrático que, proveniente do discurso de liberdade e de igualdade entre os homens, trouxeram uma perspectiva de luta e reivindicação por direitos, dentre eles, direito a moradia, ao lazer, a educação, a saúde, referentes ao trabalho, etc. Não podemos esquecer também que um dos principais motivos para as lutas por direitos provém das desigualdades humanas, é necessário introduzir o aluno nesse contexto sócio-político.

Nesse sentido, os movimentos que lutam em nome da cidadania não mais brigam pela formulação de leis que garantam o direito do cidadão, estão brigando pela manutenção dos direitos e para que estes sejam cumpridos. Encontramos um forte apelo não apenas a manutenção dos direitos, mas também ao papel do próprio cidadão em relação aos deveres.

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Sob essa perspectiva, a escola tem o papel de inserir o aluno nesse contexto histórico, de reivindicações e conquistas. Tem também a responsabilidade de conscientizar e estimular o aluno à prática da cidadania, mas não deve ser papel exclusivo da escola o educar para tal. É preciso envolver toda a família, envolver todo o convívio desse pré cidadão na absolvição dessas práticas. Apesar de, nos tempos atuais, a família jogar para as instituições educacionais toda a responsabilidade pela educação do indivíduo, formar um bom cidadão depende muito dos exemplos dados em casa pelos pais.

Portanto, o papel do educador é de fomentar o pensamento crítico nos alunos e o papel da escola disponibilizar de meios físicos e pedagógicos para que haja a prática e aperfeiçoamento do seu papel como cidadão, a família tem como papel o da educação familiar e moral.

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

Neste ano, a contextualização histórica do surgimento da Sociologia terá como principal enfoque as transformações políticas e econômicas da época. É necessário que o aluno entenda que a Sociologia não foi criada ao acaso, intencionou com isto, a busca por soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de viver capitalista – miséria, desemprego, greves e rebeliões operárias – . Estes problemas foram analisados pelos pensadores da época como desvios e anomalias da sociedade e que poderiam ser solucionados pelo resgate de valores morais, como a solidariedade apresentada por Émile Durkheim (2003) – solidariedade orgânica e mecânica - .

Poder, Política e Ideologia:

Ainda sob o contexto histórico, a formação do Estado moderno, pautado nas transformações da época, momento em que revoluções econômicas e políticas acontecem – Revolução Francesa, Iluminismo, Revolução Industrial – discussões sobre os conceitos de poder, política e ideologia ajudam a entender essas transformações.

Além disso, é preciso entender que todas as relações sociais estão pautadas nesses três elementos, viver em sociedade é também viver constantemente num jogo de disputas políticas e ideológicas que desenham as relações de poder.

Neste sentido, saímos do contexto mundial e nos atentaremos à influência dos processos históricos da formação do Estado Nacional no desenvolvimento do pensamento sociológico brasileiro. Trabalharemos o contexto político nacional para entender como se dá esta construção. Neste, momento entram em cena conceitos de Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo como formas de poder idealizadas por nossos governantes.

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais:

A discussão em torno da questão cidadania sempre esteve vinculada à discussão dos movimentos sociais. Além disso, foi a implantação do sistema democrático que, proveniente do discurso de liberdade e de igualdade entre os homens, trouxeram uma perspectiva de luta e reivindicação por direitos, dentre eles, direito a moradia, ao lazer, a educação, a saúde, referentes ao trabalho, etc. Não podemos esquecer também que um

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dos principais motivos para as lutas por direitos provém das desigualdades humanas, é necessário introduzir o aluno nesse contexto sócio-político.

Nesse sentido, os movimentos que lutam em nome da cidadania não mais brigam pela formulação de leis que garantam o direito do cidadão, estão brigando pela manutenção dos direitos e para que estes sejam cumpridos. Encontramos um forte apelo não apenas a manutenção dos direitos, mas também ao papel do próprio cidadão em relação aos deveres.

Sob essa perspectiva, a escola tem o papel de inserir o aluno nesse contexto histórico, de reivindicações e conquistas. Tem também a responsabilidade de conscientizar e estimular o aluno à prática da cidadania, mas não deve ser papel exclusivo da escola o educar para tal. É preciso envolver toda a família, envolver todo o convívio desse cidadão na absolvição dessas práticas. Apesar de, nos tempos atuais, a família jogar para as instituições educacionais toda a responsabilidade pela educação do indivíduo, formar um bom cidadão depende muito dos exemplos dados em casa pelos pais.

Portanto, o papel do educador é de fomentar o pensamento crítico nos alunos e o papel da escola disponibilizar de meios físicos e pedagógicos para que haja a prática e aperfeiçoamento do seu papel como cidadão, a família tem como papel o da educação familiar e moral.

3 ° ANO

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;

Cultura e Indústria Cultural:

- Os conceitos de Cultura e as escolas antropológicas;- Antropologia Brasileira;- Diversidade e diferença cultural;- Relativismo, etnocentrismo, alteridade;- Culturas Indígenas; - Roteiro para pesquisa de campo;- Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização;- Minorias étnicas, preconceito, hierarquia e desigualdades;- Questões de gênero e a construção social do gênero;- Cultura afro-brasileira e a construção social da cor: Identidades, Movimentos sociais, Dominação, Hegemonia e Contra-movimentos;- Indústria cultural;- Meios de comunicação de massa;- Sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil;

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:

Vislumbrando que, o aluno do terceiro ano deve estar/ser preparado para o vestibular, o estudo do surgimento da Sociologia estará centrado no estudo dos

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conceitos elaborados pelos primeiros teóricos, Positivismo em Auguste Comte, a sistematização elaborada por Émile Durkheim em comparação a sistematização de Max Weber e a crítica de Karl Marx serão priorizados tendo em vista que, estes são os autores considerados como “os três porquinhos” da Sociologia. Faz uma breve exposição sobre os processos históricos envolvendo a criação desta ciência.

Cultura e Indústria Cultural:

Entender a cultura como um processo socialmente construído fará com que o aluno entenda que não existe prática cultural melhor ou pior que a outra, estas são apenas diferentes. Neste sentido, a diversidade cultural deve ser compreendida e respeitada. Para isto, contaremos com o auxílio da Antropologia, no estudo dos conceitos de etnocentrismo e eurocentrismo. Trabalhar estes conceitos,

Além disto, trabalharemos o conceito de gênero busca explicar as relações sociais entre homens e mulheres. Foi utilizado como categoria de análise primeiramente pela antropologia, que coloca o "ser mulher" ou "ser homem" como uma construção social.

Através do movimento feminista, conquistas no âmbito social, econômico, político e moral são evidenciados nos dias de hoje no direito feminino ao voto, na discussão de assuntos tabus como o aborto e a sexualidade, na presença das mulheres no mercado de trabalho e cargos públicos elegíveis.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As diretrizes teórico metodológica devem nortear o ensino de Sociologia no Ensino Médio, destacando o compromisso com a aplicação dos exercícios da cidadania, a compreensão por parte de professor e aluno dos condicionamentos econômicos, políticos, sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira e do mundo e a construção de referências críticas de análise da sociedade contemporânea. Os assuntos emergentes serão o ponto de partida para a metodologia da disciplina de Sociologia através da discussão, questionamentos, debates, pesquisas de trabalhos em grupos, etc partindo sempre de assuntos da realidade vivenciada pelos alunos, debate o aluno poderá expor sua opinião, defendendo seu ponto de vista, respeitando o ponto de vista do outro. A informação constante propiciada pelos meios de comunicação, também deverá ser um recurso metodológico que o professor deve utilizar constantemente, pois seus conteúdos propiciam questionamento sobre os pensamentos emitidos, colocando a veracidade de fatos e importância para a sociedade, refletindo sobre os fenômenos sociais, desigualdades sociais, classes sociais, família, religião, sexualidade, emprego, desemprego, saúde, economia, mortalidade infantil, ecologia, meio ambiente, ética, raça, política , economia, etc, utilizando de fatos reais como ponto de partida e de chegada, após toda fundamentação teórica sobre os fatos em questão. A Sociologia como as demais disciplinas devem ser fundamentadas na contextualização e interdisciplinaridade que servirá para romper com os modelos metodológicos inadequados às necessidades atuais. O uso do trabalho metodológico fundamentado nos princípios da interdisciplinaridade e contextualização o aluno tem compreensão da totalidade do conhecimento, onde os conteúdos serão trabalhados de forma integrada , possibilitando o diálogo permanente entre os conhecimentos

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propiciando a compreensão ampla da realidade. Quanto a contextualização, facilita a relação entre a teoria e a prática, onde o conhecimento adquirido passa a Ter mais significado para o aluno que vê sua aplicabilidade às situações reais.

AVALIAÇÃO

A avaliação, é o julgamento de valor que conduz a uma tomada de decisão , que neste sentido terá caráter diagnóstica e não classificatória e será feita a partir de critérios decorrentes da forma pela qual o ser humano apreende a realidade e de como age sobre ele. Portanto, o critério de avaliação é o próprio conteúdo no seu papel mediador entre o sujeito que aprende e a realidade. Esses conteúdos devem ser relevantes para que a compreensão da prática social se efetive.

Não podemos deixar de considerar a seleção de conteúdos e o método na socialização do saber. É nessa seleção que o aluno tem condições de elaborar sua visão de mundo, assegurando questionamentos e domínio da realidade.

Em Sociologia, a avaliação terá também caráter diagnóstico contínuo e cumulativo, considerando tanto a escolha de conteúdos, os meios de desenvolver e os caminhos que o aluno percorre para atingir as metas propostas, onde o erro será avaliado através da objetividade das questões levantadas.

Só podemos avaliar, se os objetivos foram atingidos se percebermos no aluno a compreensão das diferentes visões de mundo. Portanto, a observação constante quanto ao questionamento à análise, à crítica, à síntese e às conclusões são fundamentais para que possamos fornecer ao aluno parâmetro que o leve à auto- avaliação dos seus avanços e erros no processo ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96, Brasília, 1996. DIRETRIZES, Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE FARIA – ENS. FUND. E MÉDIO Rua: Guatemala, 346 – Morangueira – Fone/Fax: 32686804

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PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO: ANEXOS

2012 192