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Colégio Estadual Guaíra Ensino Fundamental e Médio Secretaria de Estado da Educação Núcleo Regional de Educação de Curitiba Setor Portão Área 7 Colégio Estadual Guaíra - Ensino Fundamental e Médio PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA CURRICULAR 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA CURRICULAR - Paraná · No ano de 1953, a Escola foi criada pelo Decreto nº 9864 de 02/07/1953. A inauguração oficial foi em 08 de janeiro

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

Secretaria de Estado da Educação

Núcleo Regional de Educação de Curitiba

Setor Portão – Área 7

Colégio Estadual Guaíra - Ensino Fundamental e Médio

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

E PROPOSTA CURRICULAR

2010

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico sintetiza o DESEJO de fazer com que o COLÉGIO

ESTADUAL GUAÍRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO produza ou fomente valores sociais,

políticos e culturais a serem vividos não só em seu interior, mas também na sociedade como

um todo; embalado no SONHO e na ESPERANÇA de um mundo melhor; na IMAGINAÇÃO e

na CRIATIVIDADE capazes de dar coragem para propor novas práticas e OUSADIA para

encaminhar um processo de transformação consciente e eficaz.

Foi a participação e o esforço conjunto da equipe que tornou possível sua elaboração.

O projeto político-pedagógico traduz os princípios e diretrizes pedagógicas aprovadas e

assumidas pela instituição de ensino, envolvendo pais, alunos, corpo docente, técnico e

administrativo da escola, que, após análises, reflexões e discussões sobre a legislação

educacional vigente e em consonância com as expectativas e necessidades de toda a

comunidade escolar o elaboraram.

A instituição educacional apresenta neste documento as suas finalidades e os seus

pressupostos teóricos, definindo a sua prática pedagógica e sua forma específica de conduzir o

processo ensino-aprendizagem.

O Colégio Estadual Guaíra apresenta o seu Projeto Político-Pedagógico revelando o

compromisso de contribuir para a formação de cidadãos competentes e comprometidos com as

transformações sociais impostas pelo mundo moderno.

Que sejam o engajamento, o comprometimento, o respeito e a ligação afetiva os

principais pontos de apoio a sustentar as ações e que a postura crítica possa ser redirecionada

constantemente na busca de perspectivas melhores.

O presente documento divide-se em três partes:

O MUNDO EM QUE VIVEMOS – CONTEXTO E DESAFIOS: expressa a realidade

observada pela comunidade escolar (Marco Situacional);

NOSSA CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO...: expressa os

princípios que irão nortear as ações no Colégio (Marco Conceitual);

NOSSOS POSICIONAMENTOS – A ESCOLA QUE QUEREMOS: expressa as diretrizes

relacionadas ao ensino, à pesquisa, às relações humanas e à gestão administrativa e

financeira do Colégio (Marco Operacional).

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IDENTIFICAÇÃO

O COLÉGIO ESTADUAL GUAÍRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO está localizado

à Rua Lamenha Lins nº 1962, no Bairro Rebouças.

No ano de 1953, a Escola foi criada pelo Decreto nº 9864 de 02/07/1953. A inauguração

oficial foi em 08 de janeiro de 1954, por ocasião da Conferência Nacional da Educação, tendo

sido parte do programa de comemorações do Centenário da Emancipação Política do Paraná.

Sua fundadora foi a Professora Pórcia dos Guimarães Alves.

Em 1956 foi instalada uma Clínica Psicológica, para estudo de casos considerados

difíceis e em decorrência, no ano de 1958, a primeira Classe Especial para atender crianças

excepcionais (definição utilizada no período em questão). Naquela ocasião não existia Escola

Especial em nosso estado que fizesse atendimento para esses casos. Decorridos 20 anos, em

1978, recebeu a primeira Autorização, sob a Resolução nº 1567/78, para o funcionamento de

Classes Especiais que propiciassem o atendimento a crianças excepcionais, na área de

deficiência mental.

Em 1960 foi inaugurado o 1º Pavilhão de Artes Industriais do Paraná.

Em 1963 foi sede da Coordenação Escolar do Complexo Guaíra que se compunha dos

Estabelecimentos de Ensino: Centro Educacional Guaíra, Centro de Artes Industriais Guaíra,

Grupo Escolar Doracy Cezarino, Escola Isolada Noturna Vila Parolin, Escola Imaculado

Coração de Maria e Casa Escolar Imaculado Coração de Maria – Noturno.

Em 1967, pelo Decreto nº 3477/67 o Centro Educacional Guaíra foi autorizado a

funcionar no período noturno e, em 1972, recebeu Autorização Secretarial nº 1842 de 07/08/72,

para funcionar a Fase I do Ensino Supletivo. Em 1974 pela Deliberação nº 19/74 iniciou a Fase

II que teve Autorização Secretarial nº 2892/74.

No ano de 1975, através do Decreto nº 1356 de 23/12/75, foram autorizados o

funcionamento do Centro Educacional Guaíra e do Centro de Artes industriais Guaíra como um

único Estabelecimento de Ensino.

De acordo com a Deliberação nº 040/75 do Conselho Estadual de Educação, o

Estabelecimento passou a se chamar Escola Guaíra – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau.

Em 1982, pela Resolução 2412/82 é autorizado o funcionamento da segunda Classe

Especial.

No ano de 1983, o Estabelecimento passou a ser denominado Escola Estadual Guaíra –

Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau.

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Em 1991, através da Resolução nº 139/91, foi autorizado o funcionamento do Curso de

2º Grau – Habilitação Magistério, passando o Estabelecimento de Ensino a se chamar Colégio

Estadual Guaíra – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo e de 2º Grau. Em 1999 o referido

curso foi extinto.

No ano de 1992 funcionavam quatro Classes Especiais, sendo cessadas pelo Parecer

0198/97 definitivamente duas Classes Especiais, permanecendo as demais em funcionamento

pela autorização nº 1567/78 de 20/09/1978 e 2416/82 de 02/09/1982 respectivamente.

Em 1997 foi autorizado o funcionamento do Curso Regular de 2º Grau na Habilitação

Educação Geral em caráter provisório.

Em 1998, em virtude da Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional), o Colégio passou a denominar-se Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e

Médio, ofertando à sua clientela a Educação Básica que é formada pela Educação Infantil,

Ensino Fundamental e Ensino Médio. Atendendo, também, as Modalidades de Ensino:

Educação Especial, Classe Especial e Sala de Recursos, e a Educação de Jovens e Adultos,

Fase II do Ensino Fundamental.

Em virtude da implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1999 se dá a

cessação definitiva do Curso Supletivo – Fase I, pelo Parecer 948/99, cabendo as Escolas

Municipais a responsabilidade da oferta das séries iniciais da Educação de Jovens e Adultos.

A Fase II do Supletivo teve sua cessação em 2001 pelo Parecer 0158/2001 do Conselho

Estadual de Educação, o mesmo que reconhece e autoriza o funcionamento da Educação de

Jovens e Adultos – 2º segmento (presencial) – Fase II 5ª a 8ª séries.

Em 2002 o estabelecimento de ensino recebe autorização para o funcionamento da Sala

de Recursos, deficiência mental e distúrbios de aprendizagem, com carga horária de 20 horas

pelo Parecer 2030/2002. Após dois anos é renovado o prazo de funcionamento e autorizado

sua ampliação de carga horária para 40 horas, pela resolução 3168/02, Parecer 1017/05 –

CEE.

Em 2005, a Educação de jovens e Adultos inicia um novo processo de funcionamento

assim se faz necessário cessar gradativamente a Fase II, ficando extinta no final de 2006.

Dentre as mudanças ocorridas alterou-se a idade para o ingresso desta modalidade de ensino,

dezoito anos completos e este foi um dos fatores que instigou o Colégio Estadual Guaíra a

solicitar a extensão para o funcionamento do Ensino Fundamental regular noturno, haja visto

que havia uma significativa demanda de alunos entre 14 e 18 anos que exerciam atividades

laborais durante o dia necessitando estudar no período da noite, tendo parecer favorável

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concedido em 2006 com a oferta de matrículas para 7ª e 8ª séries e em 2007 foi realizada a

implantação das 5ª e 6ª séries.

Atualmente o Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio, oferta: Ciclo

Básico de Alfabetização – CBA (Deliberação nº 033/93 CEE, Resolução nº 585/95) em

processo de cessação gradativa, Contraturno, Classe Especial (autorizada pelas Resoluções nº

1567/78 de 20/09/78 e 2416/82 de 02/09/82), Sala de Recursos ( Resolução de autorização nº

3168/02, Parecer 1017/05 – CEE), séries finais do Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries – diurno

e noturno (Decreto de autorização nº 1356/75 de 23/12/75 e reconhecido pela Resolução nº

404/82 de 10/02/82), Sala de Apoio de Aprendizagem (Instrução nº 001/08 – SUED/SEED) e

Ensino Médio diurno e noturno (autorizado através da Resolução nº 2635/97 de 01/08/97,

reconhecido pela resolução nº 3852/99 de 04/10/99 e pelo Parecer n} 242/99 CEE).

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DIAGNÓSTICO

A nossa comunidade é constituída por alunos com idade a partir de seis anos, os quais

ingressam na Educação Infantil, e a maioria cursa o Ensino Fundamental de forma integral,

concluindo o Ensino Médio em nosso estabelecimento.

Pela localização, a escola recebe alunos de vários bairros, em grande parte oriundos da

classe trabalhadora de baixa e média renda: 36% dos alunos possuem renda familiar em torno

de 3 a 5 salários mínimos, 15% entre 5 e 10 salários, 23% 2 salários e 11% salário mínimo.

Pode-se perceber que a comunidade se encontra atenta em relação à qualidade de

ensino oferecida pelo colégio, em virtude da demanda regular por vagas e pela crescente

procura dos professores pedagogos pelos pais e comunidade escolar para esclarecimentos.

Nessas entrevistas os pais ou responsáveis têm demonstrado interesse pela forma de

abordagens que os professores utilizam em suas aulas, pela postura ética que têm frente aos

alunos. Todavia, uma parcela desses pais vê o Colégio como um espaço seguro para deixar

seus filhos enquanto trabalham, delegando assim ao estabelecimento as funções de orientação

para a vida e a convivência social. Ressalta-se que este fator traz a contradição social para

dentro dos muros escolares e gera situações de conflito que desafiam a organização.

O fator localização é determinante na escolha do local onde o filho deverá estudar. Por

ser considerada uma região central, trajeto de várias linhas de transporte coletivo, ladeado por

diversas empresas, principalmente de gastronomia, que ofertam significativa demanda de

emprego e por apresentar uma área residencial de poder aquisitivo mais elevado que oferta

emprego de empregada doméstica, assim educandos vem de varias regiões da cidade e região

metropolitana na companhia de seus pais ou responsáveis estudar neste estabelecimento de

ensino. A outra comunidade atendida são os moradores das favelas próximas ao Colégio, Vila

Torres e Vila Parolin. Estes buscam, não só a qualidade do ensino, mas também segurança ao

sair do seu contexto violento. Esta comunidade tem maior adesão no período noturno. É a que

apresenta maior índice de evasão e fracasso escolar, não por exclusão, mas pelo modo de vida

que levam, trabalho braçal desde criança, má qualidade de vida, convívio com a violência e

drogas, perseguição, enfim sofrem as mazelas das diferenças sociais postas no mundo atual.

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MODALIDADES DE ENSINO

O COLÉGIO ESTADUAL GUAÍRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO oferta as

seguintes modalidades de ensino:

CURSOS

Educação Básica:

Ensino Fundamental: Ciclo Básico de Alfabetização (CBA) em fase de cessação.

5ª a 8ª Séries.

Ensino Médio.

Educação Especial: Classe Especial.

Sala de Recursos.

PROGRAMAS DE APOIO

Sala de Apoio de Aprendizagem: 5ª série - Língua Portuguesa e Matemática.

Contra-turno: CBA.

HORÁRIO / TURMAS

Ensino Fundamental:

2ª a 4ª Séries: .....................................................07 Turmas – das 13:25h as 17:25h

5ª a 8ª Séries: ....................................................13 Turmas – das 07:30h as 12:00h

.....................................................02 Turmas – das 13:10h as 17:00h

....................................................04 Turmas – das 18:30h as 22:30h

Ensino Médio: .................................................... 03 Turmas – das 13:10h as 17:40h

.................................................... 03 Turmas – das 18:30h as 22:30h

Educação Especial:

Classe Especial ..................................................01 Turma – das 07:30h as 11:30h

.................................................01 Turma – das 13:20h as 17:25h

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Sala de Recursos: ..............................................01 Turma – das 07:30h as 11:30h

Programas de Apoio:

Contra-turno: ......................................................01 Turma – das 08:00h as 11:55h

Sala de Apoio de Aprendizagem: 5ª Séries:

Matemática: ................................................01 Turma - Terça e Quinta-feira

das 13:10h as 14:50h

Língua Portuguesa: ................................... 01 Turma – Terça e Quinta-feira

das 14:50h as 16:30h

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CORPO FUNCIONAL

DIREÇÃO

Norma Gonçalves Élbio Ferreira Da Silva

EQUIPE PEDAGÓGICA

Ana Cristina Ross Mara Célia Monteiro Norina Duarte Tosi Rose Mari Rocha Lara Vania Regina Voigt Prado

ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS - CBA

Regência Kleide Costa Cordeiro Maria Aparecida Da Silva Zamilian Roze Mary Moritz Cordeiro Clarice Maria Vaini Martins Ivonete Da Cunha Marcia Haydee De Lara Saldanha Marli Miller

Auxiliar de regência Catarina Xavier De Carvalho Cimei Neia De Moraes Silva

Contra-turno Maria Aparecida Da Silva Zamilian Educação Fisica Rosa Luiza de Oliveira

Artes Priscila Quilles Baldassarre Guimarães

EDUCAÇÃO ESPECIAL Regência Kleide Costa Cordeiro Elza Keiko Mino Jacqueline Butenas (A) Clarice Maria Vaini Martins*

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ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS – 5ª A 8ª SÉRIES

Lingua Portuguesa Ivana Dala Bernardina Tania Maria Rocha Elidalva Ferreira de Mattos Rosilane Beck Bensi (A) Bruna Schmidt Malerba*

Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa Bruna Schmidt Malerba Matemática Paulo Roberto Ferraz de Andrade Silvana Rita De Cassia Precoma (A) Helen Maria Baptista Dorabiallo Gerson Regis Fernandes Cimei Neia De Moraes Silva Geyslomar Alves dos Santos * Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática

Geyslomar Alves dos Santos Ciências Jussara Salete Moreira Barvick Cristina Martins Helen Cristina Leal Pachecoski Adelia Vallejos Saldanha* Raphael Christian Pereira Barth (A) Luciana Tomasin Geografia Liliane Elisa Vargas Matos

Maria Clara Ferreira Coelho Sbalqueiro Lilian Ianke Leite Gilbert Marques Daniel Franco Teixeira (A) Ciro Fabeo Guerra Gisleine Krubniki Ribas * História Regis Arthur Davi Aliete Pereira de Souza Vivian Noitel Valim Tedardi Raquel Zanotelli Rodrigues

Educação Física Nerci Beduschi Domingos Rosa Luiza de Oliveira

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Marco Antonio Baptista Da Cruz Junior Artes Roberly Hanser Defreitas Caseta Priscila Quilles Baldassarre Guimarães Lenyan Gomes Assunção Daniel de Figueiredo Neves L.E.M.-Inglês Marilze Pontarolo Stremel

Rose Lydia Gomes Pacheco* Tania Maria Rocha Adriana Miranda Kritski Vania Maria Cenci Stedile (A) Emerson Ribeiro das Neves* Ensino Religioso Valdeir Amorim de Oliveira Elisabete Fernandes Reichert

ENSINO MÉDIO

Língua Portuguesa Everson alves de souza Elidalva ferreira de mattos * Jaqueline tomiello teixeira Marcia denise de oliveira godoy (A) Matemática Gerson Regis Fernandes Geyslomar Alves dos Santos Geografia

Gilbert Marques Daniel Franco Teixeira (A) Ciro Fabeo Guerra Gisleine Krubniki Ribas * História Regis Arthur Davi Educação Física Rosa Luiza de Oliveira Andreia Saldanha de Pinho

Arte Roberly Hanser Defreitas Caseta Quimica

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Celia Piazza da Cruz Cristina Martins Física Gerson Regis Fernandes Geyslomar Alves dos Santos L.E.M.-Inglês Rose Lydia Gomes Pacheco * Adriana Miranda Kritski

Vania Maria Cenci Stedile (A)

L.E.M.-Espanhol Rosiane Kochanovecz Jaqueline Tomiello Teixeira

Filosofia Helio Goncalves Fernandes Antonio Carlos Anhaia Biologia Adelia Vallejos Saldanha * Raphael Christian Pereira Barth (A) Giovani Farina

Sociologia Jorge Prado Serzoski Elisabete Fernandes Reichert Professor Da LEI 15308/06 Everli Do Rocio De Siqueira Santos (A) Iolete Guimarães Baptista (A) Juraci Ferreira Da Silva (A) Maria Ruth Betini Pereira (A) Nair Luiza Minozzo (A) Neusa Regina Petry Da Costa (A)

Rita Alzira Cesario Da Silva (A) Clotilde Maria Lipinski (A)

(A): Professor(a) afastado(a);

*: Professor(a) em substituição.

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ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O COLÉGIO ESTADUAL GUAÍRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO possui:

- 16 Salas de aula para Ensino Regular.

- 03 Salas de aula para Ensino Especial.

- 01 Sala para Professores.

- 01 Sala para reuniões.

- 02 Salas Pedagogos.

- 01 Sala para Coordenação do CBA.

- 01 Sala para triagem: avaliação psicopedagógica.

- 01 Sala para material didático.

- 01 Laboratório de Informática.

- 01 Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas.

- 01 Biblioteca.

- 01 Sala de Artes com forno para secagem de cerâmica.

- 01 Salão Nobre com Piano.

- 01 Almoxarifado para material de limpeza.

- 01 Almoxarifado para material de Educação Física.

- 01 Cozinha.

- 01 Despensa para Merenda Escolar.

- 01 Quadra para prática de Educação Física.

- 01 Quadra coberta.

- 02 Pátios pequenos.

- 01 Secretaria.

- 01 Gabinete de Direção.

- 06 Banheiros para alunos.

- 03 Banheiros para professores.

- 01 Casa para o caseiro.

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MATERIAL PERMANENTE E PEDAGÓGICO

O COLÉGIO ESTADUAL GUAÍRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO possui:

- 06 Aparelhos de TV ................................... 03 em funcionamento e 03 inservíveis.

- 19 Aparelhos de TV multimídia ............................................... Em funcionamento.

- 03 Aparelhos de Vídeo ................................01 em funcionamento e 02 inservível.

- 02 Aparelho de DVD ................................................................Em funcionamento.

- 03 Retroprojetores ......................................02 em funcionamento e 01 inservível.

- 10 Computadores ..................................... 07 em funcionamento e 03 inservíveis.

- 24 Computadores “Paraná Digital”...........................................Em funcionamento.

- 05 Impressoras ............................................04 em funcionamento e 01 inservível.

- 03 Impressoras laser “Paraná Digital”......................................Em funcionamento.

- 01 Multifuncional ..................................................................... Em funcionamento.

- 01 Mimeógrafo a tinta.......................................Com defeito(antigo + de 30 anos )

- 01 Duplicador a álcool ..............................................................Em funcionamento.

- 01 Aparelho de Fax ................................................................. Em funcionamento.

- 03 Aparelhos de Som ...............................02 em funcionamento e 01 com defeito.

- 01 Máquina Fotográfica ........................................................... Em funcionamento.

- 02 Bebedouros elétricos ...........................................................Em funcionamento.

- 02 Ventiladores de teto ........................................................... Em funcionamento.

- 02 Fogões Industriais ..............................................................Em funcionamento.

- 01 Freezer ...............................................................................Em funcionamento.

- 01 Filtro de água .....................................................................Em funcionamento.

- 02 Liquidificadores Industriais ................01 em funcionamento e 01 com defeito.

- 02 Geladeiras ..........................................................................Em funcionamento.

- 01 Enceradeira Industrial ....................................................... Em funcionamento.

- 01 Máquina Lavadora de Alta Pressão .....................................Em funcionamento.

- Mapoteca ............................... A maioria dos mapas é antiga, portanto defasada.

- Cartazes ilustrativos .............................................................Em condições de uso.

- Livros didáticos e de literatura; Coleções enciclopédias como: Enciclopédia Barsa, Britânica,

etc. ......................................................................... Edições muito antigas.

- Videoteca ....................................................................Basicamente da TV Escola.

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- Material Pedagógico para o ensino da Matemática ..................................... Ábaco, Material

Dourado, Esquadro, Transferidor e Régua de madeira para uso do professor.

- Material Poli esportivo...................................................Bolas de: vôlei, futsal, futebol, basquete,

caçador; redes, bambolê, perna-de-pau, mesa de ping-pong, jogos de tabuleiro e outros.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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OBJETIVOS GERAIS

O COLÉGIO ESTADUAL GUAÍRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO tem como

objetivo maior, contribuir para a formação de cidadãos críticos, conhecedores dos seus direitos,

deveres e dos conhecimentos necessários para atuar no mundo que o cerca, bem como no

mundo do trabalho, trazendo benefícios ao seu desenvolvimento, respeitando as leis dos

homens e da natureza.

Para se alcançar este objetivo, tem-se como norte do trabalho pedagógico a formação

de um cidadão consciente da sua condição humana e da do outro. Sujeito de sua ação, digno,

responsável, crítico, participativo e sensibilizado às questões ambientais, sociais e políticas. E

como sujeito capaz de interpretar a sua realidade para nela agir e interagir de forma coerente,

exercendo sua cidadania de maneira a modificar o que se faz necessário, resgatar ou construir

valores humanos que dignifiquem a vida.

Assim põem-se os seguintes objetivos:

Desenvolver ações que nos permitam, com qualidade, atingir metas.

Construir uma prática pedagógica, educativa e política comprometida efetivamente com a

qualidade do ensino e com a escola pública.

Refletir, coletivamente, sobre as funções do educador frente aos novos desafios

educacionais como: inclusão, diversidade do ser, questões ambientais, avanços científicos,

tecnológicos, limitações escolares, possibilidades de realização, novos paradigmas...

Definir os resultados a serem alcançados através das ações a serem desenvolvidas na

escola, metas a ser atingidas, com vistas a um ensino de qualidade para todos.

Estabelecer procedimentos (na sala de aula e fora dela) que todos utilizem em comum

acordo e levantamento de necessidades para organização da ação escolar promovendo o

sucesso do aluno.

Organizar estratégias de ação que possibilitem a participação da comunidade de forma mais

integrada ao contexto escolar.

Participar de estudos, planejamentos, reflexões e cursos consolidando a competência para o

fazer pedagógico.

Respeitar a todos, independentemente das suas diferenças, considerando a diversidade

como essencial para a construção de relações, conhecimentos inovadores, criativos e

humanitários.

Transformar-se em espaço de convivência pacífica, ética e, portanto cidadã.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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Efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos legais.

Ofertar metodologia ativa que favoreça a criatividade, a observação, a análise e a pesquisa,

vinculada à educação escolar, o trabalho e a prática social.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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FINALIDADES

ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação básica do

cidadão mediante:

_O desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura,

da escrita e do cálculo.

_A compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das relações

socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios que se

fundamentam as sociedades.

_ O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que se

assenta a vida social.

_A valorização das culturas local/regional e suas múltiplas relações com os contextos

nacional/global.

_O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de

ideologia e de condição socioeconômica.

ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos,

tem como finalidade:

_A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos.

_A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em que

vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua transformação.

_O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética, autonomia

intelectual e pensamento crítico.

_A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões

filosóficas, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes disciplinas.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL

Esta modalidade de ensino tem como finalidade assegurar educação de qualidade a

todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da Educação

Básica, oferecendo apoio, complementação, suplementação e/ou substituição dos serviços

educacionais regulares.

Neste estabelecimento de ensino são ofertados os seguintes programas de atendimento

especializado:

_ Classe Especial – Na área da Deficiência Mental

_ Sala de Recursos – Dificuldades de Aprendizagem

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O MUNDO EM QUE VIVEMOS – CONTEXTO E DESAFIOS

(MARCO SITUACIONAL)

Neste texto, será explicitado como se entende o mundo em que se vive e o contexto no

qual se situa o Colégio Estadual Guaíra. Partindo do pressuposto de que uma escola que visa

realizar ações globais precisa levar em conta os problemas decorrentes das relações que se

estabelecem em seu contexto. Consciente dessa trama de relações poderá superar ações

espontaneistas e, efetivamente contribuir para a construção de uma sociedade mais humana,

justa e participativa.

Sendo assim, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado na atualidade

enquanto, por um lado, presencia-se as maiores e mais rápidas transformações tecnológicas,

por outro, convive-se com o crescimento desenfreado da miséria e da injustiça social. Isto não

significa afirmar que um é decorrente do outro, haja visto que não foi o avanço tecnológico

propriamente dito que ocasionou a miséria e a injustiça social, mas sim sua forma como foi

empregada pela sociedade capitalista, pois ela tomou para si a ciência e a tecnologia para a

manutenção do status quo. É necessário compreender que não é a ciência e a técnica em si

que oprime, mas sim a forma que é utilizada, a favor do capital e não das necessidades

humanas. Por isso, é preciso compreender o mundo e situar os problemas presentes no

entorno para, em seguida, apontar em que direção caminhará o ensino que se almeja para o

Colégio.

É visível que o mundo tornou-se globalizado, mas as oportunidades não. A globalização

é um processo determinado pelo funcionamento dos mercados e da economia que repercute

diretamente na educação, cultura e nos costumes dos povos. Visivelmente, os princípios dos

países, cujas bases fundamentam-se no capitalismo, propagam-se pelo mundo, estabelecendo

cada vez maior poder desses países sobre os demais. A globalização, embora anuncie a

inserção de todos, gerou a exclusão dos países pobres e em desenvolvimento, do acesso a

condições de vida que representam a dignidade humana.

Há que se considerar também que vivemos problemas de toda ordem, tais como:

SOCIAIS: empobrecimento da maior parte da população expresso na miséria e na fome;

déficit de saneamento básico; falta de segurança pública; condições precárias de saúde física e

mental; descaso com a educação; precarização das condições de trabalho expressa em

elevadas taxas de desemprego, baixos níveis salariais e carência de mão de obra qualificada.

Notoriamente, a exclusão social cresce a cada dia, marcada pela má distribuição de renda, pela

desigualdade social que repercute em desemprego, violência, uso de drogas e prostituição.

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POLÍTICOS: concentração de poder político sustentado na força econômica; perdas de

direitos sociais adquiridos; ruptura com preceitos éticos expressa em corrupção.

ECONÔMICOS: constituição de blocos de poder que determinam as relações

econômicas baseadas na maximização dos lucros; concentração do conhecimento (ciência e

tecnologia) nas mãos de grandes grupos econômicos, colocando os países em

desenvolvimento na condição de meros reprodutores e consumidores de tecnologia; imposição

de princípios ditados pelas empresas transnacionais; protecionismo aos países desenvolvidos;

queda em investimentos no setor industrial e rural; expansão no setor de serviços cada vez

mais caracterizado pela informalidade das relações de trabalho; sobreposição de valores

pautados na competitividade e no empreendedorismo a valores de solidariedade e coletividade.

CULTURAIS: imposição de valores de determinados grupos sociais; consumismo;

banalização do sexo e da violência através do uso de novas tecnologias de informação e de

comunicação; hegemonia cultural devido à globalização e à imposição de determinados

modelos da ciência e da tecnologia; xenofobia; submissão à velocidade das transformações

materiais em detrimento do tempo de contemplação; preconceitos às minorias.

RELIGIOSOS: utilização da religião para fins econômicos e políticos, gerando conflitos

entre os povos.

AMBIENTAIS: problemas de dimensão planetária relacionados às questões ambientais,

tais como a poluição e o consumo irresponsável de recursos naturais como a água e a energia.

Inundações, secas, processos de desertificação, furacões, terremotos, destruição da camada

de ozônio, extinção de espécies, desastres ecológicos, incêndios nas florestas são, certamente,

respostas às posturas inadequadas do ser humano no que se refere ao uso de matéria prima

proveniente da natureza, ao saneamento e à saúde.

Na América Latina, em particular, a política neol iberal materializou-se na realidade dos

países: má distribuição de renda, ensino de baixa qualidade, desigualdade de oportunidades,

desorganização social, políticos descomprometidos com a minoria. Tudo isso se agrava na

medida em que as relações sociais são reguladas pelo poder econômico, repercutindo em

desigualdade entre ricos e pobres, dominação cultural, tecnológica e econômica, que se

expressa em exclusão social e, conseqüentemente, em violência nas cidades, tráfico de drogas,

falta de habitação.

No Brasil, especificamente, a privatização dos recursos do Estado associada a medidas

econômicas populistas (real, inflação, juros), ao superfaturamento de bancos, à falta de

credibilidade no comércio exterior repercutiram na queda de renda per - capita e instalaram a

falta de perspectivas sociais.

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Se considerar o entorno da escola, observar-se que as mazelas sociais se aproximam.

Já convive-se com a violência na grande Curitiba. Como em outras grandes cidades, devido aos

processos de exclusão, não há mais espaço para comportar todas as pessoas. Embora a mídia

anuncie que existe qualidade de vida na cidade, já não se confirma isso no dia-a-dia. Enquanto

aquelas pessoas que saem das cidades pequenas para trabalhar em centros maiores sofrem

porque faltam empregos, aqueles que vêm de grandes centros não encontram a procurada

qualidade de vida, devido às conseqüências das mazelas sociais. A violência, a delinqüência,

as drogas, entre outros problemas, são reflexos da exclusão social.

Apesar desses problemas afetarem mais diretamente as classes populares, é preciso

notar, por exemplo, que a violência é um fenômeno do mundo e que acontece em qualquer

classe social. Temos vários tipos de violência, tais como a bomba, a fome, a falta de escola, os

atentados, os seqüestros, os conflitos entre povos, a população reprimida, os preconceitos às

minorias. Omite-se porque muitas dessas manifestações de violência ainda parecem distantes.

Com respeito à educação escolar no Brasil pode-se dizer que os avanços obtidos nas últimas

décadas são inegáveis, visto que houve uma redução considerável do analfabetismo. Nota-se

ainda o avanço na universalização da educação visto que, segundo o IBGE, 96,9% (noventa e

seis vírgula nove por cento) das crianças entre sete e quatorze anos e 83% (oitenta e três por

cento) dos jovens entre quinze e dezessete anos estão matriculadas na rede escolar. Ainda

que insuficientes, os recursos investidos são crescentes o que tem assegurado alguns

resultados positivos. Se em 1998 o gasto médio anual, per capta, com educação, era da ordem

de R$ 134,00 (cento e trinta e quatro reais), em 2000 este gasto passou para R$ 166,00 (cento

e sessenta e seis reais) (IBGE, 2000). Contudo, convive-se com uma gama de problemas que

comprometem a qualidade do ensino em todos os níveis. A precariedade das estruturas físicas

e a carência de materiais pedagógicos, conseqüência da escassez e má aplicação dos

recursos, somados à falta de professores formados, capacitados, motivados e mal

remunerados, constituem os principais problemas. Não basta uma escola bem estruturada e

bem equipada se o professor não tiver a formação e a qualificação devida. É notória a

desvalorização do professor nas últimas décadas, que tem sofrido com os baixos salários e falta

de uma política de qualificação profissional. Por outro lado, a falta de comprometimento de

parte de alguns profissionais da educação, com um ensino de qualidade, tem contribuído para o

agravamento do quadro. O fato da educação não ser prioridade neste país e a falta de maiores

investimentos em todas as esferas de governo, resultam nos graves problemas sociais

presentes e são fatores que interferem diretamente na qualidade da educação. Esta realidade é

evidenciada quando observa-se que, apesar da queda da taxa de analfabetismo, cerca de 26%

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(vinte e seis por cento) da população é analfabeta funcional, ou seja, tem menos de quatro anos

de escolaridade, ou ainda, quando observa-se que a escolaridade média do brasileiro é de

somente 6,2 anos. Se a universalização das vagas é um aspecto positivo, há de apontar que

milhares de crianças e jovens ainda estudam em condições de extrema precariedade.

A reforma do sistema de ensino brasileiro, a partir da publicação da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional 9394/96, suscitou mudanças tentando responder aos problemas

que afetam à educação, tanto a nível Nacional quanto Internacional em virtude de acordos para

a melhoria dos direitos de igualdade. Embora tenham ocorrido no decorrer de sua implantação,

mudanças nos modelos de ensino, ainda são recorrentes limites que obstaculizam melhorias.

O quadro sócio-histórico-educacional exposto parece expressar uma visão apocalíptica

de sociedade, ressaltando uma gama de problemas que sugere ser intangível qualquer

possibilidade de transformação para melhor.

Entretanto, percebe-se a preocupação da mantenedora (gestão 2002/2010) em investir,

promover e estimular e implantar ações inovadoras, tais como: a reformulação das Diretrizes

Curriculares do Ensino do Estado do Paraná; ênfase à Semana de Estudo Pedagógico com

elaboração de materiais de estudos visando o envolvimento da comunidade escolar;

manutenção da hora-atividade e implantação da hora-atividade concentrada como espaço de

formação e informação docente; disponibilidade de uma equipe multidisciplinar para as devidas

orientações nas escolas; a construção coletiva dos Conteúdos Básicos a serem desenvolvidos

dentro da sala de aula, implantação das novas tecnologias nas Escolas, etc. Existem outras

ações, porém estas merecem destaque por apresentarem significativa relevância por

contemplar diretamente a ação escolar.

Nesta perspectiva e dentro do contexto sócio, econômico e político existente é que o

Colégio Estadual Guaíra vem buscando elaborar uma proposta pedagógica que atenda as

exigências da mantenedora, mas, que também, atenda as necessidades da comunidade

atendida. Essa contradição parece se fazer presente em todas as dimensões. Percebe-se que

alunos e professores organizam-se em diversos momentos para concretizar ações, mas no dia-

a-dia esses princípios mudam de rumo em virtude dos problemas sociais que interferem

diretamente na ação pedagógica.

Constata-se na comunidade atendida, como um todo, a preocupação em buscar uma

formação de qualidade, inclusive pela procura de moradores distantes a esse estabelecimento

de ensino que, dito pelos próprios pais o fazem para investir numa educação de qualidade do

filho e, portanto, acreditam que esta escolha é a que fará a diferença na sua formação. Porém

a precariedade de formação destes pais e a intensa necessidade em dedicar-se ao trabalho,

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leva a dificuldade em repassar aos seus filhos conceitos prévios necessários para o sucesso de

uma se a criança cresce sem ter contato com o mundo letrado, sem o convívio com o diálogo

ao criança terá maior dificuldade na aquisição dos conhecimentos apresentando, inclusive um

tempo diferente para a efetivação da aprendizagem. Neste processo inicial o papel da família

e/ou cuidadores é de fundamental importância, pois para sua formação o que faz a diferença

não são só as palavras, mas atitudes, os exemplos que serão copiados pelas crianças, uma

coisa é a família falar da importância dos estudos, outra é a sua formação, bem como suas

atitudes para o seu enriquecimento cultural. Essa constatação é percebida no cotidiano

escolar, onde alunos apresentam falta de interesse pelos estudos, principalmente em realizar as

tarefas de fixação enviadas para casa e no ato de estudar para as avaliações formais. Daí a

preocupação constante de todos os envolvidos na tentativa de sensibilizar o aluno da

necessidade de formar e informar-se como forma de conhecer a realidade do meio que está

inserido e melhorar sua condição humana, tanto nas relações pessoais como no campo

profissional.

Percebe-se na prática pedagógica a constante busca de propostas para a melhoria de

sua prática na tentativa de proporcionar ao aluno atividades que despertem seu interesse e

consequentemente favoreça o seu crescimento acadêmico. Percebe-se a preocupação em

ensinar, em fazer da escola um local de enriquecimento de conhecimento. Percebe-se que

existe uma busca em sincronizar a proposta pedagógica com a metodologia e a didática de

ensino, e uma busca contínua em dar coerência a avaliação do desempenho escolar à proposta

de ensinar e aprender. Porém, percebe-se, também, que os problemas sociais vividos pelos

alunos afetam diretamente o seu aprendizado. A carência alimentar e afetiva, a desestruturação

familiar, o convívio com a violência e as drogas, a falta de limites, etc., são aspectos

corriqueiros entre a maioria dos alunos, independente de situação financeira, e que interferem

diretamente no cotidiano escolar, ora por dificuldade em concentrar-se em e aprender, ora por

modificação de comportamento que também leva a não aprendizagem. Por mais que as

famílias priorizem a qualidade de ensino para seus filhos elas, em sua maioria, não assumem o

papel de colaboradora da instituição de ensino, delegando a escola não só o papel de

formação, mas o de educação aos mesmos.

Há muito se sabe que nenhuma instituição caminha sozinha, é necessário sempre a

parceria do coletivo para a obtenção de resultados positivos, desde que com o mesmo

propósito. Nesta perspectiva, o Colégio vem tentando fazer um efetivo resgate dos pais ou

responsáveis no comprometimento com a educação de seus filhos, cobrando sua presença, o

diálogo e a constante participação nas tarefas.

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Sabe-se que o histórico familiar é um dos aspectos mais significativos para o

desenvolvimento e aquisição da aprendizagem, mas, não é o único fator. Se faz necessário

refletir sobre a ação docente e equipe pedagógica, de direção e administrativa. No que se refere

ao corpo docente, observa-se a tentativa e o esforço do professor em ministrar suas aulas,

porém as constantes mudanças na proposta de ensino, a ausência de preparo na formação

acadêmica, a dificuldade em planejar e em compreender o processo de avaliação, a

instabilidade dos contratos de trabalho ou a acomodação da estabilidade, o despreparo para

lidar com os problemas sociais presentes, entre outros, levam, na maioria das vezes, ao

desempenho fracassado, ou seja, problemas no ensinar. Percebe-se que estes aspectos são

originários da própria formação humana, pois assim como o aluno, o professor também tem

uma história de vida, valores e éticas que nem sempre condizem com o que é vivenciado dentro

das salas de aula. Conceitos, valores sociais estão muito amplos, porém deve-se respeitar a

individualidade, a diversidade do aluno, mas e o respeito à individualidade do professor? A sua

concepção de mundo? Os problemas sociais interferem tanto na prática dos professores que

apresentam dificuldade de manejo de turma quanto com os professores que detém este

domínio, não caracterizando assim um problema isolado, mas uma preocupação coletiva.

Em relação à equipe pedagógica, percebe-se a sobre carga de tarefas, tais como:

controle da indisciplina discente, cobrança da família em contrapartida com o delegar ao

Colégio o que é de sua responsabilidade, cobrança da mantenedora de ações para a formação

docente e melhoria da qualidade do ensino, e, ainda desempenhar com qualidade todas as

funções que lhe compete. Sendo o pedagogo um ser humano, apresenta as mesmas

dificuldades que qualquer outro ser e muitas vezes, não dá conta de atender, tão pouco resolver

todos os problemas que lhes são repassados, acarretando, em alguns casos, na não devolutiva

do que foi realizado. Outro fator que emperra o trabalho do pedagogo é a falta de apoio,

principalmente do Conselho Tutelar que ao encaminhar um aluno para que auxilie nos

encaminhamentos necessários não dá retorno ou, também se coloca como impotente para

resolver tais situações, ficando mais uma vez a escola sozinha com o problema que geralmente

é social.

Da mesma forma percebe-se que a equipe de direção e administrativa sofrem a

sobrecarga de tarefas, mas principalmente da direção é exigido termos de responsabilidades

que não condizem com a autonomia almejada tão pouco com gestão democrática. Assim como

posto anteriormente o diretor também é um ser humano a serviço de uma determinada

comunidade, eleito por ela, porém com suas peculiaridades que devem ser respeitadas.

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Fala-se tanto em inclusão, em respeito ao diferente, mas esquece-se que o diferente é

cada ser envolvido nesse processo de ação e transformação tanto no âmbito escolar quanto

fora dele.

É necessário registrar que ao longo das discussões que explicitaram o referido quadro,

os sujeitos envolvidos manifestaram sua visão movidos pelo desejo de transformações. Suas

reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua função social, poderá contribuir com as

transformações atuando criticamente para reconstruir as representações que os sujeitos têm da

realidade, de modo a promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade. Isso

é visível quando professores, alunos, equipe pedagógica, de direção e administrativa, anunciam

DESAFIOS a serem assumidos pelo colégio, tais como:

_Assegurar o caráter público e gratuito da escola visando à inclusão educacional e social.

_Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a sociedade vive

uma crise de valores no que tange ao convívio social, à manutenção da paz, ao respeito aos

direitos humanos.

_Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade no sentido

de superar as desigualdades sociais.

_Conhecer melhor a realidade e os problemas da comunidade escolar.

_Garantir a identidade e a autonomia da escola.

_Criar condições para atuar de modo responsável e comprometido com a função social da

escola.

_Construir a organicidade coletiva.

Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função da

escola na sociedade e remetem à educação como condição de libertação do homem. Ter direito

à liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável para a construção de uma nova

ordem social. Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja panacéia para as

mazelas sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno, sujeito

consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade.

Diante das necessidades percebidas pela comunidade escolar a respeito do processo

pedagógico do colégio no momento atual, foram elencadas as seguintes metas:

_Dar novo significado ao Projeto Político Pedagógico do estabelecimento.

_Promover aprendizagens significativas.

_Adequar a prática educacional ao Projeto Político Pedagógico.

_Incorporar efetivamente uma postura emancipadora de avaliação e recuperação de

estudos.

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_Promover a capacitação dos profissionais do Colégio.

_Incentivar a pesquisa como pratica pedagógica.

_Fortalecer a gestão participativa e democrática.

_Resgatar a importância do papel do professor.

_Redimensionar o trabalho da equipe pedagógica.

_Privilegiar a ética e os valores como base da formação integral, indispensável no

estabelecimento das normas disciplinares do Colégio.

_ Instituir o diálogo como prática.

_Promover a integração família e escola num pensar comum para se chegar ao mesmo

fim, a melhoria do ensino do aluno.

_ Buscar subsídios para efetivar a educação inclusiva bem como o respeito à

diversidade existente no Colégio.

Todas as metas e ações advindas destas necessidades e relacionadas no Marco

Operacional deste documento deverão contribuir para melhorar os índices de aproveitamento

dos alunos do Colégio.

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NOSSA CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO...

(MARCO CONCEITUAL)

A partir do exposto no marco situacional, entendemos que a escola brasileira tem

responsabilidade na formação do cidadão capaz de transformar o país em busca de mais

justiça social, igualdade e pleno desenvolvimento econômico, com respeito ao ser humano.

Nessa visão, serão explicitadas as CONCEPÇÕES que embasam este projeto político-

pedagógico. Acredita-se que por meio dele, a instituição norteia suas práticas e viabiliza seus

valores sócio-culturais. Quando corpo discente, docente e técnico-administrativo defendem a

solidariedade, a ética, a igualdade social, o reconhecimento das diferenças, a liberdade e o

respeito à natureza e políticas apropriadas para eles, estão afirmando que esses devem ser os

valores a sustentarem as suas práticas cotidianas.

O colégio, tendo consciência de que este país é categorizado como periférico da

economia capitalista, precisa conjugar seus esforços com os da população, no sentido de

garantir aos seus alunos, condições de exercício de cidadania responsável, socialização do

conhecimento e tecnologia, colocando-os a serviço da construção de uma sociedade mais ética,

justa e igualitária.

Essa concepção de construção coletiva de sociedade é inerente à educação de seres

humanos autônomos, críticos, com capacidade de entender e cumprir seus deveres e

reivindicar seus direitos, a partir do desenvolvimento da sensibilidade para o social, sabendo

utilizar-se da tecnologia também com vistas ao bem comum.

A SOCIEDADE mencionada é aquela que seja justa, quanto à sua natureza;

responsável quanto à sua organização e a serviço da sociedade, quanto à forma de agir:

Por sociedade justa entendemos aquela que:

Respeita os direitos individuais e sociais de cada cidadão, independentemente da idade,

sexo, raça, classe social, escolaridade e religião;

Oferece condições de atendimento às necessidades de saúde, moradia, trabalho,

educação e lazer, para que todos possam viver com dignidade;

Garante um poder legislativo, executivo e judiciário voltado para o bem de todos,

fundamentado na justiça, no direito e na verdade;

Desenvolve, em todos, a consciência crítica para o exercício de seus próprios deveres e

direitos;

Exerce o poder público a serviço do bem comum;

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Cria espaços de participação para que todos os cidadãos possam prestar sua

contribuição na organização sócio-econômica e política;

Promove a socialização do saber e o engajamento de todos na busca de uma sociedade

mais democrática e menos desigual;

Favorece o crescimento constante das pessoas, conforme suas aptidões e seus

interesses, valorizando a liberdade de expressão;

Preocupa-se com o ser humano e o meio ambiente, zelando, denunciando e se

organizando contra todas as formas de violência;

Compromete-se ética e moralmente com os anseios e necessidades dos cidadãos, não

tolerando a corrupção, a inércia e a omissão de seus representantes;

Valoriza o trabalho, buscando uma economia mais humana e solidária, com primazia da

vida.

Por sociedade responsável entendemos aquela que:

Desenvolve o espírito de respeito superando todo tipo de discriminação;

Promove a ajuda mútua entre as pessoas visando a igualdade de direitos.

Por sociedade a serviço da dos entes sociais entendemos aquela que:

Valoriza igualmente a inteligência, as aptidões físicas e a sensibilidade, promovendo e

respeitando as diferenças individuais;

Empenha-se seriamente na melhoria e elevação da qualidade de vida;

Organiza os meios de comunicação a serviço da informação democrática e da verdade;

Liberta-se da ganância e converte-se a uma convivência de harmonia e respeito;

Respeita, assume e promove a qualidade de vida, em todas as suas formas, estágios e

situações;

Desenvolve, através da educação, a consciência ecológica que leva a cuidar do meio

ambiente, da saúde, do desenvolvimento individual, comunitário e social;

Trabalha com profissionalismo, ética, para a construção de saberes que contribuem para

a boa a convivência social;

Promove diálogo com seus diferentes setores, buscando formar a consciência moral de

seus cidadãos.

Em uma vivência de relações sociais sustentadas por princípios democráticos, a

participação da pessoa tem adquirido historicamente o nome de CIDADANIA. Isto implica um

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avanço no entendimento da relação entre pessoa e sociedade: a pessoa envolvida na

sociedade de forma participativa numa condição de igualdade civil e política, assim como social,

econômica e cultural.

“Com o passar dos tempos o conceito de cidadania passou a se referir a outras esferas

que não apenas a política. Assim, para entender seu significado, somos obrigados a

atentar para os direitos civis e sociais, situando a cidadania também na esfera jurídica e

moral”. (MARSHALL, 1967)

Hoje, uma variedade de atitudes caracteriza a prática da cidadania. Assim, um cidadão

deve atuar em benefício da sociedade, bem como esta última deve garantir-lhe os direitos

básicos à vida, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, trabalho, entre outros.

Portanto, entende-se que, recriar uma maneira mais humana de existir, é tarefa de uma

pessoa precursora de uma nova ordem social; justa e promotora de justiça e do bem comum;

crítica e criativa; responsável consigo mesma, com os outros e com a natureza.

Nesse sentido, a EDUCAÇÃO é vista como uma forma política de intervenção no

mundo, em que estão em jogo interesses diversos, apontando para objetivos, valores, ideais,

escolhas, decisões, também divergentes. Por isso a educação requer do educador o

aprofundamento da compreensão da realidade e do seu posicionamento, já que: a educação

que, não podendo jamais ser neutra, tanto pode estar a serviço da decisão, da transformação

do mundo, da inserção crítica nele, quanto a serviço da imobilização, da permanência possível

das estruturas injustas, da acomodação dos seres humanos à realidade tida como intocável.

Como dizia PAULO FREIRE, a educação é um ato essencialmente político: ”Do ponto de vista

crítico, é tão impossível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter

educativo do ato político. (...) Isto significa ser impossível de um lado uma educação neutra, que

se diga a serviço da humanidade, dos seres humanos em geral; de outro, uma prática política

esvaziada de significação educativa”. (1987)

A educação não pode ser entendida como condicionamento social e sim estar voltada

para a liberdade e a autonomia. Educar é construir, é libertar o homem do determinismo,

passando a reconhecer o papel da História na construção da identidade cultural, tanto em sua

dimensão individual, como em relação à classe dos educandos. Assim é essencial à prática

pedagógica proposta bem como os conhecimentos a serem repassados. Sem respeitar essa

identidade, sem autonomia, sem levar em conta as experiências vividas pelos educandos antes

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de chegar à escola, o processo será inoperante, somente meras palavras despidas de

significação real.

Uma educação emancipadora possibilita a todos a compreensão elaborada da realidade

social, política e econômica do momento vivido pelos educandos; o desenvolvimento de suas

habilidades intelectuais e físicas para a intervenção nessa realidade, e a posse da cultura

letrada e dos instrumentos mínimos para o acesso às formas modernas do trabalho...”

(RODRIGUES, 1986)

A educação é ideológica, mas dialogante, pois só assim pode se estabelecer a

verdadeira comunicação da aprendizagem entre seres constituídos de almas, desejos e

sentimentos.

Educar não é informar, é formar. Ensino não é adestramento, não é treinamento, nem

repasse de fórmulas. Ensinar é, antes de tudo, mobilizar as forças internas do aluno de forma a

que ele possa exercer o seu inteiro potencial.

“Dentro dessa perspectiva, o educando não deve ser considerado, pura e simplesmente,

como massa a ser informada, mas sim como sujeito, capaz de construir -se a si mesmo,

através da atividade, desenvolvendo seus sentidos, entendimentos, inteligência, etc.”

(LUCKESI, 1993)

Pensar a educação desta maneira requer que o professor assuma uma nova postura.

(...) retoma também o papel do professor e a relação ensinar e aprender, quando diz que

o papel do professor é ensinar. Porém ensinar não é transferir conhecimento. O ato de

ensinar se constitui como tal se o ato de aprender for precedido, ou concomitante ao “ato

de aprender o conteúdo, ou o objeto cognoscível, com que o educando se torna também

produtor do conhecimento que lhe foi ensinado”. (FREIRE, 1993)

Essa concepção de educação percebe o HOMEM como um ser autônomo e esta

autonomia está presente na busca, como diz PAULO FREIRE, de “ser mais” que está

associada com a capacidade de transformar o mundo. É exatamente aí que o homem se

diferencia do animal. O animal não tem história. O homem é um ser social, histórico, cultural e

inacabado. E como sujeito de sua história é aquele que na sua convivência coletiva

compreende suas condições existenciais, transcende-as e reorganiza-as, superando a condição

de objeto, caminhando na direção de sua emancipação, participante da história coletiva. Age na

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natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho produzindo bens materiais e não-materiais. O

trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas, condicionando e

determinando a vida.

O homem acumula experiências e em decorrência destas produz CONHECIMENTO. O

conhecimento como um processo humano, histórico, incessante, de busca de compreensão, de

organização, de transformação do mundo vivido, é sempre provisório, tem origem na prática do

homem e nos processos de transformação da natureza. É, também, uma ação humana atrelada

ao desejo de saber. Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito: somente ele pode desejar

a mudança, porque só a ele lhe falta a plenitude.

O que possibilita a construção do conhecimento, nesse momento de aventura em busca

do novo, é sem duvida o reconhecimento de que somos seres falantes. É nesse movimento que

se instaura o desejo de aprender.

Nesse processo serão envolvidos, simultaneamente, um sujeito que conhece, um objeto

a ser conhecido, um modo particular de abordagem do sujeito em relação ao objeto e uma

transformação , tanto do sujeito, quanto do objeto. É necessário, aqui, entender o objeto como

realidade socialmente construída e compartilhada.

A teoria dialética do conhecimento pressupõe a construção recíproca, entre o sujeito e o

objeto, já que é pela práxis do homem sobre o mundo, que tanto o homem como o mundo se

modificam e se movimentam.

O educando deve formar seus próprios significados para elaborá-los em termos de

signos de apreensão coletiva.

“O conhecimento é a compreensão inteligível da realidade, que o sujeito humano

adquire através de sua confrontação com esta mesma realidade. Ou seja, a realidade

exterior adquire, no interior do ser humano, uma forma abstrata pensada, que lhe

permite saber e dizer o que essa realidade é. A realidade exterior se faz presente no

interior do sujeito de pensamento. A realidade, através do conhecimento, deixa de ser

uma incógnita, uma coisa opaca, para se tornar algo compreendido, translúcido”.

(LUCKESI, 1993)

Assim, pode-se entender a APRENDIZAGEM como um processo de atribuição de

significados que age na intermediação entre o ser e o mundo e que, só por uma tomada de

consciência profunda a pela aquisição de conhecimento, se faz de forma indelével. O aluno

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aprende um conteúdo qualquer quando é capaz de atribuir-lhe significado, isto é, quando

consegue estabelecer relações substanciais entre o que está aprendendo e o que já conhece,

de modo que esse novo conhecimento seja assimilado aos seus esquemas de compreensão da

realidade e passe a ser utilizado como conhecimento prévio em novas aprendizagens.

Baseados na teoria dialética do conhecimento, nossa ação educativa deverá levar em

conta que:

a prática social é a fonte do conhecimento;

a teoria deve estar a serviço de e para uma ação transformadora;

a prática social como um dos critérios do processo de conhecimento.

Assim, mais do que cidadãos por uma razão qualquer e na medida em que assume-se

a busca do "ser mais", não a incidência das ideologias predominantes, resulta na política das

ações e a formação da ética social, ou seja : "O direito de criticar e o dever, ao criticar, de não

faltar à verdade para apoiar nossa crítica é um imperativo ético da mais alta importância no

processo de aprendizagem de nossa democracia" (FREIRE, 2001). Contudo, não se pode

perder de vista que a democratização é um processo global, seu avanço depende da ação e da

vontade individual e coletiva em todos os espaços sociais, principalmente na escola.

A ESCOLA ideal não é algo pronto, mas um processo ativo e dinâmico de discussão e

construção. Não será construída com facilidade porque terá que trabalhar com interesses

divergentes e, através do conflito, buscar uma relação pautada no diálogo e na participação de

todos os atores envolvidos na práxis educativa. A escola que temos não é uma instituição

dissociada do contexto social mais amplo, mas sim resultado da ação humana, sendo possível,

portanto, visualizar a construção de uma nova escola que, dialeticamente, vá possibilitando a

construção da nova sociedade, com a qual se sonha.

“... aquela que se assume como um centro de direitos e de deveres (...) que viabiliza a

cidadania de quem está nela e de quem vem a ela (...) que se exercita na construção da

cidadania de quem usa o seu espaço. Que é coerente com a liberdade, com o seu

discurso formador, libertador. (...) que, brigando para ser ela mesma, luta para que os

educandos-educadores também sejam eles mesmos. E, como ninguém pode ser só, é

uma escola de comunidade, de companheirismo (...) de produção comum do saber e da

liberdade (...) que não pode ser jamais licenciosa nem jamais autoritária. É uma escola

que vive a experiência tensa da democracia.”

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Entendem-se, então, a escola como espaço vivo e democrático privilegiado da ação educativa

que:

Garanta a todos o acesso ao ensino de qualidade que favoreça a permanência do aluno;

Seja gratuita, laica e pluralista;

Propicie práticas coletivas de discussão, garantindo a participação de toda a

comunidade escolar;

Contribua, através de objetivos estratégicos e articulada com outras organizações da

comunidade, para a construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática;

Oportunize o acesso ao conhecimento, sua construção e recriação permanente

envolvendo a realidade dos alunos, suas experiências, saberes e cultura, estabelecendo

uma constante relação entre teoria e prática e portanto formar para o mundo do

trabalho;

Tenha espaços de formação para os educadores, na perspectiva da construção de

sujeitos críticos e de investigação permanente da realidade social, tendo como objetivo a

qualificação da ação pedagógica e o resgate de sua cidadania;

Acredita-se numa escola onde as relações de poder sejam democráticas e não reflitam

uma hierarquização fictícia entre homens e mulheres, ricos e pobres, brancos e negros, ou

qualquer outra das diferenças que nela co-existam. Nesta perspectiva fala-se do papel social da

escola vai para além de um repassar de conteúdos, mas para o enriquecimento da formação

articulada com o mundo do trabalho. Conceber TRABALHO como princípio educativo

pressupõe oferecer subsídio, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e

contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isso implica em

oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de

dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho. Formar

para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos

historicamente pela humanidade em diferentes tempos, a fim de possibilitar ao futuro

trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Os

conhecimentos escolares, portanto, são via para se analisar esta dimensão contraditória do

trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma

mais autônoma, consciente e crítica. Estas considerações levam a necessidade de inserir nas

ações da escola o ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO o acesso aos conhecimentos universais

possibilita ao aluno estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a

sua participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que

as sustentam, permitindo que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas

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para a sala de aula, relacionando os conhecimentos para compreende-los a partir das relações

de trabalho. Um dos caminhos que favorece o encontro de interesses sócio-comunitário-

coletivos, em que todos os participantes sejam sujeitos, é a GESTÃO COLEGIADA. Ela

organiza democraticamente a instituição, oportuniza o planejamento coletivo, favorece o

exercício do poder partilhado, ressignifica a comunicação e estabelece critérios para a

avaliação e o controle face aos objetivos propostos.

Para que haja uma gestão democrática na escola é fundamental a existência de

espaços propícios para que novas relações sociais entre os diversos segmentos escolares

possam acontecer. São eles: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil,

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, entre outros.

Esse modelo de escola participativa, não só abre espaço, mas é referência do

gerenciamento de idéias, debates entre educadores, alunos, pais e outros grupos que buscam

alternativas para os problemas que emergem do contexto na qual está inserida. O dever ético

assumido nas relações educacionais dialógicas, expressa respeito às diferenças e às posições

antagônicas, de forma que a diretividade não interfira na capacidade criadora dos envolvidos no

processo.

Nos processos de gestão, é fundamental ressaltar que as pessoas são os agentes das

mudanças. Os gestores e cada membro da comunidade escolar, em particular, têm contribuição

indispensável na construção da gestão democrática. Por isso, é imprescindível que haja uma

política de valorização dos servidores e a promoção da igualdade de oportunidades, para que

todos se sintam parte da escola, identificando-se em seu trabalho e assumindo-se co-

responsáveis no desenvolvimento dos processos. Nessa perspectiva, a FORMAÇÃO

CONTINUADA tem fundamental importância, pois além de possibilitar à qualificação, a

competência, a progressão funcional na carreira, propicia o desenvolvimento profissional dos

servidores articulado ao projeto e às finalidades da escola.

Insubstituível neste processo é a pessoa e a missão do PROFESSOR. Mais do que

orientador do processo de aprendizagem, é um mediador na construção do conhecimento. Os

educadores têm uma responsabilidade muito grande nas mãos que é orientar, conscientizar,

informar e provocar para que os alunos sejam atuantes e solidários.

Os professores devem ser sim, exigentes (professor legal não é professor bonzinho);

incentivar os alunos, deixando-os curiosos; esclarecer suas dúvidas através da pesquisa, vista

não como mais uma tarefa ou obrigação, mas como atividade acadêmica com a finalidade de

investigação e transformação da realidade.

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Cabe ao professor o papel de transformador/transformado, pois lançando mão da

construção crítica e dialogicizante do aprendizado promoverá junto aos alunos uma variedade

de opiniões, envolvendo tanto as formais e acadêmicas, como as da "rua”, que possibilitem

reelaborar outra sociedade a partir da dicotomia, do conflito, das divergências e não de um coro

em uníssono.

Diante da avalanche de informações produzidas pela ciência e tecnologia o professor

deve ter critérios para selecionar os conteúdos que auxiliem a formação da pessoa partindo dos

conceitos trazidos pelos alunos e assegurando através do ensino e aprendizagem a aquisição

de novos conceitos, assegurando que a modernidade e a inserção de novos horizontes tenha

componentes éticos. O CURRÍCULO é sempre comprometido politicamente, o que na realidade

significa trabalhar pela construção da autonomia da ação educativa, que são a clientela

prioritária de nossas escolas. Pensa-se em uma escola que não se limite à transmissão, mas

que articule o saber popular com o conhecimento científico. O currículo deverá ser dinâmico,

atualizado, contextualizado e significativo, voltado para a realidade. Deverá favorecer a

formação de um sujeito criativo que pesquisa e participa ativamente na construção do seu

conhecimento.

Partindo do entendimento de que é o currículo o instrumento que viabiliza o processo

ensino-aprendizagem, constituí-se, o mesmo, no conjunto de intenções e ações que visam à

formação do aluno, a partir das condições estabelecidas pela organização escolar. Ele

compreende o quê, para que e como ensinar, bem como a AVALIAÇÃO.

É indispensável que, sistematicamente, a escola promova a avaliação dos processos tanto no

âmbito educacional quanto institucional. A avaliação educacional está relacionada ao

cumprimento das finalidades da escola. Compreende a análise dos processos pedagógicos, das

condições disponíveis, relacionando-os às demandas educacionais. Essa avaliação acontecerá,

sistematicamente, associada a cada processo e a cada ação da escola, de tal maneira que

esteja-se sempre indagando se as práticas correspondem à escola, ao currículo, ao ensino, à

gestão desejada. Por isso, todos serão envolvidos, mediante estratégias adequadas a cada

situação e a cada momento. Nas salas de aula a avaliação deverá estar sempre presente, de

modo que seja um processo contínuo, reflexivo, individualizado e coletivo, múltiplo e

participativo, voltado a realimentar os processos e redimensioná-los, para promover as

mudanças necessárias ao alcance das metas e dos propósitos estabelecidos. Nesta

perspectiva se faz necessário compreender a avaliação da aprendizagem como um recurso

pedagógico útil e necessário e que serve para auxiliar cada educador e cada educando na

busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. Os objetivos, desta

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visão de avaliação, são: nortear o aluno, informar ao professor o processo de desenvolvimento

de aquisição de conhecimentos escolares em que o aluno se encontra e orientar os próximos

passos do processo. Desta forma a avaliação auxilia na formação do aluno, decorrendo daí sua

importância para a prática pedagógica, que deve sempre propiciar ao educando novas

possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem.

A avaliação numa dimensão ressignificada implica na identificação da dinâmica da

aprendizagem de um determinado objeto de conhecimento, por meio da articulação entre os

elementos adequados da resposta (geralmente referidos como acertos) e os elementos

inadequados (geralmente referidos como erros). O erro é, desta forma, entendido como uma

fase do processo de aprender algo, e que indica uma forma de pensamento que precisa ser

superada, mas é importante entendê-lo como uma forma de pensamento presente em dado

momento, não como uma característica estabilizada e/ou permanente do pensamento.

“Avaliar a aprendizagem implica estar disponível par acolher nossos educandos no

estágio em que estejam, para, a partir daí, poder auxiliá-los em sua trajetória de vida..., a

avaliação da aprendizagem não implica aprovação ou reprovação do educando, mas sim

orientação permanente para o seu desenvolvimento, tendo em vista tornar-se o que o

seu Ser pede”. (LUCKESI, 2000)

Na avaliação institucional buscar-se-á a obtenção de dados para efetuar análises que

permitam as tomadas de decisões acerca do desenvolvimento da instituição. Essa avaliação

deve ser abrangente e aberta a todos os envolvidos no processo. Essa prática de avaliação

servirá para orientar a gestão administrativa e financeira, visando à garantia da democracia e da

transparência.

Uma vez que o ser humano se faz ético pela educabilidade, pela constatação de seu

inacabamento, conforme já explicitado, ele é um ser de opções ligado a interesses que podem

mantê-lo fiel à eticidade ou transgredi-la, num processo de tornar-se sujeito de sua formação.

Reconhecer-se como autor da ação, avaliar as conseqüências dela sobre si e sobre os outros e

assumir as suas conseqüências, ou seja, ser responsável é uma das condições para a

existência do sujeito ético e moral gerando a liberdade entre a coletividade.

“É por intermédio das modificações comportamentais da área afetiva que a escola pode

contribuir para a fixação dos valores e dos ideais que a justificam como instituição

social.” (ELIAS, 1996)

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Um fator que incomoda os professores é a INDISCIPLINA; ou melhor, a questão do

comportamento tido como inadequado para o espaço escolar. Comportamento esse, que reflete

os problemas vividos no âmbito familiar, decorrente de diversos fatores sociais e que fogem ao

alcance da escola solucionar. Porém, acredita-se, que o diálogo é o melhor caminho para a

solução de problemas e que aulas dinâmicas, com linguagem clara, objetiva e de fácil

entendimento, sempre associada ao tema em questão e a situações reais, de conhecimento

dos alunos, tornam-se mais motivadoras despertando no aluno o interesse pelo conteúdo de

forma a envolver-se, participar, refletir, questionar durante as aulas e, assim, se processando o

ensino e aprendizagem.

A forma como o professor conduz a aula deve despertar a curiosidade pelo ouvir e

aprender.

“... o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do

movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma „cantiga de

ninar‟. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e

vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.”

(FREIRE, 1996)

Para tanto, é fundamental, por parte do professor, o PLANEJAMENTO das atividades a

serem desenvolvidas em suas aulas, ou seja, aulas bem planejadas, adequadas ao tempo

estabelecido, com a prévia organização das atividades a serem desenvolvidas, adequadas à

turma, e dos materiais de apoio a serem utilizados, etc.

“Toda aula, em resumo, seja qual for o objetivo a que vise, e por mais claro, preciso,

restrito, que este se apresente, tem sempre uma inelutável repercussão mais ou menos

ampla, no comportamento e no pensamento dos alunos.” (GRISI, 1971)

Dessa forma, os professores que melhor conseguem planejar antecipadamente, são

aqueles que dominam o conteúdo que ensinam. Adaptam seus métodos e procedimentos de

ensino em função da necessidade de seus alunos, possuem tato em lidar com as diferenças

individuais em sala de aula, estão abertos ao diálogo, e demonstram dedicação profissional,

senso de justiça, caráter, competência e hábitos pedagógico-didáticos necessários à

organização do processo de ensino. Um professor competente está sempre pronto a refletir

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sobre sua metodologia de trabalho, sua postura em sala de aula, a replanejar sua prática

educativa, a fim de estimular a aprendizagem, a motivação dos alunos, de modo que cada um

deles seja um ser consciente, ativo, autônomo, participativo, crítico e modificador de sua

realidade social.

“O educador que não se organiza de modo satisfatório para questionar as condições

dentro das quais vive (...) não conseguirá sequer ter comportamentos autênticos diante

daqueles que deve educar, ou, pelo menos, diante dos alunos que estão colocados

diante de si, destinatários de sua ação educativa.” (MASCELLANI , 1980)

O prazer pelo aprender não é uma atividade que nasce espontaneamente nos alunos,

pois, muitas vezes, não é uma tarefa que cumprem com prazer. Para que este hábito possa ser

melhor cultivado, é necessário que o professor consiga despertar a curiosidade dos alunos e

acompanhar suas ações na solução das tarefas que ele propuser. O não acompanhamento

poderá fazer os alunos se sentirem inseguros na realização da atividade proposta, por julgarem-

se cobrados a um desempenho para o qual não foram preparados. O conhecimento ideal é

aquele que o transforma em um “cidadão do mundo”. Neste caso o papel do professor deve ser

o de “mediador da aprendizagem”, aquele que propõe ao aluno situações que despertem o

interesse a pesquisa e o faça aprender.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O caráter social e a convenção da língua permitem a identificação de seus falantes, de

suas trocas. O desvelar para a criança do que é ser leitor, ser escritor e de como ela se constitui

como tal é que permite que se atinja a relação fundamental para a presente proposta de ensino

da Língua Portuguesa.

Linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a linguagem que

possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente perante os outros. Por

outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que geram a linguagem, suas

renovações e alterações.

Apropriar-se de uma língua significa também apreender seus significativos culturais,

como valores, normas e atitudes. A língua é um todo coerente e o sujeito, imerso nela desde

seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz, na atitude corporal, nos

gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da predominância do trabalho

lingüístico, sustenta-se a importância de valorizar a pluralidade de linguagens, já que essas

também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes visões de mundo.

Assim assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes

instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua. Portanto o aprimoramento da

competência linguística do aluno acontecerá com maior propriedade se lhe for dado conhecer,

nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. Não

propõe o abandono do conhecimento gramatical e tampouco impede que o professor apresente

regras gramaticais para os alunos, visto que toda língua é constituída de uma gramática e de

um léxico, lembrando que, ao utilizar uma língua, usamos normas fonológicas, morfológicas,

sintáticas e semânticas.

O estudo dos conhecimentos linguísticos, deve propiciar ao aluno a reflexão sobre as

normas de uso das unidades da língua, de como elas são combinadas para produzirem

determinados efeitos de sentido, profundamente vinculados a contextos e adequados às

finalidades pretendidas no ato da linguagem.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes

práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

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• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e

interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a

possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que

considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;

• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus

conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de

expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para

adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma

padrão.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um

processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no

decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a

vida. No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato

com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o

texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica referente à

linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que

possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da

linguagem em diferentes situações. Desse modo, sugere-se um trabalho pedagógico que

priorize as práticas sociais.

A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de partida

os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover situações que os incentivem a falar,

ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais,

mostrando que as diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de

classificação e que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.

Ao apresentar a hegemonia da norma culta, a escola deve considerar os fatores que

geram a imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa etária e situação

socioeconômica, escolaridade, etc. O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão

quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e

bem estruturadas.

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Em relação à escrita, ressalta-se que as condições em que a produção acontece

determinam o texto. Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a

composição, a estrutura e o estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma

receita, um texto de opinião ou científico. Essas e outras composições precisam circular na sala

de aula em ações de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de

textos.

O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por

meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. O que se sugere,

sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de subjetividades, podendo ter um papel

de resistência aos valores prescritos socialmente. A possibilidade da criação, no exercício desta

prática, permite ao educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.

A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto,

A leitura deve ser compreendida como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve

demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado

momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a

sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem.

No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do

leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o

próprio saber, com a sua experiência de vida. Praticar a leitura em diferentes contextos requer

que se compreendam as esferas discursivas em que os textos são produzidos e circulam, bem

como se reconheçam as intenções e os interlocutores do discurso. É nessa dimensão dialógica,

discursiva que a leitura deve ser experienciada, desde a alfabetização.

O ensino da literatura deve ser pensado a partir dos pressupostos teóricos da Estética

da Recepção e da Teoria do Efeito. Essas teorias buscam formar um leitor capaz de sentir e de

expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento

de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação

que está presente na prática de leitura.

Trata-se da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do autor

que se confronta com a representação de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e

dialógico da leitura. Aquele que lê amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra

a partir da sua experiência cultural.

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele

significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de

pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente.

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Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de

mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega

consigo.

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com esses alunos deve voltar-se para a

observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística;

variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível

fonológico-ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visar à construção de conhecimentos

sobre o sistema linguístico.

O estudo da língua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da palavra e

da frase. Busca-se, na análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos

disponíveis da língua), e os elementos extra verbais (as condições e situação de produção)

atuam na construção de sentido do texto. Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto

a partir de exercícios tradicionais, e passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um

bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases,

parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor. Além disso, o aluno refletirá

e analisará a adequação do discurso considerando o destinatário e o contexto de produção e os

efeitos de sentidos provocados pelos recursos linguísticos utilizados no texto.

É importante reforçar que os conhecimentos prévios e o grau de desenvolvimento

cognitivo e linguístico dos alunos devem ser considerados pelo professor na seleção/escolha

dos conteúdos específicos a serem trabalhados em sala de aula. Objetivando proporcionar ao

educando técnicas e instrumental necessário a otimização de suas maneiras de se comunicar

com o mundo, a proposta tenta provocar a afirmação de sua identidade, a percepção da

abstração e da concretude, levando-o à expressão de opiniões, à reflexão e a um

posicionamento crítico diante da vida.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto

e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano propiciando a

possibilidade de um posicionamento diante deles.

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais

que considerando os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes

textuais, além do contexto de produção/leitura.

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Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a constituição de um espaço dialógico

que permita a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita.

Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso aos

recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o

aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a afirmação da

sua cidadania, como sujeito singular e coletivo.

3 – CONTEÚDOS

A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento histórico-social.

Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como prática que se

efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina

que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.

Discurso deve ser entendido como resultado da interação – oral ou escrita – entre

sujeitos é a língua em sua integridade concreta e viva, ou seja, o discurso é produzido por um

“eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ou escreve. A localização geográfica,

temporal, social, etária também são elementos essenciais na constituição dos discursos. Neste

aspecto é importante resgatar a cultura Paranaense bem como a cultura Afro-Brasileira que só

farão enriquecer o conhecimento da língua materna.

O Conteúdo Estruturante desdobra-se no trabalho didático-pedagógico com a disciplina

de Língua Portuguesa. A Língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em

uso, que é a dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina vai

considerar os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção àqueles de

maior exigência na sua elaboração formal. Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar

o tema, a forma composicional e o estilo. Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, o

professor propiciará ao aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico,

selecionando conteúdos específicos, seja para a prática de leitura ou de produção (oral e/ou

escrita), que explorem discursivamente o texto. As marcas linguísticas também devem ser

abordadas no trabalho com os gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os

sentidos estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento lingüístico. Outro aspecto

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relevante, no trabalho com gênero, é a abrangência de temas que se pode trabalhar, dentre

eles a Cultura Afro-Brasileira, fontes publicitárias da História do Paraná, Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento a Violência e Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas.

Nessas abordagens, as práticas de leitura, oralidade, escrita e a análise linguística serão

contempladas. Reforçando que o papel do professor diante dessas práticas não se reduz

apenas a “transmitir”, a “repassar”, ano após ano, conteúdos selecionados por outros, mas

alguém que também produz conhecimento.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO Gêneros discursivos

História em quadrinhos, cantigas,

parlendas, trava-línguas, advinhas, quadrinhas, fábulas, tirinhas, gravuras, rótulos, quadrinhas, poesias (com rima e sem rima),

receitas, slogan, contos, contos de fadas, bula, propaganda, música, lista de compras, cartas, bilhetes, telegrama, convite, anúncios,

pesquisas, entrevista, filmes, descrições, biografias, dissertações.

Oralidade

Narração de fatos do seu cotidiano, histórias ouvidas e lidas; Seqüência lógica das idéias;

Coerência na exposição de idéias; Ampliação do vocabulário; Adequação da linguagem a situação de uso.

Articulação correta das palavras; Seqüência lógica de idéias; Clareza; Objetividade;

Fluência; Entonação; Argumentação; Narração de fatos em ordem

temporal; Descrição de personagens, ambientes, objetos; Diversidade lingüística.

Leitura

Discriminação auditiva e visual das letras e sílabas dentro de um

contexto;

Leituras feitas pelo professor e/ou alunos, exercícios escritos e orais,

Leitura de imagens: fotografias, ilustrações e códigos. Exercitação no traçado das letras (alfabeto).

Identificação e escrita de letras e sílabas que compõem, completam ou modificam as palavras. Elaboração de desenhos dentro de

um contexto. Produção e reestruturação de textos (histórias em quadrinhos, poesias, recados, bilhetes, listas, músicas,

cartazes). Manuseio de material pedagógico. Leitura e contato de diversos tipos de textos para uma análise.

Exploração de imagens Relato de levantamento de dados em relação a história de sua vida: nome, sobrenome, data de nascimento.

Representação gráfica de seu auto-retrato. Pesquisar e registrar as informações obtidas.

Exploração de diversas leituras: jornal, histórias, revistas e outras fontes. Saídas para estudo

Relatório e exposição do material pesquisado e escrito. Releitura de obras; Extrair a idéia central do texto;

Fazer oralmente e/ou por escrito resumo de textos; Realizar leituras respeitando a pontuação;

Produzir textos diversos com

Realizar atividades variadas, possibilitando práticas discursivas

de diferentes gêneros textuais, orais ou escritos, de usos, finalidades, e intenções diversas. Conhecer a natureza e o

funcionamento do sistema de escrita, compreender e se apropriar dos usos, e convenções da linguagem escrita nas suas.

mais diversas funções. Explorar as diversas possibilidades expressivas da comunicação oral e escrita.

Compreender a linguagem oral e escrita como sistema de comunicação desenvolver e adquirir hábitos de

leitura. Produzir textos orais e escritos atendendo às diferentes propostas e situações de

comunicação. Utilizar os conhecimentos adquiridos por meio de reflexão, expandindo desta forma as

possibilidades do uso da linguagem e a capacidade de análise crítica para expressar suas idéias, sentimentos,

experiências e opiniões, bem como interpretar e considerar a opinião dos outros Produzir textos com seqüência de

idéias, clareza e pontuação correta. coerência e coesão de idéias originais. Ler oralmente, procurando dar

entonação adequada conforme a

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Criação de hipóteses sobre o sistema de escrita; Leitura e interpretação de textos de comunicação não verbal;

Identificação da seqüência alfabética; Reconhecer a função social de diferentes gêneros

Apreensão das idéias do texto com identificação das principais; Reconhecimento dos diferentes tipos de textos (poesia, fábula,

história em quadrinhos, descrição, carta, bilhete, convite, narrações, dissertações, relatórios, entrevista, pesquisa, propaganda, textos

informativos); Diferentes modalidades de leitura: para revisar e extrair informações; Confronto entre textos

estabelecendo relações: temas, idéias, tipos de linguagem, trabalhando a noção de intertextualidade.

Leitura silenciosa, oral, em grupos. Ficha de leitura: oral e escrita. Escrita

Formas de representação;

Função social da escrita; Relação oralidade e escrita; Simbologia da escrita: alfabeto, sílaba tônica, pontuação, (uso da

vírgula, ponto final, dois pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação, travessão), acentuação.

Produção de texto: direção da escrita, maiúscula, minúscula, espaçamento e segmentação entre as palavras, tipologia,

paragrafação, apresentação do texto, legibilidade, ortografia. Interpretação oral, escrita e com desenhos.

Alfabeto, encontro vocálico, ditongo, tritongo, hiato, classificação quanto ao número de sílabas, s ílaba tônica, substantivos,

artigos, flexão dos substantivos (número, gênero e grau, singular e plural, masculino e feminino, aumentativo e diminutivo), adjetivo,

numeral, pronomes, verbos, advérbios. Acento agudo e circunflexo, acentuação de oxítonas,

paroxítonas e proparoxítonas, encontro consonantal, dígrafos, hífem, uso do cedilha. Uso do dicionário para pesquisar significado e forma correta da

escrita de palavras

pontuação, ortografia, a coerência, coesão e seqüência de idéias; Revisar seus textos com o objetivo de aprimorá-los

Contar história aos alunos para que façam a reprodução da mesma. Ouvir histórias em Cds. Apresentar histórias em quadrinhos

no retro-projetor e depois sugerir que criem a sua história. Apresentar em folha fotocopiada um desenho que dê uma idéia de história

com início, meio e fim. Fornecer material para o aluno com o início da história, o meio e o fim e ele deverá continuar estas partes.

Escrever palavras para que delas o aluno crie uma história. Um grupo faz as palavras e outro faz as rimas. Depois da volta ao‟ grupo

inicial, criar um texto poesia com rimas. Apresentar vários exemplos de poesias sem rimas para que o aluno

leia e possa criar. Criar quadrinhas e versinhos em datas comemorativas, como dias das mães, pais, criança, etc.

Explicar como se faz uma dissertação usando argumentos corretos, dando sua opinião. Fazer comentários partindo de

gravuras. Estatuto da criança e do adolescente. Produzir receitas de comida, chá... Trabalhos em grupo.

Experiência. Entrevista. Apresentar bulas de remédios e pedir para que os alunos criem bulas: com

indicações, modo de usar, precauções... Criação de livros com ilustrações. Gincana das melhores produções.

Aula na biblioteca e depois fazer a ficha de leitura escrita do livro que leu. Descrever: objetos, animais, pessoas,

bairro, município, estado (todos com ilustrações). Apresentar biografias: do próprio aluno, do pai, da mãe, de autores de

livros... Narrar histórias e escrevê-las, filmes, jogos de futebol, novela, programas de TV...

Música: cantar, trocar a letra, criar novas músicas; - Caraoquê; - Cantos didáticos. Fazer propagandas de comércio, da

escola, de produtos, outdoors.

pontuação do texto. Interpretar textos de maneira que haja a compreensão do mesmo. Trabalhar a gramática dos textos

para que o aluno saiba se expressar e escrever melhor. Conhecer a ortografia das palavras a partir dos textos

criados. Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-se e deslocar-se no espaço, bem como

para identificar relações de posição entre objetos. Compreender a natureza como um todo conhecendo seus

elementos. Ler e interpretar, para entender os fatos científicos. Reconhecer a saúde como um

bem individual e comum a todos os seres vivos. Identificar os elementos que compõem uma alimentação

saudável. Identificar-se como sujeito integrante da família e as suas relações de parentesco e

ambiente mais próximo. Ampliar os espaços reconhecendo a escola e comunidade como outros espaços de convivência.

Observar as transformações da natureza causada pela sociedade / bairro. Identificar a formação das cores.

Conhecer técnicas, estilo e obras de alguns artistas plásticos.

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Palavras com as letras: g ou j, as, es, is, os, us, r/rr/r brando, x/ch, lh/li, nh/ni, ga, gue, gui, go, gu, ce, ci, se, si, ca, que, qui, co, cu, ar, er,

ir, or, ur, xz, xs, l/u, ã, ão, am, na, m antes de p e b, s, ss, ç.

Criar slogans que tenham mensagens para conscientizar o povo brasileiro. Fazer lista de compras dos alimentos que a família consome durante um

mês, pesquisar os preços e comparar com o salário mínimo. Partes de uma carta, bilhete, telegrama, convite, etc.

Escrever carta ao amigo, e-mail. Carta cifrada. Escrever carta para empresas elogiando a criação de algum

produto. Levar as cartas até o correio para que possam ser enviadas. Criar bilhete para um vizinho,

professora, amigo, mãe... Correio na escola. Palestra com carteiro. Escrever convites para festa de

aniversário, páscoa, criança, etc. Criar anúncios: observar os anúncio em jornais e criar anúncios de vendas, compra, aluguel.

Pesquisa sobre o animais em geral: onde vivem, como se alimentam... Elaborar perguntas e entrevistar colegas, pessoas idosas do bairro,

etc. Diálogos com pessoas. Partindo dos textos criados, escolher os melhores para fazer parte de um

livro. Uso da sala informatizada. Dramatizações. Leitura silenciosa, crítica,

argumentativa, em duplas, em grupos, gincana de leitura, leitura de jornais, revistas, dos textos criados pelos alunos, de textos informativos

de livros, cartazes, pesquisas, ficha de leitura oral, leitura cantada de frases (em voz baixa, média e alta), com pontuação. Jogral, análise dos

textos. Discussões orais dos textos, compreensão dos textos lidos, interpretação oral e escrita, leitura e

interpretação das entrelinhas do texto, argumentação, entendimento e extrapolação dos textos. Uso do dicionário, retirar do texto as

palavras como: substantivos, verbos... Exposição de cartazes, exercícios, atividades de fixação, ditado, criação

de frases, etc. Cartazes com regras de ortografia, ditados de palavras, pesquisa nos textos das palavras estudadas, exercícios de fixação, gincana no

quadro, batata quente.

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Fazer a correção dos textos criados no quadro coletivamente e no caderno.

5ª SÉRIE/ 6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO

COMO PRÁTICA SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiana: adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal, cartão, comunicado,

convites. Literária/Artística: autobiografias, contos, contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, lendas.

Escolar: cartazes, exposição oral, pesquisas. Imprensa: agenda cultural, charge, classificados.

Publicitária: anúncio, cartazes, comercial para TV, slogan. Política: carta de Reclamação, carta de solicitação,debate.

Jurídica: boletim de ocorrência, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos. Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas.

Midiática: desenho animado, E-mail, entrevista, filmes.

GÊNEROS DISCURSIVOS Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros através de: Diário

Exposição oral Fotos Músicas Parlendas

Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas

Relatos do cotidiano Trava-línguas Letras de Músicas Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma Narrativas de Humor Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas

Poemas Romances Relato Histórico Relatório

Resumo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Fotos

Horóscopo Manchete Notícia Reportagens

Tiras Placas Publicidade Comercial Publicidade Oficial

Debate Regrado Panfleto Estatutos Regimentos

Regulamentos Regras de Jogo Rótulos/Embalagens Reality Show Telejornal

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LEITURA

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto;

• Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem. ESCRITA • Tema do texto;

• Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal

ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade;

• Argumentatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos.

Vídeo Clip LEITURA Espera-se que o aluno:

• Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu hor izonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a idéia principal do texto.

ESCRITA Espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize discurso de acordo com a situação

de produção (formal/ informal); • Apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do

outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

• Respeite os turnos de fala

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO

COMO PRÁTICA SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Cotidiana: álbum de família, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão postal, comunicado, convites. Literária/Artística: autobiografias, biografias, contos, contos de fadas,

GÊNEROS DISCURSIVOS

Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros através de: Diário Exposição oral Fotos

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crônicas de ficção, fábulas, histórias em quadrinhos. Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas,

pesquisas. Imprensa: agenda cultural, caricatura, charge, classificados, editorial, entrevistas (oral e escrita).

Publicitária: anúncio, caricatura, cartazes, comercial para TV, folder, fotos, slogan. Política: carta de Reclamação, carta de

solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência , contrato, Declaração de Direitos, depoimentos. Produção de consumo: bulas, manual

técnico, placas. Midiática: desenho animado, E-mail, entrevista, filmes.

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor;

• Finalidade do texto; • Informatividade; • Aceitabilidade; • Situacionalidade;

• Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

Músicas Parlendas Piadas Provérbios

Quadrinhas Receitas Relatos do cotidiano Trava-línguas

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Humor

Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas

Poemas Romances Textos Dramáticos Relato Histórico

Relatório Resumo Seminario Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias Fotos Horóscopo Manchete

Mapas Notícia Reportagens Tiras

Placas Publicidade Comercial Publicidade Oficial Debate Regrado

Panfleto Estatutos Regimentos Regulamentos

Regras de Jogo Rótulos/Embalagens Reality Show Telejornal

Torpedos Telenovelas Vídeo Clip

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

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• Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade;

• Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala;

• Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica.

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno: • Expresse suas idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, Informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, etc.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas idéias com clareza; • Expresse oralmente suas idéias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

7ª SÉRIE/ 8ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO

COMO PRÁTICA SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiana: anedotas, carta pessoal, cartão postal, causos, comunicado,

convites. Literária/Artística: autobiografias, biografias, contos, escultura, haicai, fábulas, histórias em quadrinhos,

literatura de Cordel. Escolar: cartazes, exposição oral, pesquisas,debate regrado, dialogo/discussão argumentativa, mapas. Imprensa: agenda cultural, charge,

GÊNEROS DISCURSIVOS Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros através de:

Exposição oral Fotos Músicas Provérbios

Relatos do cotidiano Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Humor

Page 52: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA CURRICULAR - Paraná · No ano de 1953, a Escola foi criada pelo Decreto nº 9864 de 02/07/1953. A inauguração oficial foi em 08 de janeiro

Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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classificados. Publicitária: anúncio, cartazes,caricatura, cartum, comercial para TV, crônica jornalística, entrevista (oral e escrita),

slogan. Política: carta de Reclamação, carta de solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência,

Constituição brasileira, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos. Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas.

Midiática: E-mail, chat, blog, entrevista, filmes.

LEITURA

Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Aceitabilidade do texto;

• Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica:

- operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e

humor no texto.

Narrativas de terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias

Poemas Pinturas Romances Textos dramáticos

Relato Histórico Relatório Resumo Seminário

Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Fotos

Manchete Mapas Notícia Reportagens

Sinopses de filmes Publicidade Comercial Publicidade institucional Publicidade Oficial

Debate Regrado Panfleto Estatutos Leis

Regimentos Regulamentos Regras de Jogo Rótulos/Embalagens

Reality Show Talk show Telejornal Telenovelas

Torpedos Vídeo Clip LEITURA

Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize de informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o

gênero; • Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto.

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ESCRITA • Conteúdo temático;

• Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade;

• Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre

as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como

aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade;

- significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade;

• Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação,

expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

ESCRITA Espera-se que o aluno:

• Expresse suas idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize recursos textuais como coesão e

coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo,

advérbio, etc; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Entenda o papel sintático e estilístico dos

pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com

a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

8ª SÉRIE/ 9ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO

GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiana: anedotas, carta pessoal,

GÊNEROS DISCURSIVOS Espera-se que o aluno diferencie os

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COMO PRÁTICA SOCIAL

cartão postal, causos, comunicado, Curriculum Vitae. Literária/Artística: autobiografias, biografias, contos, escultura, haicai,

fábulas, histórias em quadrinhos, literatura de Cordel, memórias. Escolar: cartazes, exposição oral, pesquisas,debate regrado, júri simulado,

dialogo/discussão argumentativa, mapas. Imprensa: agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, carta ao leitor, charge, classificados.

Publicitária: anuncio, cartazes, caricatura, cartum, comercial para TV, crônica jornalística, email, entrevista (oral e escrita), slogan.

Política: abaixo-assinado, carta de emprego, carta de Reclamação, carta de solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência ,

Constituição brasileira, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos, discurso de acusação, discurso de defesa.

Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas. Midiática: E-mail, chat, blog, entrevista, filmes, fotoblog, home page.

LEITURA

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade;

• Situacionalidade;

diferentes gêneros através de: Exposição oral Fotos Infográfico

Músicas Provérbios Relatos do cotidiano Letras de Músicas

Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de ficção científica Narrativas de Humor

Narrativas de terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias

Poemas Pinturas Romances Tankas

Textos dramáticos Relato Histórico Relatório Relatos de experiências cientificas

Resenha Resumo Seminário Texto argumentativo

Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Fotos Manchete

Mapas Notícia Reportagens Sinopses de filmes

Publicidade Comercial Publicidade institucional Publicidade Oficial Debate Regrado

Panfleto Estatutos Leis Oficio

Regimentos Regulamentos Regras de Jogo Rótulos/Embalagens

Reality Show Talk show Telejornal Telenovelas

Torpedos Vídeo Clip LEITURA

Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

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• Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como

aspas, travessão, negrito; • Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia;

- sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto;

• Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos;

- modalizadores; - polissemia. ORALIDADE

• Conteúdo temático ; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;

• Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, conectivos;

• Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou

expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que

estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse idéias com clareza; • Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem

formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que

estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE

Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

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• Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem entre outros.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO COMO PRÁTICA

SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiana: anedotas, carta pessoal,

cartão postal, causos, comunicado, Curriculum Vitae. Literária/Artística: autobiografias, biografias, contos de fadas

contemporâneos, escultura, haicai, fábulas contemporâneos, literatura de Cordel, memórias. Escolar: ata, cartazes, exposição oral,

pesquisas,debate regrado, júri simulado, dialogo/discussão argumentativa, mapas, palestras. Imprensa: agenda cultural, anúncio de

emprego, artigo de opinião, carta ao leitor, charge, classificados. Publicitária: anuncio, cartazes, caricatura, cartum, comercial para TV,

crônica jornalística, email, entrevista (oral e escrita), slogan. Política: abaixo-assinado, assembléia,carta de emprego, carta de

Reclamação, carta de solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência , Constituição brasileira, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos,

discurso de acusação, discurso de defesa. Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas.

Midiática: E-mail, chat, blog, entrevista, filmes, fotoblog, home page.

GÊNEROS DISCURSIVOS Espera-se que o aluno diferencie os

diferentes gêneros através de: Exposição oral Fotos Infográfico

Músicas Provérbios Relatos do cotidiano Letras de Músicas

Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de ficção científica Narrativas de Humor

Narrativas de terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias

Poemas Pinturas Romances Tankas

Textos dramáticos Relato Histórico Relatório Relato de experiências cientifica

Resenha Resenha crítica Resumo Seminário

Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Manchete

Mapas Mesa redonda Notícia Reportagens

Sinopses de filmes Publicidade Comercial Publicidade institucional

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LEITURA

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade;

• Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade;

• Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como

aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre

partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores;

- figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade;

• Informatividade;

Publicidade Oficial Texto político Debate Regrado Discurso político “de palanque”

Fórum Manifesto Estatutos Leis

Oficio Procuração Regimentos Regulamentos

Requerimentos Regras de Jogo Rótulos/Embalagens Reality Show

Talk show Telejornal Telenovelas Torpedos

Vídeo Clip Vídeo conferencia LEITURA

Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não verbais; • Localize informações explícitas e implícitas

no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a idéia principal do texto;

• Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou

expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que

estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...);

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• Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto • Semântica: - operadores argumentativos;

- modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático;

• Finalidade; • Intencionalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;

• Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

- à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e

coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconheça palavras e/ou expressões que

estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada Gênero.

ORALIDADE Espera-se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente idéias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em

adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e

defenda claramente suas idéias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala;

• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc.; • Utilize de forma intencional e consciente

expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas pautadas

na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de modo a

privilegiar a relação teoria-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de

apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe

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a reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros

discursivos e tipos de textos, com o objetivo de promover o amadurecimento da oralidade, da

leitura e da escrita.

Para prática da oralidade, as atividades precisam oferecer condições ao aluno de falar

com fluência em situações formais; adequar à linguagem conforme as circunstâncias

(interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,

principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir.

O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e

entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. É por meio do

aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas sociais,

usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas quanto nas relações

mais e que exigem maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar

criticamente diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho

com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de

temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre

situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização;

recado; explicação; contação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates;

seminários; júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da

argumentação.

O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as atividades

propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar, emitindo opiniões

ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é necessário avaliar, juntamente com

o falante, por meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o conteúdo de sua participação

oral. O ato de apenas solicitar que o aluno apresente um seminário não possibilita que ele

desenvolva bem o trabalho. É preciso esclarecer os objetivos, a finalidade dessa apresentação.

Sugere-se que o professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende com o

gênero oral escolhido, por exemplo:

• na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, é preciso orientar

os alunos sobre o contexto social de uso desse gênero; definir a postura diante dos colegas;

refletir a respeito das características textuais (composição do gênero, as marcas linguístico-

enunciativas); organizar a sequência da apresentação;

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• na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno, como ele defende

seu ponto de vista, além disso, o professor deve orientar sobre a adequação da linguagem ao

contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os participantes, etc.;

• na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica (como

entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto dramatizado,

as trocas de turnos de falas, observando a importância de saber a fala do outro (deixa) para a

introdução da sua própria fala, etc.;

• ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da narrativa, refletir

sobre o uso de gírias e repetições, explorar os conectivos usados na narração, que apesar de

serem marcadores orais, precisam estar adequados ao grau de formalidade/informalidade dos

textos, entre outros pontos.

Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas sociais, como: em

programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas radiofônicos; no discurso

do poder em suas diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais diversas realizações

do discurso oral.

Ao analisar os discursos de outros, também é preciso selecionar os conteúdos que se

pretende abordar, por exemplo:

• se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, pode-se refletir como o

apresentador se dirige ao entrevistado; quem é o entrevistado, idade, sexo; qual papel ele

representa na sociedade; o desenvolvimento do tema da entrevista; o contexto; se a fala do

apresentador e do entrevistado é formal ou informal; se há clareza nas respostas; os recursos

expressivos, etc.;

• o gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem entre si. Para

isso, é importante considerar algumas características dos participantes, como: idade, sexo,

profissão, posição social. Pode-se analisar os argumentos dos participantes, a ideologia

presente nos discursos, as formas de sequencialização dos tópicos do diálogo, a linguagem

utilizada (formal, informal), os recursos linguístico-discursivos usados para defender o ponto de

vista, etc.;

• em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, têm-se como explorar a

sociolinguística, o professor pode estimular o aluno a perceber se há termos, expressões,

sotaques característicos de alguma região, classe social, idade e como estes sotaques ou

marcas dialetais são tratados. Além disso, pode solicitar que os alunos transcrevam um trecho

de uma cena de novela e analisem, por exemplo, as falas das personagens em momentos de

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conflito, verificando se apresenta truncamento e hesitações, o que é comum em situações de

conflito real.

A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita faz

parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas idéias com segurança e fluência. O

trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como a argumentação.

O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua,

sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são

construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo.

Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc. O aluno precisa compreender

o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização,

unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor(es), dentre outros. Além disso, a

escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e

tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e

prosódia, graficamente representados.

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas

possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Isso implica o produtor do

texto assumir-se como locutor, ou seja, com finalidade, ter o que dizer; razão para dizer; como

dizer, interlocutores para quem dizer.

As propostas, de produção textual, precisam corresponder àquilo que, na verdade, se

escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social

determinada. Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a

prática de escrita. A seguir, citam-se alguns, observando-se que os gêneros escritos não se

reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia, editorial, artigo de opinião,

carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa, resumos, resenhas, solicitações,

requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas. Destaca-se, também, a

importância de realizar atividades com os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de

discussão, fórum de discussão, dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem

escrita na esfera digital.

Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares que

podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:

• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será

produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do

gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social em que este

circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever

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os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as

idéias;

• em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em

conta a temática, o gênero e o interlocutor selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim,

tudo que fora antes planejado, uma vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior

(rever o texto);

• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-lo:

nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias,

verificar se os objetivos foram alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o texto

está claro, se atende à finalidade, ao gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem

está adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem

como a pontuação, ortografia, paragrafação.

Por meio desse processo, que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e

reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo para

constrangimento. O ato de revisar e reformular é, antes de mais nada, um processo que permite

ao locutor refletir sobre seus pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário. O refazer textual

pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a intenção e as circunstâncias da

produção Para dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual, o professor

pode utilizar-se de diversas estratégias, como: afixar os textos dos alunos no mural da escola,

promovendo um rodízio dos mesmos; reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicá-

los no jornal da escola; enviar cartas do leitor (no caso dos alunos) para determinado jornal;

encaminhar carta de solicitação dos alunos para a câmara de vereadores da cidade; produção

de panfletos a serem distribuídos na comunidade; entre outros. Dessa forma, além de enfatizar

o caráter interlocutivo da linguagem, possibilitando aos estudantes constituírem-se sujeitos do

fazer linguístico, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como

incentivará a prática da leitura.

Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e aprimora

sua competência de escrita, apreende as exigências dessa manifestação linguística e o seu

sistema de organização próprio. Ao analisar seu texto conforme as intenções e as condições de

sua produção, o aluno adquire a necessária autonomia para avaliá-lo.

Na concepção de linguagem, a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. Ler é

familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas,

artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc.

No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de

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imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam

com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o

sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto

de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras

significativas.

Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de leitura são

mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite uma ampla variedade

de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não possibilita tal liberdade de interpretação.

Para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto que se quer trabalhar

e, então, planejar as atividades. É importante salientar que conforme variem os gêneros, a

finalidade pretendida com a leitura e suporte, variam também as estratégias a serem usadas.

Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está publicada no suporte de um

jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a finalidade de cada uma delas. Na

crônica do jornal, é importante considerar a data de publicação, a fonte, os acontecimentos

dessa data, o diálogo entre a crônica e outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da

crônica literária representa um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele

jornal.

Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião. Numa

atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor estético, o seu conteúdo

temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas figuras de linguagem, as intenções.

Diferente de um artigo de opinião, que tem outro objetivo, e nele é importante destacar o local e

a data de publicação, contextualizar a temática, dialogar com os argumentos apresentados se

posicionando, atentar para os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas

enunciativas desse discurso que revelam a posição do autor.

O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda, aqueles em que

predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens, as telas de pintura, os

símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os quais exigirão de seu aluno-leitor

colaborações diferentes daquelas necessárias aos textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar

muito mais atento aos detalhes oferecidos nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de

infográficos, tabelas, esquemas, a preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao

não-verbal, uma vez que este está posto para corroborar com a leitura daquele.

Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente se

comparada a outros gêneros e suportes. Exige um leitor dinâmico, ativo e que selecione

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quantitativa e qualitativamente as informações, visto que ele seleciona o caminho, o percurso

da leitura, os supostos - início, meio e fim, porque escolhe os hiperlinks que vai ler antes ou

depois. A leitura de hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes

linguagens na composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.

Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão

de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o

conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas

esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos (intertextualidade). Dito

isso, é essencial considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as

atividades de leitura.

Para o encaminhamento da prática de leitura, é relevante que o professor realize

atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o gênero a ser lido: do

conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no discurso

e o papel social que elas representam, das ideologias apresentadas no texto, da fonte, dos

argumentos elaborados, da intertextualidade.

O ensino da prática de leitura requer um professor que além de posicionar-se como um

leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler.

O encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura, tem como objetivos:

efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem;

questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os

próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da comunidade

familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o sucesso das atividades, além

disso, proporciona momentos de debates, reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a

ampliação dos seus horizontes de expectativas.

Esse trabalho divide-se em cinco etapas (conforme proposto nas Diretrizes Curriculares

Estaduais) e cabe ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo

com o seu plano de trabalho docente e com a sua turma. A primeira etapa é o momento de

determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor. O professor precisa tomar

conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos, observando o dia-a-dia da sala de

aula. Informalmente, pode-se analisar os interesses e o nível de leitura, a partir de discussões

de textos, visitas à biblioteca, exposições de livros, etc.

Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta

textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos.

Para isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham um senso estético

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aguçado, percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a busca de autores

consagrados da literatura, de obras clássicas.

Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento de mostrar

ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera, suas certezas podem ser

abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor trabalhar com obras que,

partindo das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com

que eles se distanciem do senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de

expectativa ampliado.

Na quarta etapa, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de

expectativas. O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma auto-avaliação a

partir dos textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior

(ruptura) trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais conhecimento,

o que o ajudou a ampliar seus horizontes.

A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de

expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam

uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma

ampliação de seus conhecimentos.

Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o

Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a

preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias. Contudo,

ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como leitor é ele quem

atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com seus

conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente deve partir da recepção dos

alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas

dos alunos.

O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental como do

Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno a

projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem. Numa apresentação em sala

de aula o educando revela-se e, “provocado” pelo docente, justifica sua associação defendendo

seu personagem. O professor, então, solicita aos alunos que digam o que entenderam da

história lida. Esta fase é importante para que o aluno se perceba como co-autor e tenha contato,

também, com outras leituras, a dos colegas de sala, que não havia percebido.

É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo,

demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que

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o texto permite. As marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também

asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas. Agindo assim, o professor estará

oportunizando ao aluno a ampliação do horizonte de expectativa. Após este primeiro momento,

de forma adequada à série ou ao nível do aluno e conforme a intencionalidade, o professor

oportunizará ao aluno a experiência, na leitura, escrita e oralidade, com novos gêneros e novas

formas de expressão, como desenho, dramatização, novos poemas, aprimorando a

compreensão, interpretação e análise.

O professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas fará a análise

contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua recepção

(historicidade). Utilizará, no caso do Ensino Médio, correntes da crítica literária mais apropriada

para o trato com a literatura, tais como: os estudos filosóficos e sociológicos, a análise do

discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o entendimento da

obra literária.

O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo

Estruturante da Língua Portuguesa -o Discurso como prática social- e constitui forte influxo

capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura,

oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita a reflexão consciente

sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no

momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua.

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os

conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na

constituição da unidade de sentido dos enunciados. O professor poderá instigar, no aluno, a

compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da

situação de interação, dos textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de usos e

funções da língua; o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções

textuais; a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto,

conduzindo-o às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um

saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.

Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das

práticas de oralidade, leitura e escrita, é necessário que o professor selecione o gênero que

pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de

produção/circulação, prepare atividades para a análise das marcas linguístico enunciativas,

entre elas:

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Oralidade:

• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes

registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso

das gírias, a entonação), entre outros;

• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;

• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez

que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de

formalidade/informalidade do texto, etc.

Leitura:

• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em

registro informal;

• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia,

ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

• léxico;

• progressão referencial no texto;

• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.

Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para o aluno identificar, por exemplo, os

adjetivos e classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias, vozes, e para

atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita. No caso do trabalho

com um gênero discursivo que se utiliza de muitos adjetivos, o aluno precisa perceber que a

adjetivação pode ser construída por meio de várias estratégias e recursos, criando diferentes

efeitos de sentidos e o processo de adjetivação pode revelar-se pelo uso de um verbo (como

esbravejou) e não só pelo uso do adjetivo. Compreender os recursos que o texto usa e o

sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua, numa dimensão dialógica da

linguagem.

Escrita:

Através do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o

professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:

• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);

• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades,

intertextualidade, processo de referenciação);

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• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto, estruturação de

parágrafos);

• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, complemento,

regência, vícios da linguagem);

Ainda nas atividades de leitura e escrita, ressaltam-se algumas propostas que focaliza o

texto como parte da atividade discursiva, tais como análise:

• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado,

parênteses, etc.;

• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação

e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do

texto;

• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do texto,

estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz

– expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);

• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e

coerência pretendidas;

• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;

• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que

vem antes e o que vem depois em um texto.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou

refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos

gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar. O estudo do texto e da sua

organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais,

conforme cada texto em análise. Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa,

o aluno também pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses,

questionar-se, ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.

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5 – AVALIAÇÃO

A avaliação, como parte dos processos de ensino e de aprendizagem, é um processo de

verificação das aprendizagens dos alunos que permitem ao professor intervir de modo a fazer

com que possam progredir. Não deve consistir na contagem de erros e acertos, originando

apenas uma nota ou um conceito que caracteriza o desempenho do aluno, mas sim ser vista

principalmente como um instrumento que ajuda o aluno a aprender, isto é, deve ser usada para

promover a aprendizagem. Todavia, é imprescindível, que a avaliação seja contínua e dê

prioridade à qualidade e ao processo de aprendizagem, ao desempenho do aluno ao longo do

ano letivo.

Não se pode dizer com isso que a avaliação somativa deva ser excluída do sistema

escolar, mas que as duas formas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para

diferentes finalidades. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor

pode usar também a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com

cada conteúdo e ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnostica, aponta dificuldades, possibilitando

que a intervenção pedagógica aconteça o tempo todo.

Os parâmetros de avaliação devem estar bem claros para o professor e definidos para o

aluno, que precisa estar inserido em contextos reais de interação comunicativa, que é o foco da

proposta para a disciplina de Língua Portuguesa. Como é no texto – fala e escrita – que a

língua se manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais,

os elementos linguistícos usados nas produções dos alunos precisam ser avaliados sob uma

prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilite compreender esses elementos no interior

do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem incluí-los em outras operações lingüísticas, de

reestrutura do texto, inclusive.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes

possibilidades de uso da língua, o que lhes permite, de modo gradativo, chegar à almejada

proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que

possibilita ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição

de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que,

simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.

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6 – BIBLIOGRAFIA

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Língua Portuguesa. Paraná, 2008.

TQKQZAKI, Heloísa Harne – Linguagens do Século XXI. Ed. Ibep.

YARED, Carla; BARBOSA, Thais e Leite, Maris – Link da Comunicação. Ed. Moderna.

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MATEMÁTICA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O objetivo de estudo da Educação Matemática está centrado na prática pedagógica, de

forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático. Assim, seus objetivos básicos buscam desenvolver o campo de investigação e de

produção de conhecimento, em sua natureza científica e a melhoria da qualidade de ensino, em

sua natureza pragmática.

Para a efetivação dos objetivos propostos, conta-se com professores que acolham e

pratiquem os estudos teórico-metodológicos validados pelo campo de investigação, da

Matemática, e que exercitem o questionamento frente às concepções pedagógicas

historicamente difundidas.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o

estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de

linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do

conhecimento.

Portanto, propõe-se um campo de estudos que possibilite ao professor balizar sua ação

docente, fundamentada numa ação crítica, que conceba a Ciência Matemática como atividade

humana em construção, contribuindo para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar ao aluno condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e

apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à

matemática.

Despertar no educando através do conhecimento matemático o interesse por questões

históricas, políticas, sociais e econômicas.

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Desenvolver o poder de análise crítica e pesquisa cientifica através do conhecimento

matemático.

Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam ao aluno

desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação científica.

Analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes utilizando ferramentas

matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se criticamente sobre

problemas da matemática e de outras áreas.

Desenvolver a capacidade de raciocínio e resolução de problemas, de comunicação, bem

como o espírito crítico e a criatividade.

Estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre esses temas e o

conhecimento de outras áreas do currículo.

Expressar-se oral, crítica e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão da

linguagem e as demonstrações em matemática.

3 – CONTEÚDOS

Os Conteúdos Estruturantes propostos para disciplina de Matemática são:

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometrias

• Funções

• Tratamento da informação

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobra

nos seguintes conteúdos:

• conjuntos numéricos e operações

• equações e inequações

• polinômios

• proporcionalidade

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobra nos

seguintes conteúdos:

• números reais

• números complexos

• sistemas lineares

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• matrizes e determinantes

• equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares

• polinômios

É necessário que estes conteúdos sejam compreendidos de forma ampla, para que se

analise e descreva as relações em vários contextos onde se situam as abordagens

matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir destes conteúdos.

Os números estão inseridos em contextos articulados com os demais conteúdos da

Matemática. Encontram-se nas abstrações oriundas não só do Conteúdo Estruturante Números

e Álgebra, como também: das geometrias, das funções, do tratamento da informação, das

grandezas e medidas.

A álgebra é muito abrangente e possui uma linguagem permeada por convenções

diversas de modo que o conhecimento algébrico não pode ser concebido pela simples

manipulação dos conteúdos abordados isoladamente.

O Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas englobam os seguintes conteúdos:

• sistema monetário

• medidas de comprimento

• medidas de massa

• medidas de tempo

• medidas derivadas: áreas e volumes

• medidas de ângulos

• medidas de temperatura

• medidas de velocidade

• trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos

triângulos

Para o Ensino Médio, este conteúdo, aprofunda e amplia os conteúdos do Ensino

Fundamental:

• medidas de massa

• medidas derivadas: área e volume

• medidas de informática

• medidas de energia

• medidas de grandezas vetoriais

• trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a trigonometria na

circunferência

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Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra

nos seguintes conteúdos:

• geometria plana

• geometria espacial

• geometria analítica

• noções básicas de geometrias não-euclidianas

No Ensino Fundamental, tem o espaço como referência, de modo que o aluno consiga

analisá-lo e perceber seus objetos para, então, representá-lo. Neste nível de ensino, o aluno

deve compreender:

• os conceitos da geometria plana: ponto, reta e plano; paralelismo e perpendicularismo;

estrutura e dimensões das figuras geométricas planas e seus elementos fundamentais; cálculos

geométricos: perímetro e área, diferentes unidades de medidas e suas conversões;

representação cartesiana e confecção de gráficos;

• geometria espacial: nomenclatura, estrutura e dimensões dos sólidos geométricos e cálculos

de medida de arestas, área das faces, área total e volume de prismas retangulares

(paralelepípedo e cubo) e prismas triangulares (base triângulo retângulo), incluindo conversões;

• geometria analítica: noções de geometria analítica utilizando o sistema cartesiano;

• noções de geometrias não-euclidianas: geometria projetiva (pontos de fuga e linhas do

horizonte); geometria topológica (conceitos de interior, exterior, fronteira, vizinhança,

conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados) e noção de geometria dos fractais.

No Ensino Médio, deve-se aprofundar os conceitos da geometria plana e espacial em

um nível de abstração mais complexo. Nesse nível de ensino, os alunos realizam análises dos

elementos que estruturam a geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja,

a geometria analítica plana. Neste caso, é imprescindível o estudo das distâncias entre pontos,

retas e circunferências; equações da reta, do plano e da circunferência; cálculos de área de

figuras geométricas no plano e estudo de posições.

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes

conteúdos:

• função afim

• função quadrática

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:

• função afim

• função quadrática

• função polinomial

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• função exponencial

• função logarítmica

• função trigonométrica

• função modular

• progressão aritmética

• progressão geométrica

As Funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica, capaz de provocar

mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variabilidade e da possibilidade de

análise do seu objeto de estudo e por sua atuação em outros conteúdos específicos da

Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a noção analítica de leitura do objeto matemático.

No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é

necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas

grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que

permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos.

As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e

aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer

generalizações e apropriar-se da linguagem matemática para descrever e interpretar

fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções

ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão

do significado das variações das grandezas envolvidas.

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação

engloba os seguintes conteúdos:

• noções de probabilidade

• estatística

• matemática financeira

• noções de análise combinatória

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação engloba os

conteúdos:

• análise combinatória

• binômio de Newton

• estatística

• probabilidade

• matemática financeira

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Este conteúdo estruturante contribui para o desenvolvimento de condições de leitura

crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo

geral, são usados para apresentar ou descrever informações.

Na Educação Básica, propõe-se que o trabalho com estatística se faça por meio de um

processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde sua coleta até os cálculos

finais.

Ao final do Ensino Fundamental, é importante o aluno conhecer fundamentos básicos de

Matemática que permitam ler e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos,

conhecer a ocorrência de eventos em um universo de possibilidades, cálculos de porcentagem

e juros simples.

No Ensino Médio, o conhecimento denominado Tratamento da Informação é um meio

para resolver problemas que exigem análise e interpretação. Para tanto, aluno do Ensino Médio

deve dominar os conceitos do conteúdo binômio de Newton, pré-requisito também para a

compreensão do conjunto de articulações que se estabelecem entre análise combinatória,

estatística e probabilidade.

Os Conteúdos Estruturantes de Matemática devem estar presentes em todas as séries

da Educação Básica. Tais conteúdos orientam o professor na sua prática docente de forma que

um Conteúdo Estruturante pode estar mais presente em uma série do que em outra. Os

conteúdos devem ser apresentados de modo que um seja abordado sob o contexto de outro.

Assim, os Conteúdos Estruturantes transitam entre si através destas articulações.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO

História dos números; Leitura e escrita de numerais; Comparação e ordenação de quantidades;

Composição e decomposição de números; Contagem de um em um, dois em dois.

Sistema de numeração decimal; Dezenas exatas; Dúzia, meia dúzia; Sólidos e planos geométricos;

Gráfico de barras; Medidas de grandeza: tempo, comprimento, capacidade, massa; Estudo das operações aritméticas

através de situações problema;

Jogos e brincadeiras. (material dourado, tampinhas, palitos, quadro de valor...). Resolver situações problemas que

envolvam contagem, medidas, os significados das operações, utilizando estratégias pessoais de resolução e selecionando procedimentos de

cálculo; Resolução de problemas dentro de um contexto envolvendo as quatro operações.

Ler, escrever números naturais e racionais, ordenar números naturais e racionais na forma decimal pela interpretação do valor posicional de

cada uma das ordens;

Identificar semelhanças e diferenças entre elementos classificando, ordenando e seriando;

Fazer correspondências e agrupamentos; Pensar sobre números e quantidades de objetos, operando

com quantidades e registrando as situações-problemas (inicialmente de forma espontânea e, posteriormente, usando a

linguagem matemática). Compreender que a contagem do sistema de numeração é decimal e feita na base dez.

Resolver operações matemáticas

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Sistema de numeração decimal (comparar com outros sistemas); Contagem de cinco em cinco, dez em dez;

Centenas exatas, meia centena; Construção de centena de milhar; As quatro operações; Leitura, escrita, comparação e

ordenação de números fracionários; Sistema monetário; Construção de gráficos;

Multiplicação e divisão por dois números; Sistema de medidas (comprimento, massa, capacidade, tempo);

Geometria; Estatística. Origem dos números; Numeração egípcia;

Numeração romana; Números pares e ímpares; Ordem crescente e decrescente; Antecessor e sucessor;

Valor posicional; Idéia de número e numeral; Números ordinais; Operações fundamentais: adição,

subtração, multiplicação e divisão; Terminologia; Propriedade; Prova real;

Expressões numéricas; Sentenças matemáticas; situações problemas envolvendo as 4 operações;

Dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo; Múltiplos e divisores; Sistema monetário brasileiro - Real

e centavos de real (comparar com os sistemas adotados em outros países);

Realizar cálculos mentalmente e por escrito, envolvendo números naturais e racionais; Medir e fazer estimativas sobre

medidas, utilizando unidades e instrumentos de medidas mais usuais; Reconhecer e descrever formas

geométricas. Leitura, pesquisa, dramatização, textos informativos, contagem em grupos, exercícios, atividades de

fixação, jogo da memória, escrita de números, bingo de numerais, representação em fila para contagem na ordem, exercícios com problemas

e operações fundamentais, bingo da tabuada, jogo de dominó das quatro operações, fotocópia do dinheiro (Real) para exercitat compras e o

troco, cartaz com os termos da adição, subtração, divisão e multiplicação, entrevistas, preenchimento de cheques, leitura e

escrita dos valores, jogo de dominó da representação e leitura das frações, gincana no quadro, uso do metro para medir os alunos, a sala de

aula, escola, casa, uso de litro, réguas, calendário, relógio, balança para trabalhar medidas, problemas e operações envolvendo medidas,

construir retas e semi-retas, uso da margem do caderno de desenho, calcular a superfície da escola, criar problemas com os assuntos

estudados, levantamento de informações, registro de dados, discussões, troca de idéias, produções de texto, interpretar dados

partindo da realidade

envolvendo as quatro operações. Analisar,compreender, interpretar e resolver situações problemas. Analisar e interpretar gráficos de

barras. Compreender as ordens e classes dos números. Explicar o valor absoluto e relativo

dos números. Resolver as sentenças matemáticas e expressões numéricas.

Medir e fazer estimativas sobre as medidas, utilizando unidades e instrumentos de medidas. Compreender a construção do

calendário bem como usá-lo diariamente; Realizar cálculos mentalmente e escrito envolvendo as frações.

Reconhecer e descrever formas geométricas. Identificar as figuras e formas geométricas nos elementos do

cotidiano. Compreender as classes que compõem o sistema decimal. Interagir a matemática com as

demais áreas do conhecimento

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração; • Números Naturais; • Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação; • Números fracionários; • Números decimais.

• Conheça os diferentes sistemas de numeração; • Identifique o conjunto dos números naturais,

comparando e reconhecendo seus elementos; • Realize operações com números naturais; • Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as)

operações com números naturais;

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• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto;

• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; • Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua

operação inversa; • Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos; • Sistema monetário

• Identifique o metro como unidade-padrão de

medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do

quilograma; • Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como

padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;

• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais;

• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada;

GEOMETRIA

• Geometria Plana; • Geometria Espacial

• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semireta e segmento de reta; • Conceitue e classifique polígonos;

• Identifique corpos redondos; • Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas;

• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem

• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;

• Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Inteiros; • Números Racionais; • Equação e Inequação do 1º grau;

• Razão e proporção;

• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros;

• Reconheça números racionais em diferentes contextos;

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• Regra de três simples. • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; • Compreenda o conceito de incógnita;

• Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação

entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e

inversamente proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de temperatura; • Medidas de ângulos.

• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;

• Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

GEOMETRIA

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometrias não-euclidianas

• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;

• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Pesquisa Estatística; • Média Aritmética; • Moda e mediana; • Juros simples.

• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados

estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Racionais e Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau; • Potências;

• Monômios e Polinômios; • Produtos Notáveis.

• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes

contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional

especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º grau;

• Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões

algébricas.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de ângulos.

• Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; • Identifique ângulos formados entre retas

paralelas interceptadas por transversal.

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• Realize cálculo de área e volume de poliedros.

GEOMETRIA

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não euclidianas.

• Reconheça triângulos semelhantes; • Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;

• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; • Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os

pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Gráfico e Informação; • População e amostra

• Interprete e represente dados em diferentes

gráficos; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais; • Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau; • Teorema de Pitágoras; • Equações Irracionais; • Equações Biquadradas; • Regra de Três Composta

• Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário

como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus

elementos; • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e

algébrica; • Identifique e resolva equações irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;

• Utilize a regra de três composta em situações problema.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo; • Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.

FUNÇÕES

• Noção intuitiva de Função Afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

• Expresse a dependência de uma variável em

relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;

• Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função;

• Analise graficamente as funções afins;

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• Analise graficamente as funções quadráticas.

GEOMETRIA

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não euclidianas

• Verifique se dois polígonos são semelhantes,

estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas;

• Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações problemas; • Noções básicas de geometria projetiva.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Noções de Análise Combinatória; • Noções de Probabilidade;

• Estatística; • Juros Compostos

• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam

contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; • Calcule as chances de ocorrência de um

determinado evento; • Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais; • Números Complexos; • Sistemas lineares; • Matrizes e Determinantes;

• Polinômios; • Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; • Compreenda os números complexos e suas operações;

• Conceitue e interprete matrizes e suas operações; • Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de

determinante; • Identifique e realize operações com polinômios; • Identifique e resolva equações, sistemas de

equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de Área; • Medidas de Volume;

• Medidas de Grandezas Vetoriais; • Medidas de Informática; • Medidas de Energia; • Trigonometria.

• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes

grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades; • Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos.

FUNÇÕES

• Função Afim;

• Função Quadrática; • Função Polinomial; • Função Exponencial; • Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica; • Função Modular; • Progressão Aritmética; • Progressão Geométrica.

• Identifique diferentes funções e realize

cálculos envolvendo-as; • Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; • Realize análise gráfica de diferentes funções;

• Reconheça, nas seqüências numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; • Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.

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GEOMETRIA

• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas.

• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; • Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica;

• Perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;

• Compreenda a necessidade das geometrias não euclidianas para o avanço das teorias científicas; • Articule idéias geométricas em planos de

curvatura nula, positiva e negativa; • Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Análise Combinatória; • Binômio de Newton; • Estudo das Probabilidades;

• Estatística; • Matemática Financeira.

• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos;

• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton; • Compreenda a idéia de probabilidade; • Realize estimativas, conjecturas a respeito de

dados e informações estatísticas; • Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana;

• Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

Os conteúdos estruturantes se relacionam entre si e evocam outros conteúdos tanto

estruturantes quanto específicos, além de seguir relações e interdependência que, por efeito,

enriquecem o processo pedagógico. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada

conteúdo estruturante pode ocorrer em diferentes momentos e, quando novas situações de

aprendizagens possibilitarem, pode ser retomada e aprofundada. Desta forma, os

procedimentos metodológicos devem propiciar a apropriação de conhecimentos matemáticos

que expressem articulações entre estes conteúdos, de forma que suas significações sejam

reforçadas, refinadas e intercomunicadas.

A seguir, apresentam-se considerações metodológicas, que devem ser entendidas como

meio que fundamentará a prática docente e que compõem o campo de estudo da Matemática,

as quais têm grau de importância similar entre si complementando uma às outras.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

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A metodologia da resolução de problemas é o eixo organizador do ensino de

Matemática, proporcionando ao aluno a possibilidade de resolver situações de naturezas

diversas, e enfrentar com confiança novas situações.

O professor deve fazer uso de práticas metodológicas como exposição oral e resolução

de exercícios. Isso torna as aulas mais dinâmicas. Cabe ao professor assegurar um espaço de

discussão no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma

estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos

que utilizaram para chegarem ao resultado.

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se necessário, até

chegar a uma solução aceitável.

Ao destacar a resolução de problemas, o que se defende é uma proposta que tenha

como ponto de partida não a definição, mas o problema. No processo de ensino e

aprendizagem, conceitos, idéias, demonstrações e teoremas matemáticos devem ser

explorados a partir de situações-problema, ou seja, contextos em que os alunos necessitem

desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-los.

É a partir de situações-problema que o aluno vai construindo o saber matemático.

ETNOMATEMÁTICA

O prefixo etno é hoje aceito como algo muito amplo, referente ao contexto cultural e,

portanto, inclui considerações como linguagem, jargão, códigos de comportamento, mitos e

símbolos matema é uma raiz difícil, que vai à direção de explicar, de conhecer, de entender

tica sem dúvida vem de techne, que é a mesma raiz de arte e de técnica. Assim,

Etnomatemática é a arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender nos diversos

contextos culturais. Ela procura compreender o saber/fazer matemático ao longo da história da

humanidade, contextualizando em diferentes grupos de interesse, comunidades, povos e

nações.

As práticas matemáticas de feirantes, comerciantes, borracheiros, cirurgiões cardíacos,

vendedores de suco de frutas, bicheiros, indígenas, grupos africanos enquadram-se, por

exemplo, nos estudos e nas pesquisas da Entomatemática.

A Etnomatemática demonstra que não existe um único saber, mas vários, percebidos

através de diferentes teorias e práticas que emergem das mais diversas áreas culturais e,

reconhece e respeita as raízes culturais.

MODELAGEM MATEMÁTICA

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Diante de uma realidade complexa, global, podemos reduzir esse grau de complexidade

isolando algumas variáveis. Temos, assim, uma representação da realidade sobre a qual

refletimos e procuramos construir estratégias de ação. De posse dos resultados obtidos nessa

representação, voltamos ao global.

Esse processo de passagem do global para o local e do local para o global, a partir de

representações, é normalmente chamado modelagem.

Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e

sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo. Assim

sendo, a modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os

problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do

estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para

sua formação crítica, procurando verificar à adequação parâmetros selecionados e as

implicações dessa seleção, inter-relacionamentos, desse sistema, com a realidade como um

todo, isto é, procurando recuperar o sentido holístico que permeia o tema. Não é possível

explicar, conhecer, entender, manejar, lidar com a realidade fora do contexto holístico.

A modelagem é eficiente a partir do momento em que se conscientiza de que sempre se

trabalha com aproximações da situação real, que, na verdade, se esta elaborando sobre

representações. Assim, a modelagem pode ser uma metodologia de ensino muito útil e se

enquadra no Programa Entonomatemática, que inclui a crítica, também de natureza histórica,

sobre representações, que deve sempre estar subjacente ao processo de modelagem.

MÍDIA TECNOLÓGICA

O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à

experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas

teorias matemáticas. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras,

os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e

potencializado formas de resolução de problemas.

As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações

em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos

enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. A Internet é um

recurso que favorece a formação de comunidades virtuais que, relacionadas entre si, promovem

trocas e ganhos de aprendizagem. Muitas delas, no campo da Matemática, envolvem

professores, alunos e outros interessados na área.

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O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender, e

valoriza o processo de produção de conhecimentos e amplia as possibilidades de observação e

investigação.

Os computadores, televisão, internet permite a construção, interação, trabalho

colaborativo processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a

prática.

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A história da Matemática é um valioso recurso para o processo de ensino aprendizagem

da Matemática. Através desta, o professor tem a possibilidade de desenvolver atitudes e

valores positivos frente ao conhecimento matemático. O aluno conhecerá a Matemática como

uma criação humana, que surgiu a partir da busca de soluções para resolver problemas do

cotidiano, conhecerá as preocupações dos vários povos em diferentes momentos históricos,

identificando a utilização da Matemática em cada um deles e estabelecerá comparações entre

os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente. O contato com alguns fatos

do passado pode ser uma dinâmica bastante interessante para introduzir um determinado tema

em sala de aula. Esta proposta permite ao professor uma maior interação com o aluno

permitindo a troca de conhecimentos entre ambos atendendo sempre à iniciativa dos

estudantes e dos problemas significativos no seu contexto cultural.

A relação do conteúdo estruturante com os específicos torna a aprendizagem mais

significativa: interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver

problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio

lógico, preparar o educando para uma nova postura diante da sociedade que esta cada vez

mais exigente. Alunos que pensam por si mesmos, que tenham iniciativa, criatividade e vejam o

mundo com olhar mais críticos.

INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS

As investigações matemáticas podem ser desencadeadas a partir da resolução de

simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Uma investigação é um

problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução

de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o

método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de

maneira que o aluno compreenda o significado de investigar.

Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não

apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas

a respeito do que está investigando. Assim, as investigações matemáticas envolvem,

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naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas. Como são

estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisam verificar qual é a mais adequada à

questão investigada e, para isso, devem realizar provas e refutações, discutindo e

argumentando com seus colegas e com o professor.

Enfim, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior

de toda ação pedagógica.

As tendências metodológicas apresentadas não esgotam todas as possibilidades para

realizar com eficácia o complexo processo de ensinar e aprender Matemática, por isso, sempre

que possível, o ideal é promover a articulação entre elas de maneira tal que os conteúdos

específicos transitem nestas tendências da Educação Matemática.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser constante dando ênfase ao que o aluno apresenta, pois o professor

é o responsável pelo processo ensino aprendizagem e precisa considerar nos registros escritos

e nas manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio para que possa replanejar

procurando novos encaminhamentos metodológicos.

A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem possibilitando ao aluno

múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado. De

acordo com Ponte:

“...novas tarefas e formas de trabalho têm sido propostas para a sala de

aula, com o propósito de gerar uma atividade dos alunos que não se reduza à

produção de respostas curtas e 'objetivas', mas que inclua, por exemplo, a

elaboração de explicação pormenorizada (tanto escritas como orais) sobre

problemas resolvidos ou a redação de relatórios de projetos ou trabalhos de

grupo”. (1997, p.102)

O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação. É necessário

observar o processo de construção do conhecimento. Assim a avaliação deve ser uma

orientação para o professor na condução de sua prática docente e para a construção de seus

esquemas de conhecimento teórico e prático. Requer, também, encaminhamentos

metodológicos que abram espaço a interpretação e à discussão dos conteúdos trabalhados,

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para isso se faz necessário o diálogo entre professor e alunos na tomada de decisões, nos

critérios avaliativos e nas posteriores intervenções.

6 – BIBLIOGRAFIA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Matemática. Paraná, 2008.

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HISTÓRIA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e as

relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos

sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas

ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de

pensar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos

de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio-

históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para escolha de

projetos de futuro. Como objeto de estudo deve considerar-se também as relações dos seres

humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas

de uma determinada época e local, que também se conformam a partir das ações humanas.

Os acontecimentos construídos pelas ações e sentidos humanos, em determinado local

e tempo, produzem relações humanas, que ensejam um espaço de atividade relativo aos

acontecimentos históricos. Isso ocorre de forma não-linear, em ações humanas que produzem

outras relações, as quais também constroem novas ações. Assim os processos históricos são

marcados pela complexidade causal, isto é, fatos distintos produzem uma nova relação,

enquanto relações distintas convergem para um novo acontecimento histórico.

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas, fundamentada

por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas. Essas interpretações

são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos históricos e propõem

ações no presente e projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de

um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento. Esse conhecimento é

provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos. Entretanto, provisoriedade não

significa relativismo teórico, mas sim que existem várias explicações e interpretações para um

mesmo fato. Algumas são mais aceitas historiograficamente, de modo que são constituídas pelo

estado atual da ciência histórica em relação ao seu objeto e ao seu método. Com isso, as

explicações e interpretações sobre determinado processo histórico também se modificam

temporalmente, ou seja, os diferentes contextos espaços-temporais das diversas sociedades

produzem suas próprias concepções de História. De fato, o conhecimento histórico possui

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formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, a partir das experiências dos sujeitos

e do contexto em que vivem.

A investigação histórica pode detectar causalidades externas voltadas para a descoberta

das relações humanas, e internas que buscam compreender e interpretar os sentidos que os

sujeitos atribuem às suas ações.

Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser analisados a

partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar documentos entre si e

com o contexto social e teórico que os construíram, a produção do conhecimento propicia

validar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente. Como resultado, pode

ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem do objeto de estudo

historiográfico.

Assim, a História tem como objeto os processos históricos relativos às ações e às

relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às

mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Estabelecer seqüência de datas, períodos, objetos e imagens relacionando-os a uma

cronologia.

Analisar diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões econômico-social, política e

cultural no Ensino Fundamental, e das relações de trabalho, de poder e cultura no Ensino

Médio.

Compreender que o conhecimento histórico é produzido através de distintas fontes

documentais e textos historiográficos a partir dos quais os pesquisadores produzem a narrativa

histórica.

Estabelecer comparações simples entre passado e presente, com referência a uma

diversidade de períodos, culturas e contextos sócio-históricos.

Entender que a História é tanto um estudo da continuidade como da mudança e da

simultaneidade.

Compreender que um acontecimento histórico pode responder a uma multiplicidade de

causas.

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Identificar os sujeitos que viveram no passado e cujas opiniões, atitudes, culturas e

perspectivas temporais são diferentes das atuais.

Explicitar o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a partir do

conhecimento dos processos históricos.

Compreender a História como experiência social de sujeitos que constroem e participam do

processo histórico.

3 – CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História são as relações de

trabalho, as relações de poder e as relações culturais. Eles tratam das ações e relações

humanas no tempo, articulando o ensino e a pesquisa em História. Os conteúdos estruturantes

se desdobram em conteúdos básicos/temas históricos e, por fim, nos específicos. Dessa forma,

todos têm a possibilidade de relacionar-se entre si. Na disciplina de História os conteúdos

básicos são os temas históricos, pois esta é a abordagem que se articula com os fundamentos

teórico-metodológicos expressos neste documento.

Para os anos finais do Ensino Fundamental a escolha dos recortes temáticos que

organizam os conteúdos básicos se deve à opção política e teórico-metodológica de romper

com a narrativa histórica tradicional, linear, eurocêntrica, homogeneizadora e totalizante da

divisão quadripartite (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). A considerar que a

formação da consciência histórica dos estudantes, expressada em suas múltiplas narrativas, é a

finalidade do ensino e da aprendizagem em História, deve-se compreender que os temas

históricos são a expressão narrativa das experiências do tempo. Ou seja, no que se refere à

formação histórica, as narrativas, com suas múltiplas temporalidades, materializam as

experiências históricas dos sujeitos por meio dos temas históricos. A articulação desses

recortes temáticos aos conteúdos estruturantes explicita-se na sugestão de conteúdos básicos

apresentada.

Para o Ensino Médio, reforça-se a idéia de que os conteúdos básicos são os temas

históricos. Essa identificação se justifica pela opção teórico-metodológica, pela história

temática. Os temas históricos estão necessariamente articulados aos conteúdos estruturantes.

A especificidade, nesse nível de ensino, está na formação de uma maior complexidade

conceitual na explicação e interpretação históricas dos conteúdos específicos. A seguir serão

elencados os conteúdos a serem trabalhados na educação básica.

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Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas,

destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro- Brasileira, da

História do Paraná e da História da Cultura Indígena, constituintes da história deste país.

RELAÇÕES DE TRABALHO

Pelo trabalho expressam-se as relações que os seres humanos estabelecem entre si e

com a natureza, seja no que se refere à produção material como à produção simbólica.

As relações de trabalho permitem diversas formas de organização social. No mundo

capitalista, o trabalho assumiu historicamente um estatuto muito específico, qual seja, do

emprego assalariado. Para entender como se formou este modelo e seus desdobramentos, faz-

se necessário analisar alguns aspectos das Relações de Trabalho.

O conceito de modo de produção se refere a um modelo que explica a maneira de

produzir em um determinado contexto histórico. Esse modelo explicativo pretende abarcar uma

leitura de todas as relações de trabalho possíveis e de suas características nos diversos

contextos espaços-temporais.

Assim o estudo de relações de trabalho nos anos finais do Ensino Fundamental e no

Ensino Médio deve contemplar diversos tipos de fontes, de modo que professores e alunos

percebam diferentes visões históricas, para além dos documentos oficiais. Articulados aos

demais Conteúdos Estruturantes, reconhecer as contradições de cada época, os impasses

sociais da atualidade e dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permite entender como

as relações de trabalho foram construídas no processo histórico e como determinam a condição

de vida do conjunto da população.

RELAÇÕES DE PODER

O poder não apresenta forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta como relações

sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que se submete; portanto,

o que existe são as relações de poder.

O estudo das relações de poder geralmente remete à idéia de poder político. Entretanto,

elas não se limitam somente ao âmbito político, mas também nas relações de trabalho e cultura.

Entender que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio

históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições, permite

ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde

estão os espaços decisórios, porque determinada decisão foi tomada; de que forma foi

executada ou implementada, e como, quando e onde reagir a ela.

RELAÇÕES CULTURAIS

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A proposta das relações culturais como um dos Conteúdos Estruturantes para o estudo

da História, se da no entendimento que a cultura permite conhecer os conjuntos de significados

que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.

Com as mudanças ocorridas nos últimos trinta anos, os modelos de explicação do

passado têm sido questionados. Essa crise dos paradigmas explicativos ocasionou rupturas

profundas na História e permitiu a inclusão de diferentes propostas e abordagens que incluíam

a cultura como ponto de partida para a análise histórica.

O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada sociedade e

as relações entre elas. O processo histórico constituído nesta relação pode ser chamado de

cultura comum.

Por fim, os Conteúdos Estruturantes relações de trabalho, de poder e culturais permitem

construir uma fundamentação histórica das abordagens relativas aos temas ou conteúdos

básicos e aos conteúdos históricos específicos. Isto porque materializam as orientações do agir

humano, estruturadas na formação do pensamento histórico. Esta formação histórica, baseada

nos Conteúdos Estruturantes, é constituída por metodologias de ensino e de aprendizagem

articuladas às especificidades dos ensinos fundamental e médio.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO

A criança e sua história; História do nome; Semelhanças e diferenças entre os alunos;

A casa, a rua, o bairro; Serviços presentes na comunidade: comércio, lazer, saúde, educação, igrejas, transportes, meio de

comunicação, profissões, saneamento básico, asfalto, etc.; História da Escola e seu entorno; História da família;

Famílias de hoje e de ontem; História do município “Curitiba”; Aniversário da cidade; História do Estado “Paraná”;

Organização do espaço paranaense urbano e rural; História e cultura afro-brasileira e africana;

História e cultura dos povos indígenas; Povoamento;

Entrevistar familiares para responder questões referentes à sua vida desde o nascimento;

Criar textos partindo das informações de sua história; Linha do tempo, observando as datas mais importantes da vida do aluno e

dos acontecimentos do municipio, estado e do Brasil; Árvore genealógica para observar os parentescos e etnia que faz parte;

A história do nome do bairro; Leitura e discussão da história do município. A história do nome Curitiba;

Pesquisa sobre os primeiros habitantes; A história do nome Paraná e Brasil; Trabalhos com textos

complementares. Utilização de mapas. Saídas de campo: entorno da escola, pontos significativos do bairro, pontos

Desenvolver a reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações, suas histórias, suas formas de se organizar em

diferentes épocas e lugares. Reconhecer semelhanças e diferenças estabelecidas entre sua localidade e outras, de outros

tempos e outros espaços; Reconhecer laços de identidade e/ou diferenças entre os indivíduos, grupos e classes;

Reconhecer semelhanças, mudanças e permanências no modo de vida de algumas populações;

Conhecer como se deu o povoamento no município de Curitiba; Compreender as características,

diferenças e semelhanças de seus imigrantes. Reconhecer a história dos nomes:

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Movimentos migratórios; Organização política, social e administrativa; Transformações tecnológicas;

Símbolos representativos; Formas de governo; Eleições. Normas de convivência;

Acontecimentos históricos do estado e do Brasil; A função de cada poder: legislativo, executivo, judiciário;

Símbolos do estado e do país; Datas comemorativas.

históricos, museus, bibliotecas, etc. Construir coletivamente os conceitos; Texto coletivo; Textos diversos

Gravuras; Documentos; Poesias; Trabalhos em grupos;

Dramatização; Teatro; Explicações; Localização nos mapas do município,

do estado e do país; Anotações; Atividades variadas; Linha do tempo;

Visitas aos órgãos públicos; Desenhos; Construção de mapas; Entrevistas; Passeios.

do aluno, do bairro, do município, do estado e do país; Conhecer e valorizar a história do Paraná;

Conhecer como se deu o povoamento no estado, relacionando com a história do Brasil e Curitiba;

Compreender as características, diferenças e semelhanças dos colonizadores; Localizar no tempo e no espaço

os acontecimentos históricos.

5ª SÉRIE/ 6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

• Esta sugestão de conteúdos tem como

finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro

instituída por um processo histórico.

• Pretende perceber como os estudantes

compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum.

• Verificar a compreensão do aluno acerca

da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/ presente.

• Cabe ao professor, no decorrer do processo,

elencar diferentes instrumentos avaliativos

capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de

narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e

confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de

representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.

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6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Relações de Trabalho

Relações de

Poder

Relações culturais

As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

A relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção

cultural campo/ cidade.

• Esta sugestão de conteúdos tem como

finalidade avaliar processualmente como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por um

processo histórico;

• Pretende perceber como os estudantes

compreendem: a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e

resistências; e produção cultural campo cidade.

• Cabe ao professor, no decorrer do processo,

elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de

narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade.

O trabalhadores e as conquistas de direito.

• Esta sugestão de conteúdos tem como

finalidade avaliar processualmente os mundos

do trabalho instituídos por um processo histórico.

• Pretende perceber como os estudantes

compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades

no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos

trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras;

fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade, as classes trabalhadora/ capitalista no campo e na cidade, a crise da

produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte.

• Cabe ao professor, no decorrer do processo,

elencar diferentes instrumentos avaliativos

capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.

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• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de

narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

A constituição das instituições sociais. A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções

• Esta sugestão de conteúdos tem como

finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e

possibilitam as ações políticas que os sujeitos promovem em relação às lutas pela participação no poder que foram instituídas por um processo histórico.

• Pretende perceber como os estudantes

compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções

sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais.

• Cabe ao professor, no decorrer do processo,

elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas

produzidas pelos estudantes.

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de

narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes

naturezas.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Relações de Trabalho

Relações de

Poder

Relações culturais

Tema 1

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o

Trabalho Livre

Espera-se que os alunos: • compreendam as ações sociais, políticas e

culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

• compreendam: o conceito de trabalho;

o trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades, indígenas, africanas, nômades, seminômades); o trabalho

escravo e servil; a transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial, Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as

experências do trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no mundo do trabalho

• façam uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos;

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verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Tema 2

Urbanização e industrialização

• compreendam as ações sociais, políticas e

culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

• compreendam as cidades na História

(neolíticas, antigüidade greco-romana, da Europa Medieval, pré-colombianas, africanas e

asiáticas); ocupação do território brasileiro e formação de vilas e cidades; urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais,

africanas e orientais; urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo; modernização do espaço urbano

• façam uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Tema 3

O Estado e as relações de poder

• compreendam as ações sociais, políticas e

culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

• compreendam: os Estados teocráticos; os

Estados na antigüidade clássica; o poder

descentralizado e a igreja católica na sociedade medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo;

o Iluminismo e os processos de independência da América Colonial; o Paraná no contexto da sua emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo); o

nacionalismo nos Estados ocidentais; o populismo e as ditaduras na América Latina; o Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX; o Estado na América

Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado ideologia e cultura; a independência das colônias africanas e asiáticas.

• façam uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos;

verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

Relações de

Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Tema 4

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

• compreendam as ações sociais, políticas e

culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

• compreendam: as relações de dominação e

resistência nas sociedades grega e romana na

Antiguidade: (mulheres, crianças, estrangeiros e escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma; relações de dominação e resistência na sociedade

medieval: (camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes); as relações de resistência na sociedade ocidental moderna; as revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; os

quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro; as revoltas sociais na América portuguesa; as revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX;

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• façam uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas

Relações de Trabalho

Relações de

Poder

Relações culturais

Tema 5

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

• compreendam das ações sociais, políticas e

culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

• compreendam: as revoluções democrática-

liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA);

as guerras mundiais no século XX; As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina; os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina; os

Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e suas conquistas de direitos nas

sociedades contemporâneas

• façam uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

Relações de Trabalho

Relações de

Poder

Relações culturais

Tema 6

Cultura e religiosidade

• compreendam as ações sociais, políticas e

culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

• compreendam: os rituais, mitos e imaginários

dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões( hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo,

cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo; o modernismo brasileiro; representação dos movimentos

sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas; as festas populares no Brasil :

congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo e outras;

• façam uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos;

verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

No processo de construção da consciência histórica é indispensável que o professor

retome, constantemente, com os alunos como se dá a produção do conhecimento, ou seja,

como é produzido o trabalho de um pesquisador, que tem como objeto de estudo as ações e as

relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos lhes deram, de

modo consciente ou não. Para estudá-las, o historiador adota método de pesquisa de forma que

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possa problematizar o passado, e buscar, por meio de documentos e perguntas, respostas às

suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa histórica cujo desafio é

contemplar a diversidade das experiências políticas, sociais, econômicas e culturais.

Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para a

preservação de documentos, dos lugares de memória como museus, bibliotecas, acervos

privados e públicos de fotografias, sejam pelo reconhecimento do trabalho feito pelos

pesquisadores ou pelo valor histórico que preserva.

O professor deve ter claro que a produção do conhecimento histórico e sua apropriação,

pelos alunos é processual e, deste modo, é necessário que o conceito em questão seja

constantemente retomado.

É certo que para tomar este encaminhamento metodológico, o professor terá que ir

muito além do livro didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são limitadas. Isso

não significa que o livro didático deve ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto

aos alunos, de modo que se indique seus limites e possibilidades. Implica também a busca de

outros referenciais que complemente o conteúdo tratado em sala de aula.

Este encaminhamento exige que o professor esteja atento à rica produção historiográfica

que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral,

muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos.

Para que os alunos ampliem o conteúdo apresentado nos livros didáticos, o uso da

biblioteca é fundamental. Torna-se interessante, no entanto que o professor os oriente para que

conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser consultadas, bem como ensine bons

hábitos de manuseio e conservação das obras.

Ainda, é tarefa do professor instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os

conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado, de modo que constituam,

gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.

Nesta perspectiva, é preciso que o professor explicite o que pretende que os alunos

investiguem, com vistas a ampliar, refutar ou validar a análise de determinado conteúdo trazido

no livro didático de História.

Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe-se que os conteúdos temáticos

priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e comparações com a

história mundial. Para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos, ou seja, os

conteúdos (básicos e específicos) terão como finalidade a discussão e a busca de solução para

um tema/problema previamente proposto. Porém, em ambas as etapas da Educação Básica, é

fundamental levar para a sala de aula temas históricos que contemplem a Cultura Afro-

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Brasileira, a História do Paraná e aspecto aos Desafios Educacionais Contemporâneos, na

perspectiva de compreender os aspectos construídos historicamente, refletir sobre os danos

causados a sociedade, buscando desenvolver atitudes respeitosas mediante o outro.

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos tem

como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso se dá quando

professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas pesquisas escolares, os métodos de

investigação histórica articulados pelas narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos

perceberão que a História está narrada em diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras,

relatos de memória, etc.),

Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma

verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir evidências que organizam

diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a consciência da

necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o

professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:

• do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;

• da fundamentação na historiografia;

• da problematização do conteúdo;

• essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelos sujeitos.

Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode favorecer o

pensamento histórico. A intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de

desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas

da sociedade por meio de uma consciência histórica. Porém, é indispensável ir além dos

documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de

história local, além de documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema, quadrinhos,

literatura e informática. Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades do uso

desses documentos, bem como entender a sua utilização para superar as meras ilustrações

das aulas de História. Quanto à identificação do documento, a sugestão é determinar sua

origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo.

Para fazer análise e comentários dos documentos sugere-se a seguinte metodologia:

• descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele contém;

• mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles possam explicá-los,

associá-los às informações dadas;

• situar o documento no contexto e em relação ao autor;

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• identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a identificar os seus

limites e interesses.

O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica sobre o

processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de sua compreensão. Tal

abordagem é fundamental para que os alunos entendam:

• os limites do livro didático;

• as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

• a necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor diferentes contextos;

• a importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento histórico para

compreensão do passado;

• que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser

complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho de

investigação do historiador.

Então, ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor precisa relativizar o

livro didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são limitadas. Isso não significa

que o livro didático deva ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos,

de modo que se identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a busca de outros

referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula. Porém, como o livro

didático é o documento pedagógico mais popular e usado nas aulas de História sugere-se

alguns encaminhamentos metodológicos para seu uso transformando-o em uma fonte histórica:

• ler o texto;

• construir uma enunciação da idéia principal de cada parágrafo;

• identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;

• relacionar as ideias do texto com a imagens, as imagens, os mapas e os gráficos;

• explicar as relações feitas;

• estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e nas

imagens, imagens, mapas e gráficos;

• identificar as ideias principais e secundárias do texto;

• registrar, de forma organizada e hierarquizada, as ideias principais e as secundárias do texto.

O trabalho pedagógico, com diversos documentos e fontes, exige que o professor esteja

atento à rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas

e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos meios

eletrônicos.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados nos livros

didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto, que o professor os

oriente para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser consultadas, e

ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.

O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e inova a

relação de conteúdos a serem abordados e a investigação da região ou dos lugares onde os

alunos vivem, mas também das histórias de outras regiões ou cidades.

É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado. Problematizar o

conhecimento histórico significa em primeiro lugar partir do pressuposto de que ensinar História

é construir um diálogo entre o presente e o passado.

Algumas questões podem orientar uma abordagem problematizadora dos conteúdos,

tais como: levantar hipóteses acerca dos acontecimentos do passado, recorrer as fontes

históricas, preferencialmente partindo do cotidiano dos alunos e do professor, ou seja, trabalhar

conteúdos que dizem respeito à sua vida pública e privada, individual e coletiva.

O professor deve considerar, também, que as ideias históricas dos estudantes são

marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de comunicação. Nas narrativas

produzidas pelos estudantes estão presentes as concepções históricas da comunidade à qual

pertencem, seja na forma de adesão a essas ideias, seja na sua crítica. Tais ideias históricas,

além do caráter de pertencimento social e cultural, são conhecimentos que estão em processo

de constante transformação. Como tal, precisam ser consideradas na definição e

problematização dos conteúdos específicos.

As noções de tempo ou temporalidade – quais sejam: sucessão ou ordenação, duração,

simultaneidade, semelhanças, diferenças, mudanças, permanências, são noções complexas e,

para que os alunos as compreendam, será necessário trabalhá-las por meio de atividades

didáticas diversas, como, por exemplo, o gráfico da linha do tempo. No entanto, a linha do

tempo deve estar conectada ao contexto histórico estudado e levar em conta datas,

interpretações e explicações históricas a partir de evidências. Esta atividade estimula reflexões

sobre as periodizações do tempo e das mudanças e distinções entre as experiências do

passado e do presente. Portanto, a confecção da linha do tempo só terá sentido nas aulas de

História se contribuir para que os alunos construam e apreendam as noções de temporalidade a

partir dos conceitos históricos.

Outra possibilidade é a do professor construir novas periodizações dos temas históricos

para a identificação de mudanças e permanências nos hábitos, costumes, regimes políticos e

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sistemas econômicos das sociedades estudadas. Por fim, é possível propor o estudo de

calendários de diferentes culturas.

Ao trabalhar as noções de temporalidade, o professor deve tomar as ideias históricas do

aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. O contato com outras ideias

históricas mais elaboradas permite que os estudantes as relacionem com suas ideias históricas

prévias, para estabelecer uma cognição histórica situada, ou seja, um conhecimento histórico

reelaborado em seu contexto e com experiências do tempo significativas para eles.

Diante do exposto, a metodologia de ensino de História, deve privilegiar alunos e

professores como sujeitos produtores do conhecimento histórico. O processo de construção da

história, por sua vez, é compreendido em suas práticas, relações e pela multiplicidade de

leituras e interpretações históricas.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação proposta para o ensino e aprendizagem de História tem como objetivo

acompanhar o aluno no seu dia a dia escolar, permitindo ao professor acompanhar o processo

de apropriação do conhecimento histórico do aluno. Desse modo o aluno deverá entender que

a História se constrói ao longo do tempo e que ele faz parte desse processo como agente ativo.

A avaliação deve ser diagnóstica, para tanto se faz necessário o diálogo acerca de

questões relativas aos critérios e a função da avaliação, seja de forma individual ou coletiva.

Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno

compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propícia uma análise crítica das

práticas que podem ser reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos permite, ainda, situá-los como parte de um coletivo,

em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de

todos.

Ao considerar os conteúdos da História efetivamente tratados em aula, essenciais para o

desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza que avaliar é sempre um ato

de valor. Diante disto, professor e alunos precisam entender que os pressupostos da avaliação,

tais como finalidade, objetivos, critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa ser

melhorado ou o que já foi apreendido.

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6 – BIBLIOGRAFIA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

História. Paraná, 2008.

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GEOGRAFIA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A discussão a cerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões epistemológicas do

objeto de estudo. Muitas foram às denominações propostas para esse objeto, hoje entendido

como Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade entre outros.

A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente, mas não é espaço, é, isto sim,

a materialização de um momento histórico. Sua observação e descrição servem como ponto de

partida para a análise dos espaços geográficos.

O conceito de lugar, por sua vez, é um dos mais ricos do atual período histórico. Isso

porque, o lugar é o espaço onde o particular, o cultural e a identidade permanecem presentes.

Ele revela especificidades, subjetividades, racionalidades próprias do espaço local.

Assim, é o lugar que a globalização acontece, pois, cada vez mais ele participa das

redes e deixa de explicar-se por si mesmo. Ganha novos conteúdos, principalmente técnicos,

que definem suas condições de existência com maior pertinência do que os elementos naturais

que lhe fazem parte. Nessa relação com global, o lugar traz conceitos de território, de natureza,

de técnica, de política, entre outros, tão ricos e necessários às análises mais amplas do espaço

geográfico.

Território é um conceito ligado a idéia de relações de espaço e poder. É no território que

ocorre a normalização das ações, tanto globais quanto locais.

A idéia de natureza, entendida enquanto recurso está vinculada a uma crescente

artificialização do meio, tanto na cidade, quanto no espaço rural. É um processo de

artificialização que vai especializando e equipando territórios em função da necessidade de

informação, fundamental para que o espaço local se globalize e criando uma falsa idéia de

domínio absoluto do homem sobre a natureza.

As teorias críticas da Geografia procuram entender a sociedade em seus aspectos

sociais, econômicos, culturais e políticos nas relações que estabelece com a natureza para a

produção do espaço geográfico. Ou seja, a sociedade é defendida como aquela que produz um

intercâmbio com a natureza, transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao

mesmo tempo sendo influenciado por ela criando, desta forma, seus espaços de acordo com as

relações políticas e as manifestações culturais. O conceito de sociedade é discutido também, a

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partir das relações que se estabelecem entre sua composição local, em suas relações com

sociedades distantes (relação global-local) e com migrantes, que têm fortes ligações com seu

espaço de origem e que ao se movimentarem levam influências do mesmo.

Considera-se que o ensino de Geografia deve subsidiar os alunos a pensar e agir

criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo

assim, a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço,

negando a “neutralidade” dos fenômenos que imprimem certa passividade aos indivíduos.

O espaço geográfico é uma realidade a cada momento (re) construída pela atividade do

ser humano. Ser cidadão pleno na contemporaneidade significa estar integrado ritmicamente na

sociedade participando ativamente das suas transformações.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Compreender a evolução da Geografia e do pensamento geográfico.

Refletir sobre a conotação da Geografia como ciência e como ação, ligada e dependente das

relações sociais;

Promover o conhecimento do saber geográfico em sua dimensão natural, social e histórica;

Compreender as transformações sociais, econômicas, humanas, físicas e biológicas que

ocorrem no espaço geográfico.

Desenvolver o raciocínio crítico, reconhecer os direitos e deveres do cidadão no intuito de

saber o seu papel na sociedade interagindo com a pluralidade dos lugares, num processo de

globalização que permita o fortalecimento do espírito de solidariedade como cidadão no Mundo;

Desenvolver noções de orientação espacial, leitura cartográfica e conhecimento do meio

ambiente em que está inserido;

Compreender a importância de preservar a natureza para a sobrevivência da humanidade.

3 – CONTEÚDOS

Entende-se por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande amplitude que

identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste caso,

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dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos específicos devem ser

abordados. Tais conteúdos são constitutivos da disciplina de Geografia, porque demarcam e

articulam o que é próprio do conhecimento geográfico escolar.

Essa especificidade geográfica é alcançada quando os conteúdos são espacializados e

tratados sob o quadro teórico conceitual de referência da disciplina.

Os conteúdos estruturantes da Geografia são:

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

A Dimensão econômica do espaço geográfico enfatiza a apropriação do meio natural

pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para a construção de objetos

técnicos que compõem as redes de produção e circulação de mercadorias, pessoas,

informações e capitais, o que tem causado uma intensa mudança na construção do espaço.

Deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de produção

capitalista, para que ele reflita sobre as questões socioambientais, políticas, econômicas e

culturais, materializadas no espaço geográfico.

A dimensão política do espaço geográfico engloba os interesses relativos aos territórios

e às relações de poder, econômicas e sociais que os envolvem. É o conteúdo estruturante

originalmente constitutivo de um dos principais campos do conhecimento da Geografia e está

relacionado de forma mais direta ao conceito de território.

O trabalho pedagógico com este conteúdo estruturante deve considerar recortes que

enfoquem o local e o global, sem negligenciar a categoria analítica espaço-temporal, ou seja, a

interpretação histórica das relações geopolíticas em estudo.

A Dimensão socioambiental do espaço geográfico permite abordagem complexa do

temário geográfico, porque não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à

interdependência das relações entre sociedade, elementos naturais, aspectos econômicos,

sociais e culturais.

A concepção de meio ambiente não exclui a sociedade, antes, implica compreender que

em seu contexto econômico, político e cultural estão processos relativos às questões

ambientais contemporâneas, de modo que a sociedade é componente e sujeito dessa

problemática.

A abordagem geográfica deste conteúdo estruturante destaca que o ambiente não se

refere somente a envolver questões naturais. Ao entender ambiente pelos aspectos sociais e

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econômicos, os problemas socioambientais passam a compor, também, as questões da

pobreza, da fome, do preconceito, das diferenças culturais, materializadas no espaço

geográfico.

A Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico permite a análise do Espaço

Geográfico sob a ótica das relações sociais e culturais, bem como da constituição, distribuição e

mobilidade demográfica.

Propõe-se que as relações entre Geografia e cultura sejam abordadas do ponto de vista

das relações políticas e de resistência. As manifestações culturais perpassam gerações, criam

objetos geográficos e são, portanto, parte do espaço, registros importantes para a Geografia. A

cidade e a rede urbana constituem-se em terreno fértil para esta abordagem, pois são formadas

por complexos e diversificados grupos culturais (sociais e econômicos) que criam e recriam

espaço geográfico mediante as determinações das forças políticas hegemônicas e contra-

hegemônicas.

Assim, os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do espaço geográfico

(com relevante importância ao estudo do Paraná e a Cultura Afro-Brasileira), contribuem para a

compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,

pessoas e modos de vida. Em meio a essa circulação está a construção cultural singular e

também a coletiva, que pode caracterizar-se tanto pela massificação da cultura quanto pelas

manifestações culturais de resistência.

Assim, no Ensino Fundamental e Médio, os quatro conteúdos estruturantes serão os

fundamentos para a organização e a abordagem dos conteúdos específicos.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO

Noção de espaço; Questão do espaço que ocupam

desde a barriga da mãe; Espaço que ocupam em casa, na escola, no bairro, no município, no estado;

Características do ambiente escolar; Localização; Profissionais da escola;

Universo; Sistema solar; Terra; Orientação;

Pontos cardeais;

Exploração do espaço da escola e da família.

Observar e socializar o espaço local. Discutir e comparar diferenças e semelhanças dos espaços de convivência.

Ler, elaborar e interpretar mapas. Pesquisar e registrar a história do povoamento de Curitiba. Observar alguns aspectos do

município e registrar o que vê na forma de desenhos, fotografias e mapas. Comparar as observações feitas com

registros antigos e atuais.

Espera-se que o aluno: Estabeleça relações entre as

ações da sociedade e suas conseqüências para o ambiente; Reconheça e compare paisagens; Conheça a origem do universo.

Reconheça os planetas que fazem parte do sistema solar. Identifique os aspectos físicos e econômicos do estado do Paraná,

relacionando com o bairro, município e país. Identifique os aspectos físicos, econômicos e culturais do Paraná;

Leia e interprete mapas.

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Localização e representação da Terra; Representação gráfica de mapas e globo terrestre;

Atividades econômicas: comércio, indústria, serviço público, turismo; Meios de transporte e comunicação Construção de mapas e plantas;

Paraná: nosso estado; Regiões do nosso estado; Municípios integrantes do nosso estado;

População do Brasil e do Paraná; Limites do estado, do Brasil, do bairro e do município; Aspectos físicos: relevo,

hidrografia, clima e vegetação de Curitiba e do Paraná; Imigração; Colonização;

Principais atividades econômicasdo Paraná: agricultura, pecuária, avicultura, pesca, extrativismo, indústria, comércio, apicultura,

turismo;

Criação de legendas. Consulta a atlas, jornais e revistas. Manipulação do globo terrestre. Criar conceitos coletivamente, textos

informativos, debates, questionamentos; Desenho da casa, do caminho de casa à escola;

Entrevista, fotografias antigas e atuais; Linha do tempo; Criação de mapas do município e do

estado com legendas; Localização do estado na América do Sul e na região Sul; Mapas do Brasil para os alunos

localizarem Paraná, Curitiba e bairro; quebra-cabeça; Informar os alunos sobre fatos atuais do estado e discutir com eles;

Confecção de mapas; Pesquisas; Localizar no mapa as principais atividades fundadas pelos imigrantes;

Relacionar as principais atividades econômicas das colônias de imigrantes; Estudos em grupos, diálogos,

exercícios, leitura, cartazes em grupos, brincadeiras.

Compreenda que as mudanças são necessárias mas que é importante preservar o meio ambiente.

5ª SÉRIE/ 6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural

e demográfica do espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do espaço geográfico

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na

sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Espera-se que o aluno: • Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.

• Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas. • Localize-se e oriente-se no espaço através da

leitura cartográfica. • Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e

políticas. • Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia. • Forme e signifique os conceitos de paisagem,

lugar, região, território, natureza e sociedade. • Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos

demográficos, atividades produtivas. • Entenda a transformação e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos, naturais e econômicos.

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• Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial. • Identifique as manifestações espaciais dos

diferentes grupos culturais. • Reconheça as diferentes o espaço geográfico.

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política

do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do

espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

Espera-se que o aluno: • Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar. • Localize-se e oriente-se no território brasileiro,

através da linguagem cartográfica. • Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

• Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do território. • Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas

relações econômicas, culturais e políticas com outros países. • Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo.

• Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação dos recursos naturais. • Identifique a diversidade cultural regional no

Brasil construída pelos diferentes povos. • Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território. • Relacione as migrações e a ocupação do

território brasileiro. • Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira.

• Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo. • Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos.

• Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização brasileira. • Entenda o processo de transformação das

paisagens brasileiras, levando em consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a dinâmica populacional e a diversidade cultural.

• Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza e trouxe consequências ambientais. • Estabeleça relação entre o uso de tecnologias

nas diferentes atividades econômicas e as consequentes mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais. • Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra, mercadorias e sua

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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relação com os espaços produtivos brasileiros.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política

do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e

a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações sóciespaciais. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Espera-se que o aluno: • Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e

lugar. • Identifique a configuração sociespacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

• Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos diversos critérios adotados. • Compreenda o processo de formação,

transformação e diferenciação das paisagens mundiais. • Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do Continente

Americano. • Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influência política e econômica na regionalização do Continente

Americano. • Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente Americano.

• Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação das mercadorias , pessoas e informações na economia regional.

• Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais. • Estabeleça a relação entre o processo de

industrialização e a urbanização. • Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e

sociais. • Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais.

• Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações sociespaciais. • Compreenda os fatores que influenciam na

mobilidade da população e sua distribuição espacial. • Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas

manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos. • Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais

para a sociedade contemporânea.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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• Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Dimensão econômica

do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado. A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção. O comércio mundial e as implicações socioespaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e

a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

Espera-se que o aluno: • Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza, sociedades,

região. • Identifique a configuração sociespacial mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

• Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização mundial. • Compreenda a atual configuração do espaço

mundial em suas implicações sociais, econômicas e políticas. • Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização.

• Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, mas também apresentam particularidades. • Relacione as diferentes formas de

apropriação espacial com a diversidade cultural. • Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas

no processo de industrialização. • Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico. • Entenda a importância econômica, política e

cultural do comércio mundial. • Identifique as implicações sociespaciais na atuação das organizações econômicas internacionais.

• Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais. • Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual

distribuição de renda. • Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas demográficas adotadas nos diferentes espaços.

• Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais. • Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades produtivas.

• Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas. • Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de

tecnologias de exploração e produção. • Reconheça a importância estratégica dos recursos naturais para as atividades produtivas. • Compreenda o processo de transformação

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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dos recursos naturais em fontes de energia. • Entenda a importância das redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política

do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnico científica

informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão-de-obra, do capital,

das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas

motivações. As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações

sociespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações sociespaciais do

processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Espera-se que o aluno: • Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.

• Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia - mapas, tabelas, gráficos e imagens. • Compreenda a formação natural e

transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista. • Analise a importância dos recursos naturais

nas atividades produtivas. • Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividades produtivas.

• Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada. • Identifique os problemas ambientais globais

decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais. • Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias

primas e a organização espacial. • Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do espaço

geográfico. • Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a sua importância estratégica.

• Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica. • Reconheça a influência dos avanços

tecnológicos na distribuição das atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população. • Compreenda a importância da revolução

técnico-científica informacional e sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de consumo. • Entenda como as guerras fiscais atuam na

reorganização espacial das regiões onde as indústrias se instalam. • Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas

relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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• Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço. • Identifique a concentração fundiária resultante

do sistema produtivo agropecuário moderno. • Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação dos espaços mundiais.

• Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações na organização do espaço undial. • Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o

uso das técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social. • Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas

sociais e ambientais. • Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade e suas implicações sociespaciais.

• Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e urbano. • Relacione o processo de urbanização com as

atividades econômicas. • Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação

das áreas de risco. • Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais. • Compreenda que os espaços de lazer são

também espaços de trabalho, consumo e de produção. • Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos

indicadores sociais. • Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países. • Estabeleça a relação entre impactos culturais,

demográficos e econômicos no processo de expansão das fronteiras agrícolas. • Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores de

estímulo dos deslocamentos populacionais. • Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na

organização das atividades sociais e produtivas. • Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na configuração

do espaço mundial. • Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica e da OMC para o comércio mundial.

• Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais, FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço geográfico mundial. • Diferencie as formas de regionalização do

espaço mundial, considerando a divisão norte-

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sul e a formação dos blocos econômicos. • Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem

mundial. • Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

A Geografia como ciência que se ocupa da análise da formação das diversas

configurações espaciais, deve ensinar ao aluno o estudo da sociedade pela sua organização

espacial e sua área de abrangência, que é o espaço geográfico, espaço vivido e percebido, a

superfície terrestre, que engloba o meio abiótico e o meio biótico. Portanto, o espaço geográfico

produzido e organizado pelo homem a partir de suas necessidades materiais. Conceber a

Geografia como estudo da organização do espaço pelas sociedades humanas, significa estudar

as relações que o homem desenvolve no e com o meio para compreendê-lo como um todo

articulado,

Assim, o estudo da Geografia visa capacitar o aluno a dominar conhecimentos

essenciais que lhe permitam analisar criticamente os enfoques físicos, econômicos e sociais, a

fim de emitir julgamentos sobre a sua própria postura como cidadão atuante e participativo no

processo de transformação da sociedade.

O valor educativo da educação da Geografia nas séries iniciais pode ser identificado em

princípio pelo simples fato que todos nós ocupamos um determinado lugar no espaço. Neste

espaço cada um tem seus limites e as características que são suas marcas específicas.

Movimentar-se nele, passa ser o desafio do aluno e, para tanto, ele precisa conhecer, identificar

os objetos e as relações entre os mesmos. É importante, também, a representação de tudo

isso. A leitura do espaço passa a ser condição para o que o aluno consiga fazer a leitura do

mundo, desenvolvendo habilidades de observação, descrição, análise, interpretação e da

representação dos lugares e das paisagens.

Nos anos iniciais o objetivo é a alfabetização, a contribuição da Geografia é exatamente

oferecer ao aluno a possibilidade de ler e escrever o mundo da vida.

A construção da noção de espaço pelas crianças vai do espaço da ação/espaço vivido,

passando pela construção do espaço representativo, chegando ás relações espaciais

topológicas, isto é, as relações de ordem, vizinhança, separação, envolvimento, sucessão, e

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continuidade; projetivas que são direita e esquerda, frente e atrás, em cima e embaixo e ao

lado; e euclidianas, que tem como base a noção de distancia.

Para fazer a leitura do espaço, cabe ao professor desenvolver atividades do cotidiano

dos alunos, brincando na caixa de areia, de casinha, fazendo jogos, escrevendo no caderno,

passando/andando pelos espaços da escola e nas suas vizinhanças. Fazer, observar o que

está sendo feito, e o resultado (espaço construído), descreve os lugares, definindo

limites/fronteiras, as distâncias, a orientação. Saber analisar isso tudo, interpretando a realidade

e fazendo a representação destes espaços. É possível, também, trabalhar considerando a

escala de análise, que permite constatar a complexidade do mundo e que os lugares não

adquirem importância pela sua contiguidade espacial, mas pelo significado das relações.

Nos anos finais do Ensino Fundamental, há preocupação quanto à compreensão dos

alunos, na apropriação de conceitos geográficos: lugar, território, paisagem, região, redes,

sociedade, natureza, espaço/tempo.

Compreender a organização do espaço pressupõe certo olhar geográfico a partir do qual

serão analisadas as marcas inscritas nele, visíveis ou não. Cabe ao professor fazer a ponte

entre aquilo que ele vê e aquilo que ele sente. Muitos elementos que fazem parte da

organização espacial vão ser melhor entendido pelo aluno, quanto maior for o aprofundamento

do trabalho diário proposto pelo professor.

Diante do exposto e do vasto leque de opções temáticas, conceituais e teórico-

metodológicas no âmbito da Geografia, o professor não pode ter uma postura apenas receptiva

e reprodutiva. Há que se imprimir uma visão investigativa de pesquisa – não somente de sua

parte, mas em conjunto com os alunos – tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

Pode-se a partir de um problema local do cotidiano do aluno verificar como ele ocorre

nos demais níveis de análise. Ou pode-se partir do fenômeno, situado num lugar distante e

trazer para o próximo, a fim de entender como ele ocorre no lugar, como exemplo pode-se citar

o narcotráfico, a indústria, os grandes aglomerados urbanos, os processos migratórios, a

produção de alimentos e a fome, a produção de energia, entre outros.

Para o Ensino Médio, propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de

uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos e de maneira

tal que os conteúdos específicos sejam abordados a partir do enfoque de cada conteúdo

estruturante (dimensão socioambiental, dimensão cultural demográfica, dimensão econômica

da produção e a questão geopolítica) e que esses enfoques perpassem uns aos outros

constantemente.

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Sugere-se algumas práticas de ensino consideradas fundamentais para o trabalho

pedagógico da disciplina e para a aprendizagem em Geografia, porém devem estar sempre

atreladas aos fundamentos teóricos, ou seja, à compreensão do espaço geográfico e seus

conceitos básicos, bem como a compreensão das relações sócio-espaciais realizadas nas

diversas escalas geográficas. São elas:

Aula de campo – é um rico encaminhamento metodológico para que o aluno analise a

área em estudo (urbana ou rural), diferenciando, por exemplo, paisagem de espaço geográfico.

Parte-se de uma realidade local, bem definida para a investigação de sua constituição histórica

e das relações que se estabelecem com os outros lugares, próximos ou distantes. No retorno à

sala de aula, o professor deve problematizar os fenômenos observados pelo aluno que, por sua

vez, devem buscar fontes que expliquem forma e função da paisagem da área visitada e

identificar as transformações que ocorreram no trajeto percorrido fazendo uma aproximação

com a História, relações espaço temporais. Assim a aula de campo jamais será apenas uma

aula passeio, mas, ao contrário, terá um importante papel pedagógico para o ensino de

Geografia.

Recursos áudio visuais – filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens

em geral podem ser utilizados para incitar a observação para o desenvolvimento da

problematização dos conteúdos propostos dando início a uma pesquisa mais aprofundada

sobre os assuntos apresentados, em tais recursos, podendo desvelar preconceitos e leituras

rasas, ideológicas e estereotipadas sobre lugares e povos.

Linguagem cartográfica – os mapas e seus conteúdos devem ser lidos pelos estudantes,

como textos que são passíveis de interpretação, problematização e analises criticas do espaço

geográfico.

Literatura – através de instrumentos menos convencionais do cotidiano escolar que

podem enriquecer o processo de ensino e aprendizagem como as obras de arte e a literatura.

As obras de arte abarcam particularidades que não são possíveis em outros recursos. As obras

literárias, por sua vez, podem ser entendidas como representação social condicionada a certos

períodos históricos e utilizadas como instrumento de análise e confronto com outros textos

históricos para a compreensão dos processos de produção e organização espacial.

Enfim, a pesquisa se coloca como base para o estudo da educação geográfica

considerando que o mundo está em constante, e cada vez mais acelerada, transformação.

Apesar das limitações é a escola um dos lugares privilegiados para a produção do

conhecimento na formação de novas gerações.

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5 – AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir para

acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho pedagógico do professor.

A avaliação formativa deve ser contínua e diagnóstica, pois prioriza a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Considera

que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes, apontando as

dificuldades e possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos.como: leitura e interpretação

de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,tabelas e

mapas, pesquisas bibliográficas, relatório das aulas de campo, apresentação de seminários,

construção e análise de maquetes, entre outros. Esses instrumentos devem ser selecionados

de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para

os alunos para que possa acompanhar todo processo.

6 – BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA de, Lúcia Marina; Rigolin, Tércio Barbosa. Geografia – Novo ensino Médio. São

Paulo: Ática, 2005.

ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do

pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.

KROJEWSKI, Ângela Correa; Guimarães, Raul Borges; Ribeiro, Wagner Costa. Geografia e

Ação. São Paulo: Moderna.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Geografia. Paraná, 2008.

VESENTINI, José William. Geografia. São Paulo: Ática, 2004.

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CIÊNCIAS

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Entende-se por Ciências o processo de construção humana, provisório, falível e

internacional, tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação

da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos

integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe

interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações

entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia

e vida. A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da

aplicabilidade de método(s) científico(s). Estes modelos científicos são construções humanas

que permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os

elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados

como paradigmas, leis e teorias.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências, Astronomia, Matéria, Sistemas

Biológicos, Energia e Biodiversidade, se desdobram em específicos e devem ser abordados de

forma consciente, crítica, histórica, e relacionados à ciência, à tecnologia e à sociedade,

propiciando condições para que se discuta, analise, argumente e avance na compreensão do

seu papel frente às demandas sociais, pois questões de saúde, sexualidade e meio ambiente,

entre outras, são tradicionalmente incorporadas aos conteúdos específicos e, portanto,

imprescindíveis à disciplina de Ciências.

A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários para

compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Por isso,

estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos

cenários estão os problemas reais, a prática social.

Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a

dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e

incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, de modo a

dar prioridade á sua função social.

A leitura e análise crítica dessa realidade social, possibilita um novo encaminhamento

pedagógico porque propõe que ela seja interpretada em sua conjuntura e vinculada á

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especificidade teórica-prática da sala de aula. Sob essa visão, o referencial do processo de

ensino e aprendizagem.

Da realidade socioeconômica e do contexto social, identifica-se a problematização que

orientará o processo educativo, com elementos para que o professor trabalhe os conteúdos

específicos e as questões sociais em sala de aula. Assim os conteúdos específicos poderão ser

abordados em suas relações com outros conteúdos e disciplinas, considerados seus aspectos

conceituais, científicos, históricos, econômicos, políticos e sociais, que devem ficar evidentes no

processo de ensino e aprendizagem da disciplina.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Compreender a natureza como um todo e o ser humano como agente transformador capaz

de se relacionar com os outros seres vivos sem prejudicar o ambiente.

Entender como funcionam os ambientes da natureza e como a vida se renova e se mantém,

reconhecendo a importância da biodiversidade e das ações humanas que nela interferem.

Entender que a Ciência é um processo de produção de conhecimento e uma atividade

humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural.

Identificar as relações entre o conhecimento científico e a tecnologia no mundo de hoje.

Compreender que a razão de ser da ciência e da tecnologia na sociedade deve ser

constantemente repensada porque o mau uso dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a

influência dos fatores socioeconômicos e políticos promovem desigualdades sociais.

Conhecer e compreender as transformações e, principalmente, a integração entre os

sistemas que compõe o corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação,

regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas à saúde, à sua manutenção e à

sua prevenção.

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que

devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de uma ação crítica e cooperativa para a

construção do conhecimento.

Compreender que o processo de produção do conhecimento científico é rígido, segue um

método e exige anos de pesquisa para ser validado cientificamente.

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3 – CONTEÚDOS

Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de

estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo,

que é o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista

científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os

fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

Essas inter-relações devem se apresentar nos cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina

de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de

referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem

histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os

métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais

discussões.

Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários para o

entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da

disciplina de Ciências são:

• universo;

• sistema solar;

• movimentos celestes e terrestres;

• astros;

• origem e evolução do universo;

• gravitação universal.

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No conteúdo estruturante Matéria o estudo da constituição dos corpos, entendidos

tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção. Sob

o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis

como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos,

sentimos ou tocamos.

Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos

essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a

compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• constituição da matéria;

• propriedades da matéria.

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do

organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os

componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que

constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a

respiração.

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a

discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de

compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de

sistemas que integram o organismo vivo.

Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de

questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a

compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências são:

• níveis de organização;

• célula;

• morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• mecanismos de herança genética.

O conteúdo estruturante Energia, tem o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos

na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações,

como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa,

energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra.

Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o

entendimento de questões sobre a conservação e a transformação de uma forma de energia

em outra e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências estão

relacionados a seguir:

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• formas de energia;

• conversão de energia;

• transmissão de energia.

O conceito biodiversidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de

espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes,

mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo, ou seja,

num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as

relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,

viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido

transformações.

Apresentam-se, a seguir, alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos

para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a compreensão do objeto de

estudo da disciplina de Ciências:

• organização dos seres vivos;

• sistemática;

• ecossistemas;

• interações ecológicas;

• origem da vida;

• evolução dos seres vivos.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO

Surgimento da vida na Terra;

Seres vivos e não vivos; Seres vivos: características, habitat, alimentação, locomoção, reprodução;

Biodiversidade; Cadeia alimentar; Animais; Vegetais

Os reinos; Partes do corpo e suas funções; Crescimento e desenvolvimento; Saúde do corpo: higiene e

conservação. O corpo humano e suas partes; As células e suas partes; Os tecidos e suas partes;

Sistema circulatório e suas

Estabelecer relação alimentar entre

seres vivos de um mesmo ambiente; Identificar as relações entre condição de alimentação, higiene pessoal e ambiental e a preservação da saúde

humana; Perceber a relação entre qualidade de vida em um ambiente saudável, contribuindo para sua conservação.

Promover experiências para conscientização de preservar a saúde. Vídeos, filmes, projetos e entrevistas

relacionadas a área de saúde. Contornar o corpo dos alunos no papel para observar as partes do corpo;

Observar em mapas ou gravuras as

Espera-se que o aluno: Levante hipóteses e construa conhecimentos sobre os

fenômenos físicos e químicos, sobre os seres vivos, sobre as relações entre o homem e a natureza, e entre o homem e as

tecnologias. Compreenda o surgimento da vida na Terra. Diferencie os diferentes reinos

existentes na natureza e suas relações. Conscientizar para a preservação do meio ambiente.

Compreenda a importância de uma alimentação equilibrada para uma boa saúde.

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funções; Sistema respiratório; Sistema digestivo; Sistema nervoso;

Sistema reprodutor; Sistema excretor; Sistema muscular; Sistema locomotor;

Nutrição; Alimentos construtores, energéticos reguladores; Conteúdo dos alimentos;

Higiene alimentar, física, mental e social; Doenças causadas por: vírus raiva, dengue, Aids), bactéria (tétano,

tuberculose, cólera, meningite, entre outras), protozoários e por vermes; Vacinas;

Primeiros socorros: choque elétrico afogamento, desmaio, hemorragia, fraturas, ferimentos, picadas de inseto, mordidas de cobra,

exposição ao sol, queimaduras. Meio ambiente; Preservação ambiental; Ar, solo, luz e calor, água;

Efeito estufa; Inversão térmica; Chuva ácida; Buraco na camada de ozônio;

A energia; Ecologia; Ocupação humana dos ambientes e as modificações realizadas

através do uso das tecnologias; Saneamento básico; Tratamento da água; Coleta de lixo;

Reciclagem do lixo; Rede de esgoto;

partes do corpo: cabeça, tronco, membros; Quebra-cabeça; Batata-quente;

Uso do microscópio; Desenhos; Texto informativo; Trazer um coração de um animal

para ser observado; Experiências: pular corda para observar o ritmo do coração; Exercício de fixação;

Gincana no quadro; Filme com as informações; Cartazes e construção de cartazes; Canto;

Elaboração de perguntas; Diálogo; Trabalhos em grupos; Perguntas anônimas;

Pirâmide da alimentação; Textos coletivos; Leitura; Leitura de livro de história - a saúde

do corpo; Pesquisa em grupo; Apresentação de temas estudados; Identificar e descrever as condições

de saneamento básico com relação ao lixo de sua cidade

Perceba-se integrante, dependente e agente transformador, contribuindo para a melhoria do meio ambiente.

apresentar atitudes de respeito e preservação do meio ambiente; Compreenda que o corpo humano é formado por vários tipos de

células. Conceitue órgãos, tecidos e sistemas. Identifique os sistemas do corpo

humano, pesquisando as funções do órgãos. Reconheaça a importancia da alimentação para a manutenção

da saúde bem como os cuidados com higiene dos mesmos. Relacione doenças e maneiras de preveni-las.

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ASTRONOMIA

MATÉRIA

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros

Constituição da matéria

Níveis de organização Celular

Espera-se que os alunos adquiram:

• O entendimento das ocorrências

astronômicas como fenômenos da natureza.

• O reconhecimento das características básicas

de diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e meteoritos.

• O conhecimento da história da ciência, a

respeito das teorias geocêntricas e

heliocêntricas.

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ENERGIA

BIODIVERSIDADE

Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia

Organização dos seres vivos

Ecossistema Evolução dos seres vivos

• A compreensão dos movimentos de rotação e

translação dos planetas constituintes do sistema solar.

• O entendimento da constituição e

propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da natureza.

• A compreensão da constituição do planeta

Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.

• O conhecimento dos fundamentos teóricos da

composição da água presente no planeta Terra.

• O entendimento da constituição dos sistemas

orgânicos e fisiológicos como um todo integrado.

• O reconhecimento das características gerais

dos seres vivos.

• A reflexão sobre a origem e a discussão a

respeito da teoria celular como modelo

explicativo da constituição dos organismos.

• O conhecimento dos níveis de organização

celular.

• A interpretação do conceito de energia por

meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação.

• O conhecimento a respeito da conversão de

uma forma de energia em outra.

• A interpretação do conceito de transmissão

de energia.

• O reconhecimento das particularidades

relativas à energia mecânica, térmica,

luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução.

• O entendimento dessas formas de energia

relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.

• O reconhecimento da diversidade das

espécies e sua classificação.

• A distinção entre ecossistema, comunidade e

população.

• O conhecimento a respeito da extinção de

espécies.

• O entendimento a respeito da formação dos

fósseis e sua relação com a produção

contemporânea de energia não renovável.

• A compreensão da ocorrência de fenômenos

meteorológicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos.

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ASTRONOMIA Astros Movimentos terrestres

Espera-se que os alunos adquiram:

• A compreensão dos movimentos celestes a

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MATÉRIA

SISTEMAS BIOLÓGICOS

ENERGIA

BIODIVERSIDADE

Movimento celeste

Constituição da matéria

Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Formas de energia Transmissão de energia

Origem da vida

Organização dos seres vivos Sistemática

partir do referencial do planeta Terra.

• A comparação dos movimentos aparentes do

céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.

• O reconhecimento dos padrões de movimento

terrestre, as estações do ano e os movimentos

celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.

• O entendimento da composição físico-

química do Sol e a respeito da produção de energia solar.

• O entendimento da constituição do planeta

Terra primitivo, antes do surgimento da vida.

• A compreensão da constituição da atmosfera

terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida.

• O conhecimento dos fundamentos da

estrutura química da célula.

• O conhecimento dos mecanismos de

constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares.

• A compreensão do fenômeno da fotossíntese

e dos processos de conversão de energia na

célula.

• As relações entre os órgãos e sistemas

animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares.

• O entendimento do conceito de energia

luminosa.

• O entendimento da relação entre a energia

luminosa solar e sua importância para com os seres vivos.

• A identificação dos fundamentos da luz, as

cores, e a radiação ultravioleta e infravermelha.

• O entendimento do conceito de calor com

energia térmica e suas relações com sistemas endotérmicos e ectotérmicos.

• O entendimento do conceito de

biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema e os

processos evolutivos.

• O conhecimento a respeito da classificação

dos seres vivos, de categorias taxonômicas, filogenia.

• O entendimento das interações e sucessões

ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e

heterótrofos.

• O conhecimento a respeito das eras

geológicas e das teorias sobre a origem da vida, geração espontânea e biogênese.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

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ESTRUTURANTES

ASTRONOMIA

MATÉRIA

SISTEMAS BIOLÓGICOS

ENERGIA

BIODIVERSIDADE

Origem e evolução do Universo

Constituição da matéria

Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Formas de energia

Evolução dos seres vivos

Espera-se que os alunos adquiram:

• A reflexão sobre os modelos científicos que

abordam a origem e a evolução do universo.

• As relações entre as teorias e sua evolução

histórica. • A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que consideram o universo cíclico.

• O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros, lei de Hubble, idade do Universo, escala do

Universo). • O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos atômicos.

• O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas, reações químicas. • O conhecimento das leis da conservação da

massa. • O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos.

• Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.

• O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos. • O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,

cardiovascular, respiratório, excretor e urinário. • Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

• A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP). • O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão

e armazenamento. • O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. • O entendimento das teorias evolutivas.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ASTRONOMIA

MATÉRIA

Astros Gravitação universal

Propriedades da matéria

Espera-se que os alunos adquiram: • O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas. • O entendimento das leis de Newton no

tocante a gravitação universal. • A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

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SISTEMAS BIOLÓGICOS ENERGIA

BIODIVERSIDADE

Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética

Formas de energia Conservação de energia

Interações ecológicas

• A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade,

flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.

• A compreensão dos fundamentos teóricos

que descrevem os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino.

• O entendimento dos mecanismos de herança

genética, os cromossomos, genes, os processos de mitose e meiose.

• A compreensão dos sistemas conversores de

energia, as fontes de energia e sua relação com a Lei da conservação da energia.

• As relações entre sistemas conservativos.

• O entendimento dos conceitos de movimento,

deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.

• O entendimento do conceito de energia

elétrica e sua relação com o magnetismo.

• O entendimento dos fundamentos teóricos

que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

4 – METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico deve ser feito através de uma perspectiva crítica e

histórica. Para que isso ocorra é necessário que os envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem partilhem da concepção de Ciências como construção humana, onde os

conhecimentos científicos podem ser alterados durante o processo de evolução.

A metodologia para essa disciplina não pode ficar restrita a um único método. As aulas

devem ser diversificadas para que seja possível atender aos diferentes estilos de aprendizagem

do aluno, bem como para atender todas as especificidades da disciplina de Ciências,

necessitando de um pluralismo metodológico.

Assim, se faz necessário possibilitar ao aluno a leitura e compreensão da totalidade, isto

é, um trabalho crítico do conteúdo, que possa levantar questionamentos e discussões sobre a

prática social global. A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina poderá resgatar

a sua principal função que é o estudo dos fenômenos naturais através do tratamento dos

conteúdos específicos elencados e que devem ser tratados ao longo dos anos desde que se

respeitem o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes

formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos e que se adote uma

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linguagem coerente com a faixa etária, para aumentar gradativamente o aprofundamento do

estudo.

Propõe-se, assim um encaminhamento metodológico em que os conhecimentos

científicos e suas inter-relações considerem a prática social do aluno. A discussão poderá se

estender para uma reflexão sobre a intencionalidade dessas práticas, os interesses sociais,

políticos e econômicos envolvidos. Nesta perspectiva, o professor pode abordar temas como a

Cultura Afro-Brasileira e do Paraná, para a compreensão da sua origem, estrutura física, fatores

genéticos, dentre outros, e também abordar os temas relacionados aos Desafios Educacionais

Contemporâneos (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental, Enfrentamento

a Violência, Educação e Diversidade Sexual, Educação Fiscal), analisando as transformações,

historicamente ocorridas através das mudanças tecnológicas. Com esse encaminhamento,

pretende-se analisar e compreender a importância do conteúdo em estudo como um todo, para

tanto é necessário que o estudo dos conteúdos estruturantes esteja articulado com os

conhecimentos de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem

no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociências, a Astronomia e outras ares que

contribuem significativamente para esse fim.

Ao tratar os conteúdos específicos, a partir dos estruturantes, é necessário que seja

explorada a historicidade da produção do conhecimento, bem como compreender a

intencionalidade da produção científica, ou seja, o que determinou, qual a aplicabilidade desse

conhecimento, a relação implícita existente na produção científica e a sua função social.

É importante dar preferência a problemas locais que possam ser ampliados para

situações mais abrangentes. A partir da rotina familiar, o aluno produzirá um relatório, com os

dados coletados e o apresentará em sala de aula. Por sua vez, o professor orientará a análise

dos dados obtidos estabelecendo relações, provocando a discussão sobre as diferentes

informações trazidas pelos alunos.

Ao verificar qual questão prática social foi analisada, seguem-se a elaboração e a

síntese do pensamento dos alunos, que devem expressar o novo grau de conhecimento a

respeito do assunto.

A partir de então, pode-se observar que tanto os alunos quanto o professor assumem

uma visão diferente diante do problema inicial, pois os conhecimentos científicos tratados lhes

propiciam modificações intelectuais qualitativas, referentes às concepções prévias sobre o

conteúdo específico estudado. Os alunos alcançam uma compreensão científica mais

elaborada, o que determina novo posicionamento em relação a prática social inicial.

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Depois do confronto entre as informações que o aluno possuía e o conhecimento

científico adquirido, ele demonstra interesse em apresentar soluções alternativas para o

problema. Esse interesse é demonstrado por meio de propósitos e do compromisso com a

respectiva ação que pretende realizar.

Tais propostas assumidas como compromisso pelos alunos deverão ser sempre

orientadas e acompanhadas pelo professor. Dessa forma, a prática social inicial é analisada

com base na fundamentação teórica, a partir das relações das relações entre o objeto de

estudo da disciplina.

Outro aspecto relevante para o enriquecimento dos conteúdos são as aulas práticas que

podem acontecer em laboratórios didáticos ou em diversos ambientes na escola ou fora dela

desde que se considerem a coerência entre a teoria e a prática e o conteúdo e a forma.

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das

atividades em aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer uma

intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção de seus

alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes, a interação entre os estudantes e

destes com a produção científico-tecnológica.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática

pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem

problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica,

a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o

lúdico, entre outros.

A ação problematizadora pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na

primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações significativas apresentadas

pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor problematiza de forma que o

estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas

apresentados.

A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo mais

próximo à realidade do estudante para uma posterior abordagem abstrata e específica. A

relação contextual pode, também, ser o ponto de chegada caso o professor opte por iniciar a

sua prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.

Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca,

nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto

de estudo de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.

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A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento, inicia-se

na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação desse material e chega à

construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral,

entretanto, se faz necessário que seja construída com redação do próprio estudante, pois ao

organizar o texto escrito ele precisará sistematizar idéias e explicitar seu entendimento sobre o

conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o estudante deve

superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo

pesquisado e explicitando a sua interpretação.

A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os estudantes e

o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao professor analisar o

material a ser trabalhado, levando-se em conta o grau de dificuldade da abordagem do

conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.

No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências,

apresentar suas proposições, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude

colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de

modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante.

A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina.

O estudante pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados,

passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma

importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a

desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de

conceitos. É importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e se

coadunem com os conteúdos trabalhados em sala.

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,

diagramas, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise

do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico e tecnológico e na avaliação da

aprendizagem.

Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de aula porque

se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com o

conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação, das

atividades experimentais, das relações contextuais e interdisciplinares, entre outros.

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de

instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como

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jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre

outros.

A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências poderá resgatar

na escola sua principal função: o estudo dos fenômenos naturais por meio do tratamento dos

conteúdos específicos, de forma crítica e histórica.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação ocorre ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, isto é, o aluno

deve ser avaliado em todas as aulas. O professor, através do contato diário com os alunos pode

verificar se os mesmos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse processo.

O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo

compreendido pelo estudante. Corrigir os “erros” conceituais sugere ao professor a maneira

como o estudante está pensando e construindo sua rede de conceitos e significados

apresentando um importante elemento para o professor rever e articular o processo de

ensino, diversificando recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem.

Assim, a investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por

meio de problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou

contextuais, ou mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras

possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que representem como o estudante

tem solucionado os problemas propostos e as relações estabelecidas diante dessas

problematizações. Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento

de investigação do aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos

escolares ainda não compreendidos, bem como dando um norte, ao professor, dos

conteúdos a serem retomados.

Com a diversificação das avaliações, os alunos podem expressar os avanços na

aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam,

justificam, se posicionam, argumentam defendendo o próprio ponto de vista. Esta ação é

importante, pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados no

qual o estudante aprende. No entanto, para que tal ação torne-se significativa, o professor

precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados.

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Ao reestruturar continuamente o processo educativo, o professor também faz a auto-

avaliação, orientando sua prática pedagógica com intervenções coerentes com os objetivos

propostos ao longo do ano letivo.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino e

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem

realmente significativa para sua vida.

6 – BIBLIOGRAFIA

BORTOLOZZO, Silvia & MALUHY, Suzana. Link da Ciência. São Paulo: Moderna, 2002.

CRUZ, Daniel. O Corpo Humano. São Paulo: Ática, 2002.

------------------ Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 2001.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Nosso Corpo. São Paulo: Ática, 2002.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Ciências. Paraná, 2008.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A Educação Física é uma área de conhecimento que trata da cultura corporal nos seus

aspectos histórico culturais. Essa cultura compreende a consciência corporal do indivíduo e

parte da aprendizagem do movimento como linguagem; trata-se do ser humano em

desenvolvimento, contribuindo para o seu crescimento físico, intelectual, social e emocional. O

movimento humano deve ser entendido como a expressão corporal, como prática social e como

uma forma do homem se relacionar com o mundo.

Deve ser trabalhada sob o viés de interlocução com disciplinas variadas, que permitam

entender o corpo em sua complexidade: ou seja, sob uma abordagem biológica, antropológica,

sociológica, psicológica, filosófica e política, justamente por sua constituição interdisciplinar.

Propõe-se, então, a discussão teórica a respeito da disciplina de Educação Física à luz

do trabalho, como categoria fundante da relação homem-natureza e da constituição da

materialidade corporal humana. Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo

significa entender que ela é composta por interações que se estabelecem na materialidade das

relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

O papel da Educação Física é transcender o senso comum às diversas práticas e

manifestações corporais, priorizando o conhecimento sistematizado, como oportunidade para

reelaborar idéias e práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre saberes produzidos

pela humanidade e suas implicações para a vida.

A finalidade das práticas corporais deve ser a modificação das relações sociais.

Portanto, os conteúdos esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, dança e lutas devem estar

comprometidos com uma Educação Física transformadora.

Na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de

forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos Elementos Articuladores.

São eles:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

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• Cultura Corporal – Técnica e Tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais, indicam

múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no cotidiano

escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois devem

transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulá-los o tempo todo.

Cultura Corporal e Corpo tem como pressuposto a reflexão crítica sobre as diferentes

visões constituídas ao longo da história da humanidade em relação ao corpo que favoreceram a

dicotomia corpo-mente e sua repercussão no interior das aulas de Educação Física, nas

práticas corporais.

As preocupações com o corpo e com os significados que o mesmo assume na

sociedade constituem um dos aspectos que precisam ser tratados no interior das aulas de

Educação Física, para que sejam desmistificadas algumas perspectivas ingênuas no trato com

essa questão.

Cultura Corporal e Ludicidade ganha relevância porque, ao vivenciar os aspectos lúdicos

que emergem das e nas brincadeiras, o aluno torna-se capaz de estabelecer conexões entre o

imaginário e o real, e de refletir sobre os papéis assumidos nas relações em grupo. Reconhece

e valoriza, também, as formas particulares que os brinquedos e as brincadeiras tomam em

distintos contextos e diferentes momentos históricos, nas variadas comunidades e grupos

sociais. Assim, o lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se constitui nas

interações sociais, sejam elas na infância, na idade adulta ou na velhice.

Cultura Corporal e Saúde permite entender a saúde como construção que supõe uma

dimensão histórico-social. Propõem-se alguns elementos a serem considerados como

constitutivos da saúde: Nutrição; aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal; lesões e

primeiros socorros; doping.

Os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma

responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por

meio de práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos.

Cultura Corporal e Desportivização, o processo de desportivização das práticas

corporais é um fenômeno cada vez mais recorrente, impulsionado pela supervalorização do

esporte na atual sociedade. Deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais.

Isso significa que o primeiro objetivo de tornar qualquer atividade um esporte é colocá-la sob

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normas e regras padronizadas e subjugadas a federações e confederações, para que sua

difusão seja ampla em todo o planeta, deixando o aspecto criativo da expressão corporal num

segundo plano.

Com esse olhar, o professor poderá discutir com seus alunos as contradições presentes

nesse processo de esportivização das práticas corporais, visto que no ensino de Educação

Física é preciso compreender o processo pelo qual uma prática corporal é institucionalizada

internacionalmente com regras próprias e uma estrutura competitiva e comercial.

Sendo assim, perceber o motivo que leva uma luta, como a capoeira, a ter roupas próprias,

estrutura hierárquica interna (graduação), campeonatos mundiais com regras estabelecidas,

federações e confederações próprias, pode ser um, entre vários caminhos, para a análise crítica

dos Conteúdos Estruturantes.

Cultura Corporal – Técnica e Tática são elementos que estão presentes nas mais

diversas manifestações corporais, especificamente naquelas que constituem os conteúdos da

Educação Física na escola.

A técnica é, nesse sentido, fundamento central para pensar os diferentes conteúdos da

Educação Física, fruto do rigor científico e do desejo humano em criar estratégias e métodos

mais eficientes para educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.

As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam o legado

cultural das diferentes práticas corporais, por isso, não se trata de negar a importância do

aprendizado das diferentes técnicas e elementos táticos. Trata-se, sim, de conceber que o

conhecimento sobre estas práticas vai muito além dos elementos técnicos e táticos.

Cultura Corporal e Lazer favorecem aos alunos a reflexão e discussão das diferentes

formas de lazer em distintos grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das

comunidades culturais, e a maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo

disponível.

Cultura Corporal e Diversidade privilegiam o reconhecimento e a ampliação da

diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem revelar-se

excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de

desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro seja considerado.

Destaca-se que a inclusão não representa caridade ou assistencialismo, mas condição

de afirmar a pluralidade, a diferença, o aprendizado com o outro, algo que todos os alunos

devem ter como experiência formativa.

Em relação ao reconhecimento das diferenças, também é preciso valorizar as

experiências corporais do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais têm

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riquíssimos acervos, muitas vezes esquecidos porque predominam os modelos urbanos de

educação do corpo. Assim, torna-se pertinente valorizar as práticas corporais de cada

segmento social e cultural nas escolas do campo e indígenas, tanto quanto nas escolas

urbanas.

De fato, é preciso que esses universos dialoguem entre si para que os alunos convivam

com as diferenças e estabeleçam relações corporais ricas em experimentações. Um exemplo

disso seria o desenvolvimento de atividades corporais, oferecendo aos alunos a

experimentação de esportes adaptados. Com esse tipo de atividade, pode-se discutir as

dificuldades encontradas pelos alunos, tanto de locomoção e direção como de equilíbrio, dentre

outros.

Busca-se, com isso, uma conscientização das diferenças existentes entre as pessoas,

tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de convivência.

Cultura Corporal e Mídia propiciam a discussão das práticas corporais transformadas em

espetáculo e, como objeto de consumo, diariamente exibido nos meios de comunicação para

promover e divulgar produtos. É importante lembrar que a mídia está presente na vida das

pessoas e a rapidez das informações dificulta a possibilidade de reflexão a respeito das

notícias. Desse modo, torna-se importante que o aluno reflita acerca desse elemento articulador

e o professor não pode ficar alheio a essa discussão.

Assim, Educação Física escolar deve contribuir para o pleno exercício da cidadania,

adotando uma perspectiva metódica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento

da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios

democráticos.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Oportunizar situações que favoreçam a vivência do educando na sociedade, o

desenvolvimento de sua personalidade através dos exercícios físicos, práticas esportivas e

recreativas.

Favorecer o desenvolvimento e a manutenção das capacidades funcionais do indivíduo, bem

como o desenvolvimento das diversas estruturas e funções, consciência e domínio do corpo,

coordenação, percepção e organização no tempo e no espaço.

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Oportunizar a participação em atividades em que os educandos possam estabelecer

relações equilibradas e construtivas com os outros, repudiando qualquer espécie de

discriminação, violência e falta de respeito ao próximo.

Oportunizar situações onde os educandos valorizem os hábitos saudáveis de higiene,

alimentação, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e melhora da qualidade de

vida.

Propiciar aos educandos o direito e acesso à prática esportiva, adaptando o esporte à

realidade escolar.

Propiciar através da expressividade corporal, uma prática escolar que busque a autonomia e

o reconhecimento consciente dos limites e possibilidades de expressão do aluno, os quais

devem propiciar à interação, o conhecimento, a partilha de experiências para sua inserção

crítica no mundo e incentivo ao senso de alteridade.

Propiciar, através da ginástica, condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu

corpo, a criação espontânea de movimentos e coreografias.

Reconhecer que as lutas constituem as mais variadas formas de conhecimento da cultura

humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias.

Reconhecer os diversos tipos de dança como manifestação da cultura corporal, construído

historicamente sendo reflexo de inúmeros fatores da sociedade.

3 – CONTEÚDOS

Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser

abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os

alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que

devem ser consideradas no processo de ensino e aprendizagem.

Na Educação Física, o seu objeto de ensino e estudo, a Cultura Corporal deve, ainda,

ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os conteúdos com

experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada

comunidade.

Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são

os seguintes:

• Esporte;

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• Jogos e brincadeiras;

• Ginástica;

• Lutas;

• Dança.

O esporte, como conteúdo de Educação Física, deve propiciar a leitura do fenômeno

esportivo para a compreensão da sua complexidade social, histórico e política. Busca-se que o

aluno tenha um entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas

de forma ampla, isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o

sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica e sua significação cultural como

fenômeno de massa.

Os jogos e brincadeiras comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para

que sejam adaptados, conforme os interesses dos participantes. Torna-se importante, então,

que os alunos auxiliem na reconstrução dessas regras, segundo as necessidades e os desafios

estabelecidos.

A ginástica permite diversas possibilidades de movimentos corporais nas aulas, sejam

elas: ginástica artística, ginástica rítmica desportiva, ginástica geral, ginástica localizada,

hidroginástica, antiginástica, ginástica aeróbica e suas variantes.

Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de forma que os alunos se

movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Trata-se

de um processo pedagógico que propicia a interação, o conhecimento, à partilha de

experiências, a reflexão, para uma visão critica que implique diversas possibilidades de

significação e representação.

Como conteúdos os jogos e as brincadeiras devem ser abordados conforme a realidade

regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida, levantar dados e a valorizar

manifestações peculiares, que expressem características de seu ambiente cultural, sendo

entendido, apreendido, refletido e reconstruído como conhecimento que constitui um acervo

cultural.

As lutas têm como proposta, na escola, a valorização da sua origem como produção

cultural e suas representações históricas e simbólicas. Espera-se que o professor oriente o

processo pedagógico de modo a contribuir para que os alunos desenvolvam um senso crítico tal

que as lutas possam ser revestidas de um valor simbólico voltado ao respeito pela integridade

física, e que não desperte no aluno o sentido de violência em suas relações sociais.

A dança é uma das formas mais primitivas de representação da cultura dos diversos

povos. Como linguagem social, permite a transmissão de sentimentos e expressão de

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afetividades nas esferas do trabalho, religiosidade, dos costumes, que podem ser marcadas

singularmente pela criação dos gestos que caracterizam o sujeito.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO

JOGOS E BRINCADEIRAS Brincadeiras de faz-de-conta;

Brincadeiras populares; Brincadeiras de construção; Brincadeiras de roda. Pequenos jogos;

Jogos de salão; Jogos cooperativos; DANÇA

Brinquedos cantados; Ritmos e danças populares; Relação histórico-social dos movimentos folclóricos e origem

das outras danças; GINÁSTICA Atividades mímicas; Atividades sensório motoras;

Ginástica com implementos; Ginástica sem aparelho.

ESPORTE Corridas; Arremessos; Lançamentos;

Saltos verticais e horizontais.

Pesquisar com os alunos brincadeiras, atividades físicas,

esportes do seu cotidiano e de seus familiares comparando semelhanças e mudanças ocorridas com o passar do tempo;

Proporcionar a vivencia de brincadeiras, explicar a origem das mesmas; Criar a oficina de brinquedos, dia do

brinquedo; Resgatar brincadeiras antigas e aplicá-las; Ofertar diversos ritmos musicais,

cantigas de roda, danças populares, danças folclóricas; Propor atividades para o desenvolvimento das sensações através da dança, brincadeiras e

jogos; Elaborar circuito de atividades para o desenvolvimento sensório motor: arrastar, engatinhar, quadrupedar,

andar em linha reta e sinuosa, correr para frente, para trás e para os lados, subir e descer em plataforma elevada, ultrapassar obstáculos,

entrar e sair de espaços estabelecidos (ou de caixas, pneus), etc.; Proporcionar aos alunos a vivencia

de diferentes tipos de jogos: de imitação, construção, simbólicos, rítmicos, recreativos, motores, de incentivo, dramáticos, sensoriais e

pré-desportivos;

Espera-se que o aluno:

Vivencie brincadeiras

valorizando e refletindo os aspectos sociais da cultura lúdica local.

Respeite a brincadeira e o

brinquedo do outro. Compreenda os ritmos do nosso corpo e os externos, utilizando a música e a dança como

manifestações inter-relacionadas. Conheça as múltiplas possibilidades de movimento e expressão corporal com e sem

objetos. Aprenda a desfrutar e manejar o seu corpo como uma totalidade integrada.

Sociabilize-se através das atividades propostas;

Compreenda a importância das regras e a possibilidade de

adaptá-las as suas necessidades e ao contexto local. Amplie seus conhecimentos gerais e sobre suas

potencialidades e limitações físicas.

Signifique e re-signifique práticas corporais de acordo com

alguns princípios de cooperação, solidariedade e alteridade. Compreenda algumas interações (históricas e sociais) que

determinam as práticas corporais na nossa sociedade relacionadas à questão de gênero, classe, raça, etnia, mídia e exclusão, etc.

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5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

Coletivos Individuais Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas

Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas de aproximação Capoeira

Espera-se que o aluno conheça dos esportes: • o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; • sua relação com jogos populares. • seus movimentos básicos, ou seja, seus

fundamentos. • o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras,

bem como apropriar-se efetivamente das diferentes formas de jogar; • as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir

da construção de brinquedos com materiais

alternativos. • a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros) das diferentes danças; • a criação e adaptação tanto das cantigas de

rodas quanto de diferentes seqüencias de movimentos. • os aspectos históricos da ginástica e das

práticas corporais circenses; • o aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica: saltar; equilibrar; rolar/girar; trepar; balançar/embalar; malabares.

• os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos. • as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir

da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Esporte Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

Coletivos Individuais Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas

Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas de aproximação

Espera-se que o aluno possa:

• conhecer a difusão e diferença de cada esporte, relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro. • Reconhecer e se apropriar dos fundamentos

básicos dos diferentes esportes. •Obter conhecimento das noções básicas das

regras das diferentes manifestações esportivas. • Conhecer difusão dos jogos e brincadeiras

populares e tradicionais no contexto brasileiro. • Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e brinquedos. • Construir individualmente ou coletivamente

diferentes jogos e brinquedos. • Conhecer a origem e o contexto em que se

desenvolveram o Break, Frevo e Maracatu; Criação e adaptação de coreografia rítmica e

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Capoeira expressiva. • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o

lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o

chocalho. • Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR); • Apreender os movimentos e elementos da GR

como: saltos; piruetas; equilíbrios. • Apropriar-se dos aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas de aproximação e da

capoeira. • Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros

movimentos. • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o

lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

Coletivos Radicais

Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Danças criativas Danças circulares

Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas com instrumento mediador Capoeira

Espera-se que os alunos: • Entendam que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/ espaço de lazer,

como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde. • Compreendam a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes. • Reconheçam os aspectos positivos e

negativos das práticas esportivas. • Desenvolvam atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou

criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro. • Conheçam o contexto histórico em que foram

criados os diferentes jogos, brincadeiras e

brinquedos; • Conheçam os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos que identificam as

diferentes danças. • Montem pequenas composições

coreográficas; • Manuseiem os diferentes elementos da GR

como: corda; fita; bola; maças; arco. • Reconheçam as possibilidades de vivenciar o

lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.

• Conheçam os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas. •Conheçam alguns elementos da capoeira

procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda. • Conheçam as diferentes projeções e

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imobilizações das lutas.

8ª SÉRIE/ 9ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica Lutas

Coletivos Radicais

Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Danças criativas Danças circulares

Ginástica rítmica Ginástica geral Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Espera-se que o aluno: • Conheça e faça uso das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de

diferentes tipos de tabelas. • Reconheça o contexto social e econômico em

que os diferentes esportes se desenvolveram. • Reconheça a importância da organização

coletiva na elaboração de gincanas e RPG • Diferencie os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos: visão do jogo, objetivo, o outro, relação,

resultado, conseqüência, motivação. • Reconheça a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histórico.

• Conheça os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana. • Crie e vivencie atividades de dança, nas quais

sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.

Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais. • Compreenda a relação existente entre a

ginástica artística e os elementos presentes no

circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito. • Conheça os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Coletivos Individuais Radicais

Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua

Ginástica artística / olímpica Ginástica de Condicionamento Físico

Organize e vivencie atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.

Reconheça diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer.

Compreenda a função social do esporte.

Reconheça a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.

Compreenda as questões sobre o doping,

recursos ergogênicos utilizados e questões relacionadas à nutrição.

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Lutas

Ginástica geral Lutas com aproximação Lutas que mantêm à distancia

Lutas com instrumento mediador Capoeira

Reconheça a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de superação.

Organize atividades e dinâmicas de grupos

que possibilitem aproximação e considerem individualidades.

Conheça os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros.

Reconheça e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança.

Discuta e argumente sobre apropriação das danças pela indústria cultural.

Desenvolva a criatividade em apresentação de coreografias.

Organize eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou sequência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.

Aprofunde e compreenda as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica.

Compreenda a função social da ginástica.

Discuta sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.

Compreenda e aprofunde a relação entre a ginástica e trabalho.

Conheça os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas.

Compreenda a diferença entre lutas e artes

marciais, assim como a apropriação das lutas pela indústria cultural.

Aproprie-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma

enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.

Conheça os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros.

Organize um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos de golpes.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

O ensino da Educação Física deve favorecer ao educando a consciência de que o

movimento apresenta importante significado pessoal, social e cultural e devem refletir uma

intenção do sujeito e não depender exclusivamente de estímulos externos.

Por meio dos conteúdos propostos – esporte, dança, jogos e brincadeiras, lutas e

ginástica - a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem

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sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele e adquirir uma

expressividade corporal consciente.

O professor, desta disciplina, tem assim a responsabilidade de organizar e sistematizar

essas práticas corporais que possibilitam a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas.

No processo pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de

Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos

nem nas metodologias.

Ao tratar dos conteúdos propostos, as aulas têm como objeto de ensino as

manifestações corporais e sua potencialidade formativa, que podem produzir um espaço repleto

de significados, através de práticas que expressem as múltiplas relações étnicas, de gênero, de

violência, de sexualidade, dos limites e possibilidades corporais, entre outras, que expressem

uma linguagem culturalmente construída. Nesta perspectiva, há que se abordar os temas

referente a Cultura Afro-Brasileira e a Paranaense, Educação Fiscal, Gênero e Diversidade

Sexual, Educação Ambiental e, principalmente os temas sobre a Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas e o Enfrentamento a Violência Contra a Criança e o Adolescente, pois estão ligados

diretamente a qualidade de vida. A integração com as outras disciplinas escolares colabora

para ampliar a compreensão destas manifestações corporais. Assim, a prática da Educação

Física deve estar contextualizada, nas mais diversas situações, e não fragmentadas em

atividades isoladas.

É tarefa do professor mediar situações conflitantes que envolvam a corporalidade por

meio do diálogo e da reflexão, com argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos

envolvidos no processo educativo. O corpo deve ser reconhecido de modo ético em

experiências que contribuam para o desenvolvimento humano.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física na

Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como

referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse

momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do

conhecimento escolar.

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor

propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os

conhecimentos prévios. Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo

sistematizado, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo,

desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática

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corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias,

para que os encaminhamentos não se desvinculem dos objetivos estabelecidos.

Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos

que criem outras variações, sugestões para a prática em questão e as vivenciem. Neste

momento, é possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o

processo de ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em

relação à prática realizada.

Para tanto, propõe-se uma prática da Educação Física onde ensino-aprendizagem parta

de situações globais, amplas e diversificadas, proporcionando praticas corporais sociais mais

significativas que extrapolem e vão além do contexto escolar. Devem ser abordadas as

complexidades das relações entre corpo e mente num contexto sociocultural, valorizando a

igualdade de oportunidades, favorecendo o desenvolvimento das potencialidades, num

processo democrático e não seletivo, valorizando o trabalho em grupo em que a cooperação, a

participação de todos seja fundamental.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação em Educação Física utilizará instrumentos variados de acordo com os

conteúdos e seus objetivos específicos, e devem revelar quais as intenções e aspectos do

conhecimento estão sendo valorizados, para que seja uma avaliação significativa, favorecendo

a busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o

processo ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva, a avaliação deve estar a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto de ações pedagógicas e

não seja um elemento externo a esse processo.

Pela avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho

realizado, identificando lacunas no processo pedagógico, planejando e propondo

encaminhamentos que superem as dificuldades constatadas.

Trata-se, por tanto, de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais,

cujo horizonte é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em suas relações

interpessoais.

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6 – BIBLIOGRAFIA

ADORNO, Theodor. Tempo livre. In: Palavras e sinais. Petrópolis; Vozes; 1995.

BARRETO, Débora. Dança... Ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores

associados; 2004.

BRACHT, V. A Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre, Magister; 1992.

BRASIL. Lei 9394/96 (Diretrizes de Bases da Educação Nacional).

CRESPO, Jorge. A história do corpo. Lisboa. Difel; 1990.

FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993.

FREIRE, J. B. De Corpo e Alma. São Paulo. Summus; 1991.

-----------------. Educação de corpo inteiro. São Paulo, Scipione; 1989.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná . Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Educação Física. Paraná, 2008.

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino da Educação Física na

Escola Básica? Pensar a Prática. Goiânia; 1998.

VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e Conhecimento na Escola por uma cultura escolar de

Educação Física. Florianópolis; 1999.

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ARTE

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O ser humano é um ser simbólico e a Arte um patrimônio cultural da humanidade; assim

sendo, a arte vem acontecendo desde os primeiros gráficos nas cavernas, a primeira emissão

de um som ou um gesto a que se atribuiu um significado.

Por meio da Arte têm-se os sentimentos e os pensamentos das comunidades de

qualquer época, povo, cultura ou país. Ao produzir arte o indivíduo se conhece melhor e se dá a

conhecer ao outro.

A arte deve ser entendida como conhecimento e linguagem. Como conhecimento é

específica das linguagens artísticas: o estudo das cores, das formas, dos tamanhos, das

proporções, das relações, das perspectivas, do som, do ritmo, da melodia, da harmonia, dos

registros musicais, do gesto expressivo, da cenografia, da sonoplastia, da coreografia, da

construção de personagens, etc., e da interdisciplinaridade que envolve o contexto da obra

criada. Como linguagem, trata de um sistema de representação que se utiliza principalmente de

signos não-verbais: cor, luz, sombra, forma, som, silêncio, gesto, movimento, etc., com os quais

o artista/aluno, com alguma intenção, compõe uma obra, atribuindo significados a esses

elementos.

Se a Arte é linguagem pressupõe, também, leitura, e é nessa decodificação na fruição

estética que o apreciador torna-se quase um co-autor, pois retira/empresta à obra significações

tantas quantas forem sua capacidade de leitura e história de vida. Cresce em conhecimento de

si mesmo, de mundo e em humanidade.

O professor tem como objetivo maior tornar seus alunos leitores e produtores de textos

visuais, pictóricos, escultóricos, musicais, cênicos, gestuais, assim como conhecedores de uma

parcela da produção artística realizada desde que o ser humano habitou o planeta.

O trabalho artístico é produto das necessidades e intenções humanas e se constitui em

instrumento para expressão, afirmação e interações do homem com a realidade, revelando a

sua capacidade de agir sobre ela. Quando se busca definir um novo papel para as Artes na

escola, é importante a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos,

pretendendo que os educandos possam criar, aprender e difundir suas potencialidades.

A Disciplina de Arte considera os seguintes campos conceituais relativos ao seu objeto

de estudo:

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- o conhecimento estético: está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus aspectos

sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa

organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de representação

artística como, por exemplo, palavras na poesia, sons melódicos na música, entre outros.

- o conhecimento da produção artística: está relacionado com o fazer e o processo criativo.

Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o contato

com o público. Expressam saberes específicos na experiência com materiais, técnicas e com

elementos formais básicos constitutivos das artes visuais, da dança, da música e do teatro.

Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em

arte efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experienciação estética por meio

da percepção, da análise, da criação/produção e da contextualização histórica. Apesar de suas

especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados entre si,

abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.

Numa perspectiva dialógica, o tratamento dos conteúdos específicos da área por meio

da experienciação estética e da produção artística, que mobilizará, no sujeito, uma percepção

da arte em suas múltiplas dimensões cognitiva. No sentido amplo da cognição, isto implica não

apenas seu aspecto intelectual, mas uma totalidade que envolve de igual modo os fatores

racionais, emocionais e valorativos, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade.

A educação básica é um processo que inicia no Ensino Fundamental e se conclui no

Ensino Médio, portanto, torna-se necessário considerar as características e necessidades dos

alunos dos diversos níveis e modalidades de ensino. Porém para que o processo de ensino e

aprendizagem se efetive, espera-se que o professor trabalhe com os conhecimentos de sua

formação – Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança, que faça relações com os saberes das

outras linguagens/áreas de arte, e que proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência

do conhecimento em arte produzido historicamente pela humanidade.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto

a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo critérios culturalmente

construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico,

antropológico, semiótico, científico e tecnológico, dentre outros;

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Analisar, refletir e preservar as diversas manifestações das Arte – em suas múltiplas

linguagens – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio

nacional e internacional;

Relacionar temas/assuntos com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos sociais

situados nos mais variados contextos sociais, espaciais e temporais;

Valorizar as diversidades culturais, étnicas, sociais, etc., assumindo uma postura de

oposição a todas e quaisquer práticas sociais que incitem preconceitos e/ou discriminações

(religiosas, étnicas, políticas, ideológicas, de gênero, etc.).

Propiciar a leitura e a interpretação das produções/manifestações artísticas e o

estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia.

Reconhecer que os elementos contextualizadores ampliam e aprofundam a apreensão de

um objeto de estudo em Arte, abrangem aspectos históricos, sociais, políticos, econômicos e

culturais, autores e artistas, gêneros, estilos, técnicas, as várias correntes artísticas e as

relações identitárias – local, regional, global – tanto do autor como do aluno em relação à obra,

aprimorando, assim, o senso crítico do aluno.

3 – CONTEÚDOS

A disciplina de Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado em

arte. Por isso, propõe-se uma organização curricular a partir dos conteúdos estruturantes que

constituem uma identidade para a disciplina de Arte e possibilitam uma prática pedagógica que

articula as quatro áreas de Arte. Definiu-se que os conteúdos estruturantes da disciplina são:

• elementos formais;

• composição;

• movimentos e períodos.

No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal está

relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados numa obra. São

elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; é a matéria-prima para

a produção artística e o conhecimento em arte.

No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos

elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por

intermédio dos conteúdos estruturantes.

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Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos formais que

constituem uma produção artística. Ao participar de uma composição, cada elemento visual

configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os elementos também se

caracterizam.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição

de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da

dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracterizam pelo contexto histórico

relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e

econômicos presentes numa composição artística e explicita as relações internas ou externas

de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.

Para facilitar a aprendizagem do aluno e para que tenha uma compreensão do

conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários momentos do

ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações que cada movimento e

período de uma determinada área da arte estabelece com as outras áreas e como apresentam

características em comum, coincidindo ou não com o mesmo período histórico.

Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os

elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e

períodos. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais,

composição e movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são

interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento,

como ideologia e como trabalho criador.

ENSINO FUNDAMENTAL

CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO

MUSICA

Músicas populares, folclóricas e eruditas; Banda rítmica; Canto coral;

Escala musical; Instrumentos musicais; História da música; Biografia de cantores da

musica popular local;

Utilização de materiais audiovisuais:

textos, quadros, gravuras, CDs, DVDs, instrumentos musicais, danças; Pesquisa em livros e Internet;

Ilustração de histórias; Visita ao Museu e ao Teatro; Releitura de obras de arte; Buscar informações de arte em

contato com artista, músicos; Confecção de materiais utilizando

Verificar se o aluno em suas produções

escritas, orais e sonoras:

Percebe a função social da escrita;

Identifica a utilização da linguagem musical no cotidiano;

Elabora crítica pessoal sobre os diferentes modos da produção musical, em diferentes contextos sócio-culturais;

Identifica diferentes técnicas e materiais

nas estruturas musicais;

Experimenta diferentes possibilidades de

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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ARTES VISUAIS Aspectos culturais, sociais e históricos; Diferentes formas de

representação artísticas: pintura, escultura, fotografia, cinema, gravura, desenho, arquitetura, colagem, e outras;

Manifestações artísticas nas diferentes culturas; Espaços construídos pelo homem em diferentes

culturas; Diferentes obras de artes visuais, artistas e movimentos artísticos em culturas

regionais em diferentes tempos da história; Elementos formais próprios da linguagem visual: textura,

linha, plano, volume, cor; TEATRO Expressão corporal;

Diferentes formas e técnicas utilizadas em representações cênicas: teatro de formas animadas, teatro de

máscaras, improvisação e outras; Diferentes formas de construção e narrativas:

tragédia, drama, comédia, farsa, melodrama, teatro épico, circo, mitos, fábulas, etc.;

Diferentes tipos de obras literárias: mitos, clássicos, literatura infantil, poesia, entre outros;

DANÇA A dança em diferentes culturas: representação

simbólica; Repertórios – erudito e popular; Ritos, cotidiano e cultura local;

Folclore; Cultura afro africana e brasileira: grupos de dança em diferentes épocas e

regiões; Elementos estruturais da dança.

embalagens recicláveis. Colagem com materiais e texturas diversas; Pintura: com lápis de cor, giz de

cera, cola colorida e guache; Ilustração de histórias; dobraduras; Desenho: raspado, peneirado, soprado, esponjado;

Recorte; Modelagem em argila; Criar desenhos partindo das figuras observadas;

Criação de livros com mensagem e ilustração, para trocar com colegas; Participação em peças de teatro, teatro de bonecos, fantoches,

dramatizações, dublagem, etc.; Através de jogos de imitação estimular a expressão corporal, facial e vocal;

Dança de salão, folclórica, popular, etc.; Tendencias populares da música brasileira: modinha, marchinha,

choro, samba, bossa nova, jovem guarda, tropicalismo, rock, reggae, rap, música eletronica, música de raíz, música de tradição, etc.

Criar a hora do conto; Tecnicas de relaxamento; Jogos de mimica, dramatização, atenção, memorização, etc.;

Brincadeiras, jogos e parlendas; Cantigas de roda; Utilizar fantoches, marionetes e outros bonecos para contar

histórias; Confeccionar cenários, bonecos, figurinos, utilizando materiais recicláveis e outros;

Montar coral; Construir banda; Dispor diferentes tipos de materiais para que a criança possa

experimentar sensações diversas;

uso dos elementos formais da linguagem musical;

Interpreta: canta, toca e movimenta-se;

Percebe e identifica diferentes formas

musicais;

Experimenta diferentes possibilidades de uso dos elementos formais da linguagem musical, na perspectiva da função

simbólica;

Interpreta músicas de diferentes tempos e espaços, vocalmente ou com instrumentos, individualmente ou em grupo;

Percebe a função social das artes visuais;

Relaciona a produção artística visual com o contexto social em diferentes tempos e espaços;

Reconhece na produção visual a construção histórica da sociedade e a importancia da sua conservação e preservação como patrimonio cultural;

Analisa suas produções e a dos colegas, considerando seu tempo e espaço;

Elabora crítica pessoal sobre diferentes manifestações artísticas;

Analisa a utilização da linguagem visual no cotidiano, percebendo as inter-relações dos elementos formais em diferentes modalidades como: vitrines, meios

televisivos, cinema, roupas e espaços;

Percebe os elementos visuais presentes na configuração do meio ambiente construído;

Desenvolve a percepção visual através da leitura de diferentes tipos de imagem: fotografia, publicidade, histórias em quadrinhos, imagens midiáticas, etc.;

Desenvolve e analisa formas de representação pessoal, com liberdade imprimindo sua marca pessoal através da utilização de diferentes tecnicas,

procedimentos e dos elementos formais da linguagem visual;

Percebe a função social das artes cênicas;

Experimenta diferentes possibilidades de

representação cênica, a partir dos elementos formais próprios da linguagem, através da expressão corporal, expressão vocal e jogos teatrais;

Reconhece e experimenta diferentes formas de representação cênica: sombras, formas animadas, máscaras, etc.;

Percebe a função social da dança;

Identifica a utilização da dança no cotidiano: festas populares, ritos, mídia, etc.;

Percebe o papel do corpo na dança;

Manifesta sua consciencia corporal através da dança;

Experimenta diferentes possibilidades de movimentação do corpo;

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Utiliza habilidades motoras na construção do movimento.

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS

E PERÍODOS

MÚSICA Altura Duração Timbre

Intensidade Densidade Ritmo Melodia

Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação Greco-Romana Oriental

Ocidental Africana

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma

Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura,

arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Arte Greco- Romana Arte Africana

Arte Oriental Arte Pré-Histórica

TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. Greco-Romana Teatro Oriental

Teatro Medieval Renascimento

DANÇA

Verificar se o aluno em suas produções escritas, orais e sonoras:

Compreenda os elementos que estruturam e

organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Desenvolva a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

Compreenda os elementos que estruturam e

organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Aproprie a prática e teórica de técnicas e

modos de composição visual.

Compreenda os elementos que estruturam e

organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

Aproprie a prática e teórica de técnicas e

modos de composição teatrais.

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Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Eixo

Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento

Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação Gênero: Circular Pré-história Greco-Romana

Renascimento Dança Clássica

Compreenda os elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e

modos de composição da dança.

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS

E PERÍODOS

MÚSICA Altura Duração Timbre

Intensidade Densidade Ritmo Melodia

Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista

Improvisação Música popular e étnica (ocidental e oriental)

ARTES VISUAIS Ponto Linha Forma

Textura Superfície Volume Cor

Luz Proporção Tridimensional Figura e fundo

Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta Arte Indígena Arte Popular

Verificar se o aluno em suas produções escritas, orais e sonoras:

Compreenda as diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas

contemporâneas.

Aproprie a prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

Compreenda as diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas

contemporâneas.

Aproprie a prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

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Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco

TEATRO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica,

improvisação, formas animadas Gêneros: Rua e arena, Caracterização. Comédia dell’ arte Teatro Popular

Brasileiro e Paranaense Teatro Africano

DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço Ponto de Apoio

Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto médio e baixo) Formação

Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica Dança Popular Brasileira

Paranaense Africana Indígena

Compreenda as diferentes formas de

representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.

Aproprie a prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no

cotidiano

Compreenda as diferentes formas de dança

popular, suas origens e práticas contemporâneas.

Aproprie prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

7ª SÉRIE/ 8ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS

E PERÍODOS

MÚSICA Altura Duração

Timbre Intensidade Densidade Ritmo

Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno

Verificar se o aluno em suas produções escritas, orais e sonoras:

Compreende as diferentes formas musicais no

Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Aproprie a prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias;

relacionadas à produção, divulgação e consumo.

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ARTES VISUAIS Linha Forma

Textura Superfície Volume Cor

Luz Semelhanças Contrastes Ritmo Visual

Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista

Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea

TEATRO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem

Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo

DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia

Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo Hip Hop

Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna

Compreenda as artes visuais em diversos contextos, tais como no Cinema e nas mídias,

sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Aproprie a prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas

mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo

Compreenda as diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Aproprie a prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Compreenda as diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Aproprie a prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

8ª SÉRIE/ 9ºANO

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

Altura Duração Timbre Intensidade

Densidade Ritmo Melodia Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico. Música Engajada Música Popular Brasileira.

Música Contemporânea

ARTES VISUAIS Linha

Forma Textura Superfície Volume

Cor Luz Bidimensional Tridimensional

Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance Gêneros: Paisagem urbana, cenas do

cotidiano Realismo Vanguardas Muralismo e Arte

Latino-Americana Hip Hop TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum Dramaturgia Cenografia

Sonoplastia Iluminação Figurino Teatro Engajado

Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas

DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera

Verificar se o aluno em suas produções

escritas, orais e sonoras:

Compreenda da música como fator de transformação social.

Produza trabalhos musicais, visando atuação

do sujeito em sua realidade singular e social.

Compreenda a dimensão das Artes Visuais

enquanto fator de transformação social.

Produza trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Compreenda a dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.

Crie trabalhos teatrais, visando atuação do

sujeito em sua realidade singular e social.

Compreenda a dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

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Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas

Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe)

Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna Vanguardas

Dança Moderna Dança Contemporânea

Produza trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS

E PERÍODOS

MÚSICA Altura Duração

Timbre Intensidade Densidade Ritmo

Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Improvisação Música Popular Brasileira, Paranaense, Popular Indústria Cultural: Engajada, Vanguarda,

Ocidental, Oriental, Africana, Latino-Americana

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Forma Textura

Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo

Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes

Verificar se o aluno em suas produções escritas, orais e sonoras:

Compreenda os elementos que estruturam e

organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea.

Produza trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Aproprie a prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Compreenda os elementos que estruturam e

organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.

Produza trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

Aproprie a prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção,

divulgação e consumo.

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Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, Instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos

Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia Arte Ocidental

Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense

Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea

Arte Latino- Americana

TEATRO Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Técnicas: jogos teatrais, teatro direto

e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e

Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização

Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção

Teatro Greco- Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense

Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético

Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista Teatro Simbolista

DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera

Fluxo

Compreenda os elementos que estruturam e

organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Compreenda a dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.

Produza trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Aproprie a prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas

mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Aproprie a prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

Compreenda os elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o

movimento artístico no qual se originaram.

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Peso Eixo Salto e Queda Giro

Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração

Níveis Deslocamento Direções Planos

Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão

Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento

Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense

Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural

Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea

Compreenda as diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.

Compreenda a dimensão da dança enquanto

fator de transformação social.

Compreenda das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Aproprie a prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho com

a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do

espectador. Além disso, é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes,

em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries

da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como,

por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento.

Nos anos iniciais, do Ensino Fundamental, o trabalho do professor se torna mais

significativo se houver a articulação do lúdico às atividades artísticas em sua prática

pedagógica. Considerar o ato de brincar como um dos princípios para a elaboração do processo

de ensino e de aprendizagem é entender a criança e seus valores, entre eles, a capacidade de

materialização do mundo da fantasia, através da brincadeira. É papel da escola como espaço

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socializador do conhecimento possibilitar e ampliar as oportunidades para essas experiências,

instigando a memória, a percepção e as possíveis associações com a realidade/cotidiano do

aluno.

As associações surgidas entre as linguagens artísticas e a realidade da criança podem

revelar, de maneira autentica a expressão do prazer dos sentidos. A associação entre o ato de

brincar e de aprender enseja que o sujeito faça a leitura de sua realidade, em seu tempo real.

Esse processo inicia-se por meio da experimentação e da exploração de materiais e

técnicas vinculadas à produção artística que possibilitará ao aluno a familiarização com as

variadas linguagens artísticas. É importante que os materiais utilizados e os conteúdos tratados

sejam entendidos como instrumentos de interação com o mundo artístico, pela reflexão e

exploração das possibilidades expressivas.

Nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, o ensino da Arte toma

dimensão de aprofundamento das linguagens artísticas, para reconhecer os conceitos e

elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.

Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área e de forma

seriada. Devido ao fato dessa disciplina ser composta por quatro áreas: artes visuais, música,

teatro e dança.

Artes Visuais

Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da produção

pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de

diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas. O cinema, televisão, videoclipe

e outros são formas artísticas, constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma

referência fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais. Por isso,

sugere-se que a prática pedagógica parta da análise e produção de trabalhos artísticos

relacionados a conteúdos de composição em Artes Visuais, tais como:

• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, propaganda visual;

• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas;

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.

Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e bens culturais da

região, bem como outras produções de caráter universal. Assim, é importante o trabalho com as

mídias que fazem parte do cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola

pública.

Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o mundo,

reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros aspectos. Esse conjunto de

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conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a leitura da obra componha a prática

pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos

por ele na obra de arte.

Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a

discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a

realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.

É importante salientar que o trabalho com a leitura da obra de arte contempla um dos

momentos de encaminhamento metodológico, o sentir e perceber. Para completar o

encaminhamento metodológico é necessário desenvolver um trabalho artístico, fundamentando

este trabalho e a leitura com o conhecimento teórico da Arte.

Outra importante possibilidade de trabalho é o estabelecimento de relações das artes

visuais com as outras áreas artísticas. A máscara no Teatro, o registro gráfico da Música ou o

figurino e a maquiagem da Dança são exemplos de relações possíveis.

Dança

Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas

a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem,

capazes de desenvolver aspectos cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais,

possibilitam uma melhor compreensão estética da Arte. Os elementos formais da dança, são:

• movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e

espaço;

• espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial do espaço;

• tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).

Entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e distantes,

perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos (teorizar), são

elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na escola.

Nas aulas de Arte, questões sobre “sentir e perceber” devem ser enfocadas e alguns

encaminhamentos podem ser realizados, tais como:

• criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos sequenciais;

• uso de diferentes adereços;

• proposta de criações, improvisações e execuções coreográficas individuais e coletivas;

• identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi concebida.

Ao selecionar os conteúdos de Dança que pretende desenvolver com seus alunos, o

professor precisa considerar o contexto social e cultural, ou seja, o repertório de dança dos

alunos, seus conhecimentos e suas escolhas de ritmos e estilos.

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162

Música

Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons

com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as

variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição

musical.

A música é formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo. Os

elementos formais do som são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração.

A intensidade do som é o elemento responsável por determinar se uma sequência de

sons fica mais ou menos intensa, ou seja, se são fortes ou fracos. A altura define que algumas

seqüências de sons podem ser agudas e outras graves.

O timbre é responsável por caracterizar o som e fazer com que se identifique a fonte

sonora que o emitiu. Quando um conjunto de sons acontece ao mesmo tempo, dizemos que há

uma grande densidade. Na música, a densidade acontece quando vários instrumentos ou vozes

são executados simultaneamente, como em uma banda, coral, orquestra e outras formas.

A duração é o elemento responsável por determinar que qualquer som acontece em um

tempo específico relacionado a sua fonte sonora. Alguns sons são de durações mais longas;

outros mais curtos e, em alguns momentos, não se ouve som nenhum – são os momentos de

silêncio. Na música, o silêncio é chamado de pausa. Quando se combina uma sequência de

sons e/ou silêncios, está se criando um ritmo. O ritmo, então, é o organizador do movimento

ordenado dos sons e silêncio em um determinado tempo. A combinação de sons sucessivos é

chamada de melodia, a combinação de sons simultâneos corresponde à harmonia. Ritmo,

melodia e harmonia, portanto, são os elementos de composição que constituem a Música, que

é a forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer compreender a imensa

diversidade musical existente, que da uma forma direta ou indireta na vida da humanidade.

Teatro

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,

destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o

encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para que o aluno os

exercite.

Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e

com os elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal, gestual, corporal e facial,

Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para texto

dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos

(trabalho artístico), porém o professor não deve excluir a abordagem da teorização em arte

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163

como discutir os movimentos e períodos importantes da história da arte. É importante, durante

as aulas, solicitar aos alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão

e no cinema, tais como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e

sonoplastia (sentir e perceber). Para o trabalho de sentir e perceber é essencial levar os alunos

a assistirem peças teatrais com critérios definidos para sua análise.

Além do ver, analisar se faz necessário que o aluno vivencie isto se dá através da

encenação. Esta voltada para a concepção de Arte.

O trabalho pedagógico com Arte na educação básica deve ser organizado como um

conjunto, de forma orgânica, tendo em vista a apropriação do conhecimento da disciplina. O

desenvolvimento dos conteúdos em cada série deve pautar-se no conteúdo estruturante

“Composição” e seus desdobramentos. Este conteúdo, como eixo central, direciona o olhar para

determinados “elementos formais” e “movimentos e períodos” que, ao serem abordados e

estudados, aprofundam a compreensão e a apropriação do conhecimento em Arte. Ressalta-se,

ainda, que o trabalho com os “movimentos e períodos”, não deve ser tomado a partir de uma

leitura linear ou cronológica da História, e que o importante é destacar as permanências e

mudanças dos elementos formais e de composição presentes em seus diversos períodos.

Os conteúdos estão organizados de forma que compõem uma unidade. Para isso foram

selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série para todas as áreas. Neste

sentido, o trabalho na 5° série é direcionado para a estrutura e organização da Arte em suas

origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos

conteúdos, sendo que na 6° série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas

populares e o cotidiano do aluno; na 7° série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na

sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos

na arte; na 8° série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia

e fator de transformação social.

No Ensino Médio é proposto a retomada dos conteúdos de 5ª a 8ª séries e o

aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos

alunos.

O professor fará o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como

referência a sua formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e

experiências artísticas, será possível a abordagem de conteúdos das outras áreas artísticas.

O fato da disciplina de Arte ser composta por áreas de formação implica uma

compreensão da relação que existe entre os diversos campos do conhecimento. Essa

compreensão é explicitada por Kosik quando diz “(...) quanto mais a ciência se especializa e se

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diferencia, quanto maior o número de novos campos que ela descobre e descreve, tanto mais

transparente se torna a unidade material interna dos mais diversos e mais afastados campos do

real. (...) De outro lado, esta compreensão mais profunda da unidade do real representa uma

compreensão também mais profunda da especificidade de cada campo do real e de cada

fenômeno.” (2002, p. 45).

Neste sentido, pode-se afirmar que apesar da divisão do currículo em disciplinas e da

existência de especializações no interior da disciplina de Arte, deve-se trabalhar na busca da

totalidade do conhecimento, pois a compreensão profunda da parte e sua relação com as

outras partes e a totalidade é o que possibilita uma real apropriação do conhecimento pelo

aluno.

A formação do professor dará sustentação para elaboração do plano de trabalho e para

o desenvolvimento da prática docente, de modo a abordar outras áreas da disciplina de Arte,

bem como outras disciplinas do currículo.

Dessa maneira o professor pode criar e ampliar condições de aprendizagem pela análise

das linguagens artísticas, a partir da idéia de que elas são produtos da cultura de um

determinado contexto histórico. Em suas aulas, o professor poderá abordar elementos artísticos

que identificam determinadas sociedades e a forma como se deu a estilização de seus valores,

pensamentos e ações. Esta materialização do pensamento artístico de diferentes culturas

coloca-se como referencial simbólico a ser interpretado pelos alunos, por meio do conhecimento

dos recursos presentes nas linguagens artísticas. Para tanto, devem-se contemplar na

metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica: o teorizar, que

fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como,

desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos; o sentir e perceber, que são

as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte; e o trabalho artístico, que é a

prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O trabalho em

sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final

das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um

deles.

5 – AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É

diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

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A avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas pedagógicas,

pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno. Ou seja, a avaliação

permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma

prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização

somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que

transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais, direcionando de maneira

sistematizada o trabalho pedagógico.

Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute

dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta

a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade. O método

de avaliação proposto inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os

avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor

deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com

os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve

elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,

com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural

próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos,

associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de

conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já

conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar,

desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para

uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. Esse

diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os

conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do

conhecimento que os alunos trazem consigo.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e,

ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor abordagens

diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como:

- trabalhos artísticos individuais e em grupo;

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- pesquisas bibliográfica e de campo;

- debates em forma de seminários e simpósios;

- provas teóricas e práticas;

- registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo.

A avaliação deve ser vista, principalmente, como um instrumento que ajuda o aluno a

aprender, ou seja, ampliar o conhecimento de quem o possui e iniciar a aprendizagem de quem

não o possui, considerando o processo de desenvolvimento das linguagens, incentivando a

apropriação de novas possibilidades de uso das diferentes linguagens em função de reflexões

constantes sobre as mesmas nos contextos de uso nas diferentes disciplinas.

6 – BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, A.M. Arte-Educação: conflitos/acertos. São Paulo: Ática, 1995.

________. Arte-Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1978.

BOSI, A. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. DEMO,

P. Avaliação qualitativa. São Paulo; Cortez, 1996.

FAZENDA, Ivani C. Arantes. (Org.) Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez,

1991.

GABRYELLE, Thayane. A conquista da Arte. São Paulo: Editora do Brasil.

LOWENFELD, V.; BRITTOUN, L.W. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo:

Mestre You, 1977.

MARCHESI JR., Isaías. Atividades de Educação Artística. São Paulo: Ática.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis]RJ: Vozes, 1987.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Arte. Paraná, 2008.

VASCONCELLOS, Thelma. NOGUEIRA, Leonardo. Reviver nossa arte. São Paulo: Scipione.

XAVIER, Natália; AGNER, Albano. Viver com arte - Educação Artística. São Paulo; Ática.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito maior de

educação, considerando as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as

estruturas de poder que estão implícitos. Para tanto, é fundamental que os professores

reconheçam a importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global

educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do

diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se

separam. Isso implica superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas

como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua

aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados

como externos aos sujeitos.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o

aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva

discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo

em que vive, e que estes, são sociais e historicamente construídos, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a escolarização tem o

compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber

como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua

transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não

apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Ampliar a visão de mundo do educando através de uma língua estrangeira e sua literatura.

Considerara a importância da língua inglesa como instrumento de comunicação universal.

Reconhecer que a língua se apresenta como espaço de construção discursiva, de produção

de sentidos, indissociáveis dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável

das comunidades interpretativas que a constrói e são construídas por ela.

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Entender que o ensino de língua estrangeira deve possibilitar uma visão de mundo mais

ampla, para que avalie os paradigmas existentes e crie novas maneiras de construir sentidos de

mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas, o desenvolvimento da

consciência do papel da língua na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o

processo de construção das identidades.

3 – CONTEÚDOS

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o Discurso

como prática social e, é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os gêneros discursivos a

serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os conteúdos básicos que pertencem

às práticas da oralidade, leitura e escrita.

Os conteúdos básicos estão divididos em: gêneros discursivos, leitura, oralidade e

escrita. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas

sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária, artística,

produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que

deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros

trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo

professor.

Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries, respeitando-se o princípio da

complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesse

quadro, assim como a escolha dos gêneros não deve se fixar exclusivamente a uma esfera.

Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo de ensino

e o gênero escolhido. Como exemplo: ora a história em quadrinho será levada para sala de aula

a fim de discutir o conteúdo temático, a sua composição e suas marcas lingüísticas; ora

aparecerá em outra série para um trabalho de intertextualidade; ora para fruição, ou seja,

dependerá da intenção, do objetivo que se tem com esse gênero.

Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem sempre todas as práticas serão

abordadas, por exemplo: no Ensino Médio é possível levar a fábula contemporânea para

trabalhar a prática de leitura, não sendo necessário que o aluno produza uma fábula

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ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO COMO PRÁTICA

SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiana: adivinhas, álbum de família,

anedotas, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal, cartão, comunicado, convites. Literária/Artística: autobiografias, contos,

contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, lendas. Escolar: cartazes, exposição oral, pesquisas.

Imprensa: agenda cultural, charge, classificados. Publicitária: anúncio, cartazes, comercial para TV, slogan.

Política: carta de Reclamação, carta de solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos.

Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas. Midiática: desenho animado, E-mail, entrevista, filmes.

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor;

• Finalidade; • Aceitabilidade do texto;

GÊNEROS DISCURSIVOS Espera-se que o aluno diferencie os diferentes

gêneros: Diário Exposição oral Fotos

Músicas Parlendas Piadas Provérbios

Quadrinhas Receitas Relatos do cotidiano Trava-línguas

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Humor

Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Poemas Romances

Relato Histórico Relatório Resumo Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias Fotos Horóscopo Manchete

Notícia Reportagens Tiras Placas

Publicidade Comercial Publicidade Oficial Debate Regrado Panfleto

Estatutos Regimentos Regulamentos Regras de Jogo

Rótulos/Embalagens Reality Show Telejornal Vídeo Clip

LEITURA Espera-se que o aluno: • Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto;

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

170

• Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem. ESCRITA • Tema do texto;

• Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE • Tema do texto;

• Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos

• Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a idéia principal do texto.

ESCRITA Espera-se que o aluno:

• Expresse as idéias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, etc. ORALIDADE • Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.;

• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.; • Respeite os turnos de fala.

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO COMO PRÁTICA

SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Cotidiana: álbum de família, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão postal, comunicado, convites. Literária/Artística: autobiografias,

biografias, contos, contos de fadas, crônicas de ficção, fábulas, histórias em quadrinhos. Escolar: cartazes, diálogo/discussão

argumentativa, exposição oral, mapas, pesquisas. Imprensa: agenda cultural, caricatura, charge, classificados, editorial,

entrevistas (oral e escrita). Publicitária: anúncio, caricatura, cartazes, comercial para TV, folder, fotos, slogan.

GÊNEROS DISCURSIVOS

Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros: Diário Exposição oral

Fotos Músicas Parlendas Piadas

Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos do cotidiano

Trava-línguas Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

171

Política: carta de Reclamação, carta de solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência , contrato, Declaração de Direitos, depoimentos.

Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas. Midiática: desenho animado, E-mail, entrevista, filmes

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor;

• Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem. ESCRITA • Tema do texto;

• Interlocutor; • Finalidade do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto,

Narrativas de Humor Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias

Pinturas Poemas Romances Textos Dramáticos

Relato Histórico Relatório Resumo Seminário

Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Fotos Horóscopo

Manchete Mapas Notícia Reportagens

Tiras Placas Publicidade Comercial Publicidade Oficial

Debate Regrado Panfleto Estatutos Regimentos

Regulamentos Regras de Jogo Rótulos/Embalagens Reality Show

Telejornal Torpedos Telenovelas Vídeo Clip

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no que circula o gênero;

• Identifique a idéia principal do texto; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA Espera-se que o aluno:

• Expresse suas idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem

formal e informal;

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

172

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Acentuação gráfica;

• Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE

• Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas;

• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, etc. ORALIDADE

Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas idéias com clareza;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos,

discussões, quando necessário em língua materna.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO

COMO PRÁTICA SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiana: anedotas, carta pessoal, cartão postal, causos, comunicado, convites.

Literária/Artística: autobiografias, biografias, contos, escultura, haicai, fábulas, histórias em quadrinhos, literatura de Cordel.

Escolar: cartazes, exposição oral, pesquisas,debate regrado, dialogo/discussão argumentativa, mapas.

Imprensa: agenda cultural, charge, classificados. Publicitária: anúncio, cartazes,caricatura, cartum, comercial para TV, crônica

jornalística, entrevista (oral e escrita), slogan. Política: carta de Reclamação, carta de solicitação,debate.

Jurídica: boletim de ocorrência, Constituição brasileira, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos. Produção de consumo: bulas, manual

técnico, placas. Midiática: E-mail, chat, blog, entrevista, filmes.

GÊNEROS DISCURSIVOS Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros: Exposição oral

Fotos Músicas Provérbios Relatos do cotidiano

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Humor

Narrativas de terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias

Poemas Pinturas Romances Textos dramáticos

Relato Histórico Relatório Resumo Seminário

Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Fotos

Manchete Mapas Notícia Reportagens

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

173

LEITURA

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto;

• Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como

aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem. • Semântica: - operadores argumentativos;

- ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; -expressões que denotam ironia e humor

no texto. Léxico. ESCRITA

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade;

• Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal; • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras;

- figuras de linguagem;

Sinopses de filmes Publicidade Comercial Publicidade institucional Publicidade Oficial

Debate Regrado Panfleto Estatutos Leis

Regimentos Regulamentos Regras de Jogo Rótulos/Embalagens

Reality Show Talk show Telejornal Telenovelas

Torpedos Vídeo Clip LEITURA

Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba do ambiente no qual circula o

gênero; • Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno: • Expresse suas idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.; • Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

174

- sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto;

• Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente idéias com clareza; • Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do

outro; • Exponha seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos,

discussões, etc., mesmo que em língua materna; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO COMO PRÁTICA

SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Cotidiana: anedotas, carta pessoal, cartão postal, causos, comunicado, Curriculum Vitae. Literária/Artística: autobiografias,

biografias, contos, escultura, haicai, fábulas, histórias em quadrinhos, literatura de Cordel, memórias. Escolar: cartazes, exposição oral,

pesquisas, debate regrado, júri simulado, dialogo/discussão argumentativa, mapas. Imprensa: agenda cultural, anúncio de

emprego, artigo de opinião, carta ao leitor, charge, classificados. Publicitária: anuncio, cartazes, caricatura, cartum, comercial para TV,

crônica jornalística, email, entrevista (oral e escrita), slogan. Política: abaixo-assinado, carta de emprego, carta de Reclamação, carta de

solicitação, debate. Jurídica: boletim de ocorrência, Constituição brasileira, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos,

GÊNEROS DISCURSIVOS

Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros: Exposição oral Fotos

Infográfico Músicas Provérbios Relatos do cotidiano

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de ficção científica

Narrativas de Humor Narrativas de terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas

Paródias Poemas Pinturas Romances

Tankas Textos dramáticos Relato Histórico Relatório

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Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

175

discurso de acusação, discurso de defesa. Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas.

Midiática: E-mail, chat, blog, entrevista, filmes, fotoblog, home page.

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor;

• Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade;

• Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. • Léxico.

ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

Relatos de experiências cientificas Resenha Resumo Seminário

Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Fotos

Manchete Mapas Notícia Reportagens

Sinopses de filmes Publicidade Comercial Publicidade institucional Publicidade Oficial

Debate Regrado Panfleto Estatutos Leis

Oficio Regimentos Regulamentos Regras de Jogo

Rótulos/Embalagens Reality Show Talk show Telejornal

Telenovelas Torpedos Vídeo Clip

LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e

implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico;

• Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor;

• Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do

uso de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...);

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• Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Relação de causa e consequência

entre as partes e elementos do texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia;

• Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Conteúdo temático;

• Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e escrito.

- à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e

coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilização adequada de recursos linguísticas como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, etc. • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor,

em conformidade com o gênero proposto

ORALIDADE Espera-se do aluno:

• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do

outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala;

• Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participação ativa em diálogos, relatos,

discussões, quando necessário em língua materna; • Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, filmes,

etc.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

DISCURSO

COMO PRÁTICA SOCIAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Cotidiana: anedotas, carta pessoal, cartão postal, causos, comunicado, Curriculum Vitae. Literária/Artística: autobiografias,

biografias, contos de fadas contemporâneos, escultura, haicai, fábulas contemporâneos, literatura de Cordel, memórias.

Escolar: ata, cartazes, exposição oral, pesquisas,debate regrado, júri simulado, dialogo/discussão argumentativa, mapas, palestras.

Imprensa: agenda cultural, anúncio de

GÊNEROS DISCURSIVOS

Espera-se que o aluno diferencie os diferentes gêneros: Exposição oral Fotos

Infográfico Músicas Provérbios Relatos do cotidiano

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de ficção científica

Narrativas de Humor

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emprego, artigo de opinião, carta ao leitor, charge, classificados. Publicitária: anuncio, cartazes, caricatura, cartum, comercial para TV,

crônica jornalística, email, entrevista (oral e escrita), slogan. Política: abaixo-assinado, assembléia,carta de emprego, carta de

Reclamação, carta de solicitação,debate. Jurídica: boletim de ocorrência, Constituição brasileira, contrato, Declaração de Direitos, depoimentos,

discurso de acusação, discurso de defesa. Produção de consumo: bulas, manual técnico, placas.

Midiática: E-mail, chat, blog, entrevista, filmes, fotoblog, home page.

LEITURA

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto;

• Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

Narrativas de terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias

Poemas Pinturas Romances Tankas

Textos dramáticos Relato Histórico Relatório Relato de experiências cientifica

Resenha Resenha crítica Resumo Seminário

Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Manchete

Mapas Mesa redonda Notícia Reportagens

Sinopses de filmes Publicidade Comercial Publicidade institucional Publicidade Oficial

Texto político Debate Regrado Discurso político “de palanque” Fórum

Manifesto Estatutos Leis Oficio

Procuração Regimentos Regulamentos Requerimentos

Regras de Jogo Rótulos/Embalagens Reality Show Talk show

Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip

Vídeo conferencia LEITURA Espera-se do aluno:

• Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo;

• Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da idéia principal do texto;

• Análise das intenções do autor;

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• Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Léxico. ESCRITA • Tema do texto;

• Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade;

• Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual;

• Partículas conectivas do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e

denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade;

• Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação,

expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala;

• Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

• Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do

uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;

ESCRITA Espera-se do aluno:

• Expressão de idéias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

- à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e

coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, etc.; • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em

conformidade com o gênero proposto.

ORALIDADE Espera-se do aluno: • Pertinência do uso dos elementos discursivos,

textuais, estruturais e normativos; • Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência textual;

• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de idéias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do

outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala;

• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna, etc.; • Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos

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extralinguísticos.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel

das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as

línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de

entender o mundo e de construir significados.

A partir do conteúdo estruturante, Discurso como prática social, serão abordadas questões

lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua:

leitura, oralidade e escrita., devendo o professor abordar os vários gêneros textuais, em

atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a

distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos

coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso a gramática em si. Sendo assim o ensino

deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. Cabe

lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessário provocar uma

reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto de uso e os seus

interlocutores. Os gêneros do discurso organizam as falas e se constituem historicamente a

partir de novas situações de interação verbal, por isso as mudanças nas interações sociais

geram mudança de gênero, bem como o surgimento de novos gêneros. Outro aspecto

relevante, no trabalho com gênero, é a abrangência de temas que se pode trabalhar, dentre

eles a Cultura Afro-Brasileira, fontes publicitárias da História do Paraná, Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento a Violência e Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas. Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de vários

gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. O objetivo será

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira Moderna

somente é possível mediante o contato com textos verbais e não verbais. Do mesmo modo, a

produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de

apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos. A aula de LEM deve ser um

espaço onde se desenvolvam atividades significativas que explorem diferentes recursos e

fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. As discussões

poderão acontecer em língua materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico

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suficiente para que o diálogo se realize em língua estrangeira. Elas servirão como subsídio para

a produção textual em língua estrangeira.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua

solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e

crítica, ampliem seus conhecimentos lingüístico-culturais e percebam as implicações sociais,

históricas e ideológicas presentes num discurso e que nele se revele o respeito as diferentes

culturas, crenças e valores. Assim, o professor deverá criar estratégias para que os alunos

percebam a heterogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta

várias possibilidades de leitura, que não traz em si um sentido preestabelecido pelo seu autor.

Traz, sim, uma demarcação para os sentidos possíveis, restringida pelas suas condições de

produção e, por isso, constrói-se a cada leitura: quem faz a leitura do texto é o sujeito, portanto

o texto não determina a sua interpretação.

Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante

porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do

leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. Com isso, o

conhecimento de mundo e as experiências dos alunos serão valorizadas. Desse modo, o

professor desempenha um papel importante na leitura, já que, pela forma como encaminha o

trabalho em sala de aula, os significados poderão ser mais ou menos problematizados, ou as

possibilidades de construção de sentidos percebidas como mais ou menos significativas, como

espaços para exercício de ação no mundo social ou submissão aos sentidos do outro.

Espera-se que o trabalho com a leitura vá além daquela superficial, linear. Uma questão

é linear quando busca respostas já as visualizando no próprio texto. Será não linear quando o

aspecto sobre o qual incide a questão não se localiza apenas na materialidade do texto. A não

linearidade permite o estabelecimento das relações do texto com o conhecimento já adquirido, o

reconhecimento das suas opções lingüísticas, a intertextualidade e a reflexão, o que possibilita

a reconstrução da argumentação. Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são

representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em

relação a tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o

qual lhes atribui coerência pela construção de significados. Assim, os alunos devem entender

que ao interagir com/na língua, interagem com pessoas específicas. Para compreender um

enunciado em particular, devem ter em mente quem disse o quê, para quem, onde, quando e

por que. Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua

Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual se

escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação.

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181

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de

procedimentos para construção de significados usados na língua estrangeira. Portanto, o

trabalho com a análise lingüística torna-se importante na medida em que permite o

entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar

subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões lingüísticas devem ser

decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou

construam sentidos aos textos. Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as

formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas

são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da

língua ocorre. Para que o aluno compreenda a palavra do outro é preciso que se reconstrua o

contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior

objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo

modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua Estrangeira se transforme realmente

em uma situação de interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos

lingüísticos, sociopragmáticas, culturais e discursivos.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a

oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar idéias em

língua estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma

diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de

adequação da variedade lingüística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e

em língua materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos

da língua que está aprendendo.

Com relação à escrita não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sóciointeracional, ou seja, significativa, pois em situações reais de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou para um alguém de quem se constrói uma representação. É preciso que no contexto

escolar esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o

aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua

coerência.

Nesse sentido, a produção deve ter um objetivo claro, por exemplo, escrever um e-mail

para uma editora solicitando material, elaborar uma entrevista a ser feita a um estrangeiro etc. A

finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma

produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das

partes, seleção da variedade lingüística adequada – formal ou informal. Ao fazer escolhas, o

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aluno desenvolve sua identidade e se constitui como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de

escrita, é essencial que se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do

próprio professor, para oferecer ao aluno elementos discursivos, lingüísticos, sociopragmáticos

e culturais para que ele melhore sua produção.

Nos textos de literatura, a reflexão sobre a ideologia e a construção da realidade faz

parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do

contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar textos literários aos alunos, deve-se

propor atividades que colaborem para que ele analise os textos e os perceba como prática

social de uma sociedade em um determinado contexto sociocultural.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é que

ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os

vários conhecimentos. Isso não significa ter de desenvolver projetos envolvendo inúmeras

disciplinas, mas fazer o aluno perceber que conteúdos de disciplinas distintas podem estar

relacionados. Por exemplo: a relação interdisciplinar da Literatura com a História e a Geografia

podem colaborar para o esclarecimento e a compreensão de textos literários. Tais atividades

serão propostas a partir de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos

mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e

transformadora com relação aos discursos apresentados por meio das práticas da oralidade,

leitura e escrita.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve se configurar como

processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos

alunos, a partir de suas produções. De fato, o envolvimento dos alunos na construção do

significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações da

aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento

discursivo na sala se faça pela interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas:

entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma, na interação com o material didático,

nas conversas em língua materna e língua estrangeira, e no próprio uso da língua, que funciona

como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de idéias. Ser ativo, nesse caso

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significa produzir sentidos na leitura dos textos, tais, como: inferir, servindo-se dos

conhecimentos prévios, levantando hipóteses a respeito da organização textual, etc.

Tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio, a avaliação de

determinado dado de produção em língua estrangeira considera o erro como efeito da própria

prática, ou seja, o vê como resultado do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto,

na avaliação, o erro deve ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não

como um entrave no processo, que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo

tempo para diferentes pessoas.

Além da avaliação processual, é importante considerar também avaliações de outras

naturezas: diagnósticas e formativa, desde que se articule com os objetivos específicos e

conteúdos definidos, a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos, de modo que

sejam respeitadas as diferenças individuais e escolares.

6 – BIBLIOGRAFIA

Amos, Eduardo e Prescher, Elizabeth e Pasqualin, Ernesto New Our Way. Editora Richmond.

Augusto, Angela Maria Smart English. São Paulo :Quinteto Editorial, 2002.

Ferrari, Mariza e Rubin, Sarah English Clip. Ed. Scipione, 2001.

Liberato , Wilson English Information. Ed. FTD, 2005.

Oliveira, Abel de English of Course. 2º grau Ed. Scipione Ltda. São Paulo

Rocha, Ana Luzia e Ferrari Zuleica A. Take your Time Ed. Moderna, 2004.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008.

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ENSINO RELIGIOSO

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A educação do senso religioso deve ser entendida através da diversidade das

experiências vinculadas pela humanidade, compreendendo o desenvolvimento pleno do sujeito

na sociedade fundamentando a natureza do homem fazendo a conexão com a transcendência

(Deus).

Isto se deve ao fato de que, o homem se dá em múltiplas dimensões: corpo, linguagem,

sentimentos, convívio e razão de ser (sentido da existência), pois ele não é uni, mas

pluridimensional. Por isso a religiosidade é seu universo de significação e o ensino se justifica a

partir da compreensão de uma educação de raízes humanas, existentes como realidade e

problema na sociedade, na história e na vida dos homens.

Assim, o processo de ensino e aprendizagem visa à construção e produção do

conhecimento que se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida –

real ou metódica -, do confronta de idéias, de informações discordantes e, ainda, da exposição

competente de conteúdos formalizados, expressando a necessária reflexão em torno dos

modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais

contemporâneas que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no

âmbito religioso entre os países e, de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades.

A sociedade, hoje, esta mais consciente da unidade do destino do homem em todo planeta e

das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.

No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado

nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações religiosas que delas

decorrem e as constituem. As diferenças culturais são abordadas para ampliar a compreensão

da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente e, portanto, são

marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.

Desse modo, o Ensino Religioso têm como objetivo orientar também a abordagem e a

seleção dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como

conteúdo nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural

humano e faz parte do modelo de organização de diferentes sociedades.

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2 – OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar a análise e compreensão como cerne da experiência religiosa, como forma de

expressão empregada para se explicar fenômenos que não obedecem às leis da natureza no

universo cultural de diferentes grupos sociais.

Resgatar o sagrado para explicar a experiência que perpassa as diferentes culturas

expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras mais recentes.

Compreender que as expressões do sagrado diferem de cultura para cultura, revelando-se

em tramas históricas e em espaços de representação marcados por ruptura.

Reconhecer o sagrado como parte da dimensão cultural que influencia a compreensão de

mundo e a maneira como o homem religioso vive seu cotidiano.

3 – CONTEÚDOS

Para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a saber:

Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.

Paisagem Religiosa - à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida

através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados.

Universo Simbólico Religioso - à apreensão conceitual através da razão, pela qual se

concebe o Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica. É entendido

como sistema simbólico e projeção cultural.

Texto Sagrado - à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido

é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

Tais conteúdos não devem ser abordados isoladamente, pois são referências que se

relacionam intensamente, contribuem para a compreensão do objeto de estudo e orientam a

definição dos conteúdos básicos e específicos de cada série.

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

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Paisagem Religiosa

Universo

Simbólico Religioso

Texto

Sagrado

Organizações Religiosas Lugares Sagrados Textos Sagrados orais ou escritos Símbolos Religiosos

Espera-se que o aluno: • Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; • Desenvolva uma cultura de respeito à

diversidade religiosa e cultural; • Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social.

6ª SÉRIE/ 7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Paisagem

Religiosa

Universo Simbólico

Religioso

Texto Sagrado

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas Ritos Vida e Morte

Espera-se que o aluno:

• Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; • Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;

• Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

A prática pedagógica, no Ensino Religioso, não se concentra apenas em métodos,

formas de materiais, mas pressupõe um constante repensar das práticas desenvolvidas que

fomentam o respeito à diversidade religiosa dos alunos, ampliando o seu universo cultural.

Os conteúdos devem contemplar as diversas manifestações do sagrado, integrantes do

patrimônio cultural, contribuindo para a reflexão e socialização do Ensino Religioso, propiciando

conhecimentos que favoreçam a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com

o diferente.

A linguagem nessas aulas é pedagógica e não religiosa referente a cada expressão do

sagrado, adequada ao universo escolar.

Os conteúdos abordados são decorrentes de uma concepção de sociedade,

compreendendo a prática educativa constituindo-se em métodos e procedimentos de ensino,

que fundamentam a reflexão e a ação sobre a realidade educacional.

Estas relações se estabelecem entre os objetos do conhecimento, fatos e conteúdos,

vinculando esse processo a atividade prática humana no mundo, explicitando suas

contradições. Outro aspecto que deve ter destaque nas reflexões, nas aulas de Ensino

Religioso, são os temas apresentados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a

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Diversidade (a Cultura Afro-Brasileira e do Paraná, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento a Violência e Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas). Estes podem contribuir para a compreensão da origem de algumas religiões, valores

éticos, concepção de Sagrado que funda suas ações, enfim, viabiliza a discussão, a reflexão e

mudança de atitudes na busca da valorização de sua vida.

O trabalho com os conteúdos específicos deve ser orientado a Partir de manifestações

religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para que

depois sejam trabalhados os conteúdos relativos às manifestações religiosas mais comuns, do

universo cultural da comunidade.

Convém destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas aulas do Ensino Religioso

contribuirá para superar o preconceito à ausência ou presença de qualquer crença religiosa,

para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a qualquer expressão

do sagrado.

Torna-se importantíssimo destacar que os conteúdos a serem ministrados nas aulas de

Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em

prejuízo de outra, porque a escola não é um espaço de doutrinação nem de evangelização, de

expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.

Assim, os conteúdos trabalhados devem contemplar o Universo do sagrado das

diferentes manifestações religiosas, construídas num momento histórico e social, agregando-se

ao patrimônio cultural da humanidade.

5 – AVALIAÇÃO

Os procedimentos avaliativos adotados na disciplina de Ensino Religioso não ocorrem

como na maioria das outras disciplinas, no que se refere à atribuição de notas e conceitos, isto

é, ela não se constitui em objeto de aprovação ou de reprovação, justificando o seu caráter

facultativo no ato da matrícula. Porém, mesmo com as particularidades, a avaliação não deixa

de ser um elemento integrante do processo educativo nesta disciplina, cabe ao professor

implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de

conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e os seus

objetivos.

Para entender a esse propósito, o professor elaborará instrumentos que o auxiliem a

registrar quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos tratados

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nas aulas, significa dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que

medida os conteúdos passam a ser referencias para a compreensão das manifestações do

sagrado pelos alunos.

Um aspecto significativo para ser avaliado é quando os alunos estabelecem relação de

respeito com seus colegas quando eles têm opções religiosas diferentes da sua, aceitando-as e

reconhecendo o fenômeno religioso como um dado da cultura, identificado em cada grupo

social. A apropriação desses conhecimentos lhes possibilitará conhecer e compreender melhor

a diversidade cultural, da qual a religiosidade é parte integrante do componente curricular,

articulado com os demais aspectos relativos a cultura.

Desse modo, a partir das informações obtidas, no processo avaliativo o professor fará as

orientações e intervenções necessárias, redimensionando e aprofundando os conteúdos

trabalhados, servindo esses dados de diretrizes, para que o educador possa adotar

instrumentos que viabilizem ao aluno identificar os progressos obtidos pela disciplina.

6 – BIBLIOGRAFIA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Ensino Religioso. Paraná, 2008.

--------------------------------------------------------------Semana de Estudos Pedagógicos

Descentralizados do Ensino Religioso.

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FILOSOFIA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A filosofia é uma das mais antigas atividades humanas e sua origem está ligada ao

próprio pensamento racional humano. Em seu sentido etimológico, a palavra é formada por dois

termos gregos: filo (amigo) e sofia (sabedoria).

A primeira vez, que esta palavra aparece é sob a forma verbal - filosofar, em Heródoto

(484 – 425), com o significado de esforçar-se por adquirir novos conhecimentos.

Portanto podemos conceituar filosofia como: Uma visão de mundo e concepção de vida

que o homem adota para uso pessoal. Como ciência ela é entendida como: uma visão de

mundo e de vida, feita de maneira, lógica sistemática e erudita. Como filosofia de vida, tem um

amplo significado para dar sentido às experiências do cotidiano.

A diferença entre elas está em que, a primeira é construída quase que,

inconscientemente e a segunda exige esforço intelectual, método e técnica. Define-se como

reflexão sistemática e crítica sobre as normas e os fundamentos da ação e do conhecimento.

A reflexão: é o pensamento voltado sobre os problemas, sobre os processos de

significação mais amplos do mundo.

Razão e Filosofia: os dois conceitos estão intimamente ligados, pois, a filosofia nasceu

da razão.

E então, qual o significado da razão? Ela é entendida como a capacidade da mente

humana de dar e criar explicações para as coisas.

A filosofia conduz-nos a explicação do mundo, da vida, e de todas as coisas, dando

significação especial a experiência humana. E é através da explicação científica por meio da

experimentação que o fato e/ou fenômeno se revela de maneira mais objetiva.

Portanto, filosofar é próprio de todos os níveis, desde os mais simples, até os mais

desenvolvidos intelectualmente. O filosofar tem um caminho, parte do cotidiano, do senso

comum, a uma atitude polêmica crítica.

Criar novos conceitos é seu objeto de estudo, pois, a filosofia trabalha potencialmente

com opiniões para criar o “consenso” de algo e não o conceito. Ela cria sim, conceitos para

suas ações, pois, toda criação é singular.

O primeiro princípio de Filosofia, é que, os conceitos Universais não explicam nada por

si só, eles devem ser explicados. Isto é, conhecer a si mesmo, aprender a pensar, fazer como

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se nada fosse evidente, espantar-se, questionar-se. Por isso, filosofia é: a criação contínua de

conceitos, por meio da construção do conhecimento, da experiência e da intuição.

Para os filósofos, a natureza do conceito, é a realidade filosófica. Um conhecimento ou a

representação de dados, abstratos ou generalizados, caracterizam esta realidade e os utilizam

com a finalidade de juízo. Desta forma, todo conceito tem seus componentes que o definem,

entretanto, não há conceito nenhum que possua todos os componentes necessários, nem os

pretensos universais. Eles devem sair do universo que explica a contemplação, a reflexão, a

comunicação.

É tarefa da filosofia, destacar os acontecimentos das coisas e dos seres quando querem

criar conceitos, entidades representativas, compreendendo o novo acontecimento,

considerando o espaço, o tempo, a matéria e o pensamento. O acontecimento das coisas se

dá, por meio da próxis. Ela provém do grego antigo, que designava a ação que se realizava no

âmbito das relações interpessoais, na ação intersubjetiva, na ação moral, na ação dos

cidadãos.

Aristóteles, filósofo grego, denominou a próxis como atividade ética e política, distinta da

atividade produtiva que era a poiésis.

Tanto a próxis como a poiésis exigiam conhecimentos especiais e adequados para a sua

efetivação. Mesmo assim, seus conhecimentos permaneciam limitados e por isso, o filósofo

concebeu um 3º tipo de atividade, cujo objetivo era buscar a verdade: a theoria. Assim, estavam

fundamentadas as três atividades humanas: a próxis, a poiésis e a theoria.

As reflexões filosóficas fazem com que os seres humanos admitam suas condições

históricas, econômicas, culturais e políticas colocando ordem nos questionamento diário com

mudanças práticas na sociedade, desafiando os homens a intervirem nelas.

A concepção original da próxis determinou diferenças importantes entre os diversos

tipos de atividade: a humana e a animal, pois, este, é comandado por seus instintos inserido

numa espécie natural, onde seus movimentos são automáticos.

O ser humano, apesar de pertencer, também a uma dimensão natural adquire relativa

autonomia, isto porque, passa a fazer escolhas, a tomar iniciativa, a enfrentar rixas.

Nesse sentido, o homem, assume definitivamente a sua espécie, o gênero humano. Tal

como animal, o homem pertence necessariamente a uma espécie, mas ao contrário do animal,

ele assume seu “ser genérico”, isto é, que já não é ditada pela natureza, e sim porque, a

atividade dele é livre. Desta forma, o sujeito humano se contrapõe ao objeto e se afirma como

sujeito, num movimento que domina a realidade objetiva: modifica o mundo e modifica-se a si

mesmo. Produz objetos e paralelamente altera sua própria maneira de estar na realidade

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objetiva e percebê-la. E o aspecto fundamental nesse sentido, é que o homem faz a sua própria

história, pela produção humana do trabalho, constituindo-o em sujeito e ser histórico.

O espaço e a identidade da Filosofia é garantido quando se busca a superação do

caráter fragmentário da realidade humana. Por isso, como disciplina ocupa papel fundamental

no currículo, pois é através dela que se oferece ao aluno de Ensino Médio uma imensa gama

de conteúdos e problemas para serem trabalhados gerando ações e transformações, no ser

humano, tão imprescindíveis como: valores éticos, estéticos, políticos e epistemológicos.

A problematização das questões, a partir de conceitos, análises e sínteses,

sistematizadas de forma ordenada e lógica, garantem a filosofia um pensamento racional e

crítico de suas produções, pois, só se concebe o conhecimento quando demonstrado

racionalmente. Por este motivo, a filosofia não se satisfaz somente com a problematização das

questões da realidade externa, mas coloca exigência na reflexão de seus questionamentos e

formulações.

Desta forma, as ficções geradas pelo senso comum deixam de ser norma para com a

sociedade, passando a ter importância a dimensão do estranhamento, que é condição

fundamental para o pensar filosófico.

A filosofia como proposta curricular no Ensino Médio só é visível quando acontece

através de parcerias por meio da interdisciplinaridade. Por exemplo, ao fazer conexão da

filosofia com a Língua Portuguesa é um viés de mão dupla, pois ela auxilia a estudar os

conceitos, a literatura e as riquezas da Língua. Outro exemplo é associar a história e a filosofia

com a política e a cultura discutindo o “espírito científico” nas Ciências e suas mudanças

ocorridas no decorrer dos tempos. Dessas discussões, nascem da política, da cultura e do

comportamento, não estando dissociadas dos conteúdos filosóficos, mas dialogando entre si,

falando na condição social de seus personagens, na vinda dos imigrantes, na luta contra

opressão, entre outros.

De acordo com o pressuposto acima acredita ser o espaço escolar o lugar onde a

filosofia pode exercer aquilo que lhe é específico – o exercício do pensamento crítico, da

resistência, da criação e reelaboração do conhecimento. Torna-se vivo esse espaço, onde os

sujeitos exercitam sua inteligência, buscando-a no diálogo, nas diferenças e na convivência a

construção de sua própria história.

Considera-se então como atividade filosófica a validade dos raciocínios em examinar

com atenção os argumentos dos outros, permitindo a cada um aprender e pensar por si mesmo.

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A compreensão e a interpretação dos conteúdos abordados nos campos clássicos da

Filosofia permitem aos estudantes fazerem articulações com a realidade bem como análises,

reflexões e críticas com graus de autonomia e originalidade.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar ao aluno de Ensino Médio a formação pluridimensional e democrática plena,

possibilitando a compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, suas múltiplas

particularidades e especializações.

Proporcionar aos educandos saberes que opere por questionamentos, conceitos e

categorias do pensamento que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se

dá o pensamento e a experiência humana.

Possibilitar ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento através do ensino de

Filosofia e do filosofar.

3 – CONTEÚDOS

O ensino de Filosofia é organizado por meio dos seguintes conteúdos estruturantes:

• Mito e Filosofia;

• Teoria do Conhecimento;

• Ética;

• Filosofia Política;

• Filosofia da Ciência;

• Estética.

Tais conteúdos estruturantes propiciam estimular o trabalho da mediação intelectual, o

pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao

caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela

resultantes.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história da

Filosofia nem as perspectivas que aqui denominamos geográficas. Os conteúdos estruturantes

fazem parte da História da Filosofia e podem ser trabalhados em diversas tradições, como na

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Filosofia européia, na ibero-americana, na latino-americana, na norte-americana, na hispano-

americana, entre outras.

Notadamente, Filosofia é o espaço da crítica a todo conhecimento dogmático, e, por ter

como fundamento o exame da própria razão, não se furta à discussão nem à superação das

filosofias de cunho eurocêntrico.

Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo conteúdo não se refere

apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes para que estes conheçam,

memorizem, compreendam, apliquem. Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos

isoladamente, de modo estanque, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que

dialogam entre si, com as ciências, com a arte, com a história, com a cultura; enfim, com as

demais disciplinas.

Em Mito e Filosofia o homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que

pensa e cria explicações. Ao criar explicações, cria pensamentos, processo em que estão

presentes tanto o mito como a racionalidade. Ou seja, a base mitológica, como pensamento por

figuras, e a base racional, como pensamento por conceitos, são constituintes do conhecimento

filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado porque, a partir dele, o homem

desenvolve ideias, inventa sistemas, cria conceitos, elabora leis, códigos e práticas.

A teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático com a origem, a essência e a

certeza do conhecimento humano. Basicamente, aborda questões como:

• Critérios de verdade – O que permite reconhecer o verdadeiro?

• Possibilidade do conhecimento – Pode o sujeito apreender o objeto?

• Âmbito do conhecimento – Abrange ele a amplitude do real ou se restringe ao sujeito que

conhece?

• Origem do conhecimento – Qual é a fonte do conhecimento?

A Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Possibilita análise crítica para

atribuição de valores. Pode ser ao mesmo tempo especulativa e normativa, crítica da

heteronomia, da anomia e propositiva na busca da autonomia. Por isso, a ética possibilita o

desenvolvimento de valores.

A Filosofia Política busca compreender os mecanismos que estruturam e legitimam os

diversos sistemas políticos, discute relações de poder e concebe novas potencialidades para a

vida em sociedade. As questões fundamentais da política perpassam a História da Filosofia,

nas obras de grandes pensadores, da antiguidade à contemporaneidade.

Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das

diversas ciências. Sua importância consiste em refletir criticamente sobre o conhecimento

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científico, para conhecer e analisar o processo de construção da ciência do ponto de vista

lógico, linguístico, sociológico, político, filosófico e histórico. Ciência e tecnologia são frutos da

cultura do nosso tempo e envolvem o universo empirista e pragmatista da pesquisa aplicada. A

Filosofia da Ciência nos mostra que o conhecimento científico é provisório, jamais acabado ou

definitivo, sempre tributário de fundamentos ideológicos, religiosos, econômicos, políticos,

históricos e metodológicos.

Voltada principalmente para a beleza e à arte, a Estética está intimamente ligada à

realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar,

alterar, apropriar-se do mundo como realidade humanizada. Possibilita compreender a

apreensão da realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas

resultado da atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que

contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

MITO E FILOSOFIA

TEORIA DO CONHECIMENTO

ÉTICA

FILOSOFIA

POLÍTICA

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Saber mítico; Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia?

Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método;

Conhecimento e lógica.

Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência;

Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e

especializações, espera-se que o estudante:

Possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética,

Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.

Problematize, investigue e desenvolva a

atividade filosófica com os conteúdos básicos formulando suas respostas na tomada de posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.

Adquira condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser a auto-avaliação.

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ESTETICA

Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética.

Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc.; Estética e sociedade.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

O currículo de filosofia é constituído sob a premissa de que não é possível filosofar sem

filosofia, nem estudar filosofia sem filosofar. Trata-se, então, de enfatizar os fundamentos

teórico-metodológicos da disciplina neste fundamento, ou seja, a Filosofia se apresenta como

conteúdo filosófico e como uma ferramenta que possibilita ao aluno desenvolver seu próprio

estilo de pensamento, priorizando a capacidade de criar conceitos e é aí que está a sua

especificidade, unindo-se a filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis.

Há uma dinâmica curricular importante a ser seguida com relação aos temas. Estes

devem ser trabalhados na perspectiva de responder a problemas da vida atual com significado

histórico e social para os alunos, podendo perfeitamente adequar-se ao Ensino Médio, dada

esta etapa de formação. Assim, é fundamental apresentar temas que contemplem a Cultura

Afro-Brasileira, a História do Paraná e aspecto aos Desafios Educacionais Contemporâneos

(Educação Ambiental, Educação Fiscal, Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento a

Violência e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas), na perspectiva de aprofundar o filosofar sob

questões sociais atuais, refletindo sobre valores éticos, políticos e científicos.

Nesse panorama, a aula de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a

vida, buscando a resolução do problema, se preocupando com uma análise atual, fazendo uma

abordagem contemporânea remetendo o aluno a sua própria realidade.

As aulas devem ter um espaço para a problematização sob a mediação do professor,

que ajuda os alunos a criarem os problemas, mas também os orienta quanto à solução. Isso se

dá por meio do diálogo investigativo, seguido pela experiência filosófica, que é um espaço de

criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da

investigação e da criação de conceitos.

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Partindo dos problemas da atualidade estudados na história da filosofia, nos textos

clássicos e por outras ciências, o aluno do Ensino Médio pode formular seus conceitos e

construir seu discurso filosófico. Considerando ainda a contribuição dos textos filosóficos

trazidos pelos filósofos do passado ajudando-os a entender e analisar o presente

contemporâneo, fazendo-os entender o que ocorre hoje com os problemas de nossa sociedade,

a partir da história da filosofia. Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o

que está implícito nas idéias e como elas se tornam conhecimento, por vezes, ideológica, de

modo que assim cria a possibilidade de argumentar filosoficamente apto a elaborar um texto,

um construto teórico com caráter inusitado e criativo e as socializar para discussão.

Desta forma a metodologia abrange os quatro momentos propostos, pelas Diretrizes

Curriculares Estaduais, para o trabalho do Ensino de Filosofia:

- a mobilização para o conhecimento;

- a problematização;

- a investigação;

- a criação de conceitos.

Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não

está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso

ideológico, de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de

raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação não deve se restringir ao mero cumprimento de exigências legais para a

mensuração de notas. Ela deve estar inserida no contexto da própria aula de filosofia e de sua

especificidade. A filosofia como prática, como discussão com o outro, como construção de

conceitos, encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico.

Entende-se por experiência o inusitado em que o educador propicia, prepara o

educando, nesse processo de construção do conhecimento e, ao avaliar, deve ter profundo

respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em

questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que deve

ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições,

de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

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Avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, que tem como

objetivo subsidiar e redirecionar, o processo ensino-aprendizagem, com coleta do que o

estudante pensava antes e o que pensa após o estudo e com isso entender a avaliação como

um processo que se dá no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.

6 – BIBLIOGRAFIA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Filosofia. Paraná, 2008.

TELES, Antonio Xavier. Introdução ao estudo de filosofia. São Paulo. Ática, 1970.

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SOCIOLOGIA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A relação entre os homens e a constituição dos grupos a que eles pertencem e se

integram, considerando as condições de interdependência e as normas de conveniência,

denomina-se Sociedade. Portanto, Sociedade é um grupo autônomo de pessoas que ocupam

um território comum, dentro de uma mesma cultura e possuem identidade compartilhada.

As sociedades formam-se por meio de relações sociais, compreendidas não somente

por pessoas, mas também entre as instituições sociais.

Desde tempos muito remotos essas relações estabeleceram-se sob a forma de preceitos

religiosos, de legislações e teorias de direito.

Pensadores helênicos como Platão (429-341 A.C.), em “A República” e Aristóteles (384-

322 A.C.), em “A Política”, foram os primeiros a tratar de maneira sistemática e separada da

religião esses problemas, mas não independente dos regimes políticos e econômicos.

Na Idade Média Européia, os grupos sociais tiveram fortes influências da Religião, até

então dominante o Cristianismo (devendo os homens seguir as diretrizes e normas dessa

crença, norteando o seu relacionamento com os demais, desapropriados do conhecimento

científico).

No século XVIII Santo Tomás de Aquino (1226-1274) quando escreveu a Suma

Theologica, retomou as idéias de Aristóteles, manifestando-se sobre as relações inter-humanas.

Já na Renascença, articularam a política e a economia e dois autores foram muito

importantes para o desenvolvimento do pensamento científico: Bacon (1561-1626) com Novum

Organum, que preconizou a observação da natureza, ousada experimentação e o raciocínio

indutivo e Descartes (1596-1650) – Discurso sobre o Método Cartesiano influenciando as

Ciências Sociais e as doutrinas políticas através do racionalismo. Deve-se, ainda considerar a

contribuição de Jean Jacques Rousseau (1712-1778) influenciando a Revolução Democrática,

na história das instituições e a apresentação de uma teoria que fundamenta e legitima o poder

político.

Para entender estes fenômenos destacam-se as contribuições teóricas de Durkheim,

Weber e Parsons para que se possa compreender o objeto de estudo da Sociologia, pois se

apresenta de forma diversificada dependendo de cada autor.

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No Século XX, Durkheim qualificou o fato social como uma “coisa” e preconizou que

para estudá-lo fossem utilizados métodos e processos, isto é, recursos experimentais, havendo

necessidade de investigação das causas sociais e não meramente históricas, psicológicas e

biológicas.

Max Weber considera que as Ciências Sociais têm certa vantagem sobre as Ciências

Naturais, baseado no fato de que os seres humanos são diretamente conscientes de suas

ações. A ação social então, segundo o autor, seria a própria conduta humana, atribuindo-lhe

significado subjetivo, isto é, envolvendo a conduta social do próprio agente.

Para Weber toda ação social é racional, pois visa fins, valores, afetividade e

tradicionalidade (costumes arraigados).

Parsons sofreu forte influência de Weber e compreendeu a ação social a partir de três

elementos fundamentais: o agente (ator), a situação e a orientação deste agente em relação à

situação.

A orientação do agente dividiu-se em dois componentes básicos: a orientação

motivacional relacionada esta a gratificação ou privação das necessidades do indivíduo e a

orientação do valor que indica a observância de normas e padrões sociais consistindo na

submissão de suas determinações.

O termo Sociologia foi utilizado por Augusto Comte pela primeira vez, numa carta em

1824, mas somente em 1838 é que o termo aparece com mais precisão no Cours de Philosofie

Positive e se relaciona como a ciência da sociedade. Mas somente em 1887 que a cadeira de

Sociologia, é criada na instituição Universitária de Bordeaux, na França e estava associada a

educação, sendo que o primeiro cientista a ocupá-la até o final de sua vida em 1917 foi Emile

Durkheim (Carvalho, 2004:18).

A introdução da disciplina de Sociologia no Brasil está ligada ao advento da República,

pois a primeira tentativa deu-se com o ministro da educação Benjamim Constant em 1891, com

a introdução nas Escolas Normais que formariam professores nas séries iniciais.

A primeira Escola a introduzir a disciplina de Sociologia no nível médio foi a D. Pedro II

no Rio de Janeiro em 1925. Já em 1928 com a Reforma de Ensino de Rocha Vaz ela passa a

ser obrigatória nas Escolas Normais do Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo também

implantada na cidade de Recife – PE com o auxílio de Gilberto Freire e Carneiro Leão.

Após a Revolução de 1930 a disciplina passa a ser ampliada oferecendo uma formação

mais humanística aos estudantes secundaristas.

Na segunda fase da Era Vargas, em 1942, sua obrigatoriedade é retirada das Escolas

Secundaristas, permanecendo somente nas Escolas Normais, até o golpe militar de 1964.

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200

Neste período foram fundadas as Escolas de Sociologia Política de São Paulo em maio

de 1933, caracterizando-se em Universidade de São Paulo - USP em 1934 e a Universidade

Federal do Rio de Janeiro – UFRJ em 1935 responsáveis pela formação dos primeiros

sociólogos brasileiros.

A partir de 1964, a disciplina de Sociologia desaparece dos currículos das Escolas

Médias, restringindo-se apenas às Escolas Normais. Com a Lei 5692/71 foram incluídas nos

currículos de 2º grau as disciplinas de: Educação Moral e Cívica (EMC), Organização Social e

Política do Brasil (OSPB) em substituição a Filosofia e a Sociologia.

Em 1974, o Senado através dos deputados então eleitos propôs novamente introduzir a

disciplina nos currículo de nível médio, mas com insucesso.

Com a promulgação da Constituição de1989 abre-se novamente nos estados brasileiros

a inserção da disciplina como parte obrigatória nos currículos escolares, mas infelizmente

acabou não sendo efetivada.

A LDB, Lei 9394 de 1996 prevê que os alunos de Ensino Médio ao concluírem a

Educação Básica, devem contemplar conhecimentos de Sociologia e de Filosofia articulando os

seus saberes com as demais disciplinas propostas pelos temas transversais.

No ano de 1997, o ex-deputado Padre Roque (PT/Paraná) propõe um projeto que altera

a LDB em seu artigo 36, tornando as disciplinas de Sociologia e Filosofia como obrigatórias no

Ensino Médio, sendo então vetado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 08 de

outubro de 2001.

No dia 02 de Junho de 2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para

incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino

médio.

A Sociologia deve estudar os fenômenos sociais no tempo e no espaço, contemplando

as relações sociais construídas historicamente, levando o aluno ao conhecimento teórico-

científico baseado nos quatro fundadores da Ciência Sociológica: Comte, Durkheim na teoria

positivista, Karl Marx no materialismo dialético e Max Weber na Sociologia Compreensiva.

Seu objeto de estudo possibilitará ao aluno desvendar teoricamente a complexidade das

sociedades, o modo de produção capitalista e sua interferência na transformação da realidade.

Pode-se afirmar então que o objeto de estudo da Sociologia é o estudo das interações e inter-

relações humanas, suas condições e circunstâncias. Portanto ela é a ciência do comportamento

coletivo.

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2 – OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar ao sujeito a compreensão de sua integralidade, isto é, sob o aspecto cultural,

econômico, político e social, inserido este numa sociedade composta por várias teias sociais,

possibilitando a sua inserção neste contexto e conseqüentemente sua intervenção na realidade.

Propiciar ao aluno uma formação humana voltada para a ciência, o mundo do trabalho e a

cultura, trabalhando o conhecimento no seu contexto histórico e o surgimento da disciplina de

sociologia como ciência.

Abordar a gênese desse conhecimento no mundo moderno, enfatizando o pensamento

sociológico através de autores clássicos, com uma visão de mundo de forma a compreender os

fenômenos sociais contemporâneas.

Estudar os fundamentos sociológicos contidos nas obras clássicas de Comte, Weber,

Durkheim, Marx e Gramsci construídos a partir de uma educação histórica, contribuindo na

formação humanística dos sujeitos, possibilitando assim, análise crítica a respeito dos conflitos

e contradições presentes nas relações sociais.

Compreender a disciplina de Sociologia como um projeto maior de pesquisa, elaborando

conceitos de homem e educação com a finalidade de transformar a sociedade capitalista

brasileira através do fim das desigualdades sociais e econômicas.

3 – CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são:

• O processo de socialização e as instituições sociais;

• Cultura e indústria cultural;

• Trabalho, produção e classes sociais;

• Poder, política e ideologia;

• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Socialização é o processo que persiste ao longo da vida do indivíduo, está presente na

sociedade em tudo o que ela produz de comum e é a base da Sociologia formal. As ações

sociais compartilhadas e repetidas passam a ser aceitas como padrão de comportamento num

grupo social e são legitimadas por essa aceitação.

O estudo das instituições sociais permite recuperar a sua historicidade nos

agrupamentos humanos. As instituições devem ser estudadas em sua dinâmica, sempre

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conflituosa, conhecendo suas faces conservadoras ou quando apontam para práticas

revolucionárias. É compreensível a explicação de fenômenos sociais aduzindo que esses

fenômenos possuem origens “naturais”: as instituições sociais criadas pelos homens são

“artificiais” e, portanto, mutáveis e descartáveis. Propõe-se o estudo das seguintes instituições:

instituição familiar, escolar e religiosa. No âmago destas instituições, é fundamental estudar a

origem dos temas apresentados nos Desafios Educacionais Contemporâneos (Cultura Afro-

Brasileira e do Paraná, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental,

Enfrentamento a Violência, Educação e Diversidade Sexual, Educação Fiscal), para

compreender o contexto de conflitos vividos pela sociedade atual, não para achar culpados,

mas para, coletivamente, encontrar alternativas de solução.

A cultura é um fenômeno amplo no campo da experiência existencial do homem em

sociedade e sua origem conceitual data dos primórdios da Antropologia como ciência.

A compreensão da cultura como um fenômeno histórico, socialmente construído, revela

que a cultura não é natural, mas composta de comportamentos aprendidos que diferem no

tempo e no espaço social. Não se nasce com um comportamento específico, mas se aprende

com o processo de socialização.

O trabalho é a condição de sobrevivência humana. Ao agir sobre a natureza para suprir

necessidades de sua existência, os homens transformam as condições materiais e a si

mesmos. Nessa relação entre trabalho humano e natureza, além de modificar o meio natural, o

homem desenvolve habilidades e obtém domínio sobre a natureza, adequando métodos para

alcançar o resultado buscado.

O poder é concebido como a capacidade, a habilidade, o potencial de realizar, obter

algo; implica a tendência a condicionar, guiar, oprimir a vontade de outro. Ele é um exercício e o

poder exercitado é a política. Poder é ação social.

O poder político tem a ver com a estrutura do sistema de distribuição dos recursos

relevantes numa coletividade e o seu sujeito máximo é o Estado, no qual tal estrutura ganha a

forma do ordenamento e aparato jurídico-administrativo. Mas, há outros sujeitos do poder

político, como as classes sociais, os partidos políticos, os sindicatos.

Os direitos sociais devem ser pensados como construções históricas dos sujeitos

desses próprios direitos. Assim, pode-se falar da cidadania como uma conquista social e não

apenas como a condição de quem faz parte da população de uma nação, submete-se a leis e

desfruta de direitos sociais. A cidadania é pensada como um conjunto de direitos, que

englobam deveres na medida da convivência coletiva, conquistados ao longo da história por

diferentes atores sociais.

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ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

O Surgimento da Sociologia e Teorias

Sociológicas

O Processo de Socialização

e as Instituições Sociais

Cultura e Indústria Cultural

Trabalho, Produção e Classes Sociais

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; • Teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim, Engels e Marx, Weber. • O desenvolvimento da Sociologia no Brasil

• Processo de Socialização; • Instituições sociais:

Familiares; Escolares; Religiosas; • Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; • Diversidade cultural;

• Identidade; • Indústria cultural; • Meios de comunicação de massa; • Sociedade de consumo;

• Indústria cultural no Brasil; • Questões de gênero; • Culturas afro brasileiras e africanas; • Culturas indígenas.

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; • Desigualdades sociais: estamentos,

castas, classes sociais; • Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; • Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de trabalho;

Espera-se que os estudantes compreendam: • O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;

• Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo; • Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da

sociedade e dos indivíduos. • Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e crítica da realidade

social que os cerca. • Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existentes na

sociedade. • Identifiquem-se como seres eminentemente sociais;

• Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo;

• Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são interdependentes

• Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades • Compreendam como cultura e ideologia

podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea; • Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que

transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;

• Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.

• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; • A sociedade capitalista e a permanência de

formas de organização de trabalho diversas a ela. • As especificidades do trabalho na sociedade capitalista; • Que as desigualdades sociais são

historicamente construídas, ou seja, não são

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Poder, Política e Ideologia

Direitos, Cidadania e

Movimentos Sociais

• Trabalho no Brasil

• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; • Democracia, autoritarismo, totalitarismo • Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder; • Conceitos de Ideologia; • Conceitos de dominação e legitimidade; • As expressões da violência nas

sociedades contemporâneas

• Direitos: civis, políticos e sociais; • Direitos Humanos;

• Conceito de cidadania; • Movimentos Sociais; • Movimentos Sociais no Brasil; • A questão ambiental e os movimentos

ambientalistas; • A questão das ONGs.

“naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política; • As transformações nas relações de trabalho

advindas do processo de globalização;

• Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno e as contradições do processo de formação das instituições políticas;

• Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades. • Compreendam e avaliem o papel

desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais. • Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes

sociedades. • Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece na sociedade brasileira.

• Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a

cidadania; • Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;

• Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

• Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania. • Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais

em suas especificidades.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os Conteúdos

Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada.

Sendo o objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia as relações que se

estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações

entre os indivíduos e a coletividade, não existe uma única forma de interpretar a realidade e

esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. Assim, o exercício pedagógico da

Sociologia deve manter no horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento

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e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os

elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos

levando-se em consideração o recorte temporal no qual se edifica a Sociologia.

Trata-se, portanto, de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos

sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às

determinações históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar

possíveis mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da

contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando

fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais,

podendo alterar qualitativamente sua prática social.

A observação, a experimentação, a comparação, a classificação e a filiação histórica nas

Ciências Sociais, constituem os instrumentos adequados para a obtenção e ordenação dos

dados reais, reunidos em hipóteses de trabalho, contribuem para formar e estruturar a Ciência

propriamente dita.

Para desenvolver os conteúdos de Sociologia, criam-se metodologias diversas, tentando

sempre problematizar situações para construir o conhecimento, a partir de prática social do

aluno, do cotidiano e da comunidade em que está inserido.

A Sociologia crítica pressupõe a fundamentação do materialismo histórico, levando aos

atributos cognitivos, propiciando o desenvolvimento unilateral do aluno.

Por isso é fundamental que se trabalhe com os alunos numa linguajem sociológica, com

textos clássicos, fazendo-os perceber como realizaram suas pesquisas, suas análises e que

métodos utilizaram.

Como proposta metodológica, deve-se ofertar também a pesquisa teórica aliada à

pesquisa de campo, propondo temas como: Instituições sociais, Movimentos sociais, questões

sobre desemprego e violência, bem como os Desafios Educacionais Contemporâneos.

Alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de Sociologia devem ser

trabalhados com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o

desenvolvimento do espírito crítico. São eles: a pesquisa de campo; a análise crítica de filmes e

vídeos; a leitura crítica de textos sociológicos.

Na perspectiva de que todo conhecimento é histórico e guarda um potencial de

mudança da realidade, quando se investe tempo e recursos na formação humanística e crítica

de um jovem, ele será um agente mais consciente do seu papel social.

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5 – AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Sociologia pauta-se numa concepção formativa e continuada,

onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo

professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social

e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa

que vise desvelar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propiciar o

melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a

avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da

realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da autonomia

do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e

podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes;

participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de

articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades.

A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um projeto de

vida para o ser humano. Educa-se e ensina-se na sociedade desejando ver o homem

transformado, agente de suas ações e reflexões.

6 – BIBLIOGRAFIA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Sociologia. Paraná, 2008.

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FÍSICA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

No Ensino Médio, o aprendizado da disciplina de Física tanto conceitual como prático

consiste em um estudo do universo, sendo este o objeto de análise a ser compreendido pelo

aluno.

A palavra Física origina-se do grego “Physis” que significa natureza. Logo, a Física é

uma ciência que estuda a natureza, sendo que o estudo do método científico tem permitido a

humanidade construir conhecimentos sobre o mundo, propiciando compreender e controlar a

natureza em alguns aspectos.

A disciplina de Física é um instrumento que possibilita ao aluno uma nova perspectiva

de vida em meio a um despertar para a criatividade física, podendo imaginar, criar e construir

seus conceitos a partir de teorias já existentes, tendo uma melhor compreensão do mundo em

que vivemos.

Busca-se construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes

de levar o discente a uma reflexão sobre o mundo das ciências, entendendo que se deve

educar para a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um ser humano crítico.

Considerando o exposto, a disciplina de Física contribui para despertar o interesse do

aluno para criatividade em seu meio, tornando-o cidadão pensante, capaz de pôr em prática as

suas idéias, contribuindo para um mundo cada vez mais tecnológico e não agredindo a

natureza ou o meio ambiente que o cerca.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Compreender os conceitos teóricos e históricos, buscando entender o processo de estudo da

física.

Conhecer os métodos relacionados aos problemas da física, com o intuito de melhoria das

condições de vida do homem, permitindo-nos saber mais sobre nossa relação com o mundo.

Analisar experiências em meio aos trabalhos de física relacionados à sobrevivência do

homem.

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Valorizar o estudo da física, tornando-se capaz de entender o processo lógico que se

adquire através da percepção, levando o educando a perceber que a causa e o efeito de um

fenômeno devem estar relacionados.

Demonstrar a importância do desenvolvimento cultural para o meio ambiente, relacionando a

formação do crescimento humano ao campo científico.

3 – CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes propostos para a disciplina de Física são:

Movimento

Termodinâmica

Eletromagnetismo

Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,

princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria.

No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as ideias de conservação de

momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e leis de conservação, em

particular da Lei da Conservação da Energia, desenvolvida nos estudos da termodinâmica, no

século XIX, e considerada uma das mais importantes leis da Física.

A conservação de momentum está enraizada na própria concepção de homogeneidade

do espaço – simetria de translação no espaço. Além disso, encontra lugar no estudo de colisões

ou de eventos em que algum tipo de recuo se manifesta, como no caso de colisões entre

partículas.

No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir das Leis da

termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor (entendido como energia

em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de energia.

Estudar o eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o que pode conduzir

a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao estudo de campo elétrico e

magnético. A variação da quantidade de carga no tempo leva à idéia de corrente elétrica e a

variação da corrente no tempo produz campo magnético, enseja, ainda, tratar conteúdos

relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da eletricidade e

dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em nossas casas.

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ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

MOVIMENTO

TERMODINÂMICA

ELETROMAGNETISMO

Momentum e inércia Conservação de quantidade de

movimento (momentum) Variação da quantidade de movimento = Impulso 2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio Energia e o Princípio da Conservação da energia

Gravitação

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica 1ª Lei da Termodinâmica 2ª Lei da Termodinâmica

Carga, corrente elétrica, campo e ondas

eletromagnéticas; Força eletromagnética; Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética,

Lei de Faraday); A natureza da luz e suas propriedades

Espera-se que o estudante: • formule uma visão geral da ciência (Física),

presente no final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente; • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas

subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da Incerteza); • perceba (do ponto de vista relativístico e

quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória;

• compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência

à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação); • compreenda o conceito de momento de

inércia (nas rotações) como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do

momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa; • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema

(impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia; • entenda as medidas das grandezas

(velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes do referencial e de natureza vetorial; • perceba, em seu cotidiano, movimentos

simples que acontecem devido à conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear;

• compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais; • perceba que os movimentos acontecem

sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais; • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a

aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de

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Newton e as noções de equilíbrio estável e instável. • reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

•perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da

Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos externos à Física.

• conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial

gravitacional; • perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia;

• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia,

indicada pela grandeza física potência. • compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos

celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até Newton.

• associe a gravitação com as leis de Kepler; • identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista clássico.

• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral. • compreenda a Teoria Cinética dos Gases

como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das

idéias na termodinâmica; • formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas;

• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;

• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da

termodinâmica; • compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância

para a Revolução Industrial a partir do

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entendimento do calor como forma de energia; • associe a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor. • compreenda os conceitos de capacidade

calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente;

• identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio

físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia; • compreenda a entropia, uma grandeza que

pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade; • compreenda a teoria eletromagnética, suas

ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam. • compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois

todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga. • compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo

de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda

essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação entre cargas;

• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • entenda o campo como uma entidade física

dotado de energia; • apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas

dos materiais; • associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; • conheça as propriedades elétricas dos

materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • conheça as propriedades magnéticas dos materiais;

• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; • reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas

propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre

a corrente elétrica;

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• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • conceba a energia potencial elétrica como

uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. • compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico;

• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação de energia elétrica. • entenda o propósito do estudo da luz no

contexto do eletromagnetismo; • conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois

comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria; • entenda os processos de desvio da luz, a

refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem

mudança de meio; • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes

para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados

à luz como por exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados;

• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e

outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade

onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron.

4 – METOLOGIA DE ENSINO

É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do conhecimento

prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções

espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos

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físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as

traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.

Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, que requer metodologias específicas no ambiente escolar. A escola é, por

excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido.

Porém, uma sala de aula é composta de pessoas com diferentes costumes, tradições, pré-

conceitos e ideias que dependem de sua origem cultural e social e esse ponto de partida deve

ser considerado.

O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está pronto e

acabado, mas que deve ser superado. Muitas das ideias dos estudantes já foram consideradas

pelos cientistas, pois também o conhecimento científico não se constitui, originalmente, em uma

verdade absoluta e definitiva.

Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na busca da

aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do

sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o saber

já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo.

O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor como é

o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de outras

ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do professor.

Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O professor é

quem sabe quando e como utilizar o livro didático.

O professor pode e deve, também, utilizar problemas matemáticos no ensino de física,

mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses

além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para

obter um valor numérico de grandeza. Isso pode ocorrer através da resolução literal em

contraponto à resolução matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação

entre todas as grandezas físicas envolvidas - uma expressão matemática literal para depois

realizar o cálculo e chegar a um valor.

Outra proposta significativa no ensino da Física são atividades experimentais, pois,

contribuem para a melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos. Essas atividades

experimentais suscitam a compreensão de conceitos ou a percepção da relação de um conceito

com alguma idéia anteriormente discutida, contribuindo para que o estudante perceba, além da

teoria, as limitações que esta pode ter.

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Mesmo as dificuldades e os erros decorrentes das experiências de laboratório, devem

contribuir para uma reflexão dos estudantes em torno do estudo da ciência. Assim, é

fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de

construção do conhecimento científico, determinando a validade (ou não) destas atividades

experimentais nas aulas de física. Considerando que, é pela atividade prática que os cientistas

erram e acertam, avançam e retrocedem, testam algumas de suas hipóteses ou deixam de

testá-las pela impossibilidade técnica. Ora acreditam e se entusiasmam, ora deprimem-se.

É fundamental reforçar que um experimento deve ser planejado após uma análise

teórica.

Ao adotar a experimentação e propor atividades experimentais, o professor, mais do que

explicar um fenômeno físico deve propiciar a problematização de situações que envolvam um

conteúdo físico possibilitando aos estudantes levantarem hipóteses na tentativa de explicar as

questões propostas pelo professor, observando-se os seguintes passos:

• o professor ao iniciar um conteúdo deve ter uma postura questionadora, deve lançar dúvidas

para o aluno e permitir que ele explicite suas ideias, as quais serão problematizadas pelo

docente.

• Na sequência, cabe ao professor a organização do conhecimento para a compreensão do

conteúdo problematizado, através do encaminhamento metodológico mais apropriado escolhido

também por ele;

• O encaminhamento dado pelo professor, através de diversas estratégias de ensino, deve

possibilitar, ao estudante, analisar e interpretar as situações iniciais propostas e outras que são

explicadas pelo mesmo conhecimento.

A partir desse encaminhamento metodológico e das relações entre professor/

estudantes e dos estudantes entre si, intensificam-se as possibilidades de debates e

discussões aproximando os sujeitos e facilitando a criação, a análise, a formulação de

conceitos, o desenvolvimento de ideias e a escolha de diferentes caminhos para o

encaminhamento da atividade.

Devem-se propiciar aos alunos as condições para que eles contemplem a beleza, a

elegância das teorias físicas. Propiciando ao aluno a capacidade de compreender melhor o

universo, o meio em que vive. Considerando a importância da experimentação para uma melhor

compreensão dos fenômenos Físicos. Conhecendo por meio de relatório a partir dos dados

coletados previamente onde estão colocados uma breve introdução sobre o assunto, os

objetivos da experiência e material necessário para a realização da experiência. Além de

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interessar-se pelo estudo da física, tornando-se cidadão pensante e capaz de executar suas

ações de modo consciente na sociedade.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor acompanhem o

processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a avaliação deve ser vista como um ato

educativo essencial para a condução de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a

aprendizagem seja um direito de todos e a escola pública o espaço onde a educação

democrática deve acontecer.

A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de vista

instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo estabelecido no

regimento escolar.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem

planejada;

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias

físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da

Física.

Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de experimentação,

pode-se pedir ao estudante um relatório individual, com questões abertas que permitam a

exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. No

caso de uma prática demonstrativa, isto é, realizada pelo professor, pode-se pedir um relato

explicativo, por escrito, da experiência. O relatório individual e o relato explicativo são, nesse

caso, os instrumentos de avaliação. Nas questões que estruturam esses instrumentos estarão

os critérios de avaliação.

Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes e, se for

o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento.

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6 – BIBLIOGRAFIA

CARRON, Wilson e GUIMARÃES, Osvaldo. As Faces da Física: volume único – São Paulo:

Moderna, 1997.

MÁXIMO, Antônio e ALVARENGA, Beatriz. Física: volume único – São Paulo Scipione, 1997.

RIBEIRO, M. L. S. História da Educação Brasileira – a organização escolar. Campinas: Autores

Associados, 1983.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Física. Paraná, 2008.

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QUÍMICA

1– PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Acreditar numa abordagem de ensino de Química voltada a “construção/reconstrução de

significados dos conceitos científicos” (Maldaner, 2003) no contexto da sala de aula é

compreender o conhecimento cientifico e tecnológico para alem do domínio estrito dos

conceitos de Química.

Assim, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico

aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química, que são: as

substancias e os materiais. Este processo deve ser planejado, organizado e dirigido, numa

relação dialógica, onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realize no sentido da

organização do conhecimento cientifico. Para alcançar tal finalidade, uma proposta

metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via

experimentação.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua

função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim,

na significação dos conceitos químicos.

O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta vem

sendo atingido por vários problemas que correspondem a esse campo do conhecimento.

Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais

criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos problemas ambientais.

Outros aspectos relevantes a ser estudado na Química são as áreas surgidas nos

últimos anos: biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos

e medicamentos, entre outras, as quais têm forte presença no suprimento de demanda de

novos produtos de consumo da sociedade. Essas questões podem e devem ser abordadas

nas aulas de Química por meio de uma estratégia metodológica que propicie a discussão

de aspectos sócio-científicos, ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas,

éticas, sociais e culturais relativas à ciência e à tecnologia.

Para o desenvolvimento de um bom ensino na disciplina de Química, propõe-se que

o ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares sejam os conteúdos

estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de análise. A partir dos conteúdos

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estruturantes o professor poderá desenvolver com os alunos os conceitos que perpassam o

fenômeno em estudo, possibilitando o uso de representações e da linguagem química no

entendimento das questões que devem ser compreendidas na sociedade.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Compreender que os estudos da Química não são um conjunto de conhecimentos

definitivamente estabelecidos, mas que se modificam ao longo do tempo.

Desenvolver o pensamento lógico e critico, utilizando para identificar e resolver problemas,

formulando perguntas e hipóteses, testando, discutindo, analisando, concretizando teoria e

pratica.

Relacionar o conhecimento cientifico ao desenvolvimento tecnológico e as mudanças da

sociedade, trabalhando dessa maneira para uma conservação maior do meio que nos cerca.

Aplicar os conhecimentos de forma responsável, para a melhoria das condições ambientais.

3 – CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes de Química são:

• Matéria e sua natureza;

• Biogeoquímica;

• Química sintética.

Matéria e sua natureza é o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho

pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo:

a matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos

demais conteúdos estruturantes.

Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos

sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre

hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos

biogeoquímicos.

O conteúdo estruturante Química Sintética tem sua origem na síntese de novos

produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria

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alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos

agrotóxicos.

A proposta para estes conteúdos estruturantes de Química devem considerar, em

sua abordagem teórico-metodológica, as relações que estabelecem entre si, entre os

conteúdos básicos e os especificos tratados no dia-a-dia da sala de aula nas diferentes

realidades regionais enriquecendo, assim, o debate sobre os conteúdos a serem

estudados.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA

SINTÉTICA

MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação;

• Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais.

• Tabela Periódica. SOLUÇÃO • Substância: simples e composta;

• Misturas; • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração;

• Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dispersão e suspensão;

• Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Reações químicas;

• Lei das reações químicas; • Representação das reações químicas; • Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas.

(natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) • Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,

temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); • Lei da velocidade das reações químicas;

• Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO • Reações químicas reversíveis;

• Concentração;

Espera-se que o aluno: • Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química;

• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; • Problematize a construção dos conceitos químicos;

• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico. • Compreenda a constituição química da

matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria; • Formule o conceito de soluções a partir dos

desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc;

• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; • Compreenda o conceito de equilibro químico,

a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o

equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso

• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

• Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo

básico; • Reconheça as reações nucleares entre as

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• Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); • Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão,

temperatura e efeito dos catalizadores; • Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). • Tabela Periódica

LIGAÇÃO QUÍMICA • Tabela periódica; • Propriedade dos materiais;

• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as

propriedades das substâncias moleculares; • Ligações de Hidrogênio; • Ligação metálica (elétrons semi-livres)

• Ligações sigma e pi; • Ligações polares e apolares; • Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS • Reações de Oxi-redução • Reações exotérmicas e endotérmicas; • Diagramas das reações exotérmicas e

endotérmicas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquímicas;

• Princípios da termodinâmica; • Lei de Hess; • Entropia e energia livre; • Calorimetria;

• Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE • Modelos Atômicos (Rutherford);

• Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações químicas; • Velocidades das reações;

• Emissões radioativas; • Leis da radioatividade; • Cinética das reações químicas; • Fenômenos radiativos (fusão e fissão

nuclear); GASES • Estados físicos da matéria;

• Tabela periódica; • Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x

volume); • Modelo de partículas para os materiais gasosos; • Misturas gasosas;

• Diferença entre gás e vapor; • Leis dos gases

demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico; • Diferencie gás de vapor, a partir dos estados

físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; • Reconheça as espécies químicas, ácidos,

bases, sais e óxido em relação a outra espécie

com a qual estabelece interação.

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FUNÇÕES QUÍMICAS • Funções Orgânicas • Funções Inorgânicas • Tabela Periódica

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Química, parta do

conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas (idéias pré-

concebidas sobre o conhecimento da Química) ou concepções espontâneas, a partir das quais

será elaborado um conceito científico.

Podemos dizer que a concepção espontânea sobre os conceitos que o estudante

adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência,

na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino-

aprendizagem. Já a concepção cientifica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, o qual necessita de metodologias especificas para ser disseminado no ambiente

escolar.

Os professores de Química devem se utilizar dos modelos para explicar

determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual modelo utilizar e o

porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola. Igualmente importante é o

docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais adequado no estudo da Química

desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na provisoriedade e na limitação dessas

representações. Esse encaminhamento permite aos alunos compreender o significado dos

modelos na ciência e que as elaborações científicas não devem ser tomadas como

verdades imutáveis e definitivas. Considera-se, ainda, que esses modelos são válidos para

alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e seus limites são

determinados quando a teoria não consegue explicar fatos novos que eventualmente

surjam.

Os experimentos científicos são de suma importância para desenvolver a compreensão

de conceitos, a percepção das idéias discutidas em sala, reflexão para teorias apresentadas e,

ao mesmo tempo permitindo que o professor perceba as duvidas de seus alunos. Os

estudantes, assim, estabelecem relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo,

expressam ao professor suas dúvidas. Assim a aula experimental, seja ela com

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manipulação do material pelo aluno ou demonstrativa, deve ser associada à sua

organização, discussão e análise, possibilitando interpretar os fenômenos químicos e a

troca de informações entre o grupo que participa da aula.

A Química estuda o mundo material e sua constituição. Considera-se importante

propor aos alunos leituras que contribuam para a sua formação e identificação cultural, que

possam constituir elemento motivador para a aprendizagem da Química e contribuir,

eventualmente, para a criação do hábito da leitura. Textos de Literatura e Arte podem se

tornar ótimos instrumentos de abordagens interdisciplinares no ensino de Química.

Considerando os conhecimentos que o aluno traz, o que é proposto para o estudo na

disciplina de Química, acredita-se que o aluno do Ensino Médio tenha condições de

compreender os conhecimentos químicos.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes

do diagnostico e da continuidade. Esse tipo de avaliação leva em conta a todo o conhecimento

prévio do aluno e como ele supera suas concepções espontâneas, alem de orientar e facilitar o

aprendizado.

Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos, por

isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos

que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de

textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas

bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras.

Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de

ensino.

Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates

conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,

ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da

aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino da Química

está sob o foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.

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Para tanto, é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação fiquem bem

claros também para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de conhecimentos

que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que vivem.

6 – BIBLIOGRAFIA

ARAUJO, M. Química Ensino Médio, FTD, São Paulo, 1997

BAIRD, C. Química Ambiental. 2ªED. Porto Alegre: Brookman, 2002

SARDELLA, FALCONE, M. Química: Serie Brasil. São Paulo: Atica, 2004

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Química. Paraná, 2008.

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BIOLOGIA

1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Para o educando o ensino de Biologia tem como foco principal o de transmitir os

conhecimentos de uma forma contextualizada e dinâmica. Desejando que acompanhem a

crescente evolução biológica, para que possa desenvolver uma efetiva consciência de

cidadania, independência de pensamento e capacidade crítica dentro da sociedade, sendo um

ser de bem em sua plenitude. Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser

entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY,

1988). O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser

humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico.

A busca por entender os fenômenos naturais e a explicação racional da natureza, levou

o ser humano a propor concepções de mundo e interpretações que influenciam e são

influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade. No contexto dessas reflexões,

entende-se, que a disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por

meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno

VIDA – em sua complexidade de relações, ou seja:

• na organização dos seres vivos;

• no funcionamento dos mecanismos biológicos;

•no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas;

• na análise da manipulação genética.

No processo pedagógico, recomenda-se que se adote o método experimental como

recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da Biologia, sem a

preocupação de busca de resultados únicos. Recomenda-se, ainda, que a observação seja

considerada procedimento de investigação, dada sua importância como responsável pelos

avanços da pesquisa no campo da Biologia.

Estimular o estudante a tomar gosto pela Biologia é, pois o principal motivo para que

possam utilizar o que aprenderam. Lembrando sempre que os problemas de ordem biológica

enfrentados pela humanidade exigem um público alerta, imbuído de diversas informações e

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conhecimento de si e do meio em que vive para poder caracterizar a problemática da vida com

sabedoria.

2 – OBJETIVOS GERAIS

Reconhecer que a ação da seleção natural sobre o patrimônio genético dos indivíduos faz

com que, ao longo do tempo, os indivíduos se modifiquem em relação ás gerações passadas,

podendo levar á formação de novas espécies;

Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de

formas diversas, mas sempre como sistema integrado, que interage com o meio físico-químico

por meio de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia;

Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico,

considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de

desenvolvimento sustentável;

Possibilitar a compreensão mais racional do fenômeno vida e de seus diversos modos de

manifestação, permitindo uma concepção de mundo sem superstições e preconceitos;

Promover o desenvolvimento da capacidade de observação e análise, coleta e organização

de dados usando varias formas de medidas e com isso tirar suas próprias conclusões a respeito

de varias hipótese da origem do universo e da vida;

Desenvolver a capacidade de generalizar e de transmitir conclusões para situações que

ocorrem no cotidiano, reconhecendo-as nos fenômenos naturais e nas aplicações pratica;

3 – CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes de Biologia foram assim definidos:

• Organização dos Seres Vivos;

• Mecanismos Biológicos;

• Biodiversidade;

• Manipulação Genética.

O conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, possibilita conhecer os modelos

teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-

os à existência de características comuns entre estes e sua origem única. O trabalho

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pedagógico deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e

compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e

existentes.

O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos privilegia o estudo dos mecanismos

que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Assim, o trabalho

pedagógico neste conteúdo estruturante, deve abordar desde o funcionamento dos sistemas

que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a

digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.

O conteúdo estruturante Biodiversidade possibilita o estudo, a análise e a indução para a

busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade.

Ampliam-se as explicações sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da

necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classifi cação dos

seres vivos, sua anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as

características e mecanismos biológicos estudados se originam explicando o aparecimento e/ou

extinção de seres vivos ao longo da história biológica da vida.

O trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante deve abordar a biodiversidade como

um sistema complexo de conhecimentos biológicos, interagindo num processo integrado e

dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações

ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos

quais os seres vivos têm sofrido transformações.

Manipulação Genética trata das implicações dos conhecimentos da biologia molecular

sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o

material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato

natural, independente da ação do ser humano.

A necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade leva a necessidade de

compreender e explicar como determinadas características podem ser inseridas, modificadas

ou excluídas do patrimônio genético de um ser vivo e transmitidas aos seus descendentes por

meio de mecanismos biológicos que garantem sua perpetuação. Ampliam-se as explicações

sobre como novos sistemas orgânicos se originam e como esse conhecimento interfere e

modifica o conceito biológico VIDA.

Assim, o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os avanços da

biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços

biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência

do ser humano na diversidade biológica.

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227

Espera-se que os conteúdos estruturantes sejam abordados de forma integrada,

com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a

conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão

ser desenvolvidas ao longo do ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo,

com vistas a dotar o aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de

ensino.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação

Genética

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia,

morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos celulares biofísicos

e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Organismos geneticamente modificados.

Espera-se que o aluno: • Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

• Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; • Classifique os seres vivos quanto ao número

de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e

assexuada); • Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos;

• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,

excretor, sensorial e nervoso); • Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; • Reconheça a importância e identifique os

mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; • Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; • Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos (histologia); • Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies;

• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; • Compreenda o processo de transmissão das

características hereditárias entre os seres vivos; • Identifique os fatores bióticos e abióticos que

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constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas; • Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem;

• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; • Compreenda a evolução histórica da

construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais;

• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; • Analise e discuta interesses econômicos,

políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

4 – METODOLOGIA DE ENSINO

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina de

Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a

reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias

elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

O ensino de Biologia firma-se na construção a partir da práxis do professor, na

perspectiva de que se retome a história da produção do conhecimento científico e da

disciplina escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.

Para tanto se faz necessário conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as

ideias primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à

aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão do conceito VIDA.

Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é recomendável

favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a formação

de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.

Neste caso, os conteúdos específicos de Biologia, necessitam apoiar-se num processo

pedagógico em que:

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• a prática social se caracterize como ponto de partida, dar significação às concepções

alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a

respeito do conteúdo a ser trabalhado;

• a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a serem

resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos são

necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse

conhecimento;

• a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos

assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Os alunos

devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição

de exploração em que vivem;

• a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema

em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos

ativos de transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas de

conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização;

• o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e pensado para

atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade

mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo passa de um

estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de maior clareza e

compreensão, explicitada numa visão sintética.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos,

reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que proporcionem o entendimento do

objeto de estudo – o fenômeno vida em toda a sua complexidade dos mecanismos biológicos;

do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas; e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno

vida.

Ainda com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de Biologia,

ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei n. 10.639/03 que torna

obrigatória a presença de conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da História e Cultura dos Povos

Indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08. Poderá ser desenvolvida por meio de

análises que envolvam a constituição genética da população brasileira e paranaense. Os

conteúdos específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos

estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada,

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favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural. Neste aspecto se faz

necessário inserir os Desafios Educacionais Contemporâneos no Plano de Trabalho Docente

para o enriquecimento das questões sociais emergentes.

Com experimentações, leituras de textos, pesquisas na Internet, passeios, jogos,

pesquisas de campo e práticas laboratoriais estará sendo propiciado ao educando o processo

de construção histórica dos conhecimentos biológicos de forma que os mesmos possibilitem

acesso à cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito

critico e reflexivo.

5 – AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem possibilitando

ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para

verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse

processo. Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino

aprendizagem, abandona a idéia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos

à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos

constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado

pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a

avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.

Ao considerar o professor corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o foco

da pergunta muda de “quem merece uma valorização positiva e quem não“ para ”que

auxílio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os resultados desejados”.

Além disso, incentiva a reflexão, por parte do professor, sobre sua própria prática.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é

obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela

intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de

decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem

e organize-se para as mudanças necessárias.

Enfim, a avaliação como instrumento analítico do processo de ensino aprendizagem,

se configura em um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano

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letivo, de modo que professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e

dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.

6 – BIBLIOGRAFIA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica -

Biologia. Paraná, 2008.

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NOSSOS POSICIONAMENTOS - A ESCOLA QUE QUEREMOS

(MARCO OPERACIONAL)

Dentre os questionamentos e as redefinições que a diversidade das mudanças sociais,

culturais e econômicas ocorridas no século XX provocou na área educacional, os papéis de

seus principais protagonistas - o de professor e o de aluno - ocupam indubitavelmente lugar de

destaque. Isto porque, as novas concepções de ensinar e de aprender, as releituras das teorias

do desenvolvimento e da aprendizagem, o impacto das transformações tecnológicas e das

diferentes formas de comunicação, impuseram à escola um novo cenário educacional. São

exigências que trazem a necessidade de se pensar em um paradigma de educação escolar que

não se apresente como uma justaposição de etapas fragmentadas, mas como um itinerário de

formação contínua entre educação infantil e ensino médio que formalize o que o novo diploma

legal - Lei 9394/96 - denomina de Educação Básica. Um itinerário formativo que não deixe de

incorporar as lições, experiências e os princípios anteriormente adquiridos, mas que tenha seus

eixos norteadores firmados em uma estruturação curricular inovadora e em uma dinâmica de

gestão escolar participativa. Um paradigma em que a renovação didático-pedagógica far-se-á a

partir de contatos diretos com a realidade, mediante o desenvolvimento de práticas educativas

baseadas na observação, experimentação e no repensar contínuo das questões metodológicas,

da interação teoria e prática. Um paradigma que embora centrado na aprendizagem se oriente

por um ensinar exigente, de rigor metódico, sensível às necessidades detectadas, de respeito à

produção dos alunos, hipóteses e soluções, depurando-as por meio de um processo interativo,

instigante e animador.

Baseado nas concepções descritas no marco conceitual propõe uma educação escolar

que se caracterize por uma proposta que se fundamenta em alguns referenciais teóricos como:

_ em Paulo Freire, ao endossar a dimensão do processo educativo como uma prática social de

transformação, quando deposita na mudança das relações de poder entre quem ensina e quem

aprende e, portanto, no exercício de uma autêntica interatividade entre professor e aluno, sua

base de sustentação;

_em Vygotsky, pelo redimensionamento do papel do professor/mediador em que a linguagem

como elemento de representação do significado do mundo dá sentido ao conhecimento

manifestado pelo aluno, desencadeando um sistema de reestruturações cognitivas sucessivas e

intencionais promotoras de estágios de relações contínuas.

Serão elencamos, a seguir, as METAS e as AÇÕES a serem executadas no fazer

escolar deste Projeto Político Pedagógico:

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RESSIGNIFICAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR

META: Que o currículo escolar seja objeto de reflexão permanente da comunidade escolar,

para que a educação se pelo fazer pedagógico e a metodologia seja de natureza participativa e

dialética.

AÇÕES:

_ Organizar os conteúdos curriculares para que a aprendizagem seja significativa contemplando

o saber estratégico, político e ético, levando à reflexão.

_Promover um estudo sistemático da proposta curricular com a comunidade escolar, para que

se possa aprimorar a capacidade de imaginar realidades futuras diferentes daquelas com as

quais convivemos.

_Implementar critérios de avaliação do desempenho escolar para que o conhecimento cognitivo

dos alunos seja continuadamente e sistematicamente acompanhado.

COMO:

_Enfatizando, nos diversos segmentos da comunidade escolar, o significado da aprendizagem.

_Estudando o processo ensino e aprendizagem para as adequações necessárias aos

conteúdos selecionados.

_Implementar a Proposta Curricular Pedagógica.

_Rever o sistema de avaliação adotado, a recuperação de estudos, realizando as modificações

que necessárias, adequando-as a cada realidade atendida no estabelecimento de ensino.

_Buscar o dialogo com o coletivo escolar na perspectiva de melhorar a pratica da sala de aula.

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

META: Que se assuma como característica educativa o compromisso com uma aprendizagem

que tenha sentido para a vida, baseada em conteúdos conceituais, para que o aluno possa

compreender o mundo e nele agir, compreender a sociedade e nela participar e optar por ações

conscientes e responsáveis com o meio que o cerca.

COMO:

_O professor, na sua pratica pedagógica, aplique os componentes propostos no Projeto Político

Pedagógico de tal forma que:

* Insira em seu Plano de Trabalho Docente os Desafios Educacionais Contemporâneos,

respeitando a diversidade existente;

* demonstre domínio de conhecimentos de sua área de atuação que garanta aos alunos a

aprendizagem;

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* seja modelo de referência para os alunos, como leitor, como usuário da escrita e como

pesquisador durante o processo de ensino e aprendizagem;

* desenvolva um trabalho pedagógico adequado às diferentes formas de aprendizagem dos

alunos, acreditando que todos são capazes de aprender;

*considere os alunos como pessoas que precisam ter sucesso em suas aprendizagens para se

desenvolver pessoalmente e para ter uma imagem positiva de si mesmos, orientando-se por

esse pressuposto;

* elabore e desenvolva o Plano de Trabalho Docente a partir dos indicadores de desempenho

escolar e das diretrizes definidas pelo PPP;

* utilize metodologias de ensino que possibilitem abordagens contextualizadas e

interdisciplinares;

* planeje situações de aprendizagem desafiadoras, considerando o nível de conhecimento real

dos alunos;

* organize e utilize adequadamente os ambientes de aprendizagem, os equipamentos e

materiais pedagógicos e os recursos tecnológicos disponíveis na escola;

* implemente processo de avaliação do desempenho escolar dos alunos que assegure o

acompanhamento contínuo e individual da aprendizagem;

* tenha responsabilidade pelos resultados obtidos em relação às aprendizagens dos alunos,

desenvolvendo atividades de reforço e recuperação que promovam avanços significativos na

aprendizagem.

ADEQUAÇÃO DA PRÁTICA EDUCACIONAL AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

META: Que o PPP seja referência em todas as atividades escolares para que se tenha a

clareza da função da escola.

AÇÃO:

_ Dimensionar e melhor direcionar as diversas atividades de enriquecimento curricular para que

o processo educacional possa ser representado pela dinâmica reflexão-ação-avaliação,

detentora não só de conhecimentos acadêmicos e técnicos, mas de conhecimentos para a vida.

COMO:

_Propondo iniciativas fundamentadas em no PPP.

_Aperfeiçoando a coerência entre real e ideal.

_Avaliando o processo (metas propostas e metas alcançadas).

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IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POSTURA EMANCIPADORA DA AVALIAÇÃO

META: Que a avaliação seja considerada um meio de saber, perceber, orientar e reorientar o

aluno no seu processo de aprendizagem e base para o redirecionamento do trabalho do

professor.

AÇÔES:

_Refletir sobre o processo de avaliação.

_Buscar instrumentos de avaliação coerente com a metodologia proposta para cada disciplina,

seguindo a legislação vigente expressa no Regimento Escolar.

_Incorporar a recuperação de estudos como parte do processo da aprendizagem e reflexão dos

resultados das avaliações para, consequentemente, um novo agir, o ensinar buscando

alternativas metodológicas para sanar as dúvidas dos alunos.

COMO:

_ Reflexão com a comunidade escolar quanto ao real significado da avaliação.

_Promovendo reuniões com os professores analisando o rendimento escolar e, coletivamente,

buscando alternativas de soluções para sua melhoria.

_Discutindo os problemas mais emergentes e possíveis soluções.

_Promovendo reuniões informais e formais para propostas, críticas e sugestões que visem

aprimorar o ensino e a aprendizagem.

_Analisando e refletindo junto a comunidade escolar o seu desempenho com vistas à melhoria

do rendimento escolar.

FORMAÇÃO CONTINUADA

META: Que haja participação e interesse dos profissionais do Colégio Estadual Guaíra à

formação continuada.

AÇÕES:

_Promover estudos com os profissionais da educação, através de palestras, oficinas, grupos de

estudo buscando relacionar a teoria à prática do dia-a-dia..

_Promover estudos dos referenciais teóricos que fundamentam a concepção de ensinar e

aprender da proposta pedagógica.

_Garantir momentos de reflexão sobre o fazer pedagógico.

COMO:

_Reorganizando o trabalho da hora-atividade.

_Estimulando a leitura da bibliografia disponível.

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_Participando da Semana de Estudos Pedagógicos (SEED) disponibilizadas em calendário

escolar no início de cada semestre.

_Participando de eventos de capacitação promovidos pelo colégio, pela SEED e/ou outros.

PESQUISA COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO

META: Que a conscientização da importância da pesquisa no cotidiano escolar oriente o

trabalho pedagógico discente e docente em na comunidade educativa.

AÇÕES:

_Estimular atividades de pesquisa em diversos níveis, para que a pessoa se torne capaz de

construir em parceria com os outros segmentos da sociedade.

_Propor pesquisas que despertem o desejo do saber (curiosidade), de conhecer e buscar

alternativas para que este processo estimule a part icipação sócio-política, despertando a

consciência de cidadania.

COMO:

_Definindo o conceito de pesquisa.

_Refletindo sobre sua importância.

_Que a atitude de pesquisa faça parte do cotidiano de cada membro do colégio para que tenha

competência profissional na sua área de atuação.

_Estimulando o hábito de pesquisa na sala de aula.

_Valorizando a construção de projetos de pesquisas.

_Que o hábito da pesquisa, como princípio científico e educativo, favoreça a formação integral

do educando, como também, o aperfeiçoamento do educador, para que o conhecimento esteja

a serviço da vida.

_Assumindo a pesquisa como princípio da ação educativa.

RESGATE DO PAPEL DO PROFESSOR

META: Que o professor seja valorizado e respeitado em sua tarefa de educador.

AÇÔES:

_Fazer com que o professor compreenda que o seu verdadeiro papel consiste em ensinar os

conteúdos escolares, com vistas à formação do cidadão; em aprender com as novas situações

e estar disposto a buscar mudanças na sua prática, sempre que se fizer necessário.

_Propor reflexão a cerca da função do professor em sala de aula.

_Garantir ao professor condições físicas, materiais e pedagógicas para que exerça seu trabalho

em sala de aula.

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COMO:

_Refletindo sobre o papel do professor, ressignificando a função da educação escolar.

_Implantando um programa de valorização da figura do professor principalmente por parte das

famílias. Quando a criança sente que seus pais e sua escola têm um bom relacionamento,

acredita no potencial que a escola tem a oferecer.

GESTÃO PARTICIPATIVA

META: Que prevaleça, em cada membro do colégio, o espírito participativo de todas as

pessoas da comunidade escolar para que aconteça o encontro de interesses sócio-comunitários

coletivos.

AÇÕES:

_Garantir aos profissionais plena participação nas atividades do colégio.

_ Promover encontros com representantes dos diferentes setores (pais, alunos, professores,

Direção, moradores da comunidade local) para buscar alternativas para os problemas que

emergem do contexto no escolar.

_Estimular o funcionamento do Grêmio Estudantil com atribuições específicas e regimentadas

para que se viabilize a participação democracia deste segmento.

COMO:

_Envolvendo toda a comunidade escolar nas atividades promovidas pelo colégio.

_Dando condições para que todos sugiram propostas, visando à melhoria da qualidade do

ensino e aprendizagem do estabelecimento de ensino.

_Desenvolvendo o espírito de colaboração e responsabilidade nas decisões tomadas pelo

coletivo.

REDIMENSIONAMENTO DO TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

META: Que o pedagogo se efetive como articulador do Projeto Político Pedagógico e sua

prioridade seja a organização do trabalho pedagógico da instituição.

AÇÂO:

_Favorecer o atendimento as necessidades prioritárias no âmbito escolar, para que se adote

metodologias e estratégias que desenvolvam e viabilizem a organização do trabalho

pedagógico.

COMO:

_Construindo coletivamente a organização do trabalho pedagógico do colégio.

_Superando o ativismo tarefeiro.

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_Exercendo as funções do professor pedagogo.

ÉTICA E VALORES COMO BASE DA FORMAÇÃO INTEGRAL

META: Que a clareza da linguagem e dos objetivos das ações decorrentes das normas que

regem o colégio se estenda a toda comunidade escolar para que se unam esforços no

desenvolvimento de atitudes éticas no convívio social.

AÇÕES:

_Promover encontros ou reuniões em que se possa estudar, discutir e propor novas alternativas

que dizem respeito aos valores éticos, sociais e políticos de nossa comunidade escolar para

que assumamos de maneira responsável o que falamos, fazemos, ou enfim, somos.

_Cumprir e fazer cumprir as leis internas do colégio expressas no Regimento Escolar.

COMO:

_Aprofundando a razão pela qual se cumprem as normas: para quê e para quem.

_Revendo as normas que regem a nossa escola, com a comunidade escolar.

_Estudando sobre a ética para que seja referencial de nossa postura educativa a fim de que se

cultive o respeito recíproco e o respeito à natureza.

_Discutindo o significado de determinados valores incorporados na nossa prática.

_Praticar, em sala de aula momentos de reflexão, para a sensibilização e o repensar de

atitudes.

DIÁLOGO COMO PRÁTICA

METAS: Que através do cultivo do diálogo entre todos os integrantes da equipe escolar, surjam

soluções alternativas aos desafios presentes no cotidiano escolar.

Que o diálogo seja uma prática constante entre todos os integrantes da equipe escolar para que

de maneira livre se expressem com abertura e respeito, criando um espaço democrático e

enriqueça a sociedade na sua diversidade.

AÇÃO:

_Assegurar aos integrantes da comunidade escolar atividades, primando pelo constante

dialogo.

COMO:

_Aceitando alternativas sugeridas aos problemas que surgirem no cotidiano escolar.

_Aprendendo a lidar com as diversas situações que surgem na sala de aula, propondo sempre

soluções dialogadas.

_Valorizando a crítica como instrumento de aperfeiçoamento.

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_Fortalecendo os espaços de convívio entre os membros da comunidade escolar.

_Sabendo ouvir e respeitar os diferentes setores da escola.

INTEGRAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA

META: Que a escola promova ações que estimulem a participação das famílias visando à

melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem escolar.

AÇÕES:

_Promover a participação dos pais na elaboração do PPP e do Regimento Escolar, no

acompanhamento do processo de aprendizagem dos seus filhos, aplicando e estimulando

praticas que visam o desenvolvimento de convívio e responsabilidade pelos estudos.

_Potencializar, cada vez mais, o uso dos ambientes do colégio para criar o clima propício ao

desenvolvimento de vivências personalizadas e cooperativas.

_Dinamizar as reuniões com os pais através de temáticas relacionadas ao cotidiano escolar e

também educação em geral para enfrentar os desafios da realidade.

COMO:

_Desenvolvendo um trabalho de conscientização junto aos profissionais do colégio a respeito

da importância do envolvimento dos pais na educação.

_Solicitando a todos os setores do colégio a comunicação, através de relacionamento de

respeito e empatia, de forma que pais, responsáveis e demais membros da comunidade sintam-

se acolhidos dentro do espaço escolar.

_Sistematizando a comunicação por escrito. A periodicidade deve ser a maior possível, através

de: boletins bimestrais sobre o comportamento e rendimento escolar dos alunos, boletins

informativos com divulgação das atividades desenvolvidas na escola, artigos que reforcem os

benefícios do envolvimento dos pais na educação dos filhos, etc.

_Oferecendo cursos, palestras ou reuniões de orientação com os pais a fim de melhor conhecê-

los e propiciar o entrosamento, gerando aliança, confiança e sintonia de propósitos entre casa e

a escola.

_Promovendo a integração escola, comunidade e família através de ações sócio-educativas,

tais como: campanhas de cidadania, reciclagem do lixo, orientação de trânsito, vacinações,

atividades culturais, de lazer e outras; práticas desportivas; apresentação e exposição de

trabalhos elaborados pelos alunos; semana cultural, etc.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

META: Que a educação inclusiva seja um ato de responsabilidade garantida conforme

preconiza a legislação e, principalmente, que a mantenedora de o suporte e a acessibilidade

necessária para efetivação de uma inclusão de qualidade.

AÇÃO:

_Promover para toda equipe escolar o debate e a pesquisa sobre a temática da inclusão

buscando um conhecimento mais aprofundado e aperfeiçoado sobre o tema para a adequação

metodológica e avaliativa diferenciado que o aluno incluso necessita.

COMO:

_Respeitando os alunos com necessidades educacionais especiais na sua condição.

_Que a finalidade da educação seja ampliar o horizonte cultural do educando com

necessidades educacionais especiais, para que ele possa desenvolver e enriquecer seus

conhecimentos pedagógicos.

_Valorizando e respeitando as diferenças individuais.

_Estudando sobre a educação inclusiva.

_Buscando maneiras adequadas para trabalhar com o aluno de inclusão.

RESPEITO À DIVERSIDADE EXISTENTE NO COLÉGIO

META: Que o respeito recíproco entre as pessoas, e pessoa e natureza seja uma prática

constante para que se rompa o domínio do pensamento homogêneo que impossibilita ouvir a

diversidade de vozes, idéias e culturas.

AÇÕES:

_Garantir espaços durante o ano nos quais se desenvolvam temas a respeito da diversidade

em todas as etapas da Educação Básica oportunizando a todos a exposição idéias e culturas.

_ Otimizar todas as oportunidades de conhecimento e partilha de experiências para o cultivo do

respeito à diversidade.

COMO:

_Estimulando o espírito respeito e convivência social.

_Garantindo o respeito à individualidade de cada membro da comunidade escolar.

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AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O Projeto Político-Pedagógico deve ser avaliado permanentemente e os momentos de

reflexão deverão estar voltados para o acompanhamento daquilo que o coletivo se propôs a

realizar: avaliar, reavaliar, refletir e redirecionar os caminhos para que os objetivos aqui

propostos realmente sejam atingidos.

Nesses momentos é que se colocará à prova o trabalho coletivo consubstanciado na

troca de experiências, no interesse em discutir, com franqueza e honestidade, as dificuldades a

serem superadas por este ou aquele membro da comunidade escolar com o auxílio de todos,

etc.

Como estamos caminhando?

Estamos no caminho certo?

Quais são os nossos indicadores, até o presente momento, que nos mostram os

resultados positivos ou negativos?

O que precisamos mudar?

Assim, verificar, passo a passo, se os objetivos a que todos se propuseram, estão sendo

alcançados, garantirá o sucesso do da viabilização do PPP. A sua execução pressupõe um

trabalho coletivo, pois, como diz João Cabral de Melo Neto:

TECENDO A MANHÃ

“Um galo sozinho não tece a manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito

e o lance a outro; de um outro galo

que apanhe o grito de um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos...”

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

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se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.”

Para isso é preciso que cada um faça a sua parte na grande tapeçaria da escola e da

educação:

“O mundo é uma incrível tapeçaria não realizada e só você pode preencher aquele pequeno

espaço que é seu.” (Léo Buscaglia)

Page 243: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA CURRICULAR - Paraná · No ano de 1953, a Escola foi criada pelo Decreto nº 9864 de 02/07/1953. A inauguração oficial foi em 08 de janeiro

Colégio Estadual Guaíra – Ensino Fundamental e Médio

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