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PROJETO TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE SOLO AGRÍCOLA 1- Identificação do Produtor (Proprietário): 1.1- Nome: Espólio de João Batista Cortezi 1.2- RG: – SSP-SP 1.3- CPF: 060.289.848-09 1.4- Endereço p/ correspondência: Rua São José, 229 José Bonifácio – SP CEP 15200-000. Fone 17-245.1515 2- Identificação da Propriedade: 2.1- Denominação: Fazenda Santo Antonio 2.2- Localização: Fazenda Santo Antonio – Município e Comarca de José Bonifácio-SP. 2.3- Cadastro no INCRA nº 609.021.005.045 2.4- Nome do Proprietário: Espólio de João Batista Cortezi 2.5- Área Total do Imóvel: 42,16,01 ha 2.5.1- Área em Pastagem: 17,74 1 ha 2.5.2- Área de Preservação Permanente: 3,47 ha 2.5.3- Área com Culturas Anuais: 15,10 ha 2.5.4- Área de Benfeitorias: 1,28 ha 2.5.6- Área de reserva em estágio inicial e médio de regeneração: 2,20 ha 2.5.7- Área com cultura permanente – café: 2,37 ha Engenheiro Agrônomo: Valter Marques Pimentel Filho CREASP 0601965470 Rua Alfredo Cozeto, 180 – Nova Aliança – SP. CEP 15210-000 FONE 17-91252531

Projeto Técnico de Conservação de Solo Agrícola (2)

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Terraceamento

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PROJETO TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE SOLO AGRÍCOLA

1- Identificação do Produtor (Proprietário):

1.1- Nome: Espólio de João Batista Cortezi

1.2- RG: – SSP-SP

1.3- CPF: 060.289.848-09

1.4- Endereço p/ correspondência: Rua São José, 229 José Bonifácio – SP CEP

15200-000. Fone 17-245.1515

2- Identificação da Propriedade:

2.1- Denominação: Fazenda Santo Antonio

2.2- Localização: Fazenda Santo Antonio – Município e Comarca de José

Bonifácio-SP.

2.3- Cadastro no INCRA nº 609.021.005.045

2.4- Nome do Proprietário: Espólio de João Batista Cortezi

2.5- Área Total do Imóvel: 42,16,01 ha

2.5.1- Área em Pastagem: 17,74 1 ha

2.5.2- Área de Preservação Permanente: 3,47 ha

2.5.3- Área com Culturas Anuais: 15,10 ha

2.5.4- Área de Benfeitorias: 1,28 ha

2.5.6- Área de reserva em estágio inicial e médio de regeneração: 2,20 ha

2.5.7- Área com cultura permanente – café: 2,37 ha

3- Roteiro de Acesso

3.1- Estrada municipal de acesso ao clube dos trinta, clube dos trinta, vira a direita e

+ 2 Km à direita.

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4- Caracterização das Glebas: (Croqui de localização em anexo)4.1.1- Nome: Gleba 1.4.1.2- Área total da gleba: 17,74 ha4.1.3- Situação atual da gleba:

4.1.3.1- Uso Atual: Pastagem artificial – Brachiária4.1.3.2- Tipo de solo: Argissolo vermelho amarelo:4.1.3.3- Textura do solo: Arenosa média4.1.3.4- Declividade: 2 a 3 %4.1.3.5- Capacidade de Uso da Terra: Grupo A, classe II4.1.3.6- Outras considerações: Área terraceada, sem grandes problemas

conservacionistas. No final da gleba 1 onde há a denominação de 1a, ocorre transição de argissolo para hidromórfico, sendo que a Capacidade de uso da Terra, nesse ponto é Grupo B classe V.

FOTO 01

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4.2.1- Nome: Gleba 24.2.2- Área total da gleba: 2.37 ha 4.2.3- Situação atual da gleba:

4.2.3.1- Uso Atual: Cultura perene - Café4.2.3.2- Tipo de solo: Argissolo vermelho amarelo:4.2.3.3- Textura do solo: Arenosa média4.2.3.4- Declividade: 3 %4.2.3.5- Capacidade de Uso da Terra: Grupo A, classe II4.2.3.6- Outras considerações: Falta terraceamento, bem protegido no final

perto do córrego pela mata ciliar, mas que necessita de terraceamento.

FOTO 02

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4.3.1- Nome: Gleba 34.3.2- Área total da gleba: 15,10 ha 4.3.3- Situação atual da gleba:

4.3.3.1- Uso Atual: Cultura anual - milho4.3.3.2- Tipo de solo: Argissolo vermelho amarelo:4.3.3.3- Textura do solo: Arenosa média4.3.3.4- Declividade: 2 a 3 %4.3.3.5- Capacidade de Uso da Terra: Grupo A, classe II4.3.3.6- Outras considerações: Área terraceada, com pequeno nº de erosões

do tipo laminar, devido ao estágio da cultura, sem grande problemas conservacionistas.

FOTO 03

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4.4.1- Nome: Gleba 44.4.2- Área total da gleba: 5,67 ha 4.4.3- Situação atual da gleba:

4.4.3.1- Uso Atual: Área de Preservação Permanente4.4.3.2- Tipo de solo: solo de várzea / hidromórfico, coloração escura,

sujeito a inundações nas partes mais baixas do terreno, próximo ao leito do córrego.

4.4.3.3- Textura do solo: Areno argilosa4.4.3.4- Declividade: 2 %4.4.3.5- Capacidade de Uso da Terra: Grupo C4.4.3.6- Outras considerações: Área assoreada por erosão laminar e sulco

oriundo da gleba 5 e de propriedades vizinhas. Ausência de mata ciliar em alguns pontos da gleba. Assoreamento da represa com risco de quebra de aterro e isolamento da área ao transito e escoamento da produção.

FOTO 04

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4.5.1- Nome: Gleba 54.5.2- Área total da gleba: 1,28 ha 4.5.3- Situação atual da gleba:

4.5.3.1- Uso Atual: Vias de acesso e benfeitorias4.5.3.2- Tipo de solo: Argissolo vermelho amarelo4.5.3.3- Textura do solo: arenosa média4.5.3.4- Declividade: 0 a 3 %4.5.3.5- Capacidade de Uso da Terra: Grupo A classe III4.5.3.6- Outras considerações: área compactada pelo transito de veículos

ocorrendo erosão laminar e sulco.

FOTO 05

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5- Caracterização do DanoDanos ao solo agrícola nas glebas 4 e 5, conforme legislação pertinente ao uso, conservação e preservação do solo: (por infringir ao Artigo 16, Inciso I, alíneas a1 combinadas com o artigo 22167 ambos do Decreto Estadual 41.719 de 16/04/1997, com alterações do Decreto nº 44.884/00 e 45.273/00).

6- Práticas recomendadas para correção do dano ao solo agrícola.(Segue também as práticas recomendadas para a área de APP, que complementarão as práticas de conservação do solo agrícola e a preservação dos recursos hídricos, objeto da presente autuação.)6.1- Gleba 4

6.1.1- Tipo de Práticas recomendadas.- Isolamento da área de preservação permanente, principalmente ás margens da estrada municipal.- Plantio de essências nativas, acelerando a regeneração da mata ciliar em certos pontos da gleba.- elevação do nível do talude da represa, evitando rompimento e assoreamento das áreas subjacentes.

6.1.2- Área que será abrangida pela prática conservacionista- 1,5 Km de construção e reforma de cerca- 1 ha de plantio de essências nativas- 160 m2 de área ocupada pela elevação do aterro da represa.

6.1.3- Época em que as práticas serão realizadasDurante os 6 primeiros meses da data de autuação.

6.1.4- Custo total de maquinário envolvido nas práticas conservacionistas- Mudas de espécies nativas--- 751 mudas – R$ 325,50- Construção e reforma de cercas 1,5 Km ---R$ 750,00- Elevação do aterro ---R$ 1.500,00

6.2- Gleba 56.2.1- Tipo de Práticas recomendadas 6.2.1.1-Construção de caixas de captação, evitando o assoreamento do córrego.6.2.1.2- Quebra de barrancos e levantamento do leito da estrada, evitando erosão no leito e obstrução do transito de pessoas e produção.

6.2.2- Toda a área em torno das estradas rurais e uma área de construção de caixas de captação de 8 m de raio.

6.2.3- Época em que as práticas serão realizadasDurante os 6 primeiros meses da data da autuação

6.2.4- Custo total de maquinário envolvido nas práticas conservacionistas6.2.5- A estrada rural que atravessa a propriedade, atende a outros produtores rurais

de propriedades vizinhas, sendo que todos pagam a taxa de conservação de estradas, emitida pela Prefeitura Municipal de José Bonifácio. Sendo possível então, um acordo entre os proprietários que usufruem do leito rodante, e a Prefeitura Municipal, uma ajuda na construção das caixas de captação de água, quebra de barrancos e adequação da via.

6.3- Gleba 1

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6.3.1- Reforma dos terraços e calcareamento do solo segundo análise química.

7- Recomendações Técnicas:7.1- Construção de caixas de captação de acordo com recomendações técnicas da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, a saber.- Espaçamento entre bacias de captação para uma estrada de 6 metros de largura e um declive de 0 a 5%, raio da bacia de 8 metros e precipitação máxima em 24 horas de 110 mm, obtidos na tabela 3 do manual de Microbacias hidrográficas da CATI. = 120 metros.Construção total de 7 bacias (localização no mapa em anexo).

7.2 – Construção e reforma de cercas em torno da área de app.- Cerca com três fios de arame farpado, e espaçamento entre palanques de 6 metros lineares.

7.3 - Os terraços estão locados de forma correta, respeitando o espaçamento e o desnível entre curvas exigidos pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento. A reforma de terraços, se dá com a contratação de um terraceador que deverá obedecer toda a extensão da curva de nível, elevando o talude a uma altura de 0,80 cm. Todos os terraços são de base larga com uma faxia de movimentação de terra com largura de 8 metros, do tipo “mangun”

7.4 – Na Gleba 02 – Cultura Perene – Café, não existe terraceamento, o que deve ser construído de maneira a não prejudicar a cultura ali existente.O tipo de terraço denominado “Nichols” de base estreita é o mais recomendado, sendo que o espaçamento vertical EV encontra-se em 1,5 metros e o espaçamento horizontal EH= 36 m.

7.5 – Plantio de essências nativas em área de APP. INVENTÁRIO FLORÍSTICO DAS ESSENCIAS A SEREM IMPLANTADAS.

Nome comumNome científico

Qtde Estágio de sucessãoP S1 S2 C

Jatobá hymenaea stilbocarpa 38 XAmarelinho terminalia brasiliensis 17 XAngico do cerrado

anadenanthera falcata 75 X

Aroeira preta myracroduon urundeuva 17 XBarbatimão stryphonodendron

adstrinens75 X

Canafístula peltophorumduvium 17 XCanela parda ocotea corymbosa 37 XCapitão do campo

terminalia argentea 17 X

Chá de bugre cordia sellowiana 37 XFaveiro pterodon emarginatus 17 XPalmito euterpe edulis 37 XGoiaba psidium guajava 17 XIpê amarelo do campo

tabebuia ocharacea 17 X

Jacarandá do campo

platypodium elegans 18 X

Pau jacaré piptadenia gonoacantha 75 X

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Pau de vinho plathymenia reticulata 17 XPeito de pombo

tapirira guianensis17 X

Pequi caryocar brasiliense 39 XTamboril enterolobium

contortisiliquum17 X

Vassourão piptocartha angustifólia 75 XMonjoleiro acácia polyphylia 75 X

751 375 188 113 75A relação percentual aproxima a proporção de 50: 25: 15 : 10

(pioneira: secundária inicial: secundária tardia: clímax).

7) METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO

REFLORESTAMENTO HETEROGÊNEO COM ESSÊNCIAS NATIVAS

Deverá ser adotado sistema de módulos repetidos de forma quadrada, como mostra a figura abaixo.

( P) (S2) (P) (P ) (S2) (P)

(S1) (C ) (S1) (S1) (C ) (S1)

(P ) (S1) (P ) (P ) (S1) (P )

Legenda: Os números colocados entre parênteses, indicam indivíduos pertencentes a espécies vegetais, tendo sempre ao centro (C) preferencialmente a espécie n (01) denominada Jatobá hymenaea stilbocarpa ou n (11) Palmito euterpe edulis, por serem espécies em estágio mais avançado de sucessão ecológica (C (climaces)). Os demais, pertencem aos estágios de pioneiras (P) e secundárias (iniciais (S1) e tardias (02) a serem escolhidas na tabela de inventário no item 6 deste memorial).

OBS. As espécies a serem implantadas deverão seguir o sentido longitudinal das curvas em nível do terreno e poderão ser substituídas por espécies do mesmo estagio de sucessão ecológica, dependendo da disponibilidade de mudas.

7.1 ESPAÇAMENTO E COVEAMENTO:

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O espaçamento indicado é o de 3x4 (3 metros na linha e 4 nas entrelinhas) para facilitar as roçadas mecânicas iniciais evitando a competição desigual por nutrientes e favorecer o sombreamento nocivo de plantas invasoras.As covas deverão ser cavadas com 0,60 m (sessenta centímetros), de largura, 0,60m (sessenta centímetros) de comprimento com uma profundidade de 0,80m (oitenta centímetros), sempre construindo um rebaixamento circular de 0,60 m de diâmetro por 0,10m de altura em torno das covas para captação de água, tanto de irrigação quanto pluvial.

7.2) PLANTIOO plantio das espécies deverão respeitar o calendário de execução para que não

sobrecarregue a execução e se consiga um melhor manejo no plantio já efetuado.Se as mudas adquiridas, forem geradas em tubetes, o cuidado com a irrigação deve

ser maior, devido a fragilidade das raízes.

7.3) MANEJO FLORESTAL A SER ADOTADO

- Limpeza das covas com enxada para evitar a competição e sombreamento das mudas recém plantadas.

- Irrigação periódica das covas durante o período de estiagem- Cercar a área para evitar a quebra ou perda de mudas.

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0,80m

0,60m

Colocar a terra superior na camada inferior da cova invertendo as posições originais da camada superior e inferior do solo.

A B

B

A

A

B

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- Durante o primeiro ano pode-se utilizar uma roçadeira com corte alto nas entrelinhas de plantio evitando assim competição entre as espécies introduzidas e invasoras.

- A área de reflorestamento, bem como as espécies implantadas deverão constituir aspecto preservacionista, não devendo ser explorada economicamente ou utilizar-se de qualquer forma de extrativismo.

7.4) CONTROLE DE INSETOS

FORMIGAS

Basicamente temos dois tipos de formigas cortadeiras, SAUVA E QUEMQUEM, podendo-se utilizar em época de estiagem iscas granuladas e microgranuladas dosando de 10 a 15 g/m2 do produto, e em épocas chuvosas, utilizar inseticida em pó, a base de fosforados como o Fosforothionato 10g/m2 do produto.

CUPINS

Destruição de montículos e aplicação de cupinicida líquido, caso seja cupim subterrâneo (sem a formação de montículos), utilizar cupinicida pó ao redor das mudas.

José Bonifácio, 27 de dezembro de 2004.

Ciente

José Rodrigues Valter Marques Pimentel FilhoCPF 333.818.958-34 Engenheiro Agrônomo CREA-SP 0601965470

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