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1 Projeto Técnico Fotovoltaico Smart Grid Parintins Versão 1.0 27/03/2013

Projeto Técnico Fotovoltaico – Smart Grid Parintins

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Furnas - Projeto Técnico Fotovoltaico – Smart Grid Parintins

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    Projeto Tcnico Fotovoltaico Smart Grid Parintins

    Verso 1.0

    27/03/2013

  • Pr o je to T cn i c o F o tov o l t a i c o S ma r t G r id Pa r i n t in s

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    Sumrio

    Projeto Tcnico de Gerao Distribuda Fotovoltaica em Parintins ............................ 5

    1 Dados do local de projeto ........................................................................... 5

    1.1 Localizao ....................................................................................................................... 5

    1.2 Bairros considerados ......................................................................................................... 5 1.3 Tipologia do terreno .......................................................................................................... 6

    2 Descrio do projeto .................................................................................. 6

    3 Escopo de fornecimento e servios ............................................................... 7

    4 Requisitos para a proposta.......................................................................... 9

    Anexo I - Apresentao de casas tpicas em que os sistemas sero instalados ............................ 10

    I.1. Exemplo A ...................................................................................................................... 10 I.2. Exemplo B ...................................................................................................................... 12

    I.3. Exemplo C ...................................................................................................................... 14 Anexo II - Caractersticas tcnicas das telhas presentes na cidade de Parintins 16

    II.1. Modelo Portuguesa ...................................................................................................... 16 II.2. Modelo Romana .......................................................................................................... 16

    Anexo III - Especificaes tcnicas do sistema fotovoltaico 17

    III.1. Normas ........................................................................................................................ 17

    III.2. Instalao Eltrica ....................................................................................................... 18 III.2.1. Diagrama unifilar esquemtico do sistema ............................................................ 18

    III.2.2. Requisitos para a instalao eltrica ...................................................................... 18 III.2.3. Perdas hmicas no sistema fotovoltaico ................................................................ 19

    III.2.4. Cabeamento CC ................................................................................................... 19 III.2.5. Proteo contra descargas atmosfricas, dispositivos de proteo contra surtos

    (DPS) 20 III.2.6. Equipotencializao.............................................................................................. 23

    III.2.7. Aterramento ......................................................................................................... 24 III.2.8. Fusveis FV, Disjuntor AC e Chaves seccionadoras CC e AC ............................... 24

    III.2.9. Instalao de cabos ............................................................................................... 24 III.3. Requisitos dos equipamentos ....................................................................................... 26

    III.3.1. Mdulos ............................................................................................................... 27 III.3.2. Inversores ............................................................................................................. 28

    III.3.3. Estrutura de montagem dos mdulos .................................................................... 30 III.4. Qualificao tcnica do pessoal e superviso da obra ................................................... 34

    III.5. Medidor de energia gerada .......................................................................................... 35 III.6. Caixa Principal Sistema FV ...................................................................................... 35

    III.6.1. Condies gerais de fornecimento ........................................................................ 36 III.6.2. Condies ambientais ........................................................................................... 36

    III.6.3. Materiais, pintura e proteo contra corroso. ....................................................... 37 III.6.4. Caractersticas mecnicas e eltricas ..................................................................... 37

    III.6.5. Caractersticas de Segurana: ............................................................................... 38 III.6.6. Instalao da caixa na casa/prdio ........................................................................ 38

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    III.6.7. Inspeo da caixa principal ................................................................................... 39 III.7. Sistema de Monitoramento Remoto ............................................................................. 42

    III.7.1. Estao meteorolgica .......................................................................................... 43 III.7.2. Sistemas de Aquisio de dados em 5 inversores .................................................. 46

    III.7.3. Equipamento com microprocessador e dispositivos para interface HM ................. 47 III.7.4. Aplicativo (software) para anlise de desempenho e Banco de dados .................... 47

    III.8. Comissionamento ........................................................................................................ 50 III.9. Treinamento dos funcionrios da CONTRATANTE .................................................... 51

    III.9.1. Capacitao terica e prtica ................................................................................ 51 III.9.2. Elaborao de documentao ................................................................................ 51

    III.9.3. Manuteno e operao assistidas ......................................................................... 52 III.9.4. Definio do cronograma de pagamentos ............................................................. 52

    III.10. Garantias tcnicas e penalidades contratuais ................................................................ 54 III.10.1. Garantia de tempo para a concluso ...................................................................... 54

    III.10.2. Garantias de fabrica .............................................................................................. 55 III.10.3. Garantia do sistema .............................................................................................. 55

    III.11. Garantia de Desempenho da Planta Fotovoltaica.......................................................... 56 III.12. Critrios de rejeio da obra e resciso do contrato ...................................................... 58

    Anexo IV -Planilha de apresentao dos preos ......................................................................... 59 Anexo V - Especificao tcnica para cabos concntricos ET-PAR-004/2011 ........................ 61

    1. OBJETIVO .............................................................................................. 63

    2. REFERNCIAS ......................................................................................... 63

    2.1. Legislao e Regulamentos Federais sobre o Meio Ambiente ........................... 63

    2.2. Normas Tcnicas ..................................................................................... 63

    3. CONDIES GERAIS................................................................................ 65

    3.1. Condies de servio ............................................................................... 65

    3.2. Dados tcnicos ....................................................................................... 65

    3.3. Formao do cabo ................................................................................... 65

    3.4. Condutores ............................................................................................ 66

    3.5. Isolao ................................................................................................. 66

    3.6. Identificao do cabo ............................................................................... 66

    3.7. Acondicionamento ................................................................................... 67

    3.8. Garantia ................................................................................................ 68

    4. CONDIES ESPECFICAS ........................................................................ 68

    4.1. Condutor Fase - Central ........................................................................... 68

    4.2. Condutor Neutro Concntrico .................................................................... 69

    4.3. Fita Separadora ...................................................................................... 69

    4.4. Isolamento em XLPE ................................................................................ 69

    4.5. Cobertura Externa em XLPE ...................................................................... 69

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    5. INSPEO .............................................................................................. 70

    5.1. Geral ..................................................................................................... 70

    5.2. Ensaios de rotina .................................................................................... 72

    6. PLANOS DE AMOSTRAGEM ........................................................................ 74

    6.1. Ensaios de rotina .................................................................................... 74

    6.2. Ensaios especiais .................................................................................... 74

    6.3. Ensaios de tipo ....................................................................................... 74

    Anexo VI - Medidores de energia inteligentes e sistema de telecomunicao de Parintins ......... 79 VI.1. Modelos dos Medidores ............................................................................................... 79

    VI.2. Descrio do sistema de medio avanada ................................................................. 79

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    Projeto Tcnico de Gerao Distribuda Fotovoltaica em Parintins

    1 Dados do local de projeto

    1.1 Localizao

    Pas: Brasil

    Estado: Amazonas

    Cidade: Parintins

    Latitude/ Longitude /Altitude: 2,36S / 56,44 W / 60 m acima do nvel do mar

    Extenso da rea de projeto: cerca 3,5 km por 1 km

    1.2 Bairros considerados

    Figura 1-1: Bairros de Parintins em que os sistemas FV sero instalados (rea delimitada pela linha vermelha).

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    1.3 Tipologia do terreno

    Urbano com predominncia de casas correspondendo a mais de 95% das habitaes existentes. As casas possuem na sua grande maioria 1-2 andares com a exceo de alguns prdios de 3-4 andares.

    2 Descrio do projeto

    O projeto piloto engloba a instalao turn-key de sistemas fotovoltaicos com potncia total instalada de, no mnimo, 120 kWp, em sistemas de cerca de 3 kWp instalados sobre telhados de telhas de barro, a serem escolhidos de uma amostra de at 120 edificaes previamente identificadas pela CONTRATANTE. Cada sistema dever ser ligado rede eltrica de baixa tenso (127VFN/220VFF). Um desenho esquemtico mostrado na Figura 2-1. No Anexo I so apresentados os modelos de casas presentes na cidade de Parintins e no Anexo II os tipos de telhas encontradas na cidade.

    Os sistemas fotovoltaicos devem ser integrados no sistema de medio inteligente (AMI advanced metering infrastructure) implementado na cidade de Parintins. O mesmo deve ser capaz de receber e armazenar dados de gerao de cada sistema fotovoltaico (FV). Um sistema de monitoramento dever ser desenvolvido e implantado de forma integrada rede inteligente para o monitoramento do desempenho dos sistemas e alerta de falhas na gerao.

    Atravs da rede inteligente, o sistema ser capaz de reduzir o prazo de deteco e correo de problemas tcnicos dos sistemas FV, aprimorando o desempenho dos mesmos.

    A especificao tcnica do sistema fotovoltaico e dos principais equipamentos, inclusive a listagem das normas relacionadas, encontra-se no Anexo III e a planilha para apresentao discriminada dos preos de equipamentos e servios encontra-se no Anexo IV.

    Figura 2-1: Desenho esquemtico do sistema fotovoltaico

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    3 Escopo de fornecimento e servios

    Item Item detalhado

    I. Estudos

    1. Levantamento da estrutura e anlise estrutural de at 120 casas definidas pelo contratante, visando selecionar de 25 a 44 (de acordo com a especificao da proposta vencedora) + 20% casas aptas instalao dos sistemas fotovoltaicos. Para cada casa ser avaliado se a sua estrutura suporta um ou mais sistemas FV.Apresentao dos resultados CONTRATANTE e seleo em conjunto das casas em que sero instalados os sistemas FV.A critrio da CONTRATANTE, caso a estrutura da casa no suporte o sistema FV, deve se descrever e orar o reforo estrutural para suportar o sistema. Tais reforos estruturais devem ser restritos a intervenes pontuais (1-2 pontos fracos da construo que limitam a capacidade de suportar a carga e mnima interveno).

    2. Avaliao quantitativa da energia a ser gerada por cada sistema FV, incluindo perdas por sombreamento e orientao.

    II. Projeto Executivo

    1. Elaborar as plantas com a disposio do arranjo, inversor e os demais componentes (cabeamento, caixa de juno, inversor, medidor, conexo a rede, entre outros) para cada configurao de sistema (p.ex. configurao do gerador, disposio das strings, conexo da estrutura do sistema ao telhado, tipo de proteo, presena de datalogger do inversor,etc) para aprovao pela CONTRATANTE e dono da edificao.

    2. Caso a casa possua um SPDA externo, deve-se elaborar umprojeto de integrao do sistema FV ao sistema SPDA da edificao conforme as normas cabveis. No oramento deve-se considerar a existncia de SPDA em 10% das edificaes.

    3. ART para o conjunto de projetos eltricos e civis. 4. Projeto do sistema de monitoramento do desempenho, integrado

    rede inteligente.

    III. Fornecimento dos

    equipamentos para os

    sistemas FV

    1. Mdulos fotovoltaicos. 2. Estrutura de suporte para a fixao do arranjo fotovoltaico ao

    telhado, com a incluso de todos os acessrios. 3. Inversor adequado para operao em paralelo com a rede de baixa

    tenso. 4. Demais materiais

    a. Cabos de string (conexo entre os mdulos e ao inversor); b. Conectores MC4 ou equivalente; c. Caixa de juno com fusveis de string, caso necessrio; d. Cabos CC, caso o sistema possua caixa de juno; e. Chave CC de desconexo em carga do gerador fotovoltaico; f. DPS para proteo da entrada CC do Inversor; g. DPS para proteo da sada CA do inversor;

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    Item Item detalhado

    h. Disjuntor de proteo; i. Hastes e condutores de aterramento do sistema; j. Disjuntores de proteo na sada CA do inversor, conforme

    especificao do fabricante do inversor; k. Chave de desconexo CA em carga, conforme Resoluo ANEEL

    482/2012; l. Cabos, condutores e materiais que so necessrios para ligao

    entre equipamentos e do sistema FV rede eltrica da distribuidora;

    m. Demais materiais necessrios instalao dos sistemas.

    5. Caixa principal do sistema FV com proteo contra insolao e com ventilao suficiente para manter a temperatura nas condies compatveis com o inversor e medidor.

    IV. Instalao do

    sistema FV

    1. Reforo estrutural na cobertura, caso necessrio. 2. Montagem mecnica (estrutura, mdulos, quadros etc.); 3. Instalao eltrica (cabeamento, caixa principal, inversor, medidor,

    interligao etc.).

    V. Sistema de

    Monitoramento

    Remoto

    1. Fornecer e instalar uma estao meteorolgica. 2. Fornecer e instalar um sistema de anlise do desempenho e aquisio

    de dados com interface para a rede inteligente e estao meteorolgica.

    VI. Comissionamento

    1. Apresentar os procedimentos de comissionamento do sistema atendendo no mnimo os requisitos da IEC 62446 (Este documento deve ser entregue no mnimo 4 semanas antes do inicio do comissionamento.);

    2. Medio da curva corrente sobre tenso e avaliao da potncia DC de cada string e do arranjo;

    3. Medio da potncia CA do sistema fornecida pelo inversor e comparao com o desempenho esperado, a partir da irradiao e temperatura do mdulo medido no mesmo instante;

    4. Verificao de pontos quentes nos mdulos e conexes atravs de medio por termoviso;

    5. Medio do isolamento de cada string com o Megger; 6. Comissionamento dos demais equipamentos do sistema conforme IEC

    62446.

    VII. Documentao

    1. Diagrama unifilar; 2. Registro fotogrfico das instalaes; 3. Laudo estrutural de cada telhado com estrutura do sistema; 4. Memrias de clculo; 5. Catlogos e manuais de instalao e operao dos equipamentos e

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    Item Item detalhado

    materiais; 6. Relatrios dos testes de comissionamento da instalao e formulrios

    de comissionamento preenchidos.

    VIII. Treinamento

    1. Treinamento sobre a operao e manuteno para os tcnicos da concessionria (equipe de campo);

    2. Treinamento sobre o monitoramento remoto para tcnicos da concessionria (equipe do centro de operao).

    IX. Garantia e

    monitoramento

    remoto

    1. 12 meses de garantia de desempenho (Performance Ratio PR mnimo garantido);

    2. 11 meses de monitoramento remoto para verificao do desempenho.

    4 Requisitos para a proposta

    a) Informar:

    i) A potncia total de mdulos a ser fornecido em kWp (condies STC); ii) O preo global incluindo todos os impostos incidindo sobre o fornecimento de bens e

    servios em Parintins-AM, em Reais; iii) O preo global especifico, i.e. o preo global (item ii) dividido pela potncia a ser

    fornecida (item iii) em R$/kWp.

    b) Detalhamento de preo por item, discriminando impostos (considerando os impostos aplicveis no estado do Amazonas, Municpio de Parintins), conforme Anexo IV;

    c) Descrio dos equipamentos utilizados, inclusive com apresentao de catlogos e manuais tcnicos, fabricante, modelo e caractersticas dos equipamentos principais:

    i) Mdulos fotovoltaicos ii) Inversor

    iii) Sistema de montagem dos mdulos iv) Caixa Principal do sistema FV v) Equipamentos da estao meteorolgica e respectivo sistema de monitoramento

    remoto; vi) Demais equipamentos e materiais

    Diagrama unifilar do sistema padro proposto;

    Cronograma para a implantao do projeto.

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    Anexo I - Apresentao de casas tpicas em que os sistemas sero instalados

    I.1. Exemplo A

    Inclinao do telhado 10o a 20o

    Tipo de telhado Telhas de barro (cermica) dos tipos portuguesa/romana (ver detalhes no Anexo II)

    Tipos de madeiras utilizadas para as vigas e caibros - angelin vermelho, angelin ferro, cupiuba, massaranduba e sucupira

    Tipos de madeiras utilizadas para ripetas/ripes madeira louro

    Figura I-1: Croqui da estrutura da casa A.

    Viga portante 2 x 8

    Parede

    Muro

    Viga portante 2 x 8

    gua 1

    11 m

    14 caibros a 80 cm de 2x6

    3 m

    4 m

    1 m

    Pilar de madeira 15 cm de dimetro

    3,2 m

    gua 2

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    Figura I-2: Foto da casa do exemplo A.

    Figura I-3: Foto das vigas e caibros da estrutura da casa do exemplo A.

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    I.2. Exemplo B

    Inclinao do telhado 20o a 30o

    Tipo de telhado Telhas de barro (cermica) do tipo portuguesa/romana (ver detalhes no Anexo II)

    Tipos de madeiras utilizadas para as vigas e caibros - angelin vermelho, angelin ferro, cupiuba, massaranduba e sucupira

    Tipos de madeiras utilizadas para ripetas/ripes madeira louro

    Figura I-4: Croqui da estrutura da casa do exemplo B.

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    Figura I-5: Foto frontal do telhado e da casa do exemplo B.

    Figura I-6: Foto lateral de trs do telhado e da casa do exemplo B.

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    I.3. Exemplo C

    Inclinao do telhado 20o a 30o

    Tipo de telhado Telhas de barro (cermica) tipo portuguesa/romana (ver detalhes no anexo II)

    Tipos de madeiras utilizadas para as vigas e caibros angelin vermelho, angelin ferro, cupiuba, massaranduba e sucupira

    Tipos de madeiras utilizadas para ripetas/ripes madeira louro

    Figura I-7: Croqui da estrutura da casa do exemplo C.

    gua 1

    gua 2

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    Figura I-8: Foto lateral da estrutura da casa do exemplo C.

    Figura I-9: Foto lateral do telhado e da estrutura da casa do exemplo C.

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    II.1. Modelo Portuguesa

    Caractersticas Largura - 22 cm Comprimento 41 cm Largura embutido 17 cm Comprimento embutido - 34 cm

    17 telhas por m

    2,3 2,4kg/telha

    II.2. Modelo Romana

    Caractersticas Largura - 22 cm Comprimento 41 cm Largura embutido 17 cm Comprimento embutido - 34 cm

    17 telhas por m

    2,3 2,4kg/telha

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    III.1. Normas

    O projeto de implantao dos sistemas fotovoltaicos dever atender ao que dispem as recentes verses das normas tcnicas e as recomendaes aprovadas, buscando, primeiramente, o total atendimento das normasda Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.

    H casos em que so citadas normas internacionais nas especificaes tcnicas dos equipamentos e materiais, entretanto se antes do processo de aquisio dos equipamentos for lanada norma ABNT equivalente, esta poder ser aceita.

    Nos casos em que as normas da ABNT no existam ou so omissas, deve-se observar as ltimas revises dos padres das seguintes organizaes:

    ANSI - American National Standards Institute

    ASTM - American Society for Testing and materials

    ICEA - Insulated Cable Engineers Association

    IEC - International Electrotechnical Commission

    IIW - International Institute of Welding

    IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

    ISO - International Organization for Standardization

    NEMA - National Electrical Manufacturers Association

    EIA - Electronic Industries Association

    CCITT - Comit Consultivo Internacional de Telefonia e Telegrafia

    OSF - Open Software Foundation.

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    III.2. Instalao Eltrica

    III.2.1. Diagrama unifilar esquemtico do sistema

    Figura III-1: Diagrama unifilar do sistema fotovoltaico a ser instalado em residncias

    III.2.2. Requisitos para a instalao eltrica

    Toda instalao deve seguir os padres das normas:

    NBR 13570:1996 instalaes eltricas em locais com afluncia publica

    NBR 5410:2004 sistemas em baixa tenso.

    O dimensionamento de dispositivos de proteo e cabeamento deve ser baseado no padro nacional para instalaes de baixa tenso (NBR 5410) e nas informaes tcnicas dos fabricantes de inversores e demais equipamentos utilizados.

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    III.2.3. Perdas hmicas no sistema fotovoltaico

    As perdas hmicas em todo circuito (CC e CA at o ponto de conexo a rede) no devem ultrapassar o valor de 1,5% da potncia nominal do sistema, nas condies STC. Para cada tipo de sistema instalado (configurao do arranjo, cumprimento de condutores) ou para o pior caso, a conformidade com este requisito deve ser demonstrada por memria de clculo.

    III.2.4. Cabeamento CC

    III.2.4.1. Cabeamento CC de string fotovoltaico

    O cabeamento do circuito CC, responsvel pelas ligaes entre os mdulos fotovoltaicos e entre os mdulos e a caixa de juno ou a caixa principal, dever atender o requisito da Tabela III-1.

    Tabela III-1: Requisitos para cabeamento CC de string

    Item No. Descrio Requisito

    1 Normas e padres

    1.1 Norma especifica para cabos de string em sistemas fotovoltaicos TV 2 Pfg 1169/08.2007

    ou UL4703

    III.2.4.2. Cabeamento CC entre caixa de juno e caixa principal

    Se houver caixa de juno, o cabo de conexo entre esta e a caixa principal deve seguir os requisitos da Tabela III-2 a seguir.

    Tabela III-2: Requisitos para cabeamento CC de string

    Item No. Descrio Requisito

    1 Requisitos Gerais

    1.1 A prova de intempries e resistente a raios UV Exigido

    1.2 Perodo de uso esperado/estimado na condio ambiental da instalao

    25 anos

    2 Requisitos Tcnicos

    2.1 Faixa de Temperatura de Operao Pelo menos 90C

    2.1 Umidaderelativa de Operao Pelo menos 90%

    2.3 Marcas e cdigo de designao no cabo Exigido

    3 Normas e padres

    3.1 Classe de segurana / isolamento Isolamento duplo

    (conforme safetyclassII - IEC 61140 ou equivalente)

    3.2 Ensaio para cabos eltricos sob condio de fogo: integridade do circuito

    Deve manter o isolamento por no mnimo de 60 segundos

    (conforme IEC 60331 ou equivalente)

    3.3 Ensaio para cabos eltricos sob condio de fogo: propagao de fogo

    No deve propagar fogo ao longo do cabo (conforme IEC

    60332 ou equivalente)

    4 Documentao

    4.1 Catlogo com as caractersticas construtivas e dos materiais empregados, das caractersticas eltricas e das resistncias mecnicas e ambientais,

    Exigido

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    III.2.4.3. Cabeamento para conexo de equipamentos na caixa principal

    De forma geral, toda a fiao de baixa tenso at 1.000 V deve possuir as seguintes caractersticas:

    Condutor: metal composto de fios de cobre nu, tmpera mole. Encordoamento Classe 5;

    Isolao: composto termofixo em dupla camada de borracha HEPR (EPR / B alto mdulo);

    Enchimento: composto poliolefnico no halogenado;

    Capa: composto termoplstico com base poliolefnica no halogenada.

    III.2.4.4. Cabeamento CA para conexo a rede

    A conexo do circuito de sada CA da caixa principal rede eltrica dever ser feito por cabo concntrico, conforme especificao do Anexo V.

    III.2.5. Proteo contra descargas atmosfricas, dispositivos de proteo contra surtos (DPS)

    Normas a serem consideradas: NBR 5419, IEC 61643-1, IEC 62305-3.

    Todos os dispositivos de proteo contra surtos devem ter garantia contra defeitos de fbrica por no mnimo 2 anos.

    O projeto e a execuo da instalao do sistema FV integrado cobertura das edificaes deve considerar os seguintes requisitos para a proteo contra descargas atmosfricas e surtos1.

    Existem duas situaes em relao s casas e edificaes:

    Situao A: Edificaes sem sistema de proteo contra descargas atmosfricas (SPDA) externo;

    Situao B: Edificaes com sistema de proteo contra descargas atmosfricas (SPDA) externo.

    As consideraes sobre as duas situaes mencionadas esto descritas a seguir:

    III.2.5.1. Situao A Edificao sem sistema de proteo contra descarga atmosfrica (SPDA) externo

    No caso em que a edificao no possua um sistema SPDA instalado e nem previso para sua instalao, no necessria a instalao do mesmo. Porm, em casos que se trata de uma edificao pblica ou de afluncia pblica devero ser verificadas as exigncias de SPDA antes de realizar o projeto FV.

    1 Estes requisitos e recomendaes foram elaborados com base no workshop "Proteo contra raios para sistemas FV" em Kassel, Alemanha, em 20 setembro de 2007. Os requisitos refletem as recomendaes aceitas pelos peritos da indstria fotovoltaica, peritos em proteo, empresas de integrao e de instalao de sistemas fotovoltaicos como tambm cientistas da rea. Os requisitos foram publicados em formato de uma apostila pela Associao Alem da Indstria Solar BSW (www.solarwirtschaft.de) e Associao Alem dos Profissionais de Instalao Eltrica www.zveh.de em 2008. Download: http://de.krannich-solar.com/fileadmin/content/news/BSW_Solar_Blitzschutz.pdf

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    Figura III-2: Esquema de uma casa sem SPDA com arranjo fotovoltaico no telhado

    Em edificaes sem SPDA, devero ser realizadas as seguintes medidas:

    1) Aterramento do sistema FV as esquadrias dos mdulos e as estruturas metlicas de montagem devero ser adequadamente aterradas:

    Para este fim, as esquadrias dos mdulos e as estruturas de montagem devero ser interligadas por um condutor de aterramento diretamente com a malha de aterramento. A seo transversal do condutor dever ser de pelo menos 10 mm de cobre (ou bitola equivalente);

    O condutor de aterramento dever ser conduzido em paralelo e muito prximo aos cabos CC.

    2) Utilizao de dispositivos de proteo contra surtos (DPS):

    DPS2 do tipo 2 (proteo mdia), em cada polo;

    Na entrada CC do inversor;

    Na caixa de conexo dos strings fotovoltaicos, se houver.

    DPS combinado do tipo 1 (proteo) e 2:

    Na sada CA do inversor.

    Ao selecionar o DPS deve-se observar a tenso mxima de operao do sistema fotovoltaico. Os DPSs devem estar de acordo com a NBR IEC 61643-11:2011.

    3) Ao selecionar o DPS deve-se observar se o circuito de corrente contnua ou alternada. Deve-se observar tambm a tenso mxima de sua conexo. No circuito CC do gerador fotovoltaico isso corresponde a tenso mxima de operao do sistema FV. Os DPS devem estar de acordo com a IEC 61643-11:2011.

    4) Alternativamente a colocar um DPS do tipo 2 na entrada do inversor, os cabos string (cabos unipolares com duplo isolamento) podero ser colocados em uma nica canaleta metlica (ou

    2 Classificao do DPS (Dispositivo de Proteo contra Surtos) conforme a NBR IEC 61643-11:2011

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    eletrocalha com tampa) projetada para abrigar condutor de seo equivalente de 10 mm de cobre. A canaleta dever garantir a continuidade eltrica e ser conectada com conectores adequados/especiais estrutura do sistema FV de um lado e barra de aterramento principal do outro lado. Opcionalmente, podero ser utilizados cabos blindados para a interligao do gerador FV e o inversor;

    5) Os inversores devero ser equipados com DPS do tipo 3 (proteo fina);

    6) Posicionar os condutores string / CC visando reduzir a induo nesses circuitos:

    o Dever ser evitada a criao de laos de condutores conforme o desenho na Figura III-3.

    Figura III-3: Disposio de condutores no arranjo fotovoltaico

    III.2.5.2. Situao B Edificao com sistema de proteo contra descarga atmosfrica (SPDA) externo

    Figura III-4: Esquema de uma casa com SPDA com arranjo fotovoltaico no telhado

    No caso em que a edificao j possua um sistema SPDA ou no caso em que as regulamentaes de construo e normas tcnicas (ex. a NBR 5419/2005), como tambm, termos contratuais de seguros faam

    s s

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    necessrio o uso de um SPDA, o sistema fotovoltaico dever ser integrado ao SPDA. Neste caso, haver necessidade de um projeto de SPDA e a sua integrao ao sistema FV.

    As seguintes medidas devero ser respeitadas no projeto e na realizao:

    1) O projeto da integrao do sistema FV dever ser de acordo com a NBR 5419:2005 e a classe de proteo exigida pelo tipo de construo;

    2) De preferncia, o sistema FV e o SPDA devero ser projetados de tal forma que o sistema FV (mdulos FV, estrutura de montagem, condutores, inversores, etc.) esteja localizado na rea de proteo do SPDA;

    3) A fim de evitar centelhamento entre o sistema SPDA (captores, condutores, sistema de descida, etc.) e o sistema FV (mdulos FV, estrutura de montagem, condutores, inversores etc.), a distncia de separao s (Figura III-4) dever ser respeitada. A observao da distncia de separao necessria para evitar arcos eltricos e outras interferncias do SPDA no sistema FV. As distncias de separao tpicas variam entre 0,5 e 1 m. Para o projeto executivo, as distncias de separao devero ser calculadas conforme a Norma NBR 5419:2005;

    4) Caso o sistema esteja dentro da rea de proteo do SPDA e a distncia de separao seja respeitada, os inversores devero ser protegidos por DPS tipo 2 na sua entrada CC;

    5) Alternativamente a colocar um DPS do tipo 2 na entrada do inversor, os cabos string (cabos unipolares com duplo isolamento) podero ser colocados em uma nica canaleta metlica (ou eletrocalha com tampa) projetada para abrigar condutor de seo equivalente de 10 mm de cobre. A canaleta dever garantir a continuidade eltrica e ser conectada com conectores adequados/especiais estrutura do sistema FV de um lado e barra de aterramento principal do outro lado. Opcionalmente, podero ser utilizados cabos blindados para a interligao do gerador FV e o inversor;

    6) Caso a distncia de separao ou a localizao do sistema na rea de proteo do SPDA no possa ser respeitada, indispensvel o uso de DPS do tipo 1 nos pontos indicados na figura III.4. Alternativamente, possvel a colocao dos cabos string (cabos unipolares com duplo isolamento) em uma nica canaleta metlica (ou bandeja com tampa) com ampacidade suficiente para conduzir a corrente de surto atmosfrico. A canaleta metlica dever ser projetada para abrigar condutor de seo equivalente de 16 mm de cobre e ser conectada com conectores adequados a estrutura do sistema FV de um lado e a barra de aterramento principal do outro lado.

    7) Os inversores devero ser equipados com DPS do tipo 3 (proteo fina);

    8) A sada CA dos inversores dever ser protegida por um DPS combinado tipo 1 e 2;

    9) Ao selecionar o DPS deve-se observar se o circuito de corrente contnua ou alternada. Deve-se observar tambm a tenso mxima de sua conexo. No circuito CC do gerador fotovoltaico isso corresponde a tenso mxima de operao do sistema FV. Os DPS devem estar de acordo com a IEC 61643-11:2011.

    10) Posicionar os condutores string / CC visando reduzir a induo nesses circuitos. Deverser evitada a criao de laos de condutores conforme o desenho na Figura III-3.

    III.2.6. Equipotencializao

    De acordo com a NBR 5410, para garantir a proteo, todas as partes metlicas no destinadas a conduzir corrente devero estar interligadas eletricamente, e isoladas da parte viva, tais como a caixa principal

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    sistema FV, disjuntores, portas metlicas, telas, etc, devendo ser ligadas malha de terra do sistema com condutor de cobre nu.

    O barramento de equipotencializao principal (BEP) deve ser localizado no painel de controle. Quanto aos condutores de equipotencializao, seu dimensionamento dever ser feito de acordo com a NBR 5410.

    III.2.7. Aterramento

    De acordo com a NBR 5410, a infraestrutura de aterramento deve ser concebida para ser confivel e satisfazer os requisitos de segurana das pessoas, operando satisfatoriamente nos casos de falta sem acarretar danos ao sistema. A resistncia de aterramento deve ser inferior a 5 ohms.

    O condutor de aterramento deve ser de cobre, o mais curto e reto possvel, sem emendas ou qualquer objeto que possa causar interrupes. O aterramento deve ser feito por meio de pelo menos uma haste de ao cobreada (copperweld) de 2m de comprimento e dimetro , com a respectiva caixa de aterramento em PVC, mantendo acessvel a conexo da haste .Os condutores terra devero ser na cor verde ou verde/amarelo, segundo o padro brasileiro. As hastes de aterramento devero atender, no mnimo, as condies aplicadas pela norma NBR 13571. Interconexes entre os eletrodos devem ser feitas com condutores de cobre nu, que possuam uma seo de, pelo menos, 10 mm.

    III.2.8. Fusveis FV, Disjuntor AC e Chaves seccionadoras CC e AC

    Os fusveis devem ser colocados na sada de cada string tanto no polo positivo quanto do polo negativo.O fusvel deve ser para corrente contnua,do tipo gPV, que apropriado para operao em sistemas fotovoltaicos.

    O projeto executivo dever prever que o(s) disjuntor(es) de baixa tenso AC dever(o) ser do tipo disjuntor termomagntico, manopla de comando frontal, frequncia de trabalho 60 Hz, dimensionando a capacidade de interrupo de acordo com cada circuito, grau de proteo IP20, conexo de entrada por ambos os lados, com sinalizao de posio dos contatos. Devem ser respeitadas as normas IEC 60947-2 e NBR 5410:2004.

    As chaves seccionadoras devem ser do tipo que abrem o circuito sob corrente. No podem ser usadas duas chaves monopolares. A chave seccionadora CC deve ser para corrente nominal mnima superior a 110% da corrente de curto-circuito do painel fotovoltaico e suportar at 1.000 Vcc quando aberta. A chave seccionadora CA deve ser para corrente nominal de 15 A, corrente mxima de 120 A, tenso AC de 220 V, 60 Hz. A chave seccionadora AC deve ser montada na caixa principal de tal forma que se possa verificar seu status: aberta ou fechada atravs de visor transparente mesmo com a caixa fechada.

    Os fusveis FV, disjuntor AC e chaves seccionadoras CC e AC devem apresentar garantias contra defeitos de no mnimo 2 anos.

    III.2.9. Instalao de cabos

    Todos os cabos e condutores devem ser fixados em estruturas de modo a garantir que os esforos mecnicos no danifiquem o cabo e devem considerar:

    Aes permanentes: peso prprio dos cabos e condutores;

    Aes variveis: vento, chuva e outras que sejam aplicveis;

    No dever haver movimentos do cabo que possam desgastar a sua cobertura ou isolamento.

    A opo mais simples para fixar os cabos com braadeira. Tubos flexveis de proteo, calhas e grampos tambm podero ser usados como sistemas alternativos de fixao.

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    Os vrios materiais da fixao, tais como as braadeiras dos cabos, devem tambm ser resistentes aos agentes atmosfricos.

    III.2.9.1. Instalao de cabos FV e conectores

    Cabos FV e conectores no devem ser colocados em qualquer bandeja ou depresso, ou atrs de alguma barreira onde a gua possa se acumular. Deve-se assegurar que eles nunca iro acumular gua.

    Cabos FV e conectores devem ser protegidos contra qualquer fora, incluindo vibraes induzidas pelo vento que podem instantaneamente ou a longo prazo (acima de 25 anos de vida til) danificar os cabos e conectores FV.

    Durante o processo de instalao, os conectores no podem ser abertos sem a tampa de proteo, exceto para o momento em que eles esto sendo conectados, para assegurar que no possa entrar umidade no encapsulamento IP67. Isto tambm significa que os mdulos devem ser entregues no local curto-circuitados (conectores positivo e negativo conectados) ou com tampas apropriadas que protegem o conector contra a entrada de gua, nvoa, poeira ou qualquer outra substncia que possa impactar no funcionamento do conector durante sua vida til (> 25 anos).

    III.2.9.2. Cabos CC entre o arranjo FV e a caixa principal

    Os cabos CC devero ser conduzidos atravs de eletrodutos entre o gerador fotovoltaico (interconexes entre os mdulos FV no necessitam de eletroduto) at a caixa principal.

    A instalao dever ser toda aparente para facilitar a manuteno do sistema. Os eletrodutos devem ser prprios para instalaes externas, resistentes a intempries e a raios UV; devem ser instalados de tal forma que no possibilitem a entrada e reteno de gua.

    Se houver necessidade de caixa de juno, para interconexo dos strings fotovoltaicos em paralelo, a caixa deve:

    No mnimo ser de classe de proteo IP54 (NBR 6146) na condio de cabos instalados. Isto significa que entrada e sada dos cabos devem estar conforme as exigncias de IP54 ou maior;

    Ser de material no corrosivo e resistente radiao solar (exposio externa com radiao solar direta);

    Ser equipada com bornes para interconexo dos cabos eltricos dos mdulos e do cabo caixa principal; os bornes devem estar claramente identificados;

    Proteger os contatos eltricos e bornes contra esforos mecnicos do cabo (prensa cabo ou dispositivo com a mesma funo);

    Ser fixada de modo a evitar ao mximo a ao de intempries;

    Ter garantia de no mnimo 2 anos contra defeitos e corroso/degradao.

    III.2.9.3. Conexo Rede Eltrica

    A conexo do sistema fotovoltaico rede deve ser realizada com cabo concntrico, de acordo com as especificaes do Anexo V, a partir da barra AC da caixa principal at o ponto de conexo na rede indicado pela Distribuidora Eletrobras Amazonas Energia.

    A altura do cabo para conexo a rede eltrica deve ficar no mnimo a 3 metros do solo conforme norma tcnica da distribuidora local.

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    De preferncia, o apoio mecnico do cabo ser o mesmo ou similar aquele utilizado para o cabo do padro de entrada do consumidor. A Figura III-5 mostra um exemplo de padro de entrada da Concessionria.

    Figura III-5: Exemplo de padro de entrada (Fonte: ET-PAR-004-2011 - Servios - ANEXO II - Poste Padro)

    No caso da sada em CA para a rede no atender aos requisitos tcnicos mnimos da distribuidora e/ou da impossibilidade da caixa principal ser instalada na edificao escolhida, eventualmente a CONTRATANTE pode estudar alternativas sugeridas pela CONTRATADA, como, por exemplo, a instalao de um poste auxiliar ou a instalao da caixa principal em poste.

    III.3. Requisitos dos equipamentos

    Uma descrio tcnica dos componentes eltricos deve ser fornecida e deve determinar claramente o tipo de tecnologia do mdulo a ser usado. Referncias suficientes devem ser fornecidas para dar suporte seleo da tecnologia. mandatrio que o inversor proposto deva satisfazer as regras e procedimentos do sistema eltrico nacional e padres de teste internacionais.

    Um diagrama de cabos deve identificar claramente o nmero de mdulos conectados em srie, nmero de strings conectadas e de seguidores de ponto de mxima potncia (MPPT Maximum Power Point Tracker) por inversor, incluindo a localizao dos dispositivos de proteo contra sobretenso e localizao dos inversores.

    Todos os equipamentos e caixas devem ser acondicionados de modo a garantir a proteo adequada durante o transporte, manuseio nas operaes de carga e descarga e armazenamento abrigado.

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    III.3.1. Mdulos

    Cada sistema fotovoltaico deve ter potncia total de mdulos instalados compatvel com o inversor. Os critrios 3.1 e 3.2 da tabela dos requisitos para o inversor (tabela III-3) definiro a potencia CC (em kWp na condio STC) de cada arranjo.

    Todo o transporte, armazenamento, manejo e instalao dos mdulos devem ser de acordo com as especificaes do fabricante, para no invalidar a garantia de fbrica do mdulo.

    A tabela III-3a seguir mostra os requisitos tcnicos especficos para o mdulo a ser usado no projeto:

    Tabela III-3: Requisitos gerais para mdulos fotovoltaicos c-Si

    Item No.

    Descrio Requisito

    1 Caractersticas dos Mdulos FV c-Si

    1.1 Tipo da Clula Poli ou Mono Cristalino

    1.2 Eficincia mnima do mdulo 13%

    1.3 Tenso mxima suportvel do sistema de mdulos Pelo menos1.000 V

    1.4 Conectores do tipo MC4 ou equivalentes Exigido

    1.5 Grau de proteo dos conectores IP67

    1.6 Diodos de passagem j incorporados na caixa de conexo do mdulo

    Exigido

    2 Garantia de Produto e Garantia de Potncia

    2.1 Garantia de potncia nominal (Pn) aps os primeiros 10 anos Mnimo 90% de Pn

    2.2 Garantia de potncia nominal (Pn) aps os primeiros 25 anos Mnimo 80% de Pn

    2.3 Garantia de produto contra defeitos de fbrica Mnimo 5 anos

    3 Certificados e Padres

    3.1 Mdulos fotovoltaicos (FV) terrestres de silcio cristalino Qualificao de Projeto e homologao

    IEC 61215

    3.2 Segurana de mdulos fotovoltaicos (FV) classe II qualificao

    IEC 61730

    3.3 Etiqueta INMETRO, conforme Portaria INMETRO no004, de 04/01/2011

    Exigido

    4 Documentao

    4.1 Especificaes tcnicas detalhadas Exigido

    4.2 Manual de instalao Exigido

    4.3 Dados dos ensaios de potencia na fbrica (ensaio de rotina) para cada mdulo (flash test reports)

    Exigido

    4.4 Certificaes padres da IEC 61215 e IEC 61730 Exigido

    4.5 Termo de garantia do fabricante e do fornecedor Exigido

    III.3.1.1. Critrios de Aceitao dos Mdulos FV

    Os seguintes critrios de aceitao devem ser aplicados:

    Os dados do teste de potncia do fabricante (flash test) devem confirmar que todos os mdulos entregues possuem uma potncia MPP dentro das faixas de tolerncias declaradas pelo fabricante;

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    A potncia total entregue (dados de flash test do fabricante) igual ou superior ao proposto;

    No so verificados defeitos, danos ou anormalidades pela inspeo visual executada em uma amostra de mdulos de acordo com a clusula 10.1 da norma IEC 61215.

    Se os mdulos FV atenderem s condies acima mencionadas, ento podero ser utilizados para a instalao no local. Aps a instalao deve-se realizar a medio da curva de potncia para confirmao da potncia do string ou arranjo (comparando a potncia de flash test) e medio de pontos quentes. Os critrios de aceitao so:

    No caso de se verificar que o conjunto de mdulos possua uma capacidade total verificada inferior potncia proposta, a CONTRATADA dever incrementar a potncia nominal instalada at a capacidade verificada ser igual ou superior ao valor contratado, utilizando mdulos do mesmo tipo e potncia;

    Mdulos com potncia verificada inferior ao mnimo dafaixa de tolerncia sero rejeitados;

    No devem ser identificados pontos quentes (que podem causar uma degradao acelerada dos mdulos) pelo ensaio com termovisor aps montagem. Mdulos com pontos quentes (hot spots) sero rejeitados e devero ser substitudos.

    Mdulos amarelados (p. ex. do EVA ou no backsheet) durante a fase de garantia do sistema sero rejeitados e devem ser substitudos pela empreiteira.

    Aps a entrada em operao dos sistemas FV, o desempenho dos mdulos ser verificado durante o perodo de garantia do sistema, visando confirmar se suas potncias esto dentro dos limites de tolerncia determinados pelo fabricante. Esta avaliao ser realizada pelo sistema de monitoramento o qual deve comparar o nvel de irradiao que incide sobre a regio (de acordo com as medies apresentadas pela estao meteorolgica instalada) e a potncia gerada pelos mdulos, conforme descrito no item III.7.

    Caso por esta avaliao se verifique que a potncia gerada pelos mdulos inferior tolerncia; e a potncia total verificada dos mdulos seja inferior contratada, a CONTRATADA deve corrigir a potncia instalada aumentando a potncia total dos sistemas at alcanar a potncia contratada ou potncia superior.

    III.3.2. Inversores

    A tabela III-4 a seguir descreve as especificaes tcnicas dos inversores.

    Tabela III-4: Requisitos gerais para o inversor

    Item Descrio Requisito

    1 Tipo do Inversor Inversor deString

    2 Caractersticas e protees ambientais do Inversor

    2.1 Temperatura Mxima de Operao sem perda de potncia Mnimo de 45C

    2.2 Mxima Umidade Relativa do Ar Mnimo de 95%

    2.3 Tipo de Proteo IP (EN 60529) Mnimo IP54

    3 Caractersticas eltricas do Inversor

    3.1 Potencia CA do inversor Entre 2.4 e 3.4 kW / kVA

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    Item Descrio Requisito

    3.2 Potncia CC de entrada (do arranjo)

    Potncia de entrada CC compatvel com o

    arranjo fotovoltaico e mantendo um

    P_nom-ratio3 de 0,90-1,10

    3.3 Mxima tenso CC Mnimo de 450 Volts

    3.4 Eficincia de Converso Mxima Mnimo de 94.5%

    3.5 Eficincia Europeia Mnimo de 93%

    3.6 Tipo de Rede TN-S, VF-N: 127V, VF-F: 220V

    3.7 Distoro Harmnica Total (THD) Mximo de 5%

    3.8 Injeo componente contnua

    Inferior a 1% da sua corrente nominal de

    sada em qualquer condio operacional.

    O sistema fotovoltaico deve parar de

    fornecer energia rede em 0,2sse a

    injeo de componente contnua for

    superior a 1 A; e em 1 segundo se a

    injeo de componente contnua for

    superior a 0,5 % da corrente nominal do

    inversor, o que for mais rpido.

    3.9 Reconexo depois de uma desconexo devido a uma

    condio anormal da rede

    Entre 20 s a 5 minutos aps a retomada

    das condies normais de tenso e

    frequncia da rede

    3.10 Faixa de tenso de operao contnua. Fora dessa faixa a

    desconexo do inversor deve ser efetuada em 0,2 s.

    80% a 110% da tenso nominal de

    operao da rede (item 3.6)

    3.10

    Faixa de frequncia de operao contnua: O sistema

    fotovoltaico deve cessar de fornecer energia rede eltrica em

    at 0,2 s caso a frequncia esteja fora da faixa especificada.

    57,5Hz a 62Hz

    3.11 Fator de potncia

    FP = 1 ajustado em fbrica, mas com

    tolerncia de trabalhar na faixa de 0,98

    indutivo at 0,98 capacitivopara

    carregamentos superiores a 20 % da

    potencia nominal do inversor.

    4 Padres Mnimos Exigidos

    4.1 Equipamentos de Segurana e classe de Proteo EN 50178 ou IEC 62103

    4.2 Segurana de Inversores Estticos IEC 62109

    4.3 Proteo anti-ilhamento

    O sistema fotovoltaico deve cessar de fornecer energia rede em at 2 segundos aps a perda da rede (ilhamento).

    IEC 62116

    4.4 Proteo contra curto-circuito IEC 60364-7-712.

    4.5 Mtodo de isolao e seccionamento IEC 60364-7-712

    4.6

    No caso de inversor sem isolao galvnica entre o gerador

    fotovoltaico e a rede: Proteo contra corrente diferencial-

    residual

    DIN VDE 0126- 1-1

    4.7 Certificado de compatibilidade eletromagntica (o inversor no IEC 61000

    3 P_nom-ratio a razo entre a potncia nominal de entrada CC (kWp em condies STC) do arranjo FV e a potncia de sada AC do inversor.

  • Pr o je to T cn i c o F o tov o l t a i c o S ma r t G r id Pa r i n t in s

    30

    Item Descrio Requisito

    pode interferir na comunicao RF do medidor inteligente de

    energia).

    4.8 Compatibilidade com as normas e regulamentos nacionais do

    sistema eltrico como, por exemplo, PRODIST Exigido

    4.9 Compatibilidade com as normas tcnicas da Distribuidora Exigido

    5 Garantia de Produto e Garantia de Desempenho

    5.1 Garantia de Fbrica Mnimo de 5 anos

    5.2 Assistncia tcnica efetuada no Brasil. Exigido

    6 Documentao

    6.1 Especificao Tcnica detalhada Exigida

    6.2 Catlogo de informaes do Produto Exigido

    6.3 Manual de Instalao Exigido

    6.4 Manual Operao e Manuteno Exigido

    6.5 Notas de Segurana e precauo Exigido

    6.6 Termo de garantia do fabricante e do fornecedor Exigido

    O medidor de energia estar instalado no mesmo quadro que o inversor. Deste modo, como o medidor ter comunicao via rdio para o exterior, a CONTRATADA deve garantir que no haver interferncia nessa comunicao quando da operao do inversor.

    III.3.3. Estrutura de montagem dos mdulos

    Para a montagem de sistemas fotovoltaicos, os mdulos sero dispostos sobre a cobertura do telhado, usando para isto uma estrutura metlica. A cobertura do telhado deve ser mantida e deve continuar a desempenhar a funo de escoamento das guas.

    A CONTRATADA deve assegurar que o sistema de suporte dispense manuteno e que tenha no mnimo a mesma vida til dos mdulos FV.

    A estrutura deve ser projetada para suportar todas as cargas ambientais (vento, tempestade, o que for aplicvel) de acordo com as normas aplicveis. A CONTRATADA deve fornecer certificados dos materiais utilizados na estrutura (exemplo: qualidade do ao etc).

    A tabela III-5 lista os requisitos para a estrutura de suporte dos mdulos.

    Tabela III-5: Requisitos referentes s estruturas de suporte dos mdulos FV

    Item Descrio Requisito

    1 Requisitos requeridos da estrutura

    1.1 Tipo de material Alumnio e/ou ao inoxidvel. Devendo ser resistentes a corroso.

    1.2 Fixao da

    estrutura

    A fixao no telhado ser realizada por ganchos que ultrapassam a cobertura

    do telhado, sem a perfurao de telhas, sendo fixados s vigas ou caibros da

    estrutura do telhado, similar ao apresentado esquematicamente na Figura

    III-6.

    1.3 Ganchos Os ganchos devero ser prprios para as telhas utilizadas na cidade de

    Parintins (Romanas ou Portuguesas, conforme Anexo II), no devendo

  • Pr o je to T cn i c o F o tov o l t a i c o S ma r t G r id Pa r i n t in s

    31

    Item Descrio Requisito

    exercer fora sobre a telha. A montagem no dever necessitar de

    modificaes (perfurao, cortes, etc.) na telha. O nmero de ganchos deve

    ser dimensionado considerando as cargas estticas e dinmicas atuando na

    estrutura.

    1.4 Suporte dos

    mdulos

    A estrutura de suporte consistir de trilhos sobre os quais sero montados os

    mdulos fotovoltaicos. Os trilhos sero fixados por meio de ganchos

    especificados no item anterior. A fixao do suporte nos caibros deve evitar

    a perfurao destes, sendo prefervel a preenso.

    A estrutura deve ser compatvel com os mdulos FV, devendo respeitar os

    requisitos de montagem estabelecidos pelo fabricante.

    1.5 Inclinao A superfcie do gerador fotovoltaico deve ter a mesma inclinao que a do

    telhado.

    1.6 Distncias

    A distncia entre a superfcie do mdulo e a cobertura do telhado deve ser

    suficiente para permitir a eficaz ventilao do mdulo e evitar o acmulo de

    detritos (folhas, flores etc) que possam obstruir o escoamento da chuva.

    O arranjo deve respeitar a distncia mnima do SPDA, conforme

    recomendaes do projeto do SPDA, caso haja, e tambm deve respeitar a

    distncia mnima da borda do telhado conforme o projeto estrutural da

    estrutura de montagem.

    1.7 Projeto Estrutural

    A CONTRATADA dever apresentar projeto estrutural da estrutura de

    montagem especificando o nmero de ganchos, perfil dos trilhos, seu

    posicionamento, entre outros. A CONTRATADA dever atestar a segurana

    da estrutura montada.

    1.8 Montagem Todos os equipamentos de montagem devero ser instalados de acordo com

    as especificaes do fabricante e de acordo com a NR35 -Trabalho em altura.

    2 Garantia da estrutura Mnimo de 5 anos

    3 Documentao exigida

    3.1 Manual de instalao

    3.2 Especificao tcnica detalhada contendo lista completa de materiais empregados na estrutura

    com referncia do cdigo do catlogo do fabricante.

    3.3 Catlogo de informaes do produto

    3.4 Termo de garantia do fornecedor

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    32

    Tipo de

    cobertura

    Telhas de barro

    Telhado inclinado composto por telhas de barro removveis

    Desenho da

    cobertura do

    mdulo PV

    Desenho da

    fixao do

    mdulo ao

    telhado.

    Gancho fixado atravs de preenso,

    preferencialmente, ou perfurao.

    Unio do trilho com o gancho.

    Montagem do trilho.

    Trilhos montados

    Instalao do mdulo fotovoltaico.

    Unio do modulo ao trilho.

    Figura III-6: - Sistema de fixao em telhados com telha de barro

    O detalhamento, fabricao e montagem das estruturas metlicas devero estar de acordo com as normas da ABNT e demais normas pertinentes.

    A CONTRATADA ser integralmente responsvel pela elaborao do projeto e execuo das estruturas metlicas, assim como a responsabilidade pela resistncia e estabilidade da obra.

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    33

    Todos os materiais devero ser da mais alta qualidade e obter certificados de qualidade e de procedncia. Perante a falta de certificados, a CONTRATANTE poder exigir a realizao de ensaios para determinao das caractersticas mecnicas do material. Os ensaios devero ser feitos por instituies especializadas, sem qualquer custo adicional para a CONTRATANTE.

    III.3.3.1. Cargas e Foras

    Para a verificao das estruturas devero ser obedecidos os critrios e requisitos de segurana conforme prescreve as normas da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas).

    Para a verificao das estruturas devero ser considerados os seguintes estados de aes:

    1) Aes permanentes:

    o Peso prprio da estrutura, painis fotovoltaicos, cabeamento.

    2) Aes variveis:

    o Sobrecarga de utilizao (NBR 6120);

    o Cargas devidas ao vento (NBR 6123).

    Para combinaes de aes, deve-se ponderar cada ao de acordo com o tipo de combinao, as quais so fornecidas pela NBR 8681:2003.

    III.3.3.2. Anlise estrutural da habitao

    Antes da montagem da estrutura que suportar os mdulos FV, dever ser realizada uma avaliao da estrutura de sustentao do telhado da casa. Cada visita deve ser agendada em conjunto com a distribuidora local e dever ter acompanhamento de um funcionrio desta.

    A avaliao das estruturas deve atender aos seguintes requisitos:

    1) Com relao ao madeiramento do telhado:

    o Tipo: Dicotiledneas: no mnimo madeira de Cupiba;

    o Classe de resistncia mnima: C30

    o Flecha mxima em balanos igual a 1/100 e em vos 1/200;

    o A estrutura deve estar isenta de fungos, brocas, cupins e apresentar bom aspecto quanto fixao das ligaes e ancoragem na estrutura de apoio;

    o A largura mnima para as peas de apoio principais dever ser de 5 cm, conforme a NBR 7190 / 1997;

    o A relao altura / vo para os caibros: h/ L 1/ 20;

    2) Com relao estrutura de suporte:

    o Esbelteza mxima = 140;

    o Distncia mxima entre apoios 4,5 m;

    o Dimenses mnimas:

    Pilares de concreto ou madeira com seo retangular, engastado na base e livre no topo: 12 cm para p direito de 2,50 m;

    Pilares de madeira rolia com seo circular, engastado na base e livre no topo: = 15 cm (dimetro);

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    34

    Verificao de resistncia superficial do concreto em conformidade com o ensaio do esclermetro de reflexo calibrado com bigorna de acordo com a NBR 7584 / 1982 ou mais recente;

    Sapatas mnimas para edificaes com dois pavimentos: rea = 0,80 m2 em terreno com tenso4 mnima min = 2,5 kg/cm2;

    Sapatas mnimas para edificaes com um pavimento: rea = 0,50 m2 em terreno com tenso mnima min = 2,5 kg/cm2.

    Ao final de cada avaliao a CONTRATADA dever apresentar um laudo de aprovao ou reprovao da estrutura para recebimento do sistema fotovoltaico, assinado por seu responsvel tcnico e por engenheiro civil.

    III.3.3.3. Normas Aplicveis

    Tabela III-6: Normas aplicveis s obras civis e mecnicas

    Norma Descrio

    NBR 6123 Foras devidas ao vento em edificaes;

    NBR 6120 Cargas para o clculo de estruturas de edificaes;

    Eurocode 9 Design of Aluminum Structures;

    AISI 304 Ao Inoxidvel;

    AISI 316 Ao Inoxidvel;

    ASTM A588 Standard specification for high-strength low-alloy structural steel;

    AWS D1.1 Structural welding code for steel.

    NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto - procedimento

    NBR 7190 Projeto de estruturas de madeira

    NBR 6122 Projeto de execuo de fundaes

    III.4. Qualificao tcnica do pessoal e superviso da obra

    Antes de iniciar as obras a CONTRATADA deve apresentar a lista do pessoal tcnico envolvido na realizao do projeto. A lista deve incluir todos profissionais envolvidos na realizao da obra e sua superviso (menos pessoal auxiliar) indicando a qualificao profissional do pessoal.

    A CONTRATADA deve garantir e comprovar que toda instalao dos sistemas orientada e supervisionada por um responsvel tcnico. Este deve comprovar as seguintes qualificaes:

    a) Ter participado em um treinamento de montagem de sistemas FV com o sistema de montagem a ser instalado;

    4 Terrenos secos e areno-argilosos e de consistncia rija ou dura se caracterizam por possuir resistncia

    superior a 2kg por cm2. A tenso pode ser verificada por sondagem, e de maneira mais simplificada por

    inspeo visual de especialista.

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    35

    b) Comprovar experincia em montagem de sistemas FV residenciais. Deve ser apresentada uma carta de referncia ou certificado de bom desempenho emitido por um cliente em que realizou a instalao;

    c) Ter formao em engenharia eltrica, engenharia mecnica, engenharia civil ou similar.

    A empreiteira deve comprovar a qualificao dos tcnicos que faro a instalao dos sistemas. Todos os tcnicos de instalao devem ter participado em um treinamento prtico de instalao de sistemas fotovoltaicos residenciais de no mnimo 12 horas. Esse treinamento deve apresentar:

    a) Medidas de segurana na instalao de sistemas fotovoltaicas; b) Cuidados especiais com equipamento fotovoltaico (mdulo, inversor, cabos); c) Instalao dos sistemas de montagem no telhado, instalao do mdulos e fixao do

    cabeamento string (passo-a-passo); d) Identificao dos melhores lugares para encaminhamento de cabos e instalao da caixa

    principal; e) Encaminhamento dos cabos e realizao das conexes eltricas; f) Verificao da instalao, ligao a rede e testes operacionais; g) Medidas para gerenciar a qualidade do trabalho;

    O treinamento dos instaladores pode ser realizado pela prpria CONTRATADA.

    III.5. Medidor de energia gerada

    O medidor da energia gerada pelo sistema fotovoltaico ser fornecido pela CONTRATANTE. O medidor ser um dos dois modelos apresentados no Anexo VI.So medidores inteligentes, com funcionalidades para combate s perdas, registro de alarmes, memria de massa, rel de corte e comunicao por rdio-frequncia (RF), em modo multiponto-multiponto (mesh).

    No escopo da CONTRATADA o fornecimento do medidor, nem da infraestrutura de comunicao deste com o Centro de Medio da Distribuidora. Entretando a CONTRATADA deve garantir a instalao adequada do medidor e o funcionamento adequado de sua comunicao. Para isso deve ser verificada se a caixa principal ou outros obstculos no atenuam o sinal RF do medidor de forma a impedir sua comunicao.

    III.6. Caixa Principal Sistema FV

    Trata-se de caixa para abrigar os seguintes componentes: inversor, chave seccionadora CC, chave seccionadora CA, disjuntor, DPS CC, DPS CA, medidor de energia eltrica gerada, barra de equipotencializao (BEP), barra CA, alm das conexes, bornes e barramentos.

    A CONTRATADA dever apresentar termo de garantia da caixa principal contra defeitos de fabricao e corroso por pelo menos 5 anos.

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    36

    Figura III-7: Layout conceitual (com exemplo de inversor) da caixa principal do sistema

    III.6.1. Condies gerais de fornecimento

    As caixas que possurem defeitos superficiais, que requeiram trabalhos de recondicionamento para utilizao, devem ser rejeitadas.

    A CONTRATANTE reserva-se o direito de avaliar pequenas alteraes ocorridas, podendo consider-las aceitveis ou no.

    III.6.2. Condies ambientais

    Todo projeto e execuo deve se basear para atingir uma vida til de 25 anos nas condies climticas de Parintins com seu clima equatorial quente e mido com exposio ao direta dos raios de sol, fortes chuvas.

    ESCALA 1:10

    LEGENDA: 1. CHAVE SECCIONADORA CC 2. DPS CC 3. INVERSOR 4. DISJUNTOR CA 5. MEDIDOR ELO 2131B OU 2133B 6. DPS CA 7. CHAVE SECCIONADORA CA 8. BARRAMENTO DE

    ATERRAMENTO (BEP) 9. BARRA CA

    140 cm

    Inversor Sunny Boy 3000 HF 30

    , 1

    , 7 6 4

    2

    Medidor ELO 2131 B

    ou 2133B

    5

    21 cm

    17,8 cm

    30 cm

    50 cm

    10 cm 10 cm

    82 cm

    3

    8

    9

  • Pr o je to T cn i c o F o tov o l t a i c o S ma r t G r id Pa r i n t in s

    37

    Corrosividade: exterior em ambiente urbano.

    III.6.3. Materiais, pintura e proteo contra corroso.

    O corpo da caixa deve ser fabricado em um dos seguintes materiais:

    a) Chapa de ao ABNT 1010 a 1020, zincada conforme NBR 6323, com espessura adequada a este processo por zincagem a quente. O fabricante pode adicionar reforos internos, soldados por pontos que no prejudiquem a operacionalidade da caixa. Alm de zincada, a caixa deve ser pintada, segundo esquema de pintura adequado.

    b) Alumnio fundido ou estampado, com anodizao fosca selada de espessura mnima de 20 micrmetros.

    c) Material polimrico resistente a UV e a intempries, anti-chama e com resistncia mecnica apropriada.

    Os materiais metlicos empregados na fabricao do produto devem ser antichama e tratados de forma a garantir a proteo contra corroso, com pintura retardante do fogo.

    III.6.4. Caractersticas mecnicas e eltricas

    A caixa principal deve ser fornecida completa, com todos os acessrios necessrios ao seu perfeito funcionamento, mesmo os no explicitamente citados nesta especificao.

    Deve ter acabamento liso e uniforme, sem cantos vivos, reentrncias, arestas cortantes ou rebarbas, principalmente nos pontos de injeo de material. Na fabricao das caixas, no ser permitido o uso de rebite. Deve possuir uma forma de fixao para instalao em parede onde no haja necessidade de furao das paredes da caixa.Deve ter classe de proteo IP 33 (NBR 6146).

    Os parafusos, porcas e arruelas devem ser de ao inoxidvel com rosca mtrica.

    A caixa principal deve ter volume suficiente para acomodar com folga os componentes j citados no item III.6 e deve ser projetada para garantir o espaamento mnimo de 10 cm ou o exigido pelos fabricantes dos equipamentos, sempre prevalecendo o maior entre os equipamentos como tambm as laterais da caixa (com exceo de equipamentos montados em trilho DIN).

    Deve ser projetada de forma a evitar sobreaquecimento dos componentes no seu interior. A temperatura no interior da caixa deve ser no mximo 5C superior temperatura externa considerando a operao do inversor na sua potncia nominal.

    As paredes da caixa devem possuir aberturas para ventilao cruzada (lado oposto) e de efeito chamin (altura diferente) com telas, grades, venezianas robustas. Essas aberturas devem inibir a entrada de insetos e gua de chuva e serem posicionadas nas laterais e/ou na face inferior.

    A abertura da caixa deve ser feita por uma nica tampa e a mesma deve permitir acesso a todo o interior do compartimento, dando a possibilidade do manuseio de todos os componentes do seu interior.

    Deve ser projetada para aplicao em circuitos com tenso at 1.000 V, mantendo as caractersticas de isolamento durante toda a vida til das caixas.

    A caixa deve possuir uma barra principal de aterramento e equipotencializao para conexo do condutor neutro, se houver, terra e para fixao do condutor de aterramento de cobre com bitola mnima de

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    38

    10 mm de maneira a garantir a continuidade. Todos os elementos metlicos da caixa devero estar equipotencializados ao terra.

    A caixa deve possuir uma barra CA para conexo do cabo de sada da chave seccionadora em carga CA e do cabo concntrico de ligao rede eltrica.

    As furaes de passagem dos cabos de entrada e sada da caixa principal devero ser providas de prensa-cabo.

    A caixa dever conter chassi para fixao dos componentes internos (inversor, disjuntor, chaves seccionadoras, DPSs e medidor). O chassi dever ser removvel e fixado caixa sem necessidade de furaes nas paredes da mesma (por exemplo, por parafusos em pinos soldados do mesmo material da caixa) e deve ser aterrado juntamente com o restante do sistema. O disjuntor, DPSs e chaves seccionadoras devero ser fixados ao chassi por trilhos no padro DIN europeu.

    O chassi para fixao dos componentes internos deve ser fabricado em um dos seguintes materiais: ao ABNT 1010 a 1020, chapa zincada bicromatizada conforme NBR 6323, ao inoxidvel ou liga de alumnio,

    com anodizao de espessura mnima de 20 m.

    III.6.4.1. Visor ou tampa transparente

    A caixa principal deve dispor de tampa transparente ou de visor de vidro transparente em sua tampa de com espessura mnima de 5 mm com face resistente a U.V.. A tampa/visor deve permitir,quando a caixa estiver fechada,a visualizao do inversor e do medidor, alm da chave seccionadora CA e sua condio de operao (aberta ou fechada), atendendo disposio daresoluo normativa ANEEL 482/2012 e do

    PRODIST: Mdulo 3 Acesso ao Sistema de Distribuio, Seo 3.7 Acesso de Micro e Minigerao Distribuda.

    No caso do visor, todo o seu contorno deve ser protegido por uma gaxeta em "U", de borracha sinttica (resistente a calor e raios UV), a fim de evitar infiltrao de gua no interior da caixa, alm de amortecer choques.O dispositivo de fixao do visor caixa deve permitir sua substituio.

    III.6.5. Caractersticas de Segurana:

    A caixa principal deve ser fabricada e projetada de maneira que qualquer tentativa de violao ou fraude, seja atravs de ao mecnica, de calor ou ao qumica, possa ser facilmente detectvel por inspeo visual.

    A caixa dever ser fechada por meio de fechadura com chave.As dobradias utilizadas no devem permitir violabilidade, devendo estar dispostas de forma a impedir abertura quando estiver trancada.

    III.6.6. Instalao da caixa na casa/prdio

    A caixa deve ser instalada no exterior da casa ou do prdio e deve ser fixada de tal maneira que fique estvel, sem possibilidade de balanar.

    O local onde a caixa vai ser instalada deve garantir que a mesma fique sombreada nas horas de maior irradiao solar. Caso o local disponvel para a instalao no propicie o sombreamento adequado, deve ser instalada uma cobertura que fornea sombra, cujo material dever apresentar durabilidade similar da caixa.

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    39

    III.6.7. Inspeo da caixa principal

    A inspeo compreende a execuo de ensaios em uma amostra do lote fornecido, conforme NBR 5426, e ser realizada preferencialmente no fabricante. As datas de inspeo devem ser previamente acertadas entre a CONTRATANTE e o CONTRATADA, com uma antecedncia mnima de dez dias teis.

    O lote para inspeo compreende todas as unidades de mesmas caractersticas fornecidas de uma s vez.

    A CONTRATADA deve dispor de pessoal e aparelhagem, prpria ou contratada, necessria execuo dos ensaios (em caso de contratao, deve haver aprovao prvia da CONTRATANTE), de acordo com legislao vigente no Brasil.

    A CONTRATADA deve assegurar ao inspetor da CONTRATANTE, o direito de se familiarizar, em detalhes, com as instalaes e com os equipamentos a serem utilizados, estudar as instrues e desenhos, verificar calibraes, presenciar os ensaios, conferir resultados e, em caso de dvida, efetuar nova inspeo e exigir a repetio de qualquer ensaio.

    A CONTRATADA deve possibilitar ao inspetor da CONTRATANTE livre acesso a laboratrios e aos locais de fabricao e de acondicionamento.

    A CONTRATADA deve apresentar, ao inspetor da CONTRATANTE, certificados de calibrao dos instrumentos de seu laboratrio ou do contratado a serem utilizados na inspeo.

    Todas as normas tcnicas, especificaes e desenhos citados como referncia devem estar disposio do inspetor da CONTRATANTE no local da inspeo.

    Os subfornecedores devem ser cadastrados pela CONTRATADA sendo este o nico responsvel pelo controle daqueles. A CONTRATADA deve assegurar CONTRATANTE o acesso documentao de avaliao tcnica referente a esse cadastro.

    A aceitao do lote ou a dispensa de execuo de qualquer ensaio:

    a) no eximem a CONTRATADA da responsabilidade de fornecer o equipamento de acordo com os requisitos desta especificao;

    b) no invalidam qualquer reclamao posterior da CONTRATANTE a respeito da qualidade do equipamento e/ou da fabricao. Em tais casos, mesmo aps haver sado da fbrica, o lote pode ser inspecionado e submetido a ensaios, com prvia notificao CONTRATADA e, se necessrio, em sua presena. Em caso de qualquer discrepncia em relao s exigncias desta especificao, o lote pode ser rejeitado e sua reposio ser por conta da CONTRATADA.

    A rejeio do lote, em virtude de falhas constatadas nos ensaios, no dispensa a CONTRATADA de cumprir as datas de entrega contratadas. Se, na opinio da CONTRATANTE, a rejeio tornar impraticvel a entrega dos equipamentos nas datas previstas, ou se tornar evidente que a CONTRATADA no ser capaz de satisfazer as exigncias estabelecidas nesta especificao, a CONTRATANTE se reserva o direito de rescindir todas as suas obrigaes e de obter o equipamento de outro fornecedor. Em tais casos, a CONTRATADA ser considerada infratora do contrato e estar sujeito s penalidades aplicveis.

    Todas as unidades rejeitadas, pertencentes a um lote aceito, devem ser substitudas por unidades novas e perfeitas, por conta da CONTRATADA, sem nus para a CONTRATANTE.

    Os custos da visita do inspetor da CONTRATANTE (locomoo, hospedagem, alimentao, homens-hora e administrativo) correro por conta da CONTRATADA.

    A CONTRATANTE se reserva o direito de exigir a repetio de ensaios em lotes j aprovados. Nesse caso, as despesas sero de responsabilidade:

    a) da CONTRATANTE, se as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeo;

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    40

    b) da CONTRATADA, em caso contrrio.

    A inspeo de recebimento ser realizada na fbrica por critrios estatsticos, conforme plano de amostragem e ensaios aplicveis baseados na Norma NBR 5426 ou sua sucessora.

    III.6.7.1. Relatrios de Ensaios

    Logo aps a inspeo do lote devem ser encaminhados CONTRATANTE os laudos dos ensaios. No caso da dispensa da presena de seu inspetor ou preposto durante os ensaios, o fabricante deve apresentar, alm dos relatrios, anexos com certificao de calibrao (RBC) dos equipamentos, ferramentas e instrumentos utilizados em cada produto ensaiado.

    Devem constar dos relatrios, no mnimo, as seguintes informaes:

    a) Nome e/ou marca comercial do fabricante; b) Identificao do laboratrio de ensaio; c) Tipo, quantidade de material do lote, quantidade ensaiada; d) Identificao completa do material ensaiado; e) Relao, descrio e resultado dos ensaios executados e respectivas normas utilizadas; f) Referncia a este Projeto Tcnico; g) Data de incio e de trmino de cada ensaio; h) Documentao fotogrfica de perfil de cada produto ensaiado (destacando logomarca de

    fabricante, lote de fabricao); i) Nomes legveis e assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e da CONTRATANTE

    e data de emisso do relatrio.

    III.6.7.2. Ensaios de recebimento da Caixa Principal

    Antes de qualquer fornecimento, as caixas devem ser aprovadas atravs da realizao dos ensaios de tipo, cabendo a CONTRATANTE o direito de designar um inspetor para acompanh-los.

    Para o recebimento das caixas devem ser realizados os seguintes ensaios:

    a) Inspeo visual e dimensional; b) Inspeo de acessibilidade: verificao do acesso de manuteno a todos componentes

    instalados no interior da caixa; c) Teste de desempenho trmico; d) Teste de estanqueidade (verificao da classe IP); e) Teste de atenuao do sinal RF do medidor de energia; f) Verificao da espessura da zincagem por imerso a quente, se for o caso; g) Verificao da espessura da camada de tinta, se for o caso.

    A seguir apresentado o detalhamento destes testes:

    1) Inspeo Visual e Dimensional

    Verifica-se a conformidade com a anlise dos aspectos: a) Acabamento; b) Identificao; c) Embalagem; d) Dimenses; e) Tolerncias.

    2) Montagem dos Equipamentos e acessibilidade

    Os dispositivos de fixao dos equipamentos presentes no interior da caixa devem ser verificados quanto funcionalidade e rigidez.

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    41

    Dever ser verificado se todos os equipamentos e componentes montados no interior da caixa so acessveis para sua manuteno.

    3) Desempenho trmico

    Deve-se montar uma carga trmica com dissipao de 300 W por conveco. A carga deve ser montada na posio do inversor.

    Condies ambientais:

    Diferena entre temperatura do ambiente e a temperatura T_globe5 deve ser 2oC;

    Velocidade do ar inferior a 0,5 m/s;

    Variao da temperatura ambiente 0,5oCpor hora;

    No dever ter ar condicionado ou ventilador no ambiente de teste.

    Nas quatro extremidades da parte superior da caixa devem ser instalados sensores de temperatura (tolerncia de 0,2oC) com uma distancia de cerca de 5 cm das superfcies laterais adjacentes.

    Ao ligar a carga observa-se a temperatura de ar no interior da caixa. Aps o valor de temperatura dos sensores localizados nas extremidades da caixa terem atingido o valor de regime permanente por pelo menos 10 min, deve-se comparar o valor mximo de temperatura obtido pelos quatro sensores com a temperatura ambiente. Ser considerado aprovado o lote se esta diferena de temperatura for menor ou igual a 5oC.

    4) Estanqueidade

    A caixa deve ser ensaiada conforme NBR IEC 60529 para verificao da vedao contra entrada de poeira e gua.O grau de proteo deve ser o IP33.

    5) Atenuao de sinal RF

    O ensaio deve ser efetuado em laboratrio adequado para esse tipo de ensaio, sem rudos e sinais emitidos por outras fontes.

    Primeiramente, instala-se o medidor de energia com seu sistema de transmisso RF em 900 MHz na altura padro da caixa principal, sobre um suporte de 1 a 2m de altura, emitindo sinal fora da caixa para a medio de sinal de referncia. Aps a coleta dos dados sem o efeito da blindagem, o medidor instalado dentro da caixa principal, junto aos outros componentes e com a caixa fechada. A medio realizada em quatro sentidos com ngulo de 90 ao redor da caixa. A medio realizada com a antena de medio (receptora) distanciada de 10 metros (distncia medida entre a projeo horizontal das antenas transmissora e receptora). A atenuao verificada em cada medio com blindagem poder ser no mximo de da potncia do sinal em cada sentido, sem blindagem.

    Caso o ensaio de atenuao do sinal de RF demonstre no ser conveniente instalar o medidor eletrnico na caixa principal do sistema, a CONTRATANTE poder admitir uma segunda caixa em separado para o medidor, instalada o mais prximo possvel da caixa principal, adequada instalao ao tempo e dotada de lacre, deve ter no mnimo grau de proteo IP33 e ser resistente radiao solar direta (incluindo UV), com vida til de 25 anos. Esta caixa alternativa tambm dever ser ensaiada e aprovada no teste de atenuao do sinal RF.

    5 T_globe a temperatura medida pelo termmetro de globo e corresponde a temperatura radiante. constituda por um termmetro convencional com sua ponta de medio dentro de uma esfera de metal oco, pintada de tinta preta de alta absoro para infravermelho.

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    6) Verificao da espessura da zincagem por imerso a quente, se for o caso

    A caixa deve ser ensaiada conforme NBR 7399 para verificao da espessura da zincagem por imerso a quente.

    7) Verificao da espessura da camada de tinta, se for o caso A caixa deve ser ensaiada conforme NBR 10443para verificao da camada de tinta.

    O lote ser integralmente aceito se a amostra for aprovada em todos os ensaios.

    III.7. Sistema de Monitoramento Remoto

    O sistema de monitoramento da gerao fotovoltaica distribuda de Parintins:

    a) analisar o desempenho dos sistemas fotovoltaicos, gerando alarmes no caso de incoerncia entre a gerao medida e estimada (calculada conforme os dados climticos medidos e as caractersticas de cada sistema), obtendo os dados dos medidores inteligentes instalados em cada sistema FV atravs do SGM - MECE;

    b) analisar outras grandezas eltricas do medidor inteligente; c) enviar alarme de sobretenso (informao dos medidores inteligentes), permitindo comando

    pelo operador para desconexo dos sistemas fotovoltaicos prximos s barras com sobretenso;

    d) detectar a inverso de fluxo de potncia no transformador, gerando alarme; e) analisar os dados dos 5 sistemas de aquisio de dados dos inversores fotovoltaicos em

    comparao com os dados dos medidores inteligentes, para gerar padres de referncia.

    O sistema de monitoramento dos sistemas de gerao fotovoltaica dever ser integrado ao SAGE6 e ao SGM da Eletrobras Amazonas Energia, no mbito do sistema smart grid de Parintins. A Figura III-8 apresenta um diagrama de blocos do sistema de monitoramento e sua integrao ao smart grid.

    O sistema de monitoramento, fornecido no escopo deste Projeto Tcnico, dever ser composto pelos componentes principais:

    a) Estao meteorolgica com 2 sensores de temperatura e 2 sensores de irradiao global e dispositivos para armazenamento (com memria de massa) e digitalizao dos dados medidos, com sada Ethernet;

    b) Sistemas de aquisio de dados em 5 inversores; c) Cabeamento de rede e/ou dispositivo de rdio frequncia para comunicao da estao

    meteorolgica e dos inversores com o Backhaul de Parintins (Ver Anexo VI); d) Equipamento com microprocessador; e) Aplicativos (software) e banco de dados. f) Dispositivos para interface homem-mquina (HM);

    O fornecimento dos medidores inteligentes de energia e de sua respectiva rede de comunicao, do Sistema de Gesto da Medio (SGM) e do SAGE (conforme Figura III-8 e descritos no Anexo VI) no esto includos no escopo desta licitao, e sero fornecidos pela CONTRATANTE.

    6 SAGE um programa SCADA desenvolvido pelo CEPEL- Centro de Pesquisas de Energia Eltrica do

    Sistema Eletrobras.

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    Figura III-8: Esquemtico da integrao dos sistemas fotovoltaicos e da estao meteorolgica ao centro de controle

    e medio da distribuidora

    Os componentes principais a serem fornecidos pela CONTRATADA so descritos a seguir.

    III.7.1. Estao meteorolgica

    Uma estao meteorolgica deve ser instalada em um local prximo ao escritrio regional de Parintins, livre de sombreamento durante todo o ano. A definio do local serrealizada pela CONTRATANTE sob a orientao da CONTRATADA.

    A estao meteorolgica deve adquirir dados meteorolgicos de referncia relevantes para o monitoramento do desempenho da planta fotovoltaica, i.e. irradiao global e temperatura do ar ambiente.

    O tipo de comunicao dever ser altamente confivel considerando a distncia e a exposio a rudo ambiente, etc. A comunicao da estao meteorolgica com a rede de Parintins poder ser feita conforme uma das duas formas apresentadas a seguir.

    Se a estao meteorolgica estiver a menos de 100m do Switch da rede da CONTRATANTE, a interligao poder ser feita via cabo ethernet

    Para o caso acima de 100 m, via rdio frequncia para se comunicar com equipamento Access Point (AP) Wi-Fi com operao em 2,4 GHz no padro IEEE 802.11 b/g/n. Este equipamento AP ser disponibilizado pela Distribuidora Amazonas Energia, e estar instalado na torre da subestao de Parintins.

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    Neste caso a CONTRATADA dever fornecer e instalar uma CPE (customer-premises equipment) e seus acessrios, com as caractersticas descritas na Tabela III-7.A CPE Wi-Fi dever ser instalada no suporte da estao meteorolgicaou em um mastro de 3 metros, fornecido tambm pela CONTRATADA, a fim de viabilizar a comunicao com o AP da torree evitar obstruo do sinal de RF.

    Tabela III-7: Requisitos gerais para a CPE

    Item Descrio Requisito

    1 Padro Padro IEEE 802.11 b/g/n

    2 Caractersticas

    2.1 Frequncia nominal 2,4 GHz

    2.2 Modo Cliente Wi-Fi sem fio para operao em

    ambiente externo

    2.3 MTBF > 150.000 h de operao

    2.4 Antena diretiva, de alto ganho e integrada Exigido

    2.5

    Interfaces para possibilitar configuraes e programao

    (drafting interfaces) e outras que forem necessrias para

    operacionalizao e gerenciamento do sistema.

    Exigido

    2.6

    Alimentao automtica 100-240 VAC, 60 Hz ou por meio de

    baterias de longa durao interligadas a um painel solar para

    recarga.

    Exigido

    2.7 Temperatura de operao Entre -10 e 70oC

    2.8 Umidade Relativa do Ar de operao sem condensao De 0 a 95%

    2.9 As conexes de alimentao protegidas contra chuva e ao do

    tempo. Exigido

    3 Caractersticas de comunicao

    3.1 Comunicaes APCPE em atendimento s exigncias da

    Resoluo Anatel N 506, 1/07/2008 Exigido

    3.2 Segurana da comunicao APCPE com protocolo WPA2 e

    chave de criptografia AES. Exigido

    3.3

    Instalao da CPE Wi-Fi a, no mximo, 1 km de raio do AP da

    torre, e com visada ptica (sem obstruo por rvores,

    edificaes, etc) da posio da CPE at o AP.

    Exigido

    4 Acessrios

    4.1 Conexes com cabos UTP geleados Exigido

    4.2 Cabos ethernet com encapsulamento, apropriados para operar

    em ambiente externo. Categoria 5e (Cat 5e)

    4.3 Cabos de alimentao com encapsulamento apropriado para

    operar em ambiente externo (outdoor). Exigido

    4.4 kit de instalao Exigido

    5 Documentao

    5.1 Especificao Tcnica detalhada Exigida

    5.2 Catlogo de informaes do Produto Exigido

    5.3 Manual de Instalao Exigido

    5.4 Manual Operao e Manuteno Exigido

    5.5 Notas de Segurana e precauo Exigido

    5.6 Termo de garantia do fabricante e do fornecedor Exigido

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    Item Descrio Requisito

    6 Certificados, Garantias