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CURSO: TECNOLOGO EM DESIGN GRAFICO
DISCIPLINA: PROJETO APLICADO
PROFESSORA: MONICA FARDIN GRASSELI
ANLISE DA IDENTIDADE VISUAL DA
CIA DE DANA HUMBERTO PEREIRA
ANDERSON ASSIS
CAIO AURELIO
LEILA PEREIRA
LUANDA SANTOS
PAULA DA SILVA
UNATEC BARRO PRETOBELO HORIZONTE, JUNHO DE 2011
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SUMRIO
1. Introduo ................................................................................ 1
1.1 Problema ............................................................................... 21.2 Objetivos Gerais .................................................................... 2
1.3 Objetivos Especficos ............................................................ 2
2. Fundamentao Terica .......................................................... 2
2.1 Marca ................................................................................... 3
2.1.1 Papis que uma marca desempenha ............................... 5
2.2 Cores ................................................................................... 6
2.2.1 O que a cor? .................................................................. 7
2.3 Smbolos ............................................................................. 11
2.4 Tipografia ............................................................................ 13
3. Metodologia ............................................................................. 15
4. Resultados .............................................................................. 15
5. Concluso ................................................................................ 16
6. Referncias Bibliogrficas ....................................................... 17
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1. INTRODUO
Humberto Pereira, Professor e coregrafo, formado em Jazz (clssico e moderno),se profissionalizou no ano de 1987. Buscou se aperfeioar, cada vez mais, tendo em
seu currculo cursos com professores renomados no Brasil.
Em 2006, Humberto Pereira, consegue realizar seu grande projeto; fundou sua Cia
de dana que tem seu nome. Um dos seus principais objetivos era que sua escola
tivesse um mtodo diferente e qualificado para o ensino da dana de salo.
A Cia de dana Humberto Pereira est localizada no bairro Dona Clara, em Belo
Horizonte. Hoje, ela oferece cursos de dana de salo, forr, samba, salsa, zouke
street dance. O professor Humberto Pereira quis, alm de oferecer aulas de dana,
desenvolver um projeto social atravs do street dance (dana de rua), levando a
dana para escolas municipais e centros culturais. O projeto consiste em
desenvolver atividades culturais e artsticas, proporcionando aos jovens carentes
uma nova viso da sociedade, ajudando-os a resgatar valores e reforando laos de
amizade e familiares. Uma de suas maiores alegrias fazer com que seus alunos
percebam o mal gerado pelo uso de drogas, incentivando-os a participar de eventos
e apresentaes, fazendo com que eles sejam inseridos na sociedade.
Ao perceber que a escola no possua uma identidade visual, um aluno do professor
Humberto Pereira desenvolveu o layout da marca para a Cia de Dana, utilizando
elementos que fazem referncia ao street dance que o principal estilo de dana
ensinado no projeto social no qual ele tambm participava. Essa marca foi como um
presente para o Professor, pois esse projeto social algo de grande importncia emsua vida.
Optou-se por fazer o estudo da marca referente Cia de Dana Humberto Pereira
para melhor entender os elementos da qual ela constituda, pois atrs desse
conjunto de smbolos cores e formas, h uma histria de vida em que vrios
obstculos foram e continuam sendo superados. Os fundamentos do design sero
utilizados para entender melhor esses elementos e como esse conjunto se resulta
em uma marca e, por meio desse diagnstico, avaliar se ela cumpre ou no suafuno como identidade visual.
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1.1 Problema
A marca da Cia de Dana Humberto Pereira cumpre o seu papel de informar,
comunicar e identificar a empresa?
1.2 Objetivos gerais
Identificar analisar e compreender todos os elementos que compe a marca da Cia
de Dana Humberto Pereira.
1.3 Objetivos especficos
Relacionar a marca com a empresa, para diagnosticar se ela est
transmitindo o seu conceito de escola de dana de salo sem causar rudos;
Analisar o logotipo da Cia de Dana Humberto Pereira (cores, ilustrao,
tipografia, smbolos, linguagem visual);
Verificar a pregnncia da marca sob a tica do pblico alvo.
2. FUNDAMENTAO TERICA
Para entendermos melhor o porqu de cada elemento utilizado, vamos nos
aprofundar em vrios campos de pesquisa, identificando e organizando conceitos
relevantes para nosso embasamento terico.
A fundamentao terica ir fornecer subsdios que iro nos auxiliar a realizar uma
anlise crtica e slida, e, como resultado apresentaremos argumentos que vo
sustentar o diagnstico elaborado.
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2.1 Marca
Desde a antiguidade, o homem j demonstra a necessidade de deixar sua marca,
seja ela na inteno de registrar um fato, contar uma histria, ou identificar algo.
Esses registros foram deixados atravs de pinturas denominadas artes rupestres,
que eram feitas utilizando-se elementos retirados da natureza como: latex, terra,
gua, dentre outros.
Com a evoluo da humanidade, as formas de se comunicar e expressar tambm
sofreram alteraes, porm o ser humano ainda tem a necessidade de utilizar
elementos para se comunicar, registrar e identificar determinados produtos eservios.
As marcas servem de referncia para as escolhas que fazemos no ato de consumir,
para uma organizao a marca um componente de extrema importncia, ela
possui um valor cumulativo e de estratgia em longo prazo.
A imagem de uma empresa representada pelo seu nome e logotipo, eles fazem a
mediao entre seus valores, identidade e as percepes que os consumidores
possuem dela.
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Para o consumidor a marca que ele utiliza representa qualidade, produto
diferenciado e status. (Chevalier, Michel)
Para que uma marca seja eficiente, segundo definio da American MarketingAssociation (AMA), temos que encontrar um nome, logotipo, smbolo, desenho de
embalagem ou outro atributo que identifique o produto e o diferencie dos outros.
Esses componentes e diferenciais que a identificam so chamados de elementos de
marca, que tem como principais objetivos aumentar a lembrana de marca; facilitar a
formao de associaes de marcas fortes, favorveis e exclusivas; gerar
julgamentos e sentimentos positivos sobre a marca.
Segundo o autor keller (2006), existem seis critrios para escolher elementos deuma marca: morabilidade, significncia, atratividade, transferibilidade, adaptabilidade
e proteo. As junes desses critrios geram uma marca coesa, forte, equilibrada e
pregnante.
A morabilidade serve para alcanar um alto nvel de lembrana da marca, para que
isso ocorra preciso que os elementos escolhidos para compor uma marca sejam
memorveis. Na significncia os elementos alm de memorveis, devem ter
significados que favoream a formao de associaes da marca. Quando falamos
de atratividade fazemos referncia a esttica da marca, ela deve ter elementos que
so ricos em imagens visuais e verbais, divertidas ou interessantes. A
transferibilidade refere-se a questo de que se o elemento principal da marca pode
ser utilizado em todas as linhas do produto. Para garantir que um marca possa
evoluir conforme as mudanas no mercado em que atua e que no perca sua
credibilidade ela deve possuir o critrio de adaptabilidade, sendo assim podemos
citar o ltimo critrio que o de proteo, onde o principal elemento da marca
protegido legalmente por rgos responsveis. (Keller,2006)
Criar uma marca de sucesso requer misturar todos essesvrios elementos de uma maneira exclusiva o produto ouservio tem de ser de alta qualidade e adequado snecessidades do consumidor: o nome de marca deve seratraente e estar afinado com as percepes do consumidorrelativas a produto, embalagem, promoo, preo, e todos osoutros elementos devem, similarmente, passar nos testes deadequao, apelo e diferenciao. (John Murphy, Brandy
strategy. Nova York: Prentice Hall, 1990, p.4.)
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2.1.1 Papis que uma marca desempenha
Uma marca tem papis importantes para os consumidores e para as empresas.
Quando se trata dos consumidores ela deve identificar a origem do produto, atribuirresponsabilidade ao fabricante, simplificar o custo de busca, criar um vnculo do
fabricante com o produto, representar elementos simblicos e ser um indicativo de
qualidade. Para os fabricantes ela representa a identificao para simplificar
rastreamento, proteo legal para aspectos exclusivos, indica qualidade para os
consumidores, ajuda a criar associaes exclusivas com os consumidores, se torna
uma vantagem competitiva, garante retornos financeiros. (Keller, 2006)
Atravs de uma pesquisa realizada em bibliografias especficas como Keller, 2006 eKotler, 2004 podemos perceber o quanto uma marca representa para a sociedade
em que se encontra. Ela carrega consigo valores, conceitos, referncias e a
identidade de uma organizao. Uma marca tem o poder de consolidar ou acabar
com uma empresa, se ela no conseguir seu posicionamento no mercado ou se por
algum motivo ocorrer um incidente que prejudique sua imagem perante seus
consumidores. Para que ela tenha uma posio slida no mercado necessrio
que a empresa invista em pesquisas e faa uma espcie de manuteno, para queela identifique se sua imagem est sendo bem representada na sociedade, fazendo
isso ela fortalece e amplia seu vnculo com os consumidores.
2.2 Cores
No incio das civilizaes o homem buscou formas diversas de se expressar,
aproveitando materiais que estavam ao seu alcance. Uma das ferramentas que
fizeram a diferena em sua passagem e deixou uma forte herana a utilizao das
cores. (Gombrich, 1999)
Temos relatos deixados nas cavernas sobre o perodo da pr histria em que o
homem no s fazia desenhos em suas paredes, como utilizava das cores para
deixar sua marca mais visvel e prxima da realidade. Algumas cores naquela poca
j possuam certo poder em relao a outras. Podemos citar um exemplo da cor
que hoje chamamos de vermelho, o homem da pr histria ao utiliz-la em seus
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desenhos, acreditava que ele estaria mais prximo de conseguir fazer aquela
caada. (Gombrich, 1999)
Vrios estudos foram realizados para tentar decifrar esse universo repleto decdigos e informaes, podemos perceber que ao utilizar a cor como ferramenta de
comunicao ela atua diretamente ou indiretamente sobre o consumidor, podemos
citar uma observao feita por Farina no livro Psicodinmica das Cores (1990,
p.167):
Com referncia s reas publicitrias (...), vrios fatores seconjugam para determinar a cor exata que ser a portadorada expressividade mais conveniente a cada tipo especfico de
mensagem para um produto (...) e a especificidade daquiloque ser anunciado tem ntima conexo com a corempregada.
2.2.1 O que a cor?
A cor a parte mais emotiva do processo visual. Possui uma grande fora e pode
ser empregada para expressar e reforar a informao visual. uma fora poderosa
do ponto de vista sensorial. As cores, dependendo de como se organizam, podem
fazer algo recuar ou avanar, de acordo com o contexto em que atuam. O prprio
volume do objeto pode ser alterado pelo uso da cor. A cor pode ser um elemento de
peso, uma composio, por exemplo, pode ser equilibrada ou desequilibrada, dentro
de um espao bidimensional, pelo jogo das cores que nele atuam. O uso proposital
do claro-escuro e de cores quente-frias pode fazer com que os objetos paream
mais leves ou mais pesados, mais amenos ou mais agressivos. A cor no s tem um
significado universamente compartilhado por meio da experincia, como tambm
tem valor independente informativo, por meio dos significados que se lhe adicionamsimbolicamente. (Joo Gomes Filho, 2006)
As cores causam grandes influncias em nossas vidas. comum ouvirmos
comentrios dizendo que a cor cinza ou preta pode deixar as pessoas deprimidas,
ou que a cor amarela, laranja ou vermelho deixa o ambiente mais quente, muito
importante que seja feito uma pesquisa na hora de escolher e criar a identidade
visual de uma empresa, pois as cores selecionadas para compor esse conjuntotero grande influncia na aceitao do pblico sobre o produto oferecido.
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Esto agregados logomarca da Cia de dana Humberto Pereira trs valores que
formam seu acorde cromtico: preto, branco e laranja, que sero analisados
distintamente de forma tcnica baseado nos estudos de Israel Pedrosa, autor do
livro Da cor a cor inexistente e quanto capacidade de cada uma delas de
transmitir determinadas emoes e sentimentos, de acordo com Eva Heller, autora
do livro Psicologia Del color j citado acima.
Preto
O preto no uma cor, propriamente dito. a somatria fsica de pigmentos que
produzem uma sntese subtrativa. Em outras palavras, o preto pode ser apontado
como a privao ou a ausncia completa de luz. Em condies normais, o preto
absoluto no existe na natureza.
Trata-se uma pigmentao dotada com capacidade fsica de absorver quase todos
os raios luminosos incididos sobre ele, refletindo apenas uma porcentagem mnima
dos mesmos.
O preto encontra sua maior fora e presena em oposioao branco. Sendo um ponto extremo como o branco, tantopoder marcar o incio como o fim da gama cromtica, no quetange ao rebaixamento ou iluminao dos matizes na escalade valores. (Pedrosa, 2002)
Nas artes decorativas e artes grficas em geral, tememprego indispensvel como elemento de contraste pararessaltar a qualidade dos matizes. As cores puras (vermelho,amarelo, azul, violeta etc.), contornadas com preto, ganham
em luminosidade e vibrao. (Pedrosa 2002)
Em nvel de substncia corante, o preto destaca-se entre as cores mais empregadas
nos diversos segmentos da atividade humana em todos os tempos. Sua base
material encontrada no xido magntico de ferro e nos corpos calcinados de
origem orgnica e mineral. H uma grande variedade de pretos de origem tanto
vegetal como animal e so produzidos pela pulverizao de carves desses corpos.
O preto mais indicado para a pintura artstica o obtido pela combusto incompleta
do marfim.
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No segmento artstico, o preto um tom muito violento causando repdio devido ao
desafio de empreg-lo tcnica e sensibilidade dos artistas. Por esta razo,
raramente empregado na pintura ocidental. O xito de sua aplicao est restrito a
poucos artistas, entre eles El Greco, Braque e o brasileiro Iber Camargo.
Tratando-se do simbolismo do preto, a primeira impresso passada o luto, que se
trata de uma perda irreparvel. Mas tambm, por outro lado, traz tona a elegncia,
o formal e o decoro, tendo em vista que a cor fsica padro dos ternos preto e as
roupas de tom preto passam a impresso de emagrecer quem as usam.
Biblicamente, o preto significou a estigmatizao de Cam, e seus descendentes, e
at mesmo nos dias de hoje, o preto tem uma denotao inserida condenao e danao da alma, mas, em contra partida tambm, sublimando-se, representa
renncia vaidade deste mundo, originando os mantos negros, proclamao da f
no Cristianismo. Existem ainda registros fotogrficos de por volta de 1900, onde as
noivas se vestiam de negro sendo somente seu vu em tom branco, segundo Eva
Heller.
Branco
O branco a somatria de todas as cores quanto luminosidade ou a sntese
aditiva de todos os espectros solares. Ao passo que, fisicamente falando, o branco
no exatamente uma cor, ou em outros casos uma cor acromtica. Um espectro
de luz somado ao seu espectro complementar produzem sempre o branco.
Tratando-se de pigmento, o branco a superfcie capaz de refletir o maior nmero
possvel dos raios luminosos contidos na luz branca.
Para os pintores impressionistas o branco no era uma cor, mas ainda sim era
usado nas pinturas, pois fisicamente o branco no pode ser obtido a partir da
mistura de outras cores e sim, somente enquanto espectros ou luzes.
A definio de Leonardo da Vinci sobre o branco, negando-lhe a qualidade de cor, permanece, em sua essncia,inalterada at os nossos dias. Mesmo no reconhecendo a
qualidade de cor para o branco e para o preto, Leonardosalientava, que o pintor no poderia privar-se deles.(Pedrosa, 2002)
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Ainda mencionando a obra de Israel Pedrosa, os brancos mais utilizados na pintura
artstica so os de prata, zinco, de titnio e de barita. O branco de prata produzido
pelo carbonato de chumbo puro. O branco de zinco o xido de zinco em gros de
tamanhos variveis. Pigmento inaltervel ao da luz, com a vantagem de no ser
txico. O branco de barita ou branco fixo provm do sulfato de brio.
Se tecnicamente o branco a adio de todas as cores luminosas solares,
psicologicamente o branco a ausncia delas. Julga-se o branco como um vazio.
Do ponto de vista simblico, segundo a teoria de Eva Heller, branco
definitivamente uma cor. Basta notar que o que branco, no incolor e vice-versa.
O branco uma cor pura e perfeita. No h um significado negativo para a cor
branca. De acordo com o livro de Eva Heller, o branco associa-se ao puro, limpo e
leve. La limpieza s exterior, y la pureza est por dentro, en el interior: y a ambas
se associa el color blanco: no hay alternativa (A limpeza exterior, e a pureza est
por dentro, no interior: ambas se associam cor branca: no h alternativa). (Heller,
2008)
Em vrios rituais msticos o branco lembrado como a cor indicativa da mutao ou
transio. No campo da esttica, significa o reino das possibilidades infinitas. O
Branco ganha seu significado simblico mais forte a partir do sc. XX, quando torna-
se a cor universal da paz, sobretudo entre os povos e neste sentido que ele
aparece na bandeira da Organizao das Naes Unidas (ONU).
Laranja
O laranja, quando produzido por luzes coloridas, uma cor terciria com a
proporo ptica de 2/3 de vermelho e 1/3 de verde. Fisicamente se torna uma cor
secundria aglutinando 50% de pigmento vermelho e 50% de pigmento amarelo.
uma cor singular que no aceita ser escurecida por estar presente na mesma
escala cromtica do marrom, portanto, muito comum o laranja quando escurecido
demasiadamente transmutar-se para o marrom.
Rebaixado com o preto, torna-se sujo, marchando no sentidodas coloraes terrosas. Misturado ao vermelho, consegue-se um escurecimento tonal relativo, mas surge uma cor mais
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enrgica e agressiva que o laranja equilibrado (vermelhoalaranjado). Clareado com amarelo, ilumina-se, aumenta emvibrao, mas perde em consistncia. Dessaturado com obranco, ganha em luminosidade, criando variada gama detonalidades agradveis vista. (Pedrosa, 2002).
Em substncia corante, os laranjas mais conhecidos so o de cdmio e o de cromo.
A vasta gama de vermelhos e amarelos fornece, por mistura, grande quantidade de
alaranjados que guarda as propriedades das cores originais.
Simbolicamente falando, o tom ou a pigmentao cromtica do laranja, cujo nome
procede de um fruto em outros tempos extico, atravessou os tempos com esta
conotao e ficou marcada como uma cor extica.
O laranja resulta-se no desfecho da combinao entre luz ecalor, e por esta razo, cria um clima agradvel nos espaoshabitados. A sua claridade no to agressiva quanto doamarelo, e sua temperatura no to sufocante como a dovermelho. Estes adjetivos tornam o laranja a cor da diverso,do socivel e do alegre, sendo este, o lado forte do laranja.(Pedrosa, 2002)
Usando o mesmo adjetivo que Israel Pedrosa, a autora Eva Heller tambm entende
o laranja como uma cor singular, mas tambm v o laranja como uma corsubestimada que em diversas ocasies passa despercebida.
La singularidad del naranja altera nuestra percepcin. Anuestro alrededor vemos menos naranjas de los querealmente hay. Hablamos del rojo del entardecer, aunqueseria mas exacto hablar de naranja, y lo mismo respecto delamanecer. Hablamos de cabellos rojos, pero em realidadanaranjados.Tambin dcimos que el hierro fundido s rojo,cuando el verdadero color es aqui el naranja. (Asingularidade do laranja altera nossa percepo. Ao nosso
redor vemos menos laranjas do que realmente h. Falamosdo vermelho do entardecer quando na verdade seria maisexato falar do laranja, e a mesma coisa com o amanhecer.Falamos de cabelos vermelhos, que na verdade soalaranjados. Tambm dizemos o ferro fundido vermelho,quando a verdadeira cor o laranja.) (Heller, 2008)
2.3 Smbolos
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A semitica esta relacionada compreenso e anlise dos smbolos, o modo como
distinguimos objetos, cheiros, formato, imagens e qualquer coisa que aparea a
nossa mente, analisa a esttica, a tica e a lgica. Trabalha tambm com uma
gramtica especulativa, com os conceitos abstratos capazes de determinar as
condies gerais que fazem com que certos processos, quando exibem
comportamento que se parea com outros, possam ser considerados signos, esses
devem conter informaes que transmitam suas estruturas como funcionam, como
so emitidos, que tipo de efeitos so produzidos ao receptor. (Santaella, 2002)
Os signos podem ser analisados em si mesmo, nas suaspropriedades internas, ou seja, no seu poder para significar;na sua referencia aquilo que ele indica, se refere ourepresenta; e nos tipos de efeito que est apto a produzir nosseus receptores, isto , nos tipos de interpretao que eletem o potencial de despertar nos seus usurios.(Santaella,2002)
A teoria de Pierce (1967) permite que conheamos os vetores para uma analisemais terica e no s um contexto superficial, os diferentes processos de referncia
ou aplicabilidade e como o receptor reage a elas.
A Fenologia e a Semitica explicam uma definio mais detalhada de qualquer
signo, sentimentos, emoes, percepo, aes, reao, classificao, todas tem
um fundamento e so capazes de revelar a que espcie um signo representa.
O que define um signo a posio lgica que cada elemento que nele compe
ocupa no processo representativo, o que ele transmite que o objeto do signo, o
efeito que a mensagem produz.
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Para compreender melhor a lgica o signo passa por trs definies tericas: a da
significao, a da objetivao, e o da interpretao.
A relao do signo consigo mesmo, isto , da natureza doseu fundamento, ou daquilo que lhe da capacidade parafuncionar como tal, pode ser sua qualidade, sua existnciaconcreta ou seu carter de lei. (Santaella.2002)
A relao do fundamento com objetivo, ou seja, com aquilo que determina o signo e
que , ao mesmo tempo, aquilo que o signo representa e ao qual se aplica, e que
pode ser tomado em sentido genrico como o contexto do signo, extrai-se uma
teoria da objetivao, que estuda todos os problemas relativos denotao,
realidade e referncia, ao documento e fico, mentira e decepo. A relao do
fundamento com interpretao deriva-se uma teoria da interpretao. Com as
implicaes quanto aos seus efeitos sobre o interprete, individual ou coletivo.
A Semitica nos ajuda a compreender o potencial comunicativo de todos os tipos de
mensagem, nos variados efeitos que esto aptos a produzir no receptor, esses
efeitos podem ser emocionais, sensoriais, metafricos e simblicos. As mensagens
podem nos permitir explorar o interior delas em vrios aspectos linguagem visual, as
cores, linhas, formas, volumes, movimento, luz, o contexto.
O signo aquilo que d corpo ao pensamento, s emoes, s reaes, so os
efeitos interpretativos que os signos provocam em um receptor no precisa ser
necessariamente um pensamento bem formulado. Cada tipo de signo serve para
trazer mente objetos de espcie um signo deve ser capaz de representar a
espcie de objetivo que ele representa.
A maneira como interpretar os signos faz com que seu fundamento, suas
propriedades, variem na maneira como ele pode representar seu objetivo. Uma frasepronunciada um signo e suas palavras objetivo dinmico.
O objeto dinmico tudo aquilo que as seqncias de sonsso capazes de sugerir para a nossa escuta, um signotambm pode significar um objeto imediato que nada mais o modo como o signo representa, indica, se assemelha,sugere, evoca aquilo a que ele se refere, fala a pagina dedois jornais diferentes de um mesmo dia. O objetivo dinmico
dessas pginas so presumidamente os acontecimentosmais quentes de uma conjuntura recente. Como esse objetivodinmico apresentado em cada uma das pginas vem a sero objeto imediato, quer dizer, aquele recorte especfico que a
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pgina, que um signo, de cada um dos jornais fez do objetodinmico, a conjuntura da realidade. (Santaella,2002)
2.4 Tipografia
Com base nos estudos do livro Design para quem no design (Williams, 2005),
pode-se constatar que tipografia o signo bsico para qualquer tipo de pgina
impressa.
Nas pginas, costuma haver mais de uma fonte nos seusdiferentes elementos. Mesmo um documento com um simplestexto corrido tem ttulos, subttulos ou, no mnimo, suaspginas numeradas (Williams, 2005)
A citao acima nos mostra que em grande parte das vezes, pode-se encontrar mais
de um tipo de fonte diagramada em determinado documento, imagem, logomarca.
Quando h mais de uma fonte, estas estabelecem uma relao dinmica que se
classificam em concordante, conflitante e contrastante.
Concordante: acontece quando se usa somente uma famlia de fonte (serifada
e manuscrita), onde no h entre elas, grandes variaes quanto ao estilo,
tamanho, peso;
Conflitante: acontece quando se usa fonte similares combinadas em estilo,
tamanho e peso. Nesse caso cria-se um incomodo visual, pelo fato das fontes
no serem da mesma famlia (concordantes), mas tambm no serem
diferentes (contrastantes), assim sendo, cria-se o conflito;
Contrastante: acontece quando se usa fontes separadas, nitidamente distintasquando ao visual. As fontes so diferentes entre si, enfatizando os contrastes.
Atualmente existem milhares de fontes disponveis, e uma quantidade extensa de
pessoas criam novas fontes diariamente. Embora isso acontea, existe categorias
bsicas com a finalidade de enquadrar e organizar todas as fontes que surgem.
Antes de tentar conhecer os contrastes de tipos, vocdeveria conhecer as similaridades entre os amplos grupos de
tipos, j que so elas as responsveis pelos conflitos nascombinaes de tipos. (Williams, 2005)
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Os seis principais grupos de tipos so: estilo antigo, moderno, serifa grossa, sem
serifa, manuscrito e decorativo:
Estilo antigo: espira-se na escrita manual dos escribas. Estes trabalhavam aescrita com uma pena;
Moderno: essa categoria possui traos fortes, com variao radical entre o
grosso e o fino. Possui uma esttica elegante;
Serifa grossa: tambm chamada de Clarendon ou Egpcios, mantm o trao
rgido com pouca ou nenhuma entre o grosso e o fino;
Sem serifa: so fontes de peso igual, isto , no possuem absolutamente
nenhuma graduao entre o grosso e o fino por todo o corpo da letra. Estas
fontes sempre tm a mesma espessura por toda sua extenso.
Manuscrito: esta categoria engloba todos os tipos que parecem ser escritos a
mo, com uma caneta tinteiro, pincel, lpis ou caneta profissional;
Decorativa: so fontes diferentes, engraadas que no se enquadram em
nenhum quesito das categorias anteriores.
3. METODOLOGIA
Na inteno de compreender o logotipo da Cia de Dana Humberto Pereira, foram
realizadas pesquisas qualitativas de carter exploratrio. Foram utilizadas dois
mtodos de coleta de dados: entrevistas com especialistas da rea (professores) e
pesquisas em bibliografias (livros e sites) relacionadas ao assunto, como teoria dacor, semitica, marketing, dentre outros.
4. RESULTADOS
Com base na Fundamentao Terica, foram analisados os componentes que
fazem parte do logotipo da Cia de Dana Humberto Pereira.
So eles:
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Cores
As cores utilizadas so o laranja, preto e branco. Dentre estas o laranja que
considerada uma cor vibrante e quente predomina no fundo, o branco por seruma cor pura, usado na tipografia para causar uma unidade na marca e o preto
por ser uma cor de neutra, na inteno de simular efeito de sombra.
Smbolos e Tipografia
O smbolo foi analisado e no resultou em um diagnstico preciso, porque ele
pode ser interpretado de vrias maneiras diferentes. Um dos motivos de no
termos uma concluso coesa o fato do prprio autor da marca desconhecer osfundamentos utilizados.
A marca da Cia de Dana possui em sua estrutura duas tipografias distintas. A
primeira tipografia aplicada na marca assemelha-se com o padro de pintura
graffiti (pintura de rua). Ela possui uma ligao direta com o estilo de dana
street dance que o foco do projeto social do Professor. Na segunda tipografia,
percebemos cantos mais arredondados, e sua legibilidade melhor, apesar de
no ser to adequada para o tipo empresa que estamos analisando.
Fontes semelhantes s utilizadas na logomarca da Cia de Dana:
Veja alguns exemplos de marcas de empresas concorrentes:
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5. CONCLUSO
Aps estudo realizado percebe-se que uma marca algo de grande valor para uma
empresa, devido a seu poder de comunicao. E para que isso ocorra, ela deve ser
harmnica, legvel e ter o poder de ser identificada por seu pblico alvo. Ao
analisarmos a marca da Cia de Dana Humberto Pereira, diagnosticamos que
apesar de sua cor ser atrativa e adequada, sua composio final deixa a desejar,
pois carece de legibilidade, harmonia e pregnncia. Julgamos que a mesma foi
elaborada sem pesquisa e critrios para a elaborao de uma marca coesa e eficaz.
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BARROS, M.R. A cor no processo criativo, 3 edio, 2009.
CESAR, Newton. Direo de arte em propaganda. 8 Ed. 2006.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. So Paulo: Martins Fontes, 1999.
FILHO, Joo Gomes. Gestalt do Objeto. 7 Ed. 2006.
GOMBRICH, E.H. Histria da arte. Rio de Janeiro: IBPI Press 2001.
KELLER, Kevin Lane. Gesto Estratgica de Marcas. 1 Ed. 2006.
SANTAELLA, Lcia. O que Semitica. Coleo primeiros passos. 1 Ed. 2002.
WILLIAMS, Robin. Design para quem no designer. 2 Ed. 2005.