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Projetos e manejo em irrigação Sem um bom projeto, custos operacionais podem estourar e comprometer a eficiência. P ara quem nunca fez manejo inten- sivo de pastagens a idéia parece absurda: "irrigar pastagem! !! Desde quando capim precisa de irrigação para sobreviver?". É verdade, capim não precisa de irrigação para sobreviver... Por outro lado, muitos capins respondem melhor à irrigação que as hortaliças. Um pé de alface leva cerca de 30 a 35 dias para ser colhido, com um plantio a cada colheita. Já um pasto de Tifton, ou Mom- baça, é plantado apenas uma vez a cada 20 ou 30 anos, e te- mos colheitas a cada 20 a 28 dias, com a vaca "dentro da hor- ta". Muitos pastos ir- rigados produzem 20 a 30 toneladas de ma- téria seca por ha por ano, ou seja, de 100 a 200 toneladas de ma- téria verde por ha. Já afirmamos, no artigo anterior (Mun- do do Leite No 26, Jul./ Ago. 2007), que a irrigação não é "a salvação do pasto". Se for mal utilizada pode até ser o fundo poço. Mas se for em- pregada junto com outras técnicas (cala- gem, adubação, ma- nejo do rebanho e da pastagem, treinamen- to de mão-de-obra e controle administrativo), contribuirá pa- ra aumentar a lucratividade e o sucesso na produção de leite. Na irrigação o sucesso depende de três fatores: um projeto bem feito, um método simples de manejo e pessoas motivadas a fazer o que é certo. O custo de aquisição não deve ser o FERNANDO CAMPOS MENDONÇA é engnheiro agrônomoe pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste e não estão adequados à novrea, têm custo total elevado, reduzindooganho do produtor. Quase sempre é possível redimensio- nar os sistemas para trabalhar com bom- bas menores (1 a 4 cv/ha) e aspersores de baixa preso (20 a 25 mca).A Tabela um exemplo de mudança de um sistema de irrigação da própria Embrapa Pecuária Sudeste, que foi convertido de alta potên- cia/área (12,5 cv/ha) para um sistema de baixa potência/área (4 cv/ha). O sistema inicial funcionava 8 hldia (4 hldia de irri- gação e 4 h de mudança de linhas) duran- te 120 dias/ano. O novo sistema de irriga- ção funciona 9 hldia e 120 dias/ano, mas sem interrupção da irrigação para mudan- ça de aspersores nas linhas. O custo de mão-de-obra diminuiu 92% (menos R$ 1.380,00) e o da energia, 28% (R$ 226,00). Se pensarmosem leite aR$ 0,50 por litro, um produtor deixaria de gastar com a irrigação cerca de 800 litros de leite por ha por ano. A mesma situação da Embrapa foi observa- da em várias proprie- dades rurais. único fator de escolha do sistema de ir- rigação. No investimento, a maioria olha o preço do equipamento e se esquece dos gastos com instalação, manutenção, energia e mão-de-obra. Isto só vai pesar no bolso mais tarde. Em qualquer siste- ma de irrigação, deve-se procurar o me- nor custo total. Um estudo feito pela Embrapa Pe- cuária Sudeste em sistemas de produção Redimensiona- mento para viabili- zar a irrigação Neste exemplo, vamos mostrar o redi- mensionamento de um sistema de irriga- ção em uma proprie- dade participante do Projeto Balde Cheio, parceria da Embrapa Pecuária Sudeste e a Coordenadoria de Assistência cnica Integral (CATI) no Estado de São Paulo, no município de Arealva, SP.As caractesticas do siste- ma original e do sistema redimensiona- do são apresentadas na Tabela 2. O sistema original tinha área de 1,5 ha, bomba elétrica de 20 cv e consumo de energia por área de 47,7 kWh/ha/dia. O tempo de irrigação era de 7 hldia, com de leite no Estado de São Paulo mostrou que a maioria das propriedades tem sis- temas de irrigação com alta potência por área irrigada, com aspersores de médio a grande porte e alta pressão de serviço (40 mca ou mais). Muitos siste- mas foram adquiridos sem projeto ou foram reaproveitados de outros cultivos

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Projetos e manejo em irrigaçãoSem um bom

projeto, custosoperacionais

podem estourare comprometer

a eficiência.

Para quem nunca fez manejo inten-sivo de pastagens a idéia pareceabsurda: "irrigar pastagem! !!

Desde quando capim precisa de irrigaçãopara sobreviver?". É verdade, capim nãoprecisa de irrigação para sobreviver...Por outro lado, muitos capins respondemmelhor à irrigação que as hortaliças. Umpé de alface leva cerca de 30 a 35 diaspara ser colhido, com um plantio a cadacolheita. Já um pasto de Tifton, ou Mom-baça, é plantado apenas uma vez a cada20 ou 30 anos, e te-mos colheitas a cada20 a 28 dias, com avaca "dentro da hor-ta". Muitos pastos ir-rigados produzem 20a 30 toneladas de ma-téria seca por ha porano, ou seja, de 100 a200 toneladas de ma-téria verde por ha.

Já afirmamos, noartigo anterior (Mun-do do Leite No 26,Jul./Ago. 2007), quea irrigação não é "asalvação do pasto".Se for mal utilizadapode até ser o fundopoço. Mas se for em-pregada junto comoutras técnicas (cala-gem, adubação, ma-nejo do rebanho e dapastagem, treinamen-to de mão-de-obra econtrole administrativo), contribuirá pa-ra aumentar a lucratividade e o sucessona produção de leite.

Na irrigação o sucesso depende detrês fatores: um projeto bem feito, ummétodo simples de manejo e pessoasmotivadas a fazer o que é certo.

O custo de aquisição não deve ser o

FERNANDO CAMPOSMENDONÇAé engnheiro agrônomo epesquisador daEmbrapa PecuáriaSudeste

e não estão adequados à nova área, têmcusto total elevado, reduzindo o ganhodo produtor.

Quase sempre é possível redimensio-nar os sistemas para trabalhar com bom-bas menores (1 a 4 cv/ha) e aspersores debaixa pressão (20 a 25 mca). A Tabela 1 éum exemplo de mudança de um sistemade irrigação da própria Embrapa PecuáriaSudeste, que foi convertido de alta potên-cia/área (12,5 cv/ha) para um sistema debaixa potência/área (4 cv/ha). O sistemainicial funcionava 8 hldia (4 hldia de irri-gação e 4 h de mudança de linhas) duran-te 120dias/ano. O novo sistema de irriga-ção funciona 9 hldia e 120 dias/ano, massem interrupção da irrigação para mudan-ça de aspersores nas linhas.

O custo de mão-de-obra diminuiu92% (menos R$ 1.380,00) e o da energia,28% (R$ 226,00). Se pensarmos em leite

a R$ 0,50 por litro, umprodutor deixaria degastar com a irrigaçãocerca de 800 litros deleite por ha por ano. Amesma situação daEmbrapa foi observa-da em várias proprie-dades rurais.

único fator de escolha do sistema de ir-rigação. No investimento, a maioria olhao preço do equipamento e se esquecedos gastos com instalação, manutenção,energia e mão-de-obra. Isto só vai pesarno bolso mais tarde. Em qualquer siste-ma de irrigação, deve-se procurar o me-nor custo total.

Um estudo feito pela Embrapa Pe-cuária Sudeste em sistemas de produção

Redimensiona-mento para viabili-zar a irrigação

Neste exemplo,vamos mostrar o redi-mensionamento deum sistema de irriga-ção em uma proprie-dade participante doProjeto Balde Cheio,parceria da EmbrapaPecuária Sudeste e aCoordenadoria deAssistência TécnicaIntegral (CATI) no

Estado de São Paulo, no município deArealva, SP.As características do siste-ma original e do sistema redimensiona-do são apresentadas na Tabela 2.

O sistema original tinha área de 1,5ha, bomba elétrica de 20 cv e consumode energia por área de 47,7 kWh/ha/dia.O tempo de irrigação era de 7 hldia, com

de leite no Estado de São Paulo mostrouque a maioria das propriedades tem sis-temas de irrigação com alta potênciapor área irrigada, com aspersores demédio a grande porte e alta pressão deserviço (40 mca ou mais). Muitos siste-mas foram adquiridos sem projeto ouforam reaproveitados de outros cultivos

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1h/dia para manutenção e troca de posi-ção dos aspersores. A sucção estavamuito próxima da superficie da água ehavia entrada de ar na bomba, que nãofuncionava bem. A disposição das linhaslaterais (tubulação com aspersores) esta-va incorreta, com espaçamento de 12 mx 40 m (aspersores x linhas). Como oraio molhado pelos aspersores era de 15m, havia faixas entre as linhas de asper-sores que não eram irrigadas.

O proprietário estava preocupadocom o gasto de energia (R$ 500,00 pormês).

Após a análise da situação, forampropostas as seguintes modificações:• conversão do sistema convencional fi-

xo para aspersão em malha;• mudança do espaçamento para 18 m x

18 m (aspersores x linhas);• troca da bomba centrífuga, calculada

no redimensionamento;• projeto de ampliação da área irrigada

para 3 ha (dobro do original), com amesma bomba centrífuga escolhida noredimensionamento.

O novo sistema de irrigação é do ti-po aspersão em malha. Foram aproveita-dos todos os tubos do sistema originalpara diminuir o custo de reforma, com-prando poucos tubos e conexões para al-gumas malhas, e uma bomba de menorpotência (5 cv) para substituir a original(20 cv). O produtor foi aconselhado acolocar a bomba original à venda, parapagar a reforma do sistema de irrigação.

Os resultados na Tabela 2 mostramque a diminuição de custo ocorreu namão-de-obra (menos 500,00 R$/ha/ano,ou 67%) e na energia (menos 850,95R$/ha/ano, ou 65%). Assim, o custo to-tal de irrigação passou de R$ 2.820,36para R$ 1.463,81 por ha, uma reduçãode 1.356,55 R$/ha/ano (48%). Essa eco-nomia no custo anual cobriu todo a des-pesa de aquisição, implantação e manu-tenção do novo sistema (R$ 1.005,39) eainda sobrou algum dinheiro para pagara conta de energia.

Manejo da irrigaçãoO manejo da irrigação inclui o ma-

Sobreposição de jatos d'água:Espaçamento correto (A) e incorreto (B) dos aspersores.

nejo do equipamento e da água, e ambosfundamentais. Um sistema de irrigaçãoé como roupa de alfaiate: feito sob me-dida. Se o equipamento for mudado deárea, deve ser redimensionado para fun-cionar bem. Por exemplo, se um sistema___ ~ de irrigação está

Economia em uma áreacom desnível de

com energia 10 metros e fore mão-de-obra mudado para ou-

paga a reforma tra com desnívelde 20 metros,

de um mau não funcionaráprojeto da mesma ma-

---~---- neITa.Devemos prestar atenção à unifor-

midade de aplicação de água, que de-pende de cinco fatores: 1) tipo de asper-sor; 2) espaçamento entre aspersores; 3)pressão em cada ponto do sistema; 4)sobreposição dos jatos d'água dos asper-sores; e 5) vento.

TABELA 1 - CUSTO DE ENERGIA E MÃO-DE-OBRA PARA IRRIGAÇÃO DE PASTAGENS

potência Tempo de irrigação Energia/consumo/gasto (*) Mão-de-obra (**) Custo totalCVlha h/dia dias/ano consumo/gasto/ano h/ha/dia/diária/ano Custo12,5 4 120 4410kWh I R$ 807,03 5 I 75 R$ 1.500 R$ 2.307,03/ano

4 9 120 3175 I R$ 581,03 0,4 I 6 R$120 R4 701,03(*) kWh: R$ 0,183/(*') Diária de trabalhador a R$ 20 sem encargo. Fonte: Embrapa Pecuária Sudeste.

Para simplificar o manejo e uniformi-zar a aplicação de água, os aspersores de-vem ser de um só tipo, ter o mesmo diâ-metro de bocais e o mesmo espaçamentoentre eles. Isto parece óbvio, mas já vimosáreas de pastagens com 4 tipos de asper-sores, e ainda com bocais diferentes.

ManutençãoA manutenção do sistema de irriga-

ção é muito importante. Bocais ento-pem, tubos quebram, bombas se desgas-tam e há quebras por acidentes com ani-mais. É preciso verificar o funciona-mento do sistema e providenciar conser-tos o mais rápido possível.

O produtor e seu técnico devem o-rientar as operações e definir a quantida-de de água a ser aplicada. O operador de-ve conhecer bem o sistema e ser treinadopara ver possíveis problemas (falta depressão, vazão irregular, entupimento,mau funcionamento da bomba etc.) e evi-tar os danos por má operação e a interrup-ção da irrigação, reduzindo o custo demanutenção. Lembre-se: tal como umcarro, é nos períodos de uso mais intensoque as quebras acontecem.

Manejo de água em pastagensQuando o estresse hídrico limita a

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Evaporímetro de Pichémede a evaporação da água e ajuda

a calcular déficit hídrico

produção, a irrigação traz grandes bene-ficios às pastagens. É preciso conhecer anecessidade de água das forrageiras eadotar práticas de manejo para otimizar aprodução e o uso de terra, água e energia.

Há três formas de calcular a quan-

Manâmetro ajuda a medir apressão para monitorar a vazão

da água no sistema

tidade de água (lâmina d'água): a) ma-nejo via solo; b) via clima; e c) misto(solo + clima).

No manejo via solo, lâmina d'águade irrigação é calculada medindo a umi-dade do solo em dois períodos seguidos

TABELA 2 - CARACTERíSTICAS E CUSTOS DOS SISTEMASORIGINAL E MODIFICADO EM PASTO DE MOMBAÇA (AREALVA, SP)

EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO.

Parâmetro Original ModificadoFonte de energia Elétrica ElétricaPotência da bomba centrífuga (cv) 20 5Potência consumida por bomba (cv) 16,2 3,4Area irrigada (ha) 1,5 1,5Potência instalada/área (cv/ha) 13,3 3,3Potência consumida/área (cv/ha) 10,8 2,3Tempo irrigação (horas/dia) 7 10Tempo efetivo de irrigação 6 10Uso de mão-de-obra (horas/dia) 3 1Consumo de energia (kWh/dia) 71,5 25Consumo/área (kWh/dia) 47,7 16,7

Custo da IrrigaçãoAquisição e instalação de equipamentos R$ 639,99/ha/ano R4 632,30/ha/anoManutenção R$ 124,00/ha/ano R$ 123,09/ha/anoMão-de-obra (*) R$ 750,00 R$ 250,00Energia (irrigação 150 dias/ano) (**) R$ 1.309,81 R$ 458,82Custos totais do sistema (Ha/ano) R$ 2.820,96 R$ 1.463,81

(') Diária de R$ 20, mão-de-obra interna e sem encargos (propriedade de agricultura familiar(. (") Preço da energia a R$ 0,183 o kWh.Fonte: Programa Balde Cheio - Embrapa/Cati.

de tempo (Ex.: a cada dois dias). Aamostras são pesadas, secas e pesadasnovamente. Usamos a diferença entre aumidade do período anterior e a umida-de atual do solo para calcular quantaágua saiu da camada de solo onde há raí-zes (Ex.: Do dia 05/09 ao dia 10/09, saí-ram 25 mm em 50 cm de solo). Basta re-por essa água para voltar ao máximo ar-mazenamento de água no solo.

No manejo via clima são usados osresultados de experimentos para simularo consumo de água da planta e sua rela-ção com o clima. É possível prever aumidade atual do solo com cálculos doconsumo de água das plantas e do arma-zenamento de água no solo, decidir se hánecessidade de irrigar e quanta água apli-car. É o chamado balanço hídrico. NaEmbrapa Pecuária Sudeste foi desenvol-vido um método para manejo da irrigaçãode pastagens, utilizando um pluviômetro---~---- e tanque Classe

Sistema bem A, ou um evapo-ajustado rimetro de Piché

(veja foto). Esseeconomiza método é simplesenergia e e de baixo custo.

. d d' . O Piché podeeVita esper ICIO ficar penduradode água na sombra de

uma varanda. Aágua evapora através do papel de filtro ea diminuição do nível da água nesse tubode vidro pode ser medida, pois o Pichétem marcações, ou traços, e cada traço re-presenta 1 milímetro evaporado. O méto-do relacionou a chuva e a evaporação deágua do Piché ao consumo de água (eva-potranspiração) de várias forrageiras.

O consumo de água dessas forragei-ras variou de 55% a 72% da evaporaçãodo tanque Classe A ou do Piché. Como achuva é água de graça, desconta-se aquantidade de chuva do consumo daplanta e calcula-se a necessidade de irri-gação. O produtor deve medir a evapo-ração de água no Piché e calcular a ne-cessidade de irrigação assim:

IRR = (EPi - Chuva) x KIRR - irrigação necessária, em

milímetrosEPi - evaporação de água no

Piché, em milímetrosK - índice de relação entre eva-

poração e evapotranspiração (va-lor médio = 0,65)

Exemplo - Para um intervaloentre irrigações de 5 dias, foramfeitas as medidas:

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ARTIGO

EPi = 28 mmChuva = 5 mm IRR = (28 - 5) x

0,65 = 23 x 0,65K = 0,65 IRR = 15 mm

falta de pressão para funcionar os asper-sores, ou a ruptura do encanamento porexcesso de pressão.

É possível medir a pressão nos pon-tos de engate dos aspersores, com ummanômetro (veja foto). Se a pressão va-riar muito, a vazão dos aspersores vaijunto.

Veja na Tabela (partes em cor azul)

Importância dos bocais, pressão eespaçamento.

Veja a parte amarela da Tabela 3: oaspersor com bocais 3,0 x 3,0 e pressãode 25 metros de colunad'água (mca) tem vazão de1.067 L/h. Se o espaçamentofor de 12 x 12 m, ele aplica-rá 7,41 mm/h. Se o mesmoaspersor o espaçamento for12 x 18 m, ele passa a aplicar4,94 mm/h. Então, se muda oespaçamento, mudam a taxade aplicação e o tempo que oaspersor precisa ficar irri-gando uma mesma posição.

Geralmente se esquecede medir a pressão disponí-vel em cada ponto do siste-ma de irrigação. Sem umprojeto hidráulico, é dificilsaber se a distribuição depressão é adequada. Isto po-de gerar problemas como a

o aspersor com bocais de 4,0 x 3,0: sepressão de serviço mudar de 25 para 40mca, a vazão aumenta de 1.489 para1.883 L/h. Olhando na coluna do espa-çamento 18 x 18 m, essa mudança devazão faz a taxa de aplicação passar de4,6 para 5,81 mm/h. Isto significa que,irrigando por 5 horas, com pressão de25 mca serão aplicados 23 mm de água

(23 litros por metro quadra-do), e com pressão de 40mca serão aplicados 29 mm.

Se a aplicação corretafor 23 mm, houve um exces-so de 6 mm no segundo caso.A diferença parece pequena,mas cada milímetro aplicadocorresponde a 10 mil litrospor hectare (10 m3/ha). En-tão, 6 mm a mais represen-tam um gasto desnecessáriode 60 mil litros de água porhectare (60 m3/ha), que po-deriam ser usados para irri-gar outra área e produzirmais leite. É o custo do des-perdício: o produtor perde aoportunidade de aumentarseu lucro. @l

TABELA 3 - ASPERSORES DE PORTE MÉDIOCombinações Características operacionaisde bocais

Espaçamento (m x m) dosaspersores em linha/taxa de

aplicação (mm/h)Pressão Vazão Diâmetro

de serviço (Uh) irrigado 6 x 12 12x12 12 x 18 18 x 18(MCA) (m)

25 1.067 27 14,82 7,41 4,94 3,29

3,0 x 3,0 30 1.168 29 16,22 8,11 5,41 3,6035 1.262 28 17,53 8,76 5,84 3,9040 1.349 28 18,74 9,37 6,25 4,1625 1.489 30 20,68 10,34 6,89 4,60

4,0 x 3,0 30 1,631 30 22,65 11,33 7,55 5,0335 1.761 31 24,46 12,23 8,15 5,4440 1.883 32 26,15 13,08 8,72 5,81

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