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LOGÍSTICA DE
SUPRIMENTOS (COMPRAS / CAPÍTULO 3 PÁGINAS 27 a 35)
CEFET / RJ – PROMINPSUPERVISOR DE SUPRIMENTOS
Prof. Alexandre B. [email protected]
2SUMÁRIO
• Denominações, Definição e Objetivos
• Posicionamento da Função Compras no ciclo da Administração de Materiais
• Importância das Compras para os Negócios
• Diferentes insumos para as operações
• Abordagem Gerencial do Compras: Tradicional versus Atual
• A Cadeia de Suprimentos
• Interação Fornecedor - Organização
• Ciclo de Compras
• Fatores condicionantes da atividade de Comprar
• Novas formas de Comprar: EDI, Internet, Cartões de Crédito, e-procurement.
• Estratégias de Suprimentos:– Verticalização versus
Terceirização– Fabricar ou Comprar– Fonte única ou múltipla– Locação ou Arrendamento
• Questões éticas
• Compras no setor público.
• A abordagem da NBR / ISO 9001:2000 _ Requisito 7.4.
• Exercícios
3Denominações, Definição e Objetivos
Gestão de Compras
Gestão de Suprimentos
Gestão de Aquisições
Compras é a Função Organizacional encarregada de adquirir os insumos necessários aos processos (produtivos e de apoio) da Organização.
Por que ela é necessária ?
Porque nenhuma Organização produz (ou extrai da natureza) tudo o que precisa para realizar seu produto.
As Organizações também focam sua atividade fim, terceirizando ou comprando fora tudo o que for secundário.
Quais são os objetivos específicos do Compras ?
Quantidade = Garantia de fornecimento.
Qualidade = Atendimento à Especificação + Desenv. de Fornecedores.
Prazo = normal e urgente.
Preço = (Menor Custo Total e Condições de pagamento).
MARTINS: 81.
4 Posicionamento da Função Compras noCiclo da Administração de Materiais
Demanda Real ou Previsão de
Vendas
Identificar Necessidades de Materiais
Comprar Materiais
Expedir Prod. Acabado
Armazenar Prod. Acab.
Movimentar Internamente
Transportar para Dentro
Receber & Armazenar Insumos
ClienteTransportar para Fora
MARTINS; fig. 1.2 (adaptado)
INSTALAÇÕES
Equipa-
mentos
Prédios,
Terrenos
5
Importância do Compras - 1Volume de compras típico de diversos setores
de atuação.Setor Industrial % sobre as Vendas
Petróleo 83Alimentos 63Equipamentos de transporte
60
Madeira 60Confecções 49Gráfica 35Cigarro e Fumo 27Média do Setor Industrial 54
MARTINS: 135
6
Importância do Compras - 2
SLACK: 79
7
Importância do Compras - 2
SLACK: 79
8
Importância do Compras - 3
Qual é o lucro?
Vendas Totais = 10.000.000
Materiais & Serviços
comprados = 7.000.000
Salários = 2.000.000
Despesa fixa = 500.000
Lucro = ?
Qual é a melhor estratégia para
dobrar o Lucro:
• Dobrar as vendas ?
• Reduzir Salários em 25% ?
• Reduzir Despesas Fixas à
metade ?
• Reduzir custos de Compras
em 7,1% ?
Slack: 420
500.000
9
Importância do Compras - 3
Slack: 421
10Tipos de Recursos
MATERIAIS PATRIMONIAIS CAPITAL HUMANOS TECNOLOG.
INSTALAÇÕES
Equipa-
mentos
Prédios,
Terrenos
ESTOQUE
Materiais
Auxiliares
Matéria-
prima
Produto
em Proc.
Produto
Acabado
Log. Int.
Mov. & Man.
Log. Ext.
(Transporte)
Clientes
Compras /
Aquisições
Fornecedores
MARTINS; fig. 1.5
11 Estrutura da Função / Departamento de Compras
Adm. & Financ.Adm. & Financ. ProduçãoProdução VendasVendas
Compras Adm. Geral Financeiro PessoalCompras Adm. Geral Financeiro Pessoal
Sócio-gerenteSócio-gerente
SecretáriaSecretária
DiretorDiretor
RHRH Financ.Financ.ComprasComprasProduçãoProdução Adm.Adm. VendasVendas
Compradores Mat. Prima
Compradores Mat. Prima
Compradores Mat. Aux.
Compradores Mat. Aux.
Follow-up (Acompanhamento)
Follow-up (Acompanhamento)
MPE
Média / Grande Empresas
12Abordagem Tradicional versus Atual
Tradicional Atual
• Vista como atividade burocrática.
• Vista como componente da Logística e que agrega valor.
• Centro de Custo • Centro de Lucro (grande potencial para reduzir os gastos c/ insumos).
• Negociação “ganha-perde” a cada transação.
• Negociação “ganha-ganha” no médio / longo prazo.
• Fornecedor é um mal necessário.
• Fornecedor é parceiro na Cadeia de Suprimento.
• TI utilizada para automatizar atividades burocráticas.
• TI como base p/ novas maneiras de pesquisar, comercializar e gerenciar.
• Atender aos pedidos dos clientes internos.
• Ser pró-ativa na pesquisa de novos Fornecedores e materiais.
13
A Cadeia de Suprimentos e o Relacionamento com
Fornecedores
• O que é Cadeia de Suprimentos?• Como pode ser a relação com os fornecedores?
14A Cadeia de Suprimentos
Fornecedores de 2ª camada
Fornecedores de 1ª camada
Clientes de 1ª camada
Clientes de 2ª camada
OPERAÇÃO
Compras Distribuição Física
Logística (Int. e Ext.)
Gestão / Administração de Materiais
Gestão da Cadeia de Suprimentos
SLACK; fig. 13.2
Arm. Mov. Materiais
15Relacionamento com Fornecedores & Clientes
Fornece
doresClientes
ProduçãoCompras Distribuição
Fabricante da Cadeia
Fornece
doresClientes
Fabricante da Cadeia
ProduçãoCom
pras
Distri-
buição
CHIAVENATO: 111
Casos: SKF-VW e P&G-WMartGianesi, pg. 35)
16
O processo de Compras
17 O Ciclo de Compras(considerando que o levantamento das necessidades vem de fora)
Analisar OC’s recebidas
Verificar: autorização, especificação, quantidade, prazo e condições especiais.
Negociar c/ Fornecedores
Engloba as condições comerciais e os detalhes de especificação e prazo.
Confirmar compra Efetivar e documentar a transação.
Acompanhar situação pedido
Focar o que for crítico para não perder tempo nem sufocar o Fornecedor desnecessariamente.
Confirmar recebimento
Verificar junto ao Almoxarifado / Requisitante o recebimento do material e que está tudo dentro do
combinado. Enviar NF para o Contas a Pagar.
Pré-selecionar Fornecedores
Verificar: pré-cadastrados, cadastrar novos, manter base de dados sobre Fornecedores.
* Pode haver muita interação com o requisitante. Imagine no CENPES da BR !
18Fatores condicionantes da atividade de Comprar
1. Tipo de Organização: Pública ou Privada, Nac. ou Multinacional.
2. Setor de atuação: regulamentação forte (ANVISA) ou não.
3. Cultura da Organização: Burocrática ou Autônoma.
4. Porte: Micro, Pequeno, Médio ou Grande.
5. Nível de Informatização: Nenhum, Automatizado, B2B.
6. Nível de Integração Interna e da Cadeia de Suprimentos.
7. Tipo de recurso que está sendo adquirido: Serviço, Insumo ou Patrimonial.
8. Tipo de produto: controlado pelo governo ou não (bélico, drogas, radioativo etc.)
9. Freqüência de abastecimento: Esporádica ou “Contínua”.
10. Disponibilidade do “material”: Escasso ou Abundante – Regional, Nacional ou Internacional.
11. Poder dos Fornecedores: Fonte Única, Múltipla ou Simples.
12. Poder de negociação da Organização compradora.
13. Tempo disponível: Urgente ou Normal.
19Contratos e Transferência de Propriedade
Há muitos aspectos a considerar durante o estabelecimento do
contrato de compra / venda. Nosso foco é a transferência da
propriedade.
Com a transferência de propriedade, transfere-se também os
direitos e as obrigações.
Definir o momento e o local para essa transferência legal torna-se
um aspecto fundamental dos contratos.
A preocupação aumenta se se tratar de comércio internacional,
pelas diferenças de cultura, idioma, legislação etc.
Para dirimir dúvidas, foram estabelecidos os Termos do Comércio
Internacional (INCOTERMS), aplicáveis também ao comércio
dentro do Brasil. [Ver próximo slide]
GONÇALVES: 237
20Termos do Comércio Internacional - INCOTERMS
(1990 – PARCIAL)
Licença export.
Licença import.
Conhec. embarque
Divisão de custos
Entrega contratual
Transferência de
riscos
EXW: ex-work
Comprador
Comprador
Comprador
Comprador assume tudo
a partir da entrega
Na instalação do fornecedor. Carregado no veículo só se especificado
loaded.
Na instalação do fornec.
FAC: free carrier
Fornecedor
Comprador
Comprador
Fornec. assume tudo até entrega, inclusive os de export.
Na entrega ao transportador
nomeado e no local
designado.
No ato da entrega.
FOB: free on board
Fornecedor
Comprador
Comprador
Fornec. assume tudo
até transf. risco, + custo
export.
A bordo do navio
Ao atravessar a murada do
navio.
CIF: cost, insurance, and
freight
A bordo do navio
Fornecedor
Comprador
Fornecedor
Ao atravessar a murada do
navio.
Idem anterior + frete, seguro, estiva,
desestiva.
GONÇALVES: 240
21Novas formas de Comprar
1. EDI (Exchange Data Interchange),
2. Internet – B2B.
3. E-procurement (conjunto de soluções tecnológicas e
serviços de consultoria, com o objetivo de melhorar
os processos de compra. Até 2009, a metade das
transações de compras será feita eletronicamente.
Fonte: Datasul)
4. Cartões de Crédito (BNDES, Banco do Brasil, CEF).
22
Estratégias de Suprimentos
1) Fabricar ou Comprar?
2) Locação ou Arrendamento?
ESTAS SÃO MESMO
TAREFAS / DECISÕES
DO DEPARTAMENTO
DE COMPRAS !?
23Integração Vertical
Grau e extensão de propriedade que uma empresa tem da cadeia de suprimentos da qual ela mesma faz parte.
No nível estratégico, implica decidir entre adquirir ou não outras empresas (fornecedoras e/ou clientes).
No nível tático / operacional, implica decidir se a empresa se estrutura para fabricar ou se compra um componente específico do seu produto.
A integração pode ser a montante (p/ trás – upstream) e a jusante (p/ frente – downstream); ampla (muitos elos desde o ponto original) ou estreita.
Caso clássico: Ford x Seringueiras no Amazonas.
Como a integração afeta a qualidade, rapidez, confiabilidade e flexibilidade?
SLACK, 170 a 177
24Terceirização – Outsourcing
Alternativa à integração vertical, a Terceirização (ou outsourcing) consiste em adquirir no mercado os insumos (materiais e serviços) necessários à operação da empresa.
Em termos do que será adquirido, a decisão chave é:
Quais insumos serão adquiridos? Apenas os triviais ou os centrais também?
Em termos de quem fornecerá, as decisões chaves são:
Quantos fornecedores serão utilizados: single-sourcing ou multi-sourcing?
Como será o relacionamento com os fornecedores:
• Mercado livre tradicional?• Operação virtual?• Parceria?
SLACK, 429 a 435
Comprar fora buscando a melhor condição
a cada transação.
Fabricar pouco ou nada, criando uma rede de fornecedores para cada projeto. Ex.:
NIKE.Acordos comerciais cooperativos relativamente duradouros baseados na confiança. Ex.: Ford -
Pirelli
25Single-sourcing X Multi-sourcing
• Qualidade potencialmente melhor (SGQ)
• Fortalecimento da relação quanto a comprometimento, comunicação, cooperação p/ DNP.
• Economia de escala.• Confidencialidade.
• Comprador pode forçar preço baixo mediante concorrência dos fornecedores.
• Possibilidade de mudar de fornecedor caso ocorram falhas no fornecimento.
• Várias fontes de conhecimento e especialização disponíveis.
VANT.
• Maior vulnerabilidade a problemas, caso ocorram falhas no fornecimento.
• Fornecedor individual mais afetado pela flutuação no volume de negócio do Comprador.
• Fornecedor pode forçar preço para cima, caso não haja alternativas de fornecimento.
• Dificuldade de encorajar o comprometimento do Fornecedor.
• Maior dificuldade de desenvolver SGQ eficazes.
• Maior esforço requerido para a comunicação e negociação..
• Fornecedores tendem a investir menos em novos processos.
• Maior dificuldade de obter economias de escala.
DESVANT.
SLACK, 421.
26 Comprar ou Fabricar: fatores de decisão(parte 1)
Decidir comprar ou fabricar tem sido uma das maiores preocupações da empresa moderna. A análise deve englobar enfoques financeiros e estratégicos, porque nem sempre o menor preço é o fator fundamental para se optar por uma ou por outra.
Não há dúvida de que a principal corrente atual é a favor da aquisição de itens de terceiros (terceirização), de itens que eram fabricados internamente, mas para essa decisão a análise deve levar em consideração alguns fatores.
Valor estratégico da tecnologia de fabricação do item a ser compradoA tecnologia de fabricação de um item é um ativo desenvolvido pela empresa e que proporciona uma diferenciação de seus produtos, ou seja, pertence ao seu core competence. Estrategicamente, essa tecnologia traria prejuízos à empresa caso fosse repassada para terceiros, porque os concorrentes teriam acesso a essa tecnologia e a sua vantagem competitiva de colocação de produtos no mercado ficaria reduzida.
Qualidade do produtoQualidade assegurada no fornecimento é essencial para que o produto final tenha o desempenho desejado pela empresa compradora. Assim, o fornecedor deve comprovar que possui, pelo menos, a mesma competência para produzir o componente.
A terceirização baseia-se, principalmente, no fato de que fornecedores especializados têm competências adicionais de produção de itens específicos, o que leva a conseguir maior qualidade. Além disso, deve-se tomar cuidado com a possibilidade de o fornecedor poder incorporar aperfeiçoamentos e inovações às especificações dos componentes fabricados.
GURGEL: 16
27 Comprar ou Fabricar: fatores de decisão(parte 2)
Confiabilidade no cumprimento de prazosUma das principais preocupações com fornecedores é o cumprimento sistemático dos prazos de entrega, principalmente em períodos de maior demanda. Atrasos de fornecimento podem comprometer a entrega do produto final, além de obrigar a empresa compradora a manter estoques adicionais para absorver as incertezas geradas por seus fornecedores. Ganhos no custo e na qualidade podem ser irrelevantes se os prazos não forem cumpridos.
Possibilidade de liberação de recursos produtivosRepassar componentes para terceiros fabricarem libera recursos produtivos importantes para que a empresa possa utilizá-los em seu core competence. Assim, mão-de-obra, espaço no chão da fábrica, equipamentos e materiais que antes eram necessários para produzir componentes podem agora ser utilizados para aumentar sua capacidade produtiva, principalmente se utilizavam equipamentos-gargalo.
Indisponibilidade de recursosQuando a capacidade de produção de determinado componente está esgotada ou há necessidade de novos investimentos para desenvolvimento de novos produtos que estão além dos recursos financeiros da empresa, o repasse da fabricação para terceiros é uma das saídas possíveis. Além disso, é preferível investir em recursos produtivos pertencentes ao core competence da empresa.
Novos produtos com volume de produção inicial baixoInvestimentos na produção de componentes para novos produtos que têm baixo volume inicial em geral são economicamente inviáveis. Em estágios iniciais, é preferível recorrer à terceirização até que o volume justifique novos investimentos.
GURGEL: 16
28Comprar ou Fabricar 500 mil unidades?
(Exemplo 1)
FonteDescrição do
custoCusto fixo
($/ano)Custo variável
($/unid.)Custo Total
Ferramental R$ 50.000 R$ 50.000 6.941.500R$ Inspeção R$ 0,10 R$ 55.000 Transporte R$ 0,55 R$ 302.500 Preço de compra R$ 11,88 R$ 6.534.000 Ferramental R$ 95.000 R$ 95.000 6.645.500R$ Inspeção R$ 1,05 R$ 577.500 Transporte R$ 0,27 R$ 148.500 Preço de compra R$ 10,59 R$ 5.824.500 Ferramental R$ 85.000 R$ 85.000 6.937.500R$ Inspeção R$ 0,75 R$ 412.500 Transporte R$ 0,20 R$ 110.000 Preço de compra R$ 5.000 R$ 11,50 R$ 6.330.000
índia
China
Produção própria
GABARITO
29Comprar ou Fabricar ?
(Exemplo 2 - enunciado)
Uma empresa deseja verificar a possibilidade de terceirização de um
componente de seu produto final. Para isso, levantou os dados da tab. 1.
O componente utiliza apenas equipamentos de usinagem que são gargalo para
a fabricação de seu produto final. Foi realizada uma avaliação no sistema
de qualidade do fornecedor e verificou-se que ele tem condições para
cumprir as especificações desejadas.
Assim, a empresa pode alocar recursos que atualmente são utilizados para
produzir o componente na fabricação de seu produto final, ou seja, cada
hora liberada de equipamento, que deixou de produzir 50 componentes,
pode ser utilizada para a montagem de dez produtos finais, em que se lucra
R$ 14,00/peça. Note-se que a variação de velocidade de produção entre
eles é: 10 produtos finais dividido por 50 componentes = 0,2
Então, o gerente industrial deve decidir se vale a pena ou não terceirizar o
componente
GURGEL: 17 e 18
30Comprar ou Fabricar ?(Exemplo 2 – dados, cálculos e resposta)
DESCRIÇÃO U.M. VALOR
Produção produto final
Peça / h 10
Lucro unitário $ / peça 14
Produção interna componente
Peça / h 50
Custo Hora M-D-O $ / h 50
Custo Hora Equipamento
$ / h 15
Custo materiais $ / peça 2
Gastos gerais produção
$ / h 10
Custo aquisição componente
$ / peça 5
RECURSO CÁLCULOS $ / PEÇA
M-D-O 50 $/h
50 peça/h
1,00 $/peça
Equipamentos 15 $/h
50 peça/h
0,30 $/peça
Materiais 2 $/peça 2,00 $/peça
Gastos gerais 10 $/h
50 peça/h
0,20 $/peça
Total 3,50 $/peça
GURGEL: 17 e 18
Custo adicional
5 $/peça – 3,5 $/peça 1,5 $/peça
Benefício adicional
14 $/peça – 1,5 $/peça 2,5 $/peça
Nota-se que o custo de aquisição é maior do que o custo de fabricação. Em primeira análise, a opção pela compra seria desvantajosa. [1ª LINHA TAB. 3]
Porém, mesmo assim, a terceirização libera a máquina para obter $1,00 a mais por peça fabricada! [VER ÚLTIMA LINHA TAB. 3]
31
Locar ou Arrendar ?
Ver texto
32
Ética em Compras
Ver texto
33
Compras no setor Público
Ver apostila do Professor André
34LICITAÇÃO
O que é?• Processo formal regido por legislação pelo qual as
empresas públicas adquirem bens materiais e serviços.
Quais são seus objetivos gerais?• Garantir o suprimento do modo mais vantajoso.• Proporcionar igualdade de oportunidade para os
vendedores.
35
No nível geral, tem-se:
Lei 8.666/93, que regulamenta o inciso XXI do Art. 37 da Constituição Federal e que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações e locações, dos governos dos três níveis da federação. Todas estas operações - ressalvadas algumas hipóteses previstas na própria lei - têm de ser precedidas de licitação.
LICITAÇÃO: Legislação Geral
A partir de então a Lei 8.666/93 vem sofrendo inúmeras modificações:Lei 8.883/94 (alterou inúmeros artigos da Lei 8.666/93);Lei 9.032/95 (alterou o § 2º, do artigo 71 da Lei 8.666/93);Lei 9.648/98 (alterou diversos artigos da Lei 8.666/93);Lei 9.854/99 (acresceu ao artigo 27 da Lei 8.666/93 o inciso V);Medida Provisória 2.026/00 (instituiu, para a União, a modalidade de licitação denominada
“Pregão”, voltada para a aquisição de bens e serviços comuns);Decreto 3.555/00 (regulamenta o artigo 1º da Medida Provisória que institui o Pregão);Decreto 3.693/00 (dá nova redação a dispositivos do Regulamento aprovado pelo Decreto
3.555/00);Decreto 3.697/00 (regulamenta a utilização de recursos tecnológicos da informação em
licitação modalidade Pregão);Decreto 3.722/01 (regulamenta o art. 34 da Lei 8.666/93 e dispõe sobre o SICAF – Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores).
36LICITAÇÃO: Legislação Local
• O nível local diz respeito à legislação própria dos estados, distrito federal e municípios, mas sem entrar em contradição com as leis de maior nível.
37Princípios da Licitação
LegalidadeVinculo à disciplina jurídica regedora da matéria, obrigando que os vários atos praticados ao longo do competitório guardem absoluta conformidade com a lei em seu sentido amplo.
ImpessoalidadeAgir sem favoritismo, sem perseguições, sem privilégios, sem direcionismos de ordem subjetiva.
Moralidade e Probidade Administrativa
Aplicação irrestrita no campo das licitações, não apenas à Administração Pública licitadora, mas também todo e qualquer licitante, agir com sinceridade e honestidade, não lhes sendo possível atuar com ardil, malícia ou qualquer intuito escuso, objetivando, por exemplo, conluios para afastar concorrentes, acordos para aumentos de preços, ações desleais, etc.
Publicidade
Garantir a transparência da atividade administrativa, de maneira a possibilitar a todos plena ciência dos atos dela emanados, ciência essa para que – em se discordando da providência adotada pelo agente público – sejam acionados os competentes mecanismos de controle. A publicidade é a regra; o sigilo, a exceção.
Igualdade ou Isonomia
Tem fundamento constitucional, visto que a carta Magna proclama que todos são iguais perante a lei. Esta igualdade, todavia, não pode ser considerada em termos absolutos, assim, pode a Administração licitadora estabelecer certas discriminações, desde que fundamentadas, compatibilizando o referido princípio com o interesse público objetivado.
38Princípios da Licitação
Vinculação ao Instrumento Convocatório
Definidas as condições, elaborado, publicado ou remetido o instrumento convocatório, fica a Administração Pública estritamente vinculada aos seus termos, não podendo estabelecer exigências ou condições nele não previstas, nem tampouco praticar atos não amparados pelo edital ou pela carta-convite. O ato convocatório torna-se a lei interna da licitação.
Julgamento objetivo
Fundado em parâmetros e critérios concretos, exatos, precisos e previamente explicitados no ato convocatório e subjetivo é aquele que se norteia por critérios de ordem pessoal.
Procedimento formal
Os atos e etapas que o compõe são fixados pelo ordenamento jurídico, não sendo produto da imaginação ou criatividade do administrador; ao contrário, resulta da positividade da lei.
Sigilo na apresentação das propostas
O conteúdo das propostas não pode ser divulgado até a sua abertura. Para tanto, impõe-se a apresentação da proposta em envelope lacrado, fosco, sem transparência e a verificação de sua inviolabilidade no momento da abertura.
Adjudicação compulsória
Impõe que a Administração está obrigada, ao final do procedimento, após a sua homologação, atribuir o objeto da licitação ao vencedor do certame. A ordem de classificação estabelecida por ocasião do julgamento da licitação não pode ser, então, desrespeitada, tendo o adjudicatário o direito de não ser preterido se a Administração for contratar.
Celeridade
Consagrado pela Lei 10.520, de 2002, como um dos norteadores de licitações na modalidade Pregão, busca simplificar procedimentos, de rigorismo excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que possíveis, devem ser tomadas no momento da sessão.
39Modalidades de Licitação
Concor-rência
Para qualquer interessado que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Tomada de Preços
Para qualquer interessado devidamente cadastrado, ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, desde que seja qualificado.
Convite Para qualquer interessado do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrado ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório, e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Concurso Entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios do edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Leilão Entre quaisquer interessados para a venda, a quem oferecer lance, igual ou superior ao valor da avaliação, de bens móveis inservíveis para Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou dação em pagamento.
Pregão Destinado à aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado, em que a disputa é feita em sessão pública, por meio de propostas de preços escritas e lances verbais. Há também o Pregão Eletrônico.
40 Como escolher a modalidade da licitação?OBJETO DO CONTRATO VALOR (R$) MODALIDADE DE LICITAÇÃO
OBRAS / SERVIÇOS ENGENHARIA
150.000,00 CONVITE
1.500.000,00 TOMADA DE PREÇOS
Acima de CONCORRÊNCIA
1.500.000,00
COMPRAS / OUTROS SERVIÇOS
80.000,00 CONVITE
650.000,00 TOMADA DE PREÇOS
Acima de CONCORRÊNCIA
650.000,00
DISPENSA DE LICITAÇÃO
15.000,00 OBRAS I SERVIÇOS ENGENHARIA
8.000,00 COMPRAS I OUTROS SERVIÇOS
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA; EMPRESAS PÚBLICAS; AUTARQUIA E FUNDAÇÕES QUALIFICADAS COMO AGÊNCIA EXECUTIVA
30.000,00 OBRAS I SERVIÇOS ENGENHARIA
16.000,00 COMPRAS I OUTROS SERVIÇOS
• O Leilão destina-se apenas à venda.• Atualizar valores periodicamente
41Exceções
DispensaLicitação dispensada (art. 17 da Lei 8.666/93) = a própria lei a declarou como tal.
Licitação dispensável (art. 24 da Lei 8.666/93) = lista fechada de várias situações em que a licitação, embora possível, não é obrigatória:
•Emergência ou calamidade pública.•Aquisição de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis.
•Na contratação de instituição brasileira incumbida regimental e estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos.
•Aquisição de componentes ou peças necessárias à manutenção de equipamentos, durante o período de garantia.
InexigibilidadeA inexigibilidade de licitação de que
trata a Lei 8.666/93, além da inviabilidade de competição guardada pelo caput, propôs em especial:
• Aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresas ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca;
• Contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
• Contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública
42Tipos de Licitação Critério de Julgamento
Menor preço
Melhor técnica: o vencedor será o proponente que apresentar a melhor técnica, dentro das especificações e do preço negociado pela Administração, utilizada exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual. Será adotado o procedimento previsto na Lei, explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar.
Técnica e preço: combinam-se esses dois fatores para a escolha da proposta, sendo a classificação feita de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, tudo de acordo com os critérios do edital. Esse tipo de licitação também é utilizado exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual. Para contratação de bens e serviços de informática a Administração adotará obrigatoriamente o tipo de licitação “técnica e preço”, permitindo o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em Decreto do Poder Executivo.
Maior lance ou oferta: utilizado nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
43
Abordagem da NBR/ISO 9001:2000
Requisito 7.4
Ver texto
44NBR/ISO 9001:2000
7.4 Aquisição
7.4.1 Processo de aquisição
A organização deve assegurar que o produto adquirido está conforme com os requisitos especificados de aquisição. O tipo e extensão do controle aplicado ao fornecedor e ao produto adquirido devem depender do efeito do produto adquirido na realização subseqüente do produto ou no produto final.
A organização deve avaliar e selecionar fornecedores com base na sua capacidade em fornecer produtos de acordo com os requisitos da organização. Critérios para seleção, avaliação e re-avaliação devem ser estabelecidos. Devem ser mantidos registros dos resultados das avaliações e de quaisquer ações necessárias, oriundas da avaliação (ver 4.2.4).
Qual tipo de material a Norma enfoca? Quais critérios a Norma estabelece para avaliar e selecionar os
Fornecedores?
45NBR/ISO 9001:2000
7.4.2 Informações de aquisição
As informações de aquisição devem descrever o produto a ser adquirido e incluir, onde apropriado, requisitos para:
a) aprovação de produto, procedimentos, processos e equipamento;
b) qualificação de pessoal, e;
c) sistema de gestão da qualidade.
A organização deve assegurar a adequação dos requisitos de aquisição especificados antes da sua comunicação ao fornecedor.
No que diz respeito ao Fornecedor, quais são os possíveis âmbitos de controle que a Norma estabelece para garantir a qualidade do produto adquirido?
Exatamente como a Organização pode assegurar a adequação dos requisitos de aquisição ?
46NBR/ISO 9001:2000
7.4.3 Verificação do produto adquirido
A organização deve estabelecer e implementar inspeção ou
outras atividades necessárias para assegurar que o produto
adquirido atende aos requisitos de aquisição especificados.
Quando a organização ou seu cliente pretender executar a
verificação nas instalações do fornecedor, a organização deve
declarar, nas informações de aquisição, as providências de
verificação pretendidas e o método de liberação de produto.
A verificação nas instalações do Fornecedor pode ser feita antes e/ou
durante o contrato de fornecimento.
Caso do Fornecedor nos fundos de uma peixaria !
47
Exercícios
48 CASA DA MOEDA – ANALISTA DE NÍVEL SUPERIOR / SUPRIMENTOS – Setembro / 2006.
14) O gerenciamento das compras na modalidade de compras
centralizadas tem, entre outras, as características abaixo, à
EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
(A) Maior poder de negociação junto aos fornecedores.
(B) Maior controle global.
(C) Maior autonomia funcional das unidades regionais.
(D) Redução do número de compradores em relação à modalidade de
compras descentralizadas.
(E) Redução das disparidades de preços das compras de um mesmo
produto, se realizadas por diversos compradores regionais.
49 CASA DA MOEDA – ANALISTA DE NÍVEL SUPERIOR / SUPRIMENTOS – Setembro / 2006.
17) Uma das vantagens da parceria entre fornecedores e empresas é:
(A) ter um maior número de entregas de seus itens de estoques.
(B) negociar contratos globais de fornecimento com garantia de
qualidade.
(C) centralizar os controles de recebimento dos materiais.
(D) reduzir as entregas dos materiais aos depósitos das fábricas.
(E) aumentar o controle de qualidade através de freqüentes inspeções
nas fábricas dos fornecedores.
50 CASA DA MOEDA – ANALISTA DE NÍVEL SUPERIOR / SUPRIMENTOS – Setembro / 2006.
24) A modalidade de contrato de fornecimento FOB destaca-se por:
(A) ser responsabilidade da empresa compradora o transporte do
produto até o seu destino final.
(B) ser obrigação contratual do comprador o pagamento da mercadoria
fornecida no ato do seu recebimento no depósito do comprador.
(C) facilitar o fornecedor na escolha do modal de transporte a ser
utilizado na transferência da mercadoria.
(D) incluir no custo do produto o custo do transporte do depósito do
fornecedor até o depósito do comprador.
(E) obrigar os fornecedores a entregar os produtos adquiridos nos
depósitos da empresa compradora.
51PETROBRÁS – ADM. PLENO – Maio / 2006
45) Uma empresa produtora de equipamentos eletrônicos decidiu adquirir os componentes de determinado fornecedor, que serão transportados por navio. Depois de analisar os diversos tipos de contrato que podem ser firmados entre o comprador e o fornecedor, os representantes de ambas as empresas firmaram um contrato do tipo ex-works. Sendo assim, pode-se salientar que a empresa:
(A) fornecedora paga e providencia o carregamento dos itens no navio e, a partir daí, a responsabilidade é da empresa compradora.
(B) fornecedora assume total responsabilidade pelos itens até que eles sejam entregues e aceitos pelo comprador.
(C) fornecedora paga e providencia até o descarregamento dos itens do navio e, a partir daí, a responsabilidade é da empresa compradora.
(D) compradora é responsável pelo transporte de itens a partir de determinado ponto acordado com a fornecedora, e, até este ponto, o transporte dos itens é de responsabilidade da empresa fornecedora.
(E) compradora aceita total responsabilidade por providenciar transporte a partir da base do fornecedor.
52Atividade Prática
1. Identifique quais são e planeje (desenhe) os formulários utilizados
pelo setor de Compras de uma empresa particular que não
disponha de recursos de informática para automatizar o processo.
2. De quais informações você precisaria para poder comprar ...
a) Tijolos para a construção de um prédio?
b) Canetas para os alunos de uma das turmas de MBA da FGV?
c) Serviços de Manutenção de Ar Condicionado de um Hospital?
4. Utilize a Internet para localizar e pré-selecionar os fornecedores do
item “c”.
5. Pergunte a eles quais informações são necessárias para preparar
uma cotação.