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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE LAGO DA PEDRA - CESLAP CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS COM HABILITAO EM LNGUA PORTUGUESA, LNGUA INGLESA E RESPECTIVAS LITERATURAS

ADRIANA ARAJO ALVES ANTONIA CLIA SILVA SOUSA FRANCISCA DE SOUSA VASCONCELOS

UMA PROPOSTA DE ANLISE DO ENSINO DE LITERATURA E SUAS IMPLICAES NO CENTRO DE ENSINO MARIA DAS NEVES DOS SANTOS NASCIMENTO E COLGIO SO FRANCISCO DE ASSIS EM LAGO DA PEDRA MA.

Lago da Pedra MA 2011 ADRIANA ARAJO ALVES

ANTONIA CLIA SILVA SOUSA FRANCISCA DE SOUSA VASCONCELOS

UMA PROPOSTA DE ANLISE DO ENSINO DE LITERATURA E SUAS IMPLICAES NO CENTRO DE ENSINO MARIA DAS NEVES DOS SANTOS NASCIMENTO E COLGIO SO FRANCISCO DE ASSIS EM LAGO DA PEDRA MA.Monografia apresentada ao Departamento de Letras do Centro de Estudos Superiores de Lago da Pedra (CESLAP), da Universidade Estadual do Maranho (UEMA) como requisito parcial para a obteno de grau de Licenciatura Plena em Letras com Habilitao em Lngua Portuguesa e Inglesa e respectivas Literaturas. Orientador (a): Prof. Especialista Carneiro Viana de Oliveira Coritnia

Lago da Pedra MA 2011 ADRIANA ARAJO ALVES ANTONIA CLIA SILVA SOUSA

FRANCISCA DE SOUSA VASCONCELOS

UMA PROPOSTA DE ANLISE DO ENSINO DE LITERATURA E SUAS IMPLICAES NO CENTRO DE ENSINO MARIA DAS NEVES DOS SANTOS NASCIMENTO E COLGIO SO FRANCISCO DE ASSIS EM LAGO DA PEDRA MA.Monografia apresentada ao Departamento de Letras do Centro de Estudos Superiores de Lago da Pedra (CESLAP), polo da Universidade Estadual do Maranho (UEMA) como requisito parcial para a obteno de grau de Licenciatura Plena em Letras com Habilitao em Lngua Portuguesa e Inglesa e respectivas Literaturas.

Aprovada em ____ / ____ / ____ Nota __________ BANCA EXAMINADORA __________________________________________________________ ORIENTADOR (A): Prof. Coritnia Carneiro Viana de Oliveira. Graduada em Letras com Habilitao em Lngua Portuguesa e Respectivas Literaturas pela Universidade Estadual do Maranho (UEMA). PsGraduada em Lngua Portuguesa pela Faculdade Santa F (FSF).

__________________________________________________________ 2 Examinador(a)

__________________________________________________________ 3 Examinador(a)

A famlia e aos amigos pelo apoio e compreenso e todos aqueles que sempre estiveram ao nosso lado.

AGRADECIMENTOS A Deus autor da vida, agradecemos por sua infinita misericrdia; Aos familiares pela sensibilidade e apoio constante na realizao deste trabalho. Aos colegas que nos momentos ais improvveis sempre demonstraram apoio contribuindo com o andamento desse trabalho. Aos professores pela pacincia e o conhecimento transmitido.

O homem aprende e apreende o mundo naquilo que v; mas s v aquilo que sonha. Paul Valry

RESUMO Este trabalho busca analisar o modo como o ensino da literatura nas escolas no ensino mdio Centro de Ensino Maria das Neves dos Santos Nascimento (pblica) e colgio So Francisco de Assis (particular) se desenvolvem. Foram observadas turmas de 3 srie do Ensino Mdio das referidas escolas em Lago da Pedra MA. De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais as disciplinas de literatura, produo textual e gramtica formam uma s: a de lngua portuguesa. Realidade diferente da encontrada na escola particular onde foi realizada a pesquisa, baseando-se nesses dados o presente trabalho busca analisar ambos os modos de ensino de literatura fazendo entre eles um comparativo. A literatura, como toda arte, a declarao do prprio ser humano, contribui para o desenvolvimento intelectual e critico do cidado tornando-o capaz de contribuir e opinar nas decises da sociedade em que est inserido, por isso mesmo, no se pode aceitar um ensino de literatura desfragmentado da realidade do aluno. A presente proposta busca estudar os mtodos utilizados no ensino da disciplina de literatura nas escolas publicas e particular na cidade de Lago da Pedra- MA, bem como suas implicaes e impacto na vida escolar e social dos alunos das mencionadas escolas. Palavras-chave: Literatura. Ensino. Leitura. Aprendizagem. Mtodos.

ABSTRACT This paper seeks to examine how the teaching of literature in schools in high school Maria das Neves dos Santos Nascimento (public) and St. Francis College (private) develop. We observed three classes of high school grades of such schools in the Stone Lake - MA. According to the National Curriculum subjects of literature, grammar and textual production form one, the Portuguese language. Reality different from that found in the private school where the research was performed, based on these data the present study attempts to analyze both modes of teaching literature making a comparison between them. Literature, like all art, is the declaration of the human being, contributes to the intellectual development and critical citizen making it able to contribute and comment on decisions of the society in which it appears, therefore, we can not accept a teaching of literature defragmented the student's reality. This proposal seeks to investigate in depth the methods used in the teaching of literature in public and private schools in the city of Stone Lake, MA, as well as its implications and impact on academic and social lives of students of the mentioned schools. Keywords: Literature. Education. Reading. Learning. Methods.

LISTA DE GRFICOS GRFICO 01 ..............................................................................................................30 GRFICO 02 ..............................................................................................................30 GRFICO 03 ..............................................................................................................31 GRFICO 04 ..............................................................................................................32 GRFICO 05 ..............................................................................................................32 GRFICO 06 ..............................................................................................................37 GRFICO 07 ..............................................................................................................38 GRFICO 08 ..............................................................................................................39 GRFICO 09 ..............................................................................................................39 GRFICO 10 ..............................................................................................................40

SUMRIO 1 INTRODUO ........................................................................................................11 2 BREVE HISTRICO DO ENSINO DE LITERATURA NO BRASIL ......................13 3 A IMPORTNCIA DA LITERATURA NA FORMAO DO CIDADO ................17 3.1 O ensino de literatura e a interao do texto-leitor ..............................................20 4 5 O ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO MDIO SEGUNDO OS PROPOSTA DE ANLISE DO ENSINO DE LITERATURA E SUAS PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS .......................................................22 IMPLICAES NO CENTRO DE ENSINO MARIA DAS NEVES DOS SANTOS NASCIMENTO E COLGIO SO FRANCISCO DE ASSIS EM LAGO DA PEDRA MA ..............................................................................................................................25 5.1 Justificativa ...........................................................................................................25 5.2 Resultado e discusso da pesquisa .....................................................................27 5.3 O Ensino de Literatura no Colgio So Francisco de Assis ................................28 5.3.1 Histrico da escola ............................................................................................28 5.3.2 Questionrio aplicado com os alunos ...............................................................29 5.3.3 Entrevistas realizadas com os professores do Colgio So Francisco de Assis e C. E. Maria das Neves dos Santos Nascimento .....................................................33 5.4 O Ensino de Literatura no C. E. Maria das Neves ...............................................35 5.5.1 Histrico da escola ............................................................................................35 5.5.2 Questionrio aplicados com os alunos .............................................................36 6 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ...............................................................41 6.1 Tipo de estudo ......................................................................................................41 6.2 Instrumentos de pesquisa ....................................................................................41 6.3 Coleta de dados ...................................................................................................41 7 CONCLUSO .........................................................................................................42 REFERNCIAS APNDICES ANEXOS

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1 INTRODUO O ensino de literatura no Brasil se d em trs anos do ensino mdio, tanto na escola publica quanto na rede particular. A diferena est na metodologia adotada em cada uma. A literatura agua a imaginao, instiga o pensamento crtico e faz o aluno desenvolver habilidades em outras disciplinas impulsionados pelo gosto de ler e o prazer que a leitura traz. Depois de fazer, no ensino fundamental um trajeto de nove anos de estudos de linguagem baseados em leitura e produo textual que geralmente no fazem parte da realidade do aluno, o educando ingressa no ensino mdio e, passa a ter contato com a literatura propriamente dita. A incluso desse contedo disciplinar no ensino mdio tem se justificado historicamente pela necessidade de alcanar alguns objetivos, tais como: continuidade do processo de aquisio de habilidades leitoras, agora fundamentados na literatura. O sistema educacional brasileiro das escolas publicas deixam a desejar no que diz respeito ao ensino de literatura. A carga horria no definida prejudica o aprendizado do aluno, a prioridade fica resumida ao estudo da gramtica normativa e, o professor de lngua portuguesa se desdobra entre gramtica, produo textual e literatura. O sistema educacional est em crise e as metodologias de ensino defasadas. certo que, embora circule nas aulas de literatura um discurso didtico sobre o literrio, o que acontece na realidade um estudo superficial o de o texto literrio propriamente dito pouco trabalhado e vivenciado pelos alunos em sala de aula, o que prevalece o contexto histrico, datas e memorizao dos principais movimentos literrios. O que se pode afirmar que o ensino de literatura e a abordagem do texto literrio no tem sido objeto central das aulas, tanto na escola publica quanto na rede particular. O ensino de literatura na rede privada tem um aspecto positivo: a diviso do ensino de lngua portuguesa em gramtica, produo textual e literatura. Sendo assim, o aprendizado se concentra um pouco mais e o aluno dispe de mais tempo para ultrapassar o contexto histrico e poder chegar ao ensino de literatura na sua essncia. Destaca-se no discurso escolar a presena do falso pressuposto de que se o aluno capaz de ler um texto literrio - sem duvida um dos mais valorizados e expressivos da lngua - ento ser capaz de ler todos os outros tipos de texto. Essa concepo errnea, na medida em que se despreza a especificidade de cada texto

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como gnero discursivo bem como o conjunto de elemento que esse conceito implica: modo composicional, tema, estilo, situao de produo, suporte, meio de circulao, papel social dos interlocutores, finalidade da enunciao. Dessa forma o ensino de no tem alcanado seus principais objetivos apontando-se para a necessidade de rever essa pratica escolar, bem como redefinir o papel do ensino de literatura na disciplina de lngua portuguesa. Nota-se, em contraposio a esse quadro, como relata Cereja, (2004 p. 17) que algumas iniciativas por parte dos rgos governamentais que, por meio de instrumentos oficias, tais como os Parmetros Curriculares Nacionais - PCN e as matrizes curriculares de referncia, fazem crtica situao atual, apontam caminhos, mas que de certa forma no tem funcionado em sala de aula, as propostas so bem intencionadas, mas devido a realidade em que se encontra a educao brasileira, acabam por no se concretizarem. Este trabalho tem como meta principal refletir sobre as prticas pedaggicas aplicadas ao ensino de literatura, fazendo um paralelo entre a escola pblica e particular. Espera-se que a presente proposta possa oferecer subsdios ao debate em torno de uma redefinio tanto dos objetivos quanto do prprio objeto de ensino da disciplina de literatura.

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2 BREVE HISTRICO DO ENSINO DE LITERATURA NO BRASIL. A abordagem historiogrfica do ensino de literatura no Brasil uma prtica que vem sendo desenvolvida desde que a literatura foi implantada no currculo escolar das escolas brasileiras. Um mtodo cristalizado, com base em escolas e perodos literrios, seus autores e trabalhos mais importantes, que se tornou to frequente at hoje nas aulas de literatura. Do inicio da colonizao do Brasil at 1759, com a expulso dos jesutas, o ensino brasileiro era espelhado nos modelos europeus de educao, dando total nfase para as humanidades, deixando de lado toda e qualquer particularidade do povo j nascido no Brasil. De acordo com Serafim Leite, estudioso da Companhia de Jesus, o programa escolar trazido para o Brasil pelos jesutas em meados do sculo XVI seguia o programa do Colgio de vora, no qual dominavam os estudos gramaticais e literrios, e os retricos naturalmente, fundados exclusivamente nos autores latinos (CEREJA, 2005, p. 90). Durante todo o perodo colonial, a educao no Brasil privilegiava os estudos de latim a gramtica portuguesa e a retrica. Com o Imperial Colgio Pedro II, foi adotado o modelo humanista de educao, mas a retrica no foi a principal pea de estudo, veio a consolidao da histria da literatura que comeou a ganhar fora principalmente com os projetos de construo da identidade nacional. Aps a independncia do Brasil, foram criadas vrias escolas nas cidades e vilas, com a inteno de assegurar o que estava escrito na Constituio de 1823, onde garantia a formao mnima a todos os cidados.A primeira iniciativa concreta de organizar o ensino geral no Brasil ps-Independncia se deu em 1837, com a fundao do Colgio Pedro II, inicialmente chamado Imperial Colgio Pedro II. Com um colgio que tinha o nome do prprio imperador, e que s vezes era supervisionado pessoalmente por ele, pretendia-se criar uma escola secundria que fosse modelo no apenas para as escolas pblicas, mas tambm para todas as escolas secundrias do pas, incluindo o grande nmero de escolas particulares existentes. (CEREJA, 2005, p.91.)

O pas pretendia com assegurar a sua prpria identidade formando-a a partir de particularidades prprias, de sua gente, de sua terra, aproveitando-se do momento de transio em que o pas atravessava, mas que no teve grade xito,

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pois a independncia brasileira ainda era apenas um sonho que se almejava de fato em todos os sentidos. Cometa a respeito Antonio Candido:A penria cultural fazia os escritores se voltarem necessariamente para os padres metropolitanos e europeus em geral, formando um agrupamento de certo modo aristocrtico em relao ao homem inculto. Com efeito, na medida em que no existia pblico local suficiente, ele escrevia como se na Europa estivesse o seu pblico ideal, e assim se dissociava muitas vezes da sua terra. (CANDIDO, 1989, p. 148.)

Tomando como referncia o ensino de portugus no pas na segunda metade do sculo XIX, de 1850 at 1900, baseado em dados de pesquisa de Roberto Acizelo Souza, o ensino secundrio era composto por sete sries, desenvolvidas uma a cada ano, sendo que as quatro primeiras correspondem a etapa final do Ensino Fundamental de hoje que vai da 5 a 8 srie e as trs ultimas, equivalem o que hoje denomina-se Ensino Mdio. A trajetria das mudanas ocorridas na educao, especificamente na rea de literatura no Brasil, nas sries finais do ensino secundrio poder ser observada a seguir de acordo com o grfico montado por Souza em sua pesquisa.

( SOUZA, 1999, p.32) Percebe-se que a literatura s aparece na grade curricular do ensino no Brasil a partir de 1862, tomando o lugar antes ocupado pela potica e pela retrica, disciplinas que at ento tinham bastante importncia na formao do cidado brasileiro. A literatura passa a ser trabalhada atravs de contedos incluindo tanto

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autores brasileiros quantos portugueses entre eles Almeida Garret e Gonalves de Magalhaes, grandes nomes da consolidao do Romantismo em Portugal e mais tarde no Brasil. Logo depois, pelo ano de 1870, a disciplina literatura passa a ser denominada Historia da Literatura , tratando especificamente da origem e formao da literatura a brasileira e de Portugal, onde a primeira totalmente permeada por caracterstica da segunda. Assim Souza comenta a importante influencia que as literaturas estrangeiras exercem sobre a de Portugal e consequentemente sobre a do Brasil: Noes sobre as litteraturas estrangeiras que mais ou menos influiram para a formao ou aperfeioamento da portugueza: estudo detido das diferentes phases desta e da luso-brazileira. (SOUZA, 1999, P. 174.) O programa de disciplinas de literatura adotado durante todo o perodo colonial no Brasil apresenta grandes semelhanas com o que trabalhado nas escolas brasileiras a partir da dcada de 1970, trazendo seus perodos literrios, estilos de poca, fazendo assim uma abordagem histrico-descritiva de toda a formao de uma identidade cultural. Assim come se v at hoje nas escolas pblicas do Brasil, o ensino de literatura sempre caminha lado a lado com o de lngua portuguesa, ora com a mesma carga horria para ambas, ora cada uma das com sua prpria carga horria.O professor de Portuguez e Litteratura geral (historia litteraria) dividir o tempo lectivo, de modo que o estudo de uma materia no seja sacrificado ao de outra. No ensino do Portuguez, entrar em materia por traos geraes de glothologia; em seguida applicar as theorias da grammatica geral ao caracter, genio e physionomia da lngua vernacula sem se deter em discusses metaphysicas e polemicas, dando assim grammatica o cunho de uma sciencia e no mais de uma arte;[...] (SOUZA, 1999, p. 183.)

O estudo de linguagens comea a ganhar um aspecto mais cientifico do que propriamente artstico, como o que se tinha visto at ento com a busca das origens , da formao e organizao em perodos deixando de lado a retrica e a potica era o principal objeto de estudo no ensino brasileiro.Se, antes, os estudos de Retrica e de Potica incluam uma parte prtica, isto , levavam o aluno a produzir textos orais e escritos nos quais punham em prtica os conhecimentos adquiridos a partir de textos-modelo, o estudo da histria literria pressupe outro tipo de relao com o conhecimento. Primeiramente, a teoria de aprendizagem subjacente que se depreende do programa a transmissiva, isto , o professor expe a histria da literatura, cabendo aos alunos o papel de ouvir e anotar. Os textos literrios propriamente ditos deixam de ser o objeto central das aulas para se tornarem elementos de confirmao das verdades que o professor est dizendo, como se nota neste outro fragmento do programa de 1881, na

16 descrio dos procedimentos do professor. (CEREJA, 2005, p. 99.)

Com a disciplina histria da literatura implantada no currculo escolar do Brasil em meados do sculo XIX, foi adotada com isso adotado como obrigatrio paras as aulas de literatura o livro de Silvio Romero, A Histria da Literatura Brasileira publicado em 1888, tornando-se livro bsico do Colgio Pedro II acompanhado do livro de Tefilo Braga, Curso de Histria da Literatura Portuguesa. Durante todo esse perodo o ensino de literatura esteve sujeito a vrias reformas e medidas adotadas pelo Estado e a materiais didticos adotados pelo governo para serem usados nas escolas do Brasil. No perodo que vai de 1912 a 1925 a literatura foi eliminada do programa escolar do Colgio Pedro II, com a reforma do ministro Rivardia Correia determinado pelo decreto de n 8.660, de 05/04/1911, onde foram retiradas as disciplinas de literatura e de lgica para implantao das cadeiras de Higiene e Instruo Cvica. J no ano de 1925 o ensino secundrio passou a ter 6 anos, assim vrias cadeiras foram introduzidas, no grade curricular, entre elas a volta da literatura graas a reforma do ento ministro Joo Lus Alves.No programa de 1951, a histria das literatura portuguesa e brasileira pode ser observada a partir da 2 srie do curso colegial. O de 1961 menciona a anlise literria de textos das diversas fases da literatura brasileira e portuguesa. (CEREJA, 2005, p.103.)

Assim como vrias outras disciplinas, o ensino de literatura esteve sujeito a muitos acontecimentos desde sua implantao em 1958 nos programas escolares, passando por perodos de declnio chegando at ser extinto do currculo das escolas, ou em fase de grande evidencia da disciplina para o ensino no Brasil, contribuindo significativamente at hoje para a formao da identidade de um povo, podendo ser analisado o processo histrico de transformao da sociedade e da cultura nacional. Desde sua implantao a mais de 150 anos, a histria da literatura vem orientando estudos envolvendo literatura nas escolas por todo o pas. Rompendo com a concepo de que a histria s seria moldada a partir da vida de pessoas ilustres, tais com reis, sbios, filsofos, merecedores de total admirao, confiantes de que suas aes seriam capazes de transformar para melhor toda uma sociedade.

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3 A IMPORTNCIA DA LITERATURA NA FORMAO DO CIDADO O Ensino Mdio a etapa final da educao bsica, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBEN) 9.394/96 no artigo 35, tem como uma das suas principais finalidades o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico. Porm, com base em pesquisa de campo realizada no C. E. Maria das Neves dos Santos Nascimento pode-se afirmar que o Ensino Mdio ainda no tem alcanado em sua totalidade esses objetivos citados acima, e nem os demais propostos pelos programas escolares- entre outros, o desenvolvimento de habilidades leitoras dos alunos- e tem se limitado a promover a apropriao de um discurso didtico sobre literatura produzido e apresentado pelo professor e pela sociedade atravs de diversos recursos como o livro didtico, tornando o aluno um mero reprodutor do sistema de ensino. Diante disso, pode-se questionar: o que fazer para garantir o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico do educando? importante citar que na sociedade, h entendimentos de que nas escolas particulares a realidade seja outra e ao optarem por esse sistema estaro garantindo uma melhor educao. Muitas teorias surgiram com objetivo de preparar o homem para assumir um posto e contribuir para o desenvolvimento do pas, mas onde fica o preparar para a vida, tornar-se capaz de criticar e desenvolver habilidades? Mas que habilidades so essas capazes de modificar a histria de vida de uma pessoa? Sabe-se que hipocrisia nunca fez diferena ento no so necessrias apenas belas leis, tem que se garantirem os subsdios para que ela funcione. Entende-se que no existe uma frmula mgica para se resolver esses impasses, mas tambm que a soluo no algo impossvel de se alcanar:Estabelecer relao entre os textos estudados e o mundo contemporneo ou refletir sobre os sentidos dos textos a partir do ponto de vista do homem contemporneo, eis dois dos movimentos de leitura que, na opinio dos alunos, tornam significativo o estudo da literatura (CEREJA, 2005 P.29).

Ao levar em considerao os principais personagens envolvidos nessa trama real - professor e alunos - percebe-se ento um caminho bastante complexo a ser trilhado. Professores que tal quais seus alunos tiveram pouco contato com

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literatura durante toda sua vida escolar aprofundando-se somente no ensino superior. Como levar os educadores e educandos a valorizarem algo que sempre fora desvalorizado? A maioria desses, com exceo dos professores da rede privada, so tambm os mesmos que lecionam lngua portuguesa e acabam valorizando muito mais o ensino puro da gramtica normativa, uma forma encontrada de mascarar o despreparo ante o objeto a ser ensinado. Em meio a tantas questes o professor da rede publica de ensino convivem com um srio risco de ensinar literatura de forma fragmentada, preocupando-se mais com a memorizao de perodos literrios e os seus principais autores do que com a formao de um aluno capacitado para ler, interpretar e diferenciar um texto literrio. Em contrapartida temos o aluno, que so os principais alvos de um mtodo atrasado de ensinar. Como resultado o que hoje se v frequentemente no ensino mdio em ambos os sistemas de ensino, a precariedade da situao de muitos educandos, que embora tenha um vasto conjunto de informaes sobre literatura sentem-se completamente desprevenidos para, sozinhos, proceder a uma interpretao ou analise de texto ou de uma obra literria. s vezes incapazes at para operaes bsicas como comparar dois textos do ponto de vista do ponto ou da forma.A leitura e a escritura literrias so produtos humanos e, como tais desencadeiam um processo de comunicao social que inerente prpria natureza do literrio. Lendo e escrevendo literatura, aprendemos a ler e a escrever a nossa existncia humana, atribuindo-lhe sentido (ler e escrever compromisso de todas as reas 2006 p.167).

O que geralmente se percebe que raramente nesses trs anos de estudo de literatura o educando se tornar um leitor assduo de obras literrias, seja das produes contemporneas, seja dos clssicos. Muitas vezes o reencontro com a literatura s ocorrer anos depois, quando ele chegar universidade, ou mais tarde ainda, quando j for um profissional atuante no mercado de trabalho, repetindo assim um ciclo j conhecido. O ensino de literatura pode procurar um mtodo de leitura e interpretao de textos de distintos momentos literrios, de acordo com o que sugere o currculo oficial. Torna-se um repto para os professores fazer com que o mesmo ganhe sentido para o aluno. No ensino de literatura que no envolve o educando como sujeito-leitor, comum que os textos sejam lidos, os temas peculiares memorizados,

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ainda que no faa sentido para o aluno.O trabalho de produo de sentidos, com base nos fundamentos da anlise do discurso, permite ao jovem visualizar diferentes posies discursivas, pois lhe proporcionado manifestar seus prprios sentidos, percebendo que esses convivem com outros sentidos constitudos no grupo com os colegas, pelo autor, pelo professor, pela instituio (VINHAIS, 2009 p.63).

O ensino de literatura deve buscar uma prtica de leitura e interpretao de distintos perodos literrios brasileiro e portugus algo ainda distante da realidade vivenciada em nossas escolas. A maioria dos livros didticos contem textos desvinculados da realidade do aluno diminuindo o interesse pelo assunto e dificultando o processo de ensino aprendizagem. Diante de pesquisas realizadas em turmas de ensino mdio, pode-se perceber que as nossas escolas esto distante de desempenhar o papel proposto pelo currculo oficial no ensino mdio que entre outros possibilitar ao educando a oportunidade de ser agente transformador da realidade. O aluno sente a escola como primeiro grupo social alm claro de uma possibilidade de se preparar superar desafios e ganhar confiana para conquistar seu espao, mas falta escola enxergar nesse aluno um individuo que a sociedade necessita. Analisando o contexto atual de ensino, torna-se difcil visualizar em nossas salas de aula do ensino mdio a realidade proposta nos parmetros curriculares nacionais, j que a maioria das aulas so explicativas, onde s o professor fala, e quase nunca dialogadas e debatidas havendo pouco ou nenhum espao para a participao do aluno no contedo aplicado. Outra realidade so aulas totalmente fora do contexto dessa forma o educado no consegue associar a aula com a realidade e possa tornar-se til em seu dia a dia.Como o aluno vai se filiar determinada rea do conhecimento se no significar, ele mesmo, as palavras que delas fazem parte? Elas apenas faro sentido ao aluno se o mesmo relaciona-las com o conhecimento que vem de suas experincias; pode o aluno realizar um gesto de interpretao, por exemplo, de canto IV do poema I Juca Pirama, de Gonsalves Dias (Cereja, 2000, p. 171) se de alguma maneira, no o colocarmos em situaes que lhe permitam entender as palavras de origem indgena utilizadas por este autor para retratar a cultura e os valores do ndio brasileiro, na poca de colonizao deste pais? (VINHAIS, 2009, P.17).

Diante disso podemos concluir que esse tem sido o maior dilema: conseguir tornar o estudo de literatura necessrio e atrativo a jovens e adolescentes em um mundo onde a novidade de hoje, j passado distante amanh.

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3.1 O ensino de literatura e a interao do texto-leitor Ler antes de tudo uma maneira de desenvolver a mente, o raciocnio, a viso crtica da realidade e habilidades para serem usadas em diversas funes teis para serem usadas no dia a dia. A literatura abre a mente para novas perspectivas, proporcionando ao leitor viajar por lugares desconhecido, permite a interpretao do que foi lido possibilitando ao leitor criar e recriar realidades diversas atravs dos diferentes tipos de leitura. funo e obrigao da escola dar amplo e irrestrito acesso ao mundo da leitura, e isto inclui a leitura informativa, mas tambm a leitura literria; a leitura para afins pragmticos, mas tambm a leitura de fruio; a leitura que situaes da vida real exigem, mas tambm a leitura que nos permita escapar por alguns momentos da vida real. (SOARES, p.144)

Vrias so as funes da literatura na vida do cidado, seja ela vista pelo lado historiogrfico ou pela apreciao da arte, do belo devido ao leque de leque de sensaes que ela pode proporcionar ao leitor. A literatura tambm est relacionada diretamente com a formao da identidade humana, funo humanizadora, determinante em confirmar o papel que o homem desempenha na sociedade, como ressalta Antonio Cndido: (...) a literatura como fora humanizadora, no como sistema de obras. Como algo que exprime o homem e depois atua na prpria formao do homem." (Cndido, p.80).Se, por e no sei que excesso de socialismo ou e barbrie, todas as nossas disciplinas devessem ser expulsas do ensino, exceto uma, a disciplina literria que devia ser salva, pois todas as cincias esto presentes no monumento literrio. (BARTHES, 1977, p. 90).

A literatura completa o homem em seus desejos mais profundos, capaz de satisfazer o emocional, o psquico, construindo e reconstruindo diversos mundos. Atravs da arte, seja como criador ou apenas simples leitor, o ser pode viajar no imaginrio vivenciando situaes que o completam. Embora tantas funes sejam estabelecidas literatura, nota-se um esvaziamento real no seu ensino e vrios podem ser os motivos, dentre os quais podem ser apontados: a falta de interesse por parte do aluno para com o contedo abordado, a metodologia adotada pelos professores baseada em formulas prestabelecidas contidas em livros didticos que muitas vezes distancia-se da realidade dos alunos, a falta de estmulo do desenvolvimento do senso crtico e da criatividade nos alunos, a falta de formao especfica do professor.

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Cabe ao professor que exerce a funo de mediador entre literatura x aluno, a incumbncia de fazer com que a literatura se torne uma pratica emancipatria, com mais autonomia frente as outras disciplinas podendo ser trabalhada em conjunto, mas sem deixar ser sufocada pelo brilho das demais. Para Antonio Cndido a denominao do que vem a ser literatura antes de tudo a manifestao humana e universal que seja comum a todos no importando o tempo em que a obra foi criada.Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possvel, todas as criaes de toque potico, ficcional ou dramtico em todos os nveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos folclore, lenda, chiste, at as formas mais complexas e difceis da produo escrita das grandes civilizaes. (CNDIDO, p. 242, 1995).

A literatura pode gerar o equilbrio mental e social do ser humano, seja ele um analfabeto ou erudito. As produes literrias podem retratar a sociedade, assim com podem se usadas como modelo para a formao da mentalidade de um povo. Na escola cabe ao educador saber dosar e equilibrar de forma consciente na vida do educando esse poderoso instrumento de instruo que a literatura, sem deixar de contextualizar as relaes culturais, polticas, sociais e econmicas em que o aluno est inserido. Segundo Antunes (2003), as pistas que o texto oferece ao leitor, no so tudo o que ele precisa para entender um texto. A interpretao de um texto depende em grande parte de outros conhecimentos alm do conhecimento da lngua. O conhecimento de mundo do leitor somado s pistas e informaes que o texto traz, formam uma rede de reconstrues do sentido e das intenes pretendidas pelo autor. Contudo, pode-se observar quo grande a importncia da realidade do leitor para que haja uma significao real do que est sendo ensinado para o melhor aproveitamento por parte desse aluno, e ainda que se faa inferncias com outras leituras antes realizadas. A literatura pode ser uma fonte inesgotvel de opes a serem trabalhadas em sala de aula para que assim sejam alcanados objetivos de aprendizagem que posam ser bastante teis no dia a dia do educando.

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O

ENSINO

DE

LITERATURA

NO

ENSINO

MDIO

SEGUNDO

OS

PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS As Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio foram concebidas com a inteno de aprimorar as metodologias de ensino e a prtica pedaggica no nvel mdio brasileiro. No que diz respeito disciplina de literatura as orientaes dedicam um captulo inteiro para discutir a problemtica existente em torno das prticas adotadas nessa disciplina como tambm sugerir novos modelos que contribuam para que haja um maior interesse dos professores e consequentemente uma maior aceitao do educando. Os primeiros exemplares com a finalidade de orientar o professor, como por exemplo, os PCNs nem ao menos continha um espao para a disciplina de literatura que era vista como uma ramificao da lngua portuguesa, por esse motivo durante dcadas educao brasileira ofereceu um ensino de literatura fragmentado, deficiente e completamente descontextualizado, o que causou no aluno certa antipatia pela disciplina no professor um descaso, j que a gramtica normativa sempre foi tida como mais importante. Os Parmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental - PCN foram organizados com a inteno de facilitar aos sistemas de ensino e aos professores com o objetivo de oferecer suporte para construo dos currculos das escolas. Esses documentos so resultado de um longo trabalho que foi inicialmente elaborado em verses preliminares para serem analisados e debatidos por professores que atuavam em diferentes reas e nveis de ensino brasileiro. Nesse sentido, segundo Gomes e Silva (2011, p. 65), os PCN de maneira significativa influenciaram e ainda influenciam fortemente o processo de ensinoaprendizagem nas escolas brasileiras, tanto nas atitudes pedaggicas dos professores, sejam eles contrrios ou no s propostas oferecidas por esse documento quanto na maneira de olhar/ensinar determinados objetos de ensino. sabido que em seu primeiro estgio, esses parmetros abalaram bastante as ideias dos professores mais interessados e provocaram mudanas significativas na elaborao, na escolha dos livros didticos e no prprio ensino de lngua e literatura na sala de aula. No contexto atual da educao brasileira possvel perceber no discurso de muitos professores marcas, s vezes profundamente aliceradas, outras apenas superficiais, do discurso dos parmetros curriculares, ou seja, alguns tomaram para

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si os PCN como sendo a bblia escolar 1, ou o fio condutor de todo o processo de ensino-aprendizagem, outros, no entanto, conseguem olh-los apenas pelo vis de uma inveno educacional. Assim, cabe aqui traarmos uma discusso sobre como o texto literrio visto/compreendido por este documento. (GOMES e SILVA, 2011, p. 65). De acordo com os PCNEM, em sua rea de cdigos e linguagens a literatura no pode ser vista como um simples exerccio da linguagem, to pouco como fruto da imaginao, de forma que o texto literrio precisa ser compreendido como um texto construdo a partir das experincias culturais de cada indivduo.(...) a prioridade para a lngua portuguesa, como lngua materna geradora de significao e integradora da organizao do mundo e da prpria interioridade; o domnio de lngua(s) estrangeira(s) como forma de ampliao de possibilidades de acesso a outras pessoas e a outras culturas e informaes; o uso da informtica como meio de informao, comunicao e resoluo de problemas, a ser utilizada no conjunto das atividades profissionais, ldicas, de aprendizagem e de gesto pessoal; as Artes, incluindo-se a literatura, como expresso criadora e geradora de significao de uma linguagem e do uso que se faz dos seus elementos. E de suas regras em outras linguagens (PCNEM,2000,p.19/20).

No que se refere s Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio (2006), em consonncia com os PCN instituem que a literatura no pode ser trabalhada em sala de aula de forma descontextualizada, com o fim de somente explorar as caractersticas que o texto literrio apresenta, sobre um determinado estilo, como destaca o texto abaixo:Por extenso, podemos pensar em letramento literrio como estado ou condio de quem no apenas capaz de ler poesia ou drama, mas dele se apropria efetivamente por meio da experincia esttica, fruindo-o. Contrariamente ao que ocorreu com a alfabetizao, que se vem ampliando cada vez mais, a leitura de Literatura tem-se tornado cada vez mais rarefeita no mbito escolar, como bem observou Regina Zilberman (2003, p. 258), seja porque diluda em meio aos vrios tipos de discurso ou de textos, seja porque tem sido substituda por resumos, compilaes, etc. Por isso, faz-se necessrio e urgente o letramento literrio: empreender esforos no sentido de dotar o educando da capacidade de se apropriar da literatura, tendo dela a experincia literria.(2006, p.55)

Ao longo de outras passagens, o referido documento discute como o ensino da literatura pode ser encaminhado no ensino mdio, partindo-se das especificidades e da insero da literatura nos currculos do ensino mdio (p.49). Discute-se ainda que o ensino de literatura (e de outras disciplinas) tenha como1 Os PCN tornaram-se para os educadores o que a bblia para os cristos.

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objeto principal, como estabelece a LDB, ao aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtica. (LDBEN, 1996). A Organizao das Naes Unidas para Educao, Cincia e Cultura Unesco prope quatro princpios estruturais para a educao. O primeiro deles, Aprender a conhecer destaca a importncia de uma educao com possibilidade de arraigar algumas reas do conhecimento, e de dominar os prprios instrumentos do conhecimento; o segundo aprender a fazer estimula o desenvolvimento de novas habilidades e capacidades, pois o meio est em constante transformao; o terceiro aprender a viver, se refere ao bem conviver em comunidade, promovendo o conhecimento e a conscincia de que ningum vive s, incentivando a realizao de projetos comuns; e por fim o quarto princpio aprender a ser que diz que a educao deve estar comprometida com o desenvolvimento total da pessoa, com a preparao do indivduo para elaborar uma linha de pensamento crtico e formular os seus prprios julgamentos de valor, com a construo da sua identidade. (PCNEM, 2000, p.15). De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais do Ensino Mdio PCNEM, para a rea Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, a linguagem considerada como:...a capacidade humana de articular significados coletivos em sistemas arbitrrios de representao, que so compartilhados e que variam de acordo com as necessidades e experincias da vida em sociedade. A principal razo de qualquer ato de linguagem a produo de sentido. (Brasil, 1999, p.13)

Linguagens e cdigos so muito mais do que meros objetos de conhecimento, uma vez que o ser humano conhece o mundo por meio da linguagem, de seus smbolos. Assim, na medida em que ele se torna mais competente nas diferentes linguagens, torna-se mais capaz de conhecer o mundo.

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5

PROPOSTA

DE

ANLISE

DO

ENSINO

DE

LITERATURA

E

SUAS

IMPLICAES NO CENTRO DE ENSINO MARIA DAS NEVES DOS SANTOS NASCIMENTO E COLGIO SO FRANCISCO DE ASSIS EM LAGO DA PEDRA MA 5.1 Justificativa Falar do ensino de literatura na atualidade requer cuidado e conhecimento de causa, muito se tem discutido dentro da rea, porm ainda so poucos os resultados dessas pesquisas. Analisando diferentes tericos que discorreram sobre esse assunto, possvel constatar que h diferentes formas de abordagem no que diz respeito problemtica do ensino de literatura, mas tambm h pontos em comum que apontam para a necessidade de novas tcnicas para se trabalhar essa disciplina. Para muitos fcil apontar as falhas e geralmente tais falhas so atribudas ao professor quando a raiz do problema encontra-se fincada no mais profundo, nas diretrizes que regem o ensino no Brasil, no cerne do nosso sistema educacional. No se pretende isentar da culpa o professor que est diariamente em sala de aula e, na maioria das vezes aceita passivamente as sugestes impostas pelos que regem a educao no pas. do conhecimento de todos que verdadeiras fortunas so gastas todos os anos com programas para aquisio de livros didticos, incluindo as disciplinas de lngua portuguesa e literatura, que no atual modelo aplicado na rede pblica so ministradas em conjunto e por um nico professor. At que ponto esse modelo eficaz j que o nmero de aprovao em vestibulares espantosamente superior nos alunos que concluram a educao bsica na rede privada de ensino. Enquanto a escola pblica sobrecarrega seus professores a escola particular ignora os Parmetros Curriculares Nacionais e divide o que deveria ser uma nica disciplina em duas. Sobre esse impasse discorre cereja em sua tese de doutorado:Uma das prticas de ensino correntes nos cursinhos e imitada pelas escolas a diviso da disciplina Lngua Portuguesa em trs partes ou em trs frentes, como se diz no jargo escolar: literatura, gramtica e redao. Indo contra a mar da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, que se tornou moda nos ltimos anos em vrias escolas, essa diviso em

26 frentes parte do princpio de que, voltando-se especificamente para uma parte dos contedos da disciplina, o professor vai se especializar e, assim, preparar melhor o aluno para o vestibular. (CEREJA, 2005, p. 84)

H quem conteste e h quem concorde, as leis atuais confirmam que no pode haver separao, pois no h aprendizagem da lngua sem a presena do texto, em contrapartida os professores da rede particular no ensinam em suas aulas de lngua portuguesa a gramtica normativa pura o que no final somam ainda mais textos para serem analisados, criticados e interpretados por seus alunos. A presente proposta verificou as tcnicas empregadas e suas implicaes no ensino de Literatura na aprendizagem dos alunos do Colgio So Francisco de Assis e o Centro de Ensino Maria das Neves dos Santos Nascimento em Lago da Pedra MA, observar as metodologias aplicadas nas aulas de literatura nas redes particular e pblica no municpio de Lago da Pedra MA; Identificar os fatores que interferem no processo de ensino-aprendizagem da Literatura e suas implicaes sobre a aprendizagem dos alunos; Comparar as metodologias aplicadas no ensino dessa disciplina no Colgio So Francisco e no Centro de Ensino Marias das Neves dos Santos Nascimento em Lago da Pedra MA; Elaborar um projeto de extenso voltado para a melhoria do desempenho dos alunos em literatura. Atravs da sua aplicao ser possvel investigar as causas que levam a um ensino da Literatura fragmentado e desvinculado da realidade do aluno sem uma anlise crtica dos textos e autores. Um dos grandes desafios nas escolas desenvolver no aluno o gosto pela literatura, ou uma leitura extensiva. Todos os educadores reclamam do crescente desinteresse dos estudantes pela leitura. Algumas das razes apontadas para esse fenmeno a pouca participao da famlia na vida escolar do aluno e os meios de comunicao como a internet que tem conseguido despertar maior ateno do educando que o gosto pela literatura e leitura de modo geral. Certamente o desinteresse dos alunos tem como principal motivo a dependncia, e o comodismo do professor que, repetidamente, apresenta aos seus alunos os mesmos livros, geralmente os didticos, trabalhando as mesmas atividades tornando as aulas de literatura cansativas e desestimulantes, principalmente quando se fala no ensino da rede publica, onde grande parte dos professores encontra-se desmotivados e descontentes com a rea em que atuam. Cada educador deve refletir e modificar sua tcnica pedaggica. A leitura precisa ser vista como uma possibilidade de indagar, pesquisar e criticar de maneira

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que a literatura venha a ter uma funo social que faa sentido, onde o aluno possa relacion-la com algo til que seja capaz de contribuir com realizao dos ideais do jovem e do adolescente, principal publico do ensino mdio. Querendo saber razo pela qual os alunos interessam-se to pouco pelo estudo de literatura e por qual motivo h tantas diferenas nos mtodos de ensino das escolas pblicas para as particulares que se desenvolveu uma pesquisa com alunos do 3 ano do ensino mdio nas escolas Centro de Ensino Maria das Neves dos Santos Nascimento e So Francisco de Assis em Lago da Pedra- MA, juntamente com os professores que ministram as aulas de Literatura, Lngua Portuguesa e Produo Textual das referidas escolas, sendo que na escola pblica um mesmo professor ministra as aulas de literatura, produo textual e lngua portuguesa, exatamente como pede os Parmetros Curriculares Nacionais do Ensino Mdio, enquanto na escola particular so trs professores um para cada uma dessas disciplinas, qual impacto causa esses modos diferentes de se trabalhar literatura e como isso influencia no aprendizado desses alunos. 5.2 Resultado e discusso da pesquisa Durante o perodo de desenvolvimento do projeto Literatura: um despertar para o conhecimento2, aplicado nas duas escolas escolhidas, sendo uma da rede particular e a outra da rede publica ambas em salas do Ensino Mdio, onde o objetivo do projeto foi construdo a partir de observaes em campo, pesquisas sobre como a literatura ensinada nas duas escolas, quais atividades so desenvolvidas e se os resultados da aprendizagem so satisfatrios. O projeto teve ainda como propsito principal a investigao da forma como a literatura trabalhada frente s outras disciplinas de linguagem que compem o Currculo do Ensino Mdio. Por isso a necessidade de se traar um paralelo comparativo entre duas escolas, sendo que a escola particular trabalha a disciplina literatura separada, com uma carga horria prpria, diferente do que acontece nas escolas pblicas onde a literatura faz parte da carga horria de lngua portuguesa, isso de acordo com a pesquisa desenvolvida para realizao da proposta, alm dos referenciais tericos que serviram de base para a elaborao desse trabalho.2 O projeto ser aplicado posteriormente anlise do ensino de literatura nas duas escolas, pelos professores das respectivas instituies.

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Aps as observaes foi desenvolvido um questionrio montado para os alunos composto de 10 (dez) quesitos, onde aborda como est se sendo o estudo de literatura, se o ensino est relacionado com a gramtica normativa, interpretao e produo textual. Desses quesitos foram escolhidos 05 (cinco) para serem analisadas atravs de grficos e comentrios dos resultados. Assim como os alunos, os professores tambm responderam a 10 (dez) questes elaboradas com perguntas abertas sobre a formao, o tempo que trabalham na escola, como se d o desenvolvimento do trabalho com a disciplina, dentre outros. Os professores do Colgio So Francisco sero aqui identificados como P1 e P2 e os do C. E. Maria das Neves sero P3 e P4. Ao final da pesquisa foi possvel evidenciar que o ensino de literatura, to distinto nas duas escolas observadas permite apontar pontos positivos e negativos em ambos os sistemas de ensino. Para a coleta de dados foram utilizados como instrumentos a observao das aulas e a entrevista com alunos e professores com questes de mltipla escolha e discursivas, proporcionando uma maior aproximao com o objetivo de estudo da pesquisa, facilitando a coleta de dados clara e concisa, podendo ser extrado todos os elementos para uma proposta dinmica de ensino/aprendizagem. 5.3 O Ensino de Literatura no Colgio So Francisco de Assis 5.3.1 Histrico da escola A construo do Colgio So Francisco Assis teve incio no ano de 1975 sendo concluda um ano depois, em fevereiro de 1976. A inaugurao aconteceu na tarde do dia 15 de maro de 1976. Estiveram presentes na solenidade as autoridades locais, padre, membros do conselho da Parquia e o corpo administrativo e docente da escola. Aps a beno do Frei Godofredo, a fita simblica foi cortada pelo casal Eurico Sales de Souza e Wine Fernandes de Souza. O primeiro diretor geral foi o Dr. Francisco da Chagas Campelo Arruda3. Juntamente com o Colgio So Francisco foi criada a Sociedade Educacional Lagopedrense- SELP, entidade representativa da escola. O ensino de literatura no Colgio So Francisco de Assis segue um3 Conhecido pela populao de Lago da Pedra como Dr. Arruda, renomado clinico geral do municpio.

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modelo diferente do que orienta os Parmetros Curriculares da Educao Nacional que afirma que as disciplinas de lngua portuguesa, literatura e produo textual devem ser ensinadas em conjunto. Durante a aplicao da pesquisa na referida escola ficou comprovado que as disciplinas so aplicadas separadamente e que h pouca interao da literatura com as outras duas disciplinas desse conjunto, h tambm um professor para cada matria. Ensinar dentro desse modelo tem as suas vantagens, pois possvel explorar profundamente a disciplina sem ter que dividir o tempo com outras duas, os alunos tm mais possibilidade de se dedicar a leitura indicada pelo professor, discutir, analisar e criticar as obras lidas. Se h as vantagens, H tambm as desvantagens, pois o ensino acontece de forma fragmentada, deixando-se de lado a interdisciplinaridade to importante para a aprendizagem. O modelo de ensinar literatura no sistema particular pode no obedecer todas as regras, mas pelos nmeros que medem a qualidade da educao no pas no deixa dvidas de ele tem dado certo, principalmente se for levado em conta o numero de aprovao nos vestibulares que so muito superiores ao dos alunos da escola publica. Assim, para melhor observar a realidade da turma da 3 srie do ensino mdio do Colgio So Francisco de Assis foi aplicado um questionrio, onde pode se verificar o nvel de leitura dos alunos. 5.3.2 Questionrio aplicado aos alunos

Alunos respondendo os questionrios A primeira questo buscou saber se os alunos tinham a leitura como um hbito regular no seu cotidiano: Voc costuma l regularmente? GRFICO 01

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Observa-se que a maioria (61%), afirmaram que realizam leituras regularmente, em relao aos demais (39%). Em relao a esse resultado obtido, percebe-se que os alunos da referida escola em sua maioria tem o hbito de leitura j incluso na sua rotina escolar. Mas sempre tem aqueles que realizam determinadas leituras na escola somente quando so pressionados para obter notas. Desse modo, foi realizada a seguinte questo: O que voc l com maior frequncia? GRFICO 02

Diante de tal pergunta, obtiveram-se vrias respostas das quais ver-se exposto no grfico acima. Assim, 33% dos alunos entrevistados responderam que leem com maior frequncia livros de romances, mas muitos no sabem especificar os autores dos livros que j leram. Interessante, foi observar que 19% afirmaram que leem jornais e 17% revistas. Mas 12% gostam de histrias em quadrinhos, 11% contos e crnicas, 6% gostam de variar e no tem um gnero definido e apenas 2% leem poesias. Tambm, questionou-se o seguinte: Lembra-se de uma obra literria que tenha lido e tenha gostado muito. Ela foi leitura obrigatria na escola? GRFICO 03

Quando questionados sobre leituras j realizadas na escola de alguma obra literria percebe que a maioria (57%) afirmou que no lembravam e outros (39%) lembravam e citaram alguns autores e obras que j haviam lido, mas 4% dos entrevistados preferiram no responder. Seguiu-se com outra questo: Quando voc l obras literrias, elas

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so geralmente:

GRFICO 04

Na realidade observa-se que em relao prtica de leitura, atualmente, os alunos s realizam quando so recomendadas pelos professores e quando valendo nota, como o caso dos 62% dos entrevistados, mas existem alguns alunos que se interessam em realizar outras leituras alm daquelas que o professor exige, no caso do 38% que leem muitos livros por iniciativa prpria. Nesse contexto, questionou-se: Como voc costuma agir em relao s obras indicadas pela escola? GRFICO 05

Sobre as obras literrias estipuladas para a leitura indicadas pela escola, percebe-se uma preocupao em cumprir o que a instituio pede (38%) e que uma boa parte dos alunos (35%) se detm somente a leitura de resumos, muita das vezes extrados da internet, pois no querem comprar o livro. Mas h alunos (16%) que cumprem realmente o que o professor pede e realiza a leitura de todas as obras pedidas. Existem tambm, aqueles que se entusiasmam (9%) e chegam a ler quase todas e h tambm os que enrolam (2%) e no leem nenhuma pelo fato de no gostarem de ler. 5.3.3 Entrevistas realizadas com os professores do Colgio So Francisco de Assis e do C. E. Maria das Neves dos Santos Nascimento. importante ressaltar que os professores que participaram desta

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entrevista sero identificados como P1 e P2 do Colgio So Francisco e P3 e P4 do C. E. Maria das Neves, para uma melhor exposio dos relatos obtidos. Dessa forma foi aplicado o questionrio aos professores das referidas escolas, sendo importante destacar que os mesmos responderam as questes diante das acadmicas expondo genuinamente seu pensamento a cerca do ensino de literatura, iniciando a entrevista com a seguinte pergunta: 1 Para voc o que Literatura? P1 a arte de criar e recriar textos em prosa ou em verso; P2 o estudo de textos que expressam o pensamento e as ideias dos escritores de acordo com o momento histrico e as ideologias do momento vivido; P3 a arte de escrever de manifestar suas opinies, sentimentos, desejos, ambies...; P4 a arte de escrever de manifestar nas opinies, sentimentos, desejos, ambies, etc. 2 Voc considera importante ensinar literatura? Por qu? P1 Sim, ensinar literatura, contribuir para que os alunos vejam o mundo com outros olhos, despertar neles o hbito da leitura e construir sua personalidade; P2 Sim. Ensinar literatura importante, pois deixa o aluno em contato com sua cultura a partir de textos literrios, alm de desenvolver nos mesmos a competncia leitora; P3 Sim, ensinar literatura importante, pois deixa o aluno em contato com sua cultura a partir de textos literrios, alm de desenvolver nos alunos a competncia leitora; P4 Sim. Por que uma das poucas oportunidades de conciliar fatos histricos com as produes de cada poca (creio que deva vir como um exto de citao...recuado....) 3 Considerando as dimenses da disciplina da Lngua Portuguesa no ensino mdio, o que mais importante: gramtica, literatura ou produo de texto? Por qu?

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P1 Considero todas de igual importncia, pois necessrio que o aluno desenvolva a competncia lingustica e textual, e ainda se torne um leitor competente e crtico, nesse sentido, as trs dimenses contribuem muito; P2 Todas so importantes e dependentes uma da outra; a gramtica passa as regras, a literatura desenvolve o senso crtico e a produo textual faz aplicar os dois itens anteriores; P3 A gramtica ou o ensino dela, pode vir perfeitamente atrelada ao ensino das demais, sem necessariamente privilegiar essa ou aquela. P4 Uma no se sobrepe a outra, pois, todas so significativas para a formao dos alunos e uma complementa a outra;

4 Quanto ao ensino de literatura, voc se apoia em alguma proposta tericometodolgica ou em algum terico da literatura? Se sim, cite essa proposta ou o terico? P1 Tem um autor, mas no lembro o nome, que gosto de ler que fala como deve ser o ensino da literatura; P2 No me apoio na proposta de nenhum terico especificadamente, aproveito um pouco que cada um e sigo as orientaes da proposta curricular do Estado do Maranho e da matriz de competncias do ENEM; P3-No, procuro me apoiar na histria e estudo das caractersticas. O estudo das obras feito em sala, com a prpria interpretao do aluno. P4 No necessariamente, me apoio nas tendncias contemporneas. 5 Em seu curso de literatura, o que mais valorizado? P1 Desenvolver nos alunos a capacidade de compreender e interpretar textos literrios; P2 Reconhecer nos textos as caractersticas que identifique o perodo literrio. Entendo como se d as relaes entre o texto literrio e a poca do mesmo. Dar oportunidades dos alunos desenvolver a capacidade de interpretar textos literrios e compreend-los corretamente.

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P3 Compreender as relaes entre o texto literrio e a poca em que leu foi escrito. P4- Reconhecer nos textos caractersticas do perodo literrio a que ele pertena. Desenvolver nos alunos a capacidade de compreender e interpretar textos literrios. Uma maior relao entre o aluno e as obras Nesse contexto como de acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais, relevante que as escolas estabeleam rotinas dirias e semanais, capazes de oferecer aos professores um principio organizador de seu trabalho, desde que atenda a dois critrios essenciais: a variedade e a sistematizao. necessrio que o professor oferea um plano de prvio de atividades, para que os prprios alunos se organizem, consolidem aprendizagens e avancem em seus espaos com autonomia. 5.4 O ensino de literatura no Centro de Ensino Maria das Neves dos Santos Nascimento. 5.4.1 Histrico da escola A escolha das escolas Maria das Neves dos Santos Nascimento e so Francisco de Assis foram feitas aleatoriamente no intuito de realizar a pesquisa de forma completamente imparcial, toda a analise dos questionrios aplicados aos alunos e professores das referidas unidades de ensino so compostas do mesmo contedo e foi aplicado o mtodo comparativo entre as duas formas, para que em seguida, seja apresentado uma proposta de otimizao no processo de ensinoaprendizagem. A escola Maria das Neves encontra-se em boas condies, disponibiliza de kits de primeiros socorros. Possui um terreno plano, quadra poliesportiva, banheiros sanitrios, laboratrios de informtica e biologia, bebedouros e biblioteca. A escola foi inaugurada no dia sete de julho de 2007 no governo de Jackson Lago4, e teve como primeira gestora: Rosimar Romano Gonalves5. Os cursos oferecidos pela escola so: Ensino Mdio regular e Educao de Jovens e Adultos- EJA.4 Governante do Maranho no perodo de 2007 a 2009. 5 Professora da rede estadual e municipal de ensino.

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Horrio e turno de funcionamento: Matutino: incio: 7:15 s 11:50; Vespertino: incio: 13:15 s 17:50; Noturno: incio 19:10 s 22:40. Os cursos oferecidos so distribudos entre 537 alunos divididos em dez classes, funcionando nos turnos e horrios. A escola foi construda no ano de 2006, com piso de mrmore, forro PVC e gesso, tijolo de furo, as condies ambientais: como iluminao e ventilao so excelentes, alm de laboratrios de biologia e informtica a escola possui, outras dependncias como: diretoria, secretaria, sala de professores e cantina. Ao fazer um levantamento do material existente para o consumo permanente com discriminao, quantitativa correspondente ao consumo mensal. O ensino de literatura no Centro de Ensino Maria da Neves dos Santos Nascimento como nas demais escolas do sistema pblico de educao obedece aos padres exigidos pelo Ministrio da Educao-MEC, atravs dos PCNEM, vinculado a lngua portuguesa e produo textual, ministradas por um mesmo professor. 5.4.2 Questionrio aplicado com os alunos

A lngua portuguesa bem como a Literatura deve ser trabalhada de forma contextualizada, sempre levando em conta o conhecimento que cada aluno traz como bagagem sem deixar de lado sua cultura. Seguindo esse parmetro, abordou-se no questionrio dos alunos do C. E. Maria das Neves questes idnticas as que foram aplicadas aos alunos da escola particular, com o objetivo de analisar as respostas dos alunos confrontando-as sempre que necessrio. Com esse intuito, segue a primeira pergunta: 1 Voc costuma ler regularmente? GRFICO 06

Verifica-se pelo demonstrativo do grfico acima que a maioria (75%) dos costumam ler regularmente e uma minoria (25%) no leem de forma regular. Fazendo um comparativo com o grfico da escola particular que o C. E. Maria das

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Neves tem uma diferena em maioria no que de refere aos alunos que gostam de ler. 2 O que voc l com maior frequncia?

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GRFICO 07

Quando indagados se gostam de ler, uma boa quantidade de alunos respondeu que sim, sendo que a grande maioria destes leem mais de um gnero textual, outro fator curioso que um grande numero gostam de ler jornais(17%), revistas(16%) com ndices socioeconmicos baixos espantoso terem acesso regular a esses meios de informao. De qualquer modo, o interesse por gneros literrios propriamente ditos pequeno. Mais o que se observa de mais interessante os 28% ter uma grande variedade de leitura, isso mostra que os alunos atualmente tm acesso a leituras bastante diversas. Observa-se tambm, que 14% gostam de poesia e 13% de romances, o que raro hoje em dia. E uma boa parcela, 8% interessa-se pela leitura de contos e crnicas e, pouqussimos (4%) gostam de ler histrias em quadrinhos. 3. Quando voc l obras literrias, elas so geralmente:

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GRFICO 08

Percebe-se que a maioria (70%) dos alunos, hoje em dia no esperam mais o professor dar dica de que livros ou textos os alunos devem ler. Isso muito interessante, pois so poucos (30%) os que ficam esperando o professor dizer o que eles devem ou no devem ler. Assim, fez-se a mesma abordagem com os alunos para comprovar se eles lembravam de livros que j tivessem lido e gostado: 4. Lembra-se de uma obra literria que tenha lido e tenha gostado muito. Ela foi leitura obrigatria na escola? GRFICO 09

Observa-se que uma grande maioria (62%) no se lembra de j ter lido livro indicados pela escola e assim, pode-se afirmar que essa maioria no deve ter realizado muitas leituras na sua infncia, por isso no lembram. Mas uma parte dos entrevistados (28%) respondeu que sim. Entretanto, alguns alunos (4%) preferiram no responder essa pergunta. Dessa forma, questionou-se o seguinte: 5. Como voc costuma agir em relao s obras indicadas pela escola? GRFICO 10

O grfico acima comprova, pelas respostas dos alunos, que eles no gostam das obras indicada pelo professor, que por sinal, indica pouco, pois a resposta da maioria que s vezes leem o que compram ou pegam emprestado de algum, na pergunta seguinte, a nfase do que foi colocado anteriormente, os alunos no gostam do tipo de leitura proposto pelo professor, e deixa subentendido que h pouco esforo por parte do professor em trabalhar textos e obras literrias na

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escola pblica. O terceiro grfico revela um dado ainda mais alarmante, do pouco que indicado, no existe o interesse de conhecer a obra, pois 42% dos entrevistados responderam que leem somente o resumo contra os 18% que afirmaram ler todas as indicaes feitas pelo professor.

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6 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS 6.1 Tipos de estudo Para a realizao desse trabalho utilizou-se a pesquisa bibliogrfica, de campo com os professores e alunos do Colgio So Francisco de Assis e do Centro de Ensino Maria das Neves dos Santos Nascimento em Lago da Pedra MA. Os mtodos utilizados foram o indutivo, o dedutivo e o estatstico. 6.2 Instrumentos de pesquisa Os instrumentos que se utilizou durante a pesquisa foram as fichas para anotaes das observaes feitas nas escolas para o fichamento de textos, alm dos questionrios aplicado ao pblico-alvo (professores e alunos das referidas escolas). 6.3 Coletas de dados Na primeira etapa da pesquisa foram coletadas as informaes presentes nos referenciais tericos sobre o tema em estudo, usando para isso a tcnica de fichamento. Depois foi feita uma observao sistemtica em sala de aula com o uso de fichas para as anotaes das informaes relevantes e, por ltimo, foram aplicados os questionrios aos professores e alunos das escolas pesquisado. Aps a coleta de dados deu-se incio a elaborao da proposta.

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7 CONCLUSO Aps a realizao da pesquisa possvel comprovar que o ensino de literatura no ensino mdio no tem cumprido verdadeiramente seu papel, pois o gosto pela leitura e a capacidade de analisar e identificar um texto literrio tem se tornado qualidades cada vez mais raras de se encontrar em grande parte dos jovens que compem o atual sistema de ensino. No somente na rede publica de ensino foram encontradas falhas, mas tambm na rede particular, considerada pela maioria um sistema adequado, foi possvel constatar que muito ainda est por fazer, que na nsia de ensinar mais e melhor tem-se investido em um modo de ensino descontextualizado e muitas vezes desligado de matrias fundamentais para a compreenso da literatura como a prpria gramtica e produo de texto. Depois da pesquisa realizada com os alunos e tambm com os professores ficou comprovado que a falha de ensino no causada somente pelo pouco interesse dos alunos mais em alguns casos pela falta de comprometimento dos professores, que permanecem presos a velhas teorias educacionais e estagnados em mtodos arcaicos de ensinar. A falta especializao outro impasse, em alguns casos professores habilitados em outras licenciaturas esto lecionando aulas de literatura, prejudicando mais que contribuindo com o desenvolvimento do educando. Esse o cenrio do ensino de literatura na escola particular so Francisco de Assis e na escola pblica C. E. Maria das Neves dos Santos Nascimento na cidade de Lago da Pedra- MA. Durante a aplicao da proposta foi possvel constatar que a maioria dos alunos no leem por prazer, mas sim por obrigao, geralmente para a obteno de nota, no sabem diferenciar um texto literrio de um no-literrio e consideram as aulas de literatura enfadonha e desnecessria, ou seja, o professores no consegue fazer o aluno entender o verdadeiro papel da aula de literatura que formar leitores crticos capazes de interferir e contribuir para o desenvolvimento do meio em que esto inserido, e para isto a literatura assume papel fundamental.

REFERNCIAS ANTUNES, Irand. Aula de Portugus: Encontro e Interao. So Paulo: Parbola, 2003. AZEVEDO, R. Aspectos da literatura infantil brasileira, hoje in Revista Releitura, Belo Horizonte, 2001, n 15. Artigo publicado. Disponvel no site www. ricardoazevedo.com. br. BARBOSA, Sydney (1988). Caminhos e descaminhos da educao brasileira no sculo XIX.in: PERRONE-MOISES, Leyla(org.). O Ateneu: retorica e paixo. So Paulo: Brasiliense/Edusp. P. 59-78. BARTHES, R. Aula. So Paulo: Cultrix, 1977. BRANDO, Roberto Oliveira (1988). Os manuais de retrica brasileiros do sculo XIX. In: PERRONE-MOISS, LEYLA (org.). O Ateneu: retrica e paixo. So Paulo: Brasiliense/Edusp. P.43-58. BRASIL. Leis e decretos. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961: fixa as diretrizes e bases da educao nacional. In: RAMA, L. M. J. da S. et. al. (comp. e org.). Legislao de ensino de 1 e 2 graus (federal). So Paulo, 1980. v.1. _________. Lei n. 9.394: lei das diretrizes e bases da educao nacional, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional. Braslia: Semtec, 1999. _________. Ministrio da Educao. Conselho Nacional de Educao. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino mdio. Braslia: Semtec, 1999a. Parecer CEB n.15/98. Braslia: Semtec, 1999b. _________. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Linguagens, cdigos e suas tecnologias: orientaes curriculares para o ensino mdio, 1. Braslia, 2006. _________. Ministrio da Educao. Secretaria da Educao Bsica. Orientaes Curriculares para o ensino Mdio, Volume 1. Braslia: Ministrio da Educao, 2006. _________. Ministrio da Educao. Secretaria da Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais: introduo. 3. ed. Braslia, 2001. v.1. _________. Parmetros curriculares nacionais: lngua portuguesa. 3. ed. Braslia, 2001. v.2. _________. PCNs ensino mdio: linguagens, cdigos e suas tecnologias.

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APNDICES

APNDICE A UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO- UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE LAGO DA PEDRA- CESLAP ACADEMICO- FRANCISCA DE SOUSA VASCONCELOS, ANTONIA CELIA SILVA SOUSA E ADRIANA ARAJO ALVES. DISCIPLINA- TCC SRIE_____________________________________________________________ COLGIO__________________________________________________________ QUESTIONRIO APLICADO AOS ALUNOS I SOBRE LEITURA E O ENSINO DE LITERATURA 1 Voc costuma l regularmente? ( ) Sim ( ) No 2 O que voc l com maior frequncia? ( ) Jornais ( ) Romances ( ) Contos e crnicas ( )Poesia

( ) Revistas ( ) Quadrinhos ( ) Outros ( especificar) _______________________ 3. Quando voc l obras literrias, elas so geralmente: ( ) As recomendadas pelo professor ( ) As que voc compra ou empresta de algum por iniciativa prpria 4. Lembre-se de uma obra literria que tenha lido e tenha gostado muito. a) Qual o nome dela?_________________________________________________ b) Ela foi leitura obrigatria na escola? ( ) Sim ( ) No 5. Como voc costuma agir em relao as obras indicadas pela escola? ( ) L todas as obras ( ) L quase todas as obras ( ) L algumas das obras ( ) Nunca l as obras ( ) L apenas resumos das obras 6. Para voc, o que literatura? ( ) Uma disciplina escolar ( ) Arte da palavra ( ) Expresso dos sentimentos e pensamentos 7. Para voc, estudar literatura serve para: ( ) aprender sobre a vida dos principais escritores ( ) Conhecer a poca dos principais escritores ( ) Aprender a ler textos literrios ( ) Aprender as principais caractersticas das obras, dos escritores e dos perodos literrios ( ) Compreender melhor o mundo em que vivemos ( ) Aprender a ler textos literrios e conhecer melhor a cultura e o mundo de que fazemos parte

8. As aulas de literatura geralmente se desenvolvem de que forma? ( ) O professor pede aos alunos que leiam os textos do livro e resolvam as questes propostas; posteriormente ele as corrige ( ) O professor l os textos e os interpreta, esclarecendo o significado dos trechos mais difceis. ( ) O professor abre com a classe discusso sobre os textos literrios, isto , alm de opinar sobre o texto, tambm ouve a opinio dos alunos. ( ) Os alunos debatem o texto entre si e, posteriormente, a discusso feita por toda a classe, sob a orientao do professor. ( ) Outros ( especificar). ______________________________________________ 9. Nas aulas de literatura o que mais valorizado? ( ) Saber de cor o nome de um autor, obras e datas. ( ) Memorizar as caractersticas de um autor de um perodo literrio( por exemplo, Classicismo, Romantismo, Realismo, etc.) ( ) Reconhecer nos textos caractersticas do perodo literrio a que eles pertencem. ( ) Compreender as relaes entre o texto literrio e a poca em que ele foi escrito. ( ) Compreender e interpretar os textos literrios ( ) Outros ( especificar). ______________________________________________ 10. Em sua opinio, o que deve ser mais valorizado nas aulas de literatura? ( ) Memorizar o nome de um autor, obras e datas. ( ) Memorizar as caractersticas de um autor de um perodo literrio( por exemplo, Classicismo, Romantismo, Realismo, etc.) ( ) Reconhecer nos textos caractersticas do perodo literrio a que eles pertencem. ( ) Conhecer a poca em que o texto foi escrito. ( ) Relacionar um texto literrio com o mundo de hoje ( ) Compreender o sentido dos textos, tanto na situao em que foram escritos quanto nos dias de hoje. ( ) Outros ( especificar). ______________________________________________

APNDICE B 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO- UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE LAGO DA PEDRA- CESLAP ACADEMICO- FRANCISCA DE SOUSA VASCONCELOS, ANTONIA CELIA SILVA SOUSA E ADRIANA ARAJO ALVES. DISCIPLINA- TCC COLEGIO______________________________________________________ DISCIPLINA______________________________________________________ QUESTIONRIO APLICADO AOS PROFESSORES I FORMAO ACADMICA 1. Qual sua idade?____________________________________________________ 2. Sobre a formao universitria: a) Em que Universidade voc cursou Letras? ______________________________ b) O curso foi concludo? Se sim, quando? _________________________________ c) Possui algum tipo de ps- graduao (lato sensu ou strictu sensu) ou outra graduao? Se sim, qual? _____________________________________________ 3. H quantos anos voc est no exerccio do magistrio? ( ) 0 5 anos ( ) 6 10 anos ( ) 10 a 15 anos 4. Voc costuma ler literatura com frequncia? ( ) Sim ( ) No 5. Qual foi a ltima obra literria que voc leu? _____________________________ II SOBRE LEITURA E ENSINO DE LITERATURA 1. Para voc o que literatura? __________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2. Voc considera importante ensinar literatura? Por qu? _____________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3. Considerando as dimenses da disciplina Lngua Portuguesa no ensino mdio, o que mais importante: gramtica, literatura ou produo de texto? Por qu? ______ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4 Quanto ao ensino de literatura, voc se apoia em alguma proposta terico( ) Mais de 15 anos

metodolgica ou em algum terico da literatura? Se sim, cite essa proposta ou o terico que a apresenta. ________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 5. Em seu curso de literatura, o que mais valorizado? Marque o item que melhor traduz seu pensamento. ( ) Memorizar o nome dos autores, obras e datas. ( ) Saber a devida sequencia das estticas literrias (por exemplo, Classicismo, Barroco, Arcadismo, etc. ) e as caractersticas de um autor ou de um perodo literrio. ( ) Reconhecer nos textos caractersticas do perodo literrio a que ele pertena. ( ) Compreender as relaes entre o texto literrio e a poca em que ele foi escrito. ( ) Relacionar o texto literrio com a contemporaneidade. ( ) Desenvolver nos alunos a capacidade de compreender e interpretar textos literrios. ( ) Outros (especificar)? _______________________________________________ ___________________________________________________________________ 6. Em suas aulas, como ocorrem geralmente as interaes em torno do texto literrio? Marque o item que melhor traduz seu pensamento. ( ) Voc pede aos alunos que leiam o texto do livro e resolva as questes propostas; posteriormente corrige e comenta. ( ) Voc l e explica certos textos literrios; o aluno presta ateno nas explicaes. ( ) Voc abre com a classe discusso sobre os textos literrios, isto , alm de opinar sobre o texto, tambm ouve e discute a opinio dos alunos. ( ) Os alunos debatem o texto entre si e, posteriormente, a discusso feita por toda a classe, sob sua orientao. ( ) Outros (especificar). _______________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7. Para voc, a contextualizao histrica do texto : ( ) Pouco importante ( ) Relativamente importante ( ) Muito importante ( ) Outros (especificar). _______________________________________________ __________________________________________________________________ 8. Pra voc, estabelecer relaes entre texto/autor e tradio literria( tanto o que foi escrito antes quanto o que foi escrito depois do texto em estudo): ( ) Pouco importante ( ) Relativamente importante ( ) Muito importante ( ) Outros (especificar) 9. Para voc, ensinar literatura pela sequencia cronolgica das estticas literrias : ( ) Pouco importante ( ) Relativamente importante ( ) Muito importante ( ) Outros (especificar) _______________________________________________

___________________________________________________________________ 10. Com relao leitura extraclasse, quais so as obras que voc geralmente trabalha? ( ) As obras mais representativas da literatura brasileira e/ ou portuguesa. ( ) As obras solicitadas pelos vestibulares. ( ) As obras que os alunos escolhem. ( ) As obras lanadas recentemente e comentadas pela imprensa/mdia. ( ) Outras (especificar). ______________________________________________ ___________________________________________________________________

1 Questionrio retirado do livro: CEREJA, William Roberto. Ensino de Literatura: uma proposta dialgicapara o trabalho com literatura. So Paulo: Atual, 2005.