Upload
ricardo-baptista
View
5
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Fadiga
Citation preview
Propagação de Fadiga
• Com filosofias de projeto assentes na mecânica da fratura,podemos prever a existência de defeitos, e incluir a suapropagação na vida de fadiga.
• Paul C. Paris - Professor emeritus of mechanics in the School ofEngineering & Applied Science at Washington University in St.Louis
03/05/2016 2
“A de Havilland Comet in flight in 1954.
The midair disintegrations of this aircraft
in 1954 launched a new branch of engineering
science and Paul C. Paris’ career.”
Aplicação
• A Mecânica da Fratura Linear Elástica é a metodologia maisadequada para descrever a fase de propagação de fendas defadiga.
• Uma vez que o fator de intensidade de tensões será também oresponsável pelo estado de tensão na frente da fenda, perantesolicitações dinâmicas.
• Ao controlarmos a fase de propagação podemos controlar deuma forma mais segura a vida de fadiga de um componente.
03/05/2016 3
Curva de Propagação de um Defeito
• Uma vez iniciada uma fenda, há que estudar a suapropagação, para tal utiliza-se uma curva depropagação:
• É uma função que relaciona a dimensão do defeito com onúmero de ciclos de fadiga.• É determinada experimentalmente;
• Ou analiticamente por integração de uma relação matemática.
03/05/2016 4
Curva de Propagação de um Defeito
• Nos modelos mais simples deve existir um defeito inicial, peloque não é contabilizada a fase de iniciação.
• A fenda assume-se que será iniciada junto aos locais deconcentração de tensões, onde o nível de tensões é maiselevado.
• Obtemos assim uma curva com o aspecto da seguinte figura,onde o mesmo material foi sujeito a dois nível de tensão(σ2<σ1).
03/05/2016 5
Curva de Propagação de um Defeito
Velocidade de Propagação
• É o parâmetro mais importante destas curvas.
• Representa a velocidade de propagação de uma fenda, emfunção do número de ciclos de fadiga (Unidades: m/ciclo).
• Como será estudado, existe uma relação entre estavelocidade de propagação e a variação do factor deintensidade de tensões.
dNda
03/05/2016 7
Curva de Propagação de um Defeito
• O valor do comprimento de fenda crítico (ac) (para o qual se dá a rotura aofim de NR ciclos) pode ser definido como:
• A Espessura;• A Largura;• Ou ainda um valor relacionado
com a Tenacidade à Fratura;
• A dimensão da região de propagação aumenta assim quando a tensãodiminui, ou seja, a dimensão da zona de rotura frágil aumenta com oaumento do nível de tensão.
• Ou seja, o nível de tensão é um parâmetro muito importante.
03/05/2016 8
𝐾𝐼𝐶 = 𝑌𝜎 𝜋𝑎𝑐 → 𝑎𝑐 =𝐾𝐼𝐶2
𝑌2𝜎2𝜋
Curvas de da/dN e ΔK
• Não nos devemos esquecer que:
𝐾 = 𝑌𝜎 𝜋𝑎
• Ou seja, por um lado quanto mais elevado for o nível de tensão aplicadomaior será a velocidade de propagação;
• Por outro lado, quanto maior for a dimensão da fenda maior é a velocidadede propagação.
• Logo, tendo em conta que estes dois fazem subir o valor do factor deintensidade de tensões, deve haver uma relação de proporcionalidade entreeste e a velocidade de propagação.
03/05/2016 9
Curvas de da/dN e ΔK
• É com base na relação entre estes parâmetros que seestabelece uma nova forma de projectar à Fadiga.
• Normalmente:
𝑑𝑎
𝑑𝑁= 𝑓 ∆𝐾
• Onde a função f, pode ser função de várias variáveis.
03/05/2016 10
Curvas de da/dN e ΔK – Lei de Paris
• Uma das relações mais conhecidas é a Lei de Paris:• É uma relação empírica, com validação experimental.
𝑑𝑎
𝑑𝑁= 𝐶 ∙ ∆𝐾 𝑚← ∆𝐾 = 𝑌𝜎𝑚𝑎𝑥 𝜋𝑎 − 𝑌𝜎𝑚𝑖𝑛 𝜋𝑎
• c e m são duas constantes do material, é variam com:• Tensão média;
• Frequência;
• Temperatura;
• Meio Ambiente.
03/05/2016 11
Lei de Paris
• A Lei de Paris não traduz de forma rigorosa a relação da/dN,ΔK.
• A sua aplicação está restrita a zona II da fase de propagação, eé válida apenas para materiais de alta resistência em que adeterminação do valor da Tenacidade à Fractura é válida.
• A norma ASTM E647 define todo o processo que se deve seguirpara a obtenção da referida Lei.
03/05/2016 13
Lei de Paris
1. Em primeiro lugar deve ser escolhido um provetecuja formulação de K seja conhecida.
2. Faz-se um ensaio de fadiga e regista-se (a, N).
3. Depois calcula-se da/dN e ΔK(a,σmax,σmin).
4. Obtendo-se assim (da/dN, ΔK).
03/05/2016 14
Lei de Paris
• O diagrama da/dN, ΔK é normalmente obtido para valores de da/dN compreendidos entre 10-7 e 10-2
mm/ciclo.
• Regime I:• A velocidade de propagação depende fortemente da variação
do factor de intensidade de tensões;
• Existe um valor de ΔK abaixo do qual não se dá a propagação dafenda de fadiga (da/dN < 10-7 mm/ciclo), correspondendo essavalor ao limiar de propagação da fenda.
03/05/2016 16
Lei de Paris
• Regime II:• Regime onde é válida a Lei de Paris.
• Regime III:• O valor do factor de intensidade de tensões aproxima-se do valor de
tenacidade à fractura.
• Para materiais muito dúcteis o regime III não existe continuando a serválida a Lei de Paris.• Nestes casos pode ser substituído ΔK por ΔJ (parâmetro válido para este tipo
de materiais).
03/05/2016 17
Integração da Lei de Paris
• Integrando a Lei de Paris:
𝑵𝒇 = 𝒂𝒊
𝒂𝒇 𝟏
𝑪 ∆𝑲 𝒎 𝒅𝒂
• Permite obter uma estimativa do número de ciclos até à rotura.
• Como variáveis temos:
– Comprimento inicial ai;
– Comprimento final af;
– Factor geométrico;
– Carregamento;
– Lei de propagação (C e m).
03/05/2016 18
• Para qualquer função de Y (∆𝜎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒):
𝑁𝑓 = 𝑎𝑖
𝑎𝑓 1
𝐶 𝑌∆𝜎 𝜋𝑎 𝑚𝑑𝑎
• Para Y constante (∆𝜎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒):
𝑁𝑓 =2
𝑚 − 2 𝐶 𝑌∆𝜎 𝜋 𝑚
1
𝑎𝑖𝑚−22
−1
𝑎𝑓𝑚−22
𝑁𝑓 =𝑎𝑓
2−𝑚2 − 𝑎𝑖
2−𝑚2
2 − 𝑚2
𝐶 𝑌∆𝜎 𝜋 𝑚
𝑵𝒇 =𝒂𝒇
𝟏−𝒎𝟐 − 𝒂𝒊
𝟏−𝒎𝟐
𝟏 −𝒎𝟐 𝑪 𝒀∆𝝈 𝒎𝝅
𝒎𝟐
Integração da Lei de Paris
• Podemos avaliar quais as características que um material devepossuir para ter elevada resistência à propagação de fendas:• Valores baixos de c e m;• Valores elevados de ΔKlf;• Valores elevados de KIc.
• No entanto podemos ver através de exercícios práticos que oprincipal parâmetro que controla a vida de fadiga, é ocomprimento inicial da fenda.
03/05/2016 19
Equação da Dimensão de Fenda
• É também possível obter a equação curva de propagação, reescrevendo as equações anteriores:
𝑎𝑓 = 𝑁𝑓 1 −𝑚
2𝐶 𝑌∆𝜎 𝑚𝜋
𝑚2 + 𝑎𝑖
1−𝑚2
1
1−𝑚2
• Y constante e ∆𝜎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.
03/05/2016 20
Integração da Lei de Paris
• Ou ainda o valor da amplitude de tensão para uma determinada vida de fadiga:
• ∆𝝈 =
𝒂𝒇𝟏−𝒎𝟐 −𝒂𝒊
𝟏−𝒎𝟐
𝟏−𝒎𝟐 𝑪𝝅
𝒎𝟐𝑵𝒇
𝟏𝒎
𝒀
• Y constante e ∆𝜎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.
03/05/2016 22
Modificação da Lei de Paris
• A lei de Paris não inclui o efeito da tensão média, mas a norma ASTM E647 permite modificar a lei para ter em conta a razão de tensões
• Se R≤0
• ∆𝐾 = 𝐾𝑚𝑎𝑥 = 𝑌𝜎𝑚𝑎𝑥 𝜋𝑎
• Se R≥0
• ∆𝐾 = 1 − 𝑅 𝐾𝑚𝑎𝑥 = 1 − 𝑅 𝑌𝜎𝑚𝑎𝑥 𝜋𝑎 = 𝐾𝑚𝑎𝑥 − 𝐾𝑚𝑖𝑛
• Desta forma se a tensão média for negativa a gama de tensão utilizada para calcular a vida de fadiga é menor, logo a resistência à fadiga será maior.
03/05/2016 23
Parâmetros
• Espessura:• Com o aumento da espessura, aumenta a velocidade
de propagação, pois passamos do estado plano detensões para o estado plano de deformações;
• No primeiro caso a fenda não se propaga totalmenteem modo I, pelo que a componente da tensãoperpendicular ao plano da fenda será menor.
• Tensão Média:• Mais uma vez o aumento da tensão média faz subir a
velocidade de propagação e diminui o limiar depropagação;
03/05/2016 24
Lei de Paris - Alternativas
• A Lei de Paris de um dado material é alteradapelo valor da Razão de Tensões, pelo que seprocurou introduzir esta relação em equaçõesmatemáticas:• Lei de Forman:
•𝑑𝑎
𝑑𝑁=
1
1−𝑅 𝐾𝐼𝐶−∆𝐾𝐴 ∆𝐾 𝑚
• A qual contabiliza os regimes II e III, bem como o efeitoda tensão média.
03/05/2016 26
Lei de Paris - Alternativas
• Equação de Walker:
• Baseia-se na noção de limiar de propagação de fadiga:
•∆𝐾′ = 𝐾𝑚𝑎𝑥 1 − 𝑅𝛾, ∆𝐾 = 1 − 𝑅
•∆𝐾′ =∆𝐾
1−𝑅 1−𝛾
•𝑑𝑎
𝑑𝑁=
𝑐1
1−𝑅 𝑚 1−𝛾 ∆𝐾𝑚
03/05/2016 27
Leis de Propagação
Leis de Propagação
-16
-15
-14
-13
-12
-11
-10
-9
-8
0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5 1.7 1.9 2.1 2.3
Log(DK)
Lo
g(d
a/d
N)
Paris
Forman
Walker
03/05/2016 28
Influência da Tensão Média
Influência do Valor de R
-16
-15
-14
-13
-12
-11
-10
-9
-8
0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5 1.7 1.9 2.1 2.3
Log(DK)
Lo
g(d
a/d
N)
R=-0.5
R=0.1
R=0.5
R
03/05/2016 29
Parâmetros
• Ciclo de Tensões:
• As sobrecargas ou picos de tensão, são altamente prejudiciais.
• Produzem aumentos instantâneos da dimensão da fenda, ou que
pode levar à fractura frágil.
• No entanto após esta fase, dá-se uma zona de retardação, onde
não há aumento da velocidade de propagação o que pode ser
utilizado para proteger o funcionamento do componente.
03/05/2016 30