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PROPÓSITOS PARA A VIDA SELECÇÕES BÍBLICAS E ALGUMAS NOTAS POR Constantino Ferreira 2 © Copyright Autores: Vários Selecção, Grafismo e Notas: Constantino Ferreira Capa: Edição: Depósito legal: ISBN:

PROPÓSITOS PARA A VIDATULO 1 OS PRINCÍPIOS Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê. Hb 11.3

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PROPÓSITOS PARA A VIDA

SELECÇÕES BÍBLICAS

E

ALGUMAS NOTAS

POR

Constantino Ferreira

2

© Copyright Autores: Vários Selecção, Grafismo e Notas: Constantino Ferreira Capa: Edição: Depósito legal: ISBN:

Page 2: PROPÓSITOS PARA A VIDATULO 1 OS PRINCÍPIOS Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê. Hb 11.3

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ÍNDICE Introdução ………………………………………….... 4

1 – Os Princípios …………………………………….. 5

2 – Sábios Conselhos ……………………………….... 13

3 – O Reino de Deus …………………………………. 23

4 – A Edificação da Igreja ……………………………39

5 – A Instrução da Igreja …………………………… 57

Amor, O que é? ………………………………………. 77

Ordem temática ……………………………………… 79

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INTRODUÇÃO

Senti-me guiado pelo Espírito Santo para elaborar uma selecção de temas bíblicos relacionados com o título ‘Pro-pósitos para a Vida’. Como diz o título, visa fornecer pis-tas que auxiliem os interessados numa vivência cristã à luz da Bíblia Sagrada.

Procurei que o texto fosse exclusivamente de autores bíblicos, sendo os mesmos mencionados, em itálico, no início dos respectivos temas. Além disso, apresento, em rodapé, um breve comentário a algumas dificuldades a fim de esclarecer as citações bíblicas.

Além do índice por capítulos, que tratam de tema geral, incluo, também, no final, um apêndice com os assuntos em ordem temática, onde, após feita a leitura, o leitor poderá encontrar, sempre que desejar, o tema do seu interesse.

Muito mais informação haveria para inserir aqui, po-rém, acho suficiente a matéria inclusa acerca da vida cristã normal. Como seria óptimo se fossem observadas regu-larmente!

É meu sincero desejo que estas selecções bíblicas este-jam sempre à mão e ajudem o leitor a conhecer melhor os Propósitos para a Vida, a fim de melhor viver para glória do nosso Senhor.

Deus o abençoe abundantemente.

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CAPÍTULO 1

OS PRINCÍPIOS Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra

de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.

Hb 11.3

Por Moisés

A Criação do homem

No princípio Deus criou os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus1 pairava sobre a face das águas. Disse Deus: haja luz. E houve luz. Deus viu que a luz era boa, e fez separação entre a luz e as trevas. E Deus cha-mou à luz dia e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o primeiro dia. Gn 1:1-5.

E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi. Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde

1 Deus existe antes de todas as coisas e é a causa e a origem de tudo o que existe. Ele é o Desenhador, Arquitecto e Criador do Universo. É a Ele que devemos todo o respeito e a devida adoração, pois somos criação Sua.

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e a manhã, o dia segundo. E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi. Chamou Deus, ao elemento seco, terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom. Gn 1:6-10

E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espéci-es, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a ter-ra2. E assim foi. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie, e árvores que da-vam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. Gn 1:11,12

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, con-forme a nossa semelhança3; e domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. Gn 1:26-28.

2 É digno de nota o facto de Deus ter criado primeiramente um lugar aprazí-vel, com toda a espécie de alimentação, para todos os seres, incluindo a espécie humana. Ele cuidou que nada nos falasse para vivermos felizes e com saúde. Infelizmente, a desobediência às suas leis veio alterar o nosso estado no mundo. 3 Dentre todos os seres, somente o Homem foi criado à semelhança do Cria-dor, mediante a qual poderia haver um relacionamento agradável. Isto é, tal com Ele, fomos dotados com espírito, domínio e livre arbítrio. Além disso, recebemos a sua marca como identificação de propriedade. Assim, visto que pertencemos a Deus, vivemos para servir a Deus em tudo o que fizermos.

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Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser viven-te que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi. E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto. Gn 1:29-31. Assim foram acabados os céus e a terra com todo o seu exército. Ora, tendo Deus completado no sétimo dia a obra que tinha feito, descan-sou nesse dia de toda a obra que fizera4. Gn 2.1-2.

E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tor-nou-se alma vivente5. Então, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, na banda do oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Gn 2:7-9.

Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jar-dim do Éden para o lavrar e guardar6. E ordenou o Senhor 4 Deve-se notar, aqui, que Deus não deixou de trabalhar, somente descansou acerca do que vinha fazendo, a criação. Agora está ocupado em preservar aquilo que criou, provocando mesmo algumas alterações. Como disse Jesus: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” 5 É digno de nota o facto de Deus ter primeiro usado barro para criar o pri-meiro homem, e só depois lhe ter concedido o espírito, começando, então, a viver. Isto significa que eu sou um espírito vivendo em um corpo, e que ambos pertencem a Deus. 6 O Senhor preparou um lugar especial para o Homem viver e entregou-lhe mandamentos para se manter com vida. São somente três: trabalhar, guardar e comer do fruto do jardim. Se alguém não quiser trabalhar não deve comer. E se alguém não guarda, ecologicamente limpo, este jardim, o que comerá?

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Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás porque no dia em que dela comeres certamente morrerás7. Gn 2:15-17.

Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliar que lhe seja adequada. Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o ho-mem e este adormeceu; tomou, então, uma das suas coste-las e fechou a carne naquele lugar; e da costela que o se-nhor Deus tomou formou a mulher e levou-a ao homem. Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne8. Gn 2:18,21-24.

A Queda do homem Ora, a serpente9 era o mais astuto de todos os animais

do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fru-

7 Não bastaria ao Homem viver conhecendo o Bem? Que necessidade tería-mos nós de conhecer o Mal? Deste modo, passou a ser usual praticar o mal em vez do bem. Esse pecado afasta de Deus, torna o homem infeliz e priva-do da vida eterna. 8 Aqui encontra-se o fundamento do casamento programado por Deus: Um homem e uma mulher compatíveis para ajuda mútua. Quando os dois, ho-mem e mulher, se amam, unem-se sob a bênção divina e, pelo acto sexual, tornam-se uma só carne. O casamento divino é heterossexual e para procriar. 9 A serpente, astuta como é, tornou-se uma figura típica de satanás, o adver-sário de Deus, que, desde o início, com mentiras, tem procurado destruir a Sua criação.

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to das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não come-reis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto vossos olhos se abrirão e sereis como Deus10, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu e deu a seu marido, e ele também comeu. Gn 3:1-6.

Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fi-zeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me e eu comi. Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu entre todos os animais domés-ticos e entre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida. Porei ini-mizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar11. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido e ele te dominará12. E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mu-lher e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não

10 A grande mentira de satanás é esta: o conhecimento do mal não asseme-lhou o Homem a Deus, antes o privou da semelhança divina com que fora dotado no princípio. 11 Encontramos aqui a primeira promessa de Deus, de enviar o Seu Filho, nascido de mulher, a fim de trazer solução para o pecado iniciado pelo Ho-mem no Éden. Essa solução advém da luta com satanás, na cruz, onde foi ferido no calcanhar, mas saiu vencedor sobre o nosso adversário. 12 Este trecho não ensina o despotismo machista, mas coloca o homem como cabeça da mulher, unidos no mesmo corpo, à semelhança do corpo humano, cuja cabeça orienta as suas acções.

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comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó torna-rás. Gn 3.14-19.

A Lei para o Homem

Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão:

Não terás outros deuses diante de mim13. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e uso de mise-ricórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.

Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangei-ro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez 13 Aqui começam os dez mandamentos, que constam de duas partes. A pri-meira, referente ao relacionamento com Deus, e a segunda, concernente ao relacionamento entre os humanos.

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o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou14.

Honra a teu pai e a tua mãe15 para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. Não ma-tarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso teste-munho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu ju-mento, nem coisa alguma do teu próximo. Êx 20:1-17.

14 Sábado, em hebraico, significa descanso. Foi criado para repouso físico e comemorar o final da Criação perante o Criador. Por isso Ele o santificou, isto é, separou-o para Si mesmo. O que importa, actualmente, é a separação de um dia para descansar e cultuar ao Senhor. Os cristãos primitivos consa-graram o primeiro dia da semana para comemorar a ressurreição de Jesus e a sua nova criação. 15 Este é o início da segunda parte dos mandamentos, referentes ao relacio-namento entre os humanos. E que bom seria ver cumpridos por todos, tanto uns como os outros! Jesus sintetizou os mandamentos num só: Amar a Deus e ao próximo. O Amor é o cumprimento de toda a Lei.

O BOM PASTOR

O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me

faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas

tranquilas.

Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justi-

ça por amor do seu nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não

temerei mal algum porque tu estás comigo; a tua vara e o

teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus

inimigos; unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice

transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me segui-

rão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do

Senhor por longos dias.

David – Salmo 23.

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CAPÍTULO 2

SÁBIOS CONSELHOS

O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e ele lhes

faz saber o seu pacto. Sl 25.14

Por David

Marcar a diferença Bem-aventurado o homem que não anda segundo o

conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos peca-dores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite1. Pois será como a árvore plantada junto às cor-rentes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o ven-to espalha. Pelo que os ímpios2 não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; porque o Se-

1 Só lendo e meditando na Lei de Deus constantemente é possível conhecer a Sua vontade a nosso respeito. Através da leitura e do estudo da Bíblia Sagra-da poderemos conhecer os planos de Deus para a Humanidade. Faça-se isso diariamente e a bênção de Deus estará sobre nós. 2 Ímpios são aqueles que vivem alienados de Deus, não querem nada com Ele, são desobedientes e desafiam-no constantemente.

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nhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína. Salmo 1.1-8.

Não te enfades por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Pois em breve mur-charão como a relva, e secarão como a erva verde. Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra e te ali-mentarás em segurança. Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. Ele fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito como o meio-dia. Descansa no Senhor e espera nele; não te enfades por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa maus desígnios. Deixa a ira e aban-dona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal. Porque os malfeitores serão exterminados, mas aque-les que esperam no Senhor herdarão a terra. Sl 37.1-9.

Arrependimento Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benigni-

dade; apaga as minhas transgressões segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre dian-te de mim3.

Contra ti, contra ti somente, pequei e fiz o que é mau diante dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares e inculpável em julgares. Eis que eu nasci em iniquidade e 3 Enquanto o pecado cometido nos apoquentar não teremos paz interior. Se a nossa consciência nos acusa, urge pacificá-la através do perdão recebido e concedido.

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em pecado me concebeu minha mãe. Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faze-me, pois, conhecer a sabe-doria no secreto da minha alma. Purifica-me com hissope e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais alvo do que a neve.

Faze-me ouvir júbilo e alegria para que se regozijem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus peca-dos e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito recto. Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário4. Sl 51.1-12.

Oração e clamor Ouve, ó Deus, o meu clamor e atende à minha oração.

Desde a extremidade da terra clamo a ti, estando abatido o meu coração; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu. Pois tu és o meu refúgio, uma torre forte contra o ini-migo. Deixa-me habitar no teu tabernáculo para sempre; permite que me abrigue no esconderijo das tuas asas5. Pois tu, ó Deus, ouviste os meus votos; deste-me a herança dos que temem o teu nome. Sl 61.1-5.

Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu confundido. Na tua justiça socorre-me e livra-me; inclina os teus ouvi-dos para mim e salva-me. Sê tu para mim uma rocha de refúgio a que sempre me acolha; deste ordem para que eu seja salvo, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza. Livra-me, Deus meu, da mão do ímpio, do poder do ho- 4 David, rei de Israel, deu-nos um excelente exemplo de oração. Sigamo-lo e seremos felizes com Deus. 5 Deus não tem asas. Esta expressão leva-nos a pensar na tranquilidade dos pintainhos abrigados sob as asas da galinha. Deus é o nosso refúgio seguro.

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mem injusto e cruel, pois tu és a minha esperança. Senhor Deus, tu és a minha confiança desde a minha mocidade. Sl 71.1-5.

Celebrar a Deus Celebrai com júbilo ao Senhor todos os habitantes da

terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus! Foi ele quem nos fez e somos dele; somos o seu povo e ovelhas6 do seu pas-to. Entrai pelas suas portas com acção de graças e em seus átrios com louvor; dai-lhe graças e bendizei o seu nome. Porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para sem-pre e a sua fidelidade de geração em geração. Sl 100.1-5.

Bendiz, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendiz, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios. É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara todas as tuas enfermidades, quem redime a tua vida da per-dição, quem te coroa de benignidade e de misericórdia, quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. Sl 103.1-5.

Confiar em Deus Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o

socorro? O meu socorro vem do Senhor7, que fez os céus e

6 O tratamento de “ovelhas” significa que Deus cuida de nós, assim como o bom pastor cuida das suas ovelhas: guarda, protege, alimenta, sara, e provi-dencia repouso para elas. 7 A confiança em Deus é como uma rocha que serve de abrigo e fortaleza. Nele estamos abrigados e em segurança..

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a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará. Eis que não dormitará, nem dormirá aquele que guarda Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita. De dia, o sol não te ferirá, nem a lua de noite. O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada desde agora e para sempre. Sl 121.1-8.

Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Si-ão, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre. Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Se-nhor está ao redor do seu povo desde agora e para sempre. Porque o cetro da impiedade não repousará sobre a sorte dos justos para que os justos não estendam as suas mãos para cometer a iniquidade.

Faze o bem, ó Senhor, aos bons e aos que são rectos de coração. Sl 125.1-4.

Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; serás feliz e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira ao redor da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. Sl 128.1-4.

Deus e a União Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em

união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que descia sobre a barba, a barba de Arão, que descia sobre a gola das

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suas vestes; como o orvalho de Hermom8, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre. Sl 133.1-3.

Cantar a Deus Cantai ao Senhor um cântico novo porque ele tem feito

maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória. O Senhor fez notória a sua salvação, manifestou a sua justiça perante os olhos das nações. Lembrou-se da sua misericórdia e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus. Sl 98.1-3.

Celebrai com júbilo ao Senhor todos os habitantes da terra; dai brados de alegria, regozijai-vos e cantai louvores. Louvai ao Senhor com a harpa, com a harpa e a voz de canto. Com trombetas, e ao som de buzinas, exultai diante do Rei, o Senhor. Brame o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam; batam palmas os rios; regozijem-se os montes diante do Senhor porque vem julgar a terra; com justiça julgará o mundo e os povos com equidade. Sl 98.4-9.

Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder! Louvai-o pelos seus actos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza! Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com sal-tério e com harpa! Louvai-o com adufe e com danças; lou-vai-o com instrumentos de cordas e com flauta! Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonan- 8 O orvalho do monte Hermom refresca as suas terras, e suas neves alimen-tam as correntes do rio Jordão, que rega as terras ao redor, sendo uma bênção para os habitantes. Assim é a unidade dos crentes.

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tes! Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor! Sl 150.1-6.

Por Salomão

Temer a Deus Ouça também o sábio e cresça em sabedoria, e o enten-

dido adquira habilidade para entender provérbios e parábo-las, as palavras dos sábios e seus enigmas. O temor do Se-nhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução. Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não deixes o ensino de tua mãe. Por-que eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça e colares para o teu pescoço. Pv 1.5-9.

Filho meu, se aceitares as minhas palavras e entesoura-res contigo os meus mandamentos para fazeres o teu ouvi-do atento à sabedoria e para inclinares o teu coração ao entendimento; sim, se clamares por discernimento e por entendimento alçares a tua voz; se o buscares como a prata e o procurares como a tesouros escondidos; então entende-rás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento; Pv 2.1-6.

Sabedoria com Deus Filho meu, não te esqueças da minha instrução e o teu

coração guarde os meus mandamentos porque eles te darão fartura de dias e anos de vida e paz. Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço e escreve-as na tábua do teu coração; assim acharás favor e bom en-

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tendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Se-nhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus pró-prios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isso será saúde para a tua carne e refrigério para os teus ossos. Hon-ra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; assim se encherão de fartura os teus celeiros e trasbordarão de mosto os teus lagares. Pv 3.1-10.

Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não abandones a instrução de tua mãe. Ata-os perpetuamente ao teu coração e pendura-os ao teu pescoço9. Quando ca-minhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida. Pv 6.20.

Pedir a Deus com Fé Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a

Deus, que a dá liberalmente a todos e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé,10 não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sub-levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que re-ceberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante11 em todos os seus caminhos. Tiago – Tg 1.5-8.

9 Isto significa que devemos memorizar os conselhos do Senhor para tê-los sempre à mão quando necessário. 10 Pedir com fé significa esforço pessoal na busca de sabedoria em comunhão com Deus e confiar no auxílio divino para desenvolvê-la. 11 A inconstância não leva a lado algum. É preciso buscar um alvo e avançar para ele confiando no auxílio de Deus.

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A mulher virtuosa Mulher virtuosa12, quem a pode achar? Pois o seu valor

muito excede ao de jóias preciosas. O coração do seu mari-do confia nela e não terá falta de lucro. Ela faz-lhe bem, e não mal, todos os dias da sua vida. Ela busca lã e linho e trabalha de boa vontade com as mãos. É como os navios do negociante; de longe traz o seu pão. E quando ainda está escuro, ela levanta-se e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas.

Observa um campo e compra-o; planta uma vinha com o fruto de suas mãos. Cinge os seus lombos de força e for-talece os seus braços. Prova e vê que a sua mercadoria é boa e a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as mãos ao fuso e as suas mãos pegam na roca.

Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as suas mãos. Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da sua casa estão vestidos de escarlate. Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu vestido. Co-nhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta entre os anciãos da terra. Faz vestidos de linho e vende-os, e en-trega cintas aos mercadores.

A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do futuro. Abre a sua boca com sabedoria e o ensino da bene-volência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e

12 Neste trecho encontramos uma rica imagem da mulher ideal. Leia devagar e medite na leitura a fim de conhecer a mulher ideal de Deus. Embora as actividades mencionadas a seu respeito já não serem muito correntes, toda-via, é possível à mulher ocupar-se em actividades actuais. Deste modo pode ser útil ao lar e à sociedade.

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chamam-lhe bem-aventurada, como também seu marido que a louva dizendo: Muitas mulheres têm procedido vir-tuosamente, mas tu ultrapassas a todas. Enganosa é a graça e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor13, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e lou-vem-na nas portas as suas obras. Pv 31.10-31.

O evangelho do reino

E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas,

pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e

enfermidades entre o povo. Mt 4:23

Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se

assentado, aproximaram-se os seus discípulos, e ele pôs-se a

ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito,

porque deles é o reino dos céus.

Mt 5.1-3.

13 Todas as características mencionadas acima são importantes, mas mais importante é o facto de temer a Deus.

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CAPÍTULO 3

O REINO DE DEUS

Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-

vos, porque é chegado o reino dos céus. Mt 4:17

Por Marcos A vinda do reino Ora, depois que João foi entregue, Jesus foi para a Gali-

leia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos e crede no evangelho1. E, andando junto ao mar da Ga-lileia, viu a Simão e a André, irmão de Simão, os quais lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após mim e eu farei que vos torneis pescado-res de homens2. Então, deixando imediatamente as suas redes seguiram-no. Mc 1.14-18.

1 Arrependimento e Fé são os dois factores mais importantes para chegar e fazer parte do reino de Deus. Sem fé não é possível vê-lo, nem, tampouco, entrar nele. Pois é mediante a fé que, primeiro, entra em nós, e, então, nós entramos nele. Sem fé no evangelho isso é impossível. 2 Pescar homens quer dizer ‘usar a técnica da pesca a fim de atraí-los para o reino de Deus’. Eis a principal actividade que Jesus entregou aos filhos de Deus. O testemunho da vivência diária dos cristãos é a melhor maneira de atraí-los para o reino de Deus.

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Depois subiu ao monte e chamou a si os que ele mesmo queria e vieram a ele3. Então designou doze para que esti-vessem com ele e os mandasse a pregar e tivessem autori-dade para expulsar os demónios. Designou, pois, os doze, a saber: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. Mc 3.13-19.

E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evange-lho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo4; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompa-nharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demóni-os, falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se bebe-rem alguma coisa mortífera não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos e serão curados5. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam. Mc16.15-20.

3 O mais importante é estar com Jesus. Pois Ele disse que “sem mim nada podeis fazer”. Se nada valioso poderemos fazer sem Ele, é pois indispensável que esteja sempre connosco. Isto depende da nossa atitude em relação a Ele. 4 É preciso notar que ‘fé e baptismo’ são dois ingredientes fundamentais da salvação. Embora seja crido, actualmente, que o baptismo não salva, pode-mos afirmar que ‘sem baptismo consciente’ também não haverá salvação. Pois este é um mandamento do Senhor, que deve ser obedecido, enquanto possível; caso contrário, é considerado desobediência e rebelião. 5 A Fé é sempre acompanhada por sinais correspondentes, tanto respeito de nós, como do nosso Senhor. Se formos fieis à nossa dedicação, Ele permane-ce fiel à sua promessa. Creia nisto e experimente as suas bênçãos.

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Por Mateus

A Felicidade no reino E Jesus, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo-

se assentado, aproximaram-se os seus discípulos e ele co-meçou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humil-des de espírito porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos por-que eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os lim-pos de coração porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós6 quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha cau-sa. Alegrai-vos e exultai porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que vive-ram antes de vós. Mt 5.1-12.

O testemunho cristão Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido,

com que se há-de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos ho-

6 Bem-aventurança é a felicidade não dependente de possessões materiais, externas, mas aquela felicidade que provém de possessões espirituais, inter-nas, depende daquilo que somos interiormente e praticamos diariamente.

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mens. Vós sois a luz do mundo7. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no vela-dor, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim res-plandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Mt 5.1-16.

O cumprimento da Lei Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não

vim destruir, mas cumprir8. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum pas-sará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus9. Mt 5.17-20.

7 Assim como o sal serve para conservar e temperar, também os cristãos conservam e temperam este mundo com nova vida. E uma luz serve para alumiar nas trevas e indicar o caminho, livrando assim dos perigos encontra-dos durante a caminhada. Nós servimos para indicar o caminho correcto e servir de salvação para as pessoas que vivem ao nosso redor. 8 Jesus cumpriu a Lei integralmente pela maneira como viveu e, finalmente, com a sua morte em substituição dos pecadores: o justo pelos injustos. 9 O reino de Deus é definido por Paulo como sendo: justiça, paz e alegria, mediante o Espírito Santo. Quando, como injustos, aceitamos, pela fé, o sacrifício de Cristo, invertemos essa definição para a de justos, a fim de vivermos em justiça, que é característica do reino.

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Conciliação urgente Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e,

Quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo; e quem disser a seu irmão, Raca,10 será réu diante do sinédrio11; e quem lhe disser, tolo, será réu do fogo do in-ferno. Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta12, e vai conci-liar-te primeiro com teu irmão, e depois vai apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, en-quanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último cêntimo. Mt 5.21-26.

Acerca do adultério Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos

digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão

10 Raca é expressão aramaica que significa estúpido, sem miolos. 11 O sinédrio era o tribunal judeu, próprio para julgar as causas do povo. 12 As ofertas a Deus são de nenhum valor, se um indivíduo estiver em quere-la com seu irmão.

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direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti13; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno. Mt 5.27-30.

Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada comete adulté-rio. Mt 5.31-32.

Acerca do juramento Também, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás

falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramen-tos. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis14; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, por-que não podes tornar um só cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí vem do Maligno. Mt 5.33-37.

O Bem pelo mal Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por den-

te15. Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau;

13 Estes dois membros do nosso corpo podem ser perigosos se não forem controlados. Visto que não convém cortá-los e lançá-los fora, é aconselhável retirá-los do objecto tentador. 14 O cristão não precisa jurar para credibilizar a sua palavra. Porém, se um juiz lhe pedir juramento, não receará falar a verdade e somente a verdade. 15 Para compreender esta tradição muito antiga leia Êxodo 21, Levítico 24.10-23, e Deuteronómio 19.

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mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa16; e se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe empres-tes. Mt 5.38-42.

Amor aos inimigos Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo e odiarás

ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos ini-migos17 e orai pelos que vos perseguem para que vos tor-neis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre jus-tos e injustos. Pois, se amardes somente aos que vos amam que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos18 como é perfeito o vosso Pai celestial. Mt 5.43-48.

A oração do cristão

16 Às vezes é melhor sofrer o prejuízo do que provocar guerrilha, feridas, ou morte. 17 Amar os nossos inimigos é uma acção dificílima. Mas, com o auxílio do Espírito Santo de Deus isso torna-se possível. O próprio Deus dá-nos o exemplo ao enviar Jesus a fim de ser sacrificado pelos pecadores, considera-dos inimigos de Deus. Como está escrito: “Deus amou o mundo de tal ma-neira que deu o seu único Filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Se Ele assim nos amou, também devemos amar de modo semelhante. 18 A perfeição encontra-se no amor, pois este é o cumprimento de toda a Lei. Além disso, Deus é Amor e é Amor Perfeito.

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E, quando orardes não sejais como os hipócritas; pois

gostam de orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares en-tra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições19, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Portanto, não vos assemelheis a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. Então, orai deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade assim na terra como no céu20; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação, mas livra-nos do mal. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará as vossas ofensas. Mt 6.5-15.

As Boas obras Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos

homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não te-reis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.

19 O Senhor dá indicações claras de como dirigir orações ao Pai: jamais deve ser para demonstrar piedade ou dotes oratórios. Nem tampouco para usar repetição de vocábulos, como se Deus não entendesse o que lhe dizemos. 20 Aqui finda a primeira parte da oração referente ao nosso relacionamento com Deus e é iniciada a segunda parte acerca do que esperamos de Deus.

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Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta dian-te de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita para que a tua esmola fique em secreto, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Mt 6.1-4.

Acerca do jejum Quando jejuardes, não vos mostreis tristes como os hi-

pócritas; porque eles desfiguram os seus rostos para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares unge a tua cabeça e lava o teu rosto para não mos-trar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Mt 6.16-18.

O juízo do cristão Não julgueis para que não sejais julgados. Porque com

o juízo com que julgardes sereis julgados; e com a medida com que medirdes vos medirão a vós. E por que reparas no argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho21? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão. Mt 7.1-5. 21 Jesus assevera que aquele que se preocupa na observância dos defeitos dos outros já está cometendo um erro maior.

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Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. Ir-mãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir; tu, po-rém, quem és, que julgas ao próximo? Tiago – Tg 4.10-12.

O divórcio Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimen-

tavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhes Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez, desde o princípio, homem e mulher e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe e unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem22. Responderam-lhe: Então, por que motivo mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações, Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelida-de, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Mt 19.3-9.

Por Lucas

A reciprocidade

22 O divórcio acontece por falta do amor de Deus, que tudo sofre e tudo su-porta. Antes de chegar a estes casos é aconselhável recorrer a Deus implo-rando pelo seu Espírito, que vem acompanhado pelo amor que nunca falha.

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Assim como quereis que os homens vos façam, fazei-lhes do mesmo modo vós também23. Se amardes aos que vos amam, que mérito há nisso? Pois também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que mérito há nisso? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem espe-rais receber, que mérito há nisso? Também os pecadores emprestam aos pecadores para receberem outro tanto. Sede misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso. Lc 6.31-36.

Os pobres

E toda a multidão procurava tocar-lhe; porque saía dele poder que curava a todos. Então, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus24. Lc 6.19-20. E as multidões, percebendo isto, seguiram-no; e ele as recebeu e falava-lhes do reino de Deus e sarava os que necessitavam de cura. Lc 9.11. Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O rei-no de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: ei-lo aqui! Ou, ei-lo ali! porque o reino de Deus está dentro de vós. Lc 17.20,21.

23 O mote antigo era: “Não faças aos outros o que não queres que façam a ti.” Esta forma não inspira a qualquer acção. Mas o Senhor Jesus alterou a forma negativa para positiva, usando o imperativo: “Faze aos outros o que queres que façam a ti.”. Só desta forma estaremos semeando boa semente a fim de colher o seu fruto. Este é um dos importantes propósitos para a vida. 24 O reino de Deus é o estado de submissão a Deus recompensado com o suprimento das coisas carenciadas. Nele haverá suprimento para todos.

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O meu Próximo Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E

quem é o meu próximo? Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, retira-ram-se deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote e, vendo-o, passou de lar-go. De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o e passou de largo. Mas um samaritano25, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de com-paixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo26. Lc 10.29-37.

Por João

25 O sacerdote era um oficial do culto judaico, em Jerusalém, enquanto o samaritano era um dos habitantes de Samaria, que não cultuavam em Jerusa-lém. Jesus ensina que a pessoa não é distinguida pelo lugar de culto, mas pelas suas acções. 26 Esta parábola ensina o princípio da sementeira mencionado anteriormente. Ninguém sabe quando, mas algum um dia precisará de ser ajudado pelo seu próximo. Aproveitemos semear boas acções enquanto é tempo para que no tempo adequado colhamos o resultado.

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O Novo nascimento Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nico-

demos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo27, não pode ver o reino de Deus. Jo 3.1-3.

Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nas-cer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Es-pírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito28. Jo 3.4-8.

O Serviço cristão Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e

que viera de Deus e para Deus voltava, levantou-se da ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois

27 O termo grego usado por João para ‘nascer de novo’ significa ‘nascer de cima’, do céu, em contraste com o físico que veio de baixo, do pó da terra. 28 O nascido da carne é o descendente de Adão, o qual traz o seu pecado, e para ele não há esperança. Mas o nascido do Espírito é o descendente de Deus, porque recebeu o espírito de Deus e se tornou Seu filho pela fé em Jesus, Seu Filho. Somente os filhos de Deus têm direito ao Seu reino como herdeiros legais.

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deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípu-los e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Chegou, pois, a Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu la-vas os meus pés? Jo 13.3-6.

Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás. Replicou Pedro: Nunca me lavarás os pés. Replicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Respondeu-lhe Jesus: Aquele que se banhou não necessita de lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos. Jo 13.7-10.

Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos estais limpos. Ora, depois de lhes ter lavado os pés tomou o manto, tornou a reclinar-se à mesa e pergun-tou-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei exemplo para que, como eu vos fiz, façais vós também29. Em verda-de, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticar-des. Jo 13.11-17.

O Amor fraternal

29 Naquele tempo era prática corrente de hospitalidade, lavar os pés empoei-rados dos visitantes. Como ninguém o fizera, Jesus praticou essa acção hos-pitaleira e deu o exemplo para que os seus discípulos fizessem o mesmo. Actualmente podemos encontrar outras maneiras de suprir as necessidades dos nossos irmãos, adequadas ao contexto social e cultural da época.

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Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto30; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guar-dardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Estas coisas vos te-nho dito para que o meu gozo permaneça em vós e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pe-los seus amigos. Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. Jo 15.7-14.

Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Pois, quem tiver bens do mundo, e vendo o seu irmão necessitando lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas por obras e de verdade. 1 Jo 3.16-18.

Amados, amemo-nos uns aos outros porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para connosco: em que Deus enviou seu Filho unigénito ao mundo para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus nos amou assim, nós 30 De acordo com o contexto, o Senhor está falando sobre o fruto do Espírito, que é amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansi-dão e temperança, ou autodomínio. Cf. Gl 5.22.

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também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém ja-mais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros Deus per-manece em nós e o seu amor em nós é aperfeiçoado. 1 Jo 4.7-12.

Nós amamos porque Ele nos amou primeiro31. Se al-guém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiro-so. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu. E dele temos este manda-mento, que quem ama a Deus ame também a seu irmão. 1 Jo 4.19-21.

A unidade espiritual Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. As-

sim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo. E por eles eu me santifico para que também eles sejam santificados na verdade. E rogo, não somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão-de crer em mim para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que me deste para que sejam um, como nós somos um; eu neles e tu em mim para que eles sejam per-feitos em unidade32, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste e que os amaste a eles assim como me amaste a mim. Jo 17.17-23.

31 O prova do amor de Deus está na oferta do seu Filho, que foi sacrificado por nós. Ora, se Deus nos amou enquanto vivíamos em pecado, não devería-mos nós amar, agora, que estamos libertos do pecado?! Quem ama é morada de Deus e conhece Deus, porque Deus é amor. 32 A unidade perfeita existe na Trindade divina. Sendo três pessoas distintas, é um só Deus. Os cristãos, sendo muitas pessoas, são um só corpo em Cristo.

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CAPÍTULO 4

A EDIFICAÇÃO DA IGREJA

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edi-

ficarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão

contra ela; Mt 16.18

Por Mateus

O Fundamento da Igreja Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Fi-lho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois tam-bém eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edifi-carei a minha igreja33, e as portas do Hades34 não preva-lecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos

33 A resposta de Pedro é como uma rocha firme onde se pode construir um edifício com segurança. Portanto, a Igreja está sendo edificada sobre Cristo, conforme a resposta do apóstolo. E, acerca dos cristãos está escrito: “vós também, quais pedras vivas, sois edificados casa espiritual para serdes sacer-dócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.” 1Pd 2:5. 34 As portas do Hades significam a estratégia de satanás para derrotar a Igre-ja, aliada à morte, que leva os crentes deste mundo.

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céus; e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus35. Mt 16.15-19. A Entrega pessoal Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo in-teiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em tro-ca da sua vida? Porque o Filho do homem há-de vir na glória de seu Pai com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras36. Mt 16.24-27. Por Lucas

A Promessa de Deus Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem

de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João baptizou em água, mas vós sereis baptizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias. Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é neste tempo que restauras o reino a Israel? Respondeu-lhes: A vós não

35 O poder de ligar e desligar está dependente da acção de Deus de acordo com a Sua soberana vontade. Ninguém pode agir de moto próprio. Toda a autoridade humana está sujeita à autoridade divina. 36 Como discípulos e seguidores de Cristo estamos dispostos, se necessário, a perder a vida por amor a Ele. A recompensa está certa agora e na eternidade..

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compete saber os tempos ou as épocas que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer o Espírito Santo sobre vós, e sereis minhas testemunhas, tan-to em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. At 1.4-8.

Pentecostes e Dom Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reu-

nidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde esta-vam sentados. E apareceram-lhes umas línguas como fogo distribuídas sobre cada um deles37. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas con-forme o Espírito lhes concedia que falassem38. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão e estava confusa porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. At 2.1-6.

Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório e escutai as minhas pala-vras. Pois estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto que é apenas a terceira hora do dia39. Mas

37 Todos puderam ouvir o ruído, mas nem todos viram o que se passava sobre ele próprio. Cada um podia observar o seu irmão com uma chama sobre a sua cabeça como sinal de ter recebido o Espírito Santo da promessa. 38Mas, o grande sinal da chegada do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, foi a capacidade de falarem outras línguas, sem as ter aprendido. Actualmen-te, a mesma experiência continua a ser a comprovação prática do baptismo no Espírito Santo. Este é um grande propósito para a vida cristã. 39 O dia começava ao nascer do Sol, cerca das seis horas. Sendo nove horas da manhã não podiam estar já embriagados. Além disso, os discípulos esta-

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isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E acontecerá nos úl-timos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas pro-fetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anci-ãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão. E mostrarei prodígios em cima no céu; e si-nais embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. At 2.16-21.

Arrependimento e Baptismo E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e

perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então respondeu-lhes: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo40. Porque a promessa é para vós, para vossos filhos, e para todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar. E com muitas outras palavras dava testemunho e os exortava dizendo: salvai-vos desta geração perversa. At 2.37-40.

vam orando e meditando na promessa que o Senhor lhes havia feito, e não em orgias. 40 Aquele dia marca o início da Igreja com o acréscimo de quase três mil pessoas. Encontramos aqui três factores importantes referentes ao início da carreira cristã. Primeiro, arrependimento; segundo, baptismo na água; tercei-ro, baptismo no Espírito Santo como brinde.

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De sorte que foram baptizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações41. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. To-dos os que criam estavam unidos e tinham tudo em co-mum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseve-rando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa comiam com alegria e singeleza de coração, lou-vando a Deus e caindo na graça de todo o povo42. E o Se-nhor acrescentava cada dia, os que iam sendo salvos, à Igreja. At 2.41-47.

Por Paulo

Vida Nova Portanto, justificados pela fé43 temos paz com Deus por

nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não

41 Após o baptismo na água, aparecem mais quatro importantes factores da vida cristã: A Doutrina dos apóstolos, a Comunhão espiritual e social dos crentes, a participação regular na Santa Ceia, e a Oração. 42 A vida controlada pelo Espírito Santo torna-se mais agradável, e, deste modo, as pessoas simpatizam ainda mais com os cristãos. 43 Ser justificado pela fé significa ‘ser declarado justo por Deus’ devido à aceitação do sacrifício de Cristo como substituto da nossa condenação.

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desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Rm 5.1-5.

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já mor-remos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou, porventura ignorais que todos quantos fomos baptizados em Cristo Jesus fomos baptizados na sua morte? Pois, fo-mos sepultados com ele pelo baptismo, na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida44. Porque se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele para que o corpo do pecado fosse des-feito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Rm 6.1-8.

Portanto, agora nenhuma condenação há para os que es-tão em Cristo Jesus45. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, condenou o pecado na carne para que a justa exigência da 44 Noutro lugar, Paulo diz que “se alguém está em Cristo é uma nova criação, as coisas velhas já passara; tudo se tornou novo.” Ao receber a vida nova, a velha desaparece. E esta vida nova, que recebemos de Cristo, deve ser vivida com o alvo de glorificar o Seu nome. 45 Devemos estar gratos a Deus por não haver mais condenação para nós. Pois o Senhor Jesus, ao tomar o nosso pecado, foi condenado em nosso lu-gar. Ele sofreu a nossa condenação para nós gozarmos a sua justificação.

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nou o pecado na carne para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito46. Pois os que são segundo a carne in-clinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Rm 8.1-6.

De modo que se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou con-sigo mesmo através de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação; pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconcilia-ção47. De sorte que somos embaixadores de Cristo como se Deus por nós vos exortasse; rogamo-vos em Cristo que vos reconcilieis com Deus. 2 Co 5.17-20. Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. 2 Co 7:1.

Renúncia e testemunho Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para

vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a

46 Isto é, os sentimentos físicos não servem mais como orientadores da nossa vida. Quem orienta e domina, agora, é o Espírito que nos foi dado pelo Se-nhor. 47 Através da justificação somos reconciliados com Deus e, deste modo, podemos viver em paz com Ele. Não há mais motivo para temer a condena-ção. Somos, então encarregados de procurar a reconciliação e de divulgá-la entre todos mediante o anúncio do evangelho.

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carne morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adopção pelo qual clamamos: Aba, Pai!48 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos para que tam-bém com ele sejamos glorificados. Rm 8.12-17.

Quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti so-mos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores49 por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que há em Cristo Jesus nosso Senhor. Rm 8.35-39.

Pois, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assenta-do à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra, porque morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é

48 Abba é a expressão aramaica para pai, ou papá, de cujo vocábulo, à frente, ‘Pai’ é tradução. Somente aqueles que nascem de Deus, pelo Espírito, rece-bem o direito de dizer ‘Abba’ – Papá. 49 Quem vive com Cristo poderá sofrer tribulações, mas sairá vencedor em todas elas porque o Senhor está connosco.

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a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifes-tareis com ele em glória. Cl 3.1-4.

Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prosti-tuição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a ava-reza, que é idolatria; por cujas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas; mas, agora, despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da male-dicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros, pois já vos despistes do homem velho com os seus feitos e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o cri-ou; onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incir-cuncisão, bárbaro, cita, escravo, ou livre, mas Cristo é tudo em todos. Cl 3.5-11.

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e ama-dos, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição50. E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações, e sede agradecidos. Cl 3.12-15.

A palavra de Cristo habite em vós ricamente em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com

50 Já foi dito anteriormente que a perfeição está no amor. Vínculo é tudo aquilo que serve para prender unindo. E, o amor recebido pelo Espírito Santo contém laços mais fortes que o sangue, muito mais, que unem as pessoas na formação duma nova sociedade, a sociedade cristã, o novo Homem em Cris-to.

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gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Cl 3.16-17.

Serviço mútuo Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que

apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, san-to e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente para que experimenteis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Pois, assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo e, individualmente, membros uns dos ou-tros51. Rm 12.1-5.

O Amor leal

O amor não seja fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos

ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros; não se-jais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, ser-

51 Ser membro dum corpo significa estar ao serviço dos outros membros desse mesmo corpo. Assim deve ser entre os cristãos como corpo de Cristo. Deste modo, não há motivo para uns se gloriarem e outros serem despreza-dos. Todos os membros num corpo têm a sua própria utilidade, e nenhum, com altivez, diz: não preciso de ti.

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vindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis; alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram; sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altivas mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vos-sos olhos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coi-sas dignas perante todos os homens. Se for possível, quan-do depender de vós, tende paz com todos os homens. Rm 12.9-18.

Submissão às autoridades Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores52;

porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistra-dos não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a auto-ridade? Faze o bem e terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por cau-sa da ira, mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo, porque são ministros de Deus para atenderem a isso mesmo. Rm 13.1-6. 52 Embora aqui haja referência à autoridade governativa e policial, podemos alargar a abrangência a todas as autoridades colocadas sobre nós para nos chefiar.

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O juízo leviano Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para con-

denar-lhe os escrúpulos. Um crê que de tudo se pode co-mer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não jul-gue a quem come; pois Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si e nenhum morre para si. Rm 14.1-13.

Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Mas tu, por que julgas teu ir-mão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Deus53. Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho e toda a língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Portanto não nos julguemos mais uns aos outros;

53 Devemos sempre tomar em consideração que todos compareceremos pe-rante Ele para sermos julgados pelos nossos actos. Por este motivo, é desca-bido sermos juízes, devemos, antes, ser conselheiros dos nossos irmãos.

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antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escânda-lo ao vosso irmão. Rm 14.8-13.

Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idóla-tras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomi-tas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E isso fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. 1 Co 6.9-12.

A Morada de Deus Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele.

Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual pos-suís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Por-que fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo54. 1 Co 6.17-20.

Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédu-los; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o in- 54 Quando alguém compra uma habitação é para nela habitar. Deste modo, também Deus nos comprou a fim de habitar em nós. E, como tal, devemos ser habitação honrosa, digna para o divino habitante. Ele deseja mantê-la limpa e airosa de acordo com a Sua natureza santa.

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crédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ído-los? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 2 Co 6.14-16.

O Casamento cristão Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que

a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se al-guma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em ha-bitar com ela, não se separe dele. Porque o marido incrédu-lo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santifi-cada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. Mas, se o incrédulo se apartar, aparte-se, porque, neste caso, o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; pois Deus nos chamou em paz. Pois, como sabes tu, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, como sabes tu, ó marido, se salvarás tua mulher? 1 Co 7.10-16.

Os Dons espirituais Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Porém, a cada um é dada a manifes-

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tação do Espírito para o proveito comum55. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de cu-rar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo par-ticularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Pois em um só Espírito fomos todos nós baptiza-dos em um só corpo56, quer judeus, quer gregos, quer es-cravos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 1 Co 12.4-13.

Um Corpo Unido Porque também o corpo não é um só membro, mas mui-

tos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso dei-xará de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, onde esta-ria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfacto? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro onde estaria o corpo? Porém, agora há muitos membros, mas um

55 Qualquer dom, ou, capacidade recebida pelo Espírito Santo, tem o propósi-to de servir o bem comum para edificação da Igreja. O dom não é um em-blema que se use ao peito. É uma ferramenta para o serviço colectivo. 56 Este baptismo tem a ver com a integração do crente no corpo de Cristo, que é a Igreja, e, isto é feito pelo Espírito Santo.

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só corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho neces-sidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho neces-sidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; 1 Co 12.14-22.

Demandas em Tribunal Ousa algum de vós, tendo uma queixa contra outro, ir a

juízo perante os injustos, e não perante os santos? Ou não sabeis vós que os santos hão-de julgar o mundo? Ora, se o mundo há-de ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? 1 Co 6.1-3

Então, se tiverdes de julgar, assuntos pertencentes a esta vida, constituís como juízes deles os que são de menos estima na igreja?57 Para vos envergonhar o digo. Será que não há entre vós sequer um sábio que possa julgar entre seus irmãos?58 Mas um irmão vai a juízo contra outro ir-mão, e isto perante incrédulos! 1 Co 6.4-6.

Na verdade, já é uma completa derrota para vós o terdes demandadas uns contra os outros. Porque não sofreis antes a injustiça? Porque não sofreis antes o prejuízo? Mas vós mesmos é que fazeis injustiça e defraudais; e isto a irmãos! 1 Co 6.7-8.

57 Os de ‘menos estima’ significa os ímpios, conforme no versículo um, em contraste com os santos, os líderes da igreja. 58 Todos os assuntos relacionados entre cristãos devem ser julgados e resol-vidos por alguém da própria igreja, que seja sábio e conhecedor do assunto.

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Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?59 Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idóla-tras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomi-tas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E isso fostes alguns de vós; mas fostes lavados, e fostes santificados, e fostes justificados em nome do Se-nhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. 1 Co.6.9-11.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. 1Co 6:12.

59 Se os ímpios não herdam o reino de Deus, por que motivo devem eles julgar os santos, herdeiros do reino? Isso não é justo.

56

Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:

Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se

entenderem as palavras de inteligência; para se instruir

em sábio procedimento, em rectidão, justiça e equidade;

para se dar aos simples prudência, e aos jovens conheci-

mento e bom siso.

Ouça também, o sábio e cresça em ciência, e o enten-

dido adquira habilidade para entender provérbios e pará-

bolas, as palavras dos sábios e seus enigmas. O temor do

Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos

desprezam a sabedoria e a instrução.

Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o

ensino de tua mãe, porque eles serão uma grinalda de gra-

ça para a tua cabeça e colares para o teu pescoço.

Filho meu, se os pecadores te quiserem seduzir, não

consintas.

Pv 1.1-10

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CAPÍTULO 5

A INSTRUÇÃO DA IGREJA

Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensi-

nar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça,

para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente prepa-

rado para toda a boa obra. 2 Tm 3.16,17

A Superioridade do Amor

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse to-dos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor,60 é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita 60 Este amor é especial porque é concedido por Deus mediante o Espírito Santo, como está escrito em Romanos 5.5: “o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Este amor é exempli-ficado na cruz, onde Cristo suportou injustiça e sofreu atrozmente por nossos pecados. O Pai ama assim, o Filho ama assim, e nós amamos igualmente.

58

mal; não se regozija com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Co 13.1-7.

A nossa Ressurreição Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos,

mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará e os mortos serão ressuscitados incorrup-tíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto, que é corruptível, se revista da incorruptibilidade, e que isto, que é mortal, se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibili-dade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus ama-dos irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. 1 Co 15.51-58.

Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre, este ta-bernáculo, se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus61. Pois, neste ta-bernáculo, nós gememos desejando muito ser revestidos da

61 Acerca disto posso dizer que ‘eu sou um espírito dado por Deus, vivendo num corpo criado por Deus, que um dia deixarei para habitar outra morada preparada no céu para mim. Na casa do Pai há muitas moradas. Jesus foi preparar-nos lugar e voltará para levar-nos consigo, para que onde ele estiver estejamos nós também.

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nossa habitação que é do céu, se é que, estando vestidos, não formos achados nus. Porque, na verdade, nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos para que o mor-tal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu o Espírito como pe-nhor62. 2 Co 5.1-5.

A Contribuição Social Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco tam-

bém ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará63. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por cons-trangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre toda a suficiência em tudo, abun-deis em toda boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça, enquanto enriqueceis em tudo para toda a liberalidade, a qual por nós reverte em acções de graças a Deus. Porque o ministério deste serviço não só supre as necessidades dos santos, mas transborda também em muitas acções de graças a Deus. 2 Co 9.6-12.

62 Penhor é a garantia de pagamento duma dívida contraída. O Espírito Santo é a garantia de Deus de que cumpre a sua promessa. 63 A lei da sementeira é que a colheita e relativa à quantidade da semente semeada em solo capaz e preparado para o efeito.

60

O Contraste entre passado e presente Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de

cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro para que não façais o que quereis64. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, a idolatria, feitiçaria, ini-mizades, contendas, ciúmes, iras, facções, dissensões, par-tidos, invejas, bebedices, orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos pre-veni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança, ou domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas pai-xões e desejos lascivos. Se vivemos em Espírito, andemos também pelo Espírito. Gl 5.16-25.

Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em al-gum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espíri-to de mansidão; e olha por ti mesmo para que tu não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo. Gl 6.1-2.

A nossa Posição em Cristo Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,

o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas

64 Esta é a nossa guerra interior constante. Mas a vitória é do Espírito.

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regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepre-ensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para ser-mos filhos de adopção por Jesus Cristo para si mesmo, se-gundo o beneplácito de sua vontade. Ef 1.3-5.

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça fostes salvos) e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões celestes em Cristo Jesus para mostrar nos séculos vindouros a suprema rique-za da sua graça pela sua bondade para connosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes prepa-rou para que andássemos nelas65. Ef 2.4-10.

Assim, não sois mais estrangeiros nem forasteiros, sois antes concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina, no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós sois edifica-dos juntamente para morada de Deus em Espírito. Ef 2.19-22.

Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, supor-tando-vos uns aos outros em amor, procurando diligente-

65 Embora não seja salvo pelas suas obras, foi salvo para as boas obras, que são o testemunho da salvação e servem de glória para Deus.

62

mente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz66. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos. Ef 4.1-6.

O nosso Carácter em Cristo Antes, sede bondosos uns para os outros, compassivos,

perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Ef 4.32.

Sede pois imitadores de Deus como filhos amados e andai em amor, como Cristo também vos amou e se entre-gou a si mesmo por nós como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças a Deus Pai por tudo, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. Ef 5.18-21.

Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como tam-bém Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salva-dor do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cris-to, também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos67. Ef 5.21-24. 66 Anteriormente falámos do vínculo do amor. Agora temos o vínculo da paz a marcar a unidade da família de Deus. O amor produz paz, e esta unidade. 67 Concernente ao relacionamento entre esposos, a Escritura reconhece a igualdade entre ambos; porém, quando é necessário tomar decisões em que

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Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra para apresentá-la a si mesmo igreja glo-riosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa seme-lhante, mas santa e irrepreensível. Assim, os maridos de-vem amar suas próprias mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama-se a si mesmo. Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja, porque somos mem-bros do seu corpo. Ef 5.25-30.

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem e tenhas longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provo-queis vossos filhos à ira, mas criai-os em disciplina e ad-moestação do Senhor. Ef 6.1-4.

Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a car-ne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus, servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo o bem que fizer.

E vós, senhores, fazei o mesmo com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso,

haja desacordo, o homem tem a última palavra na decisão. Doutra forma, o casal discordante não realiza os seus intentos e inicia a processo de separa-ção.

64

está no céu e que para ele não há acepção de pessoas68. Ef 6.5-9.

Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus69 para po-derdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos de lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os prín-cipes deste mundo em trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, permanecer firmes.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando, so-bretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo tempo no Espírito com toda a oração e súplica70 e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos. Ef 6.10-18. Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes sejam em tudo os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com acções de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos cora-

68 Deus não tem favoritos entre os seus filhos. Ele trata a todos de igual ma-neira porque todos são importantes. 69 Visto estarmos em guerra constante, Deus dotou-nos com uma armadura especial, à semelhança dos antigos guerreiros, para nos defendermos dos ataques do adversário e, ao mesmo tempo, podermos investir contra ele com a espada do espírito, que é a Palavra de Deus. 70 Eis as sete partes da armadura dos filhos de Deus, com as quais podemos ser vencedores sobre as hostes malignas. Desde o sair de casa, pela manhã, até ao entrar, devemos estar usando esta armadura concedida pelo Pai.

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ções e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é hones-to, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amá-vel, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai71. Fl 4.6-8.

Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Se-nhor, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em acção de graças. Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua por meio de filosofias e vãs subtilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os ru-dimentos do mundo, e não segundo Cristo; Cl 2.6.

A Nossa Santificação Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Se-

nhor Jesus que, como aprendestes de nós de que maneira deveis andar e agradar a Deus, assim como estais fazendo, nisso mesmo abundeis cada vez mais. Pois vós sabeis que preceitos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação72: que vos abstenhais da prostituição e cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão dos desejos carnais como os gentios, que não conhecem a Deus; 1 Ts 4.1-5.

71 Os nossos pensamentos têm imensa importância em nosso percurso na terra. Toda a vida é modelada pelos pensamentos, bons ou maus. Por isso é que o apóstolo aconselha a procurar e manter bons pensamentos. Um pensa-mento será bom se isso resultar para glória de Deus. 72 A santificação é o facto de termos sido comprados e separados por Deus, para Si mesmo, a fim de nos dedicarmos a servi-lo diariamente. Então, tudo o que fizermos deverá satisfazer a vontade de Deus e servir para glorificá-lo.

66

A Nossa Esperança Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes

acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer junta-mente com ele73. 1 Ts 4.13-14.

Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o próprio Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sem-pre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. 1 Ts 4.15-18.

Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos per-turbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epísto-la como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus 73 A ressurreição é um dos propósitos importantíssimos para a vida. Sem ressurreição não há esperança, sem esperança não há vida eterna, e sem co-nhecimento da vida eterna não há real felicidade. Se vivemos em Cristo, em Cristo viveremos.

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ou é objecto de adoração, de sorte que se assenta no santu-ário de Deus, apresentando-se como Deus. 2 Ts 2.1-4.

Reconhecimento e gratidão Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que traba-

lham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admo-estam; e que os tenhais em grande estima e amor por causa da sua obra. Tende paz entre vós.

Exortamo-vos também, irmãos, que admoesteis os in-subordinados, consoleis os desanimados, ampareis os fra-cos e sejais pacientes com todos. Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, uns com os outros e com todos. Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças;74 porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus a vosso respeito. 1 Ts 5.12-18.

Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, ora-ções, intercessões, e acções de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a pieda-de e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verda-de. 1Tm 2.1-4.

Por Tiago

74 Todas as circunstâncias contribuem com experiências úteis para o desen-volvimento da vida espiritual, moral e social dos filhos de Deus. É mister, portanto, extrair as devidas lições a fim de crescermos em todas as áreas da vida.

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A Religião verdadeira E sede cumpridores da palavra e não somente ouvin-

tes75, enganando-vos a vós mesmos. Pois, se alguém é ou-vinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um ho-mem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era. Entretanto aquele que atenta bem para a lei per-feita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer. Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guar-dar-se isento da corrupção do mundo. Tg 1.22-27.

As Obras da Fé Que proveito há, meus irmãos, se alguém disser que

tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim

75 A religião agradável a Deus é ouvir a sua Palavra e praticá-la, pois a mes-ma revela os propósitos de Deus para a vida. Através da Palavra de Deus nascemos de novo, alimentamo-nos, desenvolvemo-nos e preparamo-nos para uma vida com propósito.

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também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma76. Tg 2.14-17.

Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demónios também o crêem, e estremecem. Mas queres sa-ber, ó homem vão, que a fé sem as obras é morta? Tg 2.18-21.

Porventura não foi pelas obras que nosso pai Abraão foi justificado quando ofereceu sobre o altar seu filho Isaque? Vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada e se cumpriu a escritura que diz: E creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justi-ça, e foi chamado amigo de Deus. Tg 1.22-23.

Vedes, então, que é pelas obras que o homem é justifi-cado, e não somente pela fé. E, de igual modo, não foi a meretriz Raabe também justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, também, do mesmo modo, a fé sem obras é morta. Tg 2.14-26.

Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém conten-te? Cante louvores. Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo77 em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doen-te, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados,

76 Está claro que a salvação acontece pela fé no Senhor Jesus; porém, a fé que salva é a mesma que faz obras que testemunham da salvação. Sem as obras da fé ninguém pode observar a salvação do indivíduo. 77 A unção aqui mencionada nada tem a ver com a unção de sacerdotes, reis e profetas no tempo do Antigo Testamento. A unção dos doentes, embora seja valiosa, não contém o mesmo óleo nem o mesmo ritual. Ela expressa um acto simultâneo de fé entre o presbítero e o doente.

70

ser-lhe-ão perdoados. Portanto, confessai os vossos peca-dos uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes cura-dos. A súplica de um justo pode muito na sua actuação. Tg 5.13-16.

Por Pedro

A Prova da Fé Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,

que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, inconta-minável e imarcescível, reservada nos céus para vós, que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tem-po; na qual exultais, ainda que por um pouco de tempo, sendo necessário, agora estejais contristados por várias provações para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas. 1 Pd 1.3-9.

Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse, mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós re-

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pousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus. 1 Pd 4.12-14.

A Geração eleita Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação

santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, mas agora sois povo de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora a tendes alcançado. 1 Pd 2.9-10.

Amados, exorto-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais dos desejos carnais78, os quais comba-tem contra a alma; tendo o vosso procedimento correcto entre os gentios, para que naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, observando as vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. 1 Pd 2.11-12.

Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Se-nhor, quer ao rei, como soberano, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, façais emudecer a ignorância dos homens insensatos; como livres, e não tendo a liberda-de como capa da malícia, mas como servos de Deus. Hon-rai a todos. Amai os irmãos. Temei a Deus. Honrai o rei. 1 Pd 2.9-17.

78 Já anteriormente falámos da guerra espiritual que travamos diariamente. Ora, os maus desejos inerentes à nossa natureza carnal e pecaminosa foram dominados pela vinda do Espírito Santo. Então, para mantermos este domí-nio devemos permanecer submissos ao Espírito Santo para seguir a sua orientação. Jesus também se expressou assim em oração ao Pai: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”.

72

Conselhos aos Jovens Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos

mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos79, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus para que a seu tempo vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo.

E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há-de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer. A ele seja o domínio para todo o sempre. Amém. 1 Pd 1.5-11.

Um Mandamento novo Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um

mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes80. Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro 79 A soberba foi a causa da queda do querubim ungido, vindo a ser chamado satanás, que significa adversário. Ele não é somente adversário de Deus, mas também de todos os seus filhos, procurando levá-los à destruição para troçar de Deus. Como filhos de Deus não podemos dar a satanás esse prazer. 80 A palavra que ouviram diz respeito aos ensinamentos de Jesus, que acon-selhou a mar até os inimigos. Ora, se alguém não puder amar um inimigo, como poderá amar o seu irmão?! O ódio mata e quem mata é homicida. E o homicida é digno de morte.

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nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz. 1 Jo 2.7-8.

Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão perma-nece na luz e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, e não sabe para onde vai porque as trevas lhe cegaram os olhos. Filhinhos, eu vos escrevo porque os vossos pecados são perdoados por amor do seu nome. 1 Jo 2.9-12.

Os Filhos de Deus Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que

fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conheceu a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é mani-festo o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo81, assim como ele é puro. 1 Jo 3.1-3.

Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia. E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados; e nele não há pecado. Todo o que permanece nele não vive pecando;

81 Enquanto estamos nesta terra temos a graciosa oportunidade de nos purifi-carmos de toda a iniquidade. Também Paulo aconselha o mesmo acto de purificação enquanto peregrinamos aqui. “Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aper-feiçoando a santidade no temor de Deus.” 2Co 7:1. Como observamos, o lugar certo para a purificação é aqui na terra, enquanto cá vivemos.

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todo o que vive pecando não o viu nem o conhece. 1 Jo 3.4-6.

Filhinhos, ninguém vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; quem comete pecado é do Diabo, porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Di-abo. 1 Jo 3.7-8.

Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente porque a semente de Deus permanece nele, e não pode con-tinuar no pecado porque é nascido de Deus. Nisto são ma-nifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo82: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão. 1 Jo 3.9-10.

Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princí-pio, que nos amemos uns aos outros, não sendo como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas. Meus irmãos, não vos admireis se o mundo vos odeia. 1 Jo 3.11-12.

Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte. Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sa-beis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecen-do nele. 1 Jo 3.13-15.

O Padrão do Amor Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida

por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Pois, quem 82 O apóstolo João reconhece duas famílias na terra: os descendentes de Jesus pela fé, e os descendentes de satanás. Isto é, aqueles que se sujeitam a Deus e aqueles que lhe desobedecem. Cada grupo social tem um pai que o orienta.

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tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade. 1 Jo 3.16-18.

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para connosco: em que Deus enviou seu Filho unigénito ao mundo para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 1 Jo 4.7-10.

Amados, se Deus assim nos amou, nós também deve-mos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós83 e o seu amor é em nós aperfeiçoado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele em nós: por ele nos ter dado do seu Espírito. E nós temos visto e testificamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus e Deus nele. Nisto é aperfeiçoa-do em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos con-fiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo. 1 Jo 4.16-17.

No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo 83 A prova máxima de que Deus vive em nós é o facto de nos amarmos assim como somos amados por Ele. Quem não ama como Deus prova que Deus não está nele, nem ele está com Deus, porque Deus é amor.

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não está aperfeiçoado no amor. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu. E dele temos este mandamento, que quem ama a Deus ame tam-bém a seu irmão. 1 Jo 4.18-21.

Deus é Amor

vivendo em Seus filhos

no meio da Humanidade Parabéns! Chegou ao final desta leitura sobre o carácter

do cristão. Agora é aconselhável recomeçá-la, investigando se, porventura, haverá algo que ainda tenha de observar a fim de viver conforme o plano de Deus.

Continue a sua leitura nas páginas seguintes. Oro para que Deus vos abençoe maravilhosamente.

Constantino Ferreira

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O QUE É O AMOR1

Foi tema de pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia a um grupo de crianças entre 4 e 8 anos.

Eis as respostas:

"Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita porque sabe que isso fere seus senti-mentos" (Mathew, 6 anos)

"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é dife-rente" (Billy, 4 anos)

"Amor é quando você sai para comer e oferece suas batati-nhas fritas, sem esperar que outra pessoa te ofereça as bata-tinhas dela" (Chrissy, 6 anos)

"Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo de quem você não gosta" (Nikka, 6 anos)

"Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" (Chris, 8 anos)

"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo de-pois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" (Mary Ann 4 anos)

1 www.comunidadeshalom.org.br/interatividade/entretenimento/parabolas/

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"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo-se há muito tempo" (Tommy, 6 anos)

"Há dois tipos de amor: o nosso amor e o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois" (Jenny, 4 anos)

"Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem da cruz, mas ele não disse. Isso é amor" (Max, 5 anos).

O QUE É A VIDA2

Aquele que desperdiça o dia de hoje, lamentando o de ontem, desperdiçará o de amanhã, lamentando o de hoje. (P.Raskin)

Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança no homem. (Tagore) Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a acção; semeia a acção e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o carácter. (Tihamer Toth) Só uma vida dedicada aos outros merece ser vivida. (Einstein)

2 http://pensamentos.aaldeia.net/

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ORDEM TEMÁTICA

TEMA Pág Adultério, Acerca do 27 Amor aos inimigos 28 Amor fraternal, O 36 Amor Leal, O 48 Amor, A superioridade do 57 Amor, O Padrão do 74 Amor, O que é? 77 Arrependimento 14 Arrependimento e Baptismo 42 Bem pelo Mal, O 28 Boas Obras, As 30 Cantar a Deus 18 Casamento Cristão, O 52 Carácter em Cristo, O nosso 62 Celebrar a Deus 16 Conciliação urgente 27 Confiar em Deus 16 Conselhos aos Jovens 72 Contraste entre passado e presente 59 Contribuição Social, A 59 Corpo unido, Um 53 Criação do Homem, A 5 Cumprimento da Lei, O 26 Deus e a União 17 Divórcio, O 32 Dons Espirituais, Os 52

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Entrega pessoal, A 40 Esperança, A nossa 65 Felicidade do Reino, A 25 Filhos de Deus, Os 73 Fundamento da Igreja, O 39 Geração Eleita, A 71 Jejum, Acerca do 31 Juízo do cristão, O 31 Juízo leviano, O 50 Juramento, Acerca do 27 Lei para o Homem, A 10 Mandamento novo, Um 72 Marcar a diferença 13 Morada de Deus, A 51 Mulher virtuosa, A 21 Novo nascimento, O 35 Obras da Fé, As 68 Oração e Clamor 15 Oração do cristão, A 29 Pedir a Deus com fé 20 Pentecostes e Dom 41 Pobres, Os 33 Posição em Cristo, A nossa 60 Promessa de Deus, A 40 Prova da Fé, A 70 Próximo, O meu 34 Queda do Homem, A 8 Reciprocidade, A 32 Reconhecimento e Gratidão 67 Religião verdadeira, A 68 Renúncia e testemunho 45 Ressurreição, A nossa 58

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Sabedoria com Deus 19 Santificação, A nossa 65 Serviço cristão, O 35 Serviço mútuo 48 Submissão às autoridades 49 Temer a Deus 19 Testemunho cristão, O 25 Tribunal, Demandas em 54 Unidade espiritual, A 38 Vida nova 43 Vinda do Reino, A 23

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