Proposta de Criação do MESTRADO EM ECOLOGIA (2º Ciclo de ... · B. ESTRUTURA CURRICULAR E PLANO DE ESTUDOS ... o respectivo curso. 2º ... é fundamental se queremos

DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

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Proposta de Criação do MESTRADO EM ECOLOGIA

(2º Ciclo de Formação)

Dossier para a Direcção Geral do Ensino Superior (DGES)

Departamento de Biologia

Fevereiro 2008

(De acordo com o Decreto-Lei nº 74/2006 e Despacho nº 7287-C/2006)


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Peças Instrutórias

A. PEDIDO SUBSCRITO PELO ÓRGÃO LEGALMENTE COMPETENTE, FORMULADO NOS TERMOS DO REGIME JURÍDICO APLICÁVEL............................................................................................ 3 B. ESTRUTURA CURRICULAR E PLANO DE ESTUDOS............................................................................ 8 C. RELATÓRIO SUMÁRIO PELO ÓRGÃO CIENTÍFICO LEGAL E ESTATUTARIAMENTE COMPETENTE DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO............................................................................. 14

C1. CICLO DE ESTUDOS ......................................................................................................................................... 15 C1.1. Objectivos do ciclo de estudos.............................................................................................................. 15 C1.2. Organização do ciclo de estudos .......................................................................................................... 17 C1.3. Projecto educativo, científico e cultural próprio adequado aos objectivos fixados no ciclo de estudos .............................................................................................................................................................. 18

C2. ADEQUAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS ÀS EXIGÊNCIAS CIENTÍFICAS E PEDAGÓGICAS E À QUALIDADE DO ENSINO ................................................................................................................................................................... 21 C3. ADEQUAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS ÀS EXIGÊNCIAS CIENTÍFICAS E PEDAGÓGICAS E À QUALIDADE DO ENSINO ................................................................................................................................................................... 25 C4. ENQUADRAMENTO DO CICLO DE ESTUDOS NA REDE DE FORMAÇÃO NACIONAL.......................................... 27

D. FUNDAMENTAÇÃO DO Nº DE ECTS ATRIBUÍDO A CADA UNIDADE CURRICULAR ............ 32 E. FUNDAMENTAÇÃO DO Nº TOTAL DE ECTS E DURAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS.............. 34 F. DEMONSTRAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS E METODOLOGIAS DE ENSINO.......................................................................................................................... 36

F1. AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS....................................................................................................................... 37 F2. OBJECTIVOS A QUE AS COMPETÊNCIAS SE REFEREM ..................................................................................... 39

G. ANÁLISE COMPARATIVA COM OUTROS CURSOS NO ESPAÇO EUROPEU ............................. 40


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A. Pedido subscrito pelo órgão legalmente competente, formulado nos

termos do regime jurídico aplicável


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Resolução SU-__/2___

Sob proposta da Escola de Ciências:

Ouvido o Conselho Académico, nos termos da alínea g) do nº 2 do artigo 24º dos

Estatutos da Universidade do Minho;

Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 7º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro; no nº

1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº 155/89, de 11 de Maio; no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de

Fevereiro; e no nº 2 do artigo 20º dos Estatutos da Universidade do Minho:

O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de ___ de

_______ de 2___, determina:

1º

(Criação de curso)

A Universidade do Minho cria o Mestrado em Ecologia, ministrando em consequência

o respectivo curso.

2º

(Organização do curso)

O curso conducente ao Mestrado em Ecologia, adiante simplesmente designado por

curso, organiza-se pelo sistema de unidades de crédito europeus (ECTS).

3º

(Estrutura curricular)

A estrutura curricular do curso consta em anexo à presente Resolução.

4º

(Plano de estudos)

O plano de estudos do curso será fixado por despacho do Reitor, sob proposta do

Conselho Académico, a publicar na II série do Diário da República.


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5ª

(Habilitações de acesso)

1) São admitidos à candidatura no curso:

a) os titulares de licenciatura (ou habilitação legalmente equivalente) nas áreas

das Ciências Biológicas, Ciências do Ambiente, Ciências do Mar, Ciências Agro-

Florestais, Engenharia do Ambiente, Engenharia Biológica, Bioquímica, bem como

em qualquer outra licenciatura com carácter técnico-científico afim a estas áreas;

b) os titulares de um grau académico superior estrangeiro, nas áreas indicadas na

alínea anterior, correspondendo a um 1° ciclo de estudos organizado de acordo com os

princípios do Processo de Bolonha por um Estado aderente a este processo;

c) os titulares de um grau académico superior estrangeiro, nas áreas indicadas na

alínea a) deste artigo, que seja reconhecido como satisfazendo os objectivos do grau de

licenciado pelo Conselho Científico da Escola de Ciências da Universidade do Minho;

d) os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja

reconhecido como atestando capacidade para realização deste ciclo de estudos pelo

Conselho Científico da Escola de Ciências da Universidade do Minho.

6º

(Condições de acesso)

1) A matrícula e inscrição no curso estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar

anualmente pelo Reitor.

2) O despacho a que se refere o nº 1 deste artigo estabelecerá:

a) qual a percentagem de vagas que será reservada, prioritariamente, a docentes

de estabelecimentos de ensino superior;

b) qual o número mínimo de inscrições indispensável ao funcionamento do

curso.

7º

(Certificado do curso)

Aos alunos aprovados na totalidade das unidades curriculares que integram o plano de

estudos do curso será passado um diploma final.


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8º

(Início do funcionamento)

O início do funcionamento do curso será fixado por despacho do Reitor depois de

verificada a existência de recursos humanos e materiais à sua concretização.

Universidade do Minho, em __ de ________ de 2___

O Presidente do Senado Universitário,


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Anexo

Resolução SU-__/2___

1. Área Científica do curso

Ecologia

2. Duração normal do curso

4 semestres

3. Número de unidades de crédito necessário para a obtenção do grau

120 créditos (ECTS)

4. Áreas Científicas e distribuição das unidades de crédito

Áreas Científicas obrigatórias

Ecologia 102 créditos (ECTS)

Áreas Científicas opcionais

Ecologia 5-18 créditos (ECTS)

Ciências da Terra 0 - 7 créditos (ECTS)

Qualquer Área 0 - 6 créditos (ECTS)

5. Taxa de matrícula e propinas

Estes montantes serão fixados pelo Conselho Académico nos termos dos Estatutos da

Universidade do Minho.


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B. Estrutura curricular e plano de estudos


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FORMULÁRIO

1. Estabelecimento de ensino:

UNIVERSIDADE DO MINHO

2. Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.):

3. Curso:

4. Grau ou diploma:

5. Área científica predominante do curso:

ECOLOGIA

6. Número de créditos, segundo o sistema europeu de transferência de créditos, necessário à obtenção

do grau ou diploma:

7. Duração normal do curso:

8. Opções, ramos, ou outras formas de organização de percursos alternativos em que o curso se

estruture (se aplicável):

MESTRADO EM ECOLOGIA

MESTRE

120 ECTS

QUATRO SEMESTRES


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9. Áreas científicas e créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau ou diploma:

QUADRO N.º 1

CRÉDITOS ÁREA CIENTÍFICA SIGLA OBRIGATÓRIOS OPTATIVOS

Ecologia ECO 102 5-18

Ciências da Terra CT 0-7

Qualquer Área QA 0-6

TOTAL 102 18

(1) Indicar o número de créditos das áreas científicas optativas, necessários para a obtenção do grau ou diploma.

10. Observações:

NOTA:

O item 9. é repetido tantas vezes quantas as necessárias para a descrição dos

diferentes percursos alternativos (opções, ramos, etc.), caso existam, colocando

em título a denominação do percurso.


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11. Plano de estudos:

Universidade do Minho Departamento de Biologia

Ecologia Mestrado Ecologia

1º Ano / 1º semestre QUADRO N.º 2

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO TOTAL CONTACTO

CRÉDITOS OBSERVAÇÕES

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Processos Populacionais ECO Semestral 168 T:15; TP:25; PL:18; TC: 6 6 Ecologia Quantitativa ECO Semestral 168 T:20; TP:40 6 Ecologia Descritiva e Espacial ECO Semestral 168 T:20; TP:40; TC:8 6 Ecologia Molecular ECO Semestral 168 T:18; TP:18; PL:20; SE:6 6 Biodiversidade e Ecologia Funcional ECO Semestral 168 T:20; TP:10; PL:16; TC:6;SE:10 6


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1º Ano / 2º semestre QUADRO N.º 3

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO TOTAL CONTACTO

CRÉDITOS OBSERVAÇÕES

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Projecto ECO Semestral 196 OT:50 7 Seminário ECO Semestral 140 SE:50 5 Ecologia Microbiana ECO Semestral 168 T:24; PL:25; TC:5; SE:6 6 Optativa Biologia do Stress e Ecotoxicologia ECO Semestral 168 T:22; TP:10; PL:26; SE:5 6 Optativa Ecologia Aquática ECO / CT Semestral 168 T:28; TP:6; PL:16; TC:14 6 Optativa Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica CT / ECO Semestral 168 T:12; TP:46; TC:8 6 Optativa Conservação e Gestão de Recursos Biológicos ECO Semestral 168 T:19; TP:27; PL:12; TC:10 6 Optativa Opção Abertaa) QA Semestral 168 6 Optativa


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2º Ano / 1º e 2º semestre QUADRO N.º 4

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO

TOTAL CONTACTO CRÉDITOS OBSERVAÇÕES

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Dissertação ECO Anual 1680 OT: 300 60 Notas: (2) Indicando a sigla constante do item 9 do formulário. (3) De acordo com a alínea c) do n.º 3.4 das normas. (5) Indicar para cada actividade [usando a codificação constante na alínea e) do n.º 3.4 das normas] o número de horas totais. Ex: T: 15; PL: 30. (7) Assinalar sempre que a unidade curricular for optativa. T: Teóricas; TP: Teórico-Práticas; PL: Práticas Laboratoriais; TC: Trabalho de Campo; SE: Seminário, OT: Orientação Tutorial a) Pode ser seleccionada em qualquer área científica; a selecção está sujeita à aprovação pela Comissão Directiva do Curso.


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C. Relatório sumário pelo órgão científico legal e estatutariamente

competente do estabelecimento de ensino


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C1. Ciclo de estudos

C1.1. OBJECTIVOS DO CICLO DE ESTUDOS

O aumento demográfico e o desenvolvimento tecnológico das sociedades levou à

delapidação e à degradação dos recursos naturais do planeta, conduzindo a situações

insustentáveis a médio e a longo prazo. A consciencialização progressiva de que é mais

económico prevenir do que resolver problemas conduziu ao reconhecimento da necessidade

de gerir de uma forma sustentável os recursos. Essa consciencialização levou ao

estabelecimento de acordos internacionais, em que a Cimeira do Rio de Janeiro (1992)

constitui um marco relevante. Fazendo parte actualmente da política de qualquer governo, a

gestão e a protecção ambientais assumem relevância crescente ao nível nacional e regional.

As actividades de gestão e protecção ambientais são complexas e multidisciplinares. Um

conhecimento sólido em Ecologia, nomeadamente no que diz respeito às relações entre as

populações e suas interacções com os factores ambientais, é fundamental se queremos

contribuir para a sustentabilidade dos ecossistemas.

A presente proposta visa a criação do Curso de Mestrado em Ecologia no Departamento

de Biologia da Universidade do Minho para o 2º ciclo de formação. O curso tem como

objectivo complementar a formação adquirida ao nível de cursos do 1º ciclo (C1) na área da

Biologia ou afim, proporcionando formação sólida e actualizada de carácter científico em

Ecologia, com vista à criação de competências de elevada qualidade nesta área do saber, em

particular na sua praxis.

A adesão ao Tratado de Bolonha conduziu ao encurtamento dos cursos de licenciatura.

Consequentemente, um aluno do Ensino Superior com formação básica na área da Biologia

(C1) ou afim adquiriu conhecimentos e competências no domínio da Biologia Geral e de

ciências, como a Química, a Física e a Matemática, mas não teve oportunidade de

desenvolver competências amplas no domínio da Ecologia / Ciências do Ambiente. O curso

de Mestrado em Ecologia providencia uma oportunidade para os estudantes desenvolverem

conhecimento, capacidades e outros atributos adequados a uma carreira em áreas da

Biologia Aplicada, das Ciências do Ambiente, da Conservação e Gestão dos Recursos

Naturais, com vista à integração no mercado de trabalho ou ao prosseguimento de estudos

para a obtenção do grau de Doutor. A integração no mercado de trabalho pode dar-se, por


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exemplo, ao nível de Técnico Superior no Sector Industrial/ Empresarial, nos Serviços, na

Administração Pública ou em Organizações Não Governamentais.

Pretende-se que os alunos do curso de Mestrado em Ecologia adquiram capacidade de

intervenção científica e técnica a vários níveis, como na planificação e execução de

experiências/projectos, na interpretação e análise da literatura científica da especialidade,

bem como na apresentação e discussão de resultados na escrita e oralidade. São, ainda,

objectivos deste curso i) estimular o espírito crítico e construtivo, necessários ao trabalho em

equipa, ii) treinar o raciocínio objectivo e centrado na resolução de problemas concretos e

iii) desenvolver as capacidades de trabalho autónomo.

Por outro lado, é objectivo essencial do curso que os alunos adquiram conhecimento das

metodologias e temáticas multidisciplinares da área da Ecologia. Para isso, o curso conta

com a competência e experiência de um conjunto de docentes/investigadores do

Departamento de Biologia da UMinho que desenvolvem investigação na unidade I&D

Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA). O curso conta, ainda, com a

participação de docentes do Departamento de Ciências da Terra da Escola de Ciências da

UMinho. Está, também, prevista a participação no curso de outros investigadores, nacionais

e internacionais, no âmbito do Post-Graduate Training Programme promovido pelo CBMA.

O Departamento de Biologia da UMinho está envolvido em vários projectos de formação

ao nível de graduação (C1). Salientam-se os casos das Licenciaturas em Biologia Aplicada e

da Licenciatura em Biologia-Geologia, cujos planos curriculares contêm as bases científicas

que poderão ser aprofundadas e aplicadas à área da Ecologia e das Ciências do Ambiente. É

ainda de referir que, na oferta formativa da Escola de Ciências está incluída a Licenciatura

em Ciências do Ambiente, epigrafada segundo o modelo de Bolonha (registo DGES nº R/B-

Cr44/2007) e cuja entrada em funcionamento é previsível num futuro próximo.

Adicionalmente, o curso de Mestrado em Ecologia da UMinho adquire particular pertinência

dado que os cursos de Mestrado em Ciências do Ambiente e em Evolução e Origem da Vida

da Escola de Ciências da UMinho não foram adequados a Bolonha e não está previsto o seu

funcionamento em 2008-2009.


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C1.2. ORGANIZAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS

A presente proposta de ciclo de estudos de Mestrado constitui um projecto de ensino da

Universidade do Minho, de acordo com o Decreto-Lei nº 42/2005 de 22 de Fevereiro e os

critérios da Declaração de Bolonha, consignados na Lei nº 49/2005 de 30 de Agosto que

alterou a Lei de Bases do Sistema Educativo, e de acordo com o Decreto-Lei nº 74/ 2006 de

24 de Março que regulamenta essa alteração, estando em conformidade com os despachos

RT-35/2005 UMinho de 14 de Julho e o RT-41/2005 da UMinho de 19 de Setembro.

A proposta de Mestrado em Ecologia assenta numa oferta de C2 em 4 semestres lectivos

- 2 anos - perfazendo um total de 120 ECTS, conforme se apresenta na secção B. Neste

curso de Mestrado, o 1º semestre do 1º ano compreende 5 unidades curriculares obrigatórias

da exclusiva responsabilidade do Departamento de Biologia, nomeadamente Processos

Populacionais, Ecologia Quantitativa, Ecologia Descritiva e Espacial, Biodiversidade e

Ecologia Funcional e Ecologia Molecular, cada uma com 6 ECTS. Com este núcleo de

unidades curriculares pretende-se fornecer os conhecimentos e as ferramentas basilares

exigidas na Ecologia contemporânea. No 2º semestre do 1º ano, os alunos são estimulados a

integrarem-se em projectos de cariz científico ou técnico na área da Ecologia, a decorrerem

no Departamento de Biologia ou em instituições/empresas que com ele colaboram e, ainda, a

seleccionarem áreas do saber de acordo com as competências que pretendam adquirir. Para

isso, o 2º semestre do 1º ano contempla 3 unidades curriculares optativas, com 6 ECTS cada,

a seleccionar de entre 6, nomeadamente Ecologia Microbiana, Biologia do Stress e

Ecotoxicologia, Ecologia Aquática, Conservação e Gestão de Recursos Biológicos,

Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica e Opção Aberta. A Ecologia Aquática

inclui a participação do Departamento de Ciências da Terra (2 ECTS), para desenvolver os

aspectos relacionados com a dinâmica sedimentar dos sistemas fluviais e das zonas húmidas,

sendo os restantes conteúdos da responsabilidade do Departamento de Biologia (4 ECTS). A

unidade curricular Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica é maioritariamente

assegurada pelo Departamento de Ciências da Terra (5 ECTS), ficando a cargo do

Departamento de Biologia as aplicações à Ecologia (1 ECTS). Com a Opção Aberta

pretende-se contribuir para uma maior flexibilização das ofertas de formação do curso de

Mestrado. No 1º ano de funcionamento do curso, prevê-se que a Opção Aberta seja

seleccionada a partir da oferta disponível a nível de C2 do Departamento de Biologia ou no

âmbito do Post-Graduate Trainning Programme do mesmo Departamento. Em anos


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posteriores, prevê-se a possibilidade de integrar ofertas de outros Departamentos da UMinho

ou de outras Instituições, em qualquer área científica relevante para a formação do aluno. A

formação no 2º semestre é complementada com a unidade curricular Seminário, que consiste

num conjunto de seminários/palestras e outras acções implementadas pelo Departamento de

Biologia, que visam despertar o aluno para questões actuais e metodologias/técnicas de

ponta em Ecologia. Este semestre culmina com a unidade curricular Projecto, onde se

pretende que o aluno adquira competências cognitivas numa área específica do

conhecimento em Ecologia e seja capaz de desenvolver trabalho independente,

nomeadamente ao nível da planificação e implementação de um programa de investigação e

da divulgação do resultado através de um trabalho escrito e apresentação oral. O Projecto

poderá ser desenvolvido num laboratório de investigação ou em ambiente empresarial.

O 2º ano (3º e 4º semestres) do curso de Mestrado, correspondendo a 60 ECTS, é

dedicado exclusivamente ao desenvolvimento de trabalho com vista à realização da

Dissertação. O trabalho de dissertação deverá i) versar sobre um tema científico original na

área da Ecologia, conter resultados relevantes obtidos com metodologias adequadas e incluir

uma fundamentação dos resultados no contexto da literatura actual, ou ii) contribuir para

responder a uma questão relevante de cariz técnico-científico no contexto industrial,

empresarial ou outro, onde um especialista em Ecologia seja requerido.

C1.3. PROJECTO EDUCATIVO, CIENTÍFICO E CULTURAL PRÓPRIO ADEQUADO AOS OBJECTIVOS FIXADOS NO CICLO DE ESTUDOS

O projecto científico e educativo do curso de Mestrado em Ecologia insere-se nos

projectos da Universidade do Minho que, na sua génese, têm como objectivos servir a

população jovem da região do Minho, oferecendo-lhe um leque de formação em

diversificadas áreas do conhecimento. Além disso, os cursos de índole científica e

tecnológica da UMinho são também projectados para satisfazer o mercado de trabalho em

áreas significativas da actividade económica da região. Para este efeito, a UMinho tem,

desde sempre, trabalhado em estreita relação com entidades empregadoras, de forma a

assegurar que os estudantes adquiram as competências necessárias ao seu futuro

desempenho profissional. Actualmente, devido à expansão e qualificação do corpo docente,

quase exclusivamente constituído por elementos doutorados, e à qualidade da sua

investigação, a UMinho oferece inúmeras e prestigiadas saídas profissionais que se

estendem para além da região em que se insere.


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No caso concreto do Mestrado em Ecologia da UMinho a sua pertinência é ainda

corroborada pela proximidade de vários espaços protegidos (Parque Nacional da Peneda-

Gerês, Parque Natural do Litoral Norte, Área de Paisagem Protegida do Corno do Bico,

Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos) e dos inúmeros

Sítios inseridos na rede Natura 2000 (www.icnb.pt), sendo premente a necessidade de

formar especialistas nas áreas da Ecologia e da Conservação e Gestão dos Recursos

Naturais. Ainda neste contexto, a estreita colaboração entre o Departamento de Biologia e a

Sociedade Portuguesa da Vida Selvagem (www.socpvs.org), nele sediada, criará também

uma oportunidade aos alunos de realizarem estágios em Ecologia numa perspectiva aplicada

e próxima do contexto profissional.

O curso de Mestrado em Ecologia tem a duração de 4 semestres (2 anos lectivos),

correspondentes a 120 ECTS, incluindo a dissertação. A estrutura curricular procurou

respeitar o enquadramento legal nacional e europeu relativamente à concessão do grau de

Mestre. Assim, no 1º ano são oferecidas 10 unidades curriculares e o 2º ano é integralmente

dedicado ao desenvolvimento do trabalho de dissertação. Os conteúdos desenvolvidos estão

incluídos em 5 unidades curriculares, a decorrerem no 1º semestre do curso, de carácter

obrigatório, nomeadamente Processos Populacionais, Ecologia Descritiva e Espacial,

Ecologia Quantitativa, Biodiversidade e Ecologia Funcional e Ecologia Molecular. No 2º

semestre os alunos terão que frequentar as unidades curriculares Seminário e Projecto, para

além de 3 unidades curriculares de carácter optativo, das quais salientamos Ecologia

Microbiana, Biologia do Stress e Ecotoxicologia, Ecologia Aquática, Cartografia e

Sistemas de Informação Geográfica, Conservação e Gestão de Recursos Naturais e uma

Opção Aberta, flexível à oferta disponível e às necessidades do aluno.

A presente proposta de criação do curso de Mestrado em Ecologia foi elaborada de

acordo com os princípios orientadores que deverão reger os cursos de 2º ciclo de estudos no

espaço da União Europeia, consagrados na Magna Carta da Universidade (Setembro de

1988) e na Declaração de Bolonha (Junho de 1999), no que refere i) à adopção de um

sistema facilmente inteligível e que facilite a equiparação/reconhecimento dos graus

concedidos por diferentes Universidades; ii) ao estabelecimento do sistema de créditos

ECTS (“European Credit Transfer System”) que assegure a transferência e a acumulação de

créditos numa lógica de formação ao longo da vida; e iii) à adopção de um novo paradigma

de ensino-aprendizagem centrado no aluno. Neste sentido, o Departamento de Biologia da


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UMinho tem estado envolvido em diversos projectos/acções iniciados no âmbito de uma

experiência piloto aplicada à Licenciatura em Biologia Aplicada com vista à implementação

de métodos de ensino-aprendizagem activos, de acordo com o preconizado na Declaração de

Bolonha.


21

C2. Adequação dos recursos humanos às exigências científicas e pedagógicas e à

qualidade do ensino

O Departamento de Biologia da Universidade do Minho tem uma participação

significativa na leccionação em cursos de Licenciatura, nomeadamente na Licenciatura em

Biologia Aplicada, em Biologia e Geologia e em Bioquímica e colabora, ainda, nos cursos

de Licenciatura em Optometria e Ciências da Visão, Línguas Estrangeiras Aplicadas,

Psicologia, Geografia e Planeamento e Arqueologia. Os docentes do Departamento de

Biologia asseguram também serviço docente nos cursos de Mestrado/Especialização em

Genética Molecular, em Biotecnologia e Bio-empreendedorismo em Plantas Aromáticas e

Medicinais, e em Fisiologia Molecular de Plantas. Colaboram também nos Mestrados em

Estatística, em Bioinformática, em Ciências do Ambiente, em Evolução e Origem da Vida e

em Património Geológico e Geoconservação, nos Mestrados Integrados em Engenharia

Biológica e em Engenharia Biomédica e, ainda, na Supervisão Pedagógica do Ensino das

Ciências.

O Departamento de Biologia da UMinho iniciou, no ano lectivo de 2004/2005, uma

Experiência Piloto na Licenciatura em Biologia Aplicada que teve por objectivo a integração

de novas metodologias de ensino/aprendizagem/avaliação, associadas a uma programação

curricular com previsão do tempo de trabalho individual do aluno de acordo com o sistema

de créditos ECTS preconizado pela Declaração de Bolonha. Este Projecto de Ensino foi alvo

de financiamento pela reitoria da UMinho no âmbito dos Projectos Qualidade Vector 18 -

Implementação de metodologias de ensino-aprendizagem de acordo com o espírito de

Bolonha (2004/2005) e do Programa Qualidade do Ensino (2005/2006). Assim, as

metodologias de ensino/aprendizagem activas foram introduzidas, progressivamente, nas

disciplinas da responsabilidade do Departamento de Biologia antes do processo de

adequação dos cursos a Bolonha (2007-2008). Para além disso, os docentes do

Departamento de Biologia frequentaram, e continuam a frequentar, diversas acções de

formação que foram implementadas, maioritariamente, pela reitoria da UMinho no âmbito

do Programa Qualidade do Ensino, através do seu Gabinete de Avaliação da Qualidade do

Ensino. Exemplos das acções de índole pedagógica frequentadas pelos docentes do

Departamento de Biologia encontram-se na Tabela I.


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Tabela I. Listagem das acções de formação mais relevantes de índole pedagógica frequentadas por docentes do Departamento de Biologia.

Data Acção de Formação Formador 2003

Outubro Active Teaching and Learning in the Biomolecular Sciences Richard Felder, Rebecca Brent e Manuel João Costa

2004

Abril Project-Led Engineering Education Peter Powel

Maio Comunicação Docente/ Discente na sala de aula Ângelo Peres

Junho Avaliação: o Objectivo e o Subjectivo Maria Assunção Flores

Análise de Ensino Camilo Cunha e Beatriz Pereira

Julho Transformar a Pedagogia pela Indagação Crítica da Prática Flávia Vieira

Setembro Utilização de Tecnologias no Processo Ensino / Aprendizagem Ângelo Peres

Set /Out Concepção de Conteúdos Digitais para E-Learning Manuel Firmino

A Expressão Dramática no Desenvolvimento das Competências Expressivo-Comunicativas dos Professores Maria do Céu Melo

Outubro Novos Métodos de Avaliação Natascha van Hattum

Planificação e Gestão da Aula: para uma Lógica de Aprendizagem e Inovação

Maria Assunção Flores

Novembro Planificação da Disciplina Natascha van Hattum

2005

Janeiro Introdução ao Desenvolvimento de Competências de Comunicação Manuel Firmino

The development of effective student learning opportunities Peter Powell Junho

Processos de Aprendizagem e Realização de Intervenções Comunicacionais Manuel Firmino

Estratégias Metodológicas de Comunicação/ Animação Pedagógica Manuel Firmino

Development of effective student learning opportunities – follow up of the Bolonha exercises Peter Powell

Julho Desenvolvimento de Perfil Assertivo e das Técnicas de Comunicação Manuel Firmino

Setembro (Auto)Aperfeiçoamento de Competências de Comunicação Manuel Firmino

2006

Maio Effective Teaching Richard Felder e Rebecca Brent

Liderança de Equipas Manuel Firmino

Setembro Introdução ao E-learning e Utilização da Plataforma Blackboard António Eduardo Matos

2007

Setembro Mentoring and Supporting New Faculty Members Richard Felder e Rebecca Brent

Effective Teaching Richard Felder e Rebecca Brent


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O corpo docente do Departamento de Biologia é constituído por 33 docentes,

distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:

Professor Associado com Agregação (2);

Professor Associado (4);

Professores Auxiliares (22);

Professor Convidado Equiparado a Professor Auxiliar (4);

Assistente Convidado (1)

(www.bio.uminho.pt/Default.aspx?tabindex=2&tabid=6&pageid=10&lang=pt-PT).

No momento presente, o corpo docente do Departamento de Biologia com

potencialidades para aderir ao projecto de ensino do Mestrado em Ecologia corresponde a

13 docentes, dos quais 12 são doutorados, conforme indicado na Tabela II. A maioria destes

docentes assegura formação e desenvolve investigação na área científica de especialidade do

curso de Mestrado.

Tabela II. Mapa de afectação do corpo docente do Departamento de Biologia ao Mestrado em Ecologia. Nome Grau

Académico Especialização Categoria Regime de

Prestação de Serviço

Ana C. M. Botelho Mestrado Botânica Assistente Convidado

50%

Bjorn F. Johansson Doutor Bioinformática Prof. Auxiliar Exclusividade Cândida M.R.S. Lucas Agregação Biologia Molecular Prof. Associado Exclusividade Cristina M. S. S. P. Wilson Doutor Fisiologia Animal Prof. Auxiliar Exclusividade Dorit E. Schuller Doutor Ecologia Microbiana Prof. Auxiliar Exclusividade Fernanda M.F M.G. Cássio Doutor Ecologia Microbiana Prof. Associado Exclusividade Filipe O. Costa Doutor Ecotoxicologia e

Ecologia Molecular Prof. Convidado 60%

José V.S. Vingada Doutor Biologia da Conservação Prof. Auxiliar Exclusividade Margarida P.P.A. Casal Agregação Biotecnologia Molecular Prof. Associado Exclusividade M. Cláudia G.C. Pascoal Doutor Ecologia Aquática Prof. Auxiliar Exclusividade M. Manuela S.G. Côrte-Real Doutor Biologia do Stress Prof. Associado Exclusividade M. Teresa S.C.M. Almeida Doutor Zoologia Prof. Auxiliar Exclusividade Pedro A F.F.T. Gomes Doutor Ecologia Prof. Auxiliar Exclusividade


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O corpo docente do Departamento de Biologia afecto à leccionação do Mestrado em

Ecologia desenvolve actividade científica na unidade I&D designada por Centro de Biologia

Molecular e Ambiental (CBMA), submetida a avaliação à Fundação para a Ciência e

Tecnologia em Junho de 2007. Os docentes afectos ao curso de Mestrado em Ecologia

provêm da extinta unidade I&D designada por Centro de Biologia da Universidade do

Minho (CB-UM) que obteve a classificação de Muito Bom na última avaliação pela

Fundação para a Ciência e Tecnologia. Conforme pode ser constatado pela análise da Tabela

III, a actividade de investigação desenvolvida é de elevado mérito científico, permitindo

assegurar um ensino de qualidade no Mestrado de Ecologia. Adicionalmente, este projecto

de ensino de 2º ciclo beneficiará da equipa de funcionários técnicos e administrativos que

integram o Departamento de Biologia.

Tabela III. Produtividade do corpo docente do Departamento de Biologia na unidade I&D CBMA. (http://cbma.bio.uminho.pt/)

2003

2004

2005

2006

2007

(até Junho) Corpo Permanente de Doutores 14 16 20 20 20 Publicações ISI 22 37 35 19 35 Outras Publicações 45 96 50 34 40 Doutoramentos concluídos 2 5 3 6 2 Mestrados concluídos 2 3 7 9 5 Estudantes de Doutoramento 27 28 30 27 24 Estudantes de Mestrado 16 27 28 23 17 Pós-docs 1 2 4 4 Cursos Avançados 14 5 17 Seminários e Palestras 38 14 23 42 27


25

C3. Adequação dos recursos materiais às exigências científicas e pedagógicas e à

qualidade do ensino

O projecto de ensino para o Mestrado em Ecologia da presente proposta utilizará

recursos materiais da Universidade do Minho, como salas de aula, bibliotecas (incluindo a

biblioteca on-line, B-on) e serviços de reprografia, beneficiando ainda da existência de

plataformas informáticas interactivas de ensino à distância (e-learning) e de uma cobertura

total do Campus de acesso à Internet sem fios.

O curso beneficiará igualmente dos recursos materiais específicos afectos ao

Departamento de Biologia (salas de aula, laboratórios pedagógicos, anfiteatro, etc.), bem

como dos recursos materiais específicos afectos às unidades I&D do Departamento de

Biologia:

• Laboratórios Pedagógicos (7), estando um deles equipado com material para

microscopia óptica e outro equipado com material informático;

• Laboratórios de Investigação: Microbiologia (3), Biodiversidade, Biologia

Animal (2), Biologia Vegetal (2), Citometria de Fluxo, Microscopia, Sequenciação

Automática de DNA, Cromatografia, Centrífugas, e Lavagem e Triagem de

Amostras de Campo. Nos laboratórios do Departamento de Biologia existe uma

vasta gama de equipamento, incluindo, tinas de electroforese para ácidos nucleicos e

proteínas, estufas de hibridação, equipamento de desenvolvimento radiográfico,

equipamento para leitura de géis com processamento de dados, “termocyclers”,

electroporador, micromanipulador, centrífugas diversas incluindo uma

ultracentrífuga, espectrofotómetros, incubadoras orbitais e sistemas de fermentação

para o cultivo de microrganismos, câmaras de fluxo laminar, câmaras de refrigeração

(-20 e -80ºC), cromatografia de gás-líquido (GC), cromatografia gasosa acoplada a

espectrometria de massa (GC-MS), FPLC, HPLC, contador de cintilações, eléctrodos

selectivos, espectrofluorímetro, citómetro de fluxo, leitor de microplacas,

liofilizador, microscópios diversos (microscópio invertido, fluorescência, contraste

interferencial), vídeo-câmara e software para análise de imagem;

• Laboratórios de Apoio: câmara a 4ºC, sala climatizada a 18°C, salas de

lavagem e esterilização de material, etc;

• Estação de Campo de Mira, situada na Mata Nacional de Mira a 200 Km a sul

da UMinho, junto à costa, possui um conjunto de infra-estruturas de apoio aos


26

trabalhos de terreno que aí são realizados. Para além das estruturas laboratoriais

propriamente ditas, as instalações incluem vários dormitórios e um pequeno

auditório equipado com material de projecção. A Estação de Campo está

vocacionada para o apoio de projectos em ecologia costeira e cinegética, que se

desenrolam na região, e constitui, ainda, um recurso pedagógico importante para os

cursos de graduação e pós-graduação, ao nível de aulas e de apoio a trabalhos de

estágio, mestrado e doutoramento.


27

C4. Enquadramento do ciclo de estudos na rede de formação nacional

A Escola de Ciências da Universidade do Minho tem tradição na oferta de cursos de

Mestrado na área da Ecologia e do Ambiente, nomeadamente através do Mestrado em

Ciências do Ambiente em funcionamento desde 1993, e o Mestrado em Evolução e Origem

da Vida em funcionamento desde 2004. Contudo, estes cursos, de âmbito generalista, não

foram adequados ao processo de Bolonha e não está prevista a sua abertura em 2008-2009.

Por seu lado, a formação oferecida pela Escola de Engenharia da Universidade do Minho

privilegia uma abordagem tecnológica dos conceitos científicos, nomeadamente através do

Mestrado em Gestão Ambiental, o que enfatiza a premência da presente proposta de criação

de Mestrado em Ecologia.

Da oferta de cursos de Mestrado em áreas da Ecologia ou afins noutras Universidades

Portuguesas seleccionámos, para uma análise mais detalhada, os cursos que apresentam

maior grau de afinidade nos temas de estudo e na estrutura dos planos curriculares com o

Mestrado de Ecologia da UMinho.

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

(www.fc.up.pt/fcup/pe/bolonha/index.php?tc=M)

Oferece Mestrados nas áreas da Ecologia e das Ciências do Ambiente com a duração de

2 anos (120 ECTS), dos quais o 2º ano é totalmente dedicado à dissertação. Dos Mestrados

propostos salientamos:

• o Mestrado em Ecologia, Ambiente e Território oferece 4 unidades

curriculares obrigatórias (20 ECTS), nomeadamente Ecologia, Biodiversidade e

Ambiente; Legislação Sócio-Económica do Ambiente; Aquisição e Análise de Dados

em Ecologia; e Património Biológico da Península Ibérica e da Europa. Além disso, o

aluno terá 1 Seminário (15 ECTS), 1 Projecto (15 ECTS) e unidades curriculares

optativas (10 ECTS) numa das seguintes áreas de especialização: i) Ecologia e

Biodiversidade, ii) Ecologia da Paisagem e Ordenamento do Território, iii) Educação

Ambiental e Turismo da Natureza, iv) Tecnologia Aplicada à Gestão Ambiental e v)

Caracterização, Monitorização e Recuperação Ambientais.

• o Mestrado em Biodiversidade, Genética e Evolução apresenta 7 unidades

curriculares obrigatórias (5 ECTS cada), nomeadamente Desenho Experimental,


28

Genética Populacional e Filogeografia, Métodos Moleculares de Análise da

Diversidade Biológica, Análise Filogenética e Sistemática, Conservação e Gestão da

Biodiversidade, Seminário e Projecto. O curso é complementado com 25 ECTS

obtidos em unidades curriculares optativas mais abrangentes.

É ainda de referir o Mestrado em Biologia e Gestão da Qualidade da Água que oferece

competências para a resolução de problemas relacionados com os aspectos biológicos da

água e dos seus usos e o Mestrado em Recursos Biológicos Aquáticos que está vocacionado

para formar técnicos especializados na gestão e exploração dos recursos biológicos

aquáticos, com ênfase nos recursos pesqueiros e na aquacultura.

Instituto de Ciências Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto

(http://sigarra.up.pt/icbas/cursos_geral.apresentacao?P_grau=M&P_ciclo=2)

Oferece 2 Mestrados na área do Ambiente com a duração de 2 anos (120 ECTS) em que

50% dos créditos são atribuídos à elaboração da dissertação:

• o Mestrado em Ciências do Mar - Recursos Marinhos que oferece as seguintes

áreas de especializações: i) Biologia Marinha, ii) Ecologia Marinha e ii) Aquacultura

Pescas. Contudo este curso de Mestrado não foi, aparentemente, adequado a Bolonha.

• o Mestrado em Contaminação e Toxicologia Ambientais, recentemente criado

em parceria entre o ICBAS e a Faculdade de Ciências, foca os efeitos dos

contaminantes ao nível molecular, celular, do indivíduo, das populações, das

comunidades e dos ecossistemas.

Universidade de Aveiro

(www.ua.pt/bio/PageText.aspx?id=2395)

Oferece 3 Mestrados nas áreas da Ecologia e do Ambiente, da responsabilidade do

Departamento de Biologia, com 2 anos de duração correspondentes a 120 ECTS, dos quais

46 ECTS são dedicados à execução da dissertação:

• o Mestrado em Ecologia, Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas inclui 8

unidades curriculares obrigatórias no 1º ano (52 ECTS), nomeadamente Ecologia

Aplicada, Indicadores de Poluição, Planeamento Experimental e Análise de Dados

Ecológicos, Evolução Biológica e Molecular, Cartografia e Sistemas de Informação

Geográfica, Bioempreededorismo, Biodiversidade e Ecologia Aquática,


29

Biodiversidade e Ecologia Terrestre e uma unidade curricular optativa (6 ECTS). O 2º

ano inclui, para além da dissertação, as unidades curriculares Seminário em Ecologia,

Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas I e II, e Laboratório e Campo em Ecologia.

• o Mestrado em Biologia Marinha oferece algumas unidades curriculares em

comum com o Mestrado em Ecologia, Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas e

ainda valências específicas em oceanografia, estrutura e funcionamento dos

ecossistemas marinhos ou conservação dos recursos biológicos marinhos.

• o Mestrado em Toxicologia e Ecotoxicologia pretende formar especialistas em

toxicologia humana e ambiental, integrando tópicos sobre os mecanismos de acção

dos agentes tóxicos a vários níveis de organização (subcelular, celular, dos indivíduos,

das populações, das comunidades e dos ecossistemas).

Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)

(www.uc.pt/msecol/)

Oferece o Mestrado em Ecologia com duas especializações: uma dirigida ao

prosseguimento de estudos (C3) e outra em Ecologia Aplicada, visando a integração no

mercado de trabalho. O plano curricular do curso leccionado na FCTUC é constituído por 6

unidades curriculares obrigatórias (6 ECTS cada), nomeadamente Ecologia das Populações,

Análise de dados em Ecologia, Laboratórios e Campo em Ecologia I e II, Seminário em

Ecologia I e II, sendo as restantes unidades curriculares optativas (total 24 ECTS)

seleccionadas a partir de um amplo conjunto de ofertas. O grau de Mestre é conferido após 1

ano de trabalho de dissertação correspondente a 60 ECTS. Provavelmente, este será o curso

de Mestrado que mais se aproxima do modelo adoptado na presente proposta, pelo seu

carácter abrangente no domínio da Ecologia, mas flexível às necessidades e interesses do

aluno.

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(www.utad.pt/pt/ensino_formacao/2ciclo/acent/gestao_ecossistemas/index.html)

Oferece o Mestrado em Gestão de Ecossistemas com vista à integração dos futuros

Mestres em quadros de empresas ou organizações dos sectores da Ecologia e Ambiente, ou

em equipas de investigação multidisciplinares no domínio da Gestão de Ecossistemas. O


30

plano curricular tem a duração de 2 anos (120 ECTS), e contempla 12 unidades curriculares

obrigatórias da especialidade (73 ECTS) e a dissertação (47 ECTS).

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

(www.fc.ul.pt/)

Oferece 3 cursos de Mestrado relacionados com a área da Ecologia e das Ciências do

Ambiente, nomeadamente os Mestrados em Biologia da Conservação, em Ecologia e

Gestão Ambiental e em Ecologia Marinha. A duração destes cursos de Mestrado é de 3 a 4

semestres, correspondendo a um total de 90 ou 120 ECTS, dos quais a dissertação deverá

ocupar 50% do tempo e esforço do aluno. A informação disponível não permitiu fazer uma

análise detalhada das temáticas abordadas e da estrutura dos planos curriculares.

Universidade de Évora

(www.ensino.uevora.pt/mbelm/site/home.html)

Oferece o Mestrado em Biologia e Ecologia do Litoral Marinho com a duração de 2

anos e um total de 104 a 110 ECTS, dos quais a dissertação corresponde a 52 ECTS. O

plano curricular apresenta 9 unidades curriculares obrigatórias (totalizando 40 ECTS), 1

Projecto (3 ECTS) e unidades curriculares optativas do curso de especialização ou das

licenciaturas disponíveis.

Universidade do Algarve

(www.ualg.pt/fcma/)

Oferece vários Mestrados nas áreas da Ecologia e das Ciências do Ambiente que têm a

duração de 2 anos curriculares correspondentes a 120 ECTS, nomeadamente o Mestrado em

Oceanografia, o Mestrado em Aquacultura e Pescas, o Mestrado em Biologia Marinha, o

Mestrado em Engenharia do Ambiente e o Mestrado em Ecologia. Este último, é aquele que

mais afinidades apresenta com o Mestrado em Ecologia da UMinho. Contudo, ao contrário

da presente proposta, o Mestrado da Universidade do Algarve encaminha os alunos para

uma das seguintes áreas de especialização: i) Gestão de Ecossistemas e Habitats, ii) Ecologia

Numérica e Modelação e iii) Paleoecologia e Caracterização Ambiental. O curso apresenta 6

unidades curriculares obrigatórias, nomeadamente Teoria Ecológica, Análise Estatística,

Dinâmica de Ecossistemas Aquáticos, Dinâmica de Ecossistemas Terrestres, Monitorização


31

Ambiental e Critérios Ecológicos de Avaliação. Esta formação é complementada com

unidades curriculares opcionais (que totalizam 25 ECTS) seleccionadas numa das áreas de

especialização. O aluno tem ainda a unidade curricular Plano de Tese e Experimentação,

para além da Dissertação.

Apesar da oferta variada de cursos de Mestrado na área da Ecologia e do Ambiente no

panorama nacional, consideramos pertinente a proposta de criação do presente curso de

Mestrado em Ecologia na UMinho. A adequação das licenciaturas ao Processo de Bolonha

teve como consequência a redução do período lectivo para 3 anos. Cursos como a

Licenciatura em Ensino da Biologia e Geologia viram-se desprovidos da componente

pedagógica, sendo necessário criar alternativas aos alunos que pretendam prosseguir para

um 2º Ciclo de estudos distinto da via Ensino. Além disso, os alunos de outros cursos da

área das Ciências Biológicas da UMinho, como das Licenciaturas em Biologia Aplicada e

em Bioquímica, não têm neste momento oferta para prosseguir estudos na área da Biologia

Ambiental. É de salientar que a região do Minho apresenta a mais elevada densidade de

população jovem do País e que os C1 em Ciências Biológicas da UMinho apresentam uma

elevada procura, traduzida pelo preenchimento total das vagas disponíveis na 1ª fase de

candidatura (www.acessoensinosuperior.pt/coloc2007/index.asp), por parte não só da

população regional (Minho e Alto Minho) mas também de outras regiões do País.


32

D. Fundamentação do nº de ECTS atribuído a cada unidade curricular


33

O Curso de Mestrado em Ecologia está organizado de acordo com o regime de créditos

europeus (ECTS), prevendo um total de 120 ECTS distribuídos por 2 anos. No 1º ano (1º e

2º semestres), 60 ECTS são repartidos por 10 unidades curriculares, das quais 7 são

obrigatórias e 3 optativas. No 2º ano (3º e 4º semestres) os restantes 60 ECTS estão

atribuídos à dissertação, como previsto no Decreto-Lei nº 74/2006.

Os objectivos e o perfil de formação perspectivados para este curso permitiu chegar a um

conjunto de 10 unidades curriculares em que o número de créditos atribuído a cada unidade

curricular foi baseado i) no conteúdo programático e respectivos resultados de aprendizagem

e ii) em metodologias de ensino/aprendizagem activas, tendo em conta os seguintes

princípios orientadores:

a) 1 unidade de crédito ECTS = 28 horas de trabalho;

b) 20 semanas de trabalho lectivo por semestre, sendo 15 lectivas e 5 de

avaliação;

c) 42 horas de trabalho semanal médio por estudante, sendo em média 36% de

horas de contacto com os docentes (aulas teóricas, teórico-práticas, aulas

laboratoriais, trabalhos de campo, seminário e tutoriais) e 64% de horas de trabalho

autónomo supervisionado;

Tendo em conta estes pressupostos, a 8 das 10 unidades curriculares foram atribuídos 6

ECTS, correspondendo a 168 horas de trabalho, não obstante apresentarem aulas

distribuídas por tipologias distintas. À unidade curricular Projecto foram atribuídos 7 ECTS,

dado o seu carácter mais complexo, e à unidade curricular Seminário foram atribuídos 5

ECTS. Prevê-se que o trabalho global do aluno, no conjunto das 10 unidades curriculares,

perfaça 1680 horas que preenchem os dois primeiros semestres (art.º 5 do Decreto-Lei nº

42/2005 de 22 de Fevereiro).


34

E. Fundamentação do nº total de ECTS e duração do ciclo de estudos


35

O curso de mestrado em Ecologia, previsto para decorrer ao longo de 2 anos lectivos

(120 ECTS), compreende 10 unidades curriculares semestrais. Estas unidades curriculares,

leccionadas no 1º ano do curso, correspondem a 50% do total de créditos do ciclo de

estudos, sendo os restantes 50% correspondentes a 1 unidade curricular anual de dissertação

de natureza científica ou técnica original, desenvolvida no 2º ano do curso.

A presente proposta de criação teve em conta a documentação normativa interna da

UMinho (Despacho RT-35/2005 de 14 de Julho de 2005, documento do Conselho

Académico sobre Orientações para a Apresentação de Propostas de Criação ou

Reestruturação de Cursos e Aplicação do Sistema de Créditos Curriculares, Despacho RT-

41/2005 de 19 de Setembro 2005) bem como a legislação estabelecida para este efeito pela

tutela (Decreto-Lei nº 74/2006 de 24 de Março) que visa fundamentalmente a criação e

reestruturação de cursos. Especificamente foi tido em consideração:

- 20 semanas de trabalho lectivo semestral, incluindo a avaliação;

- 42 h de trabalho semanal para os alunos, sendo em média 36% de horas de

contacto e 64% de horas de trabalho autónomo supervisionado;

- 1 ECTS corresponde a 28 horas de trabalho;

- a cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 ECTS.


36

F. Demonstração da adequação da organização do ciclo de estudos e

metodologias de ensino


37

F1. Aquisição de competências

O curso de Mestrado em Ecologia está organizado de acordo com o regime de créditos

europeus (ECTS) e está estruturado em unidades curriculares de forma a conferir um

conjunto de conhecimentos, capacidades e competências de acordo com os objectivos que se

pretendem atingir, em harmonia com o artigo 15º do Decreto-Lei no 74/2006. O plano

curricular prevê 5 unidades curriculares obrigatórias, 1 Seminário, 1 Projecto, 3 unidades

curriculares optativas e a Dissertação. As unidades curriculares contemplam aulas de

tipologia diversa, nomeadamente teóricas, teórico-práticas, laboratoriais, trabalhos de

campo, seminário e tutoriais, suportadas por metodologias de ensino-aprendizagem activas.

Pressupõe-se que o aluno do Mestrado em Ecologia demonstre conhecimento e

compreensão sobre:

• factos, conceitos, princípios e teorias relevantes em domínios da Ecologia

avançada;

• técnicas de investigação, incluindo recolha de informação, desenho

experimental e tratamento de dados, amostragem, segurança no laboratório

e no campo;

• gestão e comunicação, incluindo definir um problema, desenhar projectos,

tomar decisões, trabalhar em equipa, apresentar relatórios (na escrita e na

oralidade) e publicações científicas;

• ecologia básica e aplicada no que concerne à dinâmica das populações e

das comunidade e ao funcionamento dos ecossistemas;

• a importância da biodiversidade nos ecossistemas e do valor económico

dos recursos biológicos;

• métodos moleculares para o estudo da diversidade e da filogenia das

populações.

Assume-se que esses conhecimentos sejam adquiridos conjuntamente com as

competências intelectuais, práticas e transversais, que a seguir se discriminam.

Competências intelectuais (I)

O aluno deverá ser capaz de:

I1. analisar e resolver problemas específicos da Ecologia usando abordagens multidisciplinares


38

I2. integrar e avaliar criticamente literatura científica I3. formular e testar hipóteses, usando desenhos experimentais e análise de resultados I4. planear, desenvolver e escrever um programa de investigação original

Competências práticas (P)


P1. planear e executar trabalho experimental em segurança P2. aplicar métodos e técnicas de laboratório e de campo para obtenção de dados P3. tratar resultados experimentais e determinar a sua força e validade P4. executar relatórios técnicos P5. usar ferramentas informáticas aplicadas à Ecologia

Competências transversais (T)


T1. comunicar de forma efectiva na oralidade e na escrita (relatórios técnicos, publicações científicas, etc.) em Português e em Inglês

T2. definir um problema, tomar decisões, desenhar e avaliar projectos T3. integrar e avaliar informação de diferentes fontes T4. aplicar conceitos e técnicas a novas situações T5. utilizar tecnologias de informação e comunicação T6. desenvolver trabalho autónomo, gerir recursos materiais e tempo T7. Integrar equipas, coordenar tarefas e demonstrar espírito de liderança

Uma tentativa de correspondência entre as competências e capacidades esperadas, como

resultados da aprendizagem, e as unidades curriculares propostas para o Mestrado em

Ecologia encontra-se resumida na Tabela IV.


39

Tabela IV. Correspondência entre as competências e capacidades esperadas, como resultados da aprendizagem e as unidades curriculares obrigatórias.

Competências Unidades Curriculares I1 I2 I3 I4 P1 P2 P3 P4 P5 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7

Processos Populacionais x x x x x x x x x x x x x x Ecologia Quantitativa x x x x x x x x x x x x Ecologia Descritiva e Espacial x x x x x x x x x x x x Biodiversidade e Ecologia Funcional x x x x x x x x x x x x x x Ecologia Molecular x x x x x x x x x x x x x x Seminário x x x x x Opção I Opção II Opção III Projecto x x x x x x x Dissertação x x x x x x x x x x x x x x

F2. Objectivos a que as competências se referem

A estrutura do Mestrado em Ecologia foi delineada de acordo com as exigências

definidas no processo de Bolonha, nomeadamente no que diz respeito à carga lectiva, aos

ECTS atribuídos, à implementação de metodologias activas de ensino-aprendizagem e ao

estabelecimento de objectivos centrados no aluno.

Os objectivos gerais do curso de Mestrado em Ecologia são:

• formar graduados com competências de investigação científica e técnica

especializada na área da Ecologia e suas aplicações;

• formar graduados capazes de realizar investigação em Ecologia e áreas

relacionadas;

• formar graduados capazes de ingressar em carreiras profissionais em

instituições /associações de conservação dos recursos naturais, no sector

público ou privado e em organizações não governamentais;

• reconhecer os desafios científicos e os problemas concretos relacionados

com a Ecologia e a Biodiversidade;

• desenvolver um nível avançado de compreensão/conhecimentos dos

conceitos teóricos e das ferramentas de investigação em Ecologia;

• desenvolver competências para planificar, avaliar criticamente e

implementar um projecto/programa de investigação;

• divulgar resultados através de artigos científicos, relatórios e

apresentações orais.


40

G. Análise comparativa com outros cursos no espaço europeu


41

No âmbito do Processo de Bolonha, o Curso de Mestrado em Ecologia do Departamento

de Biologia da Universidade do Minho partilha, com os seus congéneres nas universidades

europeias, os objectivos primordiais, ou seja, formar graduados na área da Ecologia e suas

aplicações com as competências necessárias para desenvolver investigação, prestar serviço

técnico especializado e integrar equipas multidisciplinares em Universidades, Laboratórios e

Institutos de Investigação, Institutos de Conservação, Autarquias, Organizações Ambientais

públicas ou privadas, no Sector Empresarial, etc.

Para a análise comparativa com outros cursos do espaço europeu, foram escolhidos 7

Mestrados propostos por algumas das mais conceituadas Universidades Europeias (Tabelas

V e VI), sediadas em países com tradições culturais diversas como Inglaterra, França, Suíça,

Alemanha e Suécia.

Tabela V. Seriação das 25 melhores Universidades Europeias em 2007, de acordo com o Academic Ranking of World Universities, publicado pelo Institute of Higher Education, Shanghai Jiao Tong University (http://ed.sjtu.edu.cn/rank/2007).

Seriação Regional Instituição Seriação

Mundial País

1 Cambridge University 4 Reino Unido 2 Oxford University 10 Reino Unido 3 Imperial College London 23 Reino Unido 4 Coll London University 25 Reino Unido 5 ETH - Zurich 27 Suíça 6 Pierre and Marie Curie University (Paris 06 Univ) 39 França 7 Utrecht University 42 Holanda 8 Copenhagen University 46 Dinamarca 9 Manchester University 48 Reino Unido

10 Paris-Sud 11 University 52 França 11 Karolinska Inst Stockholm 53 Suécia 11 Edinburgh University 53 Reino Unido 11 Munich University 53 Alemanha 14 Tech Univ Munich 56 Alemanha 15 Zurich University 58 Suíça 16 Bristol University 62 Reino Unido 17 Heidelberg University 65 Alemanha 18 Uppsala University 66 Suécia 19 Oslo University 69 Noruega 20 Leiden University 71 Holanda 21 Sheffield University 72 Reino Unido 22 Helsinki University 73 Finlândia 23 Moscow State University 76 Rússia 24 Nottingham University 81 Reino Unido 25 Basel University 82 Suíça


42

Tabela VI. Seriação das Universidades Europeias, incluídas nas 100 melhores do Mundo, na área das Ciências em 2006, de acordo com o The Times Higher Education Supplement (http://www.thes.co.uk/statistics/international_comparisons/2006/top_europe.aspx) Seriação na UE

Seriação no Mundo

Instituição País Cotação Citações (Nº/ artigo)

1 1 Cambridge University Reino Unido 100.0 7.6

2 2 Oxford University Reino Unido 95.0 7.5

3 9 Imperial College London Reino Unido 72.9 6.3

4 11 ETH Zurich Suíça 71.6 6.8

5 17 Ecole Normale Supérieure, Paris França 60.8 6.0

6 22 Pierre and Marie Curie University França 52.4 4.8

7 24 Ecole Polytechnique França 52.3 4.9

8 30 La Sapienza University, Rome Itália 46.4 4.6

9 37 Göttingen University Alemanha 43.6 4.7

10 39 Paris-Sud 11 University França 43.5 5.5

11 43 Munich University Alemanha 43.0 5.9

12 44 Utrecht University Holanda 42.4 5.8

13 46 Edinburgh University Reino Unido 40.6 7.8

14 47 Copenhagen University Dinamarca 40.2 4.8

15 53 Bonn University Alemanha 38.3 4.6

16 54 Monash University Austrália 37.9 –

17 56= Delft University of Technology Holanda 37.7 5.6

17 56= Technical University Berlin Alemanha 37.7 –

19 64 Aarhus University Dinamarca 36.6 6.4

20 65 Warwick University Reino Unido 36.2 –

21 67 Humboldt University Berlin Alemanha 36.1 5.3

22 72 Helsinki University Finlândia 35.2 6.0

23 73 Vienna University Áustria 35.1 4.7

24 75 Technical University Munich Alemanha 34.9 5.9

25 78 Leiden University Holanda 34.0 6.5

26 79 Lund University Suécia 33.9 6.2

27 81 Aachen RWTH Alemanha 33.6 4.9

28 84 King’s College London Reino Unido 32.8 –

29 86 Manchester University & Umist Reino Unido 32.5 5.0

30 87 Vienna Technical University Áustria 32.4 –

31 90= Free University Berlin Alemanha 32.2 4.6

31 90= University College London Reino Unido 32.2 6.0

33 93= Bristol University Reino Unido 32.1 6.1

33 93= Trinity College Dublin Irlanda 32.1 –

35 96 Chalmers University of Technology Suécia 31.7 4.4

36 100 Uppsala University Suécia 30.7 5.3


43

Cambridge University

(www.zoo.cam.ac.uk/zooone/pgradbk/int.html)

O Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge oferece formação pós-

graduada na área da Ecologia em: a) Ecologia das Comunidades e das Populações que

contempla aspectos relacionados com selecção e dinâmica das populações de mamíferos,

ecologia molecular de vários tipos de organismos (marinhos, insectos e parasitas), ecologia

das comunidades de água doce, e evolução e controlo de doenças infecciosas; b) Biologia da

Conservação que foca aspectos relacionados com o impacte dos distúrbios antropogénicos e

das alterações climáticas nos organismos e habitats, as consequências da perda de

biodiversidade, o desenvolvimentos de modelos preditivos, e a avaliação dos custos e

benefícios da conservação; c) Evolução e Biodiversidade que contempla a evolução dos

padrões de diversidade dos insectos e artrópodes, as adaptações genéticas dos vertebrados,

as relações morfológicas e filogenéticas entre mamíferos vivos e extintos, e a Ecologia do

Quaternário; e d) Ecologia do Comportamento que foca as estratégias de vida dos

indivíduos, populações e comunidades na competição pelo alimento, acasalamento e

território. Os estudos incluem observações de campo em mamíferos, aves e insectos, bem

como estudos teóricos sobre sinalização e genética molecular.

O grau de Mestre é obtido após 1 ano de investigação na área da especialidade que

culmina com a apresentação escrita da dissertação e sua defesa, através de um exame oral.

Durante o mestrado, o aluno deverá frequentar cursos, desenvolver investigação e apresentar

2 relatórios de progresso. O sistema de ensino-aprendizagem em Cambridge tem uma forte

componente tutorial e os alunos têm planos curriculares adaptados às competências

científicas que pretendem adquirir. As actividades curriculares focam aspectos relacionados

com a utilização de ferramentas de pesquisa científica, de ferramentas estatísticas e de

ferramentas bioinformáticas, o planeamento de experiências, a apresentação oral e escrita de

resultados para diferentes públicos alvo, a apresentação de artigos científicos de acordo com

as normas editoriais, a apresentação de posters, o desenvolvimento de páginas na Internet,

etc.


44

Imperial College - Londres

(http://www3.imperial.ac.uk/naturalsciences/courses/pg/ls)

Oferece um Mestrado em Ecologia, Evolução e Conservação com a duração de 1 ano. O

curso compreende aulas teóricas, práticas, trabalhos de grupo e um projecto individual

correspondente a 50% do tempo de Mestrado. O curso tem um conjunto de unidades

curriculares obrigatórias em Ecologia das Comunidades e Conservação, Ecologia e Gestão

de populações, Ecologia Molecular, Especiação e Evolução da Biodiversidade, Extinção e

Filogenia, seguindo-se um leque de opções nas seguintes áreas: a) Conservação e Gestão,

cobrindo Sistemas de Informação Geográfica, Modelação Demográfica, Avaliação de

Impactes Ambientais; b) Análise Evolutiva, que inclui Evolução do Genoma, Bioinformática

e Filogenia; e c) Ecologia e Ecossistemas, contemplando temas de ecologia, conservação e

gestão florestal. O curso prevê, ainda, uma disciplina obrigatória de Estatística, workshops e

uma semana de investigação na instituição de acolhimento.

Swiss Federal Institute of Technology- ETH Zurique

(http://www.env.ethz.ch/education/master/index_EN)

O programa de Mestrado em Ciências do Ambiente tem a duração de 4 semestres,

durante os quais os alunos têm que obter 120 ECTS distribuídos como se segue: 40 ECTS

numa área de especialização (“major”), 20 ECTS para tópicos opcionais (“minors”), 30

ECTS para um estágio profissional e 30 ECTS para a dissertação. Os “major” abrangem

diversas áreas, nomeadamente Ecologia e Evolução, Biogeoquímica e Dinâmica de

Poluentes, Gestão Florestal e Paisagística, Sistemas Homem-Ambiente, e Atmosfera e

Clima. O estágio profissional pode ter lugar em ambiente empresarial, em instituições não

governamentais ou ser aplicado à investigação ou à educação ambiental.

Centre d'Enseignement et de Recherche sur l'Environnement et la Societé - Paris

(http://www.ese.u-psud.fr/masterEBE)

O Mestrado em Ecologia, Biodiversidade e Evolução é leccionado em parceria por:

Ecole Normale Supérieure de Paris, Université Pierre et Marie Currie, Université

Paris-Sud 11 e AgroParisTech. Este curso de Mestrado tem a duração de 4 semestres,

correspondendo a 120 ECTS. O 1º semestre decorre, em paralelo, em cada uma das

Instituições da parceria conforme se discrimina:


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- na Université Paris-Sud 11 o curso apresenta 4 unidades curriculares obrigatórias,

especificamente Ecologia Funcional, Ecologia Evolutiva, Modelação de Populações e

Ecossistemas, Métodos e Medidas em Ecologia. Além disso, os alunos têm formação

específica em Inglês e complementam a sua formação com unidades curriculares opcionais

oferecidas pela Universidade;

- na Université Pierre et Marie Currie o curso oferece Estatística, Análise e

Tratamento de Dados (3 ECTS), Grandes Questões Ambientais (3 ECTS), Inglês (6 ECTS)

e 3 unidades curriculares em Ecologia (6 ECTS cada): Problemáticas Actuais em

Biodiversidade, Ecologia Evolutiva e Dinâmica de Populações, Ecologia das Comunidades

e dos Ecossistemas;

- na AgroParisTech o curso é dirigido a alunos de Engenharia que escolhem as unidades

curriculares, sob a supervisão de um tutor, de forma a satisfazerem as exigências de um

Mestrado e as do diploma de Engenheiro. No 1º semestre 12,5 ECTS são de unidades

curriculares obrigatórias, 10,5 ECTS são unidades opcionais e 7 ECTS correspondem a

opções livres;

- na Ecole Normale Supérieure de Paris o curso compreende 3 unidades curriculares

obrigatórias, nomeadamente Genómica das Populações, Comportamento e Adaptação das

Populações e Dinâmica e Evolução dos Ecossistemas (6 ECTS cada), 1 unidade curricular

(6 ECTS) nas especialidades da Instituição (Genética e Genómica, Biologia Celular e

Desenvolvimento e Neurobiologia), 2 unidades curriculares (6 ECTS cada) a escolher entre

Evolução dos Genomas, Ritmos Biológicos, Envelhecimento e Cancro, Comunicações

Celulares Intra- e Inter-específicas, Relações Inter-específicas (Simbiose e Parasitismo) e

Resposta Adaptativa ao Stress;

No 2º semestre, os alunos escolhem, com apoio tutorial, as opções disponíveis nas

instituições da parceria ou em Instituições Estrangeiras, num total de 30 ECTS. O semestre

termina com um estágio obrigatório acordado com o tutor. O 3º semestre consiste em

módulos de cursos avançados seleccionados da oferta das instituições envolvidas. O 4º

semestre corresponde a um estágio obrigatório num laboratório de investigação, público ou

privado, ou numa empresa.


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Basel University

(http://pages.unibas.ch/botschoen/master/index.shtml)

O Instituto de Ciências Ambientais oferece um curso de Mestrado em Ecologia, com

duração de 3 semestres, para alunos com a graduação em Biologia e Ciências do Ambiente. O

curso funciona por módulos que cobrem vários aspectos da Ecologia e da Biologia da

Conservação. O aluno deve ter um mínimo de 90 ECTS: 30 para unidades curriculares, 50

para a dissertação e 10 para o exame final. Cada unidade curricular corresponde a 3-6 ECTS,

cujas aulas presenciais podem ocupar 3 a 6 h por semana ou decorrer de forma contínua e

intensiva. O curso versa os seguintes aspectos: Biodiversidade e Ecologia das Comunidades,

Biologia das Alterações Globais, Ecologia dos Sistemas Alpinos, Biologia da Conservação,

Biologia das Populações e Ecofisiologia e Ecologia dos Ecossistemas.

Munich University of Technology

(www.wzw.tum.de/wzw/studium/fakultaet/biowissenschaften/oekologie/master)

O programa de Mestrado em Ecologia tem a duração de 3 semestres e inclui as seguintes

especializações: Teoria Ecológica, Ecologia Terrestre, Ecologia Animal, Ecologia Vegetal,

Limnologia, Ecologia Microbiana, Ecoclimatologia, Ecotoxicologia, Ecofisiologia,

Interacções Planta-Parasita, Ecologia das Populações e Ecologia da Produção. Os alunos

terão de escolher 2 a 3 das áreas anteriores e serão integrados nos programas de investigação

em curso. O curso é ministrado em Alemão e Inglês e, para além da dissertação de

Mestrado, compreende aulas teóricas, seminários, aulas de campo e laboratoriais.

Umeå University

(http://www.emg.umu.se/utbildning/master/ecology/programme.html)

O Departamento de Ecologia e Ciências Ambientais oferece o Mestrado em Ecologia

com a duração de 4 semestres correspondendo a 120 ECTS. O programa oferece cursos

avançados, leccionados em Inglês, que combinam as aulas teóricas com a prática laboratorial

ou de campo. O programa começa com 3 cursos avançados (15 ECTS cada), nomeadamente

em Ecologia de Água Doce ou Ecologia da Floresta, Dinâmica das Populações e

Comunidades, e Ecologia da Evolução. Nos semestres subsequentes, o aluno é livre de


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escolher um dos cursos oferecidos na Universidade até um máximo de 30 ECTS, que podem

incluir Análise de Dados em Ecologia, Biodiversidade, Biologia da Conservação,

Ecossistemas Alpinos, etc. Os restantes 30 ECTS destinam-se à execução da tese de

Mestrado que cobre investigação avançada específica num tema de Ecologia.

Numa análise global dos cursos de Mestrado do espaço europeu apresentados, constata-

se que vários adoptaram oficialmente a língua Inglesa e privilegiam a aproximação do aluno

à actividade profissional e de investigação científica. Esta última manifesta-se através da

exigência da execução de trabalho de investigação autónomo e original para a obtenção do

grau de Mestre. Neste contexto, os objectivos genéricos estipulados pelos cursos de

mestrado são muito próximos na sua essência, promovendo uma oferta de formação de

elevada qualidade científica, baseada nas linhas de investigação de cada instituição. Este é

também o caso do curso de Mestrado em Ecologia da UMinho. No que diz respeito à língua,

embora a língua oficial do curso de Mestrado proposto seja o Português, é de salientar que

uma parte da formação será prestada em Inglês, devido ao facto de se contar com a

participação de investigadores visitantes não nacionais na leccionação de diversas temáticas.

Para além disso, os alunos serão treinados na apresentação oral e escrita de trabalhos em

Inglês. Os alunos com maiores dificuldades na utilização da língua Inglesa serão

encorajados a exercer um esforço extra-curricular de aprendizagem pessoal, podendo

usufruir dos cursos livres de Inglês oferecidos pela UMinho.

Na generalidade, o Mestrado em Ecologia da UMinho assemelha-se aos cursos de

Mestrado acima citados, privilegiando uma forte componente de trabalho experimental

(laboratório ou campo) ou teórico-prático. Outro aspecto comum entre o Mestrado de

Ecologia da UMinho e os outros Mestrados é o facto de oferecer um conjunto de unidades

curriculares obrigatórias, que pretendem dar formação sólida em Ecologia e de contemplar

unidades curriculares optativas, permitindo simultaneamente adequar a formação curricular

às necessidades do aluno.

Os conteúdos do Mestrado de Ecologia proposto são diversificados e centrados nas

questões mais actuais e relevantes da Ecologia e estão ainda integrados nos tópicos

desenvolvidos nas linhas de investigação em curso no CBMA, unidade I&D à qual pertence

o corpo docente do Departamento de Biologia afecto ao Mestrado. Desta forma, as temáticas

específicas a abordar inserem-se em unidades curriculares obrigatórias, com 6 ECTS cada,


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como Processos Populacionais, que inclui conteúdos de Ecologia das populações e das

comunidades, Ecologia Quantitativa, que explora desenhos experimentais com vista a

estabelecer relações entre o biota e os factores ambientais, Ecologia Molecular, que aborda

os conceitos chave da evolução e da genética de populações e aplica as ferramentas

moleculares actualmente disponíveis, Ecologia Descritiva e Espacial, que inclui métodos de

amostragem e de caracterização dos descritores ecológicos e a ecologia da paisagem, e

Biodiversidade e Ecologia Funcional, que se preocupa com o papel da diversidade biológica

no funcionamento e estabilidade dos ecossistemas. Além disso, os alunos terão que

frequentar uma unidade curricular de seminário (5 ECTS) e desenvolver um projecto num

laboratório de investigação ou em ambiente empresarial (7 ECTS). Oferece-se, ainda, um

leque de Unidades Curriculares optativas das quais os alunos terão que seleccionar 3 e que

incluem Ecologia Microbiana, Biologia do Stress e Ecotoxicologia, Ecologia Aquática,

Conservação dos Recursos Naturais, Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica e

Opção Aberta.

A duração dos cursos de Mestrado nas universidades inglesas é de 2 semestres (60

ECTS); nos outros casos, os cursos podem ser de 3 (90 ECTS) ou de 4 semestres (120

ECTS). A dissertação pode ocupar 2 semestres de formação (por exemplo, Basel

University), ou 1 semestre (por exemplo, Imperial College). No caso da presente proposta de

criação do Mestrado em Ecologia da UMinho, é dado ênfase particular à preparação da

dissertação, que ocupa 50% do número total de ECTS. A atribuição do máximo de ECTS

permitido à dissertação, possibilita a realização de um trabalho inovador com uma forte

componente experimental e a aquisição de conhecimento de forma autónoma.

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Proposta de Criação do MESTRADO EM ECOLOGIA (2º Ciclo de ... · B. ESTRUTURA CURRICULAR E PLANO DE ESTUDOS ... o respectivo curso. 2º ... é fundamental se queremos