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REPÚBLICA DE ANGOLA PROPOSTA DE DECRETO PRESIDENCIAL REGULAMENTO SOBRE AVALIAÇÃO E REAVALIAÇÃO DE PRÉDIOS URBANOS E RÚSTICOS, BEM COMO INSCRIÇÃO, ORGANIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO, ALTERAÇÃO, RENOVAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE MATRIZES PREDIAIS

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REPÚBLICA DE ANGOLA

PROPOSTA DE DECRETO PRESIDENCIAL

REGULAMENTO SOBRE AVALIAÇÃO E REAVALIAÇÃO DE PRÉDIOS URBANOS E

RÚSTICOS, BEM COMO INSCRIÇÃO, ORGANIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO,

ALTERAÇÃO, RENOVAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE MATRIZES PREDIAIS

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REPÚBLICA DE ANGOLA

PROPOSTA DECRETO PRESIDENCIAL

1) SUMÁRIO A PUBLICAR NO DIÁRIO DA REPÚBLICA

Eis o sumário que deverá constar da I Série do Diário da República (DR):

“O Decreto Presidencial n.º ___/20, de___ de________, aprova o Regulamento sobre

Avaliação e Reavaliação de Prédios Urbanos e Rústicos, bem como Inscrição, Organização,

Conservação, Alteração, Renovação e Substituição de Matrizes Prediais.”

2) NECESSIDADE DA FORMA PROPOSTA PARA O DIPLOMA

A presente iniciativa legislativa obedece à forma de Decreto Presidencial, nos termos da

alínea l) do artigo 120º e do n.º 3 do artigo 125º, ambos da Constituição da República de

Angola, bem como dos artigos 30.º, 34.º, 37.º e 38.º, todos do Código do Imposto Único sobre

o Património.

3) ACTUAL ENQUADRAMENTO JURÍDICO DA MATÉRIA OBJECTO DO

DIPLOMA

A matéria objecto do presente diploma é aplicável aos prédios urbanos e rústicos sujeitos a

Imposto Único sobre o Património.

4) NOTA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL

Eis a nota que se aconselha para os órgãos de comunicação social:

O Presidente aprovou e mandou publicar hoje o diploma que procede à implementação do

Regulamento sobre Avaliação e Reavaliação de Prédios Urbanos e Rústicos, bem como

Inscrição, Organização, Conservação, Alteração, Renovação e Substituição de Matrizes

Prediais, que revoga o Decreto Presidencial n.º 81/11 de 25 de Abril, que aprova as

Tabelas de Avaliação e Reavaliação de Prédios Urbanos, e o Despacho n.º 1069/11 de 29

de Dezembro.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

DECRETO PRESIDENCIAL Nº__/20

de___ de ________

Considerando que o Código do Imposto Único sobre o Património procede à alteração do

Código do Imposto predial Urbano e estabelece as regras gerais de tributação da propriedade

imobiliária, tanto na vertente estática como na dinâmica, abrangendo os prédios urbanos e

rústicos destinados à actividade agrícola, pecuária e silvícola;

Havendo necessidade de se adoptar um adequado modelo de avaliação dos prédios urbanos e a

introdução de um modelo de avaliação para os prédios rústicos e terrenos para construção,

mediante critérios objectivos, justos, simples e coerentes, que permitem a correcta

determinação do valor patrimonial dos imóveis, sem espaço para a subjectividade e

discricionariedade do avaliador;

Havendo a necessidade de se definir mecanismos e coeficientes que permitem avaliar os

prédios rústicos, os prédios urbanos sem edificação, tenham ou não documento de viabilidade

construtiva, bem como os prédios urbanos com edificação parcial, em que passa a ser

considerada partes das áreas livres ou descobertas;

Considerando a existência de especificidades e diferenças entras várias zonas da mesma

província, município e, inclusive, do mesmo distrito, facto que obriga a que haja maior

granularidade no zonamento, de modo a garantir uma justiça na avaliação dos imóveis aí

situados tendo em conta a sua exata e real localização, bem como as condições circundantes;

Tendo em conta a necessidade de definição das regras de inscrição, organização, conservação,

alteração, renovação e substituição de matrizes prediais;

O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo

125.º, ambos da Constituição da República, bem como dos artigos 30.º, 34.º, 37.º e 38.º, todos

do Código do Imposto Único sobre o Património, o seguinte:

REGULAMENTO SOBRE AVALIAÇÃO E REAVALIAÇÃO DE PRÉDIOS URBANOS E

RÚSTICOS, BEM COMO INSCRIÇÃO, ORGANIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO,

ALTERAÇÃO, RENOVAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE MATRIZES PREDIAIS

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REPÚBLICA DE ANGOLA

TÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.º

(Aprovação)

É aprovado o Regulamento sobre Avaliação e Reavaliação de Prédios Urbanos e Rústicos, bem

como Inscrição, Organização, Conservação, Alteração, Renovação e Substituição de Matrizes

Prediais.

Artigo 2.º

(Objecto)

O presente Regulamento aplica-se a todos os prédios urbanos e rústicos situados no território

angolano.

TÍTULO II

AVALIAÇÃO DE PRÉDIOS URBANOS E RÚSTICOS

CAPÍTULO I

Avaliação e reavaliação de prédios urbanos

Secção I

Da avaliação

Artigo 3.º

(Fundamento e competência)

1. A avaliação de prédios urbanos é feita com base nas fórmulas previstas no presente diploma,

de acordo com os critérios objectivos nelas estabelecidos.

2. É competente para a avaliação de imóveis a Repartição Fiscal da área da situação dos

mesmos.

3. A avaliação efectuada nos termos do n.º 1 deste artigo, deve fixar definitivamente o valor

patrimonial do imóvel, para efeitos do disposto nos artigos xx.º e xx.º do Código do xx, sem

prejuízo de requerer a reavaliação, nos termos do CIUP e do presente Decreto Presidencial.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Artigo 4.º

(Fórmulas de avaliação de prédios urbanos)

1. A determinação do valor patrimonial dos prédios urbanos para habitação, comércio, indústria

e serviços resulta da seguinte expressão:

Vi = Vb x A x Cl x Cv x Cc x Ca

Em que:

Vi = Valor patrimonial do imóvel

Vb = Valor base

A = Área bruta de construção mais a área adjacente à área de implantação

Cl = Coeficiente de localização

Cv = Coeficiente de vetustez

Cc = Coeficiente de conforto

Ca = Coeficiente de afectação

2. O valor patrimonial apurado nos termos do número anterior é arredondado para a unidade de

Kwanzas, imediatamente superior.

Artigo 5.º

(Valor base)

1. O valor base corresponde ao valor médio do metro quadrado do prédio urbano, definido nos

termos do artigo 3.º do Código do Imposto Predial Urbano.

2. O valor médio por metro quadrado referido no número anterior é o constante da tabela a

seguir apresentada, sendo determinado em função da zona de localização do imóvel, de

acordo com os critérios estabelecidos no artigo 7.º do presente Decreto:

Localização Valor base (UCF)

Zona 1 2.500

Zona 2 1.405

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Zona 3 746

3. Os valores referidos no número anterior estão sujeitos a actualização periódica, por

despacho do Ministro das Finanças.

Artigo 6.º

(Áreas)

1. Para os prédios edificados, a área bruta de construção do edifício ou da fracção e a área

excedente à de implantação (A) resultam da seguinte expressão:

A = Ab x Caj + Al1 + Al2

Em que:

Ab representa a área bruta edificada;

Caj representa o coeficiente de ajustamento de áreas;

Al1 representa a área de terreno livre até ao limite de duas vezes a área de implantação;

Al2 representa a área de terreno livre que excede o limite de duas vezes a área de

implantação

2. A área bruta edificada (Ab) é a superfície total medida pelo perímetro exterior e eixos das

paredes ou outros elementos separadores do edifício ou da fracção.

3. A área do terreno livre do edifício ou da fracção ou a sua quota-parte resulta da diferença

entre a área total do terreno e a área de implantação da construção ou construções e integra

jardins, parques, campos de jogos, piscinas, quintais e outros logradouros, aplicando-se-lhe,

até ao limite de duas vezes a área de implantação (Al1), o coeficiente de 0,025 e na área

excedente ao limite de duas vezes a área de implantação (Al2) o de 0,005.

4. Para os prédios cuja afectação seja a habitação, o coeficiente de ajustamento de áreas (Caj) é

aplicado às áreas brutas edificadas e é variável em função dos escalões de área, de acordo

com a seguinte tabela e com base nas seguintes fórmulas:

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Habitação

Ab Caj Fórmulas de ajustamento de áreas

≤100 1,00 Aa

> 100 ≤ 160 0,90 100 x 1,0 + 0,90 x Aa– 100)

> 160 ≤ 220 0,85 100 x 1,0 + 0,90 x (160 – 100) + 0,85 x Aa -160)

> 220 0,80 100 x 1,0 + 0,90 x (160 – 100) + 0,85 x (220-160) +

0,80 x Aa -220)

5. Para os prédios cujas afectações sejam espaços comerciais e escritórios, o coeficiente de

ajustamento de áreas (Caj) é aplicado às áreas brutas edificadass e é variável em função dos

escalões de área, seguindo a mesma metodologia de cálculo do n.º 1, de acordo com a

seguinte tabela:

Espaços comerciais e escritórios

Ab Caj

≤100 1,00

> 100 ≤ 500 0,90

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> 500 ≤ 1000 0,85

> 1000 0,80

6. Para os prédios cuja afectação seja a indústria, o coeficiente de ajustamento de áreas (Caj) é

aplicado às áreas brutas edificadas e é variável em função dos escalões de área, seguindo a

mesma metodologia de cálculo do n.º 1, de acordo com a seguinte tabela:

Industria

Ab Caj

≤ 400 1,00

> 400 ≤ 1000 0,90

> 1000 ≤ 3000 0,85

> 3000 0,80

7. Nos terrenos para construção cujas áreas sejam determinadas com base em licenças de

construção ou outros documentos de viabilidade construtiva, o coeficiente de ajustamento de

áreas (Caj) é aplicado às edificações autorizadas ou previstas, de acordo com as seguintes

regras:

a) Quando existir apenas uma afectação, aplica-se a tabela correspondente;

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b) Quando existir mais de uma afectação, com discriminação de área, aplica-se a tabela

correspondente a cada uma das afectações;

c) Quando a afectação for mista e não for possível estabelecer a discriminação referida na

alínea anterior, aplica-se a tabela referente à afectação economicamente dominante.

8. Relativamente aos prédios urbanos edificados com afectação mista aplica-se, com as

necessárias adaptações, o disposto nas alíneas b) e c) do disposto no número anterior.

9. Nos casos de terrenos para construção sem documentos de viabilidade construtiva, e em

relação aos quais é desconhecida a afectação futura, o coeficiente de ajustamento de áreas

(Caj) a aplicar é aferido em função da afectação predominante dos prédios urbanos que

constituem o meio circundante do terreno em causa.

Artigo 7.º

(Coeficiente de localização)

1. O coeficiente de localização, destina-se a corrigir o valor base, consoante a localização do

imóvel, variando entre 0,5 e 1,5, de acordo com a seguinte tabela:

Localização Coeficientes

Zona 1 1,5

Zona 2 1

Zona 3 0,5

2. A aplicação do coeficiente de localização na Província de Luanda deve corresponder à seguinte

divisão:

Distrito/Município Localidade Zona

Sambizanga Miramar 1

Comandante Valódia 1

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São Paulo 2

Centralidade Marconi 2

Restantes localidades 3

Maianga

Bairro Alvalade 1

Bairro Maianga 1

Restantes localidades 2

Ingombota Restantes localidades 1

Boavista 2

Rangel

Vila Alice 1

Nelito Soares 2

Restantes localidades 3

Samba Morro Bento 1

Restantes localidades 2

Kilamba Kiaxi

Nova Vida 1

Restantes localidades

2

Belas

Talatona 1

Benfica 2

Cidade do Kilamba 2

Restantes Localidades 3

Viana

Vila de Viana 2

Kicuxi 2

Zango Zero 2

Restantes localidades 3

Cacuaco

Vila de Cacuaco 2

Centralidade do Sequele 2

Restantes localidades 3

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Cazenga

Villas de Luanda-Filda 2

Centralidade do Cazenga 2

Restantes localidades 3

Icolo e Bengo Todas as localidades 3

Quissama Todas as localidades 3

3. A aplicação do coeficiente de localização nas restantes Províncias deverá corresponder à

seguinte divisão:

Localização Zona

Capitais de Províncias Zona 2

Fora da capital de Província (excepto novas centralidades) Zona 3

Cidade do Soyo (Zaire) Zona 3

Cidade do Lobito (Benguela) Zona 2

Novas Centralidades Zona 2

Artigo 8.º

(Coeficiente de vetustez)

O coeficiente de vetustez destina-se a corrigir o valor base em função do número de anos que

tenha decorrido desde a mais antiga de entre a data da atribuição do direito fundiário, da posse

e uso do imóvel, emissão de licença de habitação quando exista, ou a data de conclusão das

obras, variando entre 0,4 e 1 de acordo com a seguinte tabela:

Anos Coeficientes

Mais de 50 anos 0,4

Entre 30 e 50 anos 0,5

Entre 10 e 30 anos 0,6

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Entre 5 e 10 anos 0,8

Menos de 5 anos 1

Artigo 9.º

(Coeficiente de conforto)

O coeficiente de conforto destina-se a corrigir o valor base em função das características do

imóvel e dos serviços nele existentes, sendo igual a 1, acrescido dos factores minorativos e

majorativos constantes das seguintes tabelas:

Habitação

Minorativos Coeficientes

Inexistência de cozinha - 0,1

Inexistência de saneamento básico - 0,15

Inexistência de rede de água - 0,1

Inexistência de rede de electricidade - 0,1

Inexistência de ruas pavimentadas - 0,03

Inexistência de elevadores (edifício com mais de 4 andares) - 0,05

Estado deficiente de conservação - 0,1

Habitação

Majorativos Coeficientes

Condomínio fechado 0,15

Garagem individual 0,2

Garagem colectiva 0,3

Piscina individual 0,8

Piscina colectiva 0,1

Recinto desportivo / Ginásio 0,2

Localização excepcional Até 0,1

Sistema central de climatização 0,03

Elevador (edifício com menos de 4 andares) 0,02

Porteiro ou segurança privada 0,1

Proximidade de serviços Até 0,1

Indústria, Serviços e Comércio

Minorativos Coeficientes

Inexistência de saneamento básico - 0,15

Inexistência de rede de água - 0,1

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Inexistência de rede de electricidade - 0,1

Inexistência de ruas pavimentadas - 0,03

Inexistência de elevadores (edifício com mais de 4 andares) - 0,05

Estado deficiente de conservação - 0,1

Indústria, Serviços e Comércio

Majorativos Coeficientes

Localização em centro commercial 0,25

Localização em edifício de escritórios 0,1

Sistema central de climatização 0,05

Elevadores ou escadas rolantes 0,03

Localização excepcional Até 0,1

Proximidade de serviços Até 0,2

Artigo 10.º

(Coeficiente de afectação)

1. O coeficiente de afectação destina-se a corrigir o valor base em função da utilização dada ou

prevista para o imóvel, variando entre 0,4 e 1,5 de acordo com a seguinte tabela:

Utilização Coeficientes

Habitacionais 1

Comerciais, escritórios ou para serviços 1,2

Industriais 0,5

Outros 1,5

2. O coeficiente aplicado ou a aplicar deve ser corrigido caso se verifique uma alteração na

utilização dada ou prevista para o imóvel.

3. O coeficiente da afectação “outros” aplica-se nos casos de terrenos para construção cuja área

não seja definida com base em licença de construção ou outro documento de viabilidade

construtiva, e bem assim nos prédios urbanos cuja afectação não coiba nas demais constantes

da tabela do n.º 1 do presente artigo.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Artigo 11º

(Valor patrimonial de terrenos para construção)

1. O valor patrimonial dos terrenos para construção determinado com base em licença de

construção ou outro documento de viabilidade construtiva, como sejam os instrumentos de

ordenamento de ordenamento do território, de entre os quais os Planos Directórios Municipais

(PDM), quando existam, é o somatório do valor da área de implantação do edifício a

construir, que é a situada dentro do perímetro de fixação do edifício ao solo, medida pela

parte exterior, adicionado do valor do terreno adjacente à implantação.

2. O valor da área de implantação corresponde a 20%, 15% ou 10% do valor das obras

licenciadas ou previstas, de acordo com a tabela seguinte, determinado nos termos do artigo

2.º:

3. O valor da área adjacente à construção é calculado nos termos do n.º 3 do artigo 6.º.

4. Caso inexista licença de construção ou outro documento de viabilidade construtiva que

permita determinar a área do edifício licenciada ou autorizada, a área edificável do terreno

para construção deve ser determinada com base no mesmo índice de utilização ou de

construção de terrenos contíguos, na mesma rua ou quarterão.

Secção II

Da reavaliação de prédios urbanos

Artigo 12.º

(Pedido de reavaliação)

1. No prazo de 30 dias, contados da data de notificação do resultado da avaliação efectuada nos

Localização Valor da edificação

Zona 1 20%

Zona 2 15%

Zona 3 10%

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REPÚBLICA DE ANGOLA

termos dos artigos anteriores, pode o sujeito passivo ou a autarquia local requerer a

reavaliação do imóvel, com efeito suspensivo da obrigação de pagamento do imposto, tendo

em vista a correcção do valor patrimonial inicialmente fixado, mas apenas uma vez após a

publicação da presente tabela e uma vez por cada alteração que se venha a verificar no

imóvel.

2. O requerimento referido no número anterior deverá ser dirigido ao Chefe da Repartição Fiscal

competente para a avaliação.

3. O procedimento de reavaliação pode também ser despoletado por iniciativa da Administração

Geral Tributária, sempre que se verifiquem inconsistências nas declarações do contribuinte

com significativo impacto no apuramento do imposto a pagar.

Artigo 13.º

(Procedimento de reavaliação)

1. A reavaliação é efectuada pelo Chefe da Repartição Fiscal competente, ou técnico por ele

nomeado, através de uma avaliação presencial a realizar nos termos do presente Capítulo.

2. O valor patrimonial apurado nos termos do número anterior é arredondado para a unidade de

Kwanzas imediatamente superior.

3. A decisão final sobre o pedido de reavaliação deve ter lugar no prazo de 30 dias, após

apresentação desse pedido.

4. Findo o prazo referido no número anterior, sem que a reavaliação tenha sido concluída por

facto imputável ao contribuinte, fica o requerimento sem efeito, passando a definitiva, o valor

patrimonial resultante da avaliação inicial, não restando mais possibilidades ao contribuinte

de requerer a reavaliação, operando a cessação do efeito suspensivo da obrigação de

pagamento do imposto.

Artigo 14.º

(Fórmula de reavaliação)

A determinação do valor base, os respectivos coeficientes de correcção e os conceitos

aplicáveis no Capítulo referente à avaliação de imóveis são igualmente aplicáveis à

reavaliação.

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CAPÍTULO II

AVALIAÇÃO DE PRÉDIOS RÚSTICOS

Por definir…. As formas de avaliação dos prédios rústicos devem ser elaboradas em trabalho

conjunto com o Ministério da Agricultara e Ordem dos Engenheiros de Angola (Colégio dos Eng.º

Agrónomos).

TÍTULO I

DAS MATRIZES PREDIAIS

CAPÍTULO I

Disposições comuns

Artigo .º

(Matrizes prediais)

1. As matrizes prediais são registos, físicos ou electrónicos, de que constam, designadamente, a

caracterização dos prédios, a localização e o seu valor patrimonial tributário, a identidade dos

proprietários e, sendo caso disso, dos usufrutuários e superficiários.

2. Existem duas matrizes, uma para a propriedade rústica e outra para a propriedade urbana.

3. Cada andar ou parte de prédio suscetível de utilização independente é considerado

separadamente na inscrição matricial, a qual discrimina também o respetivo valor patrimonial

tributário.

4. As matrizes são atualizadas anualmente com referência a 31 de dezembro.

5. As inscrições matriciais só para efeitos tributários constituem presunção de propriedade.

6. O modo de inscrição de prédios na matriz e a respectiva actualização estão estabelecidos no

Código do IUP.

Artigo .º

(Organização e conservação das matrizes)

1. A organização e conservação das matrizes incumbem às Repartições Fiscais da área onde

os prédios se encontram situados.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

2. Pode a Direção dos Serviços Fiscais da Administração Geral Tributária, ouvindo o

Director regional, chamar a si a competência para a organização das matrizes de qualquer

Repartição Fiscal.

Artigo .º

(Inscrição de prédio situado em mais de uma Autarquia local)

1. Se um prédio se encontrar em duas Autarquias locais diferentes, é inscrito na matriz

daquela em que se localize a parte onde tenha a entrada principal, exceto quando se trate de

um complexo de edifícios ou construções submetidas ao regime de propriedade horizontal

ou similar, cujas frações autónomas são inscritas na matriz da autarquia local em que se

localizem.

2. Se o prédio for rústico e não vedado, é inscrito na Autarquia onde esteja situada a maior

parte.

3. Se o prédio for rústico e vedado, deve inscrever-se na Autarquia a que pertença a parte

onde se situe a serventia principal.

4. Diz-se vedado o prédio circunscrito por cerca, muro ou outro meio tendente a impedir o

acesso do público de maneira eficaz e duradoura.

Artigo .º

(Forma das matrizes)

1. As matrizes são constituídas por registos efetuados, por artigo, em suporte informático ou

de papel, onde a cada prédio corresponde um único artigo na matriz.

2. A numeração dos artigos é seguida na matriz de cada autarquia local e em cada secção na

matriz cadastral.

Artigo .º

(Inscrição de prédio de herança indivisa)

1. Quando um prédio faça parte de herança indivisa, é inscrito na matriz predial respetiva

em nome do autor da herança com o aditamento «cabeça de casal da herança de...», sendo

atribuído à herança indivisa, oficiosamente, o respetivo número de identificação fiscal

pela Repartição Fiscal competente.

2. À Repartição Fiscal referida no número anterior compete averbar, na matriz predial de

todos os prédios inscritos em nome do autor da herança, o número de identificação fiscal

atribuído à herança indivisa.

3. Quando os prédios que integram a herança forem transmitidos para um único herdeiro

serão inscritos na matriz predial respetiva nesse nome.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Artigo .º

(Inscrição de prédio em regime de compropriedade)

1. A compropriedade deve inscrever-se em nome de todos os comproprietários, com

indicação da parte que caiba a cada um deles e das correspondentes fracções do valor

patrimonial tributário, sem prejuízo do disposto no artigo xxxx.º quanto à propriedade

horizontal.

2. Quando não seja conhecida a parte que caiba a cada um dos comproprietários, o prédio é

inscrito em nome de todos eles, por ordem alfabética.

Artigo .º

(Inscrição de prédios isentos)

A inscrição dos prédios isentos faz-se nos termos gerais, mencionando-se, porém, na

coluna das observações, o preceito legal que estabeleça a isenção, devendo ainda, quando

esta situação seja temporária, indicar-se, na referida coluna, as datas em que tenha início

e termo, bem como o respetivo despacho e o processo em que haja sido proferido, sendo

caso disso.

Artigo .º

(Inscrição de prédios mistos)

Cada uma das partes distintas do prédio misto é inscrita na matriz que lhe competir.

CAPÍTULO II

Matrizes urbanas

Artigo .º

(Matriz urbana)

1. As matrizes urbanas devem especificar:

a) O nome, identificação fiscal e residência dos proprietários, usufrutuários ou

superficiários;

b) A localização e nome do prédio, quando o tenha, confrontações ou número de polícia,

quando exista;

c) A descrição do prédio ou indicação da sua tipologia, quando esta exista;

d) Os elementos considerados para o cálculo do valor patrimonial tributário do prédio;

e) O valor patrimonial tributário.

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2. Nos municípios onde exista cadastro predial, a matriz deve compreender ainda o Número

de Identificação Predial (NIP).

Artigo .º

(Inscrição de prédio em regime de propriedade horizontal)

1. A cada edifício em regime de propriedade horizontal corresponde uma só inscrição na

matriz.

2. Na descrição genérica do edifício deve mencionar-se o facto de ele se encontrar em

regime de propriedade horizontal.

3. Cada uma das frações autónomas é pormenorizadamente descrita e individualizada pela

letra maiúscula que lhe competir segundo a ordem alfabética.

Artigo .º

(Verbetes de lançamentos)

1. Das matrizes extrair-se-á, por cada titular a relação do conjunto de prédios inscritos que

não estejam arrendados, contendo, o valor do imposto a que estão sujeitos.

2. O verbete de lançamento deve conter o nome do contribuinte, Número de Identificação

Fiscal, número do artigo matricial, o valor patrimonial do imóvel, a importância do

imposto de acordo com a primeira e a segunda prestação, e morada do contribuinte,

referência às inscrições matriciais, com indicação das zonas administrativas referidas no

artigo xxx .°, artigos da matriz e respectivos rendimentos colectáveis.

3. As alterações introduzidas nas matrizes devem tomar-se em conta nos verbetes de

lançamento, quando se reportem a indicações que deles constem.

Secção I

Cadernetas prediais

Artigo .º

(Cadernetas prediais)

1. Por cada prédio inscrito na matriz é preenchida e entregue ao sujeito passivo uma

caderneta predial conforme modelo oficial aprovado.

2. O preenchimento das cadernetas compete à entidade que organizar as respetivas matrizes.

3. A entrega das cadernetas é feita na Repartição Fiscal da área de situação dos prédios ou

disponibilizada electronicamente.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Artigo .º

(Rectificações das cadernetas prediais)

1. As alterações nos artigos da matriz determinam sempre as correspondentes rectificações

nas cadernetas.

2. Quando se tratar de transmissão parcial, descreve-se na caderneta do transmitente a parte

que lhe ficar pertencendo, ou simplesmente se lhe faz referência, se não tiver de

modificar-se a descrição, preenchendo-se, com menção da parte transmitida, nova

caderneta, que será entregue ao adquirente.

Artigo .º

(Conformação das cadernetas prediais com os artigos matriciais)

As cadernetas prediais são gratuitamente conformadas com o artigo matricial, sempre que

os interessados o solicitem, devendo o chefe da Repartição Fiscal datar e rubricar, na

coluna própria, a nota de conferência.

Artigo .°

(Entrega das cadernetas)

1. As segundas vias e as cadernetas alteradas ou conferidas serão entregues aos interessados

no prazo de oito dias, contados, respectivamente, da data da requisição ou da apresentação

na Repartição de Fiscal.

2. Da entrega das cadernetas para alterações ou conferências passar-se-á recibo, que deverá

ser restituído quando aquelas forem devolvidas.

Artigo .º

(Anotação)

1. Nos concelhos em que venha a estabelecer-se o registo predial obrigatório, a anotação das

cotas de referência da descrição dos prédios e das inscrições em vigor e respectivos

cancelamentos é feita no lugar próprio das cadernetas, ou em folhas anexas, conforme o

modelo n. ° 4, que os contribuintes apresentam na competente conservatória a fim de

serem numeradas e incluídas nas cadernetas correspondentes.

2. As folhas anexas serão utilizadas quando a caderneta não comporte mais averbamentos e

quando se trate de modelos que para eles não tenham lugar, devendo a conservatória

respectiva anotar sempre a inclusão daquelas folhas.

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Secção II

Conservação das matrizes

Artigo .º

(Conservação das matrizes)

1. Cumpre à Repartição Fiscal averbar oficiosamente em nome dos adquirentes, ou dos que

figurarem como tais, e dos novos possuidores a inscrição dos prédios por cuja

transmissão tenha sido liquidado IUP sobre as transmissões onerosas ou gratuitas de

imóveis ou se tenha mostrado não serem devidos estes impostos.

2. Quando os prédios estejam situados em área fiscal diversa daquela em que existam os

elementos necessários para o averbamento, é enviada nota desses elementos à Repartição

Fiscal competente.

3. Se, depois do averbamento na matriz, vierem a ser anulados ou restituídos os impostos

referidos no n.º 1 deste artigo, dá-se, oficiosamente, o averbamento sem efeito.

4. Quando à herança concorra mais de um interessado e o documento da partilha não se

encontre junto ao processo de liquidação do IUP sobre as transmissões por morte,

observa-se o disposto no artigo xx .°.

5. Se um prédio que era objecto de propriedade singular passar ao regime de com

propriedade, cumpre-se o estabelecido no artigo xx. °.

6. Deve sempre mencionar-se nos averbamentos o ano em que tenham sido efetuados, e

bem assim, em forma resumida, os elementos que os justifiquem.

Artigo .º

(Eliminação da inscrição de prédios demolidos)

A eliminação na matriz das inscrições dos prédios demolidos é feita oficiosamente, após

o pedido da liquidação referida no artigo xxx. ° e perante informações dos serviços de

fiscalização relativas ao termo das demolições, sem prejuízo da inscrição do novo prédio

urbano resultante da demolição em um artigo matricial adicional.

Artigo .°

(Encerramento do serviço de conservação das matrizes)

O serviço anual de conservação das matrizes será encerrado em 15 de Dezembro.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Artigo .º

(Alterações nas matrizes)

As alterações a introduzir nas matrizes deverão obedecer às regras seguintes:

a) Os prédios omissos inscrevem-se em artigos adicionais, continuando-se a numeração

precedente e acrescentando-se ao texto a nota «Omisso desde...»;

b) Os prédios novos são inscritos pela forma declarada na alínea anterior, salvo quando à

anotação, que consiste em mencionar as datas em que foram considerados habitáveis e

aquelas em que foram efectivamente ocupados;

c) Os prédios melhorados, modificados ou reconstruídos com variação do número de fogos,

andares ou do regime jurídico, inscrevem-se em novos artigos da matriz, lançando-se nos

respectivos textos, conforme os casos: «Melhorado (modificado ou reconstruído) em...

de.. -Estava inscrito sob o artigo...»;

d) Tratando-se de prédios modificados ou melhorados sem variação de número de fogos,

andares ou do regime jurídico, a alteração é feita no respectivo artigo, anotando-se no

texto: «Modificado (ou melhorado) em... de...»;

e) Se um prédio for dividido, é eliminada a sua inscrição na matriz e cada novo prédio

resultante da divisão será inscrito em artigo adicional;

f) O prédio constituído pela reunião de outros prédios é inscrito em artigo adicional,

eliminando-se as inscrições dos que deixarem de ter existência autónoma e anotando-se

na nova inscrição: «Formado pela reunião dos artigos…»;

g) Quando se verifique demolição ou destruição total ou parcial de um prédio, o

correspondente artigo deve ser eliminado e inscrito o prédio em artigo matricial

adicional, de harmonia com o novo resultado da avaliação.

h) Sempre que um prédio rústico adquirir o estatuto de prédio urbano inscreve-se em um

artigo adicional na matriz, e, se a transformação do prédio rústico for parcial, somente

esta parte será inscrita em um artigo adicional;

i) A eliminação de um artigo da matriz efectua-se com colocação do carimbo nas páginas

do artigo matricial com a descrição, em vermelho, “anulado”.

Secção III

Renovação e substituição das matrizes

Artigo .º

(Renovação das matrizes)

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1. Sempre que as matrizes não informatizadas se encontrem em estado de deterioração tal que,

no todo ou em parte, não possam continuar a ser utilizadas, deve o Chefe da Repartição

Fiscal ordenar a sua renovação.

2. A renovação das matrizes consiste na cópia fiel do que nelas se encontre em vigor à data em

que se efetue a mesma renovação, e faz-se apenas na medida em que se mostre necessária.

3. A renovação incumbe à Repartição Fiscal competente para a organização das matrizes,

devendo ser autenticadas, com a rubrica do respetivo chefe, todas as folhas da matriz

renovada.

Artigo .º

(Substituição das matrizes)

As matrizes prediais devem ser substituídas quando, por inutilização acidental, deterioração

irremediável, ou inexatidão manifesta, não possam continuar em serviço.

Artigo .º

(Competência)

1. Compete ao titular do Departamento Ministerial responsável pelas Finanças Públicas, sob

proposta da Administração Geral Tributária, mandar proceder à substituição das matrizes.

2. Consoante as razões que a determinem, a substituição pode ser ordenada para todas as

matrizes de uma província ou para as de um ou mais municípios ou circunscrições

autárquicas.

Artigo .º

(Declaração)

1. Quando for ordenada a substituição das matrizes prediais, todos os proprietários

usufrutuários ou superficiários são obrigados a apresentar, na Repartição Fiscal da área em

que se situem os prédios, declaração conforme o modelo.º 5.

2. As declarações devem ser apresentadas em duplicado, em relação a cada prédio no prazo

anunciado nos editais.

3. Na prestação das declarações prescritas nos números anteriores deve observar-se o seguinte:

a) O prédio de regime de usufruto deve ser descrito pelo usufrutuário;

b) O prédio foreiro deve sê-lo pelo senhorio útil, com menção do encargo de fórum;

c) O senhorio directo de prédios enfitêuticos declarara os foros que receba, com a indicação

do nome dos foreiros;

d) Nos demais casos em que o rendimento se reparta por mais de um titular, analogamente

se observara o disposto nas alíneas b) e c) do presente número.

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Artigo .º

(Procedimento)

1. A Repartição Fiscal de cada área fiscal deve verificar se as declarações, referidas no artigo

anterior, correspondem a todos os prédios urbanos situados na circunscrição municipal ou

autárquica a que respeitem.

2. Esta verificação tem de estar concluída dentro de 90 dias a contar do termo do prazo para

entrega das declarações.

3. Quando os sujeitos passivos não tenham apresentado declarações referentes a quaisquer

prédios, as Repartições Fiscais preenchem e assinam os respetivos impressos.

Secção IV

Prédios Omissos na Matriz e Prédios Construídos de Novo, Modificados e

Melhorados

Artigo .°

(Obrigação de declaração da omissão)

1. Os adquirentes, por qualquer título, de prédios omissos na matriz ou de direito a rendimento

desses prédios são obrigados a declarar a omissão na Repartição Fiscal competente, no prazo

de um ano, contado da data da transmissão, salvo o disposto no artigo seguinte.

2. As declarações serão feitas em impressos do modelo n.° 5, devendo as mesmas conter a

situação, descrição e confrontações dos prédios, bem como a data a partir da qual ficaram

sujeitos a este imposto.

3. Consideram-se omissos os prédios que não se encontrem inscritos nas matrizes.

Artigo .º

(Construção, reconstrução, modificação ou melhoramento de prédios)

1. Em caso de construção, reconstrução, modificação ou melhoramento de prédio deve o facto

ser declarado no impresso do modelo n.º 5, no mês imediato àquele em que tenha concedida

a licença exigida pela legislação relativa às edificações urbanas.

2. Se os prédios forem ocupados para qualquer fim antes de a licença ser concedida, ou se a

sua ocupação não depender de nova licença, a declaração deve ser apresentada, consoante os

casos, no mês seguinte ao da utilização dos prédios ou ao da conclusão das obras.

3. Se qualquer fracção de território adquirir a qualidade de prédio urbano, deve tal

circunstância ser declarada no mês seguinte ao da sua utilização.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

4. As declarações a que se referem os números anteriores, quando respeitem a prédios

constituídos em regime de propriedade horizontal ou posteriormente a ele submetidos,

devem ser apresentadas pelo administrador dos bens comuns e, na falta da sua nomeação,

por todos os condóminos.

5. Se as modificações ou melhoramentos ocorrerem apenas em alguma das unidades

autónomas, a declaração é prestada pelo respectivo condómino.

Artigo .º

(Falta de apresentação das declarações)

Decorridos os prazos previstos nos dois artigos anteriores sem que as declarações neles

previstas tenham sido apresentadas, são os faltosos responsáveis pelas omissões, sem prejuízo

das penalidades que hajam também de ser impostas aos alheadores.

CAPÍTULO III

Matrizes Rústicas

Secção I

Matrizes cadastrais rústicas

Artigo .º

(Base cadastral das matrizes)

As matrizes rústicas são organizadas com base nos elementos do cadastro extraídos de

documentos oficiais de cadastro predial rústico do País, fornecido pelo Instituto

Geográfico e Cadastral de Angola – I.G.C.A.

Artigo .º

(Matriz rústica)

1. As matrizes cadastrais rústicas devem especificar:

a) A designação cadastral do prédio;

b) O nome, identificação fiscal e residência dos proprietários usufrutuários ou

superficiários;

c) A localização e nome dos prédios, quando o tenham;

d) Os direitos referentes a cada prédio, incluindo os resultantes de ónus e encargos

permanentes que incidam sobre outros prédios;

e) As parcelas com o seu número de ordem, qualidade de cultura, classe, destino e área

em hectares;

f) O valor patrimonial tributário.

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2. Nas circunscrições municipais ou autárquicas onde exista cadastro predial, a matriz deve

compreender ainda o Número de Identificação Predial (NIP).

Artigo .º

(Árvores)

1. Se no prédio existirem árvores dispersas pertencentes ao dono do terreno, são tais árvores,

para efeitos de inscrição, incluídas nas parcelas em que estiverem situadas, devendo figurar

na matriz, em coluna própria, o número de exemplares de cada qualidade e classe.

2. Quando os proprietários ou usufrutuários das árvores dispersas não o forem do terreno, as

ditas árvores constam de tantas inscrições quantos os titulares referidos.

3. As inscrições a que se refere o número anterior mencionam as parcelas em que as árvores

dispersas estão situadas, as qualidades e classes que foram atribuídas às mesmas árvores e

recebem a designação cadastral do terreno, distinguindo-se por letras maiúsculas segundo a

ordem alfabética.

Artigo .º

(Publicação)

O Ministro das Finanças fixa, em despacho publicado no Diário da República, a data a partir

da qual cada município ou autarquia local fica submetido, para efeitos fiscais, ao regime de

cadastro predial.

Secção II

Matrizes não cadastrais rústicas

Artigo .º

(Registos de avaliação)

As inscrições definitivas dos registos de avaliação devem ser reproduzidas nas matrizes

rústicas, seguindo-se a ordem topográfica adoptada.

Artigo .º

(Arquivo)

Os registos de avaliação, depois de organizadas as matrizes, devem ser arquivadas na

Repartição Fiscal do respetivo distrito.

Artigo .º

(Aplicação subsidiária)

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REPÚBLICA DE ANGOLA

São aplicáveis ao presente Capítulo das matrizes rústicas as disposições do Capítulo

anterior em tudo que não seja incompatível.

TÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo .º

(Revogação)

O presente Diploma revoga o Decreto Presidencial n.º 81/11, de 25 de Abril de 2011 e o

Despacho n.º 1069/11, de 29 de Dezembro.

Artigo .º

(Normas transitórias)

Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o presente diploma aplica-se às

liquidações de imposto predial urbano que correspondam ao ano fiscal de 2020 e

seguintes.

Artigo .º

(Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões resultantes da aplicação do presente diploma são resolvidas pelo

Presidente da República.

Artigo .º

(Entrada em vigor)

O presente diploma entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se

Luanda aos __________ de _______________ de ____________.

O Presidente da República

_____________________________________________

JOAO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO