Proposta de Intervenção Pedagógica No Fracasso Escolar

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Estudo de Caso apresentado ao Programa de Pós-Graduação do Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Fundamentos sobre Teorias da Aprendizagem, no MBA em Gestão Educacional.

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  • CENTRO UNIVERSITRIO JORGE AMADO

    Departamento de Ps-graduao EAD

    MBA em Gesto Educacional

    NOME DO ALUNO

    ESTUDO DE CASO

    Rio Real/BA

    2015

  • NOME DO ALUNO

    ESTUDO DE CASO

    Estudo de Caso apresentado ao Programa de Ps-Graduao do Centro Universitrio Jorge Amado UNIJORGE, como requisito parcial para obteno de nota na disciplina Fundamentos sobre Teorias da Aprendizagem, no MBA em Gesto Educacional. Orientadora: Prof Michele Th

    Rio Real/BA

    2015

  • SUMRIO

    1. INTRODUO ..................................................................................................... 4

    2. PROPOSTA DE INTERVENO PEDAGGICA ............................................... 5

    2.1. DADOS DE IDENTIFICAO ........................................................................... 6

    2.2. TEMA ................................................................................................................ 6

    2.3. TTULO .............................................................................................................. 6

    2.4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 6

    2.5. PROBLEMATIZAO ....................................................................................... 7

    2.6. OBJETIVOS ...................................................................................................... 7

    2.6.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................. 7

    2.6.2. OBJETIVOS ESPECFICOS.................................................................... 8

    2.7. REFERENCIAL TERICO ................................................................................ 9

    2.8. ESTRATGIAS DE AO .............................................................................. 17

    2.8.1. DIREO E COORDENAO PEDAGGICA DA ESCOLA ............... 17

    2.8.2. AOS PROFESSORES ................................................................................. 18

    2.8.3. AO PAIS ....................................................................................................... 19

    2.8.4. AO ALUNOS ................................................................................................ 20

    2.8.5. AOS SERVIDORES AUXILIARES ............................................................... 20

    2.9. AVALIAO DO PROJETO ............................................................................ 20

    3. MAPA CONCEITUAL DA INTERVENO PEDAGGICA .............................. 22

    4. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................... 23

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 25

  • 4

    UMA PROPOSTA DE INTERVENO PEDAGGICA NO FACASSO ESCOLAR

    1. INTRODUO

    Atualmente no mbito educacional vem sendo observado o crescente

    desenvolvimento de pesquisas acerca da melhoria da qualidade na educao

    bsica, mostrando-se com maior frequncia acontecimentos que exigem novas

    habilidades e conhecimentos, devendo o educador est capacitado para o novo.

    Nesse cenrio, o fracasso escolar tem se tornado objeto de vrios estudos, atravs

    dos quais vem sendo comprovado que sua causa no se restringe ao aluno, mais

    tambm se amplia por toda a escola, suas condies internas, sua organizao

    didtico pedaggica, os professores, os funcionrios em geral, a famlia, os

    diferentes nveis de desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelos alunos e

    as interaes com o meio sociocultural que exercem forte influncia no

    desenvolvimento da aprendizagem significativa.

    A escola precisa compreender que constituda por seres humanos e

    sociveis, que apresentam conhecimentos prvios, bem como apresentando

    diferentes nveis de conhecimentos e habilidade. Diante de tal situao faz-se

    necessrio que se desenvolvam prticas pedaggicas que valorizem e aproveitem a

    bagagem de conhecimentos trazida pelo aluno durante sua trajetria extraescolar,

    respeitando as diferentes realidades sociais que devem ser trabalhadas e

    estimuladas no espao educativo.

    Vive-se o momento da construo e elaborao de novas metodologias

    educacionais, que possam apresentar inovaes pedaggicas necessrias

    construo de aprendizagem significativa dos alunos, buscando incluir novas

    prticas educativas, trabalhando-se a interdisciplinaridade, a construo de

    conhecimento por parte do aluno a partir da anlise e vivncia na sociedade,

    contextualizando os conhecimentos empricos com os conhecimentos cientficos,

    desenvolvendo novas formas de relacionamento entre professores e alunos,

    valorizando a afetividade como elemento fundamental no processo de

    aprendizagem, fazendo-nos lembrar de que o ambiente de sala de aula est

    rodeado de conhecimentos e tambm de sentimentos, sendo estes aspectos

    fundamentais para se repensar a prtica pedaggica utilizada pelos professores.

  • 5

    Analisando a relevncia da inovao pedaggica para as escolas atuais e

    observando a situao problema enfrentada por uma escola particular de Educao

    Infantil que vem sofrendo com o insucesso escolar dos alunos, esse trabalho vem

    com a finalidade de disponibilizar s instituies de ensino e aos professores

    subsdios tericos e verdadeiros indispensveis para uma reflexo acerca da

    urgncia de elaborar uma inovao ou ruptura das metodologias pedaggicos e das

    rotinas educacionais baseadas no tradicional, pois se de um lado exercem

    influncias alienantes, de outro, j no atende as exigncias do mundo

    contemporneo.

    Para a realizao do presente trabalho foi utilizada a metodologia do

    levantamento bibliogrfico atravs da leitura e anlise de fontes impressas e digitais,

    por meio das quais foi possvel obter os conhecimentos necessrios para a

    elaborao de uma proposta de interveno pedaggica que possibilite a construo

    de conhecimentos significativos por parte do aluno, passando este a ser agente de

    seu processo de aprendizagem. A pesquisa foi influenciada pelas teorias de

    pensadores como Jean Piaget, Henri Wallon, Vygotsky e David Ausubel, pois foi

    possvel perceber em suas pesquisas a importncia de se desenvolver uma

    proposta de ensino baseada na construo de conhecimentos que possam ser

    adaptados aos diferentes nveis aprendizagem dos alunos, bem como s diferentes

    situaes de aprendizagem que o mundo pode apresentar.

    2. PROPOSTA DE INTERVENO PEDAGGICA

    A aprendizagem dos alunos responsabilidade de todos os envolvidos no

    processo educativo, famlia, escola e sociedade, sendo a escola o principal agente

    disseminador do conhecimento e como tal apresenta maior responsabilidade no

    desenvolvimento de metodologias que possibilitem a aprendizagem significativa.

    Dessa maneira, esse projeto uma ao que busca realizar uma

    consolidao e ampliao de conhecimentos, que favoream as experincias sociais

    e culturais dos alunos, auxiliando-os a vencer possveis obstculos em sua

    aprendizagem, beneficiando o sucesso tanto na escola e como na vida em

    sociedade.

  • 6

    Com esse projeto, busca-se indicar alguns caminhos, sugerir aes e debater

    alguns assuntos de grande importncia para que os educadores possam

    desenvolver com xito o trabalho pedaggico em sala de aula da Educao Infantil,

    de modo a favorecer a apropriao do conhecimento por parte dos alunos. Portanto,

    ele estabelece um mecanismo posto disposio da escola, que tende a garantir a

    superao de algumas dificuldades encontradas por educadores no

    desenvolvimento de uma proposta pedaggica inovadora e eficiente para a

    promoo de uma aprendizagem integradora e significativa, tornando as crianas

    sujeitos ativos no seu processo de ensino aprendizagem.

    2.1. DADOS DE IDENTIFICAO

    Responsvel pela aplicao da proposta: Direo e coordenao pedaggica da

    escola; todos os professores da unidade escolar.

    Nvel de ensino: Educao Infantil.

    Pblico objeto da interveno: alunos de 02 a 06 anos de idade.

    2.2. TEMA

    Superando o fracasso escolar e construindo a aprendizagem significativa

    atravs do uso de recursos ldicos e do vnculo afetivo no espao escolar.

    2.3. TTULO

    Brincando e construindo relaes afetivas todos aprendem

    significativamente.

    2.4. JUSTIFICATIVA

    notvel que nos ltimos anos as escolas de ensino regular vm

    apresentando um nmero crescente de casos nos quais alguns alunos apresentam o

    cognitivo preservado, fazendo com que estes, mesmo estando em condies

    saudveis de aprendizagem, sejam excludos por apresentarem dificuldade na

    aquisio e assimilao dos conhecimentos transmitidos pelo educador, resultando

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    em situaes de fracasso escolar. Tal fato, na maioria das vezes, acontece devido

    falta de oferta de condies indispensveis para o desenvolvimento do aluno.

    Diante disso, o ldico e o vnculo afetivo so poderosos aliados na construo

    do conhecimento infantil, pois conseguem estimular as crianas na busca de sua

    aprendizagem, concebendo o educando como ser nico, capaz de estabelecer

    relaes com o objeto de estudo e com o mundo onde vive, agindo com maior

    curiosidade acerca do ensino apresentado e possibilitando sua autonomia por meio

    da organizao de suas ideias a partir das interaes estabelecidas na brincadeira e

    na vida social, tornando essa uma nova e interessante abordagem metodolgica

    para a promoo de uma aprendizagem significativa para as crianas da educao

    infantil.

    2.5. PROBLEMATIZAO

    Analisando a situao problema descrita no estudo de caso proposto foi

    comprovado o fracasso escolar de todo o contexto da escola diante dos resultados

    dos processos de aprendizagem. Diante de tal situao, deve-se questionar se as

    metodologias que esto sendo empregadas no processo de ensino aprendizagem

    so adequadas ao nvel de ensino apresentado na escola? Os professores esto

    qualificados e capacitados para trabalharem com o ensino infantil? O relacionamento

    professor/aluno, aluno/professor, escola/aluno/sociedade favorece a apropriao da

    aprendizagem significativa? Diante de tais questionamentos, buscou-se elaborar

    uma proposta de interveno pedaggica que reestruture a metodologia de ensino

    apresentada na unidade escolar com vistas a favorecer uma prtica educativa

    voltada para a apropriao de conhecimentos significativos por parte dos alunos a

    partir de uma pedagogia integradora e emancipadora.

    2.6. OBJETIVOS

    2.6.1. OBJETIVO GERAL

    Permitir aos alunos da Educao Infantil melhores condies de

    aprendizagem para que tenham acesso aos conhecimentos necessrios ao

    desenvolvimento cognitivo, comportamental e motor, por meio de intervenes

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    pedaggicas que respeitem s diferenas, possibilitando o desenvolvimento de

    competncias e habilidade indispensveis formao do ser social e critico.

    2.6.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

    Estabelecer uma proposta pedaggica participativa, interativa, que estimule a

    curiosidade e o prazer em aprender, oferecendo novos significados a velhos

    contedos escolares;

    Realizar acompanhamento educacional, por meio de alternativas pedaggicas

    de interveno em grupos de alunos, para possibilitar a troca de experincias

    durante a aula, de forma contnua e paralela, reduzindo a dificuldade de

    aprendizagem, valorizando os conhecimentos que o aluno traz e o currculo escolar;

    Promover formao continuada e aprimoramento da prtica pedaggica e

    profissional dos professores da Educao Infantil;

    Promover aes educativas que envolvam os diversos seguimentos da

    comunidade escolar, permitindo que todos se sintam corresponsveis pelo processo

    ensino aprendizagem;

    Proporcionar aos educadores momentos de estudo e reflexo da prtica para

    que possam desenvolver as competncias de saber formular, resolver e introduzir

    um contedo a partir de situaes relacionadas ao contexto social que envolva os

    contedos escolares;

    Disponibilizar aos educadores o conhecimento de novos mtodos de atuao e

    de adequ-los sala de aula;

    Promover situaes de ensino aprendizagem que desenvolvam segurana e

    autoestima nos alunos;

    Permitir que o aluno adquira as habilidades e competncias necessrias para a

    construo do conhecimento contextualizado e significativo;

    Elaborar atividades que proporcionem a construo da autonomia, da criticidade,

    da criatividade e da cooperao, permitindo que o aluno seja capaz de compreender

    e intervir sobre a sua realidade sociocultural.

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    2.7. REFERENCIAL TERICO

    A Educao Infantil a primeira fase escolar da criana, e como tal requer

    ateno especial, pois so crianas que ainda no tem domnio de leitura e escrita,

    mais que apresentam conhecimentos prvios, os quais so fundamentais

    construo do saber. funo da escola conseguir identificar os nveis de

    desenvolvimento da criana e desenvolver intervenes pedaggicas que

    possibilitem a construo de novos saberes, levando em considerao os

    conhecimentos prvios de seus alunos, respeitando seus nveis de conhecimentos e

    possibilitando o desenvolvimento cognitivo evitando-se o insucesso escolar.

    A aprendizagem desenvolvida na escola deve ser significativa para que o

    aluno posse se apropriar com segurana dos conhecimentos transmitidos e

    adquiridos, porm o educador deve tomar conhecimento de como acontece o

    desenvolvimento da criana, em todas as suas fases evolutivas, com base na teoria

    construtivista (Piaget, Vygotsky, Wallon), transmitindo ao educando um

    conhecimento significativo, necessitando para isso, recorrer inovao pedaggica

    em sala de aula, abordando contedos de maneira ldica e criativa, tratando os

    alunos com respeito e afeto, proporcionando um ambiente escolar agradvel e

    construtivo.

    Diante dessa situao o Referencial Curricular Nacional para Educao

    Infantil - RCNEI e os Parmetros Curriculares Nacionais PCN trazem em seu texto

    diversos fatores que devem ser contemplados por uma escola de educao infantil e

    o brincar est entre eles. Assim, a insero do ldico no processo de ensino

    aprendizagem torna-se ferramenta indispensvel na educao brasileira (BRASIL,

    1998).

    Analisando a insero do ldico no processo de ensino aprendizagem,

    possvel associ-lo teoria da aprendizagem significativa, segundo a qual David

    Ausubel (1982) defende que para existir a aprendizagem significativa faz-se

    necessrio que o contedo a ser ensinado seja potencialmente revelador e que o

    estudante precisa estar disposto a relacionar o material de maneira consciente e no

    arbitrria. Nesse contexto, o ldico constitui-se em atividades que envolvem

    brincadeiras e jogos de modo que estas despertem no educando o interesse em

    aprender. Por meio dessas atividades o educador procura trabalhar o contedo

    necessrio ao passo que o educando v construindo seus conhecimentos brincando.

  • 10

    Essa modalidade de educao importante, pois o ldico est inserido no mundo da

    criana, fazendo com que a mesma no se sinta perdida diante de um tema que no

    v importncia em aprender.

    O espao para brincadeira dentro da escola atravs da insero do ldico

    nas propostas pedaggicas possibilita o desenvolvimento infantil, principalmente,

    quando se trata da questo do imaginrio, da aquisio dos smbolos quando a

    criana faz associaes e recria no momento em que brinca proporcionando novas

    vivncias e por consequncia desenvolvimento.

    Levando em considerao os estudos de Vygotsky (1979, p.45), no qual o

    autor comenta que a criana aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela

    faz apenas para distrair-se ou gastar energia na realidade uma importante

    ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social, psicolgico. O

    autor ainda afirma que a brincadeira faz com que a criana crie, reproduza, adapte-

    se, transforme e recrie o real, ressaltando ainda que ao brincar, a criana comporta-

    se como se estivesse adiantada para o seu tempo cronolgico, contestando a ideia

    de que as crianas reproduzem o que os adultos fazem em suas aes.

    Segundo Vygotsky (1979), a criana em fase de aprendizagem, possui uma

    zona de desenvolvimento que a faz progredir, a partir da relao de interao com o

    outro, com o meio social e com a cultura na qual est inserida. Nesse cenrio, pode-

    se perceber atravs das palavras do autor a importncia da brincadeira na vida das

    crianas e principalmente a necessidade que elas tm de serem respeitadas

    enquanto brincam, pois seu mundo verstil e vive em permanente estado de

    oscilao entre fantasia e realidade.

    O educador ao utilizar atividades ldicas deve ser um artista, surpreendendo

    e motivando seus discentes, buscando despertar neles o sentido de aprender,

    levando-os a compreender que tudo importante na vida e tudo tem o momento

    certo para curtir e para aprender. Ento, para ter sucesso ao trabalhar com o ldico

    faz-se necessrio ao educador aperfeioar sua prtica, envolver atividades criativas

    e animadas que levem a criana a sentir-se inserida, facilitando a construo do seu

    aprendizado.

    Assim, o desenvolvimento de aulas com ferramentas ldicas requer do

    educador ateno, preparo e empenho, com vistas a gerar no aluno a vontade de

    construir conhecimento e aprendizagem por meio dos jogos (GALEANO; GOMES,

    2012). Nesse cenrio,

  • 11

    Os jogos tornam a aula bem mais atraente, devolve ao professor seu papel como agente construtor do crescimento do aluno, elimina o desinteresse e, portanto, a indisciplina, devolvendo a escola a sua funo de agncia responsvel por pessoas mais completas. (SANTOS, 2000, p.42).

    A prtica do jogo deve ser bem elaborada para que possa promover o

    desenvolvimento da criana no que se refere educao. Assim, sendo elaboradas

    prticas de atividades dinmicas e desafiadoras que exijam a participao ativa do

    discente com o objetivo de estimular o interesse deste pelo conhecimento, sabendo

    que o foco do jogo esta na possibilidade prazerosa de criar e recriar situaes,

    objetos e imaginaes dentro de uma realidade prpria de criana que est

    vivenciando o mistrio, o encanto, a imaginao a liberdade e o simbolismo que

    esto presentes no jogo.

    Torna-se ento de grande importante a insero do ldico no contexto

    escolar de maneira sistematizada onde o professor deve assumir o papel principal, a

    criana deve ter a liberdade no ato de brincar e no no espontaneismo (OLIVEIRA,

    2012, p.18).

    Nesse processo de execuo da brincadeira, a criana se desperta

    intelectualmente buscando o conhecimento pessoal e experincias prprias no jogo,

    tendo a possibilidade de explorar o seu corpo e de outros atravs de aes

    intelectuais, sociais e culturais, no mundo de encantamento, divertimento, prazer e

    alegria, ao mesmo tempo em que constroem conhecimentos importantes para a vida

    em sociedade.

    Promovendo situaes de aprendizagem baseada no ldico, na atuao da

    criana sobre seu objeto de estudo possvel desenvolver a aprendizagem

    significativa por descoberta atravs da qual o aluno busca compreender o contedo

    atravs das descobertas que faz no momento de aprendizagem/brincadeira e no da

    transmisso de contedos j acabado (AUSUBEL, 1982). Assim o aluno passa a ser

    agente de seu processo educativo buscando as informaes e meios necessrios

    para agir diante das situaes de aprendizagem apresentada.

    A aprendizagem desenvolvida de maneira significativa proposta por Ausubel,

    ento possibilita uma melhor apropriao do contedo estudado, pois o

    conhecimento adquirido de maneira significativa retido e lembrado por um perodo

    maior de tempo, ampliando a capacidade de aprender novos contedos de uma

    maneira mais fcil, mesmo se a informao original for esquecida, e caso seja

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    esquecida a informao original facilita a aprendizagem seguinte, isto , a

    reaprendizagem, com novos aspectos relevantes e significativos produo de

    novos conhecimentos (AUSUBEL, 1982). Assim compreende-se que para

    desenvolver uma aprendizagem significativa importante promover a interao do

    educando com seu objeto de estudo na aquisio de conhecimentos a partir da

    experincia vivida com o objeto de estudo.

    O psiclogo Jean Piaget foi um dos maiores defensores dos pressupostos

    sobre o desenvolvimento cognitivo infantil por meio do interacionismo. Esse

    pensador defendeu a ideia de que a criana brinca porque criana e que por meio

    da brincadeira ela expressa a realidade.

    O brincar possui uma tendncia que segue o trajeto evolutivo do brincar de exerccio (construes), jogos simblicos, (faz-de-conta, desenhos, imitaes, etc.) jogos com regras explicitas (amarelinha, bola de gude e outros) e jogos de reflexo (xadrez etc.). Como o conhecimento, o brincar da criana tambm construdo, isto , as representaes sobre o mundo so construdas num processo de ao ou interao ativa da criana com o ambiente que vive. (PIAGET, 1978, p. 65).

    Nesse sentido, atravs da interao que a criana estabelece com o meio

    fsico e social torna-se possvel a construo de estruturas mais complexas, fazendo

    com que ela desenvolva e organize seu pensamento a partir de anlises e

    experincias vividas anteriormente, ou seja, experincias vivenciadas no prprio

    momento de brincadeira (VYGOTSKY, 1989).

    importante destacar que o brincar vai mais alm do prazer e divertimento,

    sendo tambm uma maneira de construir conhecimentos significativos, uma vez que

    se aprende brincando. Nesse cenrio, Vygotsky (1989) destaca que:

    O brincar no pode ser definido apenas como algo que d prazer a criana, pois no dia a dia, muitas brincadeiras desenvolvidas pelas crianas trazem resultados que elas no gostariam de vivenciar. Por isso mais adequado definir o brincar como algo que preenche necessidade da criana, o que significa entender que as necessidades motivam as crianas para agirem. (VYGOTSKY, 1989, p.92).

    A partir do jogo e da brincadeira a criana se depara com dificuldades e

    obstculos, por meio dos quais ela passa a construir meios de adaptao, bem

    como estratgias para a resoluo dos conflitos, reorganizando suas estruturas.

    Dessa forma, a criana no ensino infantil tem muitos desejos, e age por meio da

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    imaginao para satisfazer suas necessidades por isso elas buscam sempre brincar

    de forma simblica, como ela vive no mundo ilusrio, isto , impulsionadas a realizar

    os seus desejos no realizveis ento elas passam a expandir o imaginrio e agir

    sobre a realidade. E, sendo assim no podemos deixar de valorizar o ato de brincar

    porque atravs das brincadeiras as crianas constroem seus conhecimentos e

    facilmente conseguem superar suas dificuldades. (VYGOTSKY, 1989, p.94).

    Por meio da brincadeira a criana constri o seu prprio pensamento, pois

    uma atividade criadora, onde a imaginao, a fantasia e a realidade interagem na

    produo de novas possibilidades de interpretao, de expresso e de ao pelas

    crianas, bem como novas formas de estabelecer relaes sociais com outras

    pessoas, crianas e adultos. Tal entendimento distancia-se cada vez mais da viso

    restrita da brincadeira como atividade bsica com o objetivo de desenvolver a

    socializao da criana e sua integrao com a sociedade (VYGOTSKY, 1987).

    Para Vygotsky (1987), se de um lado a criana reproduz e representa o

    mundo por meio de situaes criadas nas atividades de brincadeiras, por outro lado

    essas representaes no se fazem passivamente, e sim atravs do processo ativo

    de reinterpretao do mundo, que abre lugar para a inveno e a produo de novos

    significados, saberes e prticas.

    Outra teoria que deve ser levada em considerao no tocante educao

    emancipadora e significativa a relao do afeto no processo de desenvolvimento

    cognitivo do ser humano. Em seus estudos sobre a afetividade Wallon adotou uma

    abordagem basicamente social do desenvolvimento humano. Procurando, em sua

    psicognese, combinar o biolgico e o social, atribuindo s emoes a funo

    principal para a formao da vida psquica, funcionando como um elo entre o social

    e o orgnico. As relaes da criana com o ambiente exterior so, desde o princpio,

    relaes de sociabilidade, j que, ao nascer, no tem...

    [...] meios de ao sobre as coisas circundantes, razo porque a satisfao das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermdio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reao que se organizam sob a influncia do ambiente, as emoes, tendem a realizar, por meio de manifestaes consoantes e contagiosas, uma fuso de sensibilidade entre o indivduo e o seu entourage. (Wallon, 1971, p. 262).

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    Nesse sentido, a inteno de Wallon demonstrar que a emoo o

    primeiro e mais intenso vnculo entre os indivduos, sendo essencial observar o

    gesto, a mmica, o olhar, a expresso facial, j que so caractersticos da atividade

    emocional.

    Segundo Wallon na primeira etapa de desenvolvimento, que corresponde ao

    primeiro ano de vida do ser humano, o que prevalece a relao com o meio, a

    afetividade estabelecida com outras pessoas, o elemento da inteligncia ainda no

    est claro e o beb entende atravs da observao, e ainda no evidenciada a

    linguagem.

    Dantas (1992) defende que na perspectiva Waloniana, a construo do

    indivduo e do objeto com o qual ele estabelecer seu conhecimento, resultante da

    relao afetiva estabelecida entre indivduo/objeto, isto , de acordo com a atitude

    que o sujeito vai tomar diante de seu objeto de estudo relacionando-o com o seu

    cotidiano, debatendo ativamente com o professor, constituindo relaes mais ntimas

    com este, e a inteligncia assinalada pelo processo de cognio do aluno.

    Desse modo, a educao, na viso de Wallon apud. (DANTAS, 1992), um

    acontecimento social, pois sempre abrange o contexto de um comportamento do

    individuo relacionando-a com o seu meio. Assim, Wallon (1992) analisava as

    demandas do agora da criana, ponderava a importncia da histria de cada

    indivduo e suas perspectivas futuras, compreendendo que a emoo articulava-se

    em um campo maior, chamado afetividade. Ento, o autor confere grande

    importncia emoo e afetividade, estabelecendo conceitos a partir do ato motor,

    da afetividade e da inteligncia. As influncias mtuas so aes naturais para o

    desenvolvimento e para o aparecimento das emoes. Apesar disso, Wallon (1979,

    apud. GALVO, 2003, p.61) diferencia emoo de afetividade:

    [...] E estas emoes, sinalizavam os primeiros sistemas de reao que se organizavam sob a influncia do ambiente, atravs das emoes a funo social se estabelece, pois o primeiro meio com o qual a criana interage, o das pessoas das quais depende, ou seja, o seu entourage. (WALLON, 1979, apud. GALVO, 2003, p.61).

    Wallon (2007) distingue emoo e afetividade. Segundo o autor, as emoes

    so sentimentos individuais, mas com elementos orgnicos. Contraes musculares

    ou viscerais so exemplos de sentimentos que so sentidos e transmitidos por meio

  • 15

    do choro, expressando fome ou algum desconforto na posio em que se encontra o

    beb. Ao proteger o carter biolgico das emoes, enfatiza que estas tem origem

    na funo tnica. Qualquer alterao emocional gera flutuaes de tnus muscular,

    tanto de vsceras quanto da musculatura superficial e, dependendo de carter da

    emoo, provoca um tipo de alterao muscular. Nesse contexto ento, Wallon

    "identifica emoes de natureza hipotnica, isto , redutoras do tnus, tais como o

    susto e a depresso. (...) Outras emoes so hipertnicas, geradoras de tnus, tais

    como a clera e a ansiedade, capazes de tornar ptrea a musculatura perifrica"

    (DANTAS, 1992, p. 87).

    Entretanto, para Wallon a afetividade, apresenta um entendimento mais

    amplo, abrangendo uma gama maior de manifestaes, juntando sentimentos

    (origem psicolgica) e emoes (origem biolgica). A afetividade obedece a um

    perodo mais demorado na evoluo da criana, a partir do momento em que

    surgem os elementos simblicos. Segundo o autor com o advento destes que

    acontece a transformao das emoes em sentimentos. A possibilidade de

    reproduo, que, por conseguinte implica na passagem para o plano mental, confere

    aos sentimentos certa durabilidade e moderao. Assim, a afetividade oferece

    subsdio criana para afastar-se do subjetivismo, tornando-se mais objetiva no que

    faz, apresentando maior concentrao naquilo que realiza, logo que se desenvolve.

    possvel observar que Wallon (2007) ao falar sobre a evoluo psicolgica

    da criana, defende que, durante todo o desenvolvimento do indivduo, a afetividade

    apresenta um papel fundamental. Tem o papel de comunicao nos primeiros

    meses de vida, aparecendo essencialmente, por meio de impulsos emocionais,

    constituindo as primeiras relaes da criana com o mundo. Por meio desse

    intercmbio com o crculo humano, a criana passa de um estado de total

    sincretismo para um progressivo mtodo de caracterizao, no qual a afetividade

    est presente, alternando a relao entre a criana e o outro, formando elemento

    efetivo na constituio da identidade.

    Igualmente, tambm por meio da afetividade que o indivduo entra no

    mundo simblico, gerando a atividade cognitiva e possibilitando o seu avano. So

    os anseios, as intenes e os motivos que vo movimentar a criana na escolha de

    atividades e objetos. Segundo Wallon (1979), o conhecimento do mundo prtico

    feito de modo afetuoso e reflexivo, envolvendo o sentir, o pensar, o sonhar e o

    imaginar.

  • 16

    Assim, na teoria Walloniana, a vida emocional uma qualidade para a

    vivncia das relaes interpessoais e, para ele, as emoes so parte da vida

    intelectual, no afastando o aspecto cognitivo do afetivo.

    Paralelamente ao impacto que as conquistas feitas ao plano cognitivo tm sobre a vida afetiva, a dinmica emocional ter sempre um impacto sobre a vida intelectual. [] graas coeso social provocada pela emoo que a criana tem acesso linguagem, instrumento fundamental da atividade intelectual. (GALVO, 2003, p.76)

    Um conceito da teoria Waloniana que apresenta influncia no mtodo

    pedaggico que a emoo institui uma afinidade imediata dos sujeitos entre si,

    independente de qualquer relao intelectual.

    A propagao epidrmica das emoes, ao provocar um estado de comunho e de unssono, dilui as fronteiras entre os indivduos, podendo levar a esforos e intenes em torno de um objetivo comum. Permitiria, assim, relaes de solidariedade quando a cooperao no fosse possvel por deficincia dos meios intelectuais ou por falta de consenso conceitual, contribuindo, portanto, para a constituio de um grupo e para as realizaes coletivas. (WALLON, 1989, p.162)

    Levando em considerao o carter unificador das emoes, no campo da

    prtica pedaggica, torna-se essencial o fortalecimento da afetividade na relao

    professor/aluno de modo que a aprendizagem se desenvolva de maneira eficaz,

    beneficiando, de tal modo, a autoestima, o dilogo e a socializao. Vale destacar

    tambm que a afetividade fundamental no processo de avaliao, afastando

    alguns riscos de antipatia entre professor e aluno.

    Nessa perspectiva, Wallon ressalta a questo do ambiente na concepo do

    ser humano. O modo como o ser humano ir reagir diante de certas situaes de

    afeto ou quaisquer que sejam as situaes que aconteam, depender muito do

    ambiente. J que o meio forma a personalidade do indivduo.

    Assim, o fato do educando vir a despertar o lado afetivo no educador, ou

    vice e versa, tambm depender do ambiente em que eles se encontram, isto , da

    escola em geral. Podendo ento ser observadas as diferenas nas modificaes na

    relao de aprendizagem entre alunos e professores de uma escola para outra, o

    nvel de afetividade entre o professor e seu aluno poder variar tambm.

  • 17

    Portanto, pode-se dizer que na aprendizagem proposta por Ausubel existe a

    interao entre as teorias de Piajet, Vygotsky e Wallon, atravs das quais com o uso

    do ldico, a anlise do nvel de desenvolvimento cognitivo da criana e da relao

    de afeto estabelecida entre professor/aluno e aluno/objeto de estudo possvel

    desenvolver um ambiente de aprendizagem significativa que motive o aluno na

    construo do prprio processo educativo, possibilitando que este desenvolva sua

    conscincia e autonomia na atividade vivenciada, de maneira contextualizada com

    seus conhecimentos prvios acerca do estudo proposto e da vida em sociedade,

    sendo desenvolvida em um ambiente motivador e repleto de simbolismo que induz a

    criao de novas manifestaes necessrias a construo de um conhecimento

    mais integral.

    2.8. ESTRATGIAS DE AO

    Para o desenvolvimento de uma proposta educativa pautada na oferta de um

    ensino integrador que possibilite a aprendizagem significativa no espao escolar faz-

    se necessrio o desenvolvimento de estratgias que envolvam todos os

    seguimentos da comunidade educativa. Diante desse cenrio propem-se as

    seguintes aes:

    2.8.1. DIREO E COORDENAO PEDAGGICA DA ESCOLA

    Promover formao continuada de professores pautada na ao, reflexo,

    teoria e prtica;

    Realizar reunies quinzenais de formao com os professores possibilitando

    o momento de construo coletiva na busca de solues para os problemas

    pedaggicos enfrentados pelo grupo, devendo ser realizado atravs da

    anlise do contexto de trabalho e refletindo acerca das prticas realizadas em

    sala de aula. Um momento propcio para essas reunies so as chamadas

    atividades complementares (AC), onde o grupo de professores est reunido e

    pode debater com os colegas as dificuldades que encontraram na sala de

    aula;

  • 18

    Sanar as dvidas dos professores e atender as suas necessidades nas

    formaes continuadas;

    Apresentar aos educadores materiais que eles possam utilizar em sala de

    aula, debatendo e apresentando as boas prticas que j foram utilizadas por

    outros professores e que podem exercer impactos positivos se utilizados

    novamente, auxiliando assim os professorem em seu planejamento para a

    sala de aula;

    Disponibilizar ambientes pedaggicos e materiais didticos que favoream o

    desenvolvimento dessas atividades;

    Analisar os relatrios individuais dos alunos com defasagem na

    aprendizagem, para buscar solues em conjunto com professores, famlia e

    caso seja necessrio profissionais de sade;

    Realizar reunies de pais;

    Informar aos pais as dificuldades apresentadas pelo aluno, a necessidade de

    acompanhamento, os critrios de encaminhamento e as formas de realizao

    e avaliao, apresentando-lhe um termo de compromisso para ser assinado;

    Promover festas e comemoraes que tragam a famlia e a sociedade para

    dentro da escola, possibilitando a troca de informaes e experincias;

    Coordenar, implementar, orientar, acompanhar e avaliar a implementao

    desse projeto.

    2.8.2. AOS PROFESSORES

    Analisar o nvel de conhecimentos apresentado pelos alunos nas primeiras

    semanas de aula;

    Estudar e planejar o contedo a serem trabalhados em sala de aula,

    preparando aulas ldicas e interessantes que possibilitem atrair a ateno

    dos alunos de modo a promover integrao com os contedos e a

    assimilao dos conhecimentos transmitidos;

    Contextualizar os contedos passados em sala de aula com as experincias

    cotidianas dos alunos;

    Identificar as dificuldades de cada aluno, fazendo um relatrio diagnstico

    individual e mensal, pontuando com objetividade as reais defasagens

  • 19

    diagnosticadas ao longo da sua trajetria escolar, estabelecendo metas no

    processo ensino aprendizagem;

    Avaliar os avanos obtidos pelos alunos, registrar os avanos observados e

    redirecionar o trabalho, quando as dificuldades persistirem;

    Participar das reunies, AC coletivo e das formaes continuadas promovidas

    pela escola;

    Desenvolver atividades significativas e diversificadas capazes de levar o

    aluno a superar as dificuldades de aprendizagem, tendo como referencial a

    abordagem ldica (brincadeiras, jogos, msicas, vdeos, etc.) e a produo de

    conhecimentos de maneira contextualizada com as vivncias dos alunos em

    sociedade;

    Criar um ambiente propcio aprendizagem utilizando diferentes estratgias e

    materiais pedaggicos;

    Valorizar os conhecimentos prvios dos alunos durante as aulas;

    Desenvolver o vnculo afetivo escola/aluno/famlia, baseado no respeito e

    amor ao prximo;

    Incentivar a troca de experincias e o dilogo professor/aluno ou

    aluno/professor durante as aulas;

    Assumir a responsabilidade pela aprendizagem do aluno e pela troca de

    informaes atravs de encontros com a coordenao da escola;

    Incentivar os alunos a pesquisarem dentro e fora de sala de aula sobre temas

    importantes a serem estudados;

    Apresentar uma postura investigativa diante dos fatos e eventos cotidianos ou

    novos;

    Possibilitar aos alunos a oportunidade de trabalho individual e em grupo;

    Articular-se com outros educadores da escola realizando projetos comuns,

    envolvendo alunos de vrias salas;

    Desenvolver projetos educacionais que tragam a famlia para dentro da

    escola.

    2.8.3. AO PAIS

    Participar da vida acadmica dos filhos, auxiliando na resoluo das atividade

    enviadas para casa;

  • 20

    Participar das reunies de pais realizadas na escola, buscando se informar

    acerca das dificuldades de aprendizagem e dos conhecimentos adquiridos

    pelos filhos tanto no ambiente escolar quanto no espao familiar e

    sociocultural;

    Participar dos projetos escolares que solicitam a presenas dos pais e

    responsveis, favorecendo a afetividade no espao educativo.

    2.8.4. AO ALUNOS

    Participar das atividades em sala de aula;

    Socializar os conhecimentos com os colegas e professores;

    Conservar o material de estudos para que seja possvel desenvolver novos

    conhecimentos;

    Respeitar os colegas, professores e demais funcionrios da escola.

    2.8.5. AOS SERVIDORES AUXILIARES

    Manter os ambientes educativos limpos e arejados para que os alunos

    possam desenvolver sua aprendizagem em um ambiente agradvel;

    Conservar o mobilirio, equipamentos e materiais didticos pedaggicos;

    Acompanhar os alunos nos momentos de intervalos no ptio da escola;

    Atendimento aos alunos e suas possveis demandas.

    2.9. AVALIAO DO PROJETO

    A avaliao dessa proposta de interveno pedaggica ser realizada

    atravs do monitoramento das aes desenvolvidas pelos atores (direo,

    coordenao, professores, alunos, pais, demais funcionrios) do processo

    educacional da escola objeto desse estudo, por meio dos relatrios elaborados no

    decorrer da interveno.

    O monitoramento realizado durante o projeto constitui-se em um instrumento

    essencial para o acompanhamento das aes desenvolvidas pelos profissionais da

    escola, promovendo a observao da coerncia do plano de trabalho e o

  • 21

    desenvolvimento de um ensino aprendizagem significativos para a construo do

    saber dos alunos.

    Durante as reunies, sero disponibilizados momentos para relato dos

    trabalhos desenvolvidos a fim de buscar subsdios que indiquem a evoluo e as

    possveis necessidades de retomada. Outro dado importante no monitoramento da

    evoluo das aes proposta nesse projeto, e que deve ser considerado, so os

    resultados das avaliaes acerca do desempenho dos alunos, por meio das quais

    ser possvel verificar se os objetivos propostos para a aprendizagem esto sendo

    alcanados com xito, promovendo a melhoria da aprendizagem dos alunos da

    Escola.

  • 22

    3. MAPA CONCEITUAL DA INTERVENO PEDAGGICA

    APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

    DIREO E COORDENAO DA ESCOLA PROFESSORES PAIS ALUNOS DEMAIS

    FUNCIONRIOS DA ESCOLA

    FORMAO DE PROFESSORES

    AC COLETIVO

    REUNIO COM PAIS E

    PROFESSORES

    SOLUES PARA PROBLEMAS

    PEDAGGICOS

    DIFICULDADE NA SALA DE AULA

    RELATRIO INDIVIDUAL DO ALINO

    SOLUES PARA AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

    MATERIAIS PEDAGGICOS

    BOAS PRTICAS

    ATIVIDADES LDICAS PARA USO EM SALA DE

    AULA

    DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

    ESTRATGIAS CONJUNTAS DE AUXLIO

    AO ALUNO

    Precisa realizar

    Para construir

    E Sanar com.. Elaborar

    Para buscar

    Apresentar

    Mostrar

    Que revelem

    Informar

    Elaborar

    CONHECIMENTOS DOS ALUNOS

    CONTEDOS ESCOLARES P/SALA DE

    AULA

    ATRAIR A ATENO DO

    ALUNO

    CONTEXTUALIZAR C/ AS

    EXPERIENCIAS

    AVALIAR OS AVANOS NA

    APRENDIZAGEM DO ALUNO

    Analisar

    Elaborar

    Para

    PROJETOS ESCOLARES

    ATIVIDADES ESCOLARES

    SOCIALIZAR COM PROFESSORES E COLEGAS

    MATERIAL DE ESTUDO

    AMBIENTE EDUCATIVO

    CONSERVADO

    DEMANDAS EXIGIDAS PELOS

    ALUNOS

    MOBILIRIO ESCOLAR MATERIAIS

    DIDTICO PEDAGGICO

    ALUNOS NO INTERVALO

    Participar

    c o n e r v a r

    Manter

    Conservar

    Envolve a participao de...

  • 23

    4. CONSIDERAES FINAIS

    Analisando a situao do fracasso escolar em uma escola de Educao

    Infantil, esse trabalho buscou apresentar uma proposta pedaggica que possa

    promover a melhoria do desempenho do aluno, de modo a garantir a esse o sucesso

    em sua trajetria escolar.

    A pesquisa realizada no mbito da bibliografia e de teorias educacionais

    demonstrou que a escola precisa desenvolver aes educativas que chamem a

    ateno dos alunos para a participao nas aulas, devendo esses ser agentes de

    transformao, construindo conhecimentos a partir da interao com o objeto de

    estudo, devendo os professores oportunizar aos alunos momentos educativos de

    maneira contextualizada, pois assim, acredita-se ser possvel desenvolver

    conhecimentos significativos atravs dos quais os alunos passaro de desenvolver

    outras formas de assimilao dos contedos escolares.

    Nesse sentido, as dificuldades de aprendizagem expostas pelos alunos

    podem ser superadas aplicando-se estratgias interessantes no processo de ensino

    aprendizagem, utilizando-se de material de apoio pedaggico de qualidade,

    valorizando o aspecto ldico e afetivo que esses materiais podem exercer sobre a

    criana, tornando-se essa uma poderosa ferramenta aliada na construo do

    conhecimento infantil.

    A inteno dessa proposta de interveno ao demonstrar um universo onde

    o ldico e o vnculo afetivo se faz presente nas aes dos educadores e dos

    educandos, no que os profissionais de educao abandonem o livro didtico e/ou

    as aulas expositivas. O intuito indicar a ludicidade como uma alternativa

    metodolgica a ser utilizada na educao infantil, no como um recurso nico, e sim

    como uma estratgia que no impossibilita utilizao simultnea de outros recursos

    e estratgias metodolgicas.

    Espera-se dos profissionais de educao que compreendam a importncia

    desta estratgia, percebendo como ela pode ser uma grande aliada no seu trabalho

    e que por meio disso possam utiliz-la em seu dia-a-dia, podendo dessa forma obter

    juntamente com seus alunos os resultados positivos provenientes da utilizao

    destes recursos enriquecedores da aprendizagem infantil.

    No que se refere questo da aplicao dessas atividades fundamental

    que os educadores estejam preparados para que no haja a camuflagem das

  • 24

    atividades pedaggicas, a escolha destas precisa ser feita com ateno, seguindo

    um processo de reconhecimento das turmas, do nvel de desenvolvimento

    intelectual, fsico e emocional em que elas se encontram para no acontecer a

    aplicao da atividade apenas como um cumprimento de obrigaes. De modo que

    assim possa se realizar de forma satisfatria o despertar do imaginrio das crianas

    e o resgate do prazer em aprender proporcionado pelo brincar.

    Assim, para promover uma aprendizagem significativa o professor deve

    atentar para as necessidades individuais de cada aluno, entendendo que alguns

    deles necessitam de estmulos para seu desenvolvimento escolar, de modo a

    permitir que fatores essenciais como a criatividade, a capacidade de iniciativa, e

    acima de tudo a construo de um senso crtico, so essenciais para o

    favorecimento da aprendizagem infantil. Para isso, torna-se interessante apresentar

    novas prticas pedaggicas na aprendizagem, na qual o ldico e afeto representa a

    total liberao do ser humano saudvel fsica e mentalmente.

    Portanto, o processo de ensino aprendizagem deve ser desenvolvido levando-

    se em considerao as caractersticas individuais de cada um, bem como exige o

    preparo cientfico e gosto pelo ensino por parte do professor, de modo a contribuir

    para que os educandos se tornem pessoas marcantes no mundo. Esse fator s se

    consegue quando o professor lana um olhar repleto de afetos, de modo que as

    diversas manifestaes existentes no vnculo estabelecido cheguem at o educando

    construindo um espao para que este seja ativo e autor do prprio conhecimento. A

    partir da que se inicia o despertar, a vontade de apreender o conhecimento

    transmitido pelo professor, acontecendo ento o real aprendizado e o encontro

    efetivo de quem ensina com quem aprende, dando a oportunidade construo da

    aprendizagem significativa do aluno.

  • 25

    REFERNCIAS

    AUSUBEL, David Paul. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel.

    So Paulo: Moraes, 1982. BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil. Secretaria de Educao Fundamental. v. 1-3 Braslia: MEC/SEF, 1998. DANTAS, Heloysa. Afetividade e a construo do sujeito na psicogentica de Wallon. In. TAILLE, Yves de La; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa.

    Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenticas em discusso. So Paulo: Summus Editorial Ltda. 1992. GALEANO, Maria Auxiliadora; GOMES, Marli Castilho. O ldico nas sries iniciais do Ensino Fundamental In: Jornada de Educao, 11. (JE), 2012, Cceres/MT.

    Anais, Vol. 11, 2012, Cceres/MT: Departamento de Pedagogia Campus Universitrio de Cceres, 2012. Disponvel em:< http://siec.unemat.br/anais/jornada_ educacao/impressao-resumo_expandido.php?fxev=MQ==&fxid=MTM2Mw==&fxcod= NzUzOA==&fxdl=I> Acesso em 22 mai. 2015. GALVO, Isabel. Henry Wallon: uma concepo dialtica do desenvolvimento infantil. Petrpolis: Vozes, 2003.

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    Antdoto, 1979.

  • 26

    VYGOTSKY, Leve. Semenovich. A formao social da mente: o desenvolvimento dos processos psicolgicos superiores. 4. ed. So Paulo: Martins Fontes, 1989. WALLON, Henri. As Origens do Carter na Criana. So Paulo: Difuso Europia

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    J. Seabra Dinis. Lisboa: Moraes, 1979. In. GALVO, Izabel. Henry Wallon: uma concepo dialtica do desenvolvimento infantil. Petrpolis: Vozes, 2005. WALLON, Henry. As origens do pensamento na criana. So Paulo: Manole, 1989. WALLON, Henri. A evoluo psicolgica da criana. Traduo Cleudia Berliner; reviso tcnica Izabel Galvo. So Paulo: Martins Fontes, 2007.