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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de mapeamento temático pesqueiro Ana Paula Flórido D’Almeida Ramos Itajaí, fevereiro de 2013.

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL

Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de

mapeamento temático pesqueiro

Ana Paula Flórido D’Almeida Ramos

Itajaí, fevereiro de 2013.

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL

Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de

mapeamento temático pesqueiro

Ana Paula Flórido D’Almeida Ramos

Trabalho de Conclusão apresentado ao

Programa de Pós-Graduação em Ciência e

Tecnologia Ambiental, como parte dos

requisitos para obtenção do grau de Mestre

em Ciência e Tecnologia Ambiental.

Orientador: Dr. Rafael Medeiros Sperb

Co-orientador: Dr. Paulo Ricardo Pezzuto

Itajaí, fevereiro de 2013.

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Dedico este trabalho àqueles ao

meu redor que a cada dia me

fazem ser uma versão melhor de

mim mesma.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à minha família por todo o apoio, sempre. Aos

meus amigos, que não citarei nomes, mas que sabem a sua importância na minha

vida. Obrigada a todos que estiveram ao meu lado nos bons momentos e

principalmente nos meus momentos não tão bons assim, quando com certeza enchi o

ouvido de alguns com muita besteira e que mesmo assim continuaram do meu lado.

Mesmo se eu escrevesse cinquenta páginas de agradecimentos a vocês, ainda assim

não seria o suficiente.

Agradeço ao professor Dr. Rafael Medeiros Sperb pela orientação e

confiança. Igualmente agradeço ao professor Dr. Paulo Ricardo Pezzuto pela

oportunidade de fazer parte do projeto IGEPESCA e pela ajuda indispensável como

co-orientador.

Agradeço ainda, a todos os integrantes do Laboratório de Computação

Aplicada, que sempre se mostraram bastante atenciosos e dispostos a ajudar quando

necessário. E mais dispostos ainda a tomar um café e bater um bom papo, sempre!

Obrigada.

Agradeço a todos os professores do mestrado, por dividir seus

conhecimentos. E a todos os alunos do curso também, que se tornaram colegas

preciosos ao longo destes dois anos.

Esse trabalho foi desenvolvido no âmbito do Projeto “Inovação e

interdisciplinaridade aplicadas à gestão e ao desenvolvimento sustentável da indústria

pesqueira marinha das regiões sudeste e sul do Brasil – IGEPESCA”, apoiado pela

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES – Brasil

(Edital Ciências do Mar 09/2009 – AUXPE 1141/2010). Sendo assim, agradeço a

CAPES que me concedeu bolsa de estudos, sem ela seria inviável a realização do

mestrado.

Obrigada a todos, do fundo do meu coração!

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ......................................................................................................iv 

SUMÁRIO ....................................................................................................................... v 

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... vii 

RESUMO ........................................................................................................................ x 

ABSTRACT .....................................................................................................................xi 

1.  INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1 

1.1.  Pesca e a componente espacial ......................................................................... 2 

1.2.  Cartografia .......................................................................................................... 7 

1.3.  Cartografia como meio de comunicação ........................................................... 10 

1.4.  Semiologia Gráfica ............................................................................................ 12 

1.5.  Padronização de simbologia / Convenções Cartográficas ................................ 13 

2.  OBJETIVOS ............................................................................................................. 15 

2.1.  Objetivo Geral ................................................................................................... 15 

2.2.  Objetivos Específicos ........................................................................................ 15 

3.  MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 16 

3.1.  Elaboração da simbologia padrão ..................................................................... 16 

3.2.  Construção do layout do mapa ......................................................................... 17 

3.3.  Construção do catálogo de símbolos ................................................................ 18 

3.4.  Manual .............................................................................................................. 18 

3.5.  Teste de aplicação da convenção proposta ...................................................... 18 

4.  RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 20 

4.1.  Simbologias ....................................................................................................... 20 

4.1.1. Variável visual Cor ....................................................................................... 20 

4.1.2.  Variável visual valor (intensidade de cor) .................................................. 31 

4.2.  Layout ............................................................................................................... 39 

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4.3.  Catálogo de símbolos ....................................................................................... 41 

4.4.  Teste de aplicação da convenção ..................................................................... 42 

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 44 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 45 

APÊNDICE I ............................................................................................................... - 1 - 

APÊNDICE II .............................................................................................................. - 1 - 

APÊNDICE III ............................................................................................................. - 1 - 

ANEXO I ..................................................................................................................... - 1 - 

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Visualização on-line de dados do ambiente marinho disponibilizados pela Comissão Européia, neste caso trata-se da situação dos estoques pesqueiros. Disponível em: <http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/atlas/maritime_atlas>. ........................ 5 

Figura 2: Visualização on-line de dados geoespaciais sobre hábitos alimentares dos peixes do Pacífico Norte, disponibilizada pela NOAA. Disponível em: <http://www.afsc.noaa.gov/REFM/REEM/DietData/Diet Map.html>. ........... 5 

Figura 3 Mapa de distribuição de esforço de pesca elaborado pelo Grupo de Estudos Pesqueiros da UNIVALI. Fonte: UNIVALI/CTTMar, 2008. ........................... 6 

Figura 4: Mapa de áreas de desova do bacalhau em águas britânicas. Fonte: adaptado de Coull et al. (1998). ................................................................................... 7 

Figura 5: Diagrama da transmissão de informação cartográfica de Kolacny (1977) adaptado por Santil (2001). ........................................................................ 11 

Figura 6: Variáveis visuais segundo Bertin (1986 apud Santil, 2001). ......................... 13 

Figura 7: Variação de cores do azul ao vermelho. ....................................................... 20 

Figura 8: Variação de cor do amarelo ao azul, passando pelo verde. ......................... 21 

Figura 9: Legenda sugerida de Salinidade. .................................................................. 22 

Figura 10: A) Mapa de salinidade do Atlântico Sul elaborado pela Mercartor Ocean. (Disponível em: <http://bulletin.mercator-ocean.fr/>) B) Primeiro mapa global de salinidade superficial dos oceanos elaborado a partir de dados de sensoriamento remoto, no Projeto Aquarius da NASA. (Disponível em: <http://www.nasa.gov/mission_pages/aquarius/news/aquarius20110922.html>) ............................................................................................................ 23 

Figura 11: Simbologia sugerida para Turbidez. ............................................................ 24 

Figura 12: Simbologia sugerida para temperatura da água. ........................................ 24 

Figura 13: A) Mapa de temperatura superficial dos oceanos da América do Sul, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (Disponível em: < http://satelite.cptec.inpe.br/tsm/>). B) Mapa de temperatura supercial do Atlântico Sul elaborado pela Mercartor Ocean (Disponível em: < http://bulletin.mercator-ocean.fr/html/welcome_fr.jsp>). C) Mapa de temperatura superficial elaborado pela National Oceanic and Atmospheric Administration – NOAA (Disponível em: < http://www.ospo.noaa.gov/Products/ocean/sst/contour/index.html>). ........ 25 

Figura 14: Simbologia sugerida para Clorofila. ............................................................. 26 

Figura 15: A) Simbologia utilizada para concentração de clorofila pela Ocean Color. B) Simbologia para concentração de clorofila utilizada pela NOAA ............... 26 

Figura 16: Simbologia sugerida para pH. ..................................................................... 27 

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Figura 17: Mapa de previsão de pH para o ano de 2100. Fonte: Denman et al., 2007. ................................................................................................................... 27 

Figura 18: Simbologia sugerida para Oxigênio dissolvido. ........................................... 28 

Figura 19: Mapa de distribuição de oxigênio dissolvido em águas tropicais. Fonte: Stramma et al. (2008) ................................................................................ 28 

Figura 20: Simbologia sugerida para o tamanho médio dos grãos de sedimento. ....... 29 

Figura 21: Diagrama de Shepard. Fonte: software SIGA. ............................................ 30 

Figura 22: Simbologia sugerida para classificação de sedimentos segundo o diagrama de Shepard. ................................................................................................ 31 

Figura 23: Diagrama de Folk e simbologia utilizada por Passlow et al. (2005) ............ 31 

Figura 24: Paleta de variação de intensidade de cor. .................................................. 32 

Figura 25: Simbologias sugeridas para a caracterização do sedimento quanto a: A) Lama; B) Silte; C) Argila; D) Areia; E) Cascalho; F) Matéria orgânica; G) Carbonato. ................................................................................................. 33 

Figura 26: Simbologias de representação da composição do sedimento. A) Lama; B) Areia; C) Cascalho; D) Carbonato. Fonte: adaptado de Passlow et al. (2005) ......................................................................................................... 33 

Figura 27: A) Mapa de densidade de barcos por área. Fonte: Stewart et al. (2010); B) Mapa de distribuição de esforço de pesca. Fonte: Booth (2000) ............... 34 

Figura 28: Exemplo de mapas sem padronização da escala de valores. Fonte: Sousa (2009) ......................................................................................................... 36 

Figura 29: Simbologia sugerida para os parâmetros de pesca: Captura, Captura por Unidade de Esforço de Pesca (CPUE) e Esforço. ..................................... 36 

Figura 30: Simbologia sugerida para parâmetros ecológicos: A) Densidade de indivíduos; B) Diversidade ecológica; C) Riqueza de espécies. 37 

Figura 31: Mapa de densidade de atuns em tags/km². Fonte: Walli et al(2009). ......... 37 

Figura 32: Mapa de densidade de Pterogymnus laniarius em diferentes estágios de vida na costa sul africana. Fonte: Booth (2000). ........................................ 38 

Figura 33: Disposição sugerida dos elementos do mapa pela convenção. .................. 40 

Figura 34: Cabeçalho do catálogo de simbologias. ...................................................... 41 

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Principais dados utilizados no mapeamento temático voltado à pesca e suas principais interpretações, segundo Valavanis (2002). ................................. 4 

Quadro 2: Cartografia sistemática x Cartografia temática. Fonte: Archela (2000 apud Sperb, 2007). ............................................................................................... 9 

Quadro 3: Parâmetros abrangidos pela convenção cartográfica proposta. ................. 16 

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x

RESUMO

A crescente abordagem ecossistêmica na pesca tem conduzido

pesquisadores e gestores a buscar uma visão geoespacial dos elementos que, direta

ou indiretamente, influenciam a manutenção dos estoques pesqueiros e o sucesso das

pescarias. Ao se incorporar a dimensão geográfica em estudos da problemática

pesqueira, automaticamente adota-se a cartografia temática como instrumento de

síntese e comunicação dos resultados encontrados. Porém, a ausência de

padronização da representação gráfica dos dados impossibilita, muitas vezes, a

comparação das informações contidas em diferentes mapas. Neste sentido, propõe-se

uma convenção cartográfica para representação de dados pesqueiros e ambientais

marinhos. Os parâmetros atendidos pelo trabalho são: temperatura da água,

concentração de clorofila, pH, oxigênio dissolvido, salinidade, características de

populações e comunidades, características do fundo marinho e da atividade pesqueira

(captura , esforço de pesca e captura por unidade de esforço). Estipulou-se, então, a

forma, aparência e disposição dos elementos destes mapas, assim como, para cada

parâmetro a ser representado, foram estabelecidos a paleta de cores, tamanho e

forma de símbolo e escala de valores padrões. Esta proposta tem o objetivo de fazer

com que todos os mapas gerados sejam visualmente comparáveis entre si,

favorecendo a integração e combinação dos dados e informações relacionadas

provindas de diferentes autorias, corroborando com o processo cognitivo acerca da

dinâmica pesqueira e ambiental, e servindo como base para as tomadas de decisão e

manejo da atividade pesqueira da região.

Palavras-chave: cartografia temática; pesca; convenção cartográfica.

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ABSTRACT

The ecosystemic approach in fisheries is increasing, and has led

researchers and managers to look for a geospatial vision of the elements that directly

or indirectly influence the maintenance of fish stocks and success of the fisheries. By

incorporating the geographical dimension into studies of fishery problems, thematic

mapping is automatically adopted as a tool for summarizing and communicating the

results. However, the lack of standardization of the representation of visual data in

graphic form often makes it impossible to compare the information contained in

different maps. A mapping convention is therefore proposed, to represent fishery and

marine environmental data. The parameters covered by the work are: water

temperature, chlorophyll concentration, pH, dissolved oxygen, salinity, characteristics

of populations and communities, characteristics of the seabed, and characteristics of

the fisheries (catch, fishing effort and catch per unit of fishing effort). The shape,

appearance and arrangement of the elements of these maps were stipulated. Thus, for

each parameter to be represented, a palette of colors, size and shape of the symbol,

and scale of standard values was created, seeking to make all the maps visually

comparable with each other, and favoring the integration and combination of related

data and information from different authors, corroborating the cognitive process on the

fishing and environmental dynamics, and serving as the basis for decision-making and

management of fishing activity in the region.

Key-words: thematic cartography; fisheries; cartographic convention.

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1. INTRODUÇÃO

Tradicionalmente, dados sobre pesca são organizados em tabelas, tratados

estatisticamente e apresentados em relatórios focados apenas no(s) estoque(s) de

interesse. Pouco ou nada consideram do ambiente em que este(s) está(ão)

inserido(s), ou da complexidade de suas relações ecológicas. Porém, o impacto da

pesca no ecossistema não pode ser totalmente compreendido por este enfoque,

motivo pelo qual vem se desenvolvendo entre os pesquisadores da área uma visão

ecossistêmica em relação à atividade pesqueira. Visão esta que se mostra mais

apropriada, uma vez que considera fatores tais como a localidade de ocorrência da

pesca, características ambientais da região e as conseqüências da atividade, tanto ao

ambiente físico, quanto às relações biológicas e sócio-econômicas da região. Para isto,

se torna crescente a consideração da dimensão geoespacial de dados de pesca e do

meio ambiente. E a atual disponibilidade de ferramentas de geoprocessamento amplia

o potencial, e porque não dizer a expectativa, por estudos que considerem as relações

geográficas em suas análises. Espera-se que o acréscimo desta dimensão fomente o

melhor entendimento da dinâmica espaço-temporal da atividade pesqueira.

Através dos sistemas de informação geográfica (SIGs) é possível analisar

simultaneamente diferentes dados em função do tempo e espaço (Riolo, 2005) e gerar

resultados tais como integração e mapeamento de dados de produção pesqueira,

áreas de pesca, dados ambientais e da história de vida de espécies-alvo e fauna

acompanhante, assim como fatores ligados à cadeia produtiva da atividade. A análise

destes resultados tem o potencial de produzir conhecimento sobre ambientes de

desova, habitats essenciais aos organismos de interesse, áreas de agregação e

corredores de migração em escala de tempo e espaço (Bostford, 1997; Valavanis,

2002). Vale ainda ressaltar que a habilidade do SIG em mapear interações entre uma

variedade de dados é única no sentido de identificar conflitos entre as regras de

manejo atuais e a dinâmica dos estoques no ambiente marinho (Valavanis, 2002), o

que o torna uma ferramenta valiosa de auxílio aos tomadores de decisão no âmbito do

gerenciamento pesqueiro.

Desta forma, compatibilizar estatística pesqueira e dados ambientais

utilizando SIGs se torna uma alternativa tecnológica em potencial para analisar a

questão pesqueira sob o enfoque ecossistêmico. Ao alterar a perspectiva do manejo

ora baseada em populações, para uma visão que busque compreender os fatores aos

quais estas populações estão suscetíveis, torna-se possível tentar abrir as portas para

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decisões de manejo mais responsáveis com o ecossistema (Caddy & Garcia, 1986) e

mais coerentes com as questões sócio-econômicas (O’Higgins et al., 2010).

O presente trabalho está inserido no projeto “Inovação e interdisciplinaridade

aplicadas à gestão e ao desenvolvimento sustentável da indústria pesqueira marinha

das regiões Sudeste e Sul do Brasil – IGEPESCA”, que traz à tona a importância do

conhecimento interdisciplinar na problemática da atividade pesqueira. Ou seja, a

necessidade de uma visão holística que servirá como norte para a sustentabilidade

deste setor produtivo. Uma análise interdisciplinar da dinâmica pesqueira do sudeste-

sul do Brasil proporcionará um entendimento mais amplo desta, de forma que

soluções para problemas de cunho ecossistêmico e de gerenciamento dos estoques

surgirão naturalmente.

1.1. Pesca e a componente espacial

Os oceanos, que cobrem cerca de 71% da superfície terrestre, sustentam

uma das preciosas fontes de alimento do planeta. O peixe é uma importante fonte de

proteína para sustentar a população humana que vem aumentando ao longo do tempo

(Valavanis, 2002). Porém, a crença antiga de que este recurso seria infinito resultou

em um aumento deliberado e sem planejamento da pesca, levando vários recursos ao

estado de sobreexplotação1, trazendo a necessidade de se conhecer e manejar

melhor os recursos naturais marinhos para evitar a exaustão dos estoques.

O conhecimento acerca da dinâmica dos fenômenos marinhos e seus

recursos naturais, assim como o entendimento das relações entre eles são essenciais

para qualquer tentativa de manejo dos recursos naturais marinhos (Valavanis, op cit.).

E uma vez que, intrinsecamente, estes eventos possuem uma expressão geográfica

(latitude e longitude), o desenvolvimento de um pensamento espacial acerca destes

eventos se mostra essencial em vários níveis ao longo do estudo de processos no

ambiente marinho, desde a coleta e análise de dados até a tomada de decisão.

Geralmente os dados de pesca são apresentados em tabelas e gráficos,

porém uma vez que seja conhecida a componente espacial destes dados, é possível

visualizá-los em forma de mapas, e assim inferir sobre as relações destes com o

ambiente de ocorrência. Uma abordagem nova em relação ao manejo de recursos

naturais surge quando se une o potencial dos Sistemas de Informação Geográfica

(SIG) com o conhecimento científico e análise crítica do pesquisador. Esta abordagem 1 De acordo com a Instrução Normativa nº5, de 21 de maio de 2004, do Ministério do Meio Ambiente, uma espécie em situação de sobreexplotação é aquela “cuja condição de captura de uma ou todas as classes de idade em uma população é tão elevada que reduz a biomassa, o potencial de desova e as capturas no futuro, a níveis inferiores aos de segurança”.

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geoespacial proporciona a formação de conhecimento sobre onde o recurso ocorre,

como se distribui, quais as características do ambiente em que vive, se ele se

movimenta ao longo do tempo, entre tantos outros.

Por apresentar capacidade de armazenar, gerenciar, analisar e representar

dados espaciais os SIGs vêm sendo amplamente utilizados como ferramenta de

análise de variações e/ou mudanças de paisagem (Steiniger & Hay, 2009), sendo

difundidos em diversas áreas do conhecimento e utilizados por diferentes perfis de

pesquisadores. Em relação ao monitoramento e manejo de populações marinhas o

SIG vem cada vez mais sendo aceito e utilizado (Pierce et al., 2002; Babcock et al.,

2005; Riolo, 2005) pelos pesquisadores e tomadores de decisão, exercendo um

importante papel como ferramenta de auxílio ao manejo.

A FAO (2003) explicita a quantidade de componentes espaciais acerca do

manejo, planejamento e biologia da pesca, como movimentos migratórios dos

recursos, definição de habitats favoráveis, localização do mercado consumidor e as

vias de transporte entre os portos e mercados. E afirma que o SIG pode ajudar no

entendimento da dinâmica pesqueira sendo uma ferramenta de apoio a tomadas de

decisão e ao monitoramento científico dos impactos da pesca sobre os estoques

pesqueiros, uma vez que é hábil em tratar várias componentes espaciais

simultaneamente.

O National Research Council (1999) defende a necessidade de se analisar

variáveis ambientais e biológicas para se buscar o manejo pesqueiro sustentável,

garantindo um ambiente saudável e equilibrado, a fim de sustentar os estoques

pesqueiros. Apesar desta iniciativa, e ainda que seja clara a necessidade de ampliar a

visão do manejo pesqueiro a uma visão ecossistêmica e do grande potencial que o

SIG tem em auxiliar nesta função, o crescimento destas práticas ainda é lento (Sousa,

2009). Fisher & Toepfer (1998) citam algumas aplicabilidades de SIGs em pesca como

a elaboração de mapas de distribuição de estoque, modelagem espacial e

determinação de habitats essenciais de peixes. O Quadro 1 apresenta um resumo dos

principais dados utilizados no mapeamento temático voltado à pesca e o que a análise

deste proporciona, segundo Valavanis (2002).

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Quadro 1 Principais dados utilizados no mapeamento temático voltado à pesca e suas principais interpretações, segundo Valavanis (2002).

O conhecimento espaço-temporal da distribuição das populações de

recursos naturais vivos e seus habitats, assim como o entendimento de como as

populações interagem às mudanças sazonais no ambiente marinho é de extrema

importância para se modelar a dinâmica populacional e manejar os recursos

pesqueiros de forma efetiva. A análise de padrões de distribuição em escala temporal

permite que os pesquisadores detectem mudanças nesta distribuição e estabeleçam

relações de causa e efeito, seja com relações ecológicas ou determinantes

geográficas (Valavanis, 2002).

Apesar da importância da espacialização das informações sobre a

atividade pesqueira ser clara, o crescimento do seu uso ainda é lento devido as

dificuldades de se coletar os dados com sua componente espacial. Porém, já é

possível notar algumas iniciativas como é o caso do Atlas dos Mares Europeus, que se

trata de um atlas on-line (Figura 1) que disponibiliza diversas informações

geoespacializadas sobre o ambiente marinho, como temperatura, concentração de

clorofila, velocidade do vento etc, e sobre a pesca traz a situação das pescarias

classificadas como seguras ou sobrepescadas.

Dados de pesca Dados biológicos Dados genéticos Dados de desova Variáveis ambientais

Corredores de 

migração

Predizer padrões de 

abundância em relação a 

variáveis ambientais

Facilitar a avaliação de 

estoques

Identificar diferentes 

estoques

Identificar condições 

ambientais preferíveis 

para desova

Identificar condições 

ambientais favoráveis à 

agregação e captura 

Identificar padrões 

de migração

Identificar usos 

conflitantes do recurso

Identificar áreas de 

sobrepesca

Identificar ocorrência de 

intercruzamento

Identificar locais 

preferenciais para desova

Identificar locais de 

forrageamento

Identificar lacunas e 

sobreposições nas 

regulamentações

Identificar áreas de 

recrutamento

Informações sobre fluxo 

gênico e descrição de 

populações

Auxiliar tomada de 

decisão na âmbito de 

regeneração, proteção e 

manejo da população

Identificar locais de 

reprodução

Auxiliar a tomada de 

decisão integrada                                        

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Figura 1: Visualização on-line de dados do ambiente marinho disponibilizados pela Comissão Européia, neste caso trata-se da situação dos estoques pesqueiros. Disponível em: <http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/atlas/maritime_atlas>.

Outro exemplo são as informações disponibilizadas em forma de mapas

pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) acerca dos hábitos

alimentares dos peixes do Pacífico Norte (Figura 2), com uma série histórica desde

1981 até 2005.

Figura 2: Visualização on-line de dados geoespaciais sobre hábitos alimentares dos peixes do Pacífico Norte, disponibilizada pela NOAA. Disponível em: <http://www.afsc.noaa.gov/REFM/REEM/DietData/Diet Map.html>.

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Para o sudeste e sul do Brasil, o Grupo de Estudos Pesqueiros (GEP) da

Universidade do Vale do Itajaí desenvolveu um módulo de geocodificação dos dados

associando as áreas visitadas pelos barcos de pesca a quadrantes estatísticos,

armazenando as informações geoespaciais em um banco de dados. A partir de 2007 o

boletim estatístico da pesca industrial de Santa Catarina passou a contar com mapas

de algumas informações pesqueiras como número de viagens por quadrante de cada

arte de pesca (Figura 3).

Figura 3 Mapa de distribuição de esforço de pesca elaborado pelo Grupo de Estudos Pesqueiros da UNIVALI. Fonte: UNIVALI/CTTMar, 2008.

É possível observar, ainda, algumas iniciativas como o relatório de

sensibilidade da pesca em águas britânicas (Coull et al., 1998) realizado por um

conjunto de organizações governamentais e não governamentais dos setores de

pesca e de óleo e gás. Nele são apresentados mapas sobre áreas de desova (Figura

4) e berçário de diversas espécies, assim como a distribuição de esforço de pesca e

estimativa de valoração ambiental.

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Figura 4: Mapa de áreas de desova do bacalhau em águas britânicas. Fonte: adaptado de Coull et al. (1998).

Estas iniciativas são bastante importantes para a formação do pensamento

e entendimento geoespacial acerca da pesca e suas relações com o ambiente. Porém,

ainda há muito que se avançar em termos de geração, padronização e

disponibilização dos dados.

1.2. Cartografia

Os levantamentos de dados de qualquer área do conhecimento que sejam

executados vinculados à superfície terrestre, tendo como fim a visualização

geográfica, caracterizam o objeto da cartografia. Sendo assim, o objetivo da

cartografia, segundo Loch (2006), consiste na representação gráfica bidimensional da

superfície terrestre, ou parte dela, recebendo esta representação o nome genérico de

mapa ou carta.

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Segundo a International Cartographic Association (2003), cartografia é a

disciplina que lida com a arte, ciência e tecnologia de produção e uso de mapas. Um

mapa transforma em símbolos a realidade geográfica, apresentando determinados

aspectos e características quando as relações espaciais têm importância essencial.

Na visão dos cartógrafos, os mapas são veículos que possibilitam a transmissão do

conhecimento. Por se tratar de uma representação gráfica que abrange uma dada

área, os mapas conseguem transmitir a visão subjetiva ou o conhecimento detido por

alguns acerca da região para muitos que, por vezes, nem a conhecem (Loch, op cit). O

conteúdo do mapa pode ser bastante amplo e variado, ou restrito e objetivo,

dependendo da finalidade para a qual for gerado. Analisando desta forma, cada mapa

é elaborado para transmitir um determinado conhecimento, respondendo a questões

específicas.

Segundo Bertin (1967) todo mapa nada mais é do que a transcrição gráfica

de uma tabela de dados, tentando resumir a informação para compreender melhor a

grande quantidade de dados ali contidos, normalmente agrupando-os por semelhança.

Estes dados podem ser representados de três formas no mapa, como ponto, linha ou

polígono, sendo estas então as possíveis primitivas geométricas do dado. Isto vai

depender da forma como o dado foi coletado, ou ainda das análises feitas a posteriori

(e.g. dados de temperatura coletados ponto a ponto, podem ser modificados para

linhas isotérmicas, ou ainda, por meio de uma interpolação dos dados, passar a

primitiva geométrica para polígono/área).

Ainda seguindo as idéias de Bertin (1967), não há mapas bons ou ruins,

mas sim aqueles que respondem ou não às questões nas quais a representação

gráfica fora baseada. Neste caso, é importante, antes de se gerar o mapa, saber

exatamente quais perguntas se pretende responder e seguir a recomendação do autor

no que diz respeito a optar pela simplicidade a fim de não se gerar mapas inúteis às

questões necessárias.

Dificilmente um problema poderá ser explicado por uma única variável,

surgindo então a necessidade de se gerar vários mapas que representem todas as

variáveis requeridas para a análise do assunto de interesse (FAO, 2009). Dentro da

cartografia têm-se os mapas de base (ou sistemáticos) e os temáticos. No primeiro, a

ênfase é dada na representação de objetos do espaço geográfico. Como exemplo,

temos os mapas topográficos, que por costume representam lagos, rios, estradas,

limites administrativos etc., procurando fornecer elementos genéricos de referência

geográfica. Estes mapas contam com regras rígidas quanto à simbologia utilizada na

representação dos atributos.

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Por outro lado há os mapas temáticos, que são o foco deste trabalho, tem

a função de demonstrar conceitos, abstrações ou feições específicas da realidade.

Este tipo de mapa traz, geralmente, a distribuição espacial de um determinado

fenômeno, seja ele físico ou abstrato, sendo também chamados de mapas de

distribuição. Enfatizam um ou vários temas como geologia, clima, vegetação, aspectos

oceanográficos e até sócio-culturais e econômicos. São utilizados para representar

uma extensa gama de informações como fontes de poluição, variações climáticas,

distribuição de peixes e seus padrões de migração (FAO, 1986; Kraak & Ormeling,

2010). Este tipo de mapa, por sua vez, carece de regras rígidas de simbologia.

Todavia, um mapa temático é composto pela distribuição espacial de um

ou mais fenômenos sobre um mapa base. A função do último é fornecer a localização

do primeiro, situando-o e possibilitando o estabelecimento de relações entre o(s)

fenômeno(s) representado(s) e os elementos geográficos relevantes. Archela (2000

apud Sperb, 2007) diferenciou a cartografia temática e sistemática abordando os

principais pontos que distinguem estas duas dentro da sua concepção (Quadro 2).

Quadro 2: Cartografia sistemática x Cartografia temática. Fonte: Archela (2000 apud Sperb, 2007).

Cartografia sistemática Cartografia temática

Mapas topográficos com a representação do terreno

Mapas temáticos que representam qualquer tema

Atendem a uma ampla diversidade de propósitos

Atendem usuários específicos

Podem ser utilizados por muito tempo Geralmente os dados são superados com rapidez (natureza dinâmica)

Não requerem conhecimento específico para sua compreensão. Leitura simples

Requerem conhecimento específico para sua compreensão. Interpretação complexa

Elaborados por pessoas especializadas em cartografia

Geralmente elaborados por profissionais de outros campos de conhecimento

Utilizam cores de acordo com a convenção estabelecida para mapas topográficos

Utiliza cores de acordo com as relações entre os dados que apresenta

Uso generalizado de palavras e números para mostrar fatos

Uso de símbolos gráficos, especialmente planejados para facilitar a compreensão de diferenças quantitativas e qualitativas

Sempre servem de base para outras representações

Raramente servem de base para outras representações

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1.3. Cartografia como meio de comunicação

A construção de mapas, mesmo que nos primórdios de forma bastante

rudimentar, sempre esteve presente na evolução da sociedade humana. Duarte (1994)

diz que mesmo em épocas remotas os mapas eram ferramentas de perpetuação de

conhecimento, com o propósito de administrar e racionalizar o uso do espaço

geográfico e seus recursos. Possuindo então função tripla, uma vez que registra, trata

e comunica a informação.

A partir da metade do século XX a cartografia começou a ser vista com

outros olhos além da simples representação do espaço geográfico. Esta função dos

mapas citada acima, que antes era percebida apenas na prática, ganhou importância

teórica e diversos pesquisadores passaram a estudar a teoria de como estes mapas

são percebidos e qual a sua real função na sociedade (Sperb, 2007). Com isso,

nasceram diversas teorias sobre o assunto.

É unânime que o mapa seja uma representação gráfica (imagem), e como

tal é vista por diversos pesquisadores além de um instrumento de pesquisa, como um

rico meio de comunicação para se passar uma mensagem. A imagem se mostra

superior ao texto pela sua característica de apreensão global e imediata, ela se impõe

ao leitor que a memoriza automaticamente. Sob esse aspecto, Bertin (1967) diz que a

imagem gráfica é uma forma significativamente percebida visualmente num só instante

de tempo. A utilização da imagem pode variar ao longo do tempo, com dependência

no contexto histórico, cultural e geográfico, além de estar intimamente ligado ao

momento e meio de veiculação desta imagem (Archela, 1999).

Porém, a imagem por si só não traz informação alguma se o observador

não compreende a sua linguagem, assim como um texto não traz informação se o

indivíduo não souber ler. A linguagem gráfica, por se tratar de um sistema de símbolos

gráficos, é composta por um significante (imagem) e seu significado (conceito). Isso

traz a ideia de que para a informação gráfica ser de fato compreendida, é necessário

um processo de aprendizagem. Ela não é natural nem espontânea. Possui uma

linguagem própria que precisa ser aprendida (Archela, 1999). É importante lembrar

que uma vez que o usuário tenta compreender a imagem, ele abandona o estado

passivo e se estabelece um processo de decodificação.

Segundo Montello (2002), a disciplina intitulada cognição2 cartográfica

aborda a aplicação de teorias e métodos cognitivos para entender os mapas e o

2 Cognição é o ato de aprender ou adquirir conhecimento, envolvendo a percepção, memorização e racionalização da informação.

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processo de mapeamento, este autor faz uma extensa revisão de teorias cartográficas.

Para fins deste trabalho são particularmente relevantes os aspectos relativos ao

desenvolvimento de mapas, ou representação geoespacial. Montello (op cit) traz como

marco o livro The Look of Maps, publicado em 1952 de autoria de Arthur Robinson. Os

principais aspectos levantados pelo autor dizem respeito ao entendimento da

comunicação estabelecida pelos mapas, em que estão presentes dois processos

cognitivos diferentes: o do cartógrafo que codifica a mensagem que pretende

transmitir; e o do usuário que deve decodificar a informação recebida. Esta idéia é

formalizada por Kolacny (1977 apud Santil, 2001) que desenvolveu um esquema da

cartografia como sistema de comunicação (Figura 5). Esta referência serve de base

para trabalhos posteriores, que reconhecem a existência de duas realidades distintas

e parcialmente sobrepostas: a do cartógrafo e a do usuário. Assim, reconheceu-se que

eventualmente o usuário abstrai interpretações diferentes daquelas que foram

vislumbradas pelo cartógrafo. O que não se trata de uma má interpretação do mapa,

mas se refere ao estágio de cognição e experiência prévia do usuário.

Figura 5: Diagrama da transmissão de informação cartográfica de Kolacny (1977) adaptado por Santil (2001).

Uma vez reconhecida esta subjetividade envolvendo a interpretação da

informação cartográfica, Caracristi (2003) diz que a objetividade (monossemia3) é

garantida pelo processo criativo do mapa, em que não deve haver ambiguidade na

informação. Porém, há diferentes níveis de extração da informação por parte do

usuário, que depende da realidade e conteúdo mental deste (Figura 5). Esta abstração 3 Monossemia: qualidade de se ter apenas um significado.

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por parte do usuário concede um grau de polissemia4 na interpretação. Extrapolando

este pensamento, pode-se ainda concluir que o mapa não comunica conhecimento,

mas o estimula e sugere (Montello, 2002).

1.4. Semiologia Gráfica

Idealmente, a linguagem gráfica nos mapas deve assumir uma

característica monossêmica a fim de se manter as informações contidas no mapa livre

de ambiguidades. Para isso, há de se pensar em como representá-las.

Preferencialmente, há de se aplicar a teoria da semiologia gráfica5 na construção dos

mapas, para que estes sejam “vistos” e não “lidos”, ou seja, imagens que possam ter

suas informações captadas imediatamente.

Na tentativa de formalizar a definição da simbologia associada a gráficos e

mapas Bertin propôs uma teoria de comunicação visual baseada no conceito de

variáveis visuais (semiologia gráfica). Montello (2002) garante que, apesar de a

princípio, Bertin não ter sua teoria fundamentada em nenhum postulado de psicologia

cognitiva, sua eficácia em transmitir a informação ficou evidenciada em alguns

trabalhos. E interpreta que talvez a principal razão para isso, é o fato de sempre

sugerir a utilização de símbolos simples, ao invés de simbologias complexas.

As representações visuais propostas por Bertin são na verdade formas de

expressão, com as quais pode-se evidenciar relações de diversidade (dissociativa,

associativa e seletiva), ordem e proporcionalidade intrínsecas ao tipo de dado e

necessidade de representação (Figura 6). Estas variáveis podem, então, ajudar o

produtor do mapa no momento de selecionar um esquema efetivo de simbologia, uma

vez que estabelece uma associação funcional entre os símbolos e tipos específicos de

dados (Hara, 1997). Sua aplicação de forma correta pode implicar na construção de

uma representação cuja linguagem seja monossêmica, evitando ruídos e

ambiguidades na comunicação da informação, numa situação ideal (Sperb, 2007).

4 Polissemia: qualidade de possuir mais de um sentido/significado. 5 Semiologia gráfica é uma teoria de linguagem visual para aplicação em gráficos e mapas, baseada nas experiências empíricas do francês Jacques Bertin, publicada em seu livro Semiologie Graphique de 1967.

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Figura 6: Variáveis visuais segundo Bertin (1986 apud Santil, 2001).

1.5. Padronização de simbologia / Convenções Cartográficas

Jairosi (2001) diz que, com relação a dados geoespaciais, a padronização

de simbologia pode trazer consequências como o crescimento mútuo do entendimento

do dado geográfico entre diversos usuários (colaborando com o processo cognitivo).

Ela favorece a integração e combinação de dados geográficos e informações

relacionadas provindas de diferentes autorias, entre outras. A criação de padrões de

simbologia é de extrema importância na medida em que permite que qualquer usuário,

de qualquer parte do mundo, compreenda num instante as informações apresentadas

no mapa. Evidentemente, é necessário que o usuário esteja familiarizado com o

padrão utilizado, entrando em cena os processos cognitivos. Esta é, então, a base de

qualquer iniciativa de padronização: facilitar a cognição por meio de estímulos

previamente conhecidos (Gonçalves & Rodrigues, 2005). Além de facilitar a cognição,

a existência de padronização simbológica permite, ainda, a redução de tempo na

construção do mapa, já que a preocupação inerente a adequada comunicação

cartográfica já fora uma vez despendida. Reduzindo as fases de execução de um

mapa, reduz-se também o custo do processo (Sperb, 2007).

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Em contrapartida a evidente importância da padronização de símbolos na

cartografia, diversos autores reconhecem que esta é praticamente inexistente para

mapas temáticos (para mapas gerais, ou topográficos, é facilmente encontrada). Isso

ocorre pela enorme gama de temas que podem ser abordados na cartografia temática,

impossibilitando a criação de convenções universais (Gonçalves & Rodrigues, 2005).

Archela (2007) sugere que uma possível causa para a falta de padronização é o fato

de que as pessoas que produzem os mapas temáticos são, na maioria das vezes,

especialistas no tema a ser representado no mapa e não em cartografia em si. Por

consequência, desconhecem a importância de todos estes aspectos relacionados a

simbologia na comunicação visual. Fato que é corroborado pela acelerada difusão das

tecnologias geoespaciais, que permite com que mapas sejam facilmente gerados por

qualquer pessoa. No entanto, isso traz falhas. Os mapas podem muitas vezes não

comunicar exatamente o que pretendia o autor devido a sua falta de conhecimento

acerca da teoria cartográfica. Neste contexto, o estabelecimento de convenções

cartográficas pode promover um importante avanço por estabelecer parâmetros e

critérios que deveriam ser observados na construção dos mapas, principalmente no

que concerne a simbologia dos fenômenos representados.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

• Propor uma convenção cartográfica para a elaboração de mapas

temáticos para a atividade pesqueira.

2.2. Objetivos Específicos

• Levantar a existência de protocolos internacionais para padronização e

sistematização na representação de dados geoespaciais marinhos, bem como os tipos

de mapas temáticos comumente empregados na análise de pescarias, estoques

pesqueiros e variáveis ambientais correlacionáveis;

• Identificar os parâmetros e critérios utilizados nos mapas temáticos

levantados;

• Definir padrões e procedimentos de sistematização acerca dos

parâmetros identificados;

• Propor normas técnicas para representação de dados e geração de

mapas temáticos em forma de manual;

• Testar a aplicação das normas propostas em dados de uma pescaria do

sudeste e sul do Brasil.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Elaboração da simbologia padrão

Os parâmetros abrangidos pela convenção proposta estão divididos em:

físico-químicos, biológicos, pesqueiros e sedimentológicos. Sendo estes

descriminados na Erro! Fonte de referência não encontrada.3.

Quadro 3: Parâmetros abrangidos pela convenção cartográfica proposta.

Físico-químicos: Biológicos: Pesqueiros: Sedimentológicos:

Temperatura da

água

Salinidade

pH

Oxigênio

dissolvido

Turbidez

Densidade de

indivíduos

Riqueza de

espécies

Diversidade

ecológica

Concentração

de clorofila

Captura

Esforço de

pesca

Captura por

unidade de

esforço de

pesca (CPUE)

Tamanho médio

de grão

Classificação do

sedimento

segundo

diagrama de

Shepard

Composição do

sedimento em

percentagem de

lama, silte,

argila, areia e

cascalho

Teor de

carbonato no

sedimento

Teor de matéria

orgânica no

sedimento.

Tais parâmetros foram selecionados por, além de demonstrar grande

relação com os estoques pesqueiros, serem alvos de trabalhos vinculados ao projeto

IGEPESCA que já estão sendo realizados ou serão num futuro próximo. Para cada

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parâmetro foi definida a variável visual a ser utilizada, segundo os preceitos da

semiologia gráfica de Bertin.

Quando possível, foi estabelecida para cada parâmetro, uma escala de

valores, onde os máximos e mínimos foram baseados no que é possível ocorrer na

área do projeto ou na natureza, ou ainda seguindo alguma classificação internacional

existente.

Definidos os intervalos de ocorrência de cada parâmetro, este foi dividido

em classes e a cada uma foi atribuída uma simbologia. Cada padrão de simbologia foi

gerado com base numa extensa pesquisa e análise de diversos trabalhos que geraram

mapas dos parâmetros abrangidos por este trabalho. E ainda, trabalhos que abrangem

a teoria da comunicação por meio de mapas.

Além dos parâmetros em si, foram estabelecidos símbolos para feições

tais como a batimetria, continente, portos pesqueiros e pontos amostrais. E ainda a

padronização de legendas dos nomes dos estados, portos pesqueiros e oceano. Estas

feições são fundamentais para a localização ou como complemento da informação dos

fenômenos a serem comunicados pelos mapas, funcionando como o mapa base.

3.2. Construção do layout do mapa

Para os mapas gerados no âmbito do projeto IGEPESCA ficou

estabelecido também um layout6 padrão, contendo todos os elementos fundamentais

de um mapa (norte, escala, título, sistema de coordenadas geográficas etc.) e conta

ainda com os emblemas do projeto e do seu órgão fomentador, a Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

O ambiente digital escolhido para o trabalho foi o ArcGIS® uma vez que

este se mostra um software bastante eficaz, amigável e largamente utilizado na

análise de dados geoespaciais e na geração de mapas. Os layouts estão em forma de

templates7, e contam com três tamanhos diferentes de folha para impressão (A4, A3 e

A0). Cada parâmetro conta então com o seu template próprio em todos os tamanhos

de folha, para ser representado individualmente.

6 Layout é um termo em inglês utilizado para denominar aparência e disposição geral dos elementos num mapa. 7 Template é um arquivo digital que contém o layout do mapa, para que o formato não tenha que ser recriado a cada vez que for utilizado.

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3.3. Construção do catálogo de símbolos

O catálogo traz detalhadamente cada parâmetro ou feição com sua

classificação (quando aplicável), significado e simbologia. Este servirá de base para os

usuários da convenção, podendo assim reproduzir a simbologia aqui sugerida em

qualquer meio de geração de mapas.

A elaboração do catálogo esteve pautada por outros já existentes como o

Manual de Técnico “Convenções Cartográficas” do Exército Brasileiro, as normas

técnicas das Cartas de Sensibilidade ao óleo (Cartas SAO) do Ministério do Meio

Ambiente brasileiro e a Carta 12000 da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN)

da Marinha do Brasil.

3.4. Manual

O manual (Apêndice I) é um texto claro e objetivo que foi desenvolvido no

intuito de guiar os futuros usuários das ferramentas, e sanar possíveis dúvidas acerca

da geração de mapas utilizando a convenção e layouts propostos. Sendo então um

texto de apoio aos usuários de forma que não seja indispensável a leitura da

dissertação para utilizar as ferramentas. Mas vale lembrar que a leitura da dissertação

e de suas referências é interessante para que se conheça também um pouco da teoria

cartográfica, para que assim os usuários se tornem críticos e ativos geradores de

mapas e não apenas reprodutores, e possam com o tempo sugerir aperfeiçoamentos

para esta convenção e soluções de outros problemas cartográficos.

3.5. Teste de aplicação da convenção proposta

A área de estudo é a mesma abrangida pelo projeto IGEPESCA: costa

sudeste e sul do Brasil. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,

São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo são os que compõem, então, a linha de

costa alvo do projeto. O setor pesqueiro nesta região tem elevada importância

ambiental, social e econômica e por isso um projeto interdisciplinar de tal porte é

extremamente bem vindo para entender a dinâmica que envolve os estoques

pesqueiros e o ambiente na região intencionando o planejamento e sustentabilidade

do setor de forma a manter sadios os estoques disponíveis.

Os dados foram disponibilizados pelo Grupo de Estudos Pesqueiros da

Universidade do Vale do Itajaí (GEP), e são referentes à frota industrial de arrasto

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duplo do sudeste e sul do Brasil do ano de 2008. A frota foi classificada em quatro

classes de acordo com o tipo de permissão de pesca de cada embarcação e método

de conservação do pescado a bordo, sendo estas: a frota voltada à captura de peixes

demersais, de camarão sete-barbas e fauna acompanhante, camarão rosa e fauna

acompanhante (embarcações com porão frigorificado) e camarão-rosa e fauna

acompanhante (embarcações com conservação do pescado em gelo). Os dados

utilizados foram a captura desembarcada (kg), esforço (horas de arrasto) e captura por

unidade de esforço, CPUE (kg/hora de arrasto), de pesca de cada viagem.

O GEP espacializa as informações da pesca com base em quadrantes de

0,5 graus de latitude e longitude. Portanto, a informação de cada viagem (em termos

de produção desembarcada) vem dividida aritmeticamente nos quadrantes pelos quais

a embarcação pescou durante a viagem, e tem como expressão geográfica o

centroide do quadrante. Para gerar a representação dos dados agrupados para o ano

inteiro de 2008 foi utilizada a ferramenta Spatial Join do ArcGIS® com um shapefile da

malha de quadrantes. Esta ferramenta permite agrupar em índices (soma, média, valor

máximo ou mínimo etc.) todos os dados ocorrentes num determinado espaço.

Para a aplicação e validação dos símbolos propostos pela convenção,

foram, então, gerados mapas de distribuição de esforço de pesca (horas de arrasto)

no ano de 2008 para cada classe da frota de arrasto e de CPUE (kg/horas de arrasto)

para a frota de camarão-rosa, tanto a frigorificada como a que não possui frigorifico.

Por fim, foi discutido que tipo de conhecimento que se pode extrair deste tipo de mapa,

e as potencialidades dos mesmos.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Simbologias

É importante dizer que as escalas de valores aqui escolhidas para os

parâmetros foram baseadas na ocorrência destes no oceano Atlântico região sudeste

e sul do Brasil, já que o trabalho foi desenvolvido neste contexto. Para utilizar as

simbologias ora sugeridas basta padronizar a escala de valores adequada para a

região a ser representada, utilizando a mesma paleta de cores. Para saber como gerar

uma camada de simbologia padrão consulte o item “Gerando uma camada de

simbologia padrão” no Apêndice I.

4.1.1. Variável visual Cor

Apesar de não haver padronização para mapeamento temático, em

estudos oceanográficos, quando se faz necessário representar parâmetros físico-

químicos há uma tendência bastante forte de se utilizar a paleta de cores do arco-íris

do azul ao vermelho (Figura 7).

Figura 7: Variação de cores do azul ao vermelho.

O cérebro tem a capacidade de misturar naturalmente cores separadas,

por exemplo, numa paleta de cor onde as extremidades sejam amarela e azul (Figura

8), sabe-se que num ponto central se encontra o verde e a visão automaticamente

reconhece os tons intermediários. Essa propriedade visual é a base para a

representação tricromática (Bertin, 1967), em que se pode reconstruir todo o espectro

de cores através das cores primárias azul, verde e vermelho, de maneira a satisfazer

os mais diversos problemas de representação gráfica. Segundo Martinelli (1991) a

aplicação das cores tem um grande poder de comunicação, além de atuar sobre a

emotividade humana e ser uma realidade sensorial sempre presente. Bertin (1967)

ressalta, contudo, que apesar de ser uma ótima ferramenta de representação as cores

apresentam alguns pontos fracos em relação a outras simbologias tais como tamanho

e forma. Uma desvantagem seria em relação às pessoas que apresentam dificuldade

de diferenciar as cores. A outra estaria no fato de que a sua reprodução do mapa em

preto e branco compromete a representação, fato este que não compromete a

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representação na cartografia digital. Porém, há casos em que outro meio de

representação não se mostraria tão eficiente quanto as cores e assim as suas

vantagens acabam por sobrepor as desvantagens.

Figura 8: Variação de cor do amarelo ao azul, passando pelo verde.

Esta variável visual é recomendada por Bertin (1967) para favorecer uma

percepção seletiva da distribuição do fenômeno, onde o olho consegue isolar os

elementos semelhantes num instante. Ou seja, percebendo e memorizando onde

ocorre cada categoria do fenômeno representado. Este é um possível motivo pelo qual

esta variável visual seja tão largamente utilizada para representar os parâmetros

ambientais, pois agrupa com facilidade áreas com características semelhantes (e.g.

regiões de mesma temperatura).

As paletas sugeridas são compostas então por três fases tricromáticas, a

primeira do azul para o verde, a segunda do verde para o amarelo e por último do

amarelo ao vermelho, lembrando a variação cromática do arco-íris. A associação das

cores gradualmente vai das mais frias (azul e verde), representando os valores mais

baixos do parâmetro, para as cores quentes como o vermelho, os valores mais altos,

conforme sugestões feitas por Bertin (1967). Apesar de todas as paletas seguirem o

mesmo padrão cromático, os valores foram editados para encaixar na paleta de forma

a ressaltar algumas características intrínsecas e desejáveis de serem diferenciadas de

cada parâmetro, favorecendo a diferenciação visual imediata para estes casos.

A priori o projeto IGEPESCA estará coletando os dados relativos aos

parâmetros oceanográficos por meio de uma sonda multiparâmetro e naturalmente

sua primitiva geométrica é pontual. Porém, com o avanço do projeto será possível

gerar interpolações dos dados adquiridos ao longo do tempo, e quando isto acontecer

é recomendado que as classes e simbologia sugeridas para a representação pontual

seja também utilizadas para a representação das interpolações, utilizando as cores e

classificação sugerida. De forma a não prejudicar o processo cognitivo ao utilizar

diferentes simbologias para o mesmo parâmetro. No caso dos projetos criados para o

ArcGIS® são apresentadas camadas padrão, utilizando a simbologia proposta, em

shapefile de pontos e em imagem raster.

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4.1.1.1. Salinidade

A paleta de cor e escala de valores sugeridos para a representação da

salinidade da água pode ser visualizada na Figura 9. Os valores variam de 10 a 40,

em intervalos de 0,5. A escala de valor foi determinada em função da ocorrência do

parâmetro na área de estudo. É importante ressaltar que a salinidade 30 será

representada pela cor amarela e a 35 pela cor vermelha com a função de separar

visualmente águas com características costeiras (salinidade 30), das oceânicas

(salinidade 35).

Figura 9: Legenda sugerida de Salinidade.

Outros trabalhos utilizam a paleta de cor do azul ao vermelho para

representar a variação de salinidade nos oceanos (Figura 10). Porém a maioria utiliza

a escala de valores entre 30 e 40, por se tratar de trabalhos que englobam áreas

bastante grandes e, sobretudo, em regiões oceânicas, onde as variações deste

parâmetro são menores. Já na área de estudo do presente trabalho, por se tratar de

uma região costeira, a variação da salinidade pode ser mais significativa em áreas sob

influência de descarga fluvial. Sendo assim, para este trabalho a escala de valores

para a representação da variação de salinidade foi determinada com o valor mínimo

de 10. Abrangendo os limites mínimos e máximos observados por Magliocca et al

(1982) na costa sul do Brasil, 22 e 36 respectivamente.

Salinidade

10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40

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23

4.1.1.2. Turbidez

Como pode ser observado da Figura 11 os valores de turbidez adotados

como limites para a escala proposta variam de 0 a 200 ntu, em intervalos de 5 ntu, e

foram determinados juntamente com especialistas em aquisição de dados físico-

químicos marinhos, respeitando a ocorrência natural na área de estudo (comunicação

pessoal com Jurandir Pereira Filho).

A

B

Figura 10: A) Mapa de salinidade do Atlântico Sul elaborado pela MercartorOcean. (Disponível em: <http://bulletin.mercator-ocean.fr/>) B) Primeiro mapaglobal de salinidade superficial dos oceanos elaborado a partir de dados desensoriamento remoto, no Projeto Aquarius da NASA. (Disponível em:<http://www.nasa.gov/mission_pages/aquarius/news/aquarius20110922.html>)

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24

Figura 11: Simbologia sugerida para Turbidez.

4.1.1.3. Temperatura

A temperatura da água do mar, para o presente trabalho, é dada em graus

Celsius (ºC) e varia de 12 a 32 ºC, em intervalos de 0,5ºC. Com a simbologia sugerida

(Figura 12) águas mais profundas (aproximadamente 15ºC ou mais frias) podem ser

visualmente diferenciadas de águas superficiais (aproximadamente 25ºC ou mais

quentes) com facilidade uma vez que a primeira é representada por tonalidades mais

frias como o azul e a segunda por tons de amarelos, seguidos do laranja e vermelho

quanto maior a temperatura.

Figura 12: Simbologia sugerida para temperatura da água.

Diversos trabalhos utilizam mapas para representar a variação da

temperatura (principalmente a superficial) da água do mar, e a grande maioria

seleciona a paleta de cor do azul para o vermelho, mudando apenas a escala de

valores de acordo com a região de estudo. Como se pode observar na Figura 13,

trabalhos com pequena variação latitudinal acabam por restringir a escala de valores

com a intenção de realçar as pequenas variações de temperatura, uma vez que

latitudes iguais tendem a ter temperaturas semelhantes. Por outro lado, trabalhos que

abrangem áreas com maior extensão latitudinal se cercam de uma escala de valores

de temperatura maior, já que a variação latitudinal de temperatura é grande. A escala

de valores sugerida abrange as temperaturas ocorrentes na plataforma continental e

talude do Sudeste e Sul do Brasil segundo Castro et al (2006), que traz o limite inferior

de temperatura de 13ºC e limite superior de 27ºC.

0 25 50 75 100 125 150 175 200

Turbidez (ntu)

12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32

Temperatura (°C)

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Figura 13: A) Mapa de temperatura superficial dos oceanos da América do Sul, elaboradopelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (Disponível em: <http://satelite.cptec.inpe.br/tsm/>). B) Mapa de temperatura supercial do Atlântico Sulelaborado pela Mercartor Ocean (Disponível em: < http://bulletin.mercator-ocean.fr/html/welcome_fr.jsp>). C) Mapa de temperatura superficial elaborado pela NationalOceanic and Atmospheric Administration – NOAA (Disponível em: <http://www.ospo.noaa.gov/Products/ocean/sst/contour/index.html>).

A

B

C

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26

4.1.1.4. Clorofila

Os limites para os teores de clorofila foram estabelecidos em 0 e 30 mg/m³

em intervalos em escala logarítmica (Figura 14), seguindo a escala numérica de

representação gráfica da Ocean Color da National Aeronautic and Spatial

Administration. A escala logarítmica para este parâmetro é a utilizada na sua

representação também pela National Oceanic and Atmospheric Administration –

NOAA (Figura 15), ambas as instituições têm renome em análise e distribuição de

dados oceanográficos. Esta escala permite observar variações no teor de clorofila em

águas com menor quantidade do pigmento, como variações significativas para áreas

ricas em clorofila, sendo o grande potencial desta simbologia. As cores neste caso

também variam segundo os tons do arco-íris.

Figura 14: Simbologia sugerida para Clorofila.

Clorofila (mg/m³)

0 0,01 0,03 0,1 0,3 1 3 10 30

A

B

Figura 15: A) Simbologia utilizada para concentração de clorofila pela OceanColor. B) Simbologia para concentração de clorofila utilizada pela NOAA

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4.1.1.5. pH

Os valores de pH variam de 7 a 8,5 em intervalos de 0,1. Sendo estes os

possíveis de se ocorrer na água do mar, devido à sua enorme capacidade tampão.

Neste caso a disposição das cores se dá do vermelho para o azul (Figura 16), pois o

pH é um índice referente à quantidade de hidroxilas (H+) em uma solução aquosa e é

inversamente proporcional ao valor de pH, ou seja, quanto menor o pH maior a

quantidade de hidroxilas na solução.

Figura 16: Simbologia sugerida para pH.

Denman et al (2011) quando faz previsões acerca da acidificação dos

oceanos utiliza uma paleta e escala bastante parecidas (Figura 17). No caso da

presente padronização a escala de valor começa em 7 e não em 7,5 para dar uma

margem de segurança maior uma vez que o enfoque é costeiro e as águas

continentais podem afetar o pH em regiões específicas de descarga.

pH

7 7,3 7,6 7,9 8,2 8,5

Figura 17: Mapa de previsão de pH para o ano de 2100. Fonte: Denman et al.,2007.

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28

4.1.1.6. Oxigênio dissolvido

A escala de valores determinada varia de 2 a 12 mg/l (estabelecido em

comunicação pessoal com Jurandir Pereira Filho), em intervalos de 0,2mg/l e as cores

variam do azul ao vermelho, onde o azul representa os menores valores, verdes e

amarelos valores intermediários e vermelho os maiores valores (Figura 18).

Figura 18: Simbologia sugerida para Oxigênio dissolvido.

Para distribuição de oxigênio dissolvido na água do mar é possível

encontrar trabalho como de Stramma et al. (2008) que traz um mapa de distribuição de

oxigênio em águas tropicais (Figura 19). Apesar de a unidade do parâmetro ser

diferente, o autor usa µmol/kg, o padrão de cores adotado é semelhante ao proposto.

Figura 19: Mapa de distribuição de oxigênio dissolvido em águas tropicais. Fonte: Stramma et al. (2008)

4.1.1.7. Tamanho médio de grão do sedimento

Tendo em vista que há diversas classificações de tamanho de sedimento

disponíveis, procurou-se utilizar a adotada pelo Laboratório de Geologia da

Universidade do Vale do Itajaí (Lab-Geo), já que este será responsável pelas amostras

<2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Oxigênio dissolvido (mg/l)

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de sedimento do projeto IGEPESCA. Favorecendo, assim, a representação direta do

resultado da análise realizada. Para tanto, foram adotadas as classes de tamanho da

classificação de Wentworth (Anexo I), que é empregada no software de classificação

de sedimento SIGA, utilizado pelo Lab-Geo. O tamanho médio de grão varia de 0 a 4

mm (Figura 20), seguindo as classes de Wentworth. A variação de cor remete às cores

da simbologia (ver página 33) dos componentes granulométricos do sedimento silte,

areia e cascalho. O arranjo de cores e valores tem como referência o relatório do Setor

de Geociência do Governo Australiano (Passlow et al., 2005). O objetivo informativo

em se adotar a variável visual cor para este parâmetro é que áreas com semelhantes

tamanhos de grão sejam facilmente percebidas e agrupadas pela visão do usuário do

mapa.

Figura 20: Simbologia sugerida para o tamanho médio dos grãos de sedimento.

4.1.1.8. Classificação do sedimento

Assim como para o tamanho médio de grão, quando se classifica o

sedimento a intenção é de se agrupar unidades homogêneas, e como no mapa isso

deve ser facilmente percebido, se adotou a variação de cor também para a

classificação do sedimento. Foram adotadas as classes de sedimento do Diagrama de

Shepard (Figura 21), que também é empregado no software de classificação de

sedimento SIGA, utilizado pelo Lab-Geo, pelos mesmos motivos citados no item

anterior.

Tamanho médio do grão (mm)

0 - 0,002

0,002 - 0,004

0,004 - 0,008

0,008 - 0,016

0,016 - 0,031

0,031 - 0,063

0,063 - 0,125

0,125 - 0,25

0,25 - 0,5

0,5 - 1 1 - 2 2 - 4 >4

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Figura 21: Diagrama de Shepard. Fonte: software SIGA.

Na intenção de remeter as cores desta simbologia às da caracterização

quanto à porcentagem de argila, silte e areia (ver página 33), que são os vértices do

Diagrama de Shepard, aqui foi adotado o amarelo para areia, vermelho para argila e

marrom para silte e as composições resultantes de mistura destes componentes

seguiu cores geradas pela mistura destas cores “primárias”. A Figura 22 traz o

diagrama de Shepard colorido de acordo com a simbologia sugerida. Passlow et al.

(2005) faz o mesmo jogo de mistura de cores, porém com diferentes cores primárias,

para representar graficamente o diagrama de Folk (Figura 23)

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Figura 22: Simbologia sugerida para classificação de sedimentos segundo o diagrama de Shepard.

Figura 23: Diagrama de Folk e simbologia utilizada por Passlow et al. (2005)

4.1.2. Variável visual valor (intensidade de cor)

A variação da intensidade de cor (também chamada de luminosidade) é

uma progressão contínua que o olho percebe por uma série de tons de cinza indo do

preto ao branco (Figura 24). Essa progressão é independente da cor (matiz), podendo

ser variações de um azul claro para o escuro, assim como vermelhos ou verdes. E é

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na realidade referente à quantidade de luz refletida que corresponde à sensação visual

do brilho de uma imagem.

Figura 24: Paleta de variação de intensidade de cor.

Bertin (1967) recomenda utilizar este tipo de variável visual para

demonstrar a ordem do fenômeno a ser representado. Ao utilizar esta propriedade em

simbologias cartográficas, geralmente o valor mais alto do fenômeno representado é

concedido ao preto. Os valores devem seguir uma ordem lógica ao longo da variação

de tons para que a representação contribua para uma percepção ordenada da

variável. Bertin op cit. ressalta ainda, que para uma percepção seletiva das cores por

variação de intensidade não deve haver mais do que seis ou sete degraus de valores

na classificação. Tal variação foi utilizada na representação de variáveis sedimentares,

pesqueiras e ecológicas, já que a intenção na representação destas variáveis é

mostrar aonde o parâmetro apresenta maiores e menores valores (ordem quantitativa).

4.1.2.1. Composição do Sedimento

Para a composição do sedimento a unidade considerada foi a

porcentagem do peso bruto da amostra que é composta por lama (soma de silte e

argila), silte, argila, areia e cascalho e ainda o teor de carbonato e matéria orgânica da

amostra também em porcentagem. Todas contam com a variável visual intensidade de

cor com a finalidade de ressaltar a menor ou maior contribuição (ordem) de cada

fração do sedimento, alterando apenas a matiz da cor para cada componente (Figura

25). As cores para representação da silte, areia, cascalho e carbonato têm como

referência o relatório do Setor de Geociência do Governo Australiano (Passlow et al.,

2005) (Figura 26).

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Figura 25: Simbologias sugeridas para a caracterização do sedimento quanto a: A) Lama; B) Silte; C) Argila; D) Areia; E) Cascalho; F) Matéria orgânica; G) Carbonato.

Figura 26: Simbologias de representação da composição do sedimento. A) Lama; B) Areia; C) Cascalho; D) Carbonato. Fonte: adaptado de Passlow et al. (2005)

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34

4.1.2.2. Dados pesqueiros

Para os parâmetros da pesca a variável visual intensidade de cor foi

adotada, pois a intenção geral destes tipos de mapa é transmitir a informação de onde

há mais (ou menos) captura, ou onde há mais barcos pescando, ou ainda onde a

abundância/eficiência (Captura por Unidade de Esforço de Pesca – CPUE) é maior,

entre outros. Diversos trabalhos utilizam esta variável visual para tais parâmetros

como é o caso de Stewart et al. (2010) que mapeou a densidade de barcos ao longo

da costa africana, ou Booth (2000) que representou o esforço de pesca em número de

redes de arrasto (A e B da Figura 27, respectivamente).

A

B

Figura 27: A) Mapa de densidade de barcos por área. Fonte: Stewart et al. (2010); B)Mapa de distribuição de esforço de pesca. Fonte: Booth (2000)

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A análise pesqueira pode ser feita em diferentes escalas de tempo (i.e.

esforço de pesca total por mês, ou por ano) e com as mais diversas unidades,

dependendo tanto da arte de pesca (i.e. esforço de pesca expresso por número de

horas de arrasto, quando a pesca for de arrasto, ou número de pescadores, no caso

de vara e isca-viva) como do objetivo da análise (i.e. captura média por dias de pesca,

ou por litros de óleo diesel). Por este motivo é bastante delicada a situação de se

estabelecer uma escala fixa de valores para tais parâmetros para a representação

gráfica. Sendo assim, não se justifica a normalização absoluta de valores já que

limitaria o poder de análise. Normalizações relativas também teriam as mesmas

desvantagens representativas (perda de comparabilidade entre mapas de diferentes

escalas de valores dos dados) dos valores por si e, nesse caso, os valores absolutos

levam vantagem em relação à normalização relativa já que acaba por ser uma

informação a mais, já que um índice normalizado não teria muito significado na maioria

dos casos que envolvem a pesca.

Desta forma, a escala de valores para tais parâmetros fica a critério do

autor do mapa, determinando a unidade e variáveis para suprir as necessidades de

resposta às mais diversas questões que podem ser formuladas acerca do tema.

Ressalva-se que a falta de comparabilidade de valores absolutos em mapas não é

justificável num mesmo trabalho, tendo o autor a obrigação de gerar uma escala de

valores padrão que abranja todo o espectro de dados utilizados em suas análises.

Deste modo se garante que os mapas do trabalho possam ser prontamente

comparáveis, evitando casos como o trabalho de Sousa (2009) onde mapas que foram

criados com a finalidade de serem comparados uns aos outros, perderam este

potencial de comparabilidade visual imediata pela falta de padronização da escala de

valores utilizado (Figura 28).

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Figura 28: Exemplo de mapas sem padronização da escala de valores. Fonte: Sousa (2009)

Apesar de não existirem valores fixos, a paleta de cor para cada parâmetro

foi padronizada (Figura 29) e uma vez que o objetivo principal destes mapas é

responder a questões referentes ao padrão de distribuição dos dados, esta

padronização de cores para a representação se faz suficiente para respondê-las numa

primeira instância. Porém havendo a necessidade se comparar mapas com diferentes

escalas de valores, a legenda deverá ser consultada e a análise comparativa visual

pode ser um pouco prejudicada dependendo do caso.

Figura 29: Simbologia sugerida para os parâmetros de pesca: Captura, Captura por Unidade de Esforço de Pesca (CPUE) e Esforço.

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37

4.1.2.3. Densidade de indivíduos, diversidade ecológica e riqueza de espécies

Para a representação destes três parâmetros ecológicos (densidade de

indivíduos, riqueza de espécie e diversidade ecológica) são sugeridas paletas com

variação de intensidade de cor (Figura 30), já que o principal objetivo destas análises é

demonstrar onde há maiores e menores valores do parâmetro. Pelas mesmas razões

dos dados pesqueiros, nestes casos não foram estipulados escalas de valores já que

estes podem variar bastante dependendo do ambiente e classe de organismos

estudados.

Figura 30: Simbologia sugerida para parâmetros ecológicos: A) Densidade de indivíduos; B) Diversidade ecológica; C) Riqueza de espécies.

Walli et al (2009) utiliza tags por km² como unidade de densidade de

atuns monitorados no Atlântico Norte. A simbologia utilizada por este autor é a

variação de cores do azul para o rosa (Figura 31), o que segundo Bertin (1967) não

traz uma ideia imediata de ordem quantitativa.

Figura 31: Mapa de densidade de atuns em tags/km². Fonte: Walli et al(2009).

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38

Outra possibilidade de representação de ordem quantitativa é a variação

de tamanho do símbolo, como Booth (2000) utiliza para representar a densidade de

Pterogymnus laniarius em diferentes estágio de vida na costa sul da África (Figura 32).

Apesar de correta segundo os princípios da semiologia gráfica, este tipo de

representação não foi utilizado por poluir visualmente o mapa mais que a

representação por variação de intensidade de cor.

Figura 32: Mapa de densidade de Pterogymnus laniarius em diferentes estágios de vida na costa sul africana. Fonte: Booth (2000).

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Em casos que se faça necessário representar espacialmente o esforço de

amostragem realizado na coleta de dados destes parâmetros ecológicos, deve ser

utilizada a simbologia de esforço de pesca (ver Figura 29 na página 36)

4.2. Layout

O layout padrão para os mapas gerados no âmbito do IGEPESCA deve

conter os elementos básicos de um mapa como: título, escala gráfica, norte, legenda,

datum (SIRGAS-20008), grid do sistema de coordenadas geográficas e autor e ainda

alguns complementos como as logos do IGEPESCA e CAPES. A disposição padrão

dos elementos foi determinada como consta na Figura 33, isto, pois segundo Bertin

(1967), a leitura do mapa se dá verticalmente. Ou seja, olha-se de cima pra baixo ou

vice-versa, e por isso é interessante que os elementos essenciais ao entendimento do

mapa estejam em alguma destas extremidades e não nas laterais. Desta forma se

assegura que as informações importantes sejam vistas num primeiro olhar, garantindo

que o usuário do mapa tome conhecimento delas.

Os usuários do software ArcGIS contam com templates em tamanhos de

folha A0, A3 e A4 para cada parâmetro9 no apêndice digital. Neste caso basta o autor

incluir os seus dados no projeto do parâmetro e tamanho desejado e importar10 a

simbologia da layer modelo e seu mapa estará pronto e dentro dos padrões propostos

pela convenção.

Vale ressaltar que a escala do mapa pode ser alterada de acordo com a

abrangência geográfica do estudo realizado pelo usuário, de forma que a área

desejada fique em evidência no mapa. Outra questão importante é que, se necessário,

o mapa pode ser desmembrado, se tornando uma figura compacta para entrar no

corpo do texto do trabalho.

8 De acordo com a Resolução 1/2005 do Presidente da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o SIRGA-2000 é o datum oficialmente utilizado na cartografia brasileira. 9 Exceto os parâmetros que o usuário deve estabelecer a escala de valores da simbologia dos dados para o seu trabalho. 10 Para saber como importar a simbologia leia o manual no apêndice.

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Figura 33: Disposição sugerida dos elementos do mapa pela convenção.

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4.3. Catálogo de símbolos

A versão final do cabeçalho do catálogo ficou configurada conforme a

Figura 34.

Figura 34: Cabeçalho do catálogo de simbologias.

Sendo então composto pelos seguintes campos:

Primitiva Geométrica: se refere ao modo de manifestação do

fenômeno a ser representado, podendo ser: pontual (ponto), linear (linha) ou zonal

(polígono).

Tipo de atributo: se o atributo é representado por números (numérico,

i.e. número de mamíferos avistados num determinado ponto) ou por texto (textual, i.e.

condição climática classificada em “céu aberto”, “nublado”, “chuvoso” etc). Um atributo

pode ser também lógico (Verdadeiro ou Falso).

Classe: nome do parâmetro representado (i.e. temperatura, clorofila,

avistagem de mamíferos marinhos etc).

Símbolo: a representação de cada classe do atributo no mapa. Uma

vez que o tamanho do símbolo pode variar de acordo com o tamanho da folha do

mapa, foi padronizado a utilização do símbolo no tamanho a ser utilizado num mapa

em folha A3.

Descrição: é a descrição da classe do atributo, explicitando o

significado de dado símbolo.

Intervalo de classe: uma vez que os atributos foram classificados,

aqui ficam registrados os valores mínimos (na coluna “mín”) e máximos (na coluna

“max”) contidos em cada classe. Quando o parâmetro não contar com intervalos de

classe, o valor do parâmetro estará na coluna “mín” e a legenda NA (não aplicável)

preencherá a coluna “máx”.

Tipo de símbolo: determina o que será utilizado na representação

visual do fenômeno (i.e. círculo, quadrado, triângulo, linha, uma imagem etc.)

Tamanho: determina o tamanho, em pontos (pts), do símbolo a ser

utilizado de acordo com o tamanho de folha a ser utilizado para o mapa (A4, A3 e A0).

Tipo de atributo

Min Max A4 A3 A0 R G B R G B

DESCRIÇÃO DO SÍMBOLOPrimitiva Geométrica

Classe

(parâmetro)Símbolo Descrição Referência

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchimento

Padrão de Preenchimento

Intervalo de classeTipo

Símbolo

Tamanho

Unidade ÂnguloContorno 

S/N

Cor de contorno

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Ângulo: define a angulação em que o símbolo será representado no

mapa (i.e. 0º, 45º, 90º etc.).

Contorno: define se o símbolo será contornado (S) ou não (N),

podendo ser opcional (OP).

Cor de contorno: caso o símbolo seja contornado, aqui é

determinada a cor do contorno apresentando seus valores em RGB. Caso o símbolo

não apresente contorno, esta coluna é nula.

Espessura de contorno: define a espessura do contorno do símbolo,

caso este seja contornado. Caso contrário, esta coluna é nula.

Cor de preenchimento: determina os valores de RGB da cor que

deverá preencher o símbolo.

Padrão de preenchimento: determina o padrão de preenchimento do

símbolo. Neste trabalho são utilizados apenas preenchimentos sólidos, para evitar que

texturas se confundam e/ou poluam visualmente o mapa.

Referência: cita as referências de trabalhos consultados para a

composição da simbologia do parâmetro.

O catálogo completo pode ser encontrado no final do Apêndice I.

4.4. Teste de aplicação da convenção

A gama de análises espaciais possíveis utilizando a convenção proposta é

enorme, limitada apenas pelo intelecto criativo e exploratório do autor. Como seria

impossível demostrar todas neste estudo de caso, foram selecionadas algumas em

que os dados foram disponibilizados para ilustrar a utilidade dos mapas padronizados.

Ressalta-se que as análises aqui feitas não podem ser consideradas como padrões

fixos destas pescarias, uma vez que são pontuais e não visam o entendimento das

causas e efeitos das distribuições de dados. Elas têm caráter apenas ilustrativo das

possibilidades de análises espaciais acerca da pesca.

No primeiro exemplo objetivou-se a comparação de uso de espaço pelas

frotas de arrasto permissionadas para a pesca do camarão sete barbas, camarão-rosa

(separada em frota que possui armazenamento do recurso por frigorífico e a que não

possui) e peixes demersais num mesmo período de tempo, no caso foi utilizado o mês

de julho de 2008. Para representar o uso espacial foi utilizado o esforço de pesca em

número de horas de arrasto por quadrante.

Analisando os mapas (Apêndice II) observa-se que o espaço utilizado

pelas frotas do camarão sete-barbas e a frota frigorificada do camarão-rosa é mais

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concentrado que o de peixes demersais e camarão-rosa sem frigorifico, as quais são

mais distribuídas ao longo da costa. Os mapas podem indicar, por exemplo, quais

frotas apresentam maior sobreposição espacial e, em tese, maior potencial de conflito,

requerendo mais atenção dos gerenciadores de pesca. Outro fator que se observa é

que a pesca de arrasto acontece principalmente na plataforma continental, a não ser

por alguns arrastos feitos pela frota de peixes demersais na região do talude. Além

disso, é possível inferir sobre as áreas mais intensamente exploradas que são as

áreas de cor mais intensa e que talvez sejam as áreas que necessitem de mais

estudos para saber a situação dos estoques a fim de se garantir a manutenção destes.

No segundo exemplo (Apêndice III) foi utilizada apenas a frota de camarão

rosa, dividida em frigorificada e não frigorificada. Foi calculada a captura por unidade

de esforço (kg/hora de arrasto) média das espécies permissionadas (Camarão Rosa,

Camarão Barba-ruça e Camarão Santana) no ano de 2008, na intenção de comparar

os rendimentos de cada tipo de barco. É possível perceber que a frota não frigorificada

atua numa área maior que a frigorificada. Porém, além disso, se nota que quanto mais

costeiro o arrasto a tendência do rendimento é aumentar, sendo ainda maior na região

mais ao sul. Em diversos arrastos mais distantes da costa, a espécie permissionada

nem sequer foi capturada, indicando que possivelmente a espécie se restrinja a

regiões mais próximas à costa. Tal informação poderia servir, se for o caso, para

restringir a área de atuação dos barcos de acordo com a espécie-alvo permissionada.

Estas e diversas outras análises podem ser feitas na intenção de subsidiar

o gerenciamento das frotas pesqueiras e promover a manutenção dos estoques,

sendo que o fato de se contar com uma convenção cartográfica implica a facilidade de

comparação dos mapas e clareza na transmissão da informação.

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44

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Recomenda-se que os futuros usuários da convenção proposta se

cerquem de conhecimento sobre cartografia para que sejam críticos e ativos no

sentido de aprimorar os mapas gerados para que fiquem cada vez mais objetivos na

transmissão da informação, de modo que qualquer pessoa possa entendê-los. Mapas

claros e compreensíveis são especialmente importantes quando são direcionados aos

tomadores de decisão, que na maioria das vezes não possuem conhecimento técnico-

científico em relação ao tema (pesca) necessitando do auxilio da comunidade

científica, sendo este o foco da maioria dos trabalhos no âmbito do projeto

IGEPESCA.

Sob o ponto de vista de pesquisas acadêmicas interdisciplinares, esta

convenção é um importante primeiro passo para a integração de informações geradas

por pesquisadores com diferentes especialidades integrantes do projeto IGEPESCA,

uma vez que a padronização da representação visual favorece a comparabilidade de

mapas de diferentes autorias, colaborando para que as informações sejam passíveis

de serem inter-relacionadas.

Porém, para uma interdisciplinaridade mais efetiva ainda há muito que

avançar em relação às padronizações, como por exemplo, a padronização e

sistematização de bancos de dados e metadados. Isto significa possibilitar que os

dados obtidos por diferentes fontes possam ser prontamente utilizados em análises de

qualquer pesquisador, além de diminuição de custos já que não será necessário

múltiplos esforços para aquisição de dados de mesma natureza. Esta utilização de

dados por diferentes pesquisadores permite que os dados sejam analisados por

diferentes pontos de vista, enriquecendo o conhecimento acerca do tema (ou temas

correlatos) e extraindo dos dados todas as informações que ele possa trazer,

valorizando os custos e mão-de-obra da aquisição dos dados.

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45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1

APÊNDICE I

MANUAL TÉCNICO – CONVENÇÃO CARTOGRÁFICA PARA CARTOGRAFIA

TEMÁTICA PESQUEIRA

Apresentação

A crescente abordagem ecossistêmica na pesca tem conduzido

pesquisadores e gestores a buscar uma visão geoespacial dos elementos que, direta

ou indiretamente, influenciam na manutenção dos estoques pesqueiros e no sucesso

das pescarias. Ao se incorporar a dimensão geográfica em estudos da problemática

pesqueira, automaticamente adota-se a cartografia temática como instrumento de

síntese e comunicação dos resultados encontrados. Porém, a ausência de

padronização da representação gráfica dos dados em mapas impossibilita, muitas

vezes, a comparação das informações contidas em diferentes mapas. Neste sentido,

propõe-se uma convenção cartográfica para representação de dados pesqueiros e

ambientais marinhos.

Neste contexto surgiu este manual que estabelece as normas para a

representação de dados marinhos, na forma de mapas temáticos pesqueiros.

A apresentação deste manual é dividida feita em partes que se

complementam:

(1) O Catálogo de Símbolos – que estabelece a forma, cor e

tamanho dos símbolos

(2) Tutorial de uso dos padrões para geração de mapas temáticos

no software ArcGIS®.

(3) DVD contendo os arquivos padrões para geração de mapas

temáticos no software ArcGIS®.

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2

NOTA

Os usuários deste manual são solicitados a apresentar sugestões que

possam ampliar sua clareza e exatidão. Assim como proporcionar melhorias nos

esquemas simbológicos. As observações devem ser feitas aos coordenadores do

projeto IGEPESCA e/ou aos responsáveis técnicos deste manual.

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3

SUMÁRIO

Parâmetros abrangidos ............................................................................................... 4 

Entendendo o catálogo ............................................................................................... 5 

Informações cartográficas importantes ....................................................................... 6 

Sobreposição de informações ou coleção de mapas? ............................................... 6 

Catálogo de símbolos ................................................................................................. 8 

Alguns exemplos de mapas temáticos utilizando a convenção .................................. 9 

Tutorial ...................................................................................................................... 26 

Início....... ..................................................................... ..........................................26 

Abrindo um projeto padrão .................................................................................... 26 

Importando a simbologia da camada modelo ........................................................ 27 

Gerando uma camada de simbologia padrão ....................................................... 29 

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4

Parâmetros abrangidos

Os parâmetros atendidos pela convenção cartográfica proposta são os

seguintes:

Físico-químicos: Página(s) Temperatura

Salinidade

pH

Oxigênio dissolvido

Turbidez

15 - 17

14 – 15

13 – 14

11 – 13

10 – 11

Biológicos:

Riqueza de espécies

Diversidade ecológica

Densidade de indivíduos

Concentração de clorofila

21

22

22

9 - 10

Pesqueiros:

Captura

Esforço de pesca

Captura por Unidade de esforço de pesca (CPUE)

20

21

21

Sedimentológicos:

Tamanho médio de grão

Classificação do sedimento segundo diagrama de Shepard

Composição do sedimento em percentagem de:

Lama (silte + argila)

argila

silte

areia

cascalho

Teor de carbonato no sedimento

Teor de matéria orgânica no sedimento.

19

20

19

18

18

18

18

17

17

Parâmetros referentes à água.

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5

Entendendo o catálogo

O catálogo apresenta as seguintes informações:

Primitiva Geométrica: se refere ao modo de manifestação do

fenômeno a ser representado, podendo ser: pontual (ponto), linear (linha) ou zonal

(polígono).

Tipo de atributo: se o atributo é representado por números (numérico,

i.e. número de mamíferos avistados num determinado ponto) ou por texto (textual, i.e.

condição climática classificada em “céu aberto”, “nublado”, “chuvoso” etc). Um atributo

pode ser também lógico (Verdadeiro ou Falso).

Classe: nome do parâmetro representado (i.e. temperatura, clorofila,

avistagem de mamíferos marinhos etc).

Símbolo: a representação de cada classe do atributo no mapa. Uma

vez que o tamanho do símbolo pode variar de acordo com o tamanho da folha do

mapa, foi padronizado a utilização do símbolo no tamanho a ser utilizado num mapa

em folha A3.

Descrição: é a descrição da classe do atributo, explicitando o

significado de dado símbolo.

Intervalo de classe: uma vez que os atributos foram classificados,

aqui fica registrado os valores mínimos (na coluna “mín”) e máximos (na coluna “max”)

contidos em cada classe. Quando o parâmetro não contar com intervalos de classe, o

valor do parâmetro estará na coluna “mín” e a legenda NA (não aplicável) preencherá

a coluna “máx”.

Tipo de símbolo: determina o que será utilizado na representação

visual do fenômeno (i.e. círculo, quadrado, triângulo, linha, uma imagem etc.)

Tamanho: determina o tamanho, em pontos (pts), do símbolo a ser

utilizado de acordo com o tamanho de folha a ser utilizado para o mapa (A4, A3 e A0).

Ângulo: define a angulação em que o símbolo será representado no

mapa (i.e. 0º, 45º, 90º etc.).

Contorno: define se o símbolo será contornado (S) ou não (N),

podendo ser opcional (OP).

Cor de contorno: caso o símbolo seja contornado, aqui é

determinada a cor do contorno apresentando seus valores em RGB. Caso o símbolo

não apresente contorno, esta coluna é nula.

Espessura de contorno: define a espessura do contorno do símbolo,

caso este seja contornado. Caso contrário, esta coluna é nula.

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6

Cor de preenchimento: determina os valores de RGB da cor que

deverá preencher o símbolo.

Padrão de preenchimento: determina o padrão de preenchimento do

símbolo. Neste trabalho são utilizados apenas preenchimentos sólidos.

Referência: cita as referências de trabalhos consultados para a

composição da simbologia do parâmetro.

Informações cartográficas importantes

Datum e sistema de coordenadas geográficas a serem utilizados:

SIRGAS 2000.

Quando os dados forem representados por quadrantes, as

dimensões destes devem ser, preferencialmente, de 0,5°x0,5°. Um shapefile com a

malha de quadrantes com estas dimensões se encontra disponível no DVD em anexo

(mapas A4\shapefiles\quadrante_meio_grau.shp).

A escala do mapa pode ser alterada de acordo com a abrangência

geográfica do estudo realizado pelo usuário, de forma que a área desejada fique em

evidência no mapa.

Se necessário, o mapa pode ser desmembrado, se tornando uma

figura compacta para entrar no corpo do texto do trabalho.

É importante dizer que as escalas de valores aqui escolhidas para os

parâmetros foram baseadas na ocorrência destes no oceano Atlântico região sudeste

e sul do Brasil, já que o trabalho foi desenvolvido neste contexto. Para utilizar as

simbologias ora sugeridas basta padronizar a escala de valores adequada para a

região a ser representada, utilizando a mesma paleta de cores. Consulte o item

“Gerando uma camada de simbologia padrão”.

Sobreposição de informações ou coleção de mapas?

Muitas vezes é necessário relacionar diferentes parâmetros para entender

a ligação entre eles de forma a aperfeiçoar o conhecimento acerca de ambos. Neste

caso qual a melhor opção, sobrepô-los num só mapa ou fazer um mapa para cada

parâmetro? Bertin diferencia os mapas em mapas para ver e mapas para ler, onde do

primeiro se extrai a informação logo num primeiro olhar, sendo um mapa para

representar a distribuição de apenas um fenômeno (responde, por exemplo, a

pergunta: onde acontece tal classe de dados?). Já o mapa para ler apresenta mais de

uma variável sobreposta e requer um tempo a mais para a sua interpretação. A visão

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7

não consegue analisar cada variável separadamente, sendo necessário que o usuário

percorra cada local do mapa para perceber como os fenômenos se comportam

(responde a pergunta: em tal lugar, o que acontece?).

Desta forma é necessário saber a que tipo de pergunta se espera

responder com o mapa para optar por uma opção ou outra. O autor menciona ainda

que um mapa suporta uma determinada densidade de informações e que se deve ser

criterioso no momento desta escolha para que o objetivo do mapa não seja

comprometido. É fundamental a observação das primitivas geométricas (ponto, linha,

polígono) dos dados a serem representados sobrepostos, a fim de saber se a

representação simultânea é compatível. Dois fenômenos representados por polígonos,

por exemplo, não tem compatibilidade de representação conjunta se estes se

sobrepuserem.

Outro ponto importante a ser observado quanto às primitivas geométricas

dos dados é o senso lógico de qual camada deve estar em cima de qual. Em

fenômenos que se sobreponham, linhas e pontos devem estar acima de polígonos, por

exemplo, garantindo que todas as informações sejam passíveis de serem visualizadas.

Sempre evitando a utilização de transparência de camadas, já que este artifício pode

prejudicar a comparabilidade com outros mapas já que altera a coloração da

simbologia.

Leituras recomendadas:

Bertin, J. 1980. O teste de base da representação gráfica. Revista Brasileira de Geografia: 42(1): 160-182.

Ramroop, S. 1998. Appropriate Selection of Cartographic symbols in a GIS Environment in 10th Colloquium of the Spatial Information Research Centre, University of Otago, New Zealand.

Ramos, A. P. F. A. 2013. Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de mapeamento temático pesqueiro. Dissertação de mestrado. UNIVALI.

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8

CA

LO

GO

DE

SÍM

BO

LO

S

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9

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Sem teor de clorofila

0,00

0,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

145

0111

Sólido

Concentração

 de clorofila >0 e 

≤0,01 mg/m³

0,00

0,01

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

158

0155

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,01 e ≤0,02 mg/m³

0,01

0,02

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

139

0173

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,02 e ≤0,03 mg/m³

0,02

0,03

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

110

0189

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,03 e ≤0,04 mg/m³

0,03

0,04

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

750

204

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,04 e ≤0,05 mg/m³

0,04

0,05

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

330

222

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,05 e ≤0,06 mg/m³

0,05

0,06

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

011

227

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,06 e ≤0,07 mg/m³

0,06

0,07

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

059

235

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,07 e ≤0,08 mg/m³

0,07

0,08

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0108

240

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,08 e ≤0,09 mg/m³

0,08

0,09

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0161

247

Sólido

Concentração

 de clorofila 

>0,09 e ≤0,1 mg/m³

0,09

0,10

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0217

255

Sólido

Concentração

 de clorofila >0,1 

e ≤0,2 mg/m³

0,10

0,20

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0255

234

Sólido

Concentração

 de clorofila >0,2 

e ≤0,3 mg/m³

0,20

0,30

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0255

174

Sólido

Concentração

 de clorofila >0,3 

e ≤0,4 mg/m³

0,30

0,40

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0255

111

Sólido

Concentração

 de clorofila >0,4 

e ≤0,5 mg/m³

0,40

0,50

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0255

51Sólido

Concentração

 de clorofila >0,5 

e ≤0,6 mg/m³

0,50

0,60

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

8255

0Sólido

Concentração

 de clorofila >0,6 

e ≤0,7 mg/m³

0,60

0,70

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

60255

0Sólido

Concentração

 de clorofila >0,7 

e ≤0,8 mg/m³

0,70

0,80

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

110

255

0Sólido

Concentração

 de clorofila >0,8 

e ≤0,9 mg/m³

0,80

0,90

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

162

255

0Sólido

Concentração

 de clorofila >0,9 

e ≤1 mg/m³

0,90

1,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

212

255

0Sólido

Concentração

 de clorofila >1 e 

≤2 mg/m³

1,00

2,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

251

0Sólido

Concentração

 de clorofila >2 e 

≤3 mg/m³

2,00

3,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

204

0Sólido

Concentração

 de clorofila >3 e 

≤4 mg/m³

3,00

4,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

153

0Sólido

Concentração

 de clorofila >4 e 

≤5 mg/m³

4,00

5,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

106

0Sólido

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Primitiva Geométrica

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Referência

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Clorofila (continua)

Ocean

 Color (NASA

)

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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10

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Concentração

 de clorofila >5 e 

≤6 mg/m³

5,00

6,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

600

Sólido

Concentração

 de clorofila >6 e 

≤7 mg/m³

6,00

7,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

130

Sólido

Concentração

 de clorofila >7 e 

≤8 mg/m³

7,00

8,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

227

80

Sólido

Concentração

 de clorofila >8 e 

≤9 mg/m³

8,00

9,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

199

30

Sólido

Concentração

 de clorofila >9 e 

≤10 mg/m³

9,00

10,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

171

30

Sólido

Concentração

 de clorofila >10 

e ≤20 mg/m³

10,00

20,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

143

00

Sólido

Concentração

 de clorofila >20 

e ≤30 mg/m³

20,00

30,00

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

115

00

Sólido

Turbidez ≥0 e ≤5 ntu

05

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

00

255

Sólido

Turbidez >5 e ≤10 ntu

510

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

2836

255

Sólido

Turbidez >10 e ≤15 ntu

1015

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

3856

255

Sólido

Turbidez >15 e ≤20 ntu

1520

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

4670

255

Sólido

Turbidez >20 e ≤25 ntu

2025

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

5188

255

Sólido

Turbidez >25 e ≤30 ntu

2530

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

56106

255

Sólido

Turbidez >30 e ≤35 ntu

3035

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

59124

255

Sólido

Turbidez >35 e ≤40 ntu

3540

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

59140

255

Sólido

Turbidez >40 e ≤45 ntu

4045

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

59160

255

Sólido

Turbidez >45 e ≤50 ntu

4550

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

56179

255

Sólido

Turbidez >50 e ≤55 ntu

5055

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

51197

255

Sólido

Turbidez >55 e ≤60 ntu

5560

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

41219

255

Sólido

Turbidez >60 e ≤65 ntu

6065

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

31236

255

Sólido

Turbidez >65 e ≤70 ntu

6570

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0255

255

Sólido

Turbidez >70 e ≤75 ntu

7075

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

69255

236

Sólido

Turbidez >75 e ≤80 ntu

7580

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

97255

221

Sólido

Turbidez >80 e ≤85 ntu

8085

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

120

255

201

Sólido

Turbidez >85 e ≤90 ntu

8590

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

143

255

186

Sólido

Turbidez >90 e ≤95 ntu

9095

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

158

255

169

Sólido

Turbidez >95 e ≤100 ntu

95100

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

173

255

150

Sólido

Turbidez >100 e ≤105 ntu

100

105

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

189

255

135

Sólido

Turbidez >105 e ≤110 ntu

105

110

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

201

255

120

Sólido

Turbidez >110 e ≤115 ntu

110

115

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

214

255

99Sólido

Turbidez >115 e ≤120 ntu

115

120

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

226

255

82Sólido

Turbidez >120 e ≤125 ntu

120

125

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

236

255

64Sólido

Turbidez >125 e ≤130 ntu

125

130

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

244

255

41Sólido

Turbidez >130 e ≤135 ntu

130

135

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

255

0Sólido

Turbidez >135 e ≤140 ntu

135

140

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

238

0Sólido

Turbidez >140 e ≤145 ntu

140

145

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

221

0Sólido

Turbidez >145 e ≤150 ntu

145

150

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

204

0Sólido

Turbidez >150 e ≤155 ntu

150

155

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

191

0Sólido

Turbidez >155 e ≤160 ntu

155

160

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

170

0Sólido

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Espessura 

de 

contorno

Clorofila (continuação)

Cor de preenchim

ento

Referência

Padrão de Preenchim

ento

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Turbidez (continua)

Primitiva Geométrica

ponto

Cor de contorno

!!!!!!! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

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11

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Turbidez >160 e ≤165 ntu

160

165

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

153

0Sólido

Turbidez >165 e ≤170 ntu

165

170

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

244

140

0Sólido

Turbidez >170 e ≤175 ntu

170

175

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

123

0Sólido

Turbidez >175 e ≤180 ntu

175

180

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

102

0Sólido

Turbidez >180 e ≤185 ntu

180

185

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

850

Sólido

Turbidez >185 e ≤190 ntu

185

190

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

680

Sólido

Turbidez >190 e ≤195 ntu

190

195

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

420

Sólido

Turbidez >195 e ≤200 ntu

195

200

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

00

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  ≥2 e ≤2,2 mg/l

2,0

2,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

3197

219

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >2,2 e ≤2,4 mg/l

2,2

2,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

46106

209

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >2,4 e ≤2,6 mg/l

2,4

2,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

57113

196

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >2,6 e ≤2,8 mg/l

2,6

2,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

67121

186

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >2,8 e ≤3 mg/l

2,8

3,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

73128

173

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >3 e ≤3,2 mg/l

3,0

3,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

78138

163

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >3,2 e ≤3,4 mg/l

3,2

3,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

83144

150

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >3,4 e ≤3,6 mg/l

3,4

3,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

86153

140

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >3,6 e ≤3,8 mg/l

3,6

3,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

87161

127

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >3,8 e ≤4 mg/l

3,8

4,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

91171

117

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >4 e ≤4,2 mg/l

4,0

4,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

89179

104

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >4,2 e ≤4,4 mg/l

4,2

4,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

89186

93Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >4,4 e ≤4,6 mg/l

4,4

4,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

88196

79Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >4,6 e ≤4,8 mg/l

4,6

4,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

86204

65Sólido

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Referência

Turbidez (continuação)

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Oxigênio dissolvido (continua)

! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

! ! ! !

!

! ! !

Page 71: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

12

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >4,8 e ≤5 mg/l

4,8

5,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

82214

49Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >5 e ≤5,2 mg/l

5,0

5,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

81224

29Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >5,2 e ≤5,4 mg/l

5,2

5,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

80230

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >5,4 e ≤5,6 mg/l

5,4

5,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

88230

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >5,6 e ≤5,8 mg/l

5,6

5,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

101

232

0Sólido

Oxigênio dissolvido  em 

concentração

  >5,8 e ≤6 mg/l

5,8

6,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

108

232

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >6 e ≤6,2 mg/l

6,0

6,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

121

235

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >6,2 e ≤6,4 mg/l

6,2

6,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

130

237

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >6,4 e ≤6,6 mg/l

6,4

6,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

138

237

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >6,6 e ≤6,8 mg/l

6,6

6,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

152

240

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >6,8 e ≤7 mg/l

6,8

7,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

160

240

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >7 e ≤7,2 mg/l

7,0

7,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

174

242

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >7,2 e ≤7,4 mg/l

7,2

7,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

184

245

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >7,4 e ≤7,6 mg/l

7,4

7,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

196

245

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >7,6 e ≤7,8 mg/l

7,6

7,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

206

247

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >7,8 e ≤8 mg/l

7,8

8,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

214

247

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

   >8 e ≤8,2 mg/l

8,0

8,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

229

250

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >8,2 e ≤8,4 mg/l

8,2

8,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

240

252

0Sólido

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Oxigênio dissolvido (continua)

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Referência

!! ! ! ! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! !

Page 72: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

13

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >8,4 e ≤8,6 mg/l

8,4

8,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

252

252

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >8,6 e ≤8,8 mg/l

8,6

8,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

252

244

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >8,8 e ≤9 mg/l

8,8

9,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

252

227

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >9 e ≤9,2 mg/l

9,0

9,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

250

208

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >9,2 e ≤9,4 mg/l

9,2

9,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

194

0Sólido

Oxigênio dissolvido  em 

concentração

  >9,4 e ≤9,6 mg/l

9,4

9,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

177

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >9,6 e ≤9,8 mg/l

9,6

9,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

159

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >9,8 e ≤10 mg/l

9,8

10,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

147

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração

  >10 e ≤10,2 mg/l

10,0

10,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

242

129

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >10,2 e ≤10,4 mg/l

10,2

10,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

240

116

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >10,4 e ≤10,6 mg/l

10,4

10,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

240

100

0Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >10,6 e ≤10,8 mg/l

10,6

10,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

237

830

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >10,8 e ≤11 mg/l

10,8

11,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

237

710

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >11 e ≤11,2 mg/l

11,0

11,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

235

550

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >11,2 e ≤11,4 mg/l

11,2

11,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

232

390

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >11,4 e ≤11,6 mg/l

11,4

11,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

232

270

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >11,6 e ≤11,8 mg/l

11,6

11,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

230

110

Sólido

Oxigênio dissolvido em 

concentração  >11,8 e ≤12 mg/l

11,8

12,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

230

00

Sólido

pH ≥7 e ≤7,1

7,0

7,1

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

770

Sólido

pH >7,1 e ≤7,2

7,1

7,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

123

0Sólido

pH >7,2 e ≤7,3

7,2

7,3

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

166

0Sólido

pH >7,3 e ≤7,4

7,3

7,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

213

0Sólido

pH >7,4 e ≤7,5

7,4

7,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

255

0Sólido

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Oxigênio dissolvido (continuação)pH 

(continua)

Referência

!!!!!! ! ! ! ! !! ! ! ! ! ! !! ! ! ! !

Page 73: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

14

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

pH >7,5 e ≤7,6

7,5

7,6

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

231

255

74Sólido

pH >7,6 e ≤7,7

7,6

7,7

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

199

255

120

Sólido

pH >7,7 e ≤7,8

7,7

7,8

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

161

255

164

Sólido

pH >7,8 e ≤7,9

7,8

7,9

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

112

255

210

Sólido

pH >7,9 e ≤8

7,9

8,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

0255

255

Sólido

pH >8 e ≤8,1

8,0

8,1

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

48207

255

Sólido

pH >8,1 e ≤8,2

8,1

8,2

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

59157

255

Sólido

pH >8,2 e ≤8,3

8,2

8,3

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

56109

255

Sólido

pH >8,3 e ≤8,4

8,3

8,4

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

4365

255

Sólido

pH >8,4 e ≤8,5

8,4

8,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

00

255

Sólido

Salinidade ≥10  e ≤10,5

10,0

10,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

42102

212

Sólido

Salinidade >10,5 e ≤11

10,5

11,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

52110

201

Sólido

Salinidade >11 e ≤11,5

11,0

11,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

62117

194

Sólido

Salinidade >11,5 e ≤12

11,5

12,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

68122

184

Sólido

Salinidade >12 e ≤12,5

12,0

12,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

73128

173

Sólido

Salinidade >12,5 e ≤13

12,5

13,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

77134

163

Sólido

Salinidade >13 e ≤13,5

13,0

13,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

82143

156

Sólido

Salinidade >13,5 e ≤14

13,5

14,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

84148

145

Sólido

Salinidade >14 e ≤14,5

14,0

14,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

87156

136

Sólido

Salinidade >14,5 e ≤15

14,5

15,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

87161

127

Sólido

Salinidade >15 e ≤15,5

15,0

15,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

89168

118

Sólido

Salinidade >15,5 e ≤16

15,5

16,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

90176

108

Sólido

Salinidade >16 e ≤16,5

16,0

16,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

90184

99Sólido

Salinidade >16,5 e ≤17

16,5

17,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

90191

88Sólido

Salinidade >17 e ≤17,5

17,0

17,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

89196

77Sólido

Salinidade >17,5 e ≤18

17,5

18,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

86204

65Sólido

Salinidade >18 e ≤18,5

18,0

18,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

83212

51Sólido

Salinidade >18,5 e ≤19

18,5

19,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

80219

37Sólido

Salinidade >19 e ≤19,5

19,0

19,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

78227

14Sólido

Salinidade >19,5 e ≤20

19,5

20,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

80230

0Sólido

Salinidade >20 e ≤20,5

20,0

20,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

88230

0Sólido

Salinidade >20,5 e ≤21

20,5

21,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

97232

0Sólido

Salinidade >21 e ≤21,5

21,0

21,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

104

232

0Sólido

Salinidade >21,5 e ≤22

21,5

22,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

113

235

0Sólido

Salinidade >22 e ≤22,5

22,0

22,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

121

235

0Sólido

Salinidade >22,5 e ≤23

22,5

23,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

130

237

0Sólido

Salinidade >23 e ≤23,5

23,0

23,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

138

237

0Sólido

Salinidade >23,5 e ≤24

23,5

24,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

148

240

0Sólido

Salinidade >24 e ≤24,5

24,0

24,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

156

240

0Sólido

Salinidade >24,5 e ≤25

24,5

25,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

166

242

0Sólido

Salinidade >25 e ≤25,5

25,0

25,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

174

242

0Sólido

Salinidade >25,5 e ≤26

25,5

26,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

184

245

0Sólido

Salinidade >26 e ≤26,5

26,0

26,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

192

245

0Sólido

Salinidade >26,5 e ≤27

26,5

27,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

202

247

0Sólido

Salinidade >27 e ≤27,5

27,0

27,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

210

247

0Sólido

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

pH (continuação) Salinidade (continua)

Referência

!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Page 74: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

15

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Salinidade >27,5 e ≤28

27,5

28,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

221

250

0Sólido

Salinidade >28 e ≤28,5

28,0

28,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

229

250

0Sólido

Salinidade >28,5 e ≤29

28,5

29,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

240

252

0Sólido

Salinidade >29 e ≤29,5

29,0

29,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

248

252

0Sólido

Salinidade >29,5 e ≤30

29,5

30,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

255

0Sólido

Salinidade >30 e ≤30,5

30,0

30,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

253

236

0Sólido

Salinidade >30,5 e ≤31

30,5

31,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

252

221

0Sólido

Salinidade >31 e ≤31,5

31,0

31,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

250

208

0Sólido

Salinidade >31,5 e ≤32

31,5

32,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

194

0Sólido

Salinidade >32 e ≤32,5

32,0

32,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

181

0Sólido

Salinidade >32,5  e ≤33

32,5

33,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

167

0Sólido

Salinidade >33 e ≤33,5

33,0

33,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

155

0Sólido

Salinidade >33,5 e ≤34

33,5

34,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

242

141

0Sólido

Salinidade >34 e ≤34,5

34,0

34,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

242

129

0Sólido

Salinidade >34,5 e ≤35

34,5

35,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

242

121

0Sólido

Salinidade >35 e ≤35,5

35,0

35,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

240

108

0Sólido

Salinidade >35,5 e ≤36

35,5

36,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

240

960

Sólido

Salinidade >36 e ≤36,5

36,0

36,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

237

830

Sólido

Salinidade >36,5 e ≤37

36,5

37,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

237

710

Sólido

Salinidade >37 e ≤37,5

37,0

37,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

235

590

Sólido

Salinidade >37,5 e ≤38

37,5

38,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

235

470

Sólido

Salinidade >38 e ≤38,5

38,0

38,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

235

350

Sólido

Salinidade >38,5 e ≤39

38,5

39,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

232

230

Sólido

Salinidade >39 e ≤39,5

39,0

39,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

230

110

Sólido

Salinidade >39,5 e ≤40

39,5

40,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

230

00

Sólido

Temperatura da água ≥12 e 

≤12,5 °C

12,0

12,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

984

176

Sólido

NOAA

Temperatura da água >12,5 e 

≤13 °C

12,5

13,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

1893

184

Sólido

Mercartor Ocean

Temperatura da água >13 e 

≤13,5 °C

13,0

13,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

27102

194

Sólido

INPE

Temperatura da água >13,5 e 

≤14 °C

13,5

14,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

38112

201

Sólido

Temperatura da água >14 e 

≤14,5 °C

14,0

14,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

49122

212

Sólido

Temperatura da água >14,5 e 

≤15 °C

14,5

15,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

61132

219

Sólido

Temperatura da água >15 e 

≤15,5 °C

15,0

15,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

73144

230

Sólido

Temperatura da água >15,5 e 

≤16 °C

15,5

16,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

88155

237

Sólido

Temperatura da água >16 e 

≤16,5 °C

16,0

16,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

100

165

245

Sólido

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Salinidade (continuação) Temperatura (continua)

Referência

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

!!!!!!!!!

Page 75: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

16

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Temperatura da água >16,5 e 

≤17 °C

16,5

17,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

115

178

255

Sólido

Temperatura da água >17 e 

≤17,5 °C

17,0

17,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

105

207

255

Sólido

Temperatura da água >17,5 e 

≤18 °C

17,5

18,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

92239

255

Sólido

Temperatura da água >18 e 

≤18,5 °C

18,0

18,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

82255

232

Sólido

Temperatura da água >18,5 e 

≤19 °C

18,5

19,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

69255

190

Sólido

Temperatura da água >19 e 

≤19,5 °C

19,0

19,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

59255

140

Sólido

Temperatura da água >19,5 e 

≤20 °C

19,5

20,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

46255

88Sólido

Temperatura da água >20 e 

≤20,5 °C

20,0

20,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

43255

36Sólido

Temperatura da água >20,5 e 

≤21 °C

20,5

21,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

81255

23Sólido

Temperatura da água >21 e 

≤21,5 °C

21,0

21,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

126

255

13Sólido

Temperatura da água >21,5 e 

≤22 °C

21,5

22,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

170

255

0Sólido

Temperatura da água >22 e 

≤22,5 °C

22,0

22,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

191

255

0Sólido

Temperatura da água >22,5 e 

≤23 °C

22,5

23,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

208

255

0Sólido

Temperatura da água >23 e 

≤23,5 °C

23,0

23,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

225

255

0Sólido

Temperatura da água >23,5 e 

≤24 °C

23,5

24,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

242

255

0Sólido

Temperatura da água >24 e 

≤24,5 °C

24,0

24,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

251

0Sólido

Temperatura da água >24,5 e 

≤25 °C

24,5

25,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

234

0Sólido

Temperatura da água >25 e 

≤25,5 °C

25,0

25,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

217

0Sólido

Temperatura da água >25,5 e 

≤26 °C

25,5

26,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

200

0Sólido

Temperatura da água >26 e 

≤26,5 °C

26,0

26,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

183

0Sólido

Temperatura da água >26,5 e 

≤27 °C

26,5

27,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

255

170

0Sólido

Temperatura da água >27 e 

≤27,5 °C

27,0

27,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

252

149

5Sólido

Temperatura da água >27,5 e 

≤28 °C

27,5

28,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

252

135

10Sólido

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Temperatura (continua)

Referência

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Page 76: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

17

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Temperatura da água >28 e 

≤28,5 °C

28,0

28,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

250

121

15Sólido

Temperatura da água >28,5 e 

≤29 °C

28,5

29,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

250

108

20Sólido

Temperatura da água >29 e 

≤29,5 °C

29,0

29,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

9525

Sólido

Temperatura da água >29,5 e 

≤30 °C

29,5

30,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

8227

Sólido

Temperatura da água >30 e 

≤30,5 °C

30,0

30,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

247

7232

Sólido

Temperatura da água >30,5 e 

≤31 °C

30,5

31,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

6137

Sólido

Temperatura da água >31 e 

≤31,5 °C

31,0

31,5

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

5242

Sólido

Temperatura da água >31,5 e 

≤32 °C

31,5

32,0

Circle

46

8Points

0N

‐‐

‐‐

245

4444

Sólido

Tipo de atributo

numérico

Teor de carbonato no 

sedim

ento entre 0 e 0,99 %

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Teor de carbonato no 

sedim

ento entre 1 e 20 %

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

231

255

227

sólido

Teor de carbonato no 

sedim

ento entre 20 e 40 %

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

181

235

210

sólido

Teor de carbonato no 

sedim

ento entre 40 e 60 %

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

152

227

192

sólido

Teor de carbonato no 

sedim

ento entre 60 e 80 %

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

105

214

163

sólido

Teor de carbonato no 

sedim

ento entre 80 e 100 %

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

63204

141

sólido

Teor de matéria orgânica no 

sedim

ento entre 0 e 0,99 %

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Teor de matéria orgânica no 

sedim

ento entre 1 e 20 %

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

187

209

144

sólido

Teor de matéria orgânica no 

sedim

ento entre 20 e 40 %

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

163

181

116

sólido

Teor de matéria orgânica no 

sedim

ento entre 40 e 60 %

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

140

156

90sólido

Teor de matéria orgânica no 

sedim

ento entre 60 e 80 %

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

117

130

66sólido

Teor de matéria orgânica no 

sedim

ento entre 80 e 100 %

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

96107

45sólido

Temperatura (continuação) Carbonato Matéria orgânica

Primitiva Geométrica

Polígono

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

ponto

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Referência

!!!!!!!!

Page 77: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

18

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Sedim

ento composto de 0 a 

0,99 % por cascalhos

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Sedim

ento composto de 1 a 20 

% por cascalhos

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

230

254

255

sólido

Sedim

ento composto de 20 a 

40 % por cascalhos

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

191

243

245

sólido

Sedim

ento composto de 40 a 

60 % por cascalhos

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

117

221

224

sólido

Sedim

ento composto de 60 a 

80 % por cascalhos

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

40194

199

sólido

Sedim

ento composto de 80 a 

100 % por cascalhos

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

0177

186

sólido

Sedim

ento composto de 0 a 

0,99 % por areia

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Sedim

ento composto de 1 a 20 

% por areia

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

255

222

sólido

Sedim

ento composto de 20 a 

40 % por areia

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

250

250

157

sólido

Sedim

ento composto de 40 a 

60 % por areia

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

234

0sólido

Sedim

ento composto de 60 a 

80% por areia

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

213

0sólido

Sedim

ento composto de 80 a  

100 % por areia

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

183

0sólido

Sedim

ento composto de 0 a 

0,99 % por silte

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Sedim

ento composto de 1 a  

20 % por silte

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

200

174

214

sólido

Sedim

ento composto de 20 a 

40 % por silte

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

170

136

186

sólido

Sedim

ento composto de 40 a 

60 % por silte

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

143

103

161

sólido

Sedim

ento composto de 60 a 

80 % por silte

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

117

72135

sólido

Sedim

ento composto de 80 a 

100 % por silte

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

9344

112

sólido

Sedim

ento composto de 0 a 

0,99 % por argila

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Sedim

ento composto de 1 a 20 

% por argila

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

245

211

203

sólido

Sedim

ento composto de 20 a 

40 % por argila

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

237

183

171

sólido

Sedim

ento composto de 40 a 

60 % por argila

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

230

155

140

sólido

Sedim

ento composto de 60 a 

80 % por argila

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

222

129

111

sólido

Sedim

ento composto de 80 a 

100 % por argila

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

214

104

81sólido

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Primitiva Geométrica

Polígono

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

SiltePasslow et al (2005)

Passlow et al (2005)

Referência

Cascalho Areia Argila

Page 78: Proposta de uma convenção cartográfica para padronização ...siaibib01.univali.br/pdf/Ana Paula Florido Ramos.pdf · UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

19

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Sedim

ento composto de 0 a 

0,99 % por lama

00,99

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Sedim

ento composto de 1 a 20 

% por lama

120

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

237

219

192

sólido

Sedim

ento composto de 20 a 

40 % por lama

2040

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

219

200

171

sólido

Sedim

ento composto de 40 a 

60 % por lama

4060

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

186

165

132

sólido

Sedim

ento composto de 60 a 

80 % por lama

6080

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

161

137

106

sólido

Sedim

ento composto de 80 a 

100 % por lama

80100

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

135

112

82sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0 e 0,002 mm

00,002

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

135

112

82sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,002 e 0,004 

0,002

0,004

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

161

137

106

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,004 e 0,008 

0,004

0,008

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

186

165

132

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,008 e 0,016 

0,008

0,016

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

201

180

151

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,016 e 0,031 

0,016

0,031

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

219

200

171

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,031 e 0,063 

0,031

0,063

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

237

219

192

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,063 e 0,125 

0,063

0,125

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

255

222

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,125 e 0,25 

0,125

0,25

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

250

250

157

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,25 e 0,5 

0,25

0,5

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

234

0sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 0,5 e 1 mm

0,5

1Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

213

0sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 1 e 2 mm

12

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

183

0sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento entre 2 e 4 mm

24

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

132

143

245

sólido

Tamanho médio do grão de 

sedim

ento maior que 4 mm

4Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

40194

199

sólido

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Padrão de Preenchim

ento

Cor de preenchim

ento

Espessura 

de 

contorno

Cor de contorno

Contorno 

S/N

Ângulo

Unidade

Tamanho

Tipo

Símbolo

Polígono

Primitiva Geométrica

Descrição

Símbolo

Classe

(parâm

etro)

Intervalo de classe

Passlow et al (2005)

Passlow et al (2005)

Referência

Tamanho médio de grãoLama

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20

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Areia

1NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

255

0sólido

Areia argilosa

2NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

170

0sólido

Argila arenosa

3NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

850

sólido

Argila

4NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

255

00

sólido

Argila síltica

5NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

196

1310

sólido

Silte argiloso

6NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

138

2720

sólido

Silte

7NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

8040

30sólido

Silte arenoso

8NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

138

112

20sólido

Areia síltica

9NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

196

184

10sólido

Areia síltico argilosa

10NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

224

202

121

sólido

Argila síltica arenosa

1111

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

224

126

101

sólido

Silte argilo arenoso

1212

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1  pt

138

110

101

sólido

Valor mínim

o de captura por 

pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

204

255

204

sólido

1º Valor interm

ediário de 

captura por pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

176

247

171

sólido

2º Valor interm

ediário de 

captura por pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

150

240

141

sólido

3º Valor interm

ediário de 

captura por pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

123

232

111

sólido

4º Valor interm

ediário de 

captura por pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

94222

82sólido

5º Valor interm

ediário  de 

captura por pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

62214

51sólido

Valor máxim

o de captura por 

pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

14204

14sólido

Classificação do sedimento por Shepard  Captura

Primitiva Geométrica

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Polígono

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Referência

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21

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Valor mínim

o de CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

204

255

sólido

1º Valor interm

ediário de 

CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

247

176

246

sólido

2º Valor interm

ediário de 

CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

240

146

238

sólido

3º Valor interm

ediário de 

CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

230

117

228

sólido

4º Valor interm

ediário de 

CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

219

88217

sólido

5º Valor interm

ediário de 

CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

209

54207

sólido

Valor máxim

o de  CPUE

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

199

0199

sólido

Valor mínim

o de esforço de 

pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

204

204

sólido

1º Valor interm

ediário de 

esforço de pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

174

163

sólido

2º Valor interm

ediário de 

esforço de pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

144

125

sólido

3º Valor interm

ediário de 

esforço de pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

250

114

90sólido

4º Valor interm

ediário de 

esforço de pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

242

8561

sólido

5º Valor interm

ediário de 

esforço de pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

232

5232

sólido

Valor máxim

o de esforço de 

pesca

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

219

00

sólido

Valor mínim

o de Riqueza de 

espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

255

115

sólido

1º Valor interm

ediário de 

Riqueza de espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

235

235

108

sólido

2º Valor interm

ediário de 

Riqueza de espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

214

214

101

sólido

3º Valor interm

ediário de 

Riqueza de espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

194

194

93sólido

4º Valor interm

ediário de 

Riqueza de espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

176

176

86sólido

5º Valor interm

ediário de 

Riqueza de espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

156

156

78sólido

Valor máxim

o de Riqueza de 

espécies

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

138

138

69sólido

Primitiva Geométrica

Captura por Unidade de Esforço 

(CPUE)Esforço Riqueza de Espécies

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Referência

Polígono

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

Contorno 

S/N

Cor de contorno

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

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22

Tipo de atributo

numérico

Min

Max

A4A3A0

RG

BR

GB

Valor mínim

o de Diversidade 

ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

235

204

sólido

1º Valor interm

ediário de 

Diversidade ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

215

168

sólido

2º Valor interm

ediário de 

Diversidade ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

193

135

sólido

3º Valor interm

ediário de 

Diversidade ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

173

102

sólido

4º Valor interm

ediário de 

Diversidade ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

252

157

73sólido

5º Valor interm

ediário de 

Diversidade ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

247

136

45sólido

Valor máxim

o de Diversidade 

ecológica

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

240

118

5sólido

Valor mínim

o de Densidade 

de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

255

255

128

sólido

1º Valor interm

ediário de 

Densidade de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

252

224

98sólido

2º Valor interm

ediário de 

Densidade de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

247

195

72sólido

3º Valor interm

ediário de 

Densidade de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

242

167

46sólido

4º Valor interm

ediário  de 

Densidade de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

196

109

27sólido

5º Valor interm

ediário de 

Densidade de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

150

5812

sólido

Valor máxim

o de Densidade 

de indivíduos

‐‐

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S110

110

110

1 pt

107

61

sólido

Atributo Zero

Valor do atributo mapeado 

igual a zero

00

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

opcional

110

110

110

1 pt

178

178

178

sólido

Brasil

Área territorial do Brasil com 

suas divisões estaduais.

NA

NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S130

130

130

0,13 pt

211

255

190

sólido

América do Sul

Área territorial da América 

Latina com as divisões 

federais.

NA

NA

Preenchi

mento

NANANA

NA

NA

S204

204

204

0,2 pt

233

255

190

sólido

Primitiva Geométrica

Diversidade ecológica Densidade de indivíduos

Referência

Espessura 

de 

contorno

Cor de preenchim

ento

Padrão de Preenchim

ento

Polígono

Classe

(parâm

etro)

Símbolo

Descrição

Intervalo de classe

Tipo

Símbolo

Tamanho

Unidade

Ângulo

DESCRIÇÃO DO SÍM

BOLO

Contorno 

S/N

Cor de contorno

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23

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24

Alguns exemplos de mapas temáticos utilizando a convenção

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25

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26

Tutorial

Início

Os passos aqui apresentados destinam-se ao ambiente do software

ArcGIS®. Caso trabalhe com outro ambiente de informação geográfica utilize o

catálogo de simbologias para adequar a simbologia padrão ao ambiente utilizado. No

catálogo é possível obter os detalhes de cada símbolo utilizado para que este possa

ser reproduzido em qualquer plataforma.

Abrindo um projeto padrão

Os projetos (arquivos .mxd do ArcGIS®) estão divididos em pastas pelo

tamanho da folha a ser utilizada (A0, A3 e A4), dentro da pasta de mapas do tamanho

desejado há duas outras pastas denominadas layout e shapefiles, onde na primeira

estão os projetos em si, sendo um projeto para cada parâmetro a ser representado

(ver organização na Figura 35), e o segundo são os arquivos utilizados nos projetos.

Os arquivos desta segunda pasta não deverão ser alterados, com a pena de afetar a

integridade dos projetos.

Figura 35: Localização dos projetos.

Se ao abrir um projeto aparecer um ponto de exclamação (Figura 36) ao

lado do nome da camada (layer) e esta não for desenhada, clique no ponto de

exclamação e indique o arquivo que o programa deve usar para desenhar as feições.

Neste caso os aquivos necessários estarão na pasta shapefiles.

Figura 36: Aviso de arquivo não encontrado.

Uma vez que o projeto esteja aberto adicione os dados a serem

representados no mapa. Estes devem estar em formato shapefile (.shp) ou raster

(.img).

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27

Pratique: No DVD em anexo, siga o caminho da figura 1 e abra o arquivo

igepesca_A4_EXERCICIO.mxd que se encontra no diretório Layout.

Em seguida, clique no botão e adicione ao mapa o shapefile

exercício que está no diretório Shapefiles.

Importando a simbologia da camada modelo

Com os dados carregados o próximo passo é importar a simbologia

modelo para os seus dados. Para isso vá até a janela de propriedades dos seus

dados, na aba referente à simbologia clique no ícone Import (veja Figura 37),

aparecerá uma janela (Figura 38) onde deve ser selecionada a camada modelo da

qual se deseja importar a simbologia.

Figura 37: Janela de propriedades de camada.

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28

Figura 38: Janela de seleção da camada modelo.

Em seguida, abrirá uma janela como a da Figura 39, onde deve ser

selecionada a coluna na qual os dados a serem representados estão dispostos na

tabela.

Figura 39: Janela de seleção do campo de atributo a ser representado.

Vale lembrar que a simbologia só poderá ser importada entre iguais

formatos de arquivo de representação dos dados, ou seja, um shapefile de pontos só

pode importar/exportar a sua simbologia para outro shapefile de pontos, isso ocorre

para todos os outros tipos de arquivo.

Pensando nisso as camadas modelo foram feitas em dois formatos:

imagem (raster) e pontos (shapefile), exceto para os parâmetros sedimentológicos.

Estes contam apenas com camada modelo em raster já que estes são usualmente

analisados por meio de imagens geradas por interpolações dos dados.

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29

Pratique: Importe a simbologia da camada Temperatura, para a camada

Exercicio, utilizando a coluna RasterValue.

Gerando uma camada de simbologia padrão

No caso dos parâmetros em que a convenção não determina a escala de

valores, o autor do mapa terá que gerar a sua própria simbologia utilizando os valores

abrangidos em seu trabalho e os padrões de cores determinados pela convenção.

O primeiro passo é gerar um arquivo no formato desejado que contenha

toda a gama de valores que deverá entrar na simbologia. Para exemplificar suponha

que será feita uma simbologia que abranja capturas totais por pesca de 1 a 70

toneladas. Neste caso, o arquivo deve conter dados com valores de 1 a 70.

Então deve ser feita a classificação dos dados. Na aba Simbology da

janela de propriedade da sua camada selecione a opção Quantities11 (quantidade) e

então a Graduated colors (cores graduadas) logo abaixo. Então aparecerão as opções

como na Figura 40, onde no campo value (valor) deve ser selecionada a coluna da

tabela de atributos que contenha os dados a serem representados. O próximo passo é

classificar os dados clicando no botão classify que abre a janela de classificação. Nela

deverão ser estabelecidos quantos intervalos a classificação deverá ter e qual o

tamanho das classes. Vale lembrar que Bertin (1967) adverte que quando se usa a

variável visual intensidade de cor para a simbologia, que é o nosso caso, não se deve

ter mais de seis ou sete classes se a intenção é que a diferença visual entre as cores

seja evidente.

11 No caso de arquivos raster aparecerá apenas a opção Classified e não terá o campo value a ser determinado, o procedimento para classificação é o mesmo.

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Figura 40: Janela de simbologia.

Uma vez realizada a classificação automaticamente volta-se para a janela

da Figura 40 onde agora aparecerão as classes determinadas, as cores e legendas

atribuídas a cada uma no campo em evidência na Figura 41. Para alterar as cores

atribuídas a cada classe basta dar dois cliques em cima da cor e determinar a cor de

acordo com o estabelecido pela convenção para o parâmetro desejado (ver catálogo

de símbolos). Já para alterar a legenda, basta clicar na legenda que a opção de alterar

o texto é automática.

Figura 41: Campo de símbolos, classes e legendas.

Pratique: Edite a tabela de atributos do shapefile exercício, de forma que nas duas

primeiras linhas da coluna exercício contenham os valores máximo e mínimo da

distribuição desejada. Para o exercício utilize os valores 1 e 70. Feito isto, siga os

passos para classificar os dados. Gere sete classes distribuídas homogeneamente.

Em seguida, consulte o catálogo de símbolos e atribua a simbologia para captura.

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APÊNDICE II

Distribuição de esforço de pesca das frotas de arrasto-duplo no sudeste-sul do Brasil no mês de julho de 2008.

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APÊNDICE III

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ANEXO I

Escala granulométrica utilizada como referência para simbologia de tamanho médio de grão.