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Proposta do Programa Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da EPSJV/Fiocruz Relatório apresentado a CAPES sobre o desenvolvimento do mestrado Ano base de 2015 Proposta do Programa HISTÓRICO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROGRAMA O Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde foi criado em 2008, lastreado na experiência institucional da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade da Fundação Oswaldo Cruz voltada à pesquisa e ao ensino no âmbito da educação profissional de nível médio em saúde. CONTEXTUALIZAÇÃO - Os pontos centrais deste programa, reafirmados nos relatórios anteriores, são: a) implantar-se em Escola Politécnica de Ensino Médio, voltada para a formação crítica, onde o pleno domínio das técnicas não subordine a integralidade do ser social: educação e saúde são processos ontológicos da existência humana e mantêm o horizonte do desenvolvimento pleno da potencialidade humana; b) espaço estimulante para a articulação entre o conhecimento científico e as atividades práticas; c) defesa de conceito de saúde não limitado à ausência de doença, mas como qualidade da produção da vida, compatível com a Fiocruz e relacionada à expansão do SUS. Tais concepções impelem e sustentam a interdisciplinaridade do Programa, pela estreita vinculação entre Trabalho, Educação e Saúde e favorecem o vínculo com as Escolas Técnicas do SUS-ETSUS; d) constante preocupação com a formação intelectual e prática de seus discentes; e) integração do Mestrado Profissional com diversos níveis da educação profissionalizante (pós-graduações Lato sensu e Ensino Médio integrado com a Educação Profissional). A organização e funcionamento do Mestrado mantém interfaces com outras instituições da área da Saúde (Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais e Municipais), com outras unidades da Fiocruz, com instituições e entidades ligadas à Educação, ao Trabalho e à Saúde e com as Universidades Públicas. Nossos mestrandos são oriundos de diversos locais de trabalho relacionados à saúde e à educação, atuando em unidades de assistência em saúde de distintas complexidades, programas de atenção básica e de promoção à saúde, de diversas instâncias gestoras de educação na saúde, além de grande quantidade de educadores das Escolas Técnicas do SUS e de outras áreas voltadas para a saúde, abrangendo variados campos de educação profissional. O desafio de nosso Programa é de dupla natureza, teórica e prática e se volta para consolidar o campo de estudos interdisciplinar Trabalho, Educação e Saúde, partindo da Educação Profissional em Saúde. Contamos com profissionais altamente qualificados em suas áreas específicas, comprometidos com o aprofundamento das conexões e da convergência com a proposta do Mestrado. O Programa estimula a participação de docentes de áreas diversas na realização das disciplinas, em coorientações, em Seminários, eventos e na integração com os grandes projetos interdisciplinares elaborados na EPSJV. Como resultado, os objetos de estudo dos alunos não se restringem a problemas específicos e pontuais recortados de problemática encerrada num processo estrito de formação de força de trabalho. Coerente com a unidade entre trabalho, educação e saúde como campo interdisciplinar, todas as mediações componentes desse campo constituem-se em objetos de estudo dos discentes: modelos de atenção à saúde; concepção sobre a relação saúde-doença; áreas programáticas das políticas de saúde; constituição dos campos profissionais na área da saúde; regulamentação e regulação do trabalho em saúde; políticas de educação básica e superior para os trabalhadores de saúde; políticas e concepções culturais que compõem o quadro amplo de formação do cidadão brasileiro, incluindo os trabalhadores de saúde; políticas transnacionais que influenciam a formação dos trabalhadores de saúde; novos modelos produtivos, que incidem também sobre o trabalho em saúde; e concepções pedagógicas do campo da educação em saúde. PERSPECTIVAS - A experiência do Mestrado vem aportando material que futuramente poderá desdobrar-se em formações de mestrado e doutorado de cunho acadêmico, permitindo

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Proposta do Programa Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da EPSJV/Fiocruz

Relatório apresentado a CAPES sobre o desenvolvimento do mestrado

Ano base de 2015

Proposta do Programa

HISTÓRICO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROGRAMA

O Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde foi criado em 2008, lastreado na experiência institucional da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade da Fundação Oswaldo Cruz voltada à pesquisa e ao ensino no âmbito da educação profissional de nível médio em saúde. CONTEXTUALIZAÇÃO - Os pontos centrais deste programa, reafirmados nos relatórios anteriores, são: a) implantar-se em Escola Politécnica de Ensino Médio, voltada para a formação crítica, onde o pleno domínio das técnicas não subordine a integralidade do ser social: educação e saúde são processos ontológicos da existência humana e mantêm o horizonte do desenvolvimento pleno da potencialidade humana; b) espaço estimulante para a articulação entre o conhecimento científico e as atividades práticas; c) defesa de conceito de saúde não limitado à ausência de doença, mas como qualidade da produção da vida, compatível com a Fiocruz e relacionada à expansão do SUS. Tais concepções impelem e sustentam a interdisciplinaridade do Programa, pela estreita vinculação entre Trabalho, Educação e Saúde e favorecem o vínculo com as Escolas Técnicas do SUS-ETSUS; d) constante preocupação com a formação intelectual e prática de seus discentes; e) integração do Mestrado Profissional com diversos níveis da educação profissionalizante (pós-graduações Lato sensu e Ensino Médio integrado com a Educação Profissional). A organização e funcionamento do Mestrado mantém interfaces com outras instituições da área da Saúde (Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais e Municipais), com outras unidades da Fiocruz, com instituições e entidades ligadas à Educação, ao Trabalho e à Saúde e com as Universidades Públicas. Nossos mestrandos são oriundos de diversos locais de trabalho relacionados à saúde e à educação, atuando em unidades de assistência em saúde de distintas complexidades, programas de atenção básica e de promoção à saúde, de diversas instâncias gestoras de educação na saúde, além de grande quantidade de educadores das Escolas Técnicas do SUS e de outras áreas voltadas para a saúde, abrangendo variados campos de educação profissional. O desafio de nosso Programa é de dupla natureza, teórica e prática e se volta para consolidar o campo de estudos interdisciplinar Trabalho, Educação e Saúde, partindo da Educação Profissional em Saúde. Contamos com profissionais altamente qualificados em suas áreas específicas, comprometidos com o aprofundamento das conexões e da convergência com a proposta do Mestrado. O Programa estimula a participação de docentes de áreas diversas na realização das disciplinas, em coorientações, em Seminários, eventos e na integração com os grandes projetos interdisciplinares elaborados na EPSJV. Como resultado, os objetos de estudo dos alunos não se restringem a problemas específicos e pontuais recortados de problemática encerrada num processo estrito de formação de força de trabalho. Coerente com a unidade entre trabalho, educação e saúde como campo interdisciplinar, todas as mediações componentes desse campo constituem-se em objetos de estudo dos discentes: modelos de atenção à saúde; concepção sobre a relação saúde-doença; áreas programáticas das políticas de saúde; constituição dos campos profissionais na área da saúde; regulamentação e regulação do trabalho em saúde; políticas de educação básica e superior para os trabalhadores de saúde; políticas e concepções culturais que compõem o quadro amplo de formação do cidadão brasileiro, incluindo os trabalhadores de saúde; políticas transnacionais que influenciam a formação dos trabalhadores de saúde; novos modelos produtivos, que incidem também sobre o trabalho em saúde; e concepções pedagógicas do campo da educação em saúde. PERSPECTIVAS - A experiência do Mestrado vem aportando material que futuramente poderá desdobrar-se em formações de mestrado e doutorado de cunho acadêmico, permitindo

sistematizações teóricas aprofundadas e investigações de mais longo fôlego. HISTÓRICO - O Mestrado ampliou consideravelmente suas atividades e o público atingido (docente e discente). A modificação em 2012 da área de concentração para Trabalho, Educação e Saúde, permitiu atuação coerente e diretamente interdisciplinar. O foco central permanece a formação teórico-prática de profissionais das áreas de Trabalho, Educação e Saúde, com o aprofundamento das bases teórico-metodológicas que fundamentam as políticas de educação e de trabalho em saúde, permitindo sua compreensão histórica e potencializando práticas transformadoras para a consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS, através da Educação Pública e da Educação Profissionalizante, coadunando-se com as diretrizes centrais da EPSJV e da Fiocruz. O Programa se expandiu e se capilarizou no espaço local e regional (Rio de Janeiro), no espaço nacional (turmas Retsus e Especializações Lato sensu) e no âmbito internacional, promovendo relação orgânica na formação de trabalhadores da saúde e educação, aprofundando a interface com os cursos de Especialização Técnica na Saúde, confirmando sua relação com o Ensino Médio Profissionalizante oferecido na EPSJV e em outras unidades do SUS. O fio condutor deste Relatório é o processo de ampliação e consolidação do Mestrado, observado nos últimos anos e reafirmado no ano de 2015. Continuidade e pequena ampliação da turma local/RJ; abertura de turmas diretamente vinculadas à Rede de Escolas Técnicas do SUS (RETSUS); atuação permanente em Especializações (lato sensu, docência, de abrangência nacional e internacional), integrando as atividades da pós-graduação com os Laboratórios de Pesquisa da EPSJV, inclusive no que concerne ao Ensino Médio (Especializações Profissionais); funcionamento informal de “Colegiado Ampliado”, atraindo e formando para a pós-graduação (pelo acompanhamento de disciplinas, por procedimentos de coorientação de pesquisas, participação em bancas, publicações, etc.) os profissionais qualificados da EPSJV ainda não credenciados no Mestrado; e a constante atenção na redução de prazos de defesa e qualificação. 1.TURMA LOCAL/RJ - Há constante procura para os processos seletivos (103 candidatos na seleção 2014/2015, com 20 aprovados e 133 em 2015/2016, com 22 aprovados, de origem nacional diversificada); em 2015 ocorreram 16 qualificações e 15 defesas de dissertação; 2. TURMA RETSUS-Nordeste - Em acordo com a Rede de Escolas Técnicas do SUS-RETSUS e o Ministério da Saúde-MS, realizamos proposta para docentes das ETSUS, incorporando-os plenamente no mestrado, elaborando metodologia de trabalho capaz de oferecer o mesmo curso, mas por etapas (concentração/dispersão, com retorno dos mestrandos aos Estados de origem e acompanhamento). A primeira turma matriculou-se em 07/2014, com 21 mestrandos, abrangendo todos os estados do Nordeste. Todos os mestrandos trabalham nas ETSUS como docentes ou dirigentes/gestores e tiveram aval de suas instituições de origem para a participação no curso. As bases teórico-metodológicas são rigorosamente as mesmas, assim como a perspectiva de potencializar práticas transformadoras para a consolidação do SUS. Os candidatos foram submetidos a processo seletivo único, conforme edital publicado no site da EPSJV. O acompanhamento desta turma é realizado pelo docente Júlio César França Lima, em sintonia com a coordenação do Mestrado, opção acertada dado o ritmo próprio de funcionamento das etapas, exigindo enorme dedicação do profissional responsável. Em 2015 foram realizados dois blocos de concentração nos meses março/maio, cada um com duração de 15 dias. Cada bloco ofertou 4 disciplinas - obrigatórias e eletivas - de forma presencial, com aulas expositivas, discussões em grupo e seminários de estudo e pesquisa, realizadas na EPSJV. Cada disciplina transcorreu em 2 etapas de 2 semanas, assegurando atividades para a dispersão, como leitura de textos, trabalhos, elaboração da dissertação do mestrado e demais atividades pertinentes aos conteúdos abordados no momento presencial. As atividades de orientação de dissertação estão em curso e ocorrem tanto nos períodos de concentração, quanto nos de dispersão. Está prevista, para 2016, uma etapa exclusiva para orientação, para maior contato presencial entre mestrandos e orientadores, assim como interlocução entre os mestrandos em fase de sistematização e redação de suas dissertações. Houve apenas uma desistência nesta turma, da discente Maria Assunção Regis. Foram 17 qualificações no ano de 2015, e 03 em janeiro de 2016. Todos os mestrandos da turma RETSUS se encontram em fase

de elaboração de dissertação. A grande quantidade de bancas em datas muito próximas mobilizou os docentes do Programa, além de 16 docentes externos. A turma segue os prazos propostos pelo Regimento do Programa. A turma RETSUS integra plenamente o Mestrado e segue o mesmo regime quanto ao número total de créditos, à frequência, à aprovação, ao desligamento e à oferta de disciplinas e atividades obrigatórias previstas no Regulamento do Programa, disponível no site da instituição. Pelas especificidades da seleção, perfil e composição da turma, não estão previstos a transferência de estudantes de outros cursos; o cancelamento de inscrição em disciplinas ou atividades; o trancamento de matrícula; e a inscrição de alunos de outros programas de Pós-graduação em disciplinas ou atividades. PERSPECTIVAS – RETSUS Turmas Nacionais: Com o aval do Ministério da Saúde e apoio da Secretaria de comunicação da RETSUS, sediada na EPSJV, iniciaremos mais duas turmas para o RETSUS, de âmbito nacional, abrangendo todos os estados da federação, com a oferta de 25 vagas para cada uma. O edital de seleção da primeira turma deverá ser lançado em maio de 2016, com o início das atividades docentes previsto para 09/2016. A segunda turma RETSUS nacional terá edital de seleção divulgado no 2º sem. de 2016, para início em 2017. Esse processo (metodologia, funcionamento, etc.) conta com a experiência acumulada pela EPSJV com a Turma RETSUS-NE e com outras turmas de especialização de escala nacional. O aumento do número de mestrandos provavelmente envolverá modificações mais aceleradas na estrutura da composição docente do Colegiado, de maneira a incorporar doutores da EPSJV formados ao longo desse período. 3. ESPECIALIZAÇÕES - A conexão entre o Colegiado do Mestrado e os cursos de especialização foi uma característica forte da criação do Programa, nascido de exitosa experiência de cursos de Especialização e reafirma o perfil interdisciplinar e agregador do Programa. O elo orgânico com especializações se manteve em praticamente todos os anos, com crescente diversidade de públicos e de temas, expressando avanços da interdisciplinaridade teórica e prática. 3.1 ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU TRABALHO, EDUCAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS-TEMS - Entre 2012 e 2015, tivemos duas turmas do Curso TEMS, em parceria com movimentos sociais (MST e Via Campesina). A primeira turma concluiu em 2013, financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA). Em 2013 iniciou-se a segunda turma, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do PRONERA. A defesa dos Trabalhos de Conclusão de Curso da segunda turma ocorreu em julho de 2015. O relatório final da segunda turma foi encaminhado ao CNPq em 14/12/2015. O curso certificou um total de 75 especialistas, 42 na primeira turma e 33 na segunda. Ambas as turmas foram coordenadas por docentes integrantes do Mestrado Profissional, Virgínia Fontes e Paulo Alentejano na primeira turma e Anakeila de Barros Stauffer e Marco Antonio Carvalho Santos na segunda. O Curso TEMS aprofundou o contato e interlocução entre a EPSJV, o Mestrado Profissional e instituições de ensino superior comprometidas com a luta pela expansão da educação pública, com colaboração de docentes de várias pós-graduações (UFF, UFRJ, UERJ, UFRRJ, UNEB, UNICAMP, ENFF, CEFET-RJ, ITERRA). Destacamos o processo inovador de elaboração do curso, realizado com pesquisadores de grande experiência, alguns dentre eles referências centrais na criação e formatação da própria EPSJV, como Gaudêncio Frigotto e Roberto Leher, que participaram de todas as etapas do curso. Contamos também com a participação de outros docentes, dentre os quais Demerval Saviani, referência nacional no campo da pedagogia histórico-crítica e Roseli Caldart, autora fundamental da temática da Educação do Campo. Ambas as turmas eram de abrangência nacional, agregando discentes de praticamente todas as unidades da federação: AL, BA, CE, ES, GO, MG, MA, MG, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, RO, SC, SE, SP, TO. A Pedagogia da Alternância permitiu assegurar a participação de assentados da Reforma Agrária. As duas turmas organizaram-se de modo similar: 05 etapas presenciais (Tempo Escola) totalizando 504 horas, realizadas no Rio de Janeiro, e mais 04 etapas de Tempo Comunidade (160 horas), potencializando a relação teoria e práxis. Todos os discentes elaboraram projeto, realizaram pesquisas sob orientação docente e os trabalhos finais

foram defendidos em bancas públicas. Desses, 04 trabalhos da primeira turma foram publicados na Revista Tamoios de dezembro de 2013 (http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tamoios) e, da segunda, dez foram indicados para publicação pela banca examinadora. Virgínia Fontes e Paulo Alentejano publicaram artigo intitulado O curso Trabalho, Educação e Movimentos Sociais

(2011-2013) em 2014 (http://www.marxeomarxismo.uff.br/index.php/MM/article/view/48/37). A experiência será consolidada através de pesquisa específica, cadastrada na EPSJV em 2016, voltada para a divulgação do trabalho realizado e para a elaboração de material didático-instrucional. 3.2. DOCÊNCIA - Entre 2013 e 2014, o Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde selecionou 20 estudantes, resultando em 10 trabalhos finais. Relatório apresentado ao Colegiado, elaborado pelos docentes André Feitosa e Cristina Morel, apontou algumas dificuldades que geraram evasão discente: opção pelo mestrado; problemas de saúde; e dificuldade em conciliar estudo e trabalho. Em 2015, o Colegiado retomou debates para novos Cursos de Especialização, inclusive o de docência. Foi feita prospecção sobre a legislação (Relatório do docente Francisco Lobo) e instalada Comissão para uma pesquisa inicial sobre as necessidades existentes no âmbito da educação profissional em saúde no Rio de Janeiro. O relatório dessa Comissão (André Feitosa, Cristina Morel e Muza Velasques), assinala a necessidade de Cursos de Especialização: no Rio de Janeiro, a partir do Censo Educacional de 2014, “de um total de 2.243 docentes [da Educação Profissional em Saúde], 783 possuem, pelo menos, especialização; 231 são mestres e 94 são doutores. Constatamos, também, que entre esses docentes, 1460 possuem apenas a graduação”. PERSPECTIVAS - Iniciaremos em 2016 análise para a elaboração de novos cursos de Docência ajustados às dificuldades observadas. 3.3 ESPECIALIZAÇÕES TÉCNICAS 3.3.1 RADIOLOGIA,– Sergio Ricardo de Oliveira, docente do Programa e integrante do laboratório LABMAN, coordenou dois cursos: a) “Proteção Radiológica em Ambientes de Saúde”, iniciado em 2010 para 6 turmas, uma por ano. No último triênio (2013-2015), houve 95 inscritos e 70 formados. Destinou-se a profissionais da área da saúde com ensino médio completo, priorizando trabalhadores em atividade na área de Radiologia; b) “Mamografia”, volta-se para profissionais da rede pública, com ênfase nos riscos ocupacionais, na saúde coletiva e na política de atenção básica a mulheres na prevenção do câncer de mama. A primeira turma (03/2014 a 11/2014) teve 30 inscritos e 26 concluintes (8 graduados e 16 cumprindo estágio obrigatório). A segunda turma (03/2015 a 01/2016) teve 30 inscritos, dos quais 2 em estágio obrigatório e 24 aguardando estágio. 3.3.2 ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL EM ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL NA COMUNIDADE - Coordenado por Maria Cecília Araújo de Carvalho (LABORAT). O curso qualifica trabalhadores para assistência a pacientes com transtornos mentais (sofrimento mental severo e persistente) na rede de serviços (CAPS), nas unidades de atenção primária (ESF), na família e na comunidade. Houve primeira turma em 2013, com 23 inscritos e 20 egressos e a segunda, em 2015, com 36 matriculados e 30 egressos. 4. PESQUISA – 4.1 PESQUISA DISCENTE – 4.1.1 – INTERDISCIPLINARIEDADE - Os objetos de investigação dos estudantes são construídos a partir da realidade das políticas e processos de trabalho e de educação em saúde, enfrentados na atenção aos usuários dos serviços de saúde, na gestão e na formação de seus trabalhadores. Trabalho, Educação e Saúde estimulam os objetos específicos, com conexões enriquecedoras entre eles. “Gestão do Trabalho” não se limita aos aspectos mais imediatos, e associa vínculos trabalhistas e formação profissional de gestores e trabalhadores. Pesquisas discentes no tema da Educação Profissional a articulam com a formação humana, com questões culturais e de cunho linguístico, assim como com as políticas mais amplas da Educação, mesmo ao analisar o contexto mais direto de locais específicos de trabalho, na Saúde e na Educação Profissional. A constituição concreta dessa interdisciplinaridade se revela na variedade das áreas de atuação investigadas, tais como: Enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde, Vigilância Sanitária, Radiologia, Saúde Mental, Nutrição, Educação Física, Serviço Social, Educação Pública, Serviços Técnicos de Oncologia, Ortopedia, dentre outros. Há intensa e continuada análise das práticas, propostas e formas de funcionamento das ETSUS, do ponto de vista de seus currículos, suas formas de funcionamento

(gestão do trabalho), resposta a programas induzidos, etc. 4.1.2 PESQUISA DISCENTE – LINHAS DE PESQUISA E OFERTA DE DISCIPLINAS - Estimulamos o mestrando a se inserir no projeto de pesquisa do orientador, mesmo que seu tema não tenha, de imediato, uma vinculação direta. Às vezes, a vinculação ocorre com linhas de pesquisas mais amplas da EPSJV. A aproximação com temáticas gerais da EPSJV contribui para reafirmar os elos da interdisciplinaridade. A experiência permitiu a alguns coordenadores de grupos de pesquisa abrir a participação a outros alunos do Programa, mesmo que não seus orientandos, prática que segue mantida. Dado o interesse dos mestrandos em dominar metodologias de pesquisa de teor mais acadêmico, para embasar suas práticas, consolidamos o componente curricular Atividade de Pesquisa, cuja ementa prevê “participação na execução de projeto de pesquisa que privilegie a relação entre trabalho, educação e saúde; integração no debate teórico sobre o tema estudado; coleta e análise dos dados da pesquisa; participação na elaboração de relatório de pesquisa”, aborda os temas “Internacionalização no trabalho, na educação e na saúde”; “Estado, poder e política: teoria e história no mundo contemporâneo” e “Questões teórico-metodológicas na pesquisa em Trabalho, Educação, e qualificação profissional dos Trabalhadores na Saúde”. Desde 2011, oferecemos regularmente, como Tópicos Especiais, a atividade Metodologia da Produção de Textos Acadêmicos, proporcionando elementos concretos para prática da produção acadêmica, como as características dos textos acadêmico/científicos, os atributos de cada parte deste tipo de texto e suas formas de circulação, além das regras de formatação, citações e referências bibliográficas. A disciplina aborda, ainda, o problema de cópias e plágios. Vale observar o incremento da participação discente na produção geral (item 4.2). 4.1.3 PESQUISA DISCENTE – PRAZOS E OUTROS ESTÍMULOS – Há preocupação permanente com o cumprimento dos prazos de qualificação e defesa de dissertações. Duas iniciativas balizaram nosso comportamento. A Resolução 003, de maio de 2014, antecipou a qualificação para o final do 14º mês a partir do ingresso do mestrando no curso. A segunda iniciativa, começada em 2013, gerou o projeto "Consolidação do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde da EPSJV" (Fiotec: Projeto EPSJV-005-FIO-13), e assegurou recursos para 06 bolsas de estudos, normatizados através da Resolução 02/2014, que estabelece Comissão de Bolsa para analisar concessão das bolsas aos alunos do Mestrado Profissional (Turma Local/RJ), objetivando melhorar suas condições de trabalho, favorecendo maior dedicação de tempo ao curso e estimulando sua produção técnico-acadêmica. A Resolução 05/2014 favoreceu apoio à participação de discentes em eventos. Já podemos relatar uma redução dos prazos de defesa: de 30,19 meses, em 2013, para 28,7 meses, em 2014, e 27,4 meses em 2015. As estratégias adotadas pelo Programa parecem se revelar consistentes. PERSPECTIVAS – Em 2015 houve redução de recursos para as instituições públicas, mas estamos tentando, com o apoio da Direção da EPSJV, conseguir bolsas para o biênio 2016-2017. Incluímos no Planejamento Anual projeto solicitando 05 bolsas de estudos com prazo de 18 meses. Caso positivo, no 2º semestre de 2016 nova Comissão avaliará projetos e atribuirá as bolsas. 4.2 PESQUISA DOCENTE - A pesquisa na EPSJV/Fiocruz tem como núcleo os laboratórios que compõem a sua estrutura e convergem para uma Câmara Técnica de Pesquisa. As linhas de pesquisa do Programa constituem, com as demais, o quadro global de pesquisa da unidade. Ao ingressarem em projeto de pesquisa, ocorre uma inserção institucional do mestrando para além do Programa, enriquecendo sua formação. Os professores do Programa fazem parte de grupos de pesquisa inscritos no diretório de pesquisa do CNPq, articulando pesquisadores de outras instituições (ver itens Intercâmbios Nacionais e Atividades Complementares). GRUPOS DE PESQUISA – Os grupos de pesquisa da EPSJV, certificados na instituição e pelo CNPq, atuam em proximidade com os docentes e discentes do Mestrado Profissional. Os grupos de pesquisa agregam docentes do Programa, docentes da EPSJV, de outras instituições e estudantes. São: 1) “TRABALHO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE”, coordenado por Marise Ramos e Mônica Vieira. Pesquisadores com formação e experiência em Saúde Pública, Educação, História, Políticas Públicas e Estatística se articulam de forma interdisciplinar no campo da Educação Profissional em Saúde.

Remonta à instituição do Observatório dos Técnicos em Saúde na EPSJV, integrante da Rede Observatório de Recursos Humanos da Saúde no Brasil (OBSERVARH), criada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Objetiva estudos e pesquisas sobre o trabalho técnico, a formação do trabalhador e as políticas sociais de educação, saúde e trabalho. As pesquisas fornecem subsídios para as políticas públicas de trabalho, de educação e de saúde, e para organização, planejamento e a prática curricular e pedagógica da formação inicial, continuada, técnica e tecnológica de trabalhadores, professores, pesquisadores e gestores do SUS. 2) “ESTADO, POLÍTICAS E ESPAÇO PÚBLICO”, coordenado por Marcela Pronko e André V. Dantas, reúne pesquisadores e estudantes de diferentes formações e áreas de conhecimento, analisando as novas tensões na definição contemporânea do “espaço público”. Pesquisam a definição e redefinição da atuação do Estado, na elaboração de políticas públicas e de políticas sociais na América Latina e no Brasil. Com referencial teórico-metodológico na teoria crítica, tem como temáticas centrais: a reconceituação do público no capitalismo contemporâneo; a composição e utilização do fundo público e suas implicações; os processos de privatização que incidem nas políticas sociais de educação e de saúde; as diversas formas de mercantilização da vida; o processo de apassivamento da democracia, etc. O grupo avalia os processos nacionais (de elaboração e implementação de políticas) mas também sua interface com o âmbito internacional (os organismos internacionais) e o local (traduções específicas, em cada território concreto, das determinações mais gerais). 3) “NÚCLEO DE ESTUDOS EM DEMOCRATIZAÇÃO E SOCIABILIDADES NA SAÚDE – NEDSS”, coordenado por Alda Lacerda e Francini Guizard. Analisa as relações sociais e institucionais no contexto de ampliação da participação da sociedade brasileira na formulação, condução e avaliação das políticas públicas de saúde. Eixos estruturantes: Direito, Participação Política e Redes de Apoio Social, estratégicos para a análise de experiências e de democratização do Estado brasileiro. Investiga a construção de novas sociabilidades e a permanência de modos de sociabilidade conservadores, tendo em vista a modernização excludente e os processos de colonização historicamente característicos da sociedade brasileira. Formam trabalhadores qualificados e comprometidos com a garantia do direito à saúde, fortalecendo o campo da Saúde Coletiva e da Formação Profissional em Saúde. 4) “DESINSTITUCIONALIZAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E CUIDADO”, coordenado por Nina Isabel Soalheiro Prata e Marco Aurélio Soares Jorge. Agrega pesquisas no campo da Saúde Mental, no contexto maior da Educação Profissional em Saúde na EPSJV. Desenvolve atividades de pesquisa integradas ao campo do ensino e voltadas para o fortalecimento da política pública de saúde, defesa de direitos e cuidado integral em saúde mental e campos correlacionados. A desinstitucionalização dos saberes e das práticas historicamente construídas e a investigação em torno de novos paradigmas para o cuidado no SUS aos grupos em situação de desvantagem social e vulnerabilidade são os eixos que orientam os estudos organizados em três áreas temáticas: Atenção Psicossocial, Atenção ao Uso Prejudicial de Álcool e Outras Drogas e Políticas para o Cuidado do Idoso. 5) “ESTUDOS COMPARADOS EM FORMAÇÃO CIENTÍFICA”, coordenado por Isabela Cabral Félix de Sousa e Ana Tereza Pinto Filipecki. Interdisciplinar, investiga a literatura nacional e internacional abarcando programas de iniciação científica e modelos de orientação e mentoria desenvolvidos nas instituições de pesquisa e de ensino básico, profissionalizante e superior; analisa trajetórias, carreiras e mobilidades de estudantes e profissionais no campo da saúde e da biomedicina; concepções, modelos formativos e práticas de conduta responsável na pesquisa científica em saúde e em biomedicina. PESQUISA COLETIVA INSTITUCIONAL - Coordenação Marcela Alejandra Pronko - Início: março de 2015 - Pesquisa multicêntrica sobre a formação de trabalhadores técnicos em saúde da região das Américas: o projeto articula instituições públicas de pesquisa do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Peru e Uruguai, para investigação sobre oferta quantitativa e qualitativa de formação de trabalhadores técnicos em saúde nos países, permitindo a comparabilidade dos resultados e visando subsidiar políticas de organização e fortalecimento de sistemas públicos de saúde e de cooperação internacional

entre os países. 5. PRODUÇÃO - 5.1 PRODUÇÃO DOCENTE – O Programa mantém bom ritmo de publicações, com volume crescente, incorporando discentes (egressos ou ativos), tendo alcançado em 2015 (artigos em jornal, artigos em periódicos, livros e capítulos, trabalhos em anais e outros) 67 publicações, das quais 38 realizadas com a participação discente. A produção técnica também teve incremento da participação discente em 2015, envolvendo 39 produtos num total de 99. Há alguma desigualdade na distribuição das publicações por docente: 56% dos docentes (permanentes e colaboradores) publicam em maior volume do que os demais. O principal produto deste Mestrado é a própria consolidação prática da relação interdisciplinar entre Trabalho, Educação e Saúde, fundamental resposta no plano das instituições da saúde e da educação profissional para a saúde, objetivando a ampliação do SUS. Nossos docentes realizam grande quantidade de produtos: elaboração de cursos e de disciplinas, construção coletiva de metodologias de formação docente para o país e para o exterior, formação de jovens pesquisadores, exercício de docência em níveis diferenciados (Mestrado, especializações Lato sensu, formação de trabalhadores de nível médio). PERSPECTIVAS: Pretende-se organizar uma forma de consignar homogênea e coletivamente as atividades desempenhadas pelos docentes do Programa no Currículo Lattes, de maneira a facilitar sua identificação, quantificação e avaliação. 5.2 PRODUÇÃO DISCENTE - Mantemos a experiência – até aqui exitosa – de assegurar atividades adicionais, visando temáticas não contempladas nas disciplinas obrigatórias e eletivas, aprofundando o caráter interdisciplinar do curso, como rápidas respostas aos desafios do campo da educação profissional em saúde. Dados o perfil do Programa, dos Mestrandos e das dissertações, nosso principal produto é a elaboração de intervenções qualificadas dos trabalhadores da Educação Profissional em Saúde em seus locais de trabalho. A maioria das dissertações dirige-se para a avaliação de Políticas Públicas (Trabalho, Educação e Saúde) que incidem no exercício profissional dos discentes. O desafio corresponde aos objetivos da EPSJV, aglutinando a formação teórica aprofundada e a capacidade analítica rigorosa, para intervenções práticas lastreadas em conhecimento mais amplo. Tal produção é dificilmente consignável no Currículo Lattes. Registramos significativo aumento da produção total discente: 73 produtos em 2015, 39 em 2014 e 16 em 2013. Seguimos estimulando a produção conjunta entre docentes e orientandos. 6. INICIATIVAS COLEGIADAS - 6.1) CREDENCIAMENTOS - Em 2013, Comissão do Colegiado sistematizou sua relação com os diversos cursos de Especialização, assim como as exigências básicas para o credenciamento de novos docentes. Resultou articulação mais clara entre os diversos cursos que integram a Pós-Graduação da EPSJV, com o estabelecimento de plenária informal, um “Colegiado Ampliado”, agregando todos os docentes da EPSJV que participam dos Cursos de Especialização e a totalidade do Colegiado do Mestrado Profissional. A participação dos demais docentes é estimulada, permitindo uma saudável troca de informações e experiências. Para as deliberações que concernem ao Mestrado, o Colegiado mantém o funcionamento regulamentar, e somente votam os docentes credenciados (permanentes e colaboradores). Em 2015, uma Comissão de Definição de Critérios de Credenciamento e de Recredenciamento definiu base para a avaliação dos integrantes do Mestrado Profissional. Em seguida, outra Comissão analisou os dados. As avaliações foram reunidas em março de 2016, e serão objeto de tratamento. Com a ampliação das turmas do Mestrado e o aprofundamento da inter-relação com as Especializações da EPSJV, é de prever novo e significativo processo de credenciamento docente, de maneira a assegurar as atividades previstas, assim como remanejamentos entre permanentes e colaboradores, procurando manter os limites percentuais sugeridos pela Capes. Um docente permanente não se recredenciou, por estar lotado em outra unidade da Fiocruz e atuar em outro Programa: Gustavo França, que segue entretanto próximo ao programa, participando de bancas e de outras atividades. Aparecida Tiradentes foi descredenciada após análise do Colegiado, após longo afastamento por razões de saúde e pessoais, em face das exigências definidas na Capes e consignadas no Regulamento da Pós Graduação. 6.2 FORMAÇÃO DOCENTE NA EPSJV- O Programa conserva e ajusta prática já consolidada de docência compartilhada, na qual docentes experientes ministram disciplinas conjuntamente com

os jovens doutores ou doutorandos; da formação de jovens orientadores, com a prática de coorientações; de reuniões semestrais regulares dos alunos com a coordenação e de reuniões mensais do Colegiado, composto pelo corpo docente e pela representação discente (da turma local e da turma do RET-SUS Nordeste).

Objetivos (geral e específicos)

O Programa mantém, como objetivo central, a formação teórico-prática de profissionais que atuam ou pretendem atuar em processos relacionados à formação de trabalhadores técnicos em saúde, em coerência com seu objeto, qual seja, a Educação Profissional em Saúde em uma perspectiva interdisciplinar, traduzida na área denominada Trabalho, Educação e Saúde. O programa ampliou seu foco inicial, voltado para dirigentes e docentes das Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde, admitindo profissionais das referidas áreas interessados na Educação Profissional em Saúde em outros ambientes de trabalho, como unidades de assistência em saúde de diversas complexidades, programas de atenção básica e de promoção à saúde, instâncias gestoras de educação e de saúde, instituições de ensino, dentre outras. A formação teórico-prática desses profissionais ocorre mediante o aprofundamento das bases teórico-metodológicas que fundamentam as políticas de educação e de trabalho em saúde, permitindo sua compreensão histórica e potencializando práticas transformadoras que contribuam para a consolidação do Sistema Único de Saúde - SUS. Conceitualmente, a proposta do programa visa elaborar a crítica às concepções economicistas e pragmáticas da educação e das práticas de atenção e assistência em saúde. Nesse sentido, também o conceito de saúde como ausência de doença é confrontado com o conceito de saúde como qualidade de vida, buscando-se, assim, compreender a educação e a promoção da saúde como processos ontológicos de produção da existência humana. Esses, ainda que subsumidos ao modo de produção capitalista, configurando-se historicamente como meios de reprodução da força de trabalho, do ponto de vista das potencialidades humanas resistem a se converterem em mercadorias. Desses preceitos decorre uma forma de ação institucional, que se caracteriza por promover um comprometimento da pós-graduação com o conjunto de atividades da unidade (a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio) e da Instituição (a Fundação Oswaldo Cruz), desdobrando-as, ainda, para a esfera dos órgãos gestores da educação e da saúde, tais como as respectivas secretarias municipais e estaduais e ministérios, assim como para as instituições que realizam a educação profissional em saúde. Tal postura não poderia deixar de ter fortes implicações acadêmicas, posto que nela se enraízam os princípios da interdisciplinaridade que caracterizam o programa, assim como a natureza interessada e comprometida dos problemas que levam ao delineamento de sua proposta pedagógica. O desenvolvimento das investigações por professores e estudantes, deve enfrentar novas dimensões dos problemas, fornecendo, assim, explicações dos fenômenos e perspectivas de ação que, sistematizadas, possam se constituir em novos conhecimentos científicos socialmente necessários e historicamente coerentes. Os objetivos específicos do Programa foram elaborados de forma a orientar o desenvolvimento de sua proposta, fazendo-a cumprir com suas finalidades conceituais, institucionais e acadêmicas previamente descritas. São estes: a) Analisar a configuração do Estado capitalista e suas funções em diferentes fases históricas, considerada a relação entre economia, política e cultura, possibilitando identificar o desenvolvimento histórico dessas políticas sociais e tendo como enfoque as concepções que embasam as políticas voltadas para a educação dos trabalhadores e a saúde da população; b) Analisar as tendências da educação profissional e da gestão do trabalho em saúde, à luz da complexa e contraditória relação entre reestruturação produtiva, qualificação do trabalho e do trabalhador e educação profissional; c) Analisar as

concepções teórico-metodológicas que embasam projetos e práticas político-pedagógicas de educação de trabalhadores em saúde, buscando compreender as razões e as concepções que orientam o desenvolvimento dos projetos de educação profissional em saúde, bem como suas referências e características; d) Contribuir para a formação em pesquisa a partir de articulação entre teoria e prática e de uma abordagem que integra aspectos epistemológicos, teóricos, metodológicos e técnicos da pesquisa interdisciplinar; e) Contribuir para que o conhecimento produzido na consecução dos objetivos anteriores oriente a ação política e pedagógica de diretores, técnicos e docentes na perspectiva transformadora de práticas educativas e de serviços em convergência com os princípios do SUS. Cabe ainda informar que o curso de mestrado insere-se no Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, o qual abrange, ainda, em decorrência dos objetivos geral e específicos mencionados, cursos de Especialização Lato Sensu, por demanda específica ou espontânea e em regime de parceria com instituições de educação e saúde nacionais ou internacionais. Os objetivos do curso de Mestrado e sua estrutura curricular revelam o perfil do egresso que o Programa pretende formar: profissionais competentes em suas respectivas atividades, com capacidade de compreensão da realidade social dinâmica na qual atuam, com autonomia crítica e reflexiva, e com qualificação para atuar na elaboração e implementação das políticas de educação e saúde, avançando no aprofundamento e na qualificação do Sistema Único de Saúde.

Perfil do Egresso

De maneira geral, o perfil dos egressos do Mestrado Profissional em Educação Profissional (Turma Local/RJ) em Saúde prossegue coerente com o processo de seleção dos mestrandos, que inclui, além da prova escrita e da análise de projeto de trabalho, uma entrevista, estabelecendo uma articulação, de forma mais ou menos mediada, com o mundo do trabalho na educação e saúde. Os egressos do curso continuam a se inserir predominantemente em instituições de ensino do campo da educação profissional em saúde ou em distintas instâncias das secretarias municipais e estaduais de saúde relacionadas ao campo da formação de trabalhadores da saúde, em diversas especialidades profissionais. Anualmente, fazemos consultas aos dados constantes do Currículo Lattes, além de algumas consultas realizadas diretamente, quando por razões diversas os egressos retornam à EPSJV. Uma das dificuldades é a lentidão ou não preenchimento dos Currículos Lattes por muitos dos egressos, pois suas atividades profissionais não necessariamente exigem tal preenchimento. Através dessa averiguação dos Currículos Lattes para os egressos que defenderam dissertações nos últimos três anos (2013 a 2015), apresentamos abaixo considerações com intuito apenas indicativo. Dentre 37 egressos que lastreamos no Lattes, a maioria ingressou no Mestrado com vínculo empregatício público e nele continuou após sua titulação (24 egressos), reafirmando o perfil que constituiu o ponto de partida do programa, pois envolve o retorno do egresso à sua unidade de origem, aportando contribuições para a compreensão dos processos, melhoria e consolidação do SUS e da Educação Profissional em Saúde. Não há dados sobre eventuais progressões profissionais, que provavelmente ocorreram. Refletindo as modificações nos processos de trabalho contemporâneos, um grupo de discentes mantinha atividades de trabalho com outros vínculos, antes e depois de sua titulação, sendo 1 vínculo por cooperativa, 5 trabalhadores bolsistas e 4 trabalhadores celetistas. Três discentes não esclareciam seu vínculo empregatício. A grande maioria dos egressos atua na cidade do Rio de Janeiro, onde mantêm residência, mas encontramos egressos atuando nas cidades de Angra dos Reis, Macaé (ambas no Estado do Rio de Janeiro) e em Recife (PE). As principais áreas de atuação são Prefeituras Municipais, Secretarias Municipais de Saúde, Defesa civil, Ministério da Saúde-Rio de Janeiro, onde atuam na gestão de diversos níveis e em processos de formação de profissionais. Vários egressos atuam em unidades da própria Fiocruz (3 na ENSP e 4 na

EPSJV), e 7 egressos atuam em Universidades, sendo dois na UERJ, dois na UNIRIO e 03 em universidades privadas. As áreas profissionais são muito diversificadas, com maior concentração em enfermagem (5), técnicos em gestão (6), serviço social (3). Sua formação de origem (graduação) também é diversificada, figurando entre esses egressos a formação básica em medicina, sanitarista, odontologia, biologia, enfermagem, educação física, farmácia e educação. A capilarização do Mestrado em Educação Profissional revela-se bastante ampla, tanto do ponto de vista das graduações na área de Educação e Saúde atingidas, como no espectro dos processos profissionais.

Especificamente para o ano de 2015, dentre 14 egressos neste ano, para os quais os dados estavam disponíveis, 10 (dez) são servidores públicos, 3 têm vínculos de trabalhos pela CLT (os três atuando em Universidades Privadas), e o último é atualmente bolsista de doutoramento na ENSP/Fiocruz. Outra estudante egressa está cursando doutoramento em instituição pública (Serviço Social – UFRJ). No que tange à sua formação, 6 provêm da Pedagogia; 2 provêm da Enfermagem, 1 da Odontologia, 1 da Psicologia, 1 se declara sanitarista, 1 menciona contrato público como Agente de Combate a Endemias, e o último egresso é tecnologista em programas educacionais em saúde. Outro egresso declara apenas a condição de bolsista em doutoramento da ENSP. Um dado que nos parece dos mais relevantes aparece quando cruzamos as atividades exercidas, pois 8 dos egressos exercem atividades simultâneas na saúde e na educação públicas, traduzindo a interdisciplinaridade na prática de suas atividades profissionais, seja coordenando cursos de formação em unidades de saúde, seja ministrando disciplinas para a área de saúde em universidades públicas ou privadas. Quatro exercem atividades apenas na área da Saúde, com maior ênfase na gestão, não declarando atividades diretamente docentes, enquanto um egresso, de origem na Pedagogia, realiza formação doutoral no Serviço Social, expressando uma inflexão que aproxima Educação e Saúde. O último egresso realiza formação doutoral na ENSP em Bioética, voltado para a Saúde para a população LGBT. A seleção local de 2015 (turma que cursará em 2016) teve diversos candidatos de fora do Estado e aprovou 3 candidatos, sendo 2 provenientes de Pernambuco e 1 de Mato Grosso. Considerando-se os objetivos e o próprio foco do curso de Mestrado, verifica-se coerência entre a formação recebida e a inserção social e profissional dos egressos. PERSPECTIVA: O Programa pretende implantar processo permanente de acompanhamento e avaliação dos candidatos e dos egressos.

PROPOSTA CURRICULAR

Estrutura Curricular

Com área de concentração denominada Trabalho, Educação e Saúde, o curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde tem a duração de 2 (dois) anos, com um número total de 32 créditos. Conta com 3 (três) disciplinas obrigatórias: Economia da Educação e Concepções de Formação em Saúde; Educação Profissional no Brasil: Contextos e Questões Atuais; e Políticas de Educação e de Saúde, cada uma com carga horária de 60 horas, equivalendo, somadas, a 12 créditos. Além destas, oferece duas atividades também obrigatórias: Seminário Interdisciplinar de Pesquisa I e Seminário Interdisciplinar de Pesquisa II, cada uma com carga horária de 60 horas, equivalendo, somadas, a 8 créditos. As disciplinas eletivas têm carga horária de 60 horas, devendo os alunos cursar um total de 03, somando 12 créditos. A estrutura curricular descrita é comum a todos os alunos do curso de Mestrado e objetiva o aprofundamento das bases teórico-metodológicas que fundamentam as políticas de educação e de trabalho em saúde, permitindo sua compreensão histórica e potencializando práticas transformadoras que contribuam para a consolidação do Sistema Único de Saúde - SUS. Foram oferecidas, em 2015, as seguintes disciplinas eletivas: Concepções de Currículo, Trabalho Docente e Educação Profissional, Política Nacional de Saúde e interfaces com o

trabalho e a formação em saúde e Reestruturação Produtiva e Trabalho em Saúde. Foram ofertados os seguintes Tópicos Especiais: Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde I (Metodologia da Produção de textos Acadêmicos); Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde I (Análise do discurso, ideologia e hegemonia na pesquisa em saúde e educação); Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde I (Arte, Educação e Saúde); Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde II (Iniciação à leitura de O Capital de Karl Marx) e Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde II (A demolição das bases sociais do trabalho assalariado: a experiência brasileira); Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde II (Regimes de Produção do Conhecimento). Foram oferecidas as seguintes Atividades de Pesquisa: Questões teórico-metodológicas na pesquisa em Trabalho, Educação e Qualificação Profissional dos Trabalhadores da Saúde. Por coerência, cabe apontar que há permanente movimento de reestruturação e atualização de conteúdos também para as disciplinas e as atividades obrigatórias, sem, contudo, descaracterizar suas ementas e suas linhas gerais. Todas as ementas de todas as disciplinas encontram-se no site da EPSJV. Experiências inovadoras de formação

O Programa de Pós-Graduação reúne diversas experiências inovadoras e instigantes. 1) A primeira, relatada anteriormente e já mencionada no Histórico e Contextualização do Programa, a da implantação de uma turma constituída por docentes e coordenadores das Escolas Técnicas do SUS, para a qual foi necessário elaborar uma estratégia específica, de modo a assegurar a realização da mesma carga horária, da idêntica densidade dos conteúdos e da qualidade do curso sob o modo de concentração e dispersão. A turma iniciada em setembro de 2014 realizou em 2015 e primeiros dias de 2016 a totalidade das qualificações e se encontra em etapa de sistematização das pesquisas e redação das dissertações. Em 2016 se iniciará mais uma turma no âmbito do RETSUS, em escala nacional; 2) A realização concomitante à turma de Mestrado local de cursos de Especialização (Lato Sensu) e de Especialização Técnica (Ensino Pós-Médio), agrega experiências de novo tipo à formação dos docentes e dos discentes. 3) A realização de Seminários reunindo as turmas da Especialização Trabalho, Educação e Movimentos Sociais -TEMS, tendo sido convidado o conjunto dos docentes e discentes da pós-graduação, nos quais debatemos as linhas de aproximação e os desafios comuns entre a Educação Politécnica, característica teórica crucial da EPSJV e do Mestrado e a Educação do Campo, reivindicação de movimentos sociais para uma educação elaborada pelos próprios trabalhadores do campo, e não apenas direcionada a eles. Diversos Seminários entre 2012 e 2015 reatualizaram assim o tema do protagonismo popular nos processos educativos; 4) o estabelecimento de um elo orgânico, permanentemente debatido e aprofundado entre o Mestrado, o Ensino Médio Profissionalizante e as diversas formações pós-graduadas resultantes de Convênios Nacionais e Internacionais ou de iniciativa do próprio Programa de Pós-Graduação, em parceria com outros Laboratórios da EPSJV; 5) A aceitação e inclusão de temas atinentes às áreas da Cultura (Música, Teatro, Literatura, Linguística) como plenamente integrantes dos processos da Educação Profissional em Saúde; 6) as experiências de compartilhamento entre docentes experimentados (sêniores) e jovens doutores ou doutorandos, da prática das disciplinas (obrigatórias e eletivas) e no aprendizado dos processos de orientação. Ensino a Distância

O Programa não desenvolve ensino a distância. Não obstante, o Programa recorre a diversas tecnologias contemporâneas, assegurando maior aproximação com públicos diversificados localizados fora da sede da EPSJV. Temos transmissão direta pelo canal Fiocruz/EPSJV de aulas inaugurais e de conclusão de cursos, de Seminários e de atividades coletivas. Muitas dessas atividades são gravadas, permitindo a disponibilização posterior desses materiais para ampla divulgação. Dispomos também de equipamento para videoconferências sempre que se torna impossível a reunião presencial de docentes e/ou discentes.

INFRAESTRUTURA

Laboratórios

O Curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio dispõe de nove laboratórios da escola na sua infra-estrutura de pesquisa. Os laboratórios se constituem em espaços físicos com estações de trabalho devidamente equipadas, onde os pesquisadores/docentes desenvolvem suas atividades de pesquisa e de preparação das atividades de ensino e extensão. Também são espaços utilizados para a realização de orientações individuais e coletivas, bem como de reuniões acadêmicas e afins. Apresentamos, a seguir, a descrição desses laboratórios: a) Laboratório de Educação Profissional em Atenção em Saúde-LABORAT: investiga as concepções de modelos de atenção, enfocando princípios e diretrizes do SUS e a organização e operacionalização da Atenção Básica em Saúde, sempre procurando compreender como os trabalhadores de nível médio se inserem no sistema. A interferência dos organismos internacionais nos modelos assistenciais e sua relação com a formação é outro eixo de pesquisa. Temas mais específicos dessa área tratados pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) são o trabalho e a formação do agente comunitário de saúde, o cuidado em saúde mental e a saúde do idoso; b) Laboratório de Educação Profissional em Gestão em Saúde-LABGESTÃO: estuda a gestão tanto como atividade de ensino, quanto de pesquisa, no âmbito da EPSJV, a partir de duas concepções. Uma reflete sobre a gestão em seu caráter mais macro, orientando o trabalho do gestor entendido como aquele que determina as diretrizes técnico-gerenciais de uma instituição de saúde. A outra trata dos processos gerenciais dos serviços, abrangendo ações que vão desde a discussão sobre processo de trabalho até aquelas que refletem o planejamento das ações e serviços de saúde. A partir desses eixos, lida com três enfoques: gestão hospitalar, gestão do trabalho em saúde e gestão de serviços e do Sistema de Saúde; c) Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde-LIRES: estuda a produção e organização das informações sobre o perfil epidemiológico da população, serviços prestados, materiais e medicamentos consumidos, a fim de compreender a situação de saúde e da atenção prestada. A produção de informações também pode se dar mediante os Sistemas de Informações, estruturados em atividades de coleta de dados, processamento e consolidação de informações; d) Laboratório de Educação Profissional em Manutenção de Equipamentos de Saúde-LABMAN: estuda a gestão dos parques de equipamentos e sistemas prediais das unidades de saúde, a fiscalização das ações de manutenção do ambiente hospitalar e o apoio à gestão da unidade de saúde, no que diz respeito à aprovação de projetos de instalações e tomada de decisão sobre o uso de novas tecnologias. Analisa aspectos de segurança, gerência de riscos e qualidade do ambiente hospitalar; e) Laboratório de Educação Profissional em Técnicas Laboratoriais em Saúde-LATEC: desenvolve ensino e pesquisa voltados para o fortalecimento das atividades técnicas de apoio ao diagnóstico, análises laboratoriais, pesquisa biomédica e clínica e produção de insumos para o Sistema Único de Saúde. Problematiza o processo de trabalho dos profissionais técnicos de laboratório e sua relação direta com a prevenção, a vigilância e o planejamento em saúde; f) Laboratório de Educação Profissional em Vigilância em Saúde-LAVSA: estuda a articulação entre as subáreas de vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, saúde do trabalhador e gestão, política e planejamento. Aborda temas como política e planejamento; territorialização; epidemiologia; processo saúde-doença; condições de vida e situação de saúde das populações; ambiente e saúde e processo de trabalho; g) Laboratório de Formação Geral na Educação Profissional em Saúde-LABFORM: estuda o processo de articulação e integração da Educação Básica e Educação Profissional. A formação discente e docente são eixos centrais: a primeira é compreendida como a principal estratégia de humanização dos serviços de saúde e consequente melhoria da saúde da população e pautada nos princípios de politecnia traduzidos no enfrentamento e no diálogo com as mudanças societárias atuais; a segunda, como estratégia necessária à consolidação de uma docência qualificada, atenta aos processos de formação humana, com ênfase na relação trabalho/educação/ciência & tecnologia. Ambas implicam em novos desafios no campo das políticas públicas de educação e de saúde; h) Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica-LIC-PROVOC: tem por finalidade promover a iniciação científica e contribuir para a melhoria da qualidade da formação de estudantes do ensino fundamental e do ensino médio. Organiza e coordena programas e projetos educativos que visam ao desenvolvimento de ações integradas e estratégicas em

educação em ciências, tecnologia e saúde. Busca encontrar caminhos pedagógicos para fortalecer as relações entre processo formativo de jovens e práticas profissionais que estruturam o ensino e a pesquisa científica e tecnológica na Fundação Oswaldo Cruz e i) Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde-LATEPS: desenvolve estudos e pesquisas sobre o trabalho técnico, a educação profissional e as políticas sociais de educação e saúde, buscando contribuir para o avanço do conhecimento da relação trabalho, educação e saúde, para a geração de produtos e para subsidiar a formulação e a implementação das ações públicas nas áreas de trabalho técnico e educação profissional em saúde. Integra o LATEPS, a Estação de Trabalho Observatório dos Técnicos em Saúde, que faz parte da Rede de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde do Ministério da Saúde – Rede Rorehs (Portaria SGTES/MS n° 01, de 11/03/2004). Já especificamos, na seção Histórico e Contextualização, os Grupos de Pesquisa e seus objetos específicos de investigação. Além disso, o Programa conta com a infra-estrutura administrativa e de informática do Campus da Fiocruz, que inclui cinco restaurantes, várias cantinas, serviço interno de transporte e ônibus para estações metroviárias das proximidades. Recursos de Informática

O Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde da EPSJV possui infraestrutura com salas para docentes, além dos espaços dos laboratórios onde já atuam como pesquisadores; dispõe de computadores e salas de estudo equipadas com computadores para uso dos alunos na biblioteca da escola. Os alunos têm ainda à sua disposição o acesso à internet através da rede sem fio da EPSJV. Cabe destacar, ainda, que a Fiocruz oferece aos seus alunos a possibilidade de utilização da internet, Rede Rio e Rede Nacional de Pesquisa, proporcionando-lhes, dessa forma, acesso aos principais institutos de pesquisa e universidades nacionais e internacionais. A maioria dos computadores de diversas unidades da Fundação está conectada à internet. O acesso à rede também pode ser realizado, mediante inscrição, na Biblioteca de Manguinhos. Há ainda a possibilidade de o aluno obter endereço eletrônico dentro do domínio fiocruz.br, dependendo de anuência do diretor ou do coordenador da unidade do seu curso. Durante o ano de 2015, em função dos Jogos Olímpicos, ocorreram e seguem acontecendo obras de infraestrutura nos arredores da Fiocruz (especialmente Av. Brasil) gerando inúmeros transtornos de eletricidade e telecomunicações por cabo. Além disso, em 2015/2016 a EPSJV atravessa uma intensificação de obras de ampliação e renovação de suas instalações, gerando eventuais transtornos. Contamos entretanto com uma eficiente equipe de Informática, que procura minimizar as dificuldades e sanar rapidamente os problemas causados pelas obras. Biblioteca

Na Fundação Oswaldo Cruz, estão disponíveis, para a comunidade acadêmica, 10 bibliotecas, quais sejam: BIBLIOTECA EMÍLIA BUSTAMANTE DA ESCOLA POLITÉCNICA: funciona das 7 às 20 horas. Dispõe, atualmente, de cerca de 6300 títulos de livros e 190 títulos de periódicos. O acervo da Biblioteca pode ser acessado na internet através do endereço (http://epsjv.phlnet.com.br/). Nesse endereço os usuários poderão acessar, além do acervo, as novas aquisições da biblioteca, serviços e produtos disponíveis, catálogo de periódicos, manual de formatação de trabalhos de conclusão de curso, bibliografias, etc. A equipe de bibliotecários da BEB atua na orientação da aplicação das normas da ABNT (Referências Bibliográficas, Citações, etc.) em trabalhos acadêmicos, em trabalhos de conclusão de curso e em dissertações dos alunos da EPSJV. A Biblioteca está ligada à rede mundial de computadores. São 28 computadores à disposição, distribuídos da seguinte forma: Salas de Estudo: 04; Sala de Multimídia: 01; Setor de Pesquisa: 12. Disponibiliza, também, 02 computadores para pesquisa ao acervo. A política da Rede de Bibliotecas da Fiocruz é de não duplicação de assinaturas de periódicos, pois, estando dentro de uma mesma instituição e as unidades fisicamente próximas, não há necessidade de duas ou mais Bibliotecas possuírem o mesmo título. Não obstante, a Biblioteca Emília Bustamante está em constante aprimoramento do Acervo de Periódicos para atender os alunos da Pós-Graduação e Ensino Médio Integrado, bem como todos os usuários, professores e pesquisadores da EPSJV. BIBLIOTECA DE MANGUINHOS: criada em 1900, possui uma área útil de 5.600 m² e abrangendo as seguintes áreas temáticas: Bacteriologia, Biologia, Biologia Molecular, Bioquímica, Biotecnologia, Entomologia, Farmacologia, Genética, História Natural, Imunologia, Medicina Tropical, Micologia, Microbiologia, Microscopia, Parasitologia, Patologia, Virologia, Zoologia. Possui, também, uma seção de obras raras que vão do século XVII ao XX. BIBLIOTECA DA ESCOLA

NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA (ENSP), com acervo das seguintes áreas de especialização: Administração e Planejamento em Saúde, Ciências Sociais em Saúde, Ecologia, Epidemiologia, Medicina Preventiva, Medicina Social, Saneamento e Saúde Ambiental, Saúde Mental, Saúde Pública e Saúde do Trabalhador. Destaca-se a coleção de teses em saúde pública com mais de 2.000 títulos. BIBLIOTECA DO INSTITUTO NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE (INCQS), com obras de Farmacologia, Microbiologia, Toxicologia, Imunologia, Química Analítica e Controle de Qualidade de Produtos sujeitos à Vigilância Sanitária. BIBLIOTECA DO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA (IFF), com acervo nas áreas de Aleitamento Materno, Cirurgia Pediátrica, Genética, Ginecologia, Obstetrícia, Patologia, Pediatria (Cardiologia, Clínica, Doenças Infecciosas, Astroenterologia, Hematologia, Neurologia, Patologia, Pneumologia, Radiologia,Tratamento Intensivo, Saúde Mental, Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente). BIBLIOTECA DA CASA DE OSWALDO CRUZ (COC), com acervo nas áreas de História da Medicina, História da Saúde Pública, Filosofia, História e Sociologia da Ciência e História das Doenças. BIBLIOTECA DO CENTRO DE PESQUISAS RENÉ RACHOU (CPqRR), em Belo Horizonte (MG), com acervo nas áreas de Educação em Saúde, Doença de Chagas, Helmintoses Intestinais, Imunopatologia, Leishmanioses, Malária, Triatomíneos e Epidemiologia da Doença de Chagas, Epidemiologia e Antropologia Médica, Entomologia Médica, Esquistossomose, Imunologia Celular e Molecular, Pesquisas Clínicas, Parasitologia Celular e Molecular e Química de Produtos Naturais. BIBLIOTECA EURYDICE PIRES DE SANT'ANNA (BEPS): situada no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, em Brotas, Salvador, integra a Rede de Bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), sendo mantida por essa Fundação e, através de convênios específicos, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A BEPS possui como missão disponibilizar, informação na área biomédica, com especial ênfase nas áreas de doenças infecciosas e parasitárias, patologia e imunologia, para profissionais atuando na área da saúde e para alunos de graduação e pós-graduação. BIBLIOTECA DO CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES (CPqAM), em Recife (PE), dispondo de acervo nas áreas de Saúde Pública, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Ciências Biológicas, Ciências Sociais. BIBLIOTECA DO CENTRO DE PESQUISAS LEÔNIDAS E MARIA DEANE (CPqLMD), localizada em Manaus (AM), dispondo de acervo nas áreas de Biodiversidade (Entomologia, Micologia, Virologia) e Sóciodiversidade (Saúde Pública na Amazônia, Epidemiologia). As bibliotecas da Fiocruz são articuladas em uma rede de cooperação para qualificar o atendimento ao usuário e potencializar suas ações para a difusão da informação científica e tecnológica em saúde. Conhecida como Rede de Bibliotecas da Fiocruz (http://www.fiocruz.br/redebibliotecas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home), essa estrutura é coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) desde 2006, quando a unidade é reconhecida como área finalística da Fiocruz e passa a desenvolver atividades de ensino e pesquisa para a ampliação do acesso à Informação em Ciência & Tecnologia em Saúde. Além das bibliotecas físicas, a Fiocruz desenvolveu as Bibliotecas Virtuais em Saúde (BVS), um projeto liderado pelo Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme / Opas), em conjunto com o Ministério da Saúde, para a ampliação do livre acesso à informação em saúde. As BVS’s abordam temas variados como Educação Profissional em Saúde (BVS EPS), Saúde Pública (BVS SP), Doenças Infecciosas e Parasitárias (BVS Dip), Aleitamento Materno (BVS AM), História e Patrimônio Cultural da Saúde (BVS HPCS) entre outros, todos reunidos na BVS Fiocruz (http://bvsfiocruz.fiocruz.br/php/index.php). Neste contexto, destaca-se a BVS-EPS - BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE. Sob a responsabilidade da EPSJV, pode ser acessada através do site http://www.bvseps.icict.fiocruz.br/php/index.php. A BVS-EPS disponibiliza textos e informações técnico-científicas pertinentes à sua área temática, contando hoje com os seguintes quantitativos: 4.824 publicações na Base EPS (referências bibliográgicas de livros e periódicos); 2.853 textos completos; 834 documentos na Base EPS-LEGIS (composta de legislações); 1.297 eventos cadastrados no DIREVE, entre os anos 2010 e 2014. Na página da Biblioteca Virtual em Saúde - Educação Profissional em Saúde - é possível pesquisar de forma integrada também em outras bases de dados que contém literatura científica: a Lilacs, Medline, Paho, Wholis, Scielo, Bdenf estão disponíveis, além de outras Bibliotecas Virtuais em Saúde que integram a Rede ligada à BIREME. O projeto da BVS-EPS atende, por conseguinte, à necessidade das Escolas e Centros Formadores do SUS de um espaço de apoio à educação de trabalhadores e de interação entre estudantes, docentes, pesquisadores e profissionais da

saúde. Um espaço, portanto, que possibilita a aceleração da difusão de conhecimentos e acesso a novos materiais didáticos e pedagógicos e a informação. Além das temáticas, a BVS Fiocruz garante acesso ao portal de Teses e Dissertações da Fiocruz, aos periódicos científicos da Fiocruz e às dez Bibliotecas que compõem a Rede de Bibliotecas da Fiocruz. Para subsidiar atividades de pesquisa científica e tecnológica, a Fiocruz preserva materiais biológicos vivos e não vivos. São dez coleções científicas credenciadas que são, também, postas à disposição de outras instituições de pesquisa. São elas: Entomológica (desde 1901, como 5 milhões de exemplares); Helmintológica (1907, 37 mil amostras); Cultura de Fungos (1922, aproximadamente 1.800 linhagens de diferentes grupos toxiconômicos); Febre Amarela (1931, 500 mil amostras); Cultura de Bactérias (1930~1940, 50 mil amostras); Malacológica (1948, 5 mil lotes de conchas e partes moles de espécimes de oito famílias); Cultura de bactérias do gênero Bacilus e gêneros correlatos (1979, 1.250 estirpes liofilizadas, perfazendo um total de 12.500 cópias); Leishmania e Emndotrypanum (1980, 1.200 espécies, com 3.500 cepas preservadas); Tripanossomatídeo (1995, 500 amostras); Fungos produtores de micotoxinas e de interesse em saúde pública (1997, 46 cepas, distribuídas em oito gêneros e 53 espécies).

Outras Informações

A EPSJV conta ainda com os seguintes setores, que atuam na interface com o Programa de Pós-graduação ou contribuem para sua nucleação e visibilidade: a) Coordenação de Cooperação Internacional: responsável pelo desenvolvimento das atividades de cooperação internacional em educação profissional em saúde, como cumprimento das funções da EPSJV/FIOCRUZ como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde. Responsável também pela secretaria técnica da Rede Internacional de Técnicos em Saúde (RETS), com apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Essa Secretaria tem uma publicação periódica, trimestral, de cunho informativo, a Revista RETS, publicada em três idiomas e disponibilizada on-line ou em versão impressa; b) Coordenação Editorial da Revista Trabalho, Educação e Saúde: responsável pela editoração e publicação desse periódico, com periodicidade semestral, divulgando debates, análises e investigações sobre temas relacionados ao campo da formação e da qualificação profissional na saúde, buscando promover um espaço de discussão de natureza interdisciplinar. O periódico tem como público-alvo pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, profissionais vinculados aos serviços de saúde, e docentes e gestores do campo da educação profissional em saúde; c) Estação de Trabalho "Observatório dos Técnicos em Saúde": produz estudos e pesquisas sobre o trabalho técnico, a educação profissional e as políticas sociais de educação e saúde, buscando disponibilizar um conjunto de dados e informações em publicações impressas e eletrônicas para alunos, professores, pesquisadores, gestores do Sistema Único de Saúde, sindicatos e associações profissionais dos trabalhadores técnicos; d) Secretaria de Comunicação da RET-SUS, sediada na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), no Rio de Janeiro, é um elo e a base material, técnica e organizacional da Rede. Ela tem o papel de criar meios para facilitar a articulação e a mobilização dos seus participantes, concentrando todas as ações de comunicação, com destaque para a produção da Revista RET-SUS. A caracterização da estrutura da EPSJV/FIOCRUZ pode ser encontrada no site www.epsjv.fiocruz.br. e) A EPSJV conta ainda com um Setor de Comunicação, que publica um periódico bimensal informativo, a Revista POLI – saúde, educação e trabalho, que visa contribuir para a formação dos sujeitos – profissionais, estudantes, professores, gestores – que atuam na interface entre essas três áreas, constituindo-se de jornalismo público de alta qualidade. Houve expressiva participação docente para a preparação das matérias desta publicação. f) O Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde da EPSJV conta com uma secretaria eficiente, liderada por Micheli da Silva Freitas de Abreu, com grande experiência na área de Pós-Graduação na Fiocruz. Em outubro de 2015, Érica Monteiro da Motta Bagattini Guedes, servidora lotada na Secretaria desvinculou-se ao assumir funções em outra cidade; sendo substituída por Regina Maria Britto Cunha Lopes Lins em abril de 2016. Atuam também duas bolsistas, Patrícia Moço Santos e Claudia Iglesias Ribeiro. g) Durante o ano de 2015 e provavelmente a maior parte do ano de 2016, a EPSJV realiza obras de ampliação e atualização de suas instalações, o que envolve uma provisória redução do espaço de utilização para docentes e discentes. Apesar dessa dificuldade, conseguimos alocar todas as atividades em espaços condizentes.

INTEGRAÇÃO COM A GRADUAÇÃO

Indicadores de integração com a graduação

A característica da Fundação Oswaldo Cruz é sua atuação na pós-graduação por meio de uma forte vinculação com a pesquisa. A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio-EPSJV, voltada para o ensino médio profissionalizante, é grande conquista e tem grande originalidade na FIOCRUZ, ao prover a formação técnica, científica e humana para trabalhadores técnicos da área da Saúde. O Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde na EPSJV/Fiocruz tem pois esta preocupação como central. Não obstante, dentre as atividades do Mestrado, destaca-se a realização de cursos de Especialização Lato sensu, dentre eles o de Docência em Educação Profissional em Saúde, que subsidia a formação docente nas Escolas de Educação Profissional para a Saúde e em outras áreas de formação de docentes. Ademais, a integração do Programa de Pós-graduação com os demais níveis de ensino, incluindo a graduação, ocorre principalmente por meio de (a) atuação docente dos professores do Programa nos diversos cursos oferecidos pela EPSJV; (b) orientação de monografias de conclusão do curso de especialização em Educação Profissional em Saúde; (c) orientação de monografias de conclusão do curso de nível médio, desenvolvidas no âmbito do Programa Trabalho, Ciência e Cultura da EPSJV, cuja finalidade é a iniciação científica de estudantes de ensino médio; (d) orientação de estudantes de graduação de outras instituições, em Programas de Iniciação Científica (PIBIC); (e) supervisão de estagiários de graduação de outras instituições; e (f) orientação de alunos de graduação para a realização de atividades acadêmicas no âmbito de seus projetos de pesquisa. Discriminamos abaixo algumas atividades dos docentes diretamente vinculadas à Graduação: ARLINDA BARBOSA MORENO – Professora Titular III: Atividade: Ensino, Psicologia – Graduação. Universidade Estácio de Sá (UNESA); FRANCISCO JOSÉ DA SILVEIRA LOBO NETO Professor no Curso de Graduação em Pedagogia da Universidade Federal Fluminense, UFF. Disciplinas ministradas: Oficina de Leitura: Cartas de /para Anísio Teixeira; Oficina de Leitura: Cartas a Cristina de Paulo Freire; Tecnologia e Educação no Brasil do Século XX (Tópicos Especiais de História da Educação); História da Educação; Organização da Educação no Brasil; Pesquisa e Prática Pedagógica; Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação (Tópicos Especiais de Fundamentos da Educação); JOSÉ ROBERTO FRANCO REIS: Professor no Curso de Graduação em História da Universidade Veiga de Almeida, UVA/RJ. Disciplinas ministradas: Tópicos Especiais; História Contemporânea II; História Contemporânea I; Metodologia da História; MARCO ANTÔNIO CARVALHO SANTOS: Membro Externo do Conselho Universitário do Conservatório Brasileiro de Música – Centro Universitário; MARISE NOGUEIRA RAMOS: Professora Adjunta da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Disciplinas Ministradas na Graduação: 1) Educação de Jovens e Adultos; 2) Prática de Ensino de Educação de Jovens e Adultos; 3) Educação Continuada e Perspectivas de Redes de Conhecimento; 4) Trabalho, Educação e Desenvolvimento Profissional. Estágio de docência

Conforme indicado em outros itens deste relatório, dentre as atividades desenvolvidas no Programa, realizou-se Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde, do qual participou a maioria dos professores do Programa e no qual se ofereceu estágio curricular supervisionado. Como apresentado no Histórico e Contextualização do Curso, o Mestrado vem demonstrando interesse na retomada de Cursos de Especialização Lato Sensu em Docência, tendo sido preparado no ano de 2015 um Estudo Preliminar sobre as necessidades formativas existentes no Rio de Janeiro, indicando a existência de grande número de profissionais das Escolas de Educação Profissional em Saúde sem formação pós-graduada. A EPSJV/Fiocruz já vem sendo campo privilegiado de estágio docente, além de outras escolas de Educação Profissional em Saúde indicadas pela EPSJV. A realização deste curso deve também ser valorizada, assim, pelo potencial de integração da pós-graduação com a dimensão prática das atividades de ensino realizadas pela EPSJV, assim como de outras instituições de ensino. Outra iniciativa significativa (e que conserva similaridades com o Estágio de Docência realizado por bolsistas nas Universidades Públicas) é a atuação coletiva em disciplinas e em orientações realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação

Profissional em Saúde. Essa prática conta com a supervisão de pesquisador experimentado do Mestrado e estimula a participação de jovens doutores, de doutorandos da EPSJV e de Mestres nas disciplinas e em coorientações. Esse procedimento ocorre tanto no curso de Mestrado quanto nas Especializações animadas pelos docentes do Programa. O Curso de Especialização Lato Sensu Trabalho, Educação e Movimentos Sociais, com o apoio e a supervisão de Gaudêncio Frigotto e de Roberto Leher, elaborou uma prática original de formação de orientadores através de Coletivos de Pesquisa, com excelentes resultados e que deverão ser proximamente publicados.

INTEGRAÇÃO COM A SOCIEDADE/MERCADO DE TRABALHO (Mestrado Profissional)

Indicadores de integração

Os objetivos explicitados do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde, assim como o relato de suas atividades, demonstra estreita integração entre as atividades de formação teórico-prática do Programa de Pós-Graduação da EPSJV/Fiocruz e as necessidades sentidas pelos profissionais que atuam ou pretendem atuar em processos relacionados à formação de trabalhadores técnicos em saúde. Essa avaliação é reafirmada pela constância da procura para o ingresso no Mestrado. A área de concentração interdisciplinar Trabalho, Educação e Saúde demonstra a atenção especial dada por este Curso de Mestrado às condições do Mercado de Trabalho para as áreas da Saúde e da Educação Profissional em Saúde. 1) As dissertações elaboradas pelos Mestrandos, em todos os anos do Programa, evidenciam a intensa preocupação discente na correlação entre os processos educativos na formação profissional em saúde e as condições cambiantes dos processos de trabalho, das formas de contratação, das alterações de jornada e de funções profissionais. 2) A Fiocruz, ligada ao Ministério da Saúde, tem como missão produzir, disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias voltados para o fortalecimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira. Como instituição de Estado, a Fiocruz prioriza o atendimento aos setores ligados à saúde pública, o que justifica a criação, em convênio com o Ministério da Saúde, da turma constituída por professores e gestores das Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde situadas na Região Nordeste, em curso durante o ano de 2015, e da abertura de duas novas turmas no mesmo convênio, de âmbito nacional, previstas para iniciar os trabalhos nos anos de 2016 e 2017, respectivamente. 3) Respondendo a necessidades dos assentados da Reforma Agrária, e apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, pelo Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Pós-Graduação ofereceu para duas turmas o curso Trabalho, Educação e Movimentos Sociais, direcionado majoritariamente a docentes e gestores de escolas públicas situados em assentamentos da reforma agrária em todo o país. A última turma concluiu o curso em 2015; 4) Elaboração e realização de projetos de pesquisa - individuais e coletivos – dos docentes do curso, com ênfase para as condições do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde na sociedade brasileira contemporânea. Em todos, há manifesta preocupação de contribuir para a ampliação da participação social, consolidando uma Educação Profissional em Saúde capaz de apoiar a expansão e consolidação do SUS; 5) o perfil dos egressos evidencia que o Mestrado atinge o público previsto, prioritariamente em atuação nos serviços públicos de Educação Profissional na área da Saúde e se capilariza para outros setores de atividade na gestão da saúde e da educação.

Estágios profissionais

O mestrado não contempla diretamente a realização de estágios profissionais. Na articulação com os demais cursos integrantes da Pós-Graduação da EPSJV, ocorrem estágios profissionais em Cursos de Especialização Pós-Técnica e no Curso de Especialização Lato Sensu em Docência em Educação Profissional em Saúde.

INTERCÂMBIOS

Intercâmbios Nacionais

Os docentes do Programa participam de inúmeras atividades de intercâmbio no âmbito da Fiocruz e das instituições públicas de saúde, sendo que, constituindo-se em ações da política pública de saúde e de educação, muitas delas se articulam com os objetos de pesquisa dos docentes e os de dissertação dos mestrandos. As ações de cooperação da EPSJV abarcam projetos de tipos diversos, como elaboração de plano de curso, formação docente, organização bibliográfica, produção de material educativo, desenvolvimento e ensino de metodologias para produção de material educativo, execução de cursos fora da sede, formulação de Programas e projetos de ensino e pesquisa nessas áreas, discussão de políticas públicas de Educação e de Saúde, dentre outros. Além dos intercâmbios nacionais - nos quais se pauta o Curso de Trabalho, Educação e Movimentos Sociais (TEMS), a Turma RET-SUS Nordeste e as Turmas RETSUS nacionais - já descritos neste relatório, destacamos ainda as seguintes ações, muitaas delas desenvolvidas no quadro dos Grupos de Pesquisa credenciados, apresentados no Histórico e Contextualização do Curso: 1. Parcerias com Programas de outras instituições de ensino superior e de pós-graduação: 1.1 Grupo de Projetos Integrados UFF/UERJ/EPSJV-Fiocruz, hoje registrado no CNPq como Grupo THESE – Trabalho, História, Educação e Saúde. O grupo mantém-se em funcionamento há 06 anos. Docentes e discentes: Dois docentes, Profa. Marise Nogueira Ramos e Profº Julio César França Lima, e três discentes. Mais recentemente, a composição do Grupo de Projetos Integrados ampliou-se para além dos docentes e discentes da UFF/UERJ/EPSJV, incluindo docentes e discentes do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Uerj. 1.2 Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS/IMS/UERJ), Núcleo de Cidadania, Exclusão e Processos de Mudança (NUCEM/UFPE) e Teias Escola-Manguinhos/ENSP/Fiocruz. Atividade: Grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Democratização e Sociabilidades na Saúde (NEDSS). Constituído em 2012, tem como objetivo aprofundar e sistematizar conhecimentos sobre as relações sociais e institucionais estabelecidas no contexto de ampliação da participação da sociedade brasileira na formulação, condução e avaliação das políticas públicas de saúde. São definidos como eixos estruturantes de investigação os temas do Direito, da Participação Política e das Redes de Apoio Social, compreendidos como estratégicos para a análise de experiências e processos de democratização do Estado brasileiro. O NEDSS tem buscado ampliar as parcerias institucionais, com a inserção de pesquisadores de diversas instituições do país, o que gera impactos positivos, com a troca de conhecimentos e o fortalecimento da Saúde Coletiva. Em abril de 2013, organizou a I Jornada Internacional Pré-ALAS (Associação Latino-Americana de Sociologia) na Saúde na EPSJV/Fiocruz, contando com a participação de estudantes e pesquisadores do Brasil e de outros países da América Latina. Um dos resultados do evento foi a produção do livro “Democratização e Novas Formas de Sociabilidade em Saúde no Contexto Latino-Americano”, lançado no Congresso Internacional da ALAS, em outubro de 2013, no Chile. Docentes: três, o Profº Felipe Rangel de Souza Machado, a Profª Ialê Falleiros Braga e o Profº José Roberto Franco Reis 2. Participação em grupos de pesquisa: 2.1. Aspectos éticos, metodológicos e aplicação na pesquisa e avaliação em saúde (Núcleo de estudos de saúde Coletiva/UFRJ). Situação do grupo: Certificado - Formado em 2008 e Não-atualizado há mais de 12 meses. O GP possui 4 Linhas de Pesquisa: Desenvolvimento de Métodos Estatísticos, Epidemiológicos e Computacionais em Saúde; Economia da Saúde; Epidemiologia Ambiental; Relações Sociais Intersubjetivas em Situações de Trabalho e Saúde. Docente: Arlinda Barbosa Moreno. 2.2. Grupo de Pesquisa: Determinantes Sociais da Saúde (Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde/ENSP/Fiocruz). O GP possui 5 Linhas de Pesquisa: Adaptação transcultural e avaliação da qualidade de instrumentos

de medida; Desigualdades raciais e desfechos de saúde; Desigualdades sociais e desfechos de saúde; Determinantes psicossociais e desfechos de saúde; Doenças crônicas não transmissíveis- estudos longitudinais. Docente: Arlinda Barbosa Moreno. 2.3. Grupo de Pesquisa: Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - Centro de Investigação RJ (Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde/ENSP/Fiocruz). O GP possui 5 Linhas de Pesquisa: Contexto e saúde; Desigualdade social e Desfechos de Saúde; Metodos Estatísticos e Epidemiológicos em Saúde; O trabalho e a Saúde; Padrões alimentares e seus determinantes. Docente: Arlinda Barbosa Moreno. 2.4 Grupo de Pesquisa: Grupo de Teoria do Discurso (Departamento de Ciência da Linguagem/UFF) O GP possui 1 Linha de Pesquisa: Análise do Discurso e Psicanálise. Docente: Carla Macedo Martins. 2.5 Grupo de Pesquisa: Subjetividade, gestão e cuidado em saúde (ENSP/Fiocruz). O GP possui 5 Linhas de Pesquisa: Novos modelos de gestão, racionalização e controle da práticas assistenciais: implicações para os processos intersubjetivos e para a qualidade do cuidado nos serviços de saúde; Padrões de Sociabilidade e Modalidades de Subjetivação Contemporâneos; Planejamento e Gestão em Saúde; Trabalho em Saúde, Processos Intersubjetivos e Produção do Cuidado; Trabalho Gerencial e Liderança como Prática Social e Intersubjetiva. Docente: Gustavo Corrêa Matta. 2.6. Grupo de Pesquisa: Coletivo de Estudos sobre Política Educacional (UFJF). O GP possui 2 Linhas de Pesquisa: Educação Escolar; Educação Política. Docente: Ialê Falleiros Braga. 2.7. Grupo de Pesquisa: História Social do Trabalho (UFRRJ). O GP possui 1 Linha de Pesquisa: História Social do Trabalho. Docente: José Roberto Franco Reis. 2.8. Grupo de Pesquisa: Trabalho, Formação Humana e Políticas Públicas (UERJ) O GP possui 1 Linha de Pesquisa: Estado , Políticas Públicas e Formação Humana. Docentes: Marise Nogueira Ramos e Júlio César França Lima. 3.9. Grupo de Pesquisa: (Departamento de Administração e Planejamento em Saúde/ENSP/Fiocruz) O GP possui 6 Linhas de Pesquisa: Gênero e Raça; Gestão da Educação em Saúde; Perfis profissionais; Profissão, Gestão do Trabalho em Saúde ; Regiões de Fronteira, Amazônia Legal e Mercosul; Regulação e Regulamentação do Mercado de Trabalho em Saúde. Docente: Monica Vieira. Intercâmbios Internacionais

Desde sua implantação, o Programa tem atuado na política de Cooperação Internacional da Fundação Oswaldo Cruz. Os países com os quais a EPSJV mantém cooperação internacional para a formação de trabalhadores técnicos da saúde, especialmente os da África e da América Latina, têm-se referenciado na proposta do Programa como meio de formação de seus profissionais. Observa-se uma precoce, persistente e crescente internacionalização do Mestrado. É de notar que apesar de intensa atividade e da elaboração – exigindo preparações longas – dos projetos solicitados, à luz dos acordos internacionais, nem todos eles se efetivam nos prazos originalmente propostos, por dificuldades decorrentes da complexidade de sua implementação, dependente de recursos e de gestões de âmbito internacional. A Escola Politécnica é, desde 2004, Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a educação de técnicos em saúde, tendo um setor destinado à Cooperação Internacional, que mantém estreita colaboração com a Pós-Graduação. Historicamente, mantivemos diversas articulações internacionais, permitindo que a proposta do Programa fosse multiplicada por outras instituições ou que fossem implantados projetos semelhantes, coordenados pela EPSJV em outros países. Em todas essas atividades, ocorreu intensa participação de docentes do Programa, em projetos de pesquisa e de desenvolvimento de currículos, planos diretores e material didático-instrucional. 1) Em 2008, ocorreu Seminário internacional sobre “A educação profissional em saúde no Brasil e em países do MERCOSUL: perspectivas e limites para a formação intergral de trabalhadores face aos desafios das políticas de saúde” (2007-2008), com a participação de representantes dos países Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia; 2) entre 2010 e 2013 desenvolveu-se a pesquisa de caráter multicêntrico “A Formação dos Trabalhadores Técnicos em Saúde no Mercosul: entre os dilemas da livre circulação de trabalhadores e os desafios da cooperação internacional” (2010–2013), que contou com representantes da Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Esta última pesquisa teve a participação da Escola Universitária de Tecnologia Médica da Universidade da República do Uruguai (EUTM/Udelar) e do Instituto de saúde Pública da Universidade de Buenos Aires (Argentina). Ambos os Seminários geraram publicação de livros pela EPSJV, consolidando a

experiência. 3) Em 2011 iniciou-se, na Guiné-Bissau, o Curso de especialização em educação profissional em saúde para profissionais de saúde dos países africanos, com financiamento do Banco Mundial e da União Europeia através do Projeto “Apoio ao Desenvolvimento dos Recursos Humanos para a Saúde nos PALOP”, cujo projeto foi elaborado em 2010. Este curso foi concebido e ministrado por membros do corpo docente permanente do programa, com etapas desenvolvidas nos diferentes países dos quais advêm seus alunos. Caracterizou-se por uma proposta curricular interdisciplinar, tendo como eixos transversais a promoção de estudos comparados e a discussão sobre o papel dos organismos internacionais na indução das políticas públicas de saúde e educação. Integrava as atividades da EPSJV junto à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), e procurou contribuir para a estruturação das escolas de formação de técnicos em saúde em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Principe. 4) No âmbito de diversas experiências derivadas do acordo bilateral entre a EPSJV e o Instituto Nacional de Saúde do Peru, entre 2013 e 2014 foi elaborado o Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde, resultado de acordo bilateral com o Instituto Nacional de Saúde do Peru. A EPSJV – e diversos docentes do Mestrado Profissional - desenvolveram estudos sobre a realidade peruana, a elaboração de plano curricular e de processo pedagógico adaptado à realidade local. Contou com a participação de Anakeila Stauffer, André Feitosa, Marcia Lopes, Grácia Gondim e Maurício Monken e valeu-se da experiência anterior, de curso de Especialização Técnica oferecido para o mesmo país em 2013. Apesar de toda a preparação, o curso de Especialização em Docência não ocorreu por interrupção da Cooperação da parte do Perú. 5) Desde 2013, a Cooperação Internacional iniciou a colaboração com o Centro Universitario de Paysandú-CUP (Uruguai), integrante da Universidad de la República del Uruguay – UDELAR, através da elaboração de um Curso de Especialização em Formação Docente para o Pessoal em Serviço, a ser ministrado naquele país. Estudos relativos àquele país e a elaboração da grade curricular ocorreram durante todo o ano de 2015, com a participação de diversos docentes do Mestrado e estão em processo de finalização. Esperamos que o curso ocorra ainda no ano de 2016. 6) Em julho de 2015, foi realizado Curso de Atualização para Docentes da Educação Profissional em Saúde (projeto de cooperação), na Guiné Bissau, objetivando o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde, por meio da qualificação tanto nos aspectos técnicos quanto pedagógicos dos docentes das escolas técnicas de saúde, considerando o caráter estruturante dessas instituições. Coerente com nossa prática no Mestrado, o curso procurou aprofundar as bases teórico-metodológicas que fundamentam as práticas de educação e suas relações com a saúde para possibilitar uma formação crítico-emancipatória, em contraste com a racionalidade utilitarista instrumental que vem imperando na formação docente. Discutiu as concepções de educação e de educação técnica em saúde e sua correspondência nos âmbitos do currículo, do processo de ensino-aprendizagem, do planejamento pedagógico e da avaliação. Teve a participação direta dos docentes Anakeila de Barros Stauffer e Márcia Lopes. Número total de alunos matriculados e egressos foi de 26, dos quais 24 oriundos de Guiné Bissau, e 02 de São Tomé e Príncipe. 7) Iniciada em março de 2015, “Pesquisa multicêntrica sobre a formação de trabalhadores técnicos em saúde da região das Américas”, sob coordenação Marcela Pronko, o projeto articula instituições públicas de pesquisa do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Peru e Uruguai, para desenvolver investigação sobre oferta quantitativa e qualitativa de formação de trabalhadores técnicos em saúde nos países, permitindo a comparabilidade dos resultados obtidos, visando subsidiar políticas de organização e fortalecimento de sistemas públicos de saúde e de cooperação internacional entre os países. 8) Participação, desde 2001, da docente Marcela Pronko no Mestrado em Política e Gestão da Educação e no Doutorado de Ciências Sociais da Universidad Nacional de Luján (Argentina), ministrando regularmente duas disciplinas: Bases Políticas e Legais da Educação Argentina e história das políticas e da Gestão Educacionais. Em 2015, ofereceu um Seminário de política. A docente orienta discentes a nível de Mestrado e de Doutorado, com trabalhos em andamento na Universidad Nacional de Luján.

SOLIDARIEDADE, NUCLEAÇÃO E VISIBILIDADE

Indicadores de Solidariedade e Nucleação O Programa nucleia e participa de inúmeras atividades, na cidade do RJ, no Estado, no país e em âmbito internacional. As atividades propriamente docentes exercidas em diversos cursos (Mestrado Profissional, Especializações, ensino Médio), articulados pelo Mestrado, já demonstram uma forte capacidade de nucleação exercida pelo Mestrado. No âmbito regional, os docentes do curso integram pesquisas, consultorias e apoio á formulação de Políticas Públicas no âmbito das Secretarias de Saúde regionais, além de participarem de reuniões eventuais no âmbito do próprio Ministério da Saúde. Para além disso, os docentes mantêm importante circulação em outras unidades da Fiocruz e em Instituições Públicas do país, através de Convênios de Pesquisa, docência em outros cursos, participação em bancas de Mestrado e de Doutorado, atividades discriminadas no item Atividades Complementares. Ressaltamos a participação significativa dos docentes em extensa rede de periódicos, em sua grande maioria das áreas da Saúde e da Educação de âmbito nacional, com incidência também em periódicos internacionais. No sentido inverso, o Mestrado articula na atualidade uma importante rede de instituições de saúde, com destaque para a RETSUS, e de Educação, também em âmbito regional, nacional e internacional.

1) Realização e ampliação de curso voltado para a Rede de Escolas Técnicas de Saúde-RETSUS, nucleando a formação dos docentes e gestores na grande região Nordeste (turma 2014) e a abertura prevista de duas turmas, com 50 discentes oriundos de todas as regiões do país. Esta atividade é uma das mais importantes do Mestrado, pois não apenas demonstra o grau de nucleação atingido pelo Programa, como expressa uma intensa solidariedade entre as Escolas Técnicas do SUS e o Programa e, ainda, assegura enorme visibilidade para o curso, ao convertê-lo em experiência fundamental a ser replicada em outras regiões;

2) O periódico Trabalho, Educação e Saúde, que conta com o apoio de diversos docentes do Programa (na Editoria, nas revisões e elaboração de pareceres), nucleia e atrai autores de diversas instituições do país e do exterior;

3) o curso TEMS agregou para sua formulação uma equipe docente coordenada pela EPSJV e da qual participaram Paulo R. Alentejano e Gaudêncio Frigotto, ambos da UERJ, Roberto Leher, da UFRJ. Na execução do curso, oferecido para turmas de âmbito nacional (os discentes se deslocavam de seus Estados para as etapas de Tempo Escola (concentração), tivemos a presença de docentes da UFF, UFRJ, UERJ, UFRRJ, UNEB, CEFET-RJ, ITERRA, e da UNICAMP, que contribuíram com aulas magistrais, seminários, apoio para orientação de discentes e presença em bancas de avaliação. Para além da importante agregação docente, o curso nucleou também doutorandos de diversas instituições públicas, com destaque para os trabalhadores doutorandos da EPSJV, doutorandos da Faculdade de Educação e do Programa de Formação Humana da UERJ, assim como doutorandos da Faculdade de Educação da UFRJ, que acompanharam o curso, em processo de formação de jovens pesquisadores/orientadores. Além da significativa nucleação, a realização destes cursos traduz uma solidariedade de cunho social, ao assegurar que docentes e gestores de escolas públicas localizadas em assentamentos da Reforma Agrária tenham acesso às instalações e aos cursos elaborados pelos docentes do Mestrado da EPSJV. Essa solidariedade é ainda mais relevante pois se trata de expandir, para além dos muros da instituição, as grandes questões inauguradas por suas opções teóricas,

como a Politecnia;

4) Em escala internacional, realizamos diversos projetos, com diferentes países, sobretudo na América do Sul e com os países de língua portuguesa em África (PALOPS). Em todos eles, incumbe á EPSJV e ao Mestrado a elaboração de cursos á imagem dos que realizamos internamente, incluindo currículos, programas de formação técnica para técnicos e docentes da área da saúde, assim como a produção de material instrucional. Com já longa experiência, a EPSJV e o Mestrado vem se constituindo em referência internacional na Educação Profissional em Saúde, tanto pela atuação direta na coordenação dessas atividades, como através da realização de Seminários e Encontros (por intermédio, muitas vezes, da Coordenação de Cooperação Internacional-CCI/EPSJV), quanto ainda, pela permanente pesquisa voltada para a compreensão dos processos de Trabalho, Educação e Saúde, no âmbito da Educação Profissional em Saúde dos países do Mercosul, como a pesquisa atualmente em curso, “Pesquisa multicêntrica sobre a formação de trabalhadores técnicos em saúde da região das Américas”, articulando instituições públicas de pesquisa do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Peru e Uruguai. O detalhamento dessas atividades consta de outros itens deste Relatório (Histórico e Contextualização do Programa; Intercâmbios Internacionais; Internacionalização).

5) Por fim, apontamos a colaboração com outros Programas de pós-graduação, como com o Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH), de Medicina Social da UERJ, os Programas de Pós-Graduação em Educação da UFRJ e da UERJ, os Programas de Pós-Graduação em Serviço Social da UFRJ e da UERJ, assim como o Programa de Pós-Graduação em História da UFF. A solidariedade se manifesta, dentre outras ações, no compartilhamento das reflexões sobre a identidade da área interdisciplinar em Ciências Humanas e sobre questões relativas às Políticas de Saúde. Realizamos o intercâmbio de professores desses Programas e a articulação por meio de grupos interinstitucionais de pesquisa e de realização conjunta de eventos nacionais e internacionais.

Acompanhamento de Egressos

Em 2013, apresentamos os resultados de uma pesquisa desenvolvida junto aos egressos por Cristina Maria Toledo Massadar Morel – “O Mestrado Profissional e Interdisciplinar em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio: um estudo a partir da visão de seus egressos”, publicado nos Anais do II CONINTER – Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades realizado em Belo Horizonte. Essa pesquisa ainda baliza nossas avaliações internas e suas indicações permanecem valiosas: a) pertinência da manutenção da densidade e abrangência dos conteúdos apresentados, pois o mestrado contribui na ampliação da capacidade de compreensão dos fenômenos relacionados ao campo do trabalho e da educação na saúde, ao buscar superar uma visão pragmática e imediatista e ao desenvolver uma abordagem efetivamente interdisciplinar. b) a dimensão profissional do curso é uma característica marcante, não elidindo a experiência de trabalho e, pelo contrário, ressignificando-a à luz da teoria. c) em função da necessidade sentida pelos egressos, o Programa ampliou a oferta de disciplinas estritamente metodológicas (direcionadas a aspectos mais instrumentais das pesquisas). Todos os anos foi oferecida a disciplina “Tópicos especiais I: metodologia da produção de textos acadêmicos”. d) a pesquisa também apontou a dificuldade de dedicação ao curso pelo aluno trabalhador, levando o Programa a implantar um projeto de bolsas aos mestrandos, cujo impacto poderá ser avaliado ao final das defesas em curso este ano (2016); e) pesquisa indicou que o projeto pedagógico do Programa - articulando de maneira interdisciplinar pesquisa acadêmica e prática como pressuposto de um

curso de formação no nível de mestrado - se mostra não só factível, como bem sucedido na avaliação dos egressos, embora nem sempre bem compreendido em outros âmbitos; f) a pesquisa apontou que o mestrado da EPSJV - ao atender profissionais com formações variadas, sem conhecimentos prévios nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, nem experiência na realização de pesquisa, e que tampouco contam tempo disponível para dedicação ao curso – necessita ampliar os procedimentos institucionais e pedagógicos que favoreçam o êxito na conclusão das dissertações, necessidade à qual o Programa vem buscando responder com estratégias diversificadas. Dentre elas, vale destacar a elaboração de trabalhos em todas as disciplinas, objetivando apoiar a elaboração de redação complexa, a sistematização de leituras e os procedimentos de citação, assim como intenso apoio dos orientadores. Embora sem novas pesquisas de egressos que balizem de maneira sistemática nossa avaliação, é possível observar um movimento de aproveitamento de egressos para atuação na FIOCRUZ e na própria EPSJV, que continua exercendo atração sobre os mestres que formou. A maioria porém reintegra seus postos de origem. PERSPECTIVA: O Colegiado e a Coordenação do Curso estão empenhados em dar continuidade a uma avaliação sistemática dos egressos de nosso Mestrado. Dificuldades por redução de recursos e a saída de uma funcionária obstaculizaram a iniciativa no ano de 2015, mas está em elaboração novo projeto, a ser desenvolvido de forma continuada a partir de 2016, para acompanhamento regular da trajetória de nossos egressos. Para além dos egressos do Mestrado, também pretendemos aprofundar a análise da trajetória profissional e intelectual posterior de egressos de cursos de Especialização Lato Sensu. Já está em andamento um projeto específico de pesquisa voltado para a consolidação, desenvolvimento de material educacional e divulgação dos trabalhos elaborados pelos discentes das duas turmas do curso de Especialização Trabalho, Educação e Movimentos Sociais-TEMS, curso finalizado em 2015.

Visibilidade

A originalidade da proposta e da prática do Mestrado asseguram grande visibilidade ao seu funcionamento, posto não ser corriqueira a interdisciplinaridade à qual nos desafiamos: a estreita correlação entre o Trabalho, a Educação e a Saúde, que constituem fortes pontos de interesse para diferentes áreas de atuação na Saúde e na Educação e convertem-se em poderosa incitação teórica. Disso decorrem inúmeros convites aos docentes do Programa para palestras em áreas afins, como entre profissionais e estudantes de diversas disciplinas da saúde ou afins (Enfermagem, Medicina, Serviço Social, por exemplo) e da Educação. A EPSJV/Fiocruz assegura importante estrutura permanente de transparência para todas as atividades aqui desenvolvidas, contando o Mestrado com item próprio na página web da EPSJV e diversas publicações, com perfil, teor e alcance para públicos diversificados. Elencaremos abaixo algumas das formas específicas pelas quais a atuação do Mestrado garante permanente visibilidade ao Programa:

(1) o Banco de Dados da Educação Profissional em Saúde (BEPSAÚDE), produto de projeto de pesquisa coordenado pela professora Ana Margarida de Mello Barreto Campello, que oferece informações relativas à Educação Profissional em Saúde de forma clara, sucinta e organizada;

(2) notícias, debates e produções relativas à área de concentração trabalho, educação e saúde, produzidas e informadas pelo Programa aos jornalistas gestores do sítio da EPSJV, que circulam em toda a Escola Politécnica através de lista de emails própria, atingindo a totalidade dos seus servidores (Politec-L) e, em alguns casos, a totalidade da Fiocruz (Fiocruz-L);

(3) periódico científico quadrimestral Trabalho, Educação e Saúde, editado pela EPSJV, disponível em papel e na base Scielo, além de estar acessível também através do website da EPSJV, potencializando que os mestrandos se atualizem sobre a produção acadêmica

da área. Vários docentes atuam no seu Conselho Editorial e como pareceristas e/ou revisores de artigos;

(4) Revista Poli: revista jornalística bimestral destinada a profissionais vinculados aos serviços de saúde e a estudantes, docentes e gestores do campo da educação profissional em saúde, da qual muitas reportagens contam com o apoio dos docentes do Programa. Revista de livre acesso através do website da EPSJV (http://www.epsjv.fiocruz.br/index.php?Area=RevistaPOLI&Destaques=1)

(5) Revista RETS – publicação da Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, que conta com a participação ativa e constante do corpo docente do Mestrado. Disponível para acesso livre em http://www.rets.epsjv.fiocruz.br/revistas

(6) Revista RETSUS – Publicação da bimensal da Rede de Escolas Técnicas do SUS, sediada na EPSJV. Conta com a participação ativa e constante do corpo docente, atingindo prioritariamente os docentes e gestores das Escolas Técnicas do SUS; Revista de acesso livre (http://www.retsus.epsjv.fiocruz.br/revistas)

(7) Biblioteca Virtual em Saúde/ Educação Profissional em Saúde (BVS-EPS), ligada à rede de BVS gerida pela BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde);

(8) consulta online ao acervo da biblioteca da EPSJV (Biblioteca Emília Bustamante), especializada na área trabalho, educação e saúde.

(9) Sítio web do Programa, criado em 2009, onde constam informações relevantes sobre (1) o processo seletivo e editais; (2) o regulamento do mestrado, constando os componentes curriculares e as ementas das disciplinas; (3) os mini-currículos dos docentes; (4) documento com orientações para apresentação da dissertação, indicando normas e definindo padrões; e (5) noticias de defesas de dissertações; (6) desde 2012, disponibilização de todas as dissertações defendidas no Programa. Na página web da EPSJV constam ademais transmissões ao vivo pela internet de aulas inaugurais e de encerramento, de seminários e debates realizados pelo Mestrado;

(10) ARCA – Repositório Institucional da Fiocruz,que tem como função disseminar e preservar a produção intelectual e tecno-científica da Fiocruz, implementado em 2014.

(11) . Em 2014, o Programa criou um perfil no Facebook para a Turma de Mestrado Ret-SUS-Nordeste - administrada institucionalmente por uma das secretárias do Programa – agilizando a circulação de informações e a troca entre discentes e docentes, que permaneceu atuante durante todo o ano de 2015.

(12) Finalmente, mas não menos importante, a ligação afetiva, intelectual e prática dos discentes com o Mestrado, assim como do público atingido pelas atividades do Programa, em suas diversas facetas, assegura importante visibilidade em âmbito regional, nacional e internacional.

INSERÇÃO SOCIAL

Inserção Social

A inserção social do Programa de Pós-graduação da EPSJV advém das atividades formativas que impactam o campo da formação em saúde e os movimentos sociais. Está solidamente

implantado na Fiocruz e participa de diversos projetos sociais realizados pela Cooperação Social da Instituição. O projeto de criação das turmas RET-SUS foi desenvolvido e organizado pela EPSJV em parceria com o Ministério da Saúde, diante da necessidade de contribuir para a consolidação das escolas da referida rede, considerada estratégica para a política de saúde no país. Considera-se que a experiência da primeira turma (Nordeste) será capaz de produzir um impacto relevante nos serviços de saúde da região, através do aprimoramento do processo de formação dos técnicos. A ampliação desta experiência para mais duas turmas de Mestrado RETSUS, com abrangência nacional, deverá assegurar ainda maior impacto nacional para o Programa, aprofundando a relação com Escolas Técnicas de Saúde do SUS de todo o país. Outro projeto relevante é a formação de educadores que atuam em escolas situadas em áreas de assentamento do INCRA, através do Curso de Especialização em Trabalho, Educação e Movimentos Sociais. A educação no campo tem se constituído em um desafio para os educadores brasileiros, de modo que uma especialização nesta área se constitui em importante espaço de reflexão e de formulação de estratégias para o seu enfrentamento. Pela sua relevância, o curso reuniu docentes de diferentes universidades públicas do Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, UNIRIO, UFRRJ e UFF. Visando formar quadros docentes para as instituições que realizam trabalhos de educação profissional em saúde, o Programa criou o Curso de Docência em Educação Profissional em Saúde, atendendo uma antiga necessidade da área, já que boa parte dos profissionais que lecionam em escola técnicas não conta com formação pedagógica. Com isso, é possível qualificar profissionais que já atuam como docentes e, com isso, aprimorar a formação dos técnicos, com o consequente impacto sobre o sistema de saúde e pretende reafirmar sua inserção nessa área docente com a oferta de novos cursos de Especialização.

Interfaces com a Educação Básica

A formação crítica dos mestrandos-professores que atuam na educação básica é inerente à proposta do Programa, seja no Mestrado, seja nas Especializações. Ademais, reiteramos que a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) é uma unidade técnico-científica da Fiocruz que se dedica a atividades de ensino, pesquisa e cooperação no campo da Educação Profissional em Saúde. Atua, portanto, com o segmento dos trabalhadores de nível fundamental e médio, que correspondem ao maior contingente de profissionais de Saúde no Brasil. A EPSJV desenvolve cursos de Educação Profissional integrados ao Ensino Médio, além de cursos na modalidade subseqüente ao Ensino Médio, voltados para alunos que já concluíram o ensino médio e cursam apenas a habilitação profissional na EPSJV. O Curso Técnico de Nível Médio integrado ao Ensino Médio na modalidade PROEJA está também sendo oferecido pela EPSJV, sendo coordenado por professor do Mestrado Profissional, Dr. Sérgio Ricardo de Oliveira, credenciado desde 2013 como colaborador. São oferecidas ainda especializações técnicas que têm por finalidade a formação de profissionais, conforme as demandas específicas do SUS e da área de Ciência e Tecnologia, nos termos do parágrafo 2º do art. 7º da Resolução CEB/CNE nº 04/99, apresentando carga horária mínima de 180 horas, nas áreas de Técnicas Laboratoriais em Saúde, Manutenção de Equipamentos, Gestão em Saúde, Informações e Registros em Saúde, Vigilância em Saúde e Atenção à Saúde. No que tange à formação de futuros pesquisadores, mais do que uma área de atuação, a pesquisa na Escola Politécnica é considerada como princípio educativo. Por essa razão, a instituição desenvolve um Programa de Vocação Científica (Provoc), que incentiva alunos do ensino médio de escolas regulares a se interessarem pelas carreiras da investigação científica. Diversos docentes do Mestrado atuam no Provoc, nos seus processos de avaliação. O Provoc é a primeira proposta formal e abrangente de Iniciação Científica na Educação Básica no Brasil. Foi criado, em 1986, na EPSJV, com o objetivo de receber jovens estudantes nos laboratórios de pesquisa da Fiocruz, visando a incentivá-los a seguirem carreiras científicas. O êxito desta experiência, iniciada no campus do Rio de Janeiro, possibilitou, a partir de 1996, sua descentralização para unidades da Fiocruz sediadas nas cidades de Recife, Salvador e

Belo Horizonte. Concomitantemente, a coordenação do Programa promoveu a difusão desta experiência para outras áreas de conhecimento - química, física, matemática e informática - e para outras instituições - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Miguez de Mello (Cenpes/Petrobras), Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa/MCT), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio). Além disto, o Provoc serviu de modelo para a criação de projetos como Jovens Talentos para a Ciência da Faperj, em 1999, e Jovem Cientista Amazônida da Fapeam, em 2006. Em 2003, o CNPq, em acordo com estes mesmos objetivos, criou o programa de Iniciação Científica Júnior. Decorridos vinte e dois anos daquela experiência inaugural, existem hoje no país inúmeros programas de Iniciação Científica que se realizam em instituições de ensino e pesquisa, financiados com recursos públicos e privados, destinados a jovens alunos do ensino fundamental e médio. Hoje, o Programa de Vocação Científica na Fiocruz tem como objetivo principal proporcionar aos alunos de ensino médio a vivência de ambientes de pesquisa e desenvolvimento de projetos tecnológicos, propiciando-lhes a experiência de aprender ciência fazendo ciência. Por meio da orientação acadêmica, o aluno inicia sua formação em pesquisa em C&T nos laboratórios, setores, serviços ou grupos de pesquisa ligados às suas diversas unidades. A educação em ciências é o eixo articulador dessa integração entre instituições científicas e de ensino, destacando-se de maneira especial a relação que se estabelece entre o aluno e o orientador-pesquisador no contexto do trabalho acadêmico. Dessa forma, busca-se estabelecer inter-relações entre o ensino regular e a formação desses jovens em espaços tradicionalmente reservados aos estudantes de graduação e de pós-graduação. Ao mesmo tempo em que visa integrar-se às ações de ensino das escolas parceiras, o Provoc propõe aos estudantes uma ampla discussão sobre a produção de conhecimentos em nossa sociedade e sua relação com o pleno exercício da cidadania. A compreensão das práticas técnico-científicas que permeiam o processo de construção desses conhecimentos é o elemento central e estruturante desse projeto, cuja finalidade principal consiste em promover a iniciação científica de alunos do ensino médio interessados pelas atividades de pesquisa nas áreas das ciências biológicas, da saúde e sociais e humanas em saúde. No contexto da participação em projetos de pesquisa científica e tecnológica, os estudantes do Provoc têm ainda a possibilidade de conhecer e aprofundar questões relacionadas ao mundo do trabalho e à própria atividade acadêmica, potencializando, assim, a definição e/ou escolha profissional. A contribuição do Programa para a da trajetória profissional dos alunos constitui-se numa das premissas fundamentais de sua proposta educacional. Ela norteia não apenas o processo de construção do conhecimento, mas também o desenvolvimento da capacidade crítica e investigativa do aluno. Na mesma direção, funciona o Projeto Trabalho, Ciência e Cultura (PTCC), por meio do qual os alunos dos cursos de educação profissional integrados ao ensino médio desenvolvem monografias de conclusão de curso, aprendendo todas as etapas de um processo de pesquisa. Consiste, portanto, de um projeto de iniciação científica desenvolvido junto aos alunos do Curso de Educação Profissional de Nível Técnico em Saúde, que busca novas estratégias de exercício da cidadania na sociedade contemporânea, através de uma concepção de educação pela pesquisa. Criado como componente da parte diversificada do currículo do Ensino Médio, tem como objetivo possibilitar, aos estudantes adolescentes, a vivência da investigação científica como atitude cotidiana a ser construída entre alunos e educadores/orientadores durante as quatro séries do curso. A pesquisa aqui é entendida como um questionamento reconstrutivo, pelo qual o aluno deixa de ser objeto e passa a ser sujeito do processo. O desenvolvimento dos projetos de pesquisa tem sua culminância na apresentação de um Trabalho de Conclusão de Curso, basicamente no formato de monografia. Os docentes credenciados no Programa de Pós-graduação atuam em todos estes cursos e ações, desenvolvendo currículos, ministrando aulas, orientando monografias e participando de bancas. Esta forma de funcionamento institucional promove uma interface real e regular entre Pós-graduação e educação básica, que não só enriquece este último nível de ensino, mas também o Programa, no qual se ancora o Curso de Mestrado.

INTERNACIONALIZAÇÃO Conforme já apontado no item Histórico e Contextualização, um ponto a ser destacado na trajetória do Programa consiste no permanente estabelecimento de intercâmbios e cooperações internacionais, com densa rede internacional. Tal trajetória de internacionalização têm vocação para aprofundar-se num eventual curso de Pós-Graduação (Mestrado e/ou Doutorado) Stricto sensu. No momento, as parcerias vêm se frutificando para o oferecimento de cursos de especialização, a partir da demanda governamental dos distintos países. As atividades específicas foram relatadas no Histórico e Contextualização do Programa e no item Intercâmbios Internacionais. Aqui, faremos apenas avaliação sintética. Observa-se a manutenção de duas redes internacionais com consistência e coerência: uma, voltada para a América Latina e outra voltada para os países africanos de língua portuguesa, com boas avaliações realizadas pelos participantes estrangeiros. O aprofundamento e a continuidade dessas atividades depende da qualidade das atividades prestadas pela EPSJV - como preparação, conhecimento da realidade local, etc. - o que vem sendo realizado através de permanentes seminários multicêntricos de pesquisa e de pesquisas específicas. Mas depende também das gestões em cooperação internacional a nível ministerial, a nível da Fiocruz e das instâncias dos diversos países. A característica central dos cursos oferecidos pela EPSJV-Fiocruz é buscar superar uma atuação pedagógica limitada ao repasse de técnicas sem reflexão ou conteúdo pedagógico, buscando habilitar os técnicos e/ou docentes a desenvolver uma formação pedagógica fundamentada na integração teoria e prática. Os cursos se desenvolvem a partir da concepção unitária de ensino - na qual a prática não pode dissociar-se da teoria - buscando formar, sob bases sólidas, docentes e técnicos da área da saúde que reflitam sobre sua prática de ensino e sobre as tecnologias, na relação com o mundo do trabalho e as relações sociais. Almejava-se que os alunos tenham uma formação que contemple o domínio dos fundamentos técnicos e científicos do processo produtivo, objetivando a transformação social. Os cursos objetivam formar técnicos bem preparados - técnica e teoricamente, política e socialmente – que contribuam para a superação dos problemas de saúde existentes. Posto estarem voltados para formar profissionais que trabalham no campo de saúde pública, a EPSJV propõe uma atuação docente pautada no aprofundamento das bases teórico-metodológicas que fundamentam as práticas de educação e suas relações com as políticas de saúde e com o trabalho em saúde. Nesse sentido, constam como objetivos específicos da maior parte de nossos cursos 1) possibilitar a compreensão histórica das políticas de Saúde, Educação e Trabalho, potencializando práticas transformadoras que contribuam para a estruturação e consolidação de um programa de formação em consonância com as necessidades de saúde pública local; e 2) articular, ao saber e à prática docente, conhecimentos dos campos da promoção, vigilância e controle de riscos, causas e danos, ancorados no entendimento do território como lugar da produção social da saúde e de identidade sócio-cultural. Os cursos oferecidos compartilham, assim, os mesmos princípios políticos-epistemológicos da formação oferecida no âmbito de Mestrado, que se pauta pela inseparabilidade das bases técnicas do trabalho, sua fundamentação científica, e a educação geral; pela formação sistemática que se orienta pelo conceito de trabalho como categoria ontológica; pela contribuição para a consolidação de políticas que compreendam a formação de trabalhadores em saúde como um direito e uma necessidade social; e pelo estudo da relação educação-saúde-trabalho em suas implicações econômicas, epistemológicas, políticas, históricas, culturais e pedagógicas. Ao longo de 2015, avançou a implementação do Projeto de Assessoria Técnica para o Desenvolvimento de Curso de Formação para Docentes de Técnicos em Saúde envolvendo a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e o Centro Universitario Paysandú/UDELAR (Uruguai). O projeto prepara curso de especialização cujo início de funcionamento está previsto para 2016 com encerramento em 2017. Agregue-se uma intensa circulação de docentes em Seminários, cursos e formações pós-doutorais no exterior, além da participação da docente Marcela Pronko no Mestrado em Política e Gestão da Educação e do Doutorado em Ciências Sociais da Universidad Nacional de Luján (Argentina)

Atividades Complementares 2015

1- Atividades acadêmico-científicas 2015

1.1 - Participação em conselhos editoriais, comissões editoriais, conselho consultivo de revistas científicas e editoras:

ANAKEILA DE BARROS STAUFFER: Membro de corpo editorial do Periódico: Revista IDEAS (online); CARLA MARTINS: Membro de corpo editorial do Periódico: Trabalho, Educação e Saúde; CARLOS EDUARDO BATISTELLA: Revisor de periódico: Trabalho, Educação e Saúde (online); FELIPE RANGEL DE SOUZA MACHADO: Revisor dos periódicos: Ciência e Saúde Coletiva, Trabalho, Educação e Saúde e, Revista de Direito Administrativo; FILIPPINA CHINELLI: Membro de corpo editorial do Periódico: Trabalho Necessário, Revisor de periódico: UrbanData-Brasil; FRANCISCO LOBO NETO: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Trabalho Necessário (online), Ensaio, Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Revista da FACED. ISSN: 1980-6620, Interface – Comunicação, Saúde , Educação; GRACIA MARIA DE MIRANDA GONDIM: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Trabalho, Educação e Saúde (online), Revisor dos periódicos: Trabalho, Educação e Saúde (impresso), VISA em debate, Cadernos de Saúde Pública (ENSP impresso), Ciência e Saúde Coletiva (impresso); MARCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA: Membro de corpo editorial do Periódico: Sociologias (UFRGS, impresso), Revisor de periódico: RECIIS, revista eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Docente permanente: Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação e Inovação em Saúde (ICICT/FIOCRUZ); JÚLIO CÉSAR FRANÇA LIMA: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Estudos de Politecnia e Saúde, Periódico: Trabalho, Educação e Saúde (Impresso) e Periódico: Ciência & Saúde Coletiva (Online); MARCELA ALEJANDRA PRONKO: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Revista Digital "La Educación por Asalto", Revista Polifonias, Trabalho, Educação e Saúde (Impresso), Trabalho, Educação e Saúde (Online) e Argonautas - Revista Digital de Educación y Ciencias Sociales; Membro Ad hoc: Cadernos de Saúde Pública, Consejo Editorial Universitario de la Universidad Nacional de Luján, Saúde & Sociedade, Espacios en Blanco. Revista de Educación e Revista Eixo - Editora IFB e Journal of Supranational Policies of Education (JoSPoE); MARCO ANTÔNIO CARVALHO SANTOS: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Revista Científica FAP, Revista Brasileira de Musicoterapia e Trabalho, Educação e Saúde; MARISE NOGUEIRA RAMOS: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Educação Profissional (Brasília), Formação (Brasília), Trabalho & Educação (UFMG) e Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica. Revisor dos Periódicos: EDUCATION POLICY ANALYSIS ARCHIVES, Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), Educação & Sociedade (Impresso), Educação e Pesquisa (USP. Impresso), Revista Brasileira de Educação (Impresso), Educar em Revista (Impresso), Revista Brasileira de Educação (Impresso), Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Impresso), Revista de Educação PUC-Campinas, Educação e Realidade, Currículo sem Fronteiras e Archivos Analíticos de Políticas Educativas / Education Policy Analysis Arc. Outro: Membro de Conselho Universitário – Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Conselhos, Comissões e Consultoria, Centro de Educação e Humanidades, Faculdade de Educação; MAURICIO MONKEM: Revisor dos periódicos: Hygeia : Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (Uberlândia), Trabalho, Educação e Saúde (Impresso) e Saúde e Sociedade (USP. Impresso); MONICA VIEIRA: Membro de corpo editorial do periódico: Iniciação Científica na Educação Profissional em Saúde, Revisora do periódico: Revista Latino-americana de Estudos do Trabalho (RELET); NEISE DELUIZ: Membro de corpo editorial dos periódicos: Boletim Técnico do SENAC, Educação e Cultura Contemporânea, Trabalho & Educação (UFMG), Extra Classe: Revista de Trabalho e Educação, Revista Movimento Faculdade Educação UFF. Revisora do periódico: Educação Profissional: Ciência e Tecnologia; SERGIO RICARDO OLIVEIRA: Revisor dos periódicos: RB, Radiologia Brasileira (impresso), Trabalho, Educação e Saúde (online e impresso); VIRGÍNIA FONTES: Membro de corpo editorial dos Periódicos: Tempo – Revista do Departamento de História da UFF; Trabalho, Educação e Saúde; Margem Esquerda; Ciência e Letras (Porto Alegre); Revista História & Luta de Classes; Lutas Sociais (PUCSP); Outubro (São Paulo); Trabalho necessário (online); La Pensée Libre; Revista Interdisciplinaria de Estudios Sociales; Temporalis (Brasília); e-latina (Buenos Aires); Revista Politeia: História e Sociedade; Marxismo 21 (online); Hydra-Revista Discente do PG História – UNIFESP; Crítica Marxista (São Paulo).

1.2 - Participação em Associações Científicas: GRACIA MARIA DE MIRANDA GONDIM: Editora associada – Revista Trabalho, Educação e Saúde; MARISE NOGUEIRA RAMOS: Sócio Individual – Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Educação (ANPED); Membro do Comitê Científico - Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Educação (ANPED); RAMÓN PEÑA CASTRO: Sócio Individual – Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Educação (ANPED); SERGIO RICARDO OLIVEIRA: Sócio Individual – Sociedade Brasileira de Física (SBF); VIRGÍNIA FONTES: Coordenadora do GT História e Marxismo – Associação nacional de História (Anpuh); 1.3 - Bolsas de Produtividade em Pesquisa CNPq

MARISE NOGUERIA RAMOS: Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 - CA ED – Educação

1.4 - Participação em Bancas de Comissões Julgadoras:

CARLA MACEDO MARTINS: Banca do Concurso público para Cargo Tecnologista Perfil Educação Profissional de Nível Médio em Saúde Integrada à disciplina de Língua Portuguesa. Fiocruz; Avaliadora da XXIII Raic - Reunião Anual de Iniciação Científica. Fiocruz. MARCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA: Outras participações: 23ª Reunião anual de Iniciação científica PIBIC/FIOCRUZ; X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC); Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. MARIA CECÍLIA ARAÚJO DE CARVALHO: Concurso Público: A medicina da família e comunidade/saúde mental (UFRJ). MAURÍCIO MONKEN: Vigilância da Saúde Desenvolvimento Humano: Perspectivas de Intervenção Socioambiental Indutora do Desenvolvimento Humano na Amazônia Brasileira. 2015. Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá; Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). 2015. Fundação Oswaldo Cruz. 1.5 - Atuação docente em outras instituições:

ANAKEILA DE BARROS STAUFFER: Professora do Ensino Fundamental: Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias-RJ. ARLINDA BARBOSA MORENO: Participação em banca de defesa de dissertação: Universidade Federal de Juiz de Fora, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/FIOCRUZ; Pesquisadora em Saúde Pública: Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (DEMQS/ENSP/FIOCRUZ). FELIPE RANGEL DE SOUZA MACHADO: Professor: Mestrado em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia do ILMD/Fiocruz. FRANCISCO JOSÉ DA SILVEIRA LOBO NETO: Pesquisador: NEDDATE/FEUFF. GRACIA MARIA DE MIRANDA GONDIM: Orientação de dissertação: Mestrado Profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente em Movimentos Sociais – ENSP/Fiocruz; Coorientador: Doutorado em Medicina Tropical – Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz. JÚLIO CÉSAR FRANÇA LIMA: Grupo These - Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, História, Educação e Saúde (EPSJV/UFF/UERJ). MARCELA ALEJANDRA PRONKO: Participação em banca de Gabriel Almeida Frazão. A Serviço da formação do jovem rural: desafios e contradições na atuação de CEFA CEA Rei Alberto I como agente de desenvolvimento do meio. 2015. Tese (Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Orientadora: Silvina Aida Romero. Prácticas de enseñanza pensadas para favorecer la problematización del sentido común y el desarrollo de la conciencia crítica de docentes en formación: Sistematización y análisis de cuatro experiencias en el profesorado IFDC SL. Início: 2015. Tese (Doutorado em Doctorado en Ciencias Sociales) - Universidad Nacional de Luján. MARCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA: Participação em banca de dissertação: Mestrado em Informação e Comunicação em Saúde – PGGICS/Fiocruz. MARCO ANTONIO CARVALHO SANTOS: Participação em banca de Diego Azevedo Godoy. Além do musicoterapeuta: um estudo sobre a identidade do musicoterapeuta e seu reconhecimento, fundamentado no sintagma identidade-metamorfose-emancipação. 2015. Dissertação (Mestrado em Programa de psicologia Social) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. MARISE NOGUEIRA RAMOS: Grupo These - Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, História, Educação e Saúde (EPSJV/UFF/UERJ). Participação em banca: 2015. Dissertação de Mestrado em Políticas Públicas e Formação

Humana - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (3); Tese Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (6); Tese Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2). Disciplinas ministradas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – Nível Pós-Graduação: 1) Tópicos Especiais II:Teorias Sociais 2; 2) Fórum Interdisciplinar III; 3) Fórum Interdisciplinar I. Disciplinas Ministradas na Graduação: 1) Educação de Jovens e Adultos; 2) Prática de Ensino de Educação de Jovens e Adultos; 3) Educação Continuada e Perspectivas de Redes de Conhecimento; 4) Trabalho, Educação e Desenvolvimento Profissional. Orientações em andamento: Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (6); Supervisão de pós-doutorado - Antonia Vitória Soares Aranha. Início: 2015. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. NEISE DELUIZ: Participação em banca de dissertação: Mestrado – UERJ; Participação em banca de qualificação de tese: Doutorado em Educação – Universidade Estácio de Sá. SERGIO RICARDO OLIVEIRA: Docente da disciplina de Biossegurança do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz. VIRGÍNIA FONTES: Participação em banca de dissertação: Mestrado Profissional em Práticas de Educação Básica Colégio Pedro II; Mestrado em História – Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Mestrado em História – Universidade Federal Fluminense; Orientação de dissertação de Mestrado: Mestrado Profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais - ENSP/Fiocruz; Coorientação de dissertação de Mestrado: Mestrado Profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais - ENSP/Fiocruz; Orientação de tese de doutorado: Doutorado em História – UFF; Professor visitante: Escola Nacional Florestan Fernandes; Professora convidada voluntária: Universidade de Brasília; Docente do Curso de História: Universidade Federal Fluminense; Coordenadora do Curso de Mestrado: Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais; 1.6. Consultorias: MARCO ANTÔNIO CARVALHO SANTOS: Parecerista - Opus - Revista da ANPPOM vol 21 n.3 ISSN 1517-7017. 2015. Consultor ad-hoc do Volume 15, n. 2 da Revista Música Hodie (ISSN 1676.3939). MARISE NOGUEIRA RAMOS: Avaliação de cursos junto a CAPES - Avaliação de Propostas de Cursos Novos de Mestrado Profissional da Área Interdisciplinar. 2015. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Parecerista:. REVISTA DE EDUCAÇÃO PUC-CAMPINAS, Currículo sem fronteiras, Cadernos de Pesquisa, Revista Brasileira de Educação, Chamada MCTI/CNPq nº 46/2014 - Programa de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação com Países da África/PROÁFRICA, Revista Brasileira de Educação, Educação e realidade. Education Policy Analysis Archives/Archivos. 1.7. Comitê revisor de projeto de fomento: MARISE NOGUEIRA RAMOS: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. MAURICIO MONKEN: Projeto: Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá 1.8. Trabalhos elaborados em 2015 (a serem publicados em 2016):

CHINELLI, Filippina. Resenha Riqueza e miséria do trabalho no Brasil III. Trabalho, Educação e Saúde (Impresso), 2016. JOSÉ ROBERTO:

REIS, José. Roberto. F.. O Mentecapto de Itaguaí - história, loucura e saber psiquiátrico: diálogos historiográficos em torno de O Alienista de Machado de Assis'. História, Ciências, Saúde-Manguinhos (Impresso), 2016.

REIS, José. Roberto.; BORGES, C. F. . Contribuições históricas e políticas para a formação de Agentes Comunitários de Saúde no Brasil. Revista Contemporânea de Educação, 2016.

REIS, José. Roberto.. ?É o doutor que vem aí!?: guardas sanitários, relações de trabalho e formação de identidade (1930-1940). Revista Brasileira de História (Online), 2016.

PRONKO, Marcela Alejandra. DESAFIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO. Revista

de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, 2016. SILVA, P. R. F.; CARVALHO, Maria Cecília A.; CAVALCANTI, M. T. . 0097/2016 – Desinstitucionalização de pacientes de longa permanência de um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), 2016.

1.9. Participação em Atividades na IES do Programa

ANAKEILA DE BARROS STAUFFER: Coordenadora da Cooperação Internacional; Coordenadora

do Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde - Lato sensu - Turma em Lima – Peru. CARLOS EDUARDO BATISTELLA: Ensino, Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde, Nível: Pós-Graduação; Disciplinas ministradas: Concepções de currículo, trabalho docente e educação profissional e Currículo e Docência na Educação Profissional em Saúde. FILIPPINA CHINELLI: Ensino, Mestrado em Educação Profissional em Saúde - Turma Ret - SUS, Nível: Pós-Graduação; Disciplinas ministradas: Novos modelos produtivos na saúde. Outras atividades técnico-científicas , Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio; Docente pesquisadora. Pesquisa e desenvolvimento , Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde (LATEPS). GRACIA MARIA DE MIRANDA GONDIM: Coordenação Técnico-pedagógica do Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde - PROFORMAR. Coordenador de Projeto de Pesquisa: Avaliação do Curso de Formação Técnica em Vigilância em Saúde - Proformar Rio. JÚLIO CESAR FRANÇA LIMA: Coordenador do Observatório dos Técnicos em Saúde. Coordenador do Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde (LATEPS). Membro do Conselho Deliberativo da EPSJV. Coordenador da Turma RETSUS de Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde. MARCELA ALEJANDRA PRONKO: Membro da Comissão de Recredenciamento Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde. Vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico. Disciplinas ministradas na Pós-Graduação em Mestrado de Educação Profissional em Saúde: Atividade de Pesquisa: Internacionalização no trabalho, na educação e na Saúde Políticas de Educação e de Saúde. MARCIA CAVALCANTI RAPOSO LOPES: Ensino, Coordena e ministra aulas do Eixo educação em saúde do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde/ EPSJV. Coordena e ministra aulas do Eixo Trabalho do Curso Técnico de Agentes Comunitário de Saúde. Disciplinas ministradas na Pós-Graduação em Mestrado de Educação Profissional em Saúde: Novos modelos produtivos, educação profissional e o trabalho em saúde; Produção de material didático. Coordenadora do Laboratório de Educação Profissional em Atenção à Saúde. IALÊ FALLEIROS BRAGA: Outras atividades técnico-científicas, Observatório dos Técnicos em Saúde, Observatório dos Técnicos em Saúde. Atividade realizada: Material educativo sobre saúde e formação profissional em perspectiva histórica, em parceria com o Observatório História e Saúde/COC-Fiocruz. MÁRCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA: Membro do Comitê Institucional de Seleção de Projetos ao Programa de Pesquisa Estratégica - Fiocruz - CNPq. Membro do Comitê Institucional de Seleção de Candidatos ao Programa Pesquisador Visitante Fiocruz-FAPERJ. Membro do Comitê Institucional de Seleção de Candidatos ao Programa Pesquisador Visitante. Membro do Comitê Institucional de Seleção de Candidatos ao Programa Técnico-Tecnologista FIOCRUZ-FAPERJ. Membro de comitê assessor Programa PIBIC CNPq/Fiocruz. MARCO ANTONIO CARVALHO SANTOS: Disciplinas ministradas na Pós-Graduação em Mestrado de Educação Profissional em Saúde: Seminários Interdisciplinares de Pesquisa I (Epistemologia); Tópicos Especiais em Educação Profissional em Saúde I -Trabalho e Cultura: questões para educação e saúde. Disciplina ministrada no Ensino médio: Música. Coordenador do Projeto de Consolidação do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde da EPSJV. MARIA CECÍLIA DE ARAÚJO CARVALHO: Coordenação do Curso de Especialização Técnica em Saúde Mental. MARISE NOGUEIRA RAMOS: Pesquisa e desenvolvimento, Escola Politécnica de Saúde

Joaquim Venâncio, Vice Direção de Ensino. Disciplinas ministradas do Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde: Concepção de Currículo, Trabalho Docente e Educação Profissional. MAURÍCIO MONKEN: Disciplinas ministradas na especialização em Espaço e Território na Perspectiva de Mílton Santos. Membro representante da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio no Centro de Estudos e Pesquisas de Emergências e Desastres em Saúde CEPEDES da FIOCRUZ. Coordenador do Trabalho de Campo dos alunos nas Áreas de Abrangência de Unidades Básicas de Saúde da Estratégia da Saúde da Família na cidade do Rio de Janeiro-RJ - Curso Técnico de Vigilância em Saúde. Coordenação Pedagógica do Curso Técnico de Vigilância em Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. MÔNICA VIEIRA: Membro da Comissão de Seleção para o Mestrado Profissionalizante em Educação Profissional em Saúde/ EPSJV. Coordenador do Observatório dos Técnicos em Saúde. Disciplinas ministradas do Curso de Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde: Novos Modelos produtivos, educação profissional e trabalho em saúde. Membro da Comissão de Seleção para o Programa de Especialização Profissional em Educação Profissional em Saúde, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. NEISE DELUIZ: Bolsista Pesquisador Visitante no período de 6 meses anuais. SERGIO RICARDO OLIVEIRA: Ensino, Especialização Técnica em Radioterapia, Nível: Especialização. Disciplinas ministradas: Aspectos legais a atuação do profissional técnico em radioterapia. Coordenador dos cursos de especialização e habilitação técnica em radiologia. Ensino, Especialização Técnica em Proteção Radiológica, Nível: Especialização. Disciplinas ministradas: Proteção Radiológica. Legislação para a Radiologia. História da Radiologia.

AUTOAVALIAÇÃO (PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS)

Informe os pontos fortes do programa Consideramos como pontos fortes do Programa:

(1) PERTENCIMENTO À FIOCRUZ E SEU CARÁTER NACIONAL E INTERNACIONAL- A vinculação do Programa a uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz - instituição de ensino, pesquisa, desenvolvimento técnico-científico, produção e serviços, considerada estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o desenvolvimento da política de Ciência e Tecnologia em Saúde e áreas correlatas - permite uma pauta de pesquisa sempre pertinente e atualizada, a partir da qual se tematizam as abordagens teóricas das disciplinas, bem como se constroem os objetos de pesquisa dos docentes e mestrandos. O Programa se alinha com a consolidação do SUS e das políticas públicas de educação profissional e permanece com um papel relevante na formação para o setor, evidenciado pela turma de Mestrado para os docentes das ETSus-Nordeste e a abertura de duas novas turmas ETSUS de abrangência nacional. Para além da contribuição na formação de quadros para o campo da educação profissional em saúde no país, estas turmas abrem a possibilidade de enriquecer o conjunto de pesquisas e estudos do Programa, pois impõem o enfrentamento de realidades nacionais distintas. Esse caráter estratégico da instituição em nível nacional tem-se estendido também para o nível internacional e o Mestrado tem consolidado sua contribuição para produzir inflexões no panorama da formação em outros países. Além da potencial implantação de cursos de mestrado afins em outros países e de cursos de especialização similares aos que produzimos na EPSJV, o processo de internacionalização tem aberto espaço para a vinda de estudantes estrangeiros (ainda não efetivado pois eventuais candidatos estrangeiros ao mestrado não alcançaram os requisitos mínimos para serem selecionados). Ademais, permanece em nosso horizonte proporcionar, a longo prazo, aos estudantes brasileiros, múltiplos campos de estágios e pesquisa suscitados por este processo de internacionalização. Cabe reiterar que a parceria com a Coordenação de Cooperação Internacional da EPSJV e da Fiocruz torna as oportunidades de cooperação desse tipo intensas e frequentes. Destaque-se, por fim, a proposta do Programa em considerar a educação profissional em saúde como mais do que uma ação para formação de quadros, o que só é possível

pelo fato de o Programa se vincular a uma instituição de referência nacional e internacional, como é o caso da Fundação Oswaldo Cruz. Tomamos o campo da educação profissional em saúde como um rico campo de pesquisas, tendo no horizonte a constituição de uma área interdisciplinar de produção de conhecimento e como um campo atravessado pelas distintas realidades nacionais e regionais. Nisto reside, assim, uma dimensão forte do Programa, na medida que este não só tem credenciado um corpo docente interdisciplinar e tem atraído mestrandos de formações diversas, mas também tem se transformado a partir das distintas realidades, exigindo a criação de novas abordagens e disciplinas. Esta potencialidade tem sido aproveitada de forma profícua pelo Programa, sobretudo pelo princípio político da Escola Politécnica e da Fundação Oswaldo Cruz de considerar as cooperações tanto nacionais quanto internacionais como relações de natureza horizontal e não-hierarquizada. Tal compreensão tem possibilitado que o Programa se alimente continuamente destas ações para o aperfeiçoamento do seu ensino e da sua pesquisa.

(2) INTERDISCIPLINARIDADE - A interdisciplinariedade se referencia concretamente na própria proposta curricular do curso de mestrado e em todas as suas práticas. O curso dispõe de uma proposta curricular estruturada e densa, articulando organicamente as disciplinas obrigatórias com as linhas de pesquisa, e essas com os objetivos da área de concentração, ao mesmo tempo em que busca proporcionar a oferta de disciplinas eletivas visando a contemplar as especificidades dos objetos de pesquisa dos alunos. Além disto, a construção dos objetos de pesquisa dos mestrandos, a partir da realidade profissional em que atuam, faz do curso de mestrado um universo de enfrentamento de problemáticas para a produção de conhecimento socialmente robusto. As dissertações produzidas não se constituem em mero artefato acadêmico, mas sim em produtos necessários ao avanço da área e à melhor inserção social e profissional de seus alunos. Tal proposta curricular só é possível pela composição e características do corpo docente. É importante citar a integração dos docentes no conjunto de atividades de ensino e de pesquisa da unidade e também da política de C&T da instituição. No primeiro caso, tem-se que os docentes são, em sua maioria, membros dos laboratórios e de que esses têm seus representantes nas Câmaras Técnicas de Ensino e Pesquisa da unidade. Outro ponto relevante, ainda sobre o corpo docente, consiste na diversidade da sua formação, contemplando as áreas de Educação, Saúde, Psicologia, Economia, História, Ciências Sociais, Geografia e Lingüística. Em 2014 ocorreu o credenciamento de mais dois docentes do campo das Ciências Sociais e mais um da área de Arquitetura e Urbanismo, uma vez que novos objetos de pesquisa em educação e saúde continuam a emergir no âmbito do Programa, tangenciados seja pelas questões das inovações tecnológicas, seja pelas reconfigurações recentes do Estado brasileiro, seja pelas novas realidades urbanas. A área de Educação reúne uma parte significativa dos docentes por se constituir na área nucleadora da interdisciplinaridade, enquanto o trabalho figura como mediador epistêmico. Contudo, a despeito desta área de origem, ao se observar a formação desses docentes na pós-graduação e os respectivos objetos de pesquisa, verificar-se-á tanto a diversidade, quanto a vinculação com a saúde, muitas vezes pelo eixo da análise da concepção e das práticas concretas das políticas públicas. As temáticas das dissertações refletem a formação recebida pelos alunos, através de um currículo denso e articulado, no qual as questões sociais, do trabalho, da educação e as específicas de saúde são tratadas historicamente, de forma contextualizada e interdisciplinar. Os alunos contam com a orientação de um corpo docente que apreende as múltiplas determinações que afetam as diferentes formações sociais e os sujeitos coletivos, o que possibilita o enfrentamento de objetos de pesquisa desta natureza.

(3) ATUAÇÃO DOCENTE – Assim como a direção da EPSJV participa da política institucional como membro do Conselho Deliberativo da Fiocruz, e de suas Câmaras Técnicas de Ensino, de Pesquisa, de Inovação e de Gestão, os docentes do Programa participam da política da EPSJV através de seus laboratórios de pesquisa, representados em todas as instâncias administrativas. Os docentes têm acesso a todas as iniciativas de fomento à pesquisa, realizada mediante o lançamento de editais e chamadas públicas. Acrescentem-se as múltiplas oportunidades de participação em eventos científicos promovidos pela própria Fiocruz e pela EPSJV. A maioria dos docentes do Programa são membros e/ou como líderes de grupos de pesquisa cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e na própria EPSJV/Fiocruz,

além de participarem e/ou coordenarem suas próprias pesquisas, algumas delas contando com financiamento de agências, tais como Faperj e CNPq. Os professores do programa de Pós-Graduação da EPSJV participam de inúmeras atividades que expressam a conexão entre o Mestrado, Especializações pós-graduadas, Especializações Técnicas e o Ensino Médio Profissionalizante, já relatadas no item Histórico e Contextualização do Programa. Atuam também em outros cursos de pós-graduação e em bancas externas, na Fiocruz e em outras instituições, inclusive internacionais, trazendo para o Mestrado novas e enriquecedoras experiências, além de integrarem conselhos e comissões editoriais de diversas revistas no país e no exterior. Houve incremento da produção total (bibliográfica e técnica) no de 2015, com significativo aumento da participação discente nas duas rubricas. Essas atividades são a expressão concreta de uma enorme produção docente, que não se traduz unicamente em artigos de periódicos ou capítulos de livros, mas são extremamente relevantes para a consolidação da Educação Profissional em Saúde, e da área de concentração em Trabalho, Educação e Saúde. Tanto por iniciativa da EPSJV quanto por iniciativa dos docentes do Mestrado, há ainda estreita correlação com outras unidades da Fiocruz, além de importante intercâmbio com todas as universidades públicas do Rio de Janeiro. Finalmente, os docentes do Mestrado atuam como formadores para os profissionais doutorandos ou jovens doutores da EPSJV. Destaca-se ainda o forte compromisso docente com a defesa da consolidação da Saúde e da Educação Públicas;

(4) PERFIL DISCENTE – Os discentes do mestrado são profissionais inseridos nos SUS e/ou em instituições e Programas de formação de trabalhadores. Assim, são mestrandos que se vêem desafiados a construir novas atitudes de estudo, de análise e de investigação. O Programa se organiza para incorporar em suas práticas formativas essas realidades, o que o coloca numa condição diferenciada dos Programas que baseiam sua seleção e exigências exclusivamente nos aspectos acadêmicos. Essas múltiplas realidades do âmbito da Educação Profissional em Saúde tensionam permanentemente as formas tradicionais de análise do contexto sócio-histórico brasileiro, exigindo enorme capacidade de reflexão e de aprendizado tanto para os discentes quanto para os docentes do Programa. A Fiocruz é uma instituição que não conta com cursos de graduação, o que costuma ser importante para a visibilidade das Pós-Graduações. No entanto, a procura para as seleções públicas para o Mestrado se mantém significativa, evidenciando que o Programa consegue superar essa aparente limitação. Ademais, seu caráter profissionalizante abre-se para a grande variedade de profissionais que atuam na Educação Profissional em Saúde. A força do Programa se funda assim na sua interdisciplinaridade, construída a partir da captação de profissionais de diferentes áreas de graduação. A garra e a determinação desses mestrandos-profissionais é grande, e contribui para superar parcela das dificuldades reais que enfrentam.

(5) PRODUÇÃO – Frente a dificuldades relatadas anteriormente, cumpre informar que houve, no ano de 2015, aumento na produção bibliográfica total (especificamente de artigos em jornais e periódicos, livros, trabalhos publicados em anais de eventos e outros, nomeadamente resenhas) que foi de 54 no ano de 2013, recuou ligeiramente em 2014 para 53 e saltou para 67 no ano de 2015. Esses números remetem à produção docente e discente somadas. Ressalte-se que, no último ano – 2015 – houve incremento substantivo da participação conjunta docente/discente para os mesmos itens acima. O total de publicações com participação discente subiu para 38 em 2015, contra 11 em 2014 e apenas 04 em 2013. Também a produção técnica consignada no Lattes incrementou-se no triênio. Em 2013, o total foi de 95, das quais 9 (nove) envolviam discentes; em 2014 o total da produção técnica foi 82 produtos, das quais 32 contaram com participação discente; em 2015, o total da produção técnica foi de 99, sendo 39 dentre elas com participação de alunos.

(6) Reafirmando os itens anteriores, a seleção da produção mais relevante do Mestrado procurou evidenciar tais características. No âmbito da produção bibliográfica e técnica, correlacionamos a relevância acadêmica, a proximidade com a Área de Concentração, a expressão de práticas de trabalho coletivo e a diversidade (interdisciplinaridade) características do programa.

(7) A infraestrutura disponível, com a variedade de elementos proporcionados pela própria

unidade ou pela Fiocruz como um todo. A riqueza de bibliotecas e dos respectivos acervos e as fontes de informações por diversos meios, bem como a disponibilidade de recursos eletrônicos midiáticos em geral, proporcionam aos docentes e aos estudantes possibilidades de trabalho incomum. A unidade tem procurado, igualmente, proporcionar aos estudantes, com seus próprios recursos, o acesso a livros, à internet, a impressões, dentre outras, nem sempre possíveis para o estudante, mesmo em seus locais de trabalho, considerando, inclusive, que muitos desses são oriundos de outras instituições públicas, carentes de recursos tais como os citados. Destaca-se aqui a qualidade do trabalho da Secretaria do Programa, com equipe liderada por Micheli da Silva Freitas de Abreu.

Em quais pontos o programa pode melhorar

INTRODUÇÃO - O processo de auto-avaliação do Programa é realizado constantemente pelo Colegiado, que se reúne mensalmente, integrado por todos os docentes membros efetivos e os representantes discentes. Nas reuniões são definidas as disciplinas e outras atividades acadêmicas; debatidos os processos de orientação; as necessidades de regulamentação de procedimentos; as tendências das políticas de ciência e tecnologia do país, da Fiocruz e da unidade, particularmente as que incidem sobre a proposta do Programa. Nossa auto-avaliação não é apenas endógena e considera o contexto social, político e institucional em que o Programa se insere. Apresentamos a seguir, alguns aspectos a serem aprimorados pelo Programa, considerando que isto implica a capacidade de a gestão acadêmica agir frente a situações adversas e/ou de oportunidades, sejam elas conjunturais ou estruturais. Os pontos abaixo têm como ponto de partida os aspectos avaliados como “fraco” ou “regular” por ocasião do encerramento do Triênio 2010-2012 e retomados como “pontos a melhorar” no Relatório referente a 2014. Ressalte-se que, como em muitas outras circunstâncias, os pontos fortes do Programa são também aqueles em que se evidenciam constantemente necessidades de melhoria. 1 – TEMPO MÉDIO DE TITULAÇÃO – O Mestrado experimentou melhora importante no tempo de titulação, que caiu de 30,19 meses em 2013, para 28,7 em 2014 e chegando a 27,4 em 2015. Pela experiência da pontualidade no processo de qualificação da turma RETSUS-Nordeste, tudo indica que a média geral da titulação do Programa será ainda mais reduzida. Consideramos, entretanto, que a especial atenção dedicada pelo Programa a esse item deve persistir, de maneira a consolidarmos uma média mais baixa como prática corriqueira, e por isso deve continuar figurando dentre os pontos a melhorar. 2 – PERFIL DISCENTE – O enorme aporte realizado pela efetiva interdisciplinaridade expressa em nosso quadro discente, assim como sua enriquecedora atuação profissional, também implica em alguns limites estruturais, posto que boa parcela dos mestrandos realiza o Mestrado em paralelo a suas demais atividades profissionais. Temos buscado enfrentar permanentemente no âmbito da gestão acadêmica sem, no entanto, negligenciar a qualidade e o rigor científicos inerentes à formação nesse nível de ensino. Esse deve continuar a ser ponto de atenção permanente de todas as instâncias do Programa; 3 – EVASÃO – esse ponto foi assinalado no relatório anterior. Vale observar que, embora tenha aumentado o número absoluto de desligados, o número total de matriculados no curso duplicou com a turma RETSUS-Nordeste a partir de 2014. Assim, no triênio 2010-2012, 13 ingressantes não concluíram o curso sobre 60 matrículas, aproximadamente, o que se expressa numa taxa de evasão de 21%. No triênio 2013-2015, 18 alunos foram desligados ou abandonaram o curso. Porém, há alteração da composição do curso no biênio 2014/2015, com a inclusão da nova turma RETSUS, alterando o total de matrículas para 80 alunos, aproximadamente. Para estes dois anos, a taxa de evasão cai portanto para 16%. Ressalte-se que, em função das dificuldades assinaladas para o cumprimento dos prazos pelos discentes, parcela dos alunos que se desliga do programa a ele retorna em novas seleções. Apesar da evidente melhora, seguimos atentos de maneira a evitar evasões na turma local e a estimular sua permanência no curso. 4 – PRODUÇÃO DOCENTE E DISCENTE – o relatório anterior apontava uma baixa produção

bibliográfica e técnica e uma distribuição desigual. Conforma assinalamos no item Histórico e Contextualização do Programa, houve em 2015 um aumento produção total da (bibliográfica e técnica) e da participação discente/egresso: em 2013, a produção total foi de 149, das quais 13 incluíram alunos; em 2014, a produção total foi de 135, das quais 43 com participação discente. Observa-se redução do total da produção em 2014, porém com aumento da participação discente/egresso. Em 2015, a produção total foi de 166, das quais 77 com participação discente. Neste último ano cresceram tanto a produção, quanto a participação de discentes/egressos. Há impacto positivo da atuação da turma RETSUS-Nordeste. A distribuição da produção por discente ainda se ressente de alguma desigualdade, mas observa-se que mais de 50% dos discentes tem alto grau de produtividade em publicações (sem considerar as demais atividades do Programa). As medidas implementadas pelo Programa parecem estar gerando resultados, e provavelmente o acesso a Bolsas, a maior participação em eventos com apoio financeiro da EPSJV, e a continuidade da oferta da disciplina Metodologia da Produção de Textos Acadêmicos colaboram para a melhoria dos resultados. Quanto à distribuição desigual das publicações, os novos credenciamentos já refletem uma melhoria, além do permanente estímulo da Coordenação e do Colegiado para a produção e publicação de textos. Como o item anterior, mesmo diante de melhorias, consideramos que essa produção pode ser ainda incrementada; 5 – CORPO DOCENTE - Em face do contínuo crescimento das atividades realizadas pelo Programa, informado em diversos itens anteriores do presente Relatório, foi realizado processo de credenciamento de novos docentes em 2013 (com a incorporação de 03 novos professores colaboradores) e em 2014, foram credenciados mais 03 professores colaboradores. Em contrapartida, o Programa teve 02 descredenciamentos, um em 2014 e outro no final de 2015. Esse processo desequilibrou a relação entre docentes permanentes e docentes colaboradores, e, em dezembro de 2015, a proporção de docentes colaboradores frente aos permanentes era de 66%. Face aos desafios em andamento, como a ampliação das Turmas Retsus (nacional) e manter as Especializações Lato Sensu, o Colegiado deverá rever a distribuição dos docentes entre permanentes e colaboradores e terá como tarefa realizar importante agregação de novos docentes. O procedimento foi iniciado em 2015, com a atuação de Comissão de Credenciamento e Recredenciamento e deverá ser concluído em 2016.

PLANEJAMENTO FUTURO

Por ser de extrema relevância, lembramos que o ano de 2015 sofreu com fortes cortes de recursos e com a paralisação na Fiocruz entre meados de julho e meados de setembro. Todas as atividades obrigatórias docentes e discentes previstas para o ano foram realizadas, mas essa interrupção envolveu uma maior compressão do tempo disponível para atividades anteriormente planejadas. Retomaremos abaixo os itens mencionados no Relatório de 2014, mas apresentados em prioridades de planejamento de curto, médio e de longo prazo. Vale mencionar o planejamento futuro de caráter permanente, de estímulo à produção docente, preferencialmente articulada à produção discente,

PLANEJAMENTO FUTURO DE CURTO PRAZO, para o ano de 2016

1 – CREDENCIAMENTOS - O processo de credenciamento e recredenciamento planejado para o ano de 2015 se prolongará para o ano de 2016, e deverá delinear significativa recomposição do Colegiado, visando fazer frente ao aumento de número de mestrandos e do conjunto de atividades realizadas pelo corpo docente. Duas comissões definidas em Colegiado já elaboraram processos e procedimentos de análise e a compilação do material já foi iniciada, devendo estar concluída entre os meses de abril e maio de 2016, sempre procurando levar em consideração as necessidades específicas do Mestrado e as diretrizes da Capes. Provavelmente ocorrerá ampliação substantiva do Colegiado e remanejamento entre docentes permanentes e colaboradores;

2 – AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA – Estamos prevendo avaliação da experiência da Turma

RETSUS-Nordeste em sua integração no Programa, com vistas à oferta de mais duas turmas de Mestrado, em paralelo com a turma local, voltadas para atender o projeto RETSUS, em escala nacional. A EPSJV assegurou que a equipe de secretaria da Pós-Graduação seja recomposta, o que permitirá em curtíssimo prazo retomar, aprofundar e sistematizar trabalhos permanentes de avaliação quantitativa e qualitativa dos procedimentos da Pós-Graduação, analisando perfil de candidatos, trajetórias de egressos e de consolidação das experiências do curso de Especialização Trabalho, Educação e Movimentos Sociais-TEMS.

3 – BOLSAS DE ESTUDOS – O Programa prossegue tentando implementar um Programa de Bolsas de Estudos para os mestrandos da turma regular de forma mais permanente;

PLANEJAMENTO FUTURO DE MÉDIO PRAZO, a iniciar-se em 2016 e consolidar-se em 2017

1 – A Coordenação deverá encaminhar proposta ao Colegiado do Mestrado e aos Laboratórios da EPSJV, em estreita proximidade com os relatórios das comissões de Credenciamento e com as indicações constantes deste Relatório, para elaboração de práticas regulares de consignação coletiva e sistemática das atividades desempenhadas pelos docentes do Programa no Currículo Lattes, de maneira a facilitar sua identificação, quantificação e avaliação.

2 – Elaboração de Projeto visando a abertura de de novos cursos de Especialização Lato Sensu, inclusive o curso de Docência em Educação Profissional em Saúde. O projeto deverá contemplar de forma articulada a área de concentração Trabalho, Educação e Saúde e responder às necessidades e reivindicações dos diversos Laboratórios da EPSJV e será submetido ao Colegiado e a todas as instâncias da EPSJV/Fiocruz

PLANEJAMENTO FUTURO DE LONGO PRAZO

1 - tradução da página do Programa para o inglês e espanhol, compreendendo-se que a versão espanhola, em particular, seria um passo importante – e simbólico - para a aproximação com os países latino-americanos com os quais o Programa já mantém cooperação e assessoria; essa iniciativa depende da disponibilidade de recursos da Fiocruz/EPSJV;

2 – Realização de Seminário Discente, reunindo as pesquisas de dissertação em desenvolvimento ou já concluídas. O evento deverá suscitar a troca entre alunos para além das aulas de Seminários Interdisciplinares, constantes na grade curricular, e das qualificações e defesas e estimular as publicações discentes; deverá também incluir uma avaliação geral dos discentes (ativos e egressos) sobre o Mestrado e uma primeira avaliação da estrutura curricular, cujas revisões são realizadas periodicamente;

3 – Apoiando-se nos resultados do Seminário Discente, há a proposta de realizar Seminário Geral Interno III, tendo como pauta a avaliação geral do Mestrado e a possibilidade da implantação de um Programa Acadêmico ao lado do Programa Profissional. A possibilidade de oferta do mestrado nos Centros Regionais da Fiocruz é outro processo em negociação que tende a incrementar o potencial multiplicador do Programa. Destacamos que a maioria desses centros se localiza em unidades da federação brasileira com índices de desenvolvimento humano menores do que os estados das regiões sul e sudeste. Citam-se, particularmente, os do Amazonas, da Bahia, do Ceará e de Pernambuco. Adiantamos que esta integração entre centros regionais tem sido pauta da Câmara Técnica de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz. A relação com as universidades já consolidadas dessas regiões pode abrir perspectivas, tanto para o Programa quanto para outros Programas emergentes locais, ao estabelecer um diálogo com um Programa já instituído, como é o caso da EPSJV.

OUTRAS INFORMAÇÕES

Dados Adicionais

1) O ano de 2015 sofreu dificuldades relevantes, tanto por corte de recursos, quanto pela paralisação das atividades da Fiocruz durante dois meses (de meados de julho a meados de setembro). O Mestrado realizou significativo reagendamento, tendo levado a efeito todas as atividades obrigatórias previstas para o ano de 2015. 2) O Programa continua a estimular a qualificação docente através de projetos pós-doutorais. Em 2015, concluíram pós-doutorados as docentes Ialê Falleiros (Pós-doutorado em Educação na Universidade do Minho, de 29 de agosto de 2014 até 28 de agosto de 2015) e Maria Cecília Carvalho (Pós-doutorado no Programa de Psicologia, da Universidade Federal de São João Del Rey, de 1 de fevereiro até 31 de janeiro de 2015). 3) O Programa também assegurou formações Pós-Doutorais para docentes de outros instituições afins, tendo a professora Virgínia Fontes orientado a licença sabática da prof. Dra. Maria Inês Bravo (Faculdade de Serviço Social/UERJ), cumprida na EPSJV-Fiocruz, com pesquisa sob o título: Organizações sociais e privatização da saúde no Rio de Janeiro (2014-2015). A orientação ocorreu entre 01/10/2014 e 31/03/2015.