PROPOSTA E VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA “MÁQUINA DE SOLDA A PONTO CA”

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    VALDIR FURLANETTO

    PROPOSTA E VALIDAOEXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA

    MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

    Dissertao apresentada EscolaPolitcnica da Universidade de So

    Paulo para obteno do Ttulo deMestre em Engenharia Eltrica

    So Paulo2005

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    VALDIR FURLANETTO

    PROPOSTA E VALIDAOEXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA

    MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

    Dissertao apresentada EscolaPolitcnica da Universidade de So

    Paulo para obteno do Ttulo deMestre em Engenharia Eltrica

    rea de Concentrao:Sistemas de Potncia

    Orientador:Professor DoutorLoureno Matakas Jnior

    So Paulo2005

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    Furlanetto, Valdir

    Proposta e validao experimental de um modelo para mquina de soldaa ponto CA, So Paulo, So Paulo, 2005.

    XX+91 p.

    Dissertao (Mestrado) Escola Politcnica da Universidade de SoPaulo. Departamento de Engenharia de Energia e Automao Eltricas.

    1.Modelo Eltrico de Transformador 2.Solda por Resistncia 3.Solda aPonto 4.Transformador Saturvel 5.Ensaio de Transformador 6.Qualidade de

    Energia I.Universidade de So Paulo. Escola Politcnica. Departamento deEngenharia de Energia e Automao Eltricas II.t.

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    I

    A meus pais, Joaquim e Maria, meus primeiros

    e maiores exemplos de dedicao na luta por uma vida

    digna, honrada e trabalhadora. Pessoas simples, mas

    que, com seu amor, incentivo e pacincia souberam

    orientar-me para poder chegar at aqui.

    A minha amada esposa Neli e minhas filhas

    Karen e Erika, pela pacincia, muita pacincia, pelas

    horas tiradas do convvio familiar, pelo apoio e

    incentivo com muito amor e dedicao. Alm da

    compreenso pelo que isto significa para mim e de

    quo sacrificante esta fase de minha vida est sendo.

    Ao meu irmo Odair, que soube me apoiar e

    incentivar, j que, como primognito, trilhou este

    caminho antes de mim e me ajudou com seu exemplo.

    Que Deus os abenoe e recompense por tudo!

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    II

    Agradecimentos

    Ao professor Loureno Matakas, meu orientador, pelo tempo dispensado de

    suas inmeras tarefas e pela competncia e disponibilidade no paciente ensinamento

    no s da engenharia, mas da vida, sempre me dando exemplos para que eu

    perseverasse neste trabalho, compreendendo as dificuldades pessoais e profissionais

    por que passei durante esses anos de convivncia.

    Ao professor Wilson Komatsu, pelo empenho e disponibilidade na ajuda para

    que esta dissertao contribua em minha carreira profissional e na de outros colegas

    engenheiros.

    Ao Professor Walter Kaiser, que apesar de pouco contato, soube aprumar e

    direcionar com firmeza a parte mais difcil da elaborao deste trabalho, orientaes

    que foram de grande valia na minha vida.

    Ao grande amigo Mario Gonalves que foi o fomentador e exemplo desde os

    tempos de faculdade, para que eu conseguisse obter esta ps-graduao.

    Ao especial amigo Victor Vasconcelos que, com seu apoio e grande

    colaborao, teve muita pacincia e disponibilidade em me mostrar, com seu

    exemplo, o caminho correto para a finalizao deste trabalho.

    Ao amigo e companheiro, Marcos Bastos, que no poupou tempo e esforos

    para ajudar ultrapassar meus limites: me incentivando, apoiando e sempre se

    dedicando ao sucesso da minha carreira profissional.

    Aos amigos Ailton, Toshimassa e todos da Marimax que no mediram

    esforos nem recursos para a realizao dos ensaios prticos.

    Ao amigo Leandro Pedracolli que, com sua ateno e amizade, me apoiou

    durante estes anos.

    Aos amigos Marcos e Wagner que, sempre bem humorados, estavam a meu

    lado para me ajudar a compartilhar esta carga.

    Enfim, a todos que de uma forma ou outra ajudaram a cumprir mais esta etapa

    da minha vida.

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    III

    Resumo

    A larga utilizao do processo de solda a ponto por resistncia na fabricao

    de veculos levou ao estudo dos equipamentos empregados nesse processo, j que so

    escassas as informaes sobre o assunto. Prope-se modelo para a mquina de solda

    que, simulado em computador, permita a previso dos valores de corrente, tenso,

    potncia, fator de potncia e rendimento. Apresenta-se procedimento de ensaio e

    tratamento dos dados para a obteno dos parmetros do modelo que descrevem a

    mquina incluindo transformador, tiristores e carga. Esse procedimento, validado

    experimentalmente, usa valores instantneos das tenses e correntes, permitindo que

    se descreva adequadamente o comportamento no-linear do transformador. Como

    aplicao, simulam-se uma mquina monofsica CA e uma trifsica CC,

    comparando-as a fim de mostrar que a mquina CC no vantajosa na economia de

    energia, como pregado por diversos fabricantes. Outra aplicao includa a anlise

    de transitrios na corrente da rede, quando ocorre chaveamento inadequado dos

    tiristores. O ltimo exemplo de aplicao analisa as perturbaes na tenso da rede e

    sua influncia quando a mquina de solda instalada entre equipamentos eletrnicos.

    Com este trabalho, ser possvel estudar e projetar mquinas monofsicas CA e

    trifsicas CC utilizando o modelo proposto, evitando erros de construo e aplicao

    desses equipamentos, alm de se obter o comportamento eltrico, de forma precisa e

    previsvel, sem que seja necessrio efetuarem-se medies reais.

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    IV

    Abstract

    The large utilization of resistance spot welding for assembly vehicles it took

    to study the equipments of that process, because is rare studies about this subject. It

    proposes a model for a welding machine that in computer simulation, allows

    predicting values of current, voltage, power, power factor, harmonics, and machine

    efficiency. It presents assay procedure and data treatment to obtain model

    parameters, which describe the machine including transformer, thyristors and load.

    That procedure validated experimentally, uses the voltage and current instantaneous

    values, allowing a adequate description of the no linear transformer behavior. As

    application it simulates a monophase AC machine and a triphase DC machine,

    confronting them to show that DC machine isnt advantageous in energy saving, like

    is said for various machine manufactures. Another application is current transitory

    analysis in power supply line when happens a wrong thyristors firing. The last

    application example analyses the supply line voltage perturbations and it influence

    when a welding machine is installed between electronic equipments. With that work

    it will be possible study and develop monophase AC machines and triphase DC using

    the model proposed avoiding assembly and application mistakes, beyond obtain

    accurate and predictable electric behavior, without real measurements in the

    machine.

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    V

    Sumrio

    Agradecimentos...................................................... ............................................................. ................ II

    Resumo................................................................................................................................................III

    Abstract...............................................................................................................................................IV

    Lista de smbolos .......................................................... .................................................................. .VIII

    ndice de Figuras........................................................ ................................................................... .. XIV

    ndice de Tabelas..................... ........................................................... ............................................. XIX

    Abreviaes........................................................................................................................................XX

    1 Introduo ....................................................... .............................................................. .............. 1

    2 Viso geral do processo de soldagem por resistncia............................................................... 4

    2.1 Definio de soldagem por resistncia .............................................................. ................. 4

    2.2 Princpio de funcionamento da soldagem................................................................... ........ 42.3 Comportamento trmico do ponto........................................................... ............................ 7

    2.4 Seqncia de soldagem ............................................................ ........................................... 7

    2.5 Variaes do processo ........................................................... ............................................. 8

    2.5.1 Soldagem por projeo...................................................................... ............................. 8

    2.5.2 Soldagem a topo ......................................................... .................................................... 9

    2.5.3 Soldagem por costura ......................................................... .......................................... 10

    2.6 Parmetros do processo..................................................... ............................................... 11

    2.7 Equipamentos de solda ........................................................ ............................................. 12

    3 Mquinas de solda e seus componentes ..................................................... ............................. 14

    3.1 Mquina monofsica CA........................ ..................................................................... ...... 14

    3.2 Mquina trifsica CC.................................... ........................................................... ......... 16

    3.3 Mquina inversora de mdia freqncia (MFDC).................................................... ........ 16

    3.4 Detalhes do transformador de solda.................................................................... ............. 17

    3.5 Detalhes da carga (secundrio, cabeote ou pina) ......................................................... 19

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    VI

    4 Modelamento do transformador de solda............................................................... ................ 22

    4.1 Transformador ideal ...................................................... ................................................... 22

    4.2 Transformador real.... ................................................................ ....................................... 23

    4.3 Procedimento de obteno dos parmetros do modelo do transformador ....................... 24

    4.3.1 Clculo da relao de transformao.................... ........................................................ 24

    4.3.2 Clculo de Rp , Lp , Rs e Ls ........................................................ ................................... 25

    4.3.3 Clculo de Rm e Lm........................................................... ............................................ 27

    4.3.3.1 Obteno de Rm....................................................... ............................................ 27

    4.3.3.2 Obteno do indutor varivel Lm ......................................................... ............... 29

    4.4 Modelo utilizado para o transformador de solda.............................................................. 34

    4.5 Determinao experimental dos parmetros do transformador....................................... 34

    4.5.1 Ensaio em curto ...................................................... ...................................................... 35

    4.5.2 Ensaio em vazio ......................................................... .................................................. 38

    4.6 Simulao e validao do modelo......................... ............................................................ 44

    4.6.1 Validao do modelo do transformador de 150 kVA...... ............................................. 45

    4.6.2 Validao do modelo do transformador de 75 kVA.................... ................................. 47

    4.6.3 Validao do modelo do transformador de 50kVA...................................................... 49

    4.6.4 Validao do modelo do transformador de 15 kVA.................... ................................. 51

    4.7 Concluso sobre o modelo proposto............................................................... .................. 54

    5 Proposta de modelo para carga e tiristores e sua validao.................................................. 55

    5.1 Modelos utilizados ...................................................... ...................................................... 55

    5.1.1 Modelo da carga ........................................................ ................................................... 55

    5.1.2 Modelo do conversor.............. ................................................................ ...................... 56

    5.2 Procedimento de obteno dos parmetros dos modelos da carga e do conversor.......... 57

    5.2.1 Clculo de Rc e Lc................................................... ...................................................... 57

    5.2.2 Clculo de RT e VTmin ....................................................... ............................................ 57

    5.3 Determinao experimental dos parmetros da carga e do conversor. ........................... 58

    5.3.1 Ensaio da carga.................................................... ......................................................... 59

    5.3.2 Determinao dos parmetros dos tiristores ................................................................. 61

    5.4 Simulao e validao da carga. .......................................................... ............................ 62

    5.4.1 Validao do modelo da carga ........................................................ ............................. 62

    6 Modelamento da mquina de solda monofsica CA e sua validao via experimento e

    simulao numrica ............................................................... ............................................................ 63

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    VII

    6.1 Modelo proposto .............................................................. ................................................. 63

    6.2 Procedimento de ensaio da mquina de solda................................................................. . 64

    6.3 Simulao e validao do modelo da mquina de solda................................................... 66

    6.4 Concluso sobre o modelo proposto da mquina de solda............................................ ... 69

    7 Aplicaes do modelo proposto ................................................................. .............................. 70

    7.1 Previso do desempenho de mquina trifsica CC e sua comparao com uma

    monofsica CA ....................................................... ........................................................... .............. 70

    7.1.1 Motivos que levaram comparao .......................................................... ................... 70

    7.1.2 Modelo proposto ........................................................ .................................................. 71

    7.1.3 Comparao entre as mquinas via simulao ............................................................. 717.1.4 Resultados da comparao via simulao ........................................................... ......... 74

    7.1.4.1 Potncia de entrada .............................................................. ............................... 74

    7.1.4.2 Corrente de entrada............................................................... .............................. 75

    7.1.4.3 Fator de potncia.......................................... ....................................................... 76

    7.1.4.4 Rendimento............... ................................................................ .......................... 76

    7.1.4.5 Energia eltrica consumida ................................................... .............................. 77

    7.1.5 Concluso sobre a comparao ......................................................... ........................... 78

    7.2 Anlise do transitrio de energizao do transformador de solda em funo do ngulo dedisparo dos tiristores.......... ................................................................ ............................................. 78

    7.2.1 Motivos que levaram a anlise ............................................................ ......................... 79

    7.2.2 Formas de onda das correntes primria e secundria ................................................... 79

    7.2.3 Explicao do transitrio de energizao ..................................................................... 81

    7.2.4 Formas de onda das correntes de primrio e secundrio utilizando disparador com

    pulso curto ........................................................ ........................................................... ............... 84

    7.2.5 Concluso.............................................................. ....................................................... 85

    7.3 Anlise das perturbaes na tenso da rede...................................... ............................... 85

    7.3.1 Motivos que levaram a anlise ............................................................ ......................... 85

    7.3.2 Circuito eltrico equivalente para a rede ........................................................... ........... 86

    7.3.3 Formas de onda da tenso ........................................................... ................................. 87

    7.3.4 Concluso.............................................................. ....................................................... 89

    REFERNCIAS.................................................... ........................................................... .................. 90

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    VIII

    Lista de smbolos

    sE Energia eltrica no ponto de solda

    soldaR Resistncia de contato entre as peas a serem soldadas

    2soldaI Corrente de solda

    st Tempo de solda

    pv Tenso no primrio do transformador

    pi Corrente no primrio do transformador

    ngulo de disparo dos tiristores

    dcV Tenso contnua retificada

    convV Tenso alternada gerada pelo inversor de mdia freqncia

    sv Tenso no secundrio do transformador

    pN Nmero de espiras no primrio do transformador

    sN Nmero de espiras no secundrio do transformador

    p Fluxo primrio

    s Fluxo secundrio

    m Fluxo de magnetizao

    N Relao de transformao

    si Corrente no secundrio do transformador

    efpoV Tenso eficaz no primrio para o transformador em vazio

    efsoV Tenso eficaz no secundrio para o transformador em vazio

    opv Tenso no primrio para o transformador em vazio

    osv Tenso no secundrio para o transformador em vazio

    eqR Resistncia das perdas equivalente aos enrolamentos

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    IX

    pR Resistncia das perdas do enrolamento primrio

    sR Resistncia das perdas do enrolamento secundrio

    eqL Indutncia de disperso equivalente aos enrolamentos

    pL Indutncia de disperso do enrolamento primrio

    sL Indutncia de disperso do enrolamento secundrio

    cR Resistncia de carga do transformador

    cpP Potncia ativa dissipada no primrio no ensaio em curto

    eqLX Reatncia de disperso equivalente dos enrolamentos

    Freqncia angular da rede de alimentao

    cpQ Potncia reativa no primrio para ensaio em curto circuito

    efpcV Tenso eficaz de primrio para o ensaio em curto circuito

    cpv Tenso de primrio para o ensaio em curto circuito

    pLX Reatncia de disperso no enrolamento primrio

    sLX Reatncia de disperso no enrolamento secundrio

    omv Tenso na impedncia de magnetizao para o ensaio em vazio

    opi Corrente no primrio para o transformador em vazio

    oav Tenso na impedncia do enrolamento primrio

    omP Potncia ativa na impedncia de magnetizao para o ensaio em vazio

    efmoV Tenso eficaz na impedncia de magnetizao para o ensaio em vazio

    mR Resistncia das perdas no ncleo

    mL Indutncia de magnetizao do ncleo

    omLi Corrente na indutncia de disperso do ncleo no ensaio em vazio

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    X

    ppN Fluxo concatenado ao primrio

    Li Corrente em indutor genrico

    L Indutor genrico

    Lv Tenso em indutor genrico

    Fluxo mdio de integrao (offset)

    nL Indutncia mdia (dado de entrada no programa PSIM)

    nN Fluxo concatenado (dado de entrada no programa PSIM)

    nI Corrente na indutncia mdia (dado de entrada no programa PSIM)

    nL Indutor incremental da indutncia no linear

    nppN Fluxo concatenado ao indutor incremental

    nI Corrente no indutor incremental

    nmL Indutor de indutncia no linear

    nC+ Comparador de tenso positivo

    nC Comparador de tenso negativo

    nCh Chave de comutao

    k ndice do nmero de amostras

    t Instante de aquisio da amostra

    kt Tempo de entre as amostragens

    M Nmero de amostras

    PU Valor por unidade

    cpP Potncia ativa de primrio para o ensaio em curto

    efpcI Corrente eficaz de primrio para o ensaio em curto

    nLI Corrente de comutao do indutor incremental

    mR Valor mdio de mR

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    XI

    mZ Impedncia complexa de mR e 1mL

    eqZ Impedncia complexa de eqR e eqL

    d Desvio relativo entre os valores reais e simulados

    cL Indutncia de disperso da carga

    ci Corrente na carga

    TV Tenso de juno em tiristor genrico

    mnTV Tenso mnima de juno em tiristor genrico

    TR Resistncia equivalente da juno em tiristor genrico

    TI Corrente em tiristor genrico

    efcI Corrente eficaz na carga

    cP Potncia ativa na carga

    mxTV Tenso mxima de juno em tiristor genrico

    mxTI Corrente mxima em tiristor genrico

    mnTI Corrente mnima em tiristor genrico

    cS Potncia aparente na carga

    cQ Potncia reativa na carga

    FP Fator de potncia na carga

    pS Potncia aparente no primrio

    RSv Tenso de alimentao da mquina de solda

    efRSV Tenso eficaz de alimentao da mquina de solda

    pv Tenso no instante do disparo dos tiristores

    realpv Tenso no primrio da mquina de solda real

    .simpv Tenso no primrio da mquina de solda simulada

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    XII

    realpi Corrente no primrio da mquina de solda real

    .simpi Corrente no primrio da mquina de solda simulada

    realsv Tenso no secundrio da mquina de solda real

    .simsv Tenso no secundrio da mquina de solda simulada

    realsi Corrente no secundrio da mquina de solda real

    .simsi Corrente no secundrio da mquina de solda simulada

    realefpV Tenso eficaz no primrio da mquina de solda real

    .simefpV Tenso eficaz no primrio da mquina de solda simulada

    realefpI Corrente eficaz no primrio da mquina de solda real

    .simefpI Corrente eficaz no primrio da mquina de solda real

    realpP Potncia ativa no primrio da mquina de solda real

    .simpP Potncia ativa no primrio da mquina de solda simulada

    realpS Potncia aparente no primrio da mquina de solda real

    .simpS Potncia aparente no primrio da mquina de solda simulada

    efsI Corrente eficaz no secundrio

    realefsV Tenso eficaz no secundrio da mquina de solda real

    .simefsV Tenso eficaz no secundrio da mquina de solda simulada

    realsP Potncia ativa no secundrio da mquina de solda real

    .simsP Potncia ativa no secundrio da mquina de solda simulada

    realsS Potncia aparente no secundrio da mquina de solda real

    .simsS Potncia aparente no secundrio da mquina de solda simulada

    1 Monofsico

    3 Trifsico

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    XIII

    3efpI Corrente de primrio mdia trifsica

    1FP Fator de potncia na entrada da mquina monofsica

    3FP Fator de potncia na entrada da mquina trifsica

    Rendimento percentual da mquina de solda

    pE Energia eltrica consumida pela mquina de solda

    CT Ciclo de trabalho da mquina de solda

    soldat Tempo total de solda em um minuto

    crit ngulo de disparo mnimo dos tiristores

    +ppN Valor mximo positivo do fluxo concatenado no primrio

    )(timL+ Valor mximo da corrente de magnetizao

    xR Resistncia equivalente das perdas refletida ao secundrio

    xL Indutncia equivalente de disperso refletida ao secundrio

    rR Resistncia das perdas da rede de alimentao

    xL Indutncia de disperso da rede de alimentao

    bC Banco de capacitores

    atv Tenso primria do transformador da rede de alimentao

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    XIV

    ndice de Figuras

    Figura 2-1: Formao do ponto de solda.....................................................................5

    Figura 2-2: Estrutura interna do ponto de solda. ........................................................ 6

    Figura 2-3: Resistncias eltricas entre os eletrodos................................................... 6

    Figura 2-4: Comportamento trmico do ponto de solda. .............................................7

    Figura 2-5: Seqncia de solda. ................................................................................... 8

    Figura 2-6: Soldagem por projeo. ............................................................................ 9

    Figura 2-7: Fixao das peas (a) e ao da soldagem (b). ...................................... 10

    Figura 2-8: Soldagem por costura. ............................................................................ 11

    Figura 2-9: Pina de solda manual com transformador acoplado. ........................... 12

    Figura 2-10: Pina de solda manual com transformador suspenso. .......................... 13

    Figura 2-11: Pina de solda para robs. ................................................................... 12

    Figura 2-12: Mquina do tipo estacionria ...............................................................12

    Figura 2-13: Comando de solda. ................................................................................ 13

    Figura 3-1: Representao eltrica da mquina monofsica CA. ............................. 15

    Figura 3-2: Formas de onda caractersticas no conversor CA. ................................. 15

    Figura 3-3 Representao eltrica da mquina trifsica CC. ................................... 16

    Figura 3-4: Representao eltrica da mquina MFDC............................................17

    Figura 3-5: Tipos bsicos de ncleos de transformadores de solda. ......................... 18

    Figura 3-6: Ilustrao interna de transformador de solda CA. ................................. 18

    Figura 3-7 Transformador e carga em mquinas estacionrias................................ 19

    Figura 3-8: Carga em pina com transformador acoplado. ...................................... 20

    Figura 3-9: Carga em pina com transformador suspenso........................................ 21

    Figura 4-1: Representao de transformador ideal. .................................................. 22

    Figura 4-2: Circuito equivalente de transformador real carregado. ......................... 24

    Figura 4-3: Circuito equivalente do transformador com 0=cR . .............................. 25

    Figura 4-4: Circuito equivalente do transformador com os terminais do enrolamento

    secundrio em curto. .......................................................................................... 26

    Figura 4-5: Circuito equivalente do transformador com =cR ............................... 28

  • 8/9/2019 PROPOSTA E VALIDAO EXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

    18/30

    XV

    Figura 4-6: Circuito equivalente do transformador em vazio desprezando )(tvoa

    considerando-se o circuito da figura 45. ......................................................... 28

    Figura 4-7: Curva caracterstica de )(tN pp em funo de )(tiom

    L . ......................... 30

    Figura 4-8:Diagrama do modelo eletromagntico equivalente ao indutor saturvel.

    ............................................................................................................................ 31

    Figura 4-9: Curva caracterstica da interpolao do programa PSIM..................... 31

    Figura 4-10: Circuito equivalente do indutor no linear mL . ................................... 32

    Figura 4-11: Grfico do fluxo concatenado. .............................................................. 33

    Figura 4-12: Modelo do transformador de solda. ...................................................... 34

    Figura 4-13:Instrumentao para medies do ensaio do transformador em curto. 35

    Figura 4-14:Exemplo de formas de onda de tenso )(tvcp

    e corrente )(ticp

    de

    primrio do ensaio em curto para o transformador de 50 kVA. ........................ 36

    Figura 4-15:Parte da tabela da aquisio dos dados das formas de onda da figura

    411.................................................................................................................... 37

    Figura 4-16: Conexo da instrumentao para medies do transformador em vazio.

    ............................................................................................................................ 38

    Figura 4-17:Exemplo de formas de onda de tenso de primrio )(tvop

    e secundrio

    )(tvos

    do ensaio em vazio para o transformador de 50 kVA. ........................... 39

    Figura 4-18:Exemplo de formas de onda de tenso )(tvop

    e corrente de primrio

    )(tiop

    do ensaio em vazio para o transformador de 50 kVA. ............................ 39

    Figura 4-19: Variao de mR em funo da tenso )(tv op . ...................................... 40

    Figura 4-20: Grfico do fluxo concatenado )(kN pp pela corrente )(ki mL do indutor

    no linear mL para transformador de 50 kVA. ................................................. 42

    Figura 4-21: Circuito usado na simulao.................................................................44

    Figura 4-22:Formas de onda de )(ticp

    e )(tvcp

    do transformador real e simulado,

    para o ensaio em curto.......................................................................................45

    Figura 4-23:Formas de onda )(tiop

    e )(tvop

    do transformador real e simulado, para

    o ensaio em vazio. .............................................................................................. 45

  • 8/9/2019 PROPOSTA E VALIDAO EXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

    19/30

    XVI

    Figura 4-24: Comportamento do indutor no-linear mL do transformador real e

    simulado. ............................................................................................................ 46

    Figura 4-25 Curva de histerese incluindo saturao e perdas do transformador real

    e simulado. ......................................................................................................... 46

    Figura 4-26:Formas de onda de )(ticp

    e )(tvcp

    do transformador real e simulado,

    para o ensaio em curto.......................................................................................47

    Figura 4-27:Formas de onda )(tiop

    e )(tvop

    do transformador real e simulado, para

    o ensaio em vazio. .............................................................................................. 47

    Figura 4-28: Comportamento do indutor no linear mL do transformador real e

    simulado. ............................................................................................................ 48

    Figura 4-29: Curva de histerese incluindo saturao e perdas do transformador real

    e simulado. ......................................................................................................... 48

    Figura 4-30:Formas de onda de )(ticp

    e )(tvcp

    do transformador real e simulado,

    para o ensaio em curto.......................................................................................49

    Figura 4-31:Formas de onda )(tiop

    e )(tvop

    do transformador real e simulado, para

    o ensaio em vazio. .............................................................................................. 49Figura 4-32: Comportamento do indutor no-linear mL do transformador real e

    simulado. ............................................................................................................ 50

    Figura 4-33 Curva de histerese incluindo saturao e perdas do transformador real

    e simulado. ......................................................................................................... 50

    Figura 4-34:Formas de onda de )(ticp

    e )(tvcp

    do transformador real e simulado,

    para o ensaio em curto.......................................................................................51

    Figura 4-35:Formas de onda )(ti op e )(tv op do transformador real e simulado, para

    o ensaio em vazio. .............................................................................................. 51

    Figura 4-36: Comportamento do indutor no-linear mL do transformador real e

    simulado. ............................................................................................................ 52

    Figura 4-37: Curva de histerese incluindo saturao e perdas do transformador real

    e simulado. ......................................................................................................... 52

    Figura 5-1: Modelo da carga (secundrio). ...............................................................55

    Figura 5-2: Modelo do conversor............................................................................... 56Figura 5-3: Curva tpica da de SCR em conduo. .................................................... 58

  • 8/9/2019 PROPOSTA E VALIDAO EXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

    20/30

    XVII

    Figura 5-4: Instrumentao para as medies do ensaio da carga. .......................... 59

    Figura 5-5:Formas de onda da tenso )(tvc e corrente )(tic na carga. ....................59

    Figura 5-6 Curva da tenso direta pela corrente de comutao do SCR T178N. ..... 61Figura 5-7 Circuito usado na simulao da carga. ................................................... 62

    Figura 5-8 Formas de onda da tenso e corrente na carga, simulado e real. ........... 62

    Figura 6-1: Modelo da mquina monofsica CA. ...................................................... 63

    Figura 6-2: Instrumentao para as medies do ensaio da mquina. ..................... 64

    Figura 6-3:Adaptao do MM315 para obteno do sinal de corrente de solda. ....64

    Figura 6-4: Tenso no primrio do transformador para o comando de solda

    programado com ngulo de disparo de 115. .................................................... 65Figura 6-5: Tenses e correntes para ngulo de disparo 138= ............................ 66

    Figura 6-6: Tenses e correntes para ngulo de disparo 115= ............................ 66

    Figura 6-7: Tenses e correntes para ngulo de disparo 95= . ............................ 67

    Figura 6-8: Tenses e correntes para ngulo de disparo 73= . ............................ 67

    Figura 6-9: Tenses e correntes para ngulo de disparo 60= . ............................ 67

    Figura 6-10: Tenso e corrente eficaz no primrio, real e simulado (a), potncia

    ativa e aparente no primrio, real e simulado (b). ............................................ 68Figura 6-11: Tenso eficaz no secundrio, real e simulado (a), potncia ativa e

    aparente no secundrio, real e simulado (b). .................................................... 68

    Figura 7-1: Modelo da mquina trifsica CC. ........................................................... 72

    Figura 7-2:Instrumentao do modelo monofsico CA usada na simulao. ..........73

    Figura 7-3:Instrumentao do modelo trifsico CC usada na simulao. ...............74

    Figura 7-4:Potncias ativas de entrada 1pP , 3pP e potncias ativa de sada 1sP ,

    3sP em funo da corrente de solda efsI . ....................................................... 75Figura 7-5: Correntes eficazes de entrada monofsica 1efpI e trifsica mdia

    3efpI em funo da corrente de solda efsI . ................................................... 76

    Figura 7-6:Fatores de potncia monofsica 1FP e trifsica 3FP em funo da

    corrente de solda efsI . ..................................................................................... 76

    Figura 7-7:Rendimento da mquina monofsica 1 e trifsica 3 em funo da

    corrente de solda efsI . ......................................................................................77

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    21/30

    XVIII

    Figura 7-8:Energia eltrica consumida mensalmente pela mquina monofsica

    1pE e trifsica 3pE para ciclos de trabalhos CT de 1%, 2%, 5% e 10%. . 78

    Figura 7-9: Corrente de primrio )(tip para 9060,45,0 e= . ................................ 79

    Figura 7-10: Corrente de primrio )(tip nos dois primeiros ciclos. ......................... 80

    Figura 7-11: Corrente de secundrio )(tis para 9060,45,0 e= . ........................... 80

    Figura 7-12: Conversor com disparador de pulso longo. ..........................................81

    Figura 7-13 Corrente e tenso de magnetizao )(timL

    e )(tvmL

    , fluxo concatenado

    no primrio )(tN pp , no primeiro ciclo de energizao para 0= . ..............82

    Figura 7-14 Correntes no primrio )(tip , de magnetizao )(ti mL e secundrio

    refletida Ntis /)( nos primeiros cinco ciclos de energizao para 0= . ....... 83

    Figura 7-15: Correntes no primrio )(tip , de magnetizao )(ti mL e secundrio

    refletida Ntis /)( nos primeiros cinco ciclos de energizao para 60= . ..... 83

    Figura 7-16:Decaimento da corrente de magnetizao )(timL+ e do fluxo

    concatenado no primrio )(tN pp+ para 0= . ............................................... 84

    Figura 7-17: Correntes de primrio )(tip e secundrio )(tis com os tiristores

    disparados com pulso curto para 0= . .......................................................... 85

    Figura 7-18: Circuito eltrico equivalente da rede de alimentao. ......................... 86

    Figura 7-19: Tenso na entrada da mquina de solda )(tvRS . .................................. 87

    Figura 7-20: Corrente na entrada da mquina de solda............................................87

    Figura 7-21: Retificador com filtro capacitivo........................................................... 88

    Figura 7-22: Tenso de sada (CC) do retificador conectado a rede. ....................... 88

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    22/30

    XIX

    ndice de Tabelas

    Tabela 2-1:Parmetros orientadores para soldagem de chapas de ao 1010..........12

    Tabela 4-1:Parmetros do ensaio em curto de todos os transformadores testados. 38

    Tabela 4-2: Valores dos parmetros do ensaio em vazio de todos os transformadores

    testados...............................................................................................................43

    Tabela 4-3: Valores em PU dos parmetros do ensaio em vazio de todos os

    transformadores testados. ..................................................................................43

    Tabela 4-4: Comparao de eqZ e mZ . ................................................................... 43

    Tabela 4-5: Correntes eficazes de entrada efpoI e efpcI real e da simulao dos

    transformadores. ................................................................................................ 53

    Tabela 4-6:Potncia ativa de entradaop

    P ecp

    P real e da simulao dos

    transformadores. ................................................................................................ 53

    Tabela 4-7:Potncia aparente de entradaop

    S ecp

    S real e da simulao dos

    transformadores. ................................................................................................ 54

    Tabela 5-1: Comparao dos valores reais e simulados. ..........................................62

    Tabela 6-1: Tenso e corrente eficazes no primrio real e simulado........................ 69

    Tabela 6-2: Tenso e corrente eficazes no secundrio real e simulado. ...................69

    Tabela 7-1:Parmetros do transformador, rede e banco de capacitor. ...................86

    Tabela 7-2:Parmetros da rede e do retificador....................................................... 89

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    23/30

    XX

    Abreviaes

    AC Alternating Current

    CA Corrente Alternada

    CC Corrente Contnua

    CLP Controlador Lgico Programvel

    CNC Computer Numerical Control

    DC Direct Current

    MFDC Medium Frequency Direct Current

    PWM Pulse Width Modulation

    SCR Silicon Controlled Rectifier

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    1

    1 INTRODUOEste estudo surgiu da necessidade de se conhecer melhor as mquinas de

    soldagem por resistncia CA, amplamente usadas na indstria automobilstica. At

    onde se tem conhecimento, as informaes sobre esse assunto so muito limitadas e

    fragmentadas. Para evidenciar a importncia desse tipo de mquina na indstria

    automobilstica, preciso mencionar que veculo tem em mdia 5000 pontos de solda

    (PEDRACOLLI, 2004); que o nmero de equipamentos instalados no Brasil em

    estaes de trabalho manuais e robotizadas, somente para a produo de veculos,

    ultrapassa 10000 unidades (ADIS, 2005) e que, baseado na produo brasileira de

    veculos (ANFAVEA, 2005), so realizados diariamente em torno de 25 milhes de

    pontos de solda.

    Ficar evidente, nos captulos seguintes, que o comportamento eltrico da

    mquina tem influncia direta na soldagem, pois se trata basicamente de processo de

    transformao de energia eltrica em trmica.

    Por muitas vezes, projetistas e usurios de mquinas de solda necessitam de

    informaes para prever o comportamento do sistema em situaes particulares. Por

    exemplo, pode-se desejar:

    Estudar as perturbaes ocasionadas por grupo de mquinas na rede

    de alimentao.

    Conhecer a influencia de detalhes construtivos (dimenses e

    geometria de cabos, barramentos, transformador).

    Projetar e verificar o desempenho de controladores de corrente,

    tenso ou potncia, propostos.

    A obteno dessas informaes pode ser feita, experimentalmente, nos

    equipamentos existentes na planta, sendo obtidas por medies de difcil realizao

    (RAMBOZ, 2002), j que os nveis de corrente so elevados (5 kA 50 kA) (MET.

    MARIMAX, 2005), as impedncias muito pequenas (50 1000 ) com tempos

    pequenos de circulao de corrente (50 ms 500 ms), necessitando equipamentosespeciais. Essas medies so geralmente trabalhosas e com custo elevado, podendo

  • 8/9/2019 PROPOSTA E VALIDAO EXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

    25/30

    2

    exigir alteraes muitas vezes impraticveis na mquina ou nas instalaes. Esses

    problemas podem ser adequadamente resolvidos dispondo-se de modelo matemtico

    que permita simulao em computador, sem a necessidade do sistema real.

    O modelo proposto bem simples, sendo representado por circuito eltrico

    que permite a obteno de todas as informaes necessrias para se caracterizar a

    mquina a partir da rede de alimentao at os eletrodos, no incluindo as

    resistncias que compe as peas a serem soldadas. O comportamento da resistncia

    entre os eletrodos bem conhecido (SOO-WOONG &SUCK-JOO,1990;GARZA,2000;

    FONSECA,1999) e no ser considerado neste estudo.

    A apresentao do modelo no formato de circuito eltrico bastante conveniente por

    permitir que seja executada a simulao em qualquer programa para este fim como o

    PSIM (POWERSIM, 2005), Multisim (MATHWORKS, 2005), Matlab (OrCAD, 2005)

    ( Power System Toolbox), Pspice , entre outros. Para a obteno dos parmetros do

    modelo foram realizados ensaios experimentais em mquinas monofsicas CA

    comercializadas no mercado brasileiro e utilizadas na soldagem de componentes

    automotivos. O mtodo proposto baseia-se na obteno das correntes e tensesinstantneas e posterior tratamento matemtico dos dados. Esse mtodo permite que

    a no-linearidade do ncleo do transformador seja adequadamente descrita e

    estudada. A validao do modelo foi obtida comparando-se os resultados prticos e

    simulados das correntes, tenses, potncias e fator de potncia.

    A indstria nacional, at este momento, produz somente mquinas

    monofsicas CA (ADIS, 2005), porm, empresas de representao oferecem

    equipamentos importados que operam com transformadores trifsicos com sada

    retificada, denominados Trifsicos CC e sistemas inversores com freqncia de

    operao entre 1000 Hz 1200 Hz e sada retificada, denominados de Mdia

    Freqncia. O modelo trifsico CC oferecido no mercado nacional com o atrativo

    de economia de energia e melhor rendimento se comparado ao monofsico CA.

    Devido a essas afirmaes, sem comprovao, este trabalho apresenta, a partir do

    modelo monofsico, modelo para a mquina trifsica. Por meio de simulao dos

    dois tipos de equipamentos, para os mesmos parmetros de soldagem, os resultadosforam comparados verificando-se que as afirmaes impostas ao mercado no so

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    3

    verdadeiras (FURLANETTO,2003). Esse o primeiro exemplo da aplicao do modelo

    de mquina de soldagem por resistncia.

    De forma resumida, este trabalho apresenta, no captulo 2, viso geral do

    processo de soldagem, suas variaes e definies fsicas de funcionamento. No

    captulo 3 mostrada a mquina de solda monofsica CA, seus componentes e tipos

    de controle, alm de introduo bsica dos equipamentos de Mdia Freqncia. No

    captulo 4 apresenta-se o modelamento do transformador de solda, mtodos de

    clculo dos parmetros e ensaios executados. Os modelos do tiristor e da carga so

    mostrados no captulo 5. No captulo 6 executa-se a simulao do modelo completo

    da mquina monofsica CA, compara-se os resultados com a mquina ensaiada e se

    valida o modelo. O captulo 7 apresenta o modelo para a mquina trifsica CC e a

    comparao eltrica com a mquina monofsica CA. Outro exemplo mostra o

    comportamento da rede quando o transformador de solda acionado

    inadequadamente. Finalizando, simulada a rede de alimentao com a mquina de

    solda e seus efeitos na tenso de alimentao.

  • 8/9/2019 PROPOSTA E VALIDAO EXPERIMENTAL DE UM MODELO PARA MQUINA DE SOLDA A PONTO CA

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    4

    2 VISO GERAL DO PROCESSO DESOLDAGEM POR RESISTNCIA

    Neste captulo apresentam-se os conceitos bsicos eltricos, mecnicos e

    trmicos do processo de soldagem por resistncia. Mostram-se as variaes do

    processo em relao aos diferentes produtos soldados.

    2.1 Definio de soldagem por resistnciaA soldagem por resistncia a fuso de metais produzida a partir da

    superfcie de contato entre elas, por meio do calor gerado por efeito Joule durante a

    circulao da corrente eltrica na resistncia de juno (KEARNS, 1984). As

    principais caractersticas desse processo so: a rpida formao do ponto de unio,

    materiais metalurgicamente compatveis, inexistncia de adio de material externo e

    pequena mudana na estrutura metalrgica da regio termicamente afetada.

    2.2 Princpio de funcionamento da soldagemPor meio da circulao da corrente eltrica entre os eletrodos de contato com

    as peas gerado, por efeito Joule, quantidade de calor na resistncia de contato

    entre as superfcies provocando a elevao de temperatura iniciando a fuso dos

    metais (KEARNS, 1984). Como os eletrodos aplicam fora entre as peas, a massa

    metlica que est se fundindo fica sob presso, evitando sua expulso pela superfcie

    de contato. Esse procedimento produz unio com caractersticas metalrgicas parecidas com o processo de forjamento. Evitar perda da massa fundente

    fundamental, j que o processo no possui adio de material e, portanto, no se deve

    retirar material. A fora tambm controla a resistncia de contato entre os materiais.

    A figura 21 ilustra o momento em que o ponto alcana a fuso completa.

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    5

    Figura 2-1: Formao do ponto de solda.

    Os eletrodos tm refrigerao gua devido alta temperatura alcanada na

    rea de fuso e na superfcie de contato com a pea. O pequeno tempo (alguns

    centsimos de segundo) em que a corrente circula pelos eletrodos faz com que a

    elevao da temperatura seja muito rpida, exigindo que a refrigerao seja eficiente

    para que o eletrodo no derreta na superfcie de contato com a pea. A ineficincia

    da refrigerao provoca desgaste prematuro dos eletrodos e falhas de fuso do ponto

    de solda (KEARNS,1984). Essa refrigerao tambm ajuda no resfriamento do ponto.

    Aps a fuso os eletrodos permanecem exercendo fora entre as peas para que haja

    a solidificao dos metais. O aspecto interno do ponto de solda est ilustrado na

    figura 22.

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