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Seminário Nacional sobre Licenciamento Ambiental de Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário Proposta Metodológica de Classificação e Avaliação Ambiental de Projetos de Saneamento Ernani Ciríaco de Miranda Coordenador do Programa de Modernização do Setor Saneamento Brasília, março/2005 Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

Proposta Metodológica de Classificação e Avaliação ... · (irrelevante), Tipo “b” ... Não Sim Tipo "b"? Não Emissão de LP Elaboração de Estudos Ambientais Específicos

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Seminário Nacional sobre Licenciamento Ambiental

de Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário

Proposta Metodológica de Classificação e Avaliação Ambiental de Projetos de

Saneamento

Ernani Ciríaco de MirandaCoordenador do Programa de Modernização do Setor Saneamento

Brasília, março/2005

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

Seminário Nacional sobre Licenciamento Ambiental

de Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário

Autores:

Oscar de Morais Cordeiro Netto

eCésar Eduardo

Bertozzo Pimentel

Seminário Nacional sobre Licenciamento Ambiental

de Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário

Autores:

José Alexandre Monteiro Fortes

eLaura Moreira

Mancini

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Contexto:

• Em sua essência, os projetos de saneamento propiciam efeitos sociais e ambientais positivos.

• Mas, podem causar alguns efeitos ambientais negativos, provocados por: água de lavagem dos filtros das estações de tratamento; efluentes dos coletores, dos emissários ou das estações de tratamento de esgotos; disposição do lixo urbano; dentre outros.

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Algumas disfunções do processo:

Órgão ambiental:

• Vários projetos de saneamento não podem ser implementados por falta de licenciamento ambiental;

• os níveis de organização dos órgãos ambientais, por razões estruturais ou conjunturais, são muito diversos.

Prestador de serviços:

• em muitos casos os projetos de saneamento têm sido implementados sem a correta observância dos dispositivos legais e regulamentares;

• a capacidade de gestão ambiental das empresas prestadoras de serviços de saneamento continua muito frágil e incipiente.

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Objetivos da proposta metodológica:

• Formulação de proposta técnica de metodologia de classificação e avaliação ambiental de obras de saneamento, com vistas ao aprimoramento do processo de licenciamento. Essa proposta procura estabelecer, em função do ambiente em que se insere e do porte e natureza do empreendimento, distintas classificações e procedimentos de análise ambiental, buscando um aprimoramento da avaliação técnica e uma conseqüente agilização do processo de licenciamento.

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Conteúdo:

• Discussão sobre a natureza do problema do licenciamento ambiental de projetos de saneamento;

• diagnóstico do processo de avaliação ambiental dos projetos de saneamento (abastecimento de água e esgotamento sanitário);

• proposição do suporte metodológico para classificação e avaliação ambiental dos projetos de saneamento. Inclui:

• matrizes de identificação e avaliação dos impactos potenciais; e

• fluxogramas com os tipos de documentos técnicos recomendados e os procedimentos de emissão das licenças.

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Termos de referência:

Caracterização sumária da intervenção e dos impactos ambientais

• TR - A. Projetos de Abastecimento de Água;

• TR - B. Projetos de Esgotamento Sanitário.

Estudos ambientais específicos

• TR - 01. Estudo para Seleção de Corpo(s) Receptor(es) de Esgoto Doméstico;

• TR - 02. Estudo Hidrológico para Cálculo do Q7,10;

• TR - 03. Estudo de Autodepuração do(s) Corpo(s) Receptor(es);

Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

• TR - 04. Sistemas de Esgotamento Sanitário.

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Licenças ambientais previstas:

Mesmos instrumentos de controle do processo de licenciamento ambiental vigente em quase todas unidades da federação:

• Licença prévia (LP);

• licença de instalação (LI);

• licença de operação (LO).

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Tipos de intervenção:

• Tipo c: intervenção suscetível de acarretar conjunto irrelevantede impactos ambientais negativos;

• Tipo b: intervenção suscetível de acarretar conjunto moderadode impactos ambientais negativos;

• Tipo a: intervenção suscetível de acarretar conjunto significativode impactos ambientais negativos.

Classificação baseada na conjugação de três fatores:

• tipo ou gênero das atividades;

• porte do empreendimento;

• situação da qualidade ambiental da área de influência do empreendimento.

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Intervenção do tipo “c”:

Uma intervenção do tipo “c” seria aquela que:

i) não interferisse com nenhuma área de relevante interesse ambiental;

ii) não atendesse a uma população superior a 20.000 habitantes (critério de porte);

iii) não comprometesse mais de 20% da vazão Q7,10 de um curso d’água (no caso de captação para abastecimento público);

iv) não se constituísse em mais de 10% da vazão Q7,10 de um curso d’água (no caso de lançamento de esgotos tratados em um rio);

v)não acarretasse processo de remoção de pessoas; e

vi) não provocasse a inundação de uma área de mais de 10 ha.

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Intervenção do tipo “a” e “b”:• uma vez selecionado o conjunto de impactos potenciais (Matriz 1), busca-se a sugestão de métodos para avaliação desses impactos (Matriz 2);

• para cada um dos impactos faz-se a classificação como: Tipo “c”(irrelevante), Tipo “b” (moderado) e Tipo “a” (significativo):

- se todos os impactos forem classificados como “c”, a intervenção como um todo é também classificada como “c”

(Fluxograma 2).

- se o número de avaliações “a” de impactos for superior a 20%, a intervenção como um todo seráclassificada como “a”

(Fluxograma 5).

- se houver pelo menos uma avaliação de impacto “a” e “b”, a intervenção como um todo será classificada como “b”, observando-se o critério anterior (Fluxograma 4).

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Documentos técnicos propostos:

• Documento 1: Caracterização Sumária da Intervenção e dos Impactos (intervenções tipo “c”, “b” & “a”);

(com ou sem o Anexo I: Avaliação dos Impactos Ambientais na(s) Área(s) de Relevante Interesse Ambiental)

• Documento 2: Proposta de Estudos Ambientais Específicos(intervenção tipo “b”);

• Documento 3: Estudos Ambientais Específicos (intervenção tipo “b”);

• Documento 4: Proposta de EIA/RIMA (intervenção tipo “a”);

• Documento 5: EIA/RIMA tradicional (intervenção tipo “a”).

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Licenciamento:Intervenção tipo “c”:

• Caracterização Sumária da Intervenção e dos Impactos Ambientais: emissão de LP e LI;

• detalhamento e conclusão do projeto & análise e vistoria: emissão de LO.

Intervenção tipo “b”:

• Caracterização Sumária da Intervenção e dos Impactos Ambientais& Proposta de Estudos Ambientais Específicos: emissão de LP;

• detalhamento do projeto & realização dos estudos ambientais: emissão de LI;

• conclusão do projeto & análise e vistoria: emissão de LO.

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Licenciamento (continuação):

Intervenção tipo “c”:

• Caracterização Sumária da Intervenção e dos Impactos Ambientais; Proposta de EIA/RIMA & Elaboração do EIA/RIMA: emissão de LP;

• detalhamento do projeto & análise e vistoria: emissão de LI;

• conclusão do projeto & análise e vistoria: emissão de LO.

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Emissão de LO

Informação ao órgãoambiental

Avaliação daintervenção e dos

impactos

Tipo "c"?SimEmissão deLP e LI

Não

Tipo "b"?Sim

Não

Emissão deLP

Elaboração deEstudos Ambientais

Específicos

Tipo "a"?SimElaboração deEIA/RIMA

Detalhamento daintervenção

Já há LP e LI?

Não

Sim Solicitação de LO Exigênciasatendidas?

Solicitação deesclarecimentos ao

empreendedorNão

Já há LP?

Não

Sim Solicitação de LI

Não

Solicitação deesclarecimentos ao

empreendedor

Obtenção dasinformaçõessolicitadas

Sim

Exigênciasatendidas?

Solicitação de LP Exigênciasatendidas?

Emissão de LI

Fim do processo delicenciamento

Complemento dosestudos ambientaise da intervenção

Sim

Solicitação deesclarecimentos ao

empreendedorNão

Solicitação deesclarecimentos ao

empreendedorNão

Emissão de LP

Sim

Caracterização daintervenção e dos

impactos potenciais

EMPREENDEDOR ÓRGÃO AMBIENTAL

FLUXOGRAMA A - Esquema Geral do Suporte Metodológico Proposto

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www.cidades.gov.br

www.snis.gov.br

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