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PROPOSTA DE FLUXOGRAMA DE COMPOSTAGEM E NUMA PERSPECTIVA EMPRESARIAL: O CASO DO SEBRAE/RECIFE ADMILSON JOSÉ DO NASCIMENTO FILHO Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP [email protected] LILIANA ANDRÉA DOS SANTOS Universidade Federal Rural de Pernambuco [email protected] DÉBORA DOS SANTOS FERREIRA PEDROSA UFRPE [email protected] PAMELA CONSUELO CASTRO E SANT''ANNA Universidade Federal Rural de Pernambuco [email protected] SORAYA GIOVANETTI EL-DEIR Universidade Federal Rural de Pernambuco [email protected]

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PROPOSTA DE FLUXOGRAMA DE COMPOSTAGEM ENUMA PERSPECTIVA EMPRESARIAL: O CASO DOSEBRAE/RECIFE

 

 

ADMILSON JOSÉ DO NASCIMENTO FILHOInstituto de Tecnologia de Pernambuco – [email protected] LILIANA ANDRÉA DOS SANTOSUniversidade Federal Rural de [email protected] DÉBORA DOS SANTOS FERREIRA [email protected] PAMELA CONSUELO CASTRO E SANT''ANNAUniversidade Federal Rural de [email protected] SORAYA GIOVANETTI EL-DEIRUniversidade Federal Rural de [email protected] 

 

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PROPOSTA DE FLUXOGRAMA DE COMPOSTAGEM E

NUMA PERSPECTIVA EMPRESARIAL: O CASO DO SEBRAE/RECIFE

RESUMO

O presente trabalho apresenta um estudo de caso na unidade do Sebrae/Recife sobre o processo de

compostagem, tendo como objetivo desenvolver uma análise do processo de compostagem em um

ambiente corporativo, apresentando um fluxograma propositivo e técnica simplificada para o

aproveitamento de restos orgânicos de jardins, como base para um modelo operacional focado na

promoção deste uso como preceitos para diminuição do passivo operacional sistêmico das entidades

empresariais. Tendo a pesquisa uma natureza exploratória, o estudo se compôs a partir de visitas e

observações de campo durante o período de dezembro de 2011 a abril de 2012, tanto para

observações participativas e interação com os stakeholders e shareholders. Constatou-se que a

compostagem implantada na unidade constitui uma técnica viável e eficaz no ponto de vista

empírico, necessitando da inserção de procedimentos de monitoramento, em função das condições

precárias de controle. O fluxograma proposto nesse estudo aponta uma gestão criteriosa dos

resíduos, partindo do principio dos ecocíclos, atentando ainda para a inclusão dos colaboradores,

através de um canal de diálogo permanente, capaz de viabilizar a internalização da compostagem

como um preceito agregado a temática ambiental e conduzindo a redução do passivo operacional

sistêmico de empresas, indústrias e demais entidades empresariais.

Palavras-chave: Compostagem, gestão ambiental corporativa, ativo ambiental.

ABSTRACT

This article is a case study about Sebrae/Recife corporation for the composting process, aiming to

develop an analysis of the composting process in an enterprise environment, presenting a flowchart

propositional and simplified technique for the utilization of organic waste from gardens as the basis

for an operational model focused to promoting use this as a decrease in provisions for operating

liabilities systemic corporate entities. This study is composed from visits and field observations

during the period from December 2011 to April 2012 thought observations and participatory

interaction with stakeholders and shareholders. It was found that the composting unit is deployed in

a viable and effective in empirical point of view, requiring the insertion of monitoring process,

because the less conditions control. The flow diagram proposed in this study indicated the necessary

careful management of waste, based on the principle of Ecocycle, paying attention to even the

inclusion of employees, through a channel of dialogue that can facilitate the internalization of

composting as a environmental management issues and reducing systemic operating liabilities of

companies, industries and other business entities

Keywords: Composting, corporate environmental management, environmental asset

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INTRODUÇÃO

Atualmente, a sociedade é marcada pelo aumento da demanda de bens de consumo que

pressupõe cada vez mais o desenvolvimento de tecnologias de produção. Como consequência das

diversas atividades humanas e a maior oferta dos bens de consumo têm-se a geração de resíduos

cada vez mais ilimitados e de forma crescente. Conforme Poleto (2010), em nenhuma fase do

desenvolvimento humano foi produzida tamanha quantidade de resíduos sólidos como atualmente, o

que compromete todo o sistema humano de produção de bens e serviços. A composição e a

quantidade dos resíduos produzidos estão diretamente relacionadas ao modo de vida dos povos, à

sua condição socioeconômica e à facilidade de acesso aos bens consumo.

A falta de aplicação de técnicas corretas de tratamento de resíduos sólidos vem

comprometendo a saúde do ambiente e a qualidade de vida da sociedade como um todo. Estas

práticas podem causar impactos negativos sobre a qualidade da água, do ar e do solo e propiciar

abrigo a vetores de importância epidemiológica. Quanto aos impactos sobre a qualidade do ar,

consequência da geração de biogás, que é constituído principalmente por dióxido de carbono e

metano. Estes gases são produzidos pela degradação das principais frações de matéria orgânica, na

qual se incluem os resíduos de poda de árvores e restos de jardins.

Partindo do fato de que a participação dos materiais orgânicos representa 51,4% do total de

resíduos sólidos urbanos coletados no país (ABRELPE, 2011), uma grande parte deste material

poderia ser passível de reciclagem por meio do processo de compostagem. Este método de

tratamento constitui-se numa forma viável economicamente e simples, quando comparado a outras

formas de tratamento, sendo extremamente eficaz, pois redireciona o material que iria ser aterrado

para um uso mais nobre. Além disso, as usinas de compostagem, que processam os resíduos e

produzem composto em alta escala, transformam esses materiais em insumos para processos

posteriores. Desta forma, os resíduos orgânicos são transformados em composto que pode ser

utilizado como fertilizante no solo.

Um dos grandes problemas na implantação do método da compostagem no país é a falta de

informação sobre os benefícios da utilização dos compostos por parte significativa da população.

Colaborando com esta situação está a falta de políticas públicas que incentivem o uso desse

processo. Pelo desconhecimento dos cuidados necessários para se ter obter um composto de valor,

muitas vezes muitoscontaminantes entram em contato com o composto, fato que diminui sua

qualidade e podem comprometer seu uso na agricultura, como assinala Arbos et al. (2010). O

presente estudo visa detalhar os preceitos operacionais da compostagem em um ambiente

corporativo gerando modelo factível de ser implantado em espaços empresariais, tomando por base

o estudo de caso da sede do Sebrae em Pernambuco, nordeste do Brasil.

O trabalho teve como objetivo desenvolver uma análise do processo de compostagem em

um ambiente corporativo, visando estabelecer, a partir da identificação de preceitos mínimos para a

implantação de um fluxograma propositivo e técnica simplificada para o aproveitamento de restos

orgânicos de jardins, que sirva de base para um modelo operacional focado na promoção deste uso

como preceitos para diminuição do passivo operacional sistêmico de empresas, indústrias e demais

entidades empresariais.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

De acordo com Kiehl (1985) a obtenção da compostagem consiste, em linhas gerais, em

utilizar matérias primas que contenham um balanço em relação carbono/nitrogênio favorável ao

metabolismo dos organismos que vão efetuar sua biodigestão e facilitar a digestão dessa matéria

prima, dispondo-a em local adequado, de acordo com o tipo de fermentação desejada, se aeróbia ou

anaeróbia, controlando a umidade, a aeração, a temperatura e os demais fatores, conforme cada caso

requer.

Para Francisco Neto (1996), o processo de compostagem ocorre por uma população diversa

de microrganismos e envolve necessariamente duas fases distintas, sendo a primeira de degradação

ativa (necessariamente termofílica) e a segunda de maturação, também chamada de cura. Na fase de

degradação ativa, a temperatura deve ser controlada a valores termofílicos, na faixa de 450C a 65

0C.

Já na fase de maturação, na qual ocorre a humificação da matéria orgânica previamente estabilizada

na primeira fase, a temperatura do processo deve permanecer na faixa mesofílica, ou seja, menor

que 450C. Durante todo o processo ocorre produção de calor e o seu desprendimento,

principalmente de gás carbônico e vapor d’água (Figura 1).

Figura 1: Fases da compostagem e o referente grau térmico.

Fonte: D´Almeida & Vilhena (2000).

Um esquema simplificado dos principais reagentes e produtos da compostagem demonstra

que o sentido da reação é direcional da matéria orgânica em reação com microorganismos em

presença de oxigênio, resultando em matéria orgânica estável, com desprendimento de gás

carbônico, calor, água e nutrientes (Figura 2).

Figura 2: Esquema simplificado do processo de compostagem.

Fonte: Nascimento Filho (2012).

Matéria Orgânica

Microorganismos O2 + +

Matéria Orgânica Estável

CO2

+ Calor

H2O + +

Nutrientes +

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Durante o processo de compostagem, muitos dos componentes da matéria orgânica são

usados pelos próprios microorganismos para a formação de seus tecidos, outros se volatilizam e ou

são biologicamente transformados em uma substância escura com aspectos uniforme e de massa

amorfa e apresentam propriedades físicas e físico-químicas diferentes da matéria prima original

(BIDONE & POVINELLI, 1999).

CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS PARA COMPOSTAGEM

Segundo Kiehl (1985) os resíduos podem ser divididos em materiais biologicamente

decomponíveis ou orgânicos (cerca de 50%) e inorgânicos. Quanto à utilização, os resíduos

apresentam três tipos: compostáveis, recuperáveis ou recicláveis. De modo geral, todos os materiais

naturais provenientes dos jardins podem ser processados na compostagem. Nestes não devem conter

resíduos não biodegradáveis (vidros, plásticos, tintas, óleos, verniz, metais, pedras, etc), excesso de

gorduras, nem restos de carne, marisco, produtos lácteos, cinzas, beatas de cigarro, medicamentos,

resíduos de plantas tratadas com agentes químicos e excrementos de animais. Em ambientes de

característica administrativa, como é o caso em foco, os materiais indesejáveis na compostagem são

papel comum, papel de cor, plásticos, vidros e outros materiais. Estes devem ser separados

seletivamente.

Kiehl (1985) classificou os sistemas de compostagem quanto ao tempo em lentos ou

acelerados. Consideram-se lentos quando a matéria é disposta em montes após separação de

materiais não decomponíveis, recebendo revolvimentos periódicos para arejar e ativar a

fermentação. Os processos acelerados são os que proporcionam tratamento especial à matéria,

melhorando as condições para fermentação, arejamento e aquecimento.

A relação carbono e nitrogênio (C:N) ideal para o composto é 30:1. Cerca de 2/3 do C é

liberado sob a forma de CO2, sendo utilizado pelos microorganismos para obter energia e, em

conjunto com o nitrogênio, para constituir células microbianas. As perdas processuais de nitrogênio

podem ser elevadas, chegando até 50% por falta de materiais com alta relação C:N. Para baixa

relação C:N, ocorre nitrogênio em excesso e a perda desse componente como amônia, causa odores

desagradáveis (LEAL et al., 2013), podendo esta perda ser corrigida com adição de fosfogesso e

superfosfato simples (PROCHNOW et al., 1995).

Para que ocorra o processo ideal a umidade deve ficar entre 40 e 60%. Se superior a 60%,

levará á anaerobiose, se menores que 40%, reduz a atividade biológica e a decomposição (KIEHJ,

1998). Estudos de Kiehl (1998) demonstram relação direta da atividade microbiológica com o

aumento da temperatura no interior das leiras, chegando até 65ºC ou valores superiores. Há quatro

fases da variação térmica (BERNAL et al., 1998): mesofílica, com duração de 2 a 5 dias, com

temperaturas moderadas (até 40 ºC); termofílica, quando a temperatura é máxima (> 40 ºC), sendo

degradado mais rapidamente; resfriamento, com diminuição da temperatura para valores do

ambiente; e maturação ou etapa de estabilização, com produção do composto maturado,

devidamente estabilizado e humificado. Este poderá ser reaproveitado em áreas verdes, fazendo o

retorno de elementos nutricionais para o solo.

IMPACTOS DA COMPOSTAGEM

Impactos ambientais constituem-se em alterações positivas ou negativas do meio, a partir de

uma intervenção humana (CONAMA, 1996). De acordo com Figueiredo (2001), os impactos da

compostagem são a redução dos resíduos sólidos orgânicos de origem animal e vegetal, diminuição

na geração de gases, maus odores e líquidos percolados, ausência da atração de vetores que

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alimentam-se e proliferam-se nos restos orgânicos e retenção de nutrientes. Para Jahnel (1997) o

composto possui macro e micro nutrientes minerais, que são liberados lentamente, realizando a

adubação de disponibilidade controlada. Em estudo comparativo de adubação com lodo de esgoto

com diferentes tratamentos, Nascimento et al. (2013) observou que se caleado, este proporcionou

maiores teores de nutrientes no solo, enquanto que os tratamentos do lodo de esgoto via compostado

e vermicompostado apresentaram maiores teores de macronutrientes na folha e no pecíolo das

plantas, exceto no caso do nitrogênio, cujo teor foi maior com a aplicação de lodo de esgoto

caleado, demonstrando vantagens para a agricultura.

O composto pode melhor o solo, pois este se liga às partículas (areia, limo e argila),

formando pequenos grânulos que ajudam na drenagem da água e melhoram a aeração, além de

favorecer macro e microbiota desejável e reduzir a incidência de patógenos no solo. Sediyama et al.

(2000) observou que o bagaço de cana-de-açúcar, como único resíduo vegetal, possibilitou a

produção de compostos orgânicos com menor valor de potássio, magnésio, bário e pH, ao passo que

o composto produzido a partir da palha de café apresentaram valores mais altos para potássio e pH,

o que demonstra a necessidade de monitoramento do composto relativo a estes parâmetros face a

possibilidade de variações visto a composição do composto. A matéria orgânica do composto

funciona também como uma solução tampão, impede que o solo sofra mudanças bruscas de acidez

ou alcalinidade.

Por outro lado, Sardá et al. (2010) observa que a compostagem configura-se numa

alternativa para a redução dos impactos ambientais advindos da diminuição de emissão de gases do

efeito estufa e pela redução de odores, pois ocorre a redução da emissão de CO2, CH4 e H2S quando

tal processo é aplicado a dejetos suínos, podendo ter tal efeito para outros materiais orgânicos.

Analisando aspectos sanitários, Corrêa et al. (2007) e Silva et al. (2008) observaram a redução da

quantidade de ovos de helmintos; já Heck et al. (2012) indica que no final da compostagem ocorre

oscilação nas contagens de E. coli e de bactérias heterotróficas, mas não foi detectada a presença de

Salmonella sp., vírus entéricos nem de ovos viáveis de helmintos, ratificando observações

sanitárias. Em rejeitos bovinos, Orrico Jr. et al. (2012) observou que ocorreu a eliminação de

coliformes totais e termotolerantes, além do aumento no teor dos nutrientes no composto final,

como o processo se mostrou capaz de produzir biossólidos livres de helmintos. Estudo de Dores-

Silva et al. (2013) demonstra ganhos nutricionais caso a vermicompostagem seja adicionada ao

processo.

Há impactos significativos no campo econômico, sendo que para Leal et al. (2013) a

viabilidade econômica deste processo está relacionada ao uso de materiais que estejam abundantes,

possuam custo competitivo e tenham níveis reduzidos de contaminação química e biológica. De

acordo com D’Almeida (2000), cerca de 50% do lixo municipal é constituído por material orgânico,

podendo este ser potencialmente matéria para a compostagem.

Já para Wagner (1998) os impactos sociais envolvem a população que passa a se

conscientizar do dever de separar o lixo, contribuindo ativamente com programas ambientais e de

compostagem. Reis et al. (2000) afirma que, na implantação da coleta seletiva, deve ser explicado o

que separar, dias e horários de coleta, formas de acondicionamento, etc. A partir do envolvimento

com a questão, desperta-se interesse e estímulo nas pessoas. Para Francisco Neto (1995), as

prefeituras que compostarem o lixo deverão manter uma rigorosa triagem dos dejetos e resíduos

urbanos. Vislumbrando preceitos operacionais para a implantação da compostagem de restos de

jardins em ambientes corporativos, o presente estudo teve como foco a observação crítica do

processo desenvolvido na sede do Sebrae Pernambuco.

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MÉTODO DE PESQUISA

DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O Sebrae Pernambuco foi criado em 1968 com objetivo de articular e desenvolver ações de

forma estratégica, inovadora e pragmática para que os pequenos negócios evoluam de forma

sustentável, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social do Estado. A sede da unidade

está localizada no bairro da Ilha do Retiro no Recife, atualmente conta com um quadro funcional de

pouco mais de 200 colaboradores diretos (técnicos e administrativos) e 12 indiretos (terceirizados

de limpeza, copa e manutenção de jardins). Estruturalmente, esta unidade é composta de dois

conjuntos de prédios que estão rodeados de jardins (Figura 3).

Figura 3. Vista aérea da unidade do Sebrae-Recife, com especificações dos blocos, visualização dos jardins e indicação

da área da compostagem. Fonte: Google maps, (2014).

PASSOS PROCESSUAIS

Realizou-se, no período de dezembro/2011 a abril/2012, observações participativas tendo

como objetivos a verificação do processo de compostagem na unidade e identificação de programas

integrados de gestão ambiental que favoreçam aos stakeholder a compreensão e adesão ao uso da

compostagem. Tais observações foram realizadas por meio de caderno de campo e acrescentadas

informações através de conversas informais, além de registro fotográfico.

O processo de verificação da operacionalização da compostagem na unidade foi realizado a

partir de observações em dias e horários distintos, com foco nas diferentes etapas. A partir destes,

foi montada descrição processual e desenho de fluxograma real, que serviu de base para a

determinação de um fluxograma propositivo, visando à elevação da eficiência processual da

compostagem institucional, de uma forma geral. A partir da observação de programas integrados de

gestão ambiental foi feita descrição detalhada. Através das entrevistas semiestruturadas com os

shareholders institucionais foi identificada a inter-relação entre estes e o processo de compostagem,

o propósito, a temporalidade, o cronograma operacional e as estratégias motivacionais de cada um

dos projetos do programa. A partir destes dados, foram desenhados os preceitos operacionais

institucionais para a implantação da compostagem num ambiente corporativo, levando em

consideração aspectos estruturais, operacionais, motivacionais e de empoderamento social.

Unidade de compostagem

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ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados apresentados seguem a lógica das temáticas estruturais, operacionais,

motivacionais e de empoderamento social adotados pelo case em foco, que servirão de base a leitura

crítica para a determinação de preceitos para a estruturação de compostagem num ambiente

corporativo.

ASPECTOS ESTRUTURAIS

As leiras de maturação são constituídas de alvenaria, com altura de 0,80m, largura de 2,50m

e comprimento de 5,0m, dimensões apropriadas para o volume de composto a ser tratado no case

em tela (Figura 4). Como a leira é um retângulo, não existe o empilhamento em forma de cone e

sim a superfície estocada é plana, respeitando o formato da leira. Estas estruturas ficam próximas ao

muro dos fundos da sede, isoladas das áreas de fluxo de visitantes e colaboradores.

Figuras 4. Área das leiras, destinada para o processo de compostagem.

Fonte: Nascimento Filho (2012).

O composto é utilizado para recomposição do solo dos jardins, assim como em áreas

destinadas para o cultivo de hortaliças e mudas para a manutenção das áreas verdes (Figura 5).

Estas estruturas ficam próximas ao muro dos fundos da sede, isoladas das áreas de fluxo de

visitantes e colaboradores.

Figura 5. Áreas de uso do composto, destinadas para o cultivo de hortaliças e mudas para a manutenção das áreas

verdes.

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ASPECTOS OPERACIONAIS

No case estudado, são enviados para a compostagem: podas das árvores, varrição dos

resíduos de árvores e borra de café oriundo das máquinas nos prédios administrativos. Isto

representa, respectivamente, 57,3 %, 41,0 % e 1,7 % da quantidade enviada diariamente para o

processo de compostagem, que é de 122 Kg.dia-1

(segundo informações do jardineiro, C. A. O, 39

anos).

Atualmente a gestão dos resíduos da jardinagem do Sebrae-Recife (Figura 7), apresenta os

passos operacionais subsequentes que denotam a lógica cíclica. Inicia-se com o processo de geração

de biomassa através do crescimento das plantas do jardim (1). Periodicamente é realizada a poda

das árvores (2) e diariamente, todo o espaço da área externa é varrido (3), incluindo o lixo jogado

pelos visitantes e funcionários nos próprios jardins. Junto com as podas, tudo segue para um local,

onde é estocada (4) e posteriormente, realizada a separação (5).

Figura 7. Esquema do processo de compostagem observado no case em estudo. Fonte: Nascimento Filho (2012).

O lixo é segregado do material a ser compostado e dependendo da situação, pratica-se

12a coleta seletiva (5a). Se não, é destinado ao lixo comum (5b) que é recolhido pela prefeitura. Na

primeira etapa da compostagem é realizada a trituração (6) do material em triturador elétrico que

atende a necessidade atual da unidade. Todavia, o colaborador não utiliza nenhum tipo de

equipamento de proteção individual (EPI) para a realização dessa etapa. Em seguida, numa segunda

etapa, todo o material triturado é armazenado na primeira leira (7) de maturação. Nessa etapa, é

inserida a borra de café (8) originada nos prédios administrativos.

Após um período de 30 dias, o material é transferido para outra leira (9) de iguais dimensões,

dotada de uma tubulação de policloreto de polivinila (PVC) interna para facilitar a liberação dos

gases gerados na maturação. O material fica nessa leira por 30 dias e a cada dois dias, o material é

revirado para manter a uniformidade do mesmo. Em seguida, o material é novamente removido para

uma terceira leira (10) nas mesmas dimensões citadas, também dotada de uma tubulação de PVC

interna e permanece por mais 90 dias. E por fim, todo o material já devidamente pronto e maturado

é transferido para uma quarta e última leira (11) com as mesmas dimensões (Figura 5), onde o

2. PODA DE

ÁRVORE

3. VARRIÇÃO

4. ESTOCAGEM

10. LEIRA 3 7. LEIRA 1 12. PRODUTO

FORMADO

5a. COLETA

SELETIVA

5. SEPARAÇÃO 1. JARDIM

9. LEIRA 2

8. BORRA

DE CAFÉ

13. CULTIVO E

DISTRIBUIÇÃO

6. TRITURAÇÃO

5b. LIXO

COMUM

SELETIVA

TRITURAÇÃO

11. LEIRA 4

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material é estocado e o produto formado (12) é aplicado na alimentação dos jardins (1), no cultivo

das hortaliças (Figura 6) e na distribuição como adubo aos funcionários da unidade (13).

O monitoramento do processo de compostagem é de extrema importância visto a necessidade

de se ter dados qualitativos e quantitativos visando elevar a eficiência processual e diminuir

potenciais fatores impactantes (NUNES, 2009), além dos efeitos deste sobres as propriedades

químicas do próprio solo (ABREU JR. et al., 2001). Não estão normatizados procedimentos nem

são observadas as normas de segurança e boas práticas, como recomendado por Izquierdo et al.

(2007). Em nenhuma das etapas observadas são realizados controles qualitativos ou quantitativos

para monitorar as etapas do processo da compostagem, como temperatura, umidade e pH. Neste

sentido perdem-se dados importantes para a avaliação processual e melhoria da gestão dos resíduos

da jardinagem. A qualidade da maturação e do próprio composto são desenvolvidos através do

conhecimento empírico, onde a experiência do funcionário é o fator norteador.

FLUXOGRAMA DE MODELO PROPOSITIVO PARA CORPORAÇÕES

O gerenciamento de resíduos sólidos num ambiente corporativo, além de ser um cumprimento

legal (BRASIL, 1998, 2010), pode auxiliar na conscientização dos colaboradores, fortalece o

trabalho em equipe e melhorar as condições de trabalho. Deve-se inicialmente buscar a

minimização da utilização de recursos, sendo que isto inclui qualquer prática, ambientalmente

segura, de redução na fonte, passando pelo reuso até a reciclagem e recuperação dos materiais

(CANTERI et al., 2008).

Vislumbrando um modelo propositivo de resíduos orgânicos num ambiente corporativo (Figura

6), necessita-se estudo gravimétrico e tipológico dos resíduos (1), determinando-se um fluxo para os

resíduos sólidos em geral (1a), que pode ser segregado na fonte com pontos distintos de coleta

seletiva, ou serem coletados agrupados, levados a local coberto para a seleção por tipo dos materiais

recicláveis (2). Estes devem ser separados em fardos e podem ser comercializados, gerando renda

que poderá ser revestida para melhoria do próprio processo da compostagem na instituição ou

investida em algum programa, como os recicláveis podem ser doados para uma associação (2a) de

catadores ou alguma organização não governamental, como parte da promoção da responsabilidade

social da empresa.

Figura 6. Esquema proposto do processo de compostagem num espaço corporativo. Fonte: Nascimento Filho (2012).

8. MATURAÇÃO 9. OBTENÇÃO DO

COMPOSTO

1. FONTES

GERADORAS

DE RESÍDUO

SÓLIDO

PLÁSTICO,

VIDRO, BATERIA,

PAPEL/PAPELÃO,

METAIS

10. UTILIZAÇÃO

COMO ADUBO

1a. RESÍDUOS

SÓLIDOS

1b. REJEITOS

ORGÂNICOS

2. COLETA

SELETIVA

13. JARDINS

1c. RESÍDUO

ORGÂNICO

3. ATERRO

SANITÁRIO

4. TRITURAÇÃO 5. PENEIRAMENTO 7. ARMAZENAGEM

12. DISTRIBUIÇÃO

11. CULTIVO

6. BORRA DE CAFÉ

2a ASSOCIAÇÕES

DE CATADORES

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Os rejeitos orgânicos (1b), papéis sanitários, devem seguir para aterro sanitário. Os resíduos

orgânicos (1c), podas dos jardins e restos de alimentos dos refeitórios devem ser alocados em

ambiente coberto, pavimentado e com drenagem para o chorume, triturados (4) e peneirados (5). A

borra de café (6) das copas e cozinhas da instituição deve ser adicionada na etapa de

armazenamento (7), já nas leiras. Nesta fase deve-se revirar o material armazenado pelo menos duas

vezes por semana para promover uma melhor estabilização da mistura e encaminhados para a

maturação (8). Nessa etapa, a mistura deve ser revirada pelo menos uma vez por semana e a

umidade deve ficar em torno de 50% a 60%, assim como levando em consideração as

recomendações de Matos et al. (2012) em relação a aeração do composto. O tempo de obtenção do

composto (9) dependerá da composição e manutenção do composto, transformando-o em adubo

(10), que poderá ser usado no cultivo de hortaliças na própria empresa (11), distribuído para os

colaboradores (12) e para a manutenção dos jardins (13).

Para o que tange à normatização dos procedimentos, principalmente no que remete à busca

de controles quantitativos e qualitativos para uma gestão de um processo de compostagem eficiente,

sugere-se para a elaboração de planilhas para o controle da temperatura, umidade e pH. Essas

verificações poderão ser feitas na própria unidade sem necessariamente ter um alto investimento em

equipamentos. Para garantir a efetividade do processo, seria também viável a realização periódica

de comprovação dos parâmetros por um órgão externo (como uma auditoria de segunda parte).

Outro aspecto inerente a essa medida diz respeito à otimização do conhecimento empírico

dos colaboradores empregado na gestão da compostagem e a um maior rendimento do processo.

Para tanto, faz-se essencial a realização de capacitações, em forma de oficinas, sobre o processo de

poda, tratando dos impactos ambientais dos resíduos de poda, técnicas de corte de galhos,

reutilização na compostagem (CENBIO, 2008). Oficinas de Coleta Seletiva, que discutam o

conceito de resíduo sólido, minimização dos resíduos sólidos, participação da sociedade e materiais

recicláveis (BRINGRENTI, 2004); Jardinagem Sustentável, tratando da seleção das plantas, uso

racional da água, preparação e nutrição do solo, controle de pragas (COSTA, 2010); Compostagem,

que façam a revisão do conceito, importância, impactos, benefícios e métodos de processos

(BRITO, 2008) também são recomendáveis.

Para Paz et al. (2011) torna-se necessária e emergencial mudanças de atitudes na sociedade e

principalmente na Gestão Ambiental Pública com rígidas Políticas Públicas Ambientais para que

consigamos a médio e longo prazo adota uma ideologia de “Lixo Zero” mitigando os impactos

ambientais causados pela extração incessante dos recursos naturais com reciclagem dos ciclos de

vida dos produtos e a destinação correta dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), estendendo a vida

útil dos aterros sanitários e do meio ambiente. Neste sentido a compostagem é uma etapa essencial

para que as corporações diminuam a sua geração de resíduos e rejeitos, elevando a sua

sustentabilidade.

Dessa forma, em ambientes corporativos de pequenas, médias e grandes áreas de jardins, a

prática da compostagem deve ser um dos pilares de sustentação da Política de Meio Ambiente da

corporação. Para tanto, sugerimos um levantamento mais detalhado da quantidade de biomassa

gerada, considerando um crescimento da empresa a médio prazo. Desse modo, a corporação terá

condições de dimensionar a edificação necessária, os equipamentos e máquinas aplicáveis, capacitar

as pessoas envolvidas no processo e a aplicação da técnica mais viável para o efetivo

funcionamento de todo o sistema.

ASPECTOS MOTIVACIONAIS E DE EMPODERAMENTO SOCIAL

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A unidade vem desenvolvendo, desde junho de 2008, campanhas educativas e

socioambientais, tendo como foco temas relacionados ao meio ambiente. Dentre estes, o projeto

“Troque um Livro por uma Muda” (Figura 7) visa incentivar colaboradores e visitantes do Sebrae a

doarem livros e em troca de uma muda de planta. Os livros são doados a biblioteca da escola

pública na comunidade do Caranguejo/Tabaiares, a qual é considerada uma área de zona especial de

interesse social (ZEIS) da cidade do Recife.

Figura 7. Mudas usadas na troca de livros doados a biblioteca da comunidade Caranguejo/Tabaiares. Fonte: Ailda

Ferreira, Sebrae-Recife (2012).

No projeto “O Planeta Agradece” (Figura 8), várias ações são desenvolvidas com o intuito

de promover o respeito e a preservação do meio ambiente. Campanhas de sensibilização por meios

de pop-ups, cartazes, folders, videoconferência e palestras têm lugar, tratando de temas como o uso

de coletores seletivos de resíduos, construção de composteira para reaproveitamento dos resíduos

orgânicos, datas comemorativas, estander na Feira do Empreendedor de com produtos originados a

partir da reciclagem dos resíduos, dentre outros. No segmento social destacam-se a campanha

natalina para doação de brinquedos, roupas, calçados e lanches para as crianças da comunidade

Caranguejo/Tabaiares e a campanha de doação de livros para a biblioteca dessa comunidade.

Figura 8. Logo do Projeto “O Planeta Agradece”. Fonte: Ailda Ferreira, Sebrae-Recife (2012).

A coleta seletiva, em obediência à lei 13.047/06 (Pernambuco, 2006), está plenamente

implantada. Em parceria com a associação de catadores pró-recife, semanalmente os resíduos são

transportados à sede da associação, localizada na comunidade do caranguejo/tabaiares (figura 8).

Esta associação foi criada em abril de 2006, sendo formada por 41 pessoas, na maioria mulheres.

Estes trabalham em jornada de 8 horas, realizando a separação de resíduos em ruas, residências,

prédios públicos e privados da região metropolitana do recife. Estes são reaproveitados no galpão

da associação, transformando-se em bolsas, tapetes e outros produtos (figura 9).

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Figura 9. Artigos oriundos dos resíduos sólidos da unidade do Sebrae-Recife. Fonte: Ailda Ferreira,

Sebrae-Recife (2012).

CONCLUSÕES

Quanto ao case estudado, os aspectos estruturais, operacionais, motivacionais e de

empoderamento social estão presentes, mesmo que passiveis de melhorias. O processo de

compostagem gera um volume que é integralmente utilizado na unidade e pelos colaboradores,

estando estruturado com uma lógica sistêmica. Entretanto o monitoramento do processo de

compostagem não segue as recomendações encontradas na literatura, sendo o controle realizado de

forma empírica. A capacitação dos colaboradores envolvidos no processo de compostagem é

relativamente baixa para o nível de importância socioambiental da atividade exercida. A coleta

seletiva serve de apoio à inclusão social, sendo praticada como um projeto de responsabilidade

socioambiental.

Relativo ao modelo propositivo para ambientes corporativos, o fluxograma das etapas

operacionais deve ser iniciado com estudo gravimétrico e tipológico dos resíduos, segregação

destes em rejeitos, recicláveis e os que irão para a compostagem. Estes últimos devem seguir

sequencia de 13 passos operacionais, respeitando as especificações estruturais necessárias, tomando

por base que a quantidade de leiras necessária para todo o processo de compostagem irá depender

do volume gerado de material a ser compostado, sendo duas leiras a quantidade mínima. O

monitoramento deve ser realizado com testes simples a analises laboratoriais, sendo que a

capacitação dos envolvidos é de suma importancia para a manutenção da qualidade do processo. A

capacitação com vistas ao empoderamento social dos colaboradores deve ser uma constante,

havendo programa específico para cada um dos grupos de shareholders e stakeholders. Presume-se

que tal modelo pode ser aplicável a ambientes corporativos publicos ou privados, gerando ganhos

ambientais, sociais e diminuição dos gastos com os espaços verdes corporativos.

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