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PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA 2ª FASE
CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA O CACD 2012Profa. Vivian Müller
A sociedade e a cultura brasileiras
variantes da versão lusitana da tradição civilizatória
européia ocidental, diferenciadas por c
dos índios americanos e dos negros africanos. O Brasil
emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de
características próprias, mas atado genesicamente à
matriz portuguesa, cujas potencialidades insuspeitadas de
ser e de crescer só aqui se realizariam plenamente.
PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA 2ª FASE
BLOCO 5
2012
DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA O CACD 2012Profa. Vivian Müller
A sociedade e a cultura brasileiras são conformadas como
variantes da versão lusitana da tradição civilizatória
européia ocidental, diferenciadas por coloridos herdados
dos índios americanos e dos negros africanos. O Brasil
emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de
características próprias, mas atado genesicamente à
matriz portuguesa, cujas potencialidades insuspeitadas de
aqui se realizariam plenamente.
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro.
PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA 2ª FASE
DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA O CACD 2012
Propostas elaboradas pela
© Vivian Müller –la, distribuí-la e transmiti
publicação. Não é permitido alterá
Nas últimas décadas, passou
como os processos que lhe são constitutivos
produtividade, a competitividade, com seu cortejo
sociais, das formas da subjetividade
ampliaram, adquirindo características muitas vezes surpreendentes. O projeto moderno como ta
esgotou, mas foi reorganizado. Há negações e reformulações profundas, mas o projeto moderno se mantém.
Repercutindo a tese da modernidade como “projeto incompleto”, introduzida por Habermas ainda no
início da década de 1980, parte expressiva da li
ingressou numa fase ímpar de turbulência, amadurecimento e crise. Uma encorpada escola sociológica tem se
dedicado a investigar o que entende ser um período no qual “as conseqüências da modernidade
tornando mais radicalizadas e universalizadas do que antes” (Giddens, 1991, p. 13), no qual se generalizam
situações de “modernidade alta ou tardia” em que todos os aspectos da vida
instituições, do associativismo às for
viver em uma ordem “pós-tradicional”, na qual as certezas da tradição e do hábito são substituídas pela dúvida
radical, pela conversão das postulações de verdade à condição de hipótese
das fontes de autoridade e pela liberação dos indivíduos (Giddens, 1997).
A literatura sociológica que se dedica ao tema passou também a reconhecer, de modo crescente, que
a atual etapa de transformações revolucionárias
profunda abala quase imperceptivelmente (quer dizer, sem sobressaltos e rupturas) os alicerces do que está
instituído, do que se pensa e se pratica. O próprio capitalismo conhece dinâmica semelhante: d
parte, está generalizado e turbinado, parece ter se convertido em objeto de desejo dos povos, mas de modo
algum se pacificou. Radicalizou-se como tal, passando a enfrentar novas tensões e contradições. A luta contra
ele, porém, segue estradas diferentes, muitas das quais dantes desconhecidas, é conduzida por sujeitos de
novo tipo (não mais as classes ou os movimentos, mas os indivíduos e as multidões) e segue agendas
multifacetadas, nas quais os “velhos” temas
controle da propriedade, a regulação do mercado
companhia de outros, bem mais específicos: direitos, identidade, reconhecimento, individualidade,
privacidade, prazer, tempo livre, consumo. Determinados e impulsionados por esse quadro de radicalização,
diferentes dilemas e tensões infiltram
tumultuando seus fundamentos, comprometendo seu funcionamento
NOGUEIRA, Marco Aurélio.
radicalizada.
________________________________________
Tomando como base o fragmento textual acima e tendo em vista a problemática apresentada por ele,
analise, criticamente, a seguinte afirmação “as certezas da tradição e do hábito são substituídas pela
dúvida radical, pela conversão das postulações de verdade à condição de hipóteses e de ‘apostas’, pela
multiplicação das fontes de autoridade e pela liberação dos indivíduos”. Em seu texto, também avalie os
problemas sociais, principalmente os brasileiros, advindo desse aspecto
REDAÇÃO
PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA OPropostas elaboradas pela Profa. Vivian Müller para o Curso Extensivo 2012
www.profa
– Copyright 2012. Esta obra é licenciada em Creative Communs
la e transmiti-la sem finalidade lucrativa, desde que citando a autoria e a fonte de
publicação. Não é permitido alterá-la ou transformá-la. Para solicitar permissão para outras
finalidades, escreva para [email protected]
Nas últimas décadas, passou-se a reconhecer que os componentes típicos do projeto moderno, assim
como os processos que lhe são constitutivos – o universalismo abstrato, o individualismo, o racionalismo, a
produtividade, a competitividade, com seu cortejo de impactos e implicações no plano da vida, das estruturas
sociais, das formas da subjetividade –, não apenas permaneceram ativos como também se aprofundaram e se
ampliaram, adquirindo características muitas vezes surpreendentes. O projeto moderno como ta
esgotou, mas foi reorganizado. Há negações e reformulações profundas, mas o projeto moderno se mantém.
Repercutindo a tese da modernidade como “projeto incompleto”, introduzida por Habermas ainda no
início da década de 1980, parte expressiva da literatura sociológica passou a reconhecer que a modernidade
ingressou numa fase ímpar de turbulência, amadurecimento e crise. Uma encorpada escola sociológica tem se
dedicado a investigar o que entende ser um período no qual “as conseqüências da modernidade
tornando mais radicalizadas e universalizadas do que antes” (Giddens, 1991, p. 13), no qual se generalizam
situações de “modernidade alta ou tardia” em que todos os aspectos da vida – das práticas sociais às
instituições, do associativismo às formas do eu – precisam ser construídos reflexivamente. Teríamos passado a
tradicional”, na qual as certezas da tradição e do hábito são substituídas pela dúvida
radical, pela conversão das postulações de verdade à condição de hipóteses e de “apostas”, pela multiplicação
das fontes de autoridade e pela liberação dos indivíduos (Giddens, 1997).
A literatura sociológica que se dedica ao tema passou também a reconhecer, de modo crescente, que
a atual etapa de transformações revolucionárias não se faz acompanhar por revoluções: uma modificação
profunda abala quase imperceptivelmente (quer dizer, sem sobressaltos e rupturas) os alicerces do que está
instituído, do que se pensa e se pratica. O próprio capitalismo conhece dinâmica semelhante: d
parte, está generalizado e turbinado, parece ter se convertido em objeto de desejo dos povos, mas de modo
se como tal, passando a enfrentar novas tensões e contradições. A luta contra
s diferentes, muitas das quais dantes desconhecidas, é conduzida por sujeitos de
novo tipo (não mais as classes ou os movimentos, mas os indivíduos e as multidões) e segue agendas
multifacetadas, nas quais os “velhos” temas – o fim da exploração, a justiça social, a distribuição de renda, o
controle da propriedade, a regulação do mercado – têm seu peso relativo redefinido e passam a ter a
companhia de outros, bem mais específicos: direitos, identidade, reconhecimento, individualidade,
empo livre, consumo. Determinados e impulsionados por esse quadro de radicalização,
diferentes dilemas e tensões infiltram-se na vida cotidiana, na estrutura social e nas instituições em geral,
tumultuando seus fundamentos, comprometendo seu funcionamento e confundindo seus integrantes.
NOGUEIRA, Marco Aurélio. Bem mais que pós-moderno: poder, sociedade civil e democracia na modernidade periférica
radicalizada. In: Revista de Ciências Sociais da Unisinos. Vol. 43, n. 01, jan/abr 2007.
_______________________________
Tomando como base o fragmento textual acima e tendo em vista a problemática apresentada por ele,
analise, criticamente, a seguinte afirmação “as certezas da tradição e do hábito são substituídas pela
nversão das postulações de verdade à condição de hipóteses e de ‘apostas’, pela
multiplicação das fontes de autoridade e pela liberação dos indivíduos”. Em seu texto, também avalie os
problemas sociais, principalmente os brasileiros, advindo desse aspecto da pós-modernidade.
Extensão
E PRODUÇÃO DE TEXTO PARA O CACD para o Curso Extensivo 2012
www.profa-vivianmuller.com
em Creative Communs. Você pode copiá-
rativa, desde que citando a autoria e a fonte de
Para solicitar permissão para outras
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se a reconhecer que os componentes típicos do projeto moderno, assim
o universalismo abstrato, o individualismo, o racionalismo, a
de impactos e implicações no plano da vida, das estruturas
, não apenas permaneceram ativos como também se aprofundaram e se
ampliaram, adquirindo características muitas vezes surpreendentes. O projeto moderno como tal não se
esgotou, mas foi reorganizado. Há negações e reformulações profundas, mas o projeto moderno se mantém.
Repercutindo a tese da modernidade como “projeto incompleto”, introduzida por Habermas ainda no
teratura sociológica passou a reconhecer que a modernidade
ingressou numa fase ímpar de turbulência, amadurecimento e crise. Uma encorpada escola sociológica tem se
dedicado a investigar o que entende ser um período no qual “as conseqüências da modernidade estão se
tornando mais radicalizadas e universalizadas do que antes” (Giddens, 1991, p. 13), no qual se generalizam
das práticas sociais às
precisam ser construídos reflexivamente. Teríamos passado a
tradicional”, na qual as certezas da tradição e do hábito são substituídas pela dúvida
s e de “apostas”, pela multiplicação
A literatura sociológica que se dedica ao tema passou também a reconhecer, de modo crescente, que
não se faz acompanhar por revoluções: uma modificação
profunda abala quase imperceptivelmente (quer dizer, sem sobressaltos e rupturas) os alicerces do que está
instituído, do que se pensa e se pratica. O próprio capitalismo conhece dinâmica semelhante: domina por toda
parte, está generalizado e turbinado, parece ter se convertido em objeto de desejo dos povos, mas de modo
se como tal, passando a enfrentar novas tensões e contradições. A luta contra
s diferentes, muitas das quais dantes desconhecidas, é conduzida por sujeitos de
novo tipo (não mais as classes ou os movimentos, mas os indivíduos e as multidões) e segue agendas
social, a distribuição de renda, o
têm seu peso relativo redefinido e passam a ter a
companhia de outros, bem mais específicos: direitos, identidade, reconhecimento, individualidade,
empo livre, consumo. Determinados e impulsionados por esse quadro de radicalização,
se na vida cotidiana, na estrutura social e nas instituições em geral,
e confundindo seus integrantes.
: poder, sociedade civil e democracia na modernidade periférica
. Vol. 43, n. 01, jan/abr 2007. (Adaptado)
Tomando como base o fragmento textual acima e tendo em vista a problemática apresentada por ele,
analise, criticamente, a seguinte afirmação “as certezas da tradição e do hábito são substituídas pela
nversão das postulações de verdade à condição de hipóteses e de ‘apostas’, pela
multiplicação das fontes de autoridade e pela liberação dos indivíduos”. Em seu texto, também avalie os
modernidade.
Extensão: de 600 a 650 linhas
(valor: 60 pontos)
Propostas elaboradas pela
© Vivian Müller –la, distribuí-la e transmiti
publicação. Não é permitido alterá
O conjunto de novelas de
Mutum e terminam em Buriti Bom
tem em comum com as outras obras de Guimarães Rosa não só o cenário,
mas também o sentido do próprio universo social recriado.
maleabilidade do narrador, sua capacidade
acompanhar as falas dos personagens, dota a narrativa de uma variedade
de dicções que faz jus à
mais depressa que as palavras
viajam, viajam em busca de uma felicidade que está sempre
remudando de eito.
(...)
De dentro de seu desamparo, os personagens partem em busca de
algo que lhes faz falta, de alguma parte perdida: “as pessoas
flores degoladas que procuram suas hastes”. E Miguel, chegado de dia ao
Buriti Bom, é todo esperança
campinas verdes —
tristezas de sua vida no Mutum. “A vida não tem pas
barro se refaz. Deus ensina”.
MADEIRA, Angélica.
___________________________________________
Considerando o fragmento textual acima, discuta, criticamente, a situação social por ele apresentada, analisando o problema das migrações no nordeste do Brasil, retratado nas obras de Guimarães Rosa. Em especial, interprete o que a autora do fragmento quer dizer com “variedadepressa que as palavras”.
EXERCÍCIO N. 1
PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA OPropostas elaboradas pela Profa. Vivian Müller para o Curso Extensivo 2012
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la e transmiti-la sem finalidade lucrativa, desde que citando a autoria e a fonte de
publicação. Não é permitido alterá-la ou transformá-la. Para solicitar permissão para outras
finalidades, escreva para [email protected]
O conjunto de novelas de Corpo de Baile — que começam no
Mutum e terminam em Buriti Bom —, possui um desenho, um projeto que
tem em comum com as outras obras de Guimarães Rosa não só o cenário,
mas também o sentido do próprio universo social recriado.
maleabilidade do narrador, sua capacidade de se transmutar e
acompanhar as falas dos personagens, dota a narrativa de uma variedade
de dicções que faz jus à variedade das pessoas que se movem muito e
mais depressa que as palavras. A vida remexe muito e os dançarinos
viajam, viajam em busca de uma felicidade que está sempre
De dentro de seu desamparo, os personagens partem em busca de
algo que lhes faz falta, de alguma parte perdida: “as pessoas
ores degoladas que procuram suas hastes”. E Miguel, chegado de dia ao
Buriti Bom, é todo esperança — ele queria mais olhos para admirar as
e resgata naquela expectativa de felicidade, as
tristezas de sua vida no Mutum. “A vida não tem passado. Toda hora o
barro se refaz. Deus ensina”.
MADEIRA, Angélica. Reflexões em torno de Corpo de Baile, de Guimarães RosaIn: Revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ. (adaptado)
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mento textual acima, discuta, criticamente, a situação social por ele apresentada, analisando o problema das migrações no nordeste do Brasil, retratado nas obras de Guimarães Rosa. Em especial, interprete o que a autora do fragmento quer dizer com “variedade de pessoas que se movem muito e mais
Extensão: de
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rativa, desde que citando a autoria e a fonte de
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que começam no
, possui um desenho, um projeto que
tem em comum com as outras obras de Guimarães Rosa não só o cenário,
mas também o sentido do próprio universo social recriado. A
de se transmutar e
acompanhar as falas dos personagens, dota a narrativa de uma variedade
variedade das pessoas que se movem muito e
A vida remexe muito e os dançarinos
viajam, viajam em busca de uma felicidade que está sempre
De dentro de seu desamparo, os personagens partem em busca de
algo que lhes faz falta, de alguma parte perdida: “as pessoas — baile de
ores degoladas que procuram suas hastes”. E Miguel, chegado de dia ao
ele queria mais olhos para admirar as
e resgata naquela expectativa de felicidade, as
sado. Toda hora o
Reflexões em torno de Corpo de Baile, de Guimarães Rosa. : Revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ. (adaptado)
mento textual acima, discuta, criticamente, a situação social por ele apresentada, analisando o problema das migrações no nordeste do Brasil, retratado nas obras de Guimarães Rosa. Em especial, interprete o que a autora do
de de pessoas que se movem muito e mais
Extensão: de 120 a 150 linhas
(valor: 20 pontos)
Propostas elaboradas pela
© Vivian Müller –la, distribuí-la e transmiti
publicação. Não é permitido alterá
Há uma íntima relação entre o ressurgimento da “questão multicultural” e
o fenômeno do “pós-colonialismo”. Este poderia nos fazer desviar por um
labirinto conceitual do qual poucos viajantes retornam. Contentemo
enquanto, em afirmar que o pós
cronológica do tipo antes/depois. O movimento que vai da colonização aos
tempos pós-coloniais não implica que os problemas do colonialismo foram
resolvidos ou sucedidos por uma época livre de conflitos. Ao contrário,
colonial marca a passagem de uma configuração ou conjuntura histórica de
poder para outra. Problemas de dependência, subdesenvolvimento e
marginalização, típicos do alto período colonial, persistem no pós
Contudo, essas relações estão
passado, eram articuladas como relações desiguais de poder e exploração entre
as sociedades colonizadoras e as colonizadas. Atualmente, essas relações são
deslocadas e reencenadas como lutas entre forças sociais nativas, como
contradições internas e fontes de desestabilização
descolonizada, ou entre elas e o sistema global como um todo. (...) Essa “dupla
inscrição” pós-colonial ocorre em um contexto global onde a administração
direta, o controle ou o protetorado de um poder imperial foi substituído por um
sistema de poder assimétrico e globalizado, cujo caráter é pós
imperial. Suas principais características são a desigualdade estrutural, dentro de
um sistema desregulamentado de livre merc
denominado pelo Primeiro Mundo; e os programas de reajuste estrutural, nos
quais prevalecem os interesses e modelos ocidentais de controle.
Org. Liv Sovik.
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Tomando como base o fragmento textual acima, analise, criticamente, as afirmações do autor e a aplicabilidade de tais afirmações parabrasileiro.
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publicação. Não é permitido alterá-la ou transformá-la. Para solicitar permissão para outras
finalidades, escreva para [email protected]
Há uma íntima relação entre o ressurgimento da “questão multicultural” e
colonialismo”. Este poderia nos fazer desviar por um
labirinto conceitual do qual poucos viajantes retornam. Contentemo
enquanto, em afirmar que o pós-colonial não sinaliza uma simples sucessão
cronológica do tipo antes/depois. O movimento que vai da colonização aos
coloniais não implica que os problemas do colonialismo foram
resolvidos ou sucedidos por uma época livre de conflitos. Ao contrário,
colonial marca a passagem de uma configuração ou conjuntura histórica de
poder para outra. Problemas de dependência, subdesenvolvimento e
marginalização, típicos do alto período colonial, persistem no pós
Contudo, essas relações estão resumidas em uma nova configuração. No
passado, eram articuladas como relações desiguais de poder e exploração entre
as sociedades colonizadoras e as colonizadas. Atualmente, essas relações são
deslocadas e reencenadas como lutas entre forças sociais nativas, como
contradições internas e fontes de desestabilização no interior
descolonizada, ou entre elas e o sistema global como um todo. (...) Essa “dupla
colonial ocorre em um contexto global onde a administração
otetorado de um poder imperial foi substituído por um
sistema de poder assimétrico e globalizado, cujo caráter é pós-nacional e pós
imperial. Suas principais características são a desigualdade estrutural, dentro de
um sistema desregulamentado de livre mercado e de livre fluxo de capitais,
denominado pelo Primeiro Mundo; e os programas de reajuste estrutural, nos
quais prevalecem os interesses e modelos ocidentais de controle.
HALL, Stuart. Da diáspora. Identidade e mediações culturais.Org. Liv Sovik. Trad. Adelaine Resende et al. Belo Horizonte-MG: Ed. UFMG, 2009. (adaptado)
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Tomando como base o fragmento textual acima, analise, criticamente, as afirmações do autor e a aplicabilidade de tais afirmações para
Extensão: de
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Há uma íntima relação entre o ressurgimento da “questão multicultural” e
colonialismo”. Este poderia nos fazer desviar por um
labirinto conceitual do qual poucos viajantes retornam. Contentemo-nos, por
sinaliza uma simples sucessão
cronológica do tipo antes/depois. O movimento que vai da colonização aos
coloniais não implica que os problemas do colonialismo foram
resolvidos ou sucedidos por uma época livre de conflitos. Ao contrário, o pós-
colonial marca a passagem de uma configuração ou conjuntura histórica de
poder para outra. Problemas de dependência, subdesenvolvimento e
marginalização, típicos do alto período colonial, persistem no pós-colonial.
em uma nova configuração. No
passado, eram articuladas como relações desiguais de poder e exploração entre
as sociedades colonizadoras e as colonizadas. Atualmente, essas relações são
deslocadas e reencenadas como lutas entre forças sociais nativas, como
no interior da sociedade
descolonizada, ou entre elas e o sistema global como um todo. (...) Essa “dupla
colonial ocorre em um contexto global onde a administração
otetorado de um poder imperial foi substituído por um
nacional e pós-
imperial. Suas principais características são a desigualdade estrutural, dentro de
ado e de livre fluxo de capitais,
denominado pelo Primeiro Mundo; e os programas de reajuste estrutural, nos
Identidade e mediações culturais.
MG: Ed. UFMG, 2009. (adaptado)
Tomando como base o fragmento textual acima, analise, criticamente, as afirmações do autor e a aplicabilidade de tais afirmações para o contexto
Extensão: de 120 a 150 linhas
(valor: 20 pontos)
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EXERCÍCIO 2
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