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i^LV ^fl! i^kV I i^k\ +II ^1 GUEZ li PROPRIEDADE DE UMA ASSOCIAÇÃO COMMANDITARIA 1 II Não se publicidade aos escriptos que não vierem devidamente rei administração Rua da Quitanda n. IO Teleph. n.570. SEGUNDA-FEIRA. 10 DEAGOSTODE1885 Os escriptos enviados á redacção embora não se publiquem não se restituem REDACÇÃO I Rua da Quitanda n. 1<*. sobrado Teleph. n.570 Preço de assignatura PABA CORTE Anuo 108ÜOO Semestre C(|000 :p.a.jR,.a. .fora. Anno 14SO00 Semestre SSOOO As assignaturas para fora do Brazil panam a mais o excesso do porte. PUBLICAÇÕES Socç5o particular.por linha 100 rél Aniiuiicios 60 » E1E0 DE JANEIRO DIA-BIO HISTOKICO Anosto IO 1731.—Foi celebro esto dia em Lisboa, porque durante ollo houveram, ao mesmo tempo, três incêndios espan- tosos na cidade ; um na rua nova do Almada defronte da casa da Congro- gação do Oratório, em quo arderam ciacoenta o novo moradas do casas; outro no mosteiro da Encarriaçãq, quo consumiu quasi todo o edifício; outro, omfim, junto á egroja do Pa- raiso, no qual se queimaram muitos edifícios, o se arruinaram outros. AS FOLHASJE HONTEM A Gazeta de Noticias tra/, a indefectível Chronica da Sema- na, recapitulando os suecessos de domingo a domingo e re- tocando-os com muita graça e bom espirito. A chronica termina com esta ponta de malícia': ²Então chegou o Oallado ? ²Chegou, sim. ²E o que diz elle ? ²Continua do accordo com 03 seus principiou';.. o com o seu nome. —No Boletim parlamentar o illustrado collega verbera com justa indignação o que se está passando na câmara dos sr?. deputados. E escreve : Nunca em parlamento algum so viu tão grande ostentação do arbítrio o de violação dos preceitos regimentaes. A actual câmara tom descido até ondo é quasi impossível acompanhal-a sem o emprego doiphrases que nos repug- na empregar contra uma corporação de tal natureza. * » » 0 Paiz o logar de honra k biographia de Ulysses Grant, o valente general americano que acaba de sucumbir em No- va-York. 0 contemporâneo salienta as paginas mais gloriosas do gran- de cidadão e conclue : O parlamento brazileiro jii resolveu enviar ao governo americano uma mensagem do pezámes, quo sorvo do exprimir o pezar oflicial da Nação Brazileira ; prestando-lhes nós agora, em união com os outros collegas da imprensa, esta singoía homenagem, temos em vista expressar ao povo americano, em nomo do povo brazi- leiro, o nosso "rosp»ito pelo grande homem o a nossa sympathia pelo povo dos Estados Unidos. Nus Tópicos do dia é as- sumpto de reflexões humoris- ticas o imposto de ,5p de que trata o projecto sobre o ele- mento servil. A' controvérsia levantada acerca de pagarem ou não o imposto as províncias que se redimiram, responde assim o autor dos Tópicos : Istoó como o obolo que o ropubli- cano paga para a lista civil do impe- rador, como a quota do acatholico para sustentação da religião do Es- tado. Pagam todos, os mais antinomicos com o imposto, os quo mais <*o consi- deram excoptuados ria imposição. 13' preciso tranquilisar o indomni- zar a lavoura... O Jornal do Commercio também o prestigio da sua cen- sara a esta esterilidade parla mentar, O provecto collega torna sali- ente que, estando dependentes de approvação tantas medidas de urgente necessidade, sejam preenchida» sessões inteiras na discussão de licenças a empre- gados públicos, quando o go- verno tem attribuições para concedel-as até seis mezes com ordenado e a prorogal-os por mais um semestre sem venci- mentos. Entende o collega que este negocio de licenças devia ser attribnição do poder executivo que, abusando da faculdade, fosse por isso responsabilisado, em vez de se e-star perdendo um tempo precioso com a legis- lação de licenças, que o senado pôde vir a recusar cora grave desprestigio para a câmara elec- tiva. E conclue : Nem o governo legisle, nom o par- lamento administro. A concessão do liconça é acto do natureza adminis- trativa, puramente administrativa, cuja apreciação dependo do circums- tancias múltiplas. Em toda a licença ha a questão de substituição, que pôde ter sua gravidade, o da qual o parlamento não pôde ser juiz com- petente. Mormente nas especiaes circumstancias da nossa organização judiciaria a cousa não * tão simples quanto parece. O licenciamento de juiz lettrado não ó favor para ser liboralisado por simples benevoleu- cia. E' preciso quo alguém seja rei- ponsavel pelas perturbações que de uma longa licença podem resultar, e, para que o governo tomo ossa respon- sabiliuado e por ella dô, cumpre dei- xar-!he liberdado do acção. O Diário do Brazil, entre as rasões que allega para con- servar a escravatura, diz o que segue aos que se insurgem con- tra a degradante instituição. : Não sabem esses infelizes quo estão concorrendo para collocar-so em po- sição ainda peior do que a do escra- vo. Por mais que so esquivem ao tra- balho, alguns delles terão do preen- cher, bem ou mal, o ofílcio do escravo quando esto for eliminado da nossa organisaçáo social. Isto falia ao sentimento... Entende mais que se o Estado quer libertar os escravos deve indemnisar os srs. do respe- ctivo valor e acconselha os deputados escravistas a votarem contra o projecto de 12 de Maio, o qual, diz, deprecia desde era metade o valor do negro. * » ? O Diário de Noticias responde ao sr. 21 delegado de policia, a propósito da arbitrariedade coinmettida por aquella auto- ridade, mandando deter por uma simples denuncia ano- nyma, vários cavalheiros que se dispunham a seguir viagem. O collega reproduz a aceu- sação que fizera e ractifica : Estado a nossa aceusação: o so o'2° dolegado julga, como diz, poder om lei justificar o sou procedimento, o portanto mostral-a Improcedente— ó isto e nada mais o quo lho cumpro fazor. Diz um telegramma de Buenos Ayres, datado de 8 do Agosto que o governo daquelle paiz ordenou o fechamento dos portos argentinos ás embarcações procedentes de portos infectados 'ie cholcra, em cujo numero está incluído Marse- lha. FOLHETIM *s uj;yi* iiouvieh Chegou a Lisboa no dia 7 do corrente o vapor " Avon " da Royal Mail. Segundo um telegramma de Ma- drid,'datado de 7 de Agosto, cal- cula-se que u.orreram em toda a Hespanha, desde o começo da epi- demia, para mais de 3oo,ooo pes- soas victimas do cholcramorbus. Falleceu em Lisboa a exma. sra. d. Maria Henriqueta Villas Mar- giochi, mãe do sr. Francisco Si- mões Margiochi, digno par do reino. Antônio Pereira Balthazar, João Pereira, Joaquim Francisco Cami- nha, Adolpho Portella e Antônio Outeiro foram presos ante-hontem por serem desordeiros, achando-se os dois primeiros armados de faca. Diz um telegramma de Gastein.de 7 de Agosto,que se acham alli os im- peradores Francisco José, da Aus- tria, e Guilherme, da Allemanha,e que esses soberanos tiveram diver- sas entrevistas. Foi intimado a dar explicações á policia o dono do botequim n. 7 da rua da Misericórdia, por ter aggre- dido a Herminigildo da Silva, que recusava-se pagar duas vezes uma chicara de café. Por um telegramma de Marselha sabe-se que no dia 7 falleceram alli 53 doentes atacados do cholerâ- morbus c em 8, vinte e seis. O movimento do hospital da So- ciedade Portugueza de Benericen- cia de Pelotas durante o mez lindo, foi o seguinte : Existiam em tratamento 12 Entraram enfermos 14 Total.. 26 Tiveram alta12 Seguiu para a Europa1 Faileceu1 Ficam existindo12 Total 26 O fallecido foi o sr. José Antônio Martins, que depois de ser recolhi- do ao hospital, leve apenas 8 horas de existência. E' morJomo no corrente mez o sr. João Francisco de Lima. Foi recolhido ao asylo Antônio Cândido, por soffrer de alienação mental. 111 PRIMEIRA PARTE OS LOBOS DAS ARDENNES CAPITULO V TIO E SOBRINHO... DOIS TlUTANTES —Escuta, fallador'! Marcai calou-se logo. —Eu gostara d'esta criança. Um dia informei-me e soube que o pequeno vivia sem parentes, sem família, éra um engeitado, emfim. Viuvo, sem filhos, intè- Tessei-me por elle e mandei-o virão meu castello.Seduzido pe- Ias suas qualidades nascentes, fiz d'este desgraçado o meu fi- lhoadoptivo. Tendo perdido era tempos um sobrinho da sua edade, obriguei-o a chamar-me seu tio. Ti rei-o d'aquella triste posiçãoe por conselho meu, con- tratou-se. Acabado o tempo do» serviço,que fez d'elle um horaen ás direitas, ajudei-o a estabele- cer-se.Hoje meusobrinho ocuipa uma bellissima posição social ; é um negociante de primeira or- dem! e desejo que elle se estabe- leça mais seriamente, tomando estado... Para isso eu vou pedira mão da viuva Vandelowen, pa- ra meu sobrinno João Remy Cláudio Marcai... meu herdeiro. Desgraçadamente os títulos mo- demos não se herdam, senão tornar-te-ias barão de Baux. Comprehendes-te ? Marcai tomou as mãos de Es- lica e disse-lhe ; —Tudo isto me entontece... —Pois bem, bebamos um co- po e vamos deitar-nos. Precisas entrar nos eixos e estar prompto para o primeiro rebate. Os dois cúmplices separaram- se, dirigindo-se cada um para o seu quarto. No dia seguinte o tio e o so- brinhó voltaram a casa da viu- va Vandelowen. Esplendida- mente -recebidos, conversaram primeiro de cousas sem impor- tancia, depois sob pretexto de ver os aleliers, Marcai retirou-se discretamente, emquanto o Es- tica, dotado da rude franquesa proverbiai do seu paiz, atacou immediatamente o assumpto, em questão. Falleceu em Lisboa, no dia 21 do passado o sr. José Joaquim Gomes Coelho, pae do finado autor das " Pupillas do sr. Reitor", o ceie- bre romancista portuense Gomes Coelho, mais conhecido pelo pseu- donymo u Júlio Diniz ". Realisou-se ante-hontem o con- curso para os logares de auxiliares da estrada de ferro d. Pedro II, comparecendo 20 candidatos. Foram examinadores o oflicial Manoel Vieira e o auxiliar Júlio do Carmo. Tudo foi da melhor maneira possivel. A viuva escutou tudo: a enumeração das propriedades, a quantidade dos valores, as auspiciosas promessas do futuro. Escutou, acabando por declarar que esta união era-lhe sobre modo agradável. O ponto prin- cipal estava por conseqüência ganho. O tio e o sobrinho jantaram e regressaram de carruagem a Liége. No dia seguinte, nova visita dos dois cúmplices. Determinou- se a época do casamento e fixa- ram-se as differentes cláusulas do contracto. Foi o Estica o en- carregado da redacção. Convencionou-se que Marcai viria todas as tardes jantar a casa da viuva— deliberação esta que foi immediatamente acceite, a viuva não tinha fa- milia, mas tinha numerosos amigos, de modo que todos os dias Marcai era apresentado a uma nova pessoa. A viuva sen- tia-se orgulhosa da escolha .- cumprimentavam-a a todo o mo- mento : rasgavam-lhe amplos e rosados horisontes de ventu- ra. Elle parecia bom, doce, edu- cado, insiuuante, previdente... de uma estatura nobre, de CLUB D0S_TUCAN0S Um dia, um grupo de distinetis- simos e generosos rapazes reuniu-se, sob este nobre impuiso—a caridade. Tratava-se de esmolar para as vic- timas dos terremotos de Andaluzia, para as quaes a imprensa preparava um luetuoso e magnífico peditorio publico. Aggremiaram-se, pois, e percor- reram umas ruas da Cidade Nova angariando obulos para os sobrevi- ventes daquella desoiadissima catas- trophe, Mais tarde, estreitados os vínculos que tinham suscitado esse agrupa- mento, aquelles generosos rapazes resolveram perpetuar esse facto, dando a etfectividade de associação ao que náo tinha sido mais que uma reunião transitória. E assim o Grupo dos Tucanos, constituiu-se em Club dos Tucanos, e como resultado da nobre idéa que os impulsionara—a caridade, toma- ram outra divisa, que deve sempre presidir ás suas festas e aos seus saráos—a moralidade. Um bellis- simo lemma, como vem, indicando a nobresa da causa e a honestidade do intuito. um rosto sympathico bonito, e o que não prejudicava nada,— era rico. Uma tarde,voltando de Liége, Marcai encontrou Estica lhe disse : ²E' para amanhã a entre- vista. ²Eu Saguy ? ²Sim, recebi participação de que os nossos homens ti- nham chegado. ²Bem, iremos então. Pode- remos porem estar de volta para o jantar '/ ²Não, absolutamente irapos- sivel. ²Vou n'esse caso escrever a Pauloid, noticiando que me cha- mam para um negocio muito grave, e que poderei estar de volta, d'áqui a dois ou trez dias. ²E' exacto. Bom será que escrevas isso agora, porque é necessário partir amanhã pelo primeiro trem. Marcai escreveu immediata- mente e a carta sellada foi en- tregue ao rapaz para ser leva- da, 110 dia seguinte, de manhã. Os dois amigos jantaram, e não de manhã, mas de noite partiram para Nouzon. Alrao- çaram á chegada e tomaram um Ante-hontem elles inauguraram as suas festas, com uma usoirée-con- certo", no salão nobre do Congresso Brazileiro. Uma selectissima sociedade con- correu ao convite do sympathico Club. que estreiou magnificamente as suas diversões, encantando pelas excessivas amabilidades, pelo bom gosto do programma, pela ruidosa alegria do baile. Eis o programma marcado : PRIMEIRA PARTE Nathali.—Valsa brilhante para piano a 4 mãos, pelos lllms srs. professores Augusto Carlos de Faria Mendes e Angel Maneja. Pagano. Barcarola.— Duetto para tenor e barítono, pelos lllms. srs. Pedro Cunha e capitão Motta Teixeira. Canessa. Puritanos.—Fantasia para vio- lino, pelo Illm. sr. professor João Moreira da Cunha, acompanhando ao piano o Illm. sr. professor Au- gusto Carlos de Faria Mendes. J. ti. Singelêe. La Paura— Duetto bufo para b a- ritono e basso, pelos lllms. capitão Motta Teixeira e Luiz Rossi. Gor- digiani. La Sensitive.— Polka de concer- to para flauta, pelo Ilirn. sr. Motta Mello.— M. A. Reichert. SEGUNDA PARTE Huguenotes. Fantasia para piano pela exma. sra. d. Amélia Au- gusta Teixeira. Thalberg. Linda de Chamounix.— Scena e romanza para tenor, pelo Illm. sr. Pedro Cunha. Donizetti. I Puritani. Duetto para bari- tono e basso, pelos lllms. Antônio Bruno de Oliveira e Gaetano Pozzi Bellini. Pastorale Hongroise. -- Fantasia para flauta, pelo Illm. sr. Motta Mello. F. Doppler. Fosca. Scena e ária para so- prano, pela exma. sra. d. M. A. Conea de Azevedo.— Carlos Go- mes. Ygoti.-Terzetto; " Conginva ed invocazione, para barítono e due Bassi, pelos lllms. srs. capitão Motta Teixeira. Gaetano Pozzi e Luiz Rossi. Stef.ino Cobatti. Na segunda parte houve uma pe- quena alteração. O sr. Motta Mello não executou a sua fantasia para flauta, sendo substituído pela exma. sra. d. Romana Moniz, que gra- ciosamente cantou, revelando um conhecimento perfeito da musica e uma excellente organisaçáo vocal. A's 2 horas da noite serviu-se una ceia volante, onde se trocaram diversos brindes, acabando a festa ás 6 horas da madrugada. Felicitamos aquelles nossos ami- gos pelos brilhantes auspícios com que inauguraram a sua promette- dora carreira. Citou como provas da honesti- dade das suas pretenções, o pare- cer do Instituto, declarando que a theoria estava perfeitamente for- mulada e desenvohdda, que a idéa era completamente nova e «origi- nal», e que sem duvida era a que tinha mais probabilidade de uma fruetuosa applicação. Referiu-se ás .demonstrações de apreço externadas pela imprensa e por algumas distinetas corporações scientificas do estrangeiro, especia- lisando a que acabava de lhe ser feita pelo «Granie Diccionario Por- tuguez », editorado em Lisboa pelo sr. Henrique Zeferino, e em que um distineto profissional do reino, sem embargo da grave responsabj- lidade que pesa em uma publicação de tal ordem, lhe attríbue o invento do systema dos balões pairadores, considerando as experiências de Renard e Krebs umas utilisações sophismadas do seu invento aeros- tático. Mostrando que a navegação aérea era o mais extraordinário proble- ma deste século, disse as consi- deraveis despezas que a Russia,ya Allemanha, a Áustria, os Estados- Unidos, a Bélgica e a França, têm feito a favor da sua realisação, gas- tando ha pouco tempo o governo francez perto de 1.000 contos na experiência dos srs. Renard e Krebs, segundo se pode ver em um artigo publicado por Camillo Fiam- marion, no jornal a «Astronomia», em Outubro. O sr. Júlio acabou por pedir a protecção do publico, sendo sau- dado, ao Analisar, por uma estrepi- to .a salva de palmas. Antônio Nunes da Silva foi preso ante-hontem, por ser aceusado por Vieira Mattos Abrantes, estabele- cido á travessa do Commercio n. 9, de haver furtado diversas saccas de café. Ante-hontem, ás 11 i[a horas da noite, apresentou-se na 8a estação Christováo da Costa com um feri- mento na cabeça, declarando ter sido feito por seu patrão Pereira de tal, estabelecido com casa de pisio á iua do Senador Euzebio n. 304. O offendido foi medicado em uma pharmácia e o aggressor evadiu-se. UI5 que NAVEGAÇÃO AÉREA Hontem, conforme estiva annun- ciado, o sr. Júlio César effoctuou, no theatro Recreio Dramático, a sua segunda conferência sobre na- vegação aérea. Historiou o seu emprehendimen- to, as vicissitudes que têm embara- çado a sua realisação, as despezas que tem feito no aerostato do seu systema. os obstáculos que têm im- pediio a sua definitiva experiência ascencional. carro, que os devia conduzir á estrada que vae Sugny a Pous- semagne. No momento em que elles davam a ordem ao cochei- ro, ura homem magro e alto,ap- pareceu, e dirigiu se ao Estica. ²Ora, até que emfim, Que ha de novo ? ²Venho coramunicar-lhe, disse o homem, que lhe prepa- ram uma recepção demasiada- mente alegre. Desde hontem que eu não tenho mão nos meus ho- meus. acharam um amigo no castello e levam uma vida de palhaços, estroinando, que Deus nos acuda I ²Que quer tudo isso dizer ? Que amigo é esse ? ²Marcassin encontrou no jardineiro, conhdcimento an- tigò, ao que parece. O castello estava confiado á sua guarda, franqueou-o aos amigos.de modo que toda a canalha está de dentro. ²Vamos ver isso. Sobe para o lado do cocheiro e guia-nos. O homem obedeceu e a car- ruagem partiu. CAPITULO VI UM CASTELLO SINGULAR .Trez horas depois, os viajan- tes desciam em Poussemague. O O movimento do Gabinete Por- tuguez de Leitura de Pernambuco, na semana finda em 2 do corrente, foi o seguinte : Sahiram para leitura dos sócios 1 o3 obras em 147 volumes, a saber : Physica 1, biologia 1, politica 1, historia 2, viagem 1, litteratura 2, poesia 6, theatro 3, romances 83, philosophia 2, mechanica 1, sendo 91 em portuguez e 12 em francez. Entraram no mesmo período io3 obras em 12 1 volumes, a saber : Physica 1, biologia i,antropo- logia 1, physiologia 1, historia 1, geogrophia 1, viagem 3, litteratura 2, poesias 6, theatro 3, romances 81. religião 1, variedades 1, sendo g3 em portuguez e 10 em fiancez. Estica pagou ao cocheiro e os trez compadres a para a grande estrada real que conduz a Membre. A meio caminho o que os guiava, voltou-se e disse: ²Agora, precisamos entrar no bosque. ²Couduz-nos. Enveredaram por uma senda estreita, que percorreram du- rante um quarto de hora. \li subiram uma pequena coluna, e chegaram a um plano alto que dominava todo o paiz. Para qualquer lado que a vista diri- gisse encontrava-se simplesmen- te a paisagem árida das enormes serras e das profundas e rumo- rosas florestas. No meio do plató erguia-se um castello arruinado e que parecia absolutamente deserto. A situação topographica,; de resto, era pouco convidativa. um caçador se acharia á vontade em semelhante logar. Era uma edificação antiga que senumbrava na delineação exterior a pretenciosa archi- tectura gothica, um pouco dage- nerada. As partes do castello ainda habitaveis tinham uma nota viva e indelével da época gloriosa da Renassença. Continua. ¦¦',;¦?.? \. M '¦'< <Jii

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i^LV ^fl! i^kV I i^k\ II ^1 GUEZ liPROPRIEDADE DE UMA ASSOCIAÇÃO COMMANDITARIA

1IINão se dá publicidade aos escriptos que não vierem

devidamente rei

administraçãoRua da Quitanda n. IO

Teleph. n.570.

SEGUNDA-FEIRA. 10 DEAGOSTODE1885Os escriptos enviados á redacção embora não se

publiquem não se restituem

REDACÇÃOI Rua da Quitanda n. 1<*. sobrado

Teleph. n.570

Preço de assignatura

PABA J± CORTE

Anuo 108ÜOOSemestre C(|000

:p.a.jR,.a. .fora.Anno 14SO00Semestre SSOOO

As assignaturas para fora do Brazilpanam a mais o excesso do porte.

PUBLICAÇÕES

Socç5o particular.por linha 100 rélAniiuiicios 60 »

E1E0 DE JANEIRODIA-BIO HISTOKICO

Anosto IO1731.—Foi celebro esto dia em Lisboa,

porque durante ollo houveram, aomesmo tempo, três incêndios espan-tosos na cidade ; um na rua nova doAlmada defronte da casa da Congro-gação do Oratório, em quo arderamciacoenta o novo moradas do casas;outro no mosteiro da Encarriaçãq,quo consumiu quasi todo o edifício;outro, omfim, junto á egroja do Pa-raiso, no qual se queimaram muitosedifícios, o se arruinaram outros.

AS FOLHASJE HONTEMA Gazeta de Noticias tra/, a

indefectível Chronica da Sema-na, recapitulando os suecessosde domingo a domingo e re-tocando-os com muita graça ebom espirito.

A chronica termina com estaponta de malícia':

Então chegou o Oallado ?Chegou, sim.

E o que diz elle ?Continua do accordo com 03 seus

principiou';.. o com o seu nome.—No Boletim parlamentar o

illustrado collega verbera comjusta indignação o que se estápassando na câmara dos sr?.deputados.

E escreve :Nunca em parlamento algum so viu

tão grande ostentação do arbítrio ode violação dos preceitos regimentaes.A actual câmara tom descido até ondoé quasi impossível acompanhal-a semo emprego doiphrases que nos repug-na empregar contra uma corporaçãode tal natureza.

*» »0 Paiz dá o logar de honra

k biographia de Ulysses Grant,o valente general americanoque acaba de sucumbir em No-va-York.

0 contemporâneo salienta aspaginas mais gloriosas do gran-de cidadão e conclue :

O parlamento brazileiro jii resolveuenviar ao governo americano umamensagem do pezámes, quo sorvo doexprimir o pezar oflicial da NaçãoBrazileira ; prestando-lhes nós agora,em união com os outros collegas daimprensa, esta singoía homenagem,só temos em vista expressar ao povoamericano, em nomo do povo brazi-leiro, o nosso "rosp»ito

pelo grandehomem o a nossa sympathia pelo povodos Estados Unidos.— Nus Tópicos do dia é as-

sumpto de reflexões humoris-ticas o imposto de ,5p de quetrata o projecto sobre o ele-mento servil.

A' controvérsia levantadaacerca de pagarem ou não oimposto as províncias que seredimiram, responde assim oautor dos Tópicos :

Istoó como o obolo que o ropubli-cano paga para a lista civil do impe-rador, como a quota do acatholicopara sustentação da religião do Es-tado.

Pagam todos, os mais antinomicoscom o imposto, os quo mais <*o consi-deram excoptuados ria imposição.

13' preciso tranquilisar o indomni-zar a lavoura...

O Jornal do Commercio dátambém o prestigio da sua cen-sara a esta esterilidade parlamentar,

O provecto collega torna sali-ente que, estando dependentesde approvação tantas medidasde urgente necessidade, sejampreenchida» sessões inteiras nadiscussão de licenças a empre-gados públicos, quando o go-verno tem attribuições paraconcedel-as até seis mezes comordenado e a prorogal-os pormais um semestre sem venci-mentos.

Entende o collega que estenegocio de licenças devia serattribnição do poder executivoque, abusando da faculdade,fosse por isso responsabilisado,em vez de se e-star perdendoum tempo precioso com a legis-lação de licenças, que o senadopôde vir a recusar cora gravedesprestigio para a câmara elec-tiva.

E conclue :Nem o governo legisle, nom o par-

lamento administro. A concessão doliconça é acto do natureza adminis-trativa, puramente administrativa,cuja apreciação dependo do circums-tancias múltiplas. Em toda a licençaha a questão de substituição, quepôde ter sua gravidade, o da qual oparlamento não pôde ser juiz com-petente. Mormente nas especiaescircumstancias da nossa organizaçãojudiciaria a cousa não * tão simplesquanto parece. O licenciamento dejuiz lettrado não ó favor para serliboralisado por simples benevoleu-cia. E' preciso quo alguém seja rei-ponsavel pelas perturbações que deuma longa licença podem resultar, e,para que o governo tomo ossa respon-sabiliuado e por ella dô, cumpre dei-xar-!he liberdado do acção.

O Diário do Brazil, entre asrasões que allega para con-servar a escravatura, diz o quesegue aos que se insurgem con-tra a degradante instituição. :

Não sabem esses infelizes quo estãoconcorrendo para collocar-so em po-sição ainda peior do que a do escra-vo. Por mais que so esquivem ao tra-balho, alguns delles terão do preen-cher, bem ou mal, o ofílcio do escravoquando esto for eliminado da nossaorganisaçáo social.

Isto falia ao sentimento...Entende mais que se o Estado

quer libertar os escravos deveindemnisar os srs. do respe-ctivo valor e acconselha osdeputados escravistas a votaremcontra o projecto de 12 deMaio, o qual, diz, depreciadesde ]í era metade o valordo negro.

*» ?

O Diário de Noticias respondeao sr. 21 delegado de policia,a propósito da arbitrariedadecoinmettida por aquella auto-ridade, mandando deter poruma simples denuncia ano-nyma, vários cavalheiros quese dispunham a seguir viagem.

O collega reproduz a aceu-sação que fizera e ractifica :

Estado pó a nossa aceusação: o soo'2° dolegado julga, como diz, poderom lei justificar o sou procedimento,o portanto mostral-a Improcedente—ó isto e nada mais o quo lho cumprofazor.

Diz um telegramma de BuenosAyres, datado de 8 do Agosto que ogoverno daquelle paiz ordenou ofechamento dos portos argentinosás embarcações procedentes deportos infectados 'ie cholcra, emcujo numero está incluído Marse-lha.

FOLHETIM *suj;yi* iiouvieh

Chegou a Lisboa no dia 7 docorrente o vapor " Avon " da RoyalMail.

Segundo um telegramma de Ma-drid,'datado de 7 de Agosto, cal-cula-se que u.orreram em toda aHespanha, desde o começo da epi-demia, para mais de 3oo,ooo pes-soas victimas do cholcramorbus.

Falleceu em Lisboa a exma. sra.d. Maria Henriqueta Villas Mar-giochi, mãe do sr. Francisco Si-mões Margiochi, digno par doreino.

Antônio Pereira Balthazar, JoãoPereira, Joaquim Francisco Cami-nha, Adolpho Portella e AntônioOuteiro foram presos ante-hontempor serem desordeiros, achando-seos dois primeiros armados de faca.

Diz um telegramma de Gastein.de7 de Agosto,que se acham alli os im-peradores Francisco José, da Aus-tria, e Guilherme, da Allemanha,eque esses soberanos tiveram diver-sas entrevistas.

Foi intimado a dar explicações ápolicia o dono do botequim n. 7 darua da Misericórdia, por ter aggre-dido a Herminigildo da Silva, querecusava-se pagar duas vezes umachicara de café.

Por um telegramma de Marselhasabe-se que no dia 7 falleceram alli53 doentes atacados do cholerâ-morbus c em 8, vinte e seis.

O movimento do hospital da So-ciedade Portugueza de Benericen-cia de Pelotas durante o mez lindo,foi o seguinte :Existiam em tratamento 12Entraram enfermos 14

Total.. 26

Tiveram alta 12Seguiu para a Europa 1Faileceu 1Ficam existindo 12

Total 26

O fallecido foi o sr. José AntônioMartins, que depois de ser recolhi-do ao hospital, leve apenas 8 horasde existência.

E' morJomo no corrente mez osr. João Francisco de Lima.

Foi recolhido ao asylo AntônioCândido, por soffrer de alienaçãomental.

111PRIMEIRA PARTE

OS LOBOS DAS ARDENNES

CAPITULO V

TIO E SOBRINHO... DOIS TlUTANTES

—Escuta, fallador'!Marcai calou-se logo.—Eu gostara d'esta criança.

Um dia informei-me e soube queo pequeno vivia sem parentes,sem família, éra um engeitado,emfim. Viuvo, sem filhos, intè-Tessei-me por elle e mandei-ovirão meu castello.Seduzido pe-Ias suas qualidades nascentes,fiz d'este desgraçado o meu fi-lhoadoptivo. Tendo perdido eratempos um sobrinho da suaedade, obriguei-o a chamar-meseu tio. Ti rei-o d'aquella tristeposiçãoe por conselho meu, con-tratou-se. Acabado o tempo do»serviço,que fez d'elle um horaenás direitas, ajudei-o a estabele-

cer-se.Hoje meusobrinho ocuipauma bellissima posição social ;é um negociante de primeira or-dem! e desejo que elle se estabe-leça mais seriamente, tomandoestado... Para isso eu vou pediramão da viuva Vandelowen, pa-ra meu sobrinno João RemyCláudio Marcai... meu herdeiro.Desgraçadamente os títulos mo-demos não se herdam, senãotornar-te-ias barão de Baux.Comprehendes-te ?

Marcai tomou as mãos de Es-lica e disse-lhe ;

—Tudo isto me entontece...—Pois bem, bebamos um co-

po e vamos deitar-nos. Precisasentrar nos eixos e estar promptopara o primeiro rebate.

Os dois cúmplices separaram-se, dirigindo-se cada um para oseu quarto.

No dia seguinte o tio e o so-brinhó voltaram a casa da viu-va Vandelowen. Esplendida-mente -recebidos, conversaramprimeiro de cousas sem impor-tancia, depois sob pretexto dever os aleliers, Marcai retirou-sediscretamente, emquanto o Es-tica, dotado da rude franquesaproverbiai do seu paiz, atacouimmediatamente o assumpto,em questão.

Falleceu em Lisboa, no dia 21 dopassado o sr. José Joaquim GomesCoelho, pae do finado autor das" Pupillas do sr. Reitor", o ceie-bre romancista portuense GomesCoelho, mais conhecido pelo pseu-donymo u Júlio Diniz ".

Realisou-se ante-hontem o con-curso para os logares de auxiliaresda estrada de ferro d. Pedro II,comparecendo 20 candidatos.

Foram examinadores o oflicialManoel Vieira e o auxiliar Júlio doCarmo.

Tudo foi da melhor maneirapossivel. A viuva escutou tudo:a enumeração das propriedades,a quantidade dos valores, asauspiciosas promessas do futuro.Escutou, acabando por declararque esta união era-lhe sobremodo agradável. O ponto prin-cipal estava por conseqüênciaganho.

O tio e o sobrinho jantaram eregressaram de carruagem aLiége.

No dia seguinte, nova visitados dois cúmplices. Determinou-se a época do casamento e fixa-ram-se as differentes cláusulasdo contracto. Foi o Estica o en-carregado da redacção.

Convencionou-se que Marcaiviria todas as tardes jantar acasa da viuva— deliberaçãoesta que foi immediatamenteacceite, a viuva não tinha fa-milia, mas tinha numerososamigos, de modo que todos osdias Marcai era apresentado auma nova pessoa. A viuva sen-tia-se orgulhosa da escolha .-cumprimentavam-a a todo o mo-mento : rasgavam-lhe amplose rosados horisontes de ventu-ra. Elle parecia bom, doce, edu-cado, insiuuante, previdente...de uma estatura nobre, de

CLUB D0S_TUCAN0SUm dia, um grupo de distinetis-

simos e generosos rapazes reuniu-se,sob este nobre impuiso—a caridade.

Tratava-se de esmolar para as vic-timas dos terremotos de Andaluzia,para as quaes a imprensa preparavaum luetuoso e magnífico peditoriopublico.

Aggremiaram-se, pois, e percor-reram umas ruas da Cidade Novaangariando obulos para os sobrevi-ventes daquella desoiadissima catas-trophe,

Mais tarde, estreitados os vínculosque tinham suscitado esse agrupa-mento, aquelles generosos rapazesresolveram perpetuar esse facto,dando a etfectividade de associaçãoao que náo tinha sido mais que umareunião transitória.

E assim o Grupo dos Tucanos,constituiu-se em Club dos Tucanos,e como resultado da nobre idéa queos impulsionara—a caridade, toma-ram outra divisa, que deve semprepresidir ás suas festas e aos seussaráos—a moralidade. Um bellis-simo lemma, como vem, indicandoa nobresa da causa e a honestidadedo intuito.

um rosto sympathico bonito, eo que não prejudicava nada,—era rico.

Uma tarde,voltando de Liége,Marcai encontrou Esticalhe disse :

E' para amanhã a entre-vista.

Eu Saguy ?Sim, recebi participação

de que os nossos homens ti-nham chegado.

Bem, iremos então. Pode-remos porem estar de volta parao jantar

'/Não, absolutamente irapos-

sivel.Vou n'esse caso escrever a

Pauloid, noticiando que me cha-mam para um negocio muitograve, e que só poderei estar devolta, d'áqui a dois ou trez dias.

E' exacto. Bom será queescrevas isso agora, porque énecessário partir amanhã peloprimeiro trem.

Marcai escreveu immediata-mente e a carta sellada foi en-tregue ao rapaz para ser leva-da, 110 dia seguinte, de manhã.

Os dois amigos jantaram, enão de manhã, mas de noitepartiram para Nouzon. Alrao-çaram á chegada e tomaram um

Ante-hontem elles inauguraramas suas festas, com uma usoirée-con-certo", no salão nobre do CongressoBrazileiro.

Uma selectissima sociedade con-correu ao convite do sympathicoClub. que estreiou magnificamenteas suas diversões, encantando pelasexcessivas amabilidades, pelo bomgosto do programma, pela ruidosaalegria do baile.

Eis o programma marcado :

PRIMEIRA PARTE

Nathali.—Valsa brilhante parapiano a 4 mãos, pelos lllms srs.professores Augusto Carlos de FariaMendes e Angel Maneja. Pagano.

Barcarola.— Duetto para tenor ebarítono, pelos lllms. srs. PedroCunha e capitão Motta Teixeira.Canessa.

Puritanos.—Fantasia para vio-lino, pelo Illm. sr. professor JoãoMoreira da Cunha, acompanhandoao piano o Illm. sr. professor Au-gusto Carlos de Faria Mendes. J.ti. Singelêe.

La Paura— Duetto bufo para b a-ritono e basso, pelos lllms. capitãoMotta Teixeira e Luiz Rossi. Gor-digiani.

La Sensitive.— Polka de concer-to para flauta, pelo Ilirn. sr. MottaMello.— M. A. Reichert.

SEGUNDA PARTEHuguenotes. — Fantasia para

piano pela exma. sra. d. Amélia Au-gusta Teixeira. Thalberg.

Linda de Chamounix.— Scena eromanza para tenor, pelo Illm. sr.Pedro Cunha. Donizetti.

I Puritani. — Duetto para bari-tono e basso, pelos lllms. AntônioBruno de Oliveira e Gaetano PozziBellini.

Pastorale Hongroise. -- Fantasiapara flauta, pelo Illm. sr. MottaMello. F. Doppler.

Fosca. — Scena e ária para so-prano, pela exma. sra. d. M. A.Conea de Azevedo.— Carlos Go-mes.

Ygoti.-Terzetto; " Conginva edinvocazione, para barítono e dueBassi, pelos lllms. srs. capitãoMotta Teixeira. Gaetano Pozzi eLuiz Rossi. Stef.ino Cobatti.

Na segunda parte houve uma pe-quena alteração. O sr. Motta Mellonão executou a sua fantasia paraflauta, sendo substituído pela exma.sra. d. Romana Moniz, que gra-ciosamente cantou, revelando umconhecimento perfeito da musica euma excellente organisaçáo vocal.

A's 2 horas da noite serviu-seuna ceia volante, onde se trocaramdiversos brindes, acabando a festaás 6 horas da madrugada.

Felicitamos aquelles nossos ami-gos pelos brilhantes auspícios comque inauguraram a sua promette-dora carreira.

Citou como provas da honesti-dade das suas pretenções, o pare-cer do Instituto, declarando que atheoria estava perfeitamente for-mulada e desenvohdda, que a idéaera completamente nova e «origi-nal», e que sem duvida era a quetinha mais probabilidade de umafruetuosa applicação.

Referiu-se ás .demonstrações deapreço externadas pela imprensa epor algumas distinetas corporaçõesscientificas do estrangeiro, especia-lisando a que acabava de lhe serfeita pelo «Granie Diccionario Por-tuguez », editorado em Lisboa pelosr. Henrique Zeferino, e em queum distineto profissional do reino,sem embargo da grave responsabj-lidade que pesa em uma publicaçãode tal ordem, lhe attríbue o inventodo systema dos balões pairadores,considerando as experiências deRenard e Krebs umas utilisaçõessophismadas do seu invento aeros-tático.

Mostrando que a navegação aéreaera o mais extraordinário proble-ma deste século, disse as consi-deraveis despezas que a Russia,yaAllemanha, a Áustria, os Estados-Unidos, a Bélgica e a França, têmfeito a favor da sua realisação, gas-tando ha pouco tempo o governofrancez perto de 1.000 contos naexperiência dos srs. Renard eKrebs, segundo se pode ver em umartigo publicado por Camillo Fiam-marion, no jornal a «Astronomia»,em Outubro.

O sr. Júlio acabou por pedir aprotecção do publico, sendo sau-dado, ao Analisar, por uma estrepi-to .a salva de palmas.

Antônio Nunes da Silva foi presoante-hontem, por ser aceusado porVieira Mattos Abrantes, estabele-cido á travessa do Commercio n. 9,de haver furtado diversas saccas decafé.

Ante-hontem, ás 11 i[a horas danoite, apresentou-se na 8a estaçãoChristováo da Costa com um feri-mento na cabeça, declarando tersido feito por seu patrão Pereirade tal, estabelecido com casa depisio á iua do Senador Euzebion. 304.

O offendido foi medicado em umapharmácia e o aggressor evadiu-se.

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que

NAVEGAÇÃO AÉREAHontem, conforme estiva annun-

ciado, o sr. Júlio César effoctuou,no theatro Recreio Dramático, asua segunda conferência sobre na-vegação aérea.

Historiou o seu emprehendimen-to, as vicissitudes que têm embara-çado a sua realisação, as despezasque tem feito no aerostato do seusystema. os obstáculos que têm im-pediio a sua definitiva experiênciaascencional.

carro, que os devia conduzir áestrada que vae Sugny a Pous-semagne. No momento em queelles davam a ordem ao cochei-ro, ura homem magro e alto,ap-pareceu, e dirigiu se ao Estica.

Ora, até que emfim, Queha de novo ?

Venho coramunicar-lhe,disse o homem, que lhe prepa-ram uma recepção demasiada-mente alegre. Desde hontem queeu não tenho mão nos meus ho-meus. acharam um amigo nocastello e levam uma vida depalhaços, estroinando, que Deusnos acuda I

Que quer tudo isso dizer ?Que amigo é esse ?

Marcassin encontrou nojardineiro, conhdcimento an-tigò, ao que parece. O castelloestava confiado á sua guarda,franqueou-o aos amigos.de modoque toda a canalha lá está dedentro.

Vamos ver isso. Sobe parao lado do cocheiro e guia-nos.

O homem obedeceu e a car-ruagem partiu.

CAPITULO VI

UM CASTELLO SINGULAR

.Trez horas depois, os viajan-tes desciam em Poussemague. O

O movimento do Gabinete Por-tuguez de Leitura de Pernambuco,na semana finda em 2 do corrente,foi o seguinte :

Sahiram para leitura dos sócios1 o3 obras em 147 volumes, a saber :

Physica 1, biologia 1, politica 1,historia 2, viagem 1, litteratura 2,poesia 6, theatro 3, romances 83,philosophia 2, mechanica 1, sendo91 em portuguez e 12 em francez.

Entraram no mesmo período io3obras em 12 1 volumes, a saber :

Physica 1, biologia i,antropo-logia 1, physiologia 1, historia 1,geogrophia 1, viagem 3, litteratura2, poesias 6, theatro 3, romances81. religião 1, variedades 1, sendog3 em portuguez e 10 em fiancez.

Estica pagou ao cocheiro e ostrez compadres a pé para agrande estrada real que conduza Membre. A meio caminho oque os guiava, voltou-se e disse:

Agora, precisamos entrarno bosque.

Couduz-nos.Enveredaram por uma senda

estreita, que percorreram du-rante um quarto de hora. \lisubiram uma pequena coluna,e chegaram a um plano alto quedominava todo o paiz. Paraqualquer lado que a vista diri-gisse encontrava-se simplesmen-te a paisagem árida das enormesserras e das profundas e rumo-rosas florestas.

No meio do plató erguia-seum castello arruinado e queparecia absolutamente deserto.A situação topographica,; deresto, era pouco convidativa.Só um caçador se acharia ávontade em semelhante logar.

Era uma edificação antigaque senumbrava na delineaçãoexterior a pretenciosa archi-tectura gothica, um pouco dage-nerada. As partes do castelloainda habitaveis tinham umanota viva e indelével da épocagloriosa da Renassença.

Continua.

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Page 2: PROPRIEDADE DE UMA ASSOCIAÇÃO COMMANDITARIA

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* DIÁRIO PORTUGUEZmm

Do ministério da fazenda solici-tou-se a expedição de ordem paraque ao alumno da 5a série da Fa-culdade de Medicina do Rio deJaneiro, Aristides da Silveira Lobo,se pague a gratificação de internoda 2a cadeira de clinica medica,relativa ao período decorrido de i 3de Abril a 2 5 de Maio ultimo, noqual substituiu o interno effectivoDuarte de Abreu, impedido por mo-tivo de moléstia.

Solicitaram-se do ministério dafazenda os seguintes pagamentos:

De 2:4145560 a diversos, por for-necimentos em Maio e Junho ulti-mos para as obras de canálisaçáode águas tributarias do rio lguassú ;

De S:ooüS, aos ex-senhores de 1 1escravos alforriados por conta da6a quota do fundo de emancipaçãodistribuída ao município de S. Joãodo Principe;

De 20:25o$ á companhia Bra-zileira de Navegação, pela viagemredonda feita aos portos do nortepelo paquete «Bahia», que entrouneste porto a 3o do mez ultimo ;

De 203$, importância dos venci-mentos que, no mez findo, tiveramos acendedores da illuminaçãò dosjardins das praças ;

De óao$ó6o a diversos, por for-íiecimento durante os mezes deMaio e Junho ultimo, para as obrasda hospedaria de immigrantes dailha das Flores ;

De 078430 á directoria do cor-po de bombeiros, como ihdemhi-sação de despezas miúdas realisadasno mez ultimo;

De 920$ ao ministério da mari-nha, como indemnisação de despe-zas feitas em proveito da ferro-viaD. Pedro 11.

De Vertentes, em Pernambuco,escreveram ao " Jornal do Recife" :

« No logar Manso, limites da co-marca de Bom Jardim com a doBrejo, se tem desenvolvido a va-riola, que já tem feito mais de umadezena de victimas, sendo grande onumero de doentes dessa terrívelmoléstia conlagiosa.

Alem da miséria a que vê shreduzida a população desta cornar-ca pela secca, que tudo miirou,sem que nada produzisse, vem maiseste fiagello pesar sobre ella.

Sem dinheiro, sem remédios, semviveres de espécie alguma, o queserá desses desherdados da sorte alutarem em vão pela vida?

E' a vez da caridade ; mas alliquem a poderá exercitar, sendotodos iguaes na miséria ? Onde avida de um, como a vida de todos,é um continuo soifrer de amargasprivações, o que vem a ser a cariridade'/ Reduzida a lagrimas com-passivas, vestidas pelo amor dopróximo, de que lhes pôde servir?Restar-lhes-ha somente a sympa-thia do? que soffrem pelos que cho-ram e nada mais.

E já que com isso apenas pode-riam morrer consolados, apparéçao braço protector do governo, am-parando-os para que não morram enáo vejam morrer os pais a seusseus filhos e estes aquelles, os ma-ridos as mulheres e estas aquellas,em muitos casos em que poderiamser salvos se não fosse a extremapobreza, que os impossibilita decombater a peste por falta de re-médios e de dieta.

Consta que o dr. juiz de direitolevou o facto ao conhecimento dopresidente da provincia ; mas, quesejam tomadas algumas providen-cias, ressentindo-se estas da moro-sidade de que não prescindem asformalidades dos negócios públicoschegarão tarde para para muitos.Em todo o caso venha o soecorro,ainda que nem a todos possa apro-veitar».

SOCIEDADE PROPAGADORADAS BELLAS-ARTES

Hoje, ás 7 i|2 horas da tarde,reunir-se-ha a directoria e conselhodesta sociedade.

FOLHETIM «OO

HENRIQUE PEREZ ESCRICH

IS AIS 1 TMATfiA.Dl!CÇlO

DE

JÚLIO (J A !U A

LI V RO XII

CONCLUSÃO

CAPITULO X

AI.EORIA NO ROSTO E TRISTEZA NA ALMA

(Continuação)

Virgínia fez uma caricia á suaamiga, e replicou :

S. Paulo disse : « a mulherseguirá o marido. E casando-meeu...

Casando I—repetiu Anna comvisivel assombro.

Admiras-te ?Se admiro !Pois é muito provável.

E é meu conhecido o noivo ?-E'.

Ahi Por Deus, dize-me onome !

CLUB ATHLETICO FLUMINENSEEstiveram esplendidas as corridas

effectüadás hontem neste club.A's 11 i|2 horas da manhã,pouco

mais ou menos, deram execução aomagnífico programma, sendo este oresultado :

f" pareô—ganhou a corrida o sr.Henrique do Vabo, checando emsegundo logar o sr II. Teixeira. Apoule rendeu 6$3oo.

2" pareô—ganhou o sr. ArthurSoeiro, chegando em segundo logaro sr. Alberto do Couto. A poule ren-deu 20$100.

No 3" pareô apresentou-se a sra.Bargossi, que percorreu 3ooo me-tros em 14 minutos, sendo bastanteapplaudida.

A 4" corrida foi ganha pelo sr.Pontes Júnior, chegando em se-gundo logar o sr. Alberto Taylor.A poule rendeu 03400.

5' pareô — chegou em primeirologar o sr. Raul Lima e em segundoo sr. Alberto do Couto, dando apoule i3$700.

Com grande anciedade de todosque se achavam presentes chegoupor fim a vez do sr. Bargossi per-correr m.Soo metros.

Apresentarám-se dois cavalheiros,um o sr. .lenuino de Almeida, quecom admiração do publico, conse-guiu correr 10,000 metros, tendopor isso obtido uma estrondosa ma-nifestiição ; o outro, o sr. Viriatode Freitas, que depois de trez vòT-tas não conseguiu continuar, porachar-se incommodado.

E assim terminou a festa, rcinan-lio àempre muita ordem.

ESCOLAS PUBLICAS PRI-MARIAS

Quarta feira, 12 do corrente,começarão as provas oraes doconcurso para as cadeiras deinstrucção publica, às 11 horasda manhã no externato D. Pe-dro II.

Requerimentos despachados peloministério da agricultura :

Viscarra e Guagama, pedindo pa-gamento de 35:ooo$ por saldo quelhes é devido dos trabalhos, de pi-cada para estudos da estrada deMadeira e Mamoré.— A' vista doque informa a thesouraria de fa-zendá de Maháos e o ex-engenheirochefe da commissâo de estudos daestrada, os sú.pplicantes tem direi-to ao pagamento de 24:856$ o nãode 35:ooo$ como requerem, de-vendo esperar que o corpo legisla-tivo vote o respectivo credito, porpercencer ao exercício de 1 SS3 —1SS4 a despeza de que se trata.

Dr. Possidonio de Carvalho Mo-reira requerendo para tornar-seeffeçtivas as vantagens do decreton. 3,oi(i de 27 de Outubro de1SS0, que foram-lhe concedidas emvirtude do decreto ri, 7,1 Si de S dede M;:rço de 1879, relativo ao arra-samento do morro do Senado eaterro dos pântanos da cidade doRio de Janeiro.— Não pôde terlogar o que requer o supplicante,visto não ter ainda empreza orga-nizàdà, como precèitua ó art. r domencionado decreto n. 3,oiG de 27de Outubro de 18S0.

Bacharel Pedro Carvalho Mo-raes, pedindo concessão para esta-belecer redes telephonicas na pro-vincia do Pará,— Por ora não pôdeter logar.

Ferdinan d Rodde & C. pedindoprovidencias no sentido de ser pro-hibida a companhia de TelegraphosUrbanos a continuação do assenta-rnento de linhas telephonicas nacidade de S. Paulo e bem assimq_e seja prorogado por seis mezes,unicamente em relação á mesma ei-dade, o prazo do seu contracto re-ferente aquelle melhoramento.—Indeferido.

João Alexandre Blair pedindoprivilegio para assentamento de li-nhas telephonicas na provincia doRio Grande do Sul.— Por ora nãotem logar o que requer.

Sir Carlos Holt. Parece-te umvelho, não é verdade ? A mim bas-ta-me a belleza da alma, que é amais duradoura.

E tu amal-o 9Quem não ha de amal-o, co-

nhecendo-lhe o seu bello coração ?Oh ! affirmo-te que só como suaesposa poderei ser feliz, porque oamo ha muito tempo.

Mas... e teu pae ?Meu pae, só deseja a minha

felicidade, dá-me o seu consenti-mento, e virá comnosco para osEstados-Unidos.

Bemdita sejas tu, que salvasum pobre velho dos perigos que ocercavam | Bemdita sejas tu, mi-nha irmã, que foste para nós o anjoda redempção I

As duas amigas abraçaram-se.Por alguns momantos permanece-ram aquellas duas formosas cabe-cas languidamente inclinidas umapara a outra. Choravam lagrimasconsoladoras. lagrimas suaves, di-manadas do fundo de duas almaspuras.

Entretanto, o conde de Balbôa,tremulo, inquieto, com os olhosenroxecidos, o rosto descomposto eapertando o peito com as mãos, es-tava como petrificado por detrazdo largo reposteiro que vedava apassagem do qmrto de sua filha.Aquelle desventurado tinha ouvidotudo. Sua filha era senhora dos seusterríveis segredos ; mas sua filha eVirgínia, anjo da terra, gênios dobem, tinham-se unido para o sal-var. Por fim, envergonhado de simesmo, sahiu daquelle sitio e foioceultar-se no seu quarto. Alli, do-minado pelo desespero e pelos re-

Requerimentos despachados peloministério da marinha :

Operário Thomiz José Lopes,contruetado para servir no encoú-raçado " Aquidabarí'.', na qualidadede calafate, pedindo ser pago desdea data da nomeação.— Indeferido.

Rita Maria dos [mpossvieis.—Compareça na secretaria de estado.

José da Silva Barros, pedindocertidão da carta de m.iehinista queperdeu.— Entenda-se com o direc-tor da escola de marinha.

O movimento dos depósitos daCaixa Econômica co Riu de Janèi-ro, durante o mez findo, foi o se-guinte :Saldo existente em

3o de Julho de1885 12.2 52:61ÓS26'.

Importância de10.954 entradas,sendo :

97.82 em diasúteis 42.3:-io$ooo1.1 72 em qua-tro domingos. 5i:383$ooo

47 5:og3.$ooo

12.727:709.5201

Importância d e2.-163 retiradas. 441:16S$957

Saldo existente em31 de Julho de1885.a favor dosilèpositaiites: noThesouro N a -cional. em contacorrente 12.273:3 17S7 52

Em caixa 1 31222$552

i2.28f>:540$3o4

JOKEY-CLUBDevido talvez aos cortes que

fiseram no programma, não es-tiveram hontem animadas ascorridas.

No 1" pareô, correu nnica-mente Pretória.

No 2" pareô, appareceramPhrinéa e Taillefer, chegandoeste em primeiro logar.

A poule rendeu 15$2Õ0.No 3" pareô, correram Vam-

pa e Icaria, gauhándo esta emprimeiro logar.

A poule foi de 12*200.0 4" pareô não se effectuou.No 5" pareô correu só Lord

Byron.No 6" pareô ganhou Dumiel-

ta, dando a poule 11$200.A 7- corrida foi disputada por

Electrica e Alalanla ganhandoesta.

A poule rendeu 10SG00.As corridas terminaram autes

das 4 horas.

Em conseqüência de ter-se mani-festado o cholera-morbus em Mar-selría, o ministério do império nointuito de prevenir a importação damoléstia, resolveu á vista do quepropoz o sr. inspector de saúde doporto do Rio de Janeiro,o seguinte:

1". E' declarado sujo o porto deMarselha e passíveis de quarentenade rigor os navios delle proceden-tes, directamente ou por escalas ;2". Essa quarentena será pur-gada no porto do Rio de Janeiro,ficando fechados aos navios deMarselha todos os outros portos doimpério ;

3". No caso de chegar algumnavio com factos de cholera a bord jo governo, até resolução em con-trario, reserva-se o direito de pro-hibir-lhe a entrada sem, todavia,negar a prestação de soecorros deque o mesmo navio careça ;

4". São declarados suspeitos osportos francezes do Mediterrâneo,

morsos, derramou abundantes la-grimas, e por mais de uma vez lheassaltou a mente a idéia do suici-dio. Os crimes nunca se commet-tem impunemente. Poderá a jus-tiça dos homens não os ver, e náoos castigar ; mas Deus tem semprea sua vista suspensa sobre os crimi-nosos. A consciência, esse juiz decada indivíduo, essa inquietação doespirito, esse mal estar dó coração,que nos acompanha por toda aparte, que nos perturba a paz, quetorna o nosso sonino espantoso,que amargura a existência, só nosabandona á beirado sepulchro, nomesmo instante em que alma seeleva ao tribunal supremo.

Meu Deus; meu Deus I Queme resta sobre a terra ? Minha filhasabe que fui um miserável. Eu jánão posso viver, porque o contactodos malvados macula a pureza e afelidade dos bons.

Desde aquelle momento o conde,cansado da sua existência, resolveupôr termo aos seus dias. Na manhãseguinte entrou no quarto de Anna,que o recebeu como sempre, lan-çando-se-lhes nos braços, d. Ale-xandre eslava alegre; tomou comas suas mãos a formosa cabeça dafilha, e disse :

Estou verdadeiramente encan-tado de ver os progressos da tuasaúde. Ah I O amor é realmente umgrande medico.

Meu pae !Em outro tempo, querida Anna,

teria ciúmes ; mas desde o dia emque julguei ver-te morta, fiz votode abençoar e amar aquelle que tesalvasse; por isso eu amo tantoHoracio. E a propósito ; não me

quer os continentacs da Europa eda África, quer os insulares ;

5". As medidas, ora tomadas emrelação ao porto de Marselha, sub-sistirão até ordeiri em contrario,relativamente aos portos de Hespa-nha e a todo e qualquer porto emque o cholera venha a manifestar-se.

LYCEU DE ARTES E OFFICIÜSFunccionará hoje, ás 7 horas_ da

noite, o Airso publico de physica.

A aula Jde mineralogia, a cargodo sr. dr. Teixeira Bastos Júnior,funccionará também, ás S i[2 horasda noite.

As repartições fiscaes aduaneirasdo Recife, arrecadaram no mezfindo as seguintes quantias, emcomparação com as de egual mezno anno ultimo :Alfândega, em iS85 78i:oo5$7SyNo mesmo mez, em

84 752:1628499Differença para

mais este anno 28:843829°Recebedoria,em 85. 43:3o9$4(35No mesmo mez, em84 41:22882 10

Differença paramais este anno 2:o8i§255

Consulado, em S5. . 1 30:960389 1No mesmo mez, em83 126:122844^

Differença paramais este anno 4,"838$443

THE FOOT RINK CLUBEstiveram bastante animadas as

corridas de hontem neste club.Tiveram a felicidade de ganhar

os magníficos prêmios :O sr. C. Corrêa, no i° pareô,

dando a poule 3$900.No 2° parco a menina Cypriana,

dando a poule 3$ 100.O sr. Arthur Lemos ganhou no

3o pareô, dando a poule ò$ooo.No 4o pareô ganhou o sr. N.

Marques, dando a poule 4$5oo.No 5o pareô ganhou o sr. F. Gou-

lart, dando a poule 6$3"0.O 6" pareô foi annullado.O sr. Oscar Chaves ganhou no

7° pareô, dando a poule 5$200.A 8a e ultima corrida foi ganha

vantajosamente pelo sr. A. E, daSilva, dando a poule 7.3400.

A festa terminou ás 6 horas datarde.

¦—¦ «•-

S.tMltfS li IMLCOS

Espectaculos hoje :Peduo II. — Gioconaa.PniNCiPE Imperial.—Compa-

nina zoológica.Recreio-

atlântica.Companhia Trans-

Foi recebida com enthusiasmopela platea do theatro SantaIzabel, do Recife, a opereta D,Juanila representada pela cora-panhia do Braga Júnior.

MIls. Rose Villiot e BlancheGrau tem sido extraordinária-mente applaudidas.

Quem ainda não viu os ma-cacos e não está disposto a ficarem casa pode ir passar umanoite divertida, indo hoje as-sistir ao espectaculo da compa-nhia zoológica.

A grrrraude companhia trans-atlântica, composta de artistassaltadores, sob a direcção do sr.Dias Braga, vae. embora ama-nhã.

dizes nada dos teus projectos decasamentos ? Quando é o dia gran-de ?

Isso ha de o papá indicar.Eu? Nesse caso... Estamos

hoje a 25 de Novembro... Querovêr-vos casados antes da noite emque nasceu o Homem-Deus, o Re-demptor do mundo.

ah, meu pae !E Anna lançou-se nos braços do

conde de Balbôa.Não é verdade minha Anna

que é muito bom o pae que accedea todos os desejos de sua filha ?Mas já te disseque não quero terciúmes. A alegria de teus olhos, abella côr que começa a reapparecerem tuas faces, são a minha -maiorventura ; além disso, tu és uma boafilha, e amas-me muito, não éassim ?

Anna cobriu de beijos e de la-grimas o pallido rosto do pae. Oconde chorou também.

Basta de lagrimas— disse. —Pensemos na tua boda ; náo hatempo a perder. Hoje mesmo deveficar tudo disposto ; como creioque ficareis nesta casa, são precisasalgumas reformas. Vou já mandarum estufador. Tu entende-te coma modista e com o joalheiro. Va-mos, não chores. Ah ! D z a Hora-cio que vá ter commigo quandovier.

O conde desprendeu-se dos bra-cos da filha sahindo do quarto.Aquelle infeliz velho sentia-se coma força dos marlyres para levar acabo a sua heróica resolução. Anna,uma vez só, deixou-se cahir de joe-lhos diante de uma imagem da vir-

Ha mais tempo, e passe por de mais sentido, de mais hurna-lã muito bem... a companhia, no.que o sympathico director ó ne-cessa rio cá para o Conde deMonte Christo...

Anda em maré de felicidadeso sr. Dias Braga. Montem paramais ajuda, ató se euipastelouunia noticia referente a tal Zam-pillorislração,ou a quer queó,dacompanhia transatlântica.Comoella se vae embora, manda acivilidade, que nada mais sediga.

0 conhecido drama de A. deEriüeryj o Palhaço, foi a peçaescolhida pelo distineto actorSimões para a estréa da com-panhia organisada sob a suadirecção.

0 drama de Ennery ó comotodos os do mesmo autor, ba-seado nas velhíssimas formulasseutimentaes, no embate depaixões oppostas, nos lances co-nhecidos das ricas herdeiras quese perderam, dos cyuicos per-versos que luetam durante cin-co actos como leões, para morrerno sexto como rendeiros.

Comtudo é um dos mais in-teressantes, dos mais apparato-sos, dos mais emocionaes que seencoutram no reportorio da ve-lha litteratura rocambolesca.

Ennery é um dos autoresque mais a fundo conhece otheatro, que melhor sabe entre-char uma peça, movimental-a,tornal-a interessante, viva,nova,extraordinariamente impressio-nativa e commovente.

Importa-se muito pouco coma naturalidade das scenas, como encadeamento dos actos, coma lógica dos caracteres, com aanalyse dos temperamentos.

O seu fim único é crear a in-triga, o eixo, a mola, a ficelle ;subalternisa ao enredo toda anaturesa dos agentes, toda apsychologia dos personagens.Encontrada a base, arranjada acorrelação das peripécias, esta-belecida a intriga principal,elle deixa correr brevemente aacção, ferindo pela nota bruscadas scenas, pela estravaganciadas aventuras, pelo imprevistodas situações, pela originalida-de dos desenlaces.

0 personagem é um escravoda acção, é absorvido por ella, éum effeito e nâo uma causa,uma resultante e não uma mo-triz.

Ennery arra aja e prepara na-turesas para tal scena, para talepisódio, para tal paixão : nãoestuda nem desenvolve senti-mentos e acções para tal vulto,para tal psychologia, para talorganisação.

Pensa no facto e não 110 factor.Não tem a comprehensão da

verdade humana, tem a intui-ção simples do effeito scenico.

Por isso os seus dramas, vi-vos de peripécias, cortados delances, sempre interessados deaventuras românticas e vigo-rosas, carecem de vitalidadeque vem da alma e da naturesainterpretadas no que têm demais real, de mais profundo,

gem que tinha no seu quarto, eunindo as mãos, murmurou :

— Virgem santa, mãe de Christo.vós, que vedes o arrependimentode um pae peccador, velae por ellenas ultimas horas de sua existen-cia !

CAPITULO XIEM QUE SE TOHNA A ENCONTUAIl UM

AMIGO

Os nossos leitores devem lem-brar-se da situação em que deixa-mos, ha alguns capítulos, o enge-nhoso forçado, no pequeno quartoda taberna do Aragonez.

Voltamos a encontral-o, na ocea-sião em que Tiburcio, depois delhe servir o almoço, sahiu a desem-penhar a dillicil missão que lhe foradada.

Genaro ficou só. Diante de si,sobre a modesta mesa de pinho,viam-se algumas carnes frias, umcopo e uma garrafa de vinho. Ti-burcio tinha-lhe elogiado aquellesummo extrahido das vides doMaestrazgo. Que receio poderiainspirar-lhe o «honrado» dono databerna em que estava 't Nenhum.Portanto, partiu,mesmo com os de-dos, um píosito, pegou sem escru-pulo num pedaço de carne e co-meçou o almoço.

Genaro estava impaciente. Quan-do uma idéia nos preoecupa, quan-do a imaginação trabalha, o esto-mano descança. Mas, o ex-calcetatinha uma natureza privilegiada, evendo sobre a mesa as carnes quelhe havia servido Tiburcio, nãopôde resistir e comeu. A garrafado decantado vinho de Benicarlóestava alli ante os seus olhos, ao

Apesar d'isto elle sabe disporo personagem para esta ouaquella S'".ena : sabe como a suaorganisação se deve manifestarcomo o seu temperamento devoexplosir. Mas essa coherenciada psychologia do homem coma acção que a provoca, é sim-pies, é artificial, é calculada,sem precedentes que a formem'sem uma revelação previa quêa documente e auxilie, desmen-tida no acto seguinte por outraqualquer scena, em que de novoa energia do sentimento acom-panha a necessidade da accãofalseando porem ao caracterrevelado auteriormente nas suasmanifestações de outra ordeme de outra indole. Isto é, aospersonagens falta a unidadepsychologica. A habilidadecoutexturadora do dramaturgoautomatisa-os, sedul-os a in-coiigruentissiraos productos danatureza humana. Por isso sãosempre difficeis para o artistamoderno as interpretações detaes papeis, contraditos a todoo momento pela multiplicidadee divergência de sentimentosoppostos.

0 enredo do Palhaço, é desobejo conhecido. Um saltim-banco desposa-se com uma rapa-riga engeitada, que vive á custade uma pobre e honesta famíliamontanhesa. Mais tarde um pa-tife, Rollac, descobre n'essarapariga a única herdeira deum venerado nome, que tinhaa nobreza de altos e tradiecio-naes brazões, e a opulencia deuma fulgentissima e millio-naria riqueza.

Revela-lhe a origem e con-trapõe-lhe a sua posição, asdifficuldades da vida, os perigosda miséria, as futuras priva-ções dos filhos, o parasitismoe a vagabundagem por feirase povoações, debilitando a saúdedaquellas bellas creanças rosa-das, e mostrando pelotiquicese farças a dois vinténs porcabeça — á sua larga e ridetiteexistência de fidalga, cercadade todos os con for tos, todos os lu-xos, de todas as alegrias do bemestar, outra adoração de altase hierarchicas pessoas, educan-do nobremente os seus filhospara uma vida gloriosa e tri-uinphal de sábios ou diplo-matas.

A. peça toda gyra neste em-bate convencional de senti-mentos, baseada inconsciente-mente na eterna separação decastas, e no aterno preconceitode posições.

0 desempenho que lhe deramfoi excellente.

Coube ao actor Ferreira aparte do Palhaço, havendo-se magistralmente, vocalisandocom uma dicção perfeita e so-nora, revelando uma poderosacredulidade artística na com-prehensão das enormes doresque laceram a sua pobre almade saltimbanco, que 110 mesmotempo é marido e pai.

A sra. Apollonia foi perfei-tamente no seu papel de

alcance das suas mãos, esperandoque lhe dirigisse a primeira caricia.Quando lhe restava apenas o ossoda primeira costelleta, serviu-sede um copo de vinho.

E' bem bom, na verdade I—disse Genaro depois de#o saborearcom toda a parcimônia de um tcon-summado bebedor.—Tiburcio tinharazão em elogiar o summo das uvasque o sol do Maestrago amadure-ce ; nunca bebi coisa tão agrada,vel.

E serviu-se de outro copo de vi-nho. Ia a leval-o á bocea, quandoparou para fazer as seguintes re-flexões :

Noutras circumstancias leva-ria da melhor vontade ao fundo estagarrafa, porque a um homem daminha tempera pouco importa umaborracheira de mais ou de menos;mas hoje devo ser prudente, queeste vinho trepa quelnem diacho.Vamos com cautella.

Genaro tornou a poisar o copoao pé da garrafa, e apoderou-se dasegunda costelleta. Apesar das pru-dentes reflexões que lhe tinhamsugerido, não tirava os olhos datentadora garrafa que tinha diante.Genaro foi bastante forte para do-minar o seu desejo, o qne nem to-dos podem fazer ; e continuoucomendo.

Ora, adeus !— pensou depoisde dar cabo da ultima costelleta—eu não sou tão fraco que me embe-bede com outro copo de vinho.

O homem geralmente é pouco fir-me nas suas resoluções. Genaro be-beu segunda vez, eum minuto de-pois levava a mão á fronte murmu-ründo :

(Continua).

mém

W *

#

Page 3: PROPRIEDADE DE UMA ASSOCIAÇÃO COMMANDITARIA

DIÁRIO PORTUGUEZ 3

jilao-dalena, dizendo com o ta-

jen| c habilidade, que ha

iftUito tempo já, obtivera das

platéas da capital, a sua con-jíio-rnçáo como uma das maisuistinctas actrizes brasileiras.

Alfredo Magno, um estudioso

actor portuguez, que uma ad-versidadè constante tem retiradoda scena, mostrou-se um galan([t! excellentes aptidões, aindaque o papel não lhe fosse detodo favorável. No seu papelde duque, Simões portou-se coma costumada correcção, susteu-tando com uma primorosa inalte-rabilidade o personagem ex-centrico do duque, folião e liber-tino por naturesa, mas orgulho-so e soberbo como ura nobre dascrusadas que presa mais quetudo a improfanada gloria dosseus brasões armoriados.

Adelaide Percirn foi uma ca-pvichosa e leviana bailarina,capaz de entontecer todos os so-brinhos provincianos, tutelladospor tias velhotas e beatas. No;j- acto apresentou-se com um ga-lante e original vestuário dedançarina e conservando semprea volubilidade, a agileza, a es-touvada doçura de coração,que daquella estroinasita doboulevard faz uma caprichosae o-entil pérola de bondade e deamor.

Os mais artistas sem especia-lisação concorreram para o bomexijo da psça, a qual deve dará nova companhia dramáticauma prospera e ridente vida.Oscenario 6 rasoavel, sobresa-indo a maginifica vista do 3;acto, pintada pelo hábil sceno-grnplio Opliva, e que representaa o"i'ande festa chineza do pala-cio de Montbazon.

ccDiario Portuguez»

O sr. José Rodrigues Baptistade Barros, conceituado nego-ciante, residente na cidade doRio Claro.provincia de S. Paulo,presta-se generosamente a seragente desta folha naquella lo-ca lidade.

A associação proprietária doDiário Portuguez declara queconsidera validos os recibos dea s s i g n a t u r as firmados poraquelle cavalheiro.

Apresente o titulo que lhe conce-deu a graça, para cuja acceitaçãopede licença, foi o despacho dadopelo ministério do império ao re-querimentp do conego José Mendesde Paiva.

Solicitou-se do ministério da f.i-zenda a expedição de ordem para o

pagamento dás seguintes quantias :Durante os quatro primeiros me-

zes do autuai exercício: de 2-33$333',ao ilr. Jorge João Dias Dodsworth,director da secretaria da câmarados deputados, para óccorrer ásdespezas do expediente da mesmarepartição ; de 20$; a Paulino An-tonio de Paiva, porteiro do salão

o asseio

dos

da referida câmara, paradn paço da câmara.

De i:o33$54Ó, importância uvencimentos do pessoal empregadono hospital marítimo de SantaIsabel durante o mez findo ;

De 82$ ioo, importância de livrosfornecidos por Alves & C. e remet-tidos ao presidente da piovincia deSanta Catharina, para servirem nosexames de preparatórios ;

De 302$, da ednstrucçáò dè umsotão no edifício da BiblioihecaNacional para deposito de appare-lhos de luz electrica ;

De 5g6$86p, despendida pelo èii-genheiró dr. Antônio de PaulaFreitas, tle Abril a Junho ultimo,com a conservação dos jardins dosedifícios próprios nacionaes em quefunecionam escolas publicas.

Foram sepultados no dia 7 docorrente :

Evaristo Borges de Oliveira, ba-hianòjiS annos. Abeesso da regiãoglutéra direi;a.— Maria das Dores,portugueza, 33 annos, casada, afíec-ção cardíaca.— Um recém-nascido,filho de Emerenciáná, escrava, flu-minensé, 2 dias. Catarrho sulfo-cante.— Virgínia, filha de ManoelVieira, brazileira, 3 annos. Cholerainfantil. - Clara Maria de Jesus,portugueza. 55 annos, casada. Gas-trite chronica. — Josino, ti lha deJoão Francisco Borges, 4 mezes.Enteio-merenterite.— Antônio Du-tra de Mendonça, brazileiro, 19annos. solteiro. Febre amarella.—Caetano Scarello, italiano, 40 an-nos, casado. Idem.- Eduardo Tel-les Barbosa, brazileiro, 42 annos,solteiro. Febre perniciosa algida.—Manoel Feliciano, maranhense, 42anr.os, solteiro. Febre subcontinuaperniciosa.—João, exposto da SantaCasa, 4 mezes e 12 dias. Castroenterite. — Arthur. filho de LuizPicasio Martins, fluminense, 1 i|2mez. lnviabiliade.— Euzebia MariaRosa da Conceição, fluminense, 5oannos, viuva. Lesão cardíaca.—Nilo,filho de João Elidio Paiva, fiumi-nense, 16 mezes. Meningo encepha-lite. - Maria, filha de Manoel Sil-veira, 8 dias. Tétano dos r.-.cem-nascidos. — José Antônio da Silva,chinv, 34 annos, casado. Turber-culose. — Fortunato Antônio doNascimento, fluminense, 48 annos,solteiro. Tuberculose pulmonar.—Thereza, ingênua, (ilha de Paulinajfluminense, 1 t mezes. Tuberculosmesentericos. — Alfredo Alves doEspirito Santo, cearense, 3o annos,solteiro. Tuberculos pulmonares.—Amélia Clementina de Andrade,fluminense, 10 annos.

Sepultou-se mais um escravo, quefalleceu de lymphatite perniciosa.

No numero dos 21 sepultadosnos cemitérios públicos incluem-se7 indigentes, cujos enterros se lize-ram grátis.

CORREIONova York., Barbadas o S,

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u cartas pura o exterior do impérioaté ás 10 da manhã de hoje.

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tarde, cartas para o interior do impe-rio até á l \.\2 da tarde e uartas comporte duplo até ás 2 da tarde dohoje.

Portos do isorto.—Vapor Espi-urro Santo.

Impressos até ás 7 horas da manhã,cartas para o interior do império atóás 7 l|2d» manhã, curtas com porteduplo até ás 8 da inauhã de hoje.

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Ohjüctos para registrar ató ás ü horasdu tardo cie hoje, impressos até ás 7 da

manhã, cartas pura o interior doimpério até ás 7 1|2 da manhã ocarlas com o porto duplo até ás 8du inanliã do dia 11.

BOLETIM COMRCIAL

Or. Ribeiro Guimarães,—Especialista de moléstias de pelee syphilis. Residência á rua da Cons-tituição n. 8-l.C"U3tütorio na rua The-ohilo Ottoni n. 84.

r>r. BiluardoOalaza—Medi-diria, Consultório rua Theophilo Ot-òili o. 81, da l ás 3 horas du tarde ,

or. Hom-lquo do Su.—Espeualista de syphilis e moléstias dascrianças consultas da 1 ás 3, ruaPrimeiro de Murço n. 2:2: residunciarua de S. Pedro n. 294, teleplione 117n 128.

Dr. Joaquim José do Sequeira. — Advogado. 102 Rua doHospicio 102.

Clinica módica.— Dr. Suntos Marques. Residência, Rua do Senador Euzebio n. 81.

Adyògnuio.— José Antônio deAraújo e Vasconcellos das 10 as 3 datarde rua do Hospicio ri. 24.

AVISOS ESPECIAES

O movimentoSanta Casa dahospícios de Pedro

do hospital daMisericórdia, dos

II, de NossaSenhora da Saúde, de S.João Bap-tista, de Nossa Senhora do Soe-corro e de Nossa Senhora das l)ò-

em C.iscadura foi, no dia 7res

Autorisaram-se ás thesourarias :Das Alagoas, de conformidade

com o aviso do ministério da agri-cultura de 12 de Junho próximopassado, para pôr á disposição dapresidência a quantia de 9 12S1 37para pagamento de substituições emlogares da administração do cor-reio da dila província ;

Do Pará, para pagar ao barão deGuarajá a quantia de 7418935 deque é credor, proveniente de ven-rimemos que lhe são devidos dotempo em que presidiu a provínciado Ceará;

De Santa Catharina, de confor-midade com o aviso do ministério'Ia agricultura de 17 de Março ulti-mo, para entregar a Carl AugustoLoschner, residente na extinetacolônia Itajahy, a quantia de 5o$depositada na respectiva directoriapor João Rottluf, em Julho de 1876,afim de ser enviada para Allema-nha, o que não se verificou.

i.S75

49

Rio. 0 de Agosto de 1885ESTRADA Dli FERRO L>. PEDRO IIMercadorias entradas hontem nas es-

tacões da Corte, S Diogo e GamboaAguardente 11 pip. 151 pip.Arroz 2.11GAssucarAlgodão 3.000Café 748.275 3.923.831Carvão ve-

getal 8.300 131.500Couros soe. o

salgados.. 4.572E ar inha de

mandioca. 47Feijão 192Fumo 19.800 115.572Madeiras 12.004Milho 7.510 81!.653Polvilho 1.817Quoijos 6.2:)5 29.919Tapioca 3.030 7.310Toucinho.... 0.012 05.135Diversas 5.555 314.15o

Estação da corte, 9 tle Agosto de1835, pelo agente.— Fernandes.

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PERDEU-SEUm pequeno livro cie

notas contendo aponta-mentos de visitas a do-entes.

A pessoa que o levará rua da Quitâiiclà n. 16serárosamente

PROPRIETÁRIO

D. C. LAPA BELÉM

AO CARVALHO Dl 0110

gratificado gene-

VAPORES A SAHIR

Mi-

Foi últimos dias dopreso, nosmez findo, no logar Chatinho, dotermo do Bom Jardim, em Pcrnam-buco, pelo inspector Antônio Go-mes Barbosa, o réo José Gomes deMoura, pronunciado em crime deroubo, Estava alli de nome mu-dado. O inspector que o prendeufel-o seguirdirectamente para a co-marca do Bom Jardim, á disposiçãodo dr. juiz de direito que o passouao juiz municipal para os fins con-venientes.

«Diário Portuguez»

0 sr. Manoel Rebello de Al-meida Filho, está authorisadopela associação proprietária des-ta folha a agenciar assignatu-ras para esta folha nas provin-cias do Rio de Janeiro e Minas.

Os recibos de àssignaturas fir-mados, pelo sr. Rebello de Al-meida serão considerados vali-dos por esta empresa.

do corrente, o seguinteExistiamEntraramSahiramFalieceramExistem 1.869

O movimento da sala do banco edos consultórios públicos foi, nomesmo dia, de 314 consultantes,para os quaes se aviaram 3(J2 re-ceitas

Praticaram-se 10 extracções dedentes.

Dia 8 :Jucob Gulhmam, auslriaco, 28

annos, casado. Accesso pernicioso.—José Sebastião da Silva, portu-guez, 60 annos, casado. Alcoolismochronico. —Etiennette Goget Hab-bema, franceza, 61 annos, casada.Cacinoma do ovario direito. —Amancio Munhongeba, «africano,5- annos. solteiro. Congestão cere-bral.-Guilnermina,filha de Damiãode Almeida. 5o dias. Coqueluche.-Um feto, filho de Iionorina. Fal-leceu ao nascer. — Juvenal DiasValladão, fluminense, ig annos,solteiro Febre amarella.—Álvaro,filho de Rosalina Felicidade, bra-zileiro, 4 annos. Febre perniciosaalgida.—Francisco Pessano,italiano,3o annos, casado. Febre lyphoide.—Joaquina Luiza Pereira, flumi-nense, 67 annos, viuva. Gangrenapulmonar.—José Custodio de Souza,fluminense, 3o annos, solteiro. Ti-sica pulmonar. — Um recem-nas-cido, lilho de Storzina Maria daConceição, 1 hora. Tétano dos re-cem-nascidos. — Euzebio JoaquimNogueira, fluminense, 29 annos.Tuberculos pulmonares.--Henrique,filho de Antônio Pedro de Andrade,fluminense, 5 annos. Typho icthe-roide. — Jorge Costa, italiano. 60annos, casado. Uremia.—Um feto,filho de José Joaquim da SilvaMonteiro. Nasceu morto.

No numero dos i5 sepultadosnos cemitérios públicos incluem-se4 indigentes, cujos enterros se fize-ram grátis.

Dia S :Existiam 1869Entraram 37Sahiram 41Falieceram 8Existem 1.857

O movimento da sala do banco cdos consultórios públicos foi. nomesmo dia, de 269 consultantes,para os quaes se aviaram 332 re-ceitas.

Praticaram-se 12 extracções dedentes.

Nova York por S. Thomaznho "-12 horas

Portos do Norto "Espirito San-to "— lO.lioras—

Paranaguá.Antonina, S. Fran-cisco, Santa Catharina RioGrande,Pelotas o Porto Ale-gre " Victoria"—10 horas—

Portos do Sul"Rio Grande(10 li»Nova York "Finunce" ( 10 hs ).Santos "America"—12 horas.—lãvorpoole esc. "Cotopaxi ".Hamburgo, Lisboa, e Bahia,'¦Santos''

Bremeri, Lisboa e Bahia,"Haiti-more"

Rio Grande do SuPorto Alegre, '

(12 hs.)Nova York "Pascal Southampton oAntuerpia,"MaS'kelyuo

, PelotasGhatham

e

10

10

1011121212

13

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1415

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geral da instrucção primaria e se-cundaria do município da corte, atéo fim do corrente mez, das 11 ho-ras da manhã ás 2 da tarde, emtodos os dias úteis, a inscripçãopara os exames geraes de prepara-torios que começarão em Setembrovindouro.

Chama-se a attenção dos srs. in-teressados para a seguinte disposi-ção do ministério do império, de 5do corrente :

" Os candidatos, d'entre os in-scriptos para o exame de cada umadas matérias preparatórias que,tendo sido chamados, náo compa-recerem, só terão direito á novachamada depois de esgotada a listados mesmos inscriptos, se prova-rem, a juizo da inspectoria geral,que faltaram á primeira por motivojustificado.

No caso contrario, ficará semeffeito a inscripção ".

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VISCONDE DE INHAÚMA

ÚNICO DEPOSITO

Faz-se por medida cada ternode casimira encorpada.

1SSFaz-se por medida cada terno

de casimira de côr, panno pretoou diagonal.

12$ 16$ l 18$000Faz-se por medida calça e

collete de brim branco.

SALlODE

TIRO AO ALVO103 Rua do Ouvidor 103

SOBRADO

Previne-so aos senhores atiradoresque acha-se aberto o salão do tiroao alvo todos os dias, das 9 horisda manhã ás lü da noite.

w

101 121 E mFaz-se por medida cada calça

de casimira de côr.

12

MORPHÊA! írZgnZSanto do Dr. Teixeira são oa uni-cos remédios conhecidos quecombatem a morphéa 1 As sy-philis, darthros, osena, feridas,eezemas, erysipelas, cravos bou-baticos, dores rheumaticas emoléstias provenientes da impu-reza do sangue, são curadas ra-pida eradicalmente como uzo detão afamados medicamentos. E'precizo muita cautela com asimitações! O Unguento Santo élegitimo em potes e não em la-tas; leva a marca registrada do\arope Santo, nomes do autor,Dr. Teixaira, e do seu deposita-rio geral, F. Paulo de Freitas.Rua dos Ourives n. 32. A, Riode Janeiro,

Page 4: PROPRIEDADE DE UMA ASSOCIAÇÃO COMMANDITARIA

-íf-sw."* ::"¦¦.'¦.

4 OIMUO PORTUGUEZnanrffl!

P AM A Q Til? T AAT 4 A Pfíí ffifl A TMÕ~-ÍjAÍViAü De LUiNA Mo ULbíi UAJJAoPortáteis; novidade neste artigo de cama e colchão em tinia só peça, vendem-se na colchoaria do

inventor e fabricante

QUASI EM FRENTE A' RUA DA QUITANDA

PROFESSORAUma senhora, tendo as mais

lisongeiras recommendações emuita pratica do ensino, leccio-na portuguez, francez, italiano,piano, canto e todas as matériasnecessárias a uma solida ins-trucção, ofterece o seu prestimoaos srs. pais de famílias paraencarregar-se da educação desuas filhas.

As pessoas que se dignaremutilisar de seus serviços, podemdirigir-se á rua Nova do Alcan-tara n. 2, sua residência, ou porescripto ao escripterio desta fo-lha eom as iniciaes J. P.

CONTRAA DEBILIDADEfcho Nnlriliw de Carne

Único legalmente auetorisado pelogoverno, e pela iunta de saúde pufilieade Portugal, documentos iefsdisadoipeto cônsul geral do Império do Bra-tü. É muito útil na convalescença daMas as doenças; augmeuta eoasid»-ravekaeuie as forças aos indivíduo?àohifòtados, e excita o appetite de un¦oda extraordinário. Um cálice d'e*tevánho, representa um bom bife. Acha-sa X imm mu priacipaes pAurm^ciaí.

Deposito—II. Sdhohach ã Costa

flua dos Ourtves 33—eio dk janeiro

R R RPROMPTO ALLIVIO

DE

RADWAYB' o mais barata © melhor

medicinapara família, usada om

todo o mundo

O PitüMPTO ALLIVIO DE RADWAY

Externamente ou tomado interna-men e conforme as direcções.Qualquerdòr, seja de que natureza fór, deixade existir.

Em todos os casos em que a dòr ouaflíicção se manifesta com catarrhoepidêmico ou angina diphterica, dòrde garganta, tremor nos beiços, tossesde máo stíracter, mesmo nos âriirnaeseólicas biliosus, inflànímàção de in.tes,tinos, estomago.pulmões, ligado o rinsou croup inflanimatorio, febres mali-grias, nevralgias, dores de ouvido, daespinha dorsal, das costas,rheiimatis-irio.diarrliéa, cholera-morbus, dysen-teria, qucimaduras.pisaduras.frieiras,congelaoão do sangue, cohtracção demúsculos o espasmos, àpplicação doPROMPTO ALLIVIO DE RADWAYcurará a peior destas enfermidades jihpoucas horas.

v"ende-se na RUA DOS PESCA-dores Ti. 44, actualmente Vis-conde de Inhaúma, único deposito.

CONTRAA TOSSE. JAMESUrJoo legalmente auetorisado pel»

Conselho de Saúde Publica de Portu-tal, ensaiado e approvado nos bospi-fies. Cada frasco está acompanhadode om impresso com as observacôetdói principae» médicos de Lisboa,roconheeidat pelos cônsules do Brazil.Depósitos nas principaes pharmaeiai.

Deposito—H. Schlobach & CostaBua dos Ourives 33—rio de janeiro

CAMAS E COLCHÕES106 M Di Al» 106

PEGADO A CASA DO PINTO GALLO

Aqui nao se chora, também não se canta ao freguez

—«3»—

Para solteiro ou oollojeloGamas do ferro com colchão

68500 7JJ000Ditas do lona 4SOO0Acolchoados para as mesmas 2ÍJOO0Gamas de vinhatico reforçadas 20S000Colchões de 4 palmos3,1500, de

3 li:2 3S e de 3 ÜS000 2S000Almofadas grandes de clinalie 1SÕ0O

Ditas de paina, de 500 18000Fronhas para as mesmas-100 e. à'500Lençóes de cretone 13500Colchas 18400Cabides G00, 18, 18500, 28 e.... 28500Lavatorios com espelho,bacia.jarro 58000

Cadeiras de abrir 28500Ditas 2S500, 38500 '18500Cobertores 18800, 38 5S000

Para cusaclinliosCamas de vinhatico (i palmos

á Ristori 428000Ditas de dito 5 e G palmos a

258 278000Ditas cio ferro reforçadas de 5

e 6 palmos a 98 108000Ditas torneadas de cedro de 0

e b ditos a 168 178000Colchões de capim bambeca

de 5 e 0 palmos a 48500 i... 58000Ditos do clina e linho supe-

rior do 5 eB ditos a 168 e.. 208000Almofadas grandes de clina e

paina de seda (1) 88000 jLençóes de cretone e colchaspara casados, de 28 3SO00

Almofadas grandes para sofá,paina de seda GS000 |Fronhas bordadas, par 2SO00 |

Ditas ditas mliióres 48000Cortinados do cassa o íüó

inglez com cupola, a 258 o 358000Colchões Unos francezos para casa-

dos e solteiros, ditos de paina de sedapara casados o solteiros.para doentes,parasophá, e servem de colchões vo-lantes (com facilidade carrega-se a ca-ma debaixo do braço.) Ricos almofa-does de paina de seda para sophà, com4pastoras o muitos cárneirinhos.

Pava criançasCamas com grades e colchão

muito macio a 78500 e.... S8000Ditas de dito com colchão... OgãtK.1

Berços a 48500, colchões paraos mesmos 18000

Colchões para camas de cri-anca 1S&00 28000

Movei»Meia duzia de cadeiras aus-triacas Thonet verdadeiro 268000

(eJtas teom a marca Thonet grava Iaa fogo.)

Meia duzia de cadeiras americanas 208100

Mesas de cedro, duas ga-vetas, 58. 08 7flJ00

Ditas de sedro o vinhatico pésde cachimbo e feitio no cen-tro 108-158 188000

Estantes de ferro com 4 o 5 ta-boas, 78 98000

Lavatorios do vinhatico compedra e espelho, 2*8 388CO0

Ditos idem, idem e gavetões558,008, 658 758000Ricos guarda-casacasi guarda-ves-

tidos, itajéres, commodas, meiascommodas o cadeiras de palhinha.

Paina de seda do Campos, ciai is-sima, limpissima, sem caroço 4S000, okilo ; dita muito macia, híoíòiiinlia;porém muito fresqúinha lfjOOO; inir-celta e flor de canna a 800; clina aincorda 000 rs. ; dita aberta SOO rs.

Rofórinprn-se colchões a capricho,para casados, com cana du linho su-perior; clina vegetal 128; cabello 158,sendo com algodão forte 88 o 108000.

Carretos pagos para as três è.stàçõJBde bonds, largo e rua da Carioca elargo de S. Francisco, sendo a com-pra superior a 88-

Cautella, não vos deixeis illudir porespertalhões — alcagotes — legítimos,quo ns mesmos com a inveja tôíii feitopor imitar o systema cá de bordo, maso segredo do CORSÁRIO ser mais doquo barateiro, elles sào b.-iixos para osabor. Ovelhas não são para mattos.Quem o alheio veste,na praça o despo.

Nos dias santifleados a rapaziadp,cá do bordo não fecha, fica alerta,aqui ivò toco, não ha pagodes, porqueas encommendas assim o permittem.

Corsário não tem Casa Filial,também não tem filhote—é do ladoda sombra, 106. Hoin ?

llll DA IMPRENSAA. B. Il» eiift fila

67 A RUA DO OUVIDOR 67 A(No recinto do Café da Imprensa)

Nesta casa encontra-se sempre grande sortimento de cha-ratos estrangeiros e nacionaes, Fumo de Minas, Baependy, RioNovo, Pomba, Descalvado, Goyano, Barbacena, marcas Globo eVeado ; charutos de Havana de diversas marcas, phosphoròs decera e de páo ; papel para cigarros, palhas de diversas quali-dades ; emfirn, tudo quanto se pôde encontrar de bom nestegênero.

7 A RUA DO OUVIDOR 67 A

FABRICA A VAPORDE

Construccíto de escadas de volta ou direitastorneiro em madeira

e recortador de lambirquins para clialets

DE

AUGUSTO JOSÉ LEITE268 RUA DO HOSPÍCIO 268

II r i n- <L I u37 Rua Sete de Setembro 37

JfllxAcha-st; aberto este estabelecimento, um dos mais

bem montados neste gênero de negocio, o qualpossue os mais aperfeiçoados machinismos

para poder caprichosamente servir todas aspossoas que delle se dignarem utilisar.

A officina é dirigida por um hábilchimico, que exerce esta pro-

fissão desde longa data,possuindo por isso os

requesitos neces-sarios para

poderdigna-

mente pre-encher este logar.

As matérias para a preparação das tintas serão todas de primeiraqualidade, podendo-se com plena convicção garantir toda a

sorte de trabalhos feitos nesta casa, como sejam : lavageme tintura de fazendas, em peça ou em obra, roupas üe

homem, de senhora e de creança, e todas as quali-dades de chapéos de panno ou de palha; emfirn

todos os objectos susceptíveis de seremsubmeuidos a estes processos. No

mesmo estabeleeimente branque-am-se fazendas em folha, mo-

lham-se peças de brim delinho, lavam-se e en-formam-se chapéos

c concerta - seroupa dehomem.

^9^^'(^

ANTIGO BARATEIROSIM ililiiliil.©

RUA DA ASSEMBLÉAN. 73

Voltando de uma excurção que fez pelas pro-vincias, vem novamente apresentar a seusamáveis freguezes tudo quanto é bom, bara-tissimo, primoroso e bello

303DOOOUm terno de casimira portu-

gueza, feito sob medida.18&000

Uma caixa com 6 camisas desuperior linho, ou tambem se vendeuma por 3Sooo.

§00 rs.Uma ceroula de algodão superior

ou camisa de meia crua.

4£>OO0Um superior collete preto ou de

casimira de côr.«JJD, 3Jfl) e NtòOOO

Uma superior calça de casimirade cór.

OOO rs.tro de super

25$>000

Cada metro de superior ílaneliade lá.

Um terno de casimira austríaca ;não havendo feito que agrade, faz-se sob medida, pelo mesmo preço.

l&OOOUma superior ceroula trançada

ou uma camisa de meia n. 3, ver-dadeira.

ã&OOOUma duzia de meias francezas

sem costura, ou uma duzia de len-ços de linho superior n. 4.

4&500

35&000Um croisée, calça e collete preto,

cascado, já se sabe, á franceza ; nãohavendo feito laz-se sob medida,pelo mesmo preço.

3&500Um superior paletot de linho

hamburguez, debruado com fitaentre as duas costuras, especiali-dade.

2&000Uma superior calça de brim pardo.

1&300a superior blusa de picote na-

I ou uma camisa de riscadocano.

srooo

Umei o naameri

Umpretonella.

Umcruascos e

superior paletot de pannoencorpado, forrado de fla-

«$§00a duzia de superiores meias, ou uma duzia de lenços bran-

grandes.3$)000

Uma sup erior calça de brim indiano.

3<$000Um superior paletot de brim par-

do ou uma calça de brim d'Angola.

I8&OOOUm superior paletot de alpaca Um superior sobretudo de casi-lona. mira de côr ou preto.

Grande diversidade em roupas feitas, as quaesnão havendo feitas á gosto do freguez, se fazemsob medida, pelo mesmo preço

78 a ia Assembléa' 71CASA DOS DOUS BRAÇOS

PIANOScarnes i @liMm

Considerados peritos na suaprofissão pelos primeiros profes-sores de piano desta capitalcomo provam os muitos tra-balhos que têm feito, Fabri-cam,concertam e afinam pianosgarantindo a maior perfeição edurabilidade dos seus trabalhose mocidade nos preços.

Têm um variado sortimentode pianos dos melbores autorei,os quaes vendem e alugam porpreços módicos no bem montadostabelecimento e officina depianos, harmoniuns e harpas de

GOMES k OLIVEIRAmu 62Sem

COMPETIDOR!!Ver para crer 11

Colchões de 6 palmos, 5$,5$500 e 6$; ditos de 5 palmos,48 e 48500; ditos de 4 palmos,38, 38500 e 48; ditos de 3 pai-mos, 28, 28500 e 38; camas parasolteiro, com colchão e traves-seiro, 78; ditas para casados,128, 148 e 168; camas de vinha-tico para casados, com colchão e4 almofadas, 328; ditas para di-tos, 248; tapetes, 48; cúpulas,28,38, 58 e 6; lavatorios compedra mármore, 26flt 36$ e 388;lençóes de cretone e algodão, lj,18500 e28; colchas, cobertores,cadeiras e tudo quanto é con-cerneute a este ramo de nego-cio. Reforman-se colchões emlinho, de 9 palmos, por 12$. Tu-do é de graça, só nesta casa.

N.99Rua Larga de S. Joaquim

É BARATOSobretudos de casimira. .Paletós de panno preto...Ditos de casimira, 12$ e..Ditos de alpaca lona, 6$ eDitos de brim de Angola.;Ditos de brim pardo, 4$, eCalças de casimira preta..Ditas de casimira,8$, 7$ eDitas de brim branco,6$ eDitas do verdadeiro brim

Angola, fazenda encor-pada,cores firmes e obrabem acabada a 4$

Ditas de brim paruo,a 3$ eDitas para trabalho, 2$ e.Camisas de gomma,4$,3$,Ditas para trabalho, 1 .$400,Ditas de meia 1$, 800 e...Ceroulas de linho,cada umaDitas de cretone a i$6oo eDitas de algodão alvejado.Meia duzia de meias sem

costura a 3$ Cortes de meia casimira..Ditos de casimira encor-pada

Ditos de dita franceza 6$ eColchas de chita, 2$ e....Ditas brancas, 4$ Lençóes para cama a 2$ eGravatas, a i$5oo, 1$ e..

Para meninos do IO

i8$ooo148000IO$0005$ooo4$ooo3$ooo8S0006S0004S000

3$ooo2 $000i$6oo230001S200S700

3$oooI$20OS700

2$5002$5oo

3$ooo8S0002$5oo2 $500i$5oo$5oo

a 14annos

Paletós de panno preto... io$oooDitos de alpaca lona 4S000Calças de casimira preta.. 6$oooDitas de brim branco 4$oooUm terno de brim pardo.. 4$oooUm dito de brim pardo ou

de côr, fazenda bôa.... 6$oooMeia duzia de lenços $600Camisas de gomma 3$oooDitas de chita ou riscado. i$200Uma ceroula de algodão.. • $700

Esta casa tem sempre completosortimento de pannos, casimiras,elasticotines, cheviots, diagonaes ebrins brancos e de cores, pararoupa sob medida, que faz com per»feição e a preços baratissimos.

12 RUA 7 DE SETEMBRO 12