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Propriedades de materiais Propriedades de materiais Propriedades de materiais Propriedades de materiais
compósitos: Interface entre fasescompósitos: Interface entre fasescompósitos: Interface entre fasescompósitos: Interface entre fases
Prof. Otávio Bianchi
Natureza de superfícies sólidas (características gerais):
Além de irregularidades, uma superfície sólida consiste de várias zonas com propriedades físico-químicas peculiares a do volume do material
Rugosidades com alturas que excedem distâncias da ordem do espaçamento
atômico
Camada de adsorção
Camada de deformação
Camada reativa
Camada gerada por desgaste
Em um compósito: A carga aplicada à matriz tem que ser transferida ao reforço via interface
Se a interface é forte ↑E, ↑TS, ↓Resistência à fratura (material frágil) – A tensão máxima que pode ser
transferida é igual ao ponto de escoamento em cisalhamento da matriz (τm) ou igual à resistência ao
cisalhamento da matriz (matriz frágil).
Se a interface é fraca ↓E, ↓TS, ↑Resistência à fratura – A tensão máxima transmitida da matriz para a
fibra na interface será menor que τm e igual à resistência da adesão.
Interface em compósitos:
Corresponde à região da microestrutura de um compósito onde se efetua a transição entre os meios distintos que são a matriz e o reforço:
Alinhamento simples de ligações entre átomos de ambos os constituintes
Camada de espessura finita formada pelos produtos de uma reação entre a matriz e o reforço (ou um revestimento deste)
Requisitos de uma interface ideal:
Molhabilidade perfeita entre matriz e reforço;
Estabilidade térmica;
Extensão simplificada de uma eventual zona de reação;
Coeficientes de dilatação térmica da matriz e do reforço devem ser próximos.
Em materiais compósitos o volume, a distribuição uniforme e a molhabilidade do
reforço pela matriz são requisitos importantes para o controle das propriedades mecânicas destes materiais.
A boa adesão interfacial aumenta a eficiência da transferência de tensão ou deformação entre a matriz e o reforço, aumentando o desempenho mecânico do compósito, adequando a rigidez, ductilidade, resistência mecânica, ...
Caso não haja uma boa interação:
material sujeito a falhas catastróficas.
ex.: propagação de trincas em maior escala
Fato influencia na escolha das fases reforço/matriz
A natureza da adesão em compósitos está relacionada a:
Presença de grupos funcionais superficiais do reforço produzida por algum tratamento superficial.
Morfologia do reforço (orientação, arranjo atômico, cristalinidade propriedades químicas...)
Conformação molecular e constituição química da matriz.
Difusividade dos elementos de cada constituinte.
Arranjo geométrico do reforço.
Relação direta com energia livre superficial ou “tensão superficial” dos materiais.
As moléculas da superfície de sólidos ou líquidos estão mais suscetíveis a interação que as moléculas do interior destes.
Cada sistema reforço/matriz vai possuir uma característica interfacial específica e esta interação superficial é usada para caracterizar o composto.
Ângulo de contato
Força de adesão
Energia livre de superfície
Mecanismos de adesão:
Interdifusão
- para haver adesão, a solubilidade dos materiais devem ser próximos.
formação de entrelaçamento eligações secundárias entre asmoléculas da superfície.
polaridade, peso molecular, ramificações e temperatura
é função
Ex. ligação entre superfícies políméricas
Tamanho da região de transição
Ligação química
Atração eletrostática
- adesão inicialmente por forças de eletrostáticas
difusão entre as fases ocorre sob ação da temperatura e tempo.
- forma de adesão mais eficiente, dada por agentes de acoplamento agindo como ponte entre reforço/matriz
grupos polares presentes em cadeias
n ligações químicas
ρ
Sinterização reativa
Adesão mecânica
- adesão em compósitos MMC por técnicas de infiltração por metal fundido envolvendo interdifusão.
vai depender do par reforço/compósito
- não há ligações químicas entre reforço/matriz. Junção ocorre pela penetração por adesivo em poros, fissuras e rugosidades.
após evaporação do solvente, ou da reação, há um aumento na adesão.
Adsorção e molhamento
- molhamento eficiente remove o ar e recobre toda a superfície do reforço pela matriz.
vai depender das tensões superficiais (energia) dos componentes.
Razão área superficial / volume de uma partícula cilíndrica em função da razão de aspecto
partícula deformato esférico
( l/d )
A utilidade da fase reforço neste caso depende da resistência da ligação interfacial entre o reforço e a matriz.
PMC reforçado com fibra de vidro
Exemplo:
Fraca aderência entre as fibras e a matriz
Boa aderência entre fibras e matriz
Fibras modificadas quimicamente
fibras tanto na forma contínua quanto picotadas
fibras isotrópicas possuindo mesmo módulo elástico tanto axial quanto transversal
após a fiação as fibras são recobertas por uma solução aquosa decompostos geralmente orgânicos (encimagem).
- material lubrificante (tecelagem)
- agentes ligantes (melhorar adesão com a matriz). Ex. organossilanos
Y-(CH2)-Si-(X)3
grupos de afinidade
orgânica inorgânica
aminaepóxi
estireno
metóxietóxi
glicidoxipropiltrimetoxisilano
3-amino-propil-trimetóxi-silano
Deposição hidrolítica de silanos
RSi(OMe)3
3H2O
3MeOH
RSi(OH)3
Hidrólise
2RSi(OH)3
2H2O
Condensação
HORSi O
OH
RSi O
RSi
OH OH
OH
+
OH OH OH
Substrato
HORSi O
O
RSi O
RSi
O O
OH
O O O
H H H H H H
2H2O
Ligação de hidrogênio
OHRSi O
RSi O
RSi OH
O O O
Formação da ligação
A espessura de uma camada de poli-siloxano é também determinada pelaconcentração da solução de siloxano. Embora uma monocamada é geralmentedesejada, normalmente resulta em de adsorção de multicamadas. Ex: Calcula-se que a deposição de uma solução de silano de 0,25% na fibra de vidro poderesultar em 3-8 camadas moleculares.
A é removida aquecendo a 120ºC durante30-90 min ou utilizando vácuo por 2-6 horas.
Summary of the various modified Porod law models for pinhole collimation.
Kim
Volume 37 | Part 4 | August 2004 | Pages 643–651 | 10.1107/S0021889804013196
Geralmente há uma descontinuidade de natureza química,de estrutura molecular e cristalina, e de propriedades(mecânicas, etc.). As características da interface sãodeterminadas pela descontinuidade (mudança abrupta) depropriedades e portanto são específicas para cada parmatriz/reforço.
-Bianchi, O. et al Viscoelastic properties of PS-POSS hybrid materials prepared by reactive processing. Polymer Testing, v. 54, p. 159-167, 2016.-BIANCHI, O. et al Reactive melt blending of PS-POSS hybrid nanocomposites. Journal of Applied Polymer Science (Print), v. 128, p. 811-827, 2013.
Exemplo de reação entre partículas e polímero
Melhoria de interface resulta em fluidos mais homogêneos
-Bianchi, O. et al Viscoelastic properties of PS-POSS hybrid materials prepared by reactive processing. Polymer Testing, v. 54, p. 159-167, 2016.-Bianchi, O. et al Reactive melt blending of PS-POSS hybrid nanocomposites. Journal of Applied Polymer Science (Print), v. 128, p. 811-827, 2013.
Exemplo de reação entre partículas-polímero
Wanke C. H. et al Effects of POSS vertex group on structure, thermal and mechanical properties of PMMA/POSS hybrid materials, Polymer Testing 54 (2016) 214-222
0 1 2 3 4 5
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
Ela
stic
mod
ulu
s (M
Pa
)
POSS content (wt.%)
MI-POSS
MP-POSS
Halpin-Tsai-POSS filler with zero modulus
Halpin-Tsai-POSS filler with literature modulus
Wanke C. H. et al Effects of POSS vertex group on structure, thermal and mechanical properties of PMMA/POSS hybrid materials, Polymer Testing 54 (2016) 214-222
Exemplo de sistema entre polímero-polímero
Estado sólido
Bondan et al Influence of dynamic crosslinking on the morphology, crystallization, and dynamic mechanical properties of PA6,12/EVA blends , J. APPL. POLYM. SCI. 2016.
Bondan et al Influence of dynamic crosslinking on the morphology, crystallization, and dynamic mechanical properties of PA6,12/EVA blends , J. APPL. POLYM. SCI. 2016.
200ºC
Bondan et al Influence of dynamic crosslinking on the morphology, crystallization, and dynamic mechanical properties of PA6,12/EVA blends , J. APPL. POLYM. SCI. 2016.
Bondan et al Influence of dynamic crosslinking on the morphology, crystallization, and dynamic mechanical properties of PA6,12/EVA blends , J. APPL. POLYM. SCI. 2016.
11
9
(0) 1c
T
Tγ γ
= −
Eq. de Guggenheim
12 1 2 1 2 1 22 2d d p pγ γ γ γ γ γ γ= + − −
Eq. de Owens-Wendt
12 4,62 mN / mγ = 200ºC
Exemplo de sistema entre polímero-polímero
Exemplo de sistema entre polímero-polímero
Amaral et al Effect of the Partially Hydrolyzed EVA-h Content on the Morphology, Rheology, and Mechanical Properties of PA12/EVA Blends , POLYM. ENG. SCI 2018.
Amaral et al Effect of the Partially Hydrolyzed EVA-h Content on the Morphology, Rheology, and Mechanical Properties of PA12/EVA Blends , POLYM. ENG. SCI 2018.
* * * ** *
* * * *
2( ( ) / ) 3 ( ) 3 ( ( ) / ( ))( ) ( )
2( ( ) / ) 3 ( ) 2 ( ( ) / ( ))
d v m d d v mb m
d v m d d v m
G R G G R GG G
G R G G R G
ω ω ϕ ω ωω ω
ω ω ϕ ω ω+ Γ + + + Γ −
=+ Γ + − + Γ − Eq. Palierne
Amaral et al Effect of the Partially Hydrolyzed EVA-h Content on the Morphology, Rheology, and Mechanical Properties of PA12/EVA Blends , POLYM. ENG. SCI 2018.
nDvD /v nD D/v
RΓΓ
A interface entre os materiais não é perfeita;
Existência de uma zona de transição entre os materiais;
É possível utilizar reações químicas para alterar essa zona de transição;
Tanto em sistemas polímero-partícula quanto polímero-polímero é possível
identificar a região de transição;
Reduzir a zona de transição auxilia no projeto de novos materiais e na
previsão de falhas futuras.
Pontos importantes !