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Proteção da Fauna Professora: Angela Issa Haonat

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Proteção da Fauna

Professora: Angela Issa Haonat

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Marco Legais de Proteção da Fauna

Constituição Federal

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios:

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

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Marco Legais de Proteção da FaunaConstituição Federal

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade

de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as

presentes e futuras gerações.

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Marco Legais de Proteção da Fauna § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder

Público:

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a

crueldade. 

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Marco Legais de Proteção da Fauna

Lei 9.605/98 (Crimes Ambientais)Lei 5.197/67 (alguns dispositivos revogados pela Lei 9.605/98)Lei 6.638/79 (vivissecção de animais)Lei 10.220/01 (regulamentação do rodeio)Lei 10.519/02 (fiscalização da defesa sanitária animal)

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Classificação da Fauna quanto ao Habitat

SILVESTRE

AQUÁTICA

DOMÉSTICA

SINANTRÓPICA

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Fauna SilvestreLei n. 5.197/67 (art. 1°)

Animais de qualquer espécie, em qualquer fase de seu

desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro.

Vida em liberdade e independente, longe do jugo

humano;

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Fauna Silvestre

Lei n. 9.605/98 (art. 29, § 3°)São espécimes da fauna silvestre

todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou

terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território

brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.”

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Fauna Ictiológica ou Aquática

DECRETO – LEI N. 221/67

ANIMAIS QUE TENHAM NA ÁGUA SEU HABITAT NORMAL.

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Fauna Ictiológica ou AquáticaDec 221/67 Conceito de Pesca

(ART 1º) Para os efeitos deste decreto-lei

define-se por pesca todo ato tendente a capturar ou extrair

elementos animais ou vegetais que tenham na água seu normal ou mais freqüente meio de vida.

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Fauna Doméstica

Conceito de Ela Wiecko V. de Castilho: “são aqueles que o homem

domesticou, e dos quais se serve habitualmente”.

Sobrevivem não por suas próprias condições, mas pelas condições

oferecidas pelo homem.

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Fauna Doméstica

Não há lei específica de proteção à fauna doméstica.

Evoca-se para tal a Constituição Federal e a Lei n. 9.605/98

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FAUNA SINANTRÓPICA

Vivem próximos ao homem, mas não dependem deste como os animais domésticos.

São animais indesejados e devem ser controlados do ponto de vista da saúde pública.

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ART. 225, § 1°, VII

Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os

animais a crueldade.

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Elementos elencados pelo Legislador Constituinte

1.Função ecológica: atividades desempenhadas pelos animais a fim de

manter o meio ambiente equilibrado. Esse papel se dá: pela própria cadeia

alimentar e pela polinização.A fauna, como os demais recursos

ambientais, exerce um papel fundamental de equilíbrio no

ecossistema.

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Função Ecológica

Na Austrália com a caça excessiva dos tubarões os polvos ficaram livres de seus predadores e as

lagostas começam a desaparecer.

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Elementos elencados pelo Legislador Constituinte2. Extinção de Espécies

Ex. Dra. Érika Bechara: Imaginem se desaparecesse uma nota musical, para sempre, do teclado do piano, o dó, por

exemplo. Esse desaparecimento causaria um

enorme transtorno, uma vez que todas as canções com a nota dó não

poderiam mais ser executadas.

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Principais Causas de Extinção de Espécies

Destruição do habitat ;

Caça excessiva;

O impacto de espécies introduzidas em ecossistemas estranhos;

A extinção em cadeia, que ocorre quando a extinção de uma espécie conduz à extinção de outra.

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Finalidades da Fauna

a) FINALIDADE CIENTÍFICA (art. 14 da Lei 5.197/67);

A lei restringe as experiências que possam trazer qualquer tipo de sofrimento ao animal.

A finalidade científica é muito importante quando se avalia: a

criação da insulina; e o soro antiofídico.

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DIREITO AO LAZER X DEVER DE PRESERVAÇÃO

A CF/88 impõe o dever de preservar e conservar a fauna, além de vedar

as práticas que provoquem a extinção das espécies, bem como a

submição de animais à qualquer espécie de crueldade.

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O homem como sujeito de direitos é que acaba por deteminar o que é ou não

cruel.As (farra do boi, rodeio e sacrifício de

animais) tem conotoções culturais muito fortes.

Porém , mesmo sendo o meio ambiente cultural, objeto de proteção

constitucional, essas práticas podem implicar na submissão dos animais a

crueldade.

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O conceito de crueldade aqui é muito subjetivo. O que é fonte de lazer e divertimento para um grupo, é, ao mesmo tempo, uma fonte de terror para outro grupo.

Farra do Boi, Rodeio e Ritos de Umbanda com Sacrifício de Animais

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PRÁTICA CULTURAL DE ORIGEM AÇORIANA EM SANTA CATARINA, EM

QUE AS PESSOAS NA ÉPOCA DA SEMANA SANTA PERSEGUEM O BOI MALTRATANDO-O COMO SE FOSSE

UM JUDAS. Prática oriunda dos portugueses açorianos e que continua a existir

apesar de ter sido declarada inconstitucional pelo STF desde 1997.

(Ver RT 753/101-115)

FARRA DO BOI

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RODEIO É ESPORTE? PELA LEI 10.220/01: SIM.

A Lei n. 10.519/02 dispõe sobre a promoção do rodeio bem como da

fiscalização das condições sanitárias – o que compatibilizou a proteção do meio ambiente cultural, natural e do trabalho.

RODEIO

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PORÉM É UMA PRÁTICA SAUDÁVEL? Apenas se se admitir saudável o esporte

feito à custa do sofrimento do animal.O sedém é o principal instrumento

utilizado. Quando comprimido comprime a virilha e os testículos do animal. Que

não pula porque é selvagem como querem os organizadores, mas sim por

sentir dor.

RODEIO

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EM SP TEM LEI QUE PROÍBE O RODEIO NO MUNICÍPIO. A cultura de Barretos é diferente da cultura de SP.O rodeio é uma prática necessária ou não?Questão de desemprego: é um argumento válido mas temos que tomar cuidado.

Cultura importada do Texas, que hoje já faz parte da nossa.

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CRUELDADE CONTRA OS ANIMAIS

Visão Ecocêntrica mitigada: Sempre que se deparar com a prática do que

pode ser considerado crueldade, temos que avaliar o critério da

necessidade.(ÉRICA BECHARA) ser cruel

significa “submeter o animal a mal além do estritamente necessário”.

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Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna

silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a

obtida:Pena - detenção de seis meses a um

ano, e multa.

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Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente:Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

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Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

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Art. 17 do decreto lei 3.179/99:

Art. 17 - praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimo por exemplar excedente:

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I - R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade;

II - R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do anexo I da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas); e

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III - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do anexo II da CITES.

Parágrafo único - incorre nas mesmas multas, quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

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Abate de Animais para Consumo

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Abate de Animais para ConsumoNão é considerado inconstitucional (critério necessidade). O animal deve sofrer o menos possível.Às vezes, se conhecessemos o modo que o animal é criado deixaríamos de incluí-los no cardápio. Ex. Fois gras, o baby beef, os frangos de granja, etc.Em SP há Lei de abate humanitário. Lei n. 7.705/92.

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CAÇAR (WWW.ÚLTIMAARCADENOE.COM.BR)

Caçar é o “ato de perseguir animais silvestres para apanhá-los vivos ou

matá-los” (Dicionário Aurélio).

O Poder Público intervém na caça, tendo-se em vista que a fauna é

patrimônio natural de uso comum do povo. Esta intervenção está prevista na Lei de Proteção à Fauna (Lei 5.197/67)

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CAÇAR (WWW.ÚLTIMAARCADENOE.COM.BR)

Modalidades: a)profissional: (permitida pelo Código de Caça de 1943 – proibida pela Lei 5.197/67);

b) caça de controle: art. 3º, § 2º, da Lei n.º 5.197/67, “é a destruição de animais silvestres considerados nocivos à

agricultura ou à saúde pública”. Permitida quando regulamentada.

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CAÇAR (WWW.ÚLTIMAARCADENOE.COM.BR)

c) caça amadorista: Permitida na Lei 5.197/67. Trata-se da caça esportiva. A Lei do SNUC revogou o artigo que disciplinava os clubes de caça na Lei

5.197/67. No Brasil é regulamentada apenas no

Rio Grande do Sul – mesmo assim é assunto controvertido (APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004.71.00.021481-2/RS)

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CAÇAR (WWW.ÚLTIMAARCADENOE.COM.BR)

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

        I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de

sua família;

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CAÇAR (WWW.ÚLTIMAARCADENOE.COM.BR)

e) Caça Científica: Trata-se de caça para fins científicos, prevista no art. 14 da Lei 5.197/67 “poderá ser concedida a cientistas, pertencentes a instituições científicas, oficiais ou oficializadas, ou por estas indicadas, licença especial para a coleta de material destinado a fins científicos, em qualquer época”.