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Proteção do Complexo Dentinopulpar em Dentística A restauração de dentes vitais, além de devolver ao dente a função e a estética, visa manter o complexo dentina-polpa em condições de normalidade O complexo dentina-polpa é um substrato interdependente, sendo a polpa um tecido conjuntivo, com suprimento vasculonervoso, contida em uma cavidade inextensível, formada pela câmara pulpar e pelos canais radiculares. BARATIERI et al., 2002. Fatores etiológicos e fisiológicos das alterações pulpares: 1 - Bacterianos Toxinas e enzimas associadas à cárie 2 - Físicos Fatores etiológicos e fisiológicos das alterações pulpares Mecânicos: traumáticos, fraturas. Iatrogênicos: preparos de cavidades. Patológicos: atrição, abrasão, erosão, trauma oclusal. 3 - Químicos Materiais oriundos de restaurações 4 - Fisiológicos Alterações dimensionais na cavidade pulpar Fatores que orientam as Estratégias de Proteção do Complexo Dentinopulpar: 1. Condição clínica inicial do dente (polpa) 2. Profundidade da cavidade 3. Quantidade e qualidade da dentina remanescente 4. Idade do paciente 5. Tipo de procedimento restaurador 6. Material protetor que será utilizado Qualidade e Tipo de Dentina Remanescente Dentina esclerosada substrato menos permeável, com túbulos dentinários parcialmente ou totalmente obliterados Requisitos p/ os materiais de Proteção Pulpar Proteger a polpa de choques térmicos e elétricos Ser útil como agente bactericida ou inibir a atividade bacteriana esterilizando a dentina e cárie residual de lesões cariosas profundas Promover efeito anódino à polpa Inibir a penetração de íons metálicos das restaurações Evitar a infiltração de elementos tóxicos ou irritantes constituintes dos materiais restauradores e dos agentes cimentantes p/ o interior dos canalículos dentinários e polpa Aperfeiçoar o vedamento marginal das restaurações, evitando a infiltração de saliva e microorganismos pela interface parede cavitária/restauração Materiais Protetores Vernizes cavitários convencionais Vernizes cavitários modificados Solução, suspensão e pasta de Hidróxido de Cálcio Cimentos dentários Agentes de Limpeza

proteção dentino pulpar

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Page 1: proteção dentino pulpar

Proteção do Complexo Dentinopulpar em Dentística

A restauração de dentes vitais, além de devolver ao dente a função e a estética, visa manter o complexo dentina-polpa em condições de normalidadeO complexo dentina-polpa é um substrato interdependente, sendo a polpa um tecido conjuntivo, com suprimento vasculonervoso, contida em uma cavidade inextensível, formada pela câmara pulpar e pelos canais radiculares. BARATIERI et al., 2002.Fatores etiológicos e fisiológicos das alterações pulpares:

1 - Bacterianos Toxinas e enzimas associadas à cárie

2 - Físicos Fatores etiológicos e fisiológicos das alterações pulpares

Mecânicos: traumáticos, fraturas.Iatrogênicos: preparos de cavidades.Patológicos: atrição, abrasão, erosão, trauma oclusal.

3 - Químicos Materiais oriundos de restaurações

4 - Fisiológicos Alterações dimensionais na cavidade pulpar

Fatores que orientam as Estratégias de Proteção do Complexo Dentinopulpar:1. Condição clínica inicial do dente (polpa)2. Profundidade da cavidade3. Quantidade e qualidade da dentina remanescente4. Idade do paciente5. Tipo de procedimento restaurador6. Material protetor que será utilizado

Qualidade e Tipo de Dentina RemanescenteDentina esclerosada substrato menos permeável, com túbulos dentinários parcialmente ou totalmente obliterados

Requisitos p/ os materiais de Proteção Pulpar Proteger a polpa de choques térmicos e elétricos Ser útil como agente bactericida ou inibir a atividade bacteriana esterilizando a

dentina e cárie residual de lesões cariosas profundas Promover efeito anódino à polpa Inibir a penetração de íons metálicos das restaurações Evitar a infiltração de elementos tóxicos ou irritantes constituintes dos materiais

restauradores e dos agentes cimentantes p/ o interior dos canalículos dentinários e polpa

Aperfeiçoar o vedamento marginal das restaurações, evitando a infiltração de saliva e microorganismos pela interface parede cavitária/restauração

Materiais Protetores Vernizes cavitários convencionais Vernizes cavitários modificados Solução, suspensão e pasta de Hidróxido de Cálcio Cimentos dentários

Agentes de Limpeza

Page 2: proteção dentino pulpar

Não desmineralizantes:Substâncias germicidasSoluções fluoretadasSoluções de clorexidinaSubstâncias detersivasSubstâncias alcalinizantes

Desmineralizantes:Soluções ácidas

Hidróxido de Cálcio – substância alcalinizanteFormas de apresentação:

Pó (hidróxido de cálcio P.A.) Pasta (pó de Ca(OH)2 + água destilada) Cimento Suspensão Solução

Agentes de Limpeza Desmineralizantes Soluções ácidas:

Possuem elevado potencial irritativo Promovem desmineralização do esmalte e da dentina Removem a smear layer Ác. Fosfórico a 37%, ác. Bórico a 2%, ác. Cítrico a 50%, ác.

Poliacrílico,etc)

Proteção do Complexo Dentinopulpar

Proteção Indireta Forramento

Tratamento Expectante

Proteção Direta Capeamento

Curetagem Pulpar

Pulpotomia

Hibridização = Forramento Camada Híbrida = fibras colágenas +adesivoConsiderar:

Características do substrato Profundidade da cavidade Permeabilidade

Em cavidades profundas: Associar uma proteção terapêutica à proteção adesiva

Proteção Pulpar Indireta

Page 3: proteção dentino pulpar

Finalidades: Bloquear os estímulos térmicos, elétricos e químicos decorrentes das

restaurações e do meio bucal Manter um ambiente cavitário apropriado para a manutenção ou

recuperação da condição pulpar Exercer ação terapêutica sobre o complexo dentinopulpar; Evitar ou reduzir a infiltração e o crescimento de bactérias sob as

restaurações Interagir com as restaurações, melhorando suas propriedades de

selamento cavitário Dissipar as forças de condensação durante a inserção de materiais

compactáveis

Proteção Indireta - Tratamento Expectante Tratamento conservador da polpa

Feito em 2 (duas) sessões

Ocorre tipicamente em pacientes jovens, com lesões de cárie aguda, de rápida evolução

Indicado em lesões profundas com risco de exposição pulpar

Objetivos:1. Bloquear a penetração de agentes irritantes que podem atingir a polpa através da

lesão cariosa2. Interromper o circuito metabólico proporcionado pelos fluidos bucais às

bactérias remanescentes no assoalho da cavidade3. Inativar tais bactérias pela ação bactericida ou bacteriostática dos materiais

odontológicos4. Remineralizar parte da dentina amolecida remanescente no assoalho da cavidade5. Hipermineralizar a dentina sadia subjacente6. Estimular a formação de dentina terciária (reacional ou reparadora)

Proteção Pulpar Direta - Capeamento pulpar- Curetagem- Pulpotomia

Fatores a serem observados: Grau de comprometimento pulpar Extensão da lesão Tempo de exposição

Proteção Pulpar DiretaCapeamentoUso de um revestimento biológico: Cimento de Hidróxido de CaObjetivos: Visa ao restabelecimento pulpar Promove a formação de uma barreira mineralizada (Ponte dentinária ou reparo

pulpar)